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EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
IDOSO
-Brasil: ≥ 60 anos
-Mundo: ≥65 anos
Observa-se um aumento na expectativa de vida
-Acesso à saúde, atbs, vacinas
-Saneamento básico
-Êxodo rural informação e programas sociais
Expectativa de vida
-Desigual entre gêneros e classes
-Mulheres: vivem de 7 a 10 anos a mais que os homens (menor exposição de
risco, maior tendência a cuidar melhor da saúde e fator protetor hormonal, p.ex.,
estrogênio protege contra doenças cardiovasculares.
-Grupos sociais distintos = expectativas distintas: nem todos tem o mesmo
direito de envelhecer. Alguns tem maior expectativa de vida que outros.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
-Com o aumento da expectativa de vida, redução da taxa de natalidade, redução
da taxa de fecundidade (número de filhos por mulher), redução da taxa de mortalidade,
ocorreu a transição da pirâmide demográfica, mudando sua conformação populacional.
Transição epidemiológica: houve redução de mortes por doenças infecciosas e
um aumento de mortes relacionadas às doenças crônicas, como acometimento
cardiovascular e câncer, levando a um aumento na população idosa e redução na
população mais jovem, como visto nos gráficos acima.
POPULAÇÃO ENVELHECIDA
-Índice de envelhecimento (IE)
LONGEVIDADE
-Somente 19% das pessoas idosas negam diagnóstico de doenças crônicas no
Brasil
-Norte e Nordeste: menos mamografias em mulheres idosas nem todos tem
acesso ao envelhecimento saudável
Pessoas que envelhecem bem:
1-Elas possuem um propósito na vida: um propósito de vida (ikigai) auxilia na
manutenção da longevidade. As pessoas conseguem ter um propósito, missão e visão de
ajudar a si próprio e ao mundo, isso auxilia na qualidade de longevidade.
2- Cultivam os laços familiares
3- Reduzem o estresse interrompendo o ritmo normal da rotina
4- Comem sem atingir a saciedade;
5- Dieta balanceada
6- Consomem álcool moderadamente
7- Praticam exercício físico regularmente
8- Possuem um forte senso de comunidade e participam de círculos sociais
9- Possuem ou praticam algum tipo de religião
Obs: ETARISMO → preconceito existente com pessoas acima dos 65 anos
BIOLOGIA GERIÁTRICA
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Massa corporal no idoso
-Há ganho de gordura, há perda de massa muscular, redução do peso de alguns
órgãos.
-Metabolismo lentifica com o envelhecimento (pode-se observar em gráficos que
avaliam o consumo de mL de O2 por minuto, o qual reduz ao longo dos anos)
-Pode haver tendência a ganho de peso caso não haja alteração e melhora no
metabolismo
PELE E ANEXOS
-Idosos apresentam diminuição do número de glândulas sudoríparas, bem como
redução da sensibilidade por menor atuação do plexo de Meissner (tato fino)
-Percebe-se redução das terminações nervosas livres, da melanina dos pelos, da
densidade dos pelos
-A epiderme sofre com maior descamação da córnea e perda da organização do
estrato córneo.
-A derme perde colágeno, glicoaminoglicanos, elastina
-A gordura subcutânea regionalizada aumenta, enquanto a generalizada diminui
-A queda no número de corpúsculos de ruffini e pacini (mecanorreceptor/calor e
propriocepção respectivamente)
SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
-Perdemos 1 cm a cada década após os 40 anos
-Alterações na angulação da coluna, nos espaços intervertebrais
-Quando a perda é muito acentuada, é necessário investigar outras causas
(osteoporose, cifose etc.)
-Pico de massa óssea: 30 anos. Após = perda
SISTEMA RESPIRATÓRIO
-Há menor expansibilidade torácica arcos costais menos expansivos, estrutura
muscular mais rígida, menos flexível
-Redução da VEF1, redução da capacidade vital, redução da eficácia da tosse,
redução da capacidade de limpeza mucociliar, perda da reserva inspiratória e
imunossenescência (perda de CD4 e CD8 com queda nos macrófagos)
SISTEMA DIGESTÓRIO
Dentes
-Edentulismo (perda dos dentes) é muito comum, porém não é normal. Ela
ocorre principalmente por negligência aos cuidados com saúde bucal e de acesso aos
serviços odontológicos, resultando em cáries, gengivites, perda óssea etc.
Esôfago: principal alteração: há maior risco de engasgos por disfagia alta.
Idoso quando sente dor pode ser mais grave, devido a maior limiar. Geralmente já tem
úlcera
Estômago: as alterações têm baixa expressão clínica: pode ter uma elevação
do tempo de digestão
Pâncreas: reduz massa, faz fibrose e lipoatrofia, mas continua funcionando
relativamente bem e normal
Fígado: sofre muitas alterações. Perde quase 50% de sua massa da segunda
para a nona década. Reduz síntese de proteínas plasmáticas, como albumina, reduz
secreção de alfa glicoproteína e metabolismo do citocromo P450 (tomar cuidado com os
medicamentos, principalmente os pré-fármacos)
Intestino delgado: perda de superfície da mucosa: trânsito intestinal e absorção
mais lentos, mas sem relevância importante
Cólon: reduz neurônios do plexo mioentérico
Reto e ânus: alterações na musculatura esfincteriana menor redução fecal
voluntária
SISTEMA CARDIOVASCULAR
-Rigidez arterial aumenta PAS Reduz PAD Aumenta Pressão de pulso
Aumento da Pós Carga Aumento do VE
PERICÁRDIO: Espessamento fibroso e aumento de gordura subpericárdica
ENDOCÁRDIO MURAL: Espessamento fibroelástico, fragmentação, esclerose
e acelularidade da camada elástica, infiltração gordurosa, substituição de tecido
muscular por tec. Conjuntivo.
MIOCÁRDIO: acumulo de gordura, fibrose do interstício, atrofia fosca,
hipertrofia concêntrica, calcificação
VALVAS: calcificação e degeneração
CORONÁRIAS: perda de fibras elásticas nas paredes, aumento de colágeno e
ÓRGÃOS DO SENTIDO
Visão
-Opacidade do cristalino
-Menor capacidade de acomodação da lente, velocidade de abertura e
fechamento da pupila reduzida menor acuidade visual na mudança de luz (claro e
escuro)
-Presbiopia
-Menor noção de profundidade
-Maior fotossensibilidade, dificuldade para julgar distâncias, presbiopia
Olfato
-Interfere no paladar
-Redução na secreção e fluidez do muco nasal
-Epitélio sensorial nasal é substituído parcialmente por mucosa respiratória com
redução de espessura e neurônios hiposmia (redução de olfato), menor discriminação
de odores
Audição
-Presbiacusia lesão de células sensoriais do órgão de Corti (perda de som de
alta frequência), nos neurônios aferentes (dificuldade de diferenciar palavras), na estria
vascular (com redução do volume do som no ouvido), na membrana basilar (perda de
>50 dB) ou sistema nervoso central (dificuldade para compreender)
Paladar:
-Associado a perda de olfato
-Perde sensibilidade, principalmente o salgado idoso acaba pondo mito sal na
comida (tem que temperar mais, com outras especiarias, para não salgar demais a
comida)
Tato: Redução nas sensações de dor, vibração, frio, calor, pressão e toque.
Resultado: maior risco de queimaduras, ferimentos, hipotermia, quedas.
SENILIDADE X SENESÊNCIA
-Senilidade: patológico doenças que leva o paciente perder suas capacidades
-Senescência: processo normal do envelhecimento, com suas regressões e
dificuldades que são comuns a todos
8. AVALIAÇÃO COGNITIVA
-Mini Exame do Estado Mental (MEEM- Mini Mental)
-Lembrar de sempre avaliar segundo a escolaridade, para evitar vieses. Pacientes
com alto grau de escolaridade podem apresentar um teste normal, mesmo com demência
enquanto pacientes com baixa escolaridade podem apresentar um texto alterado mas
sem a demência.
-FLUÊNCIA VERBAL E TESTE DO RELÓGIO
9. TRIAGEM DE DEPRESSÃO
-Escala GDS: Yesavage de depressão geriátrica: 5 pontos ou + há indício ou
suspeita de depressão
O AGA leva até 90 minutos para ser realizado, dessa maneira, um teste mais
específico foi desenvolvido:
10. TaGA: 10-minute TARGETED GERIATRIC ASSESSMENT
-Questionário que em 10 minutos avalia os pontos mais importantes do AGA
-Avalia condições médicas
AGA é a forma mais adequada de se avaliar o idoso e planejar as
intervenções visando recuperação e manutenção da vida geral.