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Universidade Federal de Goiás

Escola de Engenharia Civil e Ambiental


Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária

Relatório Técnico

Disciplina: Hidráulica 1
Prof. José Vicente Granato de Araújo

Perda de Carga Distribuída em Tubulações


Grupo 3 - Tubo Rugoso ¾”

João Pedro Carvalho Silva - matrícula 202201440 (participação de 25%)


Emily Anne Ferreira Ledo Lima - matrícula 202204174 (participação de 25%)
Isabella Cristina B. de Sousa - matrícula 202201435 (participação de 25%)
Geovanne Silva Faria - matrícula 202204180 (participação de 25%)

Goiânia, 07 de Fevereiro de 2024


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Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária

Sumário

1. Objetivos 1
2. Materiais 5
3. Procedimento 5
4. Desenvolvimento 11
5. Conclusões 20
6. Bibliografia 20
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1. Objetivos
A partir do relatório temos a documentação técnica da aula laboratorial
sobre o assunto de “Perda de Cargas Distribuídas” onde foi analisadas a perda
de cargas em duas tubulações, sendo uma tubulação lisa e outra rugosa e
comparamos a perda de carga em cada tubulação.
Tivemos vários objetivos o primeiro deles foi verificar os fatores que
influenciam a perda de carga distribuída, dentre os fatores que influenciam a
perda de carga estão:
● Velocidade do Fluxo: A perda de carga distribuída aumenta com o
aumento da velocidade do fluxo. Isso ocorre porque o atrito entre o
fluido e as paredes da tubulação é maior em velocidades mais elevadas.
● Diâmetro da Tubulação: Tubulações com diâmetros menores
geralmente apresentam perdas de carga distribuída mais elevadas em
comparação com tubulações de maior diâmetro, para um determinado
fluxo de fluido. Isso ocorre porque a área de superfície relativa é maior
em tubulações menores.
● Rugosidade da Tubulação: A rugosidade interna das paredes da
tubulação influencia significativamente a perda de carga. Superfícies
mais rugosas resultam em maior atrito e, portanto, em perdas de carga
distribuída mais elevadas.
● Viscosidade do Fluido: Fluidos com maior viscosidade experimentam
maior resistência ao escoamento, o que pode aumentar a perda de carga
distribuída.
● Comprimento da Tubulação: Quanto maior o comprimento da tubulação,
maior será a perda de carga distribuída. Isso é devido ao aumento da
distância ao longo da qual o fluido está em contato com as paredes da
tubulação.
● Tipo de Fluxo: O regime de fluxo (laminar ou turbulento) afeta a perda de
carga distribuída. O fluxo turbulento tende a ter perdas de carga
distribuída mais altas em comparação com o fluxo laminar para as
mesmas condições de fluxo e geometria da tubulação.
● Temperatura do Fluido: A viscosidade do fluido pode variar com a
temperatura, o que, por sua vez, influencia a perda de carga distribuída.
● Rugosidade das Conexões e Curvas: Além da rugosidade da própria
tubulação, as conexões e curvas na tubulação também podem contribuir
para as perdas de carga distribuída.
O segundo objetivo foi determinar o número de Reynolds dos escoamentos o
número de Reynolds (Re) é fundamental na análise de escoamentos de fluidos
e tem uma grande importância em diversas áreas da engenharia e ciências
aplicadas. Algumas das razões pelas quais o número de Reynolds é crucial
incluem:

1. Classificação do Regime de Fluxo:

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O número de Reynolds é usado para classificar o regime de fluxo. Isso


ajuda a distinguir entre fluxo laminar e turbulento, influenciando as
características do escoamento.

2. Determinação da Estabilidade do Fluxo:


O número de Reynolds é um indicador da estabilidade do fluxo. Fluxos
com baixo Re tendem a ser laminar e estáveis, enquanto fluxos com alto Re
tendem a ser turbulentos e mais propensos a instabilidades.

3. Projeto de Sistemas de Tubulação:


No design de sistemas de tubulação, o número de Reynolds é usado
para determinar se o fluxo será laminar ou turbulento. Isso é essencial para
dimensionar adequadamente as tubulações, escolher bombas e garantir um
transporte eficiente de fluidos.

4. Eficiência de Trocadores de Calor e Equipamentos:


O número de Reynolds é relevante na eficiência de trocadores de calor,
evaporadores, condensadores e outros equipamentos nos quais o
comportamento do fluxo é crítico para o desempenho.

5. Avaliação do Desempenho de Aerofólios:


Em aerodinâmica, o número de Reynolds é usado para avaliar o
desempenho de aerofólios, asas de aeronaves e outros componentes sujeitos
a escoamentos de fluido.

6. Previsão de Fenômenos de Transição:


O número de Reynolds é crucial para prever a transição de fluxo laminar
para turbulento. Essa transição pode afetar a eficiência e a estabilidade de
vários processos.

7. Simulações Computacionais:
Em simulações computacionais de dinâmica de fluidos (CFD), o número
de Reynolds é usado para modelar e simular o comportamento de
escoamentos, ajudando na previsão de padrões de fluxo e na otimização de
projetos.

8. Entendimento Fundamental de Escoamentos:


O número de Reynolds fornece uma compreensão fundamental da
relação entre forças inerciais e viscosas em um fluido, contribuindo para o
entendimento do comportamento fluidodinâmico.
Outro objetivo desse relatório é determinar o coeficiente “f” da Fórmula
Universal para o tubo liso e tubo rugoso é importante em várias aplicações
relacionadas a fluidos em tubulações, sejam elas lisas ou rugosas. O
coeficiente de atrito é usado nas equações de perda de carga, como a equação
de Darcy-Weisbach, que descreve a perda de pressão ao longo de uma
tubulação devido ao atrito entre o fluido e as paredes da tubulação. Aqui estão
algumas razões para a importância de determinar o coeficiente de atrito:

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● Cálculo de Perda de Carga: O coeficiente de atrito é essencial para


calcular a perda de carga distribuída em uma tubulação. Conhecer a
perda de carga é fundamental para o projeto adequado de sistemas de
tubulação, garantindo que a pressão do fluido seja mantida dentro de
níveis aceitáveis.
● Dimensionamento de Tubulações: O coeficiente de atrito influencia
diretamente o dimensionamento adequado das tubulações. Em sistemas
onde a pressão é um fator crítico, como sistemas hidráulicos ou de
abastecimento de água, é crucial conhecer o coeficiente de atrito para
dimensionar as tubulações de maneira eficiente.
● Eficiência Energética: Conhecer o coeficiente de atrito ajuda a otimizar
a eficiência energética dos sistemas de bombeamento. Ao reduzir as
perdas de carga, é possível minimizar o trabalho requerido pelas
bombas para manter o fluido em movimento.
● Análise de Desempenho de Sistemas: Em sistemas complexos, como
redes de distribuição de água em cidades, a determinação precisa do
coeficiente de atrito é crucial para a análise do desempenho do sistema,
incluindo a avaliação de pressões, vazões e velocidades em diferentes
pontos.
● Avaliação de Condições de Fluxo: O coeficiente de atrito é um
indicador do tipo de fluxo na tubulação (laminar ou turbulento). Isso é
importante para prever a estabilidade do fluxo e a ocorrência de
transições entre regimes de fluxo.
● Validação Experimental e Simulações: Determinar o coeficiente de
atrito é vital ao realizar experimentos em laboratórios ou simulações
computacionais. Esses valores são frequentemente usados para validar
modelos e garantir que as previsões teóricas correspondam aos
resultados práticos.
Por fim determinamos a altura de rugosidade “k” do tubo rugoso a altura
de rugosidade k de um tubo rugoso é uma medida da aspereza da superfície
interna da tubulação. Essa característica é fundamental na análise de
escoamentos de fluidos em tubulações e tem grande importância em várias
áreas da engenharia. Aqui estão algumas razões para a importância de
determinar a altura de rugosidade:

● Cálculo do Coeficiente de Atrito f: A altura de rugosidade é usada


para calcular o coeficiente de atrito f na Equação de Darcy-Weisbach ou
em outras equações que descrevem a perda de carga em tubulações. O
valor de f influencia diretamente a perda de pressão e o
dimensionamento adequado das tubulações.
● Predição do Regime de Fluxo: A altura de rugosidade é um fator crítico
na predição do regime de fluxo na tubulação (laminar ou turbulento).
Isso afeta o comportamento fluidodinâmico e a estabilidade do fluxo.
● Dimensionamento Adequado de Tubulações: Conhecer a altura de
rugosidade é crucial para o dimensionamento adequado das tubulações
em sistemas hidráulicos e de abastecimento de água. Isso afeta

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diretamente a eficiência do transporte do fluido e evita o


subdimensionamento ou super dimensionamento da tubulação.
● Eficiência Energética: A altura de rugosidade influencia a eficiência
energética de sistemas de bombeamento. Tubulações com menor
rugosidade requerem menos energia para superar as perdas de carga,
resultando em sistemas mais eficientes.
● Análise de Desempenho de Sistemas: Em sistemas mais complexos,
como redes de distribuição de água, a altura de rugosidade é usada
para analisar o desempenho do sistema, otimizando a distribuição de
pressões, vazões e velocidades em diferentes pontos.
● Validação Experimental e Simulações: Ao realizar experimentos em
laboratórios ou simulações computacionais, a altura de rugosidade é um
parâmetro crítico. Valores precisos são essenciais para garantir que
modelos teóricos correspondam à realidade
● Manutenção e Durabilidade: A altura de rugosidade é considerada na
avaliação da durabilidade e manutenção de sistemas. Tubulações mais
rugosas podem ser mais propensas a depósitos de sedimentos e
incrustações, afetando a eficiência e a vida útil do sistema.
● Segurança Hídrica e Ambiental: Em sistemas de água potável, a altura
de rugosidade é crítica para garantir a qualidade da água e evitar
acúmulo de impurezas nas tubulações, contribuindo para a segurança
hídrica e ambiental.

Em resumo, determinar a altura de rugosidade é vital em diversas aplicações


de engenharia, influenciando diretamente o desempenho e a eficiência de
sistemas de tubulação, bem como aspectos relacionados à segurança e
durabilidade.

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2. Materiais e Procedimentos
● Materiais:
○ Manômetro;
○ Régua;
○ Trena;
○ Reservatório;
○ Duas bombas pequenas;
○ Tubulações de ¾” polegadas lisa e outra rugosa;
○ Cronômetro;
○ Termômetro;
○ Mangueira/Torneira.

● Procedimentos:
○ Este grupo (Grupo 3) trabalhou com a tubulação rugosa.
○ Primeiramente foram tiradas as medidas de um tanque acima do
reservatório com uma régua (que foi usado para calcular a
vazão/velocidade usado o volume de água). E também foi medido
o comprimento da tubulação com uma trena.

Figura 1: Todo o sistema (Tubulação, reservatório e as bombas)

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○ O valor de comprimento da tubulação deu 111,5 centímetros com


um diâmetro 0,01905 metros. E o valor das medidas do tanque
ficou com um comprimento de 29,5 por 21 centímetros de largura.
○ Após essas medições, começou-se o processo de ligar a bomba.
Para isso é necessário verificar se todos os registros estão
fechados, ao se ter todos fechados, a bomba é ligada. Essa etapa
é importante para prevenir danificações na tubulação. Outra
observação importante é que por as bombas estarem abaixo ou
no mesmo nível do reservatório, a bomba está escovada
(molhada), ou seja, sem a presença de ar.
○ Com a bomba ligada, foi aberto um pouco do registro, começando
a vazão. Para o cálculo da vazão, enchemos o tanque por um
tempo cronometrado e medimos a altura da água nesse tanque.
Assim temos a vazão volumétrica e consequentemente a
velocidade. Também foi observado a perda de carga (Hf)
analisando o manômetro (diferencial de pressão em pontos
diferentes). E repetiu-se esse processo para achar 5 vazões
diferentes, para cada uma foi-se abrindo um pouco mais o
registro.
○ Após a coleta dos valores das 5 vazões, foi colocado um
termômetro no tanque que deu 28 ºC.

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Figura 2: Manômetro utilizado

Figura 3: Exemplo de tubulação

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Figura 4: Tanques para medir o volume

Figura 5: Termômetro na água do tanque

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FIgura 6: Medição da altura de água no tanque da primeira vazão

FIgura 7: Medição da altura de água no tanque da segunda vazão

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FIgura 8: Medição da altura de água no tanque da terceira vazão

FIgura 9: Medição da altura de água no tanque da quarta vazão

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FIgura 10: Medição da altura de água no tanque da quinta vazão

3. Desenvolvimento

A análise específica do grupo é analisar o tubo rugoso ¾”, em que após


medição, tem-se uma largura de 111,5 cm, convertida para 1,115 m nos
cálculos. O comprimento da caixa foi de 29,5 cm, convertido para 295 mm e a
largura de 21 cm, convertido para 210 mm. Assim, pôde-se obter o volume a
partir da altura variável, medida 5 vezes, convertendo mm³ para litros como
observa-se na tabela 1 abaixo. A partir da média de 3 medições do tempo
cronometrado em segundos e sendo dividido pelo volume em litros, tem-se a
vazão em (L/s). A medição realizada no manômetro trouxe os valores de
pressão no ponto A e no ponto B em mmca, assim, com a diferença desses
pontos obteve-se a perda de carga (hf) em mmca.
Tabela 1 - Análise dos resultados do Tubo Rugoso

Altura do Volume Tempo


Pa Pb Hf = Pb - Pa
Reservatório coletado Cronometrado Vazão (L/s)
(mmca) (mmca) (mmca)
Medida (mm) (L) (s)

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15 0,92925 4,6 0,20201087 365 392 27

54 3,3453 11,66 0,28690395 394 455 61

71 4,39845 10,97 0,4009526 425 535 110

74 4,5843 9,29 0,49346609 454 618 164

34 2,1063 2,8 0,75225 480 699 219

A partir dos dados obtidos pelo grupo responsável pelo tubo liso ¾”,
utilizando uma largura de 1,119 m, o comprimento da caixa de 299 mm, a
mesma largura da caixa e também o mesmo diâmetro do tubo, seguindo os
mesmos parâmetros dos dados acima, em que foram realizadas 4 medidas
com vazões distintas, tem-se a tabela 2 abaixo.
Tabela 2 - Análise dos resultados do Tubo Liso

Altura do Volume Tempo Vazão (L/s) Pa (mmca) Pb (mmca) Hf = Pb -


Reservatório coletado Cronometrad Pa (mmca)
Medida (L) o (s)
(mm)

38 2,38602 5,52 0,43225 295 233 62

49 3,07671 6,84 0,4498114 358 263 95

59 3,70461 6,9 0,5369 450 324 126

74 4,64646 6,27 0,7410622 618 420 198

Para ambos os resultados faz-se a conversão da vazão para m³/s, para


que seja possível obter a velocidade em (m/s), obtida através da divisão da
vazão com a área da seção transversal. Posteriormente é realizado o cálculo
para a altura (h), e a divisão entre o hf obtido e o h, tem-se o coeficiente de
atrito experimental. Os dados podem ser analisados conforme a tabela 3.
Tabela 3 - Resultados do Tubo Rugoso

Q (m³/s) V (m/s) h (m) hf (mca) fexp re

0,00020201 0,70875298 1,49854807 0,27 0,1801744 14910,8164

0,0002869 1,00659943 3,0226944 0,61 0,20180671 21176,9399

0,00040095 1,40673791 5,9034687 1,1 0,18633113 29595,0935

0,00049347 1,73132051 8,94202407 1,64 0,18340367 36423,695

0,00075225 2,63926109 20,7800024 2,19 0,10538979 55525,04

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A temperatura registrada pelo experimento em análise foi de 28ºC,


enquanto a do outro grupo foi de 27°C, tendo uma pequena variação para o
coeficiente de viscosidade para encontrar o número de Reynolds, os dados do
outro grupo podem ser analisados a partir da tabela 4.
Tabela 4 - Resultados do Tubo Liso

Q (m³/s) V (m/s) h (m) hf (mca) fexp re

0,00043225 1,51654451 6,88567348 0,62 0,09004203 31905,2158

0,00044981 1,5781585 7,45653985 0,95 0,12740494 33201,4572

0,0005369 1,88370791 10,6233925 1,26 0,11860618 39629,6364

0,00074106 2,60000882 20,2388459 1,98 0,09783167 54699,2468

Então, tem-se os dados para montar o gráfico linear com hf no eixo das
ordenadas e a vazão no eixo das abscissas, com uma curva ajustada conforme
a equação de Darcy-Weisbach considerando os coeficientes constantes.

Gráfico 1 - Perda de Carga do Tubo Rugoso

Para análise dos resultados do outro grupo responsável pelo tubo liso, e
para os motivos de comparação para observar em que a alteração de
rugosidade traz para os resultados, tem-se o gráfico 2.

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Gráfico 2 - Perda de Carga do Tubo Liso

Por fim, tem-se o gráfico do coeficiente de atrito contra o número de Reynolds,


construído em escala logarítmica para se fazer a comparação ao gráfico do
Diagrama de Moody.

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Gráfico 3 - Coeficiente de atrito do Tubo Rugoso

Gráfico 4 - Coeficiente de atrito do Tubo Liso

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Figura 11 - Diagrama de Rouse

Para estimar a rugosidade relativa, utilizou-se a equação de Colebrook


citada abaixo.

A partir dos dados obtidos de f e Re, já citados acima, pode-se deduzir a


rugosidade relativa do tubo, conforme a tabela 5 que realiza os cálculos de
acordo com a equação de Colebrook.

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Tabela 5 - Rugosidade Relativa do Tubo Rugoso

fexp re rug.

0,1801744 14910,8164 0,237587

0,20180671 21176,9399 0,277038

0,18633113 29595,0935 0,24949

0,18340367 36423,695 0,24432

0,10538979 55525,04 0,102438

A partir dos dados obtidos do experimento pode-se notar as diferenças


que a rugosidade do tubo afeta nos resultados dos coeficientes de atrito, de
número de Reynolds e consequentemente na rugosidade relativa.
Adicionalmente, através de planilha eletrônica fez-se o ajuste da curva
obtida através de um polinômio de grau 2 tanto para a tubulação rugosa quanto
para a lisa, o resultado desses ajustes podem ser observados nos gráficos 5 e
6, respectivamente.

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Gráfico 5 - Ajuste da curva obtida através de um polinômio de grau 2 para tubulação rugosa

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Gráfico 6 - Ajuste da curva obtida através de um polinômio de grau 2 para tubulação lisa

Pode-se observar que o valor de R² foi de 0,9992 para a tubulação rugosa e de


0,9909 para a tubulação lisa, bastante próximo da unidade, o que significa que
a curva se aproximou bastante dos dados coletados em ambos os casos.

Por fim, fez-se um último gráfico contendo os valores de vazão e perda de


carga para a tubulação lisa e rugosa, aqui colocado no gráfico 7.

Gráfico 7 - Comparativo de vazão por perda de carga entre tubulação lisa e rugosa.

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Observa-se pelo gráfico 7, que para uma mesma vazão, a perda de carga na
tubulação lisa será menor que na tubulação rugosa, como era de se esperar.

4. Conclusões

O experimento foi realizado com sucesso, seguindo todas as orientações do


professor e do técnico, de tal forma que os alunos puderam aplicar todo o
conhecimento teórico adquirido durante o semestre em uma situação prática,
de tal forma a melhor fixar o conteúdo ministrado em sala de aula à turma.
Conteúdos tais como escorva de bombas, abertura e fechamento de
tubulações de forma a evitar o golpe de aríete que pode ser catastrófico à
tubulação, visualização e medição de instrumentos evitando erros de paralaxe
e outros erros humanos, aplicação da equação universal da perda de carga e
da equação de Reynolds.

Além disso, pode-se concluir que o experimento foi um sucesso, uma vez que
obteve-se com sucesso a curva de vazão por perda de carga, tanto da
tubulação lisa quanto da rugosa, podendo-se inclusive comparar os valores das
duas e confirmar que a perda de carga realmente é maior na tubulação rugosa,
como a teoria pregava, agora confirmado na prática.

5. Bibliografia

● STREETER, V.L. Mecânica dos fluidos. McGraw Hill do Brasil. São


Paulo. 1978.
● FOX, ROBERT W., Pritchard, Philip J. e MCDONALD, Alan T.
Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6ª Ed. Editora LTC. 2006.

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