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• Popper vai fazer uma análise crítica ao método das ciências empíricas.
• “mas quais são esses ‘métodos das ciências empíricas’ ? E o que chama de ciência
empírica’” (p. 03).
1. O PROBLEMA DA INDUÇÃO OU LÓGICA INDUTIVA
• A indução é o método amplamente aceito, toda ciência empírica tem como base o
método indutivo.
• Por um ponto de vista lógico, não é possível se obter uma verdade universal. Pois
qualquer conclusão obtida desta maneira acaba sendo falsa.
• “não importa quantas instâncias de Cisnes brancos possamos ter observados, isso
não justifica a conclusão de que todos os Cisnes são brancos” (p. 03).
• A indução não tem consistência lógica como a dedução.
• Sem esse princípio a ciência não tem poder de decidir acerca da verdade ou falsidade
de suas teorias (p. 04).
• Para Popper, esse princípio de indução não pode atingir uma verdade puramente
lógica. Se caso existisse um princípio lógico no método indutivo, a indução não seria
um problema.
• A lógica indutiva, “embora não seja ‘estritamente válida’, pode alcançar algum grau de
‘confiança’ ou de ‘probabilidade’. Segundo esta doutrina as inferências indutivas são
‘inferências prováveis’” (p. 05).
• Um possível princípio de indução tem como objetivo dar poder à ciência, para que ela
atue sobre a probabilidade, ou seja, ser mais exata.
• Pois, “os enunciados científicos somente podem alcançar graus de probabilidade” (p.
05). Logo, a probabilidade não é um resultado universal.
• Segundo Popper, para se validar o grau de probabilidade dos enunciados oriundos da
indução deve-se invocar um novo princípio para indução.
• Mesmo com uma possível inovação na indução, apenas o tornará às inferências como
prováveis, o que não corresponde muita coisa. Ou seja, a ciência ainda permanecerá
no campo da probabilidade.
• Para trabalhar o problema da indução, mais claramente, Popper vem mostrar que a
crença na indução se deve “a uma confusão entre os problemas psicológicos e
epistemológicos” (p. 06).
• Para o filósofo, propor uma teoria como etapa inicial, não é digna de uma analise, ou
seja, não há necessidade de uma investigação (p. 06). Pois, pode implicar em
interesses psicológicos e isso é irrelevante para lógica do conhecimento.
• A rigor, a lógica do conhecimento “não trata das questões de fato [...], mas somente
das questões de justificação ou validade” (p. 06).
• Mesmo dentro dessa lógica indutiva alguns vão objetar para uma “reconstrução
racional” da epistemologia.
• Logo, não cabe a lógica do conhecimento, uma possível tarefa de reconstruir algo que
se remete a psicologia do conhecimento (p. 07).
3. O teste dedutivo das teorias
• A lógica dedutiva é, de certo modo, o método de testar, criteriosamente, as teorias.
• De outro modo, o teste dedutivo busca retirar conclusões sobre ideias, hipóteses ou
teorias que ainda não foram concluídas.
• “na medida em que a teoria resiste a testes detalhados e severos e em que não é
superada por outra teoria no curso da progressão científica, podemos dizer que
‘aprovou sua têmpera’ ou que é ‘corroborada’ pela experiência passada” (p. 08).
4. O problema da demarcação
• “ao rejeitar o método da indução, pode-se dizer que privo a ciência empírica do que
parece ser sua mais importante característica” (p. 09).
• Para Popper o problema maior da lógica indutiva é que “ela não proporciona um
marco discriminador apropriado do caráter empírico” (p. 09). Ou seja, ela não demarca
criteriosamente o seu campo de atuação.
• “E é precisamente ao chegar ao problema da indução que cai por terra esta tentativa
de resolver o problema da demarcação: os positivistas em sua ansiedade de aniquilar
a metafísica, aniquilam juntamente com ela a ciência natural” (p. 11).
• Portanto, “o critério indutivista de demarcação não consegue traçar uma linha
demarcatória entre os sistemas científicos e os metafísicos [....]. Desta forma, ao invés
de extirpar a metafísica das ciências empíricas, o positivismo leva à invasão da
metafísica no reino científico” (p. 11).
• Para Popper, sua proposta para à questão da demarcação seria uma proposta de um
acordo ou convenção. Com uma discussão razoável.
• Por essa razão diz Popper: “até onde posso ver, existe somente uma maneira de
argumentar racionalmente em apoio as minhas propostas. Esta maneira é analisar
suas consequências lógicas: mostrar sua fertilidade, seu poder em elucidar os
problemas da teoria do conhecimento” (p. 12).