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HIDRÁULICA

CONDUTOS FORÇADOS

Ed Carlo Rosa Paiva, DSc.


Curso de Engenharia Civil
Faculdade de Engenharia, UFCAT
HIDRÁULICA
LIVROS PRINCIPAIS
Evolução Histórica
HIDRÁULICA:
 Originário do grego “hydros” significa água e “aulos” condução;
 É utilizado atualmente para designar o conjunto de tecnicas ligadas ao
transporte de líquidos em geral e da água, em particular.
História da hidráulica: início 1as sociedades urbanas organizadas, devido a
necessidade de compatibilização entre a oferta e demanda de água;
 Primeiras obras: Egito, Iraque, Índia, Paquistão, Turquia e China (4.000 a
3.000 a.C);
 Canais de irrigação e navegação construídos pelos Sumérios
(Mesopotâmia);
 Extensos tuneis, quase horizontais, construídos pelos Persas, com
comprimentos superiores a 40 km, com profundidades superiores a 100 m;
 Barragem “Sadd El-kafara” – 2950 a 2750 a.C. (Egito) superior 100 m;
Panorama e escopo atual da Engenharia Hidráulica
Definição de Engenharia Hidráulica:
Área da engenharia que utiliza conceitos de Mecânica dos Flúidos na
resolução de problemas ligados à captação, armazenamento, controle,
transporte e uso da água.
 Alguns Ramos de Aplicação:
 Projetos e gestão de reservatórios (barragens), propagação de cheias e
delimitação de áreas inundáveis;
 Saneamento Básico: captação, adução, armazenamento e distribuição
de águas de abastecimento urbano e industrial, sistemas de coleta e
esgotamento sanitário, drenagens pluviais, estações de tratamento de
água e esgoto.
 Meio Ambiente: difusão e dispersão de poluentes, assoreamento;
 Transportes: Bueiros, pontes, portos, hidrovias, eclusas.
Durante a prática profissional, o engenheiro que atuar na área
hidráulica deverá utilizar os seguintes instrumentos:
Analogias: utilizar da experiência adquirida em outras ocasiões para
solucionar problemas atuais;
Cálculos teóricos e empíricos;
Modelos físicos reduzidos: utilizar modelos reduzidos para resolver
problemas maiores;
Modelos matemáticos de simulação: dependendo do problema será
necessário utilizar ferramentas avançadas de cálculo, com o uso de
computadores capazes de resolver equações de grande complexidade;
Hidrologia: o dimensionamento de estruturas hidráulicas deve ser
acompanhado de um minucioso estudo hidrológico visando determinar a
vazão de projeto para um determinado período de retorno;
Arte.
Os acessórios, materiais e estruturas utilizados na prática da
Engenharia Hidráulica são:

Aterros Flutuantes
Barragens Medidores
Bombas Orifícios
Cais de porto Poços
Comportas Reservatórios
Diques Tubos e canos
Dragagens Turbinas
Drenos Válvulas
Eclusas Vertedores
Enrocamentos
Conceitos Básicos
FLUÍDOS
 Substância que pode tomar a forma do recipiente que a contém e pode sair ou fluir
pelos orifícios que este possa ter. Ex.: gases e liquidos.

 Diferença entre líquidos e gases:

 Líquidos: são praticamente incompressíveis; e, portanto, mantêm um volume


constante a uma determinada temperatura.
 Gases: podem-se comprimir, têm tendência a ocupar todo o volume de que
disponham.

PRESSÃO : Efeito de uma força sobre uma superfície (Área).

F
P=
A
Pressão atmosférica (Patm).
Peso da coluna de ar
sobre 1 cm2 de seção.

 Um ponto qualquer numa massa líquida está submetido a uma pressão


em função unicamente da profundidade em que se encontra esse ponto,
isto é, a quantidade de fluído que tem por cima.

 Qualquer ponto à mesma profundidade terá a mesma pressão.


PRESSÃO ATMOSFÉRICA

 A massa de ar que cobre a superfície terrestre, por causa do seu peso,


exerce uma pressão sobre todos os objetos situados sobre a Terra;

 O peso que exerce esta coluna de ar ao nível do mar equivale ao peso


de uma coluna de mercúrio (Hg) de 760 mm ou 10,33 metros de coluna de
água (mca).

 A massa específica do ar nos primeiros 1 000 metros é ≈ 1, 293 g L-1 e


equivale a uma redução de pressão de 0,01293 kg/cm2 a cada 100 m de
altura.

 A extração total do ar atmosférico de um recipiente denomina-se vácuo.


UNIDADES DE PRESSÃO

As unidades de pressão que se utilizam na Física são muito variadas,


sendo que, na prática, a mais corrente é a de quilogramas por centímetro
quadrado (kg/cm2).

Existem outras unidades, como o bar que equivale a 1,02 kg/cm2, o


centímetro ou milímetro de coluna de mercúrio ou o metro de coluna de
água e o Pascal (Pa).

Outra unidade muito usada é a atmosfera (atm) que é igual a uma


coluna de água com 10,33 m ou 76 cm de mercúrio.

Nos EUA é utilizada libras por polegada quadrada (psi).


TABELA DE CONVERSÃO

PRESSÃO
Multiplicar
Para converter Em
por
Libras por polegadas
quadradas - psi Kilopascal - kPa 6,895
Libras por polegadas
quadradas - psi bar 0,06895
Libras por polegadas
Kilopascal - kPa quadradas - psi 0,145
Kilopascal - kPa bar .01
Libras por polegadas
Bar quadradas - psi 14,503

Bar Kilopascal – kPa 100,00


EQUIVALENCIAS:

1 atm (atmosfera) equivale a uma coluna de mercúrio de 76 cm;

1 atm (atmosfera) equivale a uma coluna de água de 10,33 m;

1 atm (atmosfera) equivale a 1 bar (1,02 bares);

1 atm (atmosfera) equivale a 1 kg/cm2 (1,033 kg/cm2).

1 kg/cm2 equivale a 1 bar.

100 Kpa equivale a 1 kg/cm2.


APARELHOS DE MEDIDA

MANÓMETROS: aparelhos que medem pressão relativa, mas no


caso particular em que se queiram medir depressões (pressões negativas)
relativamente ao nível atmosférico chama-se-lhes VACUÓMETROS.

LEIS FUNDAMENTAIS DA HIDROSTÁTICA

Hidrostática: se refere a fluídos em repouso;

Princípio de Pascal: Uma aplicação imediata do princípio de Pascal é


utilizar a transmissão da pressão para multiplicar a força que se exerce
em determinado ponto.

Todo o corpo submerso num fluído sofre um empuxo de baixo para


cima igual ao peso do volume do fluído deslocado.
HIDRODINÂMICA

Parte da Física que estuda os fluídos em movimento.

Caudal ou Vazão

É o volume de líquido escoado, na unidade de tempo, através de uma


determinada seção. Depende da velocidade de escoamento do fluido e da
área da seção do orifício ou tubo, de acordo com a seguinte expressão:
Q = V.A

Unidades comuns: m3/min, m3/h ou l/s.


EQUIVALÊNCIAS MAIS UTILIZADAS:
LEIS FUNDAMENTAIS DA HIDRODINÂMICA

Equação da continuidade:

O caudal ou vazão que circula por uma canalização sem derivações é


o mesmo em toda a sua extensão.

Q = A1 V1 = A2 V2 = constante

Assim numa canalização em que existam estreitamentos, a velocidade


de circulação do líquido é maior nos pontos de menor seção.

Assim, à metade da seção (superfície e não diâmetro) corresponde o


dobro da velocidade.
Teorema de Bernouilli

Porém, quando se abrir a válvula, o nível nos tubos baixa.

Este efeito devido ao movimento ou velocidade do líquido que está


definido no Teorema de Bernoulli que nos enuncia três pressões: uma
devida à altura, outra devida à velocidade chamada dinâmica e uma terceira
denominada estática.

A expressão matemática é:
P V2
------------- + ------------- + h = constante
ρ.g 2g
TEOREMA DE TORRICELLI
A velocidade com a qual um líquido sai por um orifício feito
num recipiente, a uma profundidade h abaixo da superfície
do líquido, é igual a V = (2gh)1/2. Isto é, a velocidade de saída
é a mesma que a que adquiriria um corpo que caísse
livremente, partindo do repouso, desde a altura h.

PRESSÃO ESTÁTICA E PRESSÃO DINÂMICA


Em uma canalização alimentada por um depósito de água,
se fechamos a sua saída por meio de uma válvula e
medirmos a pressão com um manómetro, este vai indicar-
nos a pressão devida à altura (se está a 30 metros indicará
3 kg/cm2 ou bares). Perda
Professor: Ed chama-se
Esta pressão Carlo Rosa Paiva estática.
pressão de
pressão

Se em vez de fechar a válvula, medirmos a pressão com ela


aberta veremos que o manómetro não indica 3 bares, mas
uma pressão menor a que se chama pressão dinâmica
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS

Uniforme Q1 = Q2 A1 = A2 v1 = v2

Acelerado Q1 = Q2 A1 ≠ A2 v1 ≠ v2

Não permanente Q1 ≠ Q2 A1 ≠ A2 v1 ≠ v2

Fonte(s): Azevedo Netto e Fernández (2015)


22
CLASSIFICAÇÃO DOS REGIMES DE ESCOAMENTO

Reynolds

Regime Laminar

Regime Crítico (Transição)

Regime Turbulento

23
Perda de Carga

É um termo genérico designativo do consumo de energia


desempenhado por um fluido para vencer as resistências do
escoamento. Essa energia se perde sob a forma de calor.

↑ 0,234 ºC

100 m

Fonte(s): Guedes (2018)


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Perda de Carga

Distribuída É ocasionada pela resistência oferecida ao escoamento do


fluido ao longo da tubulação

Localizada Ocorre todas as vezes que houver mudança no valor da


velocidade e/ou direção da velocidade

Total Soma das perdas de carga distribuídas e localizadas


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PERDAS DE CARGA
É a perda de pressão provocada pelo atrito entre as partículas do líquido e as
paredes do tubo.

a) Dependem da rugosidade das paredes da canalização. A uma maior rugosidade


corresponderá uma maior perda de carga.
b) São diretamente proporcionais ao comprimento.
c) São inversamente proporcionais ao diâmetro.
d) São diretamente
Professor: proporcionais
Ed Carlo Rosa Paiva ao quadrado da velocidade do líquido ou vazão.
e) Em cada elevação de 10 metros, relativamente à saída da bomba, perde 1 bar.
Perda de Carga

Distribuída

Fonte(s): Lista Torneira (2018) 27


PERDA DE CARGA
Peças como “joelhos” ou “tês” que produz mudanças de direção e peças como
registro, conexões ou reduções provocam as perdas de cargas localizadas;
Perda de Carga

Localizada

Fonte(s): Lista Torneira (2018)


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Condutos Forçados
CONDUTOS FORÇADOS

Conduto Livre Conduto forçado Conduto forçado


P = Patm P > Patm P > Patm
a) Definição: - o fluido escoa com pressão diferente da pressão atmosférica;
- a seção encontra-se totalmente cheia;
- o conduto é sempre fechado.
-Infra-estrutura urbana: adutoras e redes públicas de
distribuição de água, estações elevatórias; sifão invertido.
b) Aplicações: - Rede de irrigação
- Canalização de hidrelétrica (penstocks)
- Sistemas prediais: instalações prediais de água fria e quente.
CONDUTOS SOB PRESSÃO
c) Regime de escoamento: Definido de acordo com o parâmetro adimensional
conhecido como Número de Reynolds
transporte advectivo
v.D v é a velocidade (m/s)
Re =
v.L p/ conduto circular Re = D é o diâmetro (m)
υ υ
υ é a viscosidade cinemática (m2/s)
efeito difusivo

 Re ≤ 2000 → escoamento laminar – As trajetórias das


partículas em movimento são bem definidas e não se cruzam
(movimento tranqüilo)

 2000 < Re ≤ 4000 → escoamento de transição;

Re > 4000 → escoamento turbulento – movimento


desordenado das partículas (agitado ou hidráulico)
d) Perda de Carga: Energia dissipada durante o escoamento entre 2 pontos, através
do cisalhamento fluido/fluido e entre fluido/parede.
d.1) Perda de Carga Distribuída: energia dissipada ao longo da tubulação.
 Fórmula Universal de Perda de Carga:

Seção circular Seção não-circular

2 2
L v L v
ΔH = f. ΔH = f.
D 2g 4R h 2g
Onde: ∆H é a perda de carga total distribuída, m;
f é o fator de cisalhamento, adimensional;
L é o comprimento do trecho da tubulação, m;
D é o diâmetro interno da tubulação, m;
v é a velocidade média na seção, m/s;
g é a aceleração da gravidade, m/s2.
- Determinação do fator de atrito (f):

- Blasius (1913):-Escoamento tulento liso:


- Nikuradse (1933): f = f(Re) = 0,316/Re0,25
- Escoamento laminar: f = f(Re) = 64/Rey
- Escoamento de transição: f não caracterizado
-Escoamento turbulento liso: f = f(Re)
- Escoamento turbulento rugoso: f = f(ε/D)

 ε 2,51  Re f
- Colebrook & White (1939):
1
=
−2log  + 
14,14 < < 198
f  3,71D Re f  Dε
Re > 5000
- Moody (1944): representação gráfica da equação de Colebrook-White. Os mesmos
aspectos reproduzidos por Nikuradse (para rugosidades naturais de tubos comerciais)

- Determinação de f:
- Determinação de f:

2
  ε 5, 74   10-6 ≤ ε D ≤ 10-2
-Swamee-Jain:
= f 0, 25 log  +  
  3,71D Re 0,9   5000 ≤ Re ≤ 108

0,125
 −16 
 64 
8   ε 5, 74   2500 6  
f =   + 9, 5.  ln  +  −    
 Re    3,71D Re0, 9   Re   
 
 
Fórmulas empíricas:
Hazen-Willians (D > 50mm-2”)

Q1,85
J = 10,65 1,85 4,87
C D

Onde: ∆H = J.L
Fórmulas empíricas:
Fair Whipple Hsiao:
Q1,88
- Aço galvanizado conduzindo água fria: J = 0,0020
D 4,88
Q1,75
- PVC rígido conduzindo água fria: J = 0,0008695
D 4,75
- Cobre e latão:
Água fria: Q = 55,934.D 2,71J 0,57

Água quente: Q = 63,281.D


2,71 0,57
J
d.2) Perda de Carga Localizada: energia dissipada nas singularidades
(curvas, cotovelos, tees, junções, registros, válvulas, etc)
v2
Método da constante K: ΔH = K .
2g
d.2) Perda de Carga Localizada:
Método de comprimento equivalente:

L eq v 2 K .D
ΔH = f. . , onde L eq =
D 2g f
Tabelas de diâmetros equivalentes - Fonte: Macintyre, 2017
Diâmetros equivalentes das principais peças especiais
A Equação diferencial de momentum linear
A Equação diferencial de momentum linear
Equação de Euler: Flúido invíscido

Sem fricção:
As Equações de Navier-Stokes

Em que: µ é a viscosidade do fluido


A Equação diferencial de Euler pode ser integrada ao longo de uma
linha de fluxo obtendo a Equação de Bernoulli para fluidos sem
fricção

Equação de Bernoulli para fluidos sem fricção e em estado estacionário


μ=0 ∆H
Navier-Stokes Euler Teorema Bernoulli E1 = E2 + ∆H1→2
ρ = cte dvi/dt = 0
- Demonstração experimental do Teorema de Bernoulli (Froude, 1875) – Líquidos
Perfeitos
(Não considera a perda de carga)

V12 V22
2g V32 Energia
2g
2g Cinética
p1 p2
γ γ p3
Energia
γ
Pressão Energia
Total
S1 S2 S3
P1 P2 P3 z Energia
V1 V2 V3 Posição

PLANO DE REFERÊNCIA 2 2 2
p1
V p V p V
z1 + + 1 = z 2 + 2 + 2 = z3 + 3 + 3
γ 2g γ 2g γ 2g
- Demonstração do Teorema de Bernoulli – Casos práticos
Situação real de escoamento: deve-se considerar a perda de carga no escoamento.
A perda de carga (∆H ) ou dissipação de energia ocorre entre o fluido e as paredes e
entre as moléculas do fluido. Essa energia é dissipada na forma de calor.
V12
Perda de [m]
2g ∆H Carga
p1  (m/s) 2 
V22 Energia =
γ  2
m 
2 g Cinética m s 

p2  Kgf m 2 
Energia  = m 
Z1 γ Pressão  Kgf m
3

Energia [m]
Z2
Posição
PLANO DE REFERÊNCIA

V12
p1 p2 V2 2
z1 + + = z2 + + + ∆H
γ 2g γ 2g
Redes de Condutos
Análise de Tubulações

O cálculo da vazão transportada em uma linha de tubulações com


diâmetros diferentes e diversos acessórios e sob pressão é um dos principais
problemas da Hidráulica.
A vazão a ser transportada depende da energia disponível no sistema.
È necessário calcular as perdas distribuídas e as perdas localizadas
produzidas pelos acessórios.
Estas perdas devem ser somadas e comparadas com a energia que o
sistema dispõe.
Análise de Tubulações
Considerando o sistema abaixo e conhecido todos os elementos é
possível traçar a linha da energia (tracejada) e a linha piezométrica (contínua)
Análise de Tubulações
Linha de energia corresponde às perdas de carga distribuídas e
apresenta descontinuidade provocada pelas perdas localizadas.
Linha piezométrica, V2/2g abaixo da linha de energia;
As superfícies livres dos reservatórios apresentam Patm e representam
condições energéticas limites.
A diferença de cota entre as superfícies (ΔZ) representa a energia total
que o sistema dispõe.
A, B, C, D, E, F, perdas localizadas e cada singularidade a perda é dada
por K.V2/2g. Nos trechos retilíneos a perda é distribuída e vale JixLi;
Dependendo das condições da linha irá veicular uma certa vazão (por
gravidade). Há a possibilidade de haver elementos para fornecer ou retirar
energia do sistema.
IMPORTANTE
É possível desprezar as perdas localizadas sem prejuízo de cálculo.
Entretanto, isso irá depender do caso em questão.
Em tubulações curtas como no caso de sucção de bombas, ou
sistemas hidrossanitários em edifícios a perda de carga localizada não
pode ser desprezada (existem muitas conexões e os trechos são curtos).
No casos de adutoras (tubulações de grande diâmetro e sem
conexões) em que o comprimento é grande, e em redes de distribuição de
água, as perdas localizadas costumam ser desprezadas.
Geralmente quando as perdas localizadas são menores que 5% das
distribuídas, as primeiras podem ser desprezadas.
Condutos Equivalentes
Definição
Um conduto é equivalente a outro ou a outros quando escoa a
mesma vazão sob a mesma perda de carga total.

Pode-se ter uma gama de condutos equivalentes, porém se apresentará


os condutos equivalentes em série e em paralelo.

Condutos em série ou misto


São os condutos constituídos por trechos de tubulação, com
características diferentes, tal como diâmetro, de modo a conduzir uma
mesma vazão, conforme ilustra a Figura 1.
Desconsiderando as perdas localizadas: hf = hf1 + hf2 + hf3 ...
em que:
hf = perda de carga total no conduto
hf1 = perda contínua de carga no trecho de diâmetro D1 e comprimento L1 ;
hf2 = idem para diâmetro D2 e comprimento L2
hf3 = idem para diâmetro D3e comprimento L3

Figura 1 - Conduto misto com 2 diâmetros.


Usando a fórmula genérica de perda de carga tem-se:

Para uma condição de mesma rugosidade,

E como a vazão deve ser a mesma, condição de ser equivalente, a


equação simplifica-se:

que é a expressão que traduz a regra de Dupuit.


A aplicação prática desta regra se faz presente no dimensionamento dos
condutos e, normalmente, são encontrados diâmetros não comerciais.

EXEMPLO: Para um diâmetro calculado de D = 133 mm tem-se 2 opções:

 Se adotar o diâmetro comercial 125 mm, ter-se-á Q ǂ ou hf > que projeto.



Se for escolhido 150 mm, Dc imediatamente >, ter-se-a Q > que a de
projeto ou a perda de carga será menor que a projetada

NESSE CASO, pode-se colocar um registro para aumentar a perda de


carga total e consequentemente reduzir a vazão até o valor projetado.
PORÉM, esta saída não é a mais econômica, pois o custo das tubulações
cresce exponencialmente com o diâmetro.

ENTÃO, a melhor solução técnica e econômica é uma associação em série;

Colocar um trecho do conduto com o diâmetro comercial imediatamente


superior, e um trecho com o diâmetro comercial imediatamente inferior, de
tal forma que este conduto misto seja equivalente ao projetado.

Porém, quais os comprimentos de cada diâmetro?


Suponha que o comprimento total seja L e os comprimentos de cada trecho
sejam L1 e L2 , de tal forma que:

L = L1 + L2 ;

e que
hf = hf1 + hf 2
Como genericamente
hf = J.L, Tem-se: J.L = J1.L1 + J2.L2

Fazendo L1 = L - L2
J.L = J1(L – L2) – J2.L2
J.L = J1.L – J1.L2 + J2.L2
Rearranjando

em que:
L2 = comprimento do trecho de diâmetro D2 ;
J = perda de carga unitária no conduto de diâmetro não comercial;
J1 = perda de carga unitária no conduto de diâmetro comercial D1 ;
J2 = perda de cara unitária no conduto de diâmetro comercial D2 ; e
L = o comprimento total da canalização.
Condutos em paralelos ou múltiplos
 São os condutos que têm as extremidades comuns => a pressão no início
e no final de todos os condutos é a mesma.
 Os condutos, em paralelo, estão sujeitos à mesma perda de carga.
Na Figura 2, no ponto A, a vazão total Q se divide nas vazões Q1,Q2 e Q3.
Na extremidade final, ponto B, essas vazões voltam a se somar, voltando-
se novamente à vazão Q, portanto: Q = Q1 + Q2 + Q3

Figura 2 - Esquema de três condutos em paralelo.


Pela equação genérica de perda de carga tem-se que:

Partindo-se dessa equação e, uma vez que todos apresentam à mesma perda
de carga, tem-se:
Considerando a mesma rugosidade para todos os condutos e como hf deve
ser igual em todos, condição de ser equivalente, tem-se:

Se todos os comprimentos forem iguais, a equação acima torna-se:


Generalizando:
Sendo K o número de condutos em paralelo.
Se também os diâmetros forem iguais a D:

Qual a aplicação prática desse tipo de conduto ?????

Está na expansão de uma área ou de um projeto hidráulico. Se vai haver


expansão, basta projetar o conduto para atender ao projeto global que
deverá ficar em paralelo.
• Exercício: Com base no esquema da Figura abaixo, considere todos os
trechos da tubulação de mesmo material. Desprezando as perdas
localizadas nas mudanças de diâmetro, pede-se:
• a) Comprimento equivalente de uma rede de diâmetro único de 40 cm;
• b) Diâmetro equivalente para uma canalização de 3600 m de comprimento.
• Exercício: Calcule a diferença de nível H, sabendo que a vazão escoada é
de 5,0 L s-1, a tubulação é de ferro fundido (C = 130), os diâmetros D1 e D2
são, respectivamente, 75 e 50 mm, e os comprimentos L1 e L2 são,
respectivamente, 30 m e 40 m. Considere comprimentos fictícios de 1,1 m
(entrada de canalização); 0,4 m (redução) e 1,5 m (saída de canalização);
Exercício: A perda de carga entre os pontos A e D no sistema da figura
abaixo é de 50,0 m. Sabendo que a vazão no trecho AB é de 25,0 L s-1, e
adotando-se a fórmula de Hazen-Williams, com C = 120 para todos os
trechos, calcular: a) as vazões nos trechos 2 e 3; b) o(s) diâmetro(s)
comercial(is) e o(s) comprimento(s) correspondente(s) da tubulação 3,
sabendo que os diâmetros disponíveis no mercado são 75, 100, 150, 200
mm. (desprezar as perdas localizadas).
Traçado de Condutos

A posição do encanamento ou conduto em relação à linha


de carga ou da linha piezométrica tem influência decisiva no
seu funcionamento.

 No caso geral de escoamento de líquidos, são


considerados dois planos de carga, Estático (PCE), referente
ao nível de montante e que coincide com o nível de água do
reservatório R1, e o da carga absoluta (PCA) situado acima
do anterior, da altura representativa da pressão atmosférica.
Traçado de Condutos
Posição do Conduto x Linha Piezométrica

N1 , energia total disponível em R1.


N2 , energia total disponível em R2.
Traçado de Condutos
• Na saída do reservatório superior, há uma perda de carga
local igual a 0,5.v2/2g.

• Na entrada reservatório inferior , outra perda local igual a


1,0.v2/2g.

• A inclinação das linhas de carga e piezométrica (paralelas


quando a seção for constante), é a perda de carga
unitária por atrito J=hf/L. Onde hf é a perda de carga total
por atrito e L o comprimento total do conduto.

• P/γ é a pressão piezométrica.


Traçado de Condutos
Posição do Conduto x Linha Piezométrica
Quando a seção do conduto é variável:
Traçado de Condutos Posição do Conduto x Linha
Piezométrica
Quando a seção do conduto é variável:

1- perda de carga localizada na entrada do conduto (0,5.v12/2g)


2- perda de carga por atrito ao longo do trecho 1 (é a declividade da linha
piezométrica neste trecho)
3- perda de carga localizada devido à redução brusca de seção, igual a k.v22/2g
4- perda de carga por atrito ao longo do trecho 2 (é a declividade da linha
piezométrica neste trecho). É a maior, por ser a velocidade, a maior neste
percurso
5- perda de carga localizada devido ao alargamento brusco da seção (k.v32/2g)
6- perda de carga por atrito no trecho 3
7- perda de carga localizada na saída da canalização (1,0.v32/2g)
Na prática, faz-se coincidir as linhas de carga e piezométrica, por ser
insignificante a carga cinética. Esta linha resultante é chamada de Linha de
Carga Efetiva ou Linha Piezométrica Efetiva e une os níveis dos reservatórios
ou dos líquidos, genericamente.
Traçado de Condutos Posição do Conduto x Linha
Piezométrica

No ponto P, no interior do conduto:

PX pressão estática efetiva


PZ pressão estática absoluta
PQ pressão dinâmica efetiva
PT pressão dinâmica absoluta

Onde: Patm/γ é a pressão atmosférica e vale 10,33 mca ou 10.330 kgf/m2


Traçado de Condutos
Para analisarmos a influência entre o traçado da tubulação e a linha
piezométrica faremos as seguintes considerações:
 Dois reservatórios com níveis constantes
 Adutora suficientemente longa para que as perdas localizadas sejam
desprezadas;
 Material e diâmetro único;
 Velocidades típicas de 1 a 2 m/s – cargas cinéticas 0,05 a 0,2 m.
 Linha piezométrica = linha de energia (carga cinética
desprezada) = Linha de carga.
Linha de carga: lugar geométrico dos pontos representativos das somas das
três cargas: de posição (z), de pressão (p/γ) e de velocidade (v2/2g).
Linha piezométrica: lugar geométrico dos pontos representativos das somas
das energias de posição e piezométrica.
Traçado de Condutos: condutos por gravidade com tubulação assentada
abaixo da linha piezométrica efetiva ou relativa
Conduto por gravidade: tubulação situada abaixo da linha piezométrica:
 Situação ideal nos projetos: tubulação abaixo da linha piezométrica
(cargas de pressão positiva);
 Perda de carga = desnível topográfico;
OBSERVAÇOES:

 Deve-se tomar cuidado com a formação de bolsões de ar nas partes


altas da tubulação. Isto pode reduzir a vazão escoada ou até mesmo
interrompe-la. Recomenda-se nesses casos o uso de ventosas.
 Deve-se adotar o uso de descargas, nas partes inferiores da
tubulação visando facilitar o esvaziamento da tubulação nos períodos
de manutenção.
 As especificações dos tubos devem ser feitas para pressão estática.
Eventualmente os tubos podem ser especificados levando-se em conta
o golpe de aríete.
A pressão dinâmica efetiva será sempre nula. Todos os pontos do conduto
estarão submetidos à pressão atmosférica apenas.
São os condutos livres. É a situação mais adequada quando se deseja o
escoamento livre (Ex. canais, sistemas de esgoto pluvial, cloacal ou
efluentes industriais).
Adutora por gravidade com trecho da tubulação abaixo da linha de carga
absoluta, porém acima da linha de carga efetiva:
 O trecho acima fica sujeito a pressões inferiores a Patm;
 Escoamento irregular – ar desprendido e tendência de entrada de ar
pelas juntas.
 Não é possível instalar ventosas P<Patm – utiliza-se bombas
especiais para retirar o ar.
 pode haver contaminação da água, caso haja rompimento nesse
local;
 Melhor solução: construção de uma caixa de transição no ponto mais
alto da tubulação.
No trecho AP, o escoamento ocorre sob carga forçada, devido ao
desnível h1.
No trecho PC, o escoamento é por lâmina, como nos vertedores,
parcialmente cheio. O escoamento é irregular, com vazão imprevisível.

Na prática, instala-se, no ponto P uma Caixa de Passagem (“stand-


pipe”), sendo que o escoamento até a caixa de passagem ocorre em
função da pequena carga disponível h1 e, após a caixa de passagem, o
escoamento faz-se devido à carga restante h2.
Adutora por gravidade com trecho da tubulação acima da linha de carga
efetiva e plano de carga efetivo, porém abaixo da linha de carga absoluta:

 No trecho situado acima do nível do reservatório R1 o escoamento


só é possível após o enchimento ou escorva da tubulação (Caso do
Sifão);
• Trata-se de um sifão funcionando nas piores condições possíveis.

• São necessárias medidas de escorvamento especiais. Na prática


ocorrem casos deste tipo.

• São os sifões verdadeiros.


• O escoamento por gravidade é impossível.

• Há necessidade de recalque (bombeamento), no trecho AP.


Uma canalização de tubos de ferro fundido novo (ε = 0,26 mm) com diâmetro de
250 mm é alimentada por um reservatório cujo nível da água situa-se na cota de
1920 m. Calcular a vazão e a pressão no ponto E de cota 1750 m, distante 1500 m
do reservatório, sabendo-se que a descarga se faz livremente na cota 1720 m.
Usar fórmula Universal (f=0,03) e de Hazen-Willians (C=130).

92
Exemplo 3.5: Livro texto
Verificar na adutora abaixo, que interliga o reservatorio R1 ao R2, se existe
a possbilidade de separação da coluna líquida, quando esta transporta 280
l/s, conhecendo-se as seguintes caracteristicas da adutora:
Comprimentos: LAC = 2000 m; LCD= 200 m; LDE= 200 m e LEB= 2500 m.
Diâmetro: 600 mm; coef.perda de carga: f= 0,015.
Exemplo 3.5: Livro texto
Exemplo 3.5: Livro texto
Exemplo 3.5:

Livro texto
Exemplo 3.5:

Livro texto
Exemplo 3.5: Livro texto
Sistemas Ramificados

Definição:

Um sistema hidráulico é dito ramificado quando em uma ou mais seções


de um conduto ocorre variação de vazão por derivação de água. A
derivação de água pode ser para um reservatório ou para consumo direto
em uma rede de distribuição.
Tomada d’ água entre dois reservatórios
Tomada d’ água entre dois reservatórios
 Sejam os reservatórios R1 e R2, interligados pela tubulação ABC e
mantidos constantes, e que em B é a seção de tomada d’água:
 Trecho AB: tem comprimento L1 e diâmetro D1;
 Trecho BC: tem comprimento L2 e diâmetro D2.
 Se a vazão em B é nula, a vazão de R1 chega, integralmente em R2;
 A linha piezométrica é LB1M;
 Os trechos fucionam como condutos em série;
 A perda de carga total ΔH = Z1 – Z2;
 A vazão pode ser determinada como:
Tomada d’ água entre dois reservatórios - continuação

 À medida que a solicitação em B aumenta:


 a linha piezométrica cai, pela diminuição da cota piezométrica em B;
 a vazão que chega a R2 reduz;
 este processo continua até que a cota B3 se iguala a Z2;
 Nesse ponto a linha piezométrica B3M é horizontal e a vazão no
trecho 2 é nula;
 A vazão retirada em B pode ser determinada como:
Tomada d’ água entre dois reservatórios - continuação
 Aumentando ainda mais a reitrada de água em B:
 a cota piezométrica em B cai para B4;
 o reservatório R2 também passa a funcionar como abastecedor;
 A vazão retirada em B é a soma das vazões nos dois trechos, e é
dada por:
Problema dos três reservatórios
Problema dos três reservatórios - continuação
 Sejam 3 reservatórios mantidos em níveis constantes e conhecidos e
interligados por 3 tubulações de comprimentos, diâmetros e rugosidades
definidos.

 Questão básica: saber como as vazões são distribuidas pelos três


condutos (Regime Permanente);
 Determinação das vazões:

 conhecer a cota piezométrica em B (Bifurcação);


 pela topografia observa-se que:
 o reservatório R1 irá funcionar sempre como abastecedor;
 o reservatório R3 irá funcionar sempre como abastecido;
Problema dos três reservatórios - continuação

 Seja X o valor da cota piezométrica em B. Tem-se três situações:

a) Se X > Z2, a vazão de R1 irá parte para R2 e parte para R3;


b) Se X = Z2, a vazão no conduto 2 é nula, perda de carga nula, e a
vazão R1 irá, integralmente, para R3;
c) S X < Z2, R2 passa também a ser abastecedor e R3 passa a ser
abastecido pelos outros dois.
 A determinação das vazões é um processo de tentativa e erro:
 Fixa o valor da cota piezométrica em B (Bifurcação);
 o que define as perdas de carga nos três trechos;
 verifica-se a condição de continuidade na bifurcação;
Admitindo um coeficiente de atrito único, para as 3 tubulações, tem-
se:
Problema dos três reservatórios - continuação
 Para resolução rápida e de maneira simples:
 Fixa o valor da cota piezométrica em B (Bifurcação) igual ao nível d’água
do reservatório intermediário, X = Z2;
 Assim:
 Q2 = 0 e pelas equações anteriores determinam-se Q1 e Q3.
 Se Q1 = Q3, o problema está resolvido, senão:
 Se Q1 > Q3, aumenta-se a cota piezométrica em B Q1 e (Q3 e Q2);
 Se Q1<Q3, diminui-se a cota piezométrica em B (Q1 e Q2) e Q3;
 Isto ocorrerá até que seja satisfeita a equação da continuidade em B, ou
seja:
Distribuição de vazão em marcha

A vazão vai diminuindo ao longo do percurso. Ocorre em sistemas de


abastecimento de água.

Hipótese: vazão é consumida uniformemente ao longo da linha.


Distribuição de vazão em marcha
Em que: Qm = Q j + q ⋅ L
Vazão Fictícia: vazão constante que produz a mesma perda de carga
verificada na vazão em marcha.
Qm + Q j
Qf =
2

Caso Qj=0, ponta seca ou extremidade morta. Qm = q.L


Qm
Qf =
3
Problema dos três reservatórios - continuação
Exemplo:

Uma instalação de transporte de água compreende dois reservatórios A e


D, abertos e mantidos em níveis constantes, e um sistema de tubulações
de Fofo novo (C=130), com saída livre para atmosfera em C.
No conduto BD, logo a jusante de B, está instalada uma bomba com
rendimento de 75%.
Determine a vazão bombeada para o reservatório D quando o conduto
BC deixa sair livremente uma vazão de 0,10 m3 s-1 e ter uma vazão de
distribuição em marcha q= 0,00015 m3 s-1 m-1.
Determine a potência necessária à bomba.
Despreze as perdas localizadas e carga cinética nas tubulações
Problema dos três reservatórios - continuação
Exemplo:
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Ramificada: quando o abastecimento se faz a partir de uma tubulação
tronco, alimentada por um reservatório ou elevatória, e a distribuição é feita
diretamente para os condutos secundários, sendo conhecido o sentido da
vazão em cada trecho.
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Cálculo das Redes Ramificada:
 Admite-se que as vazões são uniformemente distribuidas (vazão de
distribuição em marcha);

 qm é vazão de distribuição em marcha;


 L é o comprimento total da rede, em metros;
 Q é a vazão total que abastece a rede.
Cálculo das Redes Ramificada:
Cálculo das Redes Ramificada:
Cálculo das Redes Ramificada:
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Exemplo:
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Exemplo:
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Exemplo:

Cálculo das vazões e diâmetros


REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Exemplo:

Cálculo das pressões


REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Malhada: são constituídas por tubulações principais que formam anéis
ou blocos. Pode-se abastecer qualquer ponto do sistema por mais de um
caminho. Satisfaz a demanda com uma maior flexibilidade e manutenção
da rede, com mínimo de interrupção possível no fornecimento de água.
Determinar a cota do nível de água no reservatório para que a mínima carga de
pressão dinâmica na rede de distribuição seja 10 mH2O. A jusante do ponto A, em
todos os trechos, a vazão de distribuição vale q = 0,008 L s-1 m-1. Os pontos E, C,
D são pontas secas. A montante do ponto A não há distribuição em marcha. Cotas
topográficas dos pontos: A – 601,00 m ; B – 600,00 m ; C – 595,00 m ; D – 595,00
m ; E – 597,00 m. Material das tubulações C = 120.

C
400 m m
0
25
100 m 230 m 450 m
A B D

100 m

E
O esquema representa dois reservatórios mantidos em níveis constantes, ligados
por dois trechos de condutos de comprimentos L1 = 350 m e L2 = 240 m e
diâmetros D1 = 8”e D2 = 6”. Do ponto C sai um terceiro conduto munido de um
registro. Traçar a linha piezométrica e calcular a vazão que passa pelo conduto 1,
nos dois casos seguintes:
a)o registro é aberto de tal forma que a vazão através do conduto 2 é igual a 20 l/s
b)o registro é aberto de tal forma que só R1 abastece o conduto 3 e R1 não
abastece R2. Utilize a fórmula de Hazen-Williams, desprezando as perdas de
carga localizadas e as cargas cinéticas nas tubulações. Material: aço soldado em
uso.

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