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Gustavo Moreno T19

Aula 01: Senescência:


Geriatria: Gerontologia:
Especialidade que cuida do processo Outros profissionais não médicos + o
de envelhecimento e das patologias geriatra, visando as patologias do
que surgem nesse processo. idoso durante seu processo de
envelhecimento
Idosos:
Brasil – a partir dos 60 anos // Países desenvolvidos – a partir dos 65 anos
Itália – a partir dos 70 anos

Senescência:
-Processo natural do envelhecimento.
-O envelhecimento pode ser definido como um processo intrínseco, inevitável e
irreversível associado à idade, que traz consigo perda da vitalidade orgânica e aumento
da vulnerabilidade
-Exp: branqueamento do cabelo, rugas, marcha mais lenta, memória recente diminuída

Senilidade:
-Alterações patológicas que podem ocorrer no envelhecimento.
-Idoso com alguma patologia durante o processo de envelhecimento / alterações
patológicas que podem ocorrer no envelhecimento.
-DM, HAS, demências
-Não é considerado natural, lembrar que é um processo natural

Envelhecimento:
Progressiva incapacidade de manutenção do equilíbrio homeostático em condições de
sobrecarga funcional.
O idoso vive com o seu limite, qualquer desequilíbrio pode descompensar o paciente

Epidemiologia do envelhecimento:
Expectativa do paranaense é de 77,9 anos
Brasil é de 76 anos
Mulheres vivem 6,8 anos mais que os homens.
Maior expectativa de vida do brasilheiro é em SC → 79 anos
Menor expectativa de vida é no Maranhão → 71 anos
O número de pessoas abaixo de 30 anos de idade caiu 5,4%, entre 2012 e 2021. No
mesmo período, a população brasileira cresceu 7,6%, chegando a 212,7 milhões em
2021

Evolução da pirâmide etária do Brasil:


Diminuição da taxa de natalidade
Aumento da expectativa de vida: avanço da medicina, vacinas, mais atividade física
Percebe-se uma filamento da base das pirâmides e alargamento do topo
Em 2040 as pessoas com mais de 60 anos serão mais de 1/4 da população

Alterações anatômicas:
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1. Composição e forma do corpo:


-Diminuição de água corpórea (os idosos são considerados desidratados crônicos →
quando apresentam diarreia / vômitos, eles desidratam facilmente, podendo levar a
uma falência renal).
-Menor capacidade para sentir sede (45 a 50% de água corporal – idosos; É um
fator preocupante se o paciente apresentar diarréia/vômitos)
(sentem menos sede devido pela alteração no hipotálamo)
-A estatura diminui 1 cm por década a partir dos 40 anos (no caso de osteoporose a
estatura cai mais ainda)
-Aumento do nariz e pavilhões auditivos (aumento da cartilagem)
-Aumento de massa gorda e diminuição da massa magra – músculo (aumento de
quedas e fraturas)
(a partir dos 50 anos perde 1% de massa muscular por ano, essa perda aumento em
casos de internamento ou processos agudos)
-O aumento da gordura afeta no metabolismo de certas drogas como as drogas
lipofílicas (diazepam – ficam mais tempo no organismo, levando a efeitos
colaterais)**
-Aumento do diâmetro antero-posterior do tórax e abdômen (tórax fica semelhante a
um enfisematoso)
-Fígado, rins e músculos mais sofrem perda ponderal (são os que mais sofrem)

2. Pele e fâneros:
-Diminuição da espessura da pele (rompimento da pele com facilidade)
-Diminuição da elasticidade (dificulta a avaliação de desidratação)
-Diminuição da atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas (pele seca,
favorecendo dermatites e prurido)
-Diminuição de pelos (ajuda a ter mais frio)
-Diminuição do número de melanócitos e alças capilares
-Presença de equimoses – vasos frágeis / rompimento capilar
-Queratose solar (mancha na pele → principalmente nas mãos)

3. Sistema ósseo:
-Diminuição da espessura do osso compacto (periferia)
-No osso esponjoso há perda de lâminas ósseas - com mais cavidades entre as
trabéculas (facilitando o aparecimento de osteoporose)
-Diminuição em números e em atividade dos osteócitos
-Cuidar – osteoporose

4. Sistema articular:
-Substituição do tecido fibroso nas suturas do crânio por osso (favorece a fratura →
TCE)
-Cartilagem articular ⇒ diminuição de condrócitos, água e proteoglicanos, com
aumento de colágeno (favorecendo osteoartrite)
-Diminuição da espessura dos discos intervertebrais – cifose
-Obs – osteoartrite
-Cartilagens costais → diminuição dos condrócitos, aumento da deposição de cálcio
e as fibras colágenas se espessam. (dificulta a inspiração e expiração e favorece a
fraturas)
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5. Sistema muscular:
-Diminuição do peso do músculo (diminuição da massa muscular)
-Diminuição de fibras tipo I (contração lenta) e II (contração rápida) → movimentos
lentificados*** (As fibras de contração rápida estão diminuídas!!)

6. Sistema nervoso:
-Perda neuronal de 2 a 3% por década depois de 50 anos (processo de
envelhecimento é uma perda de células, mas não há perca de sua inteligência e
capacidade laborativa)
-Perda de neurônios nos giros pré-centrais, giros temporais e córtex cerebelo
(favorece diminuição da função motora, alterações discretas de memória e perda de
equilíbrio).
Obs – nos giros temporais afeta a memória recente
-Diminuição da liberação de neurotransmissores na fenda sináptica (dopamina,
serotonina e noradrenalina → favorecendo depressão / transtorno de ansiedade)
-Redução dos receptores cutâneos, com menor sensibilidade táctil e de variação de
temperatura (por esse motivos eles se queimam com maior facilidade)
-Diminuição da sensibilidade dos barorreceptores (idosos podem apresentar
hipotensão ortostática e hipertensão do jaleco branco)
-Barreira hematoencefálica fica mais permeável (facilita a entrada de medicamentos
→ efeito colateral)
-Lentidão psicomotora (diminuição discreta da dopamina / mantém o raciocínio
intacto)
-Diminuição do olfato e gustação (cuidar do sal)
-Menor tamanho da pupila
-Diminuição da capacidade de olhar para cima
-Presbiopia (diminuição da acuidade visual / vista cansada com o tempo)
-Hesitação ao nadar, menor balanço dos braços e passos menores
-Diminuição da elevação dos passos ao andar, tentar aumentar a base de apoio
-Diminuição da acuidade auditiva-presbiacusia
-Balanço leve no teste de romberg (por causa da perda neural no córtex cerebelar)
-Diminuição do reflexo do tendão de aquiles (único que sofre alteração) ****

7. Vasos:
-Dilatação da aorta e seu diâmetro interno aumenta (aumento da resistência
vascular periférica → HAS)**
-Deposição de cálcio na elastina da aorta
-Diminuição de fibras elásticas com aumento de colágeno
-Diminuição do diâmetro das artérias carótidas, coronárias e arteríolas renais
(espessamento dessas artérias pela deposição de cálcio)

8. Coração:
-Coração – peso aumenta com a idade, aumento da espessura do VE (hipertrofia) –
aumento da RVP obriga o coração a bombear o sangue com mais força, levando a
hipertrofia e redução de sua complacência
Obs – ecocardio: aumento discreto do VE
-Número de fibras musculares cardíacas se mantém, mas com atrofia **
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-Nodo sinoatrial – deposição de gorduras e colágeno (favorece aparecimento de


arritmias → fibrilação arterial a mais comum)
-Mitral e aórtica – espessamento, calcificação, fibrosa (sopros cardíacos inocente ou
patológicos)
-Redução do número de células específicas para condução nervosa
-Redução da função sistólica do VE ao exercício e ao stress, devido ao aumento da
pós carga.
-A função sistólica em repouso não é comprometida***
-Aumento da pós carga
-Diminuição da complacência do VE
-Função diastólica diminui 50% dos 20 aos 80 anos (diminui por causa do
espessamento do VE)
-Maior participação da contração atrial com a idade (Função diastólica diminui pois o
VE está mais espessado, o átrio esquerdo participa mais da contração para mandar
mais sangue e tentar manter o DC)
Exp: FA → pode levar a um quadro de edema pulmonar

9. Sistema Respiratório:
-Diminuição da elasticidade e expansibilidade torácica (é mais rígida)
-Diminuição do reflexo da tosse, menor resposta a B2 agonista / normalmente não
expectora o muco
-Redução da atividade mucociliar e da imunidade humoral e celular (por isso que
tem mais quadros de pneumonia)
-Diminuição da superfície de troca gasosa (pacientes com DPOC piora mais ainda)
-Menor resposta ventilatória as variações das pressões de pO2 e pCO2
(apatia/sonolência)
-Alterações da ventilação/perfusão
-Diminuição da PaO2 (discreta → torno de 95 - 96%)

10. Sistema digestivo:


-Diminuição da motilidade esofágica (refluxo gastroesofágico)
-Retardo no esvaziamento gástrico (prejudica a absorção de medicamentos /
sensação de estômago cheio / tricíclicos e bloqueadores de canal de cálcio podem
piorar essa sensação )
-Diminuição das células produtoras de gastrina, diminuição das células parietais
(menor produção de suco gástrico, aumento do Ph gástrico → prejudicando
absorção de medicamentos como AAS, sulfato ferroso, cálcio e tetraciclina,
alimentos e favorece proliferação de bactérias anaeróbicas)*****
Obs – inibidor de bomba pode piorar o caso
-Aumento do Ph gástrico
-Diminuição da lactase em jejuno (intolerância ao leite e derivados)
-Redução na absorção de vitamina D e cálcio (favorece osteoporose)
-Diminuição da secreção de insulina e menor reposta dos tecidos a insulina (glicemia
vai aumentando com a idade)**
-Tortuosidade das arteríolas e vênulas da submucosa intestinal (favorece isquemia
intestinal
-Diminuição de neurônios no plexo mioentérico e no plexo esofagiano
-Diminuição da pressão do esfíncter anal (favorece a incontinencia fecal)
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-Redução de hepatócitos e do fluxo sanguíneo hepático


-Redução de hepatócitos e do peso hepático
(dificuldade de metabolizar drogas)

11. Sistema urinário:


-Diminuição do tamanho
-Diminuição de glomérulos e aumento de tecido fibroso
-Diminuição da taxa de filtração glomerular (não dar AINE para os idosos, pois,
podem prejudicar os rins)
Obs – nefrotóxicos: AINE e Aminoglicosídeos
-Diminuição do fluxo sanguíneo renal em 10% por década a partir dos 50 anos
-Menor produção de renina e angiotensina II em idosos, redução de aldosterona
(hiponatremia e hiperpotassemia)
-Diminuição na absorção de sódio
-Em 75% dos casos a próstata aumenta de volume

12. Sistema reprodutor:


-Vagina diminui de comprimento e largura, menos úmida, atrófica (favorece
corrimentos)
-Maior incidência de cistos ovarianos e renais
-Perda de elasticidade do útero (favorece prolapso uterino)
-Ligamentos uterinos, vesicais e do reto ficam fracos
-Fraqueza dos ligamentos das mamas, aumento de tecido fibroso
-Diminuição de pelos púbicos e tecido adiposo
-Número de espermatozoides cai pela metade
-Diminuição de testosterona
-Diminuição do libido, aumento do tempo para ereção do pênis, incompleta; Retardo
ejaculatório, tempo de latência mais demorado.

13. Sistema endócrino


-Aumento da incidência de adenomas em hipófise, de nódulos em tireóide e
supra-renais (tumores benignos podem levar a alterações nas suprarrenais como o
adenoma de suprarrenal)
-Diminuição do GH
-Uma maior resposta do hormônio antidiurético a estímulos
-Diminuição do estrogênio

14. Outras alterações:


-Diminuição do metabolismo de drogas pelo fígado
-Sono com despertar precoce (sono fragmentado)
-Diminuição da hg, ht, número de hemácias
-Fatores V, VII, VIII, IX e D-dímeros aumentam com a idade
-Menor capacidade de resposta febril, por alteração imunológica***
-Diminuição da memória episódica
-Diminuição de albumina
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Aula 02: Uso seguro de medicamentos em idosos:


7 problemas mais comuns na geriatria:
1. Incapacidade cognitiva 5. Incapacidade comunicativa
2. Instabilidade postural 6. Insuficiencia familiar
3. Imobilidade 7. Iatrogenia**
4. Incontinencia esfinteriana

Iatrogenia:
-Farmacológica
-Internação hospitalar desnecessária
-Palavra – quando o médico não consegue se comunicar de maneira correta
-Silêncio – quando o médico não explica o tratamento, riscos e efeitos colaterais
-Subdiagnóstico
-Cascata propedêutica
-Distanásia – acelerar a morte do paciente com medicações inadequadas
-Prescrições de intervenções fúteis
-Excesso de intervenções reabilitadoras – atendimento multiprofissional ao mesmo tempo
sem ter necessidade disso

-Mais consomem remédios


-Consomem 32% de todos os remédios comprados nos EUA
-Idosos hospitalizados recebem 10 drogas diferentes
-No EUA são responsáveis por 10 a 30% das admissões hospitalares
-É a 5º causa de morte em idosos nos EUA
-Polifarmácia > 5 medicamentos por dia (classes diferentes)***

Consequências da polifarmácia:
-Aumento do custo financeiro para o paciente e para o sistema de saúde
-Aumento da taxa de eventos adversos
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-Uso de medicamentos inapropriados ao idoso (diazepam – não se usa em idosos, nem


na emergencia).
-Não aderência ao tratamento (ideal ⇒ simplificar o tratamento)
-Aumento ou início de uma incontinência urinária (principalmente diuréticos, pacientes
com edema MMII, incontinência urinária)
-Interação droga-droga, droga-doença com piora do paciente (exp. usar plasil e
haloperidol → diminuição de dopamina → pode causar parkinsonismo // plasil e
cinarizina em pacientes com parkinson → piora o quadro // beta bloqueadores +
asmáticos → beta bloqueador pode piorar a asma).
-Diminuição da capacidade funcional (diazepam - meia vida longa, deposição no
organizam e efeitos colaterais)
-Hospitalização e institucionalização (pode ser por causa do uso exagerado de
medicamentos – instituição de longa permanência)
(amitriptilina → leva a um quadro de confusão mental e agitação, cuidar para não
confundir com demência // laxantes → desidratação)

Problemas mais comuns:


Efeitos mais comuns de interações medicamentosas
1. Confusão mental
2. IRA (insuficiência renal aguda) (principalmente devido ao AINEs)
3. Distúrbios cognitivo (normalmente por benzodiazepínicos e tricíclicos)
4. Hipotensão arterial

Farmacocinética:
Absorção:
-Diminuição da secreção ácida do estômago - hipocloridria ou acloridria (salicilatos,
ferro, cálcio e vitamina B12)
*Devido a isso, é melhor dar o ferro parenteral e quando for tomar essas medicações,
o ideal é tomar com suco de laranja/limão para aumentar a acidez estomacal
-Uso de medicamentos como ranitidina, omeprazol, pantoprazol, metformin diminuem a
absorção de vitamina B12
-Fenitoína, metotrexato, primidona, carbamazepina e fenobarbital diminuem a absorção
de ácido fólico
*Repor o ácido fólico junto com a medicação.
-Esvaziamento gástrico lento pode prejudicar ação de certas drogas → levodopa (dica –
usar longe das refeições)
-Medicamentos que interferem no esvaziamento gástrico, como os anticolinérgicos,
tricíclicos
-O ferro via oral pode ter sua absorção prejudicada quando associado com levodopa,
quinolonas, levotiroxina
-Interação medicamentosa ruins que prejudicam absorção → exp. antiácidos com a
digoxina, anticolinérgicos e levodopa. ferro e omeprazol.

Distribuição:
-Processo de transferência da droga da corrente sanguínea para os tecidos
-Aumento de massa gorda e diminuição de massa magra com envelhecimento
-Maior chance de intoxicação por drogas lipofílicas ⇒ como a digoxina, clonazepam,
bromazepam, e diazepam
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-Atenção ⇒ evitar benzodiazepínicos!!!


Quedas, confusão mental, alucinação

-Diminuição da síntese de albumina e aumento do metabolismo ou ambos: queda de 15


a 20%
- Warfarina, fenitoína, furosemida, salicilatos, digoxina, levotiroxina, sulfonilureias ⇒
toxemia pela hipoalbuminemia
-Obs – com isso maior efeito colaterais dos medicamentos → toxemia!! (pois os
medicamentos vão ficar livres, pois não há albumina suficiente para a ligação)
-O envelhecimento cursa com diminuição de água corporal com aumento da
concentração sérica de drogas hidrossolúveis
Paracetamol, digoxina, lítio e o álcool.

Metabolismo:
-Fluxo sanguíneo hepático diminuído pela metade, com redução da capacidade de
metabolização.
-Redução da atividade microssomal hepática (oxidação hepática) – diazepam,
quinidina, teofilina, fenitoína, imipramina, propranolol. alprazolam, warfarina, tricíclicos
-Processo de conjugação não são afetadas pelo envelhecimento → lorazepam e
isoniazida (para tuberculose)

Excreção:
-Diminuição da função glomerular e tubular
-Filtração glomerular diminui 30 a 50%
-A uréia não correlaciona com um bom medidor de função renal
-Obs: (Aumento de ureia → problemas hepáticos, hemorragia digestiva, aumento da
ingestão proteica)
-Elevação da uréia – restrição hídrica, hepatopatias, dieta rica em proteína,
sangramento gastrointestinais
-Creatinina → falsos valores negativos
-Clearance creatinina – valor mais correta para avaliar a função renal no idoso
CKD-EPI
-Cuidado nos idosos com medicações como AINH, metformina, digoxina, sulfonilureias
e aminoglicosídeos (nefrotóxicos - gentamicina)
-Obs (paciente pode ter uma maior chance de hipoglicemia, pois a excreção da
metformina é renal)
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Farmacodinâmica:
-Envolve o tipo, a intensidade e a duração do efeito da droga no tecido alvo
-A redução da reserva fisiológica torna os sistemas do organismo mais sensíveis aos
efeitos das drogas
-Obs – Cuidar com os opióides → iniciar com dose pequenas, cuidar com os efeitos
colaterais
-Maior predisposição a hiponatremia e hipercalemia
-Secreção inapropriada a hormônios antidiurético são associadas com morfina, bzd, AINh
e Hct
-Obs: (Nunca começar medicamentos com dose cheia em idosos)
-O miocárdio pode ser mais sensível a alterações metabólicas como quadros leves de
hipopotassemia, hipomagnesemia, hipercalcemia e hipóxia
-O cérebro envelhecido é mais sensível aos medicamentos sedativos e anticolinérgicos
que pioram a cognição.
-A perda de neurônios dopaminérgicos, facilita a sensibilidade a medicamentos que
causam parkinsonismo → cinarizina, metoclopramida e neurolépticos**
Hipotensão ortostática pode ser causada pela desidratação e uso de medicamentos
anti-hipertensivo como metildopa, nifedipina, nitratos, tricíclicos, levodopa e doxazosina.
Obs – Diazepam, cinarizina, flunarizina → uso por mais de 30 dias tem aumento do risco
de parkinsonismo, anti-inflamatórios e vitaminas (tem mais efeito placebo do que efeito
verdadeiro), ideal não dar para os idosos.
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Fatores de risco associados às reações adversas:


-6 ou mais condições crônicas simultâneas
-Número de medicamentos prescritos
-Reação adversa prévia
-Baixo peso corporal
-Idade maior ou igual a 85 anos
-Cle creatinina < 50 ml/min

-Diagnóstico correto
-Prescrever menor quantidade de remédios possíveis
-Começar com menor dose possível, começando com 1/4, 1/2 e seguir aumentando
devagar
-Suspender medicações desnecessárias – desprescrever
-Instruir os familiares e cuidadores sobre os remédios usados corretamente
-Conferir com o idosos todos os remédios que vem tomando
-Escrever qual é a utilidade daquele remédio que ele está usando
-Obs – (Não associar Gingo com o AAS → aumenta a chance de sangramento)

Diretrizes para terapêutica farmacológica


-Evitar dar vitaminas sem sua deficiência
-Informar os possíveis efeitos colaterais dos remédios
-Substituir a droga por outra mais segura
-Evitar tratar um efeito colateral com outra droga
-Facilitar a posologia
-Facilitar a adesão ao tratamento → menor número de doses diárias, associar os
medicamentos aos rituais do cotidiano, uso de recipientes, monitorar a adesão.

Critérios de Beers:***
-Medicações que são contraindicados em idosos (tabela)
–Dexclorfeniramina
–Dimenidrato (dramin), pelo risco de quedas
–Antipsicóticos de 1ª geração – clorpromazina, haloperidol → causam mais
parkinsonismo e risco de AVC
–Benzodiazepínicos
–Neurolépticos para dormir, seu uso prolongado causa hipotensão ortostática
–Tricíclicos
–Diuréticos
–Bloqueadores do canal de Ca+ → hipotensão / edema de MMII
–Glibenclamida → risco de falência pancreática se usada a longo prazo (força o
pâncreas)
–Óleo mineral → risco de broncoaspiração e desenvolvimento de pneumonia lipofílica,
diminui a absorção de vitaminas.
–Relaxantes musculares (ciclobenzaprina) → quedas
–Anti inflamatório
–Colchicina
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Aula 03: Avaliação geriátrica ampla (semiologia do idoso):


Atua nos 7 grandes Is da geriatria:
1. Incontinência 5. Instabilidade
2. Insuficiência familiar 6. Incapacidade cognitiva
3. Iatrogenia* 7. Incapacidade de comunicação
4. Imobilidade

Avaliação geriatrica ampla:


-Dra Marjory Warren, década 30
-Avaliação multidimensional, interdisciplinar, para identificar as fragilidades do idoso,
detectando suas deficiências e incapacidades, e com isso objetivando os cuidados a
longo prazo.

Objetivos:
-Complementa o exame clínico tradicional e melhora a precisão diagnóstica
-Determina o grau e a extensão da incapacidade (motora, mental e psíquica)
-Identifica risco de declínio funcional
-Permite uma avaliação de riscos e possibilidades no estado nutricional
-Serve de guia para a escolha de medidas que visam restaurar e preservar a saúde
(farmacoterapia, fisioterapia, terapia ocupacional, psicoterapia)
-Identifica fatores que predispõem a iatrogenia e permite estabelecer medidas para sua
prevenção
-Estabelece parâmetros para o acompanhamento do paciente
-Serve de orientação para mudanças e adaptações no ambiente em que o paciente vive
-Estabelece critérios para internação hospitalar ou em instituição de longa permanência

Os pacientes que mais se beneficiam:


-Idosos com mais de 80 anos
-Com comorbidades crônicas
-Transtornos psiquiátricos
-Fragilidade e quedas
-Com elevada utilização dos serviços de saúde
-Demências
-Perda de independência.

Pode ser realizada no consultório, ambulatório, centro de referência, unidade de urgência,


hospital, centros-dia, domicílio, instituições de longa permanência.

Benefícios:.
-Melhora da precisão diagnóstica
-Melhora da performance funcional
-Melhora do afeto e cognição
-Redução das admissões hospitalares e em ILP
-Redução do número de medicamento
-Melhora cognitiva
-Diminuição da mortalidade
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Avaliação clínica:
1. Anamnese:
-Falar bem devagar
-Deixar o idoso se expresse com liberdade, principalmente no início, porém deve ser
conduzida na maioria das vezes pelo médico
-ISDA deve ser completo
-Sempre com acompanhante para confrontar as informações
-A queixa principal é somente a ponta do iceberg
-Medicamentos usados, em uso ou não, posologia, dosagem e comorbidades.
-Hábitos dietéticos, história de alcoolismo, tabagismo e intoxicações
-Doenças sistêmicas e neurológicas prévias, cirurgias anteriores, estado imunização
(Covid, gripe, HZ, pneumonia, tétano, febre amarela, tuberculose) e alergias
-Personalidade prévia, capacidade funcional, nível educacional, atividade física,
passatempos, históricos ocupacional (no que? tempo?) e social
-Investigar síndromes geriátricas mais comuns
-História familiar positiva para demências, depressão, neoplasia e presença dos fatores
de risco para doença cardiovascular

2. Exame físico:
-Ectoscopia → exp fácie
-Peso
-Aferição da pressão arterial → medir deitado, em pé e nos dois membros**
-Cavidade oral → lesões, candidíase, dentaduras, estado geral dos dentes

Avaliação clínica:
-Mais da metade dos idosos apresenta sopro sistólico aórtico, que se irradia para o foco
mitral (por causa da calcificação das válvulas)
-A 4º bulha pode não ser patológica*** (complacência do ventrículo esquerdo muda com
o envelhecimento)
-Os achados pulmonares positivos tem o mesmo significado que no adulto
-Toque retal no caso de fecalomas
-Ver os pés, circulação periférica
-Exames neurológicos (marcha)
-Avaliação da marcha, equilíbrio e mobilidade
-Sinais extrapiramidais, déficits neurológicos focais, mioclonias e reflexos primitivos

Visão:
-Déficit visual é fator de risco para confusão mental e para
quedas
-Presbiopia, catarata bilateral, a degeneração e o glaucoma
→ patologias mais comuns
-Obs – A mais comum degeneração ocular
-Utiliza-se a prova de Jaeger, com o paciente a 35 cm da
cartilha de Snellen. Tapa-se um olho de cada vez e solicita-se
ao idoso que proceda a leitura das letras.
Cartilha de snellen ⇒
Audição:
-Frequente a hipoacusia em idosos
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-O cerume é uma das causas mais comuns de hipoacusia**


-Presbiacusia está presente em 50% das pessoas com idade acima de 75 anos
-Encaminhar ao especialista para necessidade de prótese auditiva

Mobilidade, equilíbrio e marcha:


-Teste cronometrado de levantar e andar (timed get up and go) – solicita ao paciente
que se levante da cadeira sem apoiar os braços, deambule 3 metros, retornando ao
assento
*Assim o paciente demorar > 20 segundos → indício de comprometimento de
mobilidade.***
-Teste de equilíbrio e marcha – criado por Mary Tinetti em 1986, que avalia as
condições vestibulares e da marcha do paciente
-Escala de tinetti
*19 a 24 = risco de queda
*<19 alto risco de queda
-Teste de Romberg
-Suporte Unipodal → pede para o paciente
fazer um 4 com as pernas em pé e avalia o
seu equilíbrio

Nutrição e sarcopenia:
Nutrição:
-Mini avaliação nutricional - MAN
*estado nutricional, risco de desnutrição
-Uma medida de circunferência de
panturrilha:
*menor 31 cm é indicativo de risco de
sarcopenia e nutricional***
-Exames indicativos de desnutrição:
Albumina < 3,5 mg/dl
Transferrina < 200
Linfócitos < 1800 / mm3
Colesterol total < 130
-SARC-F + Circunferência da panturrilha
-Teste de levantar da cadeira: Se demorar mais de 15 segundos ⇒ tem pouca
massa muscular/pouca força muscular
-Teste cronometrado de levantar e andar ⇒ indicativo de sarcopenia
-Índice de SOF ⇒ fragilidade do idoso

Fragilidade - Study of Osteoporotic Fractures: (Índice de SOF)**


Critério Como avaliar

Perda de peso Perda ponderal > 5% no último ano, intencional ou não


Pontua-se perda presente

Teste de levantar e sentar Realizado em cadeira sem braço


Levantar e sentar da cadeira cinco vezes consecutivas
sem auxílio dos braços
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Pontua se não conseguir realizar a tarefa completamente

Exaustão Perguntar: “O(A) senhor(a) se sente cheio de energia?”


Pontua se a resposta for negativa

0 – Robusto (1)Pré-frágil (2-3) Frágil

Avaliação do humor:
-Ferramenta mais usada para avaliar depressão é a escala de depressão geriatrica de
Yesavage.
* > 5 ⇒ Suspeita de quadro depressivo

Avaliação da cognição:
-MEEM (mini mental)*** – sensibilidade de 80% e especificidade de 82%.
*Escolaridade e cultura são outros fatores limitantes.
*Escores menores que 18 (analfabeto), menores que 24 (1 a 4 anos), menores de 26
(8 anos ou mais anos de estudo) ⇐ são sugestivos de demência!!
*Avaliação insuficiente na memória episódica, funções executivas
*Baixa acurácia para casos leves
*Tarefas constrangedoras para indivíduos com baixa escolaridade
*Perda dos direito autorais
-Moca teste – Montreal cognitive assessment (versão brasileira)
-Teste do relógio – avalia habilidades visuo-espaciais e construcionais. Tem
especificidade de 96% e sensibilidade de 78%***
-10-CS – Point cognitive secreemer
*Mais usado no consultório
*Rápido, avaliação da orientação, aprendizado, fluência verbal e evocação
*Não tem influencia da escolaridade

Teste do relógio:
*Memória semântica
*Função executiva
*Linguagem
*Praxia
*Função visuo-espacial

Avaliação da cognição:
-Teste de fluência verbal****: pede que o paciente fale uma lista de itens como animais,
frutas, vegetais, lista de supermercado ou fonêmica (palavras iniciadas por determinada
letra) num tempo de 1 minuto. (quanto mais palavras lembrar, melhor!!)
*Menos que 8 anos escolaridade = 9 ou mais
*Mais que 8 anos escolaridade = 13 ou mais
-CDR – clinica dementia rating → para saber e classificar a demência em leve,
moderada ou grave
-Teste de lista de palavras do CERAD (memória verbal de longo prazo) - lista de
palavras apresentadas uma a uma, para repetição imediata e evocação tardia
*Normal que o escore se eleve ao longo do teste
Gustavo Moreno T19

*Se de 10 palavras, o paciente lembrar 3, o examinador vai repetir e pedir para o


paciente repetir
*Se lembrar 5, o examinador repete
*Lembrou 8, já é normal
*Anormal ⇒ mesmo com o examinador repetindo o paciente não lembrar ou falar
menos palavras do que a anterior.
-Teste de memória com figuras (brief cognitive screening battery) – com 10 figuras para
avaliação da percepção visual, nomeação memórias incidental, imediata e tardia.

Avaliação funcional:
-Atividade de Vida diária (AVD)** – índice de Katz avalia o desempenho do indivíduo na
execução de tarefas pessoais diárias, como banhar-se, vestir-se, cuidar da higiene
pessoal, transferir-se do leito para um cadeira manter continência e alimentar-se.
* 1 ponto para cada resposta ‘’sim’’
* 6 pontos = independência
* 4 pontos = dependência parcial
* 2 pontos = dependência grave
-Atividades instrumentais de vida diária (AIVD) – verifica a autonomia do indivíduo, ou
seja, sua capacidade para controlar, assumir e tomar decisões no dia-a-dia, como por
exemplo, capacidade de morar sozinho.
*1 ponto para cada resposta ‘’não consegue’’
* 2 pontos para cada resposta ‘’com ajuda parcial’’
* 3 pontos para cada resposta ‘’sim’’
* 9 pontos = totalmente dependente
* 10 a 15 pontos = dependência grave
* 16 a 20 pontos = dependência moderada
* 21 a 25 pontos = dependência leve
* 26 a 27 pontos = independência

*Pontuação – 1 ponto para cada resposta sim


*Classificação: 6 pontos → independência // 4 pontos → dependência parcial //
2 pontos → dependência grave

Avaliação geriátrica ampla:


Avaliação social e ambiental:
Perguntas a serem feitas:
-O idoso sente-se satisfeito e pode contar com familiares para ajudá-lo a resolver
problemas?
Gustavo Moreno T19

-O idoso participa da vida familiar e oferece seu apoio quando os outros membros têm
problemas?
-Há conflitos entre gerações?
-As opiniões do idoso são acatadas e respeitadas?
-O idoso respeita e aceita as opiniões dos demais membros da família?
-O idoso participa da vida comunitária e da sociedade em que vive?
-O idoso tem amigos e pode contar com eles nos momentos difíceis?
-O idoso apóia os seus amigos quando eles têm problemas?

Apgar familiar:
Serve para ver se tem disfunção familiar

Avaliação geriátrica compacta (AGC-10):


-Usada no consultório por ser mais rápido
-Somar valor total e dividir por 10 (ou número de itens avaliados)
*0 a 0,29 = baixo risco
*0,3 a 0,39 = risco médio
*0,4 a 1 = alto risco
*Risco de mortalidade, hospitalização e perda funcional
Gustavo Moreno T19

Aula 04: Comprometimento Cognitivo Leve*:


“Patologia nova”
-Lacuna entre o envelhecimento normal e a demência
-O indivíduo não é normal, mas nao preenche os critérios para a demência
-Ocorre em 10 a 20% dos indivíduos com mais de 65 anos
-A progressão para demência em indivíduos com CCL foi 9,6%m 14 vezes maior do que foi
encontrada na população normal
-Alguns indivíduos ficam estáveis e 14% deles podem reverter ao normal
Obs – mas podem evoluir para uma doença demencial, mas normalmente ficam estáveis
Obs –“pode ser considerada uma evolução para a demência”
-Estudo com 874 idosos com CCL, com um seguimento médio de 7,9 anos, 47%
desenvolveram demência e 39% mantiveram o diagnóstico.
-Atividades de vida diária preservadas, função instrumentais complexas intactas ou
discretamente alteradas

O que se altera com o envelhecimento normal?


-Dificuldade em tarefas simultâneas (2 coisas ao mesmo tempo)
-Dificuldade na memória para nome de pessoas e objetos
-Dificuldade no gerenciamento de financia (discreto)
-Maior dificuldade na memória recente do que na remota
-Mais lento entre decidir várias opções de resposta, maior dificuldade em desenhos e
construção de cubos.
-A partir de 80 anos fazem mais erros de nomeação de palavras
-Redução na pontuação no teste de fluência verbal com a idade
-Vocabulário mantido, com dificuldade no processo de recordação
-Usam discursos com sentenças menos complexas

Critério de diagnóstico de comprometimento cognitivo leve:


1. Queixa de déficit de memória, preferencialmente vista pro familiares que convivem
com o paciente
2. Características de diminuição de memória ou outro domínio cognitivo avaliado por
teste cognitivos, abaixo do esperado para sua idade e nível educacional
3. Habilidade preservada para realização das atividades de vida diária ou
comprometimento mínimo da habilidade instrumental de vida diária
(Obs - sinal provável de demência)
4. Funcionamento cognitivo global preservado (“toca a vida normal”)
5. Ausência de demência

Demência:
1. Interfere nas atividades do trabalho e habituais (dia - dia do paciente)
2. Declínio em relação a níveis prévios de funcionamento
3. Não se explica por delirium, nem doença psiquiátrica (tratar primeiramente a doença
psiquiátrica, caso não melhora pode-se pensar em demência)
4. Detectado por anamnese pelo paciente ou pelo informante (memória - executiva;
habilidades visuoespaciais - era para ir para o quarto vai para outro cômodo;
mudança de comportamento)
Gustavo Moreno T19

Fluxograma:
Comprometimento da memória ⇒
Sim → CCL amnéstico ⇒ único domínio alterado //
múltiplos domínios alterados
Não → CCL não amnéstico ⇒ único domínio
alterado // múltiplos domínios alterados
Obs – Comprometimento da memória → sim →
grande chance de levar a Alzheimer.

CCL amnésico → grande parte precursor da DA (doença de alzheimer)**


CCL amnésticos com múltiplos domínios → pode evoluir para DA ou DV
CCL não amnéstico com um único domínio pode evoluir para demência frontotemporal
demência por corpo de lewy
CCL não amnéstico com múltiplos domínios pode evoluir demência frontotemporal
demência por corpos de lewy

Fatores de risco para evolução de demência:


1. Idade
2. Gravidade dos déficit cognitivos
3. Subtipo de CCL - o CCL amnéstico de múltiplos domínios é o que está mais
associado a conversão para demência
4. Comprometimento em atividades instrumentais de vida diária (finanças, telefone,
cozinhar entre outros)
5. Sintomas neuropsiquiátricos – depressão, apatia, distúrbios do sono
Obs – CCL não tem alteração neuropsiquiátrica
6. Presença de biomarcadores → diminuição de abeta-42 e aumento de T-Tau e P-Tau
no líquor*

História clínica:
1. Verificar se o paciente usa medicamento, se tem sintomas psiquiátricos ou
alterações neurológicas
2. Os medicamentos mais implicados na função cognitiva são – opióides, tricíclicos,
antipsicóticos, bzd, indutores do sono não bzd, anti-histamínicos, relaxantes
musculares, antiepilépticos. (ideal retirar os medicamentos para confirmar)
3. avaliar a audição e a visão, bem como distúrbio do sono
4. Investigar sintomas depressivos, trauma craniano (hematoma subdural), alterações
psicóticas e comportamentais, alucinações e possiveis convulsão;

Testes cognitivos:
Obs – Mais adequado → MOCA Test
-O teste cognitivo com melhor acurácia no CCL foi MoCA teste (lembrar em fazer com
pacientes com boa escolaridade)
-O MEEM tem uma sensibilidade baixa no diagnóstico de CCL, acontecendo também
com o teste de fluência verbal e teste do relógio.
-Ou 10-CS (6-7 → provável CCL)
-Teste neuropsicológica
Gustavo Moreno T19

Exames laboratoriais:
-Glicemia de jejum, TSH, T4L, hemograma, cálcio, uréia, creatinina, função hepática,
B12, Ácido fólico, HIV, sorologia para sífilis
-Coleta do líquor para avaliação de proteína beta amilóide e proteína TAU;
-Dosagem de proteína beta-amilóide e proteína tau no liquor
-Níveis baixos de proteína beta amilóide e elevados de proteína Tau – maior risco para
DA.

Exames de imagem:
-RNM de encéfalo – medidas do volume dos hipocampos
-RNM com composto B de Pittsburgh – calcula o volume de proteína beta-amiloide
depositada no cérebro
-Obs – no DA essa proteína vai estar mais elevada
-Obs – exame de alto custo → média 5.000

Tratar ou não tratar?


-Obs – a princípio não existe tratamento
-Medidas não farmacológicas → ideal
-Atividade física → atividade aeróbica (pilates)
-Exercícios cognitivos (aprendizagem de instrumento musical)
-Controle dos fatores de risco
-Dieta
-Medida farmacológica → quando há presença da proteína beta-amiloide, caso contrario
apenas o tratamento não farmacológico

-Estudos com donepezil x placebo → por 48 meses, 2037 idosos, houve pequena
melhora cognitiva medido pela escala ADAS-COG
-Efeitos adversos – maiores no CCL
-O tratamento não reduz a incidência de demência a longo prazo
Incluir medidas de prevenção não farmacológicas ao tratamento.
Gustavo Moreno T19

Aula 05: Delirium No Idoso:


“Comum nas enfermarias e UTI”
Descrito por Hipócrates há 2500 anos
Engel e Romano,1959
Definição
Confusão mental aguda ou insuficiência cerebral aguda, com déficit cognitivo transitório
de início agudo, caracterizado por desorientação, distúrbio de atenção, julgamento,
percepção e alterações de comportamento e do ciclo sono-vigília.

Epidemiologia:
Menos da metade não é diagnosticada
15-20% dos idosos internados.
Pós operatório 3 a 50%
Cirurgia de quadril – 60% dos casos
Obs – normalmente ocorre em cirurgia de quadril → prótese

Fatores predisponentes:
Obs – Normalmente no pós operatório (antibiótico, anestésico, internamento entre outros
motivos)
1. Idade avançada
Diminuição da cognição preexistente
Deterioração dos órgãos dos sentidos
Baixa escolaridade

2. Drogas:
Senescência com modificações farmacológicas e farmacodinâmicas.

3. Fatores ambientais
Estresse por ambiente desconhecido (ou estresse / briga familiares)
Mudança constante de cuidadores (cada mês em uma casa de algum filho por
exemplo)
Procedimento invasivos mal explicados (por exemplo sonda vesical sem explicar o
procedimento)

4. Outros:
Baixa oxigenação cerebral
Baixo aporte de glicose ao cérebro
Aumento da demanda metabólica
Lesão cerebral prévia

Causas:
Cirurgias → ortopédicas, cardíacas e oftalmológicas
Medicamentos (causa que mais leva essa patologia em idosos)
–Drogas com atividade anticolinérgica central (antidepressivos tricíclicos, neurolépticos,
antihistamínicos, antiespasmódicos, colírios midriáticos)
Gustavo Moreno T19

–Drogas cardiovasculares (Digitálicos, antiarrítmicos, anti-hipertensivos - reserpina,


alfametildopa, clonidina, propranolol, hidralazina, diuréticos e bloqueadores de canal de
cálcio)
–Drogas de ação no TGI (bloqueadores de receptores H2, metoclopramida)
–Drogas psiquiátricas (antidepressivos em geral, hipnóticos/sedativos, litio,
neurolépticos, síndrome de abstinência medicamentosa - como barbitúricos,
benzodiazepinicos)
–Analgesico narcoticos (morfina e dextropropoxifeno)
–Hipoglicemiantes (insulina e sulfoniluréias)
–Antibióticos (penicilina, ciprofloxacino, cefalosporinas, gentamicina)
–Anticonvulsivantes
–AINES e corticoides

Patologias:
-Cardiopulmonares → ICC, intoxicação digitálica, pneumonia, IAM, embolia pulmonar,
DPOC.
-Neurológicas → AVC, AIT, Epilepsias, demência, hematoma subdural crônico
-Gastrointestinais → fecaloma
-Geniturinárias → insuficiência renal, retenção urinária, infecção urinária
-Oftalmológicas → catarata, glaucoma, charles bonnet (paciente tem dificuldade visual –
assim devido a isso o paciente acha que tem alucinação visual)
-Reumatológicas – vasculites
-Infecções – todas
-Metabólicas → distúrbios hidroeletrolíticos, desnutrição e deficiência vitamínicas graves,
desidratação, hiper ou hipoglicemia, hipo ou hipertireoidismo, distúrbios da paratireoide
-Doenças psiquiátricas – depressão, ansiedade
-Gerais – neoplasias extracranianas, hospitalização

Quadro clínico:
-Início súbito
-Flutuação dos sintomas cognitivo → Normalmente o paciente piora no período noturno
-Prejuízo da atenção
-Distúrbios da consciência
-Distúrbios da percepção – alucinações, ilusões e as ideias delirantes tipo perseguição.
-Prejuízo da memória – mais recente
-Alterações do ciclo sono-vigília.
-Distúrbios emocionais → apatia, irritabilidade, terror, apreensão, euforia, depressão,
desinibição sexual
-Duração → curta, em torno de 1 semana, podendo chegar a 6 meses (neoplasias
graves, hepatopatias crônicas)
-Características pessoais → repetição do quadro de delirium (risco para um processo
demencial)

Tipo de delirium – atividade psicomotora:


-Hipoalerta/Hipoativo – Mais frequente → confuso, sedado, lentidão ao responder
-Hiperalerta/hiperativo – alucinações, idéias delirantes, agitado, desorientado. Como
delirium tremens, abstinência de drogas
-Misto – da agitação a letargia
Gustavo Moreno T19

Diagnóstico:
-DSM V e CID 10
-Anamnese
-Exame físico
-Exame neurológico
-Exames complementares → eletrólitos, função renal, enzimas hepáticas e cardíacas,
função tireoidianas, hemograma, parcial de urina + urocultura, Rx tórax,
-Eletrocardiograma

-Exames facultativos → hemoculturas, eletroencefalograma, dosagem sérica de B12,


ecodopplercardiograma, gasometria arterial, TM do crânio, RM do encéfalo

-Exames mais invasivos ou propedêuticos muito específicos → dosagem sérica de


medicamentos e metais pesados; exames de líquido cefalorraqueano.

Diagnóstico diferencial:
-Demência – início insidioso, duração longa, de meses a anos, atenção menos
prejudicada
-Depressão maior – história de depressão anterior
-Esquizofrenia – alucinações permanentes

Complicações:
-Aumenta os risco de queda
-Institucionalização
-Declínio funcional
-Aumento da duração da hospitalização
-Pneumonias aspirativas
-Úlceras de decúbito
-TVP e embolia pulmonar
-Infecções do trato urinário

Tratamento:
-Identificar e tratar as causas médicas
-Erradicar ou minimizar os fatores causadores
-Manejos dos sintomas

Tratamento não farmacológico:


-Manter o ciclo sono vigília
-Uso de próteses auditivas
-Uso de óculos ou lentes apropriadas
-Deambulação mais cedo possível, sentar nas refeições, exercícios ativos, minimizar as
linhas de acesso e drenos.
-Orientação frequentes quanto a pessoas, espaço e tempo
-Uso de calendários, relógios, cartazes
-Quarto individual com a família
-Ajudar o paciente nas higienes diárias
-Redução ou suspensão de medicamentos desnecessários
-Levar em consideração função renal e hepática – quando for medicado
Gustavo Moreno T19

-Evitar a contenção física (fazer isso quando paciente está agitado, manter o paciente
seguro)

Tratamento farmacológico:
-Droga de escolha → Haloperidol (EV, IM ou oral) ****
0,25 - 30 mg – a cada 30 minutos
Cuidar com hipotensão
Faz sedação, parkinsonismo, hipotensão, retenção urinária, distonia aguda
Dose de ataque – 0,25 - 1 mg cada 20 a 30 minutos
Dose de manutenção – dose de ataque dividido por 2 cada 12 horas
Obs – paciente que está em risco para ele e para a equipe de enfermagem!

-Quetiapina
Efeito sedativo e sobre o ciclo sono vigília (altera), ideal tomar de noite
Apresentação oral somente
Prolongamento do intervalo Q-T
Dose: 12,5 a 25 mg

-Olanzapina:
Menos sintomas extrapiramidais
Pode piorar a confusão, prolongamento do intervalo Q-T
Dose: 2,5 - 5 mg, repetir a cada 20 minutos

-Risperidona:
Efeito sedativo
VO e IM →No Brasil só tem apresentação VO
Discinesia tardia
Dose: 0,25 - 1 mg

-Benzodiazepínicos:
Para abstinência alcoólica e como sedativos
Lorazepam
Podem piorar a confusão
Dose: 0,25 - 0,5 mg
Gustavo Moreno T19

Aula 06: Doença de Alzheimer:


DA foi descoberta por um neuropatologista que fez estudos em uma paciente com 51 anos
com declínio cognitivo (problema de memória, desorientação em tempo-espaço e delírios),
e percebeu-se que se progredia cada vez mais.

Epidemiologia:
-Pessoas com demÊncia em todo o mundo mais que dobrou de 20.2 milhões, em 1990,
para 43.8 milhões em 2016
-EUA → DA representa torno de 60 - 70% dos casos de demência
-Dobra a cada 5 anos depois dos 60 anos
-Mais comum em mulheres (2:1 feminino/masculino)
-Obs: as mulheres vivem mais, devido a isso tem a maior incidência.
-A prevalência de demência é maior nas pessoas negras e hispânicas que nas pessoas
brancas
-O início precoce da DA < 60 anos de idade é hereditário (padrão autossômico dominante
→ normalmente < 1% dos casos)

Fatores de risco:
-Fatores não modificáveis:
Envelhecimento, alelo APOE-4, mutações genética, síndrome de down (cérebro
semelhante ao paciente com DA) e comprometimento cognitivo leve

-Fatores modificáveis:
DM, HAS, Tabagismo, obesidade, depressão, dislipidemia, níveis elevados de
homocisteína, traumatismo cranioencefálico e uso crônico de anticonvulsivantes,
pacientes com insônia crônica e alterações da microbiota intestinal (pacientes com uso
crônico de laxantes)
Obs: as mais frequentes são ⇒ DM, síndrome metabólica e cardiopatias

-Fatores protetores:
Atividade física, dieta do mediterrâneo (evita doces / açucar), alta escolaridade e
atividade intelectual (Ativação de sinapses)

-Fator protetor e postergador da doença

Etiologia:
-A proteína precursora amilóide (PPA) é que leva a formação
da proteína beta amiloide (neurotóxica)
-A PPA é responsável está envolvida na plasticidade neuronal e
na formação das sinapses
-Na doença de Alzheimer a PPA é clivada de maneira anormal
pelas enzimas betasecretases e gama secretases. (leva a
formação da proteína beta-amilóide → neurotóxica)
-Normalmente a PPA é clivada pelas beta-secretases e pelas
gama-secretases, não levando a nada.
Gustavo Moreno T19

Mas na DA, a clivagem é de maneira anormal, assim, formando substância tóxica (proteina
beta-amiloide, que aglutina formando a placa senil que é uma lesão extracelular, levando a
um processo inflamatorio e morte dos neuronios)
-Ocorre uma hiperfosforilação da proteína TAU, levando a uma distrofia e edema dos
microtúbulos, formando os emaranhados neurofibrilares que ficam no citoplasma
-Ocorre uma lesão intracelular

Participação genética:
-Mutações nos cromossomos 1, 14, 21,
-A proteína precursora amilóide e as proteínas dos genes das presenilinas 1 e 2 estão
envolvidas na formação do peptídeo beta-amiloide
-Mutações de sentido incorreto desses genes são responsáveis pela maioria dos casos de
DA de início precoce
-Alelo E4 – homozigose aumenta em 15x o risco para DA.

DA:
-Atrofias em lobos frontais, temporais e parietais
responsáveis pela cognição.
-Acetilcolina (diminuido)
-Serotonina (diminuido)
-Glutamato (aumentado)
Obs - atrofia do hipocampo primeira região a ser
afetada

Quadro clínico:
-Síntomas de apresentação:
Perda de memória recente
Dificuldade com as funções executivas
Disfasia nominal (dificuldade em encontrar palavras e nomes).
Perda de memória episódica (não lembrar os nomes de visitantes recentes)
Confabulação (contar histórias do passado, mas distorcendo elas)
Confusão
Distorções acentuadas de memória

-Perda de funções executivas:


Dificuldade de raciocínio, abstração e julgamento
Realização de tarefas (planejar atividades, organizar eventos e gerenciar dinheiros →
tornam-se mais desafiadores)

Déficits cognitivos:
Afasia (déficits de linguagem)
Apraxia (incapacidade de realizar tarefas/atos motores)
Agnosia (incapacidade de reconhecer utilizando os sentidos)

-Dificuldade de nomeação de palavras


-Perda de concentração, mudança de personalidade
-Depois perda da capacidade de julgamento, tomada de decisões da autocrítica,
organização.
Gustavo Moreno T19

-Desorientação no tempo e espaço


-Incapacidade em gerar listas de palavras
-Anosognosia (paciente não reconhece a sua perda de memória)
-Acalculia (dificuldade de fazer cálculos)
-Déficits visuoespaciais (dificuldade de desenhar mapas ou mapas mentais)
-Dificuldade em fazer as atividades instrumentais de vida diária e com o tempo as diárias
também
-Linguagem com perda de conteúdo
-Prosopagnosia (raro - paciente não se reconhece no espelho)
-Incontinência urinária e fecal
-Descuido com a higiene pessoal, dependente para as atividades
-Perda grave de memória, fragmentos
-Ecolalia (repete as coisas que você fala)
-Afasia global
-Sintomas extrapiramidais, como aumento do tônus muscular e parkinsonismo
-Disfagia, convulsões
-Morte por síndrome de imobilidade

-Sintomas neuropsiquiátricos:
Apatia, delírios, alucinações, alterações do ciclo sono-vigília, perambulação,
agressividade, reações catastróficas, erros de identificação, depressão
Sindrome do sol poente (normalmente o paciente fica mais agitado no final do dia,
acredita que tem relação com o cortisol)
Síndrome de Othelo (delirium de que alguém está traindo)
Síndrome de Godot (acha que uma pessoa é outra)
Delírio de Roubo
Sinal do espelho (pessoa não se reconhece no espelho)
Hóspedes fantasmas (pessoas que morreram visitam)
Síndrome de diógenes (pessoa começa a dar dinheiro e fica na situação de morador de
rua - incomum de ocorrer)

Diagnóstico:
Obs - se o paciente apresenta sintomas, preciso obrigatoriamente fazer exame de imagem
(para exclusão de outras patologias de demências)

-Anamnese
-Testes de avaliação cognitiva
1. 10-CS
2. MEEM
3. Teste do relógio
4. Memória de lista de palavras
5. Figuras
6. Fluência verbal
7. Moca teste
-Exames neurológicos → quadro duvidosos, seguimento de quadros leves
-Exames laboratoriais: hemograma, ureia, creatinina, albumina, glicemia de jejum, TSH,
dosagem de vitamina B12, ácido fólico, TGO, TGP, cálcio seriCo, sorologia para sífilis, HIV
Gustavo Moreno T19

-Dosagem de proteína beta-amilóide e proteína TAU no liquor (quando tem suspeita de


DA)
-Exames de imagem:
Tomografia de crânio
Ressonância magnética de encéfalo
Spect cerebrale e PET → hipoperfusão temporoparietal
bilateral
PET → marcadores para depósito de proteína
beta-amilóide e de proteína TAU
Obs → afasta outras situações e locais afetados pela DA;
Obs → no início da doença podem estar normais
Obs → RM de encéfalo: atrofia desproporcional nos lobos temporais medial, basal e
lateral e no córtex parietal

Diagnóstico de síndrome demencial: atrapalho das atividades de vida diárias e/ou


atrapalha nas atividades instrumentais de vida diária + alterações de memória recente +
pelo menos 1 dos seguintes: agnosia, apraxia e afasia

Tratamento:
-Não há cura, apenas faz o retardamento da doença

Tratamento não farmacológico:


-Terapia ocupacional → terapia de reminiscências, atividades como caminhadas, pinturas,
crochês, lazer
-Afeto e apoio familiar
-Cuidado com o estresse do cuidador
-Musicoterapia (ajuda a acalmar o paciente)
-Evitar a quebra inesperada da rotina (cuidar com as mudança diariamente – o paciente
dica agitado e confuso)
-Fisioterapia motora
-Nutrição
-Cuidado interdisciplinar!!

Tratamento farmacológico:
Anticolinesterásicos:
-Rivastigmina (1,5 a 6 mg) → inibição da acetilcolinesterase e butirilcolinesterase, Tem
via oral e adesivo (aumenta a acetilcolina no cérebro)
-Galantamina (8, 16 e 24 mg) → inibição da acetilcolinesterase e agonista do receptor
nicotínico. (aumenta a acetilcolina no cérebro)
-Donepezila (5 e 10 mg) → inibição da acetilcolinesterase
Obs – nenhuma medicação é superior que a outra, cada paciente é um caso.

Benefícios:
-Melhora temporária dos sintomas e retardo do declínio por 6 a 12 meses, podendo
chegar a 24 a 36 meses
-Atua na cognição, comportamento e funcionalidade
-Diminui a sobrecarga do cuidador
-Desacelera a doença
Gustavo Moreno T19

-Redução do número de antipsicóticos

Incremento de doses é a cada 4 a 6 meses


Via de eliminação:
-Galantamina → rins e fígado
-Rivastigmina → rins
-Donepezil → fígado (para paciente renal crônico )

Interação com citocromo P450: menor com a Rivastigmina


Se o paciente deteriora rapidamente e de forma inesperada, mesmo recebendo
tratamento, devemos procurar causas – comorbidades, uso de medicações, delirium,
causas comportamentais
Eficácia dos inibidores: é semelhante entre eles, sem uma superioridade individual

Efeitos colaterais:
Gastrointestinais ⇒ náuseas, vômitos, diarréia e anorexia, dor abdominal
Cardiovasculares ⇒ oscilação da PA, síncope, arritmias, bradicardia
Neurológicas ⇒ tonturas, cefaléia, confusão mental, agitação, sonolência e insônia
Outros ⇒ sudorese, fadiga, perda de peso, cãimbras e aumento da secreção brônquica.

Quando devemos descontinuar ou trocar o anticolinesterásico:


Quando paciente se adere mal ao tratamento
Se a deterioração cognitiva mantém-se no mesmo ritmo prévio, após 3 a 6 meses de
tratamento
Quando tem uma rápida deterioração, após um período inicial de estabilização
40-50% dos pacientes não respondem aos anticolinesterásicos

Memantina:
Aumento do glutamato na DA, leva a um comprometimento da sequência de estímulos e
morte neuronal
Indicação na fase moderada e avançada
Numa rápida progressão da fase leve para moderada
Doses: 10 - 20 mg/dia
Eliminação renal
Efeito colateral: alucinações, confusão mental, tonturas, cefaléia, diarréia, insônia,
agitação e fadiga.

Quadro neuropsiquiátrico:
Antidepressivos
Neuroléptico
Estabilizadores do humor
Gustavo Moreno T19

Aula 07: Demência por Corpos de Lewy:


Introdução:
Parkinsonismo plus associado à demência
Subdiagnosticada
Idade de início de 50 a 80 anos
Mais em homens
Quadro mais rápido que a DA
Perspectiva do Alzheimer:15 a 20 anos
Perspectiva da DCL: metade do Alzheimer ou até menos

Patologia:
Corpúsculos de Lewy (inclusões que tem alfa-sinucleína) encontrados no núcleo da base,
substância negra (local que produz a dopamina), locus cerúleos (cognição) e outras
estruturas como tronco cerebral*, amígdala, giro cingulado e neocórtex.
A proteína alfa-sinucleína se torna erradamente dobrada e se agrega dentro da célula do
neurônio elevando a morte neuronal.

Alterações neuroquímicas e genéticas:


Diminuição de acetilcolina (mais do que na doença de alzheimer)
Redução de dopamina nos núcleos da base (desenvolvimento do parkinsonismo – afeta
parte motora)
Maioria dos casos é esporádica
Alguns casos com herança autossômica dominante

Dopamina → núcleos da base → atos motores → sem dopamina → rigidez bradicinesia

Critérios de diagnósticos:
Clínico
Centrais:
Flutuações, alucinações precoces (imagens coloridas, tridimensionais, animais, objetos)
parkinsonismo precoce

Sugestivos:
Alteração do sono REM, hipersensibilidade a neurolépticos, baixa captação
dopaminérgica no SPECT ou no PET

DCL provável: 2 critérios centrais ou 1 central + 1 sugestivo


DCL possível: 1 critério central ou 1 ou mais sugestivos

Quadro clínico:
Parkinsonismo espontâneo
Alucinações visuais recorrentes
Flutuação cognitiva

Obs: DCL possível – somente uma das acima + perda cognitiva


Gustavo Moreno T19

Parkinsonismo espontâneo:
Síndrome demencial deve ocorrer no máximo “12 meses” após o início do
parkinsonismo**
Mais comuns a rigidez e bradicinesia (do que tremor)
Na DA, ocorre em fase mais finais da doença, sendo leves a moderados

Alterações visuais:
Desde o início da doença, recorrentes, detalhadas , alucinações com pessoas, animais,
crianças, objetos

Flutuação cognitiva:
Variações pronunciadas da atenção e do nível de consciência
Varia em horas, dias ou meses
Paciente passa de atento até ficar desatento, sonolento ou quase mutismo
Excluir delirium
80 - 90% dos pacientes com DCL

Outras características:
Quedas repetidas
Síncopes
Perda transitória da consciência
Delírios sistematizados
Alucinações auditivas
Distúrbios comportamentais do sono REM
Maior sensibilidade a neurolépticos

Presença de doença cerebrovascular em exames de imagem ou sinais neurológicos focais


excluem a DCL.**

Confusão com DA
Tempo de sobrevida – menor na DCL
Exames de imagem – DCL mostra preservação das regiões temporomediais
Maior comprometimento visuoespacial, funções executivas e atenção.
Gustavo Moreno T19

Exames complementares:
exames laboratoriais – normais
Liquor – somente em casos duvidosos
Tomografia de crânio e RNM de crânio – a atrofia cortical generalizada é típica, embora
possa ser leve com preservação do lobo temporal medial, principalmente o hipocampo.
Spect cerebral – a baixa captação do transportador de dopamina dos gânglios da base é
um elemento sugestivo da DCL
PET – hipometabolismo occipital

Tratamento:
Alterações psicóticas – quetiapina, olanzapina (avaliar custo-benefício)
Parkinsonismo – levodopa
Depressão – IRSS ou IR noradrenalina
Cognição – inibidores da acetilcolinesterase = rivastigmina, donepezila, galantamina
Memantina – pode ser associado
Tratamento não farmacológico – equipe interdisciplinar

Melatonina ou clonazepam – distúrbios comportamentais do sono REM

Prognóstico – um estudo retrospectivo de casos de demência com corpos de lewy (DCL)


confirmado por autopsia mostrou uma sobrevida média de cerca de 5 anos. Outros estudo
demonstrou um tempo de sobrevida de aproximadamente 7 anos depois do inicio dos
sintomas, com uma mortalidade maior que com a doenças Alzheimer
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Aula 08: Demência Vascular (DV):


-É um comprometimento neurocognitivo maior vascular
-Associada em alguns casos a demência de Alzheimer, chamada de demência mista
-A maioria dos casos não é diagnosticada
-20 a 40% acima dos 80 anos
-Após um AVC, 15 a 30% dos pacientes podem desenvolver DV, nos primeiros 3 meses
-Há um aumento exponencial com a idade até os 95 anos
-É demência mais frequente no mundo oriental
-Pode haver envolvimento de grandes artérias ou de pequenas artérias
-Obs ⇒ > a idade > a chance de ter a demência vascular.
-20 a 30% com 55 anos ou mais que tiverem AVC agudo desenvolvem demência em 5 anos
-Idosos com episódios de hipotensão arterial (principalmente a hipotensão iatrogênica, mas
pode ser por parada cardiorrespiratória ou choque) com alteração de artérias profundas
podem desenvolver DV.

Fatores de risco:

Obs: etilismo é fator de risco para a doença vascular.

Critérios de diagnósticos: obs:(não precisa decorar)


DV Provável:
⇒Demência definida por declínio cognitivo a partir de um funcionamento prévio superior
ao atual com prejuízo da memória e de 2 ou mais domínios cognitivos, mais prejuízos
nas atividades da vida diária não atribuível apenas à consequências físicas do AVE.
⇒Critérios de exclusão: transtornos da consciência, delirium, psicose, afasia grave ou
prejuízo sensório-motor importante que impossibilitem a realização de exame
neuropsicológico, doenças sistêmicas ou outras doenças cerebrais (DA) que possam ser
responsáveis por déficits na cognição.
⇒DCV definida pela presença de sinais focais ao exame neurológico -com ou sem
histórico de AVE-, e evidência de DCV em exame de neuroimagem (TC ou RM) incluindo
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infartos múltiplos de grandes vasos ou infarto único estrategicamente localizado (giro


angular, tálamo, prosencéfalo basal, ou territórios de ACA ou ACP), bem como lacunas
múltiplas em núcleos da base e substâncias branca ou lesões de substância branca
periventricular extensas, ou combinações destas.
⇒Relação entre os 2 distúrbios: a) início da demência de 3 meses após AVE
reconhecido; b) deterioração abrupta ou progressão flutuante, “em degraus”, dos déficit
cognitivos.

DV Possível:
⇒Demência com sinais focais neurológicos: na ausência de exames de neuroimagem;
na ausência de relação temporal clara entre o AVE e o quadro demencial; com início
súbito e curso variável (platô melhora) havendo evidência de DCV.

DV Definida:
⇒Ausência de todos os critérios clínicos para DV provável, mais evidência
histopatológica de DCV, ausência de EMN e placas neuríticas acima do esperado para a
idade, ausência de outros transtornos clínicos que possam causar demência.

Fisiopatogenia:
1. Doença de pequenos vasos 3. Hemorragia intracraniana
2. Doença de grandes vasos 4. Hipoperfusão cerebral

Classificação:
1. Doença isquêmica de grandes vasos:
–Demência por múltiplos infartos corticais e subcorticais*
–Demência por infarto único estratégico* – hipocampo, tálamo, núcleo caudado,
prosencéfalo e territórios da artéria cerebral anterior e posterior.

2. Doença isquêmica de pequenos vasos:


–Doença de Binswanger*, múltiplos infartos lacunares e na CADASIL.
–Responsáveis por 40% dos casos de DV
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Pior prognóstico:
-Localização supratentorial, grande volume da lesão ou localização talâmico-cortical e
grande número de infartos.
-Obs- lembrar que pode ocorrer por múltiplos traumas (traumas na cabeça –
lutadores/MMA)

1. Demência por múltiplos vasos:


-Comprometimento cognitivo próximo a lesão focal – hemiplegia, hemiparesia
(comprometimento cognitivo próximo a lesão focal, levando a hemiplegia,
hemiparesia)
-Progressão em degraus
-Ateromatose de grandes artérias – média, carótidas, cerebrais anteriores e
posteriores, silvianas
-História de HAS, angina…
-Disfagia, disartria, afasia, choro patológico
-Flutuação cognitivas, confusão noturna
-Labilidade emocional, irritabilidade, apatia, quadros psicóticos
-Alterações esfincterianas e de marcha às vezes precedem as alterações cognitivas.
-Quadro típico → paciente idoso que teve AVC, foi para o hospital e começou a ficar
confuso.

2. Demência subcortical:
-Compromete pequenas artérias com infartos lacunares
-Início insidioso, lentificação motora, prejuízo da memória de caráter progressivo,
alterações da fala e do comportamento
-Parkinsonismo, ataxia e incontinência urinária
-Risco de quedas
-Prejuízos na atenção e das funções executivas
-Não tem hemiplegia, e nem hemiparesia.

3. Doença de Binswanger:
-Marcada por infartos lacunares na substância branca**
-Mais de 95% são hipertensos (marcados por HAS / hipertensos de dificil controle)
-Comprometimento das artérias medulares longas
Obs - doença de pequenos vasos
-Flutuações de pressão arterial
-Abulia, incontinência e rigidez de membros.

4. Cadasil:
-Arteriopatia cerebral autossômica dominante com infartos subcorticais e
leucoencefalopatia
-Demência vascular hereditária
- (5/100.000)
-Doença de pequenos vasos
-Apresentação: AVC e AIT de repetição
-Outro sintoma comum: migrânea com aura (ocorre em até 40% dos pacientes)
-Relacionada a mutação no gene NOTCH3 (19p13)
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5. Demência por infarto estratégico


-Lesão única, tipo pequeno infarto em localizações que resultam em
comprometimento cognitivo maior que o esperado.
-Quadro abrupto, evolução em degraus
-Dependendo do local afetado pode haver diminuição de memória, disfasia,
sintomas comportamentais, afasia, alexia, agrafia e desorientação espacial.

Diagnóstico Vascular:
-História clínica (Dificuldade motora, quadro abrupto…), exames de neuroimagem (TC /
RM [melhor]), avaliação neuropsicológica (quando há duvidas)
-História clínica: fatores de risco, histórico de AVC, comprometimento motor, deterioração
em degraus, quadro abrupto ou não.

Escala isquêmica de Hachinski:


-Escores acima de 7 sugerem uma etiologia vascular,
enquanto escores menores que 4 não sustentam uma
etiologia vascular.
Obs: (usa quando tem dúvida – principalmente em
demências de pequeno vasos – dúvida entre vascular e
alzheimer)

Diagnóstico diferencial:
-Doença de Alzheimer (agitação e alucinações em uma fase
moderada) ** (sempre).
-Hidrocefalia de pressão normal (RM: alargamento dos ventrículos)
(Triade: alteração da marcha, incontinência urinária e alteração cognitiva)
-Depressão associada a DCV (doenças cardio-vascular / depressão levando a alterações
de memória )
-Vasculite cerebral (raro)
-Doença de parkinson (alterações motoras, mas com alucinações e cognitivas
normalmente em fases mais tardia e não logo no início, logo na DV já é mais precoce)
-Distúrbio metabólico (hipotireoidismo → confusão mental // DM descompensado →
quadro mais agudo)
-Insuficiência hepática (Etilismo)

Demência mista:
Coexistência de doença cerebrovascular e outra doença neurológica degenerativa
Mais comum é com a DA.
Gustavo Moreno T19

Obs: DM, HAS, obesidade, dislipidemia, síndrome metabólica leva a


disfunção da barreira hematoencefálica levando aumento da oxidação, da
insulina, dos mediadores inflamatórios e isso vai levar a deposição de
proteína beta amiloide. Essa deposição vai levar a DA. Se o paciente teve
alteração da substância branca (por infarto, normalmente), levando a um
comprometimento cognitivo vascular.
Já quando o paciente possui os dois, é chamado de demência mista!!

Tratamento:
-Antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina – depressão e labilidade
emocional
-(é o que mais dá efeito parkinsonianos)
-Neurolépticos – quetiapina**, clozapina, olanzapina** e risperidona**, nos quadros
psicóticos. (lembrar que aumenta o risco de AVC!!)*
*Menor dose possível, aumenta os fatores de risco!!
Efeito colateral: aumento da glicemia e do colesterol
Obs – com o tempo retirar essas medicações e diminuindo a dose!

-Para pacientes com pré demenciais (pacientes com comprometimento cognitivo - com
doença de pequenos vasos e alteração de memória, mas não tem comprometimento tão
grande) → uso de antiplaquetários, anticoagulação, endarterectomia (para estenose de
carótida)
-Controle de PA
-Atividade física (para melhor qualidade de vida)
-Dieta do mediterrâneo
-Controle do diabetes e dislipidemia não teve efetividade em estudos longitudinais.
-Uso dos anticolinesterásicos → galantamina (+ estudos / 1º opção) e donepezila (2º
opção)
-Memantina – pode associar com o tempo e se o paciente continua piorando
Gustavo Moreno T19

Aula 09: Demência Fronto-Temporal:


Introdução:
-1892, Arnold Pick
-A degeneração lobar frontotemporal tem 3 variantes: demência frontotemporal, a afasia
progressiva não fluente e a demência semântica
-As demências frontotemporais (DFTs) são a 2º doença neurodegenerativa primária mais
frequente que acomete o cérebro (depois da doença de Alzheimer) em adultos < 65 anos
de idade.
-Obs: se fosse > 65 anos seria a demência vascular
-Parkinsonismo e doença do neurônio motor podem ocorrer durante a doença.
Obs - Alterações psiquiátricas → alteração da região frontal (comportamento)
Obs – Pega uma faixa etária pouco mais jovem dos pacientes***

Sintomas precoces:
-Os sintomas que mais chamam a atenção incluem alterações progressivas da
personalidade com embrutecimento do comportamento social, dificuldades na auto
regulação (de emoções, impulsos e comportamento) e dificuldades na linguagem
-Picos de incidência em torno dos 60 anos.

Epidemiologia:
-As melhores estimativas da frequência de DFT são oriundas de estudos no Reino Unido,
Países Baixos e Canadá. Em Cambridge, no Reino Unido, demonstraram uma prevalência
de 15 casos por 100.000 adultos entre 45 e 64 anos de idade.
-5 a 15% das demências, sendo mais comum antes dos 65 anos
-A idade média encontrada foi de 52 anos
-Mais nos sexos masculino.**
-Consultas de psiquiatria (devido a alterações comportamentais)

Fisiopatologia:
-A DFT é frequentemente familiar (25 - 50%) e usualmente com herança autossômica
dominante. ***
-As mutações nesse gene MAPT (proteína TAU associada aos microtúbulos que levam a
degeneração dos neurônios) e no gene PGRN (progranulina) , ambos (MAPT e PGRN)
localizados no cromossomo 17.****
-Degeneração dos neurônios***
-Mutações no cromossomo 3 e 9**
-É uma doença degenerativa**
-As etapas que ocorrem desde as mutações nos genes MAPT (proteína TAU associada
aos microtúbulos) ou PGRN que determina as características clínicas e à formação de
corpo de inclusão são pouco compreendidas → por esse motivo que até hoje não tem
tratamento
-Não se sabe porque pega essa região fronto-temporal

Patologia:
Perda neuronal cortical difusa sendo mais acentuada nos lobos frontal e temporal
Corpúsculos de PIC (lesões) levam a morte neuronal, principalmente na região frontal e
temporal
Gustavo Moreno T19

Quadro clínico:
-Alterações da personalidade manifestadas pela inobservância das convenções sociais,
aparência desleixada, impaciência e irritabilidade, disputa argumentativa comentários
libidinosos e indiscretos.
-Comportamentos infantis e impulsivos, perda de empatia e preocupação com outras
pessoas, compulsões e adesão rígida a rotinas.
-Na DFT, as alterações de personalidade, linguagem, hábitos e atividades, geralmente
precedem o desenvolvimento do comprometimento de memória, desorientação ou
apraxias.
-História de falta de cuidados pessoais e abandono de trabalho, atividades e contatos
sociais.
-Hábitos alimentares alterados.
-Alucinações e delírios são raros, mas pode haver delírios bizarros de ciúmes e religiosos
-Comportamentos estereotipados como movimentos repetitivos
-Sinais e sintomas parkinsonianos podem estar em 20% (na fase mais tardia da doença)
-Ansiedade, hipocondria e depressão, podem ser prodrômicos
-Hipersexualidade, excentricidade, déficits de atenção, hiperoralidade
-Presença de reflexos primitivos como o de sucção, glabecular, preensão e orbicular da
boca em fases mais avançadas
-Pior desempenho em fluência verbal que a DA
-Incontinência urinária e fecal (na fase mais tardia da doença)

Teste cognitivos:
-10CS -Teste de fluência verbal
-Mini mental -Avaliação neuropsicológica
-Moca teste (alta escolaridade) (+ importante nesse caso)

Exames complementares:
-Laboratoriais (afastar possibilidades de síndromes demenciais tratáveis)
-TC crânio (atrofia frontotemporal)
-RM de encéfalo (atrofia frontotemporal)
-Spect e PET – não marca a hipoperfusão focal dos lobo frontal e/ou frontal e temporal
anterior, frequentemente assimétrica, mas marca o metabolismo
-Obs – imagem é solicitar devido aos diagnósticos diferenciais!!
-Obs – TC e RNM podem ser normais no início da doença!!

Diagnóstico diferencial:
-Doença de Alzheimer**
-Demência por corpos de lewy → caracterizada pela predominância de amnésia, flutuação
na cognição, alucinações visuais e parkinsonismo nos estágios precoces da doenças.
-Depressão bipolar – mania surge tardiamente pode ser atribuída a doenças cerebrais
(cerebrovascular, trauma, neoplasia, supressão de medicamento e/ou intoxicação)
-Depressão maior
-Demência vascular (alteração de memória desde o início)
-Tumores cerebrais

Tratamento:
-Não há um tratamento específico
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-Tratar as alterações psiquiátricas


-Usar: benzodiazepínicos ou neurolépticos ⇒ para a irritabilidade ajudam inquietação,
agitação e agressividade.
Obs – lembrar que o benzodiazepínico é em último caso/opção
-ISRS ⇒ para compulsões que dominem ou interfiram de modo significativo na rotina
diária
-Mirtazapina ⇒ é indicada para perturbações do sono; lembrar que pode aumentar a
compulsão alimentar. Zolpidem, trazodona e clonazepam também podem ser
considerados, mas os benzodiazepínicos são o último recurso!
-Amantadina ⇒ para distraibilidade, perseveração e inquietação.
-Divalproato de sódio ⇒ para euforia, excitabilidade, mania, impulsividade, irritabilidade e
inquietação persistente, agitação e agressão.
-Topiramato ⇒ para avidez alimentar
-Auxílio aos cuidadores, rede de suporte
-Cuidados paliativos no fim da vida.

Prognósticos:
-Pacientes com variantes comportamentais progridem rapidamente, ao passo que aqueles
com demência semântica progridem mais lentamente.
-A sobrevida mediana é de 80 meses após o diagnóstico
-Sobrevida é menor comparada com a doença de Alzheimer!!
-Comparados com pacientes com DA, os pacientes com DFT têm sobrevida menor e
declínio cognitivo e funcional mais rápido.
-A sobrevida parece ser mais curta em pacientes com parkinsonismo e naqueles com a
doença do neurônio motor.
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Aula 10: Obstipação intestinal:


-Uma das queixas mais comuns
-50% nos pacientes que vivem nas ILP (instituições de longa permanência)
-15 - 20% em comunidade
-Mais frequentes em mulheres**
-Normalmente é multifatorial (Medicamentoso, falta de exercício, dietas…)
-Funcional ou primária – sedentarismo, imobilidade, dieta inadequada, perda do reflexo da
evacuação, idiopática.
-Orgânica ou secundária – doenças neurológicas, metabólicas, medicamentos e doença do
cólon.

Obs: Medicamentos: (+) → carbonato de cálcio (causa mais calculo renal), tricíclicos e
serotoninérgicos, AINES, antiácidos (hidróxido de alumínio), uso prolongado de laxantes
(deterioração do intestino)

Quadro clínico:
-Diminuição do número e esforço excessivo nas evacuações
-Obs – 1 dia sim e outro não → pode ser normal!!
-Sensação de evacuação incompleta
-Fezes endurecidas

Diagnóstico:
–Clínico para obstipação funcional: Ter pelo menos 2 ou mais critérios abaixo pelos últimos
3 meses do inicio dos sintomas e pelo menos 6 meses antes do diagnóstico.
1. Esforço para evacuar
2. Sensação de evacuação incompleta ou bloqueio anorretal
3. Fezes em cíbalos
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4. Necessidade de manobras manuais


5. Menos de 3 evacuações semanais

Critério de Roma IV:


–Manobras manuais para facilitar pelo menos 25% das defecações (por exemplo,
evacuação digital, suporte do assoalho pélvico)
–Menos de 3 evacuações por semana

Anamnese:
Quanto tempo ?
1. Início recente – causa mais orgânica, a crônica é mais funcional
2. Pesquisar sobre a dieta, pobre em fibras
3. Hidratação
4. Atividade física, sedentarismo
5. Postura inadequada na evacuação
6. Indagar emagrecimento, apatia, dor abdominal, sangramento intestinal, tenesmo
7. Pesquisar medicamentos → opiáceos (tramadol / codeína / metadona / morfina),
antidepressivos, cálcio
8. Pesquisar patologias existentes – AVC, demências, parkinson, hipotireoidismo
9. Toque retal e ectoscopia perianal
10. Alternância de diarreia e obstipação (doença diverticular → complicações:
diverticulite e hemorragia digestiva baixa)
11. Histórico de CA GI

Suspeitar de causas secundária:


1. Anemia
2. Sonolência, dores musculares
3. Dificuldade para deglutição
4. Histórico familiar de CA intestino
5. Aumento ou diminuição do peso
6. Dor abdominal ou perianal
7. Enterorragia
8. Histórico recente de mudança do hábito intestinal
9. Mudança do calibre das fezes
10. Obstipação alternada com diarreia

Escala de Bristol:
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Complicações:
-Crônico ⇒ Fecaloma → tenesmo, incontinência fecal, anorexia, náuseas, dor e
desconforto abdominal, confusão mental, incontinência urinária, úlceras estercorais. (pode
ter diarréia paradoxal – cuidar → fazer o toque) // (devido ao fecaloma que está
machucando o reto)
-Crônico ⇒ Megacólon idiopático ⇒ distensão abdominal, impactação e incontinência
fecal

Exame físico
-Fácies mixedematosa, parkinsoniana
-Hálito fétido e alterações da cavidade oral
-Grau de hidratação
-Presença de massas abdominais, cicatrizes, timpanismo, hérnias
-Movimentos peristálticos
-Toque retal, exames retal

Exames complementares:
-Para ver se tem doenças orgânicas
-Hemograma, glicemia de jejum, TSH, uréia, creatinina, potássio, cálcio, magnésio,
pesquisa de sangue oculto nas fezes
-Rx simples de abdômen
-Enema opaco
-Trânsito colônico
-Colonoscopia
-Manometria anorretal – defecação dissinérgica: contração paradoxal ou relaxamento
inadequado dos músculos do assoalho pélvico durante a tentativa de defecação.

→ Volvo de sigmóide ⇒ sinal do grão de café ⇒ tratamento é cirúrgico!


(quadro obstrutivo que cursa com náuseas e vômitos – vômito com conteúdo fecal)
→CA do intestino ⇒ + no lado esquerdo

Tratamento:
-Tratar as causas secundárias
-Dieta rica em fibras e líquidos, atividade física, fazer uma rotina, postura adequada
-Farelo de trigo
-Estimular o reflexo gastrocólico
-Óleo mineral → não se usa no idoso!!**

Laxativos:
1. Osmóticos
-Sais de magnésio e sódio, lactulose, sorbitol** e Macrogol
-Salinos – retenção de água e liberação de colecistocinina
-Cuidar com o sais de magnésio → hipomagnesemia, ir grave, diminuição na
absorção fármacos
-Manitol
-Lactulona – boa indicação no idoso
-Polietilenoglicol → PEG (se usa bastante)
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2. Formadores de bolo fecal:


-Metilcelulose, carboximetilcelulose, plantago ovata, ágar, psyllium, farelo,
policarbofila cálcica.
-Flatulência, desconforto abdominal
-Orienta boa hidratação concomitante
-Evitar em pacientes demenciados, megacólon, confinados ao leito (pouco
movimento / sem atividade física)

3. Estimulantes (evitar em usar):


-Antraquinonas – senne, cáscara sagrada → evitar: (piora a obstipação, dar cólica
intestinal, e dão um melanosis coli ….), distúrbios hidroeletrolíticos, carcinogênese,
cólon catártico.
-Difenilmetanos – fenolftaleína, bisacodil, picossulfato de sódio, dermatite,
stevens-johnson, lesões hepática (fenolftaleína)

4. Lubrificantes e emolientes:
Obs: cuidar pois se o paciente tiver disfagia pode desenvolver pneumonia lipoídica
que pe grave)
-Óleos minerais e emolientes
-Evitar em pacientes com disfafia e demenciados, no periodo noturno
-Diminuem a absorção de vitaminas lipossolúveis (B12)
-Óleo minerais → evitar o uso
-Óleo minerais → cuidar para não broncoaspirar → pneumonia

5. Enemas, supositórios e clister:


-Enemas (fosfato de sódio) – impactação fecal e tratamento intermitente da
constipação
-Supositório de glicerina – pode fazer de 2 a 3 vezes por semana, mas nem todos os
pacientes respondem ao tratamento.
-Clister glicerinado – 150 a 500 ml via retal em 60 minutos

6. Drogas procinéticas:
Domperidone, bromoprida (pouca eficácia, mas pode ajudar)

7. Outros – colchicina, orlistat, acupuntura

8. Secretagogos colônicos: lubiprostone (retirada do mercado!!)


OBS – as vezes se faz combinações de laxantes (exp: lactulona com supositório de
glicerina)
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Aula 11: Doença de Parkinson


História:
–A doença foi descoberta por: James Parkinson - 1817
–Era conhecida como “Paralisia agitante”
–Charcot recomendou tratamento no séc XIX (1º)
–1960 – Hornikiewiccz et al. demonstraram deficiência de dopamina
–1967 – levodopa foi comercializada.
–1º Droga foi a levodopa (ainda é padrão ouro)

Epidemiologia:
–Pico de incidência é de 65 anos
–Mais em homens
–150 a 200 casos / 100.000 hab.
–4% desenvolvem antes dos 50 anos

Etiologia:
-A causa ainda é desconhecida, mas tem hipóteses
-Morte dos neurônios dopaminérgicos da substância nigra.
-Neurotoxinas ambientais** – Metilfenil Tetra-hidropiridina (agrotóxicos / água de poço).
-Comprometimento da via autofágica lisossomal – acúmulo de proteínas anormais (matam
a células na região da substância negra)
-Genéticos – torno de 20 a 30% dos casos
-Estresse oxidativo
-Envelhecimento (morte neuronal)

Mutações:

Fisiopatogenia:
-Perda progressiva de células da pars compacta da substância negra do mesencéfalo
-Presença dos corpos de Lewy, sinucleína e parkina (são as proteínas anormais)
Gustavo Moreno T19

-Perda neural e substância negra →diminuição de dopamina - gânglios da base (corpo


estriado) - disfunção nigro-estriatal.
Obs: O núcleo da base: região do cérebro afetada no parkinson, responsável pela parte
motora / controle do movimento. A dopamina produzida ativa a substância estriada,
facilitando o movimento.
Obs: Gânglios ou núcleos da base ⇒ núcleo caudado, putamen, globo pálido, núcleo
subtalâmico, substância negra → participam do controle do movimento, aferência primária
com córtex cerebral; referência → tálamo → córtex pré frontal, pré motor e motor.
*Envolvidos no aspectos superiores do controle motor – planejamento e execução do
desempenho motor complexo e controle dos ajustes posturais associados com
movimentos voluntários e automáticos.
*Região que leva a sintomas motores
Obs – o dx da doença de Parkinson sempre é clínico!!

Sintomas pré-clínicos da doença de Parkinson:


Constipação
Déficits olfatórios (descriminação)
Distúrbios comportamental do sono REM
Depressão
Perda de peso

A doença de parkinson constitui aproximadamente 80% das causas de parkinsonismo


Sintomas cardeais:
1. Acinesia ou Bradicinesia ** (início)
2. Tremor de repouso
3. Rigidez em roda denteada
4. Instabilidade postural
Obs: lentidão de movimento, lentidão de linguagem, perda de equilíbrio, quedas

Quadro clínico: (não-motores)


1. Constipação intestinal 6. Disfunção erétil
2. Hipo ou anosmia 7. Depressão, insônia
3. Dermatite seborreica em face 8. Transtorno cognitivos e demência
4. Hipotensão postural 9. Quadros dolorosos
5. Sudorese 10. Parestesias

Quadro clínico: (Motores)


Bradicinesia ou acinesia:
Mais comum
Alentecimento ou dificuldade de iniciar um movimento voluntário/automático.
1. Diminuição do balanço dos braços
2. Redução da mímica facial (Fácies de máscara)
3. Acúmulo de saliva (por falta de deglutição)
4. Manobra de finger taps, abrir e fechar a mão, calcanhar contra o solo
Obs: lembrar que a doença de Parkinson começa unilateral e depois vira bilateral!!
Gustavo Moreno T19

Tremor de Repouso:
Obs: tremor de contar moedas
1. Qualquer dos 4 membros, mandíbula ou mento (pode afetar os pés)
2. Diminui ou desaparece quando se inicia um movimento (exp: pedir para o paciente
pegar um objeto, como uma caneta)
3. No início é intermitente
4. Unilateral e depois bilateral
5. Tremor fino em alguns casos (mais difícil o diagnóstico, pode confundir com o tremor
de estresse)

Rigidez muscular:
1. SInal da roda denteada (resistência passiva dos membros, pescoço e tronco)
2. Fases iniciais aparecem somente num dimídio, para depois acometer o outro lado.

Postura e equilíbrio (instabilidade postural):


1. Encurvado para frente
2. Desequilíbrio, quedas (pacientes com muitas quedas)
3. Sentados caem para os lados ou para frente
4. Teste de equilíbrio (instabilidade postural – romberg, pull test)
Decorrente das alterações reflexos posturais
Atitude do esquiador → anteroflexão do tronco para compensar a instabilidade

Outros sinais e sintomas:


- Marcha parkinsoniana – marcha a petitpas (pequenos passos), em bloco, festinação
(quando o paciente “patina” antes de iniciar o movimento)
- Bloqueios motores ou congelamentos
- Hipofonia, disartria, gagueira, jatos de palavras
- Micrografia (pedir para o paciente escrever o nome)
- Disfagia (normalmente na fase tardia / grave da doença)

Classificação de Hoehn e Yahr


–Estágio da doença / nível da doença
0 Nenhum sinal da doença

1 Doença unilateral

1,5 Envolvimento unilateral e axial

2 Envolvimento bilateral sem déficit de equilíbrio

2,5 Envolvimento bilateral leve, com recuperação ao “teste do


empurrão”

3 Envolvimento bilateral leve-moderado com instabilidade postural,


mas mantém vida independente

4 Incapacidade grave, caminha e fica em pé sem auxílio

5 Paciente acamado ou em cadeira de rodas


Gustavo Moreno T19

Diagnóstico diferencial:
Parkinsonismo atípico ou pluss:
-Início agudo
-Doença rapidamente progressiva
-Comprometimento cognitivo
-Instabilidade postural proeminente
-Disfunção autonômica grave
-Características neuropsiquiátricas significativas (alucinações, níveis flutuantes de
alerta).
-Paralisia supranuclear progressiva, atrofia de múltiplos sistemas, demência por corpos
de lewy

Parkinsonismo secundários:
-Por medicamentos: cinarizina, flunarizina, haloperidol, lítio, fluoxetina, metildopa,
clorpromazina, levomepromazina, metoclopramida. (maior tempo de uso e maior chance
de ter!!)
-Obs: Orientação: suspender a droga e aguardar!!
-Infeccioso – encefalite
-Vascular – múltiplos infartos
-TCE – encefalopatia pugilística
-Hidrocefalia
-Intoxicação exógena
-Metabólica

Demência de alzheimer com sinais extrapiramidais (fase grave da doença)


Tremor essencial

Parkinson x Tremor essencial**


Parkinson:
Está presente no repouso
Geralmente é unilateral ou assimétrico
Pode acometer áreas localizados do segmento cefálico
Há história familiar positiva em apenas 5 - 10% dos casos
Responde a drogas de ação antiparkinsoniana

Tremor essencial:
Presença na postura
Geralmente é bilateral e simétrico
Ao acometer o segmento cefálico o faz globalmente, com movimentos de cabeça em
afirmação ou negação
Melhora sensivelmente após a ingestão de bebida alcoólica
Tem história familiar positiva em 30 a 40% dos casos
Responde favoravelmente ao tratamento com betabloqueadores adrenérgicos ou
primidona.

Diagnóstico:
–Clínico***
Gustavo Moreno T19

–RM de encéfalo – (suspeita de outro tipo de parkinsonismo) ⇒ características atípicas


como início agudo, doença rapidamente progressiva, comprometimento cognitivo precoce,
achados simétricos ou sinais dos neurônios motores superiores.

Tratamento:
1. Levodopa:
–Padrão ouro!!
–Maior eficácia
–Efeitos colaterais: náusea, vômito, delirium (doses altas)
–Misturados com a carbidopa e benserazida – inibidores periféricos da
dopadescarboxilase ( para evitar a conversa periférica da levodopa).
–Usar 2 a 6x ao dia
–Meia vida pequena

Discinesias:
–Uso crônico / uso de dose alta de início ⇒ Discinesias (semelhante ao movimento
de Coreia)
–Pico de dose → discinesia pico dose (movimentos coreiformes, no pico do efeito
da levodopa)
–Em discinesia continua → movimentos coreiformes, manifesta-se durante todo o
tempo do efeito da levodopa
–Período off → movimentos distônicos, predomínio extremidades (pés), aparecem
no final do efeito da levodopa.
–Obs: ideal diminuir a dose da levodopa, mas pode ter piora do quadro de
parkinson.

Flutuações motoras (comum)


–Wearing - off → (deterioração de fim de dose) ⇒ tipo mais comum de flutuação
associada à levodopa, uma das primeiras a ocorrer, encurtamento do efeito da
levodopa.
–Fenômeno on-off (efeito ioiô) → mais rara, ocorre em fases mais
avançadas/grave, o paciente passa rapidamente de períodos de completa
imobilidade (periodo off) para um estado de mobilidade, frequentemente
acompanhado de discinesias (período on).
*Obs: pode aumentar a dose da levodopa nesse caso

2. Anticolinérgicos:
–Biperideno e triexifenidila
–Maiores efeitos colaterais – constipação intestinal, delirium, boca seca, retenção
urinária ou turvação visual
–Riscos e demência??
–Ação razoável sobre o tremor e rigidez
–Classe pouco usado

3. Inibidores da MAO-B:
–Selegilina e rasagilina
–Indicada nas flutuações motoras e discinesias – rosagilina
–Pode dar confusão mental em idosos
Gustavo Moreno T19

–Usada normalmente em fase inicial e pacientes com menos de 70 anos

4. Amantadina:
–Bloqueia a recaptação de dopamina e ação anticolinérgica
–Efeito colateral: Livedo reticular, edema de MMII e confusão mental
–Perde ação com o tempo.
–Indicada nas flutuações motoras e discinesias
–Usada normalmente em pacientes idosos com menos de 70 anos

5. Agonistas dopaminérgicos: **
–Pramipexole e rotigotina
–Boa indicação em adultos jovens e idosos com menos de 70 anos
–Obs: Interessante iniciar esse medicamento antes da levodopa
–Efeitos colaterais: náusea, vômitos, hipotensão ortostática, sonolência, alucinações
e edema de MMII
–Menor perda neuronal.

6. Inibidores da COMT:
–Diminuem a degradação de dopamina na fenda sináptica, aumentando a sua
concentração.
–Usados em conjunto com a levodopa, para diminuir o seu uso
–Melhora as discinesias e flutuações motoras
–Fase inicial como avançadas
–Entacapone (retirada do mercado)*
–Problemas hepáticos

7. Outros tipos de tratamento:


–Dieta (obs: não usar a levodopa junto com a alimentação!!)
–Tratamento da depressão
–Demência (galantamina, donepezila e rivastigmina)
–Uso de antipsicóticos – quetiapina ou clozapina (menos efeitos extra-piramidais)
–Fisioterapia motora e respiratória –Psicologia
–Fonoaudiologia –Terapia ocupacional
Obs: quadro de alucinação → retirar o medicamento que ocasiona esse sintoma!!

8. Cirurgia: →Alto custo


–Marca passo:
⇒Os eletrodos são implantados no cérebro do paciente, em pontos determinados
por exames de imagem. Os eletrodos emitem descargas elétricas de até 10,5 volts.
Obs: Núcleo (estimula a liberar a liberação de dopamina).
⇒Eles são conectados por dois sob a pele ao marca-passo-um micro-computador
instalado na região torácica.
⇒O marca-passo tem 15 mm de espessura e 80g de peso. Ele é colocado sob a
clavícula e alimentado por uma bateria não recarregável, que precisa ser trocada
periodicamente.
⇒Com o tempo a cirurgia vai perdendo a sua eficácia!!

Lembrar: não tem cura!!


Gustavo Moreno T19

Aula 12: Osteoartrite:


-Doença reumatológica
-Nos EUA há mais de 50 milhões de pessoas com essa doença
-Caracteriza-se como uma insuficiência qualitativa e quantitativa da cartilagem articular
associada a alterações típicas do osso subcondral.
-85% apresentam evidências radiográficas de OA por volta dos 65 anos.
-A distribuição da doença é semelhante até os 40 anos de idade.
-Nos mais idosos do sexo masculino predomina OA de quadril e em mulheres mais em
interfalangiana distais e primeiro metacarpo

Etiologia:
1. Fatores genéticos (OA de mãos)
2. Traumas e estresse repetitivo (ginastas, corridas/maratonas OA de joelho)
3. Envelhecimento
4. Obesidade (OA de joelho)
5. Instabilidade articular (lesão de ligamento / menisco → pode levar a OA)
6. Alterações na bioquímicas e morfologia da cartilagem (hemofílicos)
7. Neuropatias.

– A predisposição genética envolve principalmente as formas nodais de OA de mãos e


algumas formas de OA generalizada.
–O padrão autossômico dominante com expressão variável.
–Obesidade: fator positivo para OA de joelhos e quadril (não tão clara)

Osteoartrite secundária:
1. Artrite reumatoide 5. Necrose asséptica
2. Gota e pseudogota 6. Meniscectomia ou dano meniscal
3. Hemofilia 7. Artrite
4. Hemocromatose 8. Doença de Paget

Obs: geralmente a OA é primária!!

Fisiopatogenia:
(1)Condrócito detecta dano ao tecido com ação do óxido nítrico IL-1B / FNT-alfa ⇒
(2)Condrócitos liberam proteases, catepsina o metaloproteinases ⇒
(3)Degradação a matriz da cartilagem e perda da força de tendao ⇒
(4)Condrócitos liberam mais enzimas proteolíticas + osso subcondral desenvolve
microfraturas ⇒
(5)Aumento da densidade do osso, formação de cisto, osteófitos (morte dos condrócitos)
⇒ (6)Perda da cartilagem!!

c
Gustavo Moreno T19

Quadro clínico:
-Início insidioso, progessivo, ao longo de vários anos, principalmente nas articulações de
carga, coluna e mãos.
-O acometimento de ombros, cotovelos e punhos é pouco frequente.
-A dor é inicialmente protocinética (relacionada com o movimento - início) desaparecendo
ao repouso.
-A dor é de caráter difusa, não localizada (sem ponto específico) / (bursites, lesões
ligamentares ou meniscais, tendinites).
-A dor pode ser agravada pelas mudanças de tempo e por atividade crescente
-A rigidez é curta e dura 30 minutos
-Crepitações e estalidos durante a movimentação podem ocorrer

Osteoartrite de coxo-femoral:
–Muito incapacitante
–A dor localiza-se na região inguinal ou nas nádegas, podendo
irradiar-se pela face medial das coxas até os joelhos, ou
externamente pelo tensor da fáscia lata até o joelho.*
–É agravada com a marcha ou o movimento para sentar e
levantar de superfícies baixas.*

Osteoartrite de joelho
É a articulação mais acometida/frequente, em mulheres.
A dor nos joelhos é ao levantar da cadeira, iniciar a deambulação,
subir e descer escadas.
Limitação à flexão e a extensão
Joelhos em varo (mais comum) ou valgo → quando chega nessa
situação já é indicação de prótese!!

Osteoartrite das Mãos:


Referem perda da habilidade manual e da força de preen são –
carpometacarpal e trapezioescafoide.
IFP e IPD com rigidez matinal de curta duração.
Nos casos de artrite erosiva, referem dor, aumento de calor e até hiperemia.
Gustavo Moreno T19

Nódulos de Heberden
Nódulos de Bouchard

Quadro clínico: outras articulações:


Ombros: Coluna vertebral:
Articulação acromioclavicular é a mais Osteoartrite pode acometer
acometida principalmente a coluna cervical e
Normalmente em trabalhadores da lombar
construção civil com mais de 50 anos
Na Coluna lombar:
Pés: Pode ter estenose do canal medular
Ocorre mais na metatarsofalangeana Claudicação de membros inferiores
44% após os 80 anos (mais dor na descida do que na subida)
Queimação MMII
Exame físico:
Ao exame físico pode-se encontrar alargamento articular com dor à palpação
-Limitação do movimento articular e instabilidade, edema
-Episódios de bloqueio da articulação são devidos a presença de corpo livre no líquido
sinovial.
-Quase metade dos pacientes com OA de joelhos tem desvios articulares, sendo mais
comum o varismo, por conta da diminuição articular no compartimento medial.
-Nas mãos são características os nódulos de Heberden nas IFD e os nódulos de Bouchard
na IFP.

Classificação:
1. Idiopática (mais comum)
2. Secundária (hemofilias … )
3. Localizada – restrita a um ou a dois grupos articulares (joelho, quadril)
4. Generalizada – envolve 3 ou mais grupos.

Exames complementares:
Provas inflamatórias: normais e inespecíficos.
Rx simples – redução do espaço articular e esclerose subcondral e osteófitos. Cistos e
erosões em casos mais graves.
TM e RM
Gustavo Moreno T19

Tratamento:
Medidas gerais:
I. Identificar fatores de risco
II. Perder peso
III. Calçados com amortecedores ou de borracha, com estabilidade do pé
IV. Uma bengala contralateral (cuidar com o tamanho/ o cabo tem que estar na altura do
quadril – orientação do profissional fisioterapeuta)
V. Uso de joelheiras de neoprene fenestradas para realinhamento da patela joelheiras
com tensor.
VI. Fisioterapia (importantíssimo) – fortalecimento muscular, melhorar amplitude de
movimento e a marcha
VII. Hidroginástica
VIII. Órteses de posicionamento (risoartrote; pode usar no período noturno)

Tratamento farmacológico:
-Dipirona e acetamenofem como tratamento adjuvante
-No caso de pouca resposta ao acetaminofem, usar AINEs preferenciamente os COX2 ou
não COX2, associado com um inibidor de bomba.
-Hidroxicloroquina e cloroquina (usado muito para OA de mãos e joelhos)
-Podem ser usados AINH tópicos e capsaicina em OA de mãos
-Opiáceos – tramadol, tramadol + acetaminofem, oxicodona, morfina
-Duloxetina (anti-depressivo) – em casos de dor crônica**, nos casos sensibilização central
(OA de coluna, joelho e quadril) / (pode associar com outras medicações)
-Gabapentina e pregabalina – (OA de coluna, joelho e quadril) // (pode associar com
outras medicações)

Drogas de ação lenta:


Diacereína:
Age reduzindo IL-1B e metaloproteases, elevando a produção de proteoglicanos e
colágeno
A dose é de 50 a 100 mg
Usado tanto para joelho e quadril

Sulfato de glicosamina e sulfato de condroitina


Inibe a síntese de IL-1
Usado tanto para OA de joelho e mãos

Extratos não saponificados de soja e abacate


Mais eficaz em joelhos do que quadril

Harpagophytum procumbens → ação anti-inflamatória e analgésica

Colágeno não hidrolisado e hidrolisado – normalmente tem efeito mais de placebo do que
outra coisa!!

Curcuma domestica – usado mais como um anti-inflamatório

Terapia intra-articulares:
Gustavo Moreno T19

Corticoides – casos mais graves (artrites por exemplo)


Plasma rico em plaquetas – com potencial benéfico
Ácido Hialurônico – aplicações geralmente nos joelhos, quadris e ombros e eventualmente
em outras articulações.

Cirurgias:
1. Artroscopia com debridamento
2. Artroplastia total (Quadril / joelho → mais em fases mais tardias!!)
3. Laminectomia (OA coluna), fusão vertebral (espaço entre as vértebras)
Gustavo Moreno T19

Aula 13: Distúrbios de sono no idoso:


Fases do sono:
1º Fase: Sono Leve
–As ondas cerebrais desaceleram a atividade muscular despenca, às vezes geram
espasmos e sensação de queda.
–Quando o corpo entende que escureceu, começa a liberar a melatonina, o hormônio do
sono.

2º Fase: Sono Médio


–Os olhos param de se movimentar
–As ondas cerebrais ficam lentas,
com algumas altas eventuais
–A temperatura do corpo e a pressão
sanguínea diminuem

3º Fase: Sono Profundo


–O cérebro libera ondas de formas
muito lentas e o metabolismo cai
–É bem mais difícil acordar e se
acontece pode haver desorientação
por alguns minutos
–Nesta fase podem acontecer
episódios de sonambulismo.

4º Fase: R.E.M
–As ondas cerebrais disparam e chegam a mesma velocidade do estado de vigília
–A atividade cerebral está em alta, assim, como a respiração e pressão sanguínea
–Os olhos se movimentam rapidamente e é nessa fase que acontecem os sonhos

–Os medicamentos para o sono atuam principalmente no sono profundo e no REM


–Por noite ocorre cerca de 4 a 6 ciclos, com repetição de 70 a 100 minutos cada.

Distúrbios do sono no idoso:


Mudança com envelhecimento:
1. Redução do estágio profundo e sono REM
2. Sono mais superficial, menos restaurador (por esse motivo, o paciente tem mais
vontade de dormir/cochilar durante o dia)
3. Mais despertares durante a noite
4. Despertar precoce (se dorme cedo, logo acorda cedo)
5. Cochilos frequentes

Insônia no Idoso:
29% dos idosos tem dificuldades em manter o sono
Mais em brancos do que negros
Fatores de risco:
-Aumento da idade
-Sexo feminino
Gustavo Moreno T19

-Comorbidades
-Baixo nível sócio-economico
Idosos sem doenças: 1 a 3% têm insônia
Medo de morrer dormindo, viuvez, aposentadoria, depressão e situação econômica.
Podem ter insônia orgânica (DM descompensada, hiperplasia prostática benigna,
zumbido, dispneia, DPOC, insuficiência cardíaca → todos esses problemas atrapalham o
sono)

Sono insuficiente:
-Mortalidade
-Déficit cognitivo, demencia
-Diminuição da imunidade, risco de CA
-HAS
-Doenças cardiovasculares
-Resistência à insulina
-Risco a diabetes
-Outros: sobrepeso e obesidade, inflamação, dores crônicas

–Quem dorme mal tem menor quantidade de dias para viver, por esse motivo que
aumenta a mortalidade
–Dormir pouca aumenta os riscos de doenças → aumento do cortisol
–A insônia propicia inflamação, pois gera um processo inflamatório crônico.

Neurotransmissores do sono:
-Aumento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal
-Redução dos níveis de GABA
-Serotonina e noradrenalina antagonista do sono
-Melatonina – indutora do sono
-Histamina e hipocretina – vigília (anti histamínico dá sono)
-Acetilcolina – vigília e indutor do sono REM

Classificação:
→ Insônia Transitória ⇒ até 1 semana
→ Insônia Aguda ⇒ 1 a 6 meses
→ Insônia crônica ⇒ mais de 6 meses
→ Insônia medicamentosa ou por outras substâncias ⇒ Benzodiazepínicos, corticoides,
álcool, antidepressivos, antigripais, anticonvulsivantes
→ Insônia devido a distúrbios mentais
→ Insônia por situações médicas como SPI (síndrome das pernas inquietas), DPOC,
hormonais, imobilização ou dor.
→ Insônia devido a higiene do sono inadequada (celular durante a noite)

Diagnóstico:
Para definir insônia, deve-se encontrar cada um dos seguintes itens:
–Dificuldade em iniciar o sono, mantê-lo, despertar precoce ou sono não restaurador
–A dificuldade de sono ocorre apesar de oportunidade e circunstâncias adequada para
dormir
Gustavo Moreno T19

–Ocorrência de pelo menos um dos seguintes sintomas diurnos associados:


→Fadiga:
⇒Comprometimento da memória
⇒Comprometimento da concentração ou atenção.
⇒Irritabilidade ou transtorno de humor

→Prejuízo laboral ou social:


⇒Propensão a erros ou acidentes
⇒Redução da motivação, energia ou iniciativa

→Sonolência diurna:
⇒Cefaleia de padrão tensional ou sintomas gastrintestinais
⇒Preocupação em relação ao sono

Anamnese:
Perguntas importantes:
–Como é a insônia? (início [tem dificuldade de dormir?] / fragmentado [acorda toda
hora?] / terminal [acorda cedo?])
–Doenças associadas, medicações?
–Tratamentos prévios? (uso de medicamentos anteriores)
–Consequências diurnas da insônia? (fadiga, desânimo, cansaço, sonolência durante o
dia)
–Atividades noturnas – exercícios, uso de tablets?
–Ambiente para dormir?
–Outras doenças do sono associadas? (apneia do sono, síndrome das pernas inquietas)
–Presença de cochilos, fadiga, engasgos durante o sono, respiração ruidosa, tristeza,
ansiedade, pirose?
–HF?
–Presença de alteração cognitiva?

Polissonografia:
Não se usa em todos os pacientes
Afastar outros distúrbios do sono associados:
–Distúrbio respiratório (apneia do sono)
–Síndrome das pernas inquietas
–Parassonias
Diagnóstico inicial incerto
Falha do tratamento
Insônia de etiologia não definida

Tratamento:
Tratamento não farmacológico:
-Evitar o álcool, nicotina, cafeína
-Rotina para dormir
-Reduzir o tempo na cama (leitura)
-Atividade física 6 horas antes de adormecer
-Evitar cochilos ao entardecer ou início da noite
-Limitar a ingesta de líquidos a noite
Gustavo Moreno T19

-Evitar barulho
-Utilizar o quarto e cama somente para dormir

Tratamento farmacológico:
-Iniciar com doses pequenas e manter menor dose possível
-Evitar uso de hipnóticos
-Cuidado em pacientes com apneia do sono (pois pode piorar a apneia, levando a um
maior cansaço ou até mesmo paradas respiratórias durante o sono)
-Insônia de rebote ao suspender o hipnótico

1. Indutores do sono não BZD:


–Efeito sedativo ocorre com ocupação de cerca de 30% dos receptores
–Efeito amnésico em doses maiores
–Agem em receptores gabaérgicos
–Podem levar a alucinações e parassonias
–Zolpidem e zopiclona

2. Antidepressivos sedativos:
–Trazodona:
*1º Iniciação de insônia no idoso devido a sua segurança!!**
*Derivado do triazolopiridinico
*Dose: 50 a 100 mg
*Meia vida: 8 horas
*Pico de ação: 30 minutos a 2 horas (para insônia inicial, sono fragmentado)
*Efeito sedativo em doses baixas (50 a 100 mg)
*Mecanismo de ação antagonismo dos receptores 5HT2A
*Ação antagonista para histamina e alfa adrenérgicas
*Raros efeitos colaterais → priapismo e hipotensão ortostática (doses altas)

–Amitriptilina e doxepina
*Tricíclicos que agem como inibidores da serotonina e da noradrenalina
*Receptor histamínico, adrenérgico
*Caso de dor ⇒ amitriptilina (dose máxima de 25 mg/dia)
*Problemas de pele como urticária ou prurido ⇒ doxepina
*Efeito colateral: boca seca, obstipação*confusão mental.

–Mirtazapina
*Antagonista alfa 2
*Age sobre 5HTA2a, 5HT3, antagonista histaminérgico
*Usa mais em pacientes com depressão insônia com perda de peso
*Aumento o apetite

–Agomelatina
*Agonista melatoninérgico
*Se liga nos receptores de melatonina estimulando a produção dela
*Antidepressivo leve

–Gabapentina
Gustavo Moreno T19

–Ramelteona:
*Receptores de melatonina (produz melatonina)
*Seu uso é mais para insônia inicial / recente

3. Antipsicóticos sedativos:
Antipsicóticos Atípicos:
–Quetiapina e Olanzapina:
*Utilizada no tratamento da insônia em alguns pacientes neurológicos e
psiquiátricos
*Tem afinidade por receptores serotoninérgicos e da histamina
*Reduz a parte cognitiva

Parassonias:
*Distúrbios que ocorrem durante o sono e podem levar a insônia

Síndrome das pernas inquietas:


-Intenso desconforto nas pernas ao sentar ou deitar, Incapacitante
-Tipo formigamento
-Inquietação, que melhora com a movimentação das pernas ou deambulação
-Associação com Mioclonias noturnas em 70 a 80%
-Padrão genéticos familiar (pode ter HF)

Secundária:
-Anemia -Neuropatias
-AR -Fibromialgia
-DM -DPOC
-Uremia -Parkinson
-Insuficiência vascular periférica -Medicações

Exames:
-Hemograma -Ácido fólico
-Ferro -Eletroneuromiografia
-Ferritina -Polissonografia (dúvida)

Tratamento:
-Evitar álcool, cafeína, reposição de ferro
-Pramipexole (1º opção), clonazepam, levodopa, rotigotine patch
-Tomar 1 a 2h antes de deitar (demora para fazer efeito)
-Com o tempo necessita aumentar a dose

Distúrbio comportamental do sono REM:


-O paciente tem sonhos vividos com conteúdo desagradável angustiante, violento que
leva um comportamento de defesa e de ataque
-Refere ataque de pessoas, insetos ou animais, com traumas físicos, além de
machucarem seus companheiros de cama
-Há gritos, caretas, gesticulação, mastigação, rastejos, socos, pontapés, risadas, choro.
Gustavo Moreno T19

Causas:
1. Abstinência do álcool e nitrazepam
2. Biperideno, tricíclicos, ISRS, venlafaxina e da selegilina
3. Doença de parkinson, DCL***
4. TCE
5. Neoplasias do tronco cerebral
6. Narcolepsia

Tratamento:
1. Clonazepam
2. Alprazolam
3. Melatonina (20 gotas antes de dormir)

Despertar confusional:
-Estado de confusão mental durante e após um despertar
-Indivíduo acorda confuso, bradipsiquia, dificuldades de compreensão
-Doenças metabólicas, uso de medicamentos, tóxicas, apnéia do sono
-Diferencias de quadros de demências, crises parciais complexas
-Tratamento → clonazepam, imipramina.

Apnéia do Sono:
-Episódios repetitivos de pausas respiratórias, com duração superior de 9 segundos e
queda da PO2
-Sonolência diurna, cefaléia matutina, boca seca, roncos noturnos, abdome protuso,
micrognatia, pescoço largo.
-Maior incidência de HAS, IAM, morte súbita, AVC isquêmico, arritmias cardíacas,
hipertensão pulmonar
-Exame: polissonografia
-Tratamento: cirurgia e uso do CPAP, além de indicar emagrecimento

Distúrbios do sono no idoso:


-Maior incidência de HAS, IAM, morte súbita, AVC isquêmico, arritmias cardíacas,
hipertensão pulmonar.
-Exame: polissonografia
-Tratamento: cirurgias, CPAP.
Gustavo Moreno T19

Aula 14: Depressão no idoso:


Patologia mais comum!!

Introdução:
-Considerada por muitos como um processo natural do envelhecimento
-Interfere negativamente na morbidade de doenças físicas (pode piorar patologias como
a doença coronariana e a DM)
-Utilizam serviços médicos: 50 a 100% mais que os não deprimidos
-Apresentam queixas médicas inespecíficas 3 a 4x mais (“Oco na cabeça” // “bola na
garganta” → pensar no transtorno depressivo).
-Há presença dos sintomas cardinais, como humor deprimido e/ou perda do interesse,
com prejuízo no seu dia-a-dia por mais de 14 dias ( ter histórico > de 2 semanas de
sintomas, e isso atrapalha)
-Tem em média duas consultas médicas a mais e maior comorbidades

Epidemiologia:
-A depressão no idoso é subdiagnosticada e incorretamente tratada
-76,6% dos idosos não foram perguntados por seus médicos se sentiam-se tristes ou
deprimidos
-É a doença psiquiátrica mais comum no idoso
-Está presente em:
*2 a 4% dos idosos saudáveis
*10 a 14% dos hospitalizados
*20 a 25% dos idosos em asilos
-15 a 30% dos casos não entram na classificação do DSM-V
-O risco de suicídio em idosos é maior

Classificação:
Depressão de início tardio:
- (+) comum
-O primeiro episódio depressivo é na velhice
-Apresenta maior grau de apatia e disfunção cognitiva coma normalidade no lobo
temporal

Depressão de início precoce:


-Histórico de depressão na juventude, internações psiquiátricas
-Tratamentos anteriores
-Histórico familiar

Subtipos de depressão no idoso:


Depressão vascular:
-Subtipo de depressão associado a doença cerebrovascular, com lesões subcorticais e
em substância branca
-Lesões em núcleos da base e lobos frontais
-Diversos estudos mostram que há relação entre aterosclerose e depressão no idoso
-A doença vascular exerce efeito maior na depressão com o aumento da idade
-Maior prevalência de depressão demência vascular do que na DA
Gustavo Moreno T19

-Maior índice de déficits de função executiva, retardo psicomotor e insatisfação


excessiva

Depressão refratária:
-10% dos idosos persistem com depressão mesmo em tratamento
-Paciente não responde a pelo menos 2 antidepressivos de grupos diferentes, com
doses e tempo adequados
-Possui maior relação com atrofia cerebral, alterações na substância branca e cinzenta
subcortical.

Distimia:
-Quadro depressivo leve e prolongado
-Pacientes vivem normalmente
-Pacientes não apresentam tristeza e melancolia, porém têm falta de energia, insônia
ou hipersônia, irritabilidade e impaciência ou alterações do apetite
-”Paciente não está com tristeza, mas também não sente alegria ou prazer”

Fatores de risco para transtornos depressivos em idosos:


-Sexo feminino -Abuso de álcool
-Baixa escolaridade -Eventos estressantes
-Morar sozinho -Traumas psicológicos
-Viuvez -Aposentadoria
-Limitações físicas -Síndrome do ninho vazio
-Doenças físicas ⇒ doença de Parkinson, artrite reumatoide, demência vascular, câncer,
AVC, Alzheimer, DM e IAM.
-Medicamentos ⇒ beta-bloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio, metildopa, iECA,
tamoxifeno, corticoesteroides, progesterona, digoxina, L-dopa, barbitúricos.
-Preconceito social – idadismo
-Medo da perda da dignidade, de ser sobrecarga para os filhos
-Institucionalização (casas de idosos).

#Depressão em idosos é fator de risco para demência#

Causas:
-Pouca influência da predisposição genética
-Maior influência da atrofia cerebral e número de lesões na substância branca frontal e
núcleos da base
-Atrofia do lobo frontal e temporal
-Associação com outras doenças:
*Doença física *AVC
*Doença de Parkinson *DA
*Artrite reumatoide *DM
*Demência vascular *IAM
*CA *Histórico da HAS
Gustavo Moreno T19

-Associado ao uso de alguns medicamentos:


*Cardiovascular: betabloqueadores, bloqueadores de canais de Ca+, metildopa, IECA,
digoxina
*Tamoxifeno
*Corticoesteróides
*Progesterona
*L-Dopa
*Barbitúricos

Quadro clínico:
-Melancolia e tristeza -Sentimentos de culpa excessiva ou
-Anorexia e perda de peso inutilidade
-Sintomas psicóticos -Tonturas (cabeça vazia / pesada)
-Hipocondria -Desconforto abdominal
-Agitação psicomotora -Falta de energia e fadiga
-Ideias de suicídio -Alterações sexuais
-Ansiedade -Apatia e perda de interesse
-Irritabilidade -Pobreza de fala
-Insônia -Prejuízo cognitivo: diferenciar de
-Dores difusas doença de Alzheimer inicial

Critérios diagnósticos DSM V:

Suicídio nos idosos:


Maior risco em Homens idosos **
Menores tentativas em jovens comparado aos idosos
Taxa de suicidio consumado são maiores nos idosos
Gustavo Moreno T19

13º Causa de morte nos idosos

Fatores de risco:
*Doença mental *Rede social não estruturada
*Doença física *Luto
*Isolamento social e solidão *Problemas familiares

Teste de rastreio:
–Escala de Yesavage:
*Principal
*Composto por 15 perguntas de sim ou não
*Escore > ou igual a 5 sugere depressão
*Desvantagem: limitação do uso na presença de déficit cognitivo

–Mini Mental:
*Pode aplicar no idoso com déficit cognitivo, para afastar doenças demenciais.

Exames complementares:
Laboratoriais:
*Hemograma (afastar anemia)
*Glicemia de jejum (descompensação glicêmica - hipoglicemia / hiperglicemia)
*Eletrólitos (afastar hipocalemia e hiponatremia)
*Ureia e creatinina (função renal)
*Uremia (aumento gera sonolência, apatia, desânimo)
*TSH e T4L (afastar hipo/hipertireoidismo)
*Parcial de urina (afastar quadros infecciosos)
*Testosterona (hipogonadismo)

Exames de imagem:
*Apenas quando há depressão com distúrbio cognitivo associado ou na suspeita de
depressão vascular
*TC, RM de encéfalo

Tratamento:
-Terapia cognitiva:
*Acompanhamento psicológico - psicoterapia
*A resposta ao tratamento farmacológico é melhor em associação com terapia cognitiva

-Tricíclicos:
*Inibem a recaptação de noradrenalina e serotonina
*Possuem mais efeitos colaterais:
Anti-muscarínicos: boca seca, retenção urinária, constipação
Anti-histamínicos: sonolência, ganho de peso, delirium
Anti-adrenérgicos: hipotensão ortostática e arritmias cardíacas
*Podem ser (ideal) usar em menores doses, associados com outros anti-depressivos
Nortriptilina + sertralina
Nortriptilina + venlafaxina (potencializa o efeito da nortriptilina)
Gustavo Moreno T19

*Exemplos:
Imipramina Clomipramina
Amitriptilina Nortriptilina
*A nortriptilina é a mais usada pois inibe a recaptação apenas de noradrenalina e
apresenta menos efeitos colaterais anti-muscarínicos // Dose máxima: 50 mg

-Inibidores seletivos da recaptação de serotonina – ISRS:


*1º escolha
*Exemplos:
Fluoxetina Citalopram
Sertralina Escitalopram
Paroxetina Vortioxetina
*Evitar:
⇒ fluoxetina: meia-vida longa, interfere no CYP450, podendo levar a tremores e
diminuição do apetite, não indicada para idosos, sobreposição de dose.
⇒ paroxetina: efeitos anticolinérgicos e interferência no CYP450, pouco usado.
⇒ citalopram / escitalopram / vortioxetina: levam a alargamento do intervalo QT.
⇒ escitalopram tem menos efeito colateral do que citalopram
⇒ sertralina: único que não prolonga o intervalo QT
Obs: serotoninérgicos: prolongam o intervalo QT (cuidar com os pacientes que tem
taquicardia, fibrilação – não dar em doses elevadas)

-Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (DUAIS):


*Tratamento da depressão (grave / acentuada) e dores crônicas
*1º opção para depressão grave
*Exemplo: venlafaxina, desvenlafaxina e duloxetina
⇒ venlafaxina: para dor crônica
⇒ desvenlafaxina: derivada da venlafaxina, é menos potente, por isso tem que usar em
uma maior dose
⇒ Duloxetina: dor crônica
⇒ venlafaxina pode levar a distúrbios comportamentais do sono REM e aumentar a
pressão arterial

-Inibidores seletivos da recaptação de dopamina e noradrenalina (ISRDN):


*Principal ⇒ Bupropiona
*Não é usada em monoterapia para a depressão
*Pode ser associada a ISRS e duais
*Indicada em pacientes que apresentam principalmente apatia e melancolia

-Mirtazapina:
*Antidepressivo noradrenérgico e serotoninérgico específico (é DUAL)
*Possuem ação anti-histamínica → levando a quadros de sonolência e aumento do
apetite.
*Boa indicação em idosos com insônia e anorexia

-Antidepressivos melatoninérgicos (Agomelatina):


*Aumentam os níveis de melatonina
*Agonista de melatonina e antagonista dos receptores 5HT2C e HT2B (serotonina)
Gustavo Moreno T19

*Antidepressivo mais fraco


*Doses: 25 a 50mg/dia
*Boa indicação para idosos com depressão e insônia
*Pode dar alteração hepática (então precisa controlar a função hepática)

-Trazodona:
*Inibidor da recaptação da serotonina e antagonista de receptores serotoninérgicos em
doses elevadas
*Em baixas doses (25 a 100mg) possui maior efeito sedativo (hipnótico) e em altas
doses possui efeito antidepressivo (150 a 600mg)
*Geralmente associada a outros antidepressivos
*Usado normalmente para depressão leve e alteração do sono

Quando o paciente não melhora:


-Eletroconvulsoterapia:
*Tratamento efetivo / necessidade de resposta rápida
*O paciente deve ser sedado.
* Indicado para pacientes graves, com alto risco de suicídio ou com doenças hepáticas,
renal ou cardíaca que impeça o tratamento
*Indicação: pacientes mais jovens que tem risco de suicídio e não responderam a nada
*Efeitos colaterais: delirium e déficits de memória.

-Estimulação magnética transcraniana:


*Estimulação do lobo frontal por neuroestimulação superficial e focal
*Resultado estão sendo encorajados
*Requer mais estudos

-Quetamina injetável: para depressão mais grave, injetável (bons resultados)

–Se o paciente tiver insônia: Trazodona, Mirtazapina e Agomelatina


–Se tiver ansiedade e pânico: Escitalopram, Citalopram, Sertralina, Venlafaxina, Fluoxetina,
Vortioxetina
–Se tiver dor crônica: Duloxetina e Venlafaxina
Gustavo Moreno T19

Questões:
1. Paciente sexo feminino, 73 anos, refere obstipação intestinal há mais de 10 anos, sem
outras queixas clínicas, como emagrecimento, enterorragia ou dor abdominal. Como
comorbidades tem HAS, DM II, Obesidade leve e Osteoartrite de Coluna Lombar. Usando
como medicações: enalapril 10mg, Metformina 850mg, Tramadol 50mg e Amitriptilina 25mg.
Diante do quadro, qual seria a melhor conduta:
a.Trocar o enalapril por outro anti-hipertensivo, devido a ser obstipante; atividade física
regular e bisacodil dose única a noite.
b.Suspender somente o tramadol, atividade física regular, orientação nutricional quanto a
fibras e fenoftaleína como laxante.
c.Atividade física regular, orientação nutricional quanto a fibras, suspender tramadol e
amitriptilina e usar o plantago ovata.
d.Atividade física regular, orientação nutricional quanto a fibras, suspender a amitriptilina e
prescrever Cáscara Sagrada.
e.Orientação nutricional quanto a fibras e prescrever lactulona

2.Com o envelhecimento temos um processo de perda de massa magra e aumento de


massa gorda. Assim, é incorreto afirmar:
a.Há uma maior perda de fibras do tipo I, de contração rápida.
b.A diminuição de massa muscular é chamada de sarcopenia.
c.A sarcopenia pode levar a quedas no paciente idoso.
d.O sistema muscular é o que mais sofre com o processo de envelhecimento.
e.O aumento do tecido gorduroso pode interferir no processo farmacodinâmico de certas
drogas

3.Devemos ficar atentos as principais alterações farmacológicas e farmacodinâmicas das


drogas do Idoso, pois com isso evitaremos possíveis iatrogenias, sendo com isso correto
dizer:
a.No geronte temos maior intoxicação por drogas hidrofílicas, como o fenobarbital.
b.Temos um prejuízo na absorção de certos medicamentos no idoso devido a sua
hipocloridria, sendo um dos exemplos o ferro e salicilato.
c.A digoxina é um dos medicamentos que não sofre alteração na absorção devido ao Ph
mais alto no geronte.
d.Tanto o processo de oxidação como conjugação hepática estão reduzidos no paciente
idoso.
Gustavo Moreno T19

e.A creatinina é fidedigna na avaliação renal do idoso.

4.A avaliação da cognição do paciente idoso é muito importante no contato com o doente
geriátrico, com isso é incorreto dizer:
a.Um Teste de Mini-Mental menor que 25 para pacientes analfabetos é sugestivo para
Demência.
b. O Teste do Relógio avalia habilidades visuoespaciais, sofrendo alteração com a
escolaridade.
c.O Teste de Fluência Verbal se baseia em pedir ao paciente um número máximo de
palavras, como animais, que possa lembrar em 1 minuto.
d.O Teste de Memória com Figuras avalia entre outra coisas a memória tardia e imediata.
e.O Teste de Palavras do Cerad, avalia através de uma lista de palavras a memória verbal
de longo prazo.

5.Paciente de 82 anos, chega ao ambulatório para sua primeira consulta. Suas queixas são
diminuição de memória recente, tristeza, melancolia e quedas frequentes. Diante disso,
quais seriam os testes a serem feitos conforme a suas queixas:
a.Mini-mental, Cartilha de Snellen e Teste Cronometrado de Levantar e Andar.
b.Mini-Mental, Escala de Yesavage e Teste Cronometrado de Levantar e Andar.
c.Escala de Yesavage, Teste do relógio e Fluência verbal.
d.Teste do Relógio, Escala de Yesavage e Cartilha de Snellen
e.Fluência verbal e Teste de Romberg

6. L.A.O de 69 anos é trazido ao consultório com queixas de memória recente diminuída há


6 meses, com agnosia, apraxia, diminuição da atenção, agitação psicomotora,
principalmente no período noturno. Diante do quadro clínico, poderemos afirmar:
Gustavo Moreno T19

a.É um quadro de possível Demência de Alzheimer, com manifestações da Síndrome de


Godot. Confirmado o diagnóstico entraremos com antidepressivos para tratar a doença e
associar Memantina.
b.O paciente apresenta Comprometimento Cognitivo Leve e necessita de investigação com
exames laboratoriais e Ressonância Magnética, para excluir Demência.
c.Quadro de Doença de Alzheimer, sem necessidade de pedir exames de imagem, somente
os laboratoriais.
d.Possível Doença de Alzheimer, com Síndrome do Sol Poente, aonde após os exames
confirmatórios e testes de cognitivos, entraremos com anticolinesterásicos como a
Donepezila.
e.Possível Doença de Alzheimer, com delírios da Síndrome de Capgras, aonde pediremos
dosagem liquórica de proteína beta-amilóide e proteína tau.

7.No Comprometimento Cognitivo leve é falso afirmar:


a.É considerado em alguns casos como uma fase pré demencial.
b.Existe sempre tratamento para a doença, aonde usamos um anticolinesterásico.
c.Uma das características primordiais é a não mudança das atividades de vida diária.
d.A presença de baixa proteína beta-amiloide e aumento de proteína tau nesses pacientes,
coloca os mesmos em risco para Doença de Alzheimer.
e.O CCL amnéstico pode evoluir para Doença de Alzheimer.

8. Sra. H.E. 66 anos, chega ao consultório geriátrico com sua filha, que relata que sua mãe
há 9 meses, esquece fatos recentes, como dar recados, esquece onde guarda objetos,
esquece palavras que vai falar e com piora nos últimos 3 meses. Nega desorientação
temporo-espacial.
Nega alterações importantes das atividades de vida diária como ir ao banco ou fazer
trabalhos domésticos. Relata que sua mãe estudou até 8ª série. Usa como medicações:
Usa um AAS infantil, Metformina 850mg/dia, Sinvastatina 20mg/dia. Exame físico normal.
Mini-mental de 25. Relógio: normal. Teste de Fluência Verbal lembrou 14 animais.
Exames laboratoriais todos normais, exceto glicemia de jejum 221 e hb glicada de 8,0.
Ressonância Magnética de Encéfalo: normal.
Assim, podemos afirmar:
a.É uma Demência de Alzheimer, aonde devemos aumentar a dose da Metformina para
melhor controle glicêmico, pois o Diabetes é fator de piora cognitiva.
b.É um quadro de Demência Reversível por medicamentos, devido ao uso da sinvastatina.
c.A queixa de memória relatada é próprio do envelhecimento, aonde deve enfatizar o
controle alimentar e exercícios diários sem mexer na dose da metformina.
Gustavo Moreno T19

d.É um Comprometimento Cognitivo Leve de Múltiplos Domínios, aonde devemos aumentar


a dose da metformina para melhor controle glicêmico, pois Diabetes Mellitus é um fator de
piora da cognição.
e.É um Comprometimento Cognitivo Leve do tipo Amnéstico, aonde devemos aumentar a
dose da metformina para melhor controle glicêmico, pois o Diabetes Mellitus é um fator de
piora da cognição

9.Na Demência Fronto-Temporal é correto dizer:


a.Há um comprometimento da acetilcolina nesta doença, por isso o uso de
anticolinesterásicos.
b.Há inicialmente uma perda de memória seguida de alterações de comportamento, como
impulsividade, hiperoralidade e risos inadequados.
c.Uma maior impregnação por neurolépticos em relação a outras demências.
d.A atrofia cerebral, pela morte neuronal, compromete as regiões, frontais, temporais e
occipitais.
e.Para tratamento pode usar neurolépticos atípicos, como a quetiapina nos distúrbios de
comportamento.

10.M.E.R, de 73 anos, é trazido ao consultório com história dificuldade para realizar suas
atividades de vida diária há 4 meses, como se vestir e higiene pessoal. O cuidador refere
que a memória episódica esta diminuída, aonde esquece fatos recentes. Além disso, esta
tendo quadro de melancolia, tristeza e choro sem motivo.
Tem ficado agitado e agressivo por alguns períodos, com quedas frequentes e lentificação
motora nesse período.
Tem como comorbidades: has, dm II em tratamento. Paciente teve AVC há 6 meses
somente com desvio de rima bucal como sequela. Minimental: 16. Teste do Relógio: não
fez. Baseado nesses dados, qual seria provável diagnóstico:
a.Hidrocefalia de Pressão Normal
b.Doença de Alzheimer
c.Depressão Maior
d.Demência Vascular
e.Hematoma subdural
Gustavo Moreno T19

11.Sr. Cláudio, 69 anos, é trazido pela filha que refere há 3 meses, episódios diminuição de
memória recente, alucinações visuais como ratos passando pela sala, quedas frequentes e
no exame físico apresentava um Parkinsonismo com rigidez de membros e bradicinesia,
sem tremores.
Esses alterações motoras aparecerem há 6 meses. Familiar relata que paciente apresenta
flutuações no nível de consciência, dando exemplo; que em alguns dias ele está meio alerta
e atento, e que alguns dias depois está desatento. Podemos pensar em:
a. Demência Frontotemporal
b. Demência de Corpos de Lewy
c. Demência Vascular
d. Doença de Alzheimer
e. Doença de Parkinson

12.Sr. 80 anos, com diagnóstico de Depressão Maior, pela escala de Yesavage, relata que
tem Diabetes Mellitus Tipo II, em uso de Metformina 850mg 2x ao dia, com razoável
controle.
Relata dor em queimação em membros inferiores, mais precisamente em pés de maneira
simétrica. No exame de Eletroneuromiografia mostrou Polineuropatia Diabética. Diante do
caso depressivo e de dor, qual seria o melhor medicamento em questão:
a.Diazepam
b.Fluoxetina
c.Duloxetina
d.Trazodona
e.Sertralina

13.M.P.S, 67 anos, refere quadro de apatia, insônia, fraqueza geral, desânimo, ansiedade
principalmente no período da manhã há 6 meses. Foi diagnosticado Depressão Maior e
iniciado com Mirtazapina 30mg, sendo que após 40 dias, teve melhora parcial dos sintomas.
Aumentado dose da medicação para 45mg e pedido para retornar em 40 dias.
Paciente volta, com melhora da insônia, mas ainda com alguns sintomas depressivos e de
ansiedade. Diante do quadro, poderemos seguir qual conduta:
a.Associar Lítio
b.Eletroconvulsoterapia
c.Associar um ISRS
d.Introduzir um benzodiazepínico
Gustavo Moreno T19

e.Trocar a medicação por um ISRS

14. Na Síndrome das Pernas Inquietas é correto afirmar:


a.Anemia ferropriva e as medicações antidepressivas são causas da doença.
b.O tratamento de primeira escolha no idoso é o clonazepam.
c.Não existe participação genética na doença.
d.Os sintomas são de inquietação em pernas ou de dor, que não melhoram quando o
individuo levanta e deambula.
e.As mioclonias não são muito prevalentes como doença associada.

15.Paciente de 78 anos, sexo feminino, obesa, está em tratamento por Transtorno


Depressivo, com melhora do quadro melancólico com sertralina. Entretanto, vem tendo
insônia, com sono entrecortado e sonolência diurna. Qual seria a medicação de escolha
para esse paciente?
a.Diazepam
b.Trazodona
c.Amitriptilina
d.Alprazolam
e.Fluoxetina

16.Paciente vem apresentando há 2 horas quadro súbito de vertigens de forte intensidade,


com quedas, náuseas, vômitos e zumbido. Nega diminuição de força muscular ou
parestesias.
Qual seria o provável diagnóstico?
a.Vertigem Posicional Paroxística Aguda
b.Vertigem associada a Depressão
c.Insuficiência Vertebrobasilar
d.Vertigem de origem metabólica
e.Doença de Meniére
Gustavo Moreno T19

e
17.Qual o grupo de medicamentos que não causa hipotensão ortostática e tonturas no
idoso?
a.Antidepressivos tricíclicos.
b. Antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina.
c. Diuréticos tiazídicos.
d. Bloqueadores dos canais de cálcio derivados da dihidropiridina.
e. Nitratos.

18.Idosa com dor em joelho esquerdo, com crepitação e discreto edema. Fez Rx do joelho
que mostrou Osteoartrite. Paciente refere também instabilidade na articulação com algumas
quedas. Quais as condutas que seriam mais adequadas a essa paciente?
a.Fisioterapia e joelheira
b.Artroplastia total e fisioterapia
c.Hidroxicloroquina, Acido Hialuronico e fisioterapia
d.Ácido hialuronico, joelheira e fisioterapia motora
e.Glicosamina + Condroitina e fisioterapia

19.E.D, 72 anos, com Doença de Parkinson há 5 anos, em uso de Levodopa, aonde há 30


dias vem apresentando movimentos involuntários do segmento cefálico com aspecto
coreiforme.
Diante disso, assinale o provável diagnóstico e tratamento para esta alteração:
a.Discinesia, aumentar a dose da levodopa.
b.Tremor senil, suspender a levodopa.
c.Fenômeno wearing-off, associar pramipexole.
d.Período off, associar entacapone.
e.Discinesia, associar pramipexole.

20.Na Vertigem Posicional Paroxística Benigna temos um tipo de tontura muito


incapacitante no idoso, podendo levar a quedas e fraturas.
Sobre essa patologia é incorreto dizer:
Gustavo Moreno T19

a.Vertigem posicional associada a diplopia e fraqueza muscular.


b.O tratamento se baseia na Manobra de Epley e/ou Betaistina.
c.O paciente tem tonturas que duram segundos a minutos e é a tontura mais frequente no
idoso.
d.A cinarizina e flunarizina podem ser usadas como arsenal terapêutico.
e.Pode haver náuseas associado ao quadro.

21 Na Síndrome Da Fragilidade temos como alterações hormonais, exceto:


a) Diminuição de Vit. D
b) Diminuição de testosterona
c) Diminuição do GH
d) Aumento de interleucinas 6 e 1
e) Aumento de eritropoietina

22 Quais desses abaixo fazem parte dos critérios que levam ao diagnóstico de fragilidade
no idoso:
a) Emagrecimento de 10kg ou mais nos últimos 12 meses.
b) Quedas frequentes e fadiga referida.
c) Tonturas, quedas e lentificação da marcha.
d) Força de preensão palmar diminuída e diminuição da testosterona.
e) Emagrecimento, exaustão física e lentificação da marcha.

23. A espirometria forçada é o padrão-ouro para o diagnóstico da DPOC, qual o valor que
confirma este diagnóstico?
a) VEF1/CVF menor que 70% 10 minutos após inalação de 400mcg de Salbutamol spray
b) VEF1/CVF menor que 50% 15 minutos após inalação de 400mcg de Salbutamol spray
c) VEF1/CVF menor que 70% 20 minutos após inalação de 200mcg de Salbutamol spray
d) VEF1/CVF menor que 50% 20 minutos após inalação de 200mcg de Salbutamol spray
e) VEF1/CVF menor que 70% 20 minutos após inalação de 400mcg de Salbutamol spray
Gustavo Moreno T19

24.Assinale a incorreta:
a) A vacinação anual para influenza reduz a evolução para infecção grave e a mortalidade
dos pacientes com DPOC em cerca de 50%.
b) A vacinação antipneumocócica é recomendada para pacientes com DPOC maiores que
65 anos, pois diminui a incidência de pneumonia comunitária.
c) A corticoterapia sistêmica deve ser evitada nos pacientes com DPOC estável, em razão
dos efeitos adversos observados e da ausência de benefícios.
d) Algumas indicações para internação hospitalar no DPOC: aumento da dispneia, alteração
do comportamento ou sonolência, problemas socioeconômicos, hipoxemia refratária,
hipercapnia com acidose, incapacidade para dormir, alimentar-se ou deambular.
e) Na classificação da gravidade funcional do DPOC, classificamos o estágio III ou
moderado com VEF1/CVF< 50%, dispneia acentuada, diminuição da capacidade na
realização de exercício, fadiga, exacerbações e diminuição da qualidade de vida

25. Assinale a incorreta:


a) Nos diagnósticos diferenciais de DPOC podemos incluir: asma, ICC, bronquiectasia,
sequela de tuberculose, bronquiolite obliterante e pan-bronquiolite difusa.
b) Nos fatores de risco da DPOC podemos incluir: tabagismo, exposição a partículas
inaláveis, infecções e fator genético.
c) No fator de risco genético a deficiência de alfa-1-antitripsina é a mais conhecida.
d) Nas manifestações clinicas da DPOC a tosse crônica é o mais comum, podendo
preceder a dispneia e a obstrução do fluxo aéreo; porém não podemos esquecer que os
sintomas dependem do estágio da doença.
e) Na bronquite crônica apresenta a destruição e alargamento dos espaços aéreos distais
ao bronquíolo terminal sem fibrose evidente enquanto que no enfisema pulmonar
evidenciamos para o diagnóstico tosse produtiva, 3 meses ao ano por 2 anos consecutivos.

26 em relação a diarreia no idos, assinale a alternativa incorreta:


Gustavo Moreno T19

a) A diarreia crônica alta caracteriza-se por grande volume de fezes com poucas
evacuações, dor abdominal, restos alimentares nas fezes, relação com os horários das
refeições e manutenção das fezes na superfície da água.
b) A diarreia crônica baixa caracteriza-se por várias evacuações durante o dia, precedidas
de dor em cólica, volume pequeno, sem restos alimentares e por vezes com muco e ou
sangue vivo.
c) Diarreia crônica mista ou inespecífica caracteriza-se quando não se distingue de alta com
baixa.
d) Idosos mantém regras básicas dos adultos jovens seguindo os principais preceitos: como
a confirmação do diagnóstico do quadro agudo; descartar sinais de alerta (sangramento,
vômitos incoercíveis, emagrecimento e curso prolongado); investigar possíveis locais de
contágio; suporte clínico com início de terapia de reposição
volêmica; firmar diagnóstico precoce de complicações e prevenir recidivas.
e) Diarreia crônica Alta está relacionada com os cólons enquanto a baixa está relacionada
com o intestino delgado.

27 Em relação a osteartite (OA) marque a incorreta:


a) Algumas características desta patologia dão dor articular, crepitação, rigidez protocinética
(no início do movimento), instabilidade articulara, atrofia da musculatura periarticular, piora
da dor com atividade, melhora com repouso.
b) As articulações mais acometidas são: IFD das mãos, IFP das mãos, primeira
carpo-metacarpeana (rizartrose), articulação acrômio-clavicular, quadris, joelhos, primeira
metatarsofalangeana dos pés, articulações zigoapofizzarias da coluna cervical e lombar.
c) Em relação aos achados laboratoriais da AO temos: são inespecíficos. Não correm
alterações das provas inflamatórias, nem surgem auto-anticorpos. O liquido sinovial
apresenta alta viscosidade, sendo amarelo claro, com poucos leucócitos, ausência de
cristais e cultura negativa.
d) Os principais achados radiológicos são: diminuição da interlinha articular decorrentes do
afilamento da cartilagem, esclerose subcondral, osteofitose, cistos subcondrias grandes.
e) São nódulos articulares ósseos (osteófitos), chamados de nódulos de Heberden quando
localizados nas IFP e de Bouchard quando localizados nas IFD. Podem ocorrer desvios as
falanges. São mais frequentes em mulheres e tem caráter familiar

28. paciente de 85 anos de idade, portadora de demência na doença de Alzheimer em


estágio moderado, em tratamento com rivastigmina 4,5 mg duas vezes ao dia; iniciou há 3
dias piora da cognição com quadro de flutuação do nível de consciência, alternância do
ciclo sono, vigília e agitação noturna com períodos de alucinações visuais, gritos, piora da
atenção e agitação motora. A melhor conduta diante desse quadro recente é:
A) prescrever haloperidol 5 mg 2 x dia e prometazina 25 mg à noite
Gustavo Moreno T19

B) aumentar a rivastigmina e prescrever memantina


C) pesquisar e tratar a causa do delirium
D) tratar a agitação com clonazepam 2,5 mg/ml - 5 gotas à noite
E) pesquisar a causa e conter ao leito para prevenção de quedas 25.

29. Paciente masculino de 80 anos de idade, portador de demência vascular, crises


epilépticas secundárias ao acidente vascular cerebral, hipertensão arterial e diabetes
mellitus, residente de Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Foi
encaminhado à unidade de urgência com quadro de redução do nível de consciência,
hipotensão, taquicardia e piora das escórias renais. Exame de sangue mostra leucocitose
com desvio para a esquerda e aumento do lactato.
Vinha evoluindo há 4 dias com períodos de desorientação e agitação, queixa de disúria e
urina fétida. Cuidador nega febre. Possui história prévia de crise convulsiva com uso de
quinolonas. O EAS (Elementos e sedimentos anormais ou Exame de Urina Tipo I) solicitado
mostra nitrito positivo, leucócitos aumentados e presença de numerosas bactérias.
Entre os antibióticos apresentados abaixo, aquele mais indicado para esse paciente,
incluindo a forma de administração, é:
A) ciprofloxacino intravenoso até resultado do antibiograma
B) levofloxacino via oral 1 x dia por 7 dias
C) sulfametoxazol/trimetoprima intravenoso até resultado do antibiograma
D) ceftazidima intravenosa até resultado do antibiograma
E) amoxicilina + ácido clavulânico via oral por 7 dias

30. A doença cujos critérios diagnósticos incluem o declínio cognitivo progressivo suficiente
para interferir nas atividades de vida diária, quadro de parkinsonismo espontâneo, flutuação
da cognição e alucinações visuais recorrentes é:
A) delirium
B) parafrenia tardia
C) demência por mal de Parkinson
D) doença de Alzheimer
E) demência dos corpúsculos de Lewy

E
Gustavo Moreno T19

31 A manobra que, quando positiva, confirma o diagnóstico de vertigem posicional


paroxística benigna (VPPB) é:
A) manobra de Romberg
B) tilt test
C) manobra posicional de Dix-Hallpike
D) teste get up and go
E) escala de mobilidade e equilíbrio Tinetti

32 Na investigação da incapacidade cognitiva, a realização de, pelo menos, um exame de


neuroimagem é importante porque:
A) a presença de redução volumétrica do hipocampo é critério para o diagnóstico de
Doença de Alzheimer pelo DSM-5
B) a presença de atrofia do córtex pré-frontal sugere a doença de Creutzfeldt-Jakob
C) serve para afastar diagnósticos diferenciais na demência, como hematoma subdural
crônico e neoplasias intracerebrais
D) a presença de gliose microangiopática sugere o diagnóstico de Alzheimer
E) é possível verificar sinal do pinguim ou do beija-flor na ressonância magnética, na
demência dos corpúsculos de Lewy

33 Entre os inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS) listados a seguir,


aquele que deve ser evitado em idosos devido à sua meia vida longa e pelo seu maior
potencial causador de efeitos adversos, como hiponatremia, é:
A) citalopram
B) escitalopram
C) sertralina
D) paroxetina
E) fluoxetina

34. Paciente de 67 anos de idade, com escolaridade > 7 anos, apresenta queixa de
esquecimento. A avaliação neuropsicológica mostra prejuízo da memória, funções gnósticas
e linguagem, abaixo do esperado para sua escolaridade. O paciente mantém sua
capacidade funcional intacta para atividades básicas e instrumentais de vida
diária. Este paciente apresenta critérios diagnósticos de:
Gustavo Moreno T19

A) transtorno neurocognitivo leve


B) transtorno neurocognitivo maior do tipo Alzheimer
C) transtorno neurocognitivo maior do tipo Fronto-Temporal
D) depressão
E) transtorno de ansiedade generalizada

35 Em relação a senilidade, é possível considerar que:


A) é caracterizada pela redução da homeostase do indivíduo idoso, levando à maior
vulnerabilidade a eventos estressores
B) diferente da Doença de Alzheimer, é caracterizada pela deterioração da cognição
levando à perda funcional
C) é sinônimo de síndrome demencial, relacionada ao declínio cognitivo no idoso de idade
muito avançada
D) diferenciada do envelhecimento fisiológico, é caracterizada por modificações
determinadas por afecções que frequentemente acometem a pessoa idosa
E) resulta do somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas próprias do
envelhecimento normal

36 O teste recomendado pelo Ministério da Saúde, a ser aplicado pela Atenção Básica, para
avaliação do desempenho do idoso na realização das atividades básicas de vida diária é:
A) escala de Barthel
B) escala de Katz
C) MiniCog
D) miniexame do estado mental
E) escala de Lawton

37 O Miniexame do Estado Mental é um dos testes mais utilizados no mundo para


avaliação de pacientes com queixa de esquecimento. Uma grande vantagem da aplicação
desse teste nos pacientes com declínio cognitivo é:
A) fecha o diagnóstico de Alzheimer, sem a necessidade de outros testes
B) permite a avaliação do insight, que não é avaliado em outros testes
C) não sofre interferência da escolaridade
D) permite o acompanhamento evolutivo do quadro cognitivo
Gustavo Moreno T19

E) permite a diferenciação da doença de Alzheimer para demência frontotemporal

38 Um número significativo de idosos é vítima de síndromes semelhantes,


independentemente de doenças específicas, denominadas os 5 "Is" ou gigantes da
geriatria. Descritas inicialmente por Isaac, os 5 "Is" foram acrescidos de duas novas
síndromes que atuam diretamente na saúde do idoso, totalizando, agora, os 7 "Is " da
geriatria. As duas novas entidades são:
A) incapacidade comunicatica e iatrogenia.
B) incapacidade comunicativa e insuficiência familiar.
C) insuficiência familiar e imobilidade.
D) iatrogenia e imobilidade.

39 Em idosos, é fundamental prevenir a iatrogenia, uma vez que, nessa faixa etária, há uma
vulnerabilidade aumentada quanto às reações adversas às drogas e a determinadas
situações. Nessa fase da vida, é comum a
A) iatrofarmacogenia, decorrente de polifarmácia, da interação medicamentosa e do
desconhecimento das alterações farmacocinéticas associadas ao envelhecimento.
B) iatrogenia do silêncio, associada ao desconhecimento de técnicas de comunicação de
más notícias.
C) iatrogenia da palavra, que decorre da dificuldade de ouvir adequadamente o paciente e
sua família.
D) iatrogenia do excesso de intervenções reabilitadoras na qual o déficit de "equipe
interdisciplinar" pode trazer consequências desfavoráveis ao paciente

40 Mulher, 75 anos, portadora de demência tipo Alzheimer em uso de donepezila 5 mg,


diabética em uso de insulina NPH e vildagliptina 100 mg/dia, cardiopata em uso de
carvedilol 12,5 mg/dia e hipertensa em uso de losartan 100 mg/dia, é admitida com icterícia
e colúria. USG abdominal mostra aumento do volume hepático sem dilatação de vias
biliares e com presença de ascite. A conduta imediata é a suspensão de
A) losartan.
C) carvedilol.
B) vildagliptina.
D) donepezila.
Gustavo Moreno T19

41 Filha traz mãe de 68 anos para primeira consulta ao geriatra e mostra uma carta que
relata os sintomas da paciente: mudanças no comportamento (desinibição, comportamento
exaltado, risos e comentários sexuais inadequados e cia por doces) com discreta alteração
de memória de início há 6 meses. A paciente diz se sentir bem e não sabe porque a filha
marcou a consulta. O diagnóstico é demência:
A) por corpos de Lewy. C) tipo Alzheimer.
B) vascular D) frontotemporal

42 Filho traz pai de 76 anos para consulta de retorno ao geriatra e relata que o paciente não
melhorou da sintomatologia, mantendo quadro de rigidez muscular e movimentos lentos.
Segundo o filho, o idoso diz que é chamado por uma senhora todo dia, pela manhã, para ir
ao mercado, porém ele, o filho diz não ouvir nada. A tentativa de uso de risperidona 1 mg ao
dia não melhorou o quadro e o paciente passou a cair, motivo pelo qual suspendeu o
medicamento após 2 semanas de uso. O diagnóstico é demência
A) por corpos de Lewy. C) tipo Alzheimer.
B) microangiopática. D) reversível.

43 Mulher, 76 anos, cardiopata isquêmica, hipertensa e diabética, há 4 meses apresentou


AVEI, com sequela motora em dimidio direito, permanecendo cadeirante. Evoluiu há 2
meses com alteração do humor, chorosa, irritadiça, desejando morrer, alegando não servir
para mais nada. Sente muita dor nas pernas e na coluna. A opção terapêutica para essa
paciente é
A) clomipramina. C) fluoxetina.
B) duloxetina. D) trazodona.

44 Homem, 65 anos, metalúrgico aposentado apresenta, há 3 meses, dificuldade para


iniciar o sono, melancolia, perda de peso e do interesse para atividades sociais. A opção
terapêutica para esse paciente é
A) bupropiona.
B) fluoxetina.
Gustavo Moreno T19

C) mirtazapina.
D) sibutramina.

45 Os critérios para o diagnóstico clínico de provável Doença de Alzheimer incluem:


I) Demência estabelecida pelo exame clínico por testes como o Mini Exame do Estado
Mental, escala de Blessed ou
similares, confirmada por testes neuropsicológicos.
II) Déficit em duas ou mais áreas da cognição.
III) Piora progressiva da memória e outras funções cognitivas.
IV) Ausência de distúrbio da consciência.
V) Início entre os 40 e 90 anos, em geral após os 65 anos.
VI) Ausência de doenças sistêmicas ou cerebrais que por si possam explicar os déficits
progressivos da memória e
cognição.
a) Apenas I, III e VI estão corretas.
b) Apenas II, IV, V e VI estão corretas.
c) Apenas II, IV e V estão corretas.
d) Todas estão corretas.
e) Apenas I, II e IV estão corretas.

46 A vertigem é a sensação que o paciente tem de estar girando em torno do ambiente ou


vice-versa. Mais raramente, há a sensação de movimento em báscula no plano horizontal,
de movimento ascendente e descendente ou ilusão de rotação horária ou anti-horária no
plano frontal. Assinale a alternativa INCORRETA acerca da vertigem.
A) Pode ser acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômitos, tinnitus e
hipoacusia.
B) Na vertigem periférica, a lesão se encontra no labirinto e/ou nervo vestibular, até sua
entrada no núcleo vestibular.
C) A vertigem é provocada por disfunção do aparelho vestibular e se manifesta como uma
ilusão de movimento,
geralmente do tipo rotatório.
D) A vertigem periférica pode estar associada a tinnitus e hipoacusia e o corpo costuma
pender para o lado contralateral da lesão vestibular durante a queda.

47 A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo, progressivo e fatal que


se manifesta por deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das
Gustavo Moreno T19

atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações


comportamentais. Assinale a alternativa INCORRETA acerca da DA.
A) Os fatores de risco bem estabelecidos para DA são idade e história familiar da doença (o
risco aumenta com o
número crescente de familiares de primeiro grau afetados).
B) O diagnóstico da DA é de exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação de
depressão e exames de laboratório com ênfase especial na função da tireoide e níveis
séricos de vitamina B12.
C) O objetivo do tratamento medicamentoso é propiciar a estabilização do
comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida
diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeito adverso.
D) O diagnóstico definitivo de DA só pode ser realizado por necropsia (ou biópsia) com
identificação do número apropriado de placas e enovelados em regiões específicas do
cérebro, na presença de história clínica consistente com demência. Assim, a biópsia é
fundamental para o diagnóstico.

48 São considerados critérios diagnósticos para Diabetes Melito (valores em m/dL):


A) glicemia > 140 e < 200 após teste de tolerância à glicose.
B) glicemia em jejum > 100 e <126.
C) glicemia em jejum > ou igual a 126.
D) glicemia casual >140.
E) glicemia >140 após 75 g de glicose

49 Paciente de 80 anos trazido pela filha que queixa queo pai vem apresentando mudanças
gradativas no comportamento e personalidade, como por exemplo, perda do pudor, bate
palmas repetidas vezes ao dia. Além disso, vem apresentando declínio na higiene pessoal e
hipersexualidade. O SPECT mostra hipoperfusão dos lobos frontais e de áreas temporais
anteriores. Diante do diagnóstico mais provável, qual o tratamento medicamentoso mais
indicado?
A) Rivastigmina
B) Donepezil
C) Galantamina
D) Sertralina
E) Memantina

D
Gustavo Moreno T19

50 Em relação aos sintomas psicológicos e comportamentais das demências, qual o


distúrbio de comportamento mais comum da Demência de Alzheimer?
A) Depressão
B) Perambulação
C) Agitação
D) Apatia
E) Delírios

51 Paciente idoso de 80 anos, institucionalizado, com demência de Alzheimer em uso de


donepezil. Vem apresentando tristeza, insônia, perda de apetite e irritabilidade. Diante do
diagnóstico de depressão, qual dos antidepressivos abaixo está mais indicado para controle
dos sintomas?
A) Fluoxetina
B) Amitriptilina
C) Nortriptilina
D) Duloxetina
E) Mirtazapina

52 Paciente de 87 anos procura emergência com quadro de desorientação de início agudo,


estando sonolento, com dificuldade de focar atenção, com sintomas que flutuam ao longo
do dia, passando a não reconhecer familiares.
Família nega alterações de memória previamente e informam que o idoso era independente
para atividades instrumentais de vida diária. Ao exame físico paciente apresentava
PA: 160x90mmHg; FC: 108 bpm; FR: 15 irpm; TAX: 37,9 °C; ACV: RCR em 2 T; pulmões
limpos, abdome sem alterações. Exame neurológico sem sinais focais. Laboratório com
leucocitose e desvio para esquerda. A conduta mais correta a ser seguida pelo médico da
emergência é:
A) realização de ressonância magnética de crânio para melhor investigação da
desorientação de início súbito.
B) a realização de punção lombar é mandatória para investigação deste caso, visto que há
desorientação aguda e estado febril.
C) prescrever haloperidol endovenoso para tratamento do e prosseguir investigação do fator
desencadeante.
D) incluir paciente no protocolo de AVC e avaliar realização de trombólise.
E) seguir investigação de causa clínica desencadeante de hipoativo.
Gustavo Moreno T19

53 Mulher, 72 anos, com escolaridade equivalente ao ensino fundamental, é avaliada pelo


miniexame do estado mental com pontuação de 23. Qual a interpretação deste resultado e
a conduta correta, respectivamente?
A) Sugere perda cognitiva. Dosar vitamina D.
B) Sugere perda cognitiva. Dosar hormônio estimulante da tireoide.
C) Afasta perda cognitiva. Dosar vitamina B12.
D) Afasta perda cognitiva. Tomografia de crânio.
E) O miniexame do estado mental não determina avaliação cognitiva.

54 O manejo da dor crônica com antidepressivos tricíclicos é muito comum. Qual das
condições dolorosas abaixo demonstrou benefício no uso do antidepressivo tricíclico, porém
não comprovado efeito analgésico?
a) Neuralgia pós-herpética.
b) Neuropatia diabética.
c) Cefaleia tensional.
d) Enxaqueca.
e) Dor lombar crônica.

55 A tontura é uma queixa comum entre idosos e tem etiologia multifatorial. Sobre a tontura,
assinale a alternativa correta.
a) A farmacocinética das drogas sistêmicas não interfere no curso das tonturas que têm
causa otológica.
b) A vertigem posicional paroxística benigna é autolimitada, dura três meses e a manobra
de Epley é eficaz para a recuperação.
c) Qualquer tontura do idoso deve ser investigada com TAC e RNM, porque tem
componente central.
d) Os antivertiginosos devem ser usados continuadamente, por serem vasodilatadores
cerebrais e evitarem a esclerose cerebral.
e) Tanto a vertigem central quanto a periférica são acompanhadas de intensos sintomas
neurológicos
Gustavo Moreno T19

56 Um senhor de 85 anos é levado ao ambulatório pela família com as queixas de aumento


do tempo da realização das atividades da vida diária, acúmulo de saliva e déficit cognitivo. A
observação mostra micrografia, rigidez e bradicinesia. A hipótese diagnóstica é:
a) Doença de Alzheimer.
b) Doença de Lyme.
c) Doença de Parkinson.
d) Demência vascular.
e) Demência do hematoma subdural.

57 Sobre a vacinação de idosos, é correto afirmar:


a) Os indivíduos imunodeprimidos, esplenectomizados e asilados devem tomar a vacina
antipneumocócica a cada 10 anos.
b) O idoso que apresentar reações adversas à vacina da gripe após 7 dias deve ser
internado.
c) Os doentes pulmonares não devem ser vacinados, porque pode haver o agravamento da
doença básica.
d) A vacina dupla contra difteria e tétano deve ser tomada em dose única.
e) A vacina contra influenza é anual, segura e deve ser adiada se o idoso mostra uma
síndrome gripal em curso.

58 A dor é uma experiência sensorial desagradável, multicausal, de intensidade variável,


que requer diagnóstico e tratamento. Sobre a dor, assinale a alternativa correta.
a) A analgesia nunca deve ser feita com opioides associados a anti-inflamatórios não
hormonais.
b) Os idosos não respondem a medidas não farmacológicas para alívio da dor.
c) Antidepressivos tricíclicos, neurolépticos e anti-histamínicos são medicações
coadjuvantes no tratamento da dor.
d) A persistência da dor requer o aumento progressivo da dosagem do anti-inflamatório.
e) A potência analgésica e a tóxica de cada anti-inflamatório caminham paralelas; melhor
intercalar diferentes tipos de AINES
Gustavo Moreno T19

C
59 Sobre a avaliação inicial da demência, considere as seguintes afirmativas:
1. A história é de pouca importância, porque o doente não sabe informar.
2. A suspensão do uso de medicamentos deve ser levada em conta.
3. Exames laboratoriais, como hemograma, TSH, creatinina, sódio e potássio são pouco
elucidativos, por serem muito gerais.
4. A tomografia computadorizada é fundamental para investigar processos expansivos.
5. Aplicar testes breves é prático, pois não cansam o doente e por isso não há risco de
falso-negativo.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1, 3 e 5 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3, 4 e 5 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 5 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras

60 Na demência de Alzheimer, encontramos:


a) perda da memória semântica.
b) perda da memória recente.
c) perda da memória episódica.
d) perda de interesse, choro, apatia e sonolência.
e) perda de memória remota

61 Na investigação da doença de Alzheimer, no exame de ressonância magnética podemos


encontrar:
a) atrofia do córtex parietal.
b) atrofia do córtex frontotemporal.
c) atrofia da substância negra.
d) hipotrofia do lobo temporomedial.
e) hipertrofia dos ventrículos

B
Gustavo Moreno T19

62 Na atualidade, o tratamento farmacológico preconizado para a demência de Alzheimer


são as substâncias:
a) hipnóticas.
b) fitoterápicas.
c) anticolinérgicas.
d) anticolinesterásicas.
e) neurolépticas

63 Um paciente com 74 anos chega ao pronto atendimento com febre, confusão mental,
agitação e taquicardia. O quadro clínico é compatível com:
1. alucinação.
2. demência.
3. delirium.
4. pneumonia aguda.
Estão corretos os itens:
a) 1 e 2 apenas.
b) 2 e 3 apenas.
c) 1, 3 e 4 apenas.
d) 1 e 2 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4

64 egundo a patobiologia do envelhecimento, várias teorias podem justificar a senescência.


Analise as airmativas abaixo:
1. O envelhecimento resulta da interferência genética na capacidade das células para se
reproduzirem.
2. O relógio biológico altera a secreção de hormônios, resultando em alterações nos
tecidos.
3. A função celular diminui, aumentando as chances de desenvolvimento de infecções e
câncer.
4. O encurtamento dos telômeros em células somáticas diminui a capacidade das células
para se dividirem.
5. Quanto maior a taxa metabólica basal (a taxa em que o corpo, em repouso, usa a
energia), menor a expectativa de vida.
6. Mutações em genes ocorrem com o envelhecimento, eventualmente fazendo com que as
células parem de funcionar.
7. A lesão tecidual é causada pelos radicais livres, como os radicais superóxido ou hidroxila.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 3 e 5.
Gustavo Moreno T19

b. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 7.


c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 4 e 6.
d. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2, 3, 4, 5 e 7.
e. ( ) São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.

65 Uma variedade de distúrbios metabólicos pode contribuir para o delírio, exceto:


a. ( ) hipocalcemia.
b. ( ) hipercalcemia.
c. ( ) hipernatremia.
d. ( ) hiponatremia.
e. ( ) distúrbio ácido-base.

66 Quase todas as classes de drogas têm o potencial de causar delirium em pacientes


idosos, mas drogas específicas têm sido mais comumente implicadas.
Assinale qual droga está mais corretamente indicada para diminuir esse efeito indesejado
em idosos.
a. ( ) Diazepan
b. ( ) Ranitidina
c. ( ) Meperidina
d. ( ) Lorazepan
e. ( ) Flurazepan

67 A avaliação geriátrica é dificultada por diversas questões, como sintomas indefinidos,


múltiplas queixas e dificuldade de comunicação, entre outros. Uma avaliação geriátrica de
qualidade requer que o médico geriatra (A) adote perspectivas de avaliação semelhantes
àquelas usadas na avaliação de adultos em geral.
(B) evite a repetição de informações para não confundir o idoso.
(C) focalize no sintoma relatado pelo paciente, evitando contextualizações.
(D) utilize medicação específica para cada problema detectado.
(E) domine o conhecimento relativo aos problemas exclusivos dos idosos
Gustavo Moreno T19

68No estudo da geriatria, são considerados os gigantes da geriatria ou grandes “I”. Essas
situações devem obrigatoriamente ser pesquisadas na abordagem geriátrica. Quais das
situações clínicas correspondem a dois desses grandes “I”?
(A) Imobilidade e incompetência istmo-cervical
(B) Insuficiência cardíaca e iatrogenia
(C) Insuficiência renal e insuficiência cerebral
(D) Incontinência fecal e infarto do miocárdio
(E) Incontinência urinária e instabilidade postural

69 No exame físico do idoso, considera-se como senescência a presença de


(A) tremor fino e rápido nas mãos.
(B) quarta bulha na ausculta cardíaca.
(C) nódulos nas interfalangianas distais.
(D) hiper-reflexia de tendão patelar.
(E) edema leve nos membros inferiores

70Assinale a alternativa que apresenta causas de demência potencialmente reversível.


(A) Doença de Parkinson e hipotireoidismo.
(B) Deficiência de vitamina B12 e doença de Pick.
(C) Hidrocefalia de pressão normal e doença de Wilson.
(D) Hematoma subdural crônico e doença de Lewy.
(E) Neurossífilis e acidente vascular encefálico.

71 Mudança aguda do estado mental com flutuação do nível de consciência, além de


dificuldade em manter atenção, pensamento desorganizado e alucinações são
características de idoso que apresenta
(A) demência.
(B) esquizofrenia.
(C) depressão.
(D) delirium.
Gustavo Moreno T19

(E) parafrenia.

72 Assinale a alternativa que apresenta corretamente opioides para tratamento de dor de


intensidade leve a moderada no indivíduo idoso.
(A) Morfina e nalbufina.
(B) Cetorolaco e fentanila.
(C) Tramadol e codeína.
(D) Oxicodona e metadona.
(E) Meperidina e dipirona

73 Entre as alterações farmacocinéticas próprias do envelhecimento, assinale a alternativa


que apresenta a modificação mais relevante para que os benzodiazepínicos permaneçam
mais tempo no organismo quando ingeridos por idosos.
(A) Aumento da massa gordurosa.
(B) Aumento da α1 glicoproteína.
(C) Diminuição da água corporal.
(D) Diminuição da massa magra.
(E) Diminuição da albumina.

74 No diagnóstico diferencial entre o declínio cognitivo apresentado pelo idoso com


depressão e o declínio cognitivo apresentado pelo idoso com demência, assinale a
alternativa que contém a característica clínica que sugere o diagnóstico de demência.
(A) Data do início dos sintomas identificada com precisão.
(B) Queixa da perda cognitiva enfatizada pelo paciente.
(C) Deterioração precoce da capacidade para atividades sociais.
(D) Presença do sinal do “virar a cabeça” durante a anamnese.
(E) Pouco esforço para executar tarefas solicitadas

75 Assinale a alternativa que NÃO constitui uma indicação de realização do exame do


líquido Cefalorraquiadiano em pacientes com demência.
A) Pacientes com história familiar positiva e com alto risco de desenvolver demência
Gustavo Moreno T19

B) Idade inferior a 65 anos


C) Demência com apresentação atípica
D) Hidrocefalia comunicante
E) Suspeita de doença infecciosa ou inflamatória do SNC

76 Paciente de 89 anos, pós-operatório imediato de artroplastia total de quadril. A


prescrição continha analgesia com dipirona somente quando necessário, protetor gástrico e
profilaxia para trombose venosa profunda com enoxaparina subcutânea.
Encontrava-se hipertenso, sonolento, flutuando nível de consciência, com CAM (Confusion
Assessment Method)
positivo. Diante do quadro clínico, qual a conduta mais correta a ser seguida?
A) Iniciar haloperidol 0,5 a 1mg IM.
B) Iniciar quetiapina 12,5 a 25 mg 2x dia VO.
C) Tentar medidas visando corrigir causas de delirium como analgesia adequada, estado de
hidratação, necessidade de manter cateteres e medidas não farmacológicas de tratamento.
D) Transferir paciente para unidade intensiva visando estabilização do quadro clínico.
E) Realizar RNM de crânio e eletroencefalograma para complementação diagnóstica.

77 Idosa de 82 anos, professora aposentada, procura atendimento ambulatorial de


geriatria. Filha informa que a mãe vem apresentando “lapsos” de memória (esquece onde
guarda objetos e já esqueceu a panela no fogo). Apesar das queixas da acompanhante,
paciente reside sozinha, joga cartas com as amigas. Na avaliação geriátrica inicial
apresentou MEEM (Miniexame do Estado Mental) de 25, teste do relógio normal, escala de
atividades instrumentais de vida diária (Lawton) de 20. Laboratório: hemograma normal;
TSH: 2,0; ácido fólico, vitamina B12 e eletrólitos dentro dos valores de referência.
A tomografia de crânio mostra atrofia do lobo temporal. O exame físico foi sem alterações,
Qual melhor conduta a ser iniciada?
A) Solicitar tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) para
complementação da investigação de demência.
B) Iniciar terapia com anticolinesterásico isoladamente.
C) Iniciar terapia com anticolinesterásico e memantina.
D) Iniciar terapia com memantina isoladamente.
E) Acompanhar ambulatorialmente e ponderar a solicitação de testagem neuropsicológica.
Gustavo Moreno T19

78 Paciente de 83 anos, encaminhada para centro multidisciplinar de reabilitação cognitiva


com história de, há 5 anos, ter iniciado com quadro de confusão mental, declínio cognitivo,
alucinações visuais (via objetos inexistentes, pessoas no quarto...) e depressão de difícil
controle. Além disso, apresentava também alterações de marcha e rigidez simétrica axial.
Teve uma progressão rápida da doença, sendo, atualmente, totalmente dependente para
atividades básicas da vida diária. Família informa piora dos sintomas com o uso de
haloperidol. Qual o diagnóstico mais provável?
A) Demência associada à doença de Parkinson
B) Degeneração lobar frontotemporal
C) Demência deAlzheimer
D) Demência de corpos de Lewy
E) Paralisia Supranuclear progressiva

79 O uso de antidepressivo em idosos difere substancialmente do uso em pacientes jovens


apresentando, nos idosos, altas taxas de recaída da depressão. Quanto aos
antidepressivos, é correto afirmar que:
A) dentre os inibidores de recaptação da serotonina a Paroxetina é a que tem a meia-vida
mais longa devendo ser descontinuada abruptamente.
B) entre os tricíclicos, a Nortriptilina é o antidepressivo mais indicado para os idosos por
apresentar menos efeitos colaterais.
C) a Mirtazapina é um antidepressivo noradrenérgico e serotoninérgico específico útil no
tratamento de idosos em que se deseja ganho de peso.
D) a Bupropriona é um antidepressivo noradrenérgico e dopaminérgico que tem como efeito
a indução do sono em idosos.
E) os inibidores de recaptação de serotonina são drogas de escolha em pacientes com
síndrome de secreção inapropriada do ADH.

80 Os antagonistas de receptores NMDA são usados no tratamento da Doença de


Alzheimer e tem como principais efeitos colaterais:
(A) náuseas e vômitos.
(B) quadros confusionais e alucinações.
(C) cefaleia e astenia.
(D) parestesia de membros inferiores e flacidez muscular.
(E) afasia e flacidez de musculatura respiratória
Gustavo Moreno T19

81 Mulher branca de 64 anos de idade, viúva, é levada ao geriatra pela sua cuidadora, que
é enfermeira, por estar apresentando déficits na função executiva, na solução de problema,
no desempenho audiovisual e na fluência verbal, porém mantém memória preservada.
Relata flutuações dos déficits, algumas vezes de minutos ou horas, com alucinações visuais
detalhadas e sintomas parkinsonianos. Qual é o provável diagnóstico clínico e qual é a
medicação utilizada nesse quadro que desencadeia piora dos sintomas comportamentais?
(A) Demência por Corpúsculos de Lewy; Neurolépticos.
(B) Demência da doença de Parkinson; Analgésicos.
(C) Doença de Creutzfeld-Jakob; Anticonvulsivantes.
(D) Demência vascular; Inibidores da receptação da serotonina.
(E) Hidrocefalia de pressão normal; Antagonista seletivo das monoaminas cerebrais.

82 obre os critérios para o diagnóstico de Comprometimento Cognitivo Leve (Petersen et al,


1997), analise as afirmativas abaixo, assinalando V, se verdadeiro, ou F, se falso.
( ) Presença de déficit de memória comparado com idosos normais.
( ) Funcionamento emocional e intelectual com transtornos leves.
( ) Ausência de dificuldades com atividades de vida diária básicas e instrumentais.
( ) Funcionamento intelectual geral normal.
( ) Apresenta-se com baixo risco de desenvolver demência.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) V – V – V – F – V.
B) F – V – F – V – F.
C) V – F – V – V – F.
D) F – F – V – F – V.
E) V – V – F – F – V.

83 Quanto aos critérios diagnósticos do DSM-IV para demência do tipo Alzheimer, analise
as seguintes assertivas:
I. Ter a presença de, ao menos, um dos seguintes transtornos: afasia, apraxia, agnosia e
transtorno de funções executivas.
II. O curso é caracterizado por início gradual e declínio cognitivo flutuante.
III. A fase inicial da demência é a de maior duração.
IV. A Ressonância Magnética Cerebral é o método diagnóstico mais preciso para o
diagnóstico.
Gustavo Moreno T19

Quais estão corretas?


A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas II e III. D) Apenas III e IV. E) Apenas II, III e IV.

84 Quanto ao Transtorno Depressivo na pessoa idosa, avalie as assertivas a seguir:


I. As doenças crônicas na pessoa idosa não estabelecem, por si só, risco para a doença
depressiva no idoso,
devido à capacidade adaptativa e à diminuição do metabolismo neuroendócrino na velhice.
II. A história familiar de doença depressiva apresenta menor influência nos casos de
depressão iniciada somente
na velhice.
III. Teste de supressão da dexametasona é um método com sensibilidade e especificidade
para o diagnóstico da depressão em pessoas idosas.
Quais estão corretas?
A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III.

85 Analise as seguintes drogas:


I.Propranolol.
II.Nifedipina.
III.Digoxina.
IV. Indometacina.
Quais estão relacionadas ao desencadeamento de depressão na pessoa idosa?
A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas I e III. D) Apenas II e IV. E) Apenas I, II, III e IV.

86 Quanto aos fatores que resultam em alterações na farmacocinética e farmacodinâmica


das drogas na pessoa idosa, observe as assertivas a seguir:
I.A pessoa idosa apresenta um aumento na proporção de gordura em relação ao peso
corporal, promovendo uma diminuição no tempo total de eliminação de drogas lipossolúveis.
II. A diminuição de proteínas plasmáticas, como a albumina, leva a um aumento da fração
livre das drogas.
III. A diminuição da água corporal no envelhecimento promove um menor nível sérico da
droga hidrofílica.
Quais estão corretas?
A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III
Gustavo Moreno T19

87 Paciente idoso, de 68 anos de idade, informa que está com dificuldade para ter o
orgasmo.
Analise as seguintes medicações:
I. Fluoxetina. II. Citalopram. III. Imipramina. IV. Bupropiona. V. Buspirona.
Quais das medicações podem ser a causa da queixa referida?
A) Apenas I e III. B) Apenas II e IV. C) Apenas I, II e III. D) Apenas II, III e V.
E) I, II, III, IV e V.

88 Demência por Corpúsculos de Lewy (DCL), que acomete cerca de 20% dos pacientes
com síndrome demencial, tem o diagnóstico clínico quando ocorre(m)
A) alucinações (especialmente visuais), menor sensibilidade aos antipsicóticos
convencionais, declínio cognitivo progressivo, quedas frequentes, sinais extrapiramidais
espontâneos, períodos de confusão.
B) demência de, pelo menos, 02 (dois) anos com declínio cognitivo progressivo, períodos de
confusão, quedas frequentes, sinais extrapiramidais espontâneos, alucinações
(especialmente visuais), menor sensibilidade aos antipsicóticos convencionais.
C) demência de, pelo menos, 06 (seis) meses de duração com declínio cognitivo flutuante,
períodos de confusão, quedas frequentes, maior sensibilidade aos antipsicóticos
convencionais, sinais extrapiramidais espontâneos, alucinações (especialmente visuais).
D) sinais extrapiramidais espontâneos, menor sensibilidade aos antipsicóticos
convencionais, demência de, pelo menos, 02 (dois) anos com declínio cognitivo
progressivo, quedas frequentes, períodos de confusão.
E) quedas frequentes, demência de, pelo menos, 02 (dois) anos com declínio cognitivo
progressivo, menor sensibilidade aos antipsicóticos convencionais, períodos de confusão,
alucinações (especialmente visuais).

89 No tratamento medicamentoso da constipação intestinal crônica do idoso, na suspeita de


obstrução intestinal, são formalmente contraindicados:
A) laxantes e sais osmóticos.
B) lubrificantes.
C) laxantes formadores de massa.
D) laxantes emolientes ou amolecedores de fezes.
E) laxante estimulante ou de contato.
Gustavo Moreno T19

90 Entre as várias situações clínicas causadoras de demência potencialmente reversível,


encontram-se:
A) distúrbios eletrolíticos, deficiência de vitamina C, hipertrofia prostática.
B) doença de Wilson, uso imoderado de analgésico narcótico, DPOC.
C) encefalopatia hepática, insulinoma, deficiência de folato.
D) hipotiroidismo, deficiência de vitamina E, osteoporose.
E) meningite crônica, uso inadequado de lítio, deficiência de vitamina D.

91 Com relação ao envelhecimento renal, é correto afirmar que ocorre:


(A) diminuição do limiar de excreção renal de glicose.
(B) aumento da concentração plasmática de aldosterona.
(C) aumento da capacidade tubular distal de reabsorver sódio.
(D) aumento da síntese de 1,25(OH)2 vitamina D.
(E) diminuição da atividade da renina plasmática

92 Na avaliação da capacidade funcional do idoso, são consideradas atividades


instrumentais de vida diária:
(A) fazer compras, vestir-se, realizar serviços domésticos.
(B) usar telefone, cuidar das finanças e preparar refeições.
(C) tomar medicamentos, cuidar do jardim e tomar banho.
(D) dirigir carro, realizar higiene pessoal e lavar roupa.
(E) escovar os dentes, alimentar-se, cortar as unhas.

93 Em paciente com diagnóstico de demência da doença de Alzheimer estágio leve, a


conduta mais efetiva seria:
(A) orientar reabilitação cognitiva.
(B) iniciar com antagonista de receptor NMDA.
(C) orientar atividade física regular.
(D) iniciar com inibidor de acetilcolinesterase.
(E) iniciar com composto nutricional.
Gustavo Moreno T19

94 O teste do levantar e caminhar cronometrado (Timed Up and Go) identifica idoso com
alto risco para quedas, quando o tempo para execução do teste for superior a:
(A) 10 segundos.
(B) 12 segundos.
(C) 15 segundos.
(D) 18 segundos.
(E) 20 segundos

95 Paciente idoso de 82 anos apresenta quadro de lapsos de memória, sonolência diurna e


cansaço sete dias após iniciar uso de diazepam, prescrito na unidade básica de saúde,
devido à queixa de insônia. A alteração farmacocinética responsável por esse quadro é
(A) o aumento da atividade em receptores GABA.
(B) a diminuição da atividade do sistema de isoenzimas P450.
(C) a diminuição da água intracelular.
(D) a diminuição da atividade em receptores colinérgicos.
(E) o aumento da gordura corporal total.

96 As opções terapêuticas mais efetivas para o tratamento de idoso de 72 anos com quadro
de tremor de ação postural fino e simétrico de mãos, que interfere nas atividades de vida
diária, são:
(A) topiramato e alprazolam.
(B) levodopa e pramipexol.
(C) selegilina e biperideno.
(D) propranolol e primidona.
(E) oxcarbazepina e ácido valproico

97 A causa mais comum de perda auditiva neurossensorial no idoso é


(A) o uso de medicamento ototóxico.
(B) o neurinoma do acústico.
(C) a presbiacusia.
(D) a impactação por cerume.
(E) a exposição à ruído
Gustavo Moreno T19

98 A meta terapêutica da hemoglobina glicada para idoso diabético com expectativa de vida
menor que cinco anos, segundo novo posicionamento publicado pela Sociedade Brasileira
de Diabetes, em 2014, deve situar-se entre
(A) 6,0% e 7,0%
(B) 6,5% e 7,5%
(C) 7,0% e 8,0%
(D) 7,5% e 8,5%
(E) 8,0% e 9,0%

99 Qual dos anti-inflamatórios abaixo é considerado impróprio para idosos por causar
efeitos adversos sobe o sistema nervoso central?
A) Ibuprofeno B) Nimesulide C) Ácido acetilsalicílico D) Indometacina E) Diclofenaco

100 Qual a arritmia cardíaca mais frequente em pacientes idosos admitidos em serviços de
emergência?
A) Taquicardia sinusal B) Bloqueio átrio-ventricular de primeiro grau
C) Fibrilação atrial D) Bradicardia sinusal

101 Em relação às drogas abaixo, qual é mais indicada nas fases mais avançadas da
Doença de Alzheimer, podendo ser utilizada em associação com inibidores da
acetilcolisterase:
A) Donepezil. B) Rivastigmina. C) Galantamina. D) Selegilina. E) Memantina.

102 São causas reversíveis ou potencialmente reversíveis de demência, exceto:


A) Tumores cerebrais
B) Hidrocefalia de pressão normal
C) Neurocisticercose
D) Hematoma subdural
E) Doença de Creutzfeldt-Jacob
Gustavo Moreno T19

E
103 Qual das opções abaixo representa fator de risco de doença de Alzheimer de início
tardio?
A) Mutação do gene da proteína precursora amiloide.
B) Mutação do gene da presenilina 1.
C) Mutação do gene da presenilina 2.
D) AleloApo E4.
E) AleloApo E2.

104 Paciente de 60 anos chega ao ambulatório de geriatria trazido por sua filha. Ela relata
que há 1 ano notou que o pai apresentava dificuldades para manejar suas finanças e já não
conseguia trabalhar. Havia ainda dificuldade em se comunicar, pois “não achava as
palavras” e notava frequentes parafasias fonêmicas. O comportamento tornou-se, por
vezes, inapropriado e realizava inúmeros gestos e movimentos sem qualquer propósito.
Tornou-se totalmente dependente para atividades básicas de vida diária. Ao exame físico,
notava-se além do déficit cognitivo evidente (MEEM: 0), rigidez paratônica e mioclonias.
Pensando na principal hipótese diagnóstica para o quadro, o exame solicitado e seu
resultado provável, assinale a opção correta.
A) Eletroencefalograma com padrão deprimido difuso, sem paroxismos.
B) RNM de encéfalo com imagem lacunar subinsular bilateral.
C) Líquor com elevação da proteína 14-3-3.
D) Dosagem de anti-Hu elevada no soro.
E) PET scan com hipocaptação parietal.

105 Paciente de 74 anos de idade foi diagnosticado, há 1 ano, com um câncer de pulmão
metastático, cujas possibilidades terapêuticas foram esgotadas há 3 meses. Em consulta
domiciliar apresenta-se restrito ao leito devido à caquexia, com baixa ingesta hídrica, mas
usando fraldas descartáveis e urinando normalmente. Está sem defecar regularmente há
alguns dias. Sua prescrição inclui metoclopramida 10 mg 8/8 horas, codeína + paracetamol
30 + 500 mg 8/8 horas, omeprazol 40 mg pela manhã em jejum e clonazepam 2 mg as 22
horas. Está consciente, e, perguntado sobre como se pode ajudá-lo, responde que a dor
está bem controlada, mas as náuseas persistem, que a barriga está muito inchada por não
defecar e que isso o tem incomodado bastante, especialmente porque tem a sensação de
que há ocupação retal mesmo após defecar. A melhor medida a ser tomada, considerando
o desejo do paciente e seu manejo adequado, é:
(A) suspender a codeína+paracetamol e iniciar metadona
(B) manter a codeína+paracetamol e introduzir o óleo mineral
(C) suspender a codeína+paracetamol e prescrever naltrexona
(D) manter a codeína+paracetamol e realizar toque retal para investigar a presença de
fecaloma
R: D
Gustavo Moreno T19

Aula *:

c
Gustavo Moreno T19

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