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EPISTEMOLOGIA DA EDUCAÇÃO I
Portanto, essa mudança caracteriza-se por aquilo que Kuhn denomina transição
paradigmática de revolução científica. Assim, enquanto alguns cientistas migram para o
novo paradigma, outros resistem a essa mudança, o que gera um abalo na comunidade
científica, mas possibilita o desenvolvimento científico. Estabelecida uma crise, é
necessário um novo paradigma, como já dito, mas de acordo com Kuhn, não se deve
rejeitar um paradigma sem substituí-lo por outro, pois se assim ocorrer, é uma rejeição à
própria ciência, isto significa que a importância maior não é pelo novo paradigma, mas
pela solução do problema. Sobre as crises, o autor ainda diz que elas podem terminar de
três maneiras distintas: em primeiro lugar a ciência normal pode solucionar o problema;
em segundo lugar o problema pode persistir até os cientistas considerarem que não há
mais solução e deixar de lado para uma futura geração; e em terceiro lugar a crise pode
ser finalizada com a criação e aceitação de um novo paradigma. Apesar disso,
compreende-se que as crises são necessárias para emergência de novas teorias.
Assim sendo, além do novo paradigma possuir maior valor ou força que o anterior,
em outras palavras, ainda que o novo paradigma seja capaz de resolver uma anomalia que
não poderia ser resolvida com o paradigma em vigor, é necessária uma aceitação da
comunidade científica por meio da argumentação, explicação e persuasão por quem
apresenta o novo paradigma.
Referências:
KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2013,
p. 127-230.