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Conceitos Básicos dos Sistemas

Celulares

Profa. Allan Braga


Conceitos Importantes
 Roaming – Quando a estação móvel entra na
área de controle de uma CCC que não é a sua
domiciliar, essa central é conhecida como
central visitada (CCC-V) e o assinante é
chamado de visitante, ou seja, o assinante
está em roaming.(M. Alencar)

 Handoff ou Handover – É uma função que


permite manter a continuidade de uma
conversação quando o usuário passa de uma
célula para outra (M. Alencar)
Roaming e Handoff
Procedimentos de Roaming

1. Uma EM, ao entrar em uma nova área de controle,


registra-se automaticamente na CCC que controla
essa área;
2. A CCC visitada vai verificar se a EM não havia se
registrado anteriormente. Caso o procedimento não
tenha sido efetuado, a CCC visitada informa à CCC
domicílio sobre a nova posição da EM;
3. A CCC domicílio registra a área de serviço que o
assinante está visitando. Após esse procedimento,
o assinante estará, então, habilitado a fazer e
receber chamadas, como se estivesse em sua
própria área de atendimento. (M. Alencar)
Procedimentos de Handoff
Procedimentos de Handoff
 Quando um móvel se move para uma célula
diferente enquanto uma conversação está em
progresso, a CCC automaticamente transfere a
chamada para um novo canal pertencente à nova
estação rádio base;

 Muitas estratégias de handoff priorizam requisições


de handoff sobre requisição de início de chamada
na alocação de canais livres em uma célula;

 Handoffs devem ser feitos com sucesso e serem


imperceptíveis aos usuários;
Procedimentos de Handoff
 Os projetistas devem especificar um nível de sinal
ótimo para iniciar um handoff de forma a atingir as
especificações citadas anteriormente;

 Uma vez que o nível de sinal é especificado como


o mínimo sinal usado para uma aceitável qualidade de
voz no receptor da estação rádio base (normalmente
entre -90dBm e -100dBm), um nível de sinal mais forte
é usado como limiar no qual o handoff é feito. Essa
margem é dada por Δ=Pr handoff - Pr mínimo usado e não
pode ser grande ou pequena demais;
Procedimentos de Handoff
 A partir da segunda geração (digital) o handoff
passou a ser assistido pelo equipamento móvel
(MAHO-Mobile Assisted Handoff) ou seja, cada
estação móvel mede a potência recebida das
estações rádio-base ao seu redor e continuamente
reporta os resultados destas medidas para a estação
rádio base em serviço;

 O processo de handoff é iniciado quando a potência


recebida da estação rádio base vizinha começa a
exceder a potência da estação atual por um certo
valor ou por um certo período de tempo.
Vantagem do MAHO

Handoff mais rápido entre as estações


rádio base, pois as medidas de sinal são
feitas por cada estação móvel e a CCC
não mais executa esta função.
Distinguindo Usuários

Células diferentes para atender usuários que


estejam a alta velocidade (no interior de veículos) e
em baixa velocidade (pedestres). Essa distinção se faz
necessária para diminuir o número de handoffs nos
casos de alta velocidade ( Rappaport págs.62-67).
Outras Causas do Handoff
 Além da diminuição da potência recebida pelo
móvel outros fatores podem “obrigar” a CCC a
realizar um procedimento de handoff, por
exemplo, altos níveis de interferência de canal
adjacente e co-canal;

 No CDMA há troca de célula, porém, a


frequência permanece a mesma.
Geometria Celular
Geometria Celular
 A forma de hexágono é um modelo conceitual e
simplificado de cobertura para cada estação rádio
base, e tem sido universalmente adotado desde que
este padrão facilita a análise do sistema celular.

 A forma circular é um modelo ideal. Considera que as


condições de propagação não mudem nas diferentes
radiais. Deve haver superposição de cobertura para
garantir o handoff.

 A real cobertura de uma célula é conhecida como


planta ou footprint (pegada) e é determinada a partir de
medidas de campo ou modelos de predição de
propagação.
Relembrando
 Reuso de Frequências
– O que é?
– Por que é necessário utilizar?

transmissão recepção
•Banda "A" 824 - 835 e 845 – 846,5 869 - 880 e 890 – 891,5
•Banda "B" 835 - 845 e 846,5 - 849 880 - 890 e 891,5 - 894
Conceitos Importantes
 Cluster – conjunto de células que contém todas as
freqüências disponíveis no sistema. Existem
clusters de 1, 3, 4, 7, 9 ou mais células, porém, o
mais utilizado é o de 7 células.

Cluster Reutilização do cluster


Conceitos Importantes

 Interferência Co-Canal - Trata-se de um


tipo de interferência entre as células que
utilizam a mesma a freqüência. Essas células
pertencem a clusters diferentes.

 Como minimizar essa interferência ?


As células devem estar separadas por
uma distância mínima, de forma a ter um
isolamento adequado entre elas.
Interferência Co-Canal
Quando se utiliza uma configuração celular com simetria
hexagonal, a interferência causada pelo reuso de freqüências
em grupos adjacentes pode ser calculada considerando 6
células interferentes a uma distância D, 12 células
interferentes a uma distância 2D e assim sucessivamente.
Conceitos Importantes
 Interferência do Canal Adjacente - Ocorre
devido à imperfeição dos filtros presentes nos
receptores, os quais permitem que
freqüências próximas se espalhem para a
banda passante do canal adjacente.

 Como minimizar essa interferência ?


Criteriosos processos de filtragem e de
atribuição de canais.
Interferência do Canal
Adjacente

Situação não otimizada Situação otimizada


Sobre Interferências pode-se
dizer que:
São fatores limitantes do desempenho de
sistemas;
São prioritariamente responsáveis por queda
de chamadas;
Nos canais de voz ocasionam “linhas
cruzadas”;
Nos canais de controle conduzem a
chamadas perdidas ou bloqueadas devido a
erros no fluxo de sinais digitais de controle
(sinalização digital).
Número de Células por Cluster

Cluster com 3 células


Cluster com 1 célula
Cluster com 4 células

Cluster com 7 células Cluster com 12 células


Número de Células por Cluster

 Para se minimizar a interferência co-canal


deve-se aumentar a distância entre células que
utilizam a mesma frequência. Portanto, quanto
maior o número de células por cluster, menor
será a interferência.

 Porém, quando se aumenta o número de


células por cluster a capacidade do sistema
diminui.
Número de Células por Cluster
 Considerando a célula de formato hexagonal.
Determina-se o número possível de células
que compõem o cluster.
a = área da célula.
A = área do cluster.
Portanto:
A=Nxa
N = número de células por
cluster. Na figura N=7.
Número de Células por Cluster
Logo: 2 Rc = raio da célula
A D
N  2 D = distância entre
a 3R c
dois grupos.

Como: D  i  ij  j
2 2
3R 2
c

Implica que: N  i 2  ij  j2

Sendo i e j nos inteiros positivos N = 1, 3, 4, 7, 9, etc.


Razão de Reuso
É um parâmetro fundamental no
planejamento de sistemas celulares.
Determina a interferência co-canal e a
capacidade de tráfego do sistema. É dada
por:
D
Q  3N
Rc
Aumentando-se a razão de reuso, a
interferência se reduz. Entretanto, o número
de células por cluster também aumenta,
diminuindo assim a capacidade do sistema.
Exemplo 3.1 (Rappaport)
Se um total de 33 MHz de largura de banda é
alocado para um sistema particular de telefonia
celular FDD, o qual usa dois canais simplex de 25
kHz para prover canais de voz e controle full
duplex, determine o número de canais disponíveis
por célula se um sistema usa:

(a) Reuso de 4 células


(b) Reuso de 7 células
(c) Reuso de 12 células
Razão de Reuso

A escolha da razão de reuso é, portanto,


um compromisso entre a capacidade de
tráfego e a qualidade do sistema (quanto
menor a interferência co-canal, maior a
qualidade do sistema).
Cálculo da Relação
Sinal / Interferência
 Sendo i0 o número de células co-canais que
interferem na célula em estudo. Então, a
relação Sinal-Interferência (S/I ou SIR) para
um receptor móvel pode ser expressa por:
S S
 i0
I
I
i 1
i
Onde:
S = Intensidade do sinal desejado transmitido da estação base;
Ii = Intensidade do sinal interferente devido a uma i-ésima célula
co-canal.
Estratégias de Minimização
de Interferências e Melhoria
da Cobertura Celular.

 Setorização;
 Downtilt;
 Diversidade.
Setorização
 Essa técnica consiste em dividir a célula em
setores, cada um servido por um conjunto
diferente de canais e iluminado por uma
antena direcional. Na prática são usados 3 ou
6 setores, objetivando diminuir as
interferências.

Célula Célula
Omnidirecional Setorizada
Setorização
Downtilt (inclinação do feixe)
O feixe de irradiação de cada setor de uma
ERB deve ser delineado de forma a não deixar
que o sinal penetre dentro do território de outra
célula causando interferências destrutivas.
Downtilt
 É a inclinação da
antena com o objetivo
de limitar a área de
cobertura de ERB. O
downtilt pode ser
mecânico ou elétrico.
Downtilt Mecânico e Elétrico
O feixe de irradiação da antena pode ser
inclinado mecanicamente na hora da instalação
da antena (downtilt mecânico), ou pode vir
inclinado de fábrica (donwtilt elétrico). Veja nas
figuras abaixo como o downtilt mecânico
distorce o diagrama de irradiação da antena.

Antena sem downtilt Antena com downtilt Antena com downtilt


elétrico de 10o mecânico de 10o
Diversidade

 A diversidade é a técnica usada para


aumentar o nível do sinal da Estação Móvel
para a ERB (uplink). O problema deste
sentido é o fato de que o telefone móvel
somente trabalha com potências muito
baixas e tem uma antena de baixo ganho. A
diversidade espacial é aplicada na parte de
recepção da ERB.
Diversidade
É o uso de duas
Espacial antenas receptoras em
cada setor da ERB. Isso
acontece porque a potência
recebida pela ERB da
estação móvel é muito
baixa, a compensação se
faz pegando duas amostras
do sinal.
Diversidade de Polarização
Quando não há espaço suficiente para instalar
3 antenas por setor (diversidade espacial), uma boa
opção é a utilização da diversidade de polarização.
Essa técnica compara os níveis de potência,
recebidos de duas antenas ortogonalmente
polarizadas, e então o sinal mais forte é levada ao
receptor.

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