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HIDRÁULICA

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INTRODUÇÃO À HIDRÁULICA

A Hidráulica consiste no estudo das características e usos dos fluidos. Desde o início,
o homem serviu-se dos fluidos para facilitar o seu trabalho. Não nos é difícil imaginar
um homem das cavernas, com sua mulher, sentados num tronco flutuando no rio
rebocando seus filhos e outros pertences num outro tronco com uma corda de cipó.

A história antiga registra que dispositivos engenhosos, como bombas e rodas d'água
já eram conhecidos desde épocas remotas. Entretanto, só no século XVII, o ramo da
hidráulica que nos interessa, foi utilizado.

Experiências têm mostrado que a hidráulica é agora indispensável como um método


moderno de transmissão de energia.

Acionamentos e comandos hidráulicos ganharam importância através dos tempos,


com a automatização e mecanização.

Grande parte das modernas e mais produtivas máquinas e instalações são hoje parcial
ou totalmente comandadas por sistemas hidráulicos.

Somente com a introdução de sistemas hidráulicos para comando e regulagem,


amplas áreas de automatização foram possíveis.

Apesar da multiplicidade dos campos de aplicação, o conhecimento dessa matéria


ainda não está suficientemente difundido. Como resultado disso, a aplicação do
sistema hidráulico tem sido restrita.

Porém, quem se decide pela aplicação da hidráulica para uma transferência de forças
ou movimentos, não estará em campo inexplorado.

Já existe muita experiência. Porém, antes da experiência, existia o conhecimento dos


princípios físicos, base para o funcionamento dos equipamentos e sistemas
hidráulicos.

Evidentemente, sem esses conhecimentos básicos não teria sido possível esse
desenvolvimento.

Antes de nos preocuparmos com detalhes da hidráulica, vamos definir o que se


entende por este termo: A palavra "Hidráulica" é derivada da raiz grega "Hidro"
que significa água, e "Aulus" que significa cano (tubo). Compreendia-se,
antigamente, por isso, todas as leis e comportamentos relativos a água.
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Hoje entende-se, por hidráulica, a transmissão, controle de forças e movimentos
por meio de fluidos.

Como meio de transmissão de energia se emprega, portanto um fluido. Este é, na


maior parte dos casos, óleo mineral, podendo ser entretanto um fluido sintético, ou
uma emulsão óleo-água.

O campo da hidromecânica (mecânica dos fluidos) se divide em:

A) Hidrostática: Mecânica dos fluidos estáticos (teoria


das condições de equilíbrio dos
fluidos).

B) Hidrodinâmica: Mecânica dos fluidos em movimento (teoria da vazão).

Um exemplo de hidrostática pura é a transmissão de forças na hidráulica.

Um exemplo de hidrodinâmica pura é a transformação de energia dinâmica da água,


nas usinas hidrelétricas.

Em Hidráulica a pressão operacional é geralmente indicada por p. Esta refere-se à


pressão relativa.

A) Hidrostática - mecânica dos fluidos estáticos.

1.0 - Pressão hidrostática (pressão de coluna)

Em uma coluna de fluido ocorre uma pressão como conseqüência do peso da massa
de fluido sobre uma determinada área. A pressão é dependente da altura (h) da
coluna, da densidade (p) e da aceleração da gravidade (g).

Pressão de coluna p = p. g . h

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Tomando recipientes de formas diferentes, cheios com o mesmo fluido, a pressão, em
um determinado ponto, dentro do fluido, depende apenas da altura da coluna
acima do ponto.

A pressão hidrostática exerce uma força sobre o fundo do reservatório.

Caso a pressão, conforme mostra a figura, atua sobre superfícies iguais ( A1 = A2 =


A3 ), as forças resultantes serão também iguais. ( F1 = F2 = F3).

A lei de Pascal Resume-se em:

"A Pressão exercida em um ponto qualquer de um fluido em repouso, transmite-se


integralmente a todos os pontos do fluido e atua perpendicularmente contra as
paredes do recipiente que o contém". Este preceito explica o fato de uma garrafa de
vidro quebrar-se caso sua rolha seja forçada a entrar, com o recipiente completamente
cheio: o fluido, praticamente incompressível, transmite a pressão aplicada pela rolha
ao fundo da garrafa, como a área do fundo é muito maior que a rolha, produz-se uma
força no fundo, excessivamente alta a ponto de quebrá-la.

- A pressão (força por unidade área), é transmitida em todos os


sentidos de um líquido confinado.

Talvez, pela simplicidade da Lei de Pascal, é que o homem não percebeu o seu
enorme potencial por dois séculos.

Somente, no princípio da Revolução Industrial, é que um mecânico britânico, Joseph


Bramah, veio a utilizar a descoberta de Pascal para desenvolver uma prensa
hidráulica.
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Bramah, conclui que, se uma força moderada aplicada a uma pequena área, produz-se
proporcionalmente, uma força maior numa área maior, o único limite à força de uma
máquina seria a área em que se aplicasse a pressão. A figura demonstra como Bramah
aplicou o princípio de Pascal à prensa hidráulica.

A força aplicada é a mesma utilizada na rolha e o pistão menor tem a mesma área, ou
seja, 1cm². O pistão maior tem 10cm².

O pistão maior é empurrado com 10kgf numa área de 1cm², para que possa suportar
um peso de 100kgf. Observa-se que as forças que equilibram este sistema são
proporcionais às áreas dos cilindros. Assim sendo, se a área de saída for de 200 cm²,
a força de saída será de 200 kgf (no caso, a cada cm² correspondem 10 kgf). Este é o
princípio de operação de um macaco hidráulico ou de uma prensa hidráulica. É
interessante notar a semelhança entre a prensa simples e uma alavanca mecânica
(vista B).

PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO DE PRESSÃO:

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Dois êmbolos de diâmetros diferentes são unidos entre si por uma haste. Atuando-se
com a pressão P1 sobre a área A1, temos no êmbolo maior a força F 1. A força F1 é
transmitida pela haste ao êmbolo menor. Essa força age sobre a superfície A 2 e
provoca a pressão P2. Eliminando o atrito, teremos:

F1 = F 2 = F

P1 . A1 = P2 . A2

Com isso teremos: P1 . A1 = F1

P2 . A2 = F2

Ou então: P1 = A2
P2 A1

Em um multiplicador de pressão, as pressões são inversamente proporcionais às


áreas.

HIDRODINÂMICA (MECÂNICA DOS FLUIDOS EM MOVIMENTO):

Leis de vazão:

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Se um fluido flui por um tubo com vários diâmetros, o volume que passa em uma
unidade de tempo é o mesmo, independente da secção. A velocidade do fluxo varia, a
vazão não.
³Vazão Q = V ³
³ t ³

Onde: Q = vazão em litros por minuto (L/min).


V = volume em litros (L).
t = tempo em minutos (min.).
A = área da secção transversal.
s = curso (comprimento).
Volume V = A . s

Substituindo na fórmula da vazão.


³Q= A.s ³
³ t ³
O curso s na unidade de tempo t é:

³ Velocidade ( V = S ) ³
³ t ³

de onde podemos ter, com Q = A . v a Equação da continuidade.


³ A1 . V1 = A2 . V2 ³
³ ³
³ Q1 = Q 2 ³
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA (Equação de Bernoulli):

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A lei da conservação da Energia, nos diz que em um fluxo a energia permanece
constante, enquanto não houver troca de energia com o exterior.

Deixando de lado as formas de energia que não se modificam no fluxo de um fluido,


podemos dividir a energia total desta forma.

Energia potencial: energia de posição em função da altura da coluna de fluido.


Energia de pressão (pressão estática).

Energia Cinética: energia de movimento em função da velocidade do fluxo,


( pressão dinâmica ).

Equação de Bernoulli.

g . h + P + V2 = constante
p 2

Com relação à energia de pressão estática teremos:

pt = pst + p . g . h + p . V2
2

Onde: pt = pressão total.

pst = pressão estática.

p.g.h = pressão da coluna de fluido.

p . V2 = pressão dinâmica.
2

Observando-se a equação da continuidade e a equação de energia, podemos deduzir:

Quando se diminui a secção transversal de passagem, a velocidade aumenta, com isso


aumenta também a energia cinética.
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Já que a quantidade de energia total permanece constante, é necessário que se
reduzam a energia de posição ou de pressão, ou ambas.

A energia de posição, no entanto, varia de forma desprezível nestes casos.

Com isso a pressão estática tem que variar em função da pressão dinâmica e esta em
função da velocidade.

PRINCÍPIO DE FLUXO

Num sistema hidráulico a força é transmitida só pela pressão, o fluxo provoca o


movimento dos atuadores. A bomba é responsável pelo fornecimento de óleo,
produzindo-se assim um fluxo.

* Como medir o fluxo

Há duas maneiras para medir fluxo de um fluido:

Velocidade - É a distância que as partículas percorrem em uma unidade de tempo.


Sua unidade é m/s.

Vazão - É o volume que atravessa uma seção de tubo em uma unidade de tempo. Sua
unidade é 1/min. Conforme varia a secção transversal de uma tubulação a velocidade
média das partículas do fluido varia inversamente, apesar de a vazão ser constante.

* Vazão e velocidade

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A velocidade de um atuador hidráulico, sempre depende do seu tamanho e da vazão
de fluido que chega a ele.

ATRITO E ESCOAMENTO

Atrito:

A energia hidráulica ao ser transmitida pela tubulação acarreta sempre uma perda de
carga. Visto que nas paredes do tubo e no próprio líquido se produz atrito, que por
sua vez, gera calor. Uma perda de energia hidráulica significa uma perda de pressão
do líquido hidráulico.

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A determinação da perda de carga é importante para saber se a pressão fornecida ao
sistema é ou não suficiente para aquilo que o sistema se propõe.

As restrições (curvas, estrangulamentos, etc.) contribuem grandemente para a perda


de carga no sistema e conseqüentemente aquecimento do óleo.

Influem na perda de carga:

- Velocidade do fluxo.
- Tipo de fluxo (laminar ou turbulento).
- Diâmetro do tubo.
- Viscosidade do líquido.
- Rugosidade do tubo.
- Volume de passagem.
- Restrições (válvulas, acessórios, etc.).

RESTRIÇÕES (ORIFÍCIOS):

Esta perda de pressão nas restrições ou estreitamentos, devido a conversão de energia


de pressão em energia térmica, são provocadas em alguns casos, deliberadamente (p.
ex: na válvula redutora de pressão), mas não se deseja que nos estreitamentos, haja
perda de pressão por aquecimento. Todo líquido hidráulico se aquece, pois durante o
trabalho, o líquido passa por muitos estreitamentos que existem nos elementos
hidráulicos.

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Na interrupção do fluxo, o líquido pára: Estando em repouso, não se produz atrito.

Conseqüentemente, a pressão é a mesma antes e depois do ponto de estrangulamento.

Obs: Quanto maior for o fluxo maior será a queda de pressão.( P).

Nos líquidos em movimento, podemos notar que os processos são mais complexos,
pois podemos verificar que o dobro da diferença de pressão ( P), não significa que a
vazão se duplique, como ocorre na eletrotécnica, onde o dobro da tensão significa o
dobro da corrente.

Uma expressão que demonstra a relação da vazão e a queda da pressão é:

Onde:

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Q = vazão em l/min.

= Fator hidráulico (0,6 .. 0,9), valor dependente da


viscosidade e da forma do estreitamento.

A = Superfície do estreitamento em m².

p = Queda de pressão em Pa.

p = Densidade em kg/m³.

Podemos também usar a seguinte expressão reduzida:

Ou seja, a vazão em um estreitamento não tem um comportamento linear em relação


a queda de pressão. Notamos que a curva característica é uma parábola.

Conclusão: O valor exato da vazão a ser ajustada é obtida de forma experimental.

ESCOAMENTO

São dois tipos de fluxos de fluídos:

a) Fluxo Laminar:

Em um fluxo laminar, as moléculas do fluido se movem até determinadas


velocidades, de uma forma mais ou menos ordenada, em camadas estáveis. Não há
interferência entre as moléculas, nem tampouco influem em seu movimento.

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b) Fluxo Turbulento:

Caso a velocidade aumenta a secção de passagem não varia, a partir de uma certa
velocidade (velocidade crítica) o fluxo se transforma em um movimento
desordenado, turbulento. As moléculas já não se movem mais ordenadamente em
uma direção geral, mas sim de forma irregular, influenciando o movimento das
outras.

As resistências ao fluxo aumentam e as perdas hidráulicas crescem. Por esses


motivos, o fluxo turbulento é indesejável em instalações hidráulicas.

NÚMERO DE REYNOLD Re:

O comportamento de um fluxo pode ser determinado pelo número de Reynold.

Re = V . dH ( O número de Reynold é adimensional).


V

V = velocidade do fluxo m .
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s

dH = diâmetro hidráulico (m), em secções circulares é o diâmetro interno do tubo; em


outros casos, transformar:

dH = 4 x A
U

A = área da secção transversal.

U = Perímetro.

V = Viscosidade cinemática (m²) .


s

Re crítico ~ 2300

Este valor serve para tubos redondos, retos e tecnicamente lisos. Com o número de
Reynold crítico, o fluxo muda de laminar para turbulento e vice-versa.

Fluxo laminar Re < Re crítico

Fluxo Turbulento Re > Re crítico

PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A pressão atmosférica nada mais é do que a pressão do ar em nossa atmosfera, devido


ao seu próprio peso. Ao nível do mar, uma coluna de ar de um centímetro quadrado
de área e altura total, pesa 1kgf.

Assim sendo, a pressão será 1 bar. Em altitudes terrestres maiores, naturalmente há


menos peso nesta coluna e a pressão diminui. Abaixo do nível do mar, a pressão
atmosférica é maior que 1 bar. Qualquer condição onde a pressão é menor que a
pressão atmosférica é chamada depressão ou pressão negativa. O vácuo seria a
ausência de pressão ou "O" bar (abs).

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- A pressão atmosférica é a altura manométrica do ar

Como tudo na terra depende da pressão atmosférica absoluta, ela não é sentida.
Considera-se portanto a pressão atmosférica absoluta como ponto "zero",
determinando qualquer diferença como:

Sobre-pressão atmosférica = Pe (pressão relativa).

Ou

Depressão atmosférica = -Pe (vácuo).

O gráfico representado abaixo é uma ilustração da explicação anterior.

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COMO É GERADA A PRESSÃO

A pressão resulta da restrição ou resistência ao fluxo do fluido.

FLUXO PARALELO

Quando houver duas vias de fluxo paralelas, cada qual com resistências ao
escoamento diferentes, a pressão aumentará até vencer a resistência menor, quando
ocorrerá fluxo pela via correspondente. Costuma-se dizer que os fluidos "escolhem os
caminhos mais fáceis".

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FLUXO EM SÉRIE

Quando resistências ao fluxo, estão ligadas em série, somam-se pressões.


A figura, mostra as mesmas válvulas da figura anterior, porém ligadas em série. Os
manômetros, localizados nas linhas, indicam a pressão suficiente para superar cada
resistência da válvula, mais a contrapressão que cada válvula sucessiva oferece. A
pressão no manômetro da bomba indica a soma das pressões necessárias para abrir
cada válvula individualmente.

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VANTAGENS DO SISTEMA HIDRÁULICO

Faremos uma rápida comparação dos sistemas hidráulicos com os sistemas


mecânicos ou elétricos equivalentes.

- Velocidade:

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Consegue-se, num sistema bem dimensionado, uma variação contínua e precisa de
velocidade, seja cilindro ou motor hidráulico, bastando para isto mudar a vazão da
bomba ou controlá-la através da válvula adequada.

- Reversibilidade:

Sem desligar a máquina, bastando apenas alterar a posição do êmbolo da válvula


direcional, ocorre a inversão do movimento do atuador, enquanto que para se obter,
por exemplo, a inversão do sentido de rotação de um motor elétrico, é necessário
desligá-lo, inverter os fios (pólos) e dar nova partida. Existem chaves especiais para
este fim, mas apesar da rapidez da operação, a inversão não é suave e o pico de
consumo de partida do motor não é evitado.

- Proteção contra sobrecarga:

Quando a carga excede os limites de trabalho ocorre o aumento da pressão do fluido a


um valor limitado pela válvula de segurança, que nessa situação se abre impedindo
qualquer dano ao sistema.

- Limitação de força (ou torque):

Há possibilidade de se limitar a força máxima de um cilindro, ou torque máximo de


um motor, pela válvula de segurança, e se existir a necessidade de um limite mais
baixo para um movimento do que para outro, pode-se utilizar uma válvula redutora
de pressão.

- Dimensões reduzidas:

Como a força e a velocidade dos atuadores dependem apenas de pressão e vazão


respectivamente, o peso e o tamanho dos componentes hidráulicos são reduzidos em
relação aos equivalentes equipamentos mecânicos e elétricos da mesma potência.

DESVANTAGENS DO SISTEMA HIDRÁULICO

O rendimento global de um sistema hidráulico, sem levar em consideração o


rendimento do motor que aciona a bomba, varia, em função dos componentes
especificados, de 80% a 90%.

São três os fatores responsáveis pela variação do rendimento:

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1º - Vazamentos internos em todos os componentes, esses vazamentos são
necessários para promover a lubrificação das partes móveis dos
diversos componentes.

2º - Perda de energia provocada pelas perdas de carga nos tubos e válvulas, com o
conseqüente aquecimento do óleo.

3º - Várias transformações do estado da potência, a bomba recebe em seu eixo


potência mecânica, a transforma em potência hidráulica e o atuador recebe a
potência hidráulica e a transforma novamente em mecânica.

EXEMPLOS DE APLICAÇÕES:

Para que se possa, inicialmente, fazer uma idéia geral sobre os vários campos de
aplicação da hidráulica, os mesmos foram divididos em 5 setores como segue:

1 - Hidráulica Industrial

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Injetoras de plástico e outros materiais; Prensas; Industria pesada (metalúrgica,
laminação); Máquinas-Ferramentas.

2 - Hidráulica em construções fluviais, lacustres e marítimas

Comportas e eclusas; Acionamento de pontes; Máquinas de mineração; Turbinas;


Usinas nucleares.

3 - Hidráulica em aplicações técnicas especiais

Escavadeiras, dragas e gruas; Máquinas rodoviárias e agrícolas; Mecânica


automobilística.

4 - Hidráulica em aplicações técnicas especiais

Acionadores de telescópios; antenas; bóias de investigação marítima; trens de


aterrissagem e controle de aeronaves; máquinas especiais.

5 - Hidráulica na Indústria Naval

Acionamento de lemes; Guindastes de bordo; Grúas; Plataformas; Escotilhas de


cargas.

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2 VÁLVULAS DE PRESSÃO

INTRODUÇÃO
As válvulas controladoras de pressão assumem diversas funções nos sistemas
hidráulicos, tais como: estabelecer a pressão máxima, reduzir a pressão de certas
linhas do circuito, estabelecer seqüências de movimentos e outras. A base de
operação dessas válvulas é um equilíbrio entre pressão e a força de uma mola. A
maioria é de posicionamento infinito; isto é, a válvula pode assumir várias posições
entre a de totalmente aberta e a de totalmente fechada, dependendo da vazão e da
diferença de pressão. As válvulas controladoras de pressão, são usualmente chamadas
por suas funções primárias, ou seja válvulas de segurança, de seqüência, de frenagem
etc... Elas são classificadas pelo tipo de conexões, pelo tamanho e pela faixa de
pressões de trabalho. As válvulas discutidas neste módulo são as controladoras de
pressão usadas na maioria dos sistemas hidráulicos industriais.

VÁLVULA DE SEGURANÇA (Alívio de Pressão)

A válvulas de segurança estão presentes em praticamente todos os sistemas


hidráulicos. É uma válvula normalmente fechada, situada entre a linha de pressão
(saída da bomba) e o reservatório. Sua função é a de limitar a pressão no sistema a
um ajuste máximo predeterminado, pelo desvio de uma parte ou de toda a vazão da
bomba ao reservatório quando o ajuste da válvulas é alcançado.

VÁLVULA DE SEGURANÇA SIMPLES OU DIRETAMENTE OPERADA


Uma válvula de segurança simples ou de ação direta pode ser nada mais que uma
esfera ou pistão assentada ao corpo por uma mola forte.

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Enquanto a pressão na entrada não for suficiente para vencer a força da mola, a
válvula permanece fechada. Quando se alcança a pressão ajustada a esfera ou pistão
são deslocados de sua sede permitindo que o fluxo passe a reservatório enquanto a
pressão for mantida.

Na maioria dessas válvulas, existe uma parafuso de ajuste para variar a tensão da
mola. Assim, a válvula pode ser regulada para abrir a qualquer pressão dentro da
faixa especificada.

* Sobrepressão

A pressão em que a válvula começa a abrir para desviar o fluxo é chamada pressão de
abertura. À medida que o fluxo vai aumentando através da válvula, o pistão é forçado
mais para fora da sede aumentando assim a compressão da mola.

Portanto, quando a válvula estiver permitindo a passagem de vazão máxima, a


pressão será consideravelmente maior que a de abertura.

A diferença entre a pressão de passagem total e a pressão de abertura é a


sobrepressão. Algumas vezes esta sobrepressão pode ser tolerada.

Em outros casos, ela ocasiona um desperdício de energia devido a perda de fluido


através da válvula antes de se atingir o ajuste máximo, podendo inclusive permitir
que a pressão máxima exceda os limites de outros componentes.

Onde for desejável, diminuir esta sobrepressão, deve-se usar uma válvula pré-
operada.

3 BOMBAS HIDRÁULICAS

INTRODUÇÃO:

A bomba é provavelmente o componente mais importante e menos compreendido no


sistema hidráulico. Sua função é a de converter a energia mecânica em energia
hidráulica, recalcando o fluido hidráulico ao sistema.

As bombas são feitas em vários tamanhos e formas, mecânicas e manuais com


diversos mecanismos de bombeamento e para diversas aplicações. Todas as bombas,
entretanto, são classificadas em uma de duas categorias básicas: Hidrodinâmica ou
Hidrostática.
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a) Hidrodinâmica

As bombas de deslocamento não positivo, por exemplo, as centrífugas, são usadas


normalmente na transferência de fluidos, onde a resistência ao escoamento é
provocada apenas pelo peso do fluido e pelos atritos conseqüentes ao escoamento. A
maioria das bombas de deslocamento não positivo, opera pela força centrífuga onde o
fluido, ao entrar na bomba, é expelido para a saída por meio de um impulsor que gira
rapidamente.

Não existe uma vedação positiva entre os pórticos de entrada e de saída e as


capacidades de pressão dependem da velocidade de giro. Embora estas bombas
forneçam um fluxo suave e contínuo, sua vazão diminui quando a resistência
aumenta. É possível bloquear completamente o pórtico da saída em pleno
funcionamento da bomba. Por estas razões, as bombas de deslocamento não positivo
são raramente usadas em sistemas hidráulicos.
b) Hidrostática

As bombas de deslocamento positivo fornecem uma dada quantidade de fluido para


cada rotação ou ciclo. A vazão, à exceção de perdas por vazamento é independente da
pressão, tornando-se adequadas para transmitir força.

* Especificações de Bombas

As bombas são geralmente classificadas por sua capacidade de pressão e pela sua
vazão a uma dada velocidade de giro.

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* Pressão Nominal

A faixa de pressão de uma bomba é determinada pelo fabricante, baseado numa vida
útil razoável da bomba sob condições de operação específicas. É importante notar que
não há um fator de segurança padronizado nesta relação. Operando com pressões
elevadas pode-se reduzir a vida de serviço da bomba ou causar danos sérios.

* Deslocamento

Uma bomba é caracterizada por sua vazão nominal. Realmente sem carga a vazão
recalcada é maior que à pressão de trabalho. Sua vazão também é proporcional à
velocidade de giro. O deslocamento é o volume de fluido transferido numa rotação. É
equivalente ao volume de uma câmara de bombeamento multiplicado pelo número de
câmaras. Expressa-se o deslocamento em cm³/rot.

A maioria das bombas tem um deslocamento fixo que não pode ser modificado a não
ser pela substituição de certos componentes. É possível, entretanto, variar as
dimensões da câmara de bombeamento por meio de controles externos, variando
assim o deslocamento. Em certas bombas de palhetas não balanceadas e também em
muitas unidades de pistões, o deslocamento pode ser variado de zero ao máximo,
tendo algumas ainda a possibilidade de inverter a direção do fluxo.

* A vazão (l/min)

Muitos fabricantes fornecem uma tabela ou gráfico, mostrando a vazão de uma


bomba e a demanda de energia sob condições de teste em relação às velocidades de
rotação e pressão.

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* O rendimento Volumétrico

Teoricamente, uma bomba desloca uma quantidade de fluido igual a seu


deslocamento em cada ciclo ou rotação. Na realidade, o deslocamento verdadeiro é
inferior devido a vazamentos internos. Quanto maior a pressão, maior será o
vazamento da saída para a entrada da bomba ou para o dreno, reduzindo assim, o
rendimento volumétrico.

O rendimento volumétrico é igual à vazão real que a bomba recalca, dividida pela
vazão que teoricamente recalcaria se não ocorressem vazamentos.

nRv = Vazão real x 100


Vazão teórica

Por exemplo, se teoricamente uma bomba recalcaria 40 l/min e a 70 bar recalca 36


l/min, seu rendimento volumétrico é de 90% a 70 bar.

nRv = 36 x 100 = 90%


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BOMBAS DE ENGRENAGENS

A bomba consiste de duas engrenagens, sendo uma motriz acionada pelo eixo e outra
movida, montadas numa carcaça com placas laterais (chamadas placas de desgaste ou
pressão).

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As engrenagens giram em sentidos opostos criando uma depressão na câmara de
entrada da bomba. O fluido introduz-se nos vãos dos dentes e é transportado junto à
carcaça até a câmara de saída. Ao se engrenarem novamente, os dentes forçam o
fluido para a abertura de saída. A alta pressão na abertura de saída impõe uma carga
radial desbalanceadora nas engrenagens e nos rolamentos que as apóiam. A figura
abaixo, ilustra uma bomba típica de engrenagens com dentes internos, nesta, as
câmeras de bombeamento são formadas entre os dentes das engrenagens.

Uma vedação em forma de meia lua é montada entre as engrenagens e localizada no


espaço entre a abertura de entrada e de saída, onde a folga entre os dentes das
engrenagens é máxima.

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* Características das Bombas de Engrenagens

A maioria das bombas de engrenagens é de deslocamento fixo. Elas existem numa


faixa de pequenas a grandes vazões.

Devido ao fato de serem do tipo não balanceado, são geralmente unidades de baixa
pressão, porém existem bombas de engrenagens que atingem até 200 bar. Com o
desgaste, o vazamento interno aumenta.

Entretanto, as unidades são razoavelmente duráveis e toleram a sujeira mais do que


outros tipos. Uma bomba de engrenagens com muitas câmaras de bombeamento, gera
freqüências altas e portanto tende a fazer mais barulho, porém, foram feitos muitos
melhoramentos nestes últimos anos, com o intuito de diminuir o nível de ruído.

BOMBAS PALHETAS

O princípio de funcionamento de uma bomba de palhetas é mostrado na figura


abaixo. Um motor provido de ranhuras gira dentro de um anel excêntrico. Nas
ranhuras do rotor são colocadas as palhetas as quais entram em contato com a face
interna do anel quando o rotor gira.
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A força centrífuga e a pressão sob as palhetas as mantém contra o anel. Formam-se
câmaras de bombeamento entre palhetas, rotor, anel e as duas placas laterais. Na
abertura de entrada, a pressão diminui quando aumenta o volume entre o rotor e o
anel. O óleo que entra neste volume fica preso nas câmaras, sendo empurrado para a
abertura de saída quando este volume diminui. A vazão da bomba depende da
espessura do anel e do rotor, bem como do contorno do anel.

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4 VÁLVULAS DIRECIONAIS

VÁLVULAS CENTRADAS POR MOLAS, COM MOLA FORA DE CENTRO


E SEM MOLA

Os termos se referem à utilização de molas para o retorno dos êmbolos das válvulas
às posições normais.

Uma válvula centrada por molas, utiliza-se para centrar o êmbolo quando sobre este
não mais existir esforço. Uma válvula com mola fora de centro é uma válvula com
duas posições. O êmbolo volta à uma posição extrema por força de mola, quando
cessa a operação.

Uma válvula sem molas sempre precisa ser atuada por um controle externo. O
êmbolo pode até flutuar entre duas posições na falta de controle, a não ser que tenha
um pino de retenção (detente), ou um atrito suficiente para manter o êmbolo numa
determinada posição. Por esta razão é uma boa prática manter a válvula sob controle
durante todo o ciclo.

TIPOS DE CENTROS DOS CARRETÉIS

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A maioria das válvulas de 3 posições é fabricada com uma variedade de êmbolos
intercambiáveis. Todos os êmbolos para 4 vias têm as passagens de fluxo idênticas
quando acionadas, porém as passagens centrais diferentes conforme a figura abaixo.

O tipo de centro aberto interliga todos os pórticos e a vazão da bomba flui para o
tanque a baixa pressão. O centro da bomba flui para o tanque a baixa pressão.

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O centro fechado bloqueia todos os pórticos, assim a vazão da bomba pode ser usada
para outras operações no circuito, caso contrário, fluirá ao tanque através da válvula
de segurança, à pressão de trabalho.

Outros tipos de centro bloqueiam pórticos selecionados, mantendo outros abertos. O


tipo tandem tem os dois pórticos de cilindro bloqueados na posição neutra, porém o
pórtico de pressão está aberto ao tanque, permitindo assim, ligar duas ou mais
válvulas em série ou "tandem".

Os êmbolos podem ser mantidos em sua posição central das molas, pinos de retenção
(detentes) ou então pela pressão, que é o meio mais rápido e positivo.

5 CONTROLE DE VAZÃO

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INTRODUÇÃO

As válvulas controladoras de vazão são usadas para regular a velocidade. Nos


módulos anteriores foi mencionado que a velocidade de um atuador depende da
quantidade de óleo a ele bombeada por unidade de tempo.

É possível regular o fluxo com uma bomba de deslocamento variável, porém em


muitos circuitos é mais prático usar uma bomba de deslocamento fixo e regular o
fluxo com uma válvula de controle de vazão.

OS MÉTODOS DE CONTROLAR O FLUXO

Existem 3 maneiras de se aplicar válvulas controladoras de fluxo para controlar as


velocidades de atuadores:

- "Meter-in", controle de fluxo na entrada do atuador.


- "Meter-out", controle de fluxo na saída do atuador.
- "Bleed-off", uma sangria da linha de pressão ao tanque (derivação).

a) Controle na Entrada (Meter-in)

Nessa operação, a válvula controladora de vazão é colocada entre a bomba e o


atuador.

Desta maneira, está válvula controla a quantidade de fluido que "entra" no atuador. A
vazão da bomba em excesso, isto é quantidade de óleo além da controlada, é desviada
para o tanque através da válvula de segurança.

Com a válvula instalada na linha do cilindro, conforme mostrado, a vazão é


controlada em apenas um sentido. Será necessário incluir uma válvula de retenção em
paralelo com a válvula para permitir o retorno livre do fluxo.
Se for desejado controlar a velocidade em ambos os sentidos, a válvula controladora
de vazão deverá ser instalada na linha de saída da bomba, antes da válvula direcional.
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Este método, é bem preciso e usado em aplicações onde a carga sempre resiste ao
movimento do atuador, tal como levantando uma carga por um cilindro vertical ou
então empurrando uma carga numa velocidade controlada.

* Controle na Saída (Meter-out)

Este controle é usado onde a carga tende a fugir do atuador ou deslocar-se na mesma
direção deste (carga negativa).

A válvula é instalada de forma a restringir o fluxo de saída do atuador. Para regular a


velocidade em ambos os sentidos, a válvula é instalada na linha ao tanque da válvula
direcional.

Freqüentemente, há a necessidade de se controlar o movimento em um único sentido;


a válvula é então colocada entre o atuador e a válvula direcional, na linha que
corresponde à restrição de saída do fluxo. Aqui também, será necessário uma válvula
de retenção a fim de permitir o fluxo reverso livre.

* Controle em Desvio (Bleed-off)

Nesta aplicação, a válvula é colocada na linha de pressão por uma conexão "T" e a
velocidade do atuador é controlada pelo desvio de parte da vazão da bomba para o
tanque.

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A vantagem dessa aplicação é que a bomba opera à pressão necessária para o
trabalho, pois o fluxo em excesso volta para o tanque através da válvula controladora
de vazão e não através da válvula de segurança.

A desvantagem deste sistema está na menor precisão de controle, pois o fluxo


regulado indo ao tanque e não ao atuador, torna este último sujeito à variações
provocadas pela flutuação da carga.

Este circuito não deve ser aplicado onde a carga tende a fugir no mesmo sentido que
o movimento do pistão.

6 ACUMULADORES HIDRÁULICOS

INTRODUÇÃO:

A função de um acumulador é, de forma mais geral, armazenar um certo


volume de fluido sob pressão para fornecê-lo ao sistema, quando necessário.
Com isso, um acumulador pode executar diversas tarefas em um circuito hidráulico:

- Como reserva de fluido sob pressão, quando no sistema hidráulico se necessita,


por um curto período, uma quantidade maior de fluido. Desta maneira pode-se
instalar uma bomba relativamente pequena, não necessitando estar dimensionada
para uma vazão máxima exigida em um sistema por pouco tempo. Possui uma
vazão menor e preenche o acumulador quando, durante o ciclo, o consumo do
sistema é menor que a quantidade fornecida. Se em determinado ciclo de trabalho,
vazão da bomba é insuficiente, a diferença entre o necessário e o fornecido é
aproveitado do acumulador. Nesse caso, o acumulador evita a utilização de uma
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bomba de maior vazão com grande potência de acionamento, que na realidade
somente é usada em curto espaço de tempo.

- Como equipamento auxiliar de emergência, para terminar um ciclo de trabalho


iniciado, quando se apresentam avarias nas bombas ou no motor.

- Como compensação para óleo de drenos, para substituir óleo perdido em


vazamentos e poder assim manter a pressão por mais tempo

- Para compensação de volumes, quando existem diferenças de temperaturas em


circuitos fechados.

- Para eliminar picos de pressão, comuns em processos de comutação.

- Para amortecer pulsações, diminuir irregularidades das variações de pressão nas


bombas.

- Para aproveitar a energia de frenagem

Existem diferentes tipos de acumuladores hidráulicos.

1 Acumulador a peso.

2 Acumulador com mola.

3 Acumulador tipo pistão.

4 Acumulador tipo bexiga.

5 Acumulador tipo membrana.

Acumulador a peso ou com mola praticamente não se emprega mais na indústria.

Os mais utilizados são aqueles nos quais se comprimem um gás (nitrogênio), sendo
este, na realidade, o elemento que acumula a energia da pressão.

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Conforme a construção, distinguimos acumuladores de pistão, de bexiga ou de
membrana.

ACUMULADOR TIPO PISTÃO

São apropriados para grandes volumes e grandes vazões. o gás se mantém separado
do fluido por meio de um êmbolo que se desloca livremente ao longo de um tubo. O
gás e o óleo estão separados por meio de vedações.

A pressão inicial do gás deve ser 5 bar menor que a pressão mínima de trabalho.

A maior relação de pressões, isto é, a relação de pressão do gás para a pressão


máxima de trabalho é de 1:10.

ACUMULADOR DE MEMBRANA

São utilizados para pequenos volumes, por exemplos, absorção de choques,


amortecimento de pulsações, ou para a alimentação de um circuito de pilotagem. Em
sua maioria, as membranas são semi-esféricas, e separaram o óleo do gás, sendo a
parte convexa voltada para o óleo.

Também aqui a relação máxima de pressões é de 1:10.

ACUMULADOR TIPO BEXIGA

O acumulador hidráulico caracteriza-se por uma estanqueidade absoluta, reposta


muito rápida e praticamente sem inércia.

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No acumulador de bexiga o nitrogênio é separado do fluido de pressão por meio de
uma bexiga fechada e elástica. O gás é mantido no interior da bexiga. A relação
máxima de pressão é 1:4. O acumulador de bexiga é composto de um recipiente de
aço 1 com conexão 2 para o fluido, válvula de prato 3, bexiga de acumulador 4 e
válvula 5 para o gás.

Simbolo:

A bexiga 4, carregada com gás pela válvula 5 enche completamente o recipiente e


fecha a válvula prato 3. A válvula impede que a bexiga saia do recipiente,
protegendo-a contra danos.

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Quando a pressão no sistema atinge o valor da pressão do gás, o fluido passa pela
válvula e comprime o nitrogênio dentro da bexiga. O volume de gás diminui na
mesma proporção do volume do fluido admitido.

Quando o fluido é consumido, a bexiga volta a se expandir.

A pressão inicial do gás no acumulador deve ter valores entre 0,7 e 0,9 da pressão
mínima de serviço.

Po < 0,9 . P1

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Onde:

Po = pressão inicial do gás

P1 = pressão mínima de trabalho

P2 = pressão máxima de trabalho

Desta maneira, evita-se que a bexiga do acumulador toque a válvula prato e com o
tempo eventualmente venha a sofrer danos.

Quanto menor a diferença de pressão entre p2 e p1, tanto maior se torna o tamanho
nominal do acumulador para determinado volume útil.

Instalando-se um acumulador em um sistema, certos cuidados devem ser observados.


Todos os acumuladores de pressão estão sujeitos às normas de prevenção de
acidentes, devendo ser vistoriados em intervalos regulares.

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