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Índice
Jeffrey K. Zeig ....................................................................................................................... iii
Elsever Institute..................................................................................................................... iv
Introdução ................................................................................................................................. v
Seminário sobre Ansiedade ............................................................................................... 1
A Fenomenologia da Hipnose ........................................................................................ 21
Elementos da Comunicação ............................................................................................ 23
Usando Mapas para estabelecer estratégias de tratamento ................................. 24
Princípios de Intervenção para Transtornos de Ansiedade................................. 25
Conferencia – A evolução da psicoterapia (veja anexo) ..................................... 28
Diamante Ericksoniano ..................................................................................................... 29
Embrulhando para presente ............................................................................................. 36
O Modelo de “Estados” .................................................................................................... 38
DEPRESSÃO – é um processo, não é uma coisa .................................................. 43
A Fenomenologia da Depressão .................................................................................... 45
A Fenomenologia da Ansiedade ................................................................................... 48
A Fenomenologia do como “fazer” o problema e a solução ............................. 50
A Fenomenologia da Depressão de “R”..................................................................... 55
Usando tarefas na psicoterapia para embrulhar idéias para presente ............. 60
Um diagnostico de ação .................................................................................................... 63
Luto: Amigo ou Inimigo ................................................................................................... 65
TEPT (Transtorno do Estresse Pós-Traumático) .................................................... 96
A Fenomenologia da Toxicodependência ............................................................... 112
Princípios de intervenção para adições ..................................................................... 115
Pressupostos sobre Terapia Ericksoniana ................................................................ 117
Vantagens da Hipnose ..................................................................................................... 119
Adições Positivas (Vícios): Escolha seus hábitos sabiamente ........................ 120
Costurando e Estabelecendo Metas............................................................................ 140
Anexo
Conferência – A Evolução da Psicoterapia (Associações Orientadoras) .. 143
JEFFREY K. ZEIG

Jeffrey K. Zeig, Ph.D. é o Fundador e Diretor da Milton H. Erickson Foundation,


tendo estudado de forma intermitente com o Dr. Erickson por mais de 6 anos, é
autor de mais de 20 livros, que já foram traduzidos em mais de 12 idiomas.

Dr. Zeig é o idealizador da "The Evolution of Psychotherapy Conferences"


considerada a conferência mais importantes da história da psicoterapia.
Ele também é o organizador de "the Brief Therapy Conferences", " the Couples
Conferences", e o "International Congresses on Ericksonian Approaches to
Hypnosis and Psychotherapy", todos eles realizados no EUA.

Dr. Zeig também faz parte do Conselho Editorial de diversas revistas; sendo
membro da "American Psychological Association" e da "American Society of
Clinical Hypnosis".

Vive em Phoenix, Arizona, e realiza seminários e cursos em mais de 40 países.

iii
ELSEVER INSTITUTE
Quem Somos
Elsever Institute nasceu da vontade de poder reunir os maiores nomes da área de
desenvolvimento humano, com toda a estrutura necessária de cuidado e apoio ao
cliente. De forma que o Trainer possa dar o melhor de si, e os alunos usufruam de
todo o cuidado que necessitam antes, durante e depois do processo de
aprendizagem. Com esse pensamento, nossa equipe se mobilizou para tornar isso
realidade.

Missão
Criar caminhos e possibilidades para que as pessoas possam se tornar mais felizes e
completas.

Diferencial
Elsever Institute é uma empresa focada em excelência em atendimento ao cliente e
gestão de eventos. Tudo isso por meio de uma equipe profissional, e os melhores
Trainers de cada área.

10 Mandamentos
Nossa empresa e nossos colaboradores trabalham sempre com esses 10 pontos em
mente

1- Entregar a excelência através do serviço

2- Aceitar e estimular a mudança

3- Amizade, Carinho e Respeito

4- Construir relações abertas através da comunicação e do bom humor

5- Construir um espírito positivo de equipe

6- Fazer mais com menos

7- Ser apaixonado e determinado

8- Ser humilde

9- Ser diferente e ir além do padrão

10- Criar caminhos para que as pessoas possam se tornar mais felizes e
completes

iv
INTRODUÇÃO
A Criatividade de Milton Erickson
“Gênio” é um espírito que acompanha uma pessoa. Significa também uma
pessoa dotada com uma habilidade e uma inventividade mental quase
transcendentais. A genialidade de Erickson era derivada da conjunção de sua
inteligência, humanidade, inventividade, curiosidade e uma extraordinária
percepção. Também trabalhava diligentemente para desenvolver e aprimorar
suas habilidades.
A genialidade de Erickson revelava-se em quatro áreas: como hipnólogo,
como psicoterapeuta, como professor e como pessoa que transformou suas
deficiências físicas em vantagem. Consideradas em conjunto, suas realizações
nestes quatro campos fazem-no parecer uma pessoa superior.

O hipnoterapeuta
Se alguém estivesse estudando a história da hipnose, provavelmente
começaria por Mesmer, ilustre médico alemão do século XVIII. E então passaria
por Charcot, Braid, Liébeault e Bernheim, que trabalharam com a hipnose no
século XIX.
E um pouco mais tarde, no século XX, talvez lesse sobre Erickson, que foi o
pai da moderna hipnose médica. Sua habilidade para elaborar novos métodos de
utilização e indução hipnótica era extraordinária. Ele foi coautor de cinco livros
sobre o assunto e publicou mais de 130 artigos, a maioria deles sobre
hipnoterapia. Foi fundador e o primeiro presidente da Sociedade Americana de
Hipnose Clínica para a qual fundou e durante dez anos editou sua publicação
oficial, o Jornal Americano de Hipnose Clínica. Viajou extensamente, em particular
dentro dos Estados Unidos, para ensinar hipnose a profissionais e geralmente
era conhecido como “Sr. Hipnose” (Secter, 1982, p. 453). Erickson legitimou a
hipnose para que ela não fosse mais “a boba-da-corte dos solenes salões da
ortodoxia” (Watzlawick, 1982, p. 148)
Antes de Erickson a hipnose não era considerada uma matéria tão
importante ou uma das principais ferramentas terapêuticas. Contudo, ela tem
sido uma semente importante no desenvolvimento de disciplinas distintas da
psicoterapia. O psicanalista, Sigmund Freud; o gestalt terapeuta, Fritz Perls; o
behaviorista, Joseph Wolpe e o analista transacional, Eric Berne conheciam a
hipnose, mas a rejeitaram em favor do desenvolvimento das abordagens
psicoterápicas que eles criaram e a promoção das suas teorias da personalidade
e mudança. Erickson continuou com a hipnose porque percebeu que ela poderia
influenciar ou promover mudanças no paciente. Ele não criou uma teoria
especial de hipnose, mas distanciou-se radicalmente do seu uso tradicional,
através do qual o operador impõe sugestões a um sujeito passivo. O seu método,
ao contrário, enfatizava e utilizava recursos internos do próprio paciente. (cf.
Hammond, 1984).
A hipnose ericksoniana é usada para obter respostas terapêuticas e a sua
essência é estimular a cooperação do paciente. Os pacientes procuram terapia
por que têm dificuldades para concretizar suas aspirações. É a tarefa do
psicoterapeuta conseguir que o paciente realize os seus próprios desejos tanto
quanto possível e , para este fim, normalmente a hipnose é mais eficaz em

v
superar impasses. A hipnose faz com que o paciente tenha à sua disposição os
seus próprios potenciais para a autoajuda.
Embora a hipnose formal seja um modelo de influência por excelência
através da comunicação, mais do que usá-la exclusivamente, Erickson introduziu
os métodos naturalistas, isto é, retirou técnicas da hipnose e as aplicou
efetivamente na psicoterapia sem a necessidade de um ritual formal de indução.
Na verdade, ele usou a hipnose formal em apenas um quinto dos casos que tratou
(Beahrs, 1971), mas usava persistentemente técnica hipnótica mesmo quando
não estava “fazendo hipnose”. A abordagem naturalista era a essência da
abordagem estratégica de Erickson para terapia breve, a segunda área da sua
genialidade.

O psicoterapeuta
Com a publicação do livro Terapia não convencional, Jay Haley (1973),
Erickson tornou-se mais conhecido como o pai das abordagens estratégicas
breves para psicoterapia. Como profissional notavelmente bem sucedido nesse
tipo de abordagem, ele acrescentou uma quantidade enorme de novos casos e
métodos à literatura da psicoterapia estratégica breve e muita coisa ainda
continua sendo descoberta nas gravações de antigas palestras.
Haley (1980) escreveu que a terapia é um problema, não uma solução.
Estar em terapia é o problema. A solução é conseguir, o mais rápido possível, que
os pacientes saiam da terapia e vivam suas próprias vidas de forma
independente. Erickson concordava com isto. Sua terapia estratégica era uma
abordagem baseada na acuidade da percepção instantânea do que de mais
simples estivesse acontecendo com o paciente, os mais pequenos detalhes e
manifestações cotidianas. Enquanto superficialmente as suas estratégias
pareciam não-convencionais, na verdade ele tinha uma capacidade incomum
para perceber mensagens profundas através da observação das coisas mais
simples e mais frequentes no comportamento do paciente.
Parecia-lhe estranho colocar um paciente fóbico num divã e pedira a ele
para que fizesse associações livres durante 50 minutos, quando sabemos que as
pessoas fóbicas aprendem a superar suas fobias quando são colocadas numa
situação que gere medo. Desta e de outras formas, Erickson foi um do primeiros
profissionais modernos a tirar a terapia que ele pretendia fazer com seus
pacientes da cabeça de seus próprios pacientes (e a fazer do consultório uma
parte da vida real deles). Sua facilidade em conseguir isto era um aspecto da sua
extraordinária inventividade e criatividade.

O professor
Um outro distanciamento em relação ao tradicional era o método
ericksoniano de ensinar. Em 1980 publiquei um livro chamado A Teaching
Seminar with Milton H. Erickson (1980a), que é uma transcrição de um
seminário de uma semana para profissionais demonstrando seu jeito de ensinar.
Ele contou histórias interessantes, principalmente sobre terapias bem sucedidas
e também sobre sua família, e conduziu demonstrações de hipnoterapia. Ele não
avaliava seus alunos escutando gravações das suas sessões ou observando-os e
interferindo na terapia que eles faziam. (Eu mesmo fui aluno de Erickson
durante seis anos e ele indicou muitos pacientes para mim, sem no entanto
jamais ter me ouvido nem visto fazendo uma indução hipnótica ou uma sessão de
terapia). Ao contrário, ele ensinava usando vários níveis de influência da

vi
comunicação para despertar recursos internos. Era desta mesma maneira que
ele fazia psicoterapia e hipnose. Ele acabou com os limites entre “hipnose”,
“ensino” e “psicoterapia”. Em outras palavras: quando ele estava lecionando,
estava fazendo hipnose e quando estava fazendo hipnose, estava fazendo
psicoterapia.
Erickson era um homem consistente, cujo objetivo era comunicar da
forma mais contundente possível a maior parte do tempo; e se comunicava para
obter o máximo possível de um efeito predeterminado em seus objetivos. E ele
sempre tinha um objetivo preestabelecido. Vejamos uma pequena história que
mostra a sua filosofia de ensino. Em resposta ao meu comentário de que uma
gravação das suas antigas palestras de 1950 me parecia uma longa indução
hipnótica, ele disse que não costumava ouvir suas gravações: “Eu normalmente
não oferecia conteúdo; eu ensinava a motivar.”
No conceito Ericksoniano não existe muita diferença entre hipnose,
ensino e psicoterapia, porque em todas essas áreas deve-se acreditar na
aprendizagem inconsciente. O fundamental é que as pessoas já possuam os
recursos que elas precisam para mudar. Por esta razão, psicoterapia, hipnose – e
em larga escala, até mesmo ensino – são processos de aliciação, desenvolvimento
de recursos e de ajuda para que as pessoas combinem estes recursos de uma
maneira nova e mais eficiente.

Erickson como pessoa


Erickson era tão original no jeito de viver quanto era como hipnólogo,
com psicoterapeuta e como professor. Haviam evidências disso a cada instante,
mas sua personalidade era particularmente bem evidenciada pela forma como
ele superava suas dificuldades físicas para poder viver uma vida mais completa.
Os vários problemas físicos de Erickson são bem descritos numa carta
datada de 10 de dezembro de 1934, da sua esposa, Elizabeth Erickson, a um
estudante que também teve poliomielite e que escreveu a ela desejando saber
como que Erickson tinha superado suas próprias dificuldades. Embora seu relato
não tenha essa intenção, as lembranças da senhora Erickson são um eloqüente
testemunho sobre a quarta área da genialidade de Erickson, que eclipsou as três
precedentes.
A força de vontade e a boa disposição de Erickson em face das suas
tremendas dificuldades físicas tiveram um papel fundamental na recuperação
efetiva de seus pacientes. Eles sabiam que seus problemas não poderiam ser
piores do que os dele. Sabiam que havia a esperança de uma vida mais produtiva,
independentemente de quaisquer obstáculos que aparecessem à frente.
Quando os paciente que sofriam de esquizofrenia, insegurança ou dor
recorriam a Erickson, eles entravam no consultório de um terapeuta que não era
hipócrita e não falava de uma terapia hipotética. Eles viam nele um terapeuta
que lutava contra a dor e contra inúmeras limitações, mas que ao mesmo tempo
curtia a vida.
Erickson tinha uma perspectiva positiva sobre sua condição. Ele
costumava dizer que a poliomielite tinha sido a sua melhor professora sobre o
comportamento humano. E acrescentava: “Não me importo com a dor – não
gosto das alternativas.” Além da auto-hipnose, ele usou a técnica do
reenquadramento. Talvez o sucesso obtido com as outras pessoas tenha sido
uma consequência do sucesso conseguido consigo mesmo.

vii
Seminário sobre Ansiedade

Resolvendo o incerto: Integrando


Abordagens Terapêuticas para
Depressão e Ansiedade

Pressupostos Ericksonianos
• Elicitação de recursos.
• Orientado para.
• Não se baseia em “psicoeducação.”
• “Conhecimento” e “Perceber”
• Permanecendo estrutural
• Sendo experiencial
• Utilizar!

1
Definindo Ansiedade
• Definindo Ansiedade:
– Desgraça iminente
– Excitação não resolvida
– Tensão antecipatória – medo de não ser bom
o suficiente / fracasso

A armadura dos Distúrbios de Ansiedade:


• Reação de ajustamento;
• Fobia simples;
• Agorafobia;
• TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada);
• TEPT (Transtorno do Estresse pós-traumático);
• Transtorno do pânico;
• TOC (Transtorno obsessive-compulsive);
• “Comorbidade.”

2
Distinções
• Sr. Medo diz: “Há ameaça: Reaja!”
• Sr. Ansiedade diz: “Há ameaça perceptível: Se
Prepare!”
• Sr. Depressão diz: “Há ameaça perceptível e nada que
eu possa fazer vai ajudar: Ignore! Desabe!”
• Sr. Pânico diz, “Tenho medo de morrer ou de perder o
controle!”
• Sr. Estresse diz: “Há pressão: Reaja.”
• Sr. Esgotamento diz: “Não existe nenhuma forma de
alcançar meus principais objetivos. Eu não aguento
mais.” Trabalho de Ayala Pines.

“Fazer” a Ansiedade
• Como é que alguem “faz” a ansiedade:
• Ansiedade / ficando ansioso
• Crie um mapa
• O que é a fenomenologia?
• Transformar o problema em um processo.
• Se o problema for nominado, transforme em um
verbo.
• Transforme em um padrão de
• Etc.

3
Elementos da Comunicação
• Use os elementos de comunicação para
determiner a fenomenologia da ansiedade
• O mapeamento da estrutura do problema (e
solução) versus o mapeamento da história do
desenvolvimento.
• Promovendo a mudança sistemica.

Hipnose

Usar a hipnose como um exemplo


de perspectiva fenomenológica

4
“Hipnose” é um verbo.
Para “criar” hipnose você precisa: Contexto,
fenomenologia, relacionamento.
Como você “faz” a hipnose
Em um context chamado “hipnose” você:
• Guia a atenção:
– Interna e focada
• Altera intensidade:
– Mais ou menos vívida
• Cria dissociação:
– “simplesmente aconteceu” e “separado de” e
desestabilização
• Modifica a responsiviade:
– Sinais mínimos e busca de sentido

Três “Diamantes.”

Hipnose
Fenomenologia
Meta-modelo

5
Categorias Principais de Mapas:
• Fenomenologia
• Aspectos sistêmicos(interno e social)
• Processos
• Fisiologia
• (Historia)
• (Psicodinâmica)

Exercício
• Exercício em grupo de seis:
– 1. Terapeuta
– 2. Paciente
– Quatro observadores numerados de 3-6

6
Os “Mapas” Diamantes

Estado/Subestados (Fenomenologia)

Sequência Sinais Sonáticos

Padrão Social

Paciente

Falar de forma sub-vocal


ou a linguagem do “Bah”

7
Terapeuta
• O terapeuta deve manter o paciente falando
utilizando instruções e fazendo perguntas
gerais. O terapeuta deve perguntar com o que a
ansiedade se parece e qual é o seu. Também
deve perguntar o que acontece antes e depois
do gatilho. O terapeuta deve dar conselhos,
“Por que você não________?”

Observadores
– Todos os observadores deverão listar cinto itens
(ou passos para o Processo / sequência)
• Os quatros “P’s (em inglês)”
– Fenomenologia (Estado-Subestados)
– Fisiologia (Sinais somáticos)
– Padrões de interação (Padrões sociais – aspectos
relacionais)
– Processo (Sequência)

8
“Amor”
• Ter
• Óbvio
• Prazer
• Na
• Felicidade
• De
• Outra
• Pessoa

Feedback
• Após o exercício, compartilhe as perspectivas;
exponha o seu “mapa” ao paciente, e receba o
feedback do paciente.
• O terapeuta pode coordenar e resumir o
feedback.

9
Fenomenologia da Ansiedade
(principalmente intrapsíquico)
• Projete em direção ao futuro
• Sofre vergonha antecipada
• Sofre ansiedade antecipada: teme sintomas ou gatilhos, e é
supersensível com ambos
• Teme a possível perda de controle
• Soma “reach back” e “after burn”
• “E se”
• “Eu não aguento isso!” “Se afaste!” “Eu não posso” “Isso
nunca vai ter fim”
• “Eu não sou suficientemente adequado”
• Agitado
• “Looping” (Preocupação)
• Aflito

Fenomenologia da Ansiedade
(principalmente intrapsíquico) (cont.)
• Dúvida religiosa
• Sensível – Interno
• Irritabilidade
• Hiper-vigilante externo
• Vê ameaça (falha da negação)
• Amplia a ameaça
• Amplia a incerteza
• Amplia as sensações
• Amplia os deficits
• Imagina o negativo
• Generaliza os negativos

10
Fenomenologia da Ansiedade
(principalmente intrapsíquico) (cont.)
• Julgamento negativo
• Auto - ataque
• Minimiza o positivo
• Reprimi sentimentos
• Se sente preso
• Constringido / restringe o comportamento
• Move-se rapidamente
• Comportamento de risco
• Gesticula “internamente”
• Compulsividade, incluindo compulsividade sexual, jogos
de azar, etc.

Fenomenologia da Ansiedade
(principalmente intrapsíquico) (cont.)
• Se comporta de forma intuitive (atividade
neutralizadora)
• Se esforçando para ter sucesso para ter sucesso
• Perfeccionismo — especialmente com pânico
• Procrastinação
• Funciona em excesso
• Controla em excesso
• Dissocia
• Possibilidade em probabilidade

11
Fenomenologia da Ansiedade
(principalmente intrapsíquico) (cont.)
• Concentra-se em coisas que não podem ser alteradas
• Oprimi (com responsabilidades, por exemplo)
• Memória de ansiedades anteriores (flashbacks)
• Pensamento mágico (distorções cognitivas)
• Sistemas de crenças (o mundo é um lugar assustador)
• “Seefeeldo” [veja o diagrama]
• Tente relaxar. Esperando o relaxamento.

Aspectos Social / Interacionais


• Renunciar ao controle (relacional)
• Desconectado / distante (relacional)
• Dúvida — reafirmação fracassa (relacional)
• Defensiva (relacional)
• Desamparo (relacional)
• Agressão social(relacional)
• Suspeita social(relacional)
• Apegado / Pegajoso (relacional)
• Leitura da mente (relacional)
• “Batata quente” (relacional)

12
Aspectos Social / Interacionais (Cont.)
• “Adaptado em excesso” (relacional)
• Ciúme (relacional)
• Sentimento familiar (hábito relacional)
• Controlador (relacional)
• Fazendo um papel (relacional)
• Revela muito. “T.M.I.” (relacional)
• Pessimista “chicken Little” (relacional) (“O céu está
caindo!”)
• Procura estar com pessoas nervosas (relacional)
• Rejeita estruturas no relacionamento

Fisiologia (Sensações Somáticas)


• Batimento cardíaco acelerado
• Transpiração
• Dentes cerrados (“Clenching”)
• Respiração rápida e superficial
• Boca seca
• Aperto no estômago / dores
• Tontura / Desorientado
• Inquietação
• Quente
• Frio

13
Fisiologia (Sensações somaticas)
(Cont.)
• Inquietação
• Disturbio visual
• Choro
• Insônia
• Parestesia (formigamento e dormência)
• Asfixia
• Nó na garganta
• Dificuldade de engolir
• Nausea
• Espasmos musculares
• Dor no peito

Fisiologia (Sensações somaticas)


(Cont.)
• Depersonalização
• Agitação
• Falta de ar
• Respiração rápida (superficial)
• Respiração desordenada
• Corar (enrubescer)
• piscar
• Aumento da pressão arterial
• Somatização
• Ofegante

14
Processo/Sequencia Processo A.
(Exemplo Geral)
• “E se ….?”
• Tensão (sensações gatilho)
• Exagerando a tensão
• “Ah não! Está acontecendo de novo!’
• Generalização do sintôma
• Pânico
• Retirada social
• “Por que você não......?”
• Vergonha

Indução Sequencial
Demonstração e Prática
Avaliação:
Qual é o problema?
Como você vivencia o problema?
O Que acontece antes disso? E antes disso?
O Que acontece depois disso? E depois disso?
Obtenha uma sequencia de sete a oito passos.

Indução: Utilize a sequencia; transforme palavras


referente aos sintoma em palavras hipnóticas; sua
intenção é de eliciar a fenomenologia da hipnóse.

15
Processo B. Soma

“Reach back” e “After burn”

Questões na avaliação
• Processo – “Ansiedade / ficando ancioso
• Determinar a sequência (quebrar padrões)
• Fenomenologia
• Aspectos sistêmicos
• Como essa pessoa cria ansiedade?
• Passos estratégicos mínimos para solução
• Fisiologia
• Aspectos familiares / contextuais
• Avaliação é um plano de tratamento
• Avaliação é intervenção
• DAM VTR

16
Questões na avaliação(Cont.)
• Reenquadrar / Redefinir durante a avaliação
• Analogia
• Processo
• Estilo Linguistico
• Papéis / dramaturgia
• Valores e posturas
• Estabelecer a fenomenologia da solução
• Estabelecer um resultado bem formulado
• Como parte da avaliação: Externalizar
• Como parte da avaliação: Exceções

Lentes multiplas
• Tradicional
• Freudiano
• Elementos da Comunicação
• Fenomenologia
• Fisiologia
• Processo
• Interpessoal—Bowen
• Existencial
• Ansiedade Existencial da morte
• Sexualidade—Masters; papel social
• Frankl=hiper-intenção—hiper-reflecção; provocou
ansiedade antecipada, evoca Sx
• Gottman (inundação)

17
Redefinir
• Juros sobre uma dívida que você não deve / Juros sobre
problemas emprestados
• Energia falsa/ excesso de energia
• Problema de respiração
• Estimular
• Qualquer quantidade de preocupação é muito
• Você não tem anciedade você tem preocupações.
• Possibilidade no meio da probabilidade
• Fracasso da tranquilidade
• Sintoma como um sinal ou presente. Gilligan
• Sintoma como inimigo. R.Reid Wilson. Anxieties.com
• Cafeina
• Brincadeiras?

Heurísticas

18
Tratamentos
• Desensibilizar
• Prescrever o sintoma
• Ansiedade antecipada—Intenção paradoxal
• Dessensibilização do interoceptivo
• Prevenção da reação
• Mudança mínima no padrão
• Violar a fobia
• Reestruturação cognitiva
• Métodos experênciais
• “E se”
• Excessões
• Externalizar
• Inocular estresse
• Observador crítico para observador atento

Intervenções
• Metáfora
• Exagerando
• Prescrever o sintoma ou seu componente
• Externalizar
• Simbolizar
• Gestalt
• Redefinir
• Métodos psico aeróbicos
• Qubra de padrões
• Esculpir (Identificação Projetiva)
• Violar
• Pensar no bloqueio; pensar na modificação
• Contaminar

19
Casos
• MHE fobia e linha do tempo
• MHE barras de ferro
• JKZ Sumo
• Dirigindo fora da cidade
• Ficando perdido
• Gertie
• Kathy
• Erickson casos de desmaio

Usando “MAPAS” para estabelecer


estratégias de tratamento
• MAPA • ESTRATÉGIA
• Fenomenologia • “Trocar”
• Fisiologia • Trabalho Somático(dessensibilizacão
do interoceptivo)
• Processo • Qubra de padrões
• Padrão de interação • Solução interativa

• Versus • Versus
• Desenvolvimento • Interpretação
• Deficit de conhecimento • Psico educação
• Biologia • Medicacão

20
Vantagens da Ansiedade
• Alho / Cebola
• Qual o publicitário que faz filmes
comerciais que pode ensinar
psicoterapeutas.

A fenomenologia da hipnose

21
A fenomenologia da hipnose
INTENSIDADE
3. Mais vivido
Defina a situação
4. Menos vivido
como hipnóse

DISSOCIAÇÃO ATENÇÃO
5. “Simplesmente acontece” 1. Interna
6. “Independente de” & “Separado de” 2. Focada
7. Desestabilização

RESPOSTA
8. Use o mínimo de pistas/Implicações
9. Busca de significado pessoal

Contextual

INTENSIDADE
Defina a situação 3. Mais vivido
como hipnóse 4. Menos vivido
Psicologica
DISSOCIAÇÃO
5. “Simplesmente acontece” ATENÇÃO
6. “Independente de” & 1. Interna
“Separado de” 2. Focada
7. Desestabilização

RESPOSTA
8. Use o mínimo de pistas/Implicações
9. Busca de significado pessoal

22
Fenomenologia da Hipnose:
O “campo de jogo.” (Contexto)
Defina a situação como hipnose e elicie a
fenomenologia
• Abertamente
• Secretamente

Elementos da Comunicação

23
Elementos da Comunicação
Primários Secundário
1. Sentimento 1. Atitude
2. Pensamento 2. Contexto
3. Comportamento 3. Qualitativo
4. Sensorial (percebido e 4. Ambíguo
representado) 5. Simbólico
5. Relacional 6. Idiossincrático
7. Cultural
6. Biológico
8. Etc..
Fonte: “Symptom Prescription Techniques: Clinical Applications Using Elements of
Communication,” by Jeffrey Zeig, Ph.D., The American Journal of Clinical Hypnosis, Volume 23,
Number 1, pp. 23-33.

Usando “mapas” para estabelecer


estratégias de tratamento

24
Usando “mapas”para estabelecer
estratégias de tratamento
MAPA ESTRATÉGIA
Fenomenologia “Vire ao contrário”
Fisiologia Desensibilização
Introspectiva
Processo Quebrar padrões
Padrão de Interação Solução Interacional
Versus
Historia Meta comentar
Biologia Medicação
Fraquezas Ensinar

Princípios de Intervenção para


Transtornos de Ansiedade
Heurístico, Não Algoritmo

25
Principios de Intervenção para
Transtornos de Ansiedade
1. Comece com o Aumento da Tensão.
2. Use múltiplas lentes.
3. Como essa pessoa faz para “faz a ansiedade?
Mapeie a fisiologia, fenomenologia, e o processo do problema e
da solução com base no que é mais importante para o paciente.
4. Ansiedade não existe. Não trate a “Ansiedade.”
a) Ansiedade é uma interpretação.
b) Ansiedade é processo, e não uma coisa, é uma nominalização
c) Ansiedade é uma generalização
d) Ansiedade é uma fenomenologia
e) Ansiedade é uma síndrome
5. Redefina cedo.
6. Individualize o tratamento.

Princípios de Intervenção para


Transtornos de Ansiedade (cont.)
7. Ansiedade é um motor. É uma “cebola” e não “alho”
8. Faça uma mudança mínima de estratégias.
9. Trabalhe a partir da periferia
10. Trabalhe em paralelo.
11. Divida para conquistar. Mova-se em pequenos passos.
12. Procure uma solução de interação.
13. Adicione escolha.
14. Diante do terror, seja o terrorista. Mas todas as partes tem
valor
15. Exteriorize.
16. Traga o problema para o presente.
17. Faça do problema um jogo.

26
Princípios de Intervenção para
Transtornos de Ansiedade (cont.)
18. Faça da Terapia um símbolo-drama da mudança.
19. Use o humor
20. Viva com a ansiedade. Evite evitar; ser contra fóbico.
21. Ansiedade é um presente; um sinal, não um sintoma.
22. Gerenciamento do Stress da ansiedade; Relaxamento não é
necessariamente uma meta.
23. Expressar e não suprimir (às vezes).
24. Use a lógica emocional; não seja obrigado a ser “logico.”
25. Contamine a ansiedade; adicione um novo elemento. Mude
o pano de fundo.

Princípios de Intervenção para


Transtornos de Ansiedade (cont.)
26. Demonstrar a mudança em fantasia; em uma nova
configuração social; na realidade.
27. Modificar a rede associativa.
28. Vá com a resistência.
29. Não remova o problema. Alterar sua função.
30. “Tenha fé três vezes.”
31. Vá uma milha a mais.
32. Cuspa na sopa do paciente.
33. A terapia deve ser tão severa quanto o problema.
34. O sintoma é a alça da panela

27
CONFERÊNCIA – A EVOLUÇÃO DA
PSICOTERAPIA

CONFERÊNCIA – A EVOLUÇÃO DA PSICOTERAPIA


LAS VEGAS, NEVADA, 13 A 17 DE DEZEMBRO DE 1995

• “ASSOCIAÇÕES ORIENTADORAS” – Apresentação Clínica


por Jeffrey K. Zeig, Ph.D.

• A demonstração que se segue vem da Conferência - Evolução da


Psicoterapia de 1995. Carol era uma participante que se
voluntariou para servir como objeto de demonstração. Antes de
subir ao palco, como um membro da audiência, Carol disse que
tinha um problema de hábito com suas unhas e que ela se
apresentaria em uma próxima conferência em Viena. A audiência
consistia em cerca de 1.000 membros. A demonstração ocorreu no
palco da maior sala de conferências da Conferência, que poderia
acomodar mais de 7.000 pessoas.

• Transcrição no final da apostila.

28
Diamante Ericksoniano

Objetivo

Embrulho para
Ajustamento Presente

Posição do terapeuta: Processamento


A – Pessoal
B – Profissional:
(lente, coração, músculos,
chapéu)

29
Diamante Ericksoniano
Pontos de Escolha na Psicoterapia

Objetivo

Diamante Ericksoniano
Pontos de Escolha na Psicoterapia

Objetivo
O que comunicar?

30
O que comunicar:
Uma orientação Ericksoniana em relação
a metas /objetivos

• Objetivos fenomenológicos e sub objetivos


• Positivos: orientados para pontos fortes e para
o futuro
• Orientado para o objetivo; orientado para a
situação de vida
• Estruturas que existem no presente
• Sistêmico / Inter racional
• Cria associações que acessa recursos
• Mudanças de níveis de experiência

Diamante Ericksoniano
Objetivo
O que comunicar?

Embrulhar
para presente
Comunicar a
meta/objetivo?

31
PRINCIPAIS INTERVENÇÕES:
Evocar recursos
(A Macro dinâmica do Embrulhar para presente)

1. Sugestões diretas 6. Prescrição do sintoma


2. Hipnose 7. Ressignificar / Conotação
3. Sugestões indiretas positiva
4. Diretivas / Tarefas 8. Deslocamento
5. Tarefa com função 9. Ensaio na fantasia
ambígua

PRINCIPAIS INTERVENÇÕES:
Evocar recursos
(A Macro dinâmica do Embrulhar para presente)

10.Ensaio na fantasia 16.Pequenas histórias


11.Orientação para o futuro (anedotes)
12.Mudança de História 17.Comunicação paralela
13.Confusão 18.Técnica de
14.Metáforas entremeamento
15.Símbolos

32
Diamante Ericksoniano
Objetivo
O que comunicar?

Embrulhar
Fazer sob medida
Que posição o paciente assume?
para presente
Individualizar o tratamento Comunicar a
meta/objetivo?

Se você falar com um homem numa linguagem que


ele compreende, isso entra na cabeça dele.
Se você falar com ele em sua própria liguagem,
você atinge seu coração."
Nelson Mandela

33
Diamante Ericksoniano
Objetivo
O que comunicar?

Fazer sob medida Embrulhar para


Que posição o paciente presente
assume? Comunicar a
Individualizar o tratamento meta/objetivo?

Processamento
Como criar drama?
PIC: Prepare – Intervenha e Acompanhe

Processamento
Preparar Intervir Acompanhar
• Acessar recursos • Sugestão direta • Ratificar
• Acompanhar • Hipnose • Amnésia
• Semeiar • Sugestão Indireta • Introduções de
• Resistência • Diretivas / Tarefas Processo
• Responsividade • Prescrição de • Ensaio na
• Hipnose Sintoma Fantasia
• Empatia / Rapport • Ressignificar • Testar a terapia
• Redefinir • Trabalhar • Tarefas
• Desestabilizar Julgamentos • Cartas/E-
• Motivas • Metáforas mails/Tels.
• Etc. • Anedotas • Hipnose
• Entremear • Motivas
• Etc • Reforçar o Ego
• Etc.

34
Uma terapia esteticamente
(Segundo Jeff Zeig)
agradável
Avaliação Empatia Indução Terapia Término
• Estratégia • Experiencial • Confusão • Acessar • Amnésia
• Perguntas • Esculpir • Lidar coma experiências • Ratificar
• DAMVTR • Empatia Resistencia de Recursos mudanças
• Semear a anedótica • Fazer a usando o • Consolidar
Terapia • Acompanhar indução Embrulhar tarefas
• Facilitar a / Espelhar relevante ao como • Instrução de
mudança problema presente processo
com Ternura • Inconsciente • Tarefa
• Acessar • Empatia simbólica
motivação • Símbolo/Me • Símbolo
• Levar a táfora do reverso /
pessoa a problema metáfora
fazer coisas • Evocar • Insight
• Pequenos fenômenos
passos hipnóticos
estratégicos
• Aumentar a
tensão

35
Diamante Ericksoniano
Objetivo
O que comunicar?

Fazer sob medida


Que posição o paciente Embrulhar
assume?
para presente
Individualizar o
Comunicar a
tratamento
meta/objetivo?
Postura do Clínico:
Pessoal
Profissional:
(lentes, músculos, Processamento
coração & chapéu)
Como ser um Clínico? Como criar drama?
PIC: Prepare – Intervenha e
Acompanhe

EMBRULHANDO PARA
PRESENTE E PROCESSAMENTO

36
EMBRULHANDO PARA PRESENTE E PROCESSAMENTO
S.I.F.T. – A solução pode aparecer recursivamente em cada um dos três estágios.
Estágio I Estágio II Estágio III
Set-up Intervenção Acompanhamento

Diagnóstico terapêutico Sugestão direta Ratificação

Pacing Hipnose Produzir Amnésia

Estabelecer rapport Sugestão indireta Instruções processuais:

Estabelecer uma significação positiva. Tarefas/Diretivas Como usar recursos de eliciação


Parabenizar a pessoa em sua posições Proposição de tarefas ambíguas
Prescrever sintomas Testar a terapia
Motivar Ressignificação/conotação no consultório
Amarrar em uma conotação positiva simbolicamente
Criar expectativas Propor exercitar a fantasia
Tarefas para consolidar treinar aprendizado

Utilizar a confusão para romper Deslocar Hipnose


com sets habituais Exercitar as fantasias Cartas
Semear objetivos ou metas Orientar para o futuro
Intervir significativamente Mudar a história

Promover mudanças a Confusão


estratégias mínimas Metáforas
passo a passo

Criar um drama (SEE) Símbolos


Rituais Rituais Rituais
Acessar respostas Anedotas
cooperativas a estímulos Comunicação paralela
mínimos Técnica de entremear
Usar hipnose
Identificar & utilizar recursos

Lidar com as resistências


Estabelecer um símbolo
para o problema
Estórias empáticas
O MODELO DE “ESTADOS”

38
Depressão
• Interno • Crítico
• No passado • Nega/desconta conquistas
• Inativo • Absorve energia social
• Negativo • "Se pelo menos..."
• Sem esperança – sem vocabulário fisiologicamente
objetivos sem vigor
• Intra-punitivo • “Eu não estou bem”
• Retraído socialmente existencialmente
• Tátil • Vítima
• Visão limitada

Depressão Felicidade
• Interno • Externo
• No passado • Presente
• Inativo • Ativo
• Negativo • Positivo
• Sem esperança – sem • Orientado pela esperança
objetivos • (Balanceado)
• Intra-punitivo • Engajado
• Retraído socialmente • Visual
• Tátil • Com escopo e profundo
• Visão limitada

39
Depressão Felicidade (cont)
• Crítico • Aberto
• Nega/desconta conquistas • Reconhece conquistas
• Absorve energia social
• "Se pelo menos..." • Emite energia social
vocabulário • “Sim e…” vocabulário
• Fisiologicamente sem
vigor • Desperto
• “Eu não estou bem”
existencialmente • “Nós estamos bem”
• Vítima existencialmente
• Vitorioso

HIPNOSE
• Guia atenção
--interna e focada
• Altera intensidade
--mais ou menos vívido
• Cria dissociação
--“Simplesmente aconteceu” & “separado
de” (“just happen” e “apart from”)
• Modifica responsividade
--dicas mínimas e busca por sentido

40
Tradicional Tradicional
Terapeuta Hipnoterapeuta
• Empático • Direto
• Atento • Dominante
• Aceita • Poderoso
• Quieto • Ativo
• Educacional • Sugestivo
• Inquisitivo • Imperativo
• Genuíno • Dinâmico
• Quente; relação positiva • Calculating
• Presente • Futuro
• “Vanila” • “Colorido”

Terapeuta Ericksoniano
• Experiencial
• Dramatizador
• Ativo
• “Guia turístico” — no comando
• Flexível
• Metafórico — “orienta em direção a”
• Emocional
• Na expectativa
• Sistêmico

41
Hipnoses Estado Terapeuta “Estado”
• Guia atenção • Experiencial
– interna e focada • Dramatizador
• Altera intensidade • Ativo
– mais ou menos vívido • “Guia turístico” — no
• Cria dissociação comando
– Simplesmente aconteceu” & • Flexível
“separado de” (“just happen” e • Metafórico — “orienta em
“apart from”) direção a”
• Modifica responsividade • Emocional
– dicas mínimas e busca por • Na expectativa
sentido
• Sistêmico

O Modelo de “Estados”
Depressão Felicidade
•Interno •Externo
•No passado •Presente
•Inativo •Ativo
•Etc. •Etc.

Hipnose Terapeuta
•Atenção •Experiencial
•Intensidade •Dramatizador
•Dissociação •Flexivo
•Resposividade •Etc.

42
DEPRESSÃO
é um processo, não uma “coisa”

DEPRESSÃO – é um processo não uma “coisa”


Para FAZER a depressão... Para FICAR deprimido...

1- Dissocie a cabeça do corpo – MENTAL


2- Diminua a respiração – FÍSICO
3- Relembre memórias ruins – HISTÓRICO
4- Diminua a energia – FISIOLOGIA
CEREBRAL
5- Isole-se – COGNITIVO
6- Pensamentos negativos – COGNITIVO
7- Suprima inputs - PERCEPTIVO
8- Deteriore a saúde – BIOLÓGICO
9- Sistema de Crenças rígido – BS
10 - Restrinja as ações – COMPORTAMENTAL
11 - Ataque de vergonha/pena – ATITUDE
12 - Lentifique – TEMPORAL

43
DEPRESSÃO – é um processo não uma “coisa”
Para FAZER a depressão... Para FICAR deprimido...

13 - Vítima – PAPEL
14 - Ausência conspícua – ASSERTIVIDADE
15 - ”Se pelo menos...” – LINGÜÍSTICO
16 - Sem metas – FUTURO
17 - Falta de significado – EXISTENCIAL
18 - Falta de fé – ESPIRITUAL
19 - Seja extremamente realista – NEGAÇÃO
20 - Tenha a família certa – HERANÇA
21 - Humor triste – AFETIVO
22 - Não tenha esperança – EXISTENCIAL
23 - Sinta-se por baixo – PAPEL SOCIAL
24 - Postura retraída olhando para baixo

DEPRESSÃO – é um processo não uma “coisa”


Para FAZER a depressão... Para FICAR deprimido...

25 - Pouco contato ocular


26 - Voz monótona
27 - Aja sem esperança
28 - Absorva energia
29 - Baixa energia
30 - Tátil
31 - Veja o negativo, aumente o negativo
32 - Seja negativo
33 - Seja internalizado – ATENÇÃO
34 - Seja inativo

44
A Fenomenologia da Depressão

Interno
• Tempo: Orientado para o passado
• Vocabulário Interno: “Apenas se...”; “Não posso
muito…”; “Eu não posso…”
• Expectativa: Fracasso, expectativas irreais
• Processo #1: Sub-Atividade
• Processo #2: Negatividade
• Processo #3: Oprimido
• Processo #4: “Fogged over” (Visão Embaçada)
• Processo #5: Encerrar
• Processo Perspectivo: Magnificar as sensações dolorosas,
melhore o negativo

45
Interno (cont.)
• Comportamento #1: Restringir/Limitar a Atividade
• Comportamento #2: Regressão
• Tempo: Devagar
• Ausência #1: Falta de assertividade
• Ausência #2: Negação
• Ausência #3: Metas
• Ausência #4: Desejo/ Paixão
• Distorções Cognitivas: “O Mundo é um lugar terrível”
• Sistema de Crenças: Eu não posso lidar; rigidez
• Afetivo: Tristeza
• Processo Afetivo: Humor inflexível

Interno (cont.)
• Auto-estima: Incapaz; auto-crítica
• Gramática: [!!!]
• Memória: Lembra de eventos negativos
• Processo de Memória: Esquecido; preocupado
• Existencial: Crise de sentido
• Atenção: Interna
• Pensamentos: Auto-destrutivos; derrota; indecisão
• Fisiologia: Diminuição da energia
• Cognitivo: “Pensamentos ruins”
• Biológico: Desgaste da saúde, problemas no sono
• Atitude: Vergonha; sem esperanças; julgamentos

46
Interno (cont.)
• Espiritualidade: Falta de fé
• Sistema Sensorial: Tátil
• Imagens Internas: “Escuras”
• Postura/Gestos: “Puxe”; Olhar para baixo
• Energia: Apático; agitado
• Metafora/Analogia

Social / Interpersoal
• Expressões: Diminuição de alcance
• Retirado; Isolado; Falta de interesse social e envolvimento
• Intra-punitivo
• Vítima/Sem esperanças
• Para baixo
• Falta de cuidado consigo próprio na presença de outros
• Herança de Família
• Absorver energia
• Desamparado
• Triangulação; com ansiedade sem esperança
• Passivo; passivo-agressivo
• Outras Funções Sistêmicas

47
Fenomenologia da Ansiedade

Interno
• Tempo: Orientado para o futuro
• Vocabulário Interno: “E se...”/“Ir embora”/“Isso nunca vai
acabar”/“Eu não suporto”
• Expectativa: Catástrofe
• Processo Nº1: Agitar; “Looping”
• Processo Nº2: Muda uma possibilidade para uma
probabilidade; a “Técnica Stephen King”
• Processo Nº3: Oprimido
• Percepção: Hiper-vigilante aos sinais e sensações
• Processo perceptivo: Amplia ameaças, amplia sensações

48
Interno (cont.)
• Comportamento: Constrição / restringir
• Ritmo: Andar mais rápido
• Ausência Nº1: Falha em reassegurar
• Ausência Nº2: Tolerância
• Distorções cognitivas: Pensamento mágico (especialmente
para obsessões)
• Sistema de crenças: Arriscado; “Fique alerta”
• Afetivo: Ansiedade antecipatória
• Auto-estima: Inadequação
• Gramática: !!!
• Memória: Flashbacks

Interno (cont.)
• Existencial: Crise de fé
• Atenção: Externo para ameaças
• Pensamentos: Incapaz de enfrentar
• Fisiologia: Excesso de energia
• Cognitivo: Pensamentos de ameaça
• Biológico: Superativada
• Atitude: Vergonha; “desanimo”
• Espiritual: Falta de fé
• Sistema Sensorial: Visual para ameaças
• Postura: Vigilante; “All ears and eyes”

49
Social / Interperssoal
• Defensivo:
• Distância: Reclusão social; desconectado; despersonalizado
• Oculta: Vergonha
• Herança de família: Lealdade
• Papel de vítima: Desamparado
• “Um abaixo” (One-down)
• Intrapunitivo: Auto-agressão
• Emite energia
• Triangulação: Ganancioso
• Outras funções sistêmicas
• Vigilante

A Fenomenologia de
Como “fazer” o problema
e a solução

50
Interno - I
• Atenção:
• Sistema sensorial:
• Imaginação interna:
• Percepção:
• Processo perceptivo:

Interno - II
• Cognitivo:
• Vocabulário interno/encantamento:
• Gramática:
• Principal questão:
• Distorções cognitivas:
• Metáfora / analogia:

51
Interno - III
• Comportamento #1, #2, #3, etc.:
• Postura/Gestos:

• Afetivo:
• Processo afetivo:

Interno - IV
• Atitude:
• Sistema de crenças:
• Auto-estima:
• Existencial:
• Espiritual:

52
Interno - V
• Fisiologia:
• Biológico / Saúde:
• Energia / nível de atuação:
• Sensações:

Interno - VI
• Tempo:
• Ritmo:
• Expectativa:
• Memória:
• Processos de memória:

53
Interno - VII
• Processo #1, #2, #3, etc.:

• Ausência #1, #2, #3, etc.:

Social / Interperssoal - I
• Expressão social:
• Distância social:
• Culpa: Intro-punitiva /extra-punitiva
• Papel:
• Controle: Um para cima / Um para baixo
• Energia Social: Emite / absorve
• Triangulação:
• Direção: persegue / afastamento
• Requisitos relacionais:

54
Social / Interpersonal - II
• Responsividade:
• Sensibilidade Interpessoal:
• Sensibilidade Contextual e Percepção:
• Funções Sistemicas:
• Faixa etaria:
• Ordem de nascimento e criação:
• Resistencia:

A Fenomenologia da
Depressão de “R”
Como é que “R”
“causa” a depressão

55
Interno - I
• Atenção: Interna
• Sistema Sensorial: Tátil; excessivamente cosciente
das sensações corporais
• Imagens internas: Sombrias
• Percepção: Suprimi estímulo positivo
• Processo perceptivo: Amplia o negative e reduz o
positivo

Interno - II
• Cognitivo: Auto-destrutivo; derrotado; indeciso
• Vocabulário interno/encantamento: “Qual é o meu
problema?”; “Eu não posso fazer nada”; “E se as coisas não
mudarem?”; “Eu não consigo lidar com isso.”; “Porque está
demorando tanto?”; “Tudo é um grande esforço.” “Por que eu
não estou se divertindo?”; “Por que eu não posso___?”
“Merda!”
• Gramática: !!!
• Questão principal: “Onde está minha energia?”
• Distorções cognitivas: “Eu preciso de algo mágico para ficar
melhor… e eu preciso agora.”
• Metáfora: “Eu estou remando contra a maré.”

56
Interno - III
• Comportamento Nº1: Preguiçoso
• Comportamento Nº2: Obrigado a fazer as coisas
• Comportamento Nº3: Choraminga de manha
• Postura/Gestos: Para dentro; contraído
• Afetivo: Vazio; triste; apático
• Processo afetivo: Humor inflexível

Interno - IV
• Atitude: Vergonha/humilhação; inseguro; sem
esperança
• Sistema de crenças: “Eu não posso fazer as coisas”
• Auto-estima: Inadequado; indeciso; baixa auto-estima
• Existencial: Nada tem sentido
• Espiritual: Pouca fé

57
Interno - V
• Fisiologia: Sem energia
• Biológico/saúde: Não gostando da comida; perda de
peso
• Energia/nível de ativação: nível de atividade
diminuído
• Sensações: Braços pesados

Interno - VI
• Tempo: Preocupado com o futuro
• Ritmo: Um pouco mais lento que o habitual
• Expectativa: “O que acontecerá se eu não puder?”
• Processo de memória:

58
Interno - VII
• Processo#1: Menos ativo que o normal
• Processo#2: Sobrecarregado e paralisado
• Processo#3: Confuso (fogged over)/perplexo

• Ausência#1: Agressão externa


• Ausência#2: Metas

Social/Interpessoal - I
• Expressão social: Forçado com as pessoas
• Afastamento social: Retraído; falta de envolvimento
social
• Culpa: Intra-punitivo – duro consigo
• Papel: Sem esperança; mais infantil
• Controle: Dominado
• Energia social: Absorve energia (Quando está “para
cima” emite energia)
• Direção: Distância
• Exigências no relacionamento: Precisa direção;
ouvir

59
Social/Interpessoal - I
• Responsividade:
• Sensibilidade interpessoal:
• Sensibilidade contextual e consciência:
• Funções sistêmicas:
• Nível de idade funcional:
• Ordem de nascimento e criação:
• Resistência:

USANDO TAREFAS NA PSICOTERAPIA PARA


EMBRULHAR IDÉIAS COMO PRESENTE

60
USANDO TAREFAS NA PSICOTERAPIA PARA
EMBRULHAR IDÉIAS COMO PRESENTE

DIRETO – CONGRUENTE (Dever de casa) INCONGRUENTE (Dever de casa)


Exercício Intenção paradoxical (Frankl)
Treinamento de relaxamento / yoga / meditação Prescrição do simpoma (L’Abate & Weeks)
Treinamento de assertividade Tarefa com função ambígua (Lankton &
Psico-educação Lankton)
Escrever: Simbólico (Erickson)
Listas/Autobiografia/Social Rituais (Guilligan; Van der Hart)
Histórias/Diários Absurdo (Keeney)
Biblioterapia Tarefa massante (Ordeal) (Haley)
Atividades sociais Atribuição?
Trabalho voluntário Erickson (Indireto)? Violetas africanas?
Grupos de apoio
Exceções (de Shazer)
Pergunta do milagre (de Shazer)
INCONGRUENTE (Na sessão – Abordar e Tratar)
DIRETO – CONGRUENTE
(Na sessão) Prescrição hipnótica do sintoma
Pergunta do milagre (de Shazer) Tarefas simbólicas
Técnicas de Enactmente
Sculpting
Trabalho de partes
Gestos
Quebra-cabeças
Externalizar
Existem, também, tarefas para fazer e tarefas dadas para resistir
a fazê-las, mas elas criarão e levarão a associações.

Prescrição de sintoma bem formulada:

01 - A pessoa é colaborativa ou desafiante


02 - Tenha um foco: divida em componentes fenomenológicos, p.e.,
elementos de comunicação
03 - Acrescente motivação:”............... porque (dê uma razão sob
medida eu estimule uma experiência interna do indivíduo.”
04 - Crie um contexto: tempo e espaço
05 - É possível usar ironia. Ironia sutil é melhor. Não insulte o
paciente. Mas pode insultar o problema.
06 - Organize a prescrição
07 - Acompanhe a tarefa por e-mail, telefone, pergunte na próxima
sessão

Existem, também, tarefas para fazer e tarefas dadas para resistir


a fazê-las, mas elas criarão e levarão a associações.

Prescrição de sintoma bem formulada:

08 - Decida como você SERÁ ao dar a tarefa: confiante, expectante,


irônico. Acredite que a tarefa vai funcionar. Você transmite
poder e não engana.
09 - Use técnicas compatíveis com sua personalidade e que você se
sinta confortável recebendo ou aplicando a um membro da sua
família.
10 - Envolva outros.
11 - Contra-indicações.
12 - O que fazer quando a pessoa não faz a tarefa. Tenha um plano.
13 - Suplante o passado: avaliação.
14 - Compare uma tarefa com a outra.
15 Tarefas do Terapeuta

62
Diagnóstico de Ação

Diagnóstico de Ação
Através de um diagnóstico de ação dos valores do paciente, de forma natural, o
terapeuta criará um plano de trabalho. O diagnóstico em cada uma dessas catetorias
deve ser breve, concreto e orientado comportamentalmente. Algumas categorias
não serão importantes: O diagnóstico de ação é usado para eliminar informações de
como o paciente “cria” um problema.

1) Ganchos: O que o paciente valoriza? Qual a posição que toma esse paciente?
Quais as lentes desse paciente?

2) Capacidade de responder: Faça uma afirmação breve sobre o a maneira de


responder do paciente. Por exemplo: O paciente responde a sugestões indiretas, o
paciente responde a sugestões diretas.

3) Foco da atenção: Interna ou externa? Focado ou difuso?

4) Culpa: O paciente tende a ser intrapunitivo ou extrapunitivo?

63
5) Operação de processamento: O paciente tende a aumentar ou reduzir as coisas em que
presta atenção? Linear ou mosaico?

6) Estilo de controle: Qual o estilo do paciente de controlar a relação? O que o paciente


requer que o terapeuta faça? Como o paciente controla a relação?

7) Sistema representacional preferido: Estílo perceptual, especialmente no que se refere


ao problema.

8) Relacional: Absorve ou emite? Tartaruga ou gato?

9) Resistências: Como poderia o paciente se auto sabotar, em relação ao que quer


alcançar?

10) Motivação: Descrever e apontar inconsistências. Como obtê–las?

11) Conduta não verbal : Especialmente quando descreve o problema.

12) Estilo de humor

13) Forças ou recursos do paciente: Seja específico.

14) Linguagem simbólica: Quais são as palavras especiais e metáforas que utilizam este
paciente?

15) Fenómenos Hipnóticos: Qual o fenómeno hipnótico que acontece mais no paciente?
Criador, Eliminador ou Distorcedor? Qual fenómeno hipnótico está por trás do problema?

16) Ausencia visível: O que está visivelmente ausente? Por exemplo: Coragem,
assertividade, etc... A que essa pessoa está renuncia ou renunciou? Por exemplo:
Esperança, poder, etc...

17) Estratégia de consentimento: Qual o estilo do paciente em consentir com o


tratamento?

18) Mecanismo: Qual o mecanismo pelo qual o problema permanece? Como isso pode ser
usado como uma estratégia de indução?

19) Metas do terapeuta: As metas do terapeuta podem diferir das metas estabelecidas
pelo paciente. Qual é a mudança mínima de estratégia?

20) Símbolo do problema: Metafora do problema. Como usala para a indução e como
barómetro de mudança?

64
Luto: Amigo ou Inimigo?

Luto: Amigo ou Inimigo?

65
Introdução
• Luto nos une.
• Tânato eventualmente triunfa sobre Eros
• Apreciações
• Minha formação profissional
• Eu sou um generalista. Não pretendo ser um
especialista.

Luto:
• O que é luto e qual o seu propósito?
• Luto e depressão?
• Tipos de perdas e os seus resíduos
• Há fases de luto?
• Como tratar o luto e lidar com perdas inevitáveis?
• Como eu posso ajudar outros a lidar com seu luto?
• Estudo de casos

66
Luto:
• O que é luto e qual é o seu propósito?
• Luto é depressão?
• Quais são as fases de luto?
• Como os profissionais tratam o luto?
• Como posso lidar com perdas inevitáveis?
• Como posso ajudar amigos e familiares a lidar com o luto?
• Quando se deve envolver um profissional?

Definindo Luto:
• Uma emergência sem resolução óbvia.
• Uma seta sem direção.

67
A Postura do Luto
Métodos Vivenciais:
• Luto Pantomima
• Luto na língua do “BA”

Luto e seus contaminantes


• Luto é uma emoção primaria, similar à raiva e
ao medo.
• É programado biologicamente. Não é como a
culta ou a vergonha.
• É uma experiência universal.
• Não é depressão. Pode envolver desespero.

68
Tipos de perdas:
• Pessoas
• Posses (bens)
• Oportunidades
• Animais de estimação
• Separações

Alguns Resíduos da Perda:


• Perda de Identidade
• Perda de Status
• Perda de Conexão
• Perda de “We-ness.”
• Perda de Direção
• Perda da Fé
• Perda da Vontade/Energia/Apetite

69
Reações à perda
• Sonolência a insônia
• Acting Out and Acting In
• Traumatização: Acute Stress Disorder and
PTSD
• Emoções Intensas: tristeza, saudade, raiva and
culpa
• Química Cerebral (Helen Fisher)
• Reações de Crianças

Os (muito difamados) Estágios:


“estágios” não reais -- Características
• Negação: Entorpecimento
• Ansiedade/saudade
• Desestabilização
• Raiva
• Depressão
• Renúncia
• Resolução
8-12 semanas
Anos para alterar a química do cérebro

70
Normal vs. Luto Patológico
• Inicialmente as (ondas) duram At first waves lasting 20-60’
• Sensações somáticas e déficits de
• Perda de motivação
• Retraimento social
• Desorganização cognitiva
• TX if SX are discomforting at 2 mo.
• “Complicated Grief” DX at 6 mo. (efeitos totais em
funcionamento)
• Depressão crônica em 10-15%
• Diferenças culturais.

Luto Complicado
• Reações de luto complicado são diferentes das reações de luto
descritos acima. Deprimido ou temperamento ansioso, emoções
e comportamentos perturbados, depressão, abuso de substâncias,
e até mesmo transtorno de estresse pós-traumático são algumas
das maneiras pelas quais o luto pode se tornar complicado. O
luto se torna complicado quando é mascarado por sintomas
físicos ou comportamentais importantes, ou quando é exagerada.
Se um indivíduo tem problemas de personalidade,
desenvolvimento, ou emocional, a terapia para luto pode ser
necessária.

71
Luto Complicado
• Se uma pessoa suspteita que ela esta clinicamente deprimida
além de seu luto, ela deve procurar ajuda profissional. Aquele
que evita qualquer lembrança da pessoa que morreu, que
constantemente pensa ou sonha sobre a pessoa que morreu, e
quem fica com medo e em pânico facilmente com qualquer
lembrança da pessoa que morreu pode estar sofrendo de
trantorno de estresse pós-traumático. Em casos como estes, pode
ser necessária ajuda profissional.

Quando o luto é um problema?

• Quando é um problema para a pessoa


• Quando é um problema para a familia
• Quando é um problema no trabalho

72
Perspectivas sobre Luto
• Luto e TEPT (Transtorno de Estresse Pós-
Traumático)
• “Luto Ausente” não é patologia—isso não é
um sinal de apego superficial. Cerca de 50%
das pessoas apresentam baixos níveis de
depressão.
• “Luto Retardado/Atrasado” é pouco provavel;
TEPT Retardada acontece.

Helen Fisher
helenfisher.com

73
Pesquisa de Helen Fisher
Dor emocional profunda de pessoas rejeitadas.
• Fase de Protesto;
• Fase de Resignação.

Pesquisa de Helen Fisher


Protesto:
Semelhante à forma como os bebés reagem à
perda de uma mãe. Alta dopamina e
norepinefrina. Se esforçando mais: Atração de
frustração/ Frustração agressão. Raiva -
abandono. Obsessão. Amígdala acionada.

74
Pesquisa de Helen Fisher

Características do Stress de Separação:

Protesto
Se agarra
Protesto desesperado
Busca contato pela raiva, crítica, e coerção.
(Qualquer contato é melhor que nada.)
Desespero
Destacamento

Pesquisa de Helen Fisher


Resignação: Estágio de desespero. Depressão
clínica. O amor machuca.
Depressão lhe dá um “insight” para que você
possa seguir em frente. Cobra um alto preço.
Explicação Darwinista? Metabolicamente caro:
Te libera mais rápido? Proteger sua cria?

75
Luto:
Uma seta sem direção
• Quando você chora, qual é o seu objetivo?
• Qual resultado você esta buscando?
• Como você sabe que resolveu / superou sua
dor?

Para responder a essas perguntas, vamos olhar


para os problemas comuns e seus opostos

Opostos / Antagonistas
• Deprimido - Feliz
• Passivo - Ativo
• Luto - __?__

Não ter nenhum objetivo claro pode ser díficil


para as pessoas orientadas para resultados, mas
pode levá-las a serem pessoas orientadas a
processos.

76
Opostos / Antagonistas
• Deprimido - Feliz
• Tenso - Relaxado
• Desapontado - Satisfeito
• Passivo - Ativo
• Retraido - Engagado
• Ansioso - Relaxado???

Cinco “Estágios” do Tratamento


1. Empatia e Ventilação
2 Fornecer Informações
3. Gestão de sintomas
4. Accessando Resiliência
5. Criando Significado

77
Tratamento do Luto: Empatia
• O reconhecimento da importância da perda
• Discussão aberta da perda
• Distorções de reestruturação - p.ex. culpa
• Validação da intensidade da dor

Informação
• Um pouco de dor deve ser sentida. Como você
suporta o seu sofrimento pode ser significativo.
• Tenha cuidado de ti mesmo
• Conheça os componentes e os prazos
• O luto é uma reação biologia normal
• Evite o “porquê” é uma compulsão que nunca pode
ser adequadamente respondida.
• Qual é a missão da pessoa perdida? Orientada para
que e como? Como concluí-la?
• Ritual de despedida.

78
Informação
• Saiba que o objetivo é indefinido.
• Faça algo tangível para absorver a dor.
• Sofremos em proporção à quantidade que amamos.
• Conteste a tendência para o auto-ataque.
• Não é uma questão de “apenas supere isso.”
• Se recupere a ser uma “pessoa completapor si mesmo,
mesmo quando você era um “Nós.”
• Perda de relacionamento dói tanto quanto uma morte,
mas não responde de maneira igual.
• Crise = perigo + oportunidade. Foster resiliência.

Lidando com Sintomas do Luto :


Algumas Escolhas
• “Patrocine” seu luto: reconheça ele.
• Rituais:
• Escreva / Diário
• Affect Management
• Affect Expression
• Leitura
• Ajuste de Atitude: “Eu sei que eu
consigo_____.”

79
Lidando com Sintomas do Luto :
Algumas Escolhas
• Ação saudável
• Bom humor promove bom humor
• Ser um Vencedor/Não uma vítima.
• Honrando
• Re-storying
• Re-agrupamento:
• Compromisso com um grupo

Lidando com Sintomas do Luto :


Algumas Escolhas
• Inventário: 3 R’s:

• “Re-sourcing Resilience”

80
Tratamento do Luto
Inventários
• Arrependimentos
• Ressentimentos
• Apreciações

Específicos e gerais
Listas ou Gestalt

Tratamento do Luto
• Estudo de Caso - Erickson
• Estudo de Caso - Jeff - artist

81
Uma direção para o Luto
Acesso à Resiliência
Como alguém pode fazer isso?

Resiliência
• Recuperar das adversidades
• Capacidade de atingir a homeostase

82
Caminhos para a Resiliência
• Resistência (Dureza): propósito; poder de
influência pessoal para mudra as circuntâncias
da vida, a crença na capacidade de aprender
• Crença em um poder superior
• Redutor
• Emocionalidade positiva - bom humor
• Conexão

Tratamento do Luto
Kit de Ferramentas da Resiliência
Pessoal
• “Quicar e voltar” - Lidar com contratempos Bola de
Borracha
• Flexível - Enverga mais não quebra; Lida com inevitáveis
retrocessos Salgueiro
• Controle Pessoal – auto-eficácia Volante (Direção)
• Resolver problemas – prioriza o auto cuidado físico
Quebra-cabeça
• Perseverar Coelho energizer
• Aceitação Lente Grande Angular

83
Tratamento do Luto
Kit de Ferramentas da Resiliência
Temporal
Futuro
• Visualize um resultado positive no future: Espero que você
vá utilizar a lição dessa provação Telescópio para a Frente

Passado
• Lembre-se de exemplos de resiliência Telescópio para Trás

Tratamento do Luto
Kit de Ferramentas da Resiliência
Social
• Obter ajuda/Suporte/Conexão Corda
• Modelar outros que são resistentes Chapel de Detetive
• Empatia com os outros Diapasão
• Ensine para os outros a sua estratégia para o sucesso
Lição Livro
• Conhecimento de que você pode lidar adequadamente
Espelho
• Criar um propósito maior – Enxergar o quadro complete;
crear significado, transcender Estrela

84
Gerencialmento de
Sintomas

Abordagens experimentais

Fenomenologia do Luto

Criando Mapas da
Experiência Vivida

85
Fenomenologia do Luto

O luto é uma “construcão de conveniência.


Como essa pessoa “faz” o luto?
Que mudanças sistémicas podem ser
efetuadas?

Fenomenologia do Luto

• Psicológico
• Social/Interpessoal

86
Dentro da pessoa
• Atenção
• Cognitivo
• Comportamental
• Afetivo
• Comportamento
• Fisiologia
• Temporal
• Processo
• Ausências

Atenção
• Atenção: Interna
• Sistema Sensorial: Tátil
• Imagem Interna: Escuro/Sombrio
• Percepção: Limitada
• Processo perceptivo: Desorientação

87
Cognitivo
• Cognitiva: Obsessão com memórias
• Vocabulário Interno/encantamento: “O que eu
poderia ter feito para evita-lo?”
• Gramática: !
• Questão fundamental: Por que?
• Distorções cognitivas: “Eu poderia ter evitado
isso.” “Eu não posso viver sem isso.”
• Metáfora/Analogia: Escuro; perdido; oprimido,
leão ferido na caverna.

Comportamental
• Comportamental: Agitação, inquietação,
limitado
• Postura/Gestos: Tenso/retraida

88
Afetivo
• Afetivo: confusão; raiva; tristeza
• Processo Afetivo: “outra vez, outra vez e outra
vez”

Comportamento
• Atitude: Desespero
• Sistema de crenças: Descrença
• Auto-estima: Perda
• Existencial: Enfado
• Espiritual: Perda da fé

89
Fisiologia
• Fisiologia: Inquietação
• Biológical/Saúde: Doença
• Energia/Nível de Ativação: Diminuído
• Sensações: Amplificado

Temporal
• Time: O future está desaparecido;
• Tempo: Infinito presente.
• Expectativa: Perda de esperança
• Memória: Memórias vívidas
• Processo de memória: Intrusões

90
Processo
• Acentua o negativo

Ausências
• Significado
• Comportamento dirigido para metas

91
Social/Interperssoal

• Culpa: Intra-punitiva/“Exo-punitiva” (pões a culpa no


outro) - ambas podem estar presentes
• Função: Mimitismo
• Controle: “One-down” (realiza um de cada vez)
• Energia Social: Absorve
• Triangulação: Puxando em QUALQUER pessoa
• Direção: Distância

Social/Interperssoal

• Requisitos relacionais: Empatia


• Receptividade: Reduz
• Sensibilidade Interpessoal: Diminui
• Sensibilidade contextual e consciência: Diminui
• Faixa etária Funcional: Regressão
• Resistencia: Dizer “adeus”
• Distância Social: Isolamento ou apego

92
Benções:
• O que faz com que o sofrimento tenha sentido?
Sofrer um destino difícil e ajudar os outros a
lidar com o seu destino é uma ação cheia de
significado.

Benções:
• “Cada homem é questionado pela vida; e ele
só pode responder para sua”
Viktor Frankl

93
Benções:
• “Aquilo que é para fornecer luz deve suportar
o fogo.”
Viktor Frankl

Benções:
• Lidar adequadamente com o bom e o ruim é o
a verdadeira alegria de viver.

• Relações Humanas: Sofremos em proporção à


quantidade que amamos.

94
Luto - Poema
Joyful Sorrow
•those that used to bring us joy
are now the source of our sorrow
those that used to make us laugh
now dare to bring tears to our eyes
those that couldn’t wait to see us
now refuse us into their presence
is death such a controller of minds
that it would turn us so
that those who once were our angels
become those that would torment us
it takes the soul
but it is not enough
so it brings us sorrow as well
but never shall it kill our beloved memories
those shall live inside us
till the end of eternity
they become our comforters
•Copyright © 2001 by Olufisayo Gali. All rights reserved.

Luto - Poema
Alegre Tristeza
•aqueles que nos alegravam
agora são a fonte de nossa tristeza
aqueles que nos faziam rir
agora se atrevem a trazer lágrimas aos nossos olhos
aqueles que não podiam esperar para nos ver
agora nos recusa a sua presença
é a morte uma controladora de mentes
que vai nos transformar tanto que
aqueles que eram nossos anjos
se tornaram aqueles que nos atormentam
mas isso não é o suficiente
então isso nos trás tristeza também
mas nunca isso deve matar nossas memórias amadas
elas devem viver dentro de nós
até o fim da eternidade
elas se tornam nossos consoladores
•Copyright © 2001 by Olufisayo Gali. All rights reserved.

95
Luto e Casais

Transtorno de Estresse
Pós-traumático

96
O que é o transtorno de estresse pós-traumático?
• Uma resposta normal para um evento anormal
• Um evento revivido

Constelacão primária
• Intromissões
• Anulação
• Hipersensibilidade

97
Sintomas que emergem
• Problemas de sono, irritabilidade, dificuldade
de concentração, hiper vigilância, sentimentos
de vulnerabilidade, reações exageradas,
estímulo do sistema simpático

Problemas Sociais
• Evitação e torpor
• Comprometimento da atividade social e
ocupacional

98
Sintomas
• Ansiedade: fadiga física, emocional, mental e
espiritual (desesperança e desespero)
• Dissociação e dissociação do conteúdo do
trauma

Desencadeamento:
• Visual, auditivo, olfativo, gustativo,
cinestésico, reação ao aniverário, eventos
estressantes, emoções fortes.

99
Dificuldades adicionais:
Auto incriminação, abalo de crenças,
distúrbios do humor, vícios, comportamento
impulsivo, queixas somáticas, compensações
em excesso, ansiedade da morte, compulsões,
auto-mutilação, alterações de personalidade,
alexitimia, suicídio, re-vitimização, problemas
intergeracionais, culpa por sobreviver

O Andamento do Estresse Pós-traumático:

• Protestos,
• Negação,
• Intromissão,
• Trabalhando exageradamente

100
• Memórias falsas
• Desordens do Espectro Autista e Transtorno de
Estresse Pós-traumático complexo
• Distimia; Distúrbio de ansiedade generalizada;
Fobias; Disturbios do pânico, Distúrbio para
dirigir

Co-morbidade:

• Depressão - 48%
• Distúrbio de ansiedade generalizada - 16%
• Fobia simples - 30%
• Distúrbio do pânico - Aprox. 10%
• Agorafobia - Aprox. 20%
• Abuso de álcool - 50 (homens) vs. 30% (mulheres)
• Abuso de drogas - 35% vs. 25%
• Distúrbio para dirigir - 45% vs. 15 %

101
Fatores de Risco:
• Pré-trauma: sexo; idade; trauma na infância;
adversidades da infiância; transtorno
psiquiátrico prévio; transtorno de deficite de
atenção e hiperatividade; trauma em adulto;
problemas de saúde; histórico famíliar.
• Trauma: “dose” efeito; natureza do trauma;
participação.
• Pós-trauma: suporte social; Desordens do
Espectro Autista ; reação imediata

Sete classes diferentes do transtorno de


estresse pós traumático (de Meichenbaum);
The Melissa Institute - www.melissa.com

1. Individuos expostos ao trauma que tomam parte nas


intervenções do transtorno do estress pós traumático.
2. Pessoas conscientemente expostas a experiências
vitimizantes e que iniciam e procuram ajuda
3. Pessoas conscientemente expostas a experiências
traumaticas há algum tempo e que evidenciam um atraso
nos sintomas do estresse pós traumático.
4. Individuos em tratamento para outros transtornos
psiquiatricos que relatam experiências precoces de
vitimização durante o tratamento.

102
Sete classes diferentes do transtorno de
estresse pós traumático (de Meichenbaum);
The Melissa Institute - www.melissa.com

5. Pessoas que iniciam o tratamento com o objetivo de


determinar se foram ou não vitimizadas no passado.
6. Pessoas que manifestam o classico sintoma do estresse pós
traumáticas sem o trauma (estressores contínuos e
acumulativos)
7. Os profissionais de saúde que tratam os clientes vitimizados
(traumatização através da experiência de outra pessoa)

Diferentes tipos de eventos traumáticos


• Eventos traumaticos de curto prazo: desastre
natural, desatre acidental, ação humana
projetada intencionalmente
• Eventos traumaticos de longo prazo: desastres
naturais e tecnológicos, ação humana
intensional
• Exposição no lugar de outra pessoa

103
Evento traumático Tipo I e Tipo II:
• Trauma tipo I – curto prazo, evento traumático
inesperado
• Trauma tipo II – causa estressante sustentada e
repetida

Parcelas expostas:
• 3/4 da população geral dos Estados Unidos foram expostos
a algum evento em suas vidas que necessita de desestressar
ou que se enquadra nos critérios propostos do transtorno
de estresse pós traumático. Só uma porcentagem (algumas
estimativas são tão elevadas quanto 25%) dos indivíduos
que foram expostos a tais eventos traumáticos irá
desenvolver completamente o transtorno de estresse pós-
traumático. A presença de transtorno de estresse pós-
traumático após o evento traumático é a exceção e não a
regra.
• Diferença em relação ao sexo —10% das mulheres, 5%
dos homens expostos a eventos traumáticos desenvolvem
transtorno de stress pós traumático.
• Intensidade dos efeitos
• Efeitos positivos em potencial
• Duração ou os quatro meses após o trauma

104
Resposta geral para eventos traumáticos

• Emocional, cognitiva, biologica,


comportamental, caracterológica, relacional
• Respostas sintomáticas: dissociação,
anxiedade, raiva, desesperança, culpa
• Reviver, evitar, hiperestimular
• Fisiológico: estimulo do sistema simpático,
excessivamente assustado, disturbios do sono.
• Vicios

Exemplos
• Estupro,
• Violência doméstica,
• Abuso sexual de crianças,
• Crimes

105
Avaliação de transtorno pós-traumático
• Perguntas que permitem ao cliente contar as
histórias sobre o trauma, de pessoas
signigicativas envolvidas e o impacto inicial
• Perguntas elaboradas para acessar o impacto
persistente do trauma: Ruminações,
intromissões, evitamento, sintomas, déficit
cognitivo, funções sociais
• Perguntas elaboradas para audar o cliente a
ressignificar o estresse e suas reações
subsequentes

Avaliação de transtorno pós-traumático


• Perguntas elaboradas para eliciar recursos e
sinais de recuperação
• Perguntas elaboradas para ajudar o cliente a
gerar soluções
• Perguntas elaboradas para ajudar o cliente a
estabelecer as metas do tratamento
• Perguntas elaboradas para ajudar o cliente a ter
novas perspectivas
• Perguntas envolvendo outros

106
Avaliações

• Avaliação para risco de suicídio


• Avaliação para abuso de substâncias
• Avaliação de fator de risco de pré morbidade
• Avaliação de ajustes positivos após o trauma

Tratamento: Estágio I

Rapport, Educar, Validar

107
Estágio II — Lidar com sintomas
• A. Intromissões/Flashbacks—gatilhos, desconforto e sequelas
• Use “Hipermnesia”
• Mude submodalidades
• Exercício de conscientização,
• Regressão e reenquadramento
• Treino de relaxamento, etc
• Dissociação, por exemplo, cinema e teatro
• B. Hiper estimulação
• Anestesia / analgesia
• “Desligue o alarme”
• Inoculação de estresse
• Etc.
• C. Retirada
• 1. A retirada da retirada —Engajamento: Evita isolamento

Estágio III
Reestruturar a história e seus significados

Seja um logo terapeuta e um construtivista

108
Estágio IV - Finalizando
• Reincidência / Prevenção da recaída
• Construção do ego

Curando:
• Gerenciando sintomas, processando memórias,
evitando o isolamento, criando segurança, re-
criando ligações, aceitação, transcendendo
medos, tratamento de suporte, o foco no
trauma, integração

109
Tratamento primário
• Proximidade, imediatismo e esperança

Instruções:
• Abordagem de grupo:
• 1. Introdução;
• 2. Expectativas e Educação;
• 3. Lembraças;
• 4. Reações emocionais;
• 5. Normalização; e
• 6. Enfrentamento

110
Perspectiva de um narrativa construtiva:

• Fase introdutória: rapport, compartilhar a história,


educar, validar
• Tratar sintomas apresentados
• Reestruturar a história do papel de vítima para o de
sobrevivente e daquele que progride
• Reconectar com outros e reestabelecer as funções
sociais e ocupacionais
• Fase final

Tratamentos
• Intervenção na crise
• Abordagem de grupo
• Intervenções baseadas em exposição
• Ritual com cerimônia
• Respiração e hiperventilação
• Treino de relaxamento
• Meditação
• Gerenciamento da raiva
• Trabalho com sistema de crenças
• Qubra de padrões
• Ponto de apoio para mudanças
• Tarefas e diretivas: Congruentes e incongruentes
• Fazer jornal / escrever cartas
• Utilização de sintômas
• Unidades subjetivas de desestressar – escala (SUD)
• Imaginação
• Reestruturação cognitiva incluindo distorção por confrontação
e mudança do sistema de crenças

111
Tratamentos
Culpa resultante: culpa do sobrevivente
Tratando feridas ocultas com confiança
Inoculação de estresse
Tratamento da vergonha
Metaforas
Terapia familiar
Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos
Oculares (EMDR)
Trabalho de luto
Construindo auto estima
Perdoando
Criando significado
Prevenção de recaídas
Tratando das recordações
Cuidado de terapeuta consigo mesmo
Tratamento para personalidade multipla
Medicação

A Fenomenologia da
Toxicodependência (álcool)

112
Interno
• Tempo: No momento.
• Vocabulário Interno: “Eu quero isso agora.”
“Eu preciso disso agora.”
• Expectativa: Nem o Fracaso nem o sucesso.
• Percepção: Aprecia a distorção.
• Processo perceptivo: minimiza o estimulo
• Comportamento: constrição / restringir / limitar
a atividade
• Ritmo: Devagar.

Interno (cont.)
• Ausência Nº1: Autoconfiança
• Distorções cognitivas: “O mundo vai acolher.”
• Sistema de crenças: Parecia uma boa idéia na hora.
Eu não posso viver sem isso.
• Afetivo: Lento. Entorpecido.
• Gramática: …
• Memória: Por que se preocupar com as lembranças
• Existencial: Falta de sentido.

113
Interno (cont.)
• Atenção: Altamente interna ou externa
• Pensamentos: Derrotado; Impotente;
• Fisiologia: Diminuição da energia. Necessidade de
mais.
• Codgnitivo: “Não pense; Beba!”
• Biológico: Corroe a saúde
• Atitude: Vergonha
• Espiritual: Falta de fé
• Sistema Sensorial: Tátil
• Postura: Instável

Social / Interperssoal
• Recluso; Isolado; Falta de interesse social
• Extropunativa (pune os outros)
• Vítima
• “One-down” (se coloca abaixo dos outros)
• Ignora o impacto social
• Absorve Energia
• Desamparado
• Triangulação; Ganancioso
• Negação, engano, ilusões
• Tende a aumentar
• Dissimulado
• Regredido

114
PRINCÍPIOS DE
INTERVENÇÃO PARA ADIÇÕES

PRINCÍPIOS DE INTERVENÇÃO PARA ADIÇÕES


HEURISTICAS, NÃO ALGORITMOS

1.Adição é alho e não cebola. Trate 6.Não é necessário tratar “adições”.


o alho antes da cebola. (Nick Você pode tratar a fenomenologia
Cummings) que compõe a adição.
2.Ansiedade é um motor que faz a 7.Redefina cedo.
terapia funcionar. Adições negam 8.Individualize o tratamento.
ansiedade. Retorne ela ao adicto. (Medicamentos e protocolos não o
3.Motive. Acesse a motivação. fazem)
4.Adições são um processo e não 9.Faça uma mudança estratégica
uma coisa. mínima no padrão.
5.Como essa pessoa faz a adição.

115
PRINCÍPIOS DE INTERVENÇÃO PARA ADIÇÕES
HEURISTICAS, NÃO ALGORITMOS

9.Faça uma mudança estratégica 15.Procure por uma solução


mínima no padrão. interacional – uma que envolva
10.Divida e conquiste. Mova-se em outros.
pequenos passos. 16.Modifique a rede de associações.
11.Quebre o padrão. Durante a Contamine a adição: adicione nova
entrevista e a intervenção. valência. Mude o pano de fundo
12.Trabalhe da periferia para dentro. (background).
13.Estrutura tem precedência sobre a 17.Adicione escolha; não remova
história. escolha.
14.Qual é a função sistêmica da 18.Quando alguém se sente vítima,
adição? interprete o vitimizador (Fritz Perls)

PRINCÍPIOS DE INTERVENÇÃO PARA ADIÇÕES


HEURISTICAS, NÃO ALGORITMOS

19.Transforme o problema em um 25.Acesse forças e recursos.


jogo. 26.Defina um resultado “bem-
20.Transforme a terapia em um definido”.
símbolo-drama de mudança. 27.Jogue um problema contra o
21.Externalize o problema. outro.
22.Encontre exceções. 28.Se comprometa com um grupo.
23.Adição é um sinal, não o sintoma. (Kurt Lewin study)
24.“Três vezes fé”. O terapeuta
poderia mudar se ele tivesse o
problema; o paciente tem o
recurso; utilize.

116
PRINCÍPIOS DE INTERVENÇÃO PARA ADIÇÕES
HEURISTICAS, NÃO ALGORITMOS

29.Amplifique o positivo; minimize 35.Faça da indução uma sequência/,


o negativo. metáfora do problema/solução.
30.É trabalho árduo, divida-o em 36.Troque palavras do sintoma por
passos menores. palavras da solução na indução.
31.É trabalho árduo, inclua mais 37.Use confrontação experiencial
pessoas. para “abrir”, hipnose para
32.Mapeie a fenomenologia; “fechar”.
fisiologia; postura interacional.
33.Que fenômeno hipnótico está
subjacente à adição?
34.Indução é um método de terapia.

Pressupostos sobre
Terapia Ericksoniana

117
Quando as pessoas se tornam
petrificadas nos relacionamentos
Pressupostos sobre terapia ericksoniana
1. Reduz dependência na terapia – Terapia Breve – Modelo de
pratica família (family practice model)
2. Sobrepassa o “insight” Mudança inconsciente – “Mudança leva
ao insight.”
3. Expande escolhas = Heurística
4. “Despatologizar” VÊ A FAMÍLIA, CASAL OU PACIENTE
COMO SAUDÁVEL: fala à parte saudável
5. Terapia ativa – Fazer tem precedência sobre entender
6. Eliciar ao invés de treinar ou ensinar – estimula o uso dos
recursos
7. Integra mudança inconsciente e sistemas
8. Nenhuma teoria explicita da personalidade é necessária
9. Problemas ocorrem em pontos de transição no desenvolvimento
10. Soluções são holográficas nos sistemas

11. Não é necessário ver toda a família para promover mudanças


sistêmicas
12. A família é o contexto primário de mudança
13. Terapia deve ser suja – desesteriliza a terapia
14. Mudança estratégica mínima (Estilo minimalista)
15. Estrutura tem precedência sobre a história
16. Recursos – apelo por recursos dormentes dentro dos
pacientes/sistemas/ambientes
17. Flexibilidade promove o uso de recursos
18. Responsividade e motivação devem ser acessados primeiro

19. Experiências são uma ponte entre o problema e os recursos


20. Esteja atento ao efeito bola de neve de uma mudança pequena de
comportamento
21. Terapia acontece na vida

118
VANTAGENS DA HIPNOSE
• Hipnose é um método experiencial. É uma dramatização da
mudança.
• O “enquadre” da hipnose é que “vivendo essa experiência
você será diferente”.
• Hipnose pode ampliar o relaxamento e a geração de imagens.
• Fenômenos hipnóticos podem ser usados construtivamente.
• Hipnose pode ajudar a evocar as memórias e acessar história.
• Hipnose pode ajudar a acessar recursos.
• Problemas sexuais são geralmente inconscientes e não
podem ser replicados conscientemente. Hipnose pode ser
direcionada para promover mudança inconsciente.

VANTAGENS DA HIPNOSE
• Hipnose acessa e trabalha para mudar a fenomenologia.
• Hipnose pode ser usada para reforçar diretivas e
compromisso.
• Hipnose pode ser usada com casais para aumentar a
intimidade.
• Um método para apresentar mensagens encobertas.
• Hipnose diminui resistências.
• Ensaios hipnóticos podem ser muito poderosos.
• Hipnose pode ser usada para conversar com a fisiologia.

119
Adições Positivas
(Vícios positivos):
Escolha seus hábitos Sabiamente

William Glasser, MD, 1976


Adições Positivas são:
Atividades “viciantes” que dão força a uma
pessoa e melhoram sua qualidade de vida
através do aumento da auto-confiança, energia e
tolerância de frustação (por exemplo: correr,
meditar).

120
Adições Positivas
A atividade lhe dá tanta felicidade e confiança
que você:
• Gasta cerca de uma hora na maioria dos
dias engajado nela
• Senti desconforto, como ansiedade, apatia,
irritabilidade, etc. quando privado da
atividade

William Glasser, MD, 1976


Adições Positivas (AP) preenche os sete critérios:

1. É algo não-competitivo que você escolhe para fazer e você


pode dedicar cerca de 45 minutos a 1 hora por dia;

2. Para você é possivel fazer isso facilmente, no sentido de se


organizar para fazer isso, e não é preciso um grande
esforço mental para fazê-lo;

3. Você pode fazer isso sozinho (raras vezes com outros) –


mas independentemente dos outros – e não depende da
presença ou incentivo dos outros para continuar;

121
William Glasser, MD, 1976
Adições Positivas (AP) preenche os sete critérios:

4. Você acredita que isso tem algum valor (físico, mental ou


espiritual) para você;

5. Você acredita que se persistir nisso você vai melhorar, mas


isso é completamente subjetivo – você precisa ser o único
que mede essa melhoria;

6. A atividade deve ser uma que você pode realizar sem


criticar negativamente a si mesmo;

7. Deve ser realizada várias vezes por semana até chegar ao


“o estado AP".

Quatro abordagens principais:


1. Construção de confiança
– Crença em si mesmo
– Reconheça seus pontos fortes e recursos
2. Estabeleça metas e utilizar o tempo de forma eficaz
– Seja específico
– Seja realista
3. Inspiração, e
4. Entenda as necessidades humanas.

122
Que adições (vícios) positivos
você já tem?

Faça uma lista

Que adições (vícios) positivos


você já tem?

Liste as necessidades que eles satisfazem

123
Seis mecessidades humanas básicas :
Tony Robbins
1. Certeza/Conforto. Nós todos queremos conforto. E grande
parte deste conforto vem de certezas. É claro que não há
certeza ABSOLUTA, mas queremos a certeza que o carro vai
dar partida, a água saira da torneira quando for aberta e que a
moeda que usamos continue com o mesmo valor.
2. Variedade. Ao memso tempo que queremos certeza, também
desejamos variedade. Paradoxalmente, é preciso que haja
Incerteza suficiente para fornecer tempero e aventura em
nossas vidas.
3. Significado. No fundo, todos nós queremos ser importante.
Queremos que a nossa vida tenha sentido e significado. Posso
imaginar nada pior do que a morte, do que pensar que minha
vida não teve significado.

Seis mecessidades humanas básicas :


Tony Robbins
4. Conexão/Amor. Seria difícil argumentar contra a necessidade
de amor. Queremos sentir parte de uma comunidade.
Queremos receber cuidados e cuidar.
5. Crescimento. Pode haver algumas pessoas que dizem que não
querem crescer, mas eu acho que eles estão simplesmente com
medo de fazê-lo – ou talvez NÃO faze-lo. Para se tornar
melhor, para melhorar nossas habilidades, para estender e
supera-las, pode ser mais evidente em alguns do que em
outros, mas está lá.
6. Contribuição. O desejo de contribuição com algo de valor –
para ajudar os outros, para tornar o mundo um lugar melhor do
que quando o encontramos – está em todos nós.

124
Classificar as necessidades em
ordem
• Certeza/Conforto.
• Variedade.
• Significado.
• Conexão/Amor.
• Crescimento.
• Contribuição.

Sua adição positiva deve


atender às suas necessidades

125
Diferenciando adição positiva e
negativa

Diferenciando vício positive e negativo


• Você acha que é impossível fazer uma pausa da
atividade, mesmo que por doença, uma crise familiar,
etc.
• Você continua a atividade contra as recomendações
médicas e coloca em risco sua saúde.
• Você começa a excluir outros prazeres de sua vida
(como o tempo com os entes queridos, outros
passatempos)
• A atividade é tudo o que você pensa e fala sobre
• Entes queridos expressam preocupação sobre o seu
comportamento
• Você esta preocupado com o seu comportamento
• A atividade domina sua vida

126
Exemplos
• Continuar a correr depois que seu medico avisar que seus
joelhos precisam de um descanso do alto impacto
• recusando-se a pausar os exercícios, golfe, jardinagem,
etc., quando você tem uma febre, gripe ou outra doença
que exige repouso.
• ser incapaz de parar de tricotar ou esculpir, mesmo quando
você desenvolve a sindrome do túnel do carpo doloroso
• aumentando o tempo que você gasta na internet a tal ponto
que sua família se sente negligenciada
• não ser capaz de concordar com seus entes queridos sobre
os planos de férias por medo de que você não terá acesso à
sua atividade por uma semana.

Trabalhar seu cérebro

127
Memória
• Memória de Trabalho
• Memória processual
Memória de longo prazo é frequentemente
fividida em dois tipos principais: memória
explicita (ou declarative) e memória
implicita (ou processual).

Memória Declarativa
Memória Declarativa (“saber o quê”) é a memória
de fatos e acontecimentos, e refere-se às memórias
que podem ser conscientemente lembradas. às
vezes é chamada de memória explícita, uma vez
que conscite em informações que são
explicitamente armazenadas e recuperadas,
embora seja mais propriamente um subconjunto de
memória explícita. A memória Declarativa pode
ser ainda mais sub-dividida em mémória episódica
e memória semântica.

128
Memória Processual
• Memória de Procedimentos (“saber como”) é a memória
inconsciente de habilidades e como fazer as coisas,
particularmente o uso de objetos ou movimentos do corpo, tais
como tocar uma guitarra ou andar de bicicleta. Ela é composta de
comportamentos automáticos sensório-motoras que são tão
profundamente enraizadas que já não estamos cientes deles e,
uma vez aprendida, estas "memórias corporais" nos permitem
realizar ações motoras comuns automaticamente. Memória
processual é muitas vezes referida como a memória implícita,
porque experiências anteriores ajudam na performance de
because previous experiences aid in the execução de uma tarefa
sem consciência explícita e consciente dessas experiências
anteriores, embora seja mais propriamente um subconjunto de
memória implícita.

Regiões cerebrais
• Estes diferentes tipos de memória de longa duração são
armazenadas em diferentes regiões do cérebro e passam por
processos bem diferentes.
• Memórias explícitas são codificadas pelo hipocampo, córtex
entorrinal e perirrinal córtex (todos dentro do lobo temporal
medial do cérebro), mas são consolidadas e armazenadas no córtex
temporal e em outros locais.
• Memórias processuais, no cerebelo, putâamen, núcleo caudado e
no córtex motor, todos os quais estão envolvidos no controle
motor.
• Habilidades aprendidas, como andar de bicicleta são armazenadas
no putâmen; acções instintivas como se arrumar são armazenadas
núcleo caudado; e o cerebelo está envolvido com o tempo e
coordenação de habilidades corporais.
• Sem o lobo temporal medial (estrutura que inclui o hipocampo), a
pessoa ainda é capaz de formar novas memórias processiais (tais
como tocar piano, por exemplo), mas não consegue se lembrar dos
acontecimentos enquando eles aconteceram ou foram aprendidos.

129
H.M.
“H.M.”, que teve parte de seu lobo temporal
medial, hipocampos e amígdala removido
em 1953 em uma tentativa de curar sua
epilepia incurável. Após a cirurgia, H.M.
pode ainda formar novas memórias
processuais e memórias de curso prazo, mas
as memórias declarativas de longa duração
já não podiam ser formadas.

De cabeça para baixo (invertido)


De cabeça para baixo: O que a sua adição (vício)
negative faz para você? Faça uma lista detalhada,
o que tornará mais fácil para você perceber que
você pode atender as mesmas necessidades através
de adições (vícios) positivas. Você pode descobrir
o "de cabeça para baixo". Complementar a essa
idéia é: você pode recuar para avançar, "Se você
tivesse a idéia maluca de que você quisesse
aumentar o seu vício negative, como você faria
isso?" Se você lista maneiras de piorar as coisas,
você pode ter novos "insights" sobre como tonar
as coisas melhores.

130
Não é sobre “Normal”
Não é sobre “normal.” Sua adição (vício) negativa não é
“normal”; só parece dessa maneira. A habituação faz a sua
adição negativa parecer normal. Veja a sua adição negative
como anormal, e seu vício positive recém-formado como
normal. Na sua imaginação, você pode criar “quadros”
para suas adições positivas e negativas. Coloque em
negrito o título "normal" sobre a adição positive e
"anormal" sobre a adição negativa. De vida ao título
especificando a forma e caracteristicas das letras. Faça o
título "normal" parecer normal. Faça o título "anormal"
parecer anormal de alguma forma. Pratique visualizando os
"quadros" ao longo do dia.

Eclipse
Eclipse: Adições negativas eclipsam sua
vida. Eles ocupam o centro do palco.
Adições negativas são formadas em uma
espiral de vergonha e negação, mas eles são
como um programa de computador que
funciona em Segundo plano e drena
recursos. Eles tomam energia.

131
Aceitação
Aceitação: Um paciente veio a mim para um problema
psicológico circunscrito. Como é habitual, eu perguntei-lhe
sobre problemas anteriores que ele encontrou em sua vida, e a
estratégia que ele usou para resolve-lo com sucesso.
Descobrindo uma estratégia que funcionou no passado pode
levar à descoberta de uma estratégia para resolver o problema
atual. Para meu espanto, o senhor explicou que ele tinha
emagrecido 45kg! Não havia nada em sua apresentação que
me indicava o fato de que anteriormente ele tinha sido obeso.

Aceitação
Perguntei-lhe como ele resolveu ese antigo problema de peso.
Ele me explicou que por todo a sua vida, ele foi taxado como
o "menino gordo". Sua família, amigos e professores o
aconselhavam a perder peso. Certa manhã, em sua vida adulta,
ele acordou e disse para si mesmo, "Isso é sobre mim!" Esse
foi o momento da mudança. Essa percepção súbita deu um
ponto de apoio a partir do qual, ele reorientou sua vida. Ele
aceitou quem ele era, e decidiu quem ele iria ser.

132
Os 10 Componentes Fundamentais da
Recuperação
• Autodireção • Baseada em pontos
• Individualizada e fortes
Centrada na Pessoa • Apoio dos Colegas
• Fortalecimento • Respeito
• Holistica • Responsabilidade
• Não-Linear • Esperança

133
Auto Direção
Consumidores lideram, controlam, exerce escolha
sobre, e determina seu próprio caminho de
recuperação através da otimização da autonomia,
independência, e controle dos recursos para
alcançar uma vida auto-determinada. Por
definição, o processo de recuperação deve ser
auto0dirigido pelo indivíduo, que define seus
próprios objetivos de vida e projeta um caminho
único para esses objetivos.

Individualizado e Centrado na Pessoa


Existem mutiplos caminhos para a recuperação
baseados nos pontos fortes únicos de um
indivíduo, em sua resiliencias e também em
suas necessidades, preferências experiências
(incluindo traumas passados), e "background"
cultural em todas as suas diversas. Indivíduos
também indentificam a recuperação como uma
jornada em andamento e um resultado final,
bem como um paradigma geral para alcançar
bem-estar e saúde mental ideal.

134
Fortalecimento
Consumidores têm o poder de escolher entre uma
variedade de opções e de participar em todas as
decisões – incluindo a alocação de recursos – que
vai afetar suas vidas, e são educados e apoiados
ao fazer isso. Eles têm a capacidade de se juntar
com outros consumidores coletivamente e de forma
eficaz falar sobre suas necessidades, vontades,
desejos e aspirações. Através do fortalecimento, um
indivíduo ganha controle de seu próprio destino e
influencia as estruturas organizacionais e sociais
em sua vida.

Holística
Recuperação engloba toda a vida de um indivíduo,
incluindo a mente, corpo, espírito e comunidade. A
recuperação abrange todos os aspectos da vida,
incluindo a habitação, emprego, educação, saúde
mental e tratamento de saúde e serviços
complementares e naturalistas, i tratamento de
vícios, espiritualidade, criatividade, redes sociais,
participação comunitária e suporte familiar conforme
determinados pela pessoa.

135
Não-linear
A recuperação não é um processo passa a passo,
mas é baseado em crescimento contínuo, recuos
ocasionais e aprender com a experiência.
Recuperação começa com uma fase inicial de
sensibilização em que a pessoa reconhece que é
possível uma mudança positive. Essa consciência
permite o consumidor a participar plenamente dos
trabalhos de recuperação.

Baseada em pontos fortes


A recuperação se concentra em valorizar e
construer as múltiplas capacidades, resiliencias,
talentos, habilidades de competir, e valores
inerentes dos indivíduos. Ao se basear nesses
pontos fortes, os consumidores deixam "papéis"
frustantes para trás e se engajam em novos
"papéis" (por exemplo, parceiro, cuidador, amigo,
estudante, funcionário). O processo de
recuperação avança através da interação com os
outros em relações de apoio, baseadas na
confiança.

136
Apoio dos Colegas:
Apoio mútuo - incluinco a partilha do conhecimento
vivencial, competências e aprendizado social –
desempenha um papel inestimável na recuperação.
Consumidores incentivam e engajam outros
consumidores na recuperação e proporcionam, um
ao outro, um sentido de pertencer, uma relação de
apoio, "papéis" de valor e comunidade.

Respeito
Comunidade, sistemas, aceitação social e
valorização dos consumidores – incluindo a
proteção de seus direitos e a eliminação da
discriminação e dos estigmas –são cruciais para
alcançar a recuperação. A auto-aceitação e
recuperar a crença em si mesmo são vitais. O
respeito assegura a inclusão e plena participação,
dos consumidores, em todos os aspectos das suas
vidas.

137
Responsabilidade
Os consumidores têm uma responsabilidade
pessoal com o seu cuidodo pessoal e jornada da
recuperação. Tomar medidas para seus objetivos
pode exigir muita coragem. Os consumidores
devem se esforçar para compreender e dar
sentido às suas experiências e identificar
estratégias de enfrentamento e os os processos
de cura para promover o seu próprio bem-estar.

Esperança
A recuperação fornece a mensagem essencial e
motivador de um futuro melhor - que as pessoas
podem e devem supercar as barreiras e obstáculos
que elas enfrentam. A esperança é internalizada,
mas pode ser promovida por seus pares, famílias,
amigos, fornecedores, entre outros. A esperanã é o
catalisador do processo de recuperação.

138
Estágios de Mudança

Estágios de Mudança
• Pré-contemplação
• Contemplação
• Preparação
• Ação
• Manutenção
• Terminação

139
Estágios de Mudança: O que é
necessário
• Pré-contemplação: Confrontar negação
• Contemplação: Construir motivação
• Preparação: Construir um plano de ação
• Ação: P que você precise para começar e
continuar.
• Manutenção: O que poderia desencadear
uma recaída, e execultar o plano.
• Termino: Orgulho.

Costurando e
estabelecendo metas

140
Costurando e Estabelecendo Metas
Jeffrey K. Zeig, Ph.D
Questões Diagnósticas: um diagnóstico de ação naturalmente
estabelece metas e inicia o processo de terapia
1. Descrição: Obtenha uma descrição completa e detalhada do
problema “X”.
2. Analogia: Com o que a pessoa se parece? Problema? Sistema?
Solução
3. Mecanismo do problema: Como a pessoa faz “X”? Qual é o
mecanismo que mantém o problema? Exemplos paralelos do
problema. Gatilhos e sequências. Soluções já ensaidadas.
Situações nas quais ele piora. Como fazê-lo piorar. Qual é o
modelo do problema? Qual é o subconjunto do do problema
(subset of)? Qual é o supraconjunto do problema (supraset of)?

4. Valores: Qual a posição/postura que o paciente assume? Quais


são os valores primários? Pontos de vistas? Padrões
redundantes/confusões? Linguagem experiencial? Sistema de
crenças? Em que ele é “viciado”. Quais são os seus extremos?
Quais são suas ausências conspícuas? Quais são seus interesses?
5. Tratamento/Soluções: Como faz qualquer pessoa oposta a
“X”? Como esta pessoa faria o oposto desse problema? (Apelo
à historia construtiva). “Como você sabe se pode ou não
resolver o problema?” Excessões. Exemplos paralelos de
soluções. Situações nas quais você é melhor. Quais os passos
estratégicos construtivos mínimos que podem ser iniciados?
6. Relacional: As funções sistêmicas do problema. Há alguém
com problemas semelhantes? Quais as reações dos outros?
Papel Social. Requisitos relacionais. O que o paciente procura
superar? Rótulos? Recursos do sistema social. Procura por uma
solução interacional. Mudar causas sociais do problema.

141
Pontos de Escolha
Como utilizar os passos de 1 a 6 para estabelecer uma meta.
Envolvendo o paciente com a meta a ser atinginda. Como estabelecer uma
ponte entre a posição do terapeuta e o “embrulho do presente” (Gift
Wrapping). Estabelecimento de Metas e Processamento. Quando alguém
está “fisgado” modifique um dos 5 pontos de intervenção.
Objetivo

Ajustamento Embrulhar para


Presente

Posição do terapeuta:
A – Pessoal
B – Profissional:
(lente, coração, músculos,
chapéu) Processamento

This presentation is Copyright by


Jeffrey K. Zeig, Ph.D.

Jeffrey K. Zeig, Ph.D, P.C.


Clinical Psychologist
1935 East Aurelius
Phoenix Arizona 85020
(602) 944-6529
www.jeffzeig.com

142
CONFERÊNCIA – A EVOLUÇÃO DA PSICOTERAPIA
LAS VEGAS, NEVADA, 13 A 17 DE DEZEMBRO DE 1995

“ASSOCIAÇÕES ORIENTADORAS”
Apresentação Clínica por Jeffrey K. Zeig, Ph.D.

A demonstração que se segue vem da Conferência - Evolução da Psicoterapia de 1995.


Carol era uma participante que se voluntariou para servir como objeto de demonstração. Antes de
subir ao palco, como um membro da audiência, Carol disse que tinha um problema de hábito com
suas unhas e que ela se apresentaria em uma próxima conferência em Viena. A audiência
consistia em cerca de 1.000 membros. A demonstração ocorreu no palco da maior sala de
conferências da Conferência, que poderia acomodar mais de 7.000 pessoas.

Jeff: Bom, Carol, você se voluntariou por causa deste problema que você tem, que você está
como que escondendo mesmo agora. Por favor, conte-me, o que é isso que você precisa
realizar?
Carol estava sentanda sobre suas mãos.

Carol: Eu não tenho muita certeza do que preciso realizar, mas eu vou me apresentar ano que vem e
isto me faz ficar muito nervosa numa conferência.

Jeff: É uma conferência além-mar?

Carol: Sim, e isso por si só me faz muito ansiosa. Eu estou sempre dissimulando. Eu me
envergonho tanto das minhas unhas; é um hábito. Eu venho tentando há anos parar com isso,
pensar em algo, e continuo trabalhando nisso, e eu não sei para onde ir com isso.

Jeff: Como você tem trabalhado nisso? Você fez terapia?

Sabendo a terapia anterior, uma pessoa sabe o que não tentar.

Carol: Eu fiz um pouco de EMDR – um pouquinho. Tenho feito terapia por muitos anos. Eu
trabalhei um pouco com gestalt. Mas essa é como que a última coisa na minha vida para me
fazer totalmente o que eu chamaria de “completa e normal”.

Jeff: Então você teria problemas. Se você curar essa, então você não teria mais desculpas.

Carol: Certo.

Jeff: Você ficaria presa. Você teria que viver feliz para sempre.

Eu experimentei usar um pouco de humor para suavizar a tensão.

Carol: (rindo) Certo – e ser muito produtiva e certa ou o que for. Ajudar muito às pessoas.

Jeff: E ainda assim a sua impressão é de que você está se agarrando a isso.

Carol: Isto me aborrece que é o inferno. Isto é como que a última coisa que está me impedindo
de me mover para frente. E isso me deixa louca. E eu penso, “Bom, é o jeito da minha mãe
realmente continuar me assombrando, ou eu me apegando à introjeção de minha mãe”.

143
Jeff: Como assim?

Carol: Tipo, eu posso me torturar. Eu posso me fazer ficar louca com alguma falha que eu
tenho e me sentir realmente envergonhada e muito assustada. Isto me traz vergonha o tempo
todo.

Jeff: Qual foi o mais longo período, na sua vida adulta, que você deixou suas unhas
crescerem?

Pressupondo que ela já teve sucesso!

Carol: Eu não me lembro – uns dois anos atrás. Eu não me Iembro o que estava acontecendo
então, também.

Jeff: E você as cultivou bem.

Carol: Eram normais. Eu era como uma dama.

Jeff: E por quanto tempo você as manteve normais?

Carol: Por cerca de dois anos, ou três. Em vários períodos da minha vida, eu mantive.

Jeff: Vamos abordar isso pelo outro lado. Vamos dizer que existe um prazer, e que existe um
prazer intrínseco que você sentiu em...

Saber o “prazer” de um hábito pode gerar a solução. Por exemplo, pode ser possível criar o prazer
através da auto hipnose.

Carol: Não é prazeroso.

Jeff: Não é prazeroso? Vamos dizer que exista prazer. O que poderia ser o prazer? Como
você faz isso? Como você tem roído suas unhas?

Aprender os detalhes do padrão do hábito pode gerar a solução. Por exemplo, pode ser possível
romper o padrão sugerindo mudanças nas etapas do hábito..

Carol: Desta forma. E rompendo-as.

Jeff: Rompendo-as, não mordendo.

Carol: Às vezes, rompendo, mordendo.

Jeff: O que tem sido o prazer?

Carol: Eu acho que realmente é minha ansiedade. Eu tenho um medo enorme, como um
riacho subterrâneo.

Jeff: E alguma parte de você pensou que de alguma forma, talvez temporariamente, teria
aquietado este riacho.

Eu minimizei o sintoma negativo - ela o aprimorou.

144
Carol: Era realmente um riacho. Não é um riacho pequeno; é como um riacho que se move
rápido.

Eu aprendi a esconder muito bem, assim a maioria das pessoas não nota, mas eu sei.

Jeff: Você pensa que nesse rompimento que esteve acontecendo há alguma coisa prazerosa
no ato mecânico de romper?

Carol: Não, que eu tenha consciência. Provavelmente romper me faz me sentir bem. Eu quero
romper com muita gente, e isso é um realmente algo que não posso fazer.

Jeff: Em que sentido?

Carol: Bom, não é legal ser má, e eu tenho que ser legal. Não que eu tenha que ser legal. Eu
quero ser legal. Eu gosto de ser legal, e eu gosto de gostar das pessoas. Na verdade, eu gosto
de amar as pessoas; então esta parte de mim que quer romper não é boa para mim.

Jeff: Certo, antes de você entrar no palco, você estava falando sobre uma esta apresentação
em Viena. E por que ela é tão importante? E quando é a apresentação em Viena?

Carol: Em Julho.

Jeff: Isso te dá muito tempo. E por que é tão importante que lá, na ocasião, você tenha isto
curado?

Carol: Eu me sinto entrando em muito pânico agora.

Jeff: Você pensa no futuro, sobre Julho em Viena, e então você começa – ao invés de ficar
quieta, você é boa em esconder esse pânico também, porque eu realmente não saberia.

Carol: Isto representa a conclusão de ser vitoriosa sobre… Eu descobri que eu comecei a roer
unhas durante a guerra, você sabe, quando deixamos a Europa. Eu sou uma sobrevivente do
Holocausto. Eu descobri que foi aí que eu comecei – durante a guerra quando as bombas
estavam caindo. Existia muito terror. E eu revivi esse terror no ano passado, e desde então o
roer unhas realmente fugiu ao controle.

Jeff: Aconteceu o quê? Eu não a escutei.

Carol: Ano passado.

Jeff: Você reviveu isto como?

Carol: Eu revivi isto porque eu fui para a Holanda, e eu vi o Museu de Anne Frank, e de tarde
eu fui ao Keukenhof Gardens e, ... e então eles...

Carol afrouxa seu cachecol.

Jeff: É bom para você que você esteja se deixando mais confortável.

Carol: Eles roubaram meu passaporte e minhas passagens aéreas, e o meu dinheiro, e eu tive
problemas para para conseguir isso de volta, e então eu entrei em um verdadeiro ataque de
ansiedade, e eu como que vivi o que eu tinha experienciado quando eu era jovem. Eu revivi o
soluçar e o terror; então eu percebi o que meus pais passaram e eu tive muita compreensão

145
por eles pelos tempos duros que tiveram porque eles tiveram problemas para conseguir
passaportes e para sair. E ir para Viena é também um lugar em que minha família foi para
Auschwitz, e tudo mais. Então tudo isso está junto. Deixar de roer minhas unhas representa
como que uma conquista, conquistar algo, a conquista me vem. E se eu não realizar isso, eu
vou falhar, e eu vou ficar “não sei”. Eu talvez acabe em Auschwitz ou alguma coisa assim.
Talvez eu me torne um… eu não sei.

Jeff: Bom, eu tenho a cura para você.

Carol: Tá. Nem vem com essa.

Jeff: Não, não. Eu tenho uma cura garantida. Uma coisa que vai, sem dúvidas, colocá-la em
uma situação na qual você não vai querer romper suas unhas.

Orgulhosamente oferecer a cura garantida e depois sonegá-la é uma forma de construir


dramaticidade.

Carol: Isso soa bem.

Jeff: Eu vou falar brevemente sobre ela. Antes de tudo existem três partes, segundo o que ouvi
você dizer. E porque você é uma pessoa muito inteligente e perspicaz, vamos apenas falar
sobre isso por um minuteo: Existe este riacho subterrâneo como qual você esteve lidando
durante a sua vida.

Carol: Certo. Sempre.

Jeff: E é algo em que podemos trabalhar. Existe o rompimento que você tem feito. E é algo em
que podemos trabalhar.
E existe essa tendência que você tem de ter grandes sentimentos. E isso é algo em
em que podemos ir trabalhando.

Carol: Soa bem.

Jeff: Então, de alguma forma, então, aquelas outras duas peças – o riacho subterrâneo e os
grandes sentimentos, elas se relacionam com o rompimento que você está fazendo? Estou
perguntando…

Carol: Sim, porque é tão intenso.

Jeff: O que é tão intenso?

Carol: Qualquer sentimento que eu tenha é tão intenso; então uma das formas de eu controlar
minha intensidade é rompendo – o que for.

Jeff: O que você está fazendo neste momento por causa desta situação intensa? Nós estamos
em uma situação incomum, talvez uma situação estranha; como você está controlando aqueles
sentimentos intensos agora?
Trazendo a terapia para o momento e lembrando-a de que ela tem mais estratégias para controlar
tensão do que ela conscientemente pensa que pode.

Carol: Na verdade, eu coloquei uma bolha à nossa volta.

Jeff: Uhhuh, à nossa volta.

146
Carol: Um pequeno quarto, e ninguém mais dentro, exceto você e eu. Isso é bom. Eu me sinto
bem a respeito disso..

Jeff: Que inteligente.

Carol: Um tipo de pequeno santuário em que estamos.

Jeff: Eu quero apenas pegar um pouco mais do sentido disto. De que quando você conquista
este roer de unhas, que é remanescente daqueles antigos dias na Europa quando uma
inteligente garotinha não sabia o que fazer com o que poderia ter sido uma tremenda
intensidade – o sentimento, então ela fisgou a ideia desse rompimento... E você carregou
aquilo ao longo de sua vida adulta.

Encontrando uma intenção positive na etiologia.

Carol: E está obsoleto. Este é o problema todo. Totalmente obsoleto e me tirando do sério.

Jeff: Está obsoleto. Mas, agradeça a Deus por problemas obsoletos. Porque se pacientes não
tivessem problemas obsoletos que trazem ao presente, você e eu teríamos que fazer trabalho
honesto para viver.

Usando o humor para abaixar a tensão. Também “normalizando” o problema.

Carol: Você tem razão. Isso é verdade. Mas isto continua sendo uma interrupção. Isto é uma
grande interrupção em minha vida.

Jeff: E isso puxa o fato de você ter de se sentar sobre suas mãos e encontrar posições
estranhas.

Carol: ...e sempre ficar escondendo. Existe como que um pedaço de mim que sempre tem que
esconder. Isso é o que nós sempre fizemos.

Jeff: Qual é o seu sentimento sobre como você deve superar isso? O romper é algo que você
deveria superar vagarosamente e gradualmente ou é algo que você deve superar de repente?

Colocando um “suporte” em cena. Para a cura garantida, eu preciso que ela supere o problema
lentamente. Além disso, eu pressupus que ela superaria o problema.

Carol: Rápido. Me livrar disso tudo rápido. Como se eu pudesse mergulhar em um novo
sistema.

Jeff: Mas isso daria uma boa sensação de orgulho.

Carol: Oh, paraíso. Como o paraíso na terra.

Jeff: Talvez fosse OK, então, se fosse algo que você supere gradualmente. Você sabe, é um
pouco estranho. Talvez uma analogia seja um outro hábito, como comer demais. Que se você
comer demais aqui (gesticulando com minhas mãos estendidas), você vai acabar pagando por
isso, mas você paga por isso, aqui, muito depois. Você não paga por isso imediatamente
porque você tem a oportunidade de ter recompensa imediata, a satisfação de comer demais.
Mas você tem que pagar por isso mais tarde, quando você olha no espelho, ou põe suas
roupas no dia seguinte, ou semanas depois. E isso torna duro parar o hábito porque o
pagamento é, de alguma forma, divorciado do problema.

147
Colocando outro suporte em cena. Para a cura garantida, eu preciso que ela tenha uma
perspectiva diferente sobre “pagar” pelo problema. Além disso, como nós veremos, eu estou
semeando uma terapia futura.

Carol: Eu entendo isso, também.

Jeff: Eu penso que há algo a respeito disso, porque então você talvez tenha um alívio imediato
de uma pequena parte do riacho, mas você acaba pagando por isso depois.

Carol: Isso mesmo.

Jeff: E eu sugeriria que, um pouco alinhado com o que eu estava falando antes como uma
espécie de cura garantida, que uma das coisas que poderíamos fazer é que podemos mudar a
distância (gesticulando) de forma que pudesse existir um pagamento que fosse mais próximo
do rompimento. É nisso que estou pensando: Existem alguns meios de alterar o
comportamento, você pode alterar aquele comportamento com recompensa, com punição, e
por ignorá-lo, com não reforço. De alguma forma, o problema, para você, se tornou cristalizado
no tempo. Ele se tornou congelado. E como um diamante, ele se tornou muito duro. E então, se
pudermos aplicar algo, uma pequena técnica, direito, na face certa (gesticulando cutucando
minha mão direita com os dedos rígidos da minha mão esquerda), então isso pode romper e
você pode ficar livre. Mas talvez algo a mudar primeiro seja sua impaciência. Já que você está
tão impaciente para ter isso concluído, direito, agora.

Carol: Isso seria como um sonho se realizando.

Jeff: E o que eu sugeriria a você é que nós temos algo que te ajuda a mudar um pouco mais
gradualmente...
Antes de chegar a isso, eu gostaria que você pensasse de uma outra forma. Vamos
dizer que eu peça a você cinco desculpas inteligentes –desculpas condizentes com a Carol –
cinco desculpas para romper um pedaço de uma unha. E não é apenas romper as unhas (isso
foi assustador – huh- eu comecei a me mover para frente e você se encolheu para trás). Cinco
desculpas inteligentes para uma rompida. Não é apenas a unha, você andou empurrando a
cutícula também. Verdade?
Quando eu olhei para ela antes, parecia que você esteve fazendo algo como…

Carol: Bem, o que eu faço é empurrá-las para baixo para fazer com que fiquem mais longas.

Jeff: Isto estava fazendo algo como destruir algumas partes do tecido formador das unhas,
porque, então, você tem alguns sulcos em suas unhas.

Eu queria que ela soubesse que eu bem informado e que eu estava observando de perto.

Então quais seriam quatro ou cinco desculpas inteligentes condizentes com sua
inteligência para dar uma rompida em uma unha? O que você diria dentro de sua cabeça que
te daria uma justificativa para fazer isso?

Ao trabalhar com problemas de hábito, eu descobri que ao desabafar justificativas torna-se mais
difícil ser influenciado por elas. Isso diminui a reincidência.

Carol: Não basta.

Jeff: Não basta o quê?

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Carol: Não basta ficar rompendo.

Jeff: Certo, qual seria uma outra desculpa.

Carol: Eu não entendo, o que você quer dizer com “uma desculpa”?

Jeff: Como você justificaria isso? É assim que estou pensando: você esteve livre por dois
anos; durante dois anos você
foi uma dama. Você fez algo a respeito de seu problema. Então, depois de dois anos, de
alguma forma você perdeu isso.

Carol: Minha vida estava se tornando muito boa.

Jeff: Certo, então isso poderia ser uma desculpa, que você usaria para romper, “Minha vida
estava se tornando muito boa”?

Carol: Oh, eu entendi o que você está dizendo.

Jeff: Eu quero ter certeza de que…

Carol: Minha vida está se tornando realmente boa.

Jeff: Como isso seria uma desculpa para romper?


Vamos apenas aceitar isso como está.

Carol: Eu não deveria uma vida tão boa.

Jeff: Kina hora?

Eu usei uma frase Yiddish, que significa, “Nada de mal deveria acontecer.” É uma superstição. Se
alguém diz algo positivo, seguir com “kina hora” evitaria que isso fosse azarado. Eu queria
confrontar sua superstição. Também, eu queria que ela soubesse que eu era Judeu. Era outro
suporte que eu precisava no cenário terapêutico.

Carol: Kina hora—é uma boa vida.

Jeff: Dê-me uma outra desculpa.

Carol: Isto me impede de ir para frente. Isto me mantám para baixo. Deus proíbe que eu tenha
sucesso total – tenha cem por cento.

Jeff: Kina hora. Certo, o que mais? Dê-me outra desculpa.

Carol: Deus proíbe que eu seja tão sexy ou feminina. Minha mãe ficaria realmente furiosa.

Jeff: Então isso é algo para te manter humilde. Não te permite se destacar...

Carol: Esta é uma boa ideia, para me manter humilde.

Jeff: Vamos fazer algo realmente rápido porque você tem alguma experiência em fazer terapia.
E estaria bem, para
você, encenar isto por um minuto como uma parte? Isto estaria bem?

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Carol: Hmm (indicando consentimento).

Jeff: Nós temos esta cadeira extra aqui. Vamos usá-la. Vamos dizer que colocamos as unhas
da Carol aqui. Vamos dizer que colocamos a rompedora lá. Esta é a parte de você que rompe
com você. O que eu gostaria que você fizesse é que trocasse. Dê a volta; sente aqui. Seja a
rompedora. Exagere essa posição.

Eu vou romper com você. Eu vou romper suas unhas. Eu vou mantê-la humilde.

(Carol move-se na cadeira do perseguidor e puxa a cadeira da vítima para mais perto.)

Uma máxima da terapia Gestalt é que se alguém experiência a si mesmo como uma vítima, ele
deveria desempenhar o papel de vitimizador. Com frequência é melhor fazer isso em uma forma
exagerada para acessar as emoções. Este método pode criar uma solução.

Jeff: Whoops, você tem certeza de que a quer tão perto?

Carol: Sim, eu a quero por perto.

Jeff: Certo, vamos aproximá-la. Eu aproximei a cadeira.

Carol: Eu quero te romper. Você não tem direito nenhum de ser grande neste mundo, de fazer
algo importante. Eu vou pará-la. Você não tem direito de ser feminine. Eu vou romper você e te
deixar no chão. Eu vou te derrubar. Eu vou te derrubar!

Jeff: Certo, pare e troque. Venha para cá. Seja a Carol. Responda a ela.

Carol: (Mais alto) Você não vai me derrubar. Não vai. Eu vou lutar com você.

Jeff: Você pode se aprumar enquanto diz isso. (Carol estava em uma postura curvada. Eu
queria que ela fosse mais “adulta” e poderosa em sua confrontação)

Carol: (Para Jeff) Eu quero dar uma surra nesta outra parte. (Para a cadeira) Eu quero lutar
com você. Você não vai me pegar. Você não vai me pegar.

Jeff: Mais uma vez, mais alto.

Para promover sentimentos mais assertivos.

Carol: Você não vai me pegar. Você vai tentar e tentar e tentar e tentar. Você vai tentar me
romper. Vai tentar me derrubar, mas você não vai conseguir.

Jeff: Qual era sua língua de origem quando você estava crescendo? Diga isso em francês para
gerar efeito.

Carol: (Diz algumas frases em francês.) Eu não sei como dizer isso...

Jeff: Você teve o sentimento. Isso é que era o ponto importante. Volte para cá. (Carol muda de
cadeiras.)
Ela disse, “Eu não vou deixar.” Qual é a sua resposta?
Carol: (Diz uma frase em francês.)

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Jeff: Diga-me em inglês. O que você está dizendo para ela?

Carol: “Você não pode fazer o que quiser.”

Jeff: Eu vou continuar te derrubando. Ajudando-a. Complete isso. Eu vou continuar rompendo
com você, te derrubando até que...

Carol fala em francês.


Em inglês, agora, por favor.

Carol: É mais difícil em inglês. Eu vou continuar te derrubando até que você desista.

Jeff: Tente novamente. Eu vou continuar te derrubando até que... veja o que mais aparece.

Carol: Eu vou continuar rompendo você... Eu vou continuar te derrubando até que você (Eu
não quero dizer a palavra.), até que morra. Eu vou continuar te derrubando até que você esteja
morta.

Jeff: Certo, por favor, volte e seja a Carol.


Qual é sua resposta para ela?

Carol: (Para a cadeira) Você nunca desiste. Você nunca desiste. Você não vai ganhar. Você
não vai ganhar. Você vai tentar me romper e me romper e me romper, mas você não vai
ganhar. Você está sempre nas minhas costas. Você vem lutando comigo o tempo todo, e você
não vai ganhar.

Jeff: Isso pode ser dito novamente em francês. Você não vai ganhar.

Carol: (francês) Eu não sei como dizer ganhar.

Jeff: (ajudando) Ter sucesso.

Carol: (Responde em francês.)

Jeff: Certo, Carol, faça uma coisa. Por favor, venha e fique alí por um minuto. (Eu pedi para a
Carol ficar em uma posição de observadora.) Ótimo. Pense sobre estas duas sendo Carol, a
terapeuta. E pense sobre estas duas partes por um minute. Então, diga-me com você
distribuiria a energia. Se houvesse 100 por cento de energia, seria 60/40 ou 70/30, ou 50/50?
Como você repartiria a emergia entre estes dois?

Questões de escala fornecem um referencial.

Carol: Esta não fala tão alto; Esta está muito mais alta.

Jeff: Então, dê-me uma classificação numérica... Como você repartiria a energia?

Carol: 90/10 (indicando que 90 por cento da terapia estava na cadeira construtiva).

Jeff: Por favor, volte e sente-se aqui. (na cadeira anterior da vítima).
Vamos tirá-la daqui por um minuto.

151
Carol: Mas ela realmente está me alcançando agora porque está 90/10. Ela é como o último
refúgio de Custer.

Jeff: Você se importa se eu a mover, ou você mesma prefere mover. (Carol simbolicamente
empurra a cadeira da perseguidora.)
Qual é a sua sensação? Quando eu estava ouvindo, eu estava pensando a respeito de
Shakespeare. Aquela parte era “som e fúria.”

Eu pretendia fazer disso uma sugestão indireta e uma sugestão “pós-hipnótica”. O trecho de
Shakespeare é “...um conto contado por um idiota, cheio de som e fúria, nada significa.”. No
futuro ela encontraria a frase de Shakespeare e isso poderia reativar a terapia.

Carol: Som e fúria porque está perdendo a batalha.

Jeff: Umm. Sim... Vamos pensar por um Segundo – você e eu de uma forma criativa. Vamos,
você e eu, pensar um pouco. Digamos que em cinco meses, ou cinco anos, ou o que for, estes
10 por cento cresçam, e de alguma forma ela amadureça e cresça e se expanda, tornando-se
alguma outra coisa. Em que você imagina ela se transformando. Temporariamente nós apenas
a colocamos de lado....

Encontrando alguma coisa positiva na introjeção negativa.

Jeff: O que você se imagina... Use sua criatividade, você conhece a parte de você que criou a
bolha. Como você poderia imaginá-la (a introjeção negativa) evoluindo para alguma coisa útil?

Existe eco (feedback) do microfone no auditório.

Jeff: (para o público) É bom receber um feedback positivo (risos).

Carol: O zumbido (referindo-se ao som do eco). Eu fantasio uma coisa engraçada sobre o
som e fúria, que há um desfile. Você sabe, como aqueles desfiles da Fifth Avenue que tem, e
no desfile todos tocavam tambores e cantavam enquanto eu vou para Viena. Eu serei a
regente em Viena.

Jeff: Ser uma regente. Eu gosto disso.

Carol: Uma regente em Viena.

Eu “utilizei” o barulho distraidor e o tornei positivo. Carol, então, o utilizou para criar uma imagem
positiva do desfile.

Jeff: Apenas para encurtar um pouco as coisas, ajude-me. Diga-me se eu estou entendendo.
Poderíamos saber que aqueles 10 por cento estariam se mostrando por meio do rompimento.
Poderíamos dizer que a indicação comportamental de que aqueles 10 por cento vieram à tona
era aquela quando você começou a romper, que seria um indicador de que essa parte estava
lá.

Carol: Oh, sem dúvidas. Você está certo. Eu te entendi.

Jeff: E que, de alguma forma, naquele momento, você quereria afirmar seus 90 por cento e
você também quereria pensar que de alguma forma ela poderia estar se desenvolvendo em
uma espécie de grande regente. Mas que agora, como algo temporário, nós podemos precisar

152
de alguma coisa para te ajudar de forma que exista um pequeno termostato artificial que evite
que você tenha grandes “picos”, indo muito longe com a emoção. E eu vou voltar a isso, e eu
vou voltar a isso em termos desta cura garantida como uma pequena medida paliativa para te
ajudar.
Mas eu tenho outro pensamento em mente.

Carol: Eu amo esse som e fúria. Eu acho que é o melhor. Wow!

Jeff: Bem, eu tenho outra imagem.

Carol: Wow, isso é maravilhoso, porque isso é realmente som e fúria. Você sabe. Estou
rompendo a mim mesma com muito som e fúria. Eu amo isso.

Jeff: Bem, eu tive pensamento. E talvez eu possa pedir ao público para que nos ajude um
pouquinho nisso. Porque não apenas eu tenho uma imagem de som e fúria, mas eu estive
pensando em minha filha. E eu estive pensando a respeito de uma canção de criança. E é
assim, isso precisa ser feito com uma ilustração. (Eu usei minhas mãos para fazer gestos que
acompanhavam o som. Carol seguiu o meu modelo com suas palavras, não mais escondendo)
E segue, “Pequeno Coelho Phoo Phoo saltitando pela floresta. Encontrando os ratos do campo
e dançando em suas cabeças. Desceu a boa fada, e ela disse: “Pequeno Coelho Phoo Phoo,
eu não quero te ver encontrando ratos do campo e dançando em suas cabeças.” Este é o seu
primeiro aviso. Você tem direito a três avisos e se você não os respeitar eu vou te transformar
em um tolo.”.
No dia seguinte, “Pequeno Coelho Phoo Phoo saltitando pela floresta. Encontrando os
ratos do campo e dançando em suas cabeças. Desceu a boa fada, e ela disse: “Pequeno
Coelho Phoo Phoo, eu não quero te ver encontrando ratos do campo e dançando em suas
cabeças.”.
No dia seguinte, a mesma coisa: “Pequeno Coelho Phoo Phoo saltitando pela floresta.
Encontrando os ratos do campo e dançando em suas cabeças. E a boa fada vem e diz:
“Pequeno Coelho Phoo Phoo, eu te dei três avisos: Poof. Direção errada (eu gesticulei para o
chão, então eu mudei e gesticulei para onde estava a introjeção). Poof, você é um tolo.”
E a moral da história: “Lebre hoje, tolo amanhã”. (“Hare today, goon tomorrow.”)
Um trocadilho com “Here today, gone tomorrow.” (Aqui hoje, amanhã desaparecido)
Então eu tive o pensamento de que de alguma forma nós pudéssemos recrutá-los, e
que vocês pudessem nos ajudar por um minuto. (Falando com a audiência) Vocês têm a
palavra. E então minha ideia era de que quando você começasse a perceber que ela viria à
tona e que os 10 por cento se esgueirariam e a afirmariam, e ela começasse a romper, que de
alguma forma poderia haver uma pequena alucinação. Como esta ideia do som e fúria. Ou,
talvez, essa musiquinha do Pequeno Coelho Phoo Phoo. Você como que poderia recorrer a
eles. Faça comigo. Eles vão nos ajudar como uma espécie de coro gregoriano.

Carol: Como que mais alto que aquele som e fúria.

Jeff: Então você vai ouví-los, certo?

Carol: Certo.

Jeff: Eu gostaria que você memorizasse isso de forma que naquele momento você possa se
lembrar.

Carol: O canto gregoriano. Um grupo de apoio.

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Jeff: Preparada? Certo. Um, dois, três. (Jeff, Carol e a audiência cantam) Pequeno Coelho
Phoo Phoo, saltitando pela floresta. Encontrando os ratos do campo e dançando em suas
cabeças.
Então veio a boa fada. E ela disse, “Pequeno Coelho Phoo Phoo, eu não quero te ver.
Encontrando ratos do campo e dançando sobre suas cabeças.”
(Aplausos)

Se você tem um público, utilize-o.

Carol: Oh, isso foi tão divertido.

Jeff: E para mim, ela era como um pequeno Coelho Phoo Phoo. Certo?

Carol: Hmm huh.

Jeff: Então agora, para esta cura garantida: Enquanto o pequeno Coelho Phoo Phoo está se
transformando na regente e vai assumir uma função que você e eu não sabemos exatamente
qual será ainda, eu estive pensando nesta cura garantida como uma medida paliativa neste
meio tempo.
Eu acho que você deveria ter direito a uma severa terapia, porque este tem sido um
problema grave e crônico, e tem sido algo de que você sente vergonha. E eu acho que um
severo problema deveria ter uma severa terapia. A terapia deveria ser tão severa quanto o
problema.

Esta heurística segue o trabalho de Jay Haley e Cloé Madanes.

Eu vou te fornecer uma terapia que é realmente difícil, mas também é uma terapia que vai te
dar margem de manobra. E será nesta linha de encurtar a punição. Eu penso que você deveria
ter direito, por mais estranho que soe, eu penso que você deveria ter o direito de romper-se.
Mas é um hábito infantil, e você deveria ter o direito de pagar a penalidade de romper-se.
Eu não acho que você seja a pessoa certa para fornecer a penalidade, então eu serei a
pessoa que fornecerá a penalidade para você. Está bem assim?

Colocando outro apoio em cena.

Carol: Soa bem para mim.

Jeff: E então você terá o direito de romper suas unhas. Mas você também terá o direito de
pagar imediatamente. Certo?

Mais um apoio.

Carol: Sim.

Jeff: Eu acho que deve haver uma pequena margem de manobra porque eu não sei se você
deve apenas mudar imediatamente. Então uma pequena margem de manobra...

Mais um apoio.

Carol: Eu acho que mágica seria tão bom.

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Jeff: Você será capaz de fazer isso usando algumas das coisas intrapsíquicas que estamos
acabando de fazer aqui, também. Mas eu quero que tenha algo comportamental, também. Mas
eu vou te dar esta pequena margem de manobra. Você vai decidir; nós podemos negociar
como usar isto. Mas você terá o direito a três rompidas em qualquer semana. E aquelas três
rompidas serão de graça. Agora, se você quiser negociar isto comigo, eu subirei para cinco,
mas então isso para. Você tem direito a três rompidas discretas, e você saberá – não duas
rompidas. Cinco rompidas? Três rompidas? Quantas deverão ser aquelas a que você tem
direito?

Carol: Que tal quatro? Cinco são muitas e três, muito poucas.

Jeff: (Rindo) Certo, eu sou generoso. Eu vou aceitar o seu negócio. Quatro soa bem. Você
tem direito a quatro rompidas. Mas na quinta rompida, então você terá de pagar uma
penalidade, e você terá de pagar a penalidade imediatamente.

Carol: Não correr dez milhas.

Jeff: Não, não correr dez milhas. Pior. Pior do que correr dez milhas.

Carol: Pior?

Jeff: Você carrega uma bolsa com você a onde quer que você vá?

Carol: Sim.

Jeff: Nesta bolsa, eu gostaria que você colocasse três envlopes, e estes envelopes estarão
endereçados e estampados e, em todos os momentos, você carregará com você estes
envelopes endereçados e estampados. E neste primeiro envelope você coloca em dólar. É uma
quantia simbólica. Como você verá, isso realmente não importa. No segundo envelope você
coloca cinco dólares. Novamente, é uma quantia simbólica. Realmente não importa. No terceiro
envelope você coloca dez dólares. E então, para a primeira infração você enviará o primeiro
envelope. Para a segunda infração você enviará o segundo envelope. Para a terceira infração
você enviará o terceiro envelope. Então você terá o direito....

Carol: Para quem?

Jeff: (Rindo) Espere... Então você terá direito a infrações, mas você também terá o direito de
pagar uma penalidade para cada uma das infrações. Novamente, isto será apenas uma medida
paliativa.
Portanto, você poderia cometer dez infrações, mas então você teria que reutilizar os
envelopes. Você teria que substituir o envelope de um dólar, e ele se tornaria o quarto. Você
teria que substituir o envelope de cinco dólares; que se tornaria o quinto. Você teria que
substituir o envelope de dez dólares e ele seria o sexto. Entendeu? Você levaria com você
apenas três envelopes o tempo todo. Tão logo um deles se for, você terá de substituí-lo com os
das quantias de um dólar, cinco dólares ou dez dólares.

Carol: Entendo.

Jeff: ...e estampados e endereçados. E terão de ser mandados imediatamente depois da


infração. Não pode haver atraso.

Último apoio.

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Você paga a penalidade imediatamente. Entendeu?
Agora você terá de fazer uma pequena pesquisa sobre como endereçar o envelope.Eu
penso que você deve ser capaz de encontrar realmente rápido como endereçá-lo. Pronta?
Você quer se preparar?

Adicionando dramaticidade.

Carol: Uh hum.

Carol se prepara na cadeira.

Jeff: Eu quero que você enderece o envelope para o Partido Nazista Americano.

Carol: Você está louco? (O público ri.)

Jeff: Não. Não. Esta é a penalidade. É um problema severo, e um problema severo merece
uma terapia severa.

Carol: Eu não posso fazer isso.

Jeff: Oh sim, você pode!

Carol: Dar dinheiro pro Partido Nazista? Você está louco!

Jeff: Não, você terá direito a uma quinta rompida. Mas se você romper esta quinta vez, você
mandará um dólar ao Partido Nazista Americano.

Carol: (Sorrindo e se aproximando de Jeff) Vamos mudar o negócio para dez.

Jeff: Como eu disse, você é a pessoa errada para fornecer a punição. E eu estou fornecendo a
cura garantida como uma medida paliativa enquanto você transforma o pequeno Coelho Phoo
Phoo.
E por quê? Porque eu tenho uma terceira imagem do pequeno Coelho Phoo Phoo. E
por que esta terapia é apropriada? Normalmente, eu diria, mas porque você é uma terapeuta e
tecemos uma situação de ensinamento, eu te direi muito claramente. Minha imagem é a de que
ela não é apenas som e fúria, não é apenas o pequeno Coelho Phoo Phoo, mas ela também é
nazista. Você teve esta pequena nazista dentro de sua cabeça.

Carol: Uh hum.

Jeff: Desta forma a punição é perfeitamente apropriada. Se você vai honrar esta pequena
nazista dentro de sua cabeça, então você vai pagar o Partido Nazista Americano por qualquer
infração.

Carol: (hesitante) Eu não vejo por que...Eu perdi o ponto...

Jeff: Não, pense a respeito disso.

Carol: Você atingiu algo, mas eu não estou captando.

Jeff: Está bem. Você pode ficar um tempo com isso.

156
Carol: Tenho certeza que as coisas se ajustam de alguma forma, mas eu não sei como. (Mais
certa de si mesma) Eu sinto como se eu tivesse uma nazista dentro da minha cabeça,
perseguindo-me constantemente, a minha vida toda, para falar a verdade. Como você
percebeu isso?

Jeff: Você foi maravilhosa. Você foi muito aberta em uma situação difícil a respeito de algo
realmente pessoal, e você me mostrou isto.

Carol: Então é por isso que a nazista dentro de minha cabeça queria que eu morresse o tempo
todo (lacrimejando levemente).

Jeff: Existem alguns tipos muito bons de rompimentos. Alguns do tipo, como romper em
prantos, que apenas lavam e levam embora antigos ferimentos.

Redefinindo romper (prosseguindo firmemente).

Você entende este tipo de tarefa temporária. E você entende que é uma terapia severa
para um problema severo. E que é paliativa porque eu acho que você trabalhará mais para
cultivar e desenvolver que aquela parte (do pequeno Coelho Phoo Phoo) se transforme. Você
sabe, nós não temos muito mais tempo sobrando, mas neste pequeno tempo, estaria bem se
nós apenas fizéssemos um pouco de hipnose para consolidar algumas das coisas com as
quais estamos lidando?

Carol: Hmm. Eu gostaria disso.

Jeff: Apenas ponha-se confortável. E talvez você pudesse apenas, Carol, centrar-se na
cadeira; e suas mãos apenas repousando nos seus lados de forma que seus cotovelos estejam
(Jeff ajuda a Carol a se ajustar em uma postura mais aberta e equilibrada) – apenas tire
qualquer pressão de seus ombros. E, então, com seus olhos fechados, você pode procurar
dentro... E como você pode, Carol... busque dentro. Eu gostaria que você descobrisse uma
certa sensação, e talvez você possa descobrir esta certa sensação, e de uma forma que ela
possa se tornar parte da bolha de que estivemos falando antes.
E, talvez, enquanto você procura dentro... procura dentro por esta certa sensação,
você pode, de alguma forma perceber que ela começa a se desenvolver. E esta certa sensação
se expandir. E eu estou te dando uma tarefa difícil, mas algo que você pode fazer, e esta certa
sensação pode se expandir... na base de seus pés. E esta certa sensação pode se
desenvolver... em suas pernas. E você pode entender isso como um sentimento crescente.
Um sentimento crescente que você pode até... sentir em seu corpo, esse sentimento crescente.
E Carol, você pode perceber este sentimento pode se desenvolver de outras formas,
esta certa sensação. Talvez você possa até reconhecer isto como um sentimento forte. E esse
sentimento forte pode ser alguma coisa que você começa a perceber em seu pescoço. E
enquanto ele continua a se desenvolver, você pode, Carol, vivenciar esse crescimento deste
forte sentimento... em sua cabeça. E este forte sentimento crescente, Carol, pode continuar a
se desenvolver para seus braços. E assim como você criou a bolha, você pode criar este
crescente e forte sentimento em seus antebraços, em seus pulsos. E talvez possa existir ritmo
neste crescente sentimento forte, como se de alguma forma sua mente inconsciente, sua
mente interior, fosse uma líder, uma regente, se você preferir, que estava te ajudando a
perceber este crescente e forte sentimento de formas que são convenientes, em formas
palpáveis, que você tenha na ponta... (Jeff aponta para frente, quase tocando as pontas dos
dedos dela) da sua língua.
E eu não sei como sua mente inconsciente pode desenvolver, Carol, este sentimento
forte crescente. Mas é algo que eu gostaria que você estivesse querendo explorar, e a

157
aprender sobre como você pode desenvolver, Carol, este forte sentimento crescente, aqui e
agora... lá e depois... de novo, e de novo, e de novo, e de novo, enquanto você se encontra,
mais você é absorvida na evolução deste forte sentimento crescente.
Reconhecendo que, enquanto eu estive falando com você, certas
agora/agrada/agradáveis mudanças ocorreram.

Tropeçando nas palavras para enfatizar todas as possibilidades.


Existe uma alteração no ritmo de sua respiração. Existe esse sentimento muito bom de
oscilação ao redor das pálpebras. Uma mudança no tônus muscular. Os movimentos motores
mudaram. Talvez a sensação de que você está movendo seu melhor pé para frente. (Carol
moveu seu pé.)
Talvez a sensação de que de alguma forma seus pés estão mais longe da sua cabeça,
uma sensação de que, de alguma forma, talvez sua esquerda deva estar mais distante do
ombro direito. Talvez uma sensação como se de alguma forma sua cabeça fosse um pouco
maior, não muito maior.

Se você é “mais altor,” tem “ombros largos” e tem uma “grande cabeça,” você tem alta estima.

E o tempo todo, fazendo estes ajustes que maximizam o seu próprio sentir, Carol, de
conforto. E a evolução, Carol, deste forte crescimento, Carol, do sentimento. E o senso de
espera (wait = peso/ weight = peso )... que você pode perceber em suas mãos, em seus
braços, pode ser tão interessante. E, a todo instante, você está aprendendo sobre um pouco da
sua própria capacidade de ajudar a si mesma a aproveitar o fluxo... aproveite o fluxo
profundamente dentro, este fluxo do subsolo de evolução, crescimento das fortes sensações. E
eu gostaria que você pegasse um tempo para realmente lembrar do seu próprio jeito, em sua
própria linguagem, de estar crescendo fortemente, Carol, esse sentimento, se desenvolvendo
como você você pode.
E então eu gostaria que você, Carol, começasse a se reorientar, reorientar a si mesma
livremente e completamente. E traga a si mesma de volta, totalmente aqui, aqui, agora,
completamente, Carol, respire uma ou duas ou três vezes tranquilamente. Respire uma ou
duas ou três vezes tranquilamente e traga-se de volta totalmente alerta, bem acordada, Carol.

Carol: Perfeito.

Jeff: Agradável?

Carol: Sim, muito.

Jeff: Eles vão te dar uma cópia da gravação, se você quiser. Isso é complementar, de forma
que você tenha isso para revisar e relembrar.

Carol: Que bom.

Jeff: E você está bem preparada para a terapia? Os três envelopes?

Carol: Isso é realmente incompreensível, como os nazistas estão me perseguindo até hoje. É
apenas incompreensível. E isso realmente funciona. Muito obrigado mesmo.Posso ganhar um
abraço para afastar os nazistas?

Jeff e Carol se abraçam.

158
Comentário e prosseguimento:

A indução foi a sobremesa, não a processo principal. Ela foi delineada para reforçar a
terapia. A indução foi essencialmente uma metáfora para a solução, que envolveu a avolução e a
introjeção. A “certa” sensação envoluiria para uma sensação crescente, e para uma forte
sensação, etc. Embora o sintoma fosse um foco, a espectativa era de que existiria um efeito de
bola de neve e que Carol tiraria disso uma lição, também.

A indução hipnótica foi composta para incluir etapas de Absorção e Retificação. Carol
poderia ser absorvida pelos detalhes e possibilidades das sensações propostas.
Subsequentemente, eu “ratifiquei” as mudanças a partir da descrição das mudanças físicas que
aconteceram enquanto ela se tornava absorta(p. ex.: mudanças em seu padrão respiratório). A
técnica de usar a metáfora da solução como um dispositivo absorvedor é um método de indução
avançado. Tradicionalmente, indução é um meio de alcançar o transe. Em métodos avançados,
indução pode ser um método de fornecer terapia.

Depois de um acompanhamento de seis meses por e-mail, Carol indicou que ela manteve
os ganhos da terapia tanto para o sintoma quanto para a ansiedade. Ela estava calma em
situações estressantes e surpreendeu sua família com sua atitude positiva.

Alguns anos depois, eu vi a Carol em um encontro profissional. Ela me mostrou suas


unhas e eu parcialmente beijei seus dedos da forma que um pai beijaria um ferimento de uma
criança para fazê-lo curar..

Em um outro encontro profissional, eu vi Carol. Ocorreram reincidências, no que diz


respeito às suas unhas, mas ela me falou que ela corrigiu isso imediatamente após o nosso
encontro.

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