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Prof.

Adriano
Barbosa
Unifasipe
Alterações anatômicas
e fisiológicas do
envelhecimento
Parte 02
Sono e
 As queixas de insônia, sonolência diurna, despertares
repouso
durante a noite e sono pouco reparador são
constantes;
 Acordam fácil e demoraram para adormecer;
 Dormem menos horas por dia – menor gasto diário de
energia;
 Sono entrecortado – apneia-respiração superficial
durante o sono – pequenas interrupções (homens-idade-
obesidade);
 Sonolência durante o dia;
 Cansaço, mau humor;
Sono e
 Entre os repouso
psicossociais, responsáveis pelo
fatores
distúrbios de no idoso, estão o luto, s a
sono
aposentadoria e as modificações no ambiente social
(isolamento institucionalização,
, dificuldades
financeiras).

 A morte do cônjuge tem um forte impacto na


velhice, podendo estar associada ou não à
depressão.
Fases do sono – Não
minutos REM
 Estágio 1: é a etapa do adormecimento. Pode durar até 15
e é uma transição entre estar acordado e
dormindo. Há relaxamento dos músculos e a respiração
fica mais leve.
 Estágio 2: O segundo estágio é o de um sono mais leve. Há
uma desconexão do cérebro com estímulos externos
(barulho, toque). A temperatura e o ritmo cardíaco e
respiratório diminuem e a pessoa se aproxima do sono
profundo.
 Estágio 3: o corpo já começa a entrar em um sono
profundo, onde a atividade cerebral começa a diminuir.
 Estágio 4: É o estágio do sono profundo, no qual corpo
repõe as energias do desgaste diário. O organismo libera
os hormônios ligados ao crescimento e executa o processo
de recuperação de células e órgãos.
Fases do sono –
 A atividadeREM
cerebral começa a acelerar e se torna tão
intensa que se assemelha à quando estamos
acordados. É nessa fase que acontecem os sonhos, a
fixação da memória e o descanso profundo, essencial
para a recuperação da energia física para acordar
disposto. As fases do sono irão se alternar ao longo da
noite. Testosterona.
Horas de sono: 9-10 horas para o adolescente e 7-8,5
horas em adultos jovens, reduzindo para 6-7,5 horas nos
idosos
Hipno
s

Morpheu

Ni Tânatos
Ícelo
Geras Hebe
Senectu
s
Pel
 Lentidão do processo de renovação epidérmica;
e
 Diminuição gradual da taxa de renovação epidérmica

adulto jovem (28 dias) idosos (40 a 60 dias);
 Diminuição do número de fibras elásticas e colágenas;
 Diminuição da lubrificação, vascularizaçã o, do
tecido subcutâneo;
 Hipertrofia das células de pigmentação
Células mortas

Células em degeneração

Células precursoras da

queratina

Glico e lipoproteinas

Células em mitose
(renovaçã o)

Derme, camada responsável por nutrir a epiderme. Ela


é formada por tecido conjuntivo e, diferentemente da
epiderme, é vascularizada e contém nervos, além dos
folículos pilosos e glândulas sudoríparas e sebáceas. Essa
camada é rica em fibras de colágeno e elastina, o que
garante rigidez e elasticidade.
Pel
 Atrofia em graus e
variados;
 Adelgamento difuso;
 Secura;
 Pregueamento;
 Manchamento;
Petéquias
Púrpuras
Equimose
s
Mesmo por
pequenos traumas.
Degradação da
hemoglobina
 Hemoglobina Vermelho – sangue extravasado
 Hemossiderina - hemoglobina
Azulado – perder o oxigênio
 3 a 6 dias, que carreava
 Biliverdina Roxo – presença da hemossiderina ,
rica em ferro que vai sendo liberado
 7 a 10 dias
Verde – presença da biliverdina
 Bilirrubina. Amarelado – presença da
bilirrubina
O acúmulo de hemossiderina na pele, que é rica em
ferro, pode causar manchas, e com a exposição solar
pode aumentar ainda mais as chances de ficar com
Ação
 medicamentosa
Muitos medicamentos estão associados a sangramentos
e equimoses:
 Anticoagulantes (AAS,
varfarina)
 Antibióticos
 AIES
 Suplementos dietéticos
Estomag
 o de acido clorídrico e pepsina;
Menos produção
 Alterações do esvaziamento gástrico – gastroparesia
Alterações nas prostaglandinas (relacionadas com
degradação do ácido aracdônico – protege as
mucosas
do estomago);
 Alterações de nutrientes e medicamentos;
 Maior susceptibilidade de úlceras e sangramentos;
Estômag
Pode ocorrer ainda a ruptura da barreira gástrica,
o
possibilitando que ácido gástrico e pepsina entrem
em
contato com as células da mucosa,
estimulando sangramento
 Álcool
 Cafeína
 AINES
 Bactérias (H pylori)
Intestin
o
 Redução das vilosidades – atrofia das
mucosas;
 Menor absorção de nutrientes e vitaminas
 (Vitamina D e ferro);
 Lentidão do trânsito intestinal (constipação);
 Predisposição a divertículos;
 Maior susceptibilidade a lesões e
sangramentos;
Diminuição do tônus e da força do esfíncter anal,
aumentando as chances da incontinência fecal,
mulheres
Intestin
 o
Redução das vilosidades – atrofia das
mucosas;
 Menor absorção de nutrientes e vitaminas
 (Vitamina D e ferro);

 Aumentam a superfície de
 contato (quimo/quilo)
 Absorção de nutrientes
Função
endócrina

 Células dos músculos, de gordura e do fígado


apresentam alteração dos receptores da insulina (GLUT
04)– células
não conseguem absorver facilmente a glicose do
sangue
– diabetes tipo 2;
Função
 Células músculos, de gordura e do fígado
endócrina
apresentam alteração dos receptores da insulina –
células não
conseguem absorver facilmente a glicose do sangue

diabetes tipo 2;
Função
endócrina
 Baixa do hormônio melatonina (sono);
 Baixa da produção do hormônio paratireoidiano –
diminui produção da forma ativa de vitamina D que
impacta na
absorção do cálcio – osteoporose principalmente
nas mulheres;
Osteoporos
e
É uma patologia osteometabólica,
qualificada por uma baixa de massa óssea e
pela
deterioração da microarquitetura do osso, que resulta na
vulnerabilidade à fraturas ósseas. O distúrbio da
osteoporose ocorre no momento em que o processo de
remodelação do osso torna-se desequilibrado, ou seja,
ocorre uma reabsorção exacerbada por osteoclastos, em
vez de síntese por osteoblastos.
Osteoblastos – síntese
Osteoclastos –
 Osteopenia < 30% - densitometria
óssea
 Osteoporose > 30 % - raio-X
Função
endócrina
Alteração dos hormônios sexuais
 Mulher – estrogênio, progesterona e testosterona
 Menopausa - Ondas de calor - Suores noturnos – insônia
-
Alterações de humor - Secura vaginal - Diminuição do
desejo sexual - Incontinência urinária.

 Homem – testosterona

 Andropausa - redução ou mesmo perda da libido -


disfunção erétil - redução da fertilidade - diminuição dos
testículos - diminuição dos pelos corporais - perda de
massa óssea e
Função
 hepática
Diminuição do fluxo sanguíneo hepático
Maior deposição de lipofucsina
(pigmentos que se depositam em células com o
seu
envelhecimento)
 Disfunção hepática:
 alteração importante no metabolismo de
medicamentos
 Alteração de metabolismo de primeira passagem
 (alterações importantes antes de cair na circulação
sistêmica)
Função imune
e
 O sistema termorregulaçã
imunológico tem a tarefa de proteger
e defender o nosso organismo dos
o
agentes patológicos externos e toxinas, além de
distinguir o que é perigoso do que não é.
Ter a c apacidade de reconhecer o que é do próprio
do organismo do que não é.

 Isso é possível graças a dois sistemas


intimamente relacionados entre si, o sistema
imune inato (não-adaptativo) e um adquirido
Sistema imune
nato
Função imune e
termorregulação
 Imunossenescência – redução da resposta imunitária
a invasores (maior susceptibilidades a infecçõ es)
 Termorregulação
 Menor atividade das glândulas sudoríparas - produção
de
suor
 Menor produção de calor – metabolismo basal –
menor
gasto de energia
 Diminuição da atividade
físic a
 Regulação homeostática da temperatura e
habilidade de se adaptar a diferentes ambientes
térmicos se deteriora com a
idade;
 Prejuízo em manter a temperatura corporal associada
a
sudorese comprometida;

Aumento da temperatura
em resposta aos pirógenos
fica prejudicada;
Função
neurológica
 Diminuição do nível de hidratação intra e
extracelular (diminuição da massa neural);
 Diminuição do número de neurônios e sinapses;
 Alterações da membrana lipídica e condução
nervosa;
 Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e utilização
da
glicose;
 Alterações da permeabilidade da
barreira
hematoencefálica
As células endoteliais revestem a superfície interna dos vasos sanguíneos e linfáticos em todo o nosso
corpo.
Estas células controlam a troca de substâncias entre o sangue e o tecido circundante. Mas o cérebro
precisa de cuidados e protecção especiais, porque muitas substâncias inofensivas para outros órgãos
podem ser tóxicas para o SNC. Por exemplo, algumas proteínas do plasma sanguíneo, como albumina
ou imunoglobulinas (anticorpos), podem causar inflamação do sistema nervoso.

Para impedir que essas substâncias cheguem ao cérebro, células endoteliais especializadas formam uma
barreira que restringe o movimento de substâncias do sangue para o fluido extracelular no SNC. A
principal diferença entre essas células e as células endoteliais normais é a forma como estão ligadas
entre si.

Junçã o
Além da camada endotelial densa, também neurónios e
outras células não neuronais especializadas, como astrócitos
e microglia, controlam a função da barreira
hematoencefálica
Função
 neurológica
Perda da capacidade cognitiva – menor habilidade
para movimentos e reflexos finos e capacidade de
memória;
 Em resposta ao dano neural o tecido glial
aumenta (gliose) tentativa de
compensar/proteger os
comprometimentos da função neural e da
plasticidade;
 Adaptação dos neurônios à estímulos
 Trata-se de uma hormonais
ambientais, adaptaçãoe reorganização da
lesões variadas;
dinâmica do sistema nervoso frente às experiências
vividas;
 Plasticidade neural varia com faixa etária;
Função
cardíaca
 Déficit cardíaco - capacidade de ejeção diminuída;
 Diminuição da capacidade c ontrátil – aumento da
área
cardíaca;
 Contração mais prolongada;
 Tempo de relaxamento dilatado;
 Rigidez do musculo cardíaco;
 Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
 Insuficiência sistólica – neste caso, o coração não
consegue bombear o sangue para fora das cavidades
corretamente,(diminuição da ejeção)o coração contrai
menos ou de forma mais fraca, o que causa acúmulo de
sangue
 Insuficiência diastólica - coração não se enche de sangue
com facilidade, porque seus músculos estão mais rígidos.
Difere da
sistólica porque o coração não relaxa para se encher de
sangue adequadamente (fração de ejeção
preservada)
Causas de
ICC: a arterial coronariana
Doenç
Ataque cardíaco anterior (infarto do miocárdio)
Hipertensão
Valvulopatia
s
Doenç a ca rdíac a
congênita Cardiomiopatia
Endocardit
e
Miocardite
Diabetes

Sintomas
da ICC:
Falta de ar
Inchaço
dos pés e
pernas
Falta de
energia,
sensaçã o
de cansaço
Função cardíaca –
Hipotensão
 Hipotensão posturalortostática
– importância especial na
geriatria;
 Causa de tonteiras e quedas;
 Prevalência em torno de 6% em idosos saudáveis e
11% em idosos com múltiplas patologias ou
polifarmácia;
 Associação com a perda funcional, redução
da reabilitação e da qualidade de vida
 Etiologia:
 Medicaçõ es: hipotensores, vasodilatadores,
levodopa (Parkinson), fenotiazina (antidepressivos),
Função cardíaca – Alterações
das
artérias coronárias
 Aterosclerose - Ateromas – acumulo focal de
lipídios
(placas de gordura)
 Glicose (diabetes), cálcio, sedentarismo,
tabagismo
 Arteriosclerose – espessamento e endurecimento
da parede arterial – envelhecimento natural da
artéria
 Impacto na tortuosidade dos vasos
ANGINA DE PEITO
• . Caracterizada por uma dor torácica, geralmente abaixo do osso esterno,
resultante de uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias.

- Diminuição do fluxo de oxigênio e nutrientes para o músculo cardiaco.


OCORRÊNCIA
• A principal causa da angina de peito é a doença
arterial coronariana, ou seja, a presença de ateromas
(gorduras,
hipertensão, diabetes, tabagismo).
OCORRÊNCIA
Anomalia da válvula aórtica ( estenose - é um estreitamento da
abertura da válvula aórtica que bloqueia (obstrui) o fluxo de sangue
do ventrículo esquerdo para a aorta)
OCORRÊNCIA

• Espasmo arterial coronariano (contração súbita e transitória da


camada muscular da artéria coronária)
Angina instável

• 1- Tem inicio repentino


• 2- O indivíduo fica apreensivo, com transpiração aumentada, coloca a
mão no peito e relata dor subesternal ou precordial, de intensidade
variável, descrita como opressão, "esmagamento" ou queimadura.
• 3- Fica ansioso para tomar a medicação que alivia a dor
• 4- Dor tem uma duração em torno de 2 a 3 minutos. ( pode se difundir
para o ombro esquerdo)
• 5- O aumento da frequência respiratória não aumenta a dor.
• 6- Frequência cardíaca e P.A. aumentam.
PREVENÇÃO NO CONSULTÓRIO
ODONTOLÓGICO.
• 1- Entre em contato com o médico e discuta a necessidade de uso de
medicação vasodilatadora coronáriana pré atendimento.
•2- Veja se o paciente tem com ele um vasodilatador coronáriano
(nitratos – monocordil sublingual 5 mg), caso negativo, tenha um em seu
kit de emergência médica.
• 3- Avalie pulso e P.A. do paciente em cada consulta.
• 4- Evite sessões de atendimento muito longas
• 5- Considere o uso de protocolo de sedação por meio de
benzodiazepínico.
• 6- Somente empregue soluções anestésicas com epinefrina em paciente
com doença coronária controlada. (Prilocaína 3% com felipressina 0,03)
PREVENÇÃO NO CONSULTÓRIO
ODONTOLÓGICO

• 7- Empregue anestésico sem vasoconstrictor se não houver


previsão de sangramento durante o procedimento.
(mepivacaina 3% sem vaso)
8- Interrompa o atendimento caso o paciente apresente sinais de
fadiga.
• 9- Previna e controle efetivamente a dor pós operatória com uso
de analgésicos.
• 10- Não empregue fios retratores gengivais com epinefrina.
• 11- Considere o uso de suplementação de oxigênio durante o
atendimento
• 12- Permita ao paciente um breve repouso antes de
dispensa-lo
Angina estável

•Quando a angina é decorrente


de esforço físico, é chamada de
ESTÁVEL. Nesse caso, a
obstrução não é grande o
suficiente para causar dor em
repouso.

• Dor dura poucos minutos.


Artigo
Avaliação do conhecimento de
cirurgiões dentistas diante do
atendimento a cardiopatas
graves na atenção primária

Material de apoio

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