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Modernidade
Copérnico (1473-1543)
Aparece com as ideias que vêm revolucionar as prevalecentes até então, postulando que o sol girava em
volta da terra, isto é, a teoria geocêntricas defendida por Ptolomeu. Defende a teoria heliocêntrica.
Francis Bacon (1561-1626) propôs na sua obra “Novum Organun” um novo método para o estudo da
natureza que viria a tornar-se uma marca distintiva da ciência moderna: a experimentação seguida da
indução. Foi forte impulsionador do empirismo, difundindo a crença de que o ponto de partida de todo
conhecimento deveria ser a observação, experiência, isenta de julgamentos e interpretações.
O comportamento que se deve seguir não é o da aranha que tece a teia tirando o material de seu próprio
corpo; não é também o da formiga, que armazena o material como o encontra e depois o consome sem
seleccioná-lo nem limpá-lo. O modo certo de agir é o da abelha, que primeiro colhe o material de fora e
depois o transforma em mel por meio de seu organismo.1
O fim da ciência, segundo Bacon, é prático e não especulativo. A ciência deve ajudar o homem a adquirir
um controlo mais perfeito sobre a natureza.
As obras lógicas de Aristóteles foram reunidas num todo chamado Organon (Instrumento); a obra na qual
Bacon opõe à lógica aristotélica, essencialmente dedutiva, uma nova lógica, essencialmente indutiva, traz
a designação oportuna de Novam Organon (Novo Instrumento).
Esta obra divide-se em duas partes: a primeira, geralmente chamada pars destruens (Parte destrutiva), tem
por finalidade demolir os obstáculos que podem impedir a pesquisa científica, a segunda, geralmente
chamada pars construens (Parte construtiva), indica o modo de proceder para se chegar à descoberta de
determinadas verdades.
Na parte destrutiva, Bacon mostra que até então a ciência não tinha feito progressos porque vinha
seguindo um método inadequado, o dedutivo. De facto, em vez de interpretar a natureza, procura
1
Bacon F. apud Mondin, B. 2006, Curso de Filosofia, volume 2. 10º Edição, Editoração Paulus. p. 62.
antecipá-la, prescindindo do experimento e, baseando-se em axiomas generalíssimos e abstractos, julga
tudo e pretende fornecer uma explicação para todas as coisas.
É preciso, por isso, mudar de método e adoptar um que não antecipe, mas interprete a natureza. Tal é o
método indutivo.
O método indutivo é fecundo, porque dos axiomas formados com ordem das coisas particulares
facilmente brotam novos conhecimentos que tornam fecunda a ciência.
Existe, nas ideias de Bacon, por conseguinte, um modelo que propõe a formulação de um novo método
para a investigação da natureza de modo a nos permitir alcançar o verdadeiro conhecimento sobre os
fenómenos. Segundo esse método indutivo, devemos partir dos factos concretos – a experiência –, para
ascender às formas gerais – a abstracção –, no intuito de descobrir suas causas e leis.
A experiência que propõe esse método não se confunde com a experiência vaga, que são noções
recolhidas ao acaso pelo observador, pois que, configurando-se como experiência escriturada, impõe uma
observação metódica, além de experimentos.
Galileu Galilei (1564-1642) através das suas observações com o seu telescópio, conjuntamente com o
astrónomo alemão Kepler (1571-1630), ao descobrir as célebres leis do movimento dos planetas,
completaram aquilo que Copérnico deixou sem fazer: apresentar as provas que davam definitivamente
razão à teoria heliocêntrica, condenando a teoria geocêntrica como falsa.
Segundo Galileu, o instrumento da ciência é a experiência, não o raciocínio, nem a lógica, nem a
dialéctica. O raciocínio serve só para alargar a experiência e para supri-la onde ela não pode chegar, não
para substituí-la. Muito menos pode substitui-la a lógica, que serve somente para ajudar a conhecer se os
discursos e as demonstrações já feitas e encontradas precedem rectamente. Quanto à dialéctica, subtileza
do engenho e do poder de persuasão, está fora de lugar nas ciências naturais. Para Galileu, a experiência é
a revelação directa da natureza. Ela não nos engana, mas a experiência que se ocupa somente de casos
particulares, não pode dar origem à ciência que se interessa exclusivamente pelas leis universais. O
problema consiste, portanto, em saber como a ciência tira leis universais da experiência de casos
singulares.
Para isso, Galileu propõe um método ao qual se costuma chamar de «método indutivo - dedutivo».
Se o método é, como vimos, o caminho para atingir a verdade, é preciso começar pela aplicação da sua
primeira regra, isto é, nada admitir que não seja absolutamente certo, ou, noutros termos, é preciso
duvidar de tudo o que não é dotado de uma certeza absoluta, excluir tudo o que é impregnado por essa
dúvida. Daí aparece uma tripla necessidade:
Ela é metódica porque é um instrumento de conhecimento cuja meta é atingir a verdade; Ela é universal
porque no processo do conhecimento, nada deve ser imune à aplicação do critério da dúvida; Ela é
provisória na medida em que desaparece sempre que a verdade for atingida.
Época Contemporânea
Thomas Kuhn
Os saltos qualitativos preconizados por Kuhn, ocorrem nos períodos de desenvolvimento científico, em
que são questionados e colocados em causa os princípios, as teorias, os conceitos básicos e as
metodologias, que até então orientavam toda a investigação e toda a prática científica.
Considero a estes como realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante certo tempo,
proporcionam modelos de problemas e soluções a uma comunidade científica (Kuhn, T. 1971, p. 13)”.
OS PARADIGMAS REPRESENTAM!!!
1. Uma determinada maneira de conceber e interpretar a realidade compartida por um grupo de pessoas.
3. Uma determinada norma com relação aos métodos e técnicas de investigação a utilizar.
Se abandona a ideia da verdade como correspondência e reflexo de uma realidade estável e mecânica
Se supera a visão linear e acumulativa do progresso do conhecimento científico: onde a história da ciência
era encarada como uma progressão estável de teorias, em que a mais recente se juntava à anterior até se
encontrar a verdade, Kuhn preferiria considerar uma série de mudanças revolucionárias nas quais a visão
de um determinado período tinha muito pouco de comum com a anterior. E, ainda mais importante,
questionava a possibilidade da ciência alguma vez encontrar a verdade.
Se inicia toda uma tradição de crítica desde as ciências sociais, que implicou uma viragem no modo de
considerar a empresa tecno-científica.