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A visão da atividade policial sob a perspectiva dos Direitos Humanos.

(Nome do acadêmico)2

Resumo: O artigo tem como objetivo analisar em que medida policiais militares e civis
capacitados em temáticas de Direitos Humanos assimilaram os conhecimentos adquiridos nos
cursos, investigando a percepção dos policiais em relação à realização desses cursos e a
aplicação de seus princípios no nível operacional. Para tanto, fez-se uso da metodologia
qualitativa através da técnica de grupos focais com 89 policiais militares e civis capacitados
pela Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais, em 2008, em Belo Horizonte,
Uberlândia, Teófilo Otoni, Barbacena e Varginha. Os resultados indicaram que os policiais
percebem a existência de uma relação positiva entre a realização dos cursos e a aplicação de
seus princípios no nível operacional. No entanto, evidenciou-se a existência de situações
concretas do cotidiano operacional que exigem soluções para as quais eles não foram
treinados.
Palavras-Chave: Polícia; Direitos humanos; Segurança pública.

1 INTRODUÇÃO

É a apresentação inicial do trabalho. O acadêmico apresenta sua visão geral do


assunto, com uma redação que precisa ser bem escrita, sendo clara e objetiva.
Fique atento ao modelo para apresentação gráfica do trabalho que deve seguir as normas da
ABNT, abaixo seguem as linhas gerais:
a) margens para folha A4: Superior e esquerda: 3cm – Inferior e direita: 2cm;
b) parágrafo e Espacejamento (entre linhas):1,5cm;
c) recuo do Parágrafo: 1,25 cm, alinhamento justificado;
d) fonte do texto: Arial;

1
Position Paper apresentado à disciplina XXXXXXXX, ministrada pelo Profº. Nome Completo, Titulação. Ano.
2
Nome do aluno, curso, e-mail.
e) tamanho da fonte: 12; para o corpo do texto; 10 para citações longas, notas de
rodapé e número de páginas;
f) sugere-se que o texto contenha de 06 a 08 páginas.

2 DESENVOLVIMENTO

Inicialmente para se falar em diretos humanos durante o desenvolvimento da atividade


policial militar, se faz necessário aqui fazer algumas considerações sobre o que vem a ser
moral e ética, que são princípios basilares do desenvolvimento da profissão de policial.
Na visão de Platão, o homem nasce inicialmente bom, pois existe nele uma alma, que
condecorar sua vida e seu corpo vive em função dessa alma, que sempre tem instintos bons,
ou seja, o homem nasce bom com o desenvolvimento e com virtudes voltadas para o bom
funcionamento de seu caráter.

Platão parece acreditar numa vida depois da morte e por isso prefere o ascetismo ao
prazer terreno... Os homens deveriam procurar, então, durante esta vida, a
contemplação das ideias, e principalmente da ideia mais importante, a ideia do Bem.
O sábio não é, então, um cientista teórico, mas um homem virtuoso ou que busca a
vida virtuosa e que assim consegue estabelecer, em sua vida, a ordem, a harmonia e
o equilíbrio que todos desejam.3

Neste sentido, se tem a coloca das palavras de Vasquez, que ao descrever o homem
ético, este fala que seus princípios de moral e ética, estão baseados e inseridos nos
comportamentos que a sociedade delimita, onde a sociedade com seu conjunto de regras
apresenta o modelo de vivencia da comunidade social.4
Assim, para entendermos melhor como os direitos humanos, em regras sociais se
desenvolvem junto as condutadas sociais, se faz necessário o entendimento do como a ética e
a moral influenciam o desenvolvimento da sociedade, desta maneira, se pode verificar que a
ética é tida como a conselheira e ordenadora das regras de convivência social, e a moral seria
uma expressão de coexistência, de relacionamento entre diversos grupos sociais. Tanto a ética
quanto a moral relacionam-se com as decisões que levam a ações com consequência para
todos.
Nesta visão inicial os direitos humanos na sociedade atual, é uma junção dos
princípios éticos e morais, com o objetivo de coexistência pacifica e respeito mutuo entre os
mais diversos tipos de grupos sociais que coabitam o mesmo espaço social.

3
VALLS, Álvaro L. M. O que é Ética. 9 ed. São Paulo: Brasiliense, 1999, p. 25
4
VALLS, Álvaro L. M. O que é Ética. 9 ed. São Paulo: Brasiliense, 1999, p 209
Assim, a coexistência social, baseada em condições éticas e morais, terão ser fundadas
em alguns requisitos técnicos, que segundo Vasquez, são os seguinte: a) Reflexão e o
conhecimento, em igualdade de condições, da existência de si e dos outros; b) O controle dos
fenômenos e impulsos permitindo a capacidade para deliberar e decidir; c) A responsabilidade
pela autoria da ação, seus efeitos e consequências.5
Nos dias de hoje, a moral pode seguir dois caminhos diferentes: o tradicional,
objetivando principalmente aqueles princípios éticos estabelecido na era medieval, pela igreja,
onde seguir o que a Bíblia dizia era o comportamento ideal e o individualismo, mais presente,
atualmente, nas sociedades capitalistas. O comportamento individualista denota a liberalidade
que o homem tem para seguir sua consciência. O problema aí é que a liberdade para seguir
sua consciência não condiz com as necessidades da convivência social. A vida em sociedade,
sabe-se, exige que o homem abra mão de alguns interesses pessoais para que todos possam ter
um mínimo de dignidade.
Assim, seguindo a analise de como os Direitos Humanos são empregados pela Policia
Militar, Balestreri, em sua obra sobre direitos humanos, faz uma colocação muito importante
sobre como se via inicialmente a atuação da policia com relação a utilização desses direitos
tanto em beneficio dos policiais como em defesa da sociedade.

Durante muitos anos o tema “Direitos Humanos” foi considerado antagônico ao de


Segurança Pública. Produto do autoritarismo vigente no país entre 1964 e 1984 e da
manipulação, por ele, dos aparelhos policiais, esse velho paradigma maniqueísta
cindiu sociedade e polícia, como se a última não fizesse parte da primeira.
Polícia, então, foi uma atividade caracterizada pelos segmentos progressistas da
sociedade, de forma equivocadamente conceitual, como necessariamente afeta à
repressão antidemocrática, à truculência, ao conservadorismo. “Direitos Humanos”
como militância, na outra ponta, passaram a ser vistos como ideologicamente
filiados à esquerda, durante toda a vigência da Guerra Fria (estranhamente, nos
países do “socialismo real”, eram vistos como uma arma retórica e organizacional
do capitalismo). No Brasil, em momento posterior da história, à partir da
rearticulação democrática, agregou-se a seus ativistas a pecha de “defensores de
bandidos” e da impunidade.6

Durante o desenvolver da historia, o surgimento dos Direitos Humanos, faz que para
muitos dentro da sociedade moderna fosse uma regra que não se aplicasse as forças armas,
uma vez que entende que as forças de segurança são consideradas opressoras, por cadeias de
entendimentos diversos da sociedade, que muitas vezes colocam a cobrança da lei da ordem
como movimento opressor e desligado do respeito aos direitos humanos, sendo que uma parte

5
VALLS, Álvaro L. M. O que é Ética. 9 ed. São Paulo: Brasiliense, 1999, p 209
6
BALESTRERI Ricardo Brisola. Direitos Humanos: Coisa de Polícia – Passo fundo-RS, CAPEC, Paster,
Editora, 1998, p. 7.
da sociedade começa a tachar este novo direito como o “Direito dos Bandidos”, pois muito se
utiliza para a defesa de marginais e esquece que é um direito social global, onde é benéfico
para toda a sociedade, não fazendo distinção entre bandido ou policia.
Em sociedades democráticas, a policia é utilizada como um garantidor da moral e da
ética social, ou seja, é a base do controle e do respeito as normas garantidoras de uma
sociedade que vivem em condições igualitárias, onde com base nos princípios da democracia,
a sociedade é centro de todas as ações sejam elas policiais ou politicas. Assim a utilização da
policia como garantidor da lei e da ordem são imprescindíveis em qualquer sistema de
governo, para que os Direitos Humanos sejam defendidos e aplicados ao bem da população.7
Assim, os Direitos Humanos é uma evolução logica da sociedade, onde com o sistema
democrático, eles também foram evoluindo, como se pode verificar:

O reconhecimento de direitos concernentes ao ser humano acompanhou as


transformações e a evolução da sociedade, de modo que é possível apontar
“gerações de direitos” que representam a conquista de direitos políticos (liberdade),
sociais (igualdade) e coletivos (solidariedade) (FERREIRA, 2000).
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 positivou os direitos humanos como
princípio do Estado Brasileiro, ao trazer para o ordenamento jurídico a previsão
constitucional da dignidade da pessoa humana como garantia fundamental. Desde
então, várias ações vêm sendo implantadas para a consolidação deste princípio.8

Com essa evolução os Direitos Humanos, são o cerne de nossa sociedade, onde todas
as atividades governamentais, estão voltadas para a busca de um atendimento conciliador
entre as regras de convivência e os limites impostos pelos Direitos Humanos, servindo isso
também para as atuações das forças de segurança.
Assim, muitas vezes, com uma colocação distorcida dos fatos, se acredita que a Policia
e os Direitos Humanos não podem coabitar no mesmo modelo de atuação, pela simples visão
antiquada que a policia é o braço armado do Estado, onde muitas pessoas que não estão
acompanhado a evolução social como um todo colocam que a policia é violenta em seu agir,
mas estão equivocadas, porque cada vez mais os treinamentos são feitos e especializados no
sentido de fazer o menos uso da força.
Assim Balestreri, coloca que a policia em seu cerne, tem por principio basilar o
seguinte;

7
HONÓRIO, Christiane Alcantara e SILVA, Sullyvan Garcia da. Direitos Humanos e Polícia Militar:
percepções e significados para os policiais militares do 17° BPM na cidade de Águas Lindas-Goiás. REBESP v.
11, n. 1 2018, p. 1-2.
8
SANTOS, Simone Maria e OLIVEIRA, Lívia Henriques. Direitos Humanos e atuação policial: percepções dos
policiais em relação a uma prática cidadã. Rev. bras. segur. Pública. São Paulo v. 9, n. 1, 140-156, Fev/Mar
2015, p. 141.
Zelar, pois, diligentemente, pela segurança pública, por nossos direitos de irmos e
virmos, de não sermos molestados, de não sermos saqueados, de termos respeitadas
nossas integridades físicas e morais, é dever da polícia, um compromisso com o rol
mais básico dos direitos humanos que devem ser garantidos a imensa maioria de
cidadãos honestos e trabalhadores.9

Neste sentido ainda se tem as palavras do próprio Balestreri, que faz um alerta sobre a
evolução dos Direitos Humanos e como a sociedade deve começar a ver estes princípios
juntos com as forças armadas;

Dessa forma, o velho paradigma antagonista da Segurança Pública e dos Direitos


Humanos precisa ser substituído por um novo, que exige desacomodação de ambos
os campos: “Segurança Pública com Direitos Humanos”.
O policial, pela natural autoridade moral que porta, tem o potencial de ser o mais
marcante promotor dos Direitos Humanos, revertendo o quadro de descrédito social
e qualificando-se como um personagem central da democracia. As organizações não
governamentais que ainda não descobriram a força e a importância do policial como
agente de transformação, devem abrir-se, urgentemente, a isso, sob pena de,
aferradas a velhos paradigmas, perderem o concurso da ação impactante desse ator
social.10

Assim, com o objetivo de evoluir cada vez mais, no que se diz respeito a implantação
da aplicação dos Direitos Humanos dentro da atividade policial, as academias de policia,
começam a valorizar e implementar cursos e matérias especificas sobre a aplicação dos
direitos humanos no desenvolvimento das atividades policiais e como a utilização destes
princípios são de vital importância no que tange a uma aproximação da policia com a
sociedade atual, fazendo com essa reflexa seja votada para uma maior credibilidade e
confiabilidade da sociedade para com os princípios norteadores da profissão de policial.11
Salienta-se que como toda a sociedade busca por uma interação das ações policiais
baseadas nos princípios dos Direitos Humanos, a própria sociedade não pode esquecer que o
policial que desenvolve suas atividades de aplicação da lei também é um cidadão e este deve
ser respeitado como tal, buscando por fim a interação profissão e sociedade dentro dos limites
preconizados pelos Direitos Humanos.
Por fim, pode-se colocar que a existência dos Direitos Humanos, tem por finalidade a
garantia de assegurar a liberdade de convivência da sociedade como um todo, e neste diapasão

9
BALESTRERI Ricardo Brisola. Direitos Humanos: Coisa de Polícia – Passo fundo-RS, CAPEC, Paster,
Editora, 1998, p. 9.
10
BALESTRERI Ricardo Brisola. Direitos Humanos: Coisa de Polícia – Passo fundo-RS, CAPEC, Paster,
Editora, 1998, p. 13.
11
HONÓRIO, Christiane Alcantara e SILVA, Sullyvan Garcia da. Direitos Humanos e Polícia Militar:
percepções e significados para os policiais militares do 17° BPM na cidade de Águas Lindas-Goiás. REBESP v.
11, n. 1 2018, p. 3.
esta, englobado qualquer cidadão, ou seja, sendo ele integrante ou não das forças de segurança
do Estado.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A parte final do texto consiste em recapitular sucintamente os principais pontos


abordados no desenvolvimento, em especial os resultados, enfatizando o que aprendeu com o
estudo, propor novos trabalhos sobre o tema abordado e principalmente, deve desenvolver um
posicionamento em relação ao tema específico que foi abordado baseado neste estudo.

REFERÊNCIAS

BALESTRERI Ricardo Brisola. Direitos Humanos: Coisa de Polícia – Passo fundo-RS,


CAPEC, Paster, Editora, 1998.
HONÓRIO, Christiane Alcantara e SILVA, Sullyvan Garcia da. Direitos Humanos e Polícia
Militar: percepções e significados para os policiais militares do 17° BPM na cidade de Águas
Lindas-Goiás. REBESP v. 11, n. 1 2018.
SANTOS, Simone Maria e OLIVEIRA, Lívia Henriques. Direitos Humanos e atuação
policial: percepções dos policiais em relação a uma prática cidadã. Rev. bras. segur. Pública.
São Paulo v. 9, n. 1, 140-156, Fev/Mar 2015
VALLS, Álvaro L. M. O que é Ética. 9 ed. São Paulo: Brasiliense, 1999.

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