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Guia do Minerador
Informações Básicas
Os recursos minerais, por princípio constitucional, são propriedade distinta do solo e pertencem à União
(Artigo 176 da Constituição Federal). Daí derivam-se todos as modalidades legais ou regimes de
aproveitamento, os procedimentos necessários para tal, e a existência de um órgão, o Departamento
Nacional de Produção Mineral - DNPM, encarregado de normatizar e fiscalizar esses procedimentos.
Direito de Prioridade
Por conta do princípio acima mencionado, o direito ao aproveitamento será prioridade daquele
interessado cujo requerimento tenha por objeto área considerada livre, para a finalidade pretendida, à
data da protocolização do pedido no Departamento Nacional de Produção Mineral, atendidos os
demais requisitos cabíveis (Alínea “a” do Artigo 11 do Código de Mineração).
Conforme já foi acima referido, o DNPM é o órgão encarregado de aplicar a legislação relativa ao
aproveitamento dos recursos minerais, normatizando e fiscalizando os procedimentos necessários a
esse aproveitamento (Artigo 3º da Lei Federal nº 8.876/94). Conta para tanto com a sede, em Brasília/DF, e
unidades, nos diversos estados da União.
Ficam sujeitas à fiscalização direta do DNPM todas as atividades concernentes ao aproveitamento dos
recursos minerais, devendo as pessoas naturais ou jurídicas que exerçam atividades relativas a esse
aproveitamento, ou seja, pesquisa, lavra, beneficiamento, distribuição, consumo ou industrialização,
facilitar aos agentes deste Órgão a inspeção de instalações, equipamentos e trabalhos, bem como a
lhes fornecer informações sobre: volume da produção e características qualitativas dos produtos;
condições técnicas e econômicas da execução dos serviços ou da exploração das atividades acima
mencionadas; mercados e preços de venda; quantidade e condições técnicas e econômicas do consumo
de produtos minerais (Artigo 13 do Código de Mineração).
Regimes de Aproveitamento
. Regimes de Autorizações e Concessões - previstos para todas as substâncias minerais (Artigo 2º do Código
de Mineração);
. Regime de Extração - restrito a substâncias de emprego imediato na construção civil, por órgãos da
administração direta ou autárquica da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para uso
exclusivo em obras públicas por eles executadas diretamente (Parágrafo Único do Artigo 2º do Código de
Mineração).
Em todos esses regimes, que terão seus aspectos detalhados nos capítulos seguintes, o objetivo é a
obtenção de um título que credencie seu possuidor ao aproveitamento do recurso mineral, documento
este emitido, no caso do primeiro regime, na esfera do Ministério de Minas e Energia, e nos demais
casos, no próprio DNPM.
No caso das substâncias de emprego imediato na construção civil, da argila vermelha, e do calcário
para corretivo de solos, em que existe a possibilidade de opção entre o Regime de Licenciamento e o
Regime de Autorização e Concessão, antes de se entrar em detalhes, pode-se adiantar que, no primeiro
regime a obtenção do título tem uma tramitação bem mais rápida, já que não exige a realização de
trabalhos de pesquisa e todos os trâmites ocorrem localmente. Por outro lado, o Licenciamento depende
da vontade das prefeituras e dos proprietários do solo, fato que pode se tornar um elemento
complicador do processo. Em todo caso, é facultada a transformação do Regime de Autorizações e
Concessões para o Regime de Licenciamento e vice-versa (Artigo 46 da Consolidação Normativa do DNPM, anexo
da Portaria DG/DNPM 155/2016).
Essas considerações iniciais visam orientar os interessados no sentido do regime que lhe for mais
conveniente, permitindo assim uma leitura seletiva dos capítulos seguintes.
Objetivos
O objetivo final na utilização desses regimes é um título que permita o aproveitamento do recurso
mineral que, no caso, é uma portaria do Ministro das Minas e Energia, denominada corriqueiramente de
Portaria de Lavra (Artigo 43 do Código de Mineração). Existe um título intermediário, um Alvará do Diretor-
Geral do DNPM, que autoriza o interessado a pesquisar determinada substância mineral, de modo a
definir sua quantidade, qualidade e distribuição espacial (Artigo 15 do Código de Mineração).
Campo de Aplicação
Os Regimes de Autorização e de Concessão podem ser utilizados para todas as substâncias minerais,
com exceção daquelas protegidas por monopólio (petróleo, gás natural e substâncias minerais
radioativas).
Áreas Máximas
(Artigo 42 da Consolidação Normativa do DNPM)
- 2.000 ha: substâncias minerais metálicas, substâncias minerais fertilizantes, carvão, diamante, rochas
betuminosas e pirobetuminosas, turfa, e sal-gema;
- 50 ha: as substâncias minerais relacionadas no art. 1º da Lei nº 6.567, de 1978; águas minerais e águas
potáveis de mesa; areia, quando adequada ao uso na indústria de transformação; feldspato; gemas
(exceto diamante) e pedras decorativas, de coleção e para confecção de artesanato mineral; e mica.
Requerimento de Pesquisa
Área Livre: A área objetivada em requerimento de Autorização de Pesquisa será considerada livre,
desde que não se enquadre em qualquer das hipóteses previstas no Artigo 18 do Código de Mineração. É
aconselhável que esta condição seja verificada no DNPM, antes do requerimento. A partir de 28 de
setembro de 2005, foi instituído o pré-requerimento eletrônico de direitos minerários, para fins de
obtenção de Alvará de Pesquisa (Artigos 10 a 13 da Consolidação Normativa do DNPM).
. No caso de pessoa física: nome, indicação da nacionalidade, do estado civil, da profissão, do domicílio,
e do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda do requerente;
. Em se tratando de pessoa jurídica: razão social, número do registro de seus atos constitutivos no
Órgão de Registro de Comércio competente, endereço e número de inscrição no Cadastro Geral dos
Contribuintes do Ministério da Fazenda;
. Memorial descritivo da área pretendida, conforme definido nos Artigos 38 a 40 da Consolidação Normativa do
DNPM;
. Planta de situação, cuja configuração e elementos de informação estão estabelecidos nos Artigo 41 da
Consolidação Normativa do DNPM;
. Plano dos trabalhos de pesquisa, acompanhado do orçamento e cronograma previstos para a sua
execução; além da Anotação de responsabilidade técnica - ART do técnico responsável por sua
elaboração.
O DNPM disponibiliza em sua página na internet formulários próprios para o requerimento, onde existe
espaço para informação dos elementos acima discriminados, com exceção da prova de recolhimento
dos emolumentos, da planta e do plano de trabalhos de pesquisa.
Toda a documentação, que deve ser preparada por geólogo ou engenheiro de minas, será objeto de
análise no DNPM e, estando bem instruída, ensejará a emissão pelo Diretor-Geral deste Órgão de um
Alvará que autoriza o interessado a pesquisar a área requerida.
Autorização de Pesquisa
A partir da publicação do Alvará no Diário Oficial da União - DOU, seu titular está autorizado, a realizar,
num prazo de 2 ou 3 anos (Artigo 88 da Consolidação Normativa do DNPM), os trabalhos de pesquisa, que têm
como meta definir uma jazida, ou seja, qualificar, quantificar e localizar espacialmente a substância
mineral de interesse.
Acesso à Área (Artigo 27 do Código de Mineração): O acesso do titular à área poderá ser realizado através de
acordo amigável com o proprietário do solo ou através de acordo judicial, em que são fixadas, pelo juiz
da comarca, as rendas e indenizações devidas por conta dos trabalhos de pesquisa.
b) Não interromper os trabalhos, sem justificativa, depois de iniciados, por mais de 03 (três) meses
consecutivos, ou por 120 dias acumulados e não consecutivos (Artigo 29 do Código de Mineração).
f) Pagar a Taxa Anual por Hectare no último dia útil do mês de julho, caso o alvará tenha sido publicado
no 1º semestre, e no último dia útil do mês de janeiro, caso o alvará tenha sido publicado no 2º
semestre do ano anterior (Artigo 4º da Portaria MME nº 503/99);
g) Respeitar os direitos de terceiros, ressarcindo os danos e prejuízos que ocasionar (Inciso IV do Artigo 22 do
Código de Mineração);
i) Apresentar relatório dos trabalhos realizados, elaborado por geólogo ou engenheiro de minas (Parágrafo
Único do Artigo 15 do Código de Mineração), no prazo de vigência da autorização (Inciso V do Artigo 22 do Código de
Mineração);
j) Remover as substâncias minerais extraídas da área apenas para análise e ensaios industriais, salvo se
autorizado pelo DNPM, para alienar quantidades comerciais, sob as condições especificadas por este
Órgão.
O DNPM verificará exatidão deste relatório e, à vista de parecer conclusivo, proferirá despacho de
(Artigo 30 do Código de Mineração):
. Não aprovação do relatório, quando ficar constatada insuficiência dos trabalhos de pesquisa ou
deficiência técnica na sua elaboração;
. Arquivamento do relatório, quando ficar demonstrada a inexistência de jazida, passando a área a ser
livre para futuro requerimento, inclusive com acesso do interessado ao relatório que concluiu pela
referida inexistência de jazida;
No caso de aprovação, será aberto um prazo de 01 ano, a partir da publicação do ato no Diário Oficial
da União, para que o titular do alvará, se pessoa jurídica, requeira a Concessão de Lavra. Caso o titular
do alvará seja pessoa física, deve ceder os direitos de requerer a lavra à pessoa jurídica, dentro
do período acima mencionado. O DNPM poderá prorrogar o referido prazo por igual período, mediante
solicitação justificada do titular, manifestada antes de findar-se o prazo inicial ou a prorrogação em
curso. (Artigo 31 do Código de Mineração).
Guia de Utilização
Para efeito de concessão da Guia de Utilização, serão consideradas como excepcionais as seguintes
situações:
. Extração de substâncias minerais para análise e ensaios industriais antes da outorga da Concessão de
Lavra; e
A primeira Guia de Utilização será pleiteada pelo titular do direito minerário em requerimento a ser
protocolizado na Superintendência do DNPM em cuja circunscrição está localizada a área objeto do
processo administrativo do qual se originou o Alvará de Pesquisa, dirigido ao respectivo Chefe da
Superintendência, devendo conter os seguintes elementos de informação e prova:
. Planta em escala apropriada com indicação dos locais onde ocorrerá a extração mineral, por meio de
coordenadas em sistema global de posicionamento - GPS, datum SIRGAS2000, dentro dos limites do
Alvará de Pesquisa, sendo plotados em bases georeferenciadas.
Dados adicionais julgados necessários à análise do pedido poderão ser solicitados a critério do DNPM.
Sendo a documentação analisada e julgada satisfatória, a Guia de Utilização poderá ser emitida.
Requerimento de Lavra
. Designação das substâncias minerais a lavrar, com indicação do Alvará de Pesquisa outorgado, e de
aprovação do respectivo Relatório;
. Definição gráfica da área pretendida, delimitada por figura geométrica formada, obrigatoriamente, por
segmentos de retas com orientação Norte-Sul e Leste-Oeste verdadeiros, com 2 (dois) de seus vértices,
ou excepcionalmente 1 (um), amarrados a ponto fixo e inconfundível do terreno, sendo os vetores de
amarração definidos por seus comprimentos e rumos verdadeiros, e configuradas, ainda, as
propriedades territoriais por ela interessadas, com os nomes dos respectivos superficiários, além de
planta de situação;
O Plano de Aproveitamento Econômico da jazida deverá ser apresentado em duas vias e constar
de:
. Memorial explicativo;
. Projetos ou anteprojetos referentes a: método de mineração a ser adotado, fazendo referência à
escala de produção prevista inicialmente e à sua projeção; iluminação, ventilação, transporte,
sinalização e segurança do trabalho, quando se tratar de lavra subterrânea; transporte na superfície e
beneficiamento e aglomeração do minério; instalações de energia, de abastecimento de água e
condicionamento de ar; higiene da mina e dos respectivos trabalhos; moradias e suas condições de
habitabilidade para todos os que residem no local da mineração; instalações de captação e proteção das
fontes, adução, distribuição e utilização de água, para as jazidas de água mineral;
. Plano de Resgate e Salvamento (Itens 1.5.5 e 1.5.3.1 das Normas Reguladoras de Mineração - NRM);
. Plano de Controle dos Impactos Ambientais na Mineração (Itens 1.5.6 e 1.5.3.1 das Normas Reguladoras de
Mineração);
. Licença de Instalação pela CPRH - Agência Estadual de Meio-Ambiente e Recursos Hídricos (Resolução
CONAMA nº 09/90).
Portaria de Lavra
. A área de lavra deverá ser adequada à condução técnico-econômico dos trabalhos de extração e
beneficiamento, respeitados os limites da área de pesquisa.
. Iniciar os trabalhos previstos no plano de lavra, dentro do prazo de 06 (seis) meses, contados da data
da publicação da Portaria de Concessão no Diário Oficial da União, salvo motivo de força maior, a juízo
do DNPM;
. Lavrar a jazida de acordo com o plano de lavra aprovado pelo DNPM, cuja segunda via, devidamente
autenticada, deverá ser mantida no local da mina;
. Responder pelos danos e prejuízos a terceiros, que resultarem, direta ou indiretamente, da lavra;
. Evitar o extravio das águas e drenar as que possam ocasionar danos e prejuízos aos vizinhos;
. Evitar poluição do ar, ou da água, que possa resultar dos trabalhos de mineração;
. Proteger e conservar as fontes, bem como utilizar as águas segundo os preceitos técnicos quando se
tratar de lavra de jazida desta substância;
. Manter a mina em bom estado, no caso de suspensão temporária dos trabalhos de lavra, de modo a
permitir a retomada das operações;
. Apresentar ao DNPM, até o dia 15 (quinze) de março de cada ano, relatório das atividades realizadas
no ano anterior;
. Requerer ao DNPM a Posse da Jazida, dentro de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação da
respectiva Portaria no Diário Oficial da União (Artigo 44 do Código de Mineração);
. Recolher a CFEM - Contribuição Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais, na base de 2 a 3%,
dependendo da substância, sobre a receita líquida (§ 1º do Artigo 13 do Decreto nº 01/91);
. Pagar a participação mínima do proprietário do solo nos resultados da lavra na base de 50% do valor
da CFEM (§ 1º do artigo 11 do Código de Mineração).
Regime de Licenciamento
Objetivos
Registrar no DNPM licença expedida pela prefeitura do município de situação da área pretendida.
Campo de Aplicação
Consideram-se substâncias minerais de emprego imediato na construção civil, para fins de aplicação do
disposto no Decreto nº 3.358, de 2 de fevereiro de 2000:
. Areia, cascalho e saibro, quando utilizados in natura na construção civil e no preparo de agregado e
argamassas;
. Rochas, quando aparelhadas para paralelepípedos, guias, sarjetas, moirões ou lajes para calçamento;
Área Máxima
(Artigo 42 da Consolidação Normativa do DNPM)
50 ha.
. Memorial descritivo da área objetivada, observado o disposto nos artigos 38 a 41 da Consolidação Normativa
do DNPM;
. Anotação de responsabilidade técnica - ART original do profissional responsável pela elaboração do memorial
descritivo;
Registro de Licença
A outorga do Registro de Licença ficará condicionada à apresentação da Licença Ambiental expedida pelo
órgão ambiental competente (Artigo 170 da Consolidação Normativa do DNPM).
O Registro de Licença será autorizado pelo Diretor-Geral do DNPM e efetuado em livro próprio ou em
meio magnético, do qual se formalizará extrato a ser publicado no Diário Oficial da União, valendo como
título de licenciamento (Artigo 171 da Consolidação Normativa do DNPM).
É delegada competência aos superintendentes do DNPM para, em suas respectivas jurisdições, decidir
sobre requerimento e título de Registro de Licença em todas as suas fases (Artigo 342, Inciso II, Alínea "a", da
Consolidação Normativa do DNPM).
O prazo de validade do título de licenciamento será limitado ao menor prazo de validade dentre
aqueles previstos na licença específica expedida pelo município, na autorização do proprietário do solo
ou no assentimento da pessoa jurídica de direito público competente (Artigo 173 da Consolidação Normativa do
DNPM).
Lavra
A responsabilidade técnica pelos trabalhos de lavra deverá ser exercida por profissional legalmente
habilitado, comprovada mediante Anotação de responsabilidade técnica - ART (Artigo 178 da Consolidação Normativa do
DNPM).
A juízo do DNPM poderá ser exigida do titular do Registro de Licença, a qualquer tempo, a
apresentação de plano de lavra ou Plano de aproveitamento econômico, acompanhado da devida
Anotação de responsabilidade técnica - ART (Artigo 179 da Consolidação Normativa do DNPM).
O vencimento da licença de operação implica na suspensão imediata das atividades de lavra pelo
titular, exceto na hipótese de prorrogação automática do prazo da Licença Ambiental, conforme
determinado no § 4º do art. 18 da Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 (Artigo 180 da Consolidação
Normativa do DNPM).
. Recolher a CFEM - Contribuição Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais, na base de 2% sobre a receita
líquida (§ 1º do Artigo 13 do Decreto no 01/91);
. Pagar ao proprietário do solo renda pela ocupação do terreno e indenização pelos danos ocasionados
ao imóvel, em decorrência do aproveitamento da jazida, observado, no que couber, o disposto no art. 27
do Código de Mineração;
. Apresentar ao DNPM, até 31 de março de cada ano, relatório simplificado das atividades
desenvolvidas no ano anterior (Artigo 9º da Lei 6.567/78).
Cessão e Transferência de Direitos: O Registro de Licença poderá ser objeto de cessão e transferência, desde
que o cessionário satisfaça os requisitos legais exigidos. Os atos de cessão e transferência só terão
validade depois de devidamente averbados no DNPM (Artigo 224 da Consolidação Normativa do DNPM).
Regime de Extração
Objetivos
Declaração de Registro de Extração, expedida pelo Diretor-Geral do DNPM (Artigo 7º do Decreto nº 3.358/00).
Campo de Aplicação
Restrito a substâncias de emprego imediato na construção civil, por órgãos da administração direta ou
autárquica da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para uso exclusivo em obras
públicas por eles executadas diretamente (Artigo 3º do Decreto nº 3.358/00).
A partir de 28 de setembro de 2005, foi instituído o pré-requerimento eletrônico de direitos minerários para fins de
obtenção de registro de extração (Artigos 10 a 13 da Consolidação Normativa do DNPM).
Declaração de Registro
O Registro de Extração terá prazo determinado; a juízo do DNPM, considerando as necessidades da obra
devidamente especificada a ser executada e a extensão da área objetivada no requerimento, admitida
uma única prorrogação.
Objetivos
Campo de Aplicação
Áreas Máximas
A outorga da Permissão de Lavra Garimpeira para cada área individual será pleiteada em requerimento
dirigido ao Diretor-Geral do DNPM, por intermédio de formulários padronizados disponíveis no sítio
eletrônico do DNPM na internet e nos protocolos da Sede e das Superintendências do DNPM em cuja
circunscrição situa-se a área pretendida, entregue mediante recibo, onde será mecânica ou
eletronicamente numerado e registrado (Artigo 200 da Consolidação Normativa do DNPM), devendo conter os
elementos de instrução discriminados no Artigo 201 da Consolidação Normativa do DNPM.
No estatuto ou contrato social da pessoa jurídica deverá constar, de forma expressa, que, entre os seus
objetivos, figura a atividade garimpeira.
O memorial descritivo servirá como fonte exclusiva para a locação da área objeto do requerimento.
A partir de 28 de setembro de 2005, ficou instituído o pré-requerimento eletrônico de direitos minerários, para fins
de obtenção de Permissão de Lavra Garimpeira (Artigos 10 a 13 da Consolidação Normativa do DNPM).
Condições de Outorga
. A permissão vigorará pelo prazo de até cinco anos, sucessivamente renovável a critério do DNPM;
. O título é pessoal e, mediante anuência do DNPM, transmissível a quem satisfaça os requisitos legais.
Quando outorgado à cooperativa de garimpeiros, a transferência dependerá, ainda, de autorização
expressa da respectiva assembléia geral;
. A área de permissão não excederá cinqüenta hectares, salvo, excepcionalmente, quando outorgada à
cooperativa de garimpeiros, a critério do DNPM.
Cessão e Transferência de Direitos: A Permissão de Lavra Garimpeira poderá ser objeto de cessão e
transferência, desde que o cessionário satisfaça os requisitos legais exigidos. Os atos de cessão e
transferência só terão validade depois de devidamente averbados no DNPM (Artigo 224 da Consolidação
Normativa do DNPM).
Licenciamento Ambiental
Sob quaisquer dos regimes citados, para obtenção dos títulos, há necessidade de apresentação pelo
interessado de Licenças Ambientais, emitidas pelos órgãos estaduais de meio-ambiente, além de
informações, sobre este aspecto, solicitados pelo próprio DNPM, como o Plano de Controle de
Impactos Ambientais na Mineração, por exemplo.
Para os outros regimes não existem resoluções CONAMA específicas, sendo assunto tratado através de
portarias e instruções normativas no âmbito do MME, como foi visto nos capítulos anteriores.
A Resolução CONAMA nº 09/90 prevê 03 tipos de Licença Ambiental, conforme o abaixo indicado:
Licença Prévia - L P:
b) Documentos Necessários:
. Requerimento da L P;
. Estudos de Impacto Ambiental - EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA,
conforme Resolução/CONAMA/nº 01/86.
Licença de Instalação - L I:
b) Documentos Necessários:
. Requerimento de L I;
Licença de Operação - L O:
b) Documentos Necessários:
. Requerimento de L O;
Também neste regime estão previstos os 03 tipos de Licença Ambiental, conforme dispõe a Resolução
CONAMA nº 10/90:
. Requerimento da L P;
. Estudos de Impacto Ambiental - EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA,
conforme Resolução/CONAMA/nº 01/86.
. Requerimento de L I;
. Cópia da publicação da L P;
. Requerimento de L O;