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1 ª Avaliação
Respondam as questões:
1. O que são a lógica indutiva e a lógica dedutiva? O que as diferencia? Quais os problemas que
a lógica indutiva acarreta? Em que consiste a falseabilidade e para que ela serve? (2,0)
Ademais, o problema da lógica indutivista, de acordo com Popper, também consiste no fato de
tal metodologia não admitir um critério de demarcação adequado, o qual deve ser entendido
como uma proposta que visa o estabelecimento de uma convenção. Logo, ele denomina o
problema da demarcação como a dificuldade de estabelecer um sistema de comparação entre
as ciências empíricas e a metafísica. Para o filósofo, no que tange à falseabilidade como critério
de demarcação, só é possível reconhecer um sistema empírico se ele for passível de
comprovação, seja ela positiva ou em sentido negativo, isto é, caso haja a possibilidade de
refutá-lo. Constata-se, portanto, que a essência do método empírico se dá pela maneira de expor
um sistema à falsificação.
2. Qual a importância da abstração para Bachelard? O que é a geometrização e o que ela
significa? (2,0)
Para Bachelard, tudo aquilo de natureza sensorial dá lugar aos princípios e metodologias
matemáticas, as quais passarão a ser o suporte para a formação do espírito científico e alcance
à abstração. No entanto, a fenomenologia, enquanto desordem para as vivências científicas,
configura-se, ainda, como o ponto de partida no que tange à consolidação da ordem abstrata, a
qual não permanece sujeita às crenças do cotidiano e busca sempre provar e dinamizar os
fenômenos. Dessa forma, o filósofo dá destaque à premissa do espírito científico, a qual
consiste na geometrização da realidade, ou seja, um método que permite olhar para o real
eliminando os obstáculos epistemológicos, como a opinião fundamentada nos hábitos do ser
humano, a fim de adquirir conhecimento científico. Assim, com base na transição entre a
imagem e a abstração, Gaston enumerou os três estados que integram o tão almejado espírito
científico. A princípio, ele cita o estado concreto como o primeiro degrau da evolução do
pensamento, este é composto pelas primeiras representações fenomenológicas, contra as quais
o espírito científico irá lutar posteriormente, e se baseia na glorificação da natureza. Por
conseguinte, desenvolve-se o estado concreto-abstrato, isto é, o momento em que o ser humano
começa a geometrizar o espaço sensível de maneira a introduzir nas imagens cotidianas o
pensamento filosófico, estabelecendo, assim, uma espécie de paradoxo entre os dois polos. E,
por fim, o estado abstrato, cuja definição pode ser dada não só pela consolidação do espírito
científico, mas também pela ruptura com as experiências físicas contempladas pelo homem no
seu primeiro estado.
Concepções metodológicas