Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Senescência:
-Processo natural do envelhecimento.
-O envelhecimento pode ser definido como um processo intrínseco, inevitável e
irreversível associado à idade, que traz consigo perda da vitalidade orgânica e aumento
da vulnerabilidade
-Exp: branqueamento do cabelo, rugas, marcha mais lenta, memória recente diminuída
Senilidade:
-Alterações patológicas que podem ocorrer no envelhecimento.
-Idoso com alguma patologia durante o processo de envelhecimento / alterações
patológicas que podem ocorrer no envelhecimento.
-DM, HAS, demências
-Não é considerado natural, lembrar que é um processo natural
Envelhecimento:
Progressiva incapacidade de manutenção do equilíbrio homeostático em condições de
sobrecarga funcional.
O idoso vive com o seu limite, qualquer desequilíbrio pode descompensar o paciente
Epidemiologia do envelhecimento:
Expectativa do paranaense é de 77,9 anos
Brasil é de 76 anos
Mulheres vivem 6,8 anos mais que os homens.
Maior expectativa de vida do brasilheiro é em SC → 79 anos
Menor expectativa de vida é no Maranhão → 71 anos
O número de pessoas abaixo de 30 anos de idade caiu 5,4%, entre 2012 e 2021. No
mesmo período, a população brasileira cresceu 7,6%, chegando a 212,7 milhões em
2021
Alterações anatômicas:
Gustavo Moreno T19
2. Pele e fâneros:
-Diminuição da espessura da pele (rompimento da pele com facilidade)
-Diminuição da elasticidade (dificulta a avaliação de desidratação)
-Diminuição da atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas (pele seca,
favorecendo dermatites e prurido)
-Diminuição de pelos (ajuda a ter mais frio)
-Diminuição do número de melanócitos e alças capilares
-Presença de equimoses – vasos frágeis / rompimento capilar
-Queratose solar (mancha na pele → principalmente nas mãos)
3. Sistema ósseo:
-Diminuição da espessura do osso compacto (periferia)
-No osso esponjoso há perda de lâminas ósseas - com mais cavidades entre as
trabéculas (facilitando o aparecimento de osteoporose)
-Diminuição em números e em atividade dos osteócitos
-Cuidar – osteoporose
4. Sistema articular:
-Substituição do tecido fibroso nas suturas do crânio por osso (favorece a fratura →
TCE)
-Cartilagem articular ⇒ diminuição de condrócitos, água e proteoglicanos, com
aumento de colágeno (favorecendo osteoartrite)
-Diminuição da espessura dos discos intervertebrais – cifose
-Obs – osteoartrite
-Cartilagens costais → diminuição dos condrócitos, aumento da deposição de cálcio
e as fibras colágenas se espessam. (dificulta a inspiração e expiração e favorece a
fraturas)
Gustavo Moreno T19
5. Sistema muscular:
-Diminuição do peso do músculo (diminuição da massa muscular)
-Diminuição de fibras tipo I (contração lenta) e II (contração rápida) → movimentos
lentificados*** (As fibras de contração rápida estão diminuídas!!)
6. Sistema nervoso:
-Perda neuronal de 2 a 3% por década depois de 50 anos (processo de
envelhecimento é uma perda de células, mas não há perca de sua inteligência e
capacidade laborativa)
-Perda de neurônios nos giros pré-centrais, giros temporais e córtex cerebelo
(favorece diminuição da função motora, alterações discretas de memória e perda de
equilíbrio).
Obs – nos giros temporais afeta a memória recente
-Diminuição da liberação de neurotransmissores na fenda sináptica (dopamina,
serotonina e noradrenalina → favorecendo depressão / transtorno de ansiedade)
-Redução dos receptores cutâneos, com menor sensibilidade táctil e de variação de
temperatura (por esse motivos eles se queimam com maior facilidade)
-Diminuição da sensibilidade dos barorreceptores (idosos podem apresentar
hipotensão ortostática e hipertensão do jaleco branco)
-Barreira hematoencefálica fica mais permeável (facilita a entrada de medicamentos
→ efeito colateral)
-Lentidão psicomotora (diminuição discreta da dopamina / mantém o raciocínio
intacto)
-Diminuição do olfato e gustação (cuidar do sal)
-Menor tamanho da pupila
-Diminuição da capacidade de olhar para cima
-Presbiopia (diminuição da acuidade visual / vista cansada com o tempo)
-Hesitação ao nadar, menor balanço dos braços e passos menores
-Diminuição da elevação dos passos ao andar, tentar aumentar a base de apoio
-Diminuição da acuidade auditiva-presbiacusia
-Balanço leve no teste de romberg (por causa da perda neural no córtex cerebelar)
-Diminuição do reflexo do tendão de aquiles (único que sofre alteração) ****
7. Vasos:
-Dilatação da aorta e seu diâmetro interno aumenta (aumento da resistência
vascular periférica → HAS)**
-Deposição de cálcio na elastina da aorta
-Diminuição de fibras elásticas com aumento de colágeno
-Diminuição do diâmetro das artérias carótidas, coronárias e arteríolas renais
(espessamento dessas artérias pela deposição de cálcio)
8. Coração:
-Coração – peso aumenta com a idade, aumento da espessura do VE (hipertrofia) –
aumento da RVP obriga o coração a bombear o sangue com mais força, levando a
hipertrofia e redução de sua complacência
Obs – ecocardio: aumento discreto do VE
-Número de fibras musculares cardíacas se mantém, mas com atrofia **
Gustavo Moreno T19
9. Sistema Respiratório:
-Diminuição da elasticidade e expansibilidade torácica (é mais rígida)
-Diminuição do reflexo da tosse, menor resposta a B2 agonista / normalmente não
expectora o muco
-Redução da atividade mucociliar e da imunidade humoral e celular (por isso que
tem mais quadros de pneumonia)
-Diminuição da superfície de troca gasosa (pacientes com DPOC piora mais ainda)
-Menor resposta ventilatória as variações das pressões de pO2 e pCO2
(apatia/sonolência)
-Alterações da ventilação/perfusão
-Diminuição da PaO2 (discreta → torno de 95 - 96%)
Iatrogenia:
-Farmacológica
-Internação hospitalar desnecessária
-Palavra – quando o médico não consegue se comunicar de maneira correta
-Silêncio – quando o médico não explica o tratamento, riscos e efeitos colaterais
-Subdiagnóstico
-Cascata propedêutica
-Distanásia – acelerar a morte do paciente com medicações inadequadas
-Prescrições de intervenções fúteis
-Excesso de intervenções reabilitadoras – atendimento multiprofissional ao mesmo tempo
sem ter necessidade disso
Consequências da polifarmácia:
-Aumento do custo financeiro para o paciente e para o sistema de saúde
-Aumento da taxa de eventos adversos
Gustavo Moreno T19
Farmacocinética:
Absorção:
-Diminuição da secreção ácida do estômago - hipocloridria ou acloridria (salicilatos,
ferro, cálcio e vitamina B12)
*Devido a isso, é melhor dar o ferro parenteral e quando for tomar essas medicações,
o ideal é tomar com suco de laranja/limão para aumentar a acidez estomacal
-Uso de medicamentos como ranitidina, omeprazol, pantoprazol, metformin diminuem a
absorção de vitamina B12
-Fenitoína, metotrexato, primidona, carbamazepina e fenobarbital diminuem a absorção
de ácido fólico
*Repor o ácido fólico junto com a medicação.
-Esvaziamento gástrico lento pode prejudicar ação de certas drogas → levodopa (dica –
usar longe das refeições)
-Medicamentos que interferem no esvaziamento gástrico, como os anticolinérgicos,
tricíclicos
-O ferro via oral pode ter sua absorção prejudicada quando associado com levodopa,
quinolonas, levotiroxina
-Interação medicamentosa ruins que prejudicam absorção → exp. antiácidos com a
digoxina, anticolinérgicos e levodopa. ferro e omeprazol.
Distribuição:
-Processo de transferência da droga da corrente sanguínea para os tecidos
-Aumento de massa gorda e diminuição de massa magra com envelhecimento
-Maior chance de intoxicação por drogas lipofílicas ⇒ como a digoxina, clonazepam,
bromazepam, e diazepam
Gustavo Moreno T19
Metabolismo:
-Fluxo sanguíneo hepático diminuído pela metade, com redução da capacidade de
metabolização.
-Redução da atividade microssomal hepática (oxidação hepática) – diazepam,
quinidina, teofilina, fenitoína, imipramina, propranolol. alprazolam, warfarina, tricíclicos
-Processo de conjugação não são afetadas pelo envelhecimento → lorazepam e
isoniazida (para tuberculose)
Excreção:
-Diminuição da função glomerular e tubular
-Filtração glomerular diminui 30 a 50%
-A uréia não correlaciona com um bom medidor de função renal
-Obs: (Aumento de ureia → problemas hepáticos, hemorragia digestiva, aumento da
ingestão proteica)
-Elevação da uréia – restrição hídrica, hepatopatias, dieta rica em proteína,
sangramento gastrointestinais
-Creatinina → falsos valores negativos
-Clearance creatinina – valor mais correta para avaliar a função renal no idoso
CKD-EPI
-Cuidado nos idosos com medicações como AINH, metformina, digoxina, sulfonilureias
e aminoglicosídeos (nefrotóxicos - gentamicina)
-Obs (paciente pode ter uma maior chance de hipoglicemia, pois a excreção da
metformina é renal)
Gustavo Moreno T19
Farmacodinâmica:
-Envolve o tipo, a intensidade e a duração do efeito da droga no tecido alvo
-A redução da reserva fisiológica torna os sistemas do organismo mais sensíveis aos
efeitos das drogas
-Obs – Cuidar com os opióides → iniciar com dose pequenas, cuidar com os efeitos
colaterais
-Maior predisposição a hiponatremia e hipercalemia
-Secreção inapropriada a hormônios antidiurético são associadas com morfina, bzd, AINh
e Hct
-Obs: (Nunca começar medicamentos com dose cheia em idosos)
-O miocárdio pode ser mais sensível a alterações metabólicas como quadros leves de
hipopotassemia, hipomagnesemia, hipercalcemia e hipóxia
-O cérebro envelhecido é mais sensível aos medicamentos sedativos e anticolinérgicos
que pioram a cognição.
-A perda de neurônios dopaminérgicos, facilita a sensibilidade a medicamentos que
causam parkinsonismo → cinarizina, metoclopramida e neurolépticos**
Hipotensão ortostática pode ser causada pela desidratação e uso de medicamentos
anti-hipertensivo como metildopa, nifedipina, nitratos, tricíclicos, levodopa e doxazosina.
Obs – Diazepam, cinarizina, flunarizina → uso por mais de 30 dias tem aumento do risco
de parkinsonismo, anti-inflamatórios e vitaminas (tem mais efeito placebo do que efeito
verdadeiro), ideal não dar para os idosos.
Gustavo Moreno T19
-Diagnóstico correto
-Prescrever menor quantidade de remédios possíveis
-Começar com menor dose possível, começando com 1/4, 1/2 e seguir aumentando
devagar
-Suspender medicações desnecessárias – desprescrever
-Instruir os familiares e cuidadores sobre os remédios usados corretamente
-Conferir com o idosos todos os remédios que vem tomando
-Escrever qual é a utilidade daquele remédio que ele está usando
-Obs – (Não associar Gingo com o AAS → aumenta a chance de sangramento)
Critérios de Beers:***
-Medicações que são contraindicados em idosos (tabela)
–Dexclorfeniramina
–Dimenidrato (dramin), pelo risco de quedas
–Antipsicóticos de 1ª geração – clorpromazina, haloperidol → causam mais
parkinsonismo e risco de AVC
–Benzodiazepínicos
–Neurolépticos para dormir, seu uso prolongado causa hipotensão ortostática
–Tricíclicos
–Diuréticos
–Bloqueadores do canal de Ca+ → hipotensão / edema de MMII
–Glibenclamida → risco de falência pancreática se usada a longo prazo (força o
pâncreas)
–Óleo mineral → risco de broncoaspiração e desenvolvimento de pneumonia lipofílica,
diminui a absorção de vitaminas.
–Relaxantes musculares (ciclobenzaprina) → quedas
–Anti inflamatório
–Colchicina
Gustavo Moreno T19
Objetivos:
-Complementa o exame clínico tradicional e melhora a precisão diagnóstica
-Determina o grau e a extensão da incapacidade (motora, mental e psíquica)
-Identifica risco de declínio funcional
-Permite uma avaliação de riscos e possibilidades no estado nutricional
-Serve de guia para a escolha de medidas que visam restaurar e preservar a saúde
(farmacoterapia, fisioterapia, terapia ocupacional, psicoterapia)
-Identifica fatores que predispõem a iatrogenia e permite estabelecer medidas para sua
prevenção
-Estabelece parâmetros para o acompanhamento do paciente
-Serve de orientação para mudanças e adaptações no ambiente em que o paciente vive
-Estabelece critérios para internação hospitalar ou em instituição de longa permanência
Benefícios:.
-Melhora da precisão diagnóstica
-Melhora da performance funcional
-Melhora do afeto e cognição
-Redução das admissões hospitalares e em ILP
-Redução do número de medicamento
-Melhora cognitiva
-Diminuição da mortalidade
Gustavo Moreno T19
Avaliação clínica:
1. Anamnese:
-Falar bem devagar
-Deixar o idoso se expresse com liberdade, principalmente no início, porém deve ser
conduzida na maioria das vezes pelo médico
-ISDA deve ser completo
-Sempre com acompanhante para confrontar as informações
-A queixa principal é somente a ponta do iceberg
-Medicamentos usados, em uso ou não, posologia, dosagem e comorbidades.
-Hábitos dietéticos, história de alcoolismo, tabagismo e intoxicações
-Doenças sistêmicas e neurológicas prévias, cirurgias anteriores, estado imunização
(Covid, gripe, HZ, pneumonia, tétano, febre amarela, tuberculose) e alergias
-Personalidade prévia, capacidade funcional, nível educacional, atividade física,
passatempos, históricos ocupacional (no que? tempo?) e social
-Investigar síndromes geriátricas mais comuns
-História familiar positiva para demências, depressão, neoplasia e presença dos fatores
de risco para doença cardiovascular
2. Exame físico:
-Ectoscopia → exp fácie
-Peso
-Aferição da pressão arterial → medir deitado, em pé e nos dois membros**
-Cavidade oral → lesões, candidíase, dentaduras, estado geral dos dentes
Avaliação clínica:
-Mais da metade dos idosos apresenta sopro sistólico aórtico, que se irradia para o foco
mitral (por causa da calcificação das válvulas)
-A 4º bulha pode não ser patológica*** (complacência do ventrículo esquerdo muda com
o envelhecimento)
-Os achados pulmonares positivos tem o mesmo significado que no adulto
-Toque retal no caso de fecalomas
-Ver os pés, circulação periférica
-Exames neurológicos (marcha)
-Avaliação da marcha, equilíbrio e mobilidade
-Sinais extrapiramidais, déficits neurológicos focais, mioclonias e reflexos primitivos
Visão:
-Déficit visual é fator de risco para confusão mental e para
quedas
-Presbiopia, catarata bilateral, a degeneração e o glaucoma
→ patologias mais comuns
-Obs – A mais comum degeneração ocular
-Utiliza-se a prova de Jaeger, com o paciente a 35 cm da
cartilha de Snellen. Tapa-se um olho de cada vez e solicita-se
ao idoso que proceda a leitura das letras.
Cartilha de snellen ⇒
Audição:
-Frequente a hipoacusia em idosos
Gustavo Moreno T19
Nutrição e sarcopenia:
Nutrição:
-Mini avaliação nutricional - MAN
*estado nutricional, risco de desnutrição
-Uma medida de circunferência de
panturrilha:
*menor 31 cm é indicativo de risco de
sarcopenia e nutricional***
-Exames indicativos de desnutrição:
Albumina < 3,5 mg/dl
Transferrina < 200
Linfócitos < 1800 / mm3
Colesterol total < 130
-SARC-F + Circunferência da panturrilha
-Teste de levantar da cadeira: Se demorar mais de 15 segundos ⇒ tem pouca
massa muscular/pouca força muscular
-Teste cronometrado de levantar e andar ⇒ indicativo de sarcopenia
-Índice de SOF ⇒ fragilidade do idoso
Avaliação do humor:
-Ferramenta mais usada para avaliar depressão é a escala de depressão geriatrica de
Yesavage.
* > 5 ⇒ Suspeita de quadro depressivo
Avaliação da cognição:
-MEEM (mini mental)*** – sensibilidade de 80% e especificidade de 82%.
*Escolaridade e cultura são outros fatores limitantes.
*Escores menores que 18 (analfabeto), menores que 24 (1 a 4 anos), menores de 26
(8 anos ou mais anos de estudo) ⇐ são sugestivos de demência!!
*Avaliação insuficiente na memória episódica, funções executivas
*Baixa acurácia para casos leves
*Tarefas constrangedoras para indivíduos com baixa escolaridade
*Perda dos direito autorais
-Moca teste – Montreal cognitive assessment (versão brasileira)
-Teste do relógio – avalia habilidades visuo-espaciais e construcionais. Tem
especificidade de 96% e sensibilidade de 78%***
-10-CS – Point cognitive secreemer
*Mais usado no consultório
*Rápido, avaliação da orientação, aprendizado, fluência verbal e evocação
*Não tem influencia da escolaridade
Teste do relógio:
*Memória semântica
*Função executiva
*Linguagem
*Praxia
*Função visuo-espacial
Avaliação da cognição:
-Teste de fluência verbal****: pede que o paciente fale uma lista de itens como animais,
frutas, vegetais, lista de supermercado ou fonêmica (palavras iniciadas por determinada
letra) num tempo de 1 minuto. (quanto mais palavras lembrar, melhor!!)
*Menos que 8 anos escolaridade = 9 ou mais
*Mais que 8 anos escolaridade = 13 ou mais
-CDR – clinica dementia rating → para saber e classificar a demência em leve,
moderada ou grave
-Teste de lista de palavras do CERAD (memória verbal de longo prazo) - lista de
palavras apresentadas uma a uma, para repetição imediata e evocação tardia
*Normal que o escore se eleve ao longo do teste
Gustavo Moreno T19
Avaliação funcional:
-Atividade de Vida diária (AVD)** – índice de Katz avalia o desempenho do indivíduo na
execução de tarefas pessoais diárias, como banhar-se, vestir-se, cuidar da higiene
pessoal, transferir-se do leito para um cadeira manter continência e alimentar-se.
* 1 ponto para cada resposta ‘’sim’’
* 6 pontos = independência
* 4 pontos = dependência parcial
* 2 pontos = dependência grave
-Atividades instrumentais de vida diária (AIVD) – verifica a autonomia do indivíduo, ou
seja, sua capacidade para controlar, assumir e tomar decisões no dia-a-dia, como por
exemplo, capacidade de morar sozinho.
*1 ponto para cada resposta ‘’não consegue’’
* 2 pontos para cada resposta ‘’com ajuda parcial’’
* 3 pontos para cada resposta ‘’sim’’
* 9 pontos = totalmente dependente
* 10 a 15 pontos = dependência grave
* 16 a 20 pontos = dependência moderada
* 21 a 25 pontos = dependência leve
* 26 a 27 pontos = independência
-O idoso participa da vida familiar e oferece seu apoio quando os outros membros têm
problemas?
-Há conflitos entre gerações?
-As opiniões do idoso são acatadas e respeitadas?
-O idoso respeita e aceita as opiniões dos demais membros da família?
-O idoso participa da vida comunitária e da sociedade em que vive?
-O idoso tem amigos e pode contar com eles nos momentos difíceis?
-O idoso apóia os seus amigos quando eles têm problemas?
Apgar familiar:
Serve para ver se tem disfunção familiar
Demência:
1. Interfere nas atividades do trabalho e habituais (dia - dia do paciente)
2. Declínio em relação a níveis prévios de funcionamento
3. Não se explica por delirium, nem doença psiquiátrica (tratar primeiramente a doença
psiquiátrica, caso não melhora pode-se pensar em demência)
4. Detectado por anamnese pelo paciente ou pelo informante (memória - executiva;
habilidades visuoespaciais - era para ir para o quarto vai para outro cômodo;
mudança de comportamento)
Gustavo Moreno T19
Fluxograma:
Comprometimento da memória ⇒
Sim → CCL amnéstico ⇒ único domínio alterado //
múltiplos domínios alterados
Não → CCL não amnéstico ⇒ único domínio
alterado // múltiplos domínios alterados
Obs – Comprometimento da memória → sim →
grande chance de levar a Alzheimer.
História clínica:
1. Verificar se o paciente usa medicamento, se tem sintomas psiquiátricos ou
alterações neurológicas
2. Os medicamentos mais implicados na função cognitiva são – opióides, tricíclicos,
antipsicóticos, bzd, indutores do sono não bzd, anti-histamínicos, relaxantes
musculares, antiepilépticos. (ideal retirar os medicamentos para confirmar)
3. avaliar a audição e a visão, bem como distúrbio do sono
4. Investigar sintomas depressivos, trauma craniano (hematoma subdural), alterações
psicóticas e comportamentais, alucinações e possiveis convulsão;
Testes cognitivos:
Obs – Mais adequado → MOCA Test
-O teste cognitivo com melhor acurácia no CCL foi MoCA teste (lembrar em fazer com
pacientes com boa escolaridade)
-O MEEM tem uma sensibilidade baixa no diagnóstico de CCL, acontecendo também
com o teste de fluência verbal e teste do relógio.
-Ou 10-CS (6-7 → provável CCL)
-Teste neuropsicológica
Gustavo Moreno T19
Exames laboratoriais:
-Glicemia de jejum, TSH, T4L, hemograma, cálcio, uréia, creatinina, função hepática,
B12, Ácido fólico, HIV, sorologia para sífilis
-Coleta do líquor para avaliação de proteína beta amilóide e proteína TAU;
-Dosagem de proteína beta-amilóide e proteína tau no liquor
-Níveis baixos de proteína beta amilóide e elevados de proteína Tau – maior risco para
DA.
Exames de imagem:
-RNM de encéfalo – medidas do volume dos hipocampos
-RNM com composto B de Pittsburgh – calcula o volume de proteína beta-amiloide
depositada no cérebro
-Obs – no DA essa proteína vai estar mais elevada
-Obs – exame de alto custo → média 5.000
-Estudos com donepezil x placebo → por 48 meses, 2037 idosos, houve pequena
melhora cognitiva medido pela escala ADAS-COG
-Efeitos adversos – maiores no CCL
-O tratamento não reduz a incidência de demência a longo prazo
Incluir medidas de prevenção não farmacológicas ao tratamento.
Gustavo Moreno T19
Epidemiologia:
Menos da metade não é diagnosticada
15-20% dos idosos internados.
Pós operatório 3 a 50%
Cirurgia de quadril – 60% dos casos
Obs – normalmente ocorre em cirurgia de quadril → prótese
Fatores predisponentes:
Obs – Normalmente no pós operatório (antibiótico, anestésico, internamento entre outros
motivos)
1. Idade avançada
Diminuição da cognição preexistente
Deterioração dos órgãos dos sentidos
Baixa escolaridade
2. Drogas:
Senescência com modificações farmacológicas e farmacodinâmicas.
3. Fatores ambientais
Estresse por ambiente desconhecido (ou estresse / briga familiares)
Mudança constante de cuidadores (cada mês em uma casa de algum filho por
exemplo)
Procedimento invasivos mal explicados (por exemplo sonda vesical sem explicar o
procedimento)
4. Outros:
Baixa oxigenação cerebral
Baixo aporte de glicose ao cérebro
Aumento da demanda metabólica
Lesão cerebral prévia
Causas:
Cirurgias → ortopédicas, cardíacas e oftalmológicas
Medicamentos (causa que mais leva essa patologia em idosos)
–Drogas com atividade anticolinérgica central (antidepressivos tricíclicos, neurolépticos,
antihistamínicos, antiespasmódicos, colírios midriáticos)
Gustavo Moreno T19
Patologias:
-Cardiopulmonares → ICC, intoxicação digitálica, pneumonia, IAM, embolia pulmonar,
DPOC.
-Neurológicas → AVC, AIT, Epilepsias, demência, hematoma subdural crônico
-Gastrointestinais → fecaloma
-Geniturinárias → insuficiência renal, retenção urinária, infecção urinária
-Oftalmológicas → catarata, glaucoma, charles bonnet (paciente tem dificuldade visual –
assim devido a isso o paciente acha que tem alucinação visual)
-Reumatológicas – vasculites
-Infecções – todas
-Metabólicas → distúrbios hidroeletrolíticos, desnutrição e deficiência vitamínicas graves,
desidratação, hiper ou hipoglicemia, hipo ou hipertireoidismo, distúrbios da paratireoide
-Doenças psiquiátricas – depressão, ansiedade
-Gerais – neoplasias extracranianas, hospitalização
Quadro clínico:
-Início súbito
-Flutuação dos sintomas cognitivo → Normalmente o paciente piora no período noturno
-Prejuízo da atenção
-Distúrbios da consciência
-Distúrbios da percepção – alucinações, ilusões e as ideias delirantes tipo perseguição.
-Prejuízo da memória – mais recente
-Alterações do ciclo sono-vigília.
-Distúrbios emocionais → apatia, irritabilidade, terror, apreensão, euforia, depressão,
desinibição sexual
-Duração → curta, em torno de 1 semana, podendo chegar a 6 meses (neoplasias
graves, hepatopatias crônicas)
-Características pessoais → repetição do quadro de delirium (risco para um processo
demencial)
Diagnóstico:
-DSM V e CID 10
-Anamnese
-Exame físico
-Exame neurológico
-Exames complementares → eletrólitos, função renal, enzimas hepáticas e cardíacas,
função tireoidianas, hemograma, parcial de urina + urocultura, Rx tórax,
-Eletrocardiograma
Diagnóstico diferencial:
-Demência – início insidioso, duração longa, de meses a anos, atenção menos
prejudicada
-Depressão maior – história de depressão anterior
-Esquizofrenia – alucinações permanentes
Complicações:
-Aumenta os risco de queda
-Institucionalização
-Declínio funcional
-Aumento da duração da hospitalização
-Pneumonias aspirativas
-Úlceras de decúbito
-TVP e embolia pulmonar
-Infecções do trato urinário
Tratamento:
-Identificar e tratar as causas médicas
-Erradicar ou minimizar os fatores causadores
-Manejos dos sintomas
-Evitar a contenção física (fazer isso quando paciente está agitado, manter o paciente
seguro)
Tratamento farmacológico:
-Droga de escolha → Haloperidol (EV, IM ou oral) ****
0,25 - 30 mg – a cada 30 minutos
Cuidar com hipotensão
Faz sedação, parkinsonismo, hipotensão, retenção urinária, distonia aguda
Dose de ataque – 0,25 - 1 mg cada 20 a 30 minutos
Dose de manutenção – dose de ataque dividido por 2 cada 12 horas
Obs – paciente que está em risco para ele e para a equipe de enfermagem!
-Quetiapina
Efeito sedativo e sobre o ciclo sono vigília (altera), ideal tomar de noite
Apresentação oral somente
Prolongamento do intervalo Q-T
Dose: 12,5 a 25 mg
-Olanzapina:
Menos sintomas extrapiramidais
Pode piorar a confusão, prolongamento do intervalo Q-T
Dose: 2,5 - 5 mg, repetir a cada 20 minutos
-Risperidona:
Efeito sedativo
VO e IM →No Brasil só tem apresentação VO
Discinesia tardia
Dose: 0,25 - 1 mg
-Benzodiazepínicos:
Para abstinência alcoólica e como sedativos
Lorazepam
Podem piorar a confusão
Dose: 0,25 - 0,5 mg
Gustavo Moreno T19
Epidemiologia:
-Pessoas com demÊncia em todo o mundo mais que dobrou de 20.2 milhões, em 1990,
para 43.8 milhões em 2016
-EUA → DA representa torno de 60 - 70% dos casos de demência
-Dobra a cada 5 anos depois dos 60 anos
-Mais comum em mulheres (2:1 feminino/masculino)
-Obs: as mulheres vivem mais, devido a isso tem a maior incidência.
-A prevalência de demência é maior nas pessoas negras e hispânicas que nas pessoas
brancas
-O início precoce da DA < 60 anos de idade é hereditário (padrão autossômico dominante
→ normalmente < 1% dos casos)
Fatores de risco:
-Fatores não modificáveis:
Envelhecimento, alelo APOE-4, mutações genética, síndrome de down (cérebro
semelhante ao paciente com DA) e comprometimento cognitivo leve
-Fatores modificáveis:
DM, HAS, Tabagismo, obesidade, depressão, dislipidemia, níveis elevados de
homocisteína, traumatismo cranioencefálico e uso crônico de anticonvulsivantes,
pacientes com insônia crônica e alterações da microbiota intestinal (pacientes com uso
crônico de laxantes)
Obs: as mais frequentes são ⇒ DM, síndrome metabólica e cardiopatias
-Fatores protetores:
Atividade física, dieta do mediterrâneo (evita doces / açucar), alta escolaridade e
atividade intelectual (Ativação de sinapses)
Etiologia:
-A proteína precursora amilóide (PPA) é que leva a formação
da proteína beta amiloide (neurotóxica)
-A PPA é responsável está envolvida na plasticidade neuronal e
na formação das sinapses
-Na doença de Alzheimer a PPA é clivada de maneira anormal
pelas enzimas betasecretases e gama secretases. (leva a
formação da proteína beta-amilóide → neurotóxica)
-Normalmente a PPA é clivada pelas beta-secretases e pelas
gama-secretases, não levando a nada.
Gustavo Moreno T19
Mas na DA, a clivagem é de maneira anormal, assim, formando substância tóxica (proteina
beta-amiloide, que aglutina formando a placa senil que é uma lesão extracelular, levando a
um processo inflamatorio e morte dos neuronios)
-Ocorre uma hiperfosforilação da proteína TAU, levando a uma distrofia e edema dos
microtúbulos, formando os emaranhados neurofibrilares que ficam no citoplasma
-Ocorre uma lesão intracelular
Participação genética:
-Mutações nos cromossomos 1, 14, 21,
-A proteína precursora amilóide e as proteínas dos genes das presenilinas 1 e 2 estão
envolvidas na formação do peptídeo beta-amiloide
-Mutações de sentido incorreto desses genes são responsáveis pela maioria dos casos de
DA de início precoce
-Alelo E4 – homozigose aumenta em 15x o risco para DA.
DA:
-Atrofias em lobos frontais, temporais e parietais
responsáveis pela cognição.
-Acetilcolina (diminuido)
-Serotonina (diminuido)
-Glutamato (aumentado)
Obs - atrofia do hipocampo primeira região a ser
afetada
Quadro clínico:
-Síntomas de apresentação:
Perda de memória recente
Dificuldade com as funções executivas
Disfasia nominal (dificuldade em encontrar palavras e nomes).
Perda de memória episódica (não lembrar os nomes de visitantes recentes)
Confabulação (contar histórias do passado, mas distorcendo elas)
Confusão
Distorções acentuadas de memória
Déficits cognitivos:
Afasia (déficits de linguagem)
Apraxia (incapacidade de realizar tarefas/atos motores)
Agnosia (incapacidade de reconhecer utilizando os sentidos)
-Sintomas neuropsiquiátricos:
Apatia, delírios, alucinações, alterações do ciclo sono-vigília, perambulação,
agressividade, reações catastróficas, erros de identificação, depressão
Sindrome do sol poente (normalmente o paciente fica mais agitado no final do dia,
acredita que tem relação com o cortisol)
Síndrome de Othelo (delirium de que alguém está traindo)
Síndrome de Godot (acha que uma pessoa é outra)
Delírio de Roubo
Sinal do espelho (pessoa não se reconhece no espelho)
Hóspedes fantasmas (pessoas que morreram visitam)
Síndrome de diógenes (pessoa começa a dar dinheiro e fica na situação de morador de
rua - incomum de ocorrer)
Diagnóstico:
Obs - se o paciente apresenta sintomas, preciso obrigatoriamente fazer exame de imagem
(para exclusão de outras patologias de demências)
-Anamnese
-Testes de avaliação cognitiva
1. 10-CS
2. MEEM
3. Teste do relógio
4. Memória de lista de palavras
5. Figuras
6. Fluência verbal
7. Moca teste
-Exames neurológicos → quadro duvidosos, seguimento de quadros leves
-Exames laboratoriais: hemograma, ureia, creatinina, albumina, glicemia de jejum, TSH,
dosagem de vitamina B12, ácido fólico, TGO, TGP, cálcio seriCo, sorologia para sífilis, HIV
Gustavo Moreno T19
Tratamento:
-Não há cura, apenas faz o retardamento da doença
Tratamento farmacológico:
Anticolinesterásicos:
-Rivastigmina (1,5 a 6 mg) → inibição da acetilcolinesterase e butirilcolinesterase, Tem
via oral e adesivo (aumenta a acetilcolina no cérebro)
-Galantamina (8, 16 e 24 mg) → inibição da acetilcolinesterase e agonista do receptor
nicotínico. (aumenta a acetilcolina no cérebro)
-Donepezila (5 e 10 mg) → inibição da acetilcolinesterase
Obs – nenhuma medicação é superior que a outra, cada paciente é um caso.
Benefícios:
-Melhora temporária dos sintomas e retardo do declínio por 6 a 12 meses, podendo
chegar a 24 a 36 meses
-Atua na cognição, comportamento e funcionalidade
-Diminui a sobrecarga do cuidador
-Desacelera a doença
Gustavo Moreno T19
Efeitos colaterais:
Gastrointestinais ⇒ náuseas, vômitos, diarréia e anorexia, dor abdominal
Cardiovasculares ⇒ oscilação da PA, síncope, arritmias, bradicardia
Neurológicas ⇒ tonturas, cefaléia, confusão mental, agitação, sonolência e insônia
Outros ⇒ sudorese, fadiga, perda de peso, cãimbras e aumento da secreção brônquica.
Memantina:
Aumento do glutamato na DA, leva a um comprometimento da sequência de estímulos e
morte neuronal
Indicação na fase moderada e avançada
Numa rápida progressão da fase leve para moderada
Doses: 10 - 20 mg/dia
Eliminação renal
Efeito colateral: alucinações, confusão mental, tonturas, cefaléia, diarréia, insônia,
agitação e fadiga.
Quadro neuropsiquiátrico:
Antidepressivos
Neuroléptico
Estabilizadores do humor
Gustavo Moreno T19
Patologia:
Corpúsculos de Lewy (inclusões que tem alfa-sinucleína) encontrados no núcleo da base,
substância negra (local que produz a dopamina), locus cerúleos (cognição) e outras
estruturas como tronco cerebral*, amígdala, giro cingulado e neocórtex.
A proteína alfa-sinucleína se torna erradamente dobrada e se agrega dentro da célula do
neurônio elevando a morte neuronal.
Critérios de diagnósticos:
Clínico
Centrais:
Flutuações, alucinações precoces (imagens coloridas, tridimensionais, animais, objetos)
parkinsonismo precoce
Sugestivos:
Alteração do sono REM, hipersensibilidade a neurolépticos, baixa captação
dopaminérgica no SPECT ou no PET
Quadro clínico:
Parkinsonismo espontâneo
Alucinações visuais recorrentes
Flutuação cognitiva
Parkinsonismo espontâneo:
Síndrome demencial deve ocorrer no máximo “12 meses” após o início do
parkinsonismo**
Mais comuns a rigidez e bradicinesia (do que tremor)
Na DA, ocorre em fase mais finais da doença, sendo leves a moderados
Alterações visuais:
Desde o início da doença, recorrentes, detalhadas , alucinações com pessoas, animais,
crianças, objetos
Flutuação cognitiva:
Variações pronunciadas da atenção e do nível de consciência
Varia em horas, dias ou meses
Paciente passa de atento até ficar desatento, sonolento ou quase mutismo
Excluir delirium
80 - 90% dos pacientes com DCL
Outras características:
Quedas repetidas
Síncopes
Perda transitória da consciência
Delírios sistematizados
Alucinações auditivas
Distúrbios comportamentais do sono REM
Maior sensibilidade a neurolépticos
Confusão com DA
Tempo de sobrevida – menor na DCL
Exames de imagem – DCL mostra preservação das regiões temporomediais
Maior comprometimento visuoespacial, funções executivas e atenção.
Gustavo Moreno T19
Exames complementares:
exames laboratoriais – normais
Liquor – somente em casos duvidosos
Tomografia de crânio e RNM de crânio – a atrofia cortical generalizada é típica, embora
possa ser leve com preservação do lobo temporal medial, principalmente o hipocampo.
Spect cerebral – a baixa captação do transportador de dopamina dos gânglios da base é
um elemento sugestivo da DCL
PET – hipometabolismo occipital
Tratamento:
Alterações psicóticas – quetiapina, olanzapina (avaliar custo-benefício)
Parkinsonismo – levodopa
Depressão – IRSS ou IR noradrenalina
Cognição – inibidores da acetilcolinesterase = rivastigmina, donepezila, galantamina
Memantina – pode ser associado
Tratamento não farmacológico – equipe interdisciplinar
Fatores de risco:
DV Possível:
⇒Demência com sinais focais neurológicos: na ausência de exames de neuroimagem;
na ausência de relação temporal clara entre o AVE e o quadro demencial; com início
súbito e curso variável (platô melhora) havendo evidência de DCV.
DV Definida:
⇒Ausência de todos os critérios clínicos para DV provável, mais evidência
histopatológica de DCV, ausência de EMN e placas neuríticas acima do esperado para a
idade, ausência de outros transtornos clínicos que possam causar demência.
Fisiopatogenia:
1. Doença de pequenos vasos 3. Hemorragia intracraniana
2. Doença de grandes vasos 4. Hipoperfusão cerebral
Classificação:
1. Doença isquêmica de grandes vasos:
–Demência por múltiplos infartos corticais e subcorticais*
–Demência por infarto único estratégico* – hipocampo, tálamo, núcleo caudado,
prosencéfalo e territórios da artéria cerebral anterior e posterior.
Pior prognóstico:
-Localização supratentorial, grande volume da lesão ou localização talâmico-cortical e
grande número de infartos.
-Obs- lembrar que pode ocorrer por múltiplos traumas (traumas na cabeça –
lutadores/MMA)
2. Demência subcortical:
-Compromete pequenas artérias com infartos lacunares
-Início insidioso, lentificação motora, prejuízo da memória de caráter progressivo,
alterações da fala e do comportamento
-Parkinsonismo, ataxia e incontinência urinária
-Risco de quedas
-Prejuízos na atenção e das funções executivas
-Não tem hemiplegia, e nem hemiparesia.
3. Doença de Binswanger:
-Marcada por infartos lacunares na substância branca**
-Mais de 95% são hipertensos (marcados por HAS / hipertensos de dificil controle)
-Comprometimento das artérias medulares longas
Obs - doença de pequenos vasos
-Flutuações de pressão arterial
-Abulia, incontinência e rigidez de membros.
4. Cadasil:
-Arteriopatia cerebral autossômica dominante com infartos subcorticais e
leucoencefalopatia
-Demência vascular hereditária
- (5/100.000)
-Doença de pequenos vasos
-Apresentação: AVC e AIT de repetição
-Outro sintoma comum: migrânea com aura (ocorre em até 40% dos pacientes)
-Relacionada a mutação no gene NOTCH3 (19p13)
Gustavo Moreno T19
Diagnóstico Vascular:
-História clínica (Dificuldade motora, quadro abrupto…), exames de neuroimagem (TC /
RM [melhor]), avaliação neuropsicológica (quando há duvidas)
-História clínica: fatores de risco, histórico de AVC, comprometimento motor, deterioração
em degraus, quadro abrupto ou não.
Diagnóstico diferencial:
-Doença de Alzheimer (agitação e alucinações em uma fase
moderada) ** (sempre).
-Hidrocefalia de pressão normal (RM: alargamento dos ventrículos)
(Triade: alteração da marcha, incontinência urinária e alteração cognitiva)
-Depressão associada a DCV (doenças cardio-vascular / depressão levando a alterações
de memória )
-Vasculite cerebral (raro)
-Doença de parkinson (alterações motoras, mas com alucinações e cognitivas
normalmente em fases mais tardia e não logo no início, logo na DV já é mais precoce)
-Distúrbio metabólico (hipotireoidismo → confusão mental // DM descompensado →
quadro mais agudo)
-Insuficiência hepática (Etilismo)
Demência mista:
Coexistência de doença cerebrovascular e outra doença neurológica degenerativa
Mais comum é com a DA.
Gustavo Moreno T19
Tratamento:
-Antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina – depressão e labilidade
emocional
-(é o que mais dá efeito parkinsonianos)
-Neurolépticos – quetiapina**, clozapina, olanzapina** e risperidona**, nos quadros
psicóticos. (lembrar que aumenta o risco de AVC!!)*
*Menor dose possível, aumenta os fatores de risco!!
Efeito colateral: aumento da glicemia e do colesterol
Obs – com o tempo retirar essas medicações e diminuindo a dose!
-Para pacientes com pré demenciais (pacientes com comprometimento cognitivo - com
doença de pequenos vasos e alteração de memória, mas não tem comprometimento tão
grande) → uso de antiplaquetários, anticoagulação, endarterectomia (para estenose de
carótida)
-Controle de PA
-Atividade física (para melhor qualidade de vida)
-Dieta do mediterrâneo
-Controle do diabetes e dislipidemia não teve efetividade em estudos longitudinais.
-Uso dos anticolinesterásicos → galantamina (+ estudos / 1º opção) e donepezila (2º
opção)
-Memantina – pode associar com o tempo e se o paciente continua piorando
Gustavo Moreno T19
Sintomas precoces:
-Os sintomas que mais chamam a atenção incluem alterações progressivas da
personalidade com embrutecimento do comportamento social, dificuldades na auto
regulação (de emoções, impulsos e comportamento) e dificuldades na linguagem
-Picos de incidência em torno dos 60 anos.
Epidemiologia:
-As melhores estimativas da frequência de DFT são oriundas de estudos no Reino Unido,
Países Baixos e Canadá. Em Cambridge, no Reino Unido, demonstraram uma prevalência
de 15 casos por 100.000 adultos entre 45 e 64 anos de idade.
-5 a 15% das demências, sendo mais comum antes dos 65 anos
-A idade média encontrada foi de 52 anos
-Mais nos sexos masculino.**
-Consultas de psiquiatria (devido a alterações comportamentais)
Fisiopatologia:
-A DFT é frequentemente familiar (25 - 50%) e usualmente com herança autossômica
dominante. ***
-As mutações nesse gene MAPT (proteína TAU associada aos microtúbulos que levam a
degeneração dos neurônios) e no gene PGRN (progranulina) , ambos (MAPT e PGRN)
localizados no cromossomo 17.****
-Degeneração dos neurônios***
-Mutações no cromossomo 3 e 9**
-É uma doença degenerativa**
-As etapas que ocorrem desde as mutações nos genes MAPT (proteína TAU associada
aos microtúbulos) ou PGRN que determina as características clínicas e à formação de
corpo de inclusão são pouco compreendidas → por esse motivo que até hoje não tem
tratamento
-Não se sabe porque pega essa região fronto-temporal
Patologia:
Perda neuronal cortical difusa sendo mais acentuada nos lobos frontal e temporal
Corpúsculos de PIC (lesões) levam a morte neuronal, principalmente na região frontal e
temporal
Gustavo Moreno T19
Quadro clínico:
-Alterações da personalidade manifestadas pela inobservância das convenções sociais,
aparência desleixada, impaciência e irritabilidade, disputa argumentativa comentários
libidinosos e indiscretos.
-Comportamentos infantis e impulsivos, perda de empatia e preocupação com outras
pessoas, compulsões e adesão rígida a rotinas.
-Na DFT, as alterações de personalidade, linguagem, hábitos e atividades, geralmente
precedem o desenvolvimento do comprometimento de memória, desorientação ou
apraxias.
-História de falta de cuidados pessoais e abandono de trabalho, atividades e contatos
sociais.
-Hábitos alimentares alterados.
-Alucinações e delírios são raros, mas pode haver delírios bizarros de ciúmes e religiosos
-Comportamentos estereotipados como movimentos repetitivos
-Sinais e sintomas parkinsonianos podem estar em 20% (na fase mais tardia da doença)
-Ansiedade, hipocondria e depressão, podem ser prodrômicos
-Hipersexualidade, excentricidade, déficits de atenção, hiperoralidade
-Presença de reflexos primitivos como o de sucção, glabecular, preensão e orbicular da
boca em fases mais avançadas
-Pior desempenho em fluência verbal que a DA
-Incontinência urinária e fecal (na fase mais tardia da doença)
Teste cognitivos:
-10CS -Teste de fluência verbal
-Mini mental -Avaliação neuropsicológica
-Moca teste (alta escolaridade) (+ importante nesse caso)
Exames complementares:
-Laboratoriais (afastar possibilidades de síndromes demenciais tratáveis)
-TC crânio (atrofia frontotemporal)
-RM de encéfalo (atrofia frontotemporal)
-Spect e PET – não marca a hipoperfusão focal dos lobo frontal e/ou frontal e temporal
anterior, frequentemente assimétrica, mas marca o metabolismo
-Obs – imagem é solicitar devido aos diagnósticos diferenciais!!
-Obs – TC e RNM podem ser normais no início da doença!!
Diagnóstico diferencial:
-Doença de Alzheimer**
-Demência por corpos de lewy → caracterizada pela predominância de amnésia, flutuação
na cognição, alucinações visuais e parkinsonismo nos estágios precoces da doenças.
-Depressão bipolar – mania surge tardiamente pode ser atribuída a doenças cerebrais
(cerebrovascular, trauma, neoplasia, supressão de medicamento e/ou intoxicação)
-Depressão maior
-Demência vascular (alteração de memória desde o início)
-Tumores cerebrais
Tratamento:
-Não há um tratamento específico
Gustavo Moreno T19
Prognósticos:
-Pacientes com variantes comportamentais progridem rapidamente, ao passo que aqueles
com demência semântica progridem mais lentamente.
-A sobrevida mediana é de 80 meses após o diagnóstico
-Sobrevida é menor comparada com a doença de Alzheimer!!
-Comparados com pacientes com DA, os pacientes com DFT têm sobrevida menor e
declínio cognitivo e funcional mais rápido.
-A sobrevida parece ser mais curta em pacientes com parkinsonismo e naqueles com a
doença do neurônio motor.
Gustavo Moreno T19
Obs: Medicamentos: (+) → carbonato de cálcio (causa mais calculo renal), tricíclicos e
serotoninérgicos, AINES, antiácidos (hidróxido de alumínio), uso prolongado de laxantes
(deterioração do intestino)
Quadro clínico:
-Diminuição do número e esforço excessivo nas evacuações
-Obs – 1 dia sim e outro não → pode ser normal!!
-Sensação de evacuação incompleta
-Fezes endurecidas
Diagnóstico:
–Clínico para obstipação funcional: Ter pelo menos 2 ou mais critérios abaixo pelos últimos
3 meses do inicio dos sintomas e pelo menos 6 meses antes do diagnóstico.
1. Esforço para evacuar
2. Sensação de evacuação incompleta ou bloqueio anorretal
3. Fezes em cíbalos
Gustavo Moreno T19
Anamnese:
Quanto tempo ?
1. Início recente – causa mais orgânica, a crônica é mais funcional
2. Pesquisar sobre a dieta, pobre em fibras
3. Hidratação
4. Atividade física, sedentarismo
5. Postura inadequada na evacuação
6. Indagar emagrecimento, apatia, dor abdominal, sangramento intestinal, tenesmo
7. Pesquisar medicamentos → opiáceos (tramadol / codeína / metadona / morfina),
antidepressivos, cálcio
8. Pesquisar patologias existentes – AVC, demências, parkinson, hipotireoidismo
9. Toque retal e ectoscopia perianal
10. Alternância de diarreia e obstipação (doença diverticular → complicações:
diverticulite e hemorragia digestiva baixa)
11. Histórico de CA GI
Escala de Bristol:
Gustavo Moreno T19
Complicações:
-Crônico ⇒ Fecaloma → tenesmo, incontinência fecal, anorexia, náuseas, dor e
desconforto abdominal, confusão mental, incontinência urinária, úlceras estercorais. (pode
ter diarréia paradoxal – cuidar → fazer o toque) // (devido ao fecaloma que está
machucando o reto)
-Crônico ⇒ Megacólon idiopático ⇒ distensão abdominal, impactação e incontinência
fecal
Exame físico
-Fácies mixedematosa, parkinsoniana
-Hálito fétido e alterações da cavidade oral
-Grau de hidratação
-Presença de massas abdominais, cicatrizes, timpanismo, hérnias
-Movimentos peristálticos
-Toque retal, exames retal
Exames complementares:
-Para ver se tem doenças orgânicas
-Hemograma, glicemia de jejum, TSH, uréia, creatinina, potássio, cálcio, magnésio,
pesquisa de sangue oculto nas fezes
-Rx simples de abdômen
-Enema opaco
-Trânsito colônico
-Colonoscopia
-Manometria anorretal – defecação dissinérgica: contração paradoxal ou relaxamento
inadequado dos músculos do assoalho pélvico durante a tentativa de defecação.
Tratamento:
-Tratar as causas secundárias
-Dieta rica em fibras e líquidos, atividade física, fazer uma rotina, postura adequada
-Farelo de trigo
-Estimular o reflexo gastrocólico
-Óleo mineral → não se usa no idoso!!**
Laxativos:
1. Osmóticos
-Sais de magnésio e sódio, lactulose, sorbitol** e Macrogol
-Salinos – retenção de água e liberação de colecistocinina
-Cuidar com o sais de magnésio → hipomagnesemia, ir grave, diminuição na
absorção fármacos
-Manitol
-Lactulona – boa indicação no idoso
-Polietilenoglicol → PEG (se usa bastante)
Gustavo Moreno T19
4. Lubrificantes e emolientes:
Obs: cuidar pois se o paciente tiver disfagia pode desenvolver pneumonia lipoídica
que pe grave)
-Óleos minerais e emolientes
-Evitar em pacientes com disfafia e demenciados, no periodo noturno
-Diminuem a absorção de vitaminas lipossolúveis (B12)
-Óleo minerais → evitar o uso
-Óleo minerais → cuidar para não broncoaspirar → pneumonia
6. Drogas procinéticas:
Domperidone, bromoprida (pouca eficácia, mas pode ajudar)
Epidemiologia:
–Pico de incidência é de 65 anos
–Mais em homens
–150 a 200 casos / 100.000 hab.
–4% desenvolvem antes dos 50 anos
Etiologia:
-A causa ainda é desconhecida, mas tem hipóteses
-Morte dos neurônios dopaminérgicos da substância nigra.
-Neurotoxinas ambientais** – Metilfenil Tetra-hidropiridina (agrotóxicos / água de poço).
-Comprometimento da via autofágica lisossomal – acúmulo de proteínas anormais (matam
a células na região da substância negra)
-Genéticos – torno de 20 a 30% dos casos
-Estresse oxidativo
-Envelhecimento (morte neuronal)
Mutações:
Fisiopatogenia:
-Perda progressiva de células da pars compacta da substância negra do mesencéfalo
-Presença dos corpos de Lewy, sinucleína e parkina (são as proteínas anormais)
Gustavo Moreno T19
Tremor de Repouso:
Obs: tremor de contar moedas
1. Qualquer dos 4 membros, mandíbula ou mento (pode afetar os pés)
2. Diminui ou desaparece quando se inicia um movimento (exp: pedir para o paciente
pegar um objeto, como uma caneta)
3. No início é intermitente
4. Unilateral e depois bilateral
5. Tremor fino em alguns casos (mais difícil o diagnóstico, pode confundir com o tremor
de estresse)
Rigidez muscular:
1. SInal da roda denteada (resistência passiva dos membros, pescoço e tronco)
2. Fases iniciais aparecem somente num dimídio, para depois acometer o outro lado.
1 Doença unilateral
Diagnóstico diferencial:
Parkinsonismo atípico ou pluss:
-Início agudo
-Doença rapidamente progressiva
-Comprometimento cognitivo
-Instabilidade postural proeminente
-Disfunção autonômica grave
-Características neuropsiquiátricas significativas (alucinações, níveis flutuantes de
alerta).
-Paralisia supranuclear progressiva, atrofia de múltiplos sistemas, demência por corpos
de lewy
Parkinsonismo secundários:
-Por medicamentos: cinarizina, flunarizina, haloperidol, lítio, fluoxetina, metildopa,
clorpromazina, levomepromazina, metoclopramida. (maior tempo de uso e maior chance
de ter!!)
-Obs: Orientação: suspender a droga e aguardar!!
-Infeccioso – encefalite
-Vascular – múltiplos infartos
-TCE – encefalopatia pugilística
-Hidrocefalia
-Intoxicação exógena
-Metabólica
Tremor essencial:
Presença na postura
Geralmente é bilateral e simétrico
Ao acometer o segmento cefálico o faz globalmente, com movimentos de cabeça em
afirmação ou negação
Melhora sensivelmente após a ingestão de bebida alcoólica
Tem história familiar positiva em 30 a 40% dos casos
Responde favoravelmente ao tratamento com betabloqueadores adrenérgicos ou
primidona.
Diagnóstico:
–Clínico***
Gustavo Moreno T19
Tratamento:
1. Levodopa:
–Padrão ouro!!
–Maior eficácia
–Efeitos colaterais: náusea, vômito, delirium (doses altas)
–Misturados com a carbidopa e benserazida – inibidores periféricos da
dopadescarboxilase ( para evitar a conversa periférica da levodopa).
–Usar 2 a 6x ao dia
–Meia vida pequena
Discinesias:
–Uso crônico / uso de dose alta de início ⇒ Discinesias (semelhante ao movimento
de Coreia)
–Pico de dose → discinesia pico dose (movimentos coreiformes, no pico do efeito
da levodopa)
–Em discinesia continua → movimentos coreiformes, manifesta-se durante todo o
tempo do efeito da levodopa
–Período off → movimentos distônicos, predomínio extremidades (pés), aparecem
no final do efeito da levodopa.
–Obs: ideal diminuir a dose da levodopa, mas pode ter piora do quadro de
parkinson.
2. Anticolinérgicos:
–Biperideno e triexifenidila
–Maiores efeitos colaterais – constipação intestinal, delirium, boca seca, retenção
urinária ou turvação visual
–Riscos e demência??
–Ação razoável sobre o tremor e rigidez
–Classe pouco usado
3. Inibidores da MAO-B:
–Selegilina e rasagilina
–Indicada nas flutuações motoras e discinesias – rosagilina
–Pode dar confusão mental em idosos
Gustavo Moreno T19
4. Amantadina:
–Bloqueia a recaptação de dopamina e ação anticolinérgica
–Efeito colateral: Livedo reticular, edema de MMII e confusão mental
–Perde ação com o tempo.
–Indicada nas flutuações motoras e discinesias
–Usada normalmente em pacientes idosos com menos de 70 anos
5. Agonistas dopaminérgicos: **
–Pramipexole e rotigotina
–Boa indicação em adultos jovens e idosos com menos de 70 anos
–Obs: Interessante iniciar esse medicamento antes da levodopa
–Efeitos colaterais: náusea, vômitos, hipotensão ortostática, sonolência, alucinações
e edema de MMII
–Menor perda neuronal.
6. Inibidores da COMT:
–Diminuem a degradação de dopamina na fenda sináptica, aumentando a sua
concentração.
–Usados em conjunto com a levodopa, para diminuir o seu uso
–Melhora as discinesias e flutuações motoras
–Fase inicial como avançadas
–Entacapone (retirada do mercado)*
–Problemas hepáticos
Etiologia:
1. Fatores genéticos (OA de mãos)
2. Traumas e estresse repetitivo (ginastas, corridas/maratonas OA de joelho)
3. Envelhecimento
4. Obesidade (OA de joelho)
5. Instabilidade articular (lesão de ligamento / menisco → pode levar a OA)
6. Alterações na bioquímicas e morfologia da cartilagem (hemofílicos)
7. Neuropatias.
Osteoartrite secundária:
1. Artrite reumatoide 5. Necrose asséptica
2. Gota e pseudogota 6. Meniscectomia ou dano meniscal
3. Hemofilia 7. Artrite
4. Hemocromatose 8. Doença de Paget
Fisiopatogenia:
(1)Condrócito detecta dano ao tecido com ação do óxido nítrico IL-1B / FNT-alfa ⇒
(2)Condrócitos liberam proteases, catepsina o metaloproteinases ⇒
(3)Degradação a matriz da cartilagem e perda da força de tendao ⇒
(4)Condrócitos liberam mais enzimas proteolíticas + osso subcondral desenvolve
microfraturas ⇒
(5)Aumento da densidade do osso, formação de cisto, osteófitos (morte dos condrócitos)
⇒ (6)Perda da cartilagem!!
c
Gustavo Moreno T19
Quadro clínico:
-Início insidioso, progessivo, ao longo de vários anos, principalmente nas articulações de
carga, coluna e mãos.
-O acometimento de ombros, cotovelos e punhos é pouco frequente.
-A dor é inicialmente protocinética (relacionada com o movimento - início) desaparecendo
ao repouso.
-A dor é de caráter difusa, não localizada (sem ponto específico) / (bursites, lesões
ligamentares ou meniscais, tendinites).
-A dor pode ser agravada pelas mudanças de tempo e por atividade crescente
-A rigidez é curta e dura 30 minutos
-Crepitações e estalidos durante a movimentação podem ocorrer
Osteoartrite de coxo-femoral:
–Muito incapacitante
–A dor localiza-se na região inguinal ou nas nádegas, podendo
irradiar-se pela face medial das coxas até os joelhos, ou
externamente pelo tensor da fáscia lata até o joelho.*
–É agravada com a marcha ou o movimento para sentar e
levantar de superfícies baixas.*
Osteoartrite de joelho
É a articulação mais acometida/frequente, em mulheres.
A dor nos joelhos é ao levantar da cadeira, iniciar a deambulação,
subir e descer escadas.
Limitação à flexão e a extensão
Joelhos em varo (mais comum) ou valgo → quando chega nessa
situação já é indicação de prótese!!
Nódulos de Heberden
Nódulos de Bouchard
Classificação:
1. Idiopática (mais comum)
2. Secundária (hemofilias … )
3. Localizada – restrita a um ou a dois grupos articulares (joelho, quadril)
4. Generalizada – envolve 3 ou mais grupos.
Exames complementares:
Provas inflamatórias: normais e inespecíficos.
Rx simples – redução do espaço articular e esclerose subcondral e osteófitos. Cistos e
erosões em casos mais graves.
TM e RM
Gustavo Moreno T19
Tratamento:
Medidas gerais:
I. Identificar fatores de risco
II. Perder peso
III. Calçados com amortecedores ou de borracha, com estabilidade do pé
IV. Uma bengala contralateral (cuidar com o tamanho/ o cabo tem que estar na altura do
quadril – orientação do profissional fisioterapeuta)
V. Uso de joelheiras de neoprene fenestradas para realinhamento da patela joelheiras
com tensor.
VI. Fisioterapia (importantíssimo) – fortalecimento muscular, melhorar amplitude de
movimento e a marcha
VII. Hidroginástica
VIII. Órteses de posicionamento (risoartrote; pode usar no período noturno)
Tratamento farmacológico:
-Dipirona e acetamenofem como tratamento adjuvante
-No caso de pouca resposta ao acetaminofem, usar AINEs preferenciamente os COX2 ou
não COX2, associado com um inibidor de bomba.
-Hidroxicloroquina e cloroquina (usado muito para OA de mãos e joelhos)
-Podem ser usados AINH tópicos e capsaicina em OA de mãos
-Opiáceos – tramadol, tramadol + acetaminofem, oxicodona, morfina
-Duloxetina (anti-depressivo) – em casos de dor crônica**, nos casos sensibilização central
(OA de coluna, joelho e quadril) / (pode associar com outras medicações)
-Gabapentina e pregabalina – (OA de coluna, joelho e quadril) // (pode associar com
outras medicações)
Colágeno não hidrolisado e hidrolisado – normalmente tem efeito mais de placebo do que
outra coisa!!
Terapia intra-articulares:
Gustavo Moreno T19
Cirurgias:
1. Artroscopia com debridamento
2. Artroplastia total (Quadril / joelho → mais em fases mais tardias!!)
3. Laminectomia (OA coluna), fusão vertebral (espaço entre as vértebras)
Gustavo Moreno T19
4º Fase: R.E.M
–As ondas cerebrais disparam e chegam a mesma velocidade do estado de vigília
–A atividade cerebral está em alta, assim, como a respiração e pressão sanguínea
–Os olhos se movimentam rapidamente e é nessa fase que acontecem os sonhos
Insônia no Idoso:
29% dos idosos tem dificuldades em manter o sono
Mais em brancos do que negros
Fatores de risco:
-Aumento da idade
-Sexo feminino
Gustavo Moreno T19
-Comorbidades
-Baixo nível sócio-economico
Idosos sem doenças: 1 a 3% têm insônia
Medo de morrer dormindo, viuvez, aposentadoria, depressão e situação econômica.
Podem ter insônia orgânica (DM descompensada, hiperplasia prostática benigna,
zumbido, dispneia, DPOC, insuficiência cardíaca → todos esses problemas atrapalham o
sono)
Sono insuficiente:
-Mortalidade
-Déficit cognitivo, demencia
-Diminuição da imunidade, risco de CA
-HAS
-Doenças cardiovasculares
-Resistência à insulina
-Risco a diabetes
-Outros: sobrepeso e obesidade, inflamação, dores crônicas
–Quem dorme mal tem menor quantidade de dias para viver, por esse motivo que
aumenta a mortalidade
–Dormir pouca aumenta os riscos de doenças → aumento do cortisol
–A insônia propicia inflamação, pois gera um processo inflamatório crônico.
Neurotransmissores do sono:
-Aumento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal
-Redução dos níveis de GABA
-Serotonina e noradrenalina antagonista do sono
-Melatonina – indutora do sono
-Histamina e hipocretina – vigília (anti histamínico dá sono)
-Acetilcolina – vigília e indutor do sono REM
Classificação:
→ Insônia Transitória ⇒ até 1 semana
→ Insônia Aguda ⇒ 1 a 6 meses
→ Insônia crônica ⇒ mais de 6 meses
→ Insônia medicamentosa ou por outras substâncias ⇒ Benzodiazepínicos, corticoides,
álcool, antidepressivos, antigripais, anticonvulsivantes
→ Insônia devido a distúrbios mentais
→ Insônia por situações médicas como SPI (síndrome das pernas inquietas), DPOC,
hormonais, imobilização ou dor.
→ Insônia devido a higiene do sono inadequada (celular durante a noite)
Diagnóstico:
Para definir insônia, deve-se encontrar cada um dos seguintes itens:
–Dificuldade em iniciar o sono, mantê-lo, despertar precoce ou sono não restaurador
–A dificuldade de sono ocorre apesar de oportunidade e circunstâncias adequada para
dormir
Gustavo Moreno T19
→Sonolência diurna:
⇒Cefaleia de padrão tensional ou sintomas gastrintestinais
⇒Preocupação em relação ao sono
Anamnese:
Perguntas importantes:
–Como é a insônia? (início [tem dificuldade de dormir?] / fragmentado [acorda toda
hora?] / terminal [acorda cedo?])
–Doenças associadas, medicações?
–Tratamentos prévios? (uso de medicamentos anteriores)
–Consequências diurnas da insônia? (fadiga, desânimo, cansaço, sonolência durante o
dia)
–Atividades noturnas – exercícios, uso de tablets?
–Ambiente para dormir?
–Outras doenças do sono associadas? (apneia do sono, síndrome das pernas inquietas)
–Presença de cochilos, fadiga, engasgos durante o sono, respiração ruidosa, tristeza,
ansiedade, pirose?
–HF?
–Presença de alteração cognitiva?
Polissonografia:
Não se usa em todos os pacientes
Afastar outros distúrbios do sono associados:
–Distúrbio respiratório (apneia do sono)
–Síndrome das pernas inquietas
–Parassonias
Diagnóstico inicial incerto
Falha do tratamento
Insônia de etiologia não definida
Tratamento:
Tratamento não farmacológico:
-Evitar o álcool, nicotina, cafeína
-Rotina para dormir
-Reduzir o tempo na cama (leitura)
-Atividade física 6 horas antes de adormecer
-Evitar cochilos ao entardecer ou início da noite
-Limitar a ingesta de líquidos a noite
Gustavo Moreno T19
-Evitar barulho
-Utilizar o quarto e cama somente para dormir
Tratamento farmacológico:
-Iniciar com doses pequenas e manter menor dose possível
-Evitar uso de hipnóticos
-Cuidado em pacientes com apneia do sono (pois pode piorar a apneia, levando a um
maior cansaço ou até mesmo paradas respiratórias durante o sono)
-Insônia de rebote ao suspender o hipnótico
2. Antidepressivos sedativos:
–Trazodona:
*1º Iniciação de insônia no idoso devido a sua segurança!!**
*Derivado do triazolopiridinico
*Dose: 50 a 100 mg
*Meia vida: 8 horas
*Pico de ação: 30 minutos a 2 horas (para insônia inicial, sono fragmentado)
*Efeito sedativo em doses baixas (50 a 100 mg)
*Mecanismo de ação antagonismo dos receptores 5HT2A
*Ação antagonista para histamina e alfa adrenérgicas
*Raros efeitos colaterais → priapismo e hipotensão ortostática (doses altas)
–Amitriptilina e doxepina
*Tricíclicos que agem como inibidores da serotonina e da noradrenalina
*Receptor histamínico, adrenérgico
*Caso de dor ⇒ amitriptilina (dose máxima de 25 mg/dia)
*Problemas de pele como urticária ou prurido ⇒ doxepina
*Efeito colateral: boca seca, obstipação*confusão mental.
–Mirtazapina
*Antagonista alfa 2
*Age sobre 5HTA2a, 5HT3, antagonista histaminérgico
*Usa mais em pacientes com depressão insônia com perda de peso
*Aumento o apetite
–Agomelatina
*Agonista melatoninérgico
*Se liga nos receptores de melatonina estimulando a produção dela
*Antidepressivo leve
–Gabapentina
Gustavo Moreno T19
–Ramelteona:
*Receptores de melatonina (produz melatonina)
*Seu uso é mais para insônia inicial / recente
3. Antipsicóticos sedativos:
Antipsicóticos Atípicos:
–Quetiapina e Olanzapina:
*Utilizada no tratamento da insônia em alguns pacientes neurológicos e
psiquiátricos
*Tem afinidade por receptores serotoninérgicos e da histamina
*Reduz a parte cognitiva
Parassonias:
*Distúrbios que ocorrem durante o sono e podem levar a insônia
Secundária:
-Anemia -Neuropatias
-AR -Fibromialgia
-DM -DPOC
-Uremia -Parkinson
-Insuficiência vascular periférica -Medicações
Exames:
-Hemograma -Ácido fólico
-Ferro -Eletroneuromiografia
-Ferritina -Polissonografia (dúvida)
Tratamento:
-Evitar álcool, cafeína, reposição de ferro
-Pramipexole (1º opção), clonazepam, levodopa, rotigotine patch
-Tomar 1 a 2h antes de deitar (demora para fazer efeito)
-Com o tempo necessita aumentar a dose
Causas:
1. Abstinência do álcool e nitrazepam
2. Biperideno, tricíclicos, ISRS, venlafaxina e da selegilina
3. Doença de parkinson, DCL***
4. TCE
5. Neoplasias do tronco cerebral
6. Narcolepsia
Tratamento:
1. Clonazepam
2. Alprazolam
3. Melatonina (20 gotas antes de dormir)
Despertar confusional:
-Estado de confusão mental durante e após um despertar
-Indivíduo acorda confuso, bradipsiquia, dificuldades de compreensão
-Doenças metabólicas, uso de medicamentos, tóxicas, apnéia do sono
-Diferencias de quadros de demências, crises parciais complexas
-Tratamento → clonazepam, imipramina.
Apnéia do Sono:
-Episódios repetitivos de pausas respiratórias, com duração superior de 9 segundos e
queda da PO2
-Sonolência diurna, cefaléia matutina, boca seca, roncos noturnos, abdome protuso,
micrognatia, pescoço largo.
-Maior incidência de HAS, IAM, morte súbita, AVC isquêmico, arritmias cardíacas,
hipertensão pulmonar
-Exame: polissonografia
-Tratamento: cirurgia e uso do CPAP, além de indicar emagrecimento
Introdução:
-Considerada por muitos como um processo natural do envelhecimento
-Interfere negativamente na morbidade de doenças físicas (pode piorar patologias como
a doença coronariana e a DM)
-Utilizam serviços médicos: 50 a 100% mais que os não deprimidos
-Apresentam queixas médicas inespecíficas 3 a 4x mais (“Oco na cabeça” // “bola na
garganta” → pensar no transtorno depressivo).
-Há presença dos sintomas cardinais, como humor deprimido e/ou perda do interesse,
com prejuízo no seu dia-a-dia por mais de 14 dias ( ter histórico > de 2 semanas de
sintomas, e isso atrapalha)
-Tem em média duas consultas médicas a mais e maior comorbidades
Epidemiologia:
-A depressão no idoso é subdiagnosticada e incorretamente tratada
-76,6% dos idosos não foram perguntados por seus médicos se sentiam-se tristes ou
deprimidos
-É a doença psiquiátrica mais comum no idoso
-Está presente em:
*2 a 4% dos idosos saudáveis
*10 a 14% dos hospitalizados
*20 a 25% dos idosos em asilos
-15 a 30% dos casos não entram na classificação do DSM-V
-O risco de suicídio em idosos é maior
Classificação:
Depressão de início tardio:
- (+) comum
-O primeiro episódio depressivo é na velhice
-Apresenta maior grau de apatia e disfunção cognitiva coma normalidade no lobo
temporal
Depressão refratária:
-10% dos idosos persistem com depressão mesmo em tratamento
-Paciente não responde a pelo menos 2 antidepressivos de grupos diferentes, com
doses e tempo adequados
-Possui maior relação com atrofia cerebral, alterações na substância branca e cinzenta
subcortical.
Distimia:
-Quadro depressivo leve e prolongado
-Pacientes vivem normalmente
-Pacientes não apresentam tristeza e melancolia, porém têm falta de energia, insônia
ou hipersônia, irritabilidade e impaciência ou alterações do apetite
-”Paciente não está com tristeza, mas também não sente alegria ou prazer”
Causas:
-Pouca influência da predisposição genética
-Maior influência da atrofia cerebral e número de lesões na substância branca frontal e
núcleos da base
-Atrofia do lobo frontal e temporal
-Associação com outras doenças:
*Doença física *AVC
*Doença de Parkinson *DA
*Artrite reumatoide *DM
*Demência vascular *IAM
*CA *Histórico da HAS
Gustavo Moreno T19
Quadro clínico:
-Melancolia e tristeza -Sentimentos de culpa excessiva ou
-Anorexia e perda de peso inutilidade
-Sintomas psicóticos -Tonturas (cabeça vazia / pesada)
-Hipocondria -Desconforto abdominal
-Agitação psicomotora -Falta de energia e fadiga
-Ideias de suicídio -Alterações sexuais
-Ansiedade -Apatia e perda de interesse
-Irritabilidade -Pobreza de fala
-Insônia -Prejuízo cognitivo: diferenciar de
-Dores difusas doença de Alzheimer inicial
Fatores de risco:
*Doença mental *Rede social não estruturada
*Doença física *Luto
*Isolamento social e solidão *Problemas familiares
Teste de rastreio:
–Escala de Yesavage:
*Principal
*Composto por 15 perguntas de sim ou não
*Escore > ou igual a 5 sugere depressão
*Desvantagem: limitação do uso na presença de déficit cognitivo
–Mini Mental:
*Pode aplicar no idoso com déficit cognitivo, para afastar doenças demenciais.
Exames complementares:
Laboratoriais:
*Hemograma (afastar anemia)
*Glicemia de jejum (descompensação glicêmica - hipoglicemia / hiperglicemia)
*Eletrólitos (afastar hipocalemia e hiponatremia)
*Ureia e creatinina (função renal)
*Uremia (aumento gera sonolência, apatia, desânimo)
*TSH e T4L (afastar hipo/hipertireoidismo)
*Parcial de urina (afastar quadros infecciosos)
*Testosterona (hipogonadismo)
Exames de imagem:
*Apenas quando há depressão com distúrbio cognitivo associado ou na suspeita de
depressão vascular
*TC, RM de encéfalo
Tratamento:
-Terapia cognitiva:
*Acompanhamento psicológico - psicoterapia
*A resposta ao tratamento farmacológico é melhor em associação com terapia cognitiva
-Tricíclicos:
*Inibem a recaptação de noradrenalina e serotonina
*Possuem mais efeitos colaterais:
Anti-muscarínicos: boca seca, retenção urinária, constipação
Anti-histamínicos: sonolência, ganho de peso, delirium
Anti-adrenérgicos: hipotensão ortostática e arritmias cardíacas
*Podem ser (ideal) usar em menores doses, associados com outros anti-depressivos
Nortriptilina + sertralina
Nortriptilina + venlafaxina (potencializa o efeito da nortriptilina)
Gustavo Moreno T19
*Exemplos:
Imipramina Clomipramina
Amitriptilina Nortriptilina
*A nortriptilina é a mais usada pois inibe a recaptação apenas de noradrenalina e
apresenta menos efeitos colaterais anti-muscarínicos // Dose máxima: 50 mg
-Mirtazapina:
*Antidepressivo noradrenérgico e serotoninérgico específico (é DUAL)
*Possuem ação anti-histamínica → levando a quadros de sonolência e aumento do
apetite.
*Boa indicação em idosos com insônia e anorexia
-Trazodona:
*Inibidor da recaptação da serotonina e antagonista de receptores serotoninérgicos em
doses elevadas
*Em baixas doses (25 a 100mg) possui maior efeito sedativo (hipnótico) e em altas
doses possui efeito antidepressivo (150 a 600mg)
*Geralmente associada a outros antidepressivos
*Usado normalmente para depressão leve e alteração do sono
Questões:
1. Paciente sexo feminino, 73 anos, refere obstipação intestinal há mais de 10 anos, sem
outras queixas clínicas, como emagrecimento, enterorragia ou dor abdominal. Como
comorbidades tem HAS, DM II, Obesidade leve e Osteoartrite de Coluna Lombar. Usando
como medicações: enalapril 10mg, Metformina 850mg, Tramadol 50mg e Amitriptilina 25mg.
Diante do quadro, qual seria a melhor conduta:
a.Trocar o enalapril por outro anti-hipertensivo, devido a ser obstipante; atividade física
regular e bisacodil dose única a noite.
b.Suspender somente o tramadol, atividade física regular, orientação nutricional quanto a
fibras e fenoftaleína como laxante.
c.Atividade física regular, orientação nutricional quanto a fibras, suspender tramadol e
amitriptilina e usar o plantago ovata.
d.Atividade física regular, orientação nutricional quanto a fibras, suspender a amitriptilina e
prescrever Cáscara Sagrada.
e.Orientação nutricional quanto a fibras e prescrever lactulona
4.A avaliação da cognição do paciente idoso é muito importante no contato com o doente
geriátrico, com isso é incorreto dizer:
a.Um Teste de Mini-Mental menor que 25 para pacientes analfabetos é sugestivo para
Demência.
b. O Teste do Relógio avalia habilidades visuoespaciais, sofrendo alteração com a
escolaridade.
c.O Teste de Fluência Verbal se baseia em pedir ao paciente um número máximo de
palavras, como animais, que possa lembrar em 1 minuto.
d.O Teste de Memória com Figuras avalia entre outra coisas a memória tardia e imediata.
e.O Teste de Palavras do Cerad, avalia através de uma lista de palavras a memória verbal
de longo prazo.
5.Paciente de 82 anos, chega ao ambulatório para sua primeira consulta. Suas queixas são
diminuição de memória recente, tristeza, melancolia e quedas frequentes. Diante disso,
quais seriam os testes a serem feitos conforme a suas queixas:
a.Mini-mental, Cartilha de Snellen e Teste Cronometrado de Levantar e Andar.
b.Mini-Mental, Escala de Yesavage e Teste Cronometrado de Levantar e Andar.
c.Escala de Yesavage, Teste do relógio e Fluência verbal.
d.Teste do Relógio, Escala de Yesavage e Cartilha de Snellen
e.Fluência verbal e Teste de Romberg
8. Sra. H.E. 66 anos, chega ao consultório geriátrico com sua filha, que relata que sua mãe
há 9 meses, esquece fatos recentes, como dar recados, esquece onde guarda objetos,
esquece palavras que vai falar e com piora nos últimos 3 meses. Nega desorientação
temporo-espacial.
Nega alterações importantes das atividades de vida diária como ir ao banco ou fazer
trabalhos domésticos. Relata que sua mãe estudou até 8ª série. Usa como medicações:
Usa um AAS infantil, Metformina 850mg/dia, Sinvastatina 20mg/dia. Exame físico normal.
Mini-mental de 25. Relógio: normal. Teste de Fluência Verbal lembrou 14 animais.
Exames laboratoriais todos normais, exceto glicemia de jejum 221 e hb glicada de 8,0.
Ressonância Magnética de Encéfalo: normal.
Assim, podemos afirmar:
a.É uma Demência de Alzheimer, aonde devemos aumentar a dose da Metformina para
melhor controle glicêmico, pois o Diabetes é fator de piora cognitiva.
b.É um quadro de Demência Reversível por medicamentos, devido ao uso da sinvastatina.
c.A queixa de memória relatada é próprio do envelhecimento, aonde deve enfatizar o
controle alimentar e exercícios diários sem mexer na dose da metformina.
Gustavo Moreno T19
10.M.E.R, de 73 anos, é trazido ao consultório com história dificuldade para realizar suas
atividades de vida diária há 4 meses, como se vestir e higiene pessoal. O cuidador refere
que a memória episódica esta diminuída, aonde esquece fatos recentes. Além disso, esta
tendo quadro de melancolia, tristeza e choro sem motivo.
Tem ficado agitado e agressivo por alguns períodos, com quedas frequentes e lentificação
motora nesse período.
Tem como comorbidades: has, dm II em tratamento. Paciente teve AVC há 6 meses
somente com desvio de rima bucal como sequela. Minimental: 16. Teste do Relógio: não
fez. Baseado nesses dados, qual seria provável diagnóstico:
a.Hidrocefalia de Pressão Normal
b.Doença de Alzheimer
c.Depressão Maior
d.Demência Vascular
e.Hematoma subdural
Gustavo Moreno T19
11.Sr. Cláudio, 69 anos, é trazido pela filha que refere há 3 meses, episódios diminuição de
memória recente, alucinações visuais como ratos passando pela sala, quedas frequentes e
no exame físico apresentava um Parkinsonismo com rigidez de membros e bradicinesia,
sem tremores.
Esses alterações motoras aparecerem há 6 meses. Familiar relata que paciente apresenta
flutuações no nível de consciência, dando exemplo; que em alguns dias ele está meio alerta
e atento, e que alguns dias depois está desatento. Podemos pensar em:
a. Demência Frontotemporal
b. Demência de Corpos de Lewy
c. Demência Vascular
d. Doença de Alzheimer
e. Doença de Parkinson
12.Sr. 80 anos, com diagnóstico de Depressão Maior, pela escala de Yesavage, relata que
tem Diabetes Mellitus Tipo II, em uso de Metformina 850mg 2x ao dia, com razoável
controle.
Relata dor em queimação em membros inferiores, mais precisamente em pés de maneira
simétrica. No exame de Eletroneuromiografia mostrou Polineuropatia Diabética. Diante do
caso depressivo e de dor, qual seria o melhor medicamento em questão:
a.Diazepam
b.Fluoxetina
c.Duloxetina
d.Trazodona
e.Sertralina
13.M.P.S, 67 anos, refere quadro de apatia, insônia, fraqueza geral, desânimo, ansiedade
principalmente no período da manhã há 6 meses. Foi diagnosticado Depressão Maior e
iniciado com Mirtazapina 30mg, sendo que após 40 dias, teve melhora parcial dos sintomas.
Aumentado dose da medicação para 45mg e pedido para retornar em 40 dias.
Paciente volta, com melhora da insônia, mas ainda com alguns sintomas depressivos e de
ansiedade. Diante do quadro, poderemos seguir qual conduta:
a.Associar Lítio
b.Eletroconvulsoterapia
c.Associar um ISRS
d.Introduzir um benzodiazepínico
Gustavo Moreno T19
e
17.Qual o grupo de medicamentos que não causa hipotensão ortostática e tonturas no
idoso?
a.Antidepressivos tricíclicos.
b. Antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina.
c. Diuréticos tiazídicos.
d. Bloqueadores dos canais de cálcio derivados da dihidropiridina.
e. Nitratos.
18.Idosa com dor em joelho esquerdo, com crepitação e discreto edema. Fez Rx do joelho
que mostrou Osteoartrite. Paciente refere também instabilidade na articulação com algumas
quedas. Quais as condutas que seriam mais adequadas a essa paciente?
a.Fisioterapia e joelheira
b.Artroplastia total e fisioterapia
c.Hidroxicloroquina, Acido Hialuronico e fisioterapia
d.Ácido hialuronico, joelheira e fisioterapia motora
e.Glicosamina + Condroitina e fisioterapia
22 Quais desses abaixo fazem parte dos critérios que levam ao diagnóstico de fragilidade
no idoso:
a) Emagrecimento de 10kg ou mais nos últimos 12 meses.
b) Quedas frequentes e fadiga referida.
c) Tonturas, quedas e lentificação da marcha.
d) Força de preensão palmar diminuída e diminuição da testosterona.
e) Emagrecimento, exaustão física e lentificação da marcha.
23. A espirometria forçada é o padrão-ouro para o diagnóstico da DPOC, qual o valor que
confirma este diagnóstico?
a) VEF1/CVF menor que 70% 10 minutos após inalação de 400mcg de Salbutamol spray
b) VEF1/CVF menor que 50% 15 minutos após inalação de 400mcg de Salbutamol spray
c) VEF1/CVF menor que 70% 20 minutos após inalação de 200mcg de Salbutamol spray
d) VEF1/CVF menor que 50% 20 minutos após inalação de 200mcg de Salbutamol spray
e) VEF1/CVF menor que 70% 20 minutos após inalação de 400mcg de Salbutamol spray
Gustavo Moreno T19
24.Assinale a incorreta:
a) A vacinação anual para influenza reduz a evolução para infecção grave e a mortalidade
dos pacientes com DPOC em cerca de 50%.
b) A vacinação antipneumocócica é recomendada para pacientes com DPOC maiores que
65 anos, pois diminui a incidência de pneumonia comunitária.
c) A corticoterapia sistêmica deve ser evitada nos pacientes com DPOC estável, em razão
dos efeitos adversos observados e da ausência de benefícios.
d) Algumas indicações para internação hospitalar no DPOC: aumento da dispneia, alteração
do comportamento ou sonolência, problemas socioeconômicos, hipoxemia refratária,
hipercapnia com acidose, incapacidade para dormir, alimentar-se ou deambular.
e) Na classificação da gravidade funcional do DPOC, classificamos o estágio III ou
moderado com VEF1/CVF< 50%, dispneia acentuada, diminuição da capacidade na
realização de exercício, fadiga, exacerbações e diminuição da qualidade de vida
a) A diarreia crônica alta caracteriza-se por grande volume de fezes com poucas
evacuações, dor abdominal, restos alimentares nas fezes, relação com os horários das
refeições e manutenção das fezes na superfície da água.
b) A diarreia crônica baixa caracteriza-se por várias evacuações durante o dia, precedidas
de dor em cólica, volume pequeno, sem restos alimentares e por vezes com muco e ou
sangue vivo.
c) Diarreia crônica mista ou inespecífica caracteriza-se quando não se distingue de alta com
baixa.
d) Idosos mantém regras básicas dos adultos jovens seguindo os principais preceitos: como
a confirmação do diagnóstico do quadro agudo; descartar sinais de alerta (sangramento,
vômitos incoercíveis, emagrecimento e curso prolongado); investigar possíveis locais de
contágio; suporte clínico com início de terapia de reposição
volêmica; firmar diagnóstico precoce de complicações e prevenir recidivas.
e) Diarreia crônica Alta está relacionada com os cólons enquanto a baixa está relacionada
com o intestino delgado.
30. A doença cujos critérios diagnósticos incluem o declínio cognitivo progressivo suficiente
para interferir nas atividades de vida diária, quadro de parkinsonismo espontâneo, flutuação
da cognição e alucinações visuais recorrentes é:
A) delirium
B) parafrenia tardia
C) demência por mal de Parkinson
D) doença de Alzheimer
E) demência dos corpúsculos de Lewy
E
Gustavo Moreno T19
34. Paciente de 67 anos de idade, com escolaridade > 7 anos, apresenta queixa de
esquecimento. A avaliação neuropsicológica mostra prejuízo da memória, funções gnósticas
e linguagem, abaixo do esperado para sua escolaridade. O paciente mantém sua
capacidade funcional intacta para atividades básicas e instrumentais de vida
diária. Este paciente apresenta critérios diagnósticos de:
Gustavo Moreno T19
36 O teste recomendado pelo Ministério da Saúde, a ser aplicado pela Atenção Básica, para
avaliação do desempenho do idoso na realização das atividades básicas de vida diária é:
A) escala de Barthel
B) escala de Katz
C) MiniCog
D) miniexame do estado mental
E) escala de Lawton
39 Em idosos, é fundamental prevenir a iatrogenia, uma vez que, nessa faixa etária, há uma
vulnerabilidade aumentada quanto às reações adversas às drogas e a determinadas
situações. Nessa fase da vida, é comum a
A) iatrofarmacogenia, decorrente de polifarmácia, da interação medicamentosa e do
desconhecimento das alterações farmacocinéticas associadas ao envelhecimento.
B) iatrogenia do silêncio, associada ao desconhecimento de técnicas de comunicação de
más notícias.
C) iatrogenia da palavra, que decorre da dificuldade de ouvir adequadamente o paciente e
sua família.
D) iatrogenia do excesso de intervenções reabilitadoras na qual o déficit de "equipe
interdisciplinar" pode trazer consequências desfavoráveis ao paciente
41 Filha traz mãe de 68 anos para primeira consulta ao geriatra e mostra uma carta que
relata os sintomas da paciente: mudanças no comportamento (desinibição, comportamento
exaltado, risos e comentários sexuais inadequados e cia por doces) com discreta alteração
de memória de início há 6 meses. A paciente diz se sentir bem e não sabe porque a filha
marcou a consulta. O diagnóstico é demência:
A) por corpos de Lewy. C) tipo Alzheimer.
B) vascular D) frontotemporal
42 Filho traz pai de 76 anos para consulta de retorno ao geriatra e relata que o paciente não
melhorou da sintomatologia, mantendo quadro de rigidez muscular e movimentos lentos.
Segundo o filho, o idoso diz que é chamado por uma senhora todo dia, pela manhã, para ir
ao mercado, porém ele, o filho diz não ouvir nada. A tentativa de uso de risperidona 1 mg ao
dia não melhorou o quadro e o paciente passou a cair, motivo pelo qual suspendeu o
medicamento após 2 semanas de uso. O diagnóstico é demência
A) por corpos de Lewy. C) tipo Alzheimer.
B) microangiopática. D) reversível.
C) mirtazapina.
D) sibutramina.
49 Paciente de 80 anos trazido pela filha que queixa queo pai vem apresentando mudanças
gradativas no comportamento e personalidade, como por exemplo, perda do pudor, bate
palmas repetidas vezes ao dia. Além disso, vem apresentando declínio na higiene pessoal e
hipersexualidade. O SPECT mostra hipoperfusão dos lobos frontais e de áreas temporais
anteriores. Diante do diagnóstico mais provável, qual o tratamento medicamentoso mais
indicado?
A) Rivastigmina
B) Donepezil
C) Galantamina
D) Sertralina
E) Memantina
D
Gustavo Moreno T19
54 O manejo da dor crônica com antidepressivos tricíclicos é muito comum. Qual das
condições dolorosas abaixo demonstrou benefício no uso do antidepressivo tricíclico, porém
não comprovado efeito analgésico?
a) Neuralgia pós-herpética.
b) Neuropatia diabética.
c) Cefaleia tensional.
d) Enxaqueca.
e) Dor lombar crônica.
55 A tontura é uma queixa comum entre idosos e tem etiologia multifatorial. Sobre a tontura,
assinale a alternativa correta.
a) A farmacocinética das drogas sistêmicas não interfere no curso das tonturas que têm
causa otológica.
b) A vertigem posicional paroxística benigna é autolimitada, dura três meses e a manobra
de Epley é eficaz para a recuperação.
c) Qualquer tontura do idoso deve ser investigada com TAC e RNM, porque tem
componente central.
d) Os antivertiginosos devem ser usados continuadamente, por serem vasodilatadores
cerebrais e evitarem a esclerose cerebral.
e) Tanto a vertigem central quanto a periférica são acompanhadas de intensos sintomas
neurológicos
Gustavo Moreno T19
C
59 Sobre a avaliação inicial da demência, considere as seguintes afirmativas:
1. A história é de pouca importância, porque o doente não sabe informar.
2. A suspensão do uso de medicamentos deve ser levada em conta.
3. Exames laboratoriais, como hemograma, TSH, creatinina, sódio e potássio são pouco
elucidativos, por serem muito gerais.
4. A tomografia computadorizada é fundamental para investigar processos expansivos.
5. Aplicar testes breves é prático, pois não cansam o doente e por isso não há risco de
falso-negativo.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1, 3 e 5 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3, 4 e 5 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 5 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras
B
Gustavo Moreno T19
63 Um paciente com 74 anos chega ao pronto atendimento com febre, confusão mental,
agitação e taquicardia. O quadro clínico é compatível com:
1. alucinação.
2. demência.
3. delirium.
4. pneumonia aguda.
Estão corretos os itens:
a) 1 e 2 apenas.
b) 2 e 3 apenas.
c) 1, 3 e 4 apenas.
d) 1 e 2 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4
68No estudo da geriatria, são considerados os gigantes da geriatria ou grandes “I”. Essas
situações devem obrigatoriamente ser pesquisadas na abordagem geriátrica. Quais das
situações clínicas correspondem a dois desses grandes “I”?
(A) Imobilidade e incompetência istmo-cervical
(B) Insuficiência cardíaca e iatrogenia
(C) Insuficiência renal e insuficiência cerebral
(D) Incontinência fecal e infarto do miocárdio
(E) Incontinência urinária e instabilidade postural
(E) parafrenia.
81 Mulher branca de 64 anos de idade, viúva, é levada ao geriatra pela sua cuidadora, que
é enfermeira, por estar apresentando déficits na função executiva, na solução de problema,
no desempenho audiovisual e na fluência verbal, porém mantém memória preservada.
Relata flutuações dos déficits, algumas vezes de minutos ou horas, com alucinações visuais
detalhadas e sintomas parkinsonianos. Qual é o provável diagnóstico clínico e qual é a
medicação utilizada nesse quadro que desencadeia piora dos sintomas comportamentais?
(A) Demência por Corpúsculos de Lewy; Neurolépticos.
(B) Demência da doença de Parkinson; Analgésicos.
(C) Doença de Creutzfeld-Jakob; Anticonvulsivantes.
(D) Demência vascular; Inibidores da receptação da serotonina.
(E) Hidrocefalia de pressão normal; Antagonista seletivo das monoaminas cerebrais.
83 Quanto aos critérios diagnósticos do DSM-IV para demência do tipo Alzheimer, analise
as seguintes assertivas:
I. Ter a presença de, ao menos, um dos seguintes transtornos: afasia, apraxia, agnosia e
transtorno de funções executivas.
II. O curso é caracterizado por início gradual e declínio cognitivo flutuante.
III. A fase inicial da demência é a de maior duração.
IV. A Ressonância Magnética Cerebral é o método diagnóstico mais preciso para o
diagnóstico.
Gustavo Moreno T19
87 Paciente idoso, de 68 anos de idade, informa que está com dificuldade para ter o
orgasmo.
Analise as seguintes medicações:
I. Fluoxetina. II. Citalopram. III. Imipramina. IV. Bupropiona. V. Buspirona.
Quais das medicações podem ser a causa da queixa referida?
A) Apenas I e III. B) Apenas II e IV. C) Apenas I, II e III. D) Apenas II, III e V.
E) I, II, III, IV e V.
88 Demência por Corpúsculos de Lewy (DCL), que acomete cerca de 20% dos pacientes
com síndrome demencial, tem o diagnóstico clínico quando ocorre(m)
A) alucinações (especialmente visuais), menor sensibilidade aos antipsicóticos
convencionais, declínio cognitivo progressivo, quedas frequentes, sinais extrapiramidais
espontâneos, períodos de confusão.
B) demência de, pelo menos, 02 (dois) anos com declínio cognitivo progressivo, períodos de
confusão, quedas frequentes, sinais extrapiramidais espontâneos, alucinações
(especialmente visuais), menor sensibilidade aos antipsicóticos convencionais.
C) demência de, pelo menos, 06 (seis) meses de duração com declínio cognitivo flutuante,
períodos de confusão, quedas frequentes, maior sensibilidade aos antipsicóticos
convencionais, sinais extrapiramidais espontâneos, alucinações (especialmente visuais).
D) sinais extrapiramidais espontâneos, menor sensibilidade aos antipsicóticos
convencionais, demência de, pelo menos, 02 (dois) anos com declínio cognitivo
progressivo, quedas frequentes, períodos de confusão.
E) quedas frequentes, demência de, pelo menos, 02 (dois) anos com declínio cognitivo
progressivo, menor sensibilidade aos antipsicóticos convencionais, períodos de confusão,
alucinações (especialmente visuais).
94 O teste do levantar e caminhar cronometrado (Timed Up and Go) identifica idoso com
alto risco para quedas, quando o tempo para execução do teste for superior a:
(A) 10 segundos.
(B) 12 segundos.
(C) 15 segundos.
(D) 18 segundos.
(E) 20 segundos
96 As opções terapêuticas mais efetivas para o tratamento de idoso de 72 anos com quadro
de tremor de ação postural fino e simétrico de mãos, que interfere nas atividades de vida
diária, são:
(A) topiramato e alprazolam.
(B) levodopa e pramipexol.
(C) selegilina e biperideno.
(D) propranolol e primidona.
(E) oxcarbazepina e ácido valproico
98 A meta terapêutica da hemoglobina glicada para idoso diabético com expectativa de vida
menor que cinco anos, segundo novo posicionamento publicado pela Sociedade Brasileira
de Diabetes, em 2014, deve situar-se entre
(A) 6,0% e 7,0%
(B) 6,5% e 7,5%
(C) 7,0% e 8,0%
(D) 7,5% e 8,5%
(E) 8,0% e 9,0%
99 Qual dos anti-inflamatórios abaixo é considerado impróprio para idosos por causar
efeitos adversos sobe o sistema nervoso central?
A) Ibuprofeno B) Nimesulide C) Ácido acetilsalicílico D) Indometacina E) Diclofenaco
100 Qual a arritmia cardíaca mais frequente em pacientes idosos admitidos em serviços de
emergência?
A) Taquicardia sinusal B) Bloqueio átrio-ventricular de primeiro grau
C) Fibrilação atrial D) Bradicardia sinusal
101 Em relação às drogas abaixo, qual é mais indicada nas fases mais avançadas da
Doença de Alzheimer, podendo ser utilizada em associação com inibidores da
acetilcolisterase:
A) Donepezil. B) Rivastigmina. C) Galantamina. D) Selegilina. E) Memantina.
E
103 Qual das opções abaixo representa fator de risco de doença de Alzheimer de início
tardio?
A) Mutação do gene da proteína precursora amiloide.
B) Mutação do gene da presenilina 1.
C) Mutação do gene da presenilina 2.
D) AleloApo E4.
E) AleloApo E2.
104 Paciente de 60 anos chega ao ambulatório de geriatria trazido por sua filha. Ela relata
que há 1 ano notou que o pai apresentava dificuldades para manejar suas finanças e já não
conseguia trabalhar. Havia ainda dificuldade em se comunicar, pois “não achava as
palavras” e notava frequentes parafasias fonêmicas. O comportamento tornou-se, por
vezes, inapropriado e realizava inúmeros gestos e movimentos sem qualquer propósito.
Tornou-se totalmente dependente para atividades básicas de vida diária. Ao exame físico,
notava-se além do déficit cognitivo evidente (MEEM: 0), rigidez paratônica e mioclonias.
Pensando na principal hipótese diagnóstica para o quadro, o exame solicitado e seu
resultado provável, assinale a opção correta.
A) Eletroencefalograma com padrão deprimido difuso, sem paroxismos.
B) RNM de encéfalo com imagem lacunar subinsular bilateral.
C) Líquor com elevação da proteína 14-3-3.
D) Dosagem de anti-Hu elevada no soro.
E) PET scan com hipocaptação parietal.
105 Paciente de 74 anos de idade foi diagnosticado, há 1 ano, com um câncer de pulmão
metastático, cujas possibilidades terapêuticas foram esgotadas há 3 meses. Em consulta
domiciliar apresenta-se restrito ao leito devido à caquexia, com baixa ingesta hídrica, mas
usando fraldas descartáveis e urinando normalmente. Está sem defecar regularmente há
alguns dias. Sua prescrição inclui metoclopramida 10 mg 8/8 horas, codeína + paracetamol
30 + 500 mg 8/8 horas, omeprazol 40 mg pela manhã em jejum e clonazepam 2 mg as 22
horas. Está consciente, e, perguntado sobre como se pode ajudá-lo, responde que a dor
está bem controlada, mas as náuseas persistem, que a barriga está muito inchada por não
defecar e que isso o tem incomodado bastante, especialmente porque tem a sensação de
que há ocupação retal mesmo após defecar. A melhor medida a ser tomada, considerando
o desejo do paciente e seu manejo adequado, é:
(A) suspender a codeína+paracetamol e iniciar metadona
(B) manter a codeína+paracetamol e introduzir o óleo mineral
(C) suspender a codeína+paracetamol e prescrever naltrexona
(D) manter a codeína+paracetamol e realizar toque retal para investigar a presença de
fecaloma
R: D
Gustavo Moreno T19
Aula *:
c
Gustavo Moreno T19