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GT 2 MÓDULO 26
Envelhecimento populacional
12-14% dos homens entre 65-84 anos são
portadores de angina estável (forma
crônica e sintomática da aterosclerose
coronariana) e entre 10-12% das
mulheres. A prevalência de doença
coronariana assintomática gira em torno de
2. Classificação quanto a severidade: 2-3% da população geral.
Angina estável: A maioria dos pacientes é
- Angina estável: Placa aterosclerótica crônica do sexo masculino (~ 70%), proporção essa
causando uma doença isquêmica crônica com que fica ainda maior na faixa etária < 50
obstrução de >50% do lúmen. anos. Em mulheres, a prevalência de
- Angina instável: muito relacionada a evento doença coronariana só se torna significativa
coronariano agudo. Ainda é subdividida em 3 após a menopausa...
grupos conforme as características clínicas:
em repouso, de aparecimento recente e em
crescendo. Fisiopatologia e etiologias DAC:
A causa mais comum de DAC é a
ATEROSCLEROSE, um processo imuno-
inflamatório desencadeado pela oxidação das
lipoproteínas de baixa intensidade (LDL),
processo que ocorre inicialmente na camada
subintimal da artéria.
Em associação, há disfunção endotelial e, Fatores de risco doença coronariana:
consequentemente, reduzem-se os níveis das
substâncias protetoras produzidas pelo
Como a doença coronariana é comumente
endotélio íntegro, em especial o do óxido nítrico.
causada por aterosclerose, e considerando que
Outros processos inflamatórios, devidos a esta última é uma condição difusa que
arterites, também podem reduzir a luz das acomete diversos leitos arteriais do corpo,
artérias coronárias. com frequência no exame clínico do paciente
identificam- se outros sinais e sintomas de
vasculopatia obliterativa, por exemplo:
claudicação intermitente (aterosclerose dos
membros inferiores), história de AIT/AVC
(aterosclerose cerebrovascular), massa
abdominal pulsátil (aneurisma de aorta).
Manifestações clínicas:
É de difícil diagnóstico pois a maioria dos
indivíduos com doença nas artérias coronárias
não apresenta sintomas.
2. TESTE DE ESFORÇO/ERGOMETRICO:
Excelente para diagnóstico.
Feito quase exclusivamente na esteira
ergométrica, é amplamente utilizado na
avaliação de DAC.
Na presença de doença isquêmica grave o
desempenho do paciente é limitado pelos
sintomas como dispneia, tontura e fadiga
intensa e o exame deve ser interrompido. O
ECG pode mostrar infra de ST ≥ 4mm, queda
de pressão sistólica superior a 10 mmHg e ou
surgimento de taquiarritmia ventricular.
Além de ser utilizado no diagnóstico, este Os exames de imagem de perfusão miocárdica
exame é útil para determinar o grau de associados ao ECG são superiores ao ECG de
exercícios que o paciente pode realizar e para esforço para detectar DAC, identificar doença
avaliar o grau da sua limitação física, ajudando multiarterial, suspeitar de quais vasos estão
nas decisões terapêuticas. doentes, determinar a magnitude da área
isquêmica e do miocárdio já com fibrose.
Também se mostra útil na detecção de
viabilidade miocárdica em pacientes com
disfunção global ou regional do ventrículo
esquerdo (VE).
INDICAÇÃO para fins diagnostico em
indivíduos com ECG de repouso anormal e na
dificuldade de interpretação do segmento ST
como nos portadores de hipertrofia de VE,
BRE e usuários de digitálicos.
Devido ao seu custo, não deve ser empregado
para rastreamento de DAC em pacientes com
ECG de repouso normal e baixa probabilidade
de doença.
Nos casos em que não há a possibilidade de
realizar esforço físico (idosos, insuficiência
vascular periférica, doença pulmonar, doenças 4. ECOCARDIOGRAMA:
do sistema locomotor ou acidente vascular O ecocardiograma pode detectar alterações da
cerebral prévio), pode-se optar pelo estresse contratilidade regional ou global da parede do
farmacológico com vasodilatador, sendo o ventrículo decorrente de uma cicatriz antiga ou
dipiridamol e a adenosina os mais utilizados, ou de isquemia miocárdica persistente. Alterações
com dobutamina. Sempre que possível, do relaxamento também podem ser um
prefere-se o estresse pelo esforço, pelas indicativo da presença de DAC.
informações adicionais que proporciona
(alterações do segmento ST, tolerância ao Pode ser usado também estressores
esforço e comportamento da pressão arterial (aumenta força e velocidade do coração
e da freqüência cardíaca). simulando um exercício). Habitualmente,
utiliza-se a dobutamina como agente
PACIENTE DE ALTO RISCO: Há achados que estressor, pois permite observar o
identificam paciente de alto risco à cintilografia aparecimento de hipocinesias, acinesias ou
de perfusão miocárdica, como múltiplos discinesias, ausentes no repouso. Este recurso,
defeitos de perfusão em mais de um tanto quanto a cintilografia de perfusão sob
território de suprimento arterial, defeitos estresse, é mais sensível que o teste
grandes e intensos de perfusão, captação de esforço no diagnóstico da isquemia
pulmonar aumentada do radiofármaco miocárdica.
Verifica HIPOCINEMIA OU ACINESIA.
(refletindo disfunção de VE após estresse) e
ALTO RISCO: são os mesmos da cintilografia
disfunção sistólica de VE. São essas
de perfusão, e incluem: múltiplas áreas
características que se procura em pacientes já
reversíveis de alteração contrátil segmentar,
sabidamente portadores da DAC para poder
extensão destas áreas, dilatação ventricular
definir a necessidade e, sobretudo, o eventual
transitória e disfunção sistólica de VE ao
benefício de uma revascularização miocárdica.
repouso.
5. CINEANGIOCORONARIOGRAFIA
(CATE):
O diagnóstico definitivo, a avaliação anatômica
de sua gravidade e suas repercussões no
desempenho cardíaco ainda requerem
cateterismo cardíaco, cineangiocoronariografia
e ventriculografia esquerda, o padrão de
referência no diagnóstico da DAC obstrutiva.
Devem ser avaliados por algum método não 7. ESCORE DE CÁLCIO:
invasivo antes do cateterismo.
Usa-se para determinar o grau de calcificação
São consideradas lesões angiograficamente das coronárias. Pode ser feito com a
importantes aquelas que apresentam angiotomografia e com a tomografia normal
obstrução de 50% ou mais do lúmen arterial. para calculá-lo. Não muito feito na investigação
de angina estável. Paciente de emergência,
INDICAÇÕES: pacientes cujo diagnóstico da
paciente com baixa probabilidade.
doença obstrutiva permaneça duvidoso, a
despeito do estudo funcional; sinais de alto
risco nos testes não-invasivos; permanência
de sintomas com terapia ideal; e pacientes Diagnóstico diferencial:
muito sintomáticos com mínimo esforço
(classe funcional III e IV da CCS), nos quais a
etiologia isquêmica é muito evidente ou a
probabilidade de se indicar revascularização
miocárdica é alta.
6. ANGIOTOMOGRAFIA DE CORONÁRIAS:
Anatomia detalhada das coronárias e
calcificação de coronarianas. Faz-se quando
ergométrico não pode ser feito. Análise o
acúmulo de cálcio. SE NORMAL AFASTA O
DIAGNÓSTICO.
- DOR ESOFÁGICA:
O espasmo esofagiano difuso pode causar
um desconforto retroesternal em aperto
essencialmente indistinguível da angina.
Esta sensação desagradável, inclusive, pode
melhorar com repouso e/ou nitrato.
A grande diferença é que a dor no EED
pode não ter relação com esforço, e sim
como a alimentação! A DRGE, por sua vez,
costuma causar precordialgia “em
queimação”
Pode ser acompanhada de regurgitação e paciente tem baixa probabilidade pré-teste
pirose. de coronariopatia.
Vale lembrar, contudo, que a dor
“psicogênica” deve ser um diagnóstico de
- DOR MUSCULOESQUELÉTICA: exclusão.
- CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO
MIOCÁRDIO: SAFENA
Se baseia na anastomose proximal entre a
artéria aorta e a distal com a artéria
coronariana por meio de um enxerto. A veia
safena ou a artéria radial são os enxertos
livres mais usados.
As indicações para a cirurgia de
revascularização do miocárdio são geralmente
baseadas na presença de angina, de isquemia
miocárdica, na anatomia das artérias
coronárias e na função ventricular. Todos os
pacientes nestas condições podem ser
operados com bons resultados, porém o
candidato ideal deve ser homem com menos
de 75 anos, sem outras morbidades, em que o
tratamento clínico não foi suficiente para
remissão dos sintomas ou para melhorar a
qualidade de vida. Por outro lado, insuficiência
cardíaca congestiva e/ou disfunção ventricular
esquerda com fração de ejeção menor que
40%, idade maior que 75 anos e diabético
revascularizado previamente, com indicação
emergencial, têm risco aumentado de morte,
embora tenham benefício quanto a morbidade
e mortalidade como uma população.
Complicações:
- Arritmias: TV e FC, FA (principalmente em
infartos maiores com grande sofrimento de
musculo)