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CUIDADOR

DE
IDOSOS

AMOR

Motivacional Saúde Cursos


SÚMARIO

PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ....................................................................03


GERIATRIA E GERONTOLOGIA .......................................................................06
ESTATUTO DO IDOSO.........................................................................................08
BIOSSEGURANÇA................................................................................................12
IMUNIZAÇÃO........................................................................................................15
RELAÇÃO CUIDADOR E FAMILIA...................................................................17
NOÇÕES DE BANHO...........................................................................................18
LESÕES POR PRESSÃO.......................................................................................22
HIPERTENSÃO ARTERIAL.................................................................................24
DIABETES MELLITUS.........................................................................................26
OSTEOPOROSE.....................................................................................................29
DISFAGIAS............................................................................................................32
CUIDANDO DE QUEM CUIDA...........................................................................34
NUTRIÇÃO............................................................................................................36
TIPOS DE DEMÊNCIA.........................................................................................39
DOENÇAS RESPIRTORIAS ................................................................................43
QUEDAS.................................................................................................................48
ADAPTAÇÃO AMBIENTAL................................................................................49
ADAPTAÇÃO PÓS SEQUELAS MOTORAS .....................................................51
INCONTINÊNCIA URINÁRIA ............................................................................52
INCONTINÊNCIA FECAL ...................................................................................55
REFERENCIAS......................................................................................................57
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

O QUE É ENVELHECIMENTO?
O envelhecimento é um processo contínuo de otimização da habilidade funcional e de
oportunidades para manter e melhorar a saúde física e mental, promovendo
independência e qualidade de vida ao longo da vida.

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, que representa uma vitória da


humanidade, mas também um grande desafio para o século XXI. No Brasil, estamos
vivenciando um processo de inversão da pirâmide etária, com redução do número de
crianças e jovens e aumento do número de pessoas com 60 anos ou mais.

QUEM É CONSIDERADO IDOSO NO BRASIL?

Para Organização Para o Estatuto do


Para geriatria Mundial da Saúde Idoso
(OMS)
Indivíduo com mais de Para países em Indivíduo com 60 anos
65 anos de idade. desenvolvimento, a ou mais
pessoa com mais de 60
anos de idade

TODOS OS IDOSOS SÃO DOENTES?

Não. O processo de envelhecimento envolve mudanças físicas, psicológicas e sociais


decorrentes da perda ou redução gradual de funções do organismo, as quais não
acarretam em problemas de saúde. O processo natural de envelhecimento é conhecido
como SENESCÊNCIA. Quando estas alterações estão associadas a alguma sobrecarga
como doença, estresse ou acidentes que requeiram cuidados especializados denomina-se
SENILIDADE.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE VELHICE E ENVELHECIMENTO?
ENVELHECIMENTO é o processo natural que vai desde o nascimento até a velhice,
sendo mais intenso após os 30 anos. VELHICE é a última etapa da vida, também
chamada de TERCEIRA IDADE.
O processo de envelhecimento é resultante de fatores internos e externos. Os fatores
internos estão ligados a fatores genéticos e não podem ser mudados. Já os fatores
externos dizem respeito aos fatores ambientais, podendo, portanto, ser mudados a fim
de retardar o processo de envelhecimento.
ALTERAÇÕES NO ORGANISMO DO IDOSO
PELE
Pele mais fina, diminuição das fibras elásticas, diminuição do tecido adiposo nos
membros e aumento na região de tórax e abdômen, diminuição dos vasos sanguíneos da
pele, perda da coloração dos pelos, queda dos pelos axilares, da região íntima e pernas e
surgimento de pelos longos e grossos na face, queda e diminuição do volume dos
cabelos, surgimento de manchas senis e sardas, processo de cicatrização diminuído,
redução da sensibilidade e do controle da temperatura corporal.
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Ossos mais frágeis pela redução da quantidade de cálcio, aumento da curvatura da
coluna, diminuição da estatura em torno de 1 centímetro ao ano, aumento do diâmetro
do tórax e cabeça, desgaste das cartilagens das articulações, crescimento das cartilagens
do nariz e orelha, diminuição do tamanha e perda de força dos músculos, redução da
resistência e da flexibilidade. Estas alterações comprometem o equilíbrio e a
movimentação dos idosos.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Válvulas cardíacas mais rígidas, músculo cardíaco perde força, diminuição da
elasticidade dos vasos e acúmulo de gordura e cálcio dentro das artérias, aumento da
pressão arterial, queda da pressão ao mudar da posição deitada ou sentada para posição
em pé e veias cada vez mais tortuosas. No sangue há redução da quantidade de água,
aumento das gorduras como colesterol e triglicerídeos e diminuição das defesas contra
invasores.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Redução da eficiência da tosse em limpar a via aérea, diâmetro aumentado do tórax,
redução do movimento das costelas, enfraquecimento dos músculos respiratórios e troca
gasosa diminuída, podendo levar a quadros de pneumonia com maior frequência.
SISTEMA GASTRINTESTINAL
Redução da produção de saliva, deterioração e perda dos dentes, redução do paladar,
dificuldade para engolir os alimentos, dificuldade para digerir e absorver os alimentos e
vitaminas, aumento da absorção de água, levando a constipação e perda de força do
músculo anal, predispondo à incontinência fecal.
SISTEMA URINÁRIO
Redução da filtração do sangue por redução da massa do rim, maior dificuldade em
manter a quantidade adequada de água e sais no corpo. Nas mulheres é comum o
relaxamento dos músculos da pelve, levando a incontinência urinária. Nos homens o
aumento do tamanho da próstata, causando retenção de urina na bexiga.
SISTEMA REPRODUTOR
Nas mulheres os ovários param de produzir hormônios na menopausa, o útero reduz de
tamanho, a vagina torna-se mais estreita, perde elasticidade e reduz a produção de
muco, resultando em ressecamento e coceira. Desejo sexual preservado, entretanto, a
relação sexual é mais dolorosa, podendo apresentar sangramento e a resposta sexual
mais lenta. Nas mamas há substituição do tecido mamário por gordura, bem como
aumento da flacidez.
Nos homens há redução do tamanho do pênis e testículos, dificuldade de ereção,
redução da produção de espermatozoides e da produção de hormônio.
SISTEMA NERVOSO
Redução do número de neurônios, com resposta mais lenta aos estímulos, redução da
capacidade de aprendizagem de novas informações a partir dos 70 anos, perda da
memória recente, estresse físico e mental alteram a função mental com maior facilidade,
redução da inteligência, porém capacidade de decisão encontra-se preservada, aumento
dos períodos de confusão.
Na visão há redução da capacidade de focalizar objetos, distinguir cores e de ajuste as
alterações de luminosidade.
No paladar há redução dos gostos salgado e doce, sendo que o gosto salgado é sentido
como amargo.
No olfato há redução da sensibilidade a cheiros.
A audição sofre perda irreversível, redução da produção de cerúmen e do equilíbrio
corporal.

GERIATRIA E GERONTOLOGIA

O QUE É A GERIATRIA?
A Geriatria é uma especialidade médica que busca a promoção da saúde, prevenção e
tratamento de doenças, reabilitação e cuidados paliativos de indivíduos idosos. O
profissional compreende as grandes Síndromes Geriátricas: insuficiência cognitiva,
imobilidade, instabilidade postural e quedas, incontinência, suas causas e
consequências.
Os indivíduos com idade avançada também precisam de atenção do corpo do idoso, até
o tratamento e a reabilitação dos mais velhos com a saúde comprometida. O campo de
atuação do médico especialista em Geriatria é bastante amplo, em geral atuando em
parceria com uma equipe multidisciplinar. O trabalho de avaliação clínica do paciente é
feito de forma minuciosa, avaliando fatores psicossociais, escalas e testes. O trabalho do
geriatra envolve o diagnóstico e tratamento de muitas doenças relacionadas aos idosos,
entre elas.

 Demências
 Hipertensão arterial
 Diabetes
 Osteoporose
 Tonturas
 Incontinência urinária
 Quedas sucessivas
 Cuidados paliativos aos pacientes portadores de doenças sem possibilidade de
cura.
O QUE É A GERONTOLOGIA?
É o campo de conhecimento responsável pelo estudo multidimensional do
envelhecimento. Os profissionais da Gerontologia têm formação diversificada. É um
profissional que olha para o envelhecimento de forma muito ampla, tentando encontrar
respostas para garantir a melhor qualidade de vida possível dos idosos até o momento
final da sua vida. A gerontologia tem formação de nível superior em diversas áreas do
conhecimento: Psicologia, Serviço Social, Nutrição, Terapia Ocupacional, Direito, entre
outras.
A Gerontologia atua na prevenção de doenças, propõe ações de prevenção aos
problemas que mais impactam os idosos e orienta a criação de condições adequadas
para um envelhecimento com qualidade. Orienta ainda a criação de condições
ambientais para uma vida com qualidade, propõe intervenções à episódios de perdas de
saúde e aspectos sociais para a busca de uma vida digna.
Atua nos cuidados paliativos abrangendo aspectos físicos, psíquicos, sociais e
espirituais, com atenção especial aos familiares, visando o maior bem-estar possível e a
dignidade do idoso até a sua morte. O seu campo de atuação abarca as seguintes
atividades:

 Ensino
 Pesquisa
 Educação comunitária
 Promoção de saúde
 Controle e tratamento de doenças
 Reabilitação
 Apoio psicológico
 Manutenção e promoção da autonomia e independência
 Adaptação ambiental
 Reinserção no contexto social
 Atividades corporais e comportamentais
 Segurança e defesa de direitos
 Antropologia
 Educação

Na prevenção: propõe intervenções que se antecipem aos problemas mais comuns que
afetam os idosos e orienta a criação de condições adequadas para um envelhecimento
com qualidade.

Na ambientação: orienta a criação de condições ambientais para uma vida com


qualidade na velhice, focando os mais variados espaços por onde circulam ou vivem
pessoas idosas.

Na reabilitação: propõe intervenções quando ocorreram perdas que são resgatáveis e,


quando irreversíveis, orienta a criação de condições individuais e ambientais para uma
vida digna.
Nos cuidados paliativos: propõe intervenções quando ocorrem doenças progressivas e
irreversíveis, abrangendo aspectos físicos, psíquicos, sociais e espirituais, com atenção
estendida aos familiares, visando o maior bem-estar possível e a dignidade do idoso até
a sua morte.

ESTATUTO DO IDOSO

Instituído pela Lei 10.741 em outubro de 2003, o Estatuto do Idoso visa a garantia dos
direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (art. 1.º). Para
tanto, aborda questões familiares, de saúde, discriminação e violência contra o idoso. E
resguarda-as, desse modo.
É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
O estatuto busca a persecução de princípios e direitos fundamentais à vida humana.
Entre eles, visa, principalmente, garantia da dignidade humana, princípio
consubstanciado na Constituição Federal em seu art. 1.º, inciso III. E,
consequentemente, assegurar a existência digna acerca da qual dispõe o art. 170, CF.
Como dispõe o art. 2.º do Estatuto do Idoso:

Art. 2.º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física,
mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de
liberdade e dignidade.

Art. 8.º O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito


social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.

Art. 9.º É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde,
mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento
saudável e em condições de dignidade.

Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema
Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e
recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam
preferencialmente os idosos.

A legislação, ainda, institui o dever da família, da comunidade, da sociedade e do Poder


Público de assegurar tais direitos ao idoso. Dessa maneira, torna-se uma prioridade
social, conforme o art. 3.º da Lei 10.741/2003, a efetivação do Direito à

 Vida;
 Saúde;
 Alimentação;
 Educação;
 Cultura;
 Esporte;
 Lazer;
 Trabalho;
 Cidadania;
 Liberdade;
 Dignidade;
 Respeito;
 Convivência familiar e comunitária.

QUAIS OS DIREITOS PREVISTOS NO ESTATUTO DO IDOSO?

Como vislumbrado, o caput do art. 3.º divulgação de informações de


do Estatuto do Idoso apresenta uma caráter educativo sobre os
série de direitos que devem ser aspectos biopsicossociais de
assegurados, prioritariamente, às envelhecimento;
pessoas com mais de 60 anos. Seu 8. a garantia de acesso à rede de
parágrafo 1.º, então, apresenta o serviços de saúde, como o SUS,
conteúdo dessa garantia. Deve ser por exemplo, e de assistências
prioritário ao idoso, portanto sociais locais;
9. a prioridade no recebimento da
1. O atendimento preferencial restituição do Imposto de
imediato e individualizado junto Renda.
aos órgãos públicos e privados
prestadores de serviços à Ainda, é preciso ressaltar que, entre os
população; idosos, possuem prioridade aqueles com
2. a preferência na formulação e na mais de 80 anos.
execução de políticas sociais
públicas específicas; OS CRIMES CONTRA OS IDOSOS
3. a destinação privilegiada de
recursos públicos nas áreas Entre as medidas previstas pela Lei
relacionadas com a proteção ao 10.741/2003 na busca da efetivação dos
idoso; direitos dos maiores de 60 anos,
4. a viabilização de formas encontra-se a previsão de sanções
alternativas de participação, àqueles que pratiquem condutas que
ocupação e convívio do idoso obstruam os preceitos contidos no
com as demais gerações; estatuto.
5. a priorização do atendimento do
idoso por sua própria família, De acordo com o art. 95 do Estatuto do
em detrimento do atendimento Idoso, os crimes previstos na legislação
asilar, exceto dos que não a ensejam ação penal pública
possuam ou careçam de incondicionada. Ou seja, que
condições de manutenção da independem de representação da vítima
própria sobrevivência; ou de seu representante. Isto se justifica
6. a capacitação e reciclagem dos em face do dever, da sociedade e do
recursos humanos nas áreas de Estado, na garantia de um direito
geriatria e gerontologia e na fundamental, sobretudo em face
prestação de serviços aos idosos; da vulnerabilidade do indivíduo.
7. o estabelecimento de
mecanismos que favoreçam a
Artigo 98 do Estatuto do Idoso que sujeitar o idoso a trabalho excessivo
Entre os dispositivos da seção ou inadequado, independentemente da
correspondente, destaca-se o artigo 98 obrigação legal que tenha para com o
do Estatuto do Idoso. Segue, assim, sua indivíduo.
redação:
A pena geral do caput do artigo 99 do
Art. 98. Abandonar o idoso em Estatuto do Idoso é de 2 meses a 1 ano
hospitais, casas de saúde, entidades de de detenção, além de pena de multa.
longa permanência, ou congêneres, ou
não prover suas necessidades básicas,  de acordo com o parágrafo 1º do
quando obrigado por lei ou mandado: art. 99 da Lei 10.741/2003,
portanto, quando, do fato,
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 resultar lesão corporal de
(três) anos e multa. natureza grave, a pena
aumentará para reclusão (e não
O recolhimento de idosos em mais de detenção, o implica a
instituições, como hospitais e entidades possibilidade de admissão de
de longa permanência, ainda é uma regime inicial fechado) de 1 a 4
prática comum na sociedade. No anos;
entanto, não deve implicar abandono  de acordo com o parágrafo 2º,
destes nos estabelecimentos. Do por fim, se dos fatos resultar a
contrário, configura negligência vedada morte do indivíduo, a pena
já no art. 4ª da Lei 10.741/2003. aumentará para pena de reclusão
de 4 a 12 anos.
Dessa maneira, aquele que incorrer
nessa conduta, deixando de promover as Artigo 102 do Estatuto do Idoso
necessidades básicas do idoso (não O art. 102 do Estatuto do Idoso trata da
somente de alimentos e garantia da apropriação ou desvio de bens do idoso.
saúde, por exemplo, mas também de Portanto, do abuso financeiro. Assim,
zelo e promoção da convivência incorre no delito aquele que se apropria,
familiar e social), quando obrigado por desvia ou dá aplicação diversa da de sua
lei ou mandado, poderá ser punido com finalidade a:
pena de detenção de 6 meses a 3 anos,
além de multa.  bens;
 proventos;
Artigo 99 do Estatuto do Idoso  pensão;
O art. 99 do Estatuto do Idoso, por sua  outro rendimento do idoso.
vez, trata não do abandono, mas de uma O autor do fato estará, desse modo,
exposição do idoso a perigo à sua sujeito a pena de reclusão de 1 a 4 anos,
integridade e saúde, física ou psíquica. além da pena de multa.
Ou seja, dos abusos físico e dos abusos
psicológicos contra o idoso. Artigo 104 do Estatuto do Idoso
De igual modo, estará sujeito a sanções
Assim, incorre na conduta do artigo 99 o indivíduo que retiver o cartão
da Lei 10.741/2003 aquele que magnético de conta bancária do idoso
submeter o idoso a condições relativa a benefícios, provento ou
desumanas ou degradantes ou privá-lo pensão. Mas também aquele que retiver
de alimentos e cuidados indispensáveis, qualquer outro documento como o
quando obrigado por lei a fazê-lo. Do intuito de assegurar recebimento ou
mesmo modo, incorrerá no delito aquele ressarcimento de dívida.
Segundo o art. 104 do Estatuto do Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro)
Idoso, portanto, será aplicada, nesse anos.
caso, pena de detenção de 6 meses a 2
anos, além da pena de multa. Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o
idoso a doar, contratar, testar ou
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem outorgar procuração:
discerni- -mento de seus atos a outorgar
procuração para fins de administração Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)
de bens ou deles dispor livremente: anos.

BIOSSEGURANÇA

A biossegurança compreende um trabalho em estabelecimentos de saúde


conjunto de ações destinadas a prevenir, também foi tema de uma das palestras
controlar, mitigar ou eliminar riscos deste bloco de apresentações. Foram
inerentes às atividades que possam apresentadas as medidas de proteção
interferir ou comprometer a qualidade para os trabalhadores da saúde presentes
de vida, a saúde humana e o meio na NR 32, como capacitação, programas
ambiente. Desta forma, a biossegurança de prevenção de riscos ambientais, uso
caracteriza-se como estratégica e de vestimentas adequadas e vacinação
essencial para a pesquisa e o preventiva.
desenvolvimento sustentável sendo de
fundamental importância para avaliar e Esses riscos não são apenas aqueles que
prevenir os possíveis efeitos adversos de afetam o profissional que desempenha
novas tecnologias à saúde. uma função, mas também, aqueles que
podem causar danos ao meio ambiente e
As ações de biossegurança em saúde à saúde das pessoas. Dessa forma, se
são primordiais para a promoção e tratando dos profissionais da saúde, a
manutenção do bem-estar e proteção à biossegurança tem a preocupação com
vida. A evolução cada vez mais rápida as instalações laboratoriais, as boas
do conhecimento científico e práticas em laboratório, os agentes
tecnológico propicia condições biológicos aos quais o trabalhador está
favoráveis que possibilitam ações que exposto e, até mesmo, a qualificação da
colocam o Brasil em patamares equipe de trabalho.
preconizados pela Organização Mundial A biossegurança é indispensável, pois,
de Saúde (OMS) em relação à nesses laboratórios, há uma frequente
biossegurança em saúde. No Brasil, a exposição a agentes patogênicos, além
biossegurança começou a ser de riscos físicos e químicos. A questão
institucionalizada a partir da década de fundamental, portanto, é garantir que
80 quando o Brasil tomou parte do qualquer procedimento científico seja
Programa de Treinamento Internacional seguro.
em Biossegurança ministrado pela OMS Embora muitos profissionais vejam a
que teve como objetivo estabelecer biossegurança apenas como um
pontos focais na América Latina. conjunto de normas que têm o intuito de
burocratizar o sistema como um todo,
A Norma Regulamentadora Nº 32 (NR na realidade, são essas regras que
32) que trata da segurança e saúde no garantem a saúde do profissional e do
restante da população. Portanto, o não virtude da exposição a certos
cumprimento das normas de agentes.
biossegurança pode acarretar problemas
como transmissão de doenças e, até TIPOS DE RISCOS EM
mesmo, epidemias. BIOSSEGURANÇA
Todas as ações e medidas de segurança
que buscam a proteção no dia a dia são RISCOS FÍSICOS
atitudes de biossegurança, práticas e Equipamentos que geram calor, frio,
ações que buscam proporcionar mais radiação, umidade, campos elétricos ou
proteção, não apenas para os locais de operam sob pressão, tais como
trabalho, mas para a população como autoclaves, raio-X, câmaras frias,
um todo. centrífugas e outros;
Um dos exemplos mais conhecidos é o
uso dos equipamentos de proteção RISCOS QUÍMICOS
individual (EPI), que devem estar em Produtos químicos nas suas mais
conformidade com as atividades e riscos variadas formas físicas. Podemos
de cada trabalhador. Como o nome já destacar os ácidos, colas, pesticidas,
diz, eles são fundamentais para proteger medicamentos, formol, tintas, baterias e
individualmente cada usuário, bem metais presentes em lâmpadas, por
como para a contenção dos mais exemplo;
diversos riscos existentes que possam
ameaçar a segurança. RISCOS BIOLÓGICOS
Destacam-se os agentes biológicos,
Existem os principais critérios para
como micro-organismos geneticamente
precaução que visam a proteção de
modificados ou não, toxinas e príons,
profissionais da saúde em seu local de
parasitas e culturas de células;
trabalho e outros atuantes em hospitais,
clínicas, laboratórios e ambulatórios. RISCOS ERGONÔMICOS
Além disso, a norma define como
atividades de risco aquelas que são Comuns em diversas outras atividades
capazes de causar dano, doença ou profissionais. São eles o levantamento
morte. Sendo assim, esse perigo de peso, rotina intensa, jornada
basicamente se resume à transmissão de prolongada, esforço repetitivo, postura
agentes infecciosos, especialmente os inadequada, estresse físico e psíquico,
transmitidos por líquidos corporais e entre outros;
sangue, causando contaminação de RISCOS DE ACIDENTES
pessoas e a disseminação de doenças.
Mas, mais do que isso, os riscos Iluminação inapropriada, animais
envolvidos nas atividades são muito peçonhentos, equipamentos
complexos. Portanto, eles são desprotegidos, espaço físico
classificados segundo dois critérios: inapropriado, eletricidade, possibilidade
 Ameaça ambiental: considera de incêndio e outros.
os agentes químicos, físicos e As medidas de biossegurança envolvem
biológicos presentes nos dois pontos: os equipamentos de
serviços de saúde que podem proteção individual (EPI) e os
causar danos ao meio ambiente; equipamentos de proteção coletiva
 Risco à saúde: considera a
(EPC).
probabilidade de ocorrer algum
efeito nocivo à saúde dos EPI
profissionais e pacientes, em
Jalecos ou aventais, de manga longa e Autoclave: realiza a esterilização de
na altura dos joelhos, sempre fechados. instrumentos por calor, tornando o uso
Precisam ser lavados e descontaminados novamente seguro;
após o uso e nunca devem ser usados
fora do ambiente de trabalho; Proteção de linha de vácuo: para evitar a
contaminação do sistema de vácuo com
Luvas para profissionais, especialmente fluidos derramados e aerossóis;
enfermeiros, que lidam com amostras
biológicas e atendem pacientes com Lavagem dos olhos: para limpeza
doenças contagiosas. Em laboratórios, imediata de olhos e face;
para todos que manipulam, preparam Chuveiro de segurança: de fácil acesso,
reagentes e lavam material; para limpar roupas e a pele do
Máscaras para proteção contra profissional em caso de derramamento
substâncias químicas, evitando a de material biológico ou substância
inalação; química;

Óculos de proteção, protetor facial e Microincineradores de alça: alças de


sapatos fechados, para evitar respingos material plástico estéril em caixas de
de material biológico sobre a pele; aço, para transporte seguro de materiais
ou agentes.
Kevlar, um colete para a proteção de
temperaturas muito altas ou baixíssimas. As práticas de biossegurança também
envolvem normas detalhadas para as
EPC instalações laboratoriais, o descarte de
agentes químicos e biológicos, além do
Cabines de segurança: equipamentos treinamento das equipes.
que promovem a contenção física dos
agentes infecciosos, para proteção dos
profissionais;

IMUNIZAÇÃO
A imunização é o processo pelo qual uma pessoa se torna imune ou resistente a uma
doença infecciosa, normalmente pela administração de uma vacina. As vacinas
estimulam o próprio sistema imunológico do corpo a proteger a pessoa contra infecções
ou doenças posteriores. A imunização evita doenças, incapacidade e mortes por
enfermidades preveníveis por vacinas, tais como câncer do colo do útero, difteria,
hepatite B, sarampo, caxumba, coqueluche, pneumonia, poliomielite, doenças diarreicas
por rotavírus, rubéola e tétano.
Por conta das alterações imunológicas ocorridas ao longo do processo natural de
envelhecimento, os idosos são mais suscetíveis ao surgimento de algumas doenças
infectocontagiosas, principalmente as do aparelho respiratório. Dessa forma, é
fundamental que a população se conscientize sobre a importância da vacinação e se
envolva nas campanhas, que muitos não participam, principalmente a da gripe.
vacinação em idosos reduz as internações e o risco de morte causados por doenças
cardíacas, cerebrovasculares, pneumonia ou influenza (infecção viral aguda do sistema
respiratório).
Desde a inserção da vacinação contra a gripe no calendário do Ministério da Saúde,
observa-se uma importante modificação na utilização dos serviços de saúde pela terceira
idade e no perfil de morbimortalidade (índice de mortos em decorrência de uma doença
específica dentro de determinado grupo populacional).
Com novos vírus e bactérias surgindo a cada ano, as vacinas têm se tornado
fundamentais no combate a certas doenças, como os diferentes tipos de gripe.
Especialmente para quem já é idoso, uma simples vacinação pode fazer toda a
diferença.
VACINAÇÃO NO IDOSO
As vacinas garantem proteção contra muitas doenças. Algumas vacinas são aplicadas
uma única vez e conferem proteção por toda vida. Entretanto, outras precisam ser
reforçadas de tempo em tempo para manter sua ação protetora.
QUAIS VACINAS SÃO RECOMENDADAS PARA OS IDOSOS?
Tétano (vacina DT contra difteria e tétano) – caso nunca tenha sido aplicada, são
necessárias três doses da vacina DT. Após as três doses, faz-se uma dose de reforço a
cada dez anos.
Pneumococo – confere proteção contra casos graves de pneumonia. Deve ser aplicada
uma dose após os 60 anos de idade. Gripe – previne complicações graves da gripe,
como pneumonia por exemplo. A vacina deve ser aplicada uma vez ao ano após os 60
anos.
POR QUE FAZER A VACINA DA GRIPE TODOS OS ANOS?
Porque os vírus influenza sofrem mutação e se modificam, havendo necessidade de
repetir a vacina de acordo com os novos vírus que vão surgindo. Ainda, a vacina
protege apenas por 12 meses, sendo necessário fazer uma nova aplicação após este
período para manter a proteção.
COMO A VACINA FUNCIONA?
Quando uma pessoa recebe um imunizante, ela coloca em seu corpo partes de um
agente causador da doença. Porém, esses fragmentos estão mortos ou não são capazes
de causar o desenvolvimento da enfermidade que a vacina objetiva proteger.
Ainda que na composição das vacinas tenha organismos mortos ou atenuados, o
objetivo é fazer com que esse material estimule a defesa natural do organismo contra
essas doenças.
A função da vacina é despertar o sistema imunológico para a produção de células de
defesa chamadas anticorpos. Com isso, o organismo “cria” uma memória imunológica
capaz de promover uma resposta rápida se a pessoa for exposta àquele agente causador
de doença.
A imunização em idosos é um meio seguro de proteger a saúde na terceira idade,
preservar a qualidade de vida, preservar o bem-estar desse grupo e diminuir a
mortalidade de algumas doenças infecciosas.
RELAÇÃO CUIDADOR E FAMILIA

A carência das instituições sociais no amparo às pessoas que precisam de cuidados faz
com que a responsabilidade máxima recaia sobre a família e, mesmo assim, é
geralmente sobre um elemento da família. A doença ou a limitação física em uma
pessoa provoca mudanças na vida dos outros membros da família, que têm que fazer
alterações nas funções ou no papel de cada um dentro da família.
Todas essas mudanças podem gerar insegurança e desentendimentos, por isso é
importante que a família, o cuidador e a equipe de saúde conversem e planejem as ações
do cuidado domiciliar.

A assistência domiciliar tem se difundido de forma significativa na última década, o que


traduz uma valorização do âmbito familiar como espaço para o atendimento em saúde
originalmente observada a partir dos anos 1960. Por outro lado, a assistência domiciliar
não deixa de ser uma alternativa à superlotação dos leitos hospitalares e à elevação dos
custos dos tratamentos, assim como uma medida de prevenção de infecções. O fato é
que, hoje, a assistência domiciliar faz parte das políticas públicas de saúde no Brasil –
sendo, portanto, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – e está prevista
como uma modalidade de atenção à pessoa idosa pela Portaria nº 73/2001 da Secretaria
do Estado de Assistência Social.
o cuidador de idosos é responsável por auxiliar na saúde, na segurança e no bem-estar
de pessoas mais velhas se tornar um profissional ainda mais necessário.

Essa realidade se fortalece ainda mais pelo fato que muitas famílias não têm a
disponibilidade ou o preparo necessário para cuidar de seus idosos da maneira
adequada.

Cuidar de idosos exige dos profissionais uma série de características, capazes de


melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente e a relação entre quem
cuida e quem está sendo cuidado e assim melhorando a relação entre a família e o
cuidador.
É tarefa do cuidador fornecer ao idoso as medicações corretas, nas doses e nos
horários adequados, além de cuidar de sua alimentação, higiene, segurança,
conforto e bem-estar.
Existem técnicas específicas para dar banho no idoso, para lidar com idosos
acamados, com dificuldades de mobilidade e com outros problemas relacionados à
saúde. Por isso, é importante que o cuidador de idosos, além do perfil adequado,
apresente conhecimentos específicos, que o ajudem a exercer seu trabalho com mais
segurança.
O cuidador deve se manter presente e comunicativo, auxiliando a família e
orientando sobre os cuidados e a as necessidades do idoso.
NOÇÕES DE BANHO

A higiene corporal além de proporcionar conforto e bem-estar se constitui um fator


importante para recuperação da saúde. O banho deve ser diário, no chuveiro, banheira
ou na cama. Tente fazer do horário do banho um momento de relaxamento para o idoso.
Alguns idosos, doentes ou com incapacidades podem, às vezes, se recusar a tomar
banho. É preciso que o cuidador identifique as causas. Pode ser que a pessoa tenha
dificuldade para locomover-se, tenha medo da água ou de cair, pode ainda estar
deprimida, sentir dores, tonturas ou mesmo sentir-se envergonhada de ficar exposta à
outra pessoa, especialmente se o cuidador for do sexo oposto. É preciso que o cuidador
tenha muita sensibilidade para lidar com essas questões. Respeite os costumes da pessoa
cuidada e lembre que confiança se conquista, com carinho, tempo e respeito.
Como proceder no banho de chuveiro com auxílio do cuidador
• Separe antecipadamente as roupas pessoais.
• Prepare o banheiro e coloque num lugar de fácil acesso os objetos necessários para o
banho. • Regule a temperatura da água. • Mantenha fechadas portas e janelas para evitar
as correntes de ar.
• Retire a roupa da pessoa ainda no quarto e a proteja com um roupão ou toalha.
• Evite olhar para o corpo despido da pessoa a fim de não a constranger.
• Coloque a pessoa no banho e não a deixe sozinha porque ela pode escorregar e cair.
• Estimule, oriente, supervisione e auxilie a pessoa cuidada a fazer sua higiene. Só faça
aquilo que ela não é capaz de fazer.
• Após o banho, ajude a pessoa a se enxugar. Seque bem as partes íntimas, dobras de
joelho, cotovelos, debaixo das mamas, axilas e entre os dedos.
A higiene dos cabelos deve ser feita no mínimo três vezes por semana. Diariamente
inspecione o couro cabeludo observando se há feridas, piolhos, coceira ou áreas de
quedas de cabelo. Os cabelos curtos facilitam a higiene, mas lembre-se de consultar a
pessoa antes de cortar seus cabelos, pois ela pode não concordar por questão religiosa
ou por outro motivo.
O banho de chuveiro pode ser feito com a pessoa sentada numa cadeira de plástico com
apoio lateral colocada sobre tapete antiderrapante, ou em cadeiras próprias para banhos,
disponíveis no comércio.
COMO PROCEDER NO BANHO NA CAMA
Quando a pessoa não consegue se locomover até o chuveiro o banho pode ser feito na
cama. Caso a pessoa seja muito pesada ou sinta dor ao mudar de posição, é bom que o
cuidador seja ajudado por outra pessoa no momento de dar o banho no leito.
Isso é importante para proporcionar maior segurança à pessoa cuidada e para evitar
danos à saúde do cuidador.
Antes de iniciar o banho na cama, prepare todo o material que vai usar: papagaio,
comadre, bacia, água morna, sabonete, toalha, escova de dentes, lençóis, forro plástico e
roupas.
É conveniente que o cuidador proteja as mãos com luvas de borracha. Existe no
comércio materiais próprios para banhos, no entanto o cuidador pode improvisar
materiais que facilitem a higiene na cama.
1. Antes de iniciar o banho cubra o colchão com plástico.
2. Iniciar a higiene corporal pela cabeça.
3. Com um pano molhado e pouco sabonete, faça a higiene do rosto, passando o pano
no rosto, nas orelhas e no pescoço. Enxágue o pano em água limpa e passe na pele até
retirar toda a espuma, secar bem.
4. Lavagem dos cabelos:
• Cubra com plástico um travesseiro e coloque a pessoa com a cabeça apoiada nesse
travesseiro que deve estar na beirada da cama.
• Ponha, embaixo da cabeça da pessoa, uma bacia ou balde para receber a água.
• Molhe a cabeça da pessoa e passe pouco xampu.
• Massageie o couro cabeludo e derrame água aos poucos até que retire toda a espuma.
• Seque os cabelos.
5. Lave com um pano umedecido e sabonete os braços, não se esquecendo das axilas, as
mãos, tórax e a barriga. Seque bem, passe desodorante, creme hidratante e cubra o corpo
da pessoa com lençol ou toalha. Nas mulheres e pessoas obesas é preciso secar muito
bem a região em baixo das mamas, para evitar assaduras e micoses.
6. Faça da mesma forma a higiene das pernas, secando-as e cobrindo-as. Coloque os pés
da pessoa numa bacia com água morna e sabonete, lave bem entre os dedos. Seque bem
os pés e entre os dedos, passe creme hidratante.
7. Ajude a pessoa a deitar de lado para que se possa fazer a higiene das costas. Seque e
massageie as costas com óleo ou creme hidratante para ativar a circulação.
8. Deitar novamente a pessoa com a barriga para cima, colocar a comadre e fazer a
higiene das partes íntimas. Na mulher é importante lavar a vagina da frente para trás,
assim se evita que a água escorra do ânus para a vulva. No homem é importante
descobrir a cabeça do pênis para que possa lavar e secar bem
A higiene das partes íntimas deve ser feita no banho diário e também após a pessoa
urinar e evacuar, assim se evita umidade, assaduras e feridas (escaras).
 Se durante a higiene você observar alteração na cor e na temperatura da pele,
inchaço, manchas, feridas, principalmente das regiões mais quentes e úmidas e
daquelas expostas a fezes e urina, assim como alteração na cor, consistência e
cheiro das fezes e da urina, comunique esses fatos à equipe de saúde.
 É importante usar um pano macio para fazer a higiene e lembrar que as partes do
corpo que ficam em contato com o colchão estão mais finas e sensíveis e
qualquer esfregada mais forte pode provocar o rompimento da pele e a formação
de feridas (escaras).
ASSADURAS
As assaduras são lesões na pele das dobras do corpo e das nádegas, provocadas pela
umidade e calor ou pelo contato com fezes e urina. A pele se torna avermelhada e se
rompe como um esfolado.
As assaduras são portas abertas para outras infecções. Os cuidados importantes para
evitar as assaduras são: - Aparar os pelos pubianos com tesoura para facilitar a higiene
íntima e manter a área mais seca.
- Fazer a higiene íntima a cada vez que a pessoa evacuar ou urinar e secar bem a região.
- Se for possível exponha a área com assadura ao sol, isso ajuda na cicatrização da pele.
Se mesmo com esses cuidados a pessoa apresentar assadura é importante comunicar o
fato à equipe de saúde e solicitar orientação.
CUIDADOS COM A BOCA
É muito importante fazer a higiene da boca das pessoas acamadas para evitar cáries, dor
de dente e inflamação da gengiva. Se a pessoa consegue escovar os dentes sozinha, deve
ser encorajada a fazê-lo.
A higiene bucal de adultos e idosos, independente da pessoa ter ou não ter dentes, deve
ser feita após cada uma das refeições e após o uso de remédios pela boca. Se a pessoa
cuidada consegue fazer a higiene bucal, o cuidador deve estimulá-la e providenciar os
materiais necessários, orientando, dando apoio e acompanhando a atividade.
Se a pessoa não consegue fazer sua higiene bucal sozinha, o cuidador deve ajudá-la da
seguinte maneira:
- Colocar a pessoa sentada em frente à pia ou na cama, com uma bacia.
- Usar escova de cerdas macias e sempre que possível usar também o fio dental.
- Colocar pequena porção de pasta de dente para evitar que a pessoa engasgue. - Escove
os dentes.
COMO PROCEDER QUANDO A PESSOA USA PRÓTESE
As próteses são partes artificiais, conhecidas como dentadura, ponte fixa ou ponte
móvel, colocadas na boca para substituir um ou mais dentes. A prótese é importante
tanto para manter a autoestima da pessoa, como manter as funções dos dentes na
alimentação, na fala e no sorriso. Por todos esses motivos e sempre que possível a
prótese deve ser mantida na boca da pessoa, mesmo enquanto ela dorme.
Quando for proceder a limpeza na boca da pessoa que usa prótese, realiza-se da seguinte
maneira:
1. Retire a prótese e a escove fora da boca, com escova de dente de cerdas mais duras e
sabão neutro ou pasta dental;
2. Para a limpeza das gengivas, bochechas e língua o cuidador pode utilizar escova de
cerdas mais macias ou com um pano ou gaze umedecidas em água. O movimento de
limpeza da língua é realizado de dentro para fora, sendo preciso cuidar para que a
escova não toque o final da língua, pois pode machucar a garganta e provocar ânsia de
vômito.
3. Enxaguar bem a boca e recolocar a prótese. Quando for necessário remover a prótese,
coloque-a em uma vasilha com água e em lugar seguro para evitar queda. A água da
vasilha deve ser trocada diariamente.
Não se deve utilizar produtos como água sanitária, álcool, detergente para limpar a
prótese, basta fazer a higiene com água limpa, sabão neutro ou pasta dental. A limpeza
da boca deve ser feita mesmo que a pessoa cuidada não tenha dentes e não use prótese.
Durante a limpeza da boca o cuidador deve observar a presença de ferida nas
bochechas, gengivas, lábios e embaixo da língua e comunicar a família.

LESÃO POR PRESSÃO

Lesões por pressão são áreas de necrose e, frequentemente, de ulceração (também


chamadas úlceras por pressão) em que as partes moles são comprimidas entre as
proeminências ósseas e superfícies duras externas. Elas são causadas por pressão não
aliviada em combinação com fricção, forças de cisalhamento e umidade.
Fatores de risco incluem idade maior que 65 anos, circulação prejudicada e perfusão
tecidual, imobilização, desnutrição, perda de sensibilidade e incontinência. A gravidade
varia de leve eritema à perda total de tecidos com extensa necrose do tecido subcutâneo.
Os locais mais comuns onde se formam as lesões são: região final da coluna,
calcanhares, quadril, tornozelos, entre outros.
COMO PREVENIR AS LESÕES.
Estimule a pessoa cuidada a mudar de posição pelo menos a cada 2 horas. À noite, o
cuidador pode mudar a pessoa de posição quando acordar a pessoa cuidada para dar
medicação, ou fazer outro cuidado.
• Ao mudar a pessoa de lugar ou de posição, faça isso com muito cuidado, evitando que
a pele roce no lençol ou na cadeira, pois a pele está muito fina e frágil e pode se ferir.
Mantenha a roupa da cama e da pessoa bem esticada, pois as rugas e dobras da roupa
podem ferir a pele.
• Cuidador, se a pessoa cuidada fica a maior parte do tempo em cadeira de rodas ou
poltrona, é preciso ajudá-la a aliviar o peso do corpo sobre as nádegas, da seguinte
maneira: o Se a pessoa tem força nos braços: oriente a pessoa cuidada a sustentar o peso
do corpo ora sobre uma nádega, ora sobre a outra.
Se a pessoa não consegue se apoiar nos braços: o cuidador deve ajudá-la a se
movimentar. Procure orientações da equipe de saúde como auxiliar a pessoa cuidada
nessa movimentação.
Alguns apoios podem ajudar a pessoa a se segurar e mudar de posição sozinha, podem
ser comprados ou improvisados em casa: barras de apoio para cabeceiras da cama,
faixas de pano amarradas na cabeceira, nas laterais ou nos pés da cama ajudam a pessoa
a levantar ou mudar de posição na cama.
• O colchão de espuma tipo “caixa de ovo” ou piramidal ajuda a prevenir as escaras,
pois protege os locais do corpo onde os ossos são mais salientes e ficam em contato com
o colchão ou a cadeira. Quando a pessoa não consegue controlar a saída de urina e/ou
fezes, é necessário proteger o colchão com plástico, apenas na região das nádegas, e por
cima do plástico colocar um lençol de algodão. A pele não deve ficar em contato com o
plástico.
• Proteja os locais do corpo onde os ossos são mais salientes com travesseiros,
almofadas, lençóis ou toalhas dobradas em forma de rolo, entre outros.
Leve a pessoa a um local onde possa tomar sol por 15 a 30 minutos, de preferência antes
das 10 e depois das 16 horas, com a pele protegida por filtro solar. O sol fortalece a
pele, fixa as vitaminas no corpo e ajuda na cicatrização das escaras.
• Ao colocar a comadre, peça ajuda a outra pessoa e cuide para não roçar a pele da
pessoa na comadre.
• A pele da pessoa cuidada precisa ser frequentemente avaliada e bem hidratada. Para
manter a hidratação da pele é preciso: o Oferecer líquidos em pequenas quantidades na
forma de água, sucos e chás várias vezes ao dia, mesmo que a pessoa cuidada não
demonstre sentir sede. Esse cuidado é importante, principalmente para crianças e idosos,
pois esses podem rapidamente ficar desidratados. o Após o banho, massagear a pele da
pessoa cuidada com creme ou óleo apropriado, esse cuidado além de hidratar a pele
melhora a circulação do sangue.
• Se a pessoa cuidada utilizar fraldas, é necessário trocá-las cada vez que urinar e
evacuar, para evitar que a pele fique úmida
• Procure alimentar a pessoa fora da cama para evitar que os resíduos de alimentos
caídos no lençol machuquem a pele e possam provocar escaras. Caso seja necessário
alimentar a pessoa na cama, é preciso catar todos os farelos e resíduos de alimentos que
possam ter caído.
TRATAMENTO DAS LESÕES.
O tratamento da escara é definido pela equipe de saúde, após avaliação. Cabe ao
cuidador fazer as mudanças de posição, manter a área da escara limpa e seca, para evitar
que fezes e urina contaminem a ferida e seguir as orientações da equipe de saúde.

HIPERTENSÃO ARTERIAL & HIPOTENSÃO ARTERIAL

Hipertensão (pressão alta) é uma doença democrática que acomete crianças, adultos e
idosos, homens e mulheres de todas as classes sociais e condições financeiras.
Popularmente conhecida como “pressão alta”, está relacionada com a força que o
sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. O
estreitamento das artérias aumenta a necessidade de o coração bombear com mais força
para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta. Como consequência, a hipertensão
dilata o coração e danifica as artérias.
Os valores da pressão arterial não são sempre os mesmos durante o dia. Geralmente
caem, quando dormimos ou estamos relaxados, e sobem com a atividade física,
agitação, estresse.
A hipertensão arterial ou pressão alta, ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro,
olhos e pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se mantém
frequentemente acima de 140 por 90 mmHg.

Para chegar a cada parte do organismo, o sangue bombeado a partir do coração exerce
uma força natural contra as paredes internas das artérias. Os vasos, por sua vez,
oferecem certa resistência a essa passagem. E é essa disputa que determina a pressão
arterial.

A pressão varia ao longo do dia. Numa pessoa deitada, ela fica mais baixa. Quando nos
movimentamos, os valores sobem, porque o cérebro avisa que o corpo precisa de mais
energia.

Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que
influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles:

– Fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal,


níveis altos de colesterol, falta de atividade física;
– além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra,
aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de
50 anos, em diabéticos.

Para fazer a medição, é utilizado um aparelho chamado esfigmomanômetro,


posicionado em volta do braço, e um estetoscópio para ouvir os sons do peito. O
primeiro número é registrado no momento em que o coração libera o sangue. Essa é a
pressão sistólica, ou máxima – o recomendável é que não passe de 12 mmHg. O
segundo valor é a pressão diastólica, ou mínima. O ideal é que fique em torno de 8
mmHg. É o famoso 12 por 8.

Quando a pressão fica descontrolada, o coração é o órgão mais afetado. Como a


circulação está prejudicada pelo aperto nas artérias coronárias, ele não recebe sangue e
oxigenação suficientes – um quadro que leva ao sofrimento do músculo cardíaco,
podendo ocasionar o infarto.

O acidente vascular cerebral (AVC), o popular derrame, é outra consequência frequente


da hipertensão. Com as constantes agressões da pressão, as artérias da cabeça não
conseguem se dilatar e ficam suscetíveis a entupimentos. Os picos hipertensivos acabam
servindo de estopim para um vaso ficar completamente obstruído ou então se romper.

Sintomas:

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito:


podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza,
visão embaçada e sangramento nasal.

Diagnóstico:
Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas
acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver
hipertensos na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano.

Prevenção e controle:

A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. Somente o
médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, mas além dos
medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida
saudável:

– Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;


– Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– Praticar atividade física regular;
– Aproveitar momentos de lazer;
– Abandonar o fumo;
– Moderar o consumo de álcool;
– Evitar alimentos gordurosos;
– Controlar o diabetes.

HIPOTENSÃO ARTERIAL

A hipotensão arterial ocorre quando a pressão arterial cai a ponto de provocar sintomas
como tonturas e desmaios. Uma pressão arterial muito baixa pode causar danos a
órgãos, um processo chamado choque.
Inúmeros medicamentos e doenças podem afetar o sistema de manutenção da pressão
arterial do corpo.
Quando a pressão arterial está muito baixa, o cérebro funciona mal e podem ocorrer
desmaios.
Normalmente, o corpo mantém a pressão do sangue nas artérias situada em um
intervalo limitado. Quando a pressão arterial está muito alta, os órgãos e vasos
sanguíneos podem ser danificados. A pressão arterial elevada pode até mesmo causar
ruptura de um vaso sanguíneo e levar à hemorragia ou outras complicações.
Quando a pressão arterial é muito baixa, não chega uma quantidade suficiente de sangue
a todas as partes do corpo. Assim, as células não recebem oxigênio e nutrientes
suficientes e os resíduos não são eliminados da forma adequada. Por isso, os órgãos e as
células afetadas em seu interior começam a funcionar mal. A pressão arterial muito
baixa pode ser fatal, já que pode provocar choque, pois a falta de fluxo sanguíneo causa
danos aos órgãos.
Pessoas saudáveis com pressão arterial baixa, mas ainda dentro dos limites normais
(quando medida em repouso), tendem a viver mais tempo do que pessoas com pressão
arterial que esteja na extremidade alta do normal.
O corpo conta com vários mecanismos para normalizar a pressão arterial após ela
aumentar ou diminuir durante as atividades normais, como exercício físico ou sono.
Estes envolvem
Alteração do diâmetro das artérias pequenas (arteríolas) e, em menor grau, das veias
Alteração do volume de sangue bombeado do coração para o corpo (débito cardíaco)
Alteração do volume de sangue nos vasos sanguíneos
Alteração da posição do corpo

Sintomas de hipotensão
Quando a pressão arterial se encontra muito baixa, o primeiro órgão cujo funcionamento
é atingido geralmente é o cérebro. O cérebro passa a funcionar mal em primeiro lugar
porque está localizado na parte superior do corpo e o fluxo sanguíneo precisa vencer a
gravidade para chegar ao cérebro. Por isso, a maioria das pessoas com hipotensão
arterial sente tonturas ou sensação de desmaio iminente, principalmente quando estão
em pé e algumas podem chegar a desmaiar. Quando desmaiam, as pessoas geralmente
caem no chão, em geral com o cérebro ao nível do coração. Como resultado, o sangue
pode fluir para o cérebro sem ter de vencer a gravidade e o fluxo sanguíneo para o
cérebro aumenta, ajudando a protegê-lo de lesões. No entanto, se a pressão arterial
estiver muito baixa, ainda há a possibilidade de lesões cerebrais. Além disso, o desmaio
pode resultar em lesões sérias na cabeça ou em outras partes do corpo.
A hipotensão arterial ocasionalmente provoca falta de ar ou dor torácica devido ao
fornecimento insuficiente de sangue ao músculo cardíaco (um quadro clínico
chamado angina).
Todos os órgãos começam a funcionar mal se a pressão arterial se tornar muito baixa e
permanecer baixa. Esse quadro clínico é conhecido como choque.
O distúrbio que provoca a hipotensão arterial pode produzir muitos outros sintomas, que
não são causados diretamente pela hipotensão arterial. Por exemplo, uma infecção pode
produzir febre.
Alguns sintomas aparecem quando o corpo tenta aumentar a pressão arterial que está
baixa. Por exemplo, quando as arteríolas se contraem, o fluxo de sangue para a pele,
para os pés e para as mãos é reduzido. Essas zonas resfriam-se e adquirem uma
coloração azulada. Quando o coração bate com mais velocidade e mais força, a pessoa
pode sentir palpitações (percepção dos batimentos cardíacos).
Diagnóstico de hipotensão
Medição da pressão arterial
Testes para determinar a causa

Tratamento da hipotensão
Tratamento da causa
Hidratação administrada pela veia (via intravenosa).

DIABETES MELLITUS

Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue


(hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio
insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal
da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que
ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um
defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos
de hiperglicemia.

Classificação do Diabetes

Sabemos hoje que diversas condições que podem levar ao diabetes, porém a grande
maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.

Diabetes Tipo 1 (DM 1) – Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células
beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos
pelo próprio organismo contra as células, beta levando a deficiência de insulina. Nesse
caso podemos detectar em exames de sangue a presença desses anticorpos que são: ICA,
IAAs, GAD e IA-2. Eles estão presentes em cerca de 85 a 90% dos casos de DM 1 no
momento do diagnóstico. Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas
pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.

O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido (alguns dias até
poucos meses) de sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento
importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os
sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades
respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética
e necessita de internação para tratamento.

Diabetes Tipo 2 (DM 2) – Nesta forma de diabetes está incluída a grande maioria dos
casos (cerca de 90% dos pacientes diabéticos). Nesses pacientes, a insulina é produzida
pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um
quadro de resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina
para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge
o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas – sede, aumento da
diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros – podem demorar vários anos até
se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um
quadro grave de desidratação e coma.

Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e


obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-
se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso
se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à
falta de atividade física. Assim, o endocrinologista tem, mais do que qualquer outro
especialista, a chance de diagnosticar o diabetes em sua fase inicial, haja visto a grande
quantidade de pacientes que procuram este profissional por problemas de obesidade.
Outros Tipos de Diabetes – Outros tipos de diabetes são bem mais raros e incluem
defeitos genéticos da função da célula beta (MODY 1, 2 e 3), defeitos genéticos na ação
da insulina, doenças do pâncreas (pancreatite, tumores pancreáticos, hemocromatose),
outras doenças endócrinas (Síndrome de Cushing, hipertireoidismo, acromegalia) e uso
de certos medicamentos.

Diabetes Gestacional – Atenção especial deve ser dada ao diabetes diagnosticado


durante a gestação. A ele é dado o nome de Diabetes Gestacional. Pode ser transitório
ou não e, ao término da gravidez, a paciente deve ser investigada e acompanhada.. Na
maioria das vezes ele é detectado no 3o trimestre da gravidez, através de um teste de
sobrecarga de glicose. As gestantes que tiverem história prévia de diabetes gestacional,
de perdas fetais, má formações fetais, hipertensão arterial, obesidade ou história familiar
de diabetes não devem esperar o 3º trimestre para serem testadas, já que sua chance de
desenvolverem a doença é maior.

Como Posso Saber se Estou Diabético?

O diagnóstico laboratorial pode ser feito de três formas e, caso positivo, deve ser
confirmado em outra ocasião. São considerados positivos os que apresentarem os
seguintes resultados:

1) glicemia de jejum > 126 mg/dl (jejum de 8 horas)


2) glicemia casual (colhida em qualquer horário do dia, independente da última refeição
realizada (> 200 mg/dl em paciente com sintomas característicos de diabetes.
3) glicemia > 200 mg/dl duas horas após sobrecarga oral de 75 gramas de glicose.

Existem ainda dois grupos de pacientes, identificados por esses mesmos exames, que
devem ser acompanhados de perto pois tem grande chance de tornarem-se diabéticos.
Na verdade, esses pacientes já devem ser submetidos a um tratamento preventivo que
inclui mudança de hábitos alimentares, prática de atividade física ou mesmo a
introdução de medicamentos. São eles:
(a) glicemia de jejum > 110mg/dl e < 126 mg/dl.
(b) glicemia 2 horas após sobrecarga de 75 gr de glicose oral entre 140 mg/dl e 200
mg/dl

O diagnóstico precoce do diabetes é importante não só para prevenção das complicações


agudas já descritas, como também para a prevenção de complicações crônicas.

A Importância do Acompanhamento Médico

É importante que o paciente compareça às consultas regularmente, conforme a


determinação médica, nas quais ele deverá receber orientações sobre a doença e seu
tratamento. Só um especialista saberá indicar de forma correta:
• a orientação nutricional adequada,
• como evitar complicações,
• como usar insulina ou outros medicamentos,
• como usar os aparelhos que medem a glicose (glicosímetros) e as canetas de insulina,
• fornece orientações sobre atividade física,
• fornece orientações de como proceder em situações de hipoglicemia e de
hiperglicemia.

Esse aprendizado é fundamental não só para o bom controle do diabetes como também
para garantir autonomia e independência ao paciente. É muito importante que ele realize
suas atividades de rotina, viajar ou praticar esportes com muito mais segurança. É
importante o envolvimento dos familiares com o tratamento do paciente diabético, visto
que, muitas vezes, há uma mudança de hábitos, requerendo a adaptação de todo núcleo
familiar.

Por que Tratar a Hiperglicemia?

A hiperglicemia é a elevação das taxas de açúcar no sangue e que deve ser controlada.
Sabe-se que a hiperglicemia crônica através dos anos está associada a lesões da
microcirculação, lesando e prejudicando o funcionamento de vários órgãos como os
rins, os olhos, os nervos e o coração. Os pacientes que conseguem manter um bom
controle da glicemia têm uma importante redução no risco de desenvolver tais
complicações como já ficou demonstrado em vários estudos científicos.

Pacientes com Diabetes Tipo 2 não diagnosticado tem risco maior de apresentar
acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e doença vascular periférica do que
pessoas que não têm diabetes. Isso reforça a necessidade de um diagnóstico precoce que
permita evitar tais complicações.

A Automonitorização

Para obter um melhor controle dos níveis glicêmicos, não basta o paciente apenas
acreditar que está fazendo tudo corretamente ou ter a sensação de estar sentindo-se
“bem”. É necessário monitorar, no dia-a-dia, os níveis glicêmicos. Para isso, existem
modernos aparelhos, os glicosímetros, de fácil utilização e que nos fornecem o resultado
da glicemia em alguns segundos. Siga as orientações do seu médico quanto ao número
de testes que deve ser realizado.

O objetivo desse controle não é só corrigir as eventuais hiperglicemias que ocorrerão,


mas também tentar manter a glicemia o mais próximo da normalidade, sem causar
hipoglicemia.

Quanto melhor o controle, maior o risco de hipoglicemia, daí a importância também da


monitorização da glicemia mais vezes tanto para evitar a hipo, como também para que
não se coma em excesso na correção dela, o que invalidaria os esforços para manter o
controle. A monitorização permite que o paciente, individualmente, avalie sua resposta
aos alimentos, aos medicamentos (especialmente à insulina) e à atividade física
praticada.
HIPERGLICEMIA & HIPOGLICEMIA

Hiperglicemia é quando os níveis de açúcar no sangue estão muito elevados.


O que causa a hiperglicemia?
A principal causa da hiperglicemia, geralmente, está associada ao diabetes, condição em
que o pâncreas não produz, ou produz insuficientemente, o hormônio insulina, que
regula os açúcares do sangue.
Quais são os sintomas da hiperglicemia?
Os principais sintomas da hiperglicemia são a poliúria (excesso de urina) e a polidipsia
(sede), no entanto sintomas como dores, dormência, formigamento das pernas, visão
turva e embaçada e prurido nas regiões genitais também podem aparecer. Para
portadores da diabetes tipo 1, a hiperglicemia pode levar ao coma e à cetoacidose
diabética; já para portadores da diabetes tipo 2, os sintomas são quase que
imperceptíveis e a demora no diagnóstico pode ocasionar complicações como
retinopatia, neuropatia, angiopatia, entre outros.
Quais são as formas de tratamento da hiperglicemia?
O tratamento da hiperglicemia é feito com injeção de insulina ou medicamentos de
combate ao diabetes prescritos pelo médico. Uma forma de auto tratamento é a
realização de atividades físicas frequentes para ajudar a diminuir o açúcar do sangue.
HIPOGLICEMIA
Hipoglicemia é um distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue e
que pode afetar pessoas portadoras ou não de diabetes.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que promove a entrada da glicose
nas células. Quando há muita insulina no sangue, muita glicose entra nas células e
pouca permanece na corrente sanguínea, o que caracteriza a hipoglicemia. O problema
também pode ocorrer também quando diminui a quantidade dos hormônios de
contrarregulação (glucagon, hormônio do crescimento, adrenalina e cortisol). Esses
hormônios ajudam a liberar o glicogênio armazenado no fígado, necessário quando se
esgota o estoque disponível de glicose no sangue.
TIPOS E CAUSAS DE HIPOGLICEMIA
Geralmente, define-se a hipoglicemia quando a quantidade de açúcar no sangue vai para
baixo de 70mg/dL. Existem dois tipos principais de hipoglicemia: a hipoglicemia de
jejum e a pós-prandial (ou reativa), que ocorre depois das refeições.
Entre as causas da hipoglicemia de jejum destacam-se:
Produção excessiva de insulina pelo pâncreas;
Uso incorreto de medicamentos utilizados no tratamento de diabetes (por exemplo, ao
tomar doses maiores que as indicadas);
Insuficiência hepática, cardíaca ou renal;
Tumores pancreáticos;
Consumo de álcool;
Excesso de atividade física sem compensação na alimentação;
Deficiência dos hormônios que ajudam a liberar glicogênio.
A hipoglicemia pós-prandial ou reativa ocorre por volta de 3 a 5 horas depois das
refeições, como resultado do desequilíbrio entre os níveis de glicose e de insulina no
sangue. Em geral, ela se manifesta em pessoas predispostas depois da ingestão de
alimentos ricos em açúcar, nos pacientes submetidos à cirurgia do estômago e naqueles
em fase inicial da resistência à insulina.
SINTOMAS
Sinais da hipoglicemia por conta de hormônios de contra regulação: Tremores;
Tonturas; Palidez; Suor frio; Nervosismo; Palpitações; Taquicardia; Dor de cabeça;
Pesadelos (hipoglicemia pode ocorrer também durante o sono); Náuseas; Vômitos;
Sonolência; Fome.
Sinais de hipoglicemia devido à redução da quantidade de glicose no cérebro:
Confusão mental;
Alterações do nível de consciência;
Perturbações visuais e de comportamento que podem ser confundidas com embriaguez,
cansaço, fraqueza, sensação de desmaio e convulsões.
Identificar os sintomas é muito importante, pois o próprio paciente, conhecendo a si
mesmo, pode agir rapidamente para evitar a progressão do quadro.
TRATAMENTO
Uma vez instalada a crise hipoglicêmica, o paciente deve consumir de 15 g a 20 g de
carboidratos simples. Essa medida equivale, por exemplo, a:
Uma colher de sopa de mel (exceto em casos de crianças menores de 1 ano);
Um copo de 200 mL de suco de laranja ou de refrigerante não dietético;
Uma colher de sopa de açúcar dissolvido em meio copo de água.
O efeito será mais rápido se esses alimentos forem ingeridos junto com carboidratos de
longa duração, como pães, pipocas, biscoitos etc.
No caso de quem tem diabetes, é recomendado medir a glicemia 15 minutos após a
ingestão e, se ela continuar baixa, consumir mais uma porção de algum desses
alimentos. Quando a glicemia se restabelecer, faça um lanche saudável (como uma
porção de amêndoas e castanhas ou uma tapioca com queijo magro) se sua próxima
refeição principal estiver muito distante (dali 1 ou 2 horas).
Se o nível de consciência estiver comprometido, o paciente deve ser encaminhado para
atendimento médico a fim de receber a medicação adequada. Quando existe alto risco
de crises de hipoglicemia, o médico pode prescrever kits de glucagon injetável, que
pode ser aplicado por acompanhantes do paciente em caso de emergência.

RECOMENDAÇÕES
Refeições menores e mais próximas umas das outras ajudam a prevenir a queda da
glicose no sangue;
Antes de dormir, uma refeição leve à base de carboidratos e proteínas ajuda a prevenir
crises noturnas de hipoglicemia;
A prática de exercícios físicos pode exigir o consumo de carboidratos extras para evitar
a queda brusca dos níveis de glicose no sangue.

OSTEOPOROSE

É uma doença que enfraquece os ossos e, se você a tiver, corre um risco maior de
fraturas ósseas repentinas e inesperadas. Osteoporose significa que você tem menos
massa e força óssea. A doença geralmente se desenvolve sem nenhum sintoma ou dor, e
geralmente não é descoberta até que os ossos enfraquecidos causem fraturas
dolorosas. A maioria destes são fraturas do quadril, punho e coluna vertebral.

Após os 50 anos, uma em cada duas mulheres e um em cada quatro homens terão uma
fratura relacionada à osteoporose em suas vidas. Outros 30% têm baixa densidade óssea
que os coloca em risco de desenvolver osteoporose. Esta condição é chamada de
osteopenia.

A osteoporose é responsável por mais de dois milhões de fraturas por ano, e esse
número continua a crescer. Existem medidas que você pode tomar para evitar que a
osteoporose ocorra. Os tratamentos também podem diminuir a taxa de perda óssea se
você tiver osteoporose.

CAUSAS DA OSTEOPOROSE

A osteoporose se desenvolve mesmo sem saber a causa exata de por que ela se
desenvolve. Seus ossos são feitos de tecido vivo e em crescimento. O interior do osso
saudável parece uma esponja. Esta área é chamada de osso trabecular. Uma casca
externa de osso denso envolve o osso esponjoso. Esta casca dura é chamada de osso
cortical.

Quando ocorre a osteoporose, os "buracos" na "esponja" ficam maiores e mais


numerosos, o que enfraquece o interior do osso. Os ossos sustentam o corpo e protegem
os órgãos vitais. Os ossos também armazenam cálcio e outros minerais. Quando o corpo
precisa de cálcio, ele se decompõe e reconstrói o osso. Esse processo, chamado de
remodelação óssea, fornece ao corpo o cálcio necessário, mantendo os ossos fortes.

Até cerca de 30 anos, você normalmente constrói mais ossos do que perde. Após os 35
anos, a quebra óssea ocorre mais rapidamente do que o acúmulo ósseo, o que causa uma
perda gradual de massa óssea. Se você tem osteoporose, perde massa óssea a uma taxa
maior. Após a menopausa, a taxa de degradação óssea ocorre ainda mais rapidamente.

SINTOMAS DA OSTEOPOROSE

Normalmente, não há sintomas de osteoporose. É por isso que às vezes é chamada de


doença silenciosa. No entanto, você deve estar atento às seguintes coisas:

 Perda de altura (ficando mais curto por uma polegada ou mais).


 Mudança de postura (inclinar-se ou inclinar-se para a frente).
 Falta de ar (capacidade pulmonar menor devido a discos comprimidos).
 Fraturas ósseas.
 Dor na parte inferior das costas.

Existem muitos fatores de risco que aumentam sua chance de desenvolver osteoporose,
sendo dois dos mais significativos o sexo e a idade.

No entanto, mulheres com mais de 50 anos ou mulheres na pós-menopausa têm o maior


risco de desenvolver osteoporose. As mulheres sofrem uma rápida perda óssea nos
primeiros 10 anos após a menopausa, porque a menopausa diminui a produção de
estrogênio, um hormônio que protege contra a perda óssea excessiva.

A idade e a osteoporose também afetam os homens. Você pode se surpreender ao saber


que homens com mais de 50 anos são mais propensos a ter uma fratura óssea induzida
pela osteoporose do que ter câncer de próstata. Cerca de 80.000 homens por ano são
esperados para quebrar o quadril, e os homens são mais propensos do que as mulheres a
morrer no ano após uma fratura de quadril.

FATORES DE RISCO

Se você tem ou teve alguma das condições a seguir, algumas das quais estão
relacionadas a níveis hormonais irregulares, você e seu médico podem considerar a
triagem precoce da osteoporose.

 Glândulas tireóide, paratireóide ou suprarrenais hiperativas.


 História de cirurgia bariátrica (perda de peso) ou transplante de órgãos.
 Tratamento hormonal para câncer de mama ou próstata ou histórico de atraso
menstrual.
 Doença celíaca ou doença inflamatória intestinal.
 Doenças do sangue, como mieloma múltiplo.

DIAGNOSTICO

Seu médico pode solicitar um teste para fornecer informações sobre sua saúde óssea
antes que os problemas comecem. Os testes de densidade mineral óssea (DMO) também
são conhecidos como exames de absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA ou
DXA). Esses raios-X usam quantidades muito pequenas de radiação para determinar a
solidez dos ossos da coluna, quadril ou pulso. Radiografias regulares só mostrarão
osteoporose quando a doença estiver muito avançada.

TRATAMENTO

Os tratamentos para a osteoporose estabelecida podem incluir exercícios, suplementos


vitamínicos e minerais e medicamentos. Exercícios e suplementos são frequentemente
sugeridos para ajudar a prevenir a osteoporose. Exercícios de sustentação de peso,
resistência e equilíbrio são importantes.

MEDICAMENTOS USADOS

Existem várias classes de medicamentos usados para tratar a osteoporose. Seu médico
trabalhará com você para encontrar o melhor ajuste. Não é realmente possível dizer que
existe um melhor medicamento para tratar a osteoporose. O 'melhor' tratamento é aquele
que é melhor para você.

PREVENÇÃO

Sua dieta e estilo de vida são dois fatores de risco importantes que você pode controlar
para prevenir a osteoporose. A substituição do estrogênio perdido por terapia hormonal
também fornece uma forte defesa contra a osteoporose em mulheres na pós-menopausa.

DISFAGIAS

Disfagia é a dificuldade de deglutição. Essa condição é secundária ao impedimento do


transporte de líquidos, sólidos ou ambos da faringe para o estômago. Disfagia não deve
ser confundida com a sensação de globo (uma sensação de ter um caroço na garganta),
que não é um transtorno da deglutição e ocorre sem prejuízo ao transporte alimentar.
A disfagia se classifica como orofaríngea ou esofágica.

Disfagia orofaríngea é a dificuldade de esvaziar o material da orofaringe no esôfago;


resulta de função anormal proximal ao esôfago. Pacientes se queixam de dificuldade
para iniciar a deglutição, regurgitação nasal e aspiração traqueal seguida de tosse.

A disfagia orofaríngea ocorre em pacientes com doenças neurológicas ou musculares


que afetam a musculatura esquelética.
Disfagia esofagiana consiste na dificuldade da passagem do alimento pelo esôfago.
Pode resultar de obstrução mecânica ou distúrbio motor
COMPLICAÇÕES

A disfagia orofaríngea pode levar à aspiração traqueal do material ingerido, de


secreções orais ou ambos. A aspiração pode causar pneumonia aguda; a aspiração
recorrente pode eventualmente levar a uma doença pulmonar crônica. A disfagia
prolongada muitas vezes leva a alimentação inadequada e emagrecimento.

A disfagia esofágica pode levar à perda ponderal, desnutrição, aspiração traqueal do


material ingerido e, em casos graves, impactação alimentar. A impactação alimentar
coloca os pacientes em risco de perfuração esofágica espontânea, que pode levar à
sepse e mesmo morte.

AVALIAÇÃO

Os pacientes devem descrever quais substâncias causam dificuldade e onde sentem


que o problema está localizado. Preocupações específicas incluem se os pacientes têm
dificuldades para engolir sólidos, líquidos ou ambos; se a comida sai pelo nariz; se
babam ou têm vazamento de alimentos da boca; se têm impactação alimentar; e se
tossem ou engasgam ao comer.
A disfagia que ocorre em conjunto com um evento neurológico agudo provavelmente
é decorrente desse evento; nova disfagia em um paciente com distúrbio neurológico
estável de longa duração pode ter outra etiologia. A disfagia para sólidos por si só
sugere obstrução mecânica; entretanto, um problema com sólidos e líquidos é
inespecífico. Babar e derramar alimento da boca ao comer ou regurgitação nasal
sugerem uma disfunção orofaríngea. A regurgitação de uma pequena quantidade de
alimento na compressão lateral do pescoço é praticamente diagnóstica de divertículo
da faringe.

Os pacientes que se queixam de dificuldades para fazer com que os alimentos deixem
a boca ou da adesão do alimento à parte inferior do esôfago geralmente estão corretos
a respeito da localização do problema; a sensação de disfagia na parte superior do
esôfago é menos específica.

TRATAMENTO DA DISFAGIA
O tratamento da disfagia é direcionado à causa específica. Se houver obstrução
completa, a endoscopia digestiva alta de emergência é essencial. Se for encontrada
estenose, anel ou membrana, realiza-se dilatação endoscópica cuidadosa. Durante a
resolução, os pacientes com disfagia orofaríngea podem se beneficiar de avaliação por
um especialista em reabilitação. Às vezes, os pacientes se beneficiam da mudança de
posição da cabeça enquanto comem, retreinamento dos músculos da deglutição,
realização de exercícios que melhoram a capacidade de acomodar o bolo alimentar na
cavidade oral ou realização de exercícios de força e coordenação para a língua. Os
pacientes com disfagia grave e aspiração recorrente podem precisar de uma sonda de
gastrostomia.
CUIDANDO DE QUEM CUIDA

A tarefa de cuidar de alguém geralmente se soma às outras atividades do dia-a-dia. O


cuidador fica sobrecarregado, pois muitas vezes assume sozinho a responsabilidade
pelos cuidados, soma-se a isso, ainda, o peso emocional da doença que incapacita e traz
sofrimento a uma pessoa querida. Diante dessa situação é comum o cuidador passar por
cansaço físico, depressão, abandono do trabalho, alterações na vida conjugal e familiar.
A tensão e o cansaço sentidos pelo cuidador são prejudiciais não só a ele, mas também à
família e à própria pessoa cuidada.
Estimular o autocuidado e a qualidade de vida do cuidador, evitando a sobrecarga física
e emocional
Para cuidar de outra pessoa é necessário estar descansado, com bom humor e autoestima
elevados. Cuidar do outro é uma tarefa desgastante devido ao peso da responsabilidade
assumida, ao peso emocional, à doença e a dependência da pessoa cuidada. Esta carga
fica ainda maior quando o cuidador é um familiar.
Cada cuidador vai experimentar as consequências do ato de cuidar de outra pessoa de
forma diferente. Entretanto é comum o estresse físico e emocional, cansaço, sentimento
de impotência, irritabilidade e tristeza. Por estes motivos, é importante promover o
autocuidado, pois isto melhora a qualidade de vida do cuidador, bem como a qualidade
do serviço prestado ao idoso.
O QUE FAZER PARA ME AUTOCUIDAR
• Defina com os familiares ou amigos do idoso os horários nos quais irá trabalhar. Um
único cuidador não pode ser responsável pelo cuidado 24 horas por dia. Esta tarefa deve
ser dividida para que você possa cuidar da sua saúde, realizar uma atividade física ou de
lazer e recarregar as energias
• Mantenha a sua saúde e bem-estar, bem como o do idoso.
• Realize exercícios de alongamento e movimentação dos pés e mãos enquanto assiste
televisão, faça massagem nos pés com as mãos ou com bolinhas próprias para esta
finalidade.
• Procure conhecer novas pessoas e aprender atividades novas.
• Aceite ajuda. Não pense que apenas você é capaz de cuidar do idoso. Confie nos
familiares e amigos para exercer esta tarefa para que você possa descansar.
• Organize seu tempo para que possa realizar as atividades que lhe dão prazer.
• Durma o suficiente para descansar o corpo e a mente.
• Problemas no sono.
• Consumo de estimulantes para dormir ou para permanecer acordado.
• Cansaço contínuo
. • Problemas de memória e dificuldade para concentrar-se.
• Problemas físicos.
• Perda de interesse por pessoas ou atividades anteriormente queridas.
• Dar muita importância a pequenos detalhes e irritar-se facilmente.
• Problemas de apetite
O estilo de vida corresponde ao conjunto de ações que refletem as atitudes, valores e
oportunidades das pessoas. Estas ações têm grande influência na saúde geral e qualidade
de vida de todos os indivíduos. Os itens abaixo representam características do estilo de
vida relacionados ao bem-estar individual.

NUTRIÇÃO

A Nutrição é o ato de fornece componentes fundamentais para organismos e células em


pleno funcionamento. A Nutrição é uma área que domina os nutrientes que os seres
precisam consumir, além de otimizar o consumo com as melhores combinações para o
máximo aproveitamento possível destes alimentos.
É importante que a alimentação seja saborosa, colorida e equilibrada, que respeite as
preferências individuais e valorize os alimentos da região, da época e que sejam
acessíveis do ponto de vista econômico.
Para se ter uma alimentação equilibrada, com todos os nutrientes necessários para a
manutenção da saúde, é preciso variar os tipos de alimentos, consumindo-os com
moderação.
Os nutrientes são as substâncias químicas que o organismo absorve dos alimentos, esses
nutrientes são indispensáveis para o bom funcionamento do organismo. Os nutrientes
dos alimentos fornecem calorias, que são a quantidade de energia utilizada pelo corpo
para a manutenção de suas funções e atividades. Uma alimentação que fornece mais
calorias do que o organismo gasta em suas atividades diárias pode provocar o excesso
de peso e obesidade.
Uma alimentação que fornece menos calorias que o necessário pode levar à perda de
peso e desnutrição.
A seguir apresentam-se os dez passos para a alimentação saudável em pessoas idosas:
1. Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches
saudáveis por dia. Não pule as refeições.
2. Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo, pães e
massas), tubérculos (batata), raízes (aipim) nas refeições. Dê preferência aos grãos
integrais e aos alimentos na sua forma mais natural;
3. Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das
refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches;
4. Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana.
Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde;
5. Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes,
aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes
da preparação torna esses alimentos mais saudáveis;
6. Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou
margarina;
7. Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados,
sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação. Coma-os, no
máximo, duas vezes por semana;
8. Diminuía a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa;
9. Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao
consumo nos intervalos das refeições;
10. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade
física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.
recomendações para a alimentação
Nem sempre é fácil alimentar outra pessoa, por isso o cuidador precisa ter muita calma e
paciência, estabelecer horários regulares, criar um ambiente tranquilo. São orientações
importantes:
• Para receber a alimentação, a pessoa deve estar sentada confortavelmente. Jamais
ofereça água ou alimentos à pessoa na posição deitada, pois ela pode se engasgar.
• Se a pessoa cuidada consegue se alimentar sozinha, o cuidador deve estimular e
ajudá-la no que for preciso: preparar o ambiente, cortar os alimentos, etc. Lembrar que a
pessoa precisa de um tempo maior para se alimentar, por isso não se deve apressá-la.
• É importante manter limpos os utensílios e os locais de preparo e consumo das
refeições. A pessoa que prepara os alimentos deve cuidar de sua higiene pessoal, com a
finalidade de evitar a contaminação dos alimentos.
• Quando a pessoa cuidada estiver sem apetite, o cuidador deve oferecer alimentos
saudáveis e de sua preferência, incentivando-a a comer. A pessoa com dificuldades para
se alimentar aceita melhor alimentos líquidos e pastosos, como: legumes amassados,
purês, mingau de aveia ou amido de milho, vitamina de frutas com cereais integrais.
• Para estimular as sensações de gosto e cheiro, que com o avançar da idade ou com a
doença podem estar diminuídos, é importante que as refeições sejam saborosas, de fácil
digestão, bonitas e cheirosas.
• Uma boa maneira de estimular o apetite é variar os temperos e o modo de preparo dos
alimentos. Os temperos naturais como: alho, cebola, cheiro-verde, açafrão, cominho,
manjericão, louro, alecrim, sálvia, orégano, gergelim, hortelã, noz-moscada, manjerona,
erva-doce, coentro, alecrim, dão sabor e aroma aos alimentos e podem ser usados à
vontade.
• Se a pessoa consegue mastigar e engolir alimentos em pedaços não há razão para
modificar a consistência dos alimentos. No caso da ausência parcial ou total dos dentes,
e uso de prótese, o cuidador deve oferecer carnes, legumes, verduras e frutas bem
picadas, desfiadas, raladas, moídas ou batidas no liquidificador.
• Para manter o funcionamento do intestino é importante que o cuidador ofereça à
pessoa alimentos ricos em fibras como as frutas e hortaliças cruas, leguminosas, cereais
integrais como arroz integral, farelos, trigo para quibe, canjiquinha, aveia, gérmen de
trigo, etc.
Substituir o pão branco por pão integral e escolher massas com farinha integral.
Substituir metade da farinha branca por integral em preparações assadas. Acrescentar
legumes e verduras no recheio de sanduíches e tortas e nas sopas.
• Sempre que for possível, o cuidador deve estimular e auxiliar a pessoa cuidada a fazer
caminhadas leves, alongamentos e passeios ao ar livre.
• Ofereça à pessoa cuidada, de preferência nos intervalos das refeições, 6 a 8 copos de
líquidos por dia: água, chá, leite ou suco de frutas.
• É importante que a pessoa doente ou em recuperação coma diariamente carnes e
leguminosas, pois esses alimentos são ricos em ferro. O ferro dos vegetais é mais bem
absorvido quando se come junto alimentos ricos em vitamina C, como laranja, limão,
caju, goiaba, abacaxi e outros, em sua forma natural ou em sucos.
• O consumo moderado de açúcar, doces e gorduras ajudam a manter o peso adequado e
a prevenir doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes.
• O cuidador e a família da pessoa cuidada devem observar a data de validade dos
produtos, evitando comprar grandes quantidades de alimentos e aqueles com prazo de
validade próximo do vencimento.
• Alimentos “diet” são aqueles que tiveram um ou mais ingredientes retirados de sua
fórmula original, como por exemplo: açúcar, gordura, sódio ou proteínas.
• Produtos “light” são aqueles que sofreram redução de algum tipo de ingrediente na sua
composição, por exemplo: o creme de leite light apresenta menor quantidade de
gordura, o sal light tem menor quantidade de sódio, refrigerante light tem menor
quantidade de calorias. Os alimentos light em que foram retirados o açúcar podem ser
consumidos por diabéticos.
• Quando há necessidade de substituir o açúcar por adoçantes artificiais recomenda-se
variar os tipos. Os adoçantes à base de ciclamato de sódio e sacarina podem contribuir
para o aumento da pressão arterial. Os adoçantes à base de sorbitol, manitol e xilitol
podem causar desconforto no estômago e diarreia. É importante receber orientação da
equipe de saúde, quando for necessário usar adoçantes artificiais.

ALIMENTAÇÃO NASOENTERAL
A dieta enteral é utilizada quando pacientes não podem se alimentar pela boca devido à
alguma uma condição de saúde. Nesses casos, uma sonda nasoenteral, introduzida pela
boca ou via oral, é utilizada para levar a dieta até o estômago, duodeno ou jejuno.

Além da sonda nasoenteral, outros tipos do equipamento podem ser utilizados para
administrar a dieta -- inclusive as que são inseridas no abdome por procedimentos
cirúrgicos. A dieta enteral é uma fórmula nutricionalmente completa que podem ser
adquirida na forma líquida ou em pó. Neste último caso, é preciso misturar o conteúdo
com água antes de administrá-la.

CUIDADOS COM ALIMENTAÇÃO NASOENTERAL


Verifique sempre o prazo de validade da almoço, jantar, ceia e lanches. Por
dieta. exemplo, de 3 em 3horas: 6h, 9h, 12h,
15h,18h, 21h. Estes horários podem ser
Separe todo o material que será ajustados à rotina da família.
utilizado. Siga sempre as orientações
que lhes foram dadas no hospital. Para receber a dieta o paciente deve
estar sentado no leito, formando um
O frasco de dieta e o abridor de garrafas ângulo de 45° (no mínimo) em relação à
devem ser limpos com um pano limpo cama. Ele deve ficar nesta posição
umedecido em álcool 70%, antes de sua durante o recebimento da dieta e por
abertura. mais 30 minutos após o término dela.
Esta posição é extremamente
Lave bem as mãos com água e sabão importante, pois impede que o paciente
antes de iniciar o preparo. se engasgue com a dieta e que ela se
dirija ao pulmão.
Observe se a sonda está bem fixada no
nariz do paciente. Se o paciente apresentar náusea, tosse
excessiva, dificuldade respiratória ou
A dieta que será administrada no qualquer alteração, suspenda
paciente deve estar em temperatura imediatamente a dieta e entre em
ambiente. contato com o médico para orientação.

A dieta deve ser sempre administrada Limpe diariamente a parte externa da


lentamente para evitar qualquer sonda com gaze, água e álcool a 70% ou
problema (diarréia, gases, náuseas e sabonete suave. Seque bem.
vômito), se a sonda estiver no estômago
do paciente, o volume de um horário Cuidado para não puxar a sonda
deve correr em 1h, se a sonda estiver no acidentalmente. Caso haja saída ou
intestino, a velocidade deve ser mais entupimento, ela deverá ser trocada pelo
lenta, ou seja, o volume de um horário médico.
deve correr em 1h30min.
IMPORTANTE:
O nutricionista/ médico responsável No caso de entupimento da sonda ou
pelo tratamento e alta deve ter saída acidental, procure ajuda médica.
determinado qual o volume de dieta Nunca tente reintroduzir a sonda
enteral que será usado e os horários para sozinho.
administração.

Os horários para administração da dieta


são semelhantes aos horários das
refeições normais: café da manhã,
TIPOS DE DEMÊNCIA
A demência, também chamada de transtorno neuro cognitivo maior ou ligeiro,
corresponde a uma alteração progressiva das áreas do cérebro, resultando em alterações
da memória, comportamento, linguagem e personalidade, que podem
interferir diretamente na qualidade de vida.

Embora o aparecimento da demência possa ser causado por diversos fatores, está mais
frequentemente associado ao envelhecimento. Ainda assim, é normal que as causas
variem de acordo com o tipo de demência apresentada.

O ideal é que a demência seja sempre identificada o mais precocemente possível, para
iniciar o tratamento adequado e tentar atrasar a progressão da doença, garantindo uma
melhor qualidade de vida. Assim, sempre que existirem sintomas indicativos de
demência é importante consultar um clínico geral ou neurologista.

De acordo com a causa e sintomas apresentados pela pessoa, a demência pode ser
classificada em vários tipos, sendo os principais:

ALZHEIMER
O Alzheimer é o principal tipo de demência e é caracterizada pela degeneração
progressiva dos neurônios e comprometimento das funções cognitivas.

Possíveis causas: o desenvolvimento do Alzheimer é consequência de um conjunto de


fatores, como genética, envelhecimento, sedentarismo, traumatismo craniano e
tabagismo, por exemplo.

Principais sintomas: os sintomas tendem a desenvolver-se por fases, sendo os sintomas


inicias relacionados à dificuldade em encontrar as palavras para falar e de tomar
decisões, falta de atenção e comprometimento da memória, concentração, atenção e
raciocínio.

Como é feito o diagnóstico: o diagnóstico do Alzheimer é feito por meio da avaliação


dos sintomas apresentados pelo paciente e história clínica e da família. Além disso o
neurologista pode solicitar exames que permitem identificar alterações cerebrais, além
de análise do líquido cefalorraquidiano para verificar o acúmulo de proteínas beta-
amiloide que ocorre no Alzheimer.
É recomendada também a realização de testes de raciocínio, que devem ser feitos pelo
neurologista ou geriatra, com o objetivo de verificar o comprometimento cerebral.

DEMÊNCIA VASCULAR
A demência vascular é o segundo tipo de demência mais frequente, ficando atrás apenas
do Alzheimer, e acontece quando o suprimento sanguíneo do cérebro é prejudicado
devido a problemas cerebrovasculares ou cardiovasculares, resultando em alterações
cerebrais e, consequentemente, na demência.
Possíveis causas: a principal causa deste tipo de demência é o AVC.

Principais sintomas: neste tipo de demência há grande comprometimento cognitivo,


sendo muito difícil para a pessoa realizar atividades simples do dia-a-dia, resultando em
dependência. Além disso, com a progressão da doença, a pessoa pode ficar desnutrida,
ter maior susceptibilidade a infecções e ter dificuldade para engolir, por exemplo.

Como é feito o diagnóstico: o diagnóstico da demência vascular é feito por meio de


exames neurológicos de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia
computadorizada, em que são verificadas alterações cerebrais decorrente da diminuição
do suprimento sanguíneo para o cérebro.

DEMÊNCIA POR PARKINSON


A demência por Parkinson surge à medida que a doença de Parkinson piora, sendo uma
consequência das alterações que ocorrem a nível cerebral, pois há alterações
relacionadas com a cognição e comportamento da pessoa.

Possíveis causas: acontece em pessoas com Parkinson avançado. Ainda não se conhece
porque motivo este tipo de demência surge, mas é possível que esteja relacionado com
o desgaste de regiões do cérebro responsáveis pela produção de neurotransmissores.

Principais sintomas: além dos sintomas característicos do Parkinson, como tremores e


rigidez muscular, ocorre a perda progressiva da memória e alteração dos reflexos devido
ao desgaste de regiões do cérebro responsável pela produção de neurotransmissores.

Como é feito o diagnóstico: o diagnóstico do mal de Parkinson é feito pelo


neurologista por meio dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente e de exames de
imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada do crânio, por
exemplo. Além disso, podem ser solicitados exames de sangue que possam excluir
outras hipóteses diagnósticas.

DEMÊNCIA SENIL
A demência senil ocorre com mais frequência em pessoas a partir dos 65 anos e é
caracterizada pela perda progressiva e irreversível das funções intelectuais, como
memória, raciocínio e linguagem, sendo, portanto, uma das principais causas de
incapacidade em idosos.

Possíveis causas: embora possa surgir naturalmente, este tipo de demência é muitas
vezes consequência de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer ou a doença de
Parkinson. Além disso, pode ser resultado do uso frequente de alguns medicamentos,
como soníferos, antidepressivos e relaxante musculares.

Principais sintomas: Os principais sintomas relacionados à demência senil são


desorientação, perda da memória, dificuldade em tomar decisões, esquecimento de
coisas simples, perda de peso, incontinência urinária, dificuldade para dirigir ou fazer
atividades sozinho, como fazer comprar, cozinhar ou tomar banho, por exemplo.

Como é feito o diagnóstico: O diagnóstico desse tipo de demência é feito por meio de
exames laboratoriais, para excluir outras doenças, e exames de imagem, como
tomografia computadorizada do crânio e ressonância magnética, por exemplo, para
avaliar o funcionamento cerebral. Além disso, o diagnóstico deve ser feito baseado na
história clínica completa do paciente e de testes para avaliar a memória e o estado
mental, além do grau de atenção, concentração e comunicação.

DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL
A demência frontotemporal ou DFT é um tipo de demência caracterizada pela atrofia e
perda de células nervosas, de um ou ambos os lobos frontais e temporais do cérebro. Os
lobos frontais são responsáveis pela regulação do humor e comportamento, enquanto
que os lobos temporais estão relacionados com a visão e a fala. Assim, dependendo do
local em que há degeneração cerebral, os sintomas podem variar.

Principais sintomas: Os principais sintomas relacionados à DFT são alterações no


comportamento social, variação da personalidade, alterações na linguagem,
apresentando um discurso limitado. Além disso, a pessoa pode repetir frases faladas por
outras pessoas várias vezes e não lembrar de nomes de objetos, conseguindo apenas
descrevê-los.

Como é feito o diagnóstico: A DFT é diagnosticada por meio de avaliação psiquiátrica,


em que são verificadas as alterações comportamentais e relacionadas à percepção social.
Além disso, podem ser solicitados alguns exames, como imagiologia cerebral e
eletroencefalograma.

DEMÊNCIA DE PICK

A demência ou doença de Pick, é um tipo de demência frontotemporal caracterizada


pelo excesso de proteínas Tau nos neurônios denominados copos de Pick. O excesso de
proteínas normalmente acontece nos lobos frontais ou temporais e é uma das principais
causas de perda de memória precoce, podendo ter início a partir dos 40 anos

Principais sintomas: A doença de Pick tem como principais sintomas a diminuição da


capacidade de raciocínio, dificuldade para falar, confusão mental, instabilidade
emocional e alterações da personalidade.

Como é feito o diagnóstico: O diagnóstico da doença de Pick é feito por meio da


análise dos sintomas comportamentais apresentados pela pessoa, que normalmente é
feito por meio de testes psicológicos, além de exames de imagem, como a ressonância
magnética, por exemplo. Além disso, pode ser solicitado pelo médico a avaliação da
concentração da proteína Tau em fluidos do sistema nervoso, sendo indicada a coleta de
liquido cefalorraquidiano.

DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY


A demência com corpos de Lewy corresponde ao comprometimento de regiões
específicas do cérebro devido à presença de estruturas proteicas, conhecidas como
corpos de Lewy, que se desenvolvem dentro das células cerebrais e provocam sua
degeneração e morte, resultando na demência. Esse tipo de demência é mais comum em
pessoas acima dos 60 anos e pode acontecer simultaneamente com a Doença de
Alzheimer, por exemplo.
Principais sintomas: As pessoas diagnosticadas com esse tipo de demência apresentam
como principais sintomas perda das capacidades mentais, confusão mental,
desorientação, alucinações, tremores e rigidez muscular. Normalmente as alterações
mentais surgem primeiro e à medida que há maior comprometimento cerebral, surgem
as alterações de movimento e os quadros de confusão mental ficam mais graves.

Como é feito o diagnóstico: O diagnóstico da demência com corpos de Lewy deve ser
feito por um neurologista por meio da avaliação dos sintomas, história clínica do
paciente e da família e exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou a
ressonância magnética, com o objetivo de identificar degeneração em algumas partes do
cérebro.

DEMÊNCIA POR ÁLCOOL


A associação entre consumo excessivo de bebidas alcoólicas e maior predisposição à
demência precoce ainda está em estudo, no entanto já é comprovado que o consumo
excessivo de bebidas alcoólicas interfere na memória, capacidade cognitiva e
comportamental. Isso porque o álcool pode ter efeito nocivo para as células nervosas,
alterando o seu funcionamento e resultando nos sintomas de demência, por exemplo.

Além disso, caso o consumo de álcool em excesso esteja associado a uma dieta pobre
em vitamina B1, pode haver danos cerebrais irreversíveis.

Principais sintomas: Dificuldade de aprendizagem, alterações da personalidade,


diminuição das competências sociais, dificuldade no pensamento lógico e alteração da
memória a curto-prazo são sintomas característicos da demência causada por álcool.

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

As doenças respiratórias, como o próprio nome indica, são aquelas que afetam as
estruturas e os órgãos que fazem parte da região respiratória.
Essas doenças afetam: Faringe, Brônquios, Vias nasais, Laringe, Diafragma, Traqueia,
Pulmões, Alvéolos.
Em geral, essas patologias provocam irritações e inflamações no sistema respiratório. A
obstrução das vias áreas também é comum, e dificulta a respiração completa.
Enquanto certas doenças respiratórias começam no nariz ou na traqueia, espalhando-se
para outras regiões, outras acometem ou iniciam-se somente nos pulmões.
Além disso, também é comum que outros sistemas ou órgãos sejam atingidos, em
especial a boca. Inclusive, certos medicamentos utilizados para o tratamento de doenças
respiratórias podem ressecar a mucosa bucal, favorecendo a placa bacteriana, problemas
como a gengivite e até infecções fúngicas.
A lógica contrária também é válida: certas doenças que atingem outros setores do
organismo podem afetar os pulmões e o sistema respiratório, provocando as patologias
respiratórias e agravando seus riscos.
A complexidade e os diferentes fatores associados a esse tipo de problema só reforçam
o quanto é fundamental ficar atento aos seus sintomas, correto tratamento e principais
meios de prevenção. Saiba mais ao longo do artigo.

TIPOS DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS


As doenças respiratórias são classificadas de acordo com o seu padrão de duração. Elas
podem ser:
Agudas: que começam rapidamente, demandam um tratamento curto e podem ser
curadas em, no máximo, três meses;
Crônicas: que iniciam gradualmente, exigem remédios e tratamentos prolongados e
duram mais de três meses (podendo, inclusive, prolongar-se por toda vida).
Além das causas externas, as doenças respiratórias também podem ser genéticas.
Isso significa que algumas pessoas já podem nascer com elas. O exemplo mais comum
desse tipo de situação é a asma.
Já as patologias agudas podem surgir por diferentes fatores, mas as mais comuns são as
infecções respiratórias.
Para entender melhor como são as doenças respiratórias mais comuns, é importante
também separá-las entre as agudas e as crônicas, já que cada caso conta com
características próprias.

PRINCIPAIS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS


Normalmente, as doenças respiratórias crônicas atingem o pulmão e são ligadas a
inflamações de longa duração. Indivíduos expostos à poeira, poluição, fumantes e
alérgicos estão no grupo de risco.
Asma: caracteriza-se pela inflamação interna das estruturas do pulmão, que causa
inchaço e dificulta a passagem de ar. Seus sintomas incluem falta de ar, fadiga e tosse
sem catarro;
Rinite crônica: é uma inflamação interna do nariz, que pode ser alérgica ou não. Os
sintomas são espirros, tosse seca, coriza, coceira no nariz, entupimento nasal e dor de
cabeça;
DPOC: se refere a um conjunto de doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como
enfisema e bronquite. O principal sintoma é a falta de ar, além de tosse persistente com
catarro;
Tuberculose: é uma doença contagiosa bacteriana, que afeta o pulmão e às vezes órgãos
como coração, rins e até ossos. Seus sintomas mais marcantes são dor para respirar,
febre, perda de peso, falta de ar e tosse com sangue;
Sinusite crônica: é marcada pela obstrução de muco e pelo inchaço nos espaços internos
vazios da face e do nariz. Provoca sensibilidade nos olhos, nariz entupido, dor no rosto,
tosse e dor de garganta.
PRINCIPAIS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS
Por sua vez, as doenças respiratórias agudas geralmente são causadas por infecções no
sistema respiratório.
Elas exigem tratamento imediato e muitas vezes têm cura rápida. Em alguns casos,
podem evoluir para condições crônicas. Além disso, muitas delas são contagiosas.
As mais comuns são:
Gripe: muito conhecida pelas pessoas, é causada pelo vírus Influenza. Pode durar até 10
dias e tem sintomas clássicos, como tosse, coriza, dor de cabeça e febre;
Pneumonia: compromete os alvéolos pulmonares e pode ser provocada por vírus,
fungos ou bactérias. Os sintomas podem variar de acordo com cada em indivíduo, mas
os mais comuns são falta de ar, febre alta, calafrios, tosse com catarro e dor para
respirar;
SDRA: a síndrome do desconforto respiratório agudo é marcada pelo acúmulo de
líquido nos alvéolos e pelo comprometimento da oxigenação sanguínea. Pode acometer
pessoas com outras doenças respiratórias avançadas ou pode ser provocada por
afogamentos, inalação de gases tóxicos ou ferimentos no tórax. Seu sintoma é a falta de
ar intensa, que pode impossibilitar a respiração sem a ajuda de equipamentos
hospitalares;
Faringite: é uma infecção viral ou bacteriana que afeta a laringe, que corresponde à
região mais funda da garganta. Pode causar febre, sensação de garganta arranhada e dor
para engolir;
Bronquite aguda: se caracteriza pela inflamação dos brônquios. Normalmente é viral e
gera sintomas parecidos com os da gripe, como tosse, coriza e febre. Outros sinais
comuns incluem chiado no peito, dores nas costas e cansaço.

CAUSAS
as doenças respiratórias podem ser causadas tanto por fatores externos, quanto por
hábitos e até pela genética do próprio indivíduo.
Poluição: com destaque para o monóxido e dióxido de carbono presentes no ar, que
favorecem as patologias que afetam os pulmões;
Infecções por vírus: que normalmente geram a inflamação dos brônquios, pulmões e
vias respiratórias, provocando rinites, sinusites, pneumonias, entre outras doenças
relacionadas;
Fungos: suspensos no ar, principalmente em ambientes fechados, são extremamente
alérgicos, sendo ligados à asma, pneumonia, bronquite e rinite;
Má circulação de ar: além dos fungos, bactérias e outros agentes alérgicos também se
acumulam em locais muito fechados;
Medicamentos: certas substâncias usadas para tratar outras doenças podem causar
reações alérgicas, que atingem pulmões e vias respiratórias;
Químicos em geral: outros químicos como produtos de limpeza e desinfetantes podem
gerar crises de alergia ou de asma;
Ácaros: são pequenos aracnídeos, invisíveis ao olho nu, que se acumulam em tapetes,
colchões e pelúcias. Podem gerar alergias em pessoas sensíveis;
Tabagismo: o cigarro possui centenas de substâncias prejudiciais que enfraquecem o
sistema respiratório e favorecem o surgimento de doenças na região;
Má alimentação e falta de hidratação: são fatores que enfraquecem o organismo e
facilitam a ação de bactérias ou vírus;
Animais de estimação: muitas vezes os pelos de cachorros e gatos causam alergias em
pessoas mais sensíveis;
Ambiente ou tempo seco: que causam ressecamento, dificuldade para respirar e
inclusive favorecem a proliferação de bactérias;
Outras patologias: algumas doenças em outras regiões do corpo podem acabar atingindo
o sistema respiratório e desencadeando problemas na área;
Fatores genéticos: certas doenças respiratórias são genéticas e podem ser passadas entre
descendentes da mesma família.

COMO IDENTIFICAR AS DOENÇAS MAIS COMUNS.


Levando em consideração que as doenças respiratórias agudas podem se tornar crônicas
caso não sejam tratadas adequadamente, e que muitas patologias do tipo podem evoluir
para quadros mais graves (e até fatais), é fundamental buscar apoio médico sempre que
um sintoma for percebido.
médico irá verificar se outros familiares têm doenças respiratórias, se o paciente é
fumante, se já teve outros episódios de falta de ar ou sintomas relacionados, se possui
tosse persistente, se já tomou medicamentos broncodilatadores, entre outros pontos
semelhantes.
Depois dessa primeira análise, alguns exames laboratoriais, físicos e de imagem são
importantes para determinar o diagnóstico e reconhecer o nível de gravidade da possível
patologia.
Os mais comuns de serem solicitados são:
Teste de função pulmonar;
Broncoscopia;
Raio-X do peito;
Cultura de microrganismos de secreções;
Testes alérgicos;
Tomografia;
Ultrassonografia para detecção de fluidos;
Espirometria;
Biópsia do pulmão;
Polissonografia.
A partir dessas avaliações, o especialista poderá determinar o tratamento mais adequado
para o paciente

TRATAMENTO
Muitos são os possíveis tratamentos para as doenças respiratórias. Como cada caso
conta com características muito próprias, a intervenção depende diretamente do
diagnóstico, das condições físicas do paciente e da gravidade da patologia.
Sendo assim, a orientação médica é imprescindível para o uso dos medicamentos e para
os meios certos de tratamento. Eles podem incluir:
Inalação com oxigênio e soro fisiológico;
Fisioterapia respiratória;
Ventilação líquida e mecânica;
Vacinação;
Radioterapia;
Intervenção cirúrgica para casos de maior gravidade.
Nas doenças respiratórias crônicas, o principal objetivo dos tratamentos é aliviar os
sintomas ou eliminá-los gradualmente. Portanto, as intervenções são mais prolongadas
nessas situações. Em casos em que a cura não é possível, a finalidade é evitar crises e
agravamentos, dando mais qualidade de vida ao paciente.
PREVENÇÃO
Seja para reduzir o agravamento dos casos, ou para impedir a manifestação de crises, os
melhores hábitos incluem:
Lavar as mãos constantemente, para evitar a ação de contaminantes e agentes alérgicos;
Não fumar, já que o tabagismo (e até a fumaça do cigarro) é extremamente prejudicial
para o sistema respiratório;
Hidratar-se, para prevenir gripes, resfriados e alergias, e também manter uma
alimentação equilibrada, que reforça o sistema imunológico;
Evitar respirar pela boca, já que o nariz atua na limpeza de impurezas e no aquecimento
do oxigênio, evitando a ação de substâncias nocivas;
Dormir bem, pois isso equilibra o metabolismo e fortalece o sistema imune;
Manter a carteira de vacinação, que é importante tanto para evitar quadros comuns
como a gripe, quanto para amenizar doenças crônicas como a pneumonia;
Fazer nebulização caso já tenha doenças respiratórias, pois isso desobstrui as vias nasais
e facilita a passagem de ar;
Lavar o nariz com soro fisiológico periodicamente, para eliminar bactérias e outros
invasores;
Evitar ambientes secos ou com ar-condicionado, pois o ar com pouca umidade resseca
as mucosas e favorece a ação de microrganismos;
Escovar os pelos de animais de estimação, para que pelos em excesso não fiquem no ar
ou nas roupas e provoquem alergia.

SINAIS VITAIS

Os sinais vitais são sinais clínicos da função orgânica básica e são aferidos pelos
profissionais de enfermagem em todas as consultas médica. Resultam das interações
entre os sistemas orgânicos e de determinadas patologias, refletindo a homeostasia do
organismo.
Sinais vitais são medidas corporais básicas, essenciais para que nosso corpo funcione
bem. Essas medidas devem ser aferidas e acompanhadas por profissionais. É comum
que se meça esses sinais sempre que o indivíduo fizer consultas e desejar saber como
vai a saúde, ou quando procura algum serviço de emergência por não estar se sentindo
bem.
Os sinais vitais compreendem a temperatura, frequência respiratória, frequência
cardíaca e pressão arterial. Os profissionais adequados para examiná-lo são os
profissionais da área da saúde e na falta deles, é possível tentar medir em casa, mas em
casos de qualquer dúvida ou alteração, busque auxílio médico imediatamente.
Quais são os sinais vitais?
Frequência Cardíaca e Frequência Respiratória
É preciso utilizar as mãos. Então, para avaliar a frequência cardíaca, coloque os dedos
indicador e médio na artéria radial, que está localizada na parte interna do pulso,
próxima ao polegar, e sinta a pulsação. Caso não seja possível, podemos verificar na
artéria carótida, localizada na lateral do pescoço, também utilizando os dois dedos e
pressionando. Mas, cuidado para não apertar demais, pois dessa forma poderá prejudicar
a medição. Então, pressione apenas o suficiente para sentir o batimento.
Os batimentos devem ser verificados durante um minuto ou por 30 segundos.
Geralmente, adultos em condições normais tem entre 60 e 80 batimentos cardíacos por
minuto. Para verificar a frequência respiratória, ponha a mão próxima às narinas do
paciente para sentir se há entrada e saída de ar. Outra forma é encostar a cabeça no tórax
do paciente e sentir os movimentos.
Temperatura Corporal
A melhor forma para medir a temperatura do paciente é por meio de um termômetro. Há
diversas opções no mercado, de vidro, digital, de ouvido, entre outros. Ele também pode
ser utilizado de forma oral, retal ou debaixo da axila. Higienize o aparelho com álcool
antes de utilizá-lo e caso seu termômetro seja a pilha, veja se há bateria, pois poderá
comprometer o resultado.
Temperatura elevada acima de 38º apresenta quadro febril e, a melhor forma é procurar
um profissional. Estar febril é um indicativo de que algo não está funcionando bem.
Enfim, fique atento.
Pressão Arterial
A pressão arterial pode ser medida com aparelhos específicos. Em locais especializados
em saúde, há equipamentos automáticos e instrumentos manuais para fazer a medição.
O paciente deverá ficar em repouso, quieto e sem que tenha acabado de realizar algum
esforço físico, mesmo que mínimo. É considerada normal uma leitura menor que 120/80
(ou 12/8). Valores maiores que esses são classificados como hipertensão (pressão alta) e
o paciente deve procurar um médico cardiologista. Ela também pode ser medida fora
dessas condições em pacientes que estão sendo resgatados de situações de urgência ou
emergência.

QUEDAS
As quedas são os acidentes que mais ocorrem com as pessoas idosas e fragilizadas por
doenças, ocasionando fraturas principalmente no fêmur, costela, coluna, bacia e braço.
Após uma queda é importante que a equipe de saúde avalie a pessoa e identifique a
causa, buscando no ambiente os fatores que contribuíram para o acidente. Assim,
podem ajudar a família a adotar medidas de prevenção e a tornar o ambiente mais
seguro.
Ao atender a pessoa que caiu, observe se existe alguma deformidade, dor intensa ou
incapacidade de movimentação, que sugere fratura. No caso de suspeita de fratura, caso
haja deformidade, não tente “colocar no lugar”, procure não movimentar a pessoa
cuidada e chame o serviço de emergência o mais rápido possível.
CAUSAS E FATORES DE RISCO PARA QUEDA
• Ambiente inaquedado (tapetes, fios soltos, degraus mal sinalizados, má iluminação,
piso escorregadio, ausência de barras de apoio).
• Fraqueza, distúrbios de equilíbrio e marcha ou imobilidade.
• Tontura ou síncope.
• Lesão no sistema nervoso central ou doença neurológica.
• Redução da visão.
• Uso de medicamentos, principalmente sedativos e ansiolíticos.
POR QUE É IMPORTANTE PREVENIR AS QUEDAS
Porque a queda leva a uma série de complicações como lesões em pele e músculos,
fraturas, restrição prolongada ao leito, hospitalização, institucionalização, incapacidade
e até mesmo a morte.
COMO PREVENIR AS QUEDAS
• Educação dos idosos e dos familiares quantos os fatores de risco para que sejam
evitados.
• Utilizar dispositivos de auxílio à marcha como bengalas, andadores e cadeiras de rodas
quando necessário.
• Utilizar os medicamentos apenas quando prescritos e de forma correta.
• Adaptação do ambiente residencial e de locais públicos. As adaptações sugeridas para
o ambiente domiciliar estão representadas na imagem abaixo.
No que diz respeito aos locais públicas a dificuldade de adequação é maior, pois não
depende do idoso e dos familiares. Sugere-se que o idoso evite caminhar por ruas
esburacadas, com má iluminação e com animais de estimação.

ADAPTAÇÃO AMBIENTAL

Muitas vezes é preciso fazer algumas adaptações no ambiente da casa para melhor
abrigar a pessoa cuidada, evitar quedas, facilitar o trabalho do cuidador e permitir que a
pessoa possa se tornar mais independente.
O lugar onde a pessoa mais fica deve ter somente os móveis necessários. É importante
manter alguns objetos que a pessoa mais goste de modo a não descaracterizar totalmente
o ambiente. Cuide para que os objetos e móveis não atrapalhem os locais de circulação e
nem provoquem acidentes.
ALGUNS EXEMPLOS DE ADAPTAÇÕES:
• As cadeiras, camas, poltronas e vasos sanitários mais altos do que os comuns facilitam
a pessoa cuidada a sentar, deitar e levantar. O cuidador ou outro membro da família
podem fazer essas adaptações. Em lojas especializadas existem levantadores de cama e
cadeiras e vasos sanitários.
• Antes de colocar a pessoa sentada numa cadeira de plástico, verifique se a cadeira
suporta o peso da pessoa e coloque a cadeira sobre um piso antiderrapante, para evitar
escorregões e quedas.
• O sofá, poltrona e cadeira devem ser firmes e fortes, ter apoio lateral, que permita à
pessoa cuidada se sentar e se levantar com segurança.
• Se a pessoa cuidada não controla a saída de urina ou fezes é preciso cobrir com
plástico a superfície de cadeiras, poltronas e cama e colocar por cima do plástico um
lençol para que a pele não fique em contado direto com o plástico, pois isso pode
provocar feridas.
• Sempre que possível, coloque a cama em local protegido de correntes de vento, isso é,
longe de janelas e portas.
• Retire tapetes, capachos, tacos e fios soltos, para facilitar a circulação do cuidador e da
pessoa cuidada e também evitar acidentes.
• Sempre que for possível é bom ter barras de apoio na parede do chuveiro e ao lado do
vaso sanitário, assim a pessoa cuidada se sente segura ao tomar banho, sentar e levantar
do vaso sanitário, evitando se apoiar em pendurador de toalhas, pias e cortinas.
• O banho de chuveiro se torna mais seguro com a pessoa cuidada sentada em uma
cadeira, com apoio lateral.
• Piso escorregadio causa quedas e escorregões, por isso é bom utilizar tapetes anti
derrapantes (emborrachados) em frente ao vaso sanitário e cama, no chuveiro, embaixo
da cadeira.
• A iluminação do ambiente não deve ser tão forte que incomode a pessoa cuidada e
nem tão fraca que dificulte ao cuidador prestar os cuidados. É bom ter uma lâmpada de
cabeceira e também deixar acesa uma luz no corredor.
• Os objetos de uso pessoal devem estar colocados próximos à pessoa e numa altura que
facilite o manuseio, de modo que a pessoa cuidada não precise se abaixar e nem se
levantar para apanhá-los.
• As escadas devem ter corrimão dos dois lados, faixa ou piso antiderrapante e ser bem
iluminadas. As pessoas idosas ou com certas doenças neurológicas podem ter
dificuldades para manusear alguns objetos por ter as mãos trêmulas.

ALGUMAS ADAPTAÇÕES AJUDAM A MELHORAR O DESEMPENHO E A


QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA:
• Enrole fita adesiva ou um pano nos cabos dos talheres e também no copo, caneta,
lápis, agulha de crochê, barbeador manual, pente, escova de dente. Assim os objetos
ficam mais grossos e pesados o que facilita à pessoa coordenar seus movimentos para
usar esses objetos.
• Coloque o prato, xícara e copo em cima de um pedaço de material emborrachado para
que não escorregue.

ADAPTAÇÃO POR SEQUELAS MOTORAS

A pessoa que apresenta sequelas motoras, diante do seu corpo se senti vulnerável, frágil,
pois observa-se dividido em duas partes, a parte funcionante e a parte paralisada, e,
portanto, sem movimentos, tal situação gera medo, vergonha e impõe novos desafios
para os quais o paciente ainda não está preparado. Nessa situação o paciente busca
apoio na família e nos amigos para trilhar novos cominhos e desafios, o que leva a ter
consciência de que precisara de um profissional qualificado que o ajude durante esse
caminho.

As sequelas motoras são caraterizadas pela paralisia de um dos lados do corpo. É


importante relembrar que o hemisfério direito comanda o lado esquerdo do corpo e o
hemisfério esquerdo comanda o lado direito, logo se o AVC afetar o hemisfério
esquerdo será o lado direito do corpo a ficar paralisado. As sequelas motoras englobam
não só a paralisia total de um dos lados do corpo, mas também a parcial, ou seja, existe
uma grande dificuldade em movimentar esse lado do corpo.
A hemiparesia apresentada por estes indivíduos caracteriza-se perda parcial de força no
hemicorpo contralateral ao da lesão cerebral. A fraqueza muscular é a inabilidade de
gerar níveis normais de força e pode acontecer em função da perda ou diminuição do
recrutamento de unidades motoras ou das modificações fisiológicas do músculo
parético, seja pela denervação, pela redução da atividade física ou pelo desuso,
resultando em atrofia muscular

De acordo com os padrões característicos de disfunção incluem queda do pé, e


marcha com joelho rígido. De forma geral, o indivíduo com hemiparesia apresenta um
controle seletivo prejudicado, e por isso não realiza adequadamente as atividades diárias
e rotineiras. Necessitando de ajuda de um profissional adequado para desenvolver as
atividade.

INCONTINÊNCIA URINARIA

Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. O distúrbio é mais


frequente no sexo feminino e pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida
quanto em mulheres mais jovens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher
apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o
hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos
pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que
forma um pequeno anel em volta da uretra, sejam mais frágeis nas mulheres.
CAUSAS
A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser
comprometida nas seguintes situações:
– Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
– gravidez e parto;
– tumores malignos e benignos;
– doenças que comprimem a bexiga;
– obesidade;
– tosse crônica dos fumantes;
– quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
– bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
– procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
Gravidez e parto – As alterações hormonais e o peso de carregar um feto podem afetar o
assoalho pélvico. O parto normal pode danificar o assoalho pélvico e os nervos e tecidos
circundantes, levando ao estresse crônico ou à incontinência de urgência.

Excesso de peso – Estar uns quilos acima do peso exerce pressão no assoalho pélvico e
leva à incontinência por estresse. Isso pode ser corrigido normalmente com a perda de
peso.

Idade – As alterações hormonais associadas à menopausa podem causar deterioração do


revestimento da uretra e da bexiga, bem como enfraquecer os músculos da bexiga. Isso
leva à incontinência por estresse.
Cirurgia prévia – Após uma cirurgia anterior na cavidade abdominal inferior, como
histerectomia ou cesariana, os nervos que levam à bexiga podem ser danificados,
resultando em incontinência de urgência.

Obstrução – Os bloqueios em qualquer parte do sistema urinário, como cálculos


urinários ou pólipos ao longo da bexiga ou uretra, podem impedir que a bexiga se
esvazie completamente, levando à incontinência por transbordamento.

Distúrbios neurológicos – Doenças como esclerose múltipla ou Parkinson afetam a


comunicação do cérebro com os nervos do corpo, o que pode levar à incontinência de
urgência.

Fumar – A tosse crônica dos fumantes pode enfraquecer o assoalho pélvico, exercendo
pressão repetida e contínua sobre os músculos do assoalho pélvico, o que pode causar o
enfraquecimento destes músculos. Infecção do trato urinário – As infecções do trato
urinário irritam e inflamam os tecidos da bexiga e do trato urinário, causando
incontinência de urgência. Esse tipo de incontinência é temporária e desaparece quando
a infecção é curada.
SINTOMAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Os sintomas de incontinência irão depender do tipo de incontinência apresentada,
existem cinco tipos principais de incontinência urinária:

INCONTINÊNCIA POR ESTRESSE:


A incontinência por estresse é causada por um enfraquecimento do assoalho pélvico, o
sistema de músculos, ligamentos e nervos que sustenta a bexiga. Quando o seu assoalho
pélvico está enfraquecido, ele não é mais capaz de conter pequenos escapes de urina
quando sofre estresse por atividades como tossir, espirrar, rir ou levantar objetos
pesados.
INCONTINÊNCIA DE URGÊNCIA:
A incontinência de urgência, também conhecida como bexiga hiperativa, ocorre devido
a danos nos nervos ao redor da bexiga. Como resultado, a bexiga deixa de comunicar-se
efetivamente com o cérebro quando precisa ser esvaziada. Isso leva a um desejo
repentino e intenso de urinar, mas muitas vezes não dá tempo de ir ao banheiro,
resultando em uma perda involuntária de urina.
O desejo de urinar pode surgir com mais frequência do que com uma bexiga saudável,
geralmente fazendo com que você se levante mais de uma vez no meio da noite para
urinar.
INCONTINÊNCIA POR TRANSBORDAMENTO:
A incontinência por transbordamento ocorre quando a bexiga não consegue se esvaziar
completamente. A pressão de uma bexiga excessivamente cheia resulta em um
gotejamento ou fluxo constante e involuntário de urina.
INCONTINÊNCIA FUNCIONAL:
A incontinência funcional é o resultado de uma deficiência física ou mental que a
impede de ir ao banheiro a tempo de esvaziar a bexiga.

INCONTINÊNCIA MISTA:
A incontinência mista é qualquer combinação de dois ou mais dos tipos de
incontinência mencionados acima.
TIPOS E SINTOMAS:
incontinência urinária de esforço: o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa
tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;
incontinência urinaria de urgência: mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela
vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perdem
urina antes de chegar ao banheiro;
incontinência mista: associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma
mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra;
enurese noturna: é a incontinência que ocorre durante o sono. O exemplo mais típico é o
da criança que faz xixi na cama. Embora a maioria das crianças já tenha aprendido a
controlar a micção em torno dos três aos quatro anos de idade, considera-se normal que
algumas crianças ainda urinem na cama até os cinco ou seis anos.
TRATAMENTO:
O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas
exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Para a incontinência
urinária de urgência, o tratamento é com medicamentos e fisioterapia.
Outras formas de tratamento incluem: Mudanças no estilo de vida (como perda de
peso), Exercícios de Kegel, Fisioterapia, Dispositivos, Medicamentos, Agentes
aglomerantes, Cirurgia.

INCONTINÊNCIA FECAL

A incontinência fecal é um problema anorretal definido como perda involuntária de


fezes (líquidas ou sólidas) incluindo também a perda de gases, por pelo menos 3 meses
em indivíduos acima de 4 anos de idade.

Esta condição pode causar restrições na vida social, necessidade de sempre localizar um
banheiro devido as perdas, odor, medo, vergonha, problemas psicológicos, ansiedade,
depressão, baixa autoestima e problemas na vida sexual.

A continência inclui a influência complexa entre os músculos do assoalho pélvico, os


esfíncteres (interno e externo), comprimento retal, aspecto das fezes e atividade
cognitiva. A insuficiência de um ou mais desses elementos ou a falha dos mecanismos
compensatórios podem impactar na continência total de fezes e flatos.

CAUSAS
As causas mais comuns que acarretam a incontinência fecal são as de causas estruturais
como: as lesões obstétricas, que muitas vezes vai além da ruptura do músculo e
cirurgias anorretais (hemorroidectomia, fístulas, esfincterotomia, radiações pélvicas
entre outras), e as causas não estruturais que incluem a diarreia de diferentes origens
como colite infecciosa, síndrome do intestino irritável, pós colecistectomia e efeitos
colaterais de medicamentos. Além disso, algumas incapacidades físicas e/ou cognitivas,
idade avançada, diabetes e depressão são fatores preditivos para esta incontinência.

TIPOS

Incontinência passiva: paciente possuí ausência ou diminuição da sensação do desejo de


evacuar antes do episódio de incontinência.

Incontinência de urgência: pacientes com incontinência de urgência têm a sensação do


desejo de evacuar, mas não consegue chegar ao banheiro a tempo.

Associação entre a incontinência fecal passiva e a incontinência fecal de urgência.

SINTOMAS
Entre os sintomas de incontinência fecal, podemos destacar:
Com frequência, o paciente acaba eliminando fezes antes que ele possa chegar ao
banheiro e contra a sua vontade;
Eliminação de fezes mais aquosas e com consistência alterada;
Cólicas abdominais;
Dores frequentes de barriga;
Perda involuntária de gases.

DIAGNOSTICO
A incontinência fecal pode ser diagnosticada por um médico especializado em
coloproctologia, que pode solicitar exames como retossigmoidoscopia e a miografia.

TRATAMENTO

Para obter um tratamento adequado é necessário detectar os mecanismos responsáveis


pela incontinência fecal.
As atividades conservadoras como a intervenção da fisioterapia são indicadas antes de
qualquer possível tratamento cirúrgico. As intervenções conservadoras incluem: terapia
comportamental que envolve controle da dieta, uso de medicamentos, mudanças de
estilo de vida (gerenciamento do intestino), e a reabilitação do assoalho pélvico. Na
falha das terapias clínicas pode-se indicar correção cirúrgica.
REFERÊNCIAS

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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf. Acesso em
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biosseguranca_saude_prioridades_estrategic
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https://bvsms.saude.gov.br/incontinencia-urinaria/#:~:text=Incontin%C3%AAncia
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https://www.marinha.mil.br/saudenaval/vacinaemidosos. Acesso em 06.MAI.2022
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https://blog.sajadv.com.br/estatuto-do-idoso/. Acesso em 09.MAI.2022.

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