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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO
3) Vínculo Jurídico: É ele que traduz o poder que o sujeito ativo tem de
impor ao outro uma ação positiva ou negativa. o que prova quem é o
devedor e o credor = contrato. Também há como provar pela lei ou
pelo ato ilícito (art. 186). Ato ilícito-> Ação ou omissão voluntária que
causa dano, patrimonial ou moral). O Iuris vinculum revela uma
restrição à liberdade do devedor, em relação ao objeto. Estabelece que
está sujeição seja harmonizada e com ideia de cooperação. Assim, caso
o devedor não cumpra com a palavra, o sujeito ativo tem a faculdade
de reclamar do reus debendi a prestação daquela atividade ou de exigir
o pagamento e mobilizar as forças cogentes do Estado, no sentido de
assegurar o cumprimento da obrigação.
Obs: Se não há como provar um dos elementos não há obrigação.
Obs: A obrigação é uma relação entre pessoas, e não entre patrimônios,
ainda que admitamos que haja repercussão patrimonial.
A temática de obrigações insere-se no contexto da autonomia privada,
mais especificamente na liberdade negocial.
Obs: A relação institui-se entre uma pessoa e outra pessoa, com
repercussão no patrimônio do devedor, que repousa a ideia de garantia e
responsabilidades.
Características da obrigação
- Relação pessoal
- Natureza Econômica
- Relação Jurídica
- Caráter transitório -> Quitação, Prestação ou Prescrição. (Nunca a
obrigação terá caráter perpétuo).
Outra corrente dos que teríamos + duas fontes (Pra prof. São apenas
subespécies do ato ilícito).
CÓDIGO CIVIL
TÍTULO: É o contrato.
Obs: O bem acessório (integrante do bem principal) segue naturalmente o bem principal: Salvo
em contrario. // Principio da gravitação jurídica.
Obs: Pertenças são diferentes de acessórios.
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente (de dar coisa certa) , a coisa se
perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva,
fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do
devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
- NA COISA CERTA há a tradição que o devedor deve entregar ( transfere domínio) ou
restituir (restituição de posse).
Pode acontecer de antes da entrega ou restituição haja:
*Perda *Deteriorização
Objeto deve ter perda total, Perda parcial, ainda pode ser utilizado.
Se tornar inútil.
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. -
-Perecimento: Perda total, sem condição de uso. / Deteriorização: Perda parcial, foi apenas
danificada. Se já pagou, pode receber o dinheiro de volta.
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou
aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro
caso, indenização das perdas e danos.
—Sempre que houver a culpabilidade, o credor pode pedir perdas e danos. Obs: Equivalente é
só quando já pagou a coisa.
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus
melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o
credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
— Feito o melhoramento se pode pedir o acréscimo, se o credor não aceitar, se resolve a
situação.
Melhoramento: É tudo aquilo que aumenta a qualidade do bem/ Acréscimo: Tudo aquilo que
acrescenta ao bem, aumenta o bem em si.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os
pendentes. – Frutos percebidos: Já foram colhidos e separados do bem principal//Frutos
pendentes: Futuros, ainda ligados ao bem principal/ Os frutos são os lucros.
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do
devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se
resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. — É possível a restituição de
coisa incerta? Não! Nunca uma obrigação de restituir será incerta, é inviável. Assim, como em
algum momento o incerto será certo. Ex: Incêndio em um apartamento locado, sem culpa do
inquilino, ele deverá pagar até o dia da perda.
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo
equivalente, mais perdas e danos.
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela
quantidade. -Não tem qualidade! Se não estiver ao menos determinada pela quantidade e
gênero, ela será indeterminada e invalidará o negócio jurídico.
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade (coisas incertas),
a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas
não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. – O ato de escolha
(não tem qualidade), a pessoa que tem a função de escolher a qualidade para a coisa se tornar
certa. Quem escolhe é o devedor, na omissão do contrato, portanto, se o contrato deferir, poderá
ser o credor. Não pode exigir o pior, nem o melhor, 50%.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração
da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. -Não pode alegar já que na obrigação
incerta, antes da escolha, não se sabe o que será entregue ao credor (nem se sabe ainda o que se
entregará).
CAPÍTULO II
Das Obrigações de Fazer
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor
mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo
da indenização cabível. – Aqui é uma obrigação impessoal (fungível): As qualidades pessoais
do devedor não são essencialmente relevantes para o serviço. Assim, caso recuse, o credor
poderá requerer ao Juiz que um terceiro cumpra a obrigação a custa do Devedor.
CAPÍTULO III
Das Obrigações de Não Fazer
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do
devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
-Característica: Abstenção, se compromete a deixar de fazer algo permitido por lei. Caso
cumpra essa obrigação, analisar se foi com culpa ou sem culpa.
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor
pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o
culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar
desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento
devido.
CAPÍTULO IV
Das Obrigações Alternativas
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa
não se estipulou. -Se o contrato não especificar, caberá ao devedor.
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder
exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou
se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. -Se uma das prestações
tornar-se impossível (física ou juridicamente impossível) ou inexequível , a Obrigação persiste
em relação às demais prestações. Entrega-se a prestação que sobrou. RETIRA-SE DIREITO DE
ESCOLHA e não caberá perdas e danos. SEM CULPA.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das
prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o
valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso
determinar. – O devedor pagará o valor do último objeto perdido + perdas e danos (se houver).
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se
impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente
ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as
prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer
das duas, além da indenização por perdas e danos. – Primeira fase: Quando a escolha
cabe ao credor, e antes dele escolher o devedor perde a `casa` com culpa, assim, o credor poderá
ficar com o carro, OU, seu valor + perdas e danos. Segunda fase: Se antes da escolha do credor,
o devedor perde AMBAS com culpa, o credor reclamará o valor de UMA das duas + perdas e
danos $ da casa ou do carro.
CAPÍTULO V
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis
Obs: Quando o bem é indivisível, com anu credores ou devedores NÃO significa
que há obrigação solidária.
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma
coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem
econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível,
cada um será obrigado pela dívida toda. -No silêncio do contrato supõem-se que o valor
dividido é igual a todos (mas pode ser que não). No momento que a obrigação indivisível se
extingue, a próxima obrigação será divisível. C= D1, D2, D3 => D3 = D1 e D2.
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a
dívida inteira (objeto indivisível); mas o devedor ou devedores se desobrigarão,
pagando:
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. -Paga somente a
um, desde que os outros tenham assinado uma autorização.
Obs: Qualquer credor pode cobrar a `casa` integralmente, e depois será devedor de C1 e
C2 (Bem será divisível). VICE VERSA. Extingue uma obrigação e nasce outra.
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos
outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida (Perdão da dívida pelo credor), a
obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir,
descontada a quota do credor remitente. -Apenas um dos credores perdoou e os outros não.
Como cada credor tem direito a sua parte independente dos demais credores, assim, é só
descontar a parte que o credor perdoou.
Obs: É possível perdão parcial em bem indivisível. Em uma obrigação indivisível pode
um credor remitir (perdoar) a dívida referente a sua parte, mas se isso acontecer a obrigação
persistirá quanto aos demais credores. No entanto os credores que não perdoaram a dívida,
poderão somente exigir do devedor, o cumprimento da obrigação caso descontem a parte do
credor que perdoou a dívida. Isso acontece para que os demais credores não obtenham vantagem
indevida à custa do devedor que teve sua parte da dívida perdoada. Se não houver vantagem
financeira não há o que restituir.
CAPÍTULO VI
Das Obrigações Solidárias
Seção I
Disposições Gerais
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores
ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o
outro. – Pura e simples: Só exige do devedor os elementos essenciais do NJ – ART. 104,
agente capaz, objeto licito possível e determinável // Condicional: Só pedir o pagamento quando
tem condição, futura e incerta // A prazo:
Não se pode cobrar dívidas vincendas (a vencer). Se a divida for cobrada hoje só pode
cobrar 20, de qualquer um deles. -Quando vence no mesmo dia em meses diferentes.
Seção II
Da Solidariedade Ativa
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor
comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. -Enquanto nenhum credor pedir, o
devedor tem a liberalidade de pagar para qualquer credor.
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o
montante do que foi pago. -Pagamento parcial, todos permanecem solidários.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções
pessoais oponíveis aos outros. -Exceções: Defesas, alegações (Pessoais e Comuns);
Comum:Aproveita ou atinge a todos. // Ex: Pessoais, Devedor ganha tempo para pagar pois não
pode pagar por exemplo, a alguém incapaz. // Ex: Comum, A prescrição, que atingirá a todos.
Seção III
Da Solidariedade Passiva
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele
obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia
paga ou relevada.
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação
tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela
obrigação acrescida. -O culpado tem a obrigação de restituir aos outros não culpados o
acréscimo.
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem
pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro
co-devedor. -Exceções: Defesa// Prescrição pessoal: Incapacidade / Comum: Prescrição e
decadência.
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada
um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente,
se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
-Sub-rogação
1) Espécies
Credor pode cobrar o todo de qualquer um deles, aquele que pagar tudo sub-roga-se ao
direito de credor.
5) Efeitos:
Na não solidaria pode cobrar a casa integralmente não por causa da solidariedade mas
indivisibilidade.
Na solidária mesmo que seja divisível, o devedor deve pagar a quantia de todos.
Nascendo uma outra sub-rogada, se passará a cobrar separadamente. -> Será credor
sub-rogado.
Insolvência: Pessoa insolvente: Não tem condições para pagar as dividas// Quem
arca com a parte do solvente? A parte do solvente fica dividida aos outros devedores.
Morte: Pluralidade de +Credores –> Morreu C1, deixando dois herdeiros H1 e H2; a
dívida era 90, presumindo que cada credor deve receber 30
Perdas e danos: Art. 279; Por culpa de um só devedor, o devedor com culpa arca
com perdas e danos, o resto só se preocupa com a cota parte. Na solidariedade o credor
só pode pedir perdas e danos ao culpado/ culpados.
Mora: Art. 280; Um foi culpado pelo atraso da entrega do objeto, aqui todos rateiam,
os culpados e não culpados, aqueles que tiveram o acréscimo da mora, vira credor dos
culpados. A mora constitui-se quando está em atraso (gênero que se divide em duas
espécies; mora e retardamento). A mora é o atraso com culpa, podendo pedir os juros
moratórias. Ao contrário do retardamento.
Renúncia # Remissão
A remissão pode acontecer na obrigação solidaria passiva quanto a ativa. Tem relação
com o perdão. Remissão significa perdão.
A remissão pode ser total (divida se extingue) ou parcial (perdoa a cota de D1)
No caso da parcial...
Se o objeto é indivisível vai ocorrer a divisibilidade. Quem foi perdoado não sai da
relação jurídica!! Se perdoa um, todos ainda continuarão sendo solidários, apenas o
valor do devedor é perdoado.
Na renúncia
O devedor sai da relação jurídica, mas pode voltar caso surja um insolvente. Mas deve
pagar a cota dele. É liberalidade do credor renunciar todos (extingue a obrigacao
solidaria mas não o pagamento) ou um. Só existe Obrigação solidaria com no min dois
devedores.
- Tem que pagar a parte pra sair.