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Este capítulo introduz o EIGRP e fornece comandos de configuração básicos para o ativar em um
roteador IOS Cisco. Também explora a operação do protocolo de roteamento e fornece mais
detalhes sobre como o EIGRP determina o melhor caminho.
Atividade em Aula – EIGRP Classless
EIGRP Classless
O EIGRP foi apresentado como um protocolo de roteamento do vetor de distância em 1992. Foi
originalmente projetado para trabalhar como um protocolo proprietário somente em dispositivos
da Cisco. Em 2013, o EIGRP tornou-se um protocolo de roteamento de vários fornecedores, o que
significa que pode ser usado por outros fornecedores de dispositivos além de dispositivos Cisco.
Responda às perguntas de reflexão que acompanham o arquivo PDF desta atividade. Salve seu
trabalho e esteja preparado para compartilhar as suas respostas com a turma.
Recursos do EIGRP
O EIGRP foi inicialmente lançado em 1992 como um protocolo proprietário disponível apenas nos
dispositivos Cisco. Em 2013, a Cisco lançou uma funcionalidade básica do EIGRP como um
padrão aberto para o IETF como um RFC informativo. Isso significa que outros fornecedores de
rede agora podem implementar o EIGRP em seus equipamentos para interoperar com roteadores
Cisco e não-Cisco que executam EIGRP. No entanto, os recursos avançados do EIGRP, como o
EIGRP stub, necessário para implantação de rede privada virtual multiponto dinâmica (DMVPN),
não serão liberados para IETF. Como um RFC informativo, a Cisco continuará a manter o controle
do EIGRP.
O EIGRP é um protocolo de roteamento de vetor de distância avançado que inclui recursos não
encontrados em outros protocolos de roteamento de vetor de distância como RIP e IGRP.
Como o mecanismo computacional que controla o EIGRP, o DUAL (Diffusing Update Algorithm)
reside no centro do protocolo de roteamento. O DUAL garante caminhos sem loops e de backup
em todo o domínio de roteamento. Com o DUAL, o EIGRP armazena todas as rotas de backup
disponíveis para destinos de modo que possa se adaptar a rotas alternativas quando necessário.
O EIGRP estabelece relações com roteadores diretamente conectados que estão também
configurados com EIGRP. As adjacências de vizinhos são usadas para conhecer o status desses
vizinhos.
RTP
O RTP (Reliable Transport Protocol – Protocolo de Transporte Confiável) é exclusivo para EIGRP
e assegura a entrega de pacotes EIGRP aos seus vizinhos. O RTP e o conhecimento de adjacências
com vizinhos definem o estágio para o DUAL.
Os PDMs são responsáveis por tarefas específicas do protocolo da camada de rede. Um exemplo
é o módulo EIGRP que é responsável por enviar e receber pacotes EIGRP que são encapsulados
no IPv4. Este módulo também é responsável por analisar pacotes EIGRP e informar ao DUAL que
novas informações foram recebidas. O EIGRP solicita que DUAL tome decisões de roteamento,
mas os resultados são armazenados na tabela de roteamento IPv4.
Os PDMs são responsáveis por tarefas de roteamento específicas para cada protocolo de camada
de rede, incluindo:
• Manutenção das tabelas de vizinhos e de topologia dos roteadores EIGRP que pertencem a esse
conjunto de protocolos
Quando um roteador descobre um novo vizinho, ele armazena o endereço e a interface do vizinho
como uma entrada na tabela de vizinhos. Uma tabela de vizinhos existe para cada módulo
dependente do protocolo, como IPv4. O EIGRP também mantém uma tabela de topologia. A tabela
de topologia contém todos os destinos que foram anunciados pelos roteadores vizinhos. Há
também uma tabela de topologia separada para cada PDM.
RTP
O EIGRP utiliza o RTP (Reliable Transport Protocol – Protocolo de Transporte Confiável) para
envio e recepção de pacotes EIGRP. O EIGRP foi desenvolvido como um protocolo de roteamento
independente da camada de rede; devido a este projeto, o EIGRP não pode utilizar os serviços
UDP ou TCP. Isso permite que o EIGRP seja usado para protocolos diferentes daqueles contidos
no conjunto de protocolos TCP/IP, como IPX e Appletalk. A figura mostra conceitualmente como
o RTP opera.
Embora “confiável” seja parte de seu nome, o RTP inclui entrega confiável e entrega não confiável
de pacotes EIGRP, semelhantes a TCP e UDP, respectivamente. RTP confiável requer uma
confirmação para ser retornado pelo receptor para o remetente. Um pacote RTP não confiável não
requer uma confirmação. Por exemplo, um Pacote de atualização do EIGRP é enviado de forma
confiável sobre RTP e requer uma confirmação. Um pacote Olá do EIGRP também é enviado
sobre RTP, mas não confiável. Isso significa que pacotes Olá do EIGRP não exigem uma
confirmação.
• Os pacotes EIGRP multicast para IPv4 usam o endereço multicast IPv4 reservado
224.0.0.10.
• Os pacotes EIGRP multicast para IPv6 são enviados ao endereço multicast IPv6 reservado
FF02::A.
Autenticação
Como outros protocolos de roteamento, o EIGRP pode ser configurado para autenticação. RIPv2,
EIGRP, OSPF, IS-IS e BGP podem cada um deles ser configurados para autenticar suas
informações de roteamento.
É uma boa prática autenticar informações de roteamento transmitidas. Fazer isso garante que os
roteadores aceitam apenas as informações de roteamento de outros roteadores que foram
configurados com a mesma senha ou informações de autenticação.
O EIGRP utiliza cinco tipos diferentes de pacotes, alguns em pares. Pacotes EIGRP são enviados
usando entrega confiável ou não confiável via RTP e podem ser enviados como unicast, multicast
ou às vezes ambos. Os tipos de pacotes EIGRP são também chamados formatos de pacotes EIGRP
ou mensagens EIGRP.
Como mostrado na Figura 1, os cinco tipos de pacotes EIGRP incluem:
• Unicast ou multicast
Pacotes Confirmação – Usados para confirmar o recebimento de uma mensagem EIGRP que foi
enviada usando entrega confiável.
• Unicast
• Unicast ou multicast
• Unicast
A Figura 2 mostra que as mensagens EIGRP são encapsuladas normalmente em pacotes IPv4 ou
IPv6. O EIGRP para as mensagens IPv4 usa IPv4 como protocolo de camada de rede. O campo
protocolo do IPv4 usa 88 para indicar que a porção de dados do pacote é uma mensagem EIGRP
IPv4. As mensagens EIGRP para IPv6 são encapsuladas em pacotes IPv6 usando o campo Next
Header com valor 88. Semelhante, no campo de protocolo para IPv4, o campo de cabeçalho
seguinte IPv6 indica o tipo de dados transportados no pacote IPv6.
Pacotes Olá do EIGRP
O EIGRP usa pequenos pacotes Olá para descobrir outros roteadores configurados com EIGRP
nos links conectados diretamente. Os pacotes Olá são usados pelos roteadores para formar
adjacências de vizinhos EIGRP, também conhecidas como relações com vizinhos.
Os pacotes Olá do EIGRP são enviados como multicasts IPv4 ou IPv6 e usam entrega RTP não
confiável. Isso significa que o receptor não responde com um pacote Acknowledgment.
O EIGRP também usa pacotes Olá para manter adjacências estabelecidas. Um roteador EIGRP
supõe que enquanto receber pacotes Olá de um vizinho, o vizinho e suas rotas permanecem viáveis.
O EIGRP utiliza um temporizador de espera (Hold timer) para determinar o tempo máximo que o
roteador deve esperar para receber o próximo Olá antes de declarar aquele vizinho como
inalcançável. Por padrão, o tempo de espera é três vezes o intervalo de Olá, ou 15 segundos na
maioria das redes e 180 segundos em redes de baixa velocidade NBMA. Se o tempo de espera
expirar, o EIGRP declara a rota como inoperacional e o DUAL pesquisa por um novo caminho
enviando consultas.
Pacotes de atualização do EIGRP
Pacotes de atualização do EIGRP
O EIGRP envia pacotes Update para propagar informações de roteamento. Os pacotes Update são
enviados somente quando necessário. As atualizações do EIGRP contêm apenas as informações
de roteamento necessárias e são enviadas somente a esses roteadores que exigem este tipo de
informação.
Diferentemente do RIP, EIGRP (outro protocolo de roteamento de vetor de distância) não envia
atualizações periódicas e as entradas de rota não envelhecem. Em vez disso, o EIGRP envia
atualizações incrementais somente quando o estado de um destino é alterado. Isso pode incluir
quando uma nova rede fica disponível, uma rede existente fica indisponível, ou ocorre uma
alteração na métrica de roteamento para uma rede existente.
EIGRP usa os termos, partial (parcial) e bounded (limitado) ao consultar suas atualizações. O
termo parcial significa que a atualização inclui somente informações sobre as alterações da rota.
O termo limitado se refere à propagação de atualizações parciais que são enviadas somente aos
roteadores afetados por alterações.
Os pacotes de atualização do EIGRP usam entrega confiável, o que significa que o roteador
emissor exige uma confirmação. Os pacotes Update são enviados como um multicast, quando
exigido por vários roteadores, ou como unicast, quando exigido apenas por um único roteador. Na
figura, como os links são ponto-a-ponto, as atualizações são enviadas como unicasts.
O EIGRP envia pacotes Acknowledgment (ACK) quando é utilizada entrega confiável. Uma
confirmação EIGRP é um pacote Olá do EIGRP sem dados. O RTP usa entrega confiável para
pacotes EIGRP de atualizações, de consultas e de respostas. Os pacotes de reconhecimento do
EIGRP são sempre enviados como unicast não confiável. A entrega não confiável faz sentido; caso
contrário, haveria uma quantidade infinita de confirmações.
Na figura, R2 perdeu conectividade com a LAN conectada à interface Gigabit Ethernet. R2 envia
imediatamente uma atualização para R1 e R3 indicando a rota inoperante. R1 e R3 respondem com
uma confirmação para que R2 saiba que receberam a atualização.
O DUAL utiliza pacotes Query e Reply ao pesquisar redes e outras tarefas. Consultas e respostas
usam entrega confiável. As consultas podem usar multicast ou unicast, enquanto as respostas são
enviadas como unicast.
Na figura, o R2 perdeu conectividade com a LAN e envia consultas a todos os vizinhos EIGRP
em busca de todas as rotas possíveis para a LAN. Como as consultas usam entrega confiável, o
roteador de destino deve devolver uma confirmação EIGRP. A confirmação informa ao remetente
da consulta que recebeu a mensagem de consulta. Para manter este exemplo simples, as
confirmações foram omitidas no gráfico.
Pode não ser óbvio por que o R2 transmitiria uma consulta para uma rede que sabe que está
inoperante. Na verdade, apenas a interface R2 conectada à rede está inoperante. Outro roteador
pode ser ligado à mesma LAN e ter um caminho alternativo a essa mesma rede. Portanto, R2
consulta esse roteador antes de remover completamente a rede da sua tabela de topologia.
O DUAL utiliza pacotes Query e Reply ao pesquisar redes e outras tarefas. Consultas e respostas
usam entrega confiável. As consultas podem usar multicast ou unicast, enquanto as respostas são
enviadas como unicast.
Na figura, o R2 perdeu conectividade com a LAN e envia consultas a todos os vizinhos EIGRP
em busca de todas as rotas possíveis para a LAN. Como as consultas usam entrega confiável, o
roteador de destino deve devolver uma confirmação EIGRP. A confirmação informa ao remetente
da consulta que recebeu a mensagem de consulta. Para manter este exemplo simples, as
confirmações foram omitidas no gráfico.
Todos os vizinhos precisam enviar uma resposta, independentemente de terem ou não uma rota
para a rede inoperante. Como as respostas também usam entrega confiável, roteadores como R2
devem enviar uma confirmação.
Pode não ser óbvio por que o R2 transmitiria uma consulta para uma rede que sabe que está
inoperante. Na verdade, apenas a interface R2 conectada à rede está inoperante. Outro roteador
pode ser ligado à mesma LAN e ter um caminho alternativo a essa mesma rede. Portanto, R2
consulta esse roteador antes de remover completamente a rede da sua tabela de topologia.
FFFFFFF
As Figuras 1 a 4 mostram o Quadro Ethernet de Link de Dados O EIGRP para IPv4 é encapsulado
em um pacote IPv4. O EIGRP para IPv6 usaria um tipo similar de encapsulamento. O EIGRP para
IPv6 é encapsulado com um cabeçalho IPv6. O endereço de destino IPv6 seria o endereço multicast
FF02::A e o campo Next Header (Próximo cabeçalho) seria definido como 88.
Cabeçalho do Pacote EIGRP e TLV
Cada mensagem de EIGRP inclui o cabeçalho, como mostrado na figura 1. Os campos importantes
incluem o campo Opcode e o campo de número de sistema autônomo. Opcode especifica o tipo de
pacote EIGRP como segue:
• Atualizar
• Consulta
• Responder
• Olá
O tempo de espera é o tempo que o vizinho EIGRP que recebe esta mensagem deve esperar antes
que o roteador que anunciou seja considerado inativo.
A Figura 3 mostra o TLV de rotas IP internas. A mensagem interna do IP é usada para anunciar
rotas EIGRP em um sistema autônomo. Os campos importantes incluem os campos de métricas
(atraso e largura de banda), o campo de máscara de sub-rede (comprimento do prefixo) e o campo
de destino.
O atraso é calculado como a soma dos atrasos da origem para o destino em unidades de 10
microssegundos. A largura de banda é a menor largura de banda configurada de qualquer interface
ao longo da rota.
A máscara de sub-rede é especificada como o comprimento do prefixo ou o número de bits de rede
da máscara de sub-rede. Por exemplo, o comprimento do prefixo para a máscara de sub-rede
255.255.255.0 é 24, porque 24 é o número de bits de rede.
O campo de destino armazena o endereço da rede de destino. Embora apenas 24 bits sejam exibidos
na figura, o campo varia conforme o valor da porção de rede do endereço de rede de 32 bits. Por
exemplo, a porção de rede de 10.1.0.0/16 é 10.1; portanto, o campo Destino armazena os primeiros
16 bits. Como o comprimento mínimo desse campo é 24 bits, o restante do campo é preenchido
com zeros. Se um endereço de rede tem mais de 24 bits (192.168.1.32/27, por exemplo), o campo
de destino é estendido para mais 32 bits (para um total de 56 bits) e os bits não utilizados são
preenchidos com zeros.
A Figura 4 mostra o TLV de rotas IP externas. A mensagem externa do IP é usada quando as rotas
externas são importadas no processo de roteamento EIGRP. Neste capítulo, vamos importar ou
redistribuir uma rota estática padrão do EIGRP. Observe que a metade inferior do TLV de rotas
externas do IP inclui todos os campos usados pelo TLV interno do IP.
Observação: MTU (Maximum Transmission Unit) não é uma métrica usada pelo EIGRP. MTU é
incluída nas atualizações de roteamento, mas não é usada para determinar a métrica de roteamento.
Topologia de Rede do EIGRP
A Figura 1 mostra a topologia que é usada neste curso para configurar o EIGRP para IPv4. Os
tipos de interfaces seriais e as larguras de banda associadas podem não refletir necessariamente os
tipos de conexões mais comuns encontrados nas redes atuais. As larguras de banda dos links seriais
usados nessa topologia foram escolhidas para ajudar a explicar o cálculo da métrica do protocolo
de roteamento e o processo de seleção do melhor caminho.
Os roteadores na topologia têm uma configuração inicial, incluindo endereços nas interfaces. No
momento, não há roteamento estático ou dinâmico configurado em qualquer um dos roteadores.
As Figuras 2, 3 e 4 mostram as configurações das interfaces nos três roteadores EIGRP da
topologia. Apenas os roteadores R1, R2 e R3 fazem parte do domínio de roteamento do EIGRP.
O roteador do ISP é usado como gateway do domínio de roteamento para a Internet.
Números de Sistemas Autônomos
EIGRP usa o comando router eigrp autonomous-system para ativar o processo EIGRP. O número
de sistema autônomo mostrado na configuração do EIGRP não está associado aos números de
sistemas autônomos globalmente atribuídos IANA (Internet Assigned Numbers Authority) usados
por protocolos de roteamento externos.
O que é a diferença entre o número de sistema autônomo globalmente atribuído IANA e o número
do sistema autônomo EIGRP?
As diretrizes para criação, seleção e registro de um sistema autônomo são descritas no RFC 1930.
Os números de sistemas autônomos globais são atribuídos pela IANA, a mesma autoridade que
atribui o espaço de endereço IP. O registro Internet regional (RIR) local é responsável por atribuir
um número de sistema autônomo a uma entidade do bloco de números de sistemas autônomos
atribuídos. Antes de 2007, os números de sistemas autônomos eram números de 16 bits que
variavam de 0 a 65.535. Hoje, os números de sistemas autônomos de 32 bits são atribuídos
aumentando o número de números de sistemas autônomos disponíveis até mais de 4 bilhões.
A grande maioria das empresas e instituições com redes IP não precisam de um número de sistema
autônomo, pois são controladas por uma entidade maior, como um ISP. Essas empresas usam
protocolos gateway interiores, como RIP, EIGRP, OSPF e IS-IS para rotear pacotes em suas
próprias redes. São uma das muitas redes independentes e separadas dentro do sistema autônomo
do ISP. O ISP é responsável pelo roteamento de pacotes dentro do seu sistema autônomo e entre
outros sistemas autônomos.
O seguinte comando do modo de configuração global é usado para entrar no modo de configuração
do roteador para EIGRP e inicia a configuração do processo EIGRP:
Qualquer valor de 16 bits entre os números 1 e 65.535 pode ser atribuído ao argumento
autonomous-system. Todos os roteadores no domínio de roteamento do EIGRP devem usar o
mesmo número de sistema autônomo.
A Figura 3 mostra a configuração do processo EIGRP nos roteadores R1, R2 e R3. Note que o
prompt muda do modo de configuração global para o modo configuração de roteador (router).
Neste exemplo, 1 identifica este processo EIGRP particular em execução neste roteador. Para
estabelecer adjacências de vizinhos, o EIGRP requer que todos os roteadores no mesmo domínio
sejam configurados com o mesmo número de sistema autônomo. Na Figura 3, o mesmo EIGRP é
habilitado em todos os três roteadores usando o mesmo número de sistema autônomo, 1.
O comando router eigrp autonomous-system não inicia o processo EIGRP propriamente dito. O
roteador não inicia o envio de atualizações. Em vez disso, esse comando fornece acesso somente
para configurar as definições do EIGRP.
Em implementações do EIGRP IPv4, o uso do ID do roteador não é tão evidente. O EIGRP para
IPv4 usa o ID do roteador de 32 bits para identificar o roteador de origem para a redistribuição de
rotas externas. A necessidade de um ID do roteador torna-se mais evidente na discussão sobre o
EIGRP para IPv6. Embora o ID do roteador seja necessário para redistribuição, os detalhes de
redistribuição do EIGRP estão além do escopo deste currículo. Neste currículo, só é necessário
compreender o que é o ID do roteador e como ele foi determinado.
Os roteadores Cisco determinam o ID do roteador com base em três critérios, na seguinte ordem:
1. Use o endereço IPv4 configurado com o comando do modo de configuração de roteador eigrp
router-id.
2. Se o ID do roteador não estiver configurado, o roteador escolhe o maior endereço IPv4 de
qualquer das suas interfaces de loopback.
Usando os critérios descritos acima, a figura mostra os IDs do roteador EIGRP padrão que são
determinados pelo maior endereço IPv4 ativo dos roteadores.
Observação: o comando eigrp router-id é usado para configurar o ID do roteador para EIGRP.
Algumas versões do IOS aceitarão o comando router-id, sem antes especificar eigrp. O running-
config, no entanto, exibirá eigrp router-id independentemente do comando que for usado.
Configuração do ID do Roteador EIGRP
Comando eigrp router-id
O comando eigrp router-id é usado para configurar o ID do roteador EIGRP e tem precedência
sobre todos os endereços IPv4 da interface física ou de loopback. A sintaxe do comando é:
Observação: o endereço IPv4 usado para indicar que o ID do roteador é realmente qualquer
número de 32 bits exibido em notação decimal com ponto.
O ID do roteador pode ser configurado com qualquer endereço IPv4 com duas exceções: 0.0.0.0 e
255.255.255.255. O ID do roteador deve ser um número de 32 bits exclusivo no domínio de
roteamento do EIGRP; se não, podem ocorrer inconsistências no roteamento.
Outra opção para especificar o ID do roteador EIGRP é usar um endereço de Loopback IPv4. A
vantagem de usar uma interface de loopback, em vez do endereço IPv4 de uma interface física, é
que, ao contrário das interfaces físicas, ele não poderá falhar. Não há nenhum cabo real ou
dispositivo conectado do qual a interface Loopback dependa para estar no estado ativado (up).
Portanto, o uso de um endereço de loopback para o ID do roteador pode fornecer um ID do roteador
mais consistente do que usar um endereço de interface.
Observação: o ID do roteador EIGRP não é alterado, a menos que o processo EIGRP seja
removido com o comando no router eigrp ou se o ID do roteador for configurado manualmente
com o comando eigrp router-id.
Use o Verificador de Sintaxe na Figura 3 para configurar e verificar o ID do roteador para R3.
O Comando network
O modo de configuração do roteador EIGRP permite a configuração do protocolo de roteamento
EIGRP. A Figura 1 mostra que R1, R2 e R3 têm todos redes que devem ser incluídas em um único
domínio de roteamento EIGRP. Para ativar o roteamento EIGRP em uma interface, use o comando
do modo de configuração de roteador network e insira o endereço de rede classful para cada rede
diretamente conectada.
O comando network tem a mesma função que em todos os protocolos de roteamento IGP. O
comando network no EIGRP:
• Permite qualquer interface neste roteador que corresponda ao endereço de rede no comando
do modo de configuração de roteador network enviar e receber atualizações EIGRP.
O argumento ipv4-network-address é o endereço de rede IPv4 classful para esta interface. A Figura
2 mostra os comandos de rede configurados em R1. Na figura, uma única instrução de network
classful, network 172.16.0.0, é usada em R1 para incluir as interfaces das sub-redes 172.16.1.0/24
e 172.16.3.0/30. Observe que somente o endereço classful será usado.
A Figura 3 mostra o comando network usado para habilitar o EIGRP nas interfaces das sub-redes
172.16.1.0/24 e 172.16.2.0/24 de R2. Quando o EIGRP é configurado na interface S0/0/0 de R2,
o DUAL envia uma mensagem de notificação para o console que indica que a adjacência de
vizinhos com outro roteador EIGRP nessa interface foi estabelecida. Essa nova adjacência
acontece automaticamente porque R1 e R2 usam o mesmo número de sistema autônomo eigrp 1
e os dois roteadores enviam agora atualizações em suas interfaces na rede 172.16.0.0.
Para configurar o EIGRP para anunciar sub-redes específicas apenas, use a opção de wildcard-
mask com o comando network:
Pense em uma máscara curinga como o inverso de uma máscara de sub-rede. O inverso da máscara
de sub-rede 255.255.255.252 é 0.0.0.3. Para calcular o inverso da máscara de sub-rede, subtraia a
máscara de sub-rede de 255.255.255.255 da seguinte maneira:
255.255.255.255
- 255.255.255.252
---------------
0. 0. 0. 3 Wildcard mask
Interface Passiva
Para que uma nova interface seja habilitada na rede EIGRP, o EIGRP tenta formar uma adjacência
de vizinhos com quaisquer roteadores vizinhos para enviar e receber atualizações EIGRP.
Às vezes pode ser necessário, ou vantajoso, incluir uma rede diretamente conectada na atualização
de roteamento EIGRP, mas não permitir a formação de adjacências de vizinhos fora daquela
interface. O comando passive-interface pode ser usado para evitar as adjacências de vizinhos. Há
duas razões principais utilizar o comando passive-interface:
• Para excluir o tráfego de atualização desnecessário, como quando uma interface é uma
interface de LAN, sem outros roteadores conectados
A Figura 1 mostra que R1, R2 e R3 não têm vizinhos em suas interfaces GigabitEthernet 0/0
A Figura 2 mostra o comando passive-interface configurado para excluir pacotes Olá nas LANs
de R1 e de R3. R2 é configurado usando o Verificador de Sintaxe.
Sem uma adjacência de vizinhos, o EIGRP não pode trocar rotas com um vizinho. Portanto, o
comando passive-interface impede a troca de rotas na interface. Embora o EIGRP não envie nem
receba atualizações de roteamento em uma interface configurada com o comando passive-
interface, ainda inclui o endereço de interface nas atualizações de roteamento enviadas de outras
interfaces não passivas.
Observação: para configurar todas as interfaces como passivas, use o comando passive-interface
default. Para desativar uma interface como passiva, use o comando no passive-interface
interface-type interface-number.
Um exemplo do uso da interface passiva para aumentar controles de segurança é quando uma rede
deve se conectar a uma organização de terceiros, da qual o administrador local não tem controle,
como ao se conectar a uma rede de um ISP. Nesse caso, o administrador de rede local precisaria
anunciar o link da interface através da sua própria rede, mas não vai querer que a organização de
terceiros receba ou envie atualizações de roteamento ao dispositivo local de roteamento, pois é um
risco à segurança.
Para verificar se qualquer interface em um roteador está configurada como passiva, use o comando
do modo EXEC privilegiado show ip protocols, como mostrado na Figura 3. Observe que embora
a interface GigabitEthernet 0/0 de R3 seja uma interface passiva, o EIGRP ainda inclui o endereço
de rede 192.168.1.0 da interface nas atualizações de roteamento.
Use o Verificador de Sintaxe na Figura 4 para configurar R2 para excluir pacotes Olá do EIGRP
na interface GigabitEthernet 0/0.
Verificação do EIGRP: Exame dos Vizinhos
Antes que o EIGRP possa enviar ou receber quaisquer atualizações, os roteadores devem
estabelecer adjacências com seus vizinhos. Os roteadores EIGRP estabelecem adjacências com
roteadores vizinhos trocando pacotes Olá do EIGRP.
Use o comando show ip eigrp neighbors para exibir a tabela de vizinhos e verificar se o EIGRP
estabeleceu uma adjacência com seus vizinhos. Para cada roteador, você deverá conseguir ver o
endereço IPv4 do roteador adjacente e a interface que o roteador usa para alcançar esse vizinho
EIGRP. Usando essa topologia, cada roteador tem dois vizinhos listados na tabela de vizinhos.
• Hold – Tempo de espera atual. Quando um pacote Olá é recebido, esse valor é restaurado
para o tempo de espera máximo para essa interface e é então contado retroativamente até
zero. Se zero for atingido, o vizinho será considerado desativado.
• Uptime – Quantidade de tempo desde que esse vizinho foi adicionado à tabela de vizinhos.
• Smooth Round Trip Timer (SRTT) e Retransmission Timeout (RTO) – Usado pelo
RTP para gerenciar pacotes do EIGRP confiáveis.
• Contagem da fila (Q Cnt) – Deve ser sempre zero. Se for maior do que zero, então os
pacotes EIGRP aguardam para ser enviados.
• Número de sequência (Seq Num) – Usado para controle dos pacotes de atualizações,
consultas e resposta.
O comando show ip eigrp neighbors é muito útil para verificar e solucionar problemas do EIGRP.
Se um vizinho não estiver listado após as adjacências serem estabelecidas com vizinhos de um
roteador, verifique a interface local para garantir que está ativada com o comando show ip
interface brief. Se a interface estiver ativa, tente fazer ping no endereço IPv4 do vizinho. Se o
ping falhar, significa que a interface do vizinho está inoperante e deve ser ativada. Se o ping for
bem-sucedido e o EIGRP ainda não vir o roteador como um vizinho, examine as seguintes
configurações:
5. As adjacências de vizinhos EIGRP que R1 tem com outros roteadores usados para receber
atualizações de roteamento EIGRP.
Observação: antes do IOS 15, a sumarização automática do EIGRP estava habilitada por padrão.
• Endereço IPv4
• Distância administrativa
Como mostrado na Figura 2, o EIGRP tem um AD padrão de 90 para rotas internas e 170 para
rotas importadas de uma fonte externa, como rotas padrão. Quando comparado a outros IGPs, o
EIGRP é o escolhido pelo IOS Cisco, pois possui a menor distância administrativa. O EIGRP tem
um terceiro valor AD de 5, para rotas de sumarização.
Verificação de EIGRP: examinar a tabela de roteamento IPv4
Outra forma de verificar se o EIGRP e outras funções do roteador estão corretamente configurados
é examinar as tabelas de roteamento IPv4 usando o comando show ip route. Como com qualquer
protocolo de roteamento dinâmico, o administrador de rede deve verificar as informações na tabela
de roteamento para garantir que ela está preenchida como esperado, com base nas configurações
inseridas. Por isso, é importante ter uma boa compreensão dos comandos de configuração do
protocolo de roteamento, assim como das operações do protocolo de roteamento e dos processos
utilizados pelo protocolo de roteamento para criar a tabela de roteamento IP.
Observe que as saídas usadas durante todo o curso são do IOS Cisco 15. Antes do IOS 15, a
sumarização automática do EIGRP era ativada por padrão. O estado da sumarização automática
pode fazer a diferença nas informações exibidas na tabela de roteamento IPv4. Se uma versão
anterior do IOS é usada, a sumarização automática pode ser desativada usando o comando do modo
configuração do roteador no auto-summary:
Router(config-router)# no auto-summary
Na Figura 2, a tabela de roteamento IPv4 é examinada usando o comando show ip route. As rotas
EIGRP são identificadas na tabela de roteamento com um D. A letra D foi usada para representar
o EIGRP, pois o protocolo é baseado no algoritmo DUAL.
O comando show ip route verifica se as rotas recebidas pelos vizinhos EIGRP estão instaladas na
tabela de roteamento IPv4. O comando show ip route exibe a tabela de roteamento inteira,
incluindo redes remotas aprendidas dinamicamente, rotas diretamente conectadas e estáticas. Por
isso, é normalmente o primeiro comando usado para verificar a convergência. Depois do
roteamento estar configurado corretamente em todos os roteadores, o comando show ip route
reflete que cada roteador tem uma tabela de roteamento completa, com uma rota para cada rede na
topologia.
Observe que R1 instalou rotas para três redes remotas IPv4 na sua tabela de roteamento IPv4:
R1 tem dois caminhos para a rede 192.168.10.8/30, pois o custo ou métrica para acessar a rede é
o mesmo ou é igual usando os dois roteadores. São conhecidas como rotas de custo igual. R1 usa
os dois caminhos para atingir essa rede, o que é conhecido como o balanceamento de carga. A
métrica EIGRP é discutida posteriormente neste capítulo.
A Figura 3 exibe a tabela de roteamento de R2. Note que os resultados exibidos são semelhantes,
incluindo uma rota de custo igual para a rede 192.168.10.4/30.
A Figura 4 exibe a tabela de roteamento de R3. Semelhantes aos resultados para R1 e R2, as redes
remotas são aprendidas usando EIGRP, incluindo uma rota de custo igual para a rede
172.16.3.0/30.
Packet Tracer – Configuração do EIGRP Básico com IPv4
Requisitos/Cenário
Nesta atividade, você implementará configurações do EIGRP básico que incluem comandos
network, interfaces passivas e desativação da sumarização automática. Você verificará então a
configuração do EIGRP utilizando uma variedade de comandos show e testando a conectividade
fim-a-fim.
O EIGRP usa pacotes Olá para estabelecer e manter adjacências de vizinhos. Para que dois
roteadores EIGRP se tornem vizinhos, vários parâmetros entre os dois roteadores devem ser iguais.
Por exemplo, dois roteadores EIGRP devem usar os mesmos parâmetros de métricas do EIGRP e
ambos devem ser configurados usando o mesmo número de sistema autônomo.
Cada roteador EIGRP mantém uma tabela de vizinhos, que contém uma lista de roteadores em
links compartilhados que têm uma adjacência EIGRP com este roteador. A tabela de vizinhos é
usada para conhecer o status desses vizinhos do EIGRP.
A figura mostra dois roteadores EIGRP que trocam pacotes Olá do EIGRP iniciais. Quando um
roteador configurado com EIGRP recebe um pacote Olá em uma interface, adiciona esse roteador
à tabela de vizinhos.
1. Um novo roteador (R1) aparece no link e envia um pacote Olá do EIGRP por todas as interfaces
configuradas com EIGRP.
2. O roteador R2 recebe o pacote Olá em uma interface ativada com EIGRP. R2 responde com um
pacotes de atualização do EIGRP que contém todas as rotas presentes na sua tabela de roteamento,
exceto as aprendidas através dessa interface (split horizon). No entanto, a adjacências de vizinhos
não é estabelecida até o R2 também enviar um pacote Olá do EIGRP a R1.
Cada roteador EIGRP mantém uma tabela de topologia para cada protocolo roteado configurado,
como IPv4 e IPv6. A tabela de topologia inclui entradas de roteamento para cada destino que o
roteador aprende de seus vizinhos EIGRP diretamente conectados.
A figura mostra a continuação do processo inicial de descoberta de rotas da página anterior. Mostra
agora a atualização da tabela de topologia.
1. R1 recebe a atualização EIGRP do vizinho R2 e inclui informações sobre as rotas que o vizinho
está anunciando, incluindo a métrica para cada destino. R1 adiciona todas as entradas de
atualização a sua tabela de topologia. A tabela de topologia inclui todos os destinos anunciados
por roteadores vizinhos (adjacentes) e o custo (métrica) para alcançar cada rede.
3. R1 envia uma atualização EIGRP para R2 anunciando as rotas que conhece, exceto aquelas
aprendidas de R2 (split horizon).
4. R2 recebe a atualização EIGRP do vizinho R1 e adiciona essas informações a sua própria tabela
de topologia.
2. Semelhante a R1, R2 atualiza sua tabela de roteamento IP com as melhores rotas do caminho
para cada rede.
Por padrão, o EIGRP usa os seguintes valores na métrica composta para calcular o caminho
preferido para uma rede:
• Largura de banda – A largura de banda mais lenta entre todas as interfaces de saída, ao
longo do caminho entre a origem e o destino.
Os seguintes valores podem ser usados, mas não são recomendados, pois geralmente levam ao
recálculo frequente da tabela de topologia:
• Carga – Representa a pior carga em um link entre a origem e o destino, que é calculada
com base na taxa de pacote e na largura de banda configurada de interface.
Observação: embora o MTU seja incluído nas atualizações da tabela de roteamento, não é uma
métrica de roteamento usada pelo EIGRP.
A Métrica Composta
A Figura 1 mostra a fórmula de métrica composta utilizada pelo EIGRP. A fórmula consiste nos
valores K1 a K5, conhecidos como ponderações métricas EIGRP. K1 e K3 representam a largura
de banda e o atraso, respectivamente. K2 representa a carga, K4 e K5 representam a confiabilidade.
Por padrão, K1 e K3 são definidos como 1 e K2, K4 e K5 são definidos como 0. O resultado é que
somente os valores de largura de banda e atraso são usados no cálculo da métrica composta padrão.
O EIGRP para IPv4 e o EIGRP para IPv6 usam a mesma fórmula para a métrica composta.
Observação: a alteração do valor metric weights não é geralmente recomendada e está além do
escopo deste curso. No entanto, sua relevância é importante para estabelecer adjacências de
vizinhos. Se um roteador modificou as ponderações métricas e outro roteador não, não se forma
uma adjacência.
Verificação de valores k
O comando show ip protocols é usado para verificar os valores k. A saída do comando para R1 é
exibida na Figura 2. Observe que os valores k em R1 estão configurados como padrão.
Exame de Valores de Interface
Examinar os Valores de Métrica
O comando show interfaces exibe informações de interface, incluindo os parâmetros usados para
calcular a métrica EIGRP. A figura mostra o comando show interfaces para a interface serial 0/0/0
de R1.
• Txload, Rxload – Transmissão e recepção de carga da interface como uma fração de 255
(255/255 está completamente saturada), calculada como uma média exponencial em cinco
minutos. Por padrão, o EIGRP não inclui o seu valor no cálculo da métrica.
Observação: neste curso, a largura de banda é referenciada como kb/s. No entanto, a saída do
roteador mostra a largura de banda usando a abreviação Kbit/seg. A saída de roteador também
exibe o atraso como usec. Neste curso, o atraso é indicado como microssegundos.
Métrica da Largura de Banda
A métrica da largura de banda é um valor estático usado por alguns protocolos de roteamento,
como EIGRP e OSPF, para calcular a métrica de roteamento. A largura de banda é exibida em
kilobits por segundo (kb/s). A maioria das interfaces seriais usa o valor de largura de banda padrão
de 1544 kb/s ou 1.544.000 b/s (1,544 Mb/s). Essa é a largura de banda de uma conexão T1.
Entretanto, algumas interfaces seriais usam um valor diferente de largura de banda padrão. A
Figura 1 mostra a topologia usada em toda esta seção. Os tipos de interfaces seriais e as larguras
de banda associadas não resultam necessariamente nos tipos de conexões mais comuns
encontrados nas redes atuais.
Na maioria dos links seriais, os padrões de métrica da largura de banda são 1544 kb/s. Como o
EIGRP e OSPF usam a largura de banda em cálculo da métrica padrão, um valor correto para a
largura de banda é muito importante para a precisão das informações de roteamento.
Use o seguinte comando do modo configuração de interface para modificar a métrica da largura
de banda:
Na Figura 2, o link entre R1 e R2 tem uma largura de banda de 64 kb/s e o link entre R2 e R3 tem
uma largura de banda de 1.024 kb/s. A figura mostra as configurações usadas nos três roteadores
para modificar a largura de banda nas interfaces seriais corretas.
Use o comando show interfaces para verificar os novos parâmetros da largura de banda, como
mostrado na Figura 3. É importante modificar a métrica da largura de banda nos dois lados do link
para garantir o roteamento apropriado em ambas as direções.
A alteração do valor da largura de banda não altera a largura de banda real do link. O comando
bandwidth modifica apenas a métrica da largura de banda usada por protocolos de roteamento,
como EIGRP e OSPF.
Métrica de Atraso
O atraso é a medida do tempo que leva para um pacote passar por uma rota. A métrica de atraso
(DLY) é um valor estático com base no tipo de link a que a interface está conectada e é expresso
em microssegundos. O atraso não é medido dinamicamente. Em outras palavras, o roteador não
controla realmente quanto tempo os pacotes demoram para chegar ao destino. O valor de atraso,
como o valor de largura de banda, é um valor padrão que pode ser alterado pelo administrador da
rede.
Quando usado para determinar a métrica EIGRP, o atraso é o cumulativo (soma) de todos os
atrasos da interface ao longo do caminho (medido em dezenas de microssegundos).
A tabela na Figura 1 mostra os valores de atraso padrão para várias interfaces. Observe que o valor
padrão é 20.000 microssegundos para interfaces seriais e 10 microssegundos para interfaces
GigabitEthernet.
Use o comando show interfaces para verificar o valor de atraso em uma interface, como mostrado
na Figura 2. Embora uma interface com várias larguras de banda possa ter o mesmo valor de atraso,
por padrão, a Cisco recomenda não alterar o parâmetro de atraso, a menos que o administrador de
rede tenha um motivo específico para fazer isso.
Como Calcular a Métrica do EIGRP
Embora o EIGRP calcule automaticamente a métrica da tabela de roteamento usada para escolher
o melhor caminho, é importante que o administrador de rede compreenda como essas métricas
foram determinadas.
A figura mostra a métrica composta usada pelo EIGRP. Usando os valores padrão para K1 e K3,
o cálculo pode ser simplificado por largura de banda mais lenta (ou largura de banda mínima)
adicionado à soma de todos os atrasos.
Etapa 1. Determine o link com a largura de banda mais lenta. Use esse valor para calcular a largura
de banda (10.000.000/largura de banda).
Etapa 2. Determine o valor de atraso para cada interface de saída no caminho até o destino.
Adicione os valores dos atrasos e divida por 10 (soma de atrasos/10).
Etapa 3. Adicione os valores calculados para a largura de banda e o atraso e multiplique a soma
por 256 para obter a métrica do EIGRP.
A saída da tabela de roteamento de R2 mostra que a rota para 192.168.1.0/24 tem uma métrica de
EIGRP de 3.012.096.
Cálculo da Métrica de EIGRP
A Figura 1 mostra a topologia de três roteadores. Este exemplo mostra como o EIGRP determina
a métrica indicada na tabela de roteamento de R2 para a rede 192.168.1.0/24.
Largura de Banda
O EIGRP usa a largura de banda mais lenta no cálculo da métrica. A largura de banda mais lenta
pode ser determinada examinando cada interface entre R2 e a rede de destino 192.168.1.0. A
interface serial 0/0/1 em R2 tem uma largura de banda de 1.024 kb/s. A interface GigabitEthernet
0/0 em R3 tem uma largura de banda de 1.000.000 kb/s. Portanto, a largura de banda mais lenta é
1.024 kb/s e é usada no cálculo da métrica.
O EIGRP divide um valor de largura de banda de referência de 10.000.000 pelo valor de largura
de banda da interface em kb/s. Isso resulta em valores de largura de banda maiores que recebem
uma métrica menor e valores de largura de banda menores que recebem uma métrica maior.
10.000.000 é dividido por 1.024. Se o resultado não for um número inteiro, o valor é arredondado
para baixo. Nesse caso, 10.000.000 divido por 1.024 equivale a 9.765,625. A parte decimal 625 é
descartada para fornecer 9.765 para a parte da largura de banda de métrica composta, como
mostrado na figura 2.
Atraso
As mesmas interfaces de saída são usadas para determinar o valor de atraso, como mostrado na
figura 3.
O EIGRP utiliza a soma de todos os atrasos no destino. A interface serial 0/0/1 em R2 tem um
atraso de 20.000 microssegundos. A interface Gigabit 0/0 em R3 tem um atraso de 10
microssegundos. A soma desses atrasos é dividida por 10. No exemplo, (20.000+10)/10 resulta em
um valor de 2.001 para a parte do atraso da métrica composta.
Calcular a Métrica
Use os valores calculados para largura de banda e atraso na fórmula métrica. Isso resulta em uma
métrica de 3.012.096, como mostrado na Figura 4. Esse valor corresponde ao valor exibido na
tabela de roteamento para R2.
Conceitos de DUAL
O EIGRP usa o algoritmo DUAL (Diffusing Update Algorithm) para oferecer o melhor caminho
sem loops e os caminhos de backup sem loops.
O DUAL usa vários termos, que são discutidos com mais detalhes nesta seção:
• Successor (Sucessor)
Introdução ao DUAL
O EIGRP usa o algoritmo de convergência DUAL. A convergência é importante para uma rede
para evitar loops de roteamento.
O algoritmo DUAL é usado para obter ausência de loops em cada instância durante uma
computação de rota. Isso permite a sincronização ao mesmo tempo de todos os roteadores
envolvidos em uma alteração de topologia. Os roteadores que não são afetados por alterações de
topologia não estão envolvidos na recomputação. Este método permite ao EIGRP obter tempos de
convergência mais rápidos do que outros protocolos de roteamento de vetor de distância.
O processo de decisão para todas as computações de rotas é feito pela máquina de estado finito
DUAL (FSM). FSM é um modelo de fluxo de trabalho, semelhante a um fluxograma composto do
seguinte:
O FSM DUAL rastreia todas as rotas, usa as métricas do EIGRP para selecionar caminhos
eficientes, sem loops, e identifica as rotas com caminho de menor custo a inserir na tabela de
roteamento.
FD é a menor métrica calculada para acessar a rede de destino. FD é a métrica listada na entrada
da tabela de roteamento como o segundo número em colchetes. Como com outros protocolos de
roteamento, isso também é conhecido como métrica para a rota.
Um FS é vizinho que tem um caminho de backup sem loops para a mesma rede do sucessor e
satisfaz a Condição de Viabilidade (FC). O sucessor de R2 para a rede 192.168.1.0/24 é R3,
fornecendo melhor caminho ou a menor métrica para a rede de destino. Observe na Figura 1 que
R1 fornece um caminho alternativo, mas é um FS? Antes de R1 poder ser um FS para R2, R1 deve
primeiro satisfazer a FC.
A FC é encontrada quando a Distância Relatada (RD) de um vizinho para uma rede é menor que
a distância viável do roteador local para a mesma rede de destino. Se a distância relatada é menor,
representa um caminho sem loops. A distância relatada é apenas a distância viável de um vizinho
EIGRP para a mesma rede de destino. A distância relatada é a métrica que um roteador informa a
um vizinho sobre seu próprio custo para essa rede.
R2 usa essas informações para determinar se R1 corresponde a FC e, portanto, pode ser um FS.
A tabela de topologia EIGRP contém todas as rotas que são conhecidas para cada vizinho EIGRP.
Como um roteador EIGRP aprende rotas de seus vizinhos, essas rotas são instaladas em sua tabela
de topologia EIGRP.
Como mostrado na Figura 2, use o comando show ip eigrp topology para ver a tabela de topologia.
A tabela de topologia lista todos os sucessores e FSs que o DUAL calculou para as redes de destino.
Somente o sucessor é instalado na tabela de roteamento IP.
Tabela de Topologia: Comando show ip eigrp topology (Cont.)
Como mostrado na Figura 1, a primeira linha na tabela de topologia indica:
• P – Rota no estado passivo. Quando o DUAL não está realizando suas computações de
difusão para determinar um caminho para uma rede, a rota está em modo estável, conhecido
como o estado passivo. Se o DUAL calcula novamente ou procura um novo caminho, a
rota está em um estado ativo e exibe um A. Todas as rotas na tabela de topologia devem
estar no estado passivo para um domínio de roteamento estável.
• 1 successors – Exibe o número de sucessores para essa rede. Se houver vários caminhos
de custo igual para esta rede, haverá vários sucessores.
• FD is 3012096 – FD, a métrica do EIGRP para acessar a rede de destino. Esta é a métrica
indicada na tabela de roteamento IP.
• Serial 0/0/1 – Interface de saída usada para acessar esta rede, também mostrada na tabela
de roteamento.
Como mostrado na Figura 3, a segunda subentrada mostra o FS, R1 (se não houver uma segunda
entrada, então não existem FSs):
• Serial 0/0/0 – Essa é a interface de saída utilizada para acessar o FS, se o roteador se
tornar o sucessor.
Tabela de Topologia: Sem Sucessor Viável
Para ver como o DUAL usa sucessores e FSs, examine a tabela de roteamento de R1, supondo que
a rede tenha realizado a convergência, como mostrado na Figura 1.
A Figura 2 exibe uma saída parcial do comando show ip route em R1. A rota para 192.168.1.0/24
mostra que o sucessor é R3 através de 192.168.10.6 com FD de 2.170.112.
A tabela de roteamento IP inclui somente o melhor caminho, o sucessor. Para ver se há FSs,
devemos examinar a tabela de topologia EIGRP. A tabela de topologia na Figura 3 mostra apenas
o sucessor 192.168.10.6, que é R3. Não há FSs. Olhando a topologia ou o diagrama de rede físico
real, é óbvio que existe uma rota de backup para 192.168.1.0/24 através de R2. R2 não é um FS
porque não corresponde a FC. Embora, olhando para a topologia, seja óbvio que R2 é uma rota de
backup, o EIGRP não tem um mapa da topologia da rede. O EIGRP é um protocolo de roteamento
de vetor de distância e sabe apenas as informações da rede remota através de seus vizinhos.
O DUAL não armazena a rota através de R2 na tabela de topologia. Todos os links podem ser
exibidos usando o comando show ip eigrp topology all-links. Esse comando exibe links quer
satisfaçam ou não FC.
Como mostrado na Figura 4, o comando show ip eigrp topology all-links mostra todos os
caminhos possíveis para uma rede, incluindo sucessores, FSs e até as rotas que não são FSs. FD
de R1 para 192.168.1.0/24 é 2.170.112 através do sucessor R3. Para que R2 seja considerado um
FS, deve satisfazer a FC. RD de R2 para R1 para acessar 192.168.1.0/24 deve ser inferior a FD
atual de R1. De acordo com a figura, RD de R2 é 3.012.096, que é superior a FD atual de 2.170.112
de R1.
Mesmo que R2 pareça um caminho de backup viável para 192.168.1.0/24, R1 não tem uma ideia
que o caminho não é um loopback potencial através de si próprio. O EIGRP é um protocolo de
roteamento de vetor de distância, sem a capacidade de exibir um mapa topológico completo, sem
loops da rede. O método DUAL para garantir que um vizinho tem um caminho sem loops é através
da métrica do vizinho que deve satisfazer a FC. Ao garantir que a RD do vizinho seja menor que
sua própria FD, o roteador poderá assumir que esse roteador vizinho não faz parte da sua própria
rota anunciada, evitando sempre o potencial para um loop.
R2 pode ser usado como um sucessor se R3 falhar; no entanto, há um atraso mais longo antes de
adicioná-lo à tabela de roteamento. Antes que R2 possa ser usado como um sucessor, o DUAL
precisa fazer mais processamento.
Máquina de Estado Finito (FSM) DUAL
A parte central do EIGRP é o DUAL e seu mecanismo de cálculo de rotas EIGRP. O nome
verdadeiro dessa tecnologia é Máquina de Estado Finito (FSM) DUAL. Essa tecnologia FSM
contém toda a lógica usada para calcular e comparar rotas em uma rede EIGRP. A figura mostra
uma versão simplificada do FSM DUAL.
Uma FSM é uma máquina abstrata, não um dispositivo mecânico com partes móveis. As FSMs
definem um conjunto de possíveis estados pelos quais algo pode passar, os eventos que causam
tais estados e os eventos que resultam de tais estados. Os projetistas usam FSMs para descrever
como um dispositivo, programa de computador ou algoritmo de roteamento reage a um conjunto
de eventos de entrada.
As FSMs estão além do escopo deste curso. Contudo, o conceito é usado para examinar algumas
das saídas de FSM do EIGRP usando o comando debug eigrp fsm. Use este comando para
examinar o que DUAL faz quando uma rota é removida da tabela de roteament
DUAL: Sucessor Viável
R2 está usando atualmente R3 como sucessor para 192.168.1.0/24. Além disso, R2 lista atualmente
R1 como um FS, como mostrado na Figura 1.
A saída show ip eigrp topology para R2 na Figura 2 indica que R3 é o sucessor e R1 é o FS para
a rede 192.168.1.0/24. Para entender como o DUAL pode usar um FS quando o caminho que usa
o sucessor não está mais disponível, uma falha de link é simulada entre R2 e R3.
Antes de simular a falha, a depuração DUAL precisa ser ativada com o comando debug eigrp fsm
em R2, como mostrado na Figura 3. Uma falha de link é simulada utilizando o comando shutdown
na interface serial 0/0/1 de R2.
A saída debug exibe a atividade gerada pelo DUAL quando um link se torna inativo. R2 deve
informar todos os vizinhos EIGRP do link perdido, bem como atualizar suas próprias tabelas de
roteamento e de topologia. Este exemplo mostra apenas a saída debug selecionada. Em particular,
observe que o FSM DUAL pesquisa e localiza um FS para a rota na tabela de topologia EIGRP.
Como mostrado na Figura 5, a tabela de topologia para R2 mostra agora R1 como o sucessor e não
há FSs novos. Se o link entre R2 e R3 for ativado novamente, então R3 retorna como o sucessor e
R1 se torna mais uma vez o FS.
DUAL: Sem Sucessor Viável
Ocasionalmente, o caminho para o sucessor falha e não há FSs. Nesse caso, o DUAL não tem um
caminho de backup sem loops garantido para a rede, por isso o caminho não está na tabela de
topologia como um FS. Se não houver FSs na tabela de topologia, o DUAL coloca a rede no estado
ativo. O DUAL consulta ativamente seus vizinhos para obter um novo sucessor.
R1 está usando atualmente R3 como sucessor para 192.168.1.0/24, como mostrado na Figura 1.
No entanto, R1 não tem R2 listado como FS, porque R2 não satisfaz a FC. Para entender como o
DUAL pesquisa por um novo sucessor quando não há FS, uma falha de link é simulada entre R1
e R3.
Antes da falha do link ser simulada, a depuração DUAL é ativada com o comando debug eigrp
fsm em R1, como mostrado na Figura 2. Uma falha de link é simulada utilizando o comando
shutdown na interface serial 0/0/1 de R1.
Quando o sucessor não está mais disponível e não há sucessor viável, o DUAL coloca a rota em
um estado ativo. O DUAL envia consultas EIGRP que solicitam a outros roteadores um caminho
para a rede. Outros roteadores devolvem respostas EIGRP, informando o remetente da consulta
EIGRP se têm ou não um caminho para a rede solicitada. Se nenhuma das respostas EIGRP tiver
um caminho para essa rede, o remetente de consulta não tem uma rota para essa rede.
Se o remetente das consultas EIGRP recebe respostas EIGRP que incluem um caminho para a rede
solicitada, o caminho preferido é adicionado como o novo sucessor e adicionado à tabela de
roteamento. Esse processo demora mais do que se DUAL tivesse um FS em sua tabela de topologia
e conseguisse rapidamente adicionar a nova rota à tabela de roteamento. Na Figura 3, observe que
R1 tem uma nova rota para a rede 192.168.1.0/24. O novo sucessor EIGRP é o roteador R2.
A Figura 4 mostra que a tabela de topologia para R1 agora tem R2 como sucessor sem nenhum FS
novo. Se o link entre R1 e R3 for ativado novamente, R3 retorna como sucessor. No entanto, R2
ainda não é o FS, pois não satisfaz a FC.
Packet Tracer – Investigação de FSM DUAL
Requisitos/Cenário
Nesta atividade, você modificará a fórmula da métrica EIGRP para causar uma mudança na
topologia. Isso permitirá visualizar como o EIGRP reage quando um vizinho fica inativo devido a
circunstâncias imprevistas. Você usará o comando debug para visualizar as alterações na topologia
e como a máquina de estado finito DUAL determina os caminhos do sucessor e do sucessor viável
para a rede convergir novamente.
O EIGRP para IPv6 também usa o DUAL como o mecanismo de computação para garantir
caminhos sem loops e caminhos de backup em todo o domínio.
Como em todos os protocolos de roteamento IPv6, o EIGRP for IPv6 tem processos separados de
sua contraparte IPv4. Os processos e as operações são basicamente iguais aos do protocolo de
roteamento IPv4, mas são executados independentemente. O EIGRP para IPv4 e o EIGRP para
IPv6 têm cada um tabelas de vizinhos EIGRP, tabelas de topologia EIGRP e tabelas de roteamento
IP separadas, como mostrado na figura. O EIGRP para IPv6 é um módulo dependente do protocolo
(PDM) separado.
Os comandos de configuração e verificação de EIGRP para IPv6 são muito semelhantes àqueles
usados no EIGRP para IPv4. Esses comandos são descritos anteriormente nesta seção.
Comparação do EIGRP para IPv4 e IPv6
A seguir, uma comparação dos principais recursos do EIGRP para IPv4 e EIGRP para IPv6:
• Rotas anunciadas – EIGRP para IPv4 anuncia redes IPv4; por outro lado, o EIGRP para IPv6 anuncia
prefixos IPv6.
• Vetor de distância – EIGRP para IPv4 e IPv6 são protocolos de roteamento de vetor de distância
avançados. Ambos os protocolos utilizam as mesmas distâncias administrativas.
• Tecnologia de convergência – EIGRP para IPv4 e IPv6 ambos usam o algoritmo DUAL. Ambos os
protocolos usam as mesmas técnicas e processos DUAL, incluindo o sucessor, FS, FD e RD.
• Métrica – EIGRP para IPv4 e IPv6 usam largura de banda, atraso, confiabilidade e carga para a
métrica composta. Ambos os protocolos de roteamento usam a mesma métrica composta e usam
somente largura de banda e atraso, por padrão.
• Mensagens de atualização – EIGRP para IPv4 e IPv6 enviam atualizações incrementais quando o
estado de um destino é alterado. Os termos, parcial e limitado, são usados para referir
atualizações para ambos os protocolos.
• Mecanismo de descoberta de vizinhos – EIGRP para IPv4 e EIGRP para IPv6 usam um mecanismo
simples de Olá para saber sobre roteadores vizinhos e formar adjacências.
• Endereços origem e destino – EIGRP para IPv4 envia mensagens ao endereço multicast
224.0.0.10. Essas mensagens usam o endereço IPv4 origem da interface de saída. EIGRP para IPv6
envia mensagens para o endereço multicast FF02::A. As mensagens do EIGRP para IPv6 são
fornecidas usando o endereço link-local IPv6 da interface de saída.
• Autenticação – EIGRP para IPv4 pode usar a autenticação de texto simples ou a autenticação MD5
(Message Digest 5). O EIGRP para IPv6 usa MD5.
• ID do roteador – EIGRP para IPv4 e EIGRP para IPv6 usam um número de 32 bits para a
identificação do roteador EIGRP. O ID do roteador de 32 bits é representado em notação decimal
pontuada e comumente chamada de endereço IPv4. Se o roteador EIGRP para IPv6 não foi
configurado com um endereço IPv4, o comando eigrp router-id deve ser usado para configurar
um ID do roteador de 32 bits. O processo para determinar o ID do roteador é o mesmo para o
EIGRP para IPv4 e IPv6.
• Endereço IPv6 de destino – Quando o pacote precisa ser enviado a um endereço multicast, é
enviado para o endereço multicast IPv6 FF02::A, todo os roteadores EIGRP com escopo link-local.
Se o pacote pode ser enviado como um endereço unicast, é enviado para o endereço link-local do
roteador vizinho.
Observação: os endereços link-local IPv6 estão no intervalo FE80::/10. /10 Indica que os
primeiros 10 bits são 1111 1110 10xx xxxx, que resulta no primeiro hexteto com um intervalo de
1111 1110 10 00 0000 (FE80) a 1111 1110 10 11 1111 (FEBF).
Topologia de Rede do EIGRP para IPv6
A Figura 1 mostra a topologia da rede usada para configuração do EIGRP para IPv6. Se a rede
está executando em pilha dupla, usando IPv4 e IPv6 em todos os dispositivos, o EIGRP para IPv4
e IPv6 pode ser configurado em todos os roteadores. No entanto, nesta seção, o foco é apenas no
EIGRP para IPv6.
A menos que sejam configurados manualmente, os roteadores da Cisco criam o endereço link-
local usando o prefixo FE80::/10 e o processo EUI-64, como mostrado na Figura 1. O EUI-64
envolve o uso de endereço MAC Ethernet de 48 bits, introduzindo FFFE no meio e invertendo o
sétimo bit. Para interfaces seriais, a Cisco usa o endereço MAC de uma interface ethernet. Um
roteador com várias interfaces seriais pode atribuir o mesmo endereço link-local para cada
interface IPv6, porque os endereços link-local só precisam ser locais no link.
Os endereços link-local criados usando o formato EUI-64 ou, em alguns casos, IDs aleatórias de
interface, dificultam a tarefa de reconhecer e lembrar desses endereços. Como os protocolos de
roteamento IPv6 usam endereços link-local IPv6 para o endereçamento unicast e as informações
de endereço do próximo salto da tabela de roteamento, é comum torná-lo um endereço facilmente
reconhecível. A configuração manual do endereço link-local fornece manualmente a capacidade
de criar um endereço reconhecível e fácil de lembrar.
Os endereços link-local podem ser configurados manualmente usando o mesmo comando do modo
de configuração de interface usado para criar endereços globais unicast IPv6, mas com parâmetros
diferentes:
Um endereço link-local tem um prefixo no intervalo FE80 a FEBF. Quando um endereço comece
com esse hexteto (segmento de 16 bits) a palavra-chave link-local deverá seguir o endereço.
Semelhante a R1, na Figura 3, o roteador R2 é configurado com FE80::2 como o endereço link-
local IPv6 em todas as interfaces
Use o Verificador de Sintaxe na Figura 4 para configurar FE80::3 como o endereço link-local em
todas as interfaces de R3.
Como mostrado na Figura 5, o comando show ipv6 interface brief é usado para verificar
endereços globais unicast e link-local IPv6 em todas as interfaces.
Configuração do EIGRP para o Processo de Roteamento IPv6
O comando do modo configuração global ipv6 unicast-routing permite roteamento IPv6 no
roteador. Esse comando é necessário antes que qualquer protocolo de roteamento IPv6 possa ser
configurado. Esse comando não é necessário para configurar endereços IPv6 nas interfaces, mas é
necessário para que o roteador seja ativado como um roteador IPv6.
O seguinte comando do modo de configuração global é usado para entrar no modo de configuração
do roteador para EIGRP para IPv6:
ID do Roteador
Como mostrado na Figura 2, o comando eigrp router-id é usado para configurar a identificação
do roteador. O EIGRP para IPv6 usa um valor de 32 bits para a identificação do roteador. Para
obter o valor, o EIGRP para IPv6 usa o mesmo processo que o EIGRP para IPv4. O comando
eigrp router-id tem precedência sobre todos os endereços IPv4 de loopback ou da interface física.
Se um roteador EIGRP para IPv6 não tem nenhuma interface ativa com um endereço IPv4, o
comando eigrp router-id é necessário.
Observação: o comando eigrp router-id é usado para configurar o ID do roteador para EIGRP.
Algumas versões do IOS aceitarão o comando router-id, sem antes especificar eigrp. O running-
config, no entanto, exibirá eigrp router-id independentemente do comando que for usado.
Por padrão, o processo EIGRP para IPv6 está em um estado inativo (shutdown). O comando no
shutdown é necessário para ativar o processo EIGRP para IPv6, como mostrado na Figura 3. Esse
comando não é necessário para EIGRP para IPv4. Embora, o EIGRP para IPv6 esteja ativado, as
adjacências de vizinhos e as atualizações de roteamento não podem ser enviadas e recebidas até o
EIGRP ser ativado nas interfaces apropriadas.
A Figura 4 mostra a configuração completa do EIGRP para IPv6 para o roteador R2.
Use o Verificador de Sintaxe na Figura 5 para configurar o EIGRP para o processo de IPv6 no
roteador R3.
Comando ipv6 eigrp Interface
O EIGRP para IPv6 usa um método diferente para habilitar uma interface para o EIGRP. Em vez
de usar o comando network do modo de configuração do roteador para especificar endereços de
interface correspondentes, o EIGRP para IPv6 é configurado diretamente na interface.
Use o seguinte comando do modo configuração de interface para ativar o EIGRP para IPv6 em
uma interface:
O valor autonomous-system deve ser o mesmo que o número de sistema autônomo usado para
ativar o processo de roteamento EIGRP. Tal como comando network usado em EIGRP para IPv4,
o comando ipv6 eigrp interface:
• Permite a interface formar adjacências e enviar ou receber atualizações EIGRP para IPv6
• Inclui o prefixo (rede) dessa interface nas atualizações de roteamento do EIGRP para IPv6
A Figura 1 mostra a configuração para ativar o EIGRP para IPv6 nas interfaces dos roteadores R1
e R2. Observe a mensagem abaixo da interface serial 0/0/0 de R2:
Use o Verificador de Sintaxe na Figura 2 para ativar o EIGRP para IPv6 nas interfaces de R3.
O mesmo comando passive-interface usado para IPv4 é usado para configurar uma interface como
passiva com EIGRP para o IPv6. Como mostrado na Figura 3, o comando show ipv6 protocols é
usado para verificar a configuração.
Verificação de EIGRP para IPv6: Exame de Vizinhos
Semelhante ao EIGRP para IPv4, antes que qualquer atualização do EIGRP para IPv6 possa ser
enviada ou recebida, os roteadores precisam estabelecer adjacências com seus vizinhos, como
mostrado na Figura 1.
Use o comando show ipv6 eigrp neighbors para exibir a tabela de vizinhos e verificar se o EIGRP
para IPv6 estabeleceu uma adjacência com seus vizinhos. A saída mostrada na Figura 2 exibe o
endereço link-local IPv6 do vizinho adjacente e a interface que o roteador usa para alcançar esse
vizinho EIGRP. Usar endereços link-local significativos facilita reconhecer os vizinhos R2 em
FE80::2 e R3 em FE80::3.
• Hold – Tempo de espera atual. Quando um pacote Olá é recebido, esse valor é restaurado para o
tempo de espera máximo para essa interface e é então contado retroativamente até zero. Se zero
for atingido, o vizinho será considerado desativado.
• Uptime – Quantidade de tempo desde que esse vizinho foi adicionado à tabela de vizinhos.
• SRTT e RTO – Usados pelo RTP para gerenciar pacotes EIGRP confiáveis.
• Contagem da fila (Q Cnt) – Deve ser sempre zero. Se for mais que zero, os pacotes EIGRP estão
aguardando ser enviados.
• Número de sequência (Seq Num) – Usado para controle dos pacotes de atualizações, consultas e
resposta.
O comando show ipv6 eigrp neighbors é muito útil para verificar e solucionar problemas do
EIGRP para IPv6. Se um vizinho esperado não estiver listado, certifique-se de que as duas
extremidades do link sejam up/up usando o comando show ipv6 interface brief. Os mesmos
requisitos existem para estabelecer adjacências de vizinhos com EIGRP para IPv6 como para IPv4.
Se os dois lados do link possuem interfaces ativas, verifique:
• Ambos os roteadores estão configurados com o mesmo número de sistema autônomo EIGRP?
• A interface está ativada para EIGRP para IPv6 com o número de sistema autônomo correto?
Verificação de EIGRP para IPv6: Comando show ip protocols
O comando show ipv6 protocols exibe os parâmetros e outras informações sobre o estado de todos
os processos de protocolo de roteamento IPv6 ativos atualmente configurados no roteador. O
comando show ipv6 protocols exibe tipos diferentes de saída, específicos para cada protocolo de
roteamento IPv6.
A saída na figura exibe vários parâmetros do EIGRP para IPv6 discutidos anteriormente,
incluindo:
4. Tal como o EIGRP para IPv4, as distâncias administrativas do EIGRP para IPv6 têm uma AD
interna de 90 e externa de 170 (valores padrão).
A saída do comando show ipv6 protocols é útil na depuração de operações de roteamento. A seção
Interfaces mostra quais interfaces foram configuradas com EIGRP para IPv6. Isto é útil para
verificar que o EIGRP está habilitado em todas as interfaces apropriadas com o número de sistema
autônomo correto.
Verificação de EIGRP para IPv6: Examinar a Tabela de
Roteamento IPv6
Como com qualquer protocolo de roteamento, o objetivo é preencher a tabela de roteamento IP
com as rotas para redes remotas e os melhores caminhos para acessar essas redes. Como com IPv4,
é importante examinar a tabela de roteamento IPv6 e determinar se será preenchida com as rotas
corretas.
A tabela de roteamento IPv6 é examinada com o comando show ipv6 route. As rotas EIGRP para
IPv6 são identificadas na tabela de roteamento com um D, semelhante à sua contraparte para IPv4.
A Figura 1 mostra que R1 instalou três rotas EIGRP para redes remotas IPv6 em sua tabela de
roteamento IPv6:
Todas as três rotas estão utilizando o roteador R3 como o roteador do próximo salto (sucessor).
Observe que a tabela de roteamento usa o endereço link-local como o endereço do próximo salto.
Uma vez que cada roteador tem todas as interfaces configuradas com um endereço link-local único
e distinguível, é fácil reconhecer que o roteador do próximo salto através de FE80::3 é o roteador
R3.
A Figura 3 exibe a tabela de roteamento para R3. Observe que R3 tem dois caminhos de custo
igual para 2001:DB8:CAFE:A001::/64. Um caminho é através de R1 em FE80::1 e o outro
caminho é através de R2 em FE80::2.
Packet Tracer – Configuração do EIGRP Básico com IPv6
Requisitos/Cenário
Nesta atividade, você irá configurar a rede com roteamento EIGRP para IPv6. Você também
atribuirá os Router IDs, configurará interfaces passivas, verificará se a rede está totalmente
convergida e exibirá as informações de roteamento utilizando comandos show.
• O EIGRP para IPv6 tem a mesma operação e recursos globais que o EIGRP para IPv4. Há algumas
diferenças importantes entre eles:
Você está preparando um arquivo do portfólio para comparação dos protocolos de roteamento RIP
e EIGRP.
Pense em uma rede com três roteadores interconectados com cada roteador que fornece uma LAN
para computadores, impressoras e outros dispositivos finais. O gráfico dessa página representa um
exemplo de uma topologia como essa.
Nesse cenário de atividade de modelagem, você irá criar, endereçar e configurar uma topologia,
usando comandos de verificação e comparando/contrastando saídas do protocolo de roteamento
RIP e EIGRP.
Responda as questões de reflexão do PDF que acompanham essa atividade. Salve seu trabalho e
esteja preparado para compartilhar as suas respostas com a turma. Salve também uma cópia do
trabalho para uso posterior neste curso ou para referência de portfólio.
Resumo
EIGRP (Enhanced Interior Gateway Routing Protocol) é um protocolo de roteamento de vetor de
distância classless. EIGRP é uma atualização de outro protocolo de roteamento da Cisco IGRP
(Interior Gateway Routing Protocol), que agora está obsoleto. O EIGRP foi inicialmente lançado
em 1992 como um protocolo proprietário da Cisco disponível apenas nos dispositivos Cisco. Em
2013, a Cisco lançou uma funcionalidade básica do EIGRP como um padrão aberto para a IETF.
O EIGRP usa o código “D” para DUAL na tabela de roteamento. O EIGRP tem uma distância
administrativa padrão de 90 para rotas internas e 170 para rotas importadas de uma fonte externa,
como, por exemplo, rotas padrão.
O EIGRP é um protocolo de roteamento de vetor de distância avançado, que inclui recursos não
encontrados em outros protocolos de roteamento de vetor de distância, como RIP. Esses recursos
incluem: Diffusing Update Algorithm (DUAL), estabelecimento de adjacências de vizinhos,
protocolo de transporte confiável (RTP), atualizações parciais e limitadas e balanceamento de
carga igual e com custos desiguais.
Antes que qualquer atualização do EIGRP seja enviada, um roteador deve primeiro descobrir seus
vizinhos. Isso é feito com pacotes Olá do EIGRP. Os valores Olá e hold-down não precisam
coincidir para que dois roteadores se tornem vizinhos. Use o comando show ip eigrp neighbors
para exibir a tabela de vizinhos e verificar se o EIGRP estabeleceu uma adjacência com seus
vizinhos.
O EIGRP não envia atualizações periódicas como o RIP. O EIGRP envia atualizações parciais ou
limitadas, que incluem somente as alterações de rota e apenas para os roteadores afetados pela
alteração. A métrica composta do EIGRP usa largura de banda, atraso, confiabilidade e carga para
determinar o melhor caminho. Por padrão, apenas a largura de banda e o atraso são usados.
No centro do EIGRP está DUAL (Diffusing Update Algorithm). A máquina de estado finito DUAL
é usada para determinar o melhor caminho e os caminhos de backup potenciais para cada rede de
destino. O sucessor é um roteador vizinho que é usado para encaminhar o pacote usando a rota de
menor custo para a rede de destino. A distância viável (FD) é a métrica mais baixa calculado para
acessar a rede de destino através do sucessor. Um sucessor viável (FS) é um vizinho que tem um
caminho de backup sem loops para a mesma rede do sucessor e também satisfaz a condição de
viabilidade. A condição de viabilidade (FC) é satisfeita quando a distância relatada (RD) de um
vizinho até uma rede é menor que a distância viável do roteador local para a mesma rede de destino.
A distância relatada é apenas a distância viável de um vizinho EIGRP para a rede de destino.