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Os Paradigmas de Kuhn

Disciplina: Ciências Sociais Aplicadas à Saúde

Prof. Dra. Maria Bernadete de Carvalho

Aluno: Eduardo Eugenio Correia Muniz Barreto

Capítulo 8 – Teorias como Estruturas: Os Paradigmas de Kuhn

1 – O que é o paradigma nas ciências?

O paradigma é um conjunto de suposições teóricas gerais, de leis e técnicas para a sua aplicação
adotadas por uma comunidade científica específica. Como exemplo teríamos a mecânica newtoniana e a ótica
de ondas. Ele é importante pois determina os padrões para o que seria considerado um trabalho legítimo
dentro do campo científico que governa.

Analisando-se o paradigma da mecânica newtoniana, este inclui métodos para aplicar as leis de
Newton aos movimentos planetários, aos pêndulos e às colisões de bolas de sinuca, por exemplo. Do mesmo
modo, a forma e as técnicas para analisar as situações abarcadas pelo paradigma também estão incluídas nele.
Por fim, o objetivo do que Kuhn define como ciência normal, torna-se a tentativa de articular a
correspondência de um dado paradigma respeitado às situações impostas pela natureza.

2 – Como esses paradigmas se modificam?

A modificação dos paradigmas se dá quando cientistas normais, ao realizar experimentos a fim de


acomodar o paradigma às situações reais da natureza, enfrentam dificuldades e aparentes falsificações. Caso
essas dificuldades “fujam do controle”, instaura-se, segundo Kuhn, um estado de crise. Essa crise se encerrará
quando surgir um novo paradigma que atraia cada vez mais cientistas normais até que, em algum momento,
o paradigma anterior, problemático, seja deixado de lado. Nesse momento, diz-se ter havido uma revolução
científica.

3 – Como Kuhn concebe o progresso da ciência?

Kuhn entende, resumidamente, que a ciência progride da seguinte maneira:

Pré-ciência → Ciência Normal → Crise-Revolução → Nova Ciência Normal → Nova Crise

Pré-ciência seria o período científico de imaturidade, quando há desacordo sobre questões


fundamentais, ou seja, ainda não foram definidos sequer paradigmas básicos para que os cientistas falem a
mesma língua. O exemplo dado é o dá ótica, que não possuía nenhuma teoria relevante ou amplamente aceita
antes que Newton desenvolvesse sua teoria das partículas. Portanto, nesse sentido, Kuhn reconhece que os
paradigmas são relevantes para busca e orientação do conhecimento científico de maneira mais objetiva.

A ciência normal seria a ciência praticada pelos que atuam dentro de um determinado paradigma,
realizando experimentações e definindo teorias que expliquem sua relação com os fenômenos observáveis.

O conceito de crise-revolução, bem como o de nova ciência normal foram abordados na questão
anterior. A crise surge quando, na busca muitas vezes pela confirmação de determinado paradigma, as
experiências começam a apresentar possíveis problemas e falsificações com relação a ele. Essa crise é
solucionada por meio do surgimento de novo paradigma que revoluciona aquele campo científico. Por fim, a
nova crise seria a crise que essa nova ciência está sujeita a enfrentar, tendo em vista que também será posta
a prova por meio de experimentos diversos.

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