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César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

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César Das Sebenta Direito

Neves - Constitucional
paulf
Introduçã…
À Economia
Título
original: César_das_Neves_-
_Introdução_à_Economia.DOC 
Economia[1]
Enviado por Jessi2994 em Oct 24, xanoca13
2014
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Introdução à Economia
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Produtos Economia

Realidade Tempo

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perfis_laminados-
BELGO_arcelor
Rui Mendes


Introdução a Economia I
Luis Valentim Nyamula


Talcott Parsons, Sobre o
Conceito de Poder
Político
BibliotecadasSociais


Apontamentos (2)
brunolaert

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Proposta Trabalho Ng
Ge5
Cecília Geraldes

Introdução
«[Tom Sawyer] descobrira sem o saber uma grande lei que rege a humanidade e que é: para se
conseguir que um homem ou um rapaz cobice uma coisa, basta tornar essa coisa difcil de
obter!
Se fosse um grande e s"bio #l$sofo, como o autor deste li%ro, teria compreendido ent&o que o 
2007_Sensibilidade
trabalho consiste em tudo o que se é obrigado a fazer, e o prazer consiste naquilo que se
obrigado a fazer! 'ste raciocnio t()lo)ia a*udado a entender por que se chama trabalho aos
nan&o é
trabalhos for+ados e a fazer ores arti#ciais, enquanto *ogar História
ao berlinde -ou
Memórias
escalar o monte
-ranco n&o passa de um di%ertimento! ." senhores muito ricos, em /nglaterra, capazes de guiar

os dias no 1ero, porque para isso t(m de pagar uma quantia Singulares e…se recusariam a
carros de passageiros pu0ados por quatro ca%alos num caminho de %inte ou trinta milhas todos
razo"%el, mas que
faz()lo se lhes oferecessem um ordenado, pois isso passaria Antônio Barros
ent&o a ser trabalho!2
Identidades Sociais.pdf
Mark Twain

0.1. A Economia
O que é a 'conomia3 'sta é a pergunta natural no incio da abordagem a esta ci(ncia!
4 possibilidade de uma de#ni+&o e0acta ser" discutida adiante, mas logo de entrada é
importante ter consci(ncia da e0ist(ncia e da import5ncia dos problemas econ$micos!
/6 4 '7898/4 ; 'SS'97/4<

 =>bdos os dias tomamos decis?es econ$micas! 4lgumas menores, mas importantes


para n$s, outras maiores, que afectam a sociedade, o pas ou, até, o mundo!

; importante ter presente que a 'conomia est" ligada ao essencial da %ida de cada
um! 7ada pessoa depende dos outros, do funcionamento da 'conomia para a maior
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um! 7ada pessoa depende dos outros, do funcionamento da 'conomia para a maior
parte das coisas: alimenta+&o, %estu"rio, informa+&o! Somos incapazes de produzir as
coisas mais b"sicas: um p&o, um f$sforo, uma l5mpada, um par de cal+as, um motor
de autom$%el! @oi a compreens&o desta ideia que deu incio A teoria económica. 
BACIC.pdf
Gustavo Henrique Barroso


Ecicient Capital Markets
a Review of Theory and
Empirical Work
Victor Loforte


Conversas Com Um
 
Jovem Professo -
Leandro Karnal
André Silva

Introdução

Na verdade, Adam Smith, no seu livro Ensaio sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das
Nações, descreveu, de forma notável, este facto A forma como ele se maravilhou com a
contemplação do que hoje chamamos o «sistema

Atividadade
económico» levouo a iniciar uma investi!ação que fe" dele o #ai da $conomia. de texto
A%A& S&'() *+-+/01 Relato.docx
$scoc2s de nascimento e professor de &oral da 3niversidade de 4las!o5 Smith, particularmente
preocupado com a moral social, pu6licou em +7 um livo, queAureliano Geraldo
pretendia usar como Dos
manual nas
suas aulas, mas que se tornou rapidamente um scesso de vendas.Santos
8 Ensaio sobre a Natureza e as
Causas da Riqueza das Nações demonstrava, com m9ltiplos e:emplos, como, naturalmente as
relaç;es económicas se ordenavam de forma espont<nea, formando um sistema harmónico. 8
interesse por esta visão foi !rande, não só nos sal;es ele!antes mas tam6=m nas universidades e
meios pol>ticos, nascendo uma ci2ncia para estudar esse sistema e fa"endo de Smith o #ai da
 jovem $conomia. ?á professor e @lósofo de renme, com o6ras em outros ramos do sa6er, a sua
fama como economista levouo a nomeação, dois anos depois da pu6licação do Ensaio, como
comissário das ronteiras da $scócia, onde passou os seus 9ltimos anos.

$sta ideia, tão simples mas tão importante, colocoua Smith lo!o no in>cio do seu
livro, com a história do casaco de lã, hoje c=le6re, que demonstra 6em o fasc>nio que
motivou SmithB
«... #or e:emplo, o casaco de lã que co6re um jornaleiro, por mais !rosseiro e tosco
que possa parecer, = o produto do la6or com6inado de !rande n9mero de
tra6alhadores. 8 pastor, o classi@cador da lã, o cardador, o tintuteiro, o @andeiro, o
tecelão, o pisoeiro, o curtidor, e muitos outros, t2m de reunirCas diferentes artes
para que seja poss>vel o6terse mesmo este produto come"inho. $ quantos
mercadores e carreteiros hãode, al=m disso, ter sido empre!ados no transporte dos
materiais de uns desses tra6alhadores para os outros, que, muitas ve"es, vivem em
re!i;es do pa>s muito distantesD Euanto com=rcio e quanta nave!ação
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re!i;es do pa>s muito distantesD Euanto com=rcio e quanta nave!ação


especialmente, quantos construtores navais, marinheiros, fa6ricantes de velas e de
cordas terão sido precisos para reunir as diferentes dro!as usadas pelo tintureiro,
que muitas ve"es prov2m dos mais remotos cantos doOrganizacao 
Do
&undoD $ que variedade
tra6alho = ainda necessário para produ"ir as ferramentas do mais >n@mo desses
de

marinheiro, a prensa do pisoeiro, ou mesmo o tear do Trabalho Uma


tra6alhadoresD #ara já não falar de máquinas tão complicadas como o navio do
tecelão, consideremos tão
somente a variedade de tra6alho requerida para ori!inar essa máquina tão simples,
Abordagem Interdiscipl
a tesoura com que o pastor tosquia os carneiros. 8 mineiro, o fa6ricante da fornalha
para fundir o min=rio, o lenhador, o carvoeiro que produ"iu o carvão que a fundição
utili"a, o fa6ricante de tijolos, o assentador de tijolos,Lenice Barreto
os operários que tra6alham
com a fornalha, o operário da fundição, o ferreiro, todos t2m de juntar as suas artes
para as produ"ir. Se e:aminássemos da mesma forma as diferentes partes que
comp;em o seu vestuário e a mo6>lia da sua casa, a camisa de linho que usa junto F
pele, os sapatos que lhe prote!em os p=s, a cama em que se deita e as várias partes
de que se comp;e, o fo!ão de co"inha em que prepara os seus alimentos, o carvão
que utili"a para esse @m, arrancado Fs entranhas da terra

Economia Pen
PriscilaKorgut


Verdadeiramente
vivendo um ponto de
vista interessante
Rossana A Santos
 

 A economia15

e tra"ido at= ele provavelmente depois de uma lon!a via!em por terra e por mar, 
todos os outros utens>lios da sua co"inha, tudo aquilo Bertolt Brecht
que utili"a na sua-mesa, as
facas e os !arfos, os pratos de 6arro ou de estanho, nos quais serve e divide os seus
alimentos, as várias mãos necessárias para produ"ir oRomance
seu pão e ade Três
sua cerveja, a
vidraça que dei:a entrar o calor e a lu" e o prote!e do vento e da chuva, com todo o
sa6er e a arte e:i!idos pelo fa6rico dessa 6ela e feli" Vinténs
invenção sem a qual
di@cilmente se poderia proporcionar locais de ha6itação muito confortáveis nestas
"onas frias do mundo, e ainda todas as ferramentas a Cristiano Carvalho
que os operários empre!ados
na produção de todos esses 6ens t2m de recorrerG se e:aminarmos todas essas
coisas, di"ia eu, e considerarmos a variedade de actividades incorporada em cada
uma delas, tornarsenosá claro que, sem a ajuda e cooperação de muitos milhares,
as necessidades do cidadão mais >n@mo de um pa>s civili"ado não poderiam ser
satisfeitas, nem mesmo de acordo com aquilo que nós muito falsamente ima!inamos
ser a forma simples e fácil como elas são ha6itualmente satisfeitas. Na verdade,
comparadas ao mais e:trava!ante lu:o dos !randes, as suas necessidades parecem,
sem d9vida, e:tremamente simples e chãsG e, no entanto, talve" seja verdade que a
satisfação das necessidades de um pr>ncipe europeu não e:cede tanto a de um
campon2s industrioso e fru!al, como a deste e:cede a de muitos reis africanos,
senhores a6solutos da vida e da li6erdade de de" mil selva!ens nus.» HSmith *+71,
vol. i, pá!s. I//+.J
oi a compreensão do facto de que esta realidade, tão comple:a e intrincada na
apar2ncia, funcionava de forma tão re!ular e coordenada, sem que nin!u=m dela
cuidasse, que deu ori!em ao estudo da $conomia. $ Smith su6linhava não só que a
comple:idade do sistema não impedia uma e@ci2ncia nos resultados, como tam6=m
levava a que as suas diferenças internas, em6ora importantes, fossem muito
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levava a que as suas diferenças internas, em6ora importantes, fossem muito


pequenas em comparação com as diferenças que o separavam dos outros sistemas
*a dist<ncia de n>vel de vida entre o prncipe e o jornaleiro = muito menor que a que
separa o jornaleiro do rei ind>!ena, na e:pressão datada de Smith1. A harmonia do 
sistema económico moderno não residia só na e@ci2ncia JOHN 1987
do seu - Avaliaçãomas
funcionamento,
tam6=m na redução das diferenças entre as pessoas, em6ora ainda !randes.
da Durabilidade de
$sta maravilha fascinou Adam Smith e justi@cou um estudo que ele iniciouB
Materiais e…
a (eoria $conómica. K importante notar que esta desco6erta
Fernandafe"se quase na altura
Breijão
em que Lavoisier na Eu>mica, Ne5ton na >sica, &endel Componentes e outros,
na Miolo!ia e tantos
encontravam a mesma harmonia nos vários aspectos da Nature"a. A desco6erta de
Smith, por=m, parecia ainda mais e:traordinária que asEdificações.pdf
outras, porquanto esta
harmonia sa>a do resultado de m9ltiplas acç;es voluntárias e independentes, por
parte de seres racionais. Não se tratava de encontrar leis naturais, onde o instinto
ou outras forças profundas prendessem a realidade nessa harmonia. $ra o encontrar
dessa ordem na própria acção humana.
omo se conse!ue esta maravilhosa harmoniaO A $conomia 6aseiase na troca. Na 
verdade, se cada um de nós tivesse de produ"ir tudo oUma estratégia
que precisa didatica
e consome, da
comida aos talheres, dos transportes ao mo6iliário, não lhe seria poss>vel possuir um
d=cimo do que consome. Luciano Pires
&as, no fundo, cada fam>lia produ" o que consome. 9a %erdade, ela n&o produz cada uma
das coisas que utiliza, mas produz uma coisa, que troca pelas outras! Bm engenheiro, um
barbeiro, um agricultor, s$ e0ercem uma acti%idade, a qual lhes ser%e, a eles e aos
outros, para muito pouco! as, ao %ender o produto da sua acti%idade, pode trocar por
aquilo que pretende e essa troca d")lhe acesso a muito mais coisas! 9$s n&o
produzimos directamente as coisas que consumimos! S$ temos o que consumimos por
troca. 'ste, como %eremos, é um dos princpios essenciais da 'conomia!
4 troca est" na base da nossa economia e, se ela falhasse, o n%el de %ida das
sociedades desceria muito, mesmo que cada um continuasse a produzir o que produz! 
Avaliação Parcial
Denis


Cópia
1emos isso claramente quando por raz?es %"rias Cguerras, de Cópia
re%olu+?es, de
cat"strofes
PROJETO
naturais6 algumas sociedades %(em o seu sistema de trocas dei0arINTEGRADOR
de funcionar! 8
sofrimento e a morte que esse facto pro%oca s&o consequ(ncias patentes da
interrup+&o do funcionamento do sistema econ$mico! Ciencias Contabeis
Stefhany
Destas ree0es sai a primeira grande conclus&o da nossa Vanessa
an"lise: o grande poder da
'conomia! 'la estuda factos e fen$menos que s&o essenciais A %ida concreta das
pessoas e sociedades de sempre! 4s suas an"lises podem induzir ou pre%enir enormes
cat"strofes pessoais ou sociais! 8s temas que %amos tratar, por muito abstractos que
pare+am, est&o ligados directamente a questes de que depende a prosperidade e o
desen%ol%imento do undo ou a fome de gera+?es e! o desemprego de milh?es!
//6 4 '7898/4 ; B4 7/E97/4

'stes problemas t&o importantes e cruciais para a %ida real das pessoas podem ser
analisados de muitas formas diferentes! 1isto que se trata de quest?es t&o centrais
para a %ida de cada um, é normal que todos se preocupem em ter opini?es sobre elas!
De entre todas essas formas de discutir ou analisar os fen$menos econ$micos, este
li%ro %ai debru+ar)se apenas sobre uma delas: a abordagem cient#ca!

9a %erdade, %amos aqui apenas tratar do que se chama a 7i(ncia ou a Teoria


'con$mica, que e0ige conhecimento ri!oroso, sistemático dessa realidade! 1amos,
assim, olhar para esses factos reais de forma a respeitar as regras que a ci(ncia
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assim, olhar para esses factos reais de forma a respeitar as regras que a ci(ncia
imp?e! Tais regras t(m como principal ob*ecti%o garantir que, nessa an"lise, n"o
somos enganados por apar(ncias, confus?es, ideias feitas! 4o en%eredar por um 
AULA PRATICA
estudo cient#co, temos de pFr de lado muitas ideias simples 1 que
e atracti%as - a forma
comum, descuidada e natural, de olhar para as coisas nos le%a a acreditar!
Financas Publicas 2021
4 obedi(ncia a essas regras n&o se faz sem custos! 8utras formas,
Armando n&o cient#cas, de
Mathe
%er a realidade permitem chegar mais facilmente a conclus?es muito mais
interessantes! S$ que essas ideias feitas, do «senso comum2, s&o muitas %ezes
puramente falsas! ; f"cil que toda a gente este*a plenamente con%encida de algo que
é completamente errado! Gor e0emplo, no século 0% todo o mundo, especialistas e
leigos, acreditou durante décadas na e0ist(ncia do ar Tenebroso, onde %i%iam
monstros que destruam os na%ios! Huem a#rmasse o contr"rio seria apelidado de
louco! @oi a e0peri(ncia directa, cient#ca, dos Gortugueses que eliminou esse mito! uitas
%ezes o que parece n&o é!

'sta situa+&o é o dia)a)dia das an"lises econ$micas! 8s discursos de polticos, as notcias de 


 *ornais, as con%ersas de café est&o cheios de ideias simples, Dados Mestres
atraentes, de certezas
que parecem
indiscut%eis e que apenas denotam ignor5ncia dos %erdadeiros resultados rigorosos e
cient#cos! Materiais
4 Inica forma que o ser humano Ce0cepto se possui poderes Thiago
m"gicos6Rocha Ferreira
tem para e%itar isto é,
pois, atra%és da an"lise cient#ca, do estudo sistem"tico e rigoroso dos problemas! ; isto que
aqui %amos fazer!
7omo %eremos, a 7i(ncia 'con$mica é composta por alguns princpios, poucos, muito simples,
que de%em ser sempre aplicados com intelig(ncia! Desde que aplicados sempre, ninguém se
engana! Se n&o o forem, como por %ezes n&o s&o, d" erro!
4li"s, esta é uma caracterstica muito importante que, ao longo da hist$ria da ci(ncia, se tem
notado em quase todas as «boas2 teorias ou doutrinas:

Economia
J em primeiro lugar, a teoria baseia)se em poucos princpios,
geralK
a eResumos
muito simples 1
de aplica+&o

Marta Lei Oliveira


1_ CALENDARIO DE
EXAMES
J por outro lado, a aplica+&o desses princpios a cada caso particular e0ige um estudo
detalhado da situa+&o concreta! NORMAIS__2021B-1 (1)
Daniela Monteiro
'm contrapartida, as m"s teorias baseiam)se em princpios comple0os, %astos, complicados e
confusos, mas de onde os seus proponentes tiram receitas simples, supostamente globais, que
se aplicam, de forma cega, a qualquer caso!

4 'conomia pertence claramente ao primeiro grupo! 7omo disse ilton @riedman, um grande
economista ainda %i%o:
«[4 'conomia] é uma disciplina fascinante! 8 que a faz mais fascinante é que os seus princpios
fundamentais s&o t&o simples que podem ser escritos numa p"gina, que qualquer pessoa os
pode entender, e que, no entanto, t&o poucos o fazem!2L

as, se os princpios essenciais s&o de aplica+&o geral, a sua concretiza+&o em cada caso gera
resultados, prescri+?es completamente diferentes de situa+&o para situa+&o! 'm 'conomia cada
caso é um caso e n&o e0istem, como tantas %ezes se obser%a nas propostas polticas reais,
receitas de uso geral!

'sta ideia, essencial para qualquer tratamento da poltica econ$mica, é captada de forma muito
particular por um dos mais célebres mottos do grande 4lfred arshall:

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«4 multiplicidade na unidadee a unidade na multiplicidade!2M


9ela, o mestre queria signi#car que, em 'conomia, é necess"rio encontrar as muitas causas de 
cada fen$meno, mas também procurar as muitas situa+?es em Chutando a Escada
que a mesma causa aparece!
Jhoathan
Daqui sai a segunda conclus&o da nossa introdu+&o: poucos s&o Almeidater dos
os que procuram
problemas econ$micos uma %is&o rigorosa e cient#ca! ; importante ter consci(ncia de que a
maior parte das ideias comuns sobre 'conomia n&o passaram pelo cri%o cient#co e, por isso,
podem estar erradas! Daqui sai a import5ncia de garantir um estudo rigoroso dessa realidade e
da sua di%ulga+&o!
@riedman, in -reit Spencer Ced!6 CLNOP6, p! NL!
M The many in the one, and the one in the many, arshall CLNLN6, p!%! Q!P!


PRINCÍPIOS DE
ECONOMIA DE
MOVIMENTOS
SAVIO WESCLEY BEZERRA
DANTAS


Objectivos de o sistema
de normalização
contabilística
gisela

ALP$% 4RS.4<< CLOM)LNM6


arshall, sem nunca dei0ar de ser um professor ingl(s met$dico, brilhante e erudito, foi o
grande arquitecto da 'conomia moderna! Tomando as obras dos seus predecessores,
integrando)as mas ultrapassando)as, arshall, no #m do século 0i0 e princpios do século 00,
ordenou e estruturou a ci(ncia econ$mica em moldes que ainda ho*e s&o as tra%es mestras da
disciplina! 8s seus profundos conhecimentos matem"ticos, os seus raciocnios cristalinos e as
suas grandes preocupa+?es morais, sobretudo com os pobres, foram os elementos essenciais
para essa constru+&o! Desen%ol%endo a sua acti%idade sobretudo na Bni%ersidade de
7ambridge, as suas principais obras s&o Princíios de Economia, de LON, Ind!stria e "om#rcio,
de LNLN, e Moeda, "r#dito e "om#rcio, de LNMU!
///6 4 '7898/4 ; B4 7/E97/4 .B494

9a 'conomia, ao contr"rio de outras ci(ncias, n&o se estudam fen$menos e0ternos,


como o nitrato de s$dio ou o ornitorrinco, mas sim o ser humano e a sociedade! 8
facto de o ob*ecto da ci(ncia econ$mica ser o pr$prio ser humano traz A 'conomia
algumas caractersticas especiais, que ela partilha com as outras ci(ncias humanas Ca
psicologia, a sociologia, a antropologia, etc!6!
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psicologia, a sociologia, a antropologia, etc!6!

'm primeiro lugar, é de notar que esse facto torna a ci(ncia muito mais difcil! ; como
 *ogar 0adrez com pe+as que nunca est&o paradas! 8 ser humano muda, é comple0o e
impre%is%el! Se os resultados da an"lise da qumica, fsica, matem"tica se podem
considerar imut"%eis e obtidos de uma %ez para sempre, nas ci(ncias humanas a
Inica garantia é que a certeza de ho*e ser" contestada na no%a realidade de amanh&!

Gor outro lado, uma enorme quantidade de problemas cient#cos nasce do facto de o
analista e o ob*ecto de an"lise serem da mesma natureza! 8s resultados da an"lise
tocam pessoalmente o analista, pelo que é difcil separar o resultado cient#co da
opini&o pessoal!

Repare)se que, embora este aspecto se*a tpico das ci(ncias humanas, ele est"
presente em toda a ci(ncia sempre que esta toca um problema que afecte a %ida de
todos n$s! 4 fsica, a qumica, a biologia, supostamente ci(ncias e0actas e neutras,
podem tornar)se fortemente polémicas quando discutem problemas relati%os A bomba
at$mica, As armas qumicas ou ao aborto!

4 principal quest&o que resulta daqui é a distin+&o entre ci2ncia e doutrina. 4


ci(ncia, como %imos, descre%e factos, estuda rela+?es de forma o mais rigorosa e
neutra poss%el, para e%itar ser en%iesada por erros ou confus?es! as, quando os
factos e as rela+?es estudados t(m inu(ncia sobre a %ida das pessoas, para além do
fen$meno em si, aparece a forma particular como cada pessoa o encara: a sua
opini&o, a doutrina que per#lha, deduzida a partir de uma %is&o particular do undo!
'stas en%ol%em ética e *ulgamentos particulares, que s&o diferentes de pessoa para
pessoa!

4 opini&o de cada um, formada a partir do seu meio en%ol%ente, da sua hist$ria
concreta, dos seus interesses na %ida, até dos seus estudos cient#cos particulares, é
algo de pessoal e indi%idual, que perdeu todas as caractersticas de

%
Os rincíios $%sicos de Economia +/

generalidade e rigor do resultado cient#co! 9a pr"tica pode ser difcil separar as duas
coisas, pois muitos fazem passar por indiscuti%elmente cient#co algo que n&o passa
da sua opini&o pessoal!

9o que toca As opini?es, o %alor de cada uma é igual ao das outras! 8 economista
pode saber melhor a consequ(ncia dos seus actos, mas a sua opini&o %ale o mesmo
que a do ignorante! ; por isso que nos sistemas democr"ticos os %otos de todos e
cada um s&o iguais, e n&o se d" peso A opini&o do economista, do engenheiro ou do
soci$logo nas %ota+?es sobre assuntos da sua especialidade! 9esses sistemas, o
parlamento representa o mostru"rio das opini?es do pas e, no que toca aos assuntos

https://pt.scribd.com/document/244299258/Cesar-das-Neves-Introducao-a-Economia-DOC Página 9 de 391


César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

parlamento representa o mostru"rio das opini?es do pas e, no que toca aos assuntos
econ$micos, por e0emplo, aparecem economistas em todos os partidos! 8s
economistas conhecem todos a mesma ci(ncia, mas n&o %otam todos da mesma
maneira!

4ssim, sobre um certo problema podem e0istir %"rias doutrinas, representando as


%"rias opini?es! 'ssas doutrinas baseiam)se em conhecimentos cient#cos, mas n&o
s&o ci(ncia! 4s duas, ci(ncia e doutrina, s&o essenciais para enfrentar um problema
econ$mico particular, mas t(m papéis diferentes! 4 ci(ncia garante origor da an"lise e
a e0actid&o das conclus?esK a doutrina de#ne os ob*ecti%os e a linha de conduta! 'sta
distin+&o é particularmente importante na 'conomia, como nas outras ci(ncias
sociais, porquanto é f"cil e corrente alguns confundirem as no+?es, apresentando
opini?es discut%eis como ideias cienti#camente demonstradas!

; pois essencial, na an"lise de qualquer problema econ$mico, buscar cuidadosamente


quais das ideias presentes constituem resultados cient#cos e quais resultam da
opini&o doutrinal! 'stes dois elementos est&o sempre presentes, s&o ambos muito
importantes, mas s&o diferentes e como tal de%em ser tratados!

; importante ainda notar a presen+a de um terceiro elemento que também aparece


nessas discuss?es: o disparate! Bma boa an"lise econ$mica tem de ter em conta o
princpio essencial de toda a ree0&o: nunca se de%e subestimar a estupidez humanaK
o erro e o disparate aparecem por todo o lado e é sempre poss%el fazer pior do que se
fez ou se pre%ia!

0.&. Os rincíios $%sicos de Economia


7omo é que a teoria econ$mica enfrenta os grandes obst"culos que se lhe
apresentam e estuda este agente t&o %ari"%el, multifacetado e impre%is%el3 8
método utilizado baseia)se na aplica+&o sistem"tica de dois postulados de base,
muito simples e gerais!

'stes dois princpios, que chamamos o postulado da racionalidade e o postulado


do equil>6rio, constituem o essencial da abordagem econ$mica e s&o os elementos
caracterizadores da 'conomia em rela+&o As outras ci(ncias! 7omo %eremos
repetidamente ao longo do nosso percurso, é a partir destes princpios que todos os
resultados econ$micos s&o obtidos, e a sua riqueza é tal que uma enorme quantidade de
ideias, com grande interesse pr"tico e rele%5ncia concreta, resultam destas ideias muito
simples!

Godemos perguntar: porqu( estas hip$teses3

'stes postulados s&o, ho*e, *usti#cados pelo facto de as teorias nele fundadas se terem
mostrado e#cientes! as a raz&o de fundo da sua escolha pode ser encontrada no tema do li%ro
Princiies o' Economis de 4lfred arshall:
«9atura non facit saltum2, a 9atureza n&o d" saltos!

8 %erdadeiro signi#cado destes a0iomas, t&o frequentemente confundido e mal compreendido,


pode ser ilustrado bre%emente com um e0emplo muito simples e real e, A primeira %ista, n&o
econ$mico!

8 GR8-<'4 D8 4BT874RR8 7.'/8


Suponha)se que um autocarro, completamente cheio, chega ao término da carreira! Grecisa de

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Suponha)se que um autocarro, completamente cheio, chega ao término da carreira! Grecisa de


largar todos os passageiros e, para isso, abre as duas portas que possui! 7omo podemos
descre%er o comportamento do sistema3 Repare)se que a compreens&o do comportamento
deste sistema Co autocarro cheio de pessoas6 é uma tarefa cient#ca semelhante A tarefa do
economista que pretende entender o comportamento do sistema econ$mico!

Bma das hip$teses de abordagem poss%el ao problema consiste em impor que os agentes que
se encontram no autocarro s&o racionais! Trata)se da aplica+&o do postulado da
racionalidade. 9este caso, a racionalidade signica que cada passageiro, no caso geral, %ai
procurar sair por aquela porta que est" mais perto de si ou, em termos econ$micos, %ai tentar
minimizar o espa+o percorrido, o esfor+o e o tempo despendido para obter o seu #m: sair do
autocarro! «Sair pela porta que est" mais perto2 é a regra de conduta que cada um %ai aplicar!
as ser" que esta regra se aplica a todas as situa+?es3 9&o! Se est" a cho%er ou se temos um
amigo na parte de tr"s do autocarro, por e0emplo, o comportamento racional le%a a atitudes
diferentes! 8 princpio b"sico da racionalidade é geral, mas a regra particular que dele foi
deduzida s$ se aplica a certos casos, mesmo que se*a A maioria, como no e0emplo!

4 raz&o da aceita+&o da hip$tese de e0ist(ncia, na generalidade dos casos, de um


comportamento optimizador reside na con#an+a e0istente de que a maioria das pessoas, na
falta de qualquer moti%o %"lido em contr"rio, tentar" reduzir o desperdcio de esfor+o! 7laro que
pode ha%er alguém que, sem raz&o, queira sair pela porta mais distante, empurrando todos ou
esperando para ser o Iltimo! as este caso é claramente uma e0cep+&o e a sua e0ist(ncia n&o
%ai perturbar signi#cati%amente o nosso estudo do es%aziamento do autocarro!
4ssim, se utilizarmos este princpio, sabemos imediatamente como e%olui a desocupa+&o do
autocarro: as pessoas situadas na metade dianteira do autocarro saem pela porta da frente
e as pessoas na metade de traseira saem pela porta de tr"s! 'sta situa+&o %()se na
#gura seguinte:

4 utiliza+&o do princpio da racionalidade permitiu a obten+&o de uma teoria simples,


plaus%el, do comportamento deste sistema! 9&o é preciso que todas as pessoas em
todos os autocarros obede+am estritamente a esta regra para que, com esta ideia, se
consiga e0plicar o es%aziamento normal dos autocarros no #m da carreira! -asta que a
maior parte das pessoas, na maior parte do tempo, se comportem assim!

Gara poder ter resultados no que respeita ao es%aziamento de autocarros, falta saber
como a generalidade dos autocarros se comportar"! Se supusermos que todos os
autocarros ao chegarem ao #m da carreira se comportam da forma normal,
equili6rada, que descre%emos atr"s, podemos obter uma descri+&o te$rica global do
sistema! 4qui usamos o postulado do equil>6rio que, mais uma %ez, n&o precisa de
se %eri#car sempre para ser Itil! -asta que a maior parte dos casos lhe obede+a!

Deste modo, ao supor que este sistema Co autocarro cheio de pessoas no término6
obedece aos dois postulados b"sicos, consegue)se obter uma teoria e0plicati%a geral

do comportamento de todos os sistemas semelhantes! Se os agentes s&o racionais e a


sua interac+&o equilibrada, sabemos imediatamente o que esperar do sistema!

as da aplica+&o destes postulados ao nosso e0emplo saem alguns resultados


interessantes que podem esclarecer algumas confus?es frequentes! Gor e0emplo, é de
notar que a utiliza+&o do princpio da racionalidade ou da ma0imiza+&o do bem)estar
n&o implica necessariamente comportamentos éticos! 9a %erdade, mesmo que se
suponha que cada passageiro queira sair o mais rapidamente poss%el do autocarro,
eles n&o t(m de se mostrar egostas, atropelando as crian+as ou dei0ando de dar
passagem As senhoras de idade! Bma pessoa pode ser delicada e, ao mesmo tempo,
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passagem As senhoras de idade! Bma pessoa pode ser delicada e, ao mesmo tempo,
ao escolher a porta de sada do autocarro, procurar a que lhe est" mais perto!

 Torna)se assim clara a %erdadeira natureza dos a0iomas e dos mecanismos


econ$micos que deles deri%am! Da sua aplica+&o resulta apenas a tentati%a de e%itar
o desperdcio e, por isso, eles s&o conceitos funcionais na sua ess(ncia! 4s hip$teses,
que adiante utilizaremos, de que as empresas ma0imizam o lucro e as pessoas
ma0imizam a utilidade, por e0emplo, caem neste caso! 4o supor)se que ma0imiza o
lucro, e0ige)se apenas que o empres"rio tente usar da melhor maneira os recursos de
que disp?e para prosseguir os seus ob*ecti%os, que podem ser os mais altrusticos! ',
tal como o passageiro ao escolher a porta mais pr$0ima, nada o obriga a
necessariamente %iolar a ci%ilidade e a delicadeza nesse processo! 4 quest&o de saber
se uma pessoa ser" respeitosa ou n&o depende da postura de cada um, e nada tem a
%er com o postulado da racionalidade!

; também importante notar outra ideia que se pode deduzir do e0emplo referido!
Repare)se que, embora cada um este*a dedicado apenas A resolu+&o do seu problema
Co que, como %imos, nada tem a %er com egosmo6, consegue, sem dar por isso,
resol%er o problema global: o autocarro é es%aziado da maneira mais r"pida poss%el!
'ste é o conceito da «m&o in%is%el2 que a#rma que, se cada um prosseguir os seus
ob*ecti%os pr$prios, se consegue no #m o m"0imo bem)estar para todos! 4dam Smith
foi o primeiro a notar de forma sistem"tica este aspecto, e algumas das suas
obser%a+?es tornaram)se célebres:

«9&o é da bondade do homem do talho, do cer%e*eiro ou do padeiro que podemos


esperar o nosso *antar, mas da considera+&o em que eles t(m o seu pr$prio
interesse!2 Smith CLVVP6, %ol! i, p"g! NQ!

«7ada indi%duo [!!!] n&o pretende, normalmente, promo%er o bem pIblico, nem sabe
até que ponto o est" a fazer! 4o preferir a indIstria interna em %ez da e0terna s$ est"
a pensar na sua seguran+aK e, ao dirigir essa indIstria de modo que a sua produ+&o
adquira o m"0imo %alor, s$ est" a pensar no seu pr$prio ganho, e neste caso como
em muitos outros, est" a ser guiado por uma m&o in%is%el a atingir um #m que n&o
fazia parte das suas inten+?es!2 I$idem, i, VQV)VQO!

ais uma %ez é patente o fascnio de 4dam Smith por um sistema que, de forma
surpreendente, aparece ordenado naturalmente sem que ninguém directamente
contribua para isso!

 Tal como nos princpios citados atr"s, esta ideia da «m&o in%is%el2 refere)se apenas a
preocupa+?es com a e#ci(ncia na luta contra o principal inimigo da 'conomia, o
desperdcio! Também neste caso, o conceito n&o apresenta qualquer conota+&o ética e
pode também ser ilustrado pelo citado e0emplo do autocarro!

Se na sada for respeitado o princpio da minimiza+&o do espa+o percorrido pelas


pessoas, como imp?e a hip$tese do teorema, ent&o metade dos passageiros, a

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situada na parte dianteira do autocarro, tender" a usar a porta da frente e a outra


metade a porta de tr"s! 4s duas portas estar&o completamente ocupadas durante
todo o processo de sada, conseguindo)se assim es%aziar o autocarro no mnimo de
tempo! 4 «m&o in%is%el2 funcionouW

'sta ideia é tal%ez o aspecto mais importante do estudo econ$mico da sociedade


global: a sociedade funciona bem, sem que ninguém se preocupe com isso! 'la
constitui um dos principais elementos da harmonia do sistema econ$mico, referida
atr"s, com semelhan+as claras com a harmonia natural que a fsica, a biologia e
outras ci(ncias encontram nos seus domnios, cu*a obser%a+&o, como se disse, deu
origem A teoria econ$mica! 9a %erdade, uma das moti%a+?es essenciais do estudo da
'conomia residiu no interesse em compreender este sistema em que, de forma
inesperada, surgia uma ordem onde seria de suspeitar que reinaria o maior caos se
ninguém impusesse a disciplina!

'm todo este raciocnio nunca foram in%ocados conceitos éticos ou obtidos resultados
%aloriz"%eis sub*ecti%amente! 4 solidariedadeXno+&o eminentemente moral, n&o te%e
de ser chamada para a solu+&o do problema global, e por isso, é aqui independente
das an"lises de e#ci(ncia! 9&o é pois neste campo que se encontra o seu lugar na
'conomia e portanto n&o se procure aqui a sua aceita+&o ou recusa pela teoria
econ$mica!

8 car"cter funcionalista desta no+&o é posto em destaque pelo facto de nem sempre
ela ser %erdadeira! 9a %erdade, ainda no e0emplo do autocarro, e0iste uma hip$tese
adicional que te%e de ser introduzida para a sua %eri#ca+&o: a coloca+&o simétrica das
portas!

7onsiderando o tipo de %eculo actualmente mais usado em <isboa, a coloca+&o das


portas A frente e ao meio do %eculo perturba a demonstra+&o do teorema! 8 mesmo
princpio de minimiza+&o do espa+o le%a, neste caso, a que pela porta da frente s$
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princpio de minimiza+&o do espa+o le%a, neste caso, a que pela porta da frente s$
saiam cerca de um quarto dos passageiros, os colocados mais perto do condutor, pois
os outros todos est&o mais pr$0imos da porta central! 4ssim se impede que o
autocarro se*a despe*ado no mnimo tempo! 8 sistema continua em equilbrio, mas
agora a «m&o in%is%el2 n&o funcionouW

4li"s, é interessante notar que, neste caso, a equi%al(ncia entre a solu+&o de


minimiza+&o do espa+o percorrido e a de minimiza+&o do tempo dei0a de e0istir,
sendo para alguns mais r"pido sair pela porta mais afastada, o que fere a
sensibilidade de qualquer economista que use os transportes pIblicos lisboetas! 9ote)
se que o problema que impediu o funcionamento da «m&o in%is%el2 se relacionou
com a estrutura do problema Cneste caso a coloca+&o das portas6, que corresponderia
A estrutura da 'conomia! 7omo %eremos adiante, h" certas condi+?es que garantem a
%eri#ca+&o da «m&o in%is%el2, mas s$ nessas estruturas ela opera!

Hue fazer nestes casos em que os agentes li%res Cque adiante identi#caremos com o
mercado6, dei0ados a si pr$prios, n&o resol%em por si a quest&o de forma satisfat$ria3
'sta quest&o nasce necessariamente da constata+&o da e0ist(ncia de situa+?es fora
da al+ada da «m&o in%is%el2, quer no sistema econ$mico, quer no nosso autocarro!
 Também para esta quest&o o nosso e0emplo pode a*udar a perceber!

Se cada um dos agentes se preocupa apenas com a sua situa+&o, n&o é neles que
poderemos encontrar a resposta para um problema que é global! as na maioria dos
casos Cde certeza nos que nos interessam6 e0iste um, mas s$ um agente que se
preocupa com o problema global! 4 esse agente chamamos o 'stado Cque neste
e0emplo é substitudo pela empresa de camionagem6! Se o mercado n&o resol%e o

problema, o 'stado pode inter%ir, para resol%er o problema! 9o nosso e0emplo,


poderia ser colocado um funcion"rio na porta do meio, impedindo que por essa porta
sassem pessoas que se encontram na parte da frente do autocarro!

as, por %ezes, o custo da inter%en+&o é tal que n&o %ale a pena! 'ste caso é um
e0emplo e%idente: o custo de ter um funcion"rio A porta do autocarro é de tal maneira
ele%ado que n&o *usti#ca o ganho de alguns minutos na desocupa+&o do autocarro! ' aqui
aparece outro dos princpios fundamentais da 'conomia: como em todas as decis?es
econ$micas, s$ o que der maior 6enef>cio l>quido é que de%e ser feito!

'sta constata+&o, que parece $b%ia, re%este)se de contornos dram"ticos quando a aplicamos A
'conomia! 8s sistemas econ$micos de direc+&o central, normalmente ligados a ideologias
comunistas, partiram da %eri#ca+&o, ali"s $b%ia, de que os sistemas de economia li%re de
mercado funcionam mal, como todos podemos constatar no nosso dia)a)dia! as eles partiram
desse facto para impor um sistema alternati%o que ninguém sabia se iria funcionar melhor! 4
falta de compreens&o deste princpio b"sico da 'conomia custou muitos sofrimentos a
gera+?es!

0.(. Aresentaço do )o*ume


7omo *" foi dito, o ob*ecti%o do presente te0to é apenas o de mostrar a enorme amplitude e
pot(ncia destes dois postulados muito simples! 4 sua presen+a %eri#car)se)" ao longo de todo o
li%ro, com uma Inica e0cep+&oQ, e ser&o eles os principais elementos do nosso estudo! 4ssim,
na sec+&o /! #rinc>pios fundamentais da economia come+aremos por %er com mais
pormenor como se apresenta o problema econ$mico e os seus principais componentes!
8 essencial do li%ro encontra)se nas sec+?es //! A!entes racionais e '''. &ercados
equili6rados, que t(m ttulos directamente relacionados com os nossos postulados! 4 ser"
deduzido o corpo te$rico b"sico da ($8P'A %8 QAL8P que orientar" toda a an"lise! 8s
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deduzido o corpo te$rico b"sico da ($8P'A %8 QAL8P que orientar" toda a an"lise! 8s
teoremas demonstrados nessas sec+?es, directamente deduzidos a partir dos dois a0iomas,
constituem as principais conclus?es sobre o comportamento econ$mico nas acti%idades
b"sicas, o consumo, a produ+&o e a troca! Godemos dizer que quase todos os outros resultados
do li%ro s&o, em certa medida, corol"rios destas duas sec+?es, com uma e0cep+&oP!
9a %erdade, as partes seguintes do li%ro deduzem)se destes dois captulos b"sicos, pois tratam
de fen$menos particulares que resultam da composi+&o destas acti%idades fundamentais!
4ssim, os pro6lemas de distri6uição dos bens pelas %"rias pessoas numa sociedade
ocupam a sec+&o i%, onde é central a quest&o da pobreza!

Q 4 e0cep+&o, cu*as raz?es #car&o patentes adiante, #gura na sec+&o Q!L! do captulo %, sobre a «economia
Yeynesiana2!
P 4 e0cep+&o aqui reside na ($8P'A &8N$(RP'A, que ser" apresentada na sec+&o m do captulo %, Inico
corpo te$rico b"sico para além do comportamento dos agentes e dos mercados das sec+?es n e m!

4 sec+&o % procura deduzir, a partir dos dois postulados, o comportamento dos


agregados econ$micos da sociedade na conjuntura económica, com especial
aten+&o para os problemas do desemprego e ina+&o! 4, como %eremos, encontram)
se as duas e0cep+?es referidas! 'm primeiro lugar tornar)se)" necess"rio *untar mais
um elemento te$rico ao corpo b"sico das sec+?es n e i, no que constitui a ($8P'A
&8N$(RP'A. 'sta contém os Inicos resultados que n&o podem ser reconduzidos aos
teoremas dessas sec+?es!

Gor outro lado, é também na sec+&o % que, apenas por momentos, abandonaremos os
nossos dois postulados b"sicos, estudando agentes que n&o s&o racionais e mercados
que n&o equilibram! /sto ser" feito para estudar, em alternati%a aos resultados
deduzidos pelo método do resto do li%ro, uma abordagem que te%e import5ncia na
hist$ria da 'conomia: o modelo Yeynesiano!

9as sec+?es seguintes ser&o tratados com mais aten+&o dois elementos fundamentais
da realidade econ$mica: o espa+o e o tempo! 4ssim, na sec+&o %i, sobre
interdepend2ncia mundal, ser&o tratados os teoremas que resultam quando os
postulados fundamentais forem aplicados num mundo em que o espa+o dispon%el
est" di%idido em pases, com rela+?es econ$micas entre si! @inalmente, a sec+o %n
ocupa)se da din<mica económica e da $conomia, que se centra nas quest?es
resultantes da passagem do tempo!

9&o se espere que esta %iagem atra%és da 'conomia d( todos os elementos


necess"rios para um estudo dessa realidade! 8 que se procurou foi apenas *untar
aquelas ideias que nenhum estudo econ$mico pode esquecer! 8 domnio das no+?es
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César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

aquelas ideias que nenhum estudo econ$mico pode esquecer! 8 domnio das no+?es
aqui apresentadas pode n&o constituir condi+&o su#ciente para um economista, mas
ser" certamente condi+&o necess"ria!

+. A ciência econmica
!" # $roblema econmico

. %oluçes do $roblema
. A cri" mars&aiana
T. 8 $roblemas 'lobais da sociedade

1
 A ciência econmica
«3m facto = como um sacoB só se a!uenta se se mete al!uma coisa lá dentro.»
(irandello

«8 carácter cient>@co de uma dada peça de análise = independente do motivo que lhe deu causa.»

. A" %c&um$eter 

Antes de analisarmos os principais resultados da teoria, = conveniente


delimitar o campo da nossa análise. Qamos nesta secção ver com mais
cuidado o que = e como se fa" o estudo da $conomia.

1"1" )e*nição de Economia


Ao lon!o do tempo, muitas de@niç;es t2m sido apresentadas para
caracteri"ar a $conomia. Não vamos aqui procurar determinar qual a
https://pt.scribd.com/document/244299258/Cesar-das-Neves-Introducao-a-Economia-DOC Página 16 de 391
César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

caracteri"ar a $conomia. Não vamos aqui procurar determinar qual a


correcta de@nição, por uma simples ra"ãoB não e:iste. 8 que vamos fa"er =
reUectir um pouco so6re a ess2ncia da $conomia, a partir de al!umas ideias
de de@nição apresentadas ao lon!o do tempo.
8 !rande Alfred &arshall, de que já falámos, um dos maiores economistas de
todos os tempos, que viveu em 'n!laterra no @m do s=culo passado e
princ>pio deste s=culo, começou o seu livro essencial (rinci$ies o +
Economics, de
+I/0, com a fraseB
«$conomia = o estudo da humanidade nos assuntos correntes da vida.»
H&arshall *+I/01, p. l.J

l" A ciência econmica

$sta de@nição parece tão simples que quase = in9til. No entanto, a partir
dela podemos focar al!uns dos aspectos mais importantes da nossa ci2ncia.
#odese di"er que o que vamos dedu"ir desta frase de &arshall = al!o de
essencial, que a maioria das pessoas, mesmo !randes especialistas da
ci2ncia, por ve"es não leva em conta. %o seu desconhecimento resultam
al!uns dos mais frequentes erros económicos do nosso tempo.
A primeira coisa que esta frase nos indica = que o que vamos estudar ao
aprofundar esta ci2ncia não são casos especiais, ou pro6lemas !randiosos,
não são quest;es que se situem lon!e, ou que só ocupem as pessoas
importantes. 8 que a $conomia estuda = o comum das realidades, a vida
corrente das pessoas, de todas as pessoas e, so6retudo, das pessoas
normais, porque são essas as que mais encontramos.
&as o principal que &arshall quer si!ni@car com a sua frase tão elementar
dilo não pelo que a@rma mas pelo que omiteB ele não di" que a $conomia
estuda os assuntos económicos. Na verdade, a $conomia não estuda os
assuntos económicos, e não os estuda por uma ra"ão tam6=m muito simplesB
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César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

assuntos económicos, e não os estuda por uma ra"ão tam6=m muito simplesB
porque não há assuntos económicos. 9&o h" problemas econ$micos, como n&o
h" problemas sociais ou qumicos! 8 que e0iste s&o problemas!

Não há fenómenos eminentemente económicos. 8s fen$menos n&o s&o


econ$micos, ou sociol$gicos, ou qumicos! 8s fenómenos so fenómenosD 4
realidade é Inica e, na sua riqueza natural, contém mIltiplos aspectos particulares!
'ssa realidade e os seus mIltiplos aspectos podem ser analisados de %ariados pontos
de %ista, econ$mico, sociol$gico, qumico, etc! 7ada ci(ncia tem por ob*ecto toda a
realidade, mas tenta captar essa realidade a partir de um prisma especial! 9&o é a
9atureza que classi#ca a realidade, mas sim o estudo humano, organizado em ci(ncia!
4ssim, qualquer problema real pode ser analisado do ponto de %ista qumico, fsico,
econ$mico, social, etc!

Ser" que, quando uma pessoa compra um *ornal, isso é um fen$meno econ$mico3 Gor
que raz&o n&o é poss%el ao soci$logo analisar o aspecto de encontro de classes
sociais diferentes entre o *ornaleiro e o comprador3, ou ao ecologista preocupar)se
com o efeito desta compra sobre a polui+&o3, e o que impede um qumico de obser%ar
as reac+?es que se d&o entre o suor da m&o do *ornaleiro, a tinta do *ornal e o metal
da moeda3

8 que arshall quer captar com a sua frase é e0actamente este facto: a 'conomia
estuda os assuntos correntes da %ida! 9&o é s$ a 'conomia que estuda os assuntos
correntes da %ida, mas a 'conomia estuda todos os assuntos correntes da %ida!

Huer isto dizer que é poss%el fazer uma teoria econ$mica de coisas t&o «pouco
econ$micas2, mas pertencentes A nossa %ida corrente, como as da poesia, do namoro,
da religi&o ou dos di%ertimentos3 7laro que sim! -asta a esses fen$menos aplicar a
metodologia, o prisma de an"lise da 'conomia, e obtém)se uma teoria econ$mica
desses fen$menos! ' até e0istem alguns autores que t(m %indo a faz()lo
recentemente!

Bma quest&o diferente é saber se essa an"lise econ$mica capta, atra%és do seu
prisma particular de enfoque, os aspectos mais rele%antes para o estudo desse
fen$meno! ; pro%"%el que, se nos debru+armos sobre um poema, o amor entre dois
 *o%ens ou as rela+?es pessoais com Deus, e o #zermos atra%és de um método

econ$mico Cou sociol$gico, ou qumico6, apenas captemos aspectos secund"rios dessa


realidade!

4 metodologia econ$mica parece mais indicada para estudar problemas que t(m
certas caractersticas particulares, a que adiante, de forma abusi%a, chamaremos de
problemas econ$micos! as essa predisposi+&o para certo tipo de fen$menos n&o
impede a ci(ncia de ser aplicada a outros problemas, e n&o quer dizer que a an"lise
n&o possa captar aspectos inesperados e interessantes em campos que pareciam ser)
lhe estranhos! Todos os assuntos correntes da %ida do homem podem Ce de%em6 ser
ob*ecto da 'conomia!

as qual é a particularidade do estudo da 'conomia3 Gara %ermos isso %ale a pena
usarmos umas outras das tentati%as de de#ni+&o da ci(ncia econ$mica! 1amos %er a
usada por Gaul Samuelson no li%ro de LNO Economics, que sucedeu ao li%ro de
arshall como manual b"sico que ensinou 'conomia a gera+?es e ainda ho*e é usado!
4, Samuelson a#rmou que «'conomia é o estudo de como as pessoas e a sociedade
escolhem o emprego de recursos escassos, que podem ter usos alternati%os, de forma
https://pt.scribd.com/document/244299258/Cesar-das-Neves-Introducao-a-Economia-DOC Página 18 de 391
César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

escolhem o emprego de recursos escassos, que podem ter usos alternati%os, de forma
a produzir %"rios bens e a distribu)los para consumo, agora e no futuro, entre as
%"rias pessoas e grupos na sociedade2!
G4B< S4B'<S89 Cn! LNLQ6

8 americano Gaul Samuelson é um dos economistas %i%os mais famosos e inuentes! >" aos MU
anos, ainda como aluno, apresenta um artigo muito inuente na moderna teoria do consumidor!
4 sua tese de doutoramento +oundations o' Economic Ana*ysis, de LNL, representou o
manifesto da escola de 'conomia da segunda metade do século 00, que toma%a a formula+&o
matem"tica rigorosa como caminho para a dedu+&o dos teoremas! 'm centenas de artigos
cient#cos, Samuelson, que se mante%e na maior parte da sua carreira no assachusetts
/nstitute of Technology, aplicou os no%os métodos a, literalmente, todos os campos da teoria! 4
sua inter%en+&o poltica, nos *ornais e, sobretudo, o seu manual Economia, com treze edi+?es
desde LNO, tornaram)no também um %ulgarizador dos princpios econ$micos e sua aplica+&o!

9esta frase, comprida e tal%ez um pouco confusa, o autor procurou meter todos os
elementos particulares que constituem a 'conomiaM! 1ale a pena analisar ponto a
ponto os elementos da frase! 'stes aspectos %oltam a ser repisados adiante, com mais
pormenor, mas %ale a pena come+ar *" por enunci")los!
9o e0emplo da compra do *ornal, o estudo das reac+?es qumicas na mo do *ornaleiro parece, para a maior
parte das pessoas, uma in%estiga+&o desnecess"ria! as se essa in%estiga+&o %ier a descobrir que da pode
pro%ir o cancro3 7omo determinar, de antem&o, se uma in%estiga+&o cient#ca é ou n&o Itil3 ' desde quando é
a utilidade o critério para fazer ci(ncia3
M 4 frase é de tal modo confusa que, nas Iltimas edi+es do seu li%ro, o autor tem usado uma %ers&o reduzida
desta de#ni+&o que, embora menos rica em pormenor, capta o essencial da antiga cita+&o: «4 'conomia é o
estudo de como as sociedades usam recursos escassos para produzir bens %aliosos e distribu)los entre
diferentes grupos!2

/6 'STBD8 D8 78G8RT4'9T8 D8S 4Z'9T'S ' D4 S87/'D4D'


8 ob*ecti%o da 'conomia é, como *" dissemos, o ser humano, mas nele, a 'conomia dirige)se A
compreensão do seu comportamento! Trata)se, como *" %imos, de uma ci(ncia e, por isso
mesmo, o seu prop$sito é o conhecimento e a compreens&o da realidade! Se alguém *ulga%a
que o prop$sito da 'conomia era outro Cpor e0emplo, aprender a ganhar dinheiro6 o melhor é
desistir *"!
Gor outro lado, estuda)se o comportamento de «agentes e sociedades2! Bma sociedade é um
am"lgama de agentes, que se comp?e do comportamento diferente de cada um deles! 4
'conomia estuda agentes, mas agentes em rela+&o, e o comportamento indi%idual tem sempre
de ser colocado na perspecti%a da rela+&o interpessoal! 7laro que é poss%el analisar
economicamente os problemas de um agente isolado, mas a rela+&o Cneste caso a falta dela6
tem sempre efeito sobre o comportamento indi%idual!

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César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

//6 -'9S ' R'7BRS8S

4parece aqui, pela primeira %ez, um conceito essencial em 'conomia: o 6em. 8 que é um bem3
4 de#ni+&o econ$mica de bem é algo que satisfaz uma necessidade humana. 8 p&o que
satisfaz a fome, a roupa, a chapa de ferro s&o bens! as também uma aula de 'conomia, um
concerto, o ar, uma cama, um c&o, uma con%ersa com um amigo, tudo isto s&o bens
econ$micos! 8 erro de considerar que s$ algumas coisas, as materiais, é que s&o econ$micas, é
um erro comum, mas que de%e ser sempre refutado!
/sso quer iizer que o que determina se uma coisa é ou n&o um bem é o ser humano e as suas
necessidades! 9&o h" economia desligada da humanidade, porque sem ela n&o h" necessidade
e, portanto, bens! Gor isso é que a 'conomia é uma ci(ncia humana! 4s necessidades que aqui
s&o consideradas s&o as necessidades, todas as necessidades dos seres humanos! 9&o se entra
aqui com discusses ético)morais que, embora se*am muito importantes para a %ida da
sociedade, nada t(m a %er com a nossa an"lise cient#ca!
7omo %imos atr"s, estas realidades, além de serem, para o economista, bens econ$micos, s&o,
simultaneamente, componentes sociais, fen$menos fsico)qumicos, etc! al ir" o economista
se esquecer que estas coisas t(m todos estes aspectos, tal como mal ir" o poltico ou o fsico se
o esquecer! ; importante n&o ignorar que a realidade permanece una, mesmo quando n$s, por
moti%os de an"lise, a dissecamos!

as e0istem algumas coisas que n&o satisfazem directamente as necessidades humanas e, por
isso, estritamente n&o s&o bens, mas ser%em para produzir bens! 4 essas entidades econ$micas
chamamos recursos. Bm peda+o de terra ou uma m"quina n&o s&o bens, mas algo que produz
bensK s&o recursos! 8 trabalho é também um recurso, mas também pode ser um bem, se se tira
prazer do que se faz! 4 utilidade dos recursos e0iste apenas indirectamente, atra%és dos bens
que %ir" a produzir e, nesse sentido, alguns economistas chamam)lhes «bens
intermédios2 ou «factores2!
///6 'S78<.4 ' 'S74SS'

7omo *" se disse, a 'conomia pode aplicar)se a qualquer problema humano! 9o


entanto, um dos elementos humanos que mais encai0am na abordagem particular da
'conomia é o da escolha! 4 escolha é um elemento essencial da 'conomia, pois é
dessa decis&o que nasce o problema a resol%er pelo agente ou pela sociedade, o qual
%ai moti%ar o comportamento! 7omo %eremos adiante, a 'conomia gosta de analisar a
realidade em termos de decis?es ou escolhas, pelo que a sua presen+a é essencial! Se
n&o h" escolha n&o h" problema!

Gara ha%er escolhas s&o precisos %"rios elementos! Bm dos principais é a e0ist(ncia
de alternati%as! Se n&o h" alternati%as para escolher, a escolha é for+ada, pelo que

n&o e0iste! Da que a 'conomia preze muito a e0ist(ncia de %"rias possibilidades,
sobre as quais possa construir a escolha!

8utro elemento essencial para a e0ist(ncia de escolha é a liberdade! Gara e0istir uma
escolha é n&o s$ necess"rio que as alternati%as e0istam, mas também que se*a fsica
e humanamente poss%el optar entre elas e eleger qualquer uma delas! 4 liberdade de
op+&o é um elemento essencial da escolha! Bma escolha for+ada n&o é escolha!

as mesmo que e0istam alternati%as, muitas necessidades para satisfazer, e a


liberdade de escolher como satisfaz()las, se os bens dispon%eis para satisfazer essas
necessidades forem mais do que su#cientes para todas elas, n&o h" problema
econ$mico! 9a %erdade, n&o e0iste nesse caso uma escolha, porque nem sequer h"
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econ$mico! 9a %erdade, n&o e0iste nesse caso uma escolha, porque nem sequer h"
problema! 'mbora a respira+&o se*a uma necessidade %ital para todos n$s, n&o h"
problema econ$mico no consumo de ar, pois a atmosfera chega e sobra para todas as
nossas necessidades de arU!

Gor esta raz&o, a economia est" muito ligada ao conceito de escassez, porque é ela
que causa a necessidade de escolhas e decis?es que, como %imos, s&o essenciais
para um problema econ$mico! 'ste conceito, embora muito simples e corrente,
contém algumas particularidades na sua de#ni+&o que %ale a pena acautelar, porque
geram %"rias confus?es! 4diante trataremos delas!
/16 789SB8

4 #nalidade da 'conomia é o estudo da satisfa+&o das necessidades humanas atra%és


de bens! 4o acto de satisfa+&o das necessidades, chamamos consumo. 4ssim, o
consumo é a utiliza+&o de bens para a satisfa+&o das necessidades! Tal como antes, o
que determina este conceito é o ser humano e a sua acti%idade!

Repare)se que o consumo n&o tem de ser material! Bm soneto, uma sinfonia, s&o bens
econ$micos e o acto de os utilizar, contemplando)os ou escutando)os, é consumo! Gor
outro lado, consumo nada tem a %er com o que normalmente consideramos
«econ$mico2 ou com *uzos morais! Bm eremita que s$ coma p&o, beba "gua e reze,
tem problemas econ$micos com os tr(s bens que consome: p&o, "gua e tempo! 8
problema do eremita ou o problema do empres"rio com duas casas e tr(s carros é,
economicamente, do mesmo tipo: um problema de consumo! 4 n$s parece)nos
diferente porque ele é social, moral, culturalmente diferente! as economicamente o
problema é o mesmo: necessidades Cdiferentes6 satisfeitas por consumos Cdiferentes6
de bens Cdiferentes6!

Gor outro lado, o consumo é a Inica #nalidade do comportamento econ$mico: a


satisfa+&o das suas necessidades! 4cti%idades alternati%as, como a poupan+a, o
in%estimento, as e0porta+?es, s$ se entendem economicamente em fun+&o do
consumo! Bma pessoa ou sociedade s$ poupa ou in%este porque quer ter consumo no
futuro, e s$ e0porta porque dese*a consumir bens estrangeiros!
16 8 T'G8

4s decis?es econ$micas implicam comportamentos que se repercutem «agora e no


futuro2! 9a %erdade, todas as pessoas, ao decidirem como de%em usar os bens para
consumo ho*e, entram em conta com o que pre%(em que possa %ir a acontecer! Gor
outro lado, o facto de o futuro ser incerto complica fortemente essa decis&o! Gor todas
estas raz?es, o tempo é um dos elementos mais importantes da 'conomia e mais
difceis de analisar! 4ssim, e mesmo que, para simpli#car, tenhamos que abstrair da

sua e0ist(ncia em certas partes da nossa an"lise, é importante ter consci(ncia da sua
presen+a!

4tra%és destas de#ni+?es de 'conomia foi poss%el determinar os principais elementos


de uma an"lise econ$mica! Seguidamente, estes elementos sero obser%ados com
mais cuidado, para determinar a sua %erdadeira natureza! 7ome+aremos pelas
quest?es metodol$gicas!

1.&. A a$ordaem cientí-ca


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César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

1.&. A a$ordaem cientí-ca


 Tratando)se de uma ci(ncia, a 'conomia utiliza como instrumento o método cient#co! 9&o é
aqui o lugar para descre%er em pormenor este instrumento nos seus detalhes, mas %ale a pena
considerar algumas das suas caractersticas e dos seus problemas! 8 ob*ecti%o central do
método cient#co consiste em tentar conseguir obter uma compreens&o clara e profunda do
fen$meno em estudo, e%itando da forma mais perfeita poss%el os erros, fal"cias e confus?es
que, ine%ita%elmente, perseguem quem procura o conhecimento!
9essa acti%idade, portanto, e0iste uma luta contnua entre a 5nsia de conhecer e a protec+&o
contra os erros! étodos e0peditos e f"ceis de acesso A realidade podem, normalmente, gerar
uma %is&o distorcida e err$nea dos fen$menos! Da que a acti%idade cient#ca se*a,
simultaneamente, uma a%entura, cheia de emo+?es e percal+os, e um e0erccio de rigor e
pormenor, e0igindo e0trema aten+&o e minIcia!
 Tradicionalmente, di%ide)se o método cient#co em tr(s partes: e0perimenta+&o, obser%a+&o e
an"lise! 'm 'conomia, como nas demais ci(ncias humanas, estas tr(s componentes t(m
caractersticas particulares! ; costume dizer que a e:perimentação n&o tem lugar na
'conomia! 9a %erdade, poucas s&o as situa+?es em que é poss%el realizar algo de semelhante
aos testes laboratoriais controlados da @sica ou da HumicaQ, pois seria imoral usar pessoas ou
sociedades como cobaias da ci(ncia! as se o cientista social tem de se pri%ar do recurso a
testes para a%aliar as suas teorias, a .ist$ria tem criado %erdadeiras e0peri(ncias, que em tudo
s&o semelhantes As laboratoriais, e0cepto no controle das amostras!

Gor e0emplo, que e0peri(ncia gostaria um economista de realizar para determinar a diferen+a
de resultados dos sistemas econ$micos Ccapitalismo )s comunismo63 Tal%ez a e0peri(ncia mais
simples fosse di%idir um pas ao meio, aplicar um dos sistemas em cada parte do pas, dei0ar
passar umas décadas e a%aliar os resultados! 9a hist$ria recente, o uir natural dos
acontecimentos criou e0actamente essa situa+&o, com a 4lemanha e a 7oreia, por e0emplo! ;
claro que o facto de o pas n&o ter sido escolhido p(los cientistas e a sua di%is&o n&o ter sido
realizada em condi+es laboratoriais pode en%iesar os resultados! as seria poss%e6 conceber
uma e0peri(ncia rigorosa que fosse muito diferente3

9a %erdade, este e0emplo corresponde ao segundo instrumento do método cient#co, a


o6servação. 4 obser%a+&o directa dos fen$menos é a grande fonte de informa+&o para a
'conomia! 4o longo dos tempos, muito do esfor+o que os economistas gastaram nos seus
estudos foi na recolha de factos e dados! 8 rigor e a minIcia na recolha desses dados é algo de
essencial para a 'conomia, de tal modo que muitos dos a%an+os na metodologia geral
de recolha e tratamento de dados quantitati%os se de%e a economistas! Gor e0emplo,
o li%ro de 4dam Smith Ensaio so$re a ature/a e as "ausas da iue/a das aç2es, de
LVVP, que, repetimos, deu origem A economia moderna, consiste, essencialmente,
num enorme reposit$rio de factos e dados sobre a e%olu+&o econ$mica, a partir dos
quais Smith desen%ol%e o seu raciocnio!

9a %erdade a obser%a+&o da %ida econ$mica concreta, do comportamento dos


consumidores, empresas e go%ernos fornece uma enorme quantidade de informa+&o
que est" dispon%el ao cientista para classi#car, delimitar e interpretar! 4s polticas
dos 'stados, as moti%a+?es que as dirigiram e os resultados que obti%eram, a reac+&o
dos agentes a essas inter%en+?es, a acti%idade aut$noma desses agentes e a forma

como ela %ai alterando a face do sistema econ$mico, tudo isto constitui a base factual
de todas as teorias econ$micasV!

A análise cient>@ca constitui a terceira parte do método cient#co! 9este ponto,


realiza)se a formula+&o e teste de teorias econ$micas! 4qui, a imagina+&o e a intui+&o
do cientista dominam a in%estiga+&o! 9a %erdade, é preciso al%itrar uma e0plica+&o,
um mecanismo para compreens&o do fen$meno obser%ado! 'ssa e0plica+&o, a que se
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César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

um mecanismo para compreens&o do fen$meno obser%ado! 'ssa e0plica+&o, a que se


chama «teoria2, consiste numa in%en+&o abstracta do analista, o seu entendimento
profundo do fen$meno! Gode estar completamente errada, por nada ter a %er com a
realidade, ou adaptar)se muito bem aos contornos do problema em an"lise! as, de
qualquer forma, trata)se de uma constru+&o abstracta e metodol$gica, que é sempre
arti#cial! Gor %ezes para sublinhar essa arti#cialidade, d")se A teoria o nome de
«modelo2, pois ela pretende constituir um modelo que imite a realidade!

De%ido a essa arti#cialidade, torna)se necess"ria uma fase posterior de teste da


teoria, ou se*a da %eri#ca+&o se a forma como se comporta o fen$meno tem alguma
rela+&o com a teoria particular que foi construda! 'ste teste consiste numa
compara+&o entre os processos ou resultados implcitos na realidade e na teoria,
seguido de um *uzo de %alor sobre a semelhan+a ou diferen+a entre os dois!

4 simples descri+&o destas acti%idades é su#ciente para sublinhar a sua di#culdade!


4presentar uma ideia sobre um problema, com todas as suas implica+?es e
consequ(ncias, e %eri#car a semelhan+a entre esta constru+&o abstracta e a realidade
é uma das tarefas mais profundas e comple0as da ci(ncia! Gor essa raz&o, ao longo do
tempo, a ci(ncia foi aperfei+oando instrumentos para facilitar a sua e0ecu+&o! 'ntre
estes encontram)se a matem"tica e a estatstica, que a 'conomia usa intensamente!

 uito se tem dito da matemática e da estat>stica como %eculos de e0posi+&o e


teste de teorias, apoiando ou contestando o seu uso! Gara o aluno que se inicia, elas
apresentam)se por %ezes como o principal obst"culo! 9&o é aqui o lugar para debater
este assunto, mas %ale a pena notar que o uso destes instrumentos tem como Inica
#nalidade facilitar a apresenta+&o e desen%ol%imento da teoria cient#ca!

9a %erdade, a matem"tica é apenas uma linguagem, mas uma linguagem que tomou
o rigor como linha condutora da sua estrutura! 4ssim, ela foi construda para ser a
Inica linguagem no mundo na qual n&o pode ha%er mal)entendidos! Gor essa raz&o,
ela é um instrumento precioso para o analista de qualquer ci(ncia, que quer ser claro
e rigoroso! 'm particular, ao e%tar os mal)entendidos, a matem"tica facilita a
e0plicita+&o de todas as consequ(ncias e corol"rios que qualquer a#rma+&o contém!
Gor isso, a matem"tica é $ptima para a «dedu+&o2, ou se*a, para o desen%ol%imento
pleno das implica+?es da ideia te$rica!

9o que toca A estatstica, ela é também um instrumento para testar, da forma mais
rigorosa, a semelhan+a ou a diferen+a entre duas realidades, quantitati%as ou n&o!
 Trata)se de um método rigoroso para descre%er e comparar realidadesO!

9os dois casos, pretende)se garantir o rigor e a clareza do tratamento cient#co! 9o


fundo, o que se passa é que o cientista tem consci(ncia da facilidade com que se
engana e do enorme nImero de erros, confus?es e mal)entendidos que se fazem em
qualquer estudo! Se for poss%el apresentar em termos matem"ticos e estatsticos as
suas ideias, é muito mais difcil cair em erros e muito mais f"cil detect")los e corrigi)
los se eles acontecerem!

4ntes de terminar estas bre%es notas sobre a ci(ncia em 'conomia, %ale a pena
meditar sobre dois aspectos particulares da an"lise econ$mica, embora se liguem a

https://pt.scribd.com/document/244299258/Cesar-das-Neves-Introducao-a-Economia-DOC Página 23 de 391


César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

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toda a in%estiga+&o cient#ca! 'stes dois aspectos que %amos focar resultam, em
particular, do facto de a 'conomia ser uma ci(ncia humana! 4ssim, o ob*ecto desta
ci(ncia é a realidade comple0a e %ari"%el das rela+?es humanas, que constitui uma
intrincada rede, inuenciada por mIltiplos factores incontrol"%eis!

Daqui nasce a grande di#culdade da an"lise cient#ca, que tem de se socorrer de


alguns instrumentos para dominar os obst"culos que sempre se lhe deparam! 8s dois
elementos que %amos tratar, a hip$tese coeteris ari$us e a do estatuto estatstico
das leis econmicas, s&o os métodos mais poderosos que a ci(ncia pode utilizar para o
domnio da comple0idade da realidade! as o poder destes métodos faz com que, se
mal utilizados, se gere o risco de cometer erros gra%es de an"lise! 'ste mau uso é de
tal modo frequente que, para muitos, os pontos que %&o ser referidos s&o
considerados as principais fontes de erro em 'conomia!
 'm primeiro lugar, a comple0idade da realidade impede qualquer estudo e0austi%o do mais
pequeno problema econ$mico, pois tal e0igiria, normalmente, um tal nImero e %ariedade de
rela+?es, implica+?es e casos especiais que esmagaria rapidamente o analista mais poderoso!
9a %erdade, como %amos adiante referir frequentemente, «em 'conomia tudo tem a %er com
tudo2!
Gara resol%er esta quest&o, o economista %()se obrigado a isolar uma parte do problema,
anulando, por meio do que pode ser considerado um truque laboratorial, o resto dos elementos
rele%antes! 4ssim, quando um economista a#rma que uma subida de pre+os, por e0emplo,
causa uma descida da quantidade procurada sup?e sempre que tudo o resto para além dos
pre+os Cas condi+?es do produto, o meio ambiente, a %ontade do consumidor, etc!6 se mantém
constante, e que apenas este pequeno aspecto da realidade foi alterado! Deste modo é)lhe
poss%el, reduzindo o problema a uma dimens&o trat"%el, obter conclus?es claras!
9a realidade, a %aria+&o de pre+os seria acompanhada por uma enorme quantidade de outros
fen$menos, alguns acidentais, outros paralelos e outros até resultantes da pr$pria %aria+&o dos
pre+os! ' dessa enorme quantidade de factos que resulta a situa+&o concreta que a 'conomia
%i%e, e elas poderiam perturbar os resultados do estudo! Gor isso, na an"lise, o cientista %eri#ca
https://pt.scribd.com/document/244299258/Cesar-das-Neves-Introducao-a-Economia-DOC Página 24 de 391
César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

%i%e, e elas poderiam perturbar os resultados do estudo! Gor isso, na an"lise, o cientista %eri#ca
os efeitos de uma %aria+&o de pre+os e só de uma %aria+&o de pre+os!

9o nosso e0emplo, se a subida de pre+os fosse acompanhada de uma descida de impostos, a


quantidade procurada do bem poderia até subir! 8u se, depois da subida do pre+o, o bem Cuma
camisola6 ti%esse uma etiqueta 7ristian Dior, um smbolo do -en#ca ou a fotogra#a do arco
Gaulo, ou ainda se agora esti%esse mais calor, tudo isto faria, possi%elmente, alterar a
conclus&o! 4ssim, quando o economista diz que uma subida de pre+os reduz a quantidade
procurada quer dizer que isso acontece se apenas o pre+o %ariar, e mais nada!
'ste truque #cou conhecido em ci(ncia como «hipótese coeteris parV6us», e0press&o latina
que signi#ca que «o resto #ca igual2! 9a fsica e na qumica, este truque corresponde a manter
«condi+?es normais de press&o e temperatura2 nas e0peri(ncias laboratoriais!
'ste ponto, que demonstra claramente a di#culdade da an"lise econ$mica, p?e em destaque o
génio de cada economista! 9a %erdade, cada economista, ao estudar um problema, necessita
de, logo de incio, escolher o que é rele%ante, para introduzir na sua an"lise, enquanto o resto é
eliminado, porque mantido constante 3coeteris ari$us4. Se forem esquecidos aspectos
importantes, o estudo erra nas suas conclus?es, se includos aspectos irrele%antes como
%ari"%eis a in%estiga+&o torna)se demasiado comple0a!
Gor outro lado, muitos erros de aplica+&o dos princpios econ$micos resultam do esquecimento
desta hip$tese! 7ada teorema ou conclus&o foi deduzido em condi+?es claras e bem de#nidas, e
s$ é %"lido nessas condi+?es! Se isto for esquecido e se tentar aplicar a outras condi+?es, eles
dei0am de ser %"lidos, resultando gra%es erros, que n&o s&o culpa dos teoremas, mas de quem
os n&o sabe aplicar!

8 outro problema, também ligado As caractersticas humanas do ob*ecto da 'conomia, é o da


incerte"a. 4 realidade, além de comple0a, é e0tremamente %olI%el e %ari"%el e,
consequentemente, as leis e os teoremas econ$micos nunca conseguem captar a enorme
%ariedade das realiza+?es concretas dos fen$menos! Gor essa raz&o, as leis e os
teoremas econ$micos s&o leis estatsticas! 4ssim, elas n&o s&o leis uni%ersais e
imut"%eis, n&o se aplicam a todos os casos, mas apenas «em média2, A generalidade
das situa+?es «normais2! arshall resumia este facto ao a#rmar que «4s leis da
'conomia de%em antes ser comparadas com as leis das marés em %ez de com a lei,
simples e e0acta, da gra%ita+&o2 [arshall CLON6, p! MP]!

4ssim sendo, ao obser%ar um tipo de problema econ$mico, é de esperar que a maior


parte das situa+?es obede+a ao teorema apropriado, mas n&o é de e0cluir o
aparecimento de um caso estranho e abstruso, que n&o se enquadra nesse teorema!
8 mal n&o est" no teorema nem na situa+&oK apenas é a manifesta+&o da enorme
%ariedade da 9atureza! '0igir que toda a realidade humana caiba numa f$rmula geral
é um erro de incompreens&o dessa realidade!

Gor e0emplo, uma subida de pre+os reduz, norma*mente, a quantidade procurada! Se


é de esperar que, na generalidade dos casos, e0ista mesmo uma queda da
quantidade procurada, pode acontecer que, em certo bem, para certo consumidor, tal
n&o aconte+a! 8u ent&o, se um economista chega A conclus&o de que, para cada
subida de L\, a quantidade procurada cai de  unidades, ninguém espera que
essa queda se*a e0actamente de  unidades, mas apenas de cerca de  unidades!

'0istem outras fontes de erro na 'conomia! 'm primeiro lugar o facto de, sendo uma
ci(ncia humana, o grau de su6jectividade includo nos *ulgamentos ser muito maior
que numa ci(ncia chamada e0actaN! 9&o ter consci(ncia desta sub*ecti%idade pode
ser e0tremamente perigoso! 8utra fonte de erro, que discutiremos na sec+&o L!Q!, é a
https://pt.scribd.com/document/244299258/Cesar-das-Neves-Introducao-a-Economia-DOC Página 25 de 391
César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

ser e0tremamente perigoso! 8utra fonte de erro, que discutiremos na sec+&o L!Q!, é a
chamada «falácia da composiço» o que se passa numa parte n&o é
necessariamente %"lido no todo! Se uma pessoa grita faz)se ou%irK se todos gritam
ninguém ou%e nada! 'm 'conomia estes efeitos *usti#cam mesmo uma disciplina
particular para estudar os fen$menos agregados!

@inalmente, de%e ser referida uma das fontes de erro mais frequentes da 'conomia,
como o é de toda a ci(ncia, e até da %ida corrente: a falácia do posf &oc" 'sta
fal"cia J que est" ligada A frase latina ost hoc, ero roter hoc, ou se*a «depois de,
por isso por causa de2 J corresponde A atribui+&o de um ne0o de causalidade entre
dois factos apenas contempor5neos! ; um erro comum, de conclus&o precipitada!

Gorque eu %e*o as ac+?es ha bolsa descerem depois de subir um imposto deduzo que
a bolsa caiu por causa do imposto! Gode ser que ha*a raz&o para isso, mas pode
também ser que n&o! Sé e0iste uma teoria que sup?e que a subida dos impostos tem
efeitos negati%os na bolsa, é claro que esta %eri#ca+&o pode ser utilizada como
obser%a+&o abonat$ria para a teoria! as, em si, a informa+&o n&o quer dizer nada,
n&o tem necessariamente um signi#cado causal!

Gor %ezes, a simultaneidade dos acontecimentos é mera coincid(ncia! 8utras %ezes é


apenas uma m" interpreta+&oL! 9outros casos, o que se passa é que e0iste uma
terceira causa, que pro%oca os dois factos %eri#cados, sem ha%er causalidade directa
entre os dois!

'sta fal"cia do ost hoc # das mais perigosas, porque se baseia numa obser%a+&o
directa! ; muito difcil con%encer alguém que %iu algo de que a conclus&o que tirou
dessa obser%a+&o é um produto do seu raciocnio ou da sua imagina+&o, n&o partindo
necessariamente da informa+&o que obte%e!

4 realidade humana, sempre comple0a e %ari"%el, cria um campo de grande


di#culdade para a sua an"lise, em especial para quem quer fazer uma an"lise
cient#ca! ; este o esfor+o, mas também o encanto da 'conomia!
cegonhas e bebés na %izinhan+a de%e)se ao facto de a casa ser grande, e n&o a qualquer ne0o de causalidade
entre ambos os factos!

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César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

-
O ro$*ema econ5mico
«8s meus balores est&o muito acima do dinheiroW 'u n&o troco um autom$bel, uma biagem ao
estrangeiro, ou um *antar com la)  gosta por dinheiro!2 Este$es 36erman 7os#4

i8 «Tenho reinado muito tempo! 8s meus inimigos odeiam)me, os meus sIbditos amam)me, os
meus aliados respeitam)me [!!!] 9esta situa+&o contei quantos dias ti%e de pura e genuna
felicidade na minha %ida: foram catorzeW 8h homem, n&o con#es nas coisas ter)
renas!2 i
"a*i'a A$durammon  ^ 
is i

«9&o me digam que um problema é difcil! Se n&o fosse difcil, n&o era problema!2
 9enera* +. +och :

«4 cor da %erdade é o cinzento!2

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«4 cor da %erdade é o cinzento!2


 A. 9ide Fazer
PT o
1imos que a 'conomia era o estudo da realidade, da realidade toda, de um pontoSalvos
de
upload
%ista particular! as %imos também que, se toda a realidade pode ser encarada de um
ponto de %ista econ$mico, nem toda a realidade tem um pro6lema económico. S$
e0isteum problema econ$mico quando e0iste a necessidade de tomar uma decis&o, e
 Salvar 25 de
esta s$ aparece quando e0iste escasse"
Incorporarda an"lise
aplica+&o Compartilhar
372
e escolha. Pesquisar
'stescasos no documento
s&o aqueles onde a
econ$mica traz algum resultado interessante! Se n&o, a an"lise

econ$mica d" resultados tri%iais! Huando n&o h" necessidade de tomar decis?es, n&o
h" pro6lema.

&.1. Escasse/ e esco*ha


4 escassez é um elemento fundamental para o aparecimento de um problema
econ$mico! as o que é a escassez3 4 escassez consiste na impossibilidade de os
bens dispon%eis satisfazerem as necessidades presentes! 4ssim, o conceito de
escassez, como todos os outros conceitos econ$micos, depende centralmente das
necessidades humanas! S&o estas que de#nem se um bem é ou n&o escasso! 4ssim, a
situa+&o de escassez de um bem pode ser alterada radicalmente de%ido apenas A
altera+&o de gostos das pessoas!

8 petr$lo ou o ur5nio n&o eram escassos antes de se ter descoberto a tecnologia que
prmitiu apro%eit")los como fonte de energia! Bm programa de tele%is&o pode tornar
escasso um produto que até ent&o nem sequer era um bem econ$mico Cse um cantor
da moda con%encer os seus f&s a usarem ossos de frango ou cascas de mel&o na
lapela, por e0emplo6!

9&o h" escassez de ar para respirar Cembora ar puro se*a muito escasso nas nossas
cidades6, ou de lugares num cinema %azio! as cuidado, a escassez nem sempre é o
que parece e %aria com as circunst5ncias! Gor e0emplo, e0istem muitas pedras pelo
mundo, e por isso elas parecem n&o ser escassas, mas algumas delas s&o escassas,

porque é preciso apanh")las, cort")las, para fazer cal+adas! 8 que é escasso é a pedra
tratada e colocada no stio em que é necess"ria!

as a principal raz&o que causa a escassez é a e0ist(ncia de necessidades humanas


ilimitadas! 4o longo dos tempos, o progresso do bem)estar n&o tem eliminado a
escassez pois o ser humano tem sempre encontrado mais coisas de que necessita,
depois de %er satisfeitas as necessidades b"sicas! Gor isso, n&o é f"cil imaginar uma
sociedade sem escassez!

; importante notar que a escassez e a escolha est&o ligadas! ; a escassez que gera
alternati%as! Se n&o hou%esse escassez era poss%el ter todas as alternati%as e, se se
pudesse ter todas as alternativas, n&o teria de ha%er uma escolha! Da a raz&o de
ha%er escolha reside na escasse"+-, ou se*a, o facto de n&o ser poss%el produzir
tudo o que se dese*a! Se é preciso escolher, isso signica que para satisfazer uma
necessidade é preciso sacri#car uma outra, ou se*a, e0iste um custo.

8 conceito econ$mico de custo nasce deste problema: de%ido A e0ist(ncia de


escassez, qualquer satisfa+&o de uma necessidade imp?e um custo na satisfa+&o de
outra necessidade! 7hamamos ao conceito econ$mico de custo Co Inico conceito
econ$mico de custo6 custo de oportunidade. 8 custo de algo é o %alor do que de
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econ$mico de custo6 custo de oportunidade. 8 custo de algo é o %alor do que de


melhor dei0"mos de fazer para fazer o que #zemos!

4ssim, em 'conomia, o custo de uma coisa n&o se mede em dinheiro! 8 custo de um


li%ro n&o s&o os Q contos que uma pessoa pagou por ele, mas o %alor do que ela
dei0ou de fazer com esses Q contos, para poder comprar esse li%ro! ; a satisfa+&o que
dei0ou de ter com o que poderia ter comprado em %ez de comprar o que comprou!
7laro que poderia escolher fazer muitas outras coisas, mas o que nos interessa para
de#nir o custo é o que de melhor dei0ou de fazer!

9a %erdade, como é racional, se n&o ti%esse comprado o li%ro, teria gasto o dinheiro
noutra coisa, a que lhe daria mais satisfa+&o a seguir ao li%ro! Gor e0emplo se uma
cassete fosse o que, na aus(ncia do li%ro, mais gostaria de ter comprado, ent&o o
%alor da cassete seria o custo de oportunidade do li%ro! 8 custo do li%ro é pois a
satisfa+&o que a cassete Cque n&o se comprou6 dariaLU!

4ssim se de#ne o custo de oportunidade, pelo benefcio da melhor alternati%a a cada


coisa! Repare)se que em 'conomia, na %erdade, n&o h" custos! 8 que e0iste s&o
benefcios das alternati%as! Se o que interessa s&o as necessidades humanas, o custo
de uma satisfa+&o é a satisfa+&o que se dei0ou de ter, por ter a que se te%e! 4diante
%oltaremos a esta de#ni+&o de custo!

4 forma mais simples de e0pressar o fen$meno da escassez é atra%és de uma %elha


frase da 'conomia «não há almoços !rátis». 'sta frase é a e0press&o simples da
ideia de que n&o é poss%el ter uma coisa escassa de borla! 4 pr$pria e0ist(ncia da
escassez implica um custoL!

Se alguma coisa, sendo escassa, é, em certo caso, gr"tis, ent&o ou alguma outra
pessoa pagou ou pagou)se sem dar por isso! Bma coisa escassa nunca é de gra+a,
embora possa parecer! uitos querem fazer)nos crer que alguma coisa nos é oferecida
Cremédios da 7ai0a, autocolantes das campanhas eleitorais, etc!6! as, na realidade, o
que aconteceu é que o custo foi disfar+ado, foi *" pago por n$s anteriormente, ou %ir"
depois! Bma coisa gr"tis s$ o é porque n&o h" escassez dela: "gua do rio, luz do sol,
areia da praia! as a maior parte das coisas da %ida não são !rátis.

as ent&o que pensar da frase popular: «4s melhores coisas da %ida s&o gr"tis32 8
sentido econ$mico dessa frase seria que a amizade, um sorriso, uma paisagem, n&o
s&o bens escassos! Se é esse o sentido, ent&o de%emos deduzir que a 'conomia tem
pouco interesse para as melhores coisas na %ida! as o facto de apenas interessar a
coisas menos importantes Ccomo os almo+os6 n&o quer dizer que a 'conomia dei0e de
ser importante!

as ser" esse o sentido3 Ser" que a amizade é gr"tis3 Bma coisa é gr"tis quando n&o
tem custo! as o custo n&o est" apenas de#nido em dinheiro! 7omo %imos atr"s, o
custo de algo é aquilo que ti%emos de sacri#car para satisfazer essa necessidade! '
todos sabemos como a amizade, um sorriso, uma paisagem e0igem sacrifcios para
serem mantidos! Tal%ez que a frase «as melhores coisas na %ida s&o gr"tis2 queira
apenas dizer que n&o custam dinheiro, e n&o que n&o t(m custo! 'm termos
econ$micos seria mais correcto dizer «as melhores coisas da %ida n&o passam pelo
mercado2, mas bem sabemos que t(m custo!

Deste modo, sabemos que nem tudo o que dese*amos pode ser satisfeito! 4s
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Deste modo, sabemos que nem tudo o que dese*amos pode ser satisfeito! 4s
necessidades s&o de mais para os bens dispon%eis ou produz%eis! ; preciso escolher,
decidir! 4 quest&o que se le%anta é a da escolha. 4 selec+&o das necessidades que
%&o ser satisfeitas em rela+&o As que %&o ser preteridas!
Daqui nascem os ros problemas econ$micos! 9a %is&o popular os problemas econ$micos s&o
apenas problemas materiais, de produtos compra!! 8 que e derminan e e a presen+a de
necessidades humanas e a escassez de bens >
im o problema de ir ho*e ao cinema ou #car em casa a %er tele%is&o a que =ao de escolher entre
ShaYespeare ou Zil 1icente para representa s&o pr^ mas econ$micos igualmente, pois neles est"
presente a escassez e a escolha:
 8 que produzir3 Huais produtos, em que quantidade, e quando é que as pessoas querem
consumir! q
:e que forma e com que tecnologia3 #ara quem produzir3 Huem bene#cia com a produ+&o3
7omo se di%ide

a produ+&o nacional entre as %"rias famlias3


8utros preferem resumir o problema econ$mico em %"rias acti%idades

&.&. aciona*idade e interdeend;ncia


aciona*idade e interdeend;ncia<=

hip$teses fundamentais, que *" atr"s %imos e que nos %&o acompanhar ao longo de
todo o estudo da 'conomia:
W os a!entes são racionais
W os mercados equili6ram

'stas s&o as hip$teses)base de toda a teoria econ$mica, e delas saem praticamente


todos os teoremas da economia! 9esta sec+&o %eremos com mais cuidado o que s&o e
o que signi#cam estas hip$teses!

4s escolhas econ$micas podem ser feitas de muitas formas diferentes, tantas quantas
as pessoas que e0istem! 4 teoria econ$mica estuda o que h" de comum nessas

decis?es! 'las respeitam a hip$tese essencial, pois a resolu+&o econ$mica e0ige a


racionalidade.
_ primeira %ista, a hip$tese da racionalidade parece algo estranha, mas, como *"
%imos, ela representa algo que é eminentemente!humano, e por isso foi escolhida
como base da ci(ncia humana que é a 'conomia! 4tr"s %imos o que signi#ca%a a
racionalidade, agora %amos de#ni)la com mais rigor! 'm termos e0actos, a
racionalidade e0ige duas coisas:
/6 8GT//4`8

 Tirar partido de uma melhoria, em rela+&o aos ob*ecti%os do agente, sempre que
essa alternati%a n&o represente custo adicional! 7omo disse o grande economista
irland(s @rands ! 'dgeworth, «o primeiro princpio da 'conomia é que cada agente é
moti%ado apenas pelo interesse pr$prio2 J 'dgeworth CLOOL6, p! P!
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moti%ado apenas pelo interesse pr$prio2 J 'dgeworth CLOOL6, p! P!

'qui%ale a supor que n&o se escolhe uma m" solu+&o quando est&o dispon%eis outras
melhores! as para saber se uma situa+&o é ou n&o racional, preci) < s$ de ter a
certeza de duas coisas:

a6 Disponibilidade: as oportunidades t(m de estar mesmo dispon%eis e to) W das


igualmente dispon%eis! De outro modo, o agente pode escolher uma que 8,
parece pior, mas mais acess%el! ' é fundamental notar que disponibilidade :

n&o é s$ disponibilidade fsica, masmoral, social, etc! 7omo *" %imos atr"s, a
racionalidade e a busca da optimiza+&o n&o implica que se roube ou atropele as
regras Crepare)se que nesse caso e0iste um custo, pela perda de respeito pr$prio, de
bem)estar do pr$0imo, que pode ser muito importante6

9a %erdade, duas situa+?es que parecem iguais nos seus resultados podem ser muito
diferentes na a%alia+&o de pessoas diferentes! Gode ser racional uma pessoa recusar)
se a pagar um suborno a um burocrata, mesmo que esti%esse dispon%el para pagar)
lhe o mesmo montante em ta0as! ; claro que se a pessoa n&o tem escrIpulos, o crime
pode ser racional! 4ssim, para a%aliar racionalidade da atitude de uma pessoa é pois
necess"rio ter em conta a sub*ecti%idade particular dessa pessoa, que de#ne a
posi+&o moral do agente e é essencial para determinar da disponibilidade de certas
ac+?es!

b6 8 outro aspecto é a de#ni+&o de o que é melhor! 8 que é !melhor para uns pode
n&o ser para outros! as porque ele n&o escolhe o que eu escolheria na situa+&o dele,
ele n&o é necessariamente irracional, apenas tem gostos diferentes! Deste modo
%emos que as prefer(ncias pessoais de cada um t(m de entrar na a%alia+&o da sua
racionalidade!
//6 78'RE97/4

8 segundo elemento da racionalidade é a coer(ncia: se, entre duas alternati%as, uma


pessoa escolhe uma, todas as %ezes que esti%er nas mesmas circunst5ncias, de%e
manter a escolha! Se prefere 4 a -, o aparecimento de 7 n&o pode alterar a escolha
entre 4 e -! Gor e0emplo, no caso de 4 ser ch", - ser café! Se prefere ch" a café, o
aparecimento da laran*ada C76 n&o de%e alterar a escolha entre ch" e café!

4qui, o elemento fundamental é a quest&o de saber o que signi#ca as mesmas


circunst<ncias. ; claro que pode preferir ch" no 1er&o e café no /n%erno, ou ch" se
n&o ti%er a+Icar e café com a+Icar! /sso s&o situa+?es diferentes, a%aliadas de

maneira diferente pelas mesmas prefer(ncias! ' na diferen+a de circunst5ncias


podem ser includas diferentes prefer(ncias! Bma pessoa pode mudar de gostos, ao
longo do tempo, e isso n&o implica falta de coer(ncia, desde que, quando tem certas
prefer(ncias, elas se*am coerentes!

'stes s&o os elementos fundamentais da racionalidade: a optimiza+&o e a coer(ncia! 4


utiliza+&o da hip$tese da racionalidade traz A 'conomia uma ordem e l$gica de
raciocnio que s&o a sua caracterstica essencial! De%ido A sua aplica+&o se pode
dizer, como o economista austraco >oseph Schumpeter:

«9&o tenho hesita+?es em dizer que toda a l$gica é deri%ada do padr&o de decis&o
econ$mica ou, usando uma das minhas frases preferidas, o padr&o econ$mico é a
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econ$mica ou, usando uma das minhas frases preferidas, o padr&o econ$mico é a
matriz da l$gica!2 Schumpeter CLNU6, p"g! LMM)LMU!

as, como %imos, para a%aliar da sua e0ist(ncia em cada caso concreto e0iste uma
forte dose de sub*ecti%idade, para saber das prefer(ncias e disponibilidade moral de
cada escolha! Ser" que é realista a racionalidade3

9a %erdade, nem sempre é realista supor a racionalidade! ." e0emplos estudados de


irracionalidade, e todos n$s conhecemos, em n$s, decis?es que n&o foram bem feitas
ou coerentes! 9o fundo, a hip$tese da racionalidade é uma simplica+&o te$rica que é
feita pela 'conomia para facilitar a obten+&o de resultados! Trata)se de uma forma de
aplica+&o do método de coeteris ari$us, que %imos atr"s! 'qui%ale ao método de
Zalileu que, ao estudar as leis do mo%imento, come+ou por supor que n&o ha%ia
atrito, para facilitar os c"lculos! 8 economista sup?e que n&o e0istem decis?es
irracionais, ou que estas s&o pouco importantes!

as, a racionalidade n&o é t&o irrealista como pode parecer! 4 e0ig(ncia que se coloca
a uma escolha para ela ser racional é t&o fraca que se pode dizer que a grande
maioria das decis?es humanas, se bem analisadas, s&o mesmo racionais! ;
certamente imposs%el encontrar alguém que, sistematicamente, decide escolher o
que sabe ser contra os seus pr$prios dese*os! 9a %erdade, de#nida com a
generalidade com que o #zemos, é mesmo difcil encontrar uma decis&o totalmente
irracional!

4ssim, se aparece uma situa+&o que parece irracional, primeiro de%emos descon#arW
S$ é irracional se %iolar as condi+?es muito gerais que foram apresentadas! ; preciso
con#rmar se as alternati%as s&o mesmo acess%eis, e quais os gostos, circunst5ncias e
sub*ecti%idade dos agentes en%ol%idos!

Gor e0emplo, se num supermercado, entre produtos iguais, com pre+os diferentes, se
%ende mais o mais caro, a situa+&o parece irracional! as ser" que s&o mesmo iguais3
4 embalagem, o nome, o brinde, a atitude da empresa n&o le%ar" um a ser mais
atracti%o3 8u ser" que é um truque do supermercado, pondo mais acess%el o mais
caro, le%ando o cliente a acreditar, automaticamente, que todas as embalagens iguais
t(m igual pre+o, e por isso nem con#rmam os pre+os3

8utra situa+&o muito frequente é tomar a osteriori como irracional uma decis&o *"
tomada! 4 racionalidade da decis&o de%e ser a%aliada no momento da decis&o, a
 riori, e n&o quando %emos os seus resultados, a osteriori> de%e ser a%aliada nas
condi+?es iniciais, e n&o p(los resultados! 9a segunda)feira toda a gente *" sabe como
de%ia ter *ogado no totobola!

4 aplica+&o da racionalidade traz consigo algumas das consequ(ncias mais


interessantes da 'conomia! Gor e0emplo, a resolu+&o racional do problema econ$mico

e0ige que ninguém tem de consumir s$ o que produz, e ninguém tem de produzir tudo
o que quer consumir! 4 racionalidade le%a cada um a produzir o que sa6e fa"er
melhor, e a consumir o que !osta mais.
as como é que isto é poss%el3 4qui temos um parado0o central da 'conomia, mas
cu*a solu+&o é bem simples, como ali"s todos os princpios econ$micos! Gara a sua
solu+&o teremos de chamar a segunda hip$tese, do equil>6rio dos mercados!

8 sistema econ$mico, que é forma de resol%er o problema econ$mico, centra)se na


troca. ' quanto mais trocas e0istirem melhor, porque quanto mais trocas forem
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troca. ' quanto mais trocas e0istirem melhor, porque quanto mais trocas forem
poss%eis mais racional é a afecta+&o, menos se é obrigado a consumir o que se
produz e menos obrigado a produzir o que se consome!

1oltamos a encontrar a descoberta de 4dam Smith que deu origem A teoria


econ$mica! 8 essencial desta descoberta é que, na troca, as duas partes !anham.
' agora somos capazes de perceber porqu(! 4 raz&o reside no facto de, pela troca,
cada um poder apro0imar)se mais da situa+&o em que produz o que melhor sabe fazer
e consome o que mais gosta, ou se*a, melhorar a sua situa+&o! ' como a troca tem de
ser %olunt"ria, os dois lados da troca est&o a conseguir essa melhoria! @oi este facto
que o mara%ilhou e que moti%ou o estudo da 'conomia!

4 possibilidade de troca nasce essencialmente da diferen+a entre as pessoas! 9em


todos sabemos fazer bem as mesmas coisas, nem todos gostamos das mesmas
coisas! Gor isso, apro%eitando)nos das %antagens de habilidade e gostos de cada um,
podemos obter pela troca uma melhoria para todos!

De%emos, no entanto, dizer que se esta descoberta este%e na base da 'conomia ela
n&o é consensual! 4lguns economistas discutiram este aspecto, defendendo que, na
maioria das situa+?es, quando duas pessoas trocam, um !anha e o outro perde,
um e0plora e outro é e0plorado! 'sta posi+&o de confronta+&o e dialéctica contnua
tem particular presen+a na chamada «escola mar0ista2, dos discpulos do grande
economista alem&o ari ar0!

'sta discord5ncia fundamental tem a %er com uma diferente %is&o do mundo! Ser"
que no nosso mundo h" harmonia e benefcio mItuo, como dizia Smith, ou «anda
meio mundo a enganar outro meio2, na opini&o de ar03 9o fundo, ambas as coisas
e0istem e sabemos que *unto a trocas %anta*osas h" também e0tors?es e e0plora+?es!
9esse sentido, quer Smith quer ar0 t(m raz&o! as qual domina3 Ser" que de%emos
e%itar trocar, com medo de sermos e0plorados, ou podemos trocar normalmente,
embora de%amos ter cuidado para n&o sermos enganados3 Repare)se que a quest&o
n&o é moral mas econ$mica! 9em Smith acha%a que todos eram santos, nem ar0
que todos eram facnoras! 8 que se passa é que o sistema, no caso smithiano,
funciona%a bem e, no caso mar0ista, mal!
XAPL &APY CLOLO)LOOU6
ar0 foi um grande economista alem&o, discpulo de Smith que *untou a um profundo
conhecimento de teoria econ$mica uma forte forma+&o #los$#ca e poltica! 4lém de académico
e *ornalista, ar0 dedicou a sua %ida a uma luta militante pela aplica+&o das suas ideias de
re%olu+&o profunda do sistema econ$mico)social, fundando e dirigindo %"rios partidos
comunistas! 4s suas principais obras s&o o Mani'esto "omunista de LOO, que escre%eu com o
seu amigo @riedrich 'ngeis, e uma an"lise de fundo do sistema econ$mico da época, a que ar0
chama%a «capitalismo2, no li%ro O "aita*, de que publicou apenas o primeiro %olume em LOPV,
encarregando)se os seus amigos de editar, depois da sua morte, os outros %olumes: 'ngeis
editou o segundo CLOOQ6 e o terceiro %olumes CLON6, e autsYy pulicou o quarto %olume em
tr(s tomos CLN)LNL6!

Desta diferen+a essencial resultam teorias muito diferentes e e0plica+?es diferentes


para os mesmos problemas! Gor e0emplo, por que raz&o h" pases ricos e pases
pobres3 Trataremos esta quest&o na parte #nal do li%ro, mas podemos desde *" %er
que Smith dizia que a raz&o esta%a nas trocas n&o serem su#cientes entre os pobres,
por %"rios moti%os Cisolamento, di#culdades de contacto, falta de %ontade, etc!6! Gelo
seu lado, ar0 a#rma%a que a raz&o da e0ist(ncia de pases pobres residia nos ricos
https://pt.scribd.com/document/244299258/Cesar-das-Neves-Introducao-a-Economia-DOC Página 33 de 391
César Das Neves - Introdução À Economia | PDF | Produtos | Economia 01/12/22, 21:00

seu lado, ar0 a#rma%a que a raz&o da e0ist(ncia de pases pobres residia nos ricos
os e0plorarem!

 Tudo isto é consequ(ncia de que, ao recusar o benefcio mItuo da troca, ar0 recusa
um aspecto central da 'conomia, porque tem a %er com a troca! Da nasce o !rande
cisma da economia. 'stas teorias, com %"rias tend(ncias e %ariantes, separam)se
assim do resto da 'conomia em algo de fundamental! ." %"rias escolas na economia
actual, mas s$ um grande cisma, porque s$ h" esta discord5ncia essencial!

as %oltemos A troca! 4 constata+&o da sua import5ncia tem como consequ(ncia um


dos factos mais importantes do sistema econ$mico: em economia, tudo tem a ver
com tudo. 4s trocas fazem com que as %"rias decis?es de um agente, como as de
quanto produzir e consumir, %&o ter impactes e sofrem efeitos das decis2es de outros,
que por sua %ez inuenciam terceiros, e assim por diante! 8 sistema econ$mico toma)
se uma teia muito #na e intrincada de rela+?es entre todos! 4 interdepend2ncia é
uma realidade essencial do problema econ$mico!

 >" na hist$ria de Smith, do casaco de l& do *ornaleiro, que %imos atr"s, #cou bem claro
que até as coisas mais simples t(m uma enorme rede de rela+?es de produ+&o, que se
estende por toda a 'conomia! 4ssim, se as pessoas decidem comprar mais casacos de
l&, ha%er" efeitos disso em "reas t&o distantes como a produ+&o de ferro, os
transportes martimos, o emprego Cou desemprego6 nas f"bricas de tinta, produtos
qumicos, energia, na alimenta+&o para todos estes trabalhadores! 1oltamos A
comple0idade do sistema econ$mico!

4s ossi$i*dades de roduço

1imos atr"s as principais caractersticas da decis&o econ$mica! 4gora, e para


entendermos melhor as suas caractersticas, %amos apresentar alguns modos de
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entendermos melhor as suas caractersticas, %amos apresentar alguns modos de


descre%er essa decis&o! 1imos que o seu ob*ecti%o era o de satisfazer as necessidades
humanas, as mIltiplas e %ariadas necessidades humanas! Gara isso, os agentes
faziam consumo de 6ens. 8s bens de#niam)se como algo que satisfazia uma
necessidade! as di#cilmente esses bens se encontram *" dispon%eis! 9ormalmente
precisam de ser produzidos, ou se*a, de sofrerem altera+?es que os tornem aptos para
satisfazerem as necessidades humanas! 4 produ+&o faz)se a partir de recursos e
factores produtivos.
X 4ssim, temos de utilizar recursos para produ+&o de bens! 4 hist$ria do casaco de l&
do *ornaleiro mostrou)nos que e0iste uma in#nidade de coisas necess"rias para
produzir bens, mesmo os mais simples! 9o entanto, chamamos factores ou recursos
apenas a tr(s tipos de coisas:

W a terra ou recursos naturais, que inclui a terra ar"%el, os minérios, a "gua, a


energia, etc!K

W o tra6alho, que é toda a acti%idade humana para produ+&oK


W o capital, que é constitudo p(los instrumentos dur"%eis, como m"quinas, f"bricas,
estradas, pontes, prédios, etc!

'stes s&o os recursos ou, como alguns preferem chamar)lhes, os «recursos prim"rios2!
4s outras coisas que ser%em para a produ+&o de um bem podem sempre resumir)se a
estes tr(s, a que chamamos «bens2 ou «recursos intermédios2, por estarem entre os
recursos e os bens! Gara produzir pão, é preciso trabalho, forno Ccapital6 e farinha!
Gara produzir farinha é preciso trigo, trabalho e o moinho Ccapital6! Gara produzir trigo
é preciso terra, trabalho, m"quinas agrcolas e sementes, e assim por diante!
 TR4-4<.8 X

G8  @8R98 TR4-4<.8 @4R/9.4 J  8/9.8 TR/Z8 


 TR4-4<.8 TR47T8R X T'RR4 ? TR4-4<.8 S''9T'S  Z HB/94S 6 S''9T'S

4ssim, temos tr(s tipos de entidades econ$micas: os 6ens Co p&o6 que t(m utilidade
em si, os recursos ou factores produtivos Cterra, trabalho e capital6 e recursos
interm=dios, que s&o produzidos mas n&o t(m utilidade em si! Gor %ezes, em certas
situa+?es particulares, h" di#culdades de distin+&o entre os tr(s: um l"pis pode ser
considerado capital ou, omo se gasta rapidamente na produ+&o, ser um recurso
intermédioK o p&o pode ser bem #nal, ou recurso intermédio para fazer a+ordaK o
trabalho, que é um recurso, pode ser bem #nal, se der prazer, satisfazendo a
necessidade de se realizar pro#ssionalmente! De qualquer forma, a distin+&o tem
interesse e ser" Itil!

7lari#cado este ponto, %amos agora utilizar um instrumento muito simples que ser%ir"
para precisar os %"rios elementos que conhecemos de uma decis&o econ$mica, e
apresentar outros no%os! as para analisar estes problemas, temos de os simpli#car
para os tornar mais acess%eis ao estudo! 4pliquemos a hip$tese coeteris ari$us, e
simpli#quemos a situa+&o dizendo que s$ h" dois bens, p&o e li%ros Cli%ros de
'conomia, claro6 e um montante #0o de recursos Cterra, trabalho e capital6 que podem
ser usados nessas produ+?es!

4plicando os recursos dispon%eis na produ+&o dos dois bens, podemos obter %"rias
combina+?es poss%eis! 4ssim, se todos os recursos forem aplicados na produ+&o de
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combina+?es poss%eis! 4ssim, se todos os recursos forem aplicados na produ+&o de


p&o, temos um certo montante m"0imo de p&o C46! Se, em %ez disso, se quiser
produzir apenas certo montante de p&o, o resto dos recursos #ca dispon%el para a
produ+&o de li%ros, e conseguimos certo montante destes C-6! @inalmente, se os
factores forem todos aplicados apenas na produ+&o de li%ros, temos também um certo
montante de li%ros e nenhum p&o C76!

Representemos num gr"#co simples estes pontos! 1emos que no ei0o %ertical
medimos quantidades de p&o e no horizontal, li%ros! 8s %alores m"0imos de produ+&o
de cada bem s&o pontos nos ei0os, %isto que a quantidade do outro bem é nula! <i%ros

as no é normal que a sociedade gaste todos os seus recursos num s$ bem, sem
produzir nada do outro! 4 situa+&o intermédia em que os dois s&o produzidos é a mais
normal! 1amos pois representar essas situa+?es! 9o nosso gr"#co, para cada
montante produzido de um bem, marcamos o m"0imo de produ+&o que é poss%el
produzir do outro bem, com os recursos dispon%eis! 8btemos assim um gr"#co muito
importante em 'conomia: a fronteira de possi6ilidade de produçãoB o lugar
geométrico dos pontos de produ+&o m"0ima de p&o e li%ros, dado um certo montante
de recursos dispon%eis!

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'sta cur%a representa a disponibilidade, nesta economia, dos dois bens! 9ela
podemos encontrar, de forma resumida, todos os elementos e conceitos de que até
agora fal"mos!

8 mais importante destes é a racionalidade, e para tra+ar a cur%a precis"mos da


racionalidade! 4li"s, precis"mos dela em dois aspectos diferentes! 'm primeiro lugar,
cada ponto da cur%a representa um ponto de produ+&o de p&o e li%ros que e0ige que
todos os recursos da sociedade este*am aplicados! Todos eles s&o pontos de pleno
emprego dos recursos! 9&o era racional desperdi+ar recursos, e por isso foi a
racionalidade que nos disse que de%amos usar todos os recursos!

as n&o é nesse aspecto que de%emos usar a racionalidade! 4lém de todos os
recursos estarem a ser usados, eles est&o a ser usados da melhor maneira. ."
muitas maneiras de produzir dez p&es, mas se n&o se usar a maneira mais adaptada,
mais econ$mica, n&o conseguimos libertar recursos para produzir tantos li%ros! 7ada
ponto de produ+&o e0ige que os recursos que est&o afectados a cada uma das
produ+?es s&o os mais adequados a essa produ+&o!

Se agora olharmos para a cur%a que desenh"mos, %emos que ela tem algumas
caractersticas particulares! 'm primeiro lugar, ela é negati%amente inclinada Ca cur%a
est" sempre a descer6! 'ste facto resulta e0actamente da racionalidade! 7omo h"
emprego pleno e $ptimo dos recursos, n&o é poss%el ter mais de um bem sem ter
menos do outro! Gor isso, quando a cur%a se desloca para a direita Cmais li%ros6, desce
Cmenos p&o6!

Repare)se que esta é uma manifesta+&o do princpio que %imos, segundo o qual «n&o
h" almo+os gr"tis2! 9&o é poss%el ter mais de um bem sem ter menos do outro, e por
isso nunca e0iste um bem gr"tis! ' o custo é o que dei0ei de ter do outro bem, que é a
melhor alternati%a! Gor isso, aqui o custo é o custo de oportunidade, medido no outro
bem!

7laro que uma situa+&o no interior da cur%a, num ponto como 4, é poss%el ter mais
p&o sem sacri#car li%ros Cpassando para o ponto -6 ou ter mais li%ros sem sacri#car
p&o Cpassando para 76, ou até mais dos dois bens Cem D6! 9o interior da cur%a, h"
almo+os gr"tis! as estar no interior da cur%a n&o é racional, pois desperdi+am)se
recursos! '0actamente porque poderamos, sem custo, estar melhor, encontrarmo)nos
nessa situa+&o é estIpido e um desperdcio! ' n&o de%emos esquecer que o
desperdcio é o grande inimigo da 'conomia Cde tal modo que a pala%ra é quase
obscena num li%ro como este6! Gor isso, os pontos abai0o da cur%a n&o nos
interessam!

' acima da cur%a3 4, gostaramos de estar, pois teramos mais dos dois bens do que
na cur%a! 8 problema é que n&o temos recursos para l" chegar! 4 escassez de
recursos faz com que os pontos acima da cur%a se*am imposs%eis de atingir!
Dei0emos esses pontos para as promessas dos polticos em campanha eleitoral, e
#quemos p(los pontos da cur%a!

;, pois, entre os pontos da fronteira de possibilidade de produ+&o, resultante da


escassez de recursos, que se realiza a escolha econ$mica! '0plicitando as suas
prefer(ncias, cada pessoa ou sociedade escolhe o ponto que mais gosta! 4 e#ci(ncia
produti%a, uma das manifesta+?es da racionalidade, le%a A coloca+&o sobre a
fronteira! ; a esse fen$meno que se chama «m&o in%is%el2! Se esta e#ci(ncia n&o
e0istir, por raz?es que adiante %eremos Cazelhice, desemprego, monop$lio, etc!6,
ent&o estaremos no interior da fronteira!

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1oltando A forma da cur%a, %emos que ela é n&o s$ decrescente, mas abaulada para
fora Cou cFnca%a, na designa+&o econ$mica6! /sso signi#ca que, A medida que %amos
sacri#cando p&o, para obter li%ros Cdescendo ao longo da cur%a6, cada li%ro custa
sucessi%amente mais p&o! 7hamamos a este facto a lei dos custos relativos
crescentes, e é f"cil perceber por que raz&o é assim!

1amos supor que a 'conomia se encontra na situa+&o em que apenas produz p&o e
nenhum li%ro Cestamos, portanto, no ponto mais acima da cur%a, *unto ao ei0o
%ertical6! /sso quer dizer que todos os recursos, mesmo todos, est&o dedicados A
produ+&o de p&o! 8s tractores, os camponeses, est&o todos a tratar a terra e plantar
trigo, mas também as tipogra#as e os escritores!

Se nessa situa+&o a sociedade decidir produzir um li%ro Co primeiro6, como ela é


racional %ai deslocar para a produ+&o de li%ros os recursos que s&o mais adequados A
produ+&o de li%ros e menos adequados A produ+&o de trigo! 4ssim, uma tipogra#a,
que de pouco ser%ia no campo, e um escritor, que era fraco nos trabalhos campestres,
mas born a escre%er li%ros, s&o deslocados do campo para produzir o li%ro! 9este caso,
quase n&o se sacri#cou p&o nenhum para conseguir o primeiro li%ro!

1amos supor agora que estamos no outro lado da cur%a, produzindo, também a, da
melhor forma poss%el, certo montante de p&o e li%ros! /sso quer dizer que temos em
cada uma das produ+?es de p&o e li%ros os recursos Cterra, trabalho e capital6 mais
adequados a cada uma das produ+?es! S$ que agora, como se decidiu produzir muitos
li%ros, a produzir p&o *" s$ est&o aqueles recursos que s&o mesmo os melhores a
produzi)lo, para dei0ar li%res todos os outros para os li%ros! Se a se decidir aumentar
a produ+&o de li%ros, o sacrifcio em p&o ser" enorme! Deste modo, %emos que o custo
dos li%ros relati%amente ao p&o cresce com o montante de li%ros, e %ice)%ersa!

4lém de ilustrar os aspectos econ$micos que *" conhecamos, a cur%a ser%e também
para nos introduzir a outros elementos no%os! Gor e0emplo, ela pode ilustrar o
fen$meno do desen%ol%imento econ$mico! 'ste fen$meno, que adiante analisaremos
com cuidado, consiste no facto de, em %"rias economias do mundo, se %eri#car que os
bens dispon%eis para a escolha dos agentes se %&o alargando ao longo do tempo!
'ste processo que, ap$s se ter desenrolado durante os Iltimos séculos, gerou o
aparecimento de disparidades entre pases ricos e pases pobres, pode ser
representado por um deslocamento da cur%a de possibilidade de produ+&o, para fora!
'ste deslocamento para fora da cur%a pode ser de%ido a um aumento dos recursos
dispon%eis ou a uma melhoria da tecnologia de produ+&o, que permite produzir mais
com os mesmos recursos! 9o essencial, portanto, o desen%ol%imento é apenas um
alargamento das possibilidades de escolha! 8 pas pode ter acesso ho*e a alternati%as
a que antes n&o podia! as é claro que a sociedade, embora tenha mais hip$teses de
escolha, pode escolher um ponto pior do que antes! 8 desen%ol%imento n&o é
garantia de melhoria, mas apenas de mais alternati%as!

4ntes de passarmos adiante de%emos %er um tipo particular de desen%ol%imento


econ$mico que te%e muito impacte na hist$ria da 'conomia! Trata)se do
desen%ol%imento que se %eri#ca quando apenas um ou alguns dos recursos s&o
aumentados! 'ste caso tem interesse porque um dos factores produti%os, a terra,
di#cilmente pode ser aumentado! Gor essa raz&o, alguns economistas defendem que
este tipo de desen%ol%imento, em que um dos recursos #ca #0o, é aquele que é mais
frequente!

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4 quest&o le%antada por este tipo especial de desen%ol%imento é que se tem


%eri#cado que o aumento de certos recursos quando os outros se mant(m d"
sucessi%amente menos produ+&o! Tomemos como e0emplo o caso da produ+&o de
trigo numa certa "rea de terra A qual se %&o adicionando sucessi%amente mais
trabalhadores! 8s primeiros trabalhadores s&o e0tremamente produti%os, ocupando)se
de tarefas essenciais para a produ+&o, mas, A medida que se %&o aumentando os
trabalhadores, como a terra n&o cresce, eles %&o ser cada %ez menos Iteis, até podem
mesmo %ir a ser pre*udiciais, por se atrapalharem uns aos outros! 9o limite podemos
supor que h" tantos trabalhadores na propriedade que nem h" espa+o para crescer o
trigo!

'sta constata+&o chama)se lei dos rendimentos decrescentese!undo a qual


aumentos de um ou mais recursos %ari"%eis, quando outro se mantém #0o, geram
aumentos de produ+&o sucessi%amente menores!

 8 interesse hist$rico desta lei reside no facto de ela ter sido apresentada de forma
dram"tica pelo economista ingl(s Thomas althus que em LVNO apresentou o seu
li%ro @m Ensaio so$re o Princíio da Pou*ação. 4, althus defendia que o facto de a
terra ser #0a, o que gera%a a %eri#ca+&o da lei dos rendimentos decrescentes na
produ+&o agrcola, iria ter como consequ(ncia que a produ+&o de alimentos n&o iria
acompanhar o aumento da popula+&o, pre%endo fome e miséria planet"rias! 4ssim, o
crescimento da produ+&o agcola, muito inferior ao das necessidades alimentares,
seria o grande tra%&o ao progresso, criando um mundo com multid?es crescentes de
famintos!

Gara entendermos melhor o impacte desta terr%el ideia temos que nos lembrar que a
obra de althus, de LVNO, seguiu de poucos anos o li%ro de Smith CLVVP6, que
entretanto falecera em LVN! 8 optimismo de Smith e a con#an+a na troca e no
sistema econ$mico le%aram as pessoas a imaginar que tudo seria poss%el,
embarcando em utopias e sonhos de opul(ncia! althus %em, de forma dram"tica,
lembrar que os benefcios smithianos est&o)limitados pela escassez de recursos e que
o realismo Cque Smith ali"s possua6 tem de temperar o entusiasmo com as
potencialidades do sistema econ$mico!

4s ideias de althus foram estudadas e desen%ol%idas por um amigo de althus, o


grande Da%id Ricardo que, em LOLV, apresentou o seu li%ro Princíios de Economia
Po*ítica e Tri$utação. 9este %olume, Ricardo *unta%a as ideias de Smith e de althus,
num modelo que dominou completamente a 'conomia do século 0i0! 8 «sistema
ricardiano2 ou «cl"ssico2, a primeira grande escola dominante da teoria econ$mica,
tinha a ideia da <ei dos Rendimentos Decrescentes no seu centro!
%AQ'% P'AP%8 CLVVM)LOMU6
Ricardo, #lho de um operador da bolsa de <ondres, ali"s de origem portuguesa, come+ou a
a*udar o pai aos L anos! 4 enorme fortuna que acumulou, que fez dele o economista mais rico
de todos os tempos, permitiu)lhe ser propriet"rio rural e membro da 75mara dos 7omuns a
partir de LOLN! /nteressado p(los problemas econ$micos desde cedo, publicou %"rios artigos
que acabou, por insist(ncia de amigos, por alargar no grande tratado Princíios de Economia
Po*ítica e Tri$utaço, de LOLV! 4 sua inu(ncia foi imensa, estabelecendo a primeira ortodo0ia da
hist$ria da 'conomia! 8s seus discpulos formaram a chamada «escola cl"ssica2 que dominou a
teoria econ$mica durante mais de cinquenta anos!

as as pre%is?es pessimistas de althus e Ricardo n&o se %eri#caram! 4s primeiras


décadas do século 0i0 foram de grande melhoria das condi+?es de %ida e n&o de
miséria crescente! Gor que raz&o falharam as pre%is?es dos cl"ssicos3 Gorque, além do

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fen$meno descrito pela <ei dos Rendimentos Decrescente, apareceu paralelamente


um outro facto, que in%erteu os resultados: o pro!resso tecnoló!ico.

8 aparecimento e desen%ol%imento de muitas m"quinas e no%os métodos de


produ+&o, que se %eri#cou nesta altura, e a que foi dado o nome de «re%olu+&o
industrial2, e os benefcios que isso gerou em toda a economia anularam os efeitos da
<ei dos Rendimentos Decrescentes!

8 problema te$rico J a teoria pre%ia miséria e %eri#ca%a)se melhoria do n%el de %ida


J, que Ricardo *" entre%ira, foi resol%ido pelo grande discpulo de Ricardo, a maior
#gura da escola cl"ssica >ohn Stuart ill! 'ste autor publicou, em LOO, o seu li%ro
Princíios de Economia Po*ítica.
 >8.9 STB4RT /<< CLOP)LOVU6
@ilho do economista >ames ill, que fora grande amigo de Ricardo, >ohn Stuart ill é uma das
grandes #guras intelectuais do século 0i0! uito mais do que economista, Stuart ill J que,
apesar de ter sido deputado por bre%e perodo, se mante%e funcion"rio da 7ompanhia das
ndias 8rientais a maior parte da sua %ida J escre%eu e inter%eio sobre todos os problemas
sociais do seu tempo, sendo um dos pensadores liberais mais inuentes! 9a teoria econ$mica,
como o maior e0poente da escola cl"ssica, o seu li%ro mais importante foi Princíios de
Economia Po*ítica de LOO, que constitui o primeiro grande manual de 'conomia, que ensinou
gera+?es Ccom paralelo apenas nos li%ros de arshall CLON6 e de Samuelson CLNO6, *"
referidos6!

9esse li%ro, ill apresenta o desen%ol%imento como uma corrida entre o progresso
tecnol$gico e os rendimentos decrescentes! 9o seu tempo J e pode)se dizer que, nos
pases desen%ol%idos, até ho*e J o progresso tecnol$gico %encia a corrida, dominando
e compensando os rendimentos decrescentes! as ser" sempre assim3 4s
preocupa+?es ecol$gicas dos dias de ho*e parecem sublinhar que nada est" garantido!


o*uç2es do ro$*ema
«GR8@'SS8R4 J 4lguma %ez, queridos amiguinhos, se interrogaram acerca de o que é a %ida3 4 %ida é como
um rio! 4@4<D4 J Sim, a bronca é que todos pensam que sabem hidr"ulica!2

Buino
«8 costume é o esteio A %olta do qual se enrola a opini&o, e o interesse é a ga%inha que o ata!2
T. C. Peacock 

(.1. Tradição, autoridade e mercado


1imos até agora os %"rios aspectos do problema econ$mico! 'm cada dia, a cada
pessoa, grupo ou sociedade, o problema econ$mico reno%a)se em cada decis&o

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tomada! 'ssas decis?es indi%iduais, como %imos, inter)relacionam)se fortemente,


criando um sistema econ$mico e0tremamente comple0o! 9ele, cada um tenta produzir
o que melhor sabe fazer e consumir o que mais gosta, atingindo o seu maior bem)
estar!

Se este é o problema que se p?e a cada sociedade, %amos agora %er as %"rias formas
como as sociedades e os agentes o resol%em! Godemos resumir os métodos de
solu+&o do problema econ$mico de uma sociedade em tr(s princpios gerais: a
tradi+&o, a autoridade e o mercado!
/6 4 TR4D/`8

9as sociedades antigas, um grande nImero de regras e costumes tradicionais


regula%a a maior parte das acti%idades econ$micas, criando fortssimas inu(ncias
religiosas, sociais, culturais sobre todos os aspectos do seu funcionamento! Desde a
escolha da pro#ss&o, estabelecida por castas, corpora+?es ou pela famlia, até ao
pre+o e acesso a boa parte dos bens e aos métodos de comércio, pesos, medidas e
moedas, quase tudo esta%a de#nido por tradi+?es religiosas, culturais e regionais!
'ste método de solu+&o econ$mica, que elimina%a em muito a necessidade de no%as
decis?es, da%a grande estabilidade ao sistema econ$mico, mas reduzia muito a sua
e0ibilidade e eci(ncia!

4inda ho*e, a tradi+&o tem grande inu(ncia na %ida econ$mica, n&o s$ em casos
mais not"%eis, como a proibi+&o de matar %acas na ndia, ou de trabalhar ao domingo
em Gortugal, mas sobretudo no dia)a)dia de cada sociedade! 4 tecnologia do quei*o da
serra, o sistema da heran+a, a e0ist(ncia de baldios, s&o claras inu(ncias culturais e
tradicionais na nossa sociedade!
//6 4 4BT8R/D4D'

8utro método usado para resol%er as quest?es econ$micas é o da autoridade! 8 poder


do 'stado, do fara$, do prncipe, do partido, do ayato**a, regula de tal forma a
acti%idade econ$mica em certas sociedades que ela pode resol%er todo o problema!
8s agentes do 'stado, se*am os emiss"rios do duque local ou os funcion"rios do
9os*an, podem chegar a de#nir o que cada pessoa produz, o que pode %ender e o
pre+o dessa %enda!

9os nossos dias, e mesmo fora das sociedades de direc+&o central, a autoridade do
'stado tem enorme inu(ncia sobre o sistema econ$mico, alterando e impondo
decis?es aos agentes econ$micos! 4tra%és de impostos e subsdios, mas sobretudo
dos efeitos econ$micos das leis, empresas pIblicas e acordos internacionais, o 'stado
resol%e muitos dos problemas econ$micos dos nossos dias!
///6 8 'R74D8

8 terceiro sistema, descoberto tarde na .ist$ria, e cu*a descoberta deu origem ao


sistema econ$mico moderno que Smith primeiro descre%eu, baseia)se na liberdade de
iniciati%a e no sistema de pre+os, lucros, pre*uzos e incenti%os! 9ele, cada um tem
liberdade, dentro dos costumes e das leis do pas, de produzir e consumir o que
dese*a! 4 inter)rela+&o dos incenti%os gera um sistema que d" solu+&o simples e
e#ciente para a maior parte dos problemas econ$micos!

'stas s&o as tr(s principais formas de organiza+&o do sistema econ$mico! 7omo


%imos, as sociedades modernas usam simultaneamente os tr(s métodos, constituindo,
por isso, sociedades mistas. 8 segredo das sociedades modernas, na linha de

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Smith, é o uso e0tensi%o do mercado, como meio de afecta+&o de recursos e bens e


um equilbrio saud"%el com a autoridade e a tradi+&o! 4 liberdade econ$mica, *unto
com a liberdade poltica, gerou o sistema econ$mico moderno, a que alguns chamam
«capitalismo2, e que funciona, nas suas %ariantes, na totalidade dos pases
desen%ol%idos!

Godemos dizer que e0istem semelhan+as entre o sistema econ$mico moderno e o


corpo humano! 8 seu funcionamento corrente é dei0ado A liberdade natural! Huerer
que o médico, mesmo com um computador e todas as mara%ilhas da técnica
moderna, controle a circula+&o sangunea, o mo%imento dos mIsculos e as outras
fun+?es corp$reas, destruiria a %ida normal de qualquer pessoa! as o médico pode e
de%e inter%ir em casos de doen+a, corrigindo defeitos e falhas! Da mesma forma, o
dirigismo integral por parte do 'stado impede o normal funcionamento do sistema
econ$mico, mas também o liberalismo sem regras resulta em gra%es desequilbrios
sociais! 4 situa+&o intermédia, mista, onde a cultura, o 'stado e o mercado ocupam os
seus de%idos lugares, gera resultados muito mais fa%or"%eis, como mostram os pases
que a utilizaramM!

4li"s, a utiliza+&o simult5nea dos tr(s instrumentos J mercado 'stado e regras sociais
J é n&o s$ uma con%eni(ncia, mas uma e0ig(ncia! 9enhum dos tr(s métodos
referidos pode funcionar correctamente sem a e0ist(ncia dos outros dois! Gara ilustrar
esta a#rma+&o, mais uma %ez se lan+ar" m&o de um e0emplo singeloU!
8 #P8ML$&A %$ #A4AP B Tj/

Depois da hist$ria do autocarro, que %imos atr"s, continuamos ainda com um


problema de transporte de passageiros, considerando uma %iagem de t"0i! 4 quest&o
que se le%anta nessa transac+&o é a seguinte: dado que o cliente do t"0i é racional,
por que raz&o, uma %ez chegado ao seu destino, de%e pagar a corrida3 Se ele *" foi
ser%ido, porqu( pagar3

'sta quest&o aparece naturalmente ap$s o que %imos! Dissemos que a racionalidade
nada tinha a %er com a moral! Se o cliente procurar apenas o seu bem)estar e n&o
le%ar em conta os escrIpulos morais, a conduta mais racional ser", uma %ez no
destino, sair sem pagar a corrida! ; claro que se o cliente é uma pessoa bem formada,
por raz?es morais paga o que de%e! as ha%er" raz?es estritamente econ$micas3

." sim! 'm primeiro lugar, o cliente sabe que, se n&o pagar, aquele ta0ista no o
tornar" a ser%ir, e dir" aos seus amigos que n&o sir%am um caloteiro! 8u se*a, o
mercado tem autodefesas, para se proteger deste tipo de pessoas!
as é claro que estas defesas s&o fr"geis! Se o t"0i trabalhasse numa pequena cidade
em que todos se conhecem, estas defesas funcionariam! as se o caso se passasse
numa grande cidade, numa zona onde o cliente se*a desconhecido e onde n&o espera
%oltar t&o cedo, a situa+&o seria bem diferente! Gor que raz&o nesse caso um agente
racional de%e pagar a corrida3

4 resposta, neste caso, seria certamente que o ta0ista poderia chamar a polcia e
for+ar o cliente a pagar! 8 cliente, com medo dessa amea+a, pagaria! 'sta é uma
realiza+&o do papel do $stado no mercado! 4s autodefesas do mercado s&o fracas, e
o 'stado é chamado a inter%ir!

' se for A noite, num stio ermo, onde n&o h" polcia3 Se o cliente procurar apenas o
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' se for A noite, num stio ermo, onde n&o h" polcia3 Se o cliente procurar apenas o
seu bem)estar, a conduta mais racional ser", uma %ez no destino, sair sem pagar a
corrida! Sendo desconhecido do motorista e n&o ha%endo presen+a de testemunhas,

sem a possibilidade portanto de %ir a sofrer consequ(ncias futuras, e uma %ez obtido o
ser%i+o contratado, pag")lo ser" racional3

9este caso, o condutor pode e0ercer se%cias, de forma ali"s plenamente *usti#cada,
sobre o passageiro pouco cumpridor, de forma a obrig")lo a pagar! 'ste seria um
custo directo do mau funcionamento do mercado. 8 ta0ista teria de andar
armado para impor que lhe pagassem o que de%em!

as nesse caso, in%ertendo o problema, que impede o referido motorista de, depois
do pagamento, e0ercer ainda as referidas se%cias, para ser pago de no%o3 'ste Iltimo
ponto p?e #nalmente em destaque a quest&o central: trata)se de uma falha de
mercado. De%ido ao facto de a transac+&o n&o se %eri#car num mesmo momento do
tempo, mas desenrolar)se ao longo de um peodo, o mercado funciona mal!

'm qualquer caso, a realiza+&o normal e correcta do contrato parece n&o ter, neste
caso, qualquer car"cter racional! Seria de esperar que, neste como em muitos outros
tipos de transac+?es comuns Cbarbeiros, restaurantes, bancos, etc!6 fosse l$gico que
se multiplicassem os casos de rompimento do contrato! 4ssim A pr$pria racionalidade
se de%eria a destrui+&o do mercado, impedindo)lhe o funcionamento normal, com as
e%identes consequ(ncias ca$ticas para a %ida social!

9o entanto, nas sociedades ci%ilizadas estes casos s&o raros, o que faz com que
ta0istas, barbeiros, restaurantes e0er+am a sua acti%idade sem perigo de serem
constantemente confrontados com caloteiros racionais! 'mbora se encontre por %ezes
agentes completamente «racionais2 neste sentido, e0iste corrente respeito pelas
regras da ci%ilidade e, por isso, o mercado e os outros mecanismos econ$micos
funcionam normalmente!

8utro e0emplo tpico deste problema aparece na quest&o dos cheques sem cobertura!
Se a sociedade n&o tem, no seu funcionamento normal, regras de conduta que
imponham que cada pessoa pague o que de%e, %&o pulular os cheques sem cobertura,
e isso ter" como efeito que o cheque dei0a de ser aceite como meio normal de
pagamento! Deste modo, toda a sociedade #ca pior, pri%ada de um instrumento
#nanceiro! 4s sociedades mais a%an+adas s&o e0actamente aquelas onde o respeito
de cada um p(los outros, o grau de ci%iliza+&o, é maior! 4, o mercado pode a%an+ar
para formas mais so#sticadas e podem ser fornecidos bens e ser%i+os mais delicados
Cpor e0emplo os no%os produtos #nanceiros6 que noutra estrutura falhariam
completamente!

4 li+&o fundamental destes e0emplos é de que no e0iste um mercado selva!em. 8


mercado, para a generalidade das transac+?es, e0ige con@ança, e esta s$ e0iste no
meio de uma sociedade em que as regras da ci%ilidade s&o respeitadas por todos!
Bma sociedade de sel%agens sem escrIpulos ou de ladr?es absolutos, sem qualquer
respeito pelas regras de con%i%(ncia, supondo que tal comunidade pudesse e0istir,
teria as suas rela+?es econ$micas totalmente paralisadas por falta de uma plataforma
cultural mnima para funcionar, plataforma que s$ a ci%iliza+&o traz consigo, e que é
indispens"%el A opera+&o das leis econ$micas!

4dam Smith tinha esta ideia muito presente em toda a sua an"lise! 8 seu estudo
tinha)lhe trazido a consci(ncia que o mercado e o 'stado s$ funcionam correctamente
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tinha)lhe trazido a consci(ncia que o mercado e o 'stado s$ funcionam correctamente


dentro de um forte e est"%el quadro cultural que e%ite a anarquia e o despotismo! Da
que, segundo ele, o mercado s$ tenha orescido completamente em certos meios
ci%ilizacionais a%an+ados! 8 século de Géricles, a era de 4ugusto, o apogeu de 1eneza,
a <iga .anse"tica e a nossa dinastia de 4%is e o perodo ap$s a re%olu+&o industrial

t(m em comum essa estabilidade cultural que permite a con#an+a e fa%orece as


trocas!

8 mercado para funcionar precisa do 'stado e de regras de conduta! 8 e0emplo mais


imediato dos cheques sem cobertura demonstra como a falta de regras sociais e a
de#ciente imposi+&o de leis estatais pre*udicam o funcionamento do mercado! 4
nossa sociedade resol%e o seu problema econ$mico simultaneamente pela tradi+&o
Cregras b"sicas de con%i%(ncia em sociedade6, pelo 'stado e pelo mercado! ' esta
simultaneidade n&o aparece por acaso! ' o resultado de necessidade imperiosa! Bm
sistema s$ com um dos aspectos, di#cilmente pode sequer funcionar!

(.&. O mercado na sociedade moderna 


Depois de termos %isto as tr(s formas de solu+&o do problema econ$mico, %amos
analisar com mais cuidado como funcionam as duas mais comple0as: o mercado e o
'stado! 7omecemos pelo mercado!

Hual o método que o mercado usa para resol%er o problema econ$mico3 i Sem
inter%en+&o de qualquer autoridade, uma enorme quantidade de bens e ser%i+os s&o
produzidos, trocados e consumidos todos os dias em qualquer cidade! Huando
qualquer calamidade elimina o funcionamento do mercado C4lemanha depois da //
Zuerra undial, 7ambo*a e o+ambique ho*e, etc!6 é a cat"strofe econ$mica! 9&o h"
nenhum cérebro humano por detr"s disto! 4 primeira %ista n&o seria de admirar, pois
as maiores mara%ilhas do undo n&o t(m nenhum cérebro humano por detr"s delas!
9o entanto, as pessoas admiraram)se quando %iram este fen$meno e Smith, como
dissemos *" frequentemente, le%ou a sua admira+&o ao ponto de fundar uma ci(ncia!

7omecemos pela de#ni+&o: mercado é o arran*o Cpra+a, telefone, leil&o, bolsa6 pelo
qual compradores e %endedores de um bem interagem para determinar o pre+o e a
quantidade transaccionada! 8 centro do mercado é o peço. 8 pre+o é o cora+&o do
sistema! @inalmente tocamos num dos pontos mais centrais para o economista! 8
pre+o é o elemento mais delicado e sens%el do sistema econ$mico, %isto com
admira+&o e respeito por todos os economistas! e0er nos pre+os é perturbar o
essencial do mercado!

as a#nal como é que funciona o mercado3 8 truque, centrado nos pre+os, reside nos
incentivos. Se os consumidores querem mais de um bem, lutam por ele, oferecendo
mais dinheiro pelo mesmo bem, subindo o pre+o! 8s %endedores, perante a subida do
benefcio retirado da %enda do produto, s&o incenti%ados a aumentar a produ+&o Cou a
pagar mais por ela, incenti%ando)a6 e, a pre+o mais alto, menos consumidores o
querem! Sobe a quantidade oferecida e desce a procurada! Se os consumidores
dese*arem menos do bem, o efeito in%erso %eri#ca)se! Deste modo se consegue
realizar o dese*o dos consumidores! 9&o h" necessidade de um mand&o que d(
ordens aos produtores! 8 mecanismo autom"tico faz isso!

'ste mecanismo autom"tico, a «m&o in%is%el2 de Smith, tem como resultado que
cada um produz o que de melhor sabe fazer e troca por aquilo de que mais gosta!

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cada um produz o que de melhor sabe fazer e troca por aquilo de que mais gosta!
4ssim se consegue uma solu+&o para a economia que garante que, dadas as
circunst5ncias Ce essas circunst5ncias incluem a distribui+&o da riqueza que cada um
tem, os dotes pessoais, a estrutura de mercado6, se consegue a situa+&o mais racional
e de melhor bem)estar! 4 este resultado do mercado chamamos e@ci2ncia.

Deste modo, o sistema econ$mico é estruturado pelo mercado, de forma e#ciente! 4s


famlias e os consumidores %&o ao mercado comprar os bens de que necessitam,

fazendo para isso a sua despesa, que é recebida pelas empresas e os produtores! 8
dinheiro gasto pelas famlias no mercado dos bens ser" usado pelas empresas para
comprar os ser%i+os dos factores produti%os Cterra, trabalho e capital6 no mercado de
recursos ou factores! Huem possui esses recursos s&o as famlias, que assim recebem
rendimentos Csal"rios, rendas e *uros6 pela %enda dos ser%i+os dos seus factores
produti%os! ; claro que esses rendimentos constituem o dinheiro que as famlias %&o
usar para comprar os bens!

1amos assim que, entre os dois agentes fundamentais, famlias e empresas, e0istem
dois u0os contnuos! Gor um lado, bens e factores s&o transaccionados e, em sentido
contr"rio, mo%imenta)se o dinheiro! 8s motores desses u0os s&o os mercados, de
bens e de factores! 8 gr"#co seguinte ilustra, de forma estilizada, este processo, a que
se chama de circuito económico na sua estrutura+&o em mercados!

4ssim, a quest&o de o qu( produzir é resol%ida p(los escudos oferecidos p(los


consumidores, que re%elam as suas prefer(nciasK na e0press&o de Samuelson, os
«%otos em escudos2 aplicados diariamente no mercado resol%em o problema! Se as
pessoas passam a preferir quei*o A manteiga, a canaliza+&o de mais dinheiro para as
compras, e logo para a produ+&o de quei*o, aumenta essa produ+&o e resol%e a
quest&o!

' claro que pode ha%er di#culdades de funcionamento! 4s confus?es, m" informa+&o,
mal)entendidos, podem %eri#car)se nesta %ota+&o! 7omprar o produto que n&o se
queria, pagar demasiado por ignorar uma descida de pre+os ao lado, tudo isto s&o
erros na manifesta+&o da %ontade do consumidor, de%ido ao de#ciente sistema de
«%ota+&o2! 4li"s, dado que esta %ota+&o se %erica todos os dias, continuamente em
todo o lado, seriam de esperar frequentes deci(ncias! as, para isso, esta %ota+&o
tem também a sua «campanha eleitoral2, contnua e intensa, a que chamamos
«publicidade2! 4 propaganda dos produtos a*uda a di%ulgar a informa+&o p(los
consumidores e a melhorar a sua escolha! 9esta, como nas outras campanhas
eleitorais, h" e0ageros, enganos, ridculos, mas ela n&o dei0a de *ogar o seu papel
essencial no sistema de mercado!

4 concorr(ncia entre as empresas que produzem o bem resol%e, no mercado, a


quest&o de como produzir! 4ssim, perante %"rias formas de produzir o mesmo quei*o,
aquela que o produza melhor e mais barato é que tem a prefer(ncia do consumidor e,
por isso, ou é copiada pelas outras, ou le%a)as A fal(ncia!

 Também aqui pode ha%er mau funcionamento! Se uma empresa tem monop$lio de
produ+&o, usa ansters para impor a %enda do seu produto, ou é amiga do cunhado
do ministro, podem gerar)se falhas na concorr(ncia! Também aqui a economia n&o é
caso Inico! 9o desporto, na poltica, nos tribunais, e0istem destes factos, igualmente
lament"%eis e ine%ita%elmente humanos! 4 moral e a lei podem e de%em inter%ir
nestes casos para que a saud"%el e franca concorr(ncia permita que ganhe o melhor!

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 Também o problema de quem bene#cia com os resultados da acti%idade econ$mica,


«para quem2 se produz, é resol%ida pelo mercado de recursos ou factores produti%os,
dada certa propriedade desses factores! 'sse mercado J onde, tal como nos outros,
se compra e %ende, s$ que aqui os produtos s&o terra, trabalho e capital J determina
o pre+o dos factores Csal"rios, rendas, *uros6 e, deste modo, o rendimento que cada
pessoa, propriet"ria de certo montante de factores, receber"!

8 mau funcionamento, aqui mais que nas quest?es anteriores, resulta de inu(ncias
e0tramercado que perturbam a resposta! 4 de#ni+&o pré%ia da propriedade dos
factores, as interfer(ncias polticas sobre essa distribui+&o, s&o muito mais inuentes

sobre a *usti+a da distribui+&o #nal dos resultados do que o mecanismo de mercado,


que se limita a gerir uma dada situa+&o! 8 mercado pode perpetuar situa+?es de
pobreza e opul(ncia, se estas *" se %eri#caram de%ido a dados polticos, culturais,
sociais, etc!

'stas s&o as formas como o mercado d" resposta ao problema econ$mico, bem como
algumas das suas falhas! 7omo %imos, o segredo do mercado é a concorr(ncia! 4
concorr(ncia entre os %"rios agentes do mercado, consumidores, produtores,
trabalhadores e capitalistas, na busca de imporem os seus dese*os, produtos, ser%i+os,
etc!

as n&o é apenas essa a concorr(ncia que se %eri#ca no mercado! '0iste um outro
tipo de concorr(ncia que, ali"s, tem consequ(ncias muito mais profundas que as
referidas! Trata)se da concorr(ncia din5mica entre a situa+&o actual e no%as ideias! 8
aparecimento de no%os produtos, no%as formas de produzir, no%as técnicas, no%os
mercados, desa#a continuamente a situa+&o estabelecida! 'ste tipo de concorr(ncia é
essencial ao funcionamento do mercado! Se o mercado n&o ti%er no%as ideias,
estagna e morre! 8 mercado só pode ser conce6ido em dinamismo, e esse
dinamismo %em das no%as ideias, que nascem a cada momento e amea+am a
situa+&o actual!

4 este fen$meno din5mico, resultante da concorr(ncia, chamamos desenvolvimento


económico. ; pois a pr$pria concorr(ncia do mercado que gera o desen%ol%imento!
'sta ideia, que adiante estudaremos mais em detalhe, foi apresentada por um autor
austraco, >oseph Schumpeter, no seu te0to Teoria do :esen)o*)imento Econ5mico, de
LNLL, e, sobretudo, na sua grande obra "aita*ismo, ocia*ismo e :emocracia, de
LNU!
 >8S'G. S7.BG'T'R CLOOU)LNQ6
4ristocrata austraco, o *o%em Schumpeter desde cedo manifestou a sua originalidade cient#ca!
'm LNLL, no li%ro Teoria do :esen)o*)imento Econ5mico, apresenta%a uma forma no%a de
analisar a din5mica da economia de mercado! inistro das @inan+as austraco durante alguns
meses, no peodo conturbado de
LNLN)LNM, emigra para os 'stados Bnidos em LNUM para fugir ao nazismo! 9a Bni%ersidade de
.ar%ard, desde ent&o, inuencia gera+?es de economistas! 8s seus mIltiplos te0tos s&o
ultrapassados pelo genial li%ro "aita*ismo, ocia*ismo e :emocracia, de LNU, onde e0pande
as ideias de LNLL! 4p$s a sua morte, a esposa, 'lizabeth -oody Schumpeter, também
economista, edita, com o ttulo 6ist5ria da An%*ise Econ5mica, as notas que ele preparara sobre
o assunto, e que constituem a obra mais monumental sobre a e%olu+&o da 'conomia!

9esta obra, Schumpeter a#rma que o desen%ol%imento é o tumulto das no%as ideias
que desa#am e %encem ou s&o %encidas pelas antigas, perturbando continuamente o
sistema econ$mico! Gara esta concorr(ncia entre pro*ectos é essencial a liberdade de
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sistema econ$mico! Gara esta concorr(ncia entre pro*ectos é essencial a liberdade de


tentar, construir e falhar e, por isso, tal fen$meno s$ é poss%el no mercado! 8
desen%ol%imento econ$mico a que temos assistido nos Iltimos séculos é, pois, um
resultado do domnio das solu+?es de mercado sobre as outras formas de organiza+&o
econ$mica!

Godemos dizer que o método do mercado se resume ao pro%érbio «4 falar é que a


gente se entende2! 4ssim, a solu+&o que é dada ao problema econ$mico consiste em
pFr os interessados a comunicar sobre os seus problemas! Todos falam e se fazem
ou%ir, e quando todos s&o ou%idos resulta a melhor maneira de resol%er qualquer
problema! 8s problemas do mercado resultam das muitas situa+?es em que nem
todos t(m %oz, ou a sua e0press&o é distorcida!

Daqui resulta uma outra caracterstica do mercado: ele é muito delicado. 'stas
transac+?es, baseadas nas rela+?es entre as pessoas e na con#an+a, facilmente s&o
destrudas! com uma guerra, um tumulto, a anarquia e a desorganiza+&o, o mercado
dei0a de funcionar con%enientemente! 8 mercado afecta as coisas da melhor maneira,
mas é fortemente perturb"%el! Da que %alha a pena analisar a protec+&o que o
'stado pode dar ao mercado!

(.(. O ae* do Estado


; costume dizer que o papel do 'stado numa economia moderna centra)se
essencialmente em tr(s fun+?es: promo+&o da e@ci2ncia, equidade e esta6ilidade.
1amos centrar nestas tr(s fun+?es a nossa discuss&o do lugar do 'stado numa
economia moderna!
/6 GR88`8 D4 '@/7/E97/4

8 mercado nem sempre é o modo deal de afecta+&o econ$mica, de%do sobretudo a


dois tipos de raz?es!

'm primeiro lugar, e0istem algumas rela+?es econ$micas que, de%ido aos seus efeitos
culturais, sociais e humanos, a sociedade n&o quer con#ar ao li%re *ogo dos
incenti%os! 4 heran+a de uma famlia, a presta+&o de ser%i+os de defesa nacional, o
comércio de droga, a escra%atura, s&o casos de rela+?es econ$micas que a sociedade
n&o dei0a que se*a o mercado li%remente a de#nir os seus termos!

9esses casos, pode o 'stado tomar directamente a condu+&o dessas transac+?es,


regulando)as com leis Ccomo no caso da heran+a6 ou ent&o proibindo directamente a
sua transac+&o Ccomo na droga ou na escra%atura6! 4ssim, atra%és das suas fun+?es
legislati%as, *udiciais e de policiamento e defesa Ctarefas que *" Smith sublinha%a que
pertenciam ao 'stado6, o 'stado de cada na+&o manifesta e realiza a %ontade
particular dessa sociedade no domnio da economia!

Gor outro lado, como %imos, e0istem falhas no funcionamento do mercado! 'm
primeiro lugar, e0istem situa+?es de imperfei+&o na concorr(ncia! Se os produtores
Cou consumidores6 de um produto n&o t(m todos peso semelhante, ou n&o se fazem
todos ou%ir, como no caso do monop$lio, o funcionamento do mercado é ine#ciente!
4 o 'stado pode e de%e inter%ir, regulando as situa+?es e dando %oz aos que a n&o
t(m!

'm segundo lugar, e0istem fen$menos, a que a 'conomia chama de


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'm segundo lugar, e0istem fen$menos, a que a 'conomia chama de


«e0ternalidades2, que constituem inu(ncias que o mercado n&o consegue captar! 4
polui+&o, o rudo, o impacte de certas produ+?es sobre outras produ+?es ou
consumos! Trata)se de rela+?es e efeitos econ$micos, mas que o mercado n&o
consegue incorporar no seu mecanismo! 4, o 'stado de%e inter%ir, para corrigir os
efeitos e integrar essas rela+?es no tecido econ$mico global!

Bm caso especial de e0ternalidade tem particular interesse! Trata)se do fen$meno


chamado de «bens pIblicos2! 'stes produtos ou ser%i+os especiais s&o bens que,
embora n&o se*am gr"tis, num sistema de mercado todos podem gozar sem pagar,
pois n&o e0iste modo de o mercado cobrar o seu custo! 4 defesa nacional, os *ardins
pIblicos, estradas, a tele%is&o s&o bens que todos gozamos sem pagar! 9um sistema
de mercado, esses bens nunca seriam produzidos, pois a empresa que o #zesse iria A
fal(ncia! as nesse caso todos #caramos pior! 8 'stado pode obrigar os bene#ci"rios

a pagar pelo uso deste bem e, produzindo)os ele ou dando as receitas A empresa que
o #zer, a*udar a sociedade a fornecer)se de bens t&o Iteis!

Gor todas estas diferentes raz?es, o 'stado tem moti%os para inter%ir no sistema
econ$mico, e0actamente no domnio em que o mercado é mais forte: a e#ci(ncia!
'mbora o mercado, pelo mecanismo dos incenti%os, garanta em geral a solu+&o mais
racional, e0istem casos em que o 'stado de%e inter%ir para garantir essa mesma
racionalidade!

as, além do ob*ecti%o da e#ci(ncia, e0istem outros dese*os da sociedade para os


quais o mercado n&o est" t&o %ocacionado, mas que s&o igualmente importantes! 4,
a sociedade tem de, atra%és do 'stado, inter%ir directamente para satisfazer essas
necessidades! 4 manipula+&o da solu+&o de mercado, a que essa acti%idade d" lugar,
sacri#ca normalmente a e#ci(ncia! ; pois preciso garantir que os ganhos compensem
os custos!
//6 GR88`8 D4 'HB/D4D'

Bm dos principais ob*ecti%os da maior parte das sociedades é garantir que a


distribui+&o dos bens produzidos se*a mais ou menos igualit"ria entre todos os
elementos dessa sociedade! Zrandes disparidades entre ricos e pobres, mesmo que
isso corresponda A maior e#ci(ncia, s&o normalmente repudiadas pelas sociedades
modernas!

4 solu+&o que o mercado d" A distribui+&o dos resultados da acti%idade econ$mica é,


como %imos, e0tremamente inuenciada por factores estranhos ao pr$prio mercado,
tais como a estrutura de propriedade, os dotes naturais Cmérito, dedica+&o,
intelig(ncia, for+a, simpatia, etc!6, a inu(ncia poltica, a situa+&o social, geogr"#ca,
moral de cada um!

Gor estas raz?es, a distribui+&o autom"tica dos «%otos em escudos2 feita pe lo


mercado pode n&o ser *usta, segundo o critério de qualquer pessoa! 8 'stado de%e
inter%ir no sentido de apro0imar essa distribui+&o da no+&o de *usti+a que a sociedade
tem! 8s impostos progressi%os, os subsdios e transfer(ncias, a seguran+a social, ou
métodos mais dr"sticos, como a e0propria+&o, a reforma agr"ria, a re%olu+&o social,
s&o instrumentos de que a sociedade se ser%e para conseguir a equidade!

as n&o de%emos esquecer o conUito e@ci2nciaequidade. Se o 'stado retira a uns


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as n&o de%emos esquecer o conUito e@ci2nciaequidade. Se o 'stado retira a uns


para dar a outros Cpor e0emplo se tira aos que produzem e possuem para dar aos que
n&o t(m, ou qualquer outra distribui+&o considerada *usta6, é natural que uns e outros
reduzam a sua produ+&o! 9a %erdade, aqueles a quem se tira podem achar que n&o %ale a
pena produzir, se depois o 'stado %ai tirar o seu resultado, e os que recebem podem pensar
que, como o 'stado d" de qualquer modo, o esfor+o é demasiado! 4ssim, um bolo melhor
distribudo pode #car mais pequeno!
'ste conito e#ci(ncia)equidade é, no fundo, uma manifesta+&o do princpio de que «n&o h"
almo+os gr"tis2! Se a sociedade quer ter distribui+&o mais *usta, tem de o pagar em menor
n%el de %ida global! as pode %aler a pena, e normalmente %ale, pagar esse custo! S$ que se
de%e ter consci(ncia da sua e0ist(ncia, para se saber até onde se de%e ir!

///6 GR88`8 D4 'ST4-/</D4D'


terceiro ob*ecti%o do 'stado tem também a %er com um dese*o da sociedade que o mercado n&o
consegue satisfazer! 1imos que a concorr(ncia do mercado se fazia no meio do tumulto do
aparecimento de no%as ideias, que luta%am e %enciam ou eram %encidas pelas *" estabelecidas!
1imos que este processo, intrnseco ao sistema de mercado, gera%a o desen%ol%imento

econ$mico, a propaga+&o da e#ci(ncia ao longo do tempo! 'ste resultado é bom, mas traz
consigo a instabilidade, a inseguran+a!
Bma no%a empresa que concorre, com no%os e melhores métodos, com as que *" produzem
esse bem, signi#ca, a longo prazo, ganhos importantes para a sociedade! as, imediatamente,
%ai gerar a fal(ncia dos concorrentes, com desemprego e outras gra%es perturba+?es! 4
contnua amea+a dos concorrentes garante que cada produtor ou consumidor se*a for+ado a
comportar)se da maneira mais e#ciente, mas cria uma tens&o contnua sobre o tecido social,
que a comunidade pode n&o gostar!Q

8 'stado, a pedido da sociedade, pode inter%ir, no sentido de ali%iar essa tens&o, alinhar
desequilbrios e a*udar os mais sacri#cados p(los seus efeitos! 8s mecanismos de apoio aos
desempregados, a correc+&o de desequilbrios sectoriais ou regionais, a preocupa+&o com as
contas e0ternas ou a ina+&o e a utiliza+&o de impostos e despesas estatais no sentido de
compensar as perturba+?es ou utua+?es que o processo de desen%ol%imento criou s&o formas
de o 'stado promo%er a redu+&o da inseguran+a econ$mica, de forma a encontrar um
comportamento est"%el para a economia como um todo!

; --*il que aqui pode aparecer mais um conito, o conUito desenvolvimentoesta6ilidade.


Se a instabilidade é resultado do processo de desen%ol%imento, o 'stado ao inter%ir pode afogar
o surto din5mico que a pro%ocou! 4o a*udar os desempregados, corrigir " ina+&o, o
desequilbrio regional ou as contas e0ternas, o 'stado est" a faz()lo A custa da e0ibilidade
econ$mica e dos benefcios dos mais din5micos! Bm subsdio de desemprego pode impedir que
os trabalhadores se desloquem rapidamente para os sectores mais acti%osK
e impostos sobre uma regi&o rica ou menos priorit"ria para a*udar outra mais pobre ou que se
dese*a promo%er, di#cultam o desen%ol%imento da primeira, que pode ser mais din5mica! Deste
modo, ao buscar a estabilidade, perde)se rapidez de desen%ol%imento!
ais uma %ez, o «almo+o2 da estabilidade n&o foi gr"tis, o que n&o quer dizer que n&o %alha a
pena! 4 maior parte das sociedades est" disposta a sacri#car algum desen%ol%imento para
conseguir certa estabilidade! as h" que ter consci(ncia dos custos para conseguir o equilbrio
mais fa%or"%el!
Gara terminar, de%e ser dito que nem sempre os conitos efci(ncia)equidade e estabilidade)
desen%ol%imento s&o %eri#cados! '0istem muitas situa+?es em que a inter%en+&o do 'stado a
fa%or da equidade e da estabilidade promo%e a e#ci(ncia e o desen%ol%imento!

Di$*iora-a
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Di$*iora-a
oura, o. cit., cap! U CL)Q6! Samuelson e 9ordhaus, o. cit., cap! U! Ghelps, o. cit., caps! P)V!

4 cru/ marshailiana

«Bm ca%aloW Bm ca%aloW 8 meu reino por um ca%alo!2


. hakeseare CRicardo ///6
«9&o é mercador o que ganha sempre!2

Pro)#r$io 'ranc;s

Depois de termos %isto as formas de solu+&o do problema econ$mico, em particular


do mercado, %amos dedicar este captulo ao estudo do instrumento mais utilizado
pela 'conomia para estudar o funcionamento econ$mico! Trata)se de um gr"#co que
4lfred arshall %ulgarizou P, onde se cruzam duas cur%as: a cur%a da procura e a
cur%a da oferta! 'ste gr"#co, que #cou conhecido como «cruz marshailiana2, ser"

muito Itil na an"lise que adiante faremos, mas ser%ir" desde *" para clari#carmos o
estudo do mecanismo de mercado e do funcionamento dos incenti%os!

4 ideia b"sica deste diagrama é a de que um mercado, qualquer mercado, funciona


pela interac+&o de dois lados: os compradores e os %endedores, os consumidores e os
produtores! arshall fazia compara+&o entre o mercado e uma tesoura: ambos
precisa%am de duas l5minas para funcionar!

<.1. A cur)a da rocura


9o diagrama marshai^iano, a representa+&o dos compradores é feita por um elemento
conhecido como curva da procura.  Trata)se do lugar geométrico dos pontos de
consumo dese*ado do bem, para cada n%el de pre+os! 8 tra+ado da cur%a da procura
faz)se do seguinte modo: em rela+&o a certo bem, pergunta)se a um consumidor
quanto est" disposto a comprar desse bem se o pre+o for um dado! Depois, %ai)se
%ariando o pre+o, e refaz)se a pergunta: quanto compraria o consumidor a cada no%o
pre+o! arcando os %"rios pontos num gr"#co como o abai0o, obtemos a cur%a da
procura:
Gre+o do bem
Huantidade dese*ada

'sta cur%a pretende captar a sub*ecti%idade da escolha dos compradores, as suas


prefer(ncias ou, melhor, a utilidade retirada pelo consumidor do consumo do bem!
Huanto maior utilidade o consumidor retira do bem, mais ele estar" disposto a pagar
por esse bem! ; claro que a racionalidade est" presente na cur%a da procura! 4
resposta do consumidor traduz a quantidade melhor para ele, a cada n%el de pre+oK
a quantidade que dese*a consumir do bem, de forma a ma0imizar o seu bem)estar!

Se se considerar as %"rias cur%as de procura de um certo bem numa economia, uma


para cada comprador do bem, é poss%el determinar, para cada pre+o, qual a
quantidade total dese*ada desse bem por todos os consumidores do bem! Deste
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quantidade total dese*ada desse bem por todos os consumidores do bem! Deste
modo, passamos das cur%as de procura indi%iduais para a cur%a de procura do
mercado!

8lhando para as cur%as que tra+"mos podemos %eri#car imediatamente uma sua
caracterstica $b%ia: a cur%a est" sempre a descer! Trata)se daquilo que em 'conomia
se chama lei da procura ne!ativamente inclinadaB se o pre+o de um bem sobe
3coeteris arí$us4, a quantidade procurada desce, e %ice)%ersa! Hual a raz&o desta lei3

'0istem %"rios moti%os para este comportamento! 'm primeiro lugar, porque, a pre+o
mais alto, as pessoas tendem a comprar outras coisas! Trata)se de um resultado da
racionalidade: se o pre+o da manteiga sobe, passo a comprar quei*o, ou margarina, ou
ent&o como p&o seco e you ao cinema com o dinheiro da manteiga! <ogo, a
quantidade procurada do bem desce quando o pre+o sobe, porque o consumidor substitui
esse bem por outros! 4 este resultado de uma %aria+&o de pre+os chamamos efeito
su6stituição.
as n&o é apenas isto que acontece quando um pre+o sobe! 9a %erdade, a um pre+o mais alto,
o mesmo dinheiro agora compra menos! /sso quer dizer que, ao subirem os pre+os, o
consumidor, mesmo continuando a ganhar o mesmo dinheiro, #ca mais pobre, porque apenas
pode comprar menos! 4ssim, ao subir o pre+o, a quantidade procurada de um bem desce
porque o consumidor tem menos possibilidades de o comprar! 7hamamos a este o efeito
rendimento.

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