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Professora: Fernanda Smith

fernandasmith@gmail.com
▪ 1.Transmissão:
▪ Modulação analógica e digital
▪ Multiplexação por divisão na frequência (FDM);
▪ Multiplexação por divisão no tempo (TDM).

▪ 2.Sistemas de Telefonia:
▪ Noções básicas sobre telefonia;
▪ Sinalização nas redes telefônicas

▪ 3.Rádio Digital:
▪ Projeto de enlace;
▪ Desvanecimento;
▪ Diversidade.

▪ 4.Sistemas de Comunicação por Fibras Ópticas:


▪ Cálculo de enlaces ópticos;
▪ Multiplex por divisão em comprimento de onda (WDM);
▪ A rede SONET.
▪ 5.Sistemas de Comunicação via Satélite:
▪ Sistemas GEO, MEO e LEO;
▪ Cálculo de enlaces;
▪ Sistemas de satélite móvel.

▪ 6.Sistemas de Comunicação sem Fio:


▪ O conceito de telefonia celular;
▪ Rede de comunicação sem fio;
▪ O canal de rádio móvel;
▪ Descrição de sistemas.

▪ 7.Redes de Comunicação de Dados:


▪ O modelo de camadas;
▪ Protocolos e enlaces;
▪ Comutação de pacotes;
▪ Roteamento e controle de fluxo;
▪ Redes ATM.
▪ [1] Carlson, Bruce: Communication Systems – 5a Ed. Ano 2009 – McGraw Hill.
▪ [2] Haykin, Simon: Sistemas de Comunicação – 5a Ed. Ano 2011 – Bookman.
▪ [3] Lathi, B. P.: Modern Digital and Analog Communication Systems – 4th Ed. Ano
2009 – Oxford University PRess
▪ Segundo Nanda e Goodman (1992), “um sistema móvel é definido como uma rede
de comunicações por rádio que permite mobilidade contínua por meio de muitas
células.”
▪ O projeto inicial de um sistema de telefonia móvel prevê a maior área de
cobertura possível, devido a uma potência de transmissão elevada que é
transmitida por uma antena devidamente acoplada a uma alta torre de
telecomunicações.
▪ Em um sistema de telefonia móvel celular, a área de cobertura é dividida em
células, permitindo assim, que a potência transmitida seja baixa e as frequências
utilizadas nas células sejam reutilizadas. Com isso, vários problemas como
congestionamento e capacidade de usuário foram resolvidos.
▪ Os primeiros sistemas móveis terrestres surgiram da necessidade de comunicação
de órgãos públicos norte-americanos, sendo seguidos de sistemas comerciais.
▪ Eram compostos, basicamente, de transmissores com alta potência situados em
locais altos para garantir uma área de cobertura apropriada (quanto mais alto o
transmissor, maior a área de cobertura), como ilustrado na figura abaixo.
▪ Embora essa técnica conseguisse uma cobertura muito boa, também significava
que era impossível reutilizar essas mesmas frequências pelo sistema, pois
quaisquer tentativas de reutilização resultariam em interferência.
▪ Esta situação só pode ser resolvida com a introdução do conceito de células, que deram o nome à
telefonia celular.
▪ A principal limitação dos sistemas convencionais era ter que cobrir uma grande região, como uma
cidade inteira, com um número limitado de canais.
▪ Nos sistemas celulares esta grande região passa a ser dividida em áreas menores, denominadas
células.
▪ Cada célula utiliza apenas um subconjunto dos canais do sistema, distinto dos utilizados nas células
vizinhas.
▪ O conjunto de células vizinhas que utiliza todos os recursos do sistema é denominado grupo (ou
cluster, em inglês).
▪ Dentro do grupo, todo o espectro disponível pode ser utilizado, sendo os canais divididos entre as
células de tal maneira que um determinado canal só estará presente em uma única célula do grupo.
▪ Os sistemas de celular contam com uma alocação e reutilização de canais em uma
região de cobertura.
▪ Cada estação-base de celular recebe um grupo de canais de rádio a ser usado
dentro de uma pequena área geográfica, chamada célula.
▪ À estações-base em células adjacentes são atribuídos grupos de canais que
contêm canais completamente diferentes daqueles de células vizinhas.
▪ As antenas das estações-base são projetadas para permitir a cobertura desejada
dentro de uma particular célula.
▪ Limitando o limite de cobertura à área abrangida pela célula, o mesmo número de
canais pode ser usado para cobrir diferentes células que são separadas umas das
outras por distâncias grandes o suficiente para manter níveis toleráveis de
interferência.
▪ O processo de selecionar e alocar grupos de canais para as estações-base
celulares dentro de um sistema é chamado reuso de frequências ou planejamento
de frequências.
▪ A Figura ao lado ilustra o conceito de
reuso de frequências em telefonia
celular, onde células marcadas com a
mesma letra usam o mesmo grupo de
canais, ou seja, o mesmo conjunto de
frequências.
▪ Um cluster (agrupamento) de células é
salientado na figura pelo negrito.
▪ Neste exemplo o tamanho do cluster (N)
é igual a sete e o fator de reuso de
frequências é 1/7 , desde que cada
célula contém um sétimo do número
total de canais disponíveis.
▪ A real cobertura de rádio de uma célula é conhecida como planta ou footprint
(pegada) e é determinada a partir de medidas de campo ou modelos de predição
de propagação.
▪ Embora a real footprint seja por natureza, amorfa, uma forma regular para a célula é
necessária por requerimentos de projeto e de adaptação para futuro crescimento.
▪ Embora pareça natural a escolha de um círculo para representar a área de
cobertura de uma estação-base, este formato geométrico não é utilizado para a
área de cobertura de uma célula, porque círculos adjacentes não podem ser
justapostos sem deixar espaços ou criar regiões sobrepostas.
▪ Quando se considera os formatos geométricos que podem cobrir uma região sem
deixar falhas ou sobreposições, as três melhores escolhas para o padrão de uma
célula recaem no quadrado, no triângulo equilátero e no hexágono.
▪ O padrão hexagonal utilizado para as
células, mostrado na Figura ao lado é
conceitual, sendo um modelo simplificado
da cobertura de rádio para cada estação
base.
▪ O padrão hexagonal tem sido
universalmente adotado porque facilita a
análise do sistema celular.
▪ O formato hexagonal das células é o mais
prático, pois permite maior abrangência
de cobertura.
▪ Outros formatos como o quadrado e o
triângulo podem ser utilizados, contudo,
no projeto de uma célula deve-se
considerar um usuário em seus extremos.
Isto torna os formatos quadrados e
triangulares não viáveis, já que os limites
de tais células não possuem uma distância
igual em relação à ERB (estação rádio
base). Assim o hexágono se torna a
melhor opção, já que as distâncias de seus
extremos são iguais em relação à ERB.
▪ Ao utilizarmos hexágonos para modelar áreas de cobertura, os transmissores das
estações-base podem estar colocados no centro da célula (center-excited cells) ou
em três dos seis vértices da célula (edge-excited cells).
▪ Normalmente, antenas omnidirecionais são usadas em center-excited cells e
antenas direcionais setorizadas são usadas em edge-excited cells.
▪ Para entender o conceito de reuso de frequências, consideremos um sistema
celular com um total de 𝑆 canais duplex disponíveis para uso.
▪ Se a cada célula é alocado um grupo de 𝑘 canais (𝑘 < 𝑆), e se os 𝑆 canais são
divididos entre 𝑁 células em grupos de canais únicos e disjuntos, cada um tendo o
mesmo número de canais, o número total de canais de rádio disponíveis pode ser
expresso como

▪ Às 𝑁 células, as quais usam coletivamente o conjunto completo de frequências


disponíveis, é atribuída a denominação de cluster (ou agrupamento).
▪ Se um cluster é replicado 𝑀 vezes dentro de um sistema, o número total de canais
duplex 𝐶, que pode ser usado como uma medida da capacidade do sistema, é
dado por

▪ Conforme indica a Equação acima, a capacidade de um sistema celular é


diretamente proporcional ao número 𝑀 de vezes que um cluster é replicado em
uma área de serviço fixa.
▪ O fator 𝑁 é chamado tamanho do cluster e é tipicamente igual a 4, 7 ou 12. Se o
tamanho 𝑁 do cluster é reduzido, enquanto o tamanho da célula é mantido
constante, mais clusters serão necessários para cobrir uma dada área, aumentando
o valor de 𝑀 e, por consequência, aumentando a capacidade de usuários do
sistema.
▪ Um tamanho de cluster maior indica que a razão entre o raio da célula e a distância
entre células co-canais é pequena, assim como um pequeno tamanho de cluster
indica que as células co-canais são localizada mais próximas.
▪ O valor de 𝑁 é uma função de quanta interferência uma estação móvel ou base
pode tolerar, mantendo uma qualidade adequada de comunicação.
▪ O fator de reuso de frequência de um sistema celular é dado por 1Τ𝑁, pois a cada
célula dentro de um cluster é atribuído somente 1Τ𝑁 dos canais totais disponíveis
no sistema.
▪ Em termos de projeto, é desejável o menor valor possível de 𝑁 para maximizar a
capacidade do sistema sobre uma dada área de cobertura (menor N , maior fator
de reuso).
▪ Devido ao fato de que a geometria hexagonal
mostrada na Figura ao lado apresenta exatamente
seis vizinhos equidistantes e que as linhas que unem
os centros de qualquer célula e cada um de seus
vizinhos são separadas por múltiplos de 60 graus, há
apenas certos tamanhos de cluster e desenhos de
células que são possíveis.
▪ Para que seja possível uma conexão sem
interrupções entre células adjacentes, a geometria
do hexágono é tal que o número de células por
cluster, 𝑁 , pode apenas assumir valores que
satisfaçam à Equação abaixo, ou seja,

▪ onde i e j são inteiros não-negativos.


▪ Para determinar os vizinhos co-canais mais
próximos de uma particular célula, adota-se
o seguinte algoritmo (ilustrado na Figura ao
lado para i = 3 e j = 2 , resultando em N = 19
):
▪ (1) mover i células ao longo de qualquer
cadeia de hexágonos,
▪ (2) virar 60 graus no sentido contrário ao
sentido dos ponteiros do relógio e mover j
células.
▪ Se um total de 33 MHz de largura de banda é alocado para um particular sistema
de telefonia celular FDD, o qual usa dois canais simplex de 25 kHz para prover
canais de voz e controle full duplex, determine o número de canais disponível
por célula se um sistema usa:
▪ (a) Reuso de 4 células;
▪ (b) Reuso de 7 células e
▪ (c) Reuso de 12 células.
▪ Se 1 MHz do espectro alocado é dedicado a canais de controle, determine uma
distribuição equitativa de canais de controle e de voz em cada célula para cada
um dos três sistemas.
▪ Solução:
▪ Largura de banda total: 33 MHz
▪ Largura de banda do canal:
▪ 25 kHz ×2 canais simplex = 50 kHz/canal duplex
▪ Número total de canais disponíveis: 33000/50 = 660 canais

▪ (a) Para N = 4 ,
▪ o nº total de canais disponíveis por célula será = 660/4=165 canais.
▪ (b) Para N = 7 ,
▪ o nº total de canais disponíveis por célula será = 660/7=95 canais.
▪ (c) Para N = 12 ,
▪ o nº total de canais disponíveis por célula será = 660/12=55 canais.
▪ Solução:
▪ Um espectro de 1 MHz para canais de controle implica que haja 1000/50=20
canais de controle. Para distribuir igualmente os canais de voz e controle, aloque
o mesmo número de canais de voz em cada célula sempre que possível. No
presente exemplo, os 660 canais devem ser igualmente distribuídos para cada
célula dentro do cluster. Na prática, apenas 640 canais de voz poderão ser
alocados, já que os canais de controle são alocados separadamente, 1 por célula.
▪ (a) Para N = 4 , pode-se alocar 5 canais de controle e 160 (640/4) canais de voz
por célula. Na prática, entretanto, cada célula somente necessita de um único
canal de controle. Então, um canal de controle e 160 canais de voz podem ser
atribuídos a cada célula.
▪ (b) Para N = 7 , pode-se alocar 4 células com 3 canais de controle e 92 (640/7)
canais de voz, 2 células com 3 canais de controle e 90 canais de voz por célula e
1 célula com 2 canais de controle e 92 canais de voz. Na prática, entretanto, cada
célula poderá ter um único canal de controle, 4 células poderão ter 91 canais de
voz e 3 células poderão ter 92 canais de voz.
▪ Solução:
▪ (c) Para N = 12 , poderemos ter 8 células com 2 canais de controle e 53 (640/12)
canais de voz, e 4 células com 1 canal de controle e 54 canais de voz cada. Em
um sistema real, cada célula poderá ter um canal de controle, oito células
poderão ter 53 canais de voz e 4 células poderão ter 54 canais de voz.
▪ Um sistema celular é composto basicamente de:
▪ (a) Estações Móveis (EM ou UM)
▪ (b) Estações Rádio Base (ERB ou BTS),
▪ (c) Controladoras de Estações Rádio Base (CERB ou BSC),
▪ (d) Centrais de Comutação e Controle (CCC ou MSC),

▪ A escolha da tecnologia adequada depende diretamente do serviço a ser


oferecido. Do ponto de vista da operadora, a alternativa deve oferecer facilidade
de planejamento, administração e gerenciamento da rede em contraste com os
custos.
▪ As soluções diferem na topologia básica, na frequência de rádio, na modulação, no
protocolo de comunicação, no padrão tecnológico, na disponibilidade para o
comércio em massa, nos recursos de software, na área de serviço e na técnica de
acesso ao meio, ou seja, na forma pela qual os usuários repartem o espectro de
frequências.
▪ A Estação Móvel é o terminal móvel do usuário composto por monofone,
teclado, unidade de controle, bateria, unidade de rádio e antena.
▪ Sua função principal é fazer a interface eletromecânica entre o usuário e
o sistema. Estes equipamentos podem ser classificados como portátil,
veicular ou transportável, dependendo de suas dimensões e capacidade
de potência e carga (bateria).
▪ Algumas características e funções variam dependendo do modelo
oferecido pelos diversos fabricantes existentes.
▪ As funções básicas são comuns a todos aparelhos:
▪ Realizar a interface entre o usuário e o sistema.
▪ Realizar a varredura dos canais de controle, escolhendo o melhor sinal
para sintonia.
▪ Converter sinais de áudio em sinais de RF, e vice-versa.
▪ Responder a comandos enviados pelo sistema.
▪ Alertar usuário sobre chamadas recebidas.
▪ Alertar o sistema sobre tentativas de realização de chamadas.
▪ Alguns exemplos de mensagens de controle trocadas entre móvel e base são:
▪ - pedido do móvel para acessar um canal e efetuar uma chamada;
▪ - registro do móvel na área de serviço atual (outra CCC);
▪ - mensagem de alocação de canal para o móvel, oriunda da estação base;
▪ - mensagem de handoff oriunda da estação base, para que o móvel sintonize outro
canal.
▪ Um fator importante com relação às unidades móveis é que estas devem seguir um
determinado padrão para que haja uma independência e compatibilidade entre os
equipamentos de diferentes fabricantes.
▪ Toda Estação móvel é composta por três partes principais:
▪ Bloco de Lógico;
▪ Bloco de RF (Rádio);
▪ Bloco de Interação com o usuário (Handset).

▪ O Bloco Lógico é composto pelos microprocessadores e memórias, que executam


as seguintes funções:
▪ Sinalizar controle para Estação Rádio Base;
▪ Controlar os Blocos de RF e Handset.

▪ O Bloco RF é utilizado para comunicação com a Estação Base. Divide-se em:


▪ Circuito Transmissor (Tx);
▪ Circuito Receptor (Rx);
▪ Circuito Seletor de Canais.
▪ A Estação Rádio Base é a repetidora da informação de voz e dados de controle em
meio eletromagnético.
▪ Na verdade ela é responsável em fazer a interface entre uma única CCC e diversas
Estações Móveis.
▪ Cada ERB pode suportar até 154 canais de voz dependendo do fabricante, do
sistema e de sua aplicação.
▪ Cada ERB é composta de um sistema de rádio contendo receptores (Rx),
transmissores (Tx), combinadores, divisores, filtros, antenas, um sistema de
processamento e controle contendo o processador de controle, multiplexadores
(MUX), cabos coaxiais, painel de controle e da interface com a CCC por um MUX a
2Mbps ou taxa maior.
▪ A ERB é responsável por monitorar o sinal recebido de uma EM comunicando à
CCC qualquer alteração indesejável em relação a potência ou a interferência no
sinal recebido.
▪ Outras funções de sinalização também são agregadas à ERB, como o controle de
potência das EM, e outros comandos recebidos da CCC.
▪ A ERB desempenha diversas funções. São elas:
▪ Prover a interface de rádio entre as EMs e o sistema;
▪ Converter sinais de RF em áudio, e vice-versa;
▪ Controlar e informar as EMs em sua área de cobertura;
▪ Verificar e informar a qualidade de sinal das chamadas sobre o seu controle;
▪ Verificar e informar a entrada em operação de novas EMs sob seu controle;
▪ Responder a comandos recebidos da CCC.

▪ A Estação Rádio Base está basicamente dividida em quatro partes. São elas:
▪ Sistema de Controle de Potência;
▪ Circuitos de sinalização e alarme;
▪ Circuitos de Rádio Frequência (RF);
▪ Torre e antenas.
▪ As Controladoras de Estações Rádio Base fazem apenas a interface entre um
conjunto de ERBs na qual ela controla e uma CCC em alguns sistemas.
▪ Na verdade, a CERB executa algumas funções da CCC, o que descarrega o
processamento centralizado nas CCCs.
▪ Algumas destas funções são a avaliação do nível de potência do sinal, o controle da
relação sinal/ruído nos canais, a monitoria da Taxa de Erro de Bit (BER) dos canais,
o Controle de várias ERBs, etc.
▪ Normalmente, a CERB é utilizada em redes GSM, onde sua estrutura de rede tem
CCC e CERB que executam as mesmas funções que uma CCC no sistema CDMA
(IS-95) ou TDMA (IS-136).
▪ A Central de Comutação e Controle faz a interface entre o Sistema Móvel e Rede
Pública.
▪ Sua estrutura é parecida com a das centrais telefônicas de comutação automática
(CPAs).
▪ Alguns fabricantes adaptaram suas CPAs ao sistema móvel sendo que em alguns
casos apenas modificações a nível de software foram consideradas. Pelas
características de modularidade, as CCCs podem ser expandidas gradualmente
até atingir sua capacidade máxima de gerência de tráfego ou ERBs.
▪ Na CCC é onde normalmente se encontra o Home Location Register (HLR), que é o
registro de endereços e identifica cada móvel pertencente a esta área de
localização; do Visit Location Register (VLR) que é o registro de endereços de
visitantes e identifica as EMs visitantes de outra área de localização ou área de
serviço.
▪ A Central de Controle e Comutação é o cérebro do sistema de comunicação móvel
celular.
▪ A unidade de controle (Controlador) de uma CCC pode ser entendida como
computador que controla funções específicas de uma sistema de comunicação
móvel celular, tal como alocação de frequência, controle do nível de potência das
EMs, procedimento de handoff, controle de tráfego, rastreamento, procedimentos
de registro de EMs locais, localização e tarifação do sistema.
▪ Portanto, a capacidade de processamento da unidade de controle nas CCCs deve
ser maior que a de sistemas de telefonia fixa.
▪ As principais funções de uma CCC são:
▪ Realizar o "Link" entre a rede telefônica e o sistema móvel celular;
▪ Comunicar-se com outros padrões de sistemas celulares;
▪ Controlar as ERBs;
▪ Monitorar e Controlar as chamadas;
▪ Interligar várias ERBs ao sistema;
▪ Supervisionar o estado do sistema;
▪ Comutar e controlar o "handoff" de sistemas;
▪ Administrar o sistema.
▪ Todos estes sistemas ainda podem estar em arquiteturas centralizada ou
descentralizada de acordo com as condições de contorno do projeto.
▪ Como uma CCC é capaz de controlar diversas áreas de serviço, podemos ter a
arquitetura centralizada do sistema.
▪ Para áreas com alta densidade de tráfego ou grande número de ERBs, devido às
limitações da CCC, podemos fazer uso da arquitetura descentralizada onde várias
CCCs fazem a comutação e o controle de ERBs na mesma área de serviço.
▪ Em um sistema de comunicação via rádio, a interferência é um dos fatores mais
críticos, definindo na maioria das vezes a capacidade do sistema.
▪ Em um sistema celular existem basicamente dois tipos de interferência:
▪ Interferência co-canal: como os sistemas celulares utilizam os mesmos canais em
localidades diferentes, existe a possibilidade de um canal interferir no outro.
Portanto a distância entre células que utilizam os mesmos canais deve ser suficiente
para que a atenuação sofrida por estes canais evite a interferência mútua.
▪ Interferência por canal adjacente: na prática a região de cobertura de uma célula
não é perfeitamente definida. Sendo assim, células vizinhas podem ter suas áreas
de cobertura sobrepostas. Devido a imperfeições dos filtros receptores e/ou dos
circuitos moduladores um canal vizinho pode interferir em outro, interferência
denominada de canal adjacente. Uma maneira de minimizar a interferência por
canal adjacente é evitar a utilização de canais próximos em frequência em células
vizinhas.
▪ Os telefones celulares móveis podem sair da área de cobertura de uma célula e
entrar na de outra. A pedido da ERB, todos os terminais estão constantemente
enviando medidas das condições dos sinais que recebem. Essas medidas são
retransmitidas pelas ERBs à CCC.
▪ Um telefone envia, por exemplo, as medidas que indicam as condições dos sinais
que está recebendo à ERB em que atualmente está. Se estas medidas começam a
mostrar degradação, a ERB “compreende” que o telefone está afastando-se.
▪ Neste ponto a ERB envia à CCC um pedido de handoff para aquele telefone. A
CCC, por sua vez, ordena a todas as ERB’s da região, que informem a intensidade
do sinal que estão recebendo do telefone em questão. O handoff pode acontecer
também entre setores de uma mesma célula.
▪ Assim um handoff é uma função que permite manter a continuidade de uma
conversação quando o usuário passa de uma célula para outra.
▪ No caso do sistema AMPS o handoff causava uma interrupção na comunicação, pelo
fato da transmissão ser contínua e que deveria ser inferior a 0,5 segundos, já nos
sistemas digitais o handoff é praticamente imperceptível.
▪ Roaming significa “em locomoção”, indicando o processamento de uma chamada
telefônica celular móvel em uma CCC, a qual não é a de origem do assinante
celular móvel que está participando de ligação telefônica, ou seja, este celular está
registrado em uma outra CCC.
▪ Quando a estação móvel entra na área de controle de uma CCC que não é a sua
domiciliar, essa central é conhecida como CCC “visitada” e o assinante, como
visitante.
▪ As chamadas que são destinadas a este assinante em roaming serão roteadas e
comutadas pela CCC-V.
▪ Quando um assinante está em roaming é feito um anúncio da chegada deste celular
“visitante” a esta CCC visitada e esta lhe devolve a identificação da área visitada
através do canal de controle, surgindo a mensagem “ROAM” no display do celular
visitante.
▪ Após o reconhecimento deste celular “visitante”, ao receber ou solicitar uma
chamada telefônica a CCC “visitada” entra contato com a CCC de origem do
celular “visitante” e recebe desta, os dados deste assinante, como por exemplo,
número de série do celular, categoria do assinante, etc. e permite a realização da
ligação telefônica.
▪ A mudança de uma ERB ligada a uma CCC a outra ERB ligada à outra CCC, durante
uma chamada em progresso é chamado de handoff entre centrais.
▪ Nos últimos anos, os sistemas de comunicações vêm apresentando uma grande
evolução tecnológica e vários são os serviços de telecomunicação oferecidos.
▪ Os sistemas de comunicações móveis têm se destacado muito nesse contexto.
▪ A elevada demanda para os serviços de telecomunicações é a razão para tanto
esforço no sentido de prover avanços que os tornem cada dia mais atrativos
economicamente e tecnologicamente mais versáteis.
▪ Com a evolução dos sistemas de comunicações e o consequente aumento dos
usuários, as operadoras desenvolvedoras de sistemas de telefonias móveis
concentram sua ação no melhor aproveitamento do espectro e no desenvolvimento
de sistemas resistentes à interferência e à interceptação.
▪ As técnicas de múltiplo acesso foram desenvolvidas com estes objetivos.
▪ O esquema mais antigo implementado em sistemas de rádio móvel foi o acesso
múltiplo por divisão em frequência (FDMA - Frequency Division Multiple Access),
tipicamente aplicado em sistemas analógicos. Com o advento dos sistemas digitais,
surgiram as técnicas de acesso múltiplo por divisão no tempo (TDMA) e acesso
múltiplo por divisão em código (CDMA).
▪ Sistemas FDMA fazem uso de pequenas porções da banda total disponível para a
transmissão durante todo tempo, enquanto que sistemas que empregam a técnica
TDMA permitem que um transmissor faça uso de toda banda disponível para a
transmissão por uns pequenos intervalos de tempo.
▪ Por outro lado, a técnica CDMA permite que todos os transmissores tenham acesso
ao canal simultaneamente usando toda a banda disponível ao mesmo tempo,
através do uso de técnicas de espalhamento espectral.
▪ Nesse sentido, surgiram os sistemas de segunda geração (2G), que diferentemente
dos sistemas de primeira geração que contavam exclusivamente com FDMA/FDD e
FM analógico, os padrões de segunda geração utilizam formatos de modulações
digitais e técnicas de acesso múltiplo, FDMA, TDMA e CDMA.
▪ FDMA – Acesso Multiplexado por Divisão de Frequência: Nesse modo de acesso, se
tem um canal de voz associado a uma única portadora. Uma vez alocado, o canal é
usado continuamente pela base e pelo móvel até o fim da comunicação. Em outras
palavras, é necessário que um transmissor, um receptor, dois codecs (codificador /
decodificador) e dois modems (modulador / demodulador) sejam usados para
cada canal numa estação base. Um desperdício muito grande para a rede. A
alocação de mais usuários em uma mesma portadora, tornaria o sistema mais
econômico nesse aspecto.
▪ TDMA – Acesso Multiplexado por Divisão de Tempo: No modo de acesso TDMA se
tem três canais de voz para uma portadora, há um ganho em relação ao FDMA. O
usuário tem acesso a uma pequena porção da banda por determinado intervalo de
tempo (slot). Uma única portadora é compartilhada em vários slots de tempo, ou
seja, é compartilhada por vários usuários, cada qual em seu instante determinado.
A Figura abaixo, ilustra o conceito TDMA. A transmissão entre móvel e base é feita
de forma não contínua. A transmissão entre móvel–base é feita em rajadas,
ocorrendo apenas no instante de tempo (slot) reservado para que o móvel
transmita e/ou receba. Nos demais instantes de tempo, outros usuários poderão ter
acesso à mesma portadora sem, portanto, que as comunicações interfiram entre si.
▪ CDMA - Acesso Multiplexado por Divisão de Código : pode-se ter em torno de 52
assinantes ocupando uma faixa de canal única, ou seja, há uma grande expansão
em relação aos anteriores. Todos os usuários podem transmitir simultaneamente,
nas mesmas frequências e utilizando toda a banda disponível. Ao invés de se fazer
a separação entre usuários através de frequência ou frequência/tempo, a cada
usuário é designado um código, de forma que sua transmissão possa ser
identificada. Os códigos usados têm baixa correlação cruzada (idealmente zero),
ou seja, são ortogonais, fazendo com que as informações contidas nas várias
transmissões não se confundam.
▪ Fazendo uma comparação entre as diversas técnicas de acesso múltiplo,
poderíamos utilizar a seguinte analogia como exemplo. Em uma grande sala
existem diversas pessoas conversando. O TDMA seria quando todas as pessoas
estivessem no centro da sala, sendo que elas falariam em turnos, uma após a outra.
O FDMA seria quando as pessoas se juntassem em grupos , sendo que cada grupo
realizaria a sua própria conversa, e todos os grupos falariam ao mesmo tempo. O
CDMA seria quando todos estivessem no meio da sala, falando ao mesmo tempo,
sendo que cada par falaria em um idioma diferente. Portanto, a ideia do CDMA é
ser capaz de extrair o sinal desejado enquanto rejeita todo o resto como um ruído
randômico.
▪ O Lançamento da telefonia móvel.
▪ É o sinal de telefonia analógico. Foi popularizado na década
de 1980 e suportava chamadas de voz por meio de circuitos
dedicados àquela conexão durante toda a chamada. O
sistema mais utilizado nesta época era o AMPS (Advanced
Mobile Phone System), que aos poucos deu lugar ao sinal
digital, ou 2G.
▪ Com as tecnologias de redes móveis 2G houve a
troca do analógico para o digital.
▪ Começou a ser implantado na década de 1990 com
tecnologia de sinal digital. O GSM (Global System
for Mobile Communications) foi o sistema que
prevaleceu desde aquela época e ainda está em
uso para chamadas de voz e transações via POS
(Point-of-Sales).
▪ A rede 2G, é atualmente a maior rede do Brasil, com
mais de 99% de cobertura territorial para todas as
operadoras. Representa o símbolo da transição do
analógico para o digital. Em termos de usos, o 2G é
suficiente para ligar e enviar SMS. A rede 2G
também é uma precursora na transferência de
dados. As métricas geralmente observadas em 2G
são 9,6 Kbits/s, muito longe dos padrões modernos.
▪ Os padrões de segunda geração mais populares incluem o padrão CDMA IS-95 e o
popular GSM.
▪ CDMA IS-95
▪ O CDMA usa a técnica de espalhamento espectral (spread spectrum), na qual é
usada, para um determinado canal, toda a largura de banda disponível. Ou seja , o
sinal de voz (ou dados) de um usuário ocuparia toda a banda do canal CDMA.
▪ Espalhamento espectral é uma técnica de modulação em que a largura de
banda usada para transmissão é muito maior que a banda mínima necessária para
transmitir a informação. Dessa forma, a energia do sinal transmitido passa a ocupar
uma banda muito maior do que a da informação.
▪ Outros assinantes podem utilizar exatamente a mesma banda ao mesmo tempo; a
diferenciação entre cada assinante no sistema é feita por códigos especiais
associados a cada transmissão, do móvel para a ERB e da ERB para o móvel.
▪ Cada ligação em andamento porta um código específico, não ocorrendo o uso do
mesmo código para ligações diferentes.
▪ O sistema CDMA é baseado no padrão IS-95. O padrão IS-95 é especificado na
norma TIA/EIA/IS-95A (2000) e ABU-RGHEFF (2007).
▪ O GSM surgiu em 1982, a partir dos trabalhos de um comitê da Conferência
Europeia das Administrações Postais e de Telecomunicações (CEPT - European
Conference of Postal and 47 Telecommunications Administrations), dando origem a
uma organização de padronização europeia, criada com o objetivo de definir um
novo padrão para comunicações móveis na faixa de 900 MHz.
▪ O comitê, nomeado Groupe Spéciale Mobile, que remetia até então à sigla GSM,
decidiu que o novo padrão usaria tecnologia digital.
▪ Anos mais tarde, o CEPT foi incorporado pelo Instituto Europeu de Padrões em
Telecomunicações (ETSI – European Telecommunication Standard Institute).
▪ O grande mérito do comitê foi abandonar diferentes padrões que já estavam em
funcionamento em alguns países membros e criar um novo padrão de
comunicações, que seria adotado internacionalmente posteriormente.
▪ Em 1991, o primeiro sistema GSM foi colocado em operação. No mesmo ano, houve
a mudança de nome do comitê para Grupo Móvel Especial (SMG - Special Mobile
Group), e o GSM passou a definir o nome do novo padrão.
▪ Também em 1991, o padrão GSM foi estendido para a faixa de 1800 MHz, que foi
chamada de Sistema Digital Celular 1800 (DCS 1800 - Digital Cellular System 1800),
sistema implementado no Brasil.
▪ No Brasil, os primeiros sistemas GSM começaram a ser implantados somente
depois de 2002.
▪ A interface aérea no GSM assume dois esquemas de técnicas de múltiplos acessos:
TDMA e FDMA.

▪ As unidades móveis em chamada usam um canal de tráfego TCH (Traffic Channel).


O TCH é um canal bidirecional usado para a troca de informações de conversação
entre a unidade móvel e a estação base.
▪ O acesso à internet a partir de dispositivos móveis se tornou ainda mais
popular com os padrões 3G por causa de sua velocidade, fazendo
inclusive com que muita gente pense que estes dois caracteres são meros
sinônimos de "internet no celular", mas é muito mais do que isso.
▪ A ideia principal do 3G é a de fazer com que os usuários possam ter
acesso móvel à internet com qualidade similar às conexões fixas de banda
larga, de forma a conseguir aproveitar recursos como streaming de vídeo,
aplicações de áudio, mensagens multimídia, entre outros.
▪ A rede 3G, que opera exclusivamente nas faixas de frequência de 900 MHz
e 2100 MHz, é uma das redes móveis mais utilizadas no Brasil. Com uma
velocidade de 1,9Mbits/s, a 3G democratizou completamente o uso da
internet móvel (navegação na web e redes sociais, envio de email,
compartilhamento de fotos). Sua implementação, no início dos anos 2000,
coincide com o advento dos smartphones, que oferecem um melhor
conforto de navegação e possuem melhor ergonomia do que os telefones
celulares da geração anterior.
▪ Os padrões 3G são: CDMA-2000, UMTS (W-CDMA), UMTS(HSPA)
▪ A denominação CDMA-2000 (termo cunhado pela empresa Qualcomm), na
verdade, faz referência a um conjunto de padrões, começando com o CDMA-2000
1x, que também é conhecido como CDMA 1xRTT (1x Radio Tansmission
Technology). Tal como o nome indica, trata-se de uma tecnologia que tem como
base o padrão de comunicação CDMA, sendo considerado uma evolução do
CDMAOne.
▪ Embora também permita aproximadamente o dobro de conexões para voz que as
primeiras versões do CDMA, o CDMA-2000 tem como principal característica a sua
capacidade de trabalhar com taxas de transferência de dados de até 144 Kb/s (307
Kb/s na teoria), com o upload ficando praticamente na mesmo nível de velocidade,
isso tudo utilizando apenas uma portadora (em poucas palavras, onda de
radiofrequência onde as informações são trafegadas) de 1,25 MHz.
▪ Apesar de ser taxado como 3G, não é raro encontrar literaturas que descrevem o
CDMA-2000 1x como sendo 2G ou mesmo 2,5G. Faz sentido: as características
desta versão a fazem ser, na verdade, "pré-terceira geração".
▪ Sigla para Universal Mobile Telecommunications Service (algo como "Sistema de
Telecomunicações Móveis Universal"), o UMTS é tido como uma evolução do
padrão GSM, com a sua implementação podendo inclusive aproveitar a estrutura
deste. O UMTS é considerado, de fato, uma tecnologia da terceira geração em si.
▪ O UMTS surgiu principalmente como resultado de um trabalho envolvendo
empresas e entidades ligadas ao consórcio 3GPP (Third Generation Partnership
Project), que lidera os esforços para o desenvolvido da tecnologia. Até então, os
trabalhos relacionados ao padrão GSM eram comandados pela ETSI (European
Telecommunications Standards Institute).
▪ A tecnologia UMTS tem entre as suas principais características a implementação
com base no padrão W-CDMA, abordado a seguir. Posteriormente, surgiu uma
variação baseada no padrão HSPA.
▪ W-CDMA: Sigla para Wideband Code Division Multiple Access (algo como "Acesso
Múltiplo por Divisão de Código em Banda Larga"), o W-CDMA é um padrão para
uso de radiofrequência baseado nos mesmos conceitos de comunicação do CDMA
que possibilita ao UMTS atingir taxas de até 2 Mb/s para download e para upload,
embora não costume ultrapassar 384 Kb/s. Estas velocidades são possíveis, entre
outros motivos, graças ao uso de uma portadora de 5 MHz.
▪ O W-CDMA possui, essencialmente, dois modos de funcionamento: o TDD (Time
Division Duplex), onde as atividades de download (downlink) e upload (uplink)
compartilham a mesma portadora, mas em intervalos (slots) distintos; e o FDD
(Frequency Division Duplex), que utiliza portadoras diferentes para cada um destas
atividades, sendo que há uma faixa de frequência de 190 MHz entre elas.
▪ O uso de TDD e FDD faz com que a transmissão seja mais eficiente, uma vez que
cada modo é mais adequado a determinadas situações. Por exemplo, o TDD se
mostra mais vantajoso em aplicações "assimétricas", como serviços Web, onde o
número de dados enviados normalmente é diferente da quantidade recebida.
▪ Se o W-CDMA consegue fornece taxas razoáveis de transferência de dados, as
especificações HSPA, sigla para High Speed Packet Access ("Acesso a Pacotes em
Alta Velocidade"), também empregadas no UMTS, podem ir muito mais além:
oferecem velocidades maiores e podem suportar uma quantidade superior de
usuários.
▪ Tido como uma evolução do W-CDMA, o HSPA tem como base dois protocolos:
o HSDPA (High Speed Downlink Packet Access) e o HSUPA (High Speed Uplink
Packet Access). Ambos trabalham utilizando portadoras de 5 MHz, mas o HSDPA se
direciona ao download, enquanto que o HSUPA, além deste aspecto, se foca
também no upload.
▪ O HSDPA pode oferecer taxas de transferência de dados de até 14,4 Mb/s (as
demais velocidades são de 1,8 Mb/s, 3,6 Mb/s e 7,2 Mb/s), enquanto que o HSUPA
(também conhecido como Enhanced Uplink - EUL) oferece velocidade máxima de
5,76 Mb/s. Níveis tão altos se devem, em outros motivos, à redução do TTI
(Transmission Time Interval - "Intervalo de Tempo de Transmissão"), que varia entre
1 e 3 milissegundos, enquanto que em outros padrões esta medida gira em torno
dos 10 milissegundos.
▪ Por serem mais recentes, as especificações HSPA são também chamadas de "3,5G".
▪ Também chamado de Evolved HSPA ("HSPA Evoluído") e de tecnologia "3,75G",
o HSPA+ é uma das atualizações mais impressionantes para a comunicação móvel:
teoricamente, é capaz de trabalhar com taxas de até 168 Mb/s para download e 22
Mb/s para upload. Uma revisão futura pode fazer com que o recebimento de dados
chegue à incrível velocidade de 672 Mb/s.
▪ É claro que níveis tão altos dificilmente são oferecidos em sua totalidade (assim
como acontece com o HSPA "original"): no Brasil, por exemplo, a operadora Vivo
começou a oferecer planos com HSPA+ em 2012 com limite máximo de 6 Mb/s.
▪ Além de taxas maiores de transferência de dados, o HSPA+ também oferece outras
vantagens, como menor tempo para o estabelecimento de chamadas, capacidade
para uso de voz ampliada consideravelmente graças ao uso de VoIP, melhor suporte
a aplicações que exigem grandes quantidades de informações e, por se tratar de
uma evolução do HSPA, aproveitamento da estrutura de redes deste último tipo.
▪ Entre os fatores que colaboram para as velocidades do HSPA+ está o uso do MIMO
(Multiple Input Multiple Output - algo como "Múltiplas Entradas e Múltiplas Saídas"),
uma técnica que utiliza mais de uma antena para transmissão no mesmo canal,
mantendo o uso de portadoras de 5 MHz.
▪ A quarta geração (4G) da telefonia móvel tem início com a
tecnologia LTE, sigla para Long Term Evolution ("Evolução de
Longo Prazo"). Trata-se de mais uma proposta apresentada pela
3GPP.
▪ Com um rendimento teórico de 150Mbits/s, uma taxa de bits
prática de 40Mbits/s, o 4G ou LTE oferece aos usuários a
oportunidade de navegar em uma velocidade muito alta.
▪ Apesar de, na visão da ITU(International Telecommunication Union),
entidade ligada à Organização das Nações Unidas, o LTE não
cumprir com todas as exigências técnicas necessárias para ser
considerada um padrão 4G, comercialmente, a tecnologia é aceita
como tal.
▪ Assim como a tecnologia HSPA+, o padrão LTE chama a atenção
pelas velocidades com as quais pode trabalhar: dependendo da
combinação de recursos implementados na rede e do aparelho do
usuário, pode-se chegar a taxas de 300 Mb/s para download e 75
Mb/s para upload.
▪ É claro que estas velocidades dificilmente são alcançadas em sua totalidade,
mesmo porque há uma série de fatores que determinam as taxas que uma rede LTE
pode atingir. A quantidade de antenas em uso de maneira simultânea é uma delas -
sim, tal como o HSPA+, a tecnologia LTE também pode utilizar as técnicas MIMO.
▪ Outro fator importante é a frequência do canal, que pode ser de 1,4 MHz, 3,5 MHz,
15 MHz ou 20 MHz. Teoricamente, quanto maior a frequência disponível, maior é a
taxa de transferência de dados.
▪ O LTE também se diferencia pela forma de acesso. Enquanto as tecnologias UMTS e
HSPA são baseadas no padrão W-CDMA, o LTE utiliza as especificações OFDMA
(Orthogonal Frequency Division Multiple Access - "Acesso Múltiplo por Divisão
Ortogonal da Frequência"), que distribui as informações da transmissões entre
diversos subconjuntos paralelos de portadoras, sendo este outro aspecto que
favorece velocidades maiores para o downlink (download).
▪ Em relação ao uplink (upload), o esquema utilizado é o SC-FDMA (Single Carrier
Frequency Division Multiple Access - "FDMA de Portadora Única"), que é uma
especificação semelhante ao OFDMA, mas que consegue reduzir o consumo de
potência, fazendo com que o uso de energia por parte dos dispositivos conectados
também diminua. Apesar do nome, o SC-FDMA também pode utilizar subconjuntos
de portadoras.
Avalanche de Dados!
▪ Os sistemas de comunicação sem fio de •Expansão de banda
5a geração (5G) tem como grande larga
motivação o aumento exponencial de •Tráfego adicional
dados provocado por: devido às
comunicações entre
o novas aplicações
máquinas
o aumento substancial de dispositivos.

▪ Os sistemas 5G deverão ser “1000x em 10 anos”


disponibilizados por volta de 2020 e
tem requisitos desafiadores.
Aumento substancial de
dispositivos!

“50 bilhões de
dispositivos em 2020”!
o Taxas de transmissão 1000x mais altas do que as taxas de sistemas
4G.

o Maior confiabilidade e cobertura.

o Maior eficiência energética.

o Menor retardo/latência na transmissão.

o Comunicação entre muitos dispositivos e usuários.

Comunicação
entre dispositivos
▪ eMBB (“enhanced mobile broadband” – banda larga móvel melhorada) →
foca em aprimoramento transversais para a taxa de dados, latência, densidade de
usuários, capacidade e cobertura de acesso de banda larga móvel.
▪ Rendimento extremo
▪ Eficiência espectral aprimorada
▪ Cobertura estendida
▪ URLLC (“ultra-reliable low-latency communication” – comunicação ultra
confiável de baixa latência ) → permitirá que dispositivos e máquinas se
comuniquem com ultra confiabilidade, tornando-o ideal para comunicação
veicular, controle industrial, automação de fábrica, cirurgia remota, redes
inteligentes e aplicações de segurança pública.
▪ Baixa latência
▪ Ultra-confiabilidade
▪ Precisão de localização
▪ mMTC (“massive machine-type communication” – comunicação maciça do
tipo máquina) → projetado para permitir a comunicação entre dispositivos com
baixo custo, maciço em número e movido a bateria, destinados a suportar
aplicativos como medição inteligente, logística e sensores de campo e corpo.
▪ Alta densidade de conexão
▪ Eficiência energética
▪ Baixa complexidade
▪ Cobertura estendida

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