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SISTEMAS

HIDRÁULICOS E
PNEUMÁTICOS
PERDA DE CARGA
Um fluido em um sistema de escoamento passa por tubos,
válvulas, conexões, acessórios diversos e, também podem
ocorrer mudanças da área de escoamento.

redução de área de cotovelo cotovelo


escoamento
expansão

bomba filtro
válvula

cotovelo

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INTRODUÇÃO:

Quando um líquido escoa de um ponto para outro no interior de um tubo, ocorrerá


sempre uma perda de energia, energia, denominada perda de pressão (Sistemas (Sistemas
de ventilação ou exaustão) ou perda de carga (Sistemas de bombeamento de líquidos).
Esta perda de energia é devida principalmente ao atrito do fluído com uma camada
estacionária aderida à parede interna do tubo.
TIPOS DE PERDAS:

Podemos classificar as perdas de duas formas:

- Perdas de carga distribuídas ou Primárias


- Perdas de carga localizadas ou Secundárias
Perda de Carga Distribuída ou Primária:

Analisando de maneira mais específica, a perda de carga distribuída ocorre pelo atrito entre o
fluido e a parede da tubulação durante o escoamento em um trecho reto do percurso. Nesse
sentido, ela é, quando comparado com a localizada (que entenderemos logo abaixo), bem menos
significativa.

É interessante entender que a perda de carga distribuída ocorre durante a passagem do fluido nos
tubos. Logo, a viscosidade da substância da sua produção, assim como o diâmetro dos tubos e a
velocidade de escoamento são os fatores que influenciam diretamente na redução de
produtividade e aumento de custo do seu processo.
Custo de equipamentos x Gastos energéticos

Considerando os itens de influência citados, uma das primeiras soluções para diminuição da
perda energética é o aumento do diâmetro tubular. Como vimos que a perda de carga se dá pelo
atrito, a ideia é que aumentando o espaço de passagem da substância, ocorra menos contato
com a parede da tubulação e, consequentemente, maior conservação de carga.

Porém, o problema é que realizar o aumento do diâmetro pode gerar um gasto significativo.
Mas afinal, o gasto trará grandes economias no processo ou não compensa a troca?

Para que o custo de implantação compense o de operação, ou seja, que o custo de instalação dos
tubos seja menor do que todo o lucro gerado com o aumento da rentabilidade de um processo,
cabe a análise técnica para um diâmetro ótimo (o ideal para o fluido do trecho em questão), que
faz com que uma vazão específica do sistema obtenha o menor custo possível.
Perda de Carga Localizada
As perdas de carga localizadas são as perdas que ocorrem nas conexões (curvas,
derivações), válvulas (registros de gaveta, registros de pressão) e nas saídas de
reservatórios. Essas peças causam turbulência, alteram a velocidade da água,
aumentam o atrito e provocam choques das partículas líquidas.
Comparativamente, podemos entender esses elementos como obstáculos durante o percurso do
gás ou do líquido, que impedem a passagem ideal destes fazendo com que carga seja
desperdiçada. Assim, quanto mais acidentes, maior a perda.

Cada componente adicional da tubulação está relacionado a um valor de perda de carga,


geralmente tabelado e fornecido pelo fabricante. Por isso, é muito importante conhecer bem o
seu processo e quais acidentes ele requer, de modo a evitar perdas energéticas desnecessárias e
ao mesmo tempo não comprometer a funcionalidade da produção.
As perdas de carga dos acessórios de uma tubulação
decorrem da separação de uma camada do escoamento e
da formação das correntes de Eddy.
Linhas
de corrente

Obstáculo Zona de separação


das camadas do fluido

Figura 1.1. Escoamento quando há separação das camadas de


fluido devido à presença de um acessório.

As correntes de Eddy transformam a energia mecânica em


energia cinética e esta se converte em calor que se dissipa
(Figura 1.1). Essas perdas são denominadas perdas
localizadas.
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CÁLCULO DAS PERDAS:

Em um sistema para identificar a perda de carga total somamos a Perda de carga distribuída ou
Primária mais Perda de Carga Localizada ou Secundária.
É conveniente relembrar que um escoamento pode ser classificado duas formas, turbulento ou
laminar. o regime de escoamento na condução de fluídos no interior de tubulações é
turbulento, exceto em situações especiais, especiais, tais como escoamento a baixíssimas
vazões e velocidades.
Muitas vezes o escoamento não ocorrerá em uma tubulação que apresentam seção circular,
desta forma devemos utilizar o diâmetro hidráulico para cálculo do número de Reynolds, da
rugosidade relativa e das perdas primárias.
A determinação de λ pode ser realizada de maneira simples através do diagrama de Moody.

Possibilidade de utilização de programas computacionais para se obter o valor de λ.


Muitas vezes as perdas secundárias são calculadas por meio de tabelas fornecidas por fabricantes onde estes indicam as
perdas de maneira equivalente dependendo do tipo de elemento.

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