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Apesar de ter sido um período considerado nefasto para a história da ciência, houve
cientistas que se interessaram pelo método científico durante o intervalo entre os séculos
IX e XV, como alguns muçulmanos (al-Haytham, Avicenna, entre outros) e cristãos
(Oresme, Occam, entre outros).
◦ descrição;
Tal forma de fazer ciência permaneceu dominante até o fim do século XIX (ou até o
século XX, no caso da Biologia e as Ciências Sociais), sob o nome de
positivismo (cunhado por Augusto Comte) ou positivismo-lógico (cunhado por filósofos
e matemáticos do Círculo de Viena).
Segundo essa vertente, só é possível produzir um conhecimento verdadeiro se for
possível demonstrá-lo logicamente ou empiricamente. Ou seja, era uma visão linear
da ciência, em que dados brutos experimentais poderiam ser transformados, de forma
metódica, em verdades. Essa visão não tinha o interesse em produzir explicações para
fenômenos, mas sim proliferar generalizações descritivas.
O filósofo escocês David Hume teceu uma importante crítica ao método indutivo ao
dizer que a única garantia que temos para o sucesso do método indutivo é o seu sucesso
no passado. Suas ideias foram importantes para demonstrar que o método indutivo não
poderia justificar, racionalmente, qualquer forma de ciência experimental, pois esse
método carece de certeza quanto a conhecimentos de Lógica e de Matemática.
Popper foi um dos mais importantes filósofos a tentarem resolver as questões levantadas
por Hume. Segundo ele, cientistas não trabalham apenas fazendo observações sobre um
dado fenômeno, mas também produzem hipóteses sobre a natureza, as quais
são submetidas a testes rigorosos.
Segundo o próprio Popper, esses testes serviriam para refutar uma teoria, e não
prová-la, pois segundo o filósofo, provar algo é uma coisa logicamente impossível. Ou
seja, apenas podemos ter certeza ao refutar, uma única contraprova pode ser capaz de
refutar uma generalização.
Contudo, na prática, nem sempre cientistas descartam teorias assim que ocorrem erros
em suas previsões. Muitas vezes, eles preferem encontrar formas de justificar seus erros.
Se assim o fosse, rapidamente os cientistas ficariam sem hipóteses para testar, já que seu
conhecimento do mundo é limitado.
Fontes