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Redes de Computadores I – Comunicação de

Dados
Prof. Cristiano Cachapuz e Lima
URCAMP – CCEI
Curso de Informática

1 Comutação ou Comunicação entre os módulos (equipamentos)


A função de comutação (ou chaveamento) em uma rede de comunicação refere-se à alocação
dos recursos da rede (meios de transmissão, repetidores, etc) para a transmissão dos sinais.
Existem duas formas básicas para esta comunicação ou comutação, que são a de comutação
de circuitos (também conhecidas como redes baseadas em conexões) e de comutação de pacotes
(conhecidas, ainda, como redes não orientadas à conexão).

1.1 Comutação de circuitos


Pressupõe a existência de um caminho dedicado para a comunicação entre dois pontos, ou
seja, o caminho permanece bloqueado durante a transmissão. As duas estações (origem e destino),
estabelecem uma comunicação primeiro e após a mensagem é colocada na rede (meio fı́sico).

1.2 Comutação de pacotes


Semelhante a comutação de mensagens, entretanto a principal diferença é que neste tipo de
comunicação o tamanho da unidade de dados (pacote de informações) tem um tamanho limitado.
Mensagens com tamanho maiores, são divididas em pacotes menores, por isto o nome “pacotes”.
Temos ainda um terceiro tipo de conexão, que praticamente não é utilizado:

1.3 Comutação de mensagens


Não é necessário o estabelecimento de um caminho dedicado entre as estações que trocarão
mensagens. A estação de origem adiciona o endereço de destino a mensagem, que é transmitida
pela rede até alcançar seu destino final. Em cada nó da rede a mensagem é recebida, a estação
realiza uma verificação em seu endereço de destino e a coloca novamente na rede, caso o meio fı́sico
esteja ocupado, a mensagem entra em uma fila de espera para ser então transmitida.
Desta forma otimiza o uso dos meios de comunicação, tentando evitar a ocupação de um meio
fı́sico por apenas dois módulos processadores. A mensagem é enviada por completo desde o a sua
origem até o seu destino, sendo que em cada nó (módulo processador), ela é armazenada e depois
repassada para o próximo ponto da rede com direção ao seu destino, quando este meio fı́sico estiver
disponı́vel.

1.4 Comparações
Na comutação de mensagens (em relação a comutação de circuitos), o aproveitamento das
linhas de comunicação é maior. Em uma rede com comutação por circuitos quando o tráfego da
rede torna-se alto, pedidos de novas conexões tendem a ser recusados devido à falta de caminhos
livres.
Na comutação de pacotes é necessário adicionar informações com o endereço de destino, isto
aumenta o tamanho da mensagem. Sua vantagem é permitir que várias partes de uma mensagem
estejam sendo transmitidas paralelamente.

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2 Fontes de Distorção de Sinais em Transmissão
Os principais que podem ocasionar problemas em uma comunicação ou transmissão, são os
seguintes:

2.1 Ruı́dos
São interferências que ocorrem nos meios de transmissão, distorcendo os sinais e produzindo
erros. Os ruı́dos aparecem como um “chiado” inconstante e são causados pelo movimento dos
elétrons em condutores metálicos ou pela indução e interferência magnéticas externas ou também
pela temperatura do meio de transmissão.

2.2 Retardos
Ocorrem quando a distância da transmissão é grande e são causados pela demora da propagação
do sinal pelo meio ou pelo retardo causado por equipamentos como computadores que processam
o sinal.

2.3 Atenuação
É a perda de amplitude e potência do sinal ao longo do caminho, para se contornar este problema
pode-se usar repetidores e amplificadores de sinais.

2.4 Comentários
Todas as perdas devem ser analisadas e consideradas dentro do dimensionamento dos projetos
de redes quanto à influência sobre a performance da transmissão.

2.5 Banda Passante


Este termo originou-se de estudos de um matemático francês do século XIX (Jean Fourier).
Denomina-se Banda Passante de um sinal o intervalo de freqüências que compõem o sinal. A
largura de banda desse sinal é o tamanho de sua banda passante. Assim quanto maior a largura
da banda maior será a quantidade de sinal, que poderá trafegar em um meio fı́sico.
Para redes utiliza-se o termo “largura de banda” ou “banda base”.

3 Topologia
É o termo utilizado para descrever a maneira pela qual os computadores são conectados à rede.
Existem dois tipos:

3.1 Topologia Lógica


Descreve o comportamento (forma de conexão e transmissão de informações) dos equipamentos
conectados à rede. Existem dois tipos de topologia lógica:

• Linear: Cada nó da rede tem um único endereço, e os endereços da rede são acessados
seqüencialmente até que o endereço de destino seja alcançado. Funciona na topologia com
barramento e estrela.

• Token Ring: Pode ser usado nas topologias tanto em barramento como em anel. Cada nó
tem um único endereço e estes são acessados de forma circular.

3.2 Topologia Fı́sica


Descreve o lay-out (disposição fı́sica dos equipamentos) conectados à rede. Existem três tipos
de topologia fı́sica:

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3.3 Barramento ou linear
É quando um único cabo conecta todos os nós da rede.
Esta topologia tem a vantagem de não exigir que todos os computadores estejam ligados para
a rede funcionar, entretanto como toda a rede depende de apenas um cabo, seu desempenho e
confiabilidade ficam comprometidos.
O poder de crescimento de uma rede ligada em barra é limitada pela distância máxima entre
os dois extremos da rede e quantos nós o meio fı́sico de transmissão é capaz de suportar. Para se
chegar a distâncias maiores devemos utilizar repetidores.

3.4 Anel
Semelhante ao barramento em barra, exceto que os equipamentos são conectados em cı́rculo
usando os segmentos do cabo. Desta forma cada nó passa as informações para o próximo, até
a mensagem chegar ao seu destino. Quando uma máquina está desligada ou inoperante a rede
fica comprometida. Consiste em estações conectadas através de um meio fı́sico fechado. O anel
não interliga diretamente as estações, mas consiste em um série de repetidores ligados por um
meio fı́sico, sendo cada estação ligada a estes repetidores. Nesta topologia teoricamente capazes de
transmitir e receber as mensagens que qualquer direção.
Quando uma mensagem é enviada por um nó ela entra no anel e fica até ser retirada pelo nó de
destino, ou então voltar ao nó de origem, dependendo do protocolo. Cada nó da rede deve ser capaz
de remover seletivamente mensagens da rede ou passá-las à frente (para as próximas estações). Isto
deixa a rede sensı́vel a falhas nos repetidores instalados em cada nó. Uma forma de se burlar esta
dependência da rede dos repetidores é instalarmos uma relé em cada um.

3.5 Estrela
Cada nó da rede é conectado a um equipamento central, que é o responsável pela distribuição das
informações de toda a rede. Possui um desempenho melhor que os anteriores, não fica dependente de
um único cabo, não fica dependente de determinado equipamento estar ligado ou não. Entretanto
toda a confiabilidade da rede fica dependendo do equipamento central. Embora exista um nó
central, podem ocorrer transmissões simultâneas, desde que as estações envolvidas sejam diferentes.
Confiabilidade é um ponto falho nesta topologia, pois caso o nó central apresente falhas, toda
o sistema estará comprometido. Caso a falha seja em apenas um nó o restante da rede continuara
funcionando.
A modularidade é outro ponto fraco desta topologia, pois sua expansão é limitada, não só por
aspectos fı́sicos mas também por condições técnicas do nó central, tais como: Capacidade de receber
e encaminhar mensagens, sobrecarga de trafego na conexão e outras.

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