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Kuhn defendeu a ciência normal (a pesquisa que ocorre dentro dos limites de um paradigma
estabelecido), acreditava que a ciência não é um processo contínuo e linear de acumulação de
conhecimento, mas sim uma atividade complexa e dinâmica que envolve diferentes paradigmas
ou modelos teóricos, pois para Kuhn, a ciência começa com a formação de um paradigma, que é
um conjunto de crenças, valores, técnicas e métodos compartilhados por uma comunidade
científica. O paradigma fornece um quadro de referência para a pesquisa científica, definindo as
perguntas que são consideradas importantes, as teorias que são aceitas como válidas e os
métodos que são utilizados para testá-las.
Thomas Kuhn no seu livro "A Estrutura das Revoluções Científicas" propôs uma teoria sobre a
evolução da ciência que se baseia em cinco fases principais:
Revolução científica: Na fase revolucionária, ocorre uma mudança radical na forma como os
cientistas entendem e abordam o campo de estudo. Kuhn defende que as revoluções científicas
ocorrem quando o paradigma existente é incapaz de resolver certos problemas ou anomalias.
Essas anomalias levam os cientistas a questionarem os fundamentos do paradigma estabelecido e
a procurarem uma nova abordagem para explicar os fenômenos em questão. Essa busca por um
novo paradigma pode ser dolorosa e conflituosa, pois implica a rejeição de crenças e teorias que
foram vastamente aceitas e praticadas.
Para Thomas Kuhn, a objetividade da ciência não é algo absoluto e universal, mas sim depende
do paradigma dominante em uma determinada comunidade científica em um determinado
momento histórico. Quando um paradigma é aceite pela maioria dos cientistas dentro de uma
comunidade, ele torna-se o "paradigma dominante" e define o que é considerado como
objetividade dentro dessa comunidade.
Kuhn argumenta que a objetividade científica não pode ser alcançada através da observação
neutra dos fatos, mas é construída a partir da adesão a um paradigma específico. Cada paradigma
fornece um conjunto de critérios de validade que determinam quais observações e experimentos
são relevantes e quais teorias são aceitáveis. Dessa forma, a objetividade científica depende do
paradigma e da comunidade científica em questão.
Kuhn também argumenta que a ciência não progride de forma linear, acumulando conhecimento
de forma gradual ("A mudança cientifica" que é uma das propostas de Kuhn no seu livro "A
Estrutura das Revoluções Científicas"), mas sim por meio de revoluções científicas, que ocorrem
quando um paradigma dominante é substituído por outro. Durante uma revolução científica, a
comunidade científica passa por um período de crise, em que diferentes paradigmas competem
entre si pela aceitação dos cientistas. Eventualmente, um novo paradigma é estabelecido como
dominante e a comunidade científica começa a trabalhar dentro de novos critérios de validade e
objetividade.
Para concluir, Thomas Kuhn defendia que a ciência não é uma atividade objetiva e neutra, mas
sim processo histórico e socialmente construído que é influenciado por crenças, valores e
interesses da comunidade científica. Além disso Kuhn defendia que a ciência não progride de
maneira contínua e linear, mas sim por meio de revoluções científicas, nas quais paradigmas
antigos são substituídos por novos. Suas ideias e trabalhos tiveram um grande impacto no estudo
da história e filosofia da ciência, e continuam a ser discutidas e debatidas por estudantes e
cientistas até hoje.