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ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA CONTRA A INCÊNDIO E

EMERGÊNCIAS

HIDRÁULICA APLICADA À SISTEMAS DE


CONTROLE, SUPRESSÃO E EXTINÇÃO DE
INCÊNDIO.

Professor: Fábio Mauricio R Pereira

Coordenador: Prof. Deivison Guerreiro

Março
2023
FÁBIO MAURICIO R PEREIRA

Oficial de carreira do Corpo de Bombeiros Militar do ES


Mestrado em Eng Civil, ênfase em Estruturas - UFES
Especialista em Perícia de Incêndio e Explosões

Email:capfabiomauricio@gmail.com
Insta:@fabio_mauricio30
Whatsapp: (27) 9 999633892
OBJETIVO

• Revisão de conceitos básicos de hidráulica;

• Analisar o comportamento dos fluídos em condutos forçados;

• Dimensionamento de instalações hidráulicas;

• Sistemas de bombeamentos e seus aspectos;

• Aplicação por meio de exercícios práticos.


PROCESSO DE AVALIAÇÃO

- Assiduidade – 40% da nota;

- Aplicação em exercícios durante as aulas – 20% da nota;

- Verificação final individual ou em grupo – 40% da nota;

- Nota final = exercícios + verificação final + assiduidade.


CONTEUDO DO CURSO
HIDRÁULICA BÁSICA SISTEMAS DE BOMBEAMENTO
Unidade de medida Altura geométrica de sucção
Volume Altura manométrica de sucção
Vazão Altura geométrica de recalque
Velocidade Altura manométrica de recalque
Golpe de Aríete Exercícios
Exercícios BOMBAS HIDRÁULICAS
HIDROESTÁTICA Tipos de bombas
Pressão Tipos de rotores
Pressão absoluta e manométrica Condições de operação
Lei de Pascal Bombas em sistemas de incêndio
Lei de Stevin Cavitação
Exemplo de pressão estática NPSH
HIDRODINÂMICA Curvas de bombas
Tipos de condutores Potência do conjunto motor-bomba
Tipo de escoamento Exercícios
Tipo de Líquidos EFEITO VÓRTICE EM RESERVATÓRIOS
Número de Reynolds O que é efeito vórtice em reservatórios;
Lei da conservação Como resolver.
Equação de Bernoulli
PERDA DE CARGA EXERCÍCIOS FINAL
Perda de carga distribuída Dimensionamento de sistemas de bombeamento.
Perda de carga localizada
Fórmula Universal BIBLIOGRAFIA
Equação de Hazen-Willians
Exercícios
HIDRÁULICA BÁSICA
HIDRÁULICA
Ciência e técnica que tratam das leis que regem o movimento dos líquidos e dos problemas
suscitados pela utilização da água, ou seja, ela é o estudo das características e do uso dos
fluidos confinados ou em escoamento como meio de transporte de massa e transmissão de
energia.
FLUÍDOS

“São substâncias que se deformam continuamente, isto é, escoa sob a ação de uma força
tangencial por menor que ela seja.”
FLUÍDOS

O conceito de fluidos envolve líquidos e gases, logo, é necessário distinguir estas duas
classes:
-“Líquido é aquela substância com volume definido que adquire a forma do
recipiente que o contém. Praticamente incompressível.
- “Gás é uma substância sem volume definido que ao preencher um recipiente não
forma superfície livre. Normalmente compressível.”
DINÂMICA DE ESCOAMENTO EM UMA REDE DE SUPRESSÃO DE INCÊNDIO

RESERVATÓRIO SISTEMA DE BOMBAS SISTEMA DE TUBULAÇÕES


TÉCNICO

HIDRANTES CHUVEIROS AUTOMÁTICOS


ESCOAMENTO DO SISTEMA - HIDRANTES
CONCEITOS BÁSICOS
UNIDADES DE MEDIDA

As grandezas físicas são representadas por meio de unidades diversas. Como forma técnica de
uniformização adotou-se um sistema internacional de unidades que é um conjunto
de unidades de medidas padronizadas correspondentes às grandezas físicas fundamentais e suas
derivações.

Força = Newton – [N]


PROPRIEDADES DOS FLUIDOS

Propriedades que distinguem analiticamente os fluidos:

- Massa específica (ρ);


- Peso específico (γ);
- Densidade (d);
- Viscosidade (μ) ;
- Pressão de vapor (Pvap ).

Para entender o comportamento dos fluidos, estuda-se as variações sofridas pelas


propriedades em função da variação de pressão e temperatura.
Massa específica da substância (ρ) ou densidade da substância, é obtida pelo quociente entre a
massa e o volume.
MASSA ESPECÍFICA

Água = 1000 kg/m³

Peso específico de uma substância, que constitui um corpo homogêneo, é definido como a razão
entre o peso P e o volume V do corpo constituído da substância analisada.

PESO ESPECÍFICO PARA OS LÍQUIDOS

Água = 9800 N/m³ = 9,8 kN/m³

PESO ESPECÍFICO PARA OS GASES

P – Pressão absoluta (N/m2)


R – Constante do Gás
T – Temperatura (ºC)
Grandezas dimensionais

O volume de um corpo é a quantidade de espaço ocupada por ele. Exemplos.

VOLUME
Volume = A² x m
Volume = [m³]

Área é extensão mais ou menos limitada de espaço, território ou superfície, ou seja, ela
equivale ao tamanho da superfície.

ÁREA RETANGULO ÁREA CÍRCULO


Área = l x b Área = π.raio²
Área = [m²] Área = [m²]
VAZÃO

Vazão é um Fluxo de Volume, ou seja, a quantidade de volume por unidade de tempo que atravessa
uma seção transversal do conduto definida.

VOLUME 𝑣
Volume = S x L
Volume = [m³]

TEMPO
Segundos
𝜕𝑉
Vazão = [m3 / s]
𝜕𝑡
VELOCIDADE
ou
𝑣 = [m / s]
𝑆𝑥𝐿 Q = 𝑣 .𝐴
Vazão = = 𝑆 .𝑣
𝜕𝑡
VELOCIDADE
Velocidade é a taxa de variação da posição de um objeto em relação a um referencial em função
do tempo.

Onde:
v é a velocidade da água, em metros por segundo;
Q é a vazão de água, em metros cúbicos por segundo;
A é a área interna da tubulação, em metros quadrados.

Escoamento de um líquido em um tudo:


VELOCIDADE

Vm = 0,5.Vmax Vreal = Vmax[1-(r/R)2]


VELOCIDADE
Conceitos

Água como agente extintor:

Q = cm∆t (aquecimento)
Q = mL (mudança de fase)

*Considerando 1g de H2O, temos:

Q2 = 1x80 = 80 Cal.

Q3 = 1x1x(100-0) = 100 Cal

Q4 = 1x540 = 540 Cal


GOLPE DE ARÍETE

Quando uma válvula é fechada de forma


abrupta, geralmente válvulas de esfera,
borboleta ou retenção, a energia de velocidade
é transformada em pressão.

VÁLVULA DANIFICADA POR GOLPE DE ARÍETE.


O nome Aríete vem de um dispositivo ou arma
de guerra utilizada nas Idades Média e Antiga.
EXERCÍCIOS
Exercícios
1) Um tubo vertical de 30 m de comprimento e 25 mm de diâmetro, fornece água para um reservatório com altura de
0,15 m, com área de base de 0,20 m², sendo o fundo horizontal.
a) Qual o volume d’água do tubo e do reservatório ? (R : V tubo: 0,0147 m³ ; V res.: 0,030 m³)

b) Considere que esse reservatório foi preenchido em 20 s. Qual a vazão e velocidade na tubulação? R : Q = 0,0015 m³/s ; v
= 3,05 m/s (tubo molhado)

2) Qual a vazão de água circulando através de um tubo de 32 mm de diâmetro, considerando a velocidade da água
como sendo 4 m/s? R: 0,0032 m³/s

3) Qual a velocidade da água que escoa em um duto de 25 mm se a vazão é de 0,0010


m³/s? R: 2,03 m/s.
HIDROSTÁTICA
DEFINIÇÃO

Por definição, um fluido deve deformar-se continuamente quando uma tensão tangencial de qualquer
magnitude que lhe é aplicada. A ausência de movimento relativo (e por conseguinte, de deformação
angular), implica a ausência de tensões de cisalhamento.

Na estática dos fluidos, a velocidade relativa entre as partículas do fluido é nula, ou seja, não há gradiente
de velocidade. Uma vez que não há movimento relativo dentro do fluido, o seu elemento não se deforma.

Portanto, em um fluido em equilíbrio estático atuam somente forças de campo e normais e não há esforços
tangenciais.
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA

Em um fluido em repouso (estático), submetido ao campo gravitacional, as únicas forças que atuam sobre
um elemento fluido são o peso e as forças devidas às pressões estáticas. Tem-se, em princípio, que a
pressão p = p(x, y, z).

Consideremos um elemento de volume ∆x∆y∆z, com faces paralelas aos planos de um sistema de
coordenadas retangulares x, y, z, isolado de um fluido em repouso com massa específica ρ, conforme é
mostrado na Figura a seguir, na qual designamos as pressões que atuam sobre o elemento fluido de
acordo com a coordenada de posição da face do elemento cúbico sobre a qual atua a pressão.
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA

A equação 8 pode ser decomposta nos seguintes escalares:


EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA

Equação fundamental da estática.

Os planos xz horizontais são planos isobáricos, ou seja, pontos que estão à mesma altura (ou
profundidade) dentro do mesmo fluido possuem pressões estáticas iguais.
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA

PRESSÃO HIDROSTÁTICA (Equação simplificada)


Equação fundamental da hidrostática:
PRESSÃO ABSOLUTA E MANOMÉTRICA

*Nível do mar

*Nível local

PRESSÃO ATMOSFÉRICA – é a pressão exercida pelo ar (atmosfera) sobre um corpo;

PRESSÃO RELATIVA – é a diferença de pressão entre a pressão atmosférica no ponto determinado e a pressão do fluído. É
também conhecida como pressão manométrica;

PRESSÃO ABSOLUTA - é a pressão total exercida sobre um corpo na superfície da Terra;

VÁCUO – é uma medida de pressão relativa quando a diferença de pressão entre o ambiente e o fluído é menor zero.
Também conhecido como depressão e sucção.
PRESSÃO X ALTITUDE

A pressão atmosférica vai diminuindo conforme altitude.

Sendo;

760 mm Hg
10,33 mca
1,033 kgf/cm2
1 atm 10.330 kgf/m2
1,013 bar
101,3 kPa
0,101 MPa
14,7 psi

Observações:
1 kgf/cm2 = 10 mca
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Denomina-se vacuómetro O manômetro Bourdon é um O barômetro é


um instrumento que permite instrumento utilizado para um instrumento científico
realizar a medição da medir a pressão de fluidos utilizado em meteorologia
pressão quando esta é contidos em recipientes para medir a pressão
menor que à pressão da fechados. Existem, atmosférica. Inventado por
atmosfera. Por isso, diz-se basicamente, dois tipos: os de Evangelista Torricelli.
que os vacuómetros medem líquidos e os de gases.
o vazio.
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Funcionamento do manômetro
Bourdon.
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Funcionamento do manômetro
Bourdon.
BARÔMETRO DE TORRICELLI
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Barômetro de mercúrio (Barômetro de Torricelli): Um dos primeiros instrumentos de medida de


pressão atmosférica com base em coluna de fluido, desenvolvido por Torricelli (1643).

- Pode-se determinar a pressão atmosférica Patm em


termos da altura H da coluna de mercúrio. Seu valor é
conhecido e vale 760mmHg.
BARÔMETRO DE TORRICELLI

Exemplo: Determine o valor da pressão atmosférica em Pascal.


Dados: g= 9,807 m/s2; ρ= 13595 Kg/m3. (101325Pa)
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Tubo de Pitot
PRINCÍPIO DE PASCAL

“A pressão exercida sobre a superfície da massa líquida por meio de uma força (F) é
transmitida no seu interior, integralmente e em todas as direções.”

PRESSÃO

∆𝑃1 = ∆𝑃2

EXEMPLO
LEI DE STEVIN
“ A diferença de pressões entre dois pontos em um líquido em equilíbrio estático, é igual a
diferença de profundidade entre os pontos”

1 2 3 4 5

Pressões iguais
P1 = P2 = P3 = P4 = P5
PLANO HORIZONTAL
EXEMPLO
APLICAÇÃO DA HIDROSTÁTICA EM EQUIPAMENTOS DE INCÊNDIO

Válvulas de Governo e Alarme (VGA), utilizam a pressão


estática em sua jusante da rede pressurizada, para
manter sua portinhola em posição fechada.
Quando à jusante da VGA ocorre perda de pressão
devido à abertura de um bico, a portinhola é liberada e o
sistema acionado.
Válvula de Governo e Alarme - VGA
HIDROSTÁTICA EM EQUIPAMENTOS DE INCÊNDIO

IT 22
C.2.3 Nos casos em que houver necessidade de instalação de bomba de
reforço, conforme especificado no item B.2.2, sendo a bomba de reforço
acionada por botoeira do tipo “liga-desliga”, para os pontos de hidrantes
ou mangotinhos que atendam as pressões e vazões mínimas requeridas
em função da ação da gravidade, pode ser dispensado as botoeiras junto
a estes hidrantes ou mangotinhos, devendo ser demonstrado nos
cálculos hidráulicos e no detalhe isométrico da rede.
EXEMPLO

A) Seja dois líquidos imiscíveis preenchendo duas tubulações comunicantes. Conhecendo o peso
específico 1 determine o peso específico do líquido 2. Dados na figura.

γ1 = 9,8 KN/m3 (Fluido laranja)


EXEMPLO

B) Determine a leitura nos pontos de pressão indicados no tubo em U; Ponto B; Ponto C e Ponto D.

Em A = Pa
Em B = Pa + γ’ h
Em C = Pa + γ’ h
Em D = Pa + (γ’ h - γ z)
EXERCÍCIO – avaliação parcial 01

O fundo de um recipiente contendo óleo (γ = 800 kgf/m3 ), está submetido a uma pressão de 4x104
kgf/m². Determine a profundidade, em metros, do recipiente com óleo. (considerar a Patm = 1 atm)
HIDRODINÂMICA
O QUE É HIDRODINÂMICA

“A hidrodinâmica também conhecida como dinâmica dos


fluidos é área da física que estuda as propriedades do
movimento dos fluidos, que incluem os líquidos e os gases.
A hidrodinâmica considera conceitos como força,
velocidade e aceleração, que são variáveis que atuam sob
os líquidos em movimento.”
FLUIDEZ
VISCOSIDADE
VISCOSIDADE

Viscosidade é a resistência do fluído a deformação quando submetido a uma força de cisalhamento


constante, ou seja, quando maior for a deformação do fluido sob a ação de uma mesma tensão de
cisalhamento menor será sua viscosidade.

Área A

µ - Viscosidade Absoluta ou dinâmica


VISCOSIDADE
Fluido Newtoniano

Os fluidos nos quais a tensão de cisalhamento (tensão tangencial) é diretamente proporcional à taxa
de deformação (gradiente de velocidade) são denominados fluidos newtonianos. Os fluidos mais
comuns, como a água, o ar e a gasolina, são newtonianos em condições normais.

Fluidos newtonianos:

𝑑𝑢 𝑑𝑢
τ∝ τ=µ
𝑑𝑦 𝑑𝑦
Medida de VISCOSIDADE
Viscosímetro de Michael (cilindros concêntricos) mede a viscosidade absoluta ou dinâmica. Para os
líquidos, quanto mais elevada for a temperatura, menor será a viscosidade e; para os gases,
temperaturas elevadas fornecem maiores valores para a viscosidade.

[Kgf.s/m2]
ou [Pa.s]
Medida de VISCOSIDADE
Viscosímetro de Saybott: mede a viscosidade cinemática
VISCOSIDADE
VISCOSIDADE
TIPOS DE CONDUTOS

CONDUTO LIVRE:

• Superfície livre
• Atua pressão atmosférica
• Exemplo: Cursos d’água, redes de esgoto, calhas,
canais

CONDUTO FORÇADO:

• P Patm
• Pressão interna diferente da pressão atmosférica
• Exemplo: redes de água, instalações prediais,
tubulações de sucção e recalque de bombas.
TIPOS DE ESCOAMENTO

LAMINAR: o fluído escoa em blocos ou lâminas, de forma TURBULENTO: é caracterizado pela ação das asperezas das
que o perfil de velocidades é parabólico. Os atritos que paredes, que geram vórtices (movimentos rotacionais). Neste regime
ocorrem são de origem viscosa, típico para fluídos os atritos são gerados pela rugosidade.
hidráulicos (óleo). Na maioria dos casos de instalações hidráulicas, o escoamento e
turbulento.
TIPOS DE ESCOAMENTO
(V,D, µ, ρ)

VISCOSIDADE X TEMPERATURA

Viscosidade alta

Viscosidade baixa

TABELA DE VISCOSIDADE DA ÁGUA


NÚMERO DE REYNOLDS (RE)

Onde:

V = velocidade média na seção – m/s;


D = diâmetro do conduto – m;
ν = viscosidade cinemática – m²/s (tabela).

EXEMPLO

Tubulação de 100 mm onde escoa água a uma


velocidade = 1,40 m/s com uma temperatura
de 20ºC, determine qual as condições de
escoamento:

Re = 140000
Osborne Reynolds, foi um físico e
engenheiro mecanico britânico.
Ele quem desenvolveu estudos Regime Turbulento
sobre os escoamentos.
TIPOS DE LÍQUIDOS
INCOMPRESSÍVEL: São líquidos que quando sob pressão não sofrem redução do volume por eles
ocupado; Ao variarmos a pressão sua densidade permanece constante.

COMPRESSÍVEL INCOMPRESSÍVEL

Na grande maioria dos líquidos, a compressibilidade pode ser desprezada, tendo em vista que a
mudança de volume para variações de pressão são irrelevantes.
PRINCIPIO DA CONSERVAÇÃO DA MASSA

Este princípio estabelece que para fluidos incompressíveis, nas condições normais de pressão e
temperatura (CNTP), a massa não pode ser criada ou destruída, ou seja, a massa que entra no volume de
controle é igual massa que sai do volume.

Q = V1xA1 = V2xA2
VARIAÇÃO DA VELOCIDADE

A velocidade é controlada pelo


diâmetro da tubulação.
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Tubo de Pitot
EQUAÇÃO DE BERNOULLI
Uma das equações mais importantes da hidrodinâmica é a equação de Bernoulli, publicada 1738, que
explica como variam a pressão e os termos de energia potencial e cinética de um fluido em escoamento.

CARGAS

Carga de Pressão

Carga Cinética

Carga Potencial
Escoamento de água por meio de orifício

𝑉𝐵2
𝑍𝐴 = 𝑍𝐵 +
2𝑔

Como ZA - ZB = h, então:

𝑉𝐵 = 2𝑔ℎ

Substituindo VB como função de Q,

𝑸 = 𝑨. 𝟐𝒈𝒉
Equação dos orifícios
Coeficiente de velocidade 𝑪𝑽. A velocidade real de
escoamento é menor que a velocidade teórica calculada.
𝑪𝑽 = 𝟎, 𝟗𝟖

Coeficiente de contração 𝑪𝑪. Os orifícios assumem diversas


formas e o jato se contrai ao atravessá-los.

𝑪𝑪 = 𝟎, 𝟔𝟐

Coeficiente de descarga 𝑪𝒅. Possui valor menor que 1 e é


determinado experimentalmente. Pode ser expressado pela
equação:

𝑪𝒅 = 𝐶𝑉 . 𝐶𝐶 = 0,98 𝑥 0,62 = 𝟎, 𝟔𝟏

𝑑2
𝑄 = 𝐴. 2𝑔ℎ = 𝜋. . 𝐶𝑑 . 2𝑔ℎ ;
2
4 𝑸 = 𝑲. 𝒉
𝑑
𝐾= 𝜋. . 𝐶𝑑. 2𝑔 ;
4
Pressão residual em bicos e esguichos

𝑸 = 𝑲. 𝒉

𝐅𝐨𝐧𝐭𝐞: 𝐁𝐑𝐄𝐍𝐓𝐀𝐍𝐎, 𝟐𝟎𝟏𝟏


Pressão residual em bicos e esguichos
Pressão residual em bicos e esguichos

EXEMPLO

Seja o chuveiro automático DN 15, com fator nominal K = 80 L/min/bar (Linha TY-FRB, fator K 5,6).
Determine a pressão residual do bico (P1) para uma densidade de aplicação de 8,1 L/min.m2 (D)
em uma área de cobertura de 11,84 m2 (Ac).

𝑸 = 𝑲. 𝒉
LINHAS DE ENERGIAS

EQUAÇÃO DE BERNOULLI
LINHAS DE ENERGIA

EQUAÇÃO DE BERNOULLI + PERDA DE CARGA


PERDA DE ENERGIA
O QUE É PERDA DE CARGA

“Perda de carga é a energia dissipada devido ao


escoamento do fluido por unidade de deslocamento
durante o percurso.” Sistemas não conservativos.
PERDA DE CARGA

A perda de carga de um sistema pode ser divida em dois tipos:

- Perda de carga distribuída (ΔHD)

- Perda de carga localizada (ΔHL)

A perda de carga total é o resultado do somatório da perda de


carga distribuída com a perda de carga localizada.

Podem ser obtidos por meio de duas equações:

1º Formula Universal – (Darcy-Weisbach, método analítico)

2º Hazen – Williams (método empírico)


PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA
Esse tipo de perda de carga ocorre durante o escoamento do fluido em trechos de tubulação retilíneo.

As paredes dos dutos causam a dissipação da energia devido ao atrito ao longo de seu comprimento,
que faz com que a energia total vá diminuindo gradativamente.
PERDA DE CARGA LOCALIZADA
A perda localizada ocorre sempre que um acessório é inserido na tubulação, seja para promover a
junção de dois tubos, fechamento ou mudança de direção.
FORMULA UNIVERSAL

Várias esforços foram efetuadas para o desenvolvimento de equações que expressassem satisfatoriamente
os valores referentes a perda de carga, dois quais destacamos os trabalhos de Moody-Rouse e Hazen-
Williams:

FÓRMULA UNIVERSAL
ΔHD =
1º APLICAÇÃO
Perda de carga distribuída

Onde ΔHL =
: - Perda de carga distribuída; 2º APLICAÇÃO
ΔHd
ΔHL - Perda de carga localizada; Perda de carga localizada
hf - é a perda de carga, em metros de coluna d’água;
f - é o fator de atrito;
L - é o comprimento da tubulação (tubos), em metros;
D - é o diâmetro interno, em metros;
v - é a velocidade do fluído, em metros por segundo;
g - é a aceleração da gravidade em metros por segundo, por segundo;
k - é a somatória dos coeficientes de perda de carga das singularidades (conexões).
FORMULA UNIVERSAL - PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA

Esse tipo de perda de carga ocorre em trechos de tubulação retilínea. Para a determinação da energia
dissipada é necessário conhecer o material da tubulação, a rugosidade e os diâmetros do conduto.

FÓRMULA UNIVERSAL

O FATOR DE ATRITO (f), PODE SER


ΔHd = OBTIDO POR MEIO DE
3º METODOS
Perda de carga distribuída

ONDE:
ΔHd - Perda de carga distribuída;
f - é o fator de atrito;
L - é o comprimento da tubulação (tubos) [m];
D - é o diâmetro interno [m];
v - é a velocidade do fluído [m/s];
g - é a aceleração da gravidade [m/s2].
1º METODO – GRAFICO DE MOODY

MÉTODO DO GRÁFICO

Há mais de uma maneira para determinar o valor do fator de atrito. A mais utilizada é o método gráfico do
diagrama de Moody.
Esse gráfico contém diversas medições f para várias faixas de Número de Reynolds e diversos valores de
rugosidades.

Dados de entrada;

- Rugosidade do material [mm]


- Velocidade [m/s]
- Diâmetro da tubulação [mm]
- Número de Reynolds
Tabelado

Calculado
GRÁFICO DE MOODY

Rugosidade relativa
2º METODO – FORMULA SWAMEE - JAIN

POR FÓRMULAS EXPLÍCITAS E APROXIMADAS

Para evitar a utilização do método gráfico, foram


desenvolvidas expressões matemáticas para
expressar o fator de atrito, entre elas a de Swamee-
Jain. Fórmula mais simples e sem processo de
iteração.

Onde: Existem outras fórmulas que podem ser utilizadas,


ε = rugosidade do material tais como Colebrook e White.
D = diâmetro do conduto
Re = Numero de Reynolds
3º METODO – APP

POR APP - GOOGLE PLAY

Aplicativo, desenvolvido pelo Universidade


Distrital Francisco José de Caldas – Bogotá
– Colômbia.

Professores autores:
Edgar Orlando Ladino Moreno
Cesar Augusto Garcia Ubaque
Maria Camila Garcia Vaca.
FORMULA UNIVERSAL - PERDA DE CARGA LOCALIZADA

A presença de conexões e acessórios em uma rede, quando em operação, gera mudanças de direção e
variação de velocidade local, provocando acréscimo de turbulência que produz perda de energia local. Essas
perdas recebem o nome de perda de carga localizada.

K é um coeficiente adimensional que depende da geometria da conexão, do numero de Reynolds, e


rugosidade da parede do material. Em geral, K é determinado experimentalmente, podendo apresentar valores
diferentes de fabricante para fabricante.

FÓRMULA UNIVERSAL
ONDE:
ΔHL - Perda de carga localizada;
ΔHL =
v - é a velocidade do fluído, em metros por segundo;
g - é a aceleração da gravidade em metros por segundo,
k - é a somatória dos coeficientes de perda de carga das
Perda de carga localizada singularidades (conexões).
PERDA DE CARGA LOCALIZADA

A tabela abaixo permite a estimativa dos fatores K para algumas singularidades típicas das tubulações.
EXEMPLO

Uma tubulação de PVC, com 200 m de comprimento e 100 mm de diâmetro, transporta para um reservatório a vazão
de 0,012 m³/s, velocidade de 1,53 m/s e rugosidade 0,06 mm. No condutor há algumas conexões e aparelhos exibidos
na figura;
Calcule a perda de carga localizada.
Solução:

Conforme observado no desenho, temos as seguintes conexões e seus respectivos valores de coeficiente;

Entrada de borda - k = 1,00


2 Curva de 90º - k = 2 x 0,40 = 0,80
2 Joelho de 45º - k = 2 x 0,40 = 0,80
2 Registro de gaveta – aberto - k = 2 x 0,20 = 0,40
Saída de canalização - k = 1,00

Total - k = 4

Logo;
Sendo;

v = 1,53 m/s
g = 9,8 m/s²
k = 4 (conexões).
F. UNIVERSAL - MÉTODO DOS COMPRIMENTOS EQUIVALENTES

Um conceito útil para o cálculo das perdas de carga localizadas é o de comprimentos virtuais ou equivalentes
de singularidade. Considera-se que as peças e conexões podem ser substituídas por comprimentos virtuais de
tubulação que resultem na mesma perda de carga – MÉTODO MAIS UTILIZADO.

FÓRMULA UNIVERSAL FÓRMULA UNIVERSAL

ΔHL =
ΔHL =

Perda de carga localizada Perda de carga localizada


(Método dos comprimentos equivalentes)

ONDE:
ΔHL - Perda de carga localizada;
f - é o fator de atrito;
L virt - comprimento equivalente (conexões);
D - é o diâmetro interno, em metros;
v - é a velocidade do fluído, em metros por segundo;
g - é a aceleração da gravidade em metros por segundo, por segundo;
VALORES EQUIVALENTES
VALORES EQUIVALENTES

VALV. GAVETA VALV. GLOBO VALV. ANGULO

PÉ DE CRIVO VALV. RETENÇÃO H. VALV. RETENÇÃO V.

OUTRAS BIBLIOGRAFIAS PODEM SER CONSULTADAS !


FÓRMULA UNIVERSAL

FÓRMULA UNIVERSAL FÓRMULA UNIVERSAL


(Método equivalentes)

ONDE: ONDE:
hf - é a perda de carga, em metros de coluna d’água; hf - é a perda de carga, em metros de coluna d’água;
f - é o fator de atrito; f - é o fator de atrito;
L - é o comprimento da tubulação (tubos), em metros; L - é o comprimento da tubulação (tubos), em metros;
D - é o diâmetro interno, em metros; D - é o diâmetro interno, em metros;
v - é a velocidade do fluído, em metros por segundo; v - é a velocidade do fluído, em metros por segundo;
g - é a aceleração da gravidade em metros por segundo, por g - é a aceleração da gravidade em metros por segundo, por segundo;
segundo; Lvirt – é o comprimento equivalente das conexões.
k - é a somatória dos coeficientes de perda de carga das
singularidades (conexões).
PERDA DE CARGA
EXEMPLO

Tubulação de 50 mm em PVC, com 42,5 m lineares de tubulação, rugosidade ε = 0,015 mm, onde escoa água
com vazão de 0,00208 m³/s, temperatura 20º C a uma velocidade 1,06 m/s, contendo as seguintes conexões:
(𝜈 = 10^-6 (m²/s))
- Válvula de retenção
- Registro de globo
- 2 Curvas de 90º
- Saída

Determine as perdas de cargas distribuídas e localizadas.


PERDA DE CARGA

Solução:

Tubulação de 50 mm, com 42,5 m lineares de tubulação, rugosidade ε = 0,015 mm, onde escoa água com vazão
de 0,00208 m³/s, temperatura 20º C a uma velocidade 1,06 m/s, contendo as seguintes conexões:

- Válvula de retenção
- Registro de globo
- 2 Curvas de 90º N. REYNOLDS
- Saída

Determine as perdas de cargas distribuídas e localizadas.

𝜈 = 10^-6 (m²/s)
Re = 5,3 x 10^4 - Turbulento

Fator de atrito pela equação – Swamee - Jain


SWAMEE - JAIN
DIAGRAMA Pelo gráfico – f = 0,022
𝑅𝑒 = 5,3 × 104

𝜀 0,015𝑚𝑚
=
𝐷 50 𝑚𝑚
𝜀
= 0,0003
𝐷
Solução:
ΔHL =
ΔHd =

PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA PERDA DE CARGA LOCALIZADA

Temos: Temos: L VIRTUAL


f - 0,022 – pela formula de Swamee-Jain f - 0,022 - Válvula de retenção = 4,2
L - 42,5 m D - 0,050 m; - Registro de globo = 17,4
- 2 Curvas de 90º = 2,8
D - 0,050 m; v - 1,06 m/s
- Saída = 1,5
v - 1,06 m/s g - 9,8 m/s² - Total = 25,90
g - 9,8 m/s²
EXERCÍCIO – avaliação parcial 2

A figura abaixo mostra um esquema isométrico de uma indústria. A tubulação da rede é de ferro galvanizado cujo
diâmetro na sucção é de 65 mm (entrada da bomba). Considere a rugosidade ε = 0,015 mm, onde escoa água com
vazão de 0,00675 m³/s, temperatura 20º C a uma velocidade 2,035 m/s.

Determine as perdas de cargas distribuídas e localizadas no trecho do reservatório à entrada da bomba de combate a
incêndio.
𝜈 = 10^-6 (m²/s)
HAZEN E WILLIAMS

Entre as diversas fórmulas empíricas, Hazen e Williams (1906), é a mais utilizada, principalmente na
Engenharia Sanitária Americana.
Sua fórmula, muito parecida com a fórmula Universal, não depende do número de Reynolds, tendo a sua
própria tabela de rugosidade para diversos tipos de tubos e diâmetros comerciais.

Condições de uso da formula:

• Fluxo de água em regime turbulento


• Tipo de fluido: água
• Temperatura: ambiente >= 15oC.
• Recomendado para redes de distribuição, adutoras e sistemas de bombeamento.
• Obs: Tubos altamente rugosos e alta turbulência pode gerar erros significativos.
HAZEN-WILLIAMS

Onde:
hf - é a perda de carga em metros de coluna d’água;
Lt - é o comprimento total, sendo a soma dos comprimentos da
tubulação e dos comprimentos equivalentes das conexões;
J - é a perda de carga por atrito em metros por metros;
Q - é a vazão [m3/s];
C é o fator de Hazem Williams tabelado;
Fonte: IT 22/ 2019
D é o diâmetro interno [m].

Lt é igual a soma dos comprimentos lineares da tubulação com os comprimentos


equivalentes das singularidades.
EXEMPLO
Tubulação de 50 mm, com 42,5 m lineares de tubulação, onde escoa água em um tubo de PVC, C=150, com vazão de
0,00208 m³/s a uma velocidade 1,06 m/s, contendo as seguintes conexões:
Determine as perdas de cargas distribuídas e localizadas.

- Válvula de retenção
- Registro de globo
- 2 Curvas de 90º
- Saída
Solução:
Tubulação de 50 mm, com 42,5 m lineares de tubulação, onde escoa água em um tubo de PVC, C=150, com vazão de
0,00208 m³/s a uma velocidade 1,06 m/s, contendo as seguintes conexões:
Determine as perdas de cargas distribuídas e localizadas.

- Válvula de retenção ΔHd = j . Ld ΔHL = j.LL


- Registro de globo
- 2 Curvas de 90º PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA PERDA DE CARGA LOCALIZADA
- Saída
L virtual
- Válvula de retenção = 4,2
- Registro de globo = 17,4 J = 0,0238 m/m
- 2 Curvas de 90º = 2,8
- Saída = 1,5
- TOTAL = 25,90
Ht = Hd + Hl
Hl = 0,0238*25,9 Hd = 0,0238*42,5 Ht = 0,616+1,0115
Hl = 0,616 m Hd = 1,0115 m Ht = 1,628 mca
RUGOSIDADE DOS TUBOS

A incrustação é o acumulo de compostos


indesejáveis nas paredes das tubulações ou de
equipamentos, o que pode acontecer devido as
características químicas do fluído (água), quanto
mais mineralizada maior é a chance de incrustação.

Logo, recomenda-se ao projetista considerar essas


mudanças ao longo do tempo, de acordo com a idade
das instalações, no processo de dimensionamento do
sistema.

Tubulação com incrustação interna severa


RUGOSIDADE DOS TUBOS
AUSÊNCIA DE MANUTENÇÃO

Nota-se uma grande redução no coeficiente conforme o tempo de uso.


LINHAS DE ENERGIA

EQUAÇÃO DE BERNOULLI + PERDA DE CARGA


EQUAÇÃO DE BERNOULLI + PERDA DE CARGA

Z1

EXEMPLO Z2 = 0 m – P.R

a) Qual a pressão estática disponível no ponto Z2


antes da abertura do registro?

b) Qual a pressão dinâmica no ponto Z2 após a


abertura do registro?
*Perda z1-z2 = 2 mca.
PONTOS MAIS DESFAVORÁVEIS

Agora com todos critérios hidráulicos definidos, vamos avaliar a isométrica em questão, e definir quais os
trechos mais críticos em relação a pressão dinâmica e escolher os dois hidrantes mais desfavoráveis da
rede.
PONTOS MAIS DESFAVORÁVEIS

Considerar:
- Diâmetro constantes 65 mm; in
- Piso de referência = 0 (nível
térreo)
PONTOS MAIS DESFAVORÁVEIS

Considerar:
- Diâmetro constantes 65 mm;
- Piso de referência = 0
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS

4) Com base no esquema de instalação indicado na figura, calcule a perda de carga localizada e distribuída do sistema.
Utilize a fórmula Hazen-Willians.

Dados:
Vazão = 180 l/min = 0,003 m³/s.
Diâmetro de 50 mm
Rugosidade C = 120

R = Perda localizada (2,36 mca)


Perda distribuída (0,74 mca)
EXERCÍCIOS

5) Após realização de um ensaio de campo na coluna principal de uma rede de chuveiros automáticos de 150 mm de diâmetro, onde
escoa uma vazão de 0,0265 m³/s, com rugosidade 0,3 mm e temperatura da água a 20ºC, foram notadas medições de pressão em dois
pontos A e B, distanciados 1.017,00 m entre si. As pressões medidas em A e B foram de 686 kN/m² e 206 kN/m², respectivamente, e a
cota do ponto A, em relação ao piso de referencia, é igual a 0,0 m.

Determine a cota do ponto B em relação ao plano de referência.

(Utilize a fórmula de Swamme-Jain para a resolução, considere a viscosidade cinemática da água = 10^-6 (m²/s) e use o peso
especifico da água igual a 9,8KN/m3)

R = 30 m
EXERCÍCIOS

6) O diâmetro de uma tubulação que transporta água, varia gradualmente de 150 mm no ponto A, que está a 6 m acima do
referencial, para 75 mm no ponto B, 3 m acima do mesmo referencial. No ponto A, a pressão medida é de 105 kN/m² e a
velocidade média de 3,6 m/s. Desprezando a perda de carga, determine a pressão no ponto B.

Dados:
1 kN/m² = 1000 N/m2
Peso especifico da água = 9,8 kN/m³. Livro – Hidráulica Básica – PORTO/2006

R = 37,3 kN/m²
EXERCÍCIOS

7. a)Seja o trecho da rede de chuveiros automáticos da figura abaixo. Considerando os dados a seguir e os
diâmetros indicados na figura, determine o valor da pressão residual imediatamente anterior ao ponto 4.

Dados:
- Vazão mínima no bico 1 igual a 95,90 L/min (0,0016m 3/s);
- Tubulação de aço galvanizado com C=130;
- Distância L entre os bicos igual a 3,2m.
- K dos bicos igual a 80 L/min/bar1/2.
EXERCÍCIOS

7. b) Sabendo que a Pressão no ponto A é 2,90 bar, que a vazão do trecho AB vale 416,13 L/min e que a
distância entre A e B (d) é de 3,7m, determine o valor do K virtual em A, a Pressão em B e a Vazão do trecho BC.

Dados:
- Diâmetro entre no trecho AB = 50mm;
- Vazão em A = 416,13 L/min (0,0069 m3/s).
EXERCÍCIO – avaliação parcial 3
O QUE É SISTEMA DE BOMBEAMENTO

“O objetivo de um sistema de bombeamento é


transportar o fluido de um reservatório inferior
para um superior. E a função da bomba é
fornecer a energia necessária para que esse
transporte aconteça.”
SISTEMA DE BOMBEAMENTO
Estação Elevatória de Água é caracterizada com um conjunto de motobombas, válvulas e acessórios
interligados com um poço de sucção ou um reservatório que garanta um volume contínuo da sucção das
bombas, podendo ser enterrado ou apoiado
LINHAS DE ENERGIA E ALTURAS GEOMÉTRICAS

hfr

HgT = Altura geométrica total

HmT = Altura manométrica


Hmr
Hgr

Hgs
Hms
HgT = Altura geométrica total
hfs HgT = Hgs + Hgr

HmT = Altura manométrica


HmT = Hms + Hmr
SUCÇÃO

Eixo da bomba
HgS
Altura HmS
geométrica de Altura
sucção
manométrica de
sucção
HfS – Perda de
carga na sucção
RECALQUE

HfR – Perda de
carga no recalque

HmR
HgR
Altura
Altura
geométrica manométrica de
de recalque recalque

Eixo da
bomba
LINHAS DE ENERGIA

HmR
Altura
manométrica de
recalque HmT = Altura manométrica

Eixo da bomba

HmS
Altura
manométrica de
sucção
ALTURA GEOMÉTRICA TOTAL
ALTURA MANOMÉTRICA
HgT = Altura geométrica total
HmT = Altura manométrica
HgT = HgS + HgR
HmT = HmS + HmR
GRÁFICOS DE ENERGIAS

EXEMPLO

25 m
D
HmR

Hm total
25 m

1,5 m Eixo bomba

A PR 1,5 m
HmS

Considere as seguintes perdas de cargas:

Perda de carga na sucção = 0,50 m (∆𝐻𝑆)


Perda de carga no recalque = 2,30 m (∆𝐻𝑅)
EXERCÍCIOS

8 - Determine as alturas manométricas e geométricas dos sistemas indicados:

A)

22 m

Eixo bomba 4m
0,50 m

Recalque = 3,30 m

Sucção = 1,20 m
EXERCÍCIOS

8 - Determine as alturas manométricas e geométricas dos sistemas indicados:

B)

17 m
8m

Eixo da bomba
0,50 m

Recalque = 2,30 m

Sucção = 1,0 m
BOMBAS HIDRÁULICAS
O QUE SÃO BOMBAS HIDRÁULICAS?

“ Máquinas Hidráulicas são máquinas que


trabalham fornecendo, retirando ou
modificando a energia do fluido em
escoamento.”
TIPOS DE BOMBA - FLUXO

Fluxo radial: centrífuga propriamente dita, na qual o líquido sai do rotor


radialmente à direção do eixo. São as mais utilizadas e a potência
consumida aumenta com o aumento da vazão;

IT 22 – Conforme Bombeiros de SP

Fluxo axial: é a propulsora, na qual o líquido sai do rotor com direção


aproximadamente axial em relação ao eixo. Potência consumida maior
quando a sua saída se encontra bloqueada. Indicada para grandes
vazões e baixas alturas manométricas;

Fluxo misto: é a centrífuga-propulsora, na qual o líquido sai do rotor


com direção inclinada em relação ao eixo. Atende à faixa intermediária
entre as anteriores;
TIPOS DE ROTORES
TIPOS DE BOMBA - FLUXO
CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO

C.1.12 As bombas de incêndio, preferencialmente, devem ser instaladas em condição de sucção


positiva. (IT 22)
BOMBAS EM SISTEMA DE INCÊNDIO

BOMBA DE REFORÇO

B.2.2 Quando a altura do reservatório elevado não for suficiente para fornecer as vazões e pressões
requeridas, para os pontos dos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados no
cálculo, deve-se utilizar uma bomba de reforço, em sistema “by pass”, para garantir as pressões e
vazões mínimas para aqueles pontos. A instalação desta bomba deve atender ao Anexo C e demais
itens desta IT.

BOMBA PRINCIPAL

B.3.1 Nestas condições, o abastecimento dos sistemas de hidrantes ou mangotinhos deve ser
efetuado por meio de bombas fixas.

BOMBA JOCKEY

C.1.15 Quando o sistema de hidrantes ou de mangotinhos dispuser de mais de seis saídas, a fim de
manter a rede devidamente pressurizada em uma faixa preestabelecida e, para compensar
pequenas perdas de pressão, uma bomba de pressurização (jockey) deve ser instalada;
PRINCIPAL REFORÇO
Conjunto de bombas estacionárias para sistemas automáticos de
proteção contra incêndios (NBR 16704:2019)
Conjunto de bombas estacionárias para sistemas automáticos de
proteção contra incêndios (NBR 16704:2019)

Escopo

Aplica-se a bombas centrífugas, de estágio único e muitiestágios, com eixo horizontal ou vertical,
acionadas por motores elétricos ou motores a diesel.

- Os conjuntos de bombas de incêndio tratados por esta norma são indicados para sistemas de
proteção por chuveiros automáticos e water spray.

- Podem ser utilizados para dimensionamento e instalação de hidrantes.


NBR 16704:2019
NBR 16704:2019

Tipos de bombas centrífugas

a) Bombas com rotor em balanço:


i) bombas de sucção frontal de simples ou duplo estágio, do tipo monobloco ou com
acoplamento.
NBR 16704:2019

Tipos de bombas centrífugas

a) Bombas com rotor em balanço:


ii) bombas do tipo in-line.
NBR 16704:2019

Tipos de bombas centrífugas

b) Bombas com rotor entre mancais:


i) bombas com carcaça bipartida axiais (horizontais), de simples ou múltiplos estágios.
NBR 16704:2019

Tipos de bombas centrífugas

b) Bombas com rotor entre mancais:


ii) bombas com carcaça bipartida radiais (verticais).
NBR 16704:2019

Bomba “pressão de sucção negativa”

Não é permitido o uso de bombas centrifugas para sistemas de proteção por chuveiros automáticos quando houver pressão
negativa na sucção.

Deve-se utilizar uma bomba vertical do tipo turbina quando o nível do suprimento de água estiver localizado abaixo da linha
de centro do flange de descarga e a pressão do suprimento dor insuficiente para levar a agua até a bomba de incêndio.
Casa de Bombas
Casa de Bombas

1 tanque de sucção acima do solo

2 cotovelo de entrada e placa antivortex de aço com dimensões de pelo


menos duas vezes o diâmetro da tubulação de sucção. A distancia ao
findo do tanque é a metade do diâmetro do tubo de sucção com um
mínimo de 150 mm

3 tubulação de sucção

4 cobertura (opcional)

5 acoplamentos flexíveis para alivio de tensão

6 válvula-gaveta de haste ascendente


Casa de Bombas

7 redução excêntrica

8 manômetro de sucção

9 bomba horizontal de carcaça bipartida

10 válvula ventosa

11 manômetro de descarga

12 te redução da descarga

13 válvula de retenção da descarga

14 válvula de alivio (se necessário)


Casa de Bombas

15 tubulação de alimentação do sistema de proteção contra incêndio

16 válvula de drenagem

17 cabeçote de ensaio

18 suportes da tubulação

19 válvula gaveta indicadora de posição ou válvula borboleta com caixa


redutora
Casa de Bombas

Diâmetro da sucção:

- É permitido que a pressão negativa no medidor no flange de sucção da bomba atinja no máximo o valor
de -0,2 bar. (Tanque no mesmo nível da bomba ou acima);
- O diâmetro mínimo deve atender a tabela 2;
- Trecho reto a montante do flange deve ser de no mínimo 10xϕ;
Casa de Bombas

By pass:

- Quando a pressão na sucção for suficiente para atender parte da demanda do sistema, deve ser
prevista a instalação de by-pass.
- O diâmetro deve ser no mínimo igual ao requerido para a tubulação de recalque;
Arranjos da tubulação de sucção

- Não são permitidos cotovelos e tês com um plano de eixo central


paralelo ao eixo de uma bomba horizontal de carcaça bipartida.
i) Exceto quando a distância entre os flanges da sucção
da bomba e os tês forem superior a 10xϕ.

- Cotovelos e tês com plano de eixo central perpendicular ao eixo da


bomba horizontal de carcaça bipartida são permitidos em qualquer
condição.

- Caso a tubulação de sucção e o flange possuírem diâmetros


diferentes a conexão será por meio de multiplicador excêntrico.
Arranjos da tubulação de sucção
Casa de Bombas

Placa antivortex
- Quando a bomba for alimentada por um tanque, deve ser instalada uma placa antivortex de aço,
paralela ao fundo do tanque, conectada a uma curva de 90º de raio longo na extremidade do tubo de sucção, com
dimensões de no mínimo duas vezes o diâmetro do tubo de sucção, a uma distância de no mínimo 150mm do
fundo do tanque.
NBR 16704:2019

CAVALETE DE AUTOMAÇÃO DAS MOTOBOMBAS


NBR 16704:2019

CAVALETE DE AUTOMAÇÃO DAS MOTOBOMBAS


NBR 16704:2019

CAVALETE DE AUTOMAÇÃO DAS MOTOBOMBAS

Válvula de retenção com orifício


calibrado. (homogeneizar a pressão da
linha de monitoramento)
NBR 16704:2019

ACIONAMENTO DAS BOMBAS


NBR 16704:2019

ACIONAMENTO DAS BOMBAS


NBR 16704:2019

Desempenho das bombas centrífugas

As bombas devem ser capazes de fornecer no


mínimo 150% da vazão nominal a pelo menos
65% da pressão nominal.

A pressão à vazão nula (Shut off) não pode


exceder 140% da pressão nominal.
NBR 16704:2019

Desempenho das bombas centrífugas

As bombas devem ser capazes de fornecer no


mínimo 150% da vazão nominal a pelo menos
65% da pressão nominal.

A pressão à vazão nula (Shut off) não pode


exceder 140% da pressão nominal.
NBR 16704:2019

VAZÕES NOMINAIS PADRONIZADAS


NBR 16704:2019

Qprojeto X Qnominal
NBR 16704:2019
DIÂMETROS NOMINAIS MÍNIMOS (TUBULAÇÃO)
NBR 16704:2019

CABEÇOTE DE TESTES

Teste de vazão a cada 3 anos


NBR 16704:2019

MEDIDOR DE VAZÃO (Flow meter)

Testes anuais.
NBR 16704:2019
NBR 16704:2019
VÁLV. AUTOMÁTICA ELIMINADORA DE AR
NBR 16704:2019
VÁLVULA DE ALÍVIO DE RECIRCULAÇÃO
NBR 16704:2019
VÁLVULAS DE RECIRCULAÇÃO
NBR 16704:2019
VÁLVULAS DE ALÍVIO

Proibido em bombas elétricas. Adequado para


bombas com rotação variável.
NBR 16704:2019

ACIONAMENTO - MOTORES ELÉTRICOS

• A energia elétrica dever proveniente de duas fonte diferentes e independentes;


• As bombas acionadas por motores elétricos do sistema de hidrantes e sprinklres
devem possuir pelo menos uma fonte de energia reserva, podendo ser fornecida a
partir de uma das seguintes fontes:

1) gerador com capacidade suficiente para permitir a partida e o funcionamento


normal dos motores das bombas de incêndio, enquanto suprem todas as
outras cargas operadas simultaneamente;
2) Geração própria e contínua de energia (não se aplicando aos geradores de
emergência)
3) Bomba de incêndio reserva acionada por motor a diesel.
NBR 16704:2019

ACIONAMENTO - MOTORES ELÉTRICOS

• A alimentação elétrica reserva das bombas de incêndio dever ser independente do


consumo geral, de forma a permitir o desligamento da chave geral, sem prejuízo do
funcionamento da bomba de incêndio.
• Os motores de combustão interna utilizados para acionamento de bombas de incêndio
devem ser obrigatoriamente motores diesel.
• Deve prever ventilação e exaustão da casa de bombas.
• O volume de tanque de combustível deve ser no mínimo suficiente para o consumo
máximo do motor por 8h, mais 5% do volume para a expansão e mais 5% para
deposição de impurezas.
PRESSÃO DE VAPOR

O ponto de ebulição da água ocorre sobre a influência da temperatura e pressão.

Na CNTP, o ponto de ebulição da água é de 100ºC. Conforme a temperatura do líquido sobe, ocorre o aumento do grau de
agitação interna das moléculas de água e surgem pequenas bolhas no fundo do recipiente.

Em um dado momento, essas bolhas ganham pressão acima da pressão atmosférica, subindo até a superfície e passam da
fase líquida para vapor.
CAVITAÇÃO

O processo de transformação de estado liquido para vapor da água ocorre devido a elevação da temperatura
da água, a uma pressão constante.
Na cavitação observada em bombas o processo segue o princípio de equilíbrio, onde o liquido vaporiza devido
a redução da pressão, ou seja, a pressão de vapor da água se torna superior a pressão externa ao líquido.

No caso de bombas centrífugas, esta zona de baixa pressão ocorre na entrada de sucção, no acesso axial do
rotor.
CAVITAÇÃO
BOLHAS DE VAPOR NO RODOR

As pás dos rotores recolhem essas bolhas ainda em baixa


pressão, e elevam para uma zona mais alta das pás, com
pressões mais elevadas, devido a energia cinética, nesse
momento as bolhas colapsam e precipitam-se violentamente sobre
o material que compõem o rotor.

ILUSTRAÇÃO
CAVITAÇÃO

Para verificar as condições de cavitação, utilizasse a equação de Bernoulli para determinar se no


ponto de pressão mínima da sucção, ponto 1, ela é superior ou igual á pressão de vapor da água.
NPSH
(Net Positive Suction Head).

NPSH DISPONÍVEL é a pressão na entrada do rotor da bomba, após o dimensionamento


do trecho de sucção, considerando as perdas de cargas e elevação (z).

ONDE:
Patm = Local
Z = Altura estática de sucção
Pv = Pressão de vapor (tabela)
P∆𝐻 = Perda de carga no tubo de sucção
PRESSÃO ATMOSFÉRICA LOCAL

A pressão atmosférica local, varia de acordo com a altitude e condições climáticas. Pode-se
estimá-la em mca, limitado à altitude máxima de 2000 m em relação ao nível do mar.

Onde;
h = altitude local (m)

EXEMPLO

A capital de São Paulo, esta localizado a 760 m de altitude com relação ao nível do mar. Determine
a pressão atmosférica local.
NPSH
(Net Positive Suction Head).

NPSH REQUERIDO é a pressão mínima requerida na entrada do impulsor para que não ocorra
cavitação. Valores verificados com base em critérios de ensaios por cada fabricante.

NPSH DISPONÍVEL > NPSH REQUERIDO

ORIENTAÇÃO DA IT 22
5.8.16 O net positive suction head (NPSH) disponível deve ser maior ou igual ao NPSH requerido pela bomba de
incêndio.

CURVAS DE BOMBAS
As curvas características servem para descrever as condições operacionais de uma bomba e permitem
relacionar a variação de altura manométrica com a vazão a uma velocidade constante.
CURVAS DE BOMBAS

Os catálogos apresentam parâmetros técnicos relacionados a operação da bomba, como: tamanho do


rotor, rendimento, NPSH requerido e potência.

Exemplo:
Determine as características de uma bomba, observando os seguintes critérios.

Vazão = 76,30 m³/h


Altura manométrica = 51,60 mca
ANÁLISE DA CURVA - PRÉ-SELEÇÃO
RENDIMENTO

TAMANHO DO ROTOR
DADOS
ROTOR = 167 mm
RENDIMENTO = 80%
NPSH r = m

TRANSFORMA hp em cv
MULTIPLICAR POR 1,014
EXEMPLO
Indique o valor de NPSH disponível do sistema de bomba de um
reservatório, localizado na cidade de Belém, Patm = 10,20 mca.
Considerando o esquema da bomba apresentada e os dados
dimensionados:

Perda de carga sucção = 3,51 m


Z = 1,83 m
Temperatura = 25ºC
Pressão atm = 10,20 m

Logo;
POTÊNCIA DO CONJUNTO MOTOR-BOMBA

BOMBA Potência absorvida pela bomba:

Pabs = γ Q Hm / 75. η .3600 = cv

Onde:
γ (água) = 1000 kgf/m3 (considere);
Q = m³/h - Vazão
Hm = Altura manométrica total (mca)
η = rendimento da bomba – curva da bomba
POTÊNCIA DO CONJUNTO MOTOR-BOMBA

Potência do motor: Pm = Pabs x folga


MOTOR
- Em geral acréscimo uma folga para o motor.
Exemplo
Determine as potências do conjunto MOTOR-BOMBA, sendo:
HmT = 50 mca
Q = 10 m3 /h
η bomba = 41% (considerar)
γ (água) = 1000 kgf/m3

Potência absorvida pela bomba: Potência do motor: Pm = 1,3 x P.abs


Pabs = γ Q Hm / 75. η .3600 = cv
Pm = 1,30 (tabela)* 4,51 = 5,86 cv
Pabs = 1000*10*50 / 75*0,41*3600
Pabs = 4,51 cv

Portanto, o motor elétrico recomendado é 6 cv.


EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS

9) Você foi consultado por um determinado cliente para verificar as condições de instalação de uma bomba de combate a incêndio que ele
adquiriu. A bomba tem as seguintes características, vazão 30m³/h, 1750 rpm e NPSH requerido é de 2,50 m.
A bomba está na cota indicada conforme figura, com a temperatura da água em torno de 20ºC. Verifique o valor máximo para o
comprimento x, a fim de que a folga entre o NPSH disponível e o requerido seja de 3,80 m.

Dados:
Patm local = 9,42 mca; J na sucção (m/m) = 0,04293; L equivalente total = 30,7 m
Peso especifico da água = 9,8 kN/m² . Livro – Hidráulica Básica – PORTO/2006
R = x - 3,2844 m

0,50 m 834,50 m

833,10 m
x
EXERCÍCIOS

10) Determine as potências do conjunto MOTOR-BOMBA, sendo:

HmT = 52 mca
Modelo da bomba: KBS
Q = 12 m3 /h
η bomba = 65%
γ (água) = 1000 kgf/m3

R = Bomba – 3,55 cv
Motor - 5 cv

Potência absorvida pela bomba: Potência do motor: Pm = fs x P.abs


Pabs = γ Q Hm / 75. η .3600 = cv
EFEITO VÓRTICE - RESERVATÓRIOS
O QUE EFEITO VÓRTICE ?

“O efeito vórtice está ligado a variação de pressão atmosférica com a queda da pressão do
líquido, ou seja, quando ocorre o escoamento do líquido em velocidade e ângulo diferentes
de zero, em algum ponto da altura da lâmina de água, a pressão externa torna-se maior”.

QUAIS OS DANOS?
- VIBRAÇÕES
- PERDA DE DESEMPENHO
- VAZAMENTOS
- RUIDOS

COMO EVITAR!
ORIENTAÇÕES DA IT 22/SP

DISPOSITIVO ANTIVÓRTICE
ORIENTAÇÕES DA IT 22/SP

A
B
EXEMPLO
Dimensione as medidas do poço de sucção, para o reservatório indicado, sendo o diâmetro
da sucção de 100 mm. Reservatório será construído em concreto armado.

A = 0,370 m + 0,100 m + 0,100 m


A = 0,570 m
B = 6 X 0,100 m
B = C = 0,60 m

B C
ANTI-VORTEX
EXERCÍCIO FINAL

DADOS DO PROJETO:

- Vazão = 0,162 m3/h = 0,00675 m³/s = 405 l/m;


- Pressão no ponto D = 34 mca
- Diâmetro da tubulação recalque = 65 mm
- Diâmetro da tubulação de sucção = 75 mm
- Aço galvanizado C = 120 (Hazen-Willians)
- Altura geométrica recalque = 0,5 m
- Altura geométrica de sucção = 1,50 m
- Considere com piso de referencia = 0, o nível
compreendido pelo eixo da BCI
- Temperatura da água = 20ºC
- Pressão atm local = 10,33 mca
CONEXÕES

SUCÇÃO:
- 2 REGISTRO DE GAVETA
- 1 JOELHO 90º
- 1 ENTRADA DE BORDA

RECALQUE:
- 1 VÁLVULA DE RETENÇÃO HORIZONTAL
- 1 REGISTRO DE GAVETA
- 4 JOELHOS 90º
- 2 TÊ’s LATERAL
- 2 TÊ’s PASSAGEM DIRETA

Pede-se:
a) Altura manométrica total com gráfico das energias;
b) Determinar a potência da bomba e motor;
c) Indicar os dados na curva da bomba – curva fornecidas KBS.
ROTEIRO DE CÁLCULO:

a) Calcular a perda de carga no recalque;


b) Calcular a altura manométrica de recalque;
c) Calcular a perda de carga na sucção;
d) Calcular a altura manométrica de sucção;
e) Calcular a altura manométrica total;
f) Dimensionar a bomba;
g) Dimensionar o motor;
h) Calcular o NPSHd;
i) Verificar o risco de cavitação.
BIBLIOGRAFIA

Instalações Hidráulicas de Introdução à Mecânica dos Instalações Hidráulicas


Combate a Incêndio nas Fluidos Prediais e Industriais
Edificações Robert W. Fox, Alan T. Archibald Joseph Macintyre
Telmo Brentano, 4º edição. McDonald, 4º edição 4º edição.
FÁBIO MAURICIO R PEREIRA

Oficial de carreira do Corpo de Bombeiros Militar do ES


Mestrado em Eng Civil, ênfase em Estruturas - UFES
Especialista em Perícia de Incêndio e Explosões

Email: capfabiomauricio@gmail.com
Insta:@fabio_mauricio30
Whatsapp: (27) 9 999633892
OBRIGADO!!
Apoio
Curvas de bomba para o
exercício prático
VALORES EQUIVALENTES
VALORES EQUIVALENTES

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