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🡪 Extrai apenas os elementos que devem constar da lei para que se cumpra a legalidade tributária
AULA 02 – OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA – FATO GERADOR
ô Fato gerador concreto: fato observado na realidade, em concreto, do qual decorre a obrigação tributária.
(efetiva propriedade)
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua
ocorrência.
AULA 02 – OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA – FATO GERADOR
O fato jurídico tributário é um fato jurídico stricto sensu – independe da vontade das partes.
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus
efeitos:
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos
termos de direito aplicável.
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ô Situação Jurídica: direito de sobreposição – depende da regulação de outro ramo do direito. Exemplo:
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os
atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
ô Situação de fato: independe da regulação por outro ramo para surtir efeitos. Ex.: auferir renda.
Hipótese de Consequent
incidência e Tributário
ô Critério temporal
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ô “descrição dos aspectos substanciais do fato ou conjunto de fatos que lhe servem de suporte”
Geraldo Ataliba
Exemplos:
Auferir renda
Prestar serviços
Circular mercadorias
Importar produtos
.....
ô A lei define o espaço temporal em que, se ocorrido o fato gerador, nasce a obrigação
tributária.
Exemplos: comparação entre dois momentos para a tributação pelo Imposto de Renda; a
situação de proprietário em todo início do ano, o momento de circulação da mercadoria.
ô Fato gerador periódico: ocorre durante um certo espaço de tempo. Ex.: Imposto de Renda
decorrente dos proventos do trabalho. IPTU, IPVA.
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa
nos termos do artigo 116.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de
tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera
ocorrido.
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Exemplos:
1. ICMS (possibilidade de efeitos em outros estados)
2. ISS (local de prestação do serviço)
3. IR (generalidade e universalidade)
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País,
fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os
convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais
expedidas pela União.
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ô Sujeito ativo: quem detém a capacidade tributária ativa – via de regra é o ente competente
para a instituição do tributo, resguardado os casos de delegação da delegação da capacidade
tributária ativa.
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o
seu cumprimento.
ô Sujeito passivo: contribuinte ou responsável – que tenha relação com o fato gerador do
tributo. Necessariamente precisa constar na lei.
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
ô Sujeito passivo: contribuinte ou responsável – que tenha relação com o fato gerador do
tributo. Necessariamente precisa constar na lei.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que
constituam o seu objeto.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. São Paulo: Malheiros.
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. São Paulo: Malheiros.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário.São Paulo: Saraiva.
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro. Rio de Janeiro: Forense.
FOLLONI, André Parmo. Ciência do direito tributário no Brasil: crítica e perspectiva a partir de José Souto Maior
Borges. São Paulo : Saraiva, 2013.
SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito tributário. 10. ed. São Paulo : Saraiva, 2021.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ATALIBA, Geraldo. Sistema constitucional tributário brasileiro. São Paulo: RT.
ÁVILA, Humberto. Sistema constitucional tributário. São Paulo: Saraiva.
BALEEIRO, Aliomar. Limitações constitucionais ao poder de tributar. Rio de Janeiro: Forense.
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Comentários à Constituição de 1988: sistema tributário. Rio de Janeiro: Forense.
MELO, José Eduardo Soares de. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Dialética.
UCKMAR, Victor. Princípios comuns de direito constitucional tributário. São Paulo: Malheiros.