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Professora: Fernanda Smith

fernandasmith@unifap.br
 1.Transmissão:
 Modulação analógica e digital
 Multiplexação por divisão na frequência (FDM);
 Multiplexação por divisão no tempo (TDM).

 2.Sistemas de Telefonia:
 Noções básicas sobre telefonia;
 Sinalização nas redes telefônicas

 3.Rádio Digital:
 Projeto de enlace;
 Desvanecimento;
 Diversidade.

 4.Sistemas de Comunicação por Fibras Ópticas:


 Cálculo de enlaces ópticos;
 Multiplex por divisão em comprimento de onda (WDM);
 A rede SONET.
 5.Sistemas de Comunicação via Satélite:
 Sistemas GEO, MEO e LEO;
 Cálculo de enlaces;
 Sistemas de satélite móvel.

 6.Sistemas de Comunicação sem Fio:


 O conceito de telefonia celular;
 Rede de comunicação sem fio;
 O canal de rádio móvel;
 Descrição de sistemas.

 7.Redes de Comunicação de Dados:


 O modelo de camadas;
 Protocolos e enlaces;
 Comutação de pacotes;
 Roteamento e controle de fluxo;
 Redes ATM.
 [1] Carlson, Bruce: Communication Systems – 5a Ed. Ano 2009 – McGraw Hill.
 [2] Haykin, Simon: Sistemas de Comunicação – 5a Ed. Ano 2011 – Bookman.
 [3] Lathi, B. P.: Modern Digital and Analog Communication Systems – 4th Ed. Ano
2009 – Oxford University PRess
 Base para a operação de sistemas de comunicação analógicos.
 O propósito de um sistema de comunicações é transmitir sinais portadores de
informação através de um canal de comunicação que separe o transmissor do
receptor.
 Os sinais portadores de informação também são chamados de sinais de banda
base.
 O termo banda base é utilizado para designar a banda de frequências que
representam o sinal original tal como ele é entregue por uma fonte de informação.
 O uso apropriado do canal de comunicação requer um deslocamento da faixa de
frequências de banda base pra outras faixas de frequências apropriadas à
transmissão e um deslocamento correspondente de volta para o intervalo de
frequências original depois da recepção.
 Um deslocamento da banda de frequências em um sinal é realizado utilizando-se a
modulação.
 Modulação: Definida como o processo pelo qual alguma característica de uma
portadora é variada de acordo com uma onda (sinal) modulante.
 Uma forma comum da portadora é uma onda senoidal, a que nos referimos como
um processo de modulação de onda contínua.
 O sinal de banda base é denominado onda modulante e o resultado do processo
de modulação, onda modulada.
 O processo inverso da modulação é denominado demodulação.
 Duas famílias de sistemas de modulação de onda contínua (CW): modulação em
amplitude e modulação angular.
 Modulação de amplitude: a amplitude da onda portadora senoidal é variada de
acordo com o sinal de banda base.
 Modulação angular: o ângulo da onda portadora senoidal é variado de acordo
com o sinal de banda base.
 Considere uma onda portadora senoidal c(t) definida por

 na qual 𝐴𝑐 é a amplitude da portadora e 𝑓𝑐 é a frequência da portadora.


 O sinal contendo a informação, ou o sinal de mensagem é representado por 𝑚(𝑡).
 A modulação em amplitude é formalmente definida como o processo pelo qual o
valor médio da amplitude da onda portadora 𝑐(𝑡) é variado linearmente com o
sinal de mensagem 𝑚(𝑡).
 Um sinal modulado em amplitude (AM) pode, portanto, ser descrito como uma
função do tempo usando:

 na qual 𝑘𝑎 é uma constante chamada de sensibilidade de amplitude do modulador


responsável pela geração do sinal modulado 𝑠(𝑡).
 Descrição no domínio da frequência da AM:
 Seja 𝑚(𝑡) ⇌ 𝑀(𝑓), na qual a transformada de Fourier 𝑀(𝑓) é chamada de espectro
de mensagem.
 A partir da equação: determinamos
que a transformada de Fourier ou espectro da onda AM 𝑠(𝑡) é dada por
 Suponha que o sinal de mensagem 𝑚(𝑡) é limitado em faixa ao intervalo –W ≤ f ≤
W
 Determinamos que o espectro 𝑆(𝑓) da onda AM é como
mostrado abaixo para o caso de fc > W.
 Este espectro é constituído por duas funções delta ponderada
pelo fator Ac/2 e ocorrendo em ±fc, e duas versões do espectro
de mensagem transladadas em frequência por ±fc e
escalonadas em amplitude por kaAc/2.
 Para frequências positivas, a porção do espectro de uma onda AM acima da
frequência da portadora 𝑓𝑐 é chamada de faixa lateral superior enquanto que a
porção simétrica abaixo de 𝑓𝑐 é chamada de faixa lateral inferior.
 Para frequências positivas, a componente de frequência mais alta da onda AM é
igual a 𝑓𝑐 + 𝑊, e a componente mais baixa de frequência é 𝑓𝑐 − 𝑊.
 A diferença entre estas duas frequências define a largura de faixa de transmissão
BT da onda AM, a qual é exatamente duas vezes a largura de faixa W da
mensagem. Ou seja,
 A modulação em amplitude é o método mais antigo de modulação.
 Sua grande virtude é a facilidade pela qual ela é gerada e revertida.
 O resultado final é que o sistema de modulação em amplitude é relativamente barato
de ser construído.
 No entanto, sofre de duas grandes limitações práticas:
1. A modulação em amplitude desperdiça potência transmitida. A onda portadora 𝑐(𝑡) é
completamente independente do sinal 𝑚(𝑡) contendo a informação. A transmissão
da onda portadora, portanto, representa um desperdício de potência, o que significa
que na modulação em amplitude somente uma fração da potência total transmitida é
realmente afetada por 𝑚(𝑡).
2. A modulação em amplitude desperdiça a largura de faixa do canal. As faixas laterais
superior e inferior da onda AM são unicamente relacionadas uma com a outra em
virtude de sua simetria com relação a frequência da portadora. Logo, dado o
espectro de amplitude e fase de uma das faixas, podemos determinar, unicamente, a
outra. Isto significa que, enquanto a transmissão de informação for o foco principal,
somente uma faixa lateral é necessária e o canal de comunicação, portanto, precisa
fornecer somente largura de faixa igual a do sinal de mensagem. A luz dessa
observação, a modulação em amplitude desperdiça a largura de faixa do canal, pois
ela requer uma largura de faixa de transmissão igual a duas vezes a largura de faixa
da mensagem.
 Existe outra forma de modular uma onda portadora senoidal – chamada de
modulação em ângulo, na qual o ângulo da onda portadora é variado de acordo
com o sinal contendo a informação.
 Nesta segunda família de técnicas de modulação, a amplitude da onda portadora é
mantida constante.
 Uma característica importante da modulação em ângulo é que ela possibilita uma
melhor discriminação contra ruído e interferência do que a modulação em
amplitude.
 Seja 𝜃𝑖 (𝑡) o ângulo de uma portadora senoidal modulada no tempo 𝑡.
 Considera-se que ele seja uma função do sinal contendo a informação ou sinal de
mensagem.
 Expressamos a onda modulada em ângulo por

 na qual 𝐴𝑐 é a amplitude da portadora.


 Definimos a frequência instantânea de um sinal modulado em ângulo 𝑠(𝑡) como:

𝑓𝑖 (𝑡)
 Existe um número infinito de formas pelas quais o ângulo 𝜃𝑖 (𝑡) pode ser variado
de alguma forma pelo sinal de mensagem.
 Entretanto, iremos considerar apenas dois métodos geralmente utilizados, a
modulação em fase e a modulação em frequência.
Modulação em fase
 A modulação em fase (PM, do termo em inglês) é a forma de modulação em ângulo
na qual o ângulo instantâneo 𝜃𝑖 (𝑡) é variado linearmente com o sinal de mensagem
𝑚(𝑡), mostrado por

 O termo 2𝜋𝑓𝑐 𝑡 representa o ângulo da portadora não modulada e a constante 𝑘𝑝


representa o fator de sensibilidade de fase do modulador.
 A onda modulada em fase 𝑠(𝑡) é descrita no domínio do tempo por
Modulação em frequência
 A modulação em frequência (FM) é a forma de modulação em ângulo na qual a
frequência instantânea 𝑓𝑖 (𝑡) é variada linearmente com o sinal de mensagem 𝑚(𝑡),
mostrado por

 O termo constante 𝑓𝑐 representa a frequência da portadora não modulada, a


constante 𝑘𝑓 representa o fator de sensibilidade de frequência do modulador.
 Assim, 𝜃𝑖 (𝑡) é definido integrando 𝑓𝑖 (𝑡):
 A onda modulada em frequência é, portanto,

 Os sinais FM e PM se relacionam entre si, se conhecermos as propriedades de um,


podemos determinar a do outro.

 Diferentemente da modulação em amplitude, a FM é um processo de modulação


não-linear.
 O espectro do sinal FM não está relacionado de maneira simples com o do sinal
modulante, portanto, a análise espectral do FM é mais difícil do que a do sinal AM.
 Consideramos um sinal modulante senoidal

 A frequência instantânea da onda FM resultante é

 A grandeza ∆𝑓 é chamada de desvio de frequência, representando a diferença


máxima da frequência instantânea da onda FM da frequência 𝑓𝑐 da portadora.
 O ângulo 𝜃𝑖 (𝑡) da onda FM é obtido como

 A razão do desvio de frequência ∆𝑓 pela frequência da modulante 𝑓𝑚 é geralmente


chamada de índice de modulação da onda FM.
 Representamos este novo parâmetro por β, escrevendo
 A onda FM é dada por

 Dependendo do valor do índice de modulação 𝛽, podemos ter a FM de banda


estreita para qual 𝛽 é pequeno em comparação com um radiano e a FM de banda
larga, para o qual 𝛽 é largo em comparação a um radiano.
 Transição de comunicações analógicas para digitais.
 Na modulação de onda contínua algum parâmetro da onda portadora senoidal é
variado continuamente de acordo com o sinal de mensagem.
 Na modulação de pulso, algum parâmetro de um trem de pulsos é variado de
acordo com o sinal de mensagem.
 Podemos distinguir duas famílias de modulação de pulso, modulação analógica de
pulso e modulação digital de pulso, dependendo de como a modulação é realizada.
 Na modulação analógica de pulso, um trem de pulsos periódicos é utilizado como
onda portadora e alguma característica de cada pulso (isto é, amplitude, duração
ou posição) é variada de forma contínua em função do valor correspondente da
amostra do sinal de mensagem.
 Portanto, na modulação analógica de pulso, a informação é basicamente
transmitida de forma analógica, mas a transmissão acontece em tempos discretos.
 A utilização de pulsos codificados para a transmissão de sinais analógicos
contendo informação representa o ingrediente básico na aplicação de
comunicações digitais.
 O processo de amostragem é básico a todos os sistemas de modulação por pulso.
 Em particular, lembre-se que a transformada de Fourier de um sinal periódico com
período 𝑇0 consiste de uma sequência infinita de funções delta que ocorrem em
múltiplos inteiros da frequência fundamental 𝑓0 = 1/𝑇0 .
 Podemos, portanto, afirmar que tornar um sinal periódico no domínio do tempo possui o
efeito de amostrar o espectro do sinal no domínio da frequência.
 Invocando a propriedade da dualidade da transformada de Fourier podemos afirmar
que amostrar um sinal no domínio do tempo possui o efeito de tornar o espectro do sinal
periódico no domínio da frequência.
 O processo de amostragem é geralmente, mas não exclusivamente, descrito no domínio
do tempo.
 Através da utilização do processo de amostragem, um sinal analógico é convertido em
uma sequência correspondente de amostras que são geralmente uniformemente
espaçadas no tempo.
 Para este procedimento ter utilidade prática, é necessário que escolhamos a taxa de
amostragem adequadamente, de tal forma que a sequência de amostrar definam
unicamente o sinal analógico original.
 Considere um sinal arbitrário 𝑔(𝑡) com energia finita, o qual é especificado para
todo tempo 𝑡.

 Suponha que amostremos o sinal 𝑔(𝑡) instantaneamente e a uma taxa uniforme, a


cada 𝑇𝑠 segundos.
 Consequentemente, obtemos uma sequência infinita de amostras espaçadas 𝑇𝑠
segundos uma da outra e representada por 𝑔(𝑛𝑇𝑠 ) , na qual 𝑛 assume todos os
possíveis valores inteiros, tanto positivos quanto negativos.
 Referimos a 𝑇𝑠 como o período de amostragem ou intervalo de amostragem e seu
recíproco 𝑓𝑠 = 1/𝑇𝑠 como taxa de amostragem.
 Definimos o sinal amostrado como:

 O termo 𝛿(𝑡 − 𝑛𝑇𝑠 ) representa a função delta posicionada no tempo t = 𝑛𝑇𝑠 .


 O processo de amostrar uniformemente um sinal de tempo contínuo de energia
finita resulta em um espectro periódico igual a taxa de amostragem.

 Admitamos que seja a transformada de Fourier de

 E que escolhemos o período de amostragem 𝑇𝑠 = 1/2𝑊, onde W é a largura de


banda do sinal.
 A figura abaixo mostra o espectro de um sinal 𝑔(𝑡) limitado em banda e o espectro
da versão amostrada de 𝑔(𝑡) para um período de amostragem 𝑇𝑠 = 1/2𝑊.

 Podemos então definir o teorema de amostragem para sinais limitados em banda


de energia finita, o qual estabelece que um sinal limitado em banda com energia
finita pode ser completamente recuperado a partir do conhecimento de suas
amostras, tomadas a uma taxa maior do que a taxa de 2W amostras por segundo,
que é chamada taxa de Nyquist.
 A modulação por amplitude de pulso é a forma mais simples e mais básica de
modulação de pulso analógica.
 Na modulação por amplitude de pulso (PAM – do inglês, pulso-amplitude
modulation), a amplitude dos pulsos regularmente espaçados é variada
proporcionalmente aos valores amostrados do sinal contínuo de mensagem.
 Há duas operações envolvidas na geração do sinal PAM: sample-and-hold  a
amostragem do sinal de mensagem 𝑚(𝑡) e o prolongamento da duração de cada
amostra até certo valor constante T.
 Podemos expressar o sinal PAM como:

 Onde 𝑇𝑠 é o período de amostragem, 𝑚(𝑛𝑇𝑠 ) é o valor da amostra de 𝑚(𝑡) obtido


no tempo 𝑡 = 𝑛𝑇𝑠 . E ℎ(𝑡) é um pulso retangular padrão de amplitude unitária e
duração T.
 A figura abaixo mostra a forma de onda de um sinal de mensagem 𝑚(𝑡), e a
sequência de pulsos retangulares modulado em amplitude que representa o sinal
PAM 𝑠(𝑡).
 As outras duas formas de modulação
por pulso analógica são a modulação
por duração de pulso (PDM), também
chamada de modulação por largura
de pulso em que amostras do sinal de
mensagem são usadas para variar a
duração dos pulsos individuais na
portadora.
 E a modulação por posição de pulso
(PPM), em que a posição de um pulso
em relação ao seu tempo de
ocorrência não-modulado é variada
de acordo com o sinal.
 Um sinal contínuo, tal como a voz, possui uma faixa contínua de amplitudes e,
portanto, suas amostras possuem uma faixa contínua de valores.
 Em outras palavras, dentro de uma faixa finita de amplitudes do sinal, existe um
número infinito de níveis de amplitude.
 Na realidade, entretanto, não é necessário transmitir as amplitudes exatas das
amostras.
 Dizemos isso porque para qualquer sentido humano (seja audição ou visão), o
receptor final pode detectar apenas diferenças finitas de intensidade.
 Isto significa que o sinal original contínuo pode ser aproximado por um sinal
construído pelas amplitudes discretas da modulação digital de pulso.
 A quantização em amplitude é definida como o processo de transformar a
amplitude da amostra 𝑚(𝑛𝑇𝑠 ) de um sinal banda base 𝑚(𝑡) no tempo 𝑡 = 𝑛𝑇𝑠 em uma
amplitude discreta 𝑣(𝑛𝑇𝑠 ) tomada de um conjunto finito de possíveis níveis.
 Quantizadores podem ser do tipo uniforme ou não uniforme.
 Em um quantizador uniforme, os níveis de representação são espaçados
uniformemente. Caso contrário, o quantizador é não uniforme.
 A característica de quantização também pode ser do tipo meio-piso no qual a
origem do quantizador se situa no meio do piso do degrau do gráfico da escada e
do tipo meio-degrau, no qual a origem se situa no meio de um degrau do gráfico
de escada.
 Com o processo de amostragem e quantização a nossa disposição, estamos prontos
para descrever a modulação por codificação de pulso, que é a forma mais básica
de modulação digital de pulso.
 Na modulação por codificação de pulso (PCM – do inglês, pulse code modulation),
um sinal de mensagem é representado por uma sequência de pulsos codificados,
obtidos pela representação do sinal na forma discreta tanto no tempo quanto em
amplitude.
 As operações básicas realizadas no transmissor de um sistema PCM são
amostragem, quantização e codificação
 AMOSTRAGEM:
 O sinal de entrada (banda base) é amostrado por um trem de pulsos retangulares.
 Para garantir a reconstrução perfeita do sinal de mensagem no receptor, a taxa de
amostragem deve de ser maior do que duas vezes a componente W do sinal de
mensagem, de acordo com o teorema da amostragem.
 Na prática, um filtro anti-aliasing (passa-baixa) é utilizado na frente do amostrador,
para excluir as frequências maiores do que W antes da amostragem.
 Portanto, a aplicação da amostragem permite reduzir o sinal de mensagem que
varia continuamente (com alguma duração finita) a um número limitado de valores
discretos por segundo.
 QUANTIZAÇÃO
 Como não é possível transmitir esses valores tal como são amostrados, realiza-se o
processo que tem o objetivo de funcionar como um "arredondamento" dos
diversos valores amostrados sobre níveis de valores estabelecidos.
 A versão amostrada do sinal de mensagem é, então, quantizada, fornecendo uma
nova representação do sinal que, agora, é discreto tanto no tempo quanto em
amplitude.
 CODIFICAÇÃO
 Combinando-se o processo de amostragem e quantização, a especificação do sinal
contínuo de mensagem (banda base) se torna um conjunto limitado de valores
discretos, mas não na forma mais adequada para a transmissão em uma linha
cabeada ou por rádio.
 Para tornar o sinal transmitido mais imune ao ruído, interferência ou outras
degradações do canal, podemos precisar utilizar um processo de codificação para
transformar o conjunto discreto de valores amostrados em uma forma mais
apropriada de sinal.
 Qualquer plano de representação de um conjunto discreto de valores em uma
forma particular de eventos discretos é chamado de código.
 Um dos eventos discretos em um código é chamado de elemento do código ou
símbolo.
 Por exemplo, a presença ou ausência de um pulso é um símbolo.
 CODIFICAÇÃO
 Um arranjo particular de símbolos utilizados em um código para representar um
valor único do conjunto discreto é chamado de palavra-código.
 Em um código binário, cada símbolo pode ser de um dentre dois valores distintos,
tal como pulso negativo ou pulso positivo.
 Os dois símbolos de um código binário são, geralmente, representados por 0 e 1.
 A vantagem de utilizar um código binário é que o símbolo binário suporta um
relativo nível alto de ruído e é fácil de ser gerado e regenerado.
 Suponha que, em um código binário, cada palavra de código consista de R bits.
 O bit é um acrônimo para dígito binário.
 Logo, utilizando este código, podemos representar um total de 2𝑅 números
distintos.
 Por exemplo, uma amostra quantizada em um de 256 níveis pode ser representada
por um código com 8 bits.
 CODIFICAÇÃO
 Existem várias formas de estabelecer uma
correspondência de um-para-um entre os níveis de
representação e palavras de código.
 Um método conveniente é expressar o número
ordinal do nível de representação como um número
binário.
 A imunidade ao ruído vem do fato de que códigos
adicionam bits a sequência de dados no
transmissor, permitindo que com esses bits
(paridade ou redundância), erros sejam detectados
e corrigidos no receptor.
 RECEPTOR
 A primeira operação no receptor é regenerar o sinal, ou seja, remodelar e limpar os
pulsos recebidos na sequência de envio.
 Esses pulsos limpos são então reagrupados em palavras-código e decodificados em um
sinal PCM quantizado.
 A operação final no receptor é recuperar o sinal de mensagem introduzindo na saída
do decodificador um filtro de reconstrução passa-baixas cuja frequência de corte é
igual a largura de banda da mensagem W.
 Processo que permite modificar uma ou mais características de um sinal analógico
baseado na informação contida em um sinal digital;
 Quando você transmite dados de um computador para outro dispositivo através da
rede telefônica, os dados originais estão na forma digital dentro do computador,
mas os meios metálicos das linhas telefônicas podem transportar apenas sinais
analógicos. Desse modo, devemos converter (modular) esses dados para
analógicos antes de transmiti-los. Os dados digitais devem ser modulados em um
sinal analógico de acordo com regras que permitam distinguir entre os valores 0s
e 1s.
 O sinal modulante é um sinal digital;
 A informação (bits) é transmitida em forma de modificações em características da
portadora:
 Amplitude (modulação ASK (Amplitude Shift Keying));
 Frequência (modulação FSK);
 Fase (modulação PSK);
 Amplitude e Fase (modulação QAM)
 Na modulação ASK, a amplitude do sinal da portadora varia de modo a representar
a informação binária 0 e 1.

 A demodulação, assim como no AM, pode ser realizada através de um detector de


envoltória.
 A modulação ASK é muito suscetível a interferências, visto que os ruídos
geralmente afetam a amplitude do sinal que está sendo transmitido.
 Na modulação FSK, a frequência do sinal da portadora varia de modo a representar os
níveis binários 0 e 1. A frequência é mantida constante durante cada intervalo de bit,
mas o valor da frequência em cada intervalo depende do bit representado.

 No FSK, muitos problemas com ruído são eliminados, visto que o dispositivo é
posicionado a “olhar” variações específicas na frequência num certo intervalo de
tempo. Desse modo, o receptor é capaz de ignorar surtos ou picos de tensão. Dentre os
fatores que limitam o uso da modulação FSK aparece a capacidade física da portadora,
em termos de banda.
 Na modulação PSK, a fase da portadora é variada de modo a representar os níveis
0 e 1. Por exemplo, se partimos do pressuposto que uma fase igual a 0° representa
o bit 0. então podemos variar a fase para 180° de modo a enviar o bit 1.
 A modulação PSK, não é susceptível as degradações provocadas por ruídos, que
tanto afetam a técnica ASK, ou limitações de banda do FSK. Isso significa que
pequenas variações no sinal podem ser facialmente detectadas por um receptor
PSK.
 Desse modo, em vez de utilizar apenas duas variações de fase em um sinal, cada
qual representando apenas um bit por vez, podemos utilizar quatro ou mais
variações de fase, o que permite representar dois ou mais bits ou símbolos por
vez.
 Na modulação QAM, a fase e a amplitude da portadora são modificadas. A
modulação QAM é uma combinação das técnicas ASK e PSK elaborada de maneira
a aumentar o número de bits transmitidos.

 Teoricamente, um número qualquer


de amplitudes pode ser combinado a
uma vasta quantidade de variações
de fase.
 Cada símbolo é uma combinação de
amplitude e fase (por exemplo: 1 volt
e 90º equivale a 010);
 Denominamos multiplexação o conjunto de técnicas que permite a transmissão
de múltiplos sinais simultâneos através de um meio de comunicação.
 Para transmitir um número destes sinais em um mesmo canal (isto é, cabo), os
sinais devem ser mantidos separados, de tal forma que eles não interfiram uns com
os outros e, portanto, possam ser separados no lado do receptor.
 Isto é feito separando os sinais na frequência ou no tempo. A técnica de
separação dos sinais na frequência é chamada de multiplexação por divisão na
frequência (FDM, do termo em inglês), enquanto que a técnica de separação dos
sinais no tempo é chamada de multiplexação por divisão no tempo (TDM, do termo
em inglês).
 Multiplexaçao por divisão em frequência (Frequency-division multiplexing -
FDM) é a técnica utilizada em sistemas de transmissão analógicos tradicionais,
incluindo o rádio AM, FM e televisão.
 Como um exemplo simples, suponha que duas pessoas em uma sala queiram falar
ao mesmo tempo. Um ouvinte ouviria uma superposição de ambas as formas de
onda de fala e teria dificuldade em separar uma coisa da outra.
 Se, no entanto, um dos oradores falasse em barítono e outro em soprano, o ouvinte
poderia decidir entre os dois sinais de voz usando um filtro acústico.
 Por exemplo, um filtro passa-baixa só iria admitir a voz de barítono, bloqueando
assim o outro sinal.
 O deslocamento é realizado usando um sinal de portadora senoidal. O sinal da
mensagem original é multiplicado pela portadora (modulação).
 Isso muda as frequências do sinal de mensagem pela frequência da portadora.
 Estamos descrevendo a modulação em amplitude.
 Ao utilizar múltiplas senóides de diferentes frequências, os sinais podem ser
empilhados em frequência de um modo sem sobreposição.
 Para ser capaz de separar os sinais, as várias portadoras devem ser espaçadas por
pelo menos duas vezes a frequência mais elevada do sinal de mensagem.
 Os sinais multiplexados podem ser extraído usando filtros passa-banda.
 Os sinais de mensagem de entrada são considerados como sendo do tipo passa-
baixa.
 Seguindo cada sinal de entrada, mostramos um filtro passa-baixa, o qual é
projetado para remover componentes de alta frequência que não contribuem
significativamente para a representação do sinal, mas que são capazes de
perturbar outros sinais de mensagem que partilham o canal comum.
 Estes filtros passa-baixa são omitidos somente se os sinais de entrada são,
inicialmente, suficientemente limitados em faixa.
 Os sinais de entrada são aplicados a moduladores que deslocam as faixas de
frequência dos sinais, de forma a ocuparem intervalos de frequência mutuamente
exclusivos.
 As frequências de portadora necessárias para executar estas translações de
frequência são obtidas de uma fornecedora de portadora.
 Para a modulação, podemos utilizar qualquer um dos métodos descritos
anteriormente.
 Na concepção de sistemas FDM, deve ser dada atenção à distância mínima entre as
portadoras.
 Os canais devem ser separados por faixas de separação, inutilizadas
propositalmente (bandas de proteção/segurança), para evitar interferências.
 Um (intervalo de guarda) guard slot é frequentemente incluído entre componentes
de frequência multiplexados.
 Quanto maior o intervalo de guarda, mais fácil será projetar os filtros de
separação.
 No entanto, o preço pago é uma redução do número de canais que podem ser
multiplexados dentro de uma determinada largura de banda.
 ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line)
 Limitação das linhas telefônicas convencionais com uso de cabeamento de par
trançado na infraestrutura da operadora
 Bandas de subida e descida são assimétricas
 16 a 640 KBps subida e 1 a 9 MBps descida
 Assuma que o canal de voz ocupa a largura de banda de 4 KHz. Desejamos
combinar 3 canais de voz em um link cuja a largura de banda é de 12 KHz (20 a 32
KHZ). Apresente os blocos com a configuração dos processos de multiplexação e
demultiplexação, sem mostrar a banda de proteção, no domínio da frequência.
 SOLUÇÃO: Alocamos 3 canais, 20 a 24, 24 a 28 e 28 a 32 KHZ, e representamos eles
no domínio da frequência.
 No processo de demultiplexação pegamos o sinal composto (de 20 a 32) e
passamos pelos filtros, regenerando o sinal.
 Cinco canais de 100 KHz de banda são multiplexados juntos. Qual é a menor
largura de banda do link se necessitamos de uma banda de proteção de 10 KHz?
 SOLUÇÃO: Entre os canais de 100 KHz devemos incluir a banda de segurança de
10 KHz, ou seja, temos 4 intervalos entre os cinco canais, dando uma largura de
banda total de 540 KHz
 Há uma completa dualidade entre o domínio do tempo e o domínio da frequência.
 Assim, podemos estender a discussão de FDM para o domínio do tempo:
multiplexação por divisão de tempo, time-division multiplexing (TDM).
 Essa forma de multiplexação é comum nos sistemas de modulação de pulso.
 O teorema da amostragem fornece a base para a transmissão da informação
contida em um sinal de mensagem 𝑚(𝑡) limitado em faixa na forma de uma
sequência de amostra de 𝑚(𝑡) tomadas uniformemente a uma taxa que,
geralmente, é um pouco maior do que a taxa de Nyquist.
 Uma característica importante do processo de amostragem é a conservação do
tempo.
 Ou seja, a transmissão das amostras da mensagem utiliza o canal de comunicação
periodicamente por apenas uma fração do intervalo de amostragem e, desta
forma, algum intervalo de tempo entre amostras adjacentes é disponibilizado para
outras fontes de mensagem independentes, em um sistema de compartilhamento
de tempo.
 Obtemos portanto um sistema de multiplexação por divisão no tempo (TDM – do
inglês, time-division multiplex), o qual possibilita a utilização de um canal de
comunicação comum por várias fontes de mensagem independentes sem
interferência mútua entre elas.
 Cada sinal de mensagem de entrada é primeiro restringido em largura de faixa
por um filtro anti-aliasing passa-faixa para remover as frequências que não são
essenciais para uma representação adequada do sinal.
 As saídas dos filtros são, então, aplicadas a um comutador, o qual é geralmente
implementado usando um circuito eletrônico de chaveamento.
 O comutador possui duas funções básicas: (1) tomar uma amostra estreita de cada
uma das N mensagens de entrada a uma taxa 𝑓𝑠 um pouco mais alta do que 2W,
onde W é a frequência de corte do filtro anti-aliasing
 (2) entrelaçar sequencialmente estas N amostras dentro do intervalo de
amostragem 𝑇𝑠 . Esta última função é a essência da operação de multiplexação por
divisão no tempo.
 Seguindo o processo de comutação, o sinal multiplexado é aplicado a um
modulador de pulso, com o propósito de transformar o sinal multiplexado em uma
forma adequada para a transmissão em um canal comum.
 É claro que a utilização da multiplexação por divisão no tempo introduz um fator N
de expansão de largura de faixa, pois o esquema deve apertar N amostras obtidas
de N fontes independentes de mensagem em um slot de tempo igual a um
intervalo de amostragem.
 No lado do receptor do sistema, o sinal recebido é aplicado a um demodulador de
pulso, o qual executa a operação inversa do modulador de pulso.
 As amostras estreitas produzidas na saída do demodulador de pulso são
distribuídas aos filtros de reconstrução passa-baixa apropriados através de um
outro comutador, o qual opera em sincronismo com o comutador do transmissor.
 Esta sincronização é essencial para a operação satisfatória do sistema.
 O tempo é dividido em intervalos de tamanho fixo T chamado frames.
 Cada frame é dividido em N subintervalos denominados slots (ou segmentos). O
tamanho de cada slot em um frame não é necessariamente igual.
 No TDM síncrono, o sinal de clock
é único tanto para MUX quanto
para o DEMUX.
 Note que como neste caso não há
byte de sincronismo, mesmo os
canais não usados ocupam banda
de comunicação.
 Quando a fonte do sinal não
ocupar o canal alocado, este não
pode ser utilizado por outra
entidade. Portanto existe um
desperdício da capacidade do
canal (e por consequência do
meio físico)
 Não existe a alocação de canal.
 Nenhuma capacidade é desperdiçada, pois o tempo não utilizado por uma fonte
está sempre disponível.
 Não existe o conceito de frame.
 Para cada slot é necessário um cabeçalho.
 Quatro conexões de 1 Kbps são multiplexadas via TDM, determine o tempo de
duração de um bit antes da TDM, a taxa de transmissão do link, a duração do slot
time e o tempo de duração de um frame.
 Quatro conexões de 1 Kbps são multiplexadas via TDM, determine o tempo de
duração de um bit antes da TDM, a taxa de transmissão do link, a duração do slot
time e o tempo de duração de um frame.

 Solução:
 Tempo de bit: 1/1000 bps = 0,001 s ou 1 ms
 Taxa de transmissão do link: 4 x a taxa individual, ou seja: 4Kbps
 Duração do slot time: 1/4000 = 250 microssegundos
 Duração do frame: 250 x 4 = 1 milisegundo
 Possuo um arquivo de 640 kbits (kilobits) para ser enviado a um servidor de
destino. A minha rede utiliza o TDM de 24 compartimentos e tem uma taxa de
1,536 Mbps (Megabits por segundo ). Suponhamos que para ativar o canal desse
circuito leve 500 milisegundos. Em quanto tempo esse arquivo será enviado?
 Possuo um arquivo de 640 kbits (kilobits) para ser enviado a um servidor de
destino. A minha rede utiliza o TDM de 24 compartimentos e tem uma taxa de
1,536 Mbps (Megabits por segundo ). Suponhamos que para ativar o canal desse
circuito leve 500 milisegundos. Em quanto tempo esse arquivo será enviado?
Solução:
 Tamanho do arquivo: 640 kb
 Qte de canais (N): 24
 Taxa de transmissão total: 1.536 Mpbs
 Delay: 500 ms => 0,5s

 1ª etapa: Encontrar a taxa de transmissão por canal:


 Txcanal = Txtotal/N => Txcanal = 1.536/24 => Txtotal = 0,064 Mbps = 64 Kbps.
 2ª etapa: encontrar o tempo total de transmissão:
 Tptransmissão(s) = (TamArquivo/Txcanal)+delay(s) =>
 Tptransmissão = (640/64)+0.5s => 10 + 0.5 = 10.5 segundos

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