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• Urbanização.
• Industrialização.
• Melhora das condições sanitárias.
• Melhora nutricional.
• Elevação dos níveis de higiene pessoal.
• Melhora das condições ambientais, tanto residenciais como no trabalho
• As causas de mortalidade também mudaram muito. Na década de
1950. As doenças infecciosas eram responsáveis por cerca de 40% das
mortes ocorridas e hoje representam menos de 10%. Com as doenças
cardiovasculares ocorreu justamente o contrário; hoje representam
quase 40% das mortes no Brasil. Esses fenômenos são responsáveis
pelo envelhecimento da população brasileira. Vive-se mais, é verdade.
Resta saber se, de fato, vivese melhor.
• A esperança de vida representa o número esperado de anos a serem
vividos, em meda, em uma população. Quanto melhores as condições
de vida em uma localidade, maior será a “duração” da vida média de
sua população. No Brasil, a esperança de vida é de 63,9 anos para
homens e 71,4 anos para mulheres.
• Segundo o Ministério da Saúde, em 25 anos o Brasil terá a sexta
maior população de idosos no mundo. Estima-se que serão mais de
32 milhões individuou com 60 anos ou mais.
• Cabe uma questão importante: a população idosa apresenta
necessidades de saúde específicas e um perfil de adoecimento mais
oneroso.
• Para esse grupo, o atual modelo de assistência mostra-se inadequado,
pois se trata de um modelo caro, incapaz de cobrir as necessidades
dos idosos, e onde faltam serviços ambulatoriais e domiciliares
adequados.
• A maior parte das enfermidades que acomete os idosos é crônica;
muitas vezes, o primeiro atendimento só é conseguido quando o
paciente já se encontra em estágios mais avançados da doença.
• É comum que múltiplas patologias estejam associadas a um mesmo
caso, o que vem aumentar a gravidade e as possibilidades de
complicação. Isso exige, além de uma equipe interdisciplinar, uma alta
qualificação e a necessidade de disponibilizar todo o complexo
aparato hospitalar (internações, exames, medicamentos, idas e
vindas). As consequências são custos implacáveis e uma assistência
que pode estar comprometida.
• O idoso, mais do que qualquer outro grupo da população, padece
daquele que parece ser o mal do nosso século: a solidão. A fragilidade
trazida pelo avançar dos anos tem conseqüências que podem ser
agravadas ainda mais pela solidão.
• Estudos mostram ainda que nessa fase da vida a mulher é mais
solitária que o homem. Os desafios não param por aí; dentre os
problemas típicos dessa fase estão: insuficiência cerebral,
instabilidade postural, quedas, imobilidade, incontinência. A terceira
idade deve trazer consigo uma vida produtiva, com qualidade. É
importante lembrar que a complexidade do ser não se desfaz com o
passar dos anos; ao contrário, talvez até aumente.
• É necessário que o idoso seja auxiliado na preservação das
capacidades funcionais fundamentais e na manutenção das atividades
físicas. O dia a dia poderá representar um grande desafio, assim como
andar, vestir, comer, usar o banheiro etc.
• Cabe aos profissionais de enfermagem atuar de forma decisiva junto
ao idoso e sua família. A assistência de enfermagem ao idoso deve ter
como objetivo a manutenção e valorização da autonomia. Para tanto,
é necessário avaliar o grau de dependência e instituir medidas de
independência funcional e autonomia.
• A comunicação exerce papel de destaque nessa tarefa. A comunicação
efetiva deve romper barreiras impostas por limitações de fala, audição,
confusão mental e diferenças culturais. Uma única palavra pode resumir
esse esforço: cuidado.
• Essa é nossa tarefa. Apenas recentemente começaram a se delinear no
Brasil políticas de saúde voltadas especificamente para a população idosa.
• As mudanças verificadas não ocorreram por acaso. Foram motivadas, de
um lado, pelo visível crescimento desse grupo etário e pela mudança do
perfil de adoecimento e morte da população (chamada transição
epidemiológica); de outro lado, foram pautadas em avanços verificados
no sistema de atenção – o SUS
• É o Ministério da Saúde, por meio da Secretária Pública de Saúde, em
articulação com as Secretárias de Saúde e do Estado, do Distrito Federal
e dos municípios, e em consonância com a Lei Orgânica da Saúde e com
a Lei n. 8.842, de janeiro de 1994, que dispõe sobre a política nacional.
Assim, a partir dessa lei são estabelecidos objetivos e as estratégias do
Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso, que envolve um
conjunto de ações voltadas para:
• Promoção.
• Prevenção.
• Recuperação da saúde ou manutenção de uma qualidade de vida mais
digna possível.
• Isso deverá acontecer nos diversos níveis de complexidade do Sistema
único de Saúde, com proposto nessa adaptação a partir de Cohn e
Elias (1999). Segundo o Ministério da Saúde (2001), o objetivo
fundamental do PAISI é “conseguir manutenção de um estado de
saúde com a finalidade de atingir um máximo de vida ativa na
comunidade, junto à família, com o maior grau possível de
independência funcional e autonomia”. A partir dele, algumas
soluções vêm sendo propostas. No âmbito da promoção à saúde, a
ênfase está na difusão de informações sobre o idoso para o próprio
idoso, sua família, seus cuidadores e a sociedade em geral.
• No âmbito da prevenção de agravos à saúde, propõe: Protocolo de
prevenção a agravos da saúde na terceira idade. Vacinação para
idosos – três vacinas sido preconizadas para a população idosa:
antitânica, antipneumocóccica e antigripal.
• A assistência à saúde específica para este grupo abrange:
Assistência ambulatorial através das unidades básicas. Assistência
domiciliar através do Programa de saúde da Família, Programa de
Agentes Comunitários.
• Política de medicamentos voltada para o idoso, garantindo assim
medicamentos adequados de uso contínuo.
• Para idosos que necessitam de cuidados institucionais, a assistência
hospitalar propõe algumas alternativas:
• Hospital-dia.
• Curta permanência.
• Longa permanecia.
• Internação domiciliar para doentes crônicos.
Rompendo Mitos
• Quando se lida com a pessoa idosa, é fundamental saber: Viver não
é pura e simplesmente existir, mas desfrutar abundância de vida,
qualidade de vida, desenvolvendo as potencialidades inerentes ao ser.
O ser humano é um todo integrado e organizado, no qual os
sentidos, as emoções e os órgãos do corpo estão intimamente
interrelacionados. Com a idade, acontecem mudanças na aparência e
no comportamento mas elas não tiram o valor do indivíduo, sua razão
de viver e sua habilidade de aprender
• O ser humano está em constante processo de mudança, e sua idade é
uma questão de percepção e atitudes sendo, portanto, relativa. A
velhice terá um sentido no fim somente se a vida tiver um sentido no
seu todo. O inevitável é que, nos últimos anos, vemos uma perda,
uma diminuição dos talentos e das capacidades. Deve-se encontrar
um novo sentido de vida que sustente essa experiência.
• Cada vez mais, observa-se que a limitação do idoso na sociedade
devese muito mais aos mitos, aos preconceitos e às condições
externas da sociedade do que às reais perdas de capacidades, de
condições internas do próprio indivíduo, atribuindo-lhe diversos
valores negativos, classificando o idoso como um ser improdutivo,
doente, inválido e ultrapassado, na fase final da vida, sem objetivos e
sem esperanças.
• Com isso, percebe-se a necessidade de um novo olhar da sociedade
sobre a pessoa idosa, reconhecendo os valores e o sentido do
envelhecimento, para transformar e construir novos caminhos,
abandonando estereótipos excludentes e redefinindo a atual
estrutura social. A sociedade, ao longo de sua evolução, criou mitos
para o velho e cercou-se deles. Em recente publicação, a Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas) desmistificou algumas crenças sobre
o envelhecimento, para que as sociedades e as instituições
mantenham o bem-estar e a qualidade de vida na velhice.
• Nesse estudo, reconhece-se o aumento da esperança de vida de
forma acentuada, tornando-se indispensável à manutenção da boa
saúde e da criatividade, a prática de atividades físicas, mentais e
sociais. Compreendese que a saúde é fundamental para que os idosos
continuem participando ativamente da sociedade.
• De acordo com a Opas, a maioria dos idosos da América goza de boa
saúde, tem uma vida agitada e satisfatória e possui estruturas
emocionais adequadas. Menciona-se, ainda, mais de 60% deles vivem
em países em desenvolvimento, onde passarão a ser mais de 700
milhões em 2020.
• Conforme as perspectivas dos estudiosos, haverá uma inversão da
pirâmide etária, ou seja, o mundo terá mais pessoas com idade superior
a 60 anos do que jovens com menos de 18 anos, o que certamente
modificará a concepção social sobre os idosos, considerando-os um
grupo singular, com características únicas e complexas.
• Ressalta-se ainda que as mulheres vivem mais do que os homens por
razões diversas, como a vantagem biológica e o fato de o sexo feminino
ter mais capacidade de recuperação do que o masculino. Na Europa e
na América do Norte, a diferença só começou a crescer quando
desenvolvimento econômico e mudanças sociais reduziram alguns dos
maiores riscos para a saúde das mulheres.
• Destaca-se também, ao contrário do que muitas pessoas imaginam,
que a maioria dos idosos mantém-se em boa forma física até uma
fase bem mais avançada da vida, como está apta a realizar tarefas
diárias e desempenhar papéis ativos na comunidade, atividades
remuneradas e não remuneradas, em todo o mundo. Esse aspecto
pode ser constatado com relação aos indicadores de saúde e de
utilização dos serviços de saúde, uma vez que os idosos que
trabalham têm menos doenças crônicas que os aposentados,
confirmando que, também entre os idosos, a melhor condição de
saúde está associada ao trabalho.