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DIREITO CIVIL II
ESPÉCIES DE OBRIGAÇÕES
MANHUAÇU
2022
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
FACULDADE DOCTUM DE MANHUAÇU
DIREITO CIVIL II
ESPÉCIES DE OBRIGAÇÕES
MANHUAÇU
2022
SUMÁRIO
1. OBRIGAÇÃO ......................................................................................................... 4
2. DAS OBRIGAÇÕES DE DAR ................................................................................ 4
2.1 Das obrigações de dar coisa certa .................................................................... 4
2.2 Obrigação de entregar ........................................................................................ 5
2.3 Obrigação de restituir ......................................................................................... 5
2.4 Das obrigações Pecuniárias................................................................................ 6
2.5 Das obrigações de dar coisa incerta ................................................................. 6
3. DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER ............................................................................ 7
3.1 Obrigações Infungíveis ..................................................................................... 7
3.2 Obrigações fungíveis ........................................................................................ 7
3.3 Inadimplemento ................................................................................................. 8
4 DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER ................................................................... 8
5. DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS .................................................................. 8
6. DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS ................................................. 9
7. DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS ........................................................................ 9
8 DAS OBRIGAÇÕES PURAS E SIMPLES (condicionais, a termo e modais) ......10
9 DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES...............................................................10
10 DO ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES ........................................................ 11
10.1 Do pagamento em consignação ......................................................................12
10.2 Da imputação do pagamento .......................................................................... 12
10.3 Do pagamento com sub-rogação ................................................................... 12
10.4 Da dação em pagamento .................................................................................13
10.5 Da novação ...................................................................................................... 13
10.6 Da compensação ............................................................................................. 14
10.7 Da confusão ..................................................................................................... 14
10.8 Da remissão de dívidas ................................................................................... 14
11 DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES ..................................................... 15
11.1 Da mora ............................................................................................................ 15
11.2 Das perdas e danos ......................................................................................... 15
11.3 Dos juros legais ............................................................................................... 16
11.4 Da cláusula penal ............................................................................................ 16
11.5 Das arras ou sinal ............................................................................................ 16
4
1. OBRIGAÇÃO
3.3. Inadimplemento
Trata das consequências do descumprimento da obrigação de fazer. As
obrigações de fazer podem ser inadimplidas por; inexistência de culpa do devedor;
impossibilidade do cumprimento da prestação por culpa do devedor; recusa do
devedor em cumprir a prestação. Diante Tartuce, seria um cumprimento demorado ou
qualquer outro fator citado, pela qual acaba quebrando o pacto que as partes
celebram. Basicamente, quando há quebra de algum dever anexo, a qual decorre da
boa-fé objetiva, automaticamente gerou-se uma quebra contratual, vindo, portanto, a
ser responsabilizado civilmente o sujeito que burlou aquela obrigação que tinha como
um dever no contrato.
da que lhe é devida, ainda que mais valiosa”. O devedor só se libera entregando ao
credor exatamente o objeto que prometeu dar.
A quitação é a declaração unilateral escrita, emitida pelo credor, de que a
prestação foi efetuada e o devedor fica liberado. Os requisitos que a quitação deve
conter encontram-se no art. 320 do Código Civil: “...o valor e a espécie da dívida
quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do
pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante”. Deverá ser dada,
portanto, por escrito, público ou particular.
Onde se paga – A regra geral é a de que as dívidas são quesíveis, ou seja,
devem ser pagas no domicílio do devedor. Quando se estipula como local do
cumprimento da obrigação o domicílio do credor, diz-se que a dívida é portable
(portável), pois o devedor deve levar e oferecer o pagamento nesse local.
Quando se paga – O devedor dispõe do último dia do prazo por inteiro. As
obrigações puras, com estipulação de data para o pagamento, devem ser solvidas
nessa ocasião, sob pena de inadimplemento.
jurídico que toma o lugar de outro diverso. A extinção obrigacional ocorre somente em
relação ao credor, que nada mais poderá reclamar depois de haver recebido do
terceiro interessado o seu crédito.
Sub-rogação legal (art. 346 do CC) – são as hipóteses de pagamentos efetivados
por terceiros interessados na dívida (interesse patrimonial). São casos de sub-rogação
legal, automática, ou de pleno direito (pleno iure).
10.5 Da novação
Novação é a criação de obrigação nova para extinguir uma anterior. É a
substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira.
A novação objetiva ou real; dá-se “quando o devedor contrai com o credor nova
dívida para extinguir e substituir a anterior” (CC, art.360; I). A novação é subjetiva ou
pessoal quando promove a substituição dos sujeitos da relação jurídica. Pode ocorrer
por substituição do devedor ou por substituição do credor.
10.6 Da compensação
10.7 Da confusão
A obrigação pressupõe a existência de dois sujeitos: o ativo e o passivo. Credor
e devedor devem ser pessoas diferentes. Se essas duas qualidades, por alguma
circunstância, encontrarem-se em uma só pessoa, extingue-se a obrigação, poque
ninguém pode ser juridicamente obrigado para consigo mesmo ou propor demanda
contra si próprio.
A confusão não acarreta a extinção da dívida agindo sobre a obrigação, e sim
sobre o sujeito ativo e passivo, na impossibilidade do exercício simultâneo de ação
creditória e da prestação.
Dispõe o art. 382 do Código Civil: “A confusão pode verificar-se a respeito de toda
a dívida, ou só de parte dela.” Portanto, a confusão pode ser total ou parcial.
De acordo com o secular princípio pacta sunt servanda, os contratos devem ser
cumpridos. A vontade, uma vez manifestada, obriga o contratante. Esse princípio
significa que o contrato faz lei entre as partes, não podendo ser modificado pelo
Judiciário.
Inadimplemento é o não cumprimento da obrigação, ele pode ser: Absoluto –
quando a obrigação não foi cumprida nem poderá sê-lo de forma útil ao credor.
Relativo – no caso de mora do devedor, quando ocorre cumprimento imperfeito da
obrigação.
11.1 Da mora
Segundo Tartuce “ A mora é o atraso, o retardamento ou a imperfeita satisfação
obrigacional. [...] Esse inadimplemento relativo estará presente nas situações em que
o devedor não cumpre, por culpa sua, a prestação referente à obrigação, de acordo
com que foi pactuado. [...] existem outras vozes na doutrina contemporânea
apontando que a culpa não é o fator necessário e indispensável para a caracterização
da mora do devedor. ” (p. 256 e 257,Direito Civil, v.2: direito das obrigações e
responsabilidade civil)
Diz-se que há mora quando a obrigação não foi cumprida no tempo, lugar e
forma convencionados ou estabelecidos por lei, mas ainda poderá sê-lo, com proveito
para o credor. A mora pode ser a do devedor (solvendi) – mora de pagar, e a do credor
(accipiendi) – mora de receber.
REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Vol. 2. São Paulo: Saraiva,
2005.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil: obrigações – contratos parte geral – v.1/
Carlos Roberto Gonçalves / coord. Pedro Lenza. – 11. Ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2021. (Coleção Esquematizado)
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, vol. II (Teoria Geral das
Obrigações), 2011.
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único / Flávio Tartuce. – 11. ed.
– Rio de Janeiro, Forense; METODO, 2021.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil, v.2: Direito das obrigações e responsabilidade
civil/ Flávio Tartuce; 12.ed.rev., atual. E ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2017.