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Introdução ao

Direito Minerário

Adam Barros Fernandes


SUMÁRIO

I – DISPOSITIVOS IMPORTANTES DA LEGISLAÇÃO MINERAL

1. Propriedade dos Recursos Minerais


2. Direito de Prioridade
3. Departamento Nacional de Produção Mineral
4. Regimes de Aproveitamento
Regimes de Autorização e de Concessão
Regime de Licenciamento
Regime de Permissão de Lavra Garimpeira
Regime de Extração

II – DISPOSITIVOS IMPORTANTES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

III - CONCLUSÃO
I – DISPOSITIVOS IMPORTANTES DA LEGISLAÇÃO MINERAL

1. Propriedade dos Recursos Minerais (Constituição


Federal/1988)

Art. 20 – São bens da União:


IX – os recursos minerais, inclusive os do subsolo.

Art. 176 – As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos


minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem
propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
2. Direito de Prioridade
O aproveitamento de substâncias minerais é regulado pelo
direito de prioridade, instituto previsto no Artigo 11 do Código de
Mineração/1967:

Art. 11 - Serão respeitados na aplicação dos regimes de


Autorização, Licenciamento e Concessão:

a) O direito de prioridade à obtenção da autorização de pesquisa


ou do registro de licença, atribuído ao interessado cujo
requerimento tenha por objeto área considerada livre, para a
finalidade pretendida, à data da protocolização do pedido no
Departamento Nacional de Produção Mineral (D.N.P.M.),
atendidos os demais requisitos cabíveis, estabelecidos neste
Código;

b) O direito à participação do proprietário do solo nos resultados da


lavra.
3. Departamento Nacional de Produção Mineral

Art. 3º - A autarquia DNPM terá como finalidade promover o


planejamento e o fomento da exploração e do aproveitamento dos
recursos minerais, e superintender as pesquisas geológicas,
minerais e de tecnologia mineral, bem como assegurar, controlar e
fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o
território nacional, na forma do que dispõe o Código de Mineração, o
Código de Águas Minerais, os respectivos regulamentos e a
legislação que os complementa... (Lei Federal n° 8.876/1994)
3. Departamento Nacional de Produção Mineral
Código de Mineração
Art. 13 - As pessoas naturais ou jurídicas que exerçam
atividades de pesquisa, lavra, beneficiamento, distribuição,
consumo ou industrialização de reservas minerais, são
obrigadas a facilitar aos agentes do Departamento Nacional de
Produção Mineral a inspeção de instalações, equipamentos e
trabalhos, bem como a fornecer-lhes informações sobre:

I - volume da produção e características qualitativas dos


produtos;
II - condições técnicas e econômicas da execução dos serviços
ou da exploração das atividades mencionadas no "caput" deste
artigo;
III - mercados e preços de venda;
IV - quantidade e condições técnicas e econômicas do consumo
de produtos minerais.
3. Departamento Nacional de Produção Mineral

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 791, DE 25 DE JULHO DE 2017

Cria a Agência Nacional de Mineração e extingue o Departamento


Nacional de Produção Mineral.
Marco Regulatório ???????
4. Regimes de Aproveitamento (Código de Mineração/1967)
Os regimes de aproveitamento de substâncias minerais encontram-se previstos no
Art. 2º do Código de Mineração e são, excetuando o de Monopólio:
I – Regimes de Autorização e de Concessão – previstos para todas as substâncias
minerais;
II – Regime de Licenciamento – alternativo para substâncias de emprego imediato
na construção civil, argila vermelha, e calcário para corretivo de solos; quando
depender de título de licenciamento, expedido na forma estabelecida pela Lei nº
6.567, de 24 de setembro de 1978;
III – Regime de Permissão de Lavra Garimpeira – aplicado ao aproveitamento das
substâncias minerais garimpáveis;
IV – Regime de Extração – restrito a substâncias de emprego imediato na
construção civil, por órgãos da administração direta ou autárquica da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para uso exclusivo em obras públicas
por eles executadas diretamente.
Regimes de Autorização e de Concessão

4.1.1 Objetivos (Art. 15 e 43 do Código de Mineração)

O objetivo final na utilização desses regimes é um título que


permita o aproveitamento do recurso mineral que, no caso, é uma
Portaria do Ministro das Minas e Energia, denominada
corriqueiramente de Portaria de Lavra. Existem títulos
intermediários, Alvará de Pesquisa, que autoriza o interessado a
pesquisar determinada substância mineral, de modo a definir sua
quantidade, qualidade e distribuição espacial e Guia de
Utilização, previsto no parágrafo 2º do Artigo 22 do Código de
Mineração e regulado na Portaria DNPM 367 /2003, que poderá
ser fornecido em caráter excepcional ao detentor de Alvará de
Pesquisa com limitações relativas ao objetivo da lavra, tempo de
validade e quantidades a serem alienadas.
4.1.2 Campo de Aplicação

Os Regimes de Autorização e de Concessão


podem ser utilizados para todas as substâncias
minerais, com exceção daquelas protegidas por
monopólio (petróleo, gás natural e substâncias
minerais radioativas).
4.1.3 Áreas Máximas (Art. 42 da Cons. Norm. do DNPM)

● 2.000 ha: substâncias minerais metálicas, substâncias


minerais fertilizantes, carvão, diamante, rochas
betuminosas e pirobetuminosas, turfa, e sal-gema;

● 1.000 ha: rochas para revestimento, e demais


substâncias minerais;

● 50 ha: as substâncias minerais relacionadas no art. 1º


da Lei nº 6.567, de 1978; águas minerais e águas
potáveis de mesa; areia, quando adequada ao uso na
indústria de transformação; feldspato; gemas (exceto
diamante) e pedras decorativas, de coleção e para
confecção de artesanato mineral; e mica.
4.1.4 Requerimento de Pesquisa

Área Livre: A área objetivada em requerimento de Autorização


de Pesquisa será considerada livre, desde que não se
enquadre em qualquer das hipóteses previstas no Artigo 18
do Código de Mineração. É aconselhável que esta condição
seja verificada no DNPM, antes do requerimento.
Requerente: Pessoa física ou pessoa jurídica.
Documentação e Procedimentos (Artigo 16 do Código de
Mineração): A Autorização de Pesquisa para cada área
individualmente deverá ser pleiteada em requerimento
dirigido ao Diretor-Geral do DNPM, entregue mediante recibo
no protocolo do distrito DNPM em cuja jurisdição encontra-se
a área, onde será numerado e registrado, devendo ser
apresentado em duas vias e conter os seguintes elementos
de instrução:
• No caso de pessoa física: nome, indicação da nacionalidade, do estado civil, da
profissão, do domicílio, e do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do
Ministério da Fazenda do requerente;

• Em se tratando de pessoa jurídica: razão social, número do registro de seus atos


constitutivos no Órgão de Registro de Comércio competente, endereço e número de
inscrição no Cadastro Geral dos Contribuintes do Ministério da Fazenda;

• Prova de recolhimento de emolumentos no valor de R$ 874,62 (Artigo 20 da


Consolidação Normativa do DNPM);

• Designação das substâncias a pesquisar;

• Indicação da extensão superficial da área objetivada, em hectares, e do Município e


Estado em que se situa;

• Memorial descritivo da área pretendida, conforme definido nos Artigos 38 a 40 da


Consolidação Normativa do DNPM;

• Planta de situação, cuja configuração e elementos de informação estão estabelecidos


no Artigo 41 da Consolidação Normativa do DNPM;

• Plano dos trabalhos de pesquisa, acompanhado do orçamento e cronograma previstos


para a sua execução; além da ART do técnico responsável por sua elaboração.
(GEÓLOGO OU ENG. DE MINAS)
VERIFICAR SE A ÁREA A SER REQUERIDA ESTÁ LIVRE NO BANCO DE DADOS
DO SIGMINE
4.1.5 Autorização de Pesquisa
Caso a documentação esteja bem instruída, o requerente
obterá o Alvará de Pesquisa;

A partir da publicação do Alvará no Diário Oficial da União, seu


titular está autorizado, a realizar, num prazo de vigência da
autorização de pesquisa será de 2 (dois) a 4 (quatro) anos,
dependendo da substância (Artigo 88 da Consolidação
Normativa do DNPM), os trabalhos de pesquisa, que têm como
meta definir uma jazida, ou seja, qualificar, quantificar e
localizar espacialmente a substância mineral de interesse.

Acesso à Área (Artigo 27 do Código de Mineração): O acesso


do titular à área poderá ser realizado através de acordo amigável
com o proprietário do solo ou através de acordo judicial, em que
são fixadas, pelo juiz da comarca, as rendas e indenizações
devidas por conta dos trabalhos de pesquisa.
4.1.6 Relatório dos Trabalhos de Pesquisa
O Relatório dos Trabalhos de Pesquisa deve conter os estudos:
geológicos e tecnológicos necessários à definição da jazida; e
demonstrativos da exeqüibilidade técnico-econômica da lavra (Inciso V do
Artigo 22 do Código de Mineração).
O DNPM verificará exatidão deste relatório e, à vista de parecer
conclusivo, proferirá despacho de (Artigo 30 do Código de Mineração):
● Aprovação do relatório, quando ficar demonstrada a existência de jazida;
● Não aprovação do relatório, quando ficar constatada insuficiência dos
trabalhos de pesquisa ou deficiência técnica na sua elaboração;
● Arquivamento do relatório, quando ficar demonstrada a inexistência de
jazida, passando a área a ser livre para futuro requerimento, inclusive com
acesso do interessado ao relatório que concluiu pela referida inexistência
de jazida;
● Sobrestamento (adiamento) da decisão sobre o relatório, quando ficar
caracterizada a impossibilidade temporária de exeqüibilidade
técnico-econômica da lavra, hipótese na qual o DNPM fixará prazo para o
interessado apresentar novo estudo da exeqüibilidade técnico-econômica
da lavra, sob pena de arquivamento do relatório.
PRINCIPAL PRODUTO DO RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

ASPECTOS IMPORTANTES NO RFP:

● Infra-estrutura;
● Levantamento topográfico;
● Laudos de ensaios e testes
tecnológicos;
● Cálculo de Reserva medida do
minério de interesse;
● Sondagem rotativa ou a trado,
caso seja necessário;
● Exequibilidade técnico-econômica
da lavra;
● Documentação Fotográfica.
4.1.6 Relatório dos Trabalhos de Pesquisa
No caso de aprovação do RFP, será aberto um prazo de
01 ano, a partir da publicação do ato no Diário Oficial da
União, para que o titular do alvará, pessoa jurídica,
requeira a concessão de lavra. Caso o titular do alvará
seja pessoa física, deve ceder os direitos de requerer
a lavra à pessoa jurídica, dentro do período acima
mencionado. O DNPM poderá prorrogar o referido prazo
por igual período, mediante solicitação justificada do
titular, manifestada antes de findar-se o prazo inicial ou a
prorrogação. (Artigo 31 do Código de Mineração).
4.1.7 Guia de Utilização
É admitido, em caráter excepcional, o aproveitamento de substâncias
minerais em área titulada, antes da outorga da concessão de lavra,
mediante prévia autorização do D.N.P.M., observada a legislação ambiental
pertinente (§ 2º do Artigo 22 do Código de Mineração), através de um
documento denominado Guia de Utilização, fundamentado em critérios
técnicos, até as máximas quantidades fixadas no Artigo 103 da
Consolidação Normativa do DNPM.
Para efeito de concessão da GU, serão consideradas como excepcionais as
seguintes situações:

● Aferição da viabilidade técnico-econômica da lavra da substância mineral


no mercado nacional e/ou internacional;
● Extração de substâncias minerais para análise e ensaios industriais antes
da outorga da Concessão de Lavra;
● Comercialização de substâncias minerais face à necessidade de
fornecimento continuado da substância visando garantia de mercado, bem
como para custear até 50% da pesquisa.
A primeira Guia de Utilização será pleiteada pelo titular da Autorização de
Pesquisa, em requerimento dirigido ao Diretor-Geral do DNPM a ser protocolizado
na Superintendência do DNPM, em cuja circunscrição está localizada a área objeto
do processo administrativo do qual se originou o Alvará de Pesquisa, devendo
conter os seguintes elementos de informação e prova:

● Justificativa técnica e econômica, elaborada por profissional legalmente habilitado;


● Comprovação do pagamento da Taxa Anual por Hectare (TAH), se vencido o prazo
para recolhimento, quando for referente ao primeiro ano do Alvará. Nos demais
anos, a comprovação deverá ser feita no ato do pedido;
● Ser o proprietário do solo ou comprovar a efetivação do acordo amigável ou judicial
com o este;
● Projeto Técnico específico para a área onde será extraída a substância objeto da
Guia de Utilização ( Portaria nº 155 de 12 de maio de 2016);
● Apresentar a Licença Ambiental de Operação, emitida pelo o órgão ambiental
competente;.

O pedido será analisado e, estando bem instruído, ensejará a emissão da Guia de


Utilização pelo Chefe do Distrito do DNPM.
Valores máximos permitidos pela Guia de Utilização (Exemplos)

….
Requerimento de Guia de Utilização: R$ 5.949,98
4.1.8 Requerimento da Larva

Requerente: Pessoa jurídica.


Documentação e Procedimentos (Artigo 38 do Código de
Mineração): O requerimento de Concessão de Lavra para cada
área individualmente deverá ser dirigido, pelo titular da
Autorização de Pesquisa, ou seu sucessor, ao Ministro de
Minas e Energia, entregue mediante recibo no protocolo do
distrito DNPM em cuja jurisdição encontra-se a área, bem
como instruído com os seguintes elementos de informação e
prova:
● Certidão de registro da entidade constituída, no órgão de
registro do comércio (Junta Comercial);
● Designação das substâncias minerais a lavrar, com indicação
do Alvará de Pesquisa outorgado, e de aprovação do
respectivo Relatório;
● Definição gráfica da área pretendida, delimitada por figura geométrica
formada, obrigatoriamente, por segmentos de retas com orientação
Norte-Sul e Leste-Oeste verdadeiros, com 2 (dois) de seus vértices,
ou excepcionalmente 1 (um), amarrados a ponto fixo e inconfundível
do terreno, sendo os vetores de amarração definidos por seus
comprimentos e rumos verdadeiros, e configuradas, ainda, as
propriedades territoriais por ela interessadas, com os nomes dos
respectivos superficiários, além de planta de situação;
● Servidões de que deverá gozar a mina;
● Plano de Aproveitamento Econômico (PAE) da jazida, com descrição
das instalações de beneficiamento, acompanhado da ART do
engenheiro de minas responsável por sua elaboração;
● Prova de disponibilidade de fundos ou da existência de compromissos
de financiamento, necessários para execução do Plano de
Aproveitamento Econômico e operação da mina.
● Licença Ambiental de Operação emitida pelo órgão ambiental
competente.
4.1.9 Portaria de Lavra

A documentação concernente ao requerimento de lavra será


analisada no DNPM e, estando bem instruída, ensejará a
concessão pelo Ministro de Minas e Energia de uma Portaria,
documento necessário a que o interessado obtenha junto ao
Órgão Ambiental responsável, caso não a possua, a licença
ambiental de operação e possa fazer o aproveitamento da
substância mineral de interesse.

Condições de Outorga da Portaria de Lavra:


● A jazida deverá estar pesquisada, com o Relatório aprovado
pelo DNPM;
● A área de lavra deverá ser adequada à condução
técnico-econômico dos trabalhos de extração e
beneficiamento, respeitados os limites da área de pesquisa.
Regime de Licenciamento

REGIME DE LICENCIAMENTO CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

OBJETIVOS Registrar no DNPM licença expedida pela prefeitura do


município de situação da área pretendida ?????

CAMPO DE APLICAÇÃO Destinado a substâncias de emprego imediato na construção


civil, argila vermelha, e calcário para corretivo de solos

ÁREA MÁXIMA 50 ha

REQUERIMENTO DE REGISTRO DE LICENÇA Requerimento impresso de Registro de Licença apresentando a


documentação necessária, de acordo com o Artigo 164 da
Consolidação Normativa do DNPM

REGISTRO DE LICENÇA A outorga do Registro de Licença ficará condicionada à


apresentação da Licença Ambiental expedida pelo órgão
ambiental competente (Artigo 170 da Consolidação Normativa
do DNPM)
Registro de Licença

A documentação referente ao pedido do Registro de Licença é toda


analisada no âmbito do distrito do DNPM onde se situa a área e, estando
satisfatória, o registro é feito pelo Chefe do Distrito.
O efetivo aproveitamento da substância mineral contemplada no título de
Licenciamento será condicionado à emissão pelo órgão ambiental
competente, da Licença Ambiental de Operação. Num prazo de 180 dias,
contado a partir da emissão do título, o titular deverá apresentar a
mencionada licença ao DNPM (§ 1º do Artigo 5º da Instrução Normativa DG
DNPM no 01/01).

Prazos: Prazo máximo não poderá ser superior a 20 (vinte) anos,


prorrogável sucessivamente, será pleiteado por meio de requerimento cuja
instrução e cujo processamento serão disciplinados conforme estabelecido
em ato do DNPM (Redação dada pela Medida Provisória nº 790, de 2017).
Regimes de Autorização e Concessão x Regime de Licenciamento

Regimes de Autorização e Regime de Licenciamento


Concessão

Velocidade Processual
X

Menor Investimento
X

Maior Conhecimento
Técnico da Jazida X
(Pesquisa Mineral)

Maior Segurança Jurídica


(Portaria de Lavra) X
Regime de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG)
Regime de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG)

4.3.1 Objetivos
Obter o Registro de Lavra Garimpeira.

4.3.2 Campo de Aplicação


Minerais garimpáveis:
I - o ouro, o diamante, a cassiterita, a columbita, a tantalita e
wolframita, exclusivamente nas formas aluvionar, eluvionar e
coluvial; e
II - a sheelita, o rutilo, o quartzo, o berilo, a muscovita, o
espodumênio a lepidolita, as demais gemas, o feldspato, a mica
e outros, em tipo de ocorrência que vierem a ser indicados pelo
DNPM.
Regime de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG)

4.3.3 Áreas Máximas

50 ha

4.3.4 Requerimento de Permissão de Lavra Garimpeira

● Pré-requerimento eletrônico no site do DNPM;


● No estatuto ou contrato social da pessoa jurídica deverá constar,
de forma expressa, que, entre os seus objetivos, figura a
atividade garimpeira;
● O memorial descritivo servirá como fonte exclusiva para a
locação da área objeto do requerimento;
● Emolumentos: R$ 176,29.
Regime de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG)

4.3.5 Condições de Outorga


A Permissão de Lavra Garimpeira será outorgada a brasileiro ou
a cooperativa de garimpeiros, autorizadas a funcionar como
empresa de mineração, sob as seguintes condições (Artigo 7º do
Decreto n° 98.812/90):
● A permissão vigorará pelo prazo de até cinco anos,
sucessivamente renovável a critério do DNPM;
● O título é pessoal e, mediante anuência do DNPM, transmissível
a quem satisfaça os requisitos legais. Quando outorgado à
cooperativa de garimpeiros, a transferência dependerá, ainda,
de autorização expressa da respectiva assembléia geral;
● A área de permissão não excederá cinqüenta hectares, salvo,
excepcionalmente, quando outorgada à cooperativa de
garimpeiros, a critério do DNPM.
Regime de Extração

4.4.1 Objetivos
Obter o Registro de Extração expedida pelo Diretor-Geral do
DNPM (Artigo 7º do Decreto no 3.358/00).

4.4.2 Campo de Aplicação


Restrito a substâncias de emprego imediato na construção civil,
por órgãos da administração direta ou autárquica da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para uso exclusivo
em obras públicas por eles executadas diretamente (Artigo 3º do
Decreto no 3.358/00).

4.4.3 Áreas Máximas


5 ha.
Regime de Extração
4.4.4 Requerimento de Registro de Extração

● Qualificação do requerente, órgão da administração direta ou


autárquica da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios;
● Indicação da substância mineral a ser extraída;
● Memorial contendo: informações sobre a necessidade da
utilização da substância mineral indicada em obra pública
devidamente especificada a ser executada diretamente pelo
requerente; dados sobre a localização e a extensão, em
hectares, da área objetivada; indicação dos prazos previstos
para o início e para a conclusão da obra;
● Planta de situação, e memorial descritivo da área;
● Licença de operação, expedida pelo órgão ambiental
competente.
Regime de Extração

4.4.5 Declaração de Registro

● O Registro de Extração terá prazo determinado a juízo do


DNPM, considerando as necessidades da obra devidamente
especificada a ser executada e a extensão da área objetivada
no requerimento, admitida uma única prorrogação.
II – DISPOSITIVOS IMPORTANTES DA LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL

1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art.225 – Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade em geral o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução
técnica exigida pelo órgão ambiental competente.
2. LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (9.605/98)

Art. 55 – Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos


minerais sem a competente autorização, permissão, concessão
ou licença, ou em desacordo com a obtida:
Pena: detenção, de seis meses a um ano, e multa.

3. LICENÇAS AMBIENTAIS

3.1 COMPETÊNCIA DE OUTORGA


A competência para conduzir o licenciamento da atividade
minerária é do órgão ambiental estadual, exceto nos casos de
empreendimentos com impacto ambiental de âmbito regional
ou nacional ( Lei 7.804/89).
3.2 TIPOS DE LICENÇAS

São três os tipos de Licenças expedidas pelo órgão ambiental:


Prévia, na fase preliminar do planejamento da atividade;
Instalação, autorizando o início da implantação e de Operação,
quando pode-se iniciar os trabalhos extrativos.
CONCLUSÃO

Relacionando a legislação ambiental com a mineral,


verifica-se que para uma empresa iniciar seus
trabalhos de extração mineral, deverá possuir um título
minerário, que poderá ser a Guia de Utilização, Portaria
de Lavra ou Registro de Licença expedido pelo
Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM
e a Licença Ambiental de Operação, expedida pelo
órgão ambiental competente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● Freire, W. 2009 Código de Mineração Anotado. 4ª Edição, Revista Atualizada e Ampliada. Ed.
Mandamentos. Belo Horizonte.

● http://www.dnpm.gov.br/

● MEDIDA PROVISÓRIA Nº 790, DE 25 DE JULHO DE 2017

● MEDIDA PROVISÓRIA Nº 791, DE 25 DE JULHO DE 2017


OBRIGADO !!!

Adam Barros Fernandes

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