Você está na página 1de 6

2ª ATIVIDADE FÍSICA FUNDAMENTAL II

1- Como você descreveria um fluido REAL partindo do modelo do fluido ideal?


R- Partindo do princípio de fluido ideal, o qual pode ser definido como um
modelo simplificado que, assume um fluido completamente não viscoso (logo,
sem atrito) e incompressível, não perdendo energia mecânica devido atrito
fazendo a densidade permanecer constante apesar da pressão. Em contra partida,
o fluido real adota um modelo mais realista, considerando a viscosidade
(resistência ao movimento), compressibilidade (que sobre alteração na densidade
com variação de pressão), entre outros fatores que podem afetar sua dinâmica.

2- Se a velocidade em cada ponto do espaço de um escoamento estacionário é


constante, como uma partícula pode acelerar?
R- Primeiramente, devemos entender o que é um escoamento estacionário, onde
um fluido é descrito como: Pode ser tanto turbulento ou laminar, com um
diferencial de como as partículas do fluido se portam durante o escoamento do
fluido, sendo estacionário quando não há variação na velocidade de um
determinado ponto com o tempo, ao contrario do modelo não estacionário o qual
há uma variação na velocidade. Partindo disso, para determinamos a condição
“estacionaria”, todas as partículas devem passar por um ponto portanto
velocidade igual. Entretanto, a velocidade deve permanecer igual para todas as
partículas passando por determinando ponto, mas isso não significa que devem
permanecer com a mesma velocidade em outro ponto. Por exemplo: Possuímos
os pontos 1,2 e 3, onde todas as partículas que passam pelo ponto 1 devem
permanecer com a mesma velocidade. Já nos pontos 2 e 3 a velocidade não
precisa ser a mesma que do ponto 1, podendo sofrer acréscimo ou decréscimo
em sua velocidade quando passadas por seus respectivos pontos.

3- Por que a equação da continuidade (equação 14.10 do livro texto) é válida


apenas para um fluido incompressível?
R- Essa equação relaciona a velocidade de escoamento de um fluido e a área
disponível para tal escoamento. A partir da imagem abaixo, percebe-se que o
caminho feito pelo fluido possui duas áreas diferentes: A1 > A2. Portanto, em um
intervalo de tempo (Δt), um volume (ΔV) do fluido entra pela área A1. Adotando
o fluido como incompressível, devemos assumir que o mesmo volume (ΔV)
deverá sair pela extremidade da área A2.

Assim, podemos perceber que, quanto menor for a área de escoamento


disponível para um fluído, maior será a sua velocidade e vice-versa.

4- A equação de Bernoulli é o princípio da conservação da energia aplicado ao


movimento fluido. Explique essa afirmação.
R- Para deduzir a equação de Bernoulli, aplicamos o teorema do trabalho-
energia ao fluido em uma seção de um tubo de escoamento.

Na figura acima, consideramos um elemento do fluido que inicialmente estava


entre duas seções retas a e c. A velocidade na extremidade inferior é v1 e na
extremidade superior é v2. Durante um pequeno intervalo dt, o fluido que estava
inicialmente em a se desloca para b, percorrendo uma distância ds1 = v1 dt, e o
fluido que estava em c desloca-se para d, percorrendo uma distância ds2 = v2 dt.
As áreas das seções retas nas duas extremidades são A1 e A2, conforme
indicado. O fluido é incompressível; portanto, pela equação da continuidade, o
volume de fluido dV que passa em qualquer seção reta durante um intervalo dt é
sempre o mesmo. Ou seja, dV = A1 ds1 = A2 ds2.
Vamos calcular o trabalho realizado sobre esse elemento de fluido durante dt.
Estamos supondo que o atrito interno no fluido é desprezível (ou seja, não há
viscosidade), de modo que as únicas forças não gravitacionais que realizam
trabalho sobre o elemento do fluido são as da pressão do fluido circundante. As
pressões nas duas extremidades são P1 e P2; a força sobre a seção reta a é P1A1,
e a força sobre a seção reta c é P2A2. O trabalho resultante dW realizado pelo
fluido das vizinhanças sobre o elemento de fluido durante esse deslocamento é
O segundo termo (P2A2ds2) possui sinal negativo porque a força sobre c se
opõe ao deslocamento do fluido. O trabalho dW é decorrente de outras forças,
além da força conservativa da gravidade; portanto, ele é igual à variação da
energia mecânica do sistema (energia cinética mais energia potencial
gravitacional) associada ao elemento de fluido. A energia mecânica no fluido
entre as seções b e c não varia. No início de dt, o fluido entre as seções a e b
possui volume A1 ds1, massa pA1 ds1 e energia cinética 1/2p(A1ds1)v1^2. No
final de dt, o fluido entre as seções c e d possui energia cinética
1/2p(A2ds2)v2^2. A variação total da energia cinética dK durante o intervalo dt
é:

E quanto à variação da energia potencial gravitacional? No início de dt, a


energia potencial da massa entre a e b é dm gy1 5 r dV gy1. No final de dt, a
energia potencial da massa entre c e d é dm gy2 5 r dV gy2. A variação total da
energia potencial dU durante o intervalo dt é:

Substituindo as equações três equações mostradas na equação da energia dW =


dK + dU, obtemos:

Esta é a equação de Bernoulli. Ela afirma que o trabalho realizado pelo fluido
das vizinhanças sobre uma unidade de volume de fluido é igual à soma das
variações das energias cinética e potencial ocorridas na unidade de volume
durante o escoamento.
5- Quando uma corrente de água sai suavemente de uma torneira, sua largura
diminui à medida que a água cai. Explique por que isso acontece.
R- Quando a água cai de uma torneira, sua velocidade aumenta. Como a vazão
deve ser a mesma em todas as seções transversais horizontais, o escoamento tem
que se estreitar.

6- Explique porque a hidrodinâmica clássica não descreve adequadamente o efeito


Magnus. Cite um exemplo cotidiano onde o efeito Magnus é observado.

R- Segundo Einstein (1981, p. 83) quando um fluido se “move com velocidades


diferentes, nos pontos de maior velocidade reina a menor pressão e vice-versa”.
Isto é, o sólido, que nesse caso, além da sua movimentação pela trajetória,
também rotaciona em torno do próprio eixo, será sempre compelido para o lado
em que o fluido escoa com maior velocidade. É, portanto, a partir dessa
propriedade da Física que o chamado “Efeito Magnus” pode ser compreendido.
O que diferencia da hidrodinâmica clássica, embora ela também analise o
movimento dos fluídos, sendo líquidos ou gasosos, ela não considera a rotação
em torno do próprio eixo que o “Efeito Magnus” aborda.
Um conceito importante a ser explorado por meio da dinâmica do futebol é o
chamado “Efeito Magnus”, que tem a capacidade de alterar a direção de
propagação horizontalmente de forma imprevisível para os goleiros, que só
consegue prever a ação da força peso sobre a bola.
7- Segundo o experimento de Reynolds, que propriedades do fluido influenciam no
seu regime de fluxo? Como essas propriedades se relacionam para determinar o
tipo de fluxo?
R- Reynolds definiu como regime de escoamento pode ser modificado,
alterando o diâmetro do tubo, a velocidade de escoamento do fluído e as
propriedades, como a massa específica e a viscosidade. Essas propriedades se
relacionam por meio do coeficiente de Reynolds descrito abaixo:

Você também pode gostar