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PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO - Guarda Municipal
SUMÁRIO
FONOLOGIA:
01. Conceito, encontros vocálicos, dígrafos e ortoépia_________________________
01
02. Divisão silábica_______________________________________________________02
03. Prosódia-acentuação________________________________________________ 02
04. Ortografia___________________________________________________________03
MORFOLOGIA:
05. Estrutura e formação das palavras_______________________________________
05
06. Classes de palavras________________________________________________ 09
SINTAXE:
07. Termos da oração e período composto__________________________________12
08. Conceito e classificação das orações_____________________________________
13
09. Concordância verbal________________________________________________ 15
10. Concordância nominal________________________________________________16
11. Regência verbal e nominal_________________________________________ 18
12. Crase_______________________________________________________________20
13. Pontuação___________________________________________________________
21
SEMÂNTICA:
14. A significação das palavras no texto_____________________________________
22
15. Interpretação de texto_______________________________________________ 23
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO______________________________________________
25
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4 Dífono
FONOLOGIA: Conceito, encontros
Dífono é a produção de dois fonemas a partir da leitura da
vocálicos, dígrafos e ortoépia letra X com som de /KS/. Exemplos: ônix /ôniks/, Félix /Féliks/,
tóxico /tóksico/...
Parte da Gramática que se ocupa com o reconhecimento e
a classificação dos sons próprios da língua.
Observação: os demais fonemas produzidos pela leitura
da letra X não formam dífonos: explorar /s/, exame /z/, máximo
1 Fonema /ss/ e lixo /ch/. Isso ocorre porque em cada um deles há um
Fonema é som. Representam-se os fonemas da seguinte fonema apenas.
forma: /a/, /bê/, /CE/... /agá/... Denomina-se transcrição
fonética.
5 Encontros Vocálicos
2 REGRAS ESPECÍFICAS
Na divisão silábica, não se levam em conta os
elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais,
NUNCA SE SEPARAM sufixos: in-, a-, des-, intra-, pré-, supra-, semi- etc.):de-sa-
a) ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba au- ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do.
tô-no-mo, ou-to-no, di-nhei-ro, des-mai-a-do, U-ru-guai, i-
guais, quais-quer, U-ru-guai-a-na...
Uma vez incorporado a alguma palavra, esses
elementos mórficos passam a fazer parte da nova palavra.
b) os dígrafos CH, LH, NH, GU e QU: chu-va, cha-vei-ro, Portanto, obedecem às regras gerais.
ma-lha, tra-pa-lha-da, li-nha, se-nha, lín-gua, á-gua, gu-ri- Nunca uma sílaba terminará em consoante se a seguinte
a, gu-la, gua-ra-ná, que-ro, qui-lo, qua-li-da-de... se iniciar por vogal. A consoante sempre se ligará à vogal
subsequente: sub-lin-gual, su-ben-ten-der, dis-fun-ção, di-sen-
SEMPRE SE SEPARAM te-ri-a, su-per-mer-ca-do, su-pe-ra-mi-go...
a) grupos formados por ditongo decrescente + vogal (aia,
eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu). Ex.: Observe novamente:
prai-a, tei-a, joi-a, sa-bo-rei-e, es-tei-o, ar-roi-o, com-lui-o, su-bor-di-na-da, su-bes-ta-ção, su-bal-ter-no: a palavra
tui-ui-ú... inicia por VOGAL, logo o B se separou do SU, partindo-se
o prefixo.
ATENÇÃO!
Veja a outra separação:
Não confunda associações como PRAI-A, MEI-A, SAI-A,
SEI-O com tritongo: tritongo é o encontro de uma sub-li-nhar, sub-lin-gual: a palavra inicia por consoante,
semivogal com uma vogal e outra semivogal (SV+V+SV) portanto o B não se separou do SU.
Prosódia-acentuação
(Atualizada pelo Acordo Ortográfico - Decretos n. 6.583, de 18/9/2008 e 7.875, de 27/12/2012, com vigência a partir de 01-01-2009)
2.5 Do i e do u - acentua-se o “i” e “u” quando esta 1.2 O H permanece nas palavras compostas ligadas
vogal for tônica, precedida de vogal e formar sílaba por hífen.
sozinha ou com “s”.
anti-higiênico pré-histórico mal-humorado
Saída, saíste, Ijuí, Tramandaí, Iraí, faísca, saúde, baú, jaús...
2.6 Dos ditongos eu, ei e oi - acentua-se a primeira 1.4 Emprega-se, também, H nos dígrafos ch, nh, lh.
vogal dos ditongos “ei”, “eu” e “oi” quando for tônica
e aberta nas palavras oxítonas.
2 Emprego de G e J
Véu, céu, réu, réus, mói (verbo), anzóis, bacharéis, caracóis...
2.1 Com som de j, emprega-se g somente antes das
vogais eei.
Observação: pelo Acordo Ortográfico de 2009, as
paroxítonas que apresentam EI e OI tônicos não são mais gente urgente girafa gengiva
acentuadas: jiboia, ideia, assembleia, Coreia, panaceia,
claraboia, boia...
2.2 Emprega-se j antes das vogais a, o e u.
jumento varejo juba sertanejo granja
Observação -viajar (verbo)(que eu viaje, que elesviajem...), Observação: -ÇAO é terminação geral de substantivos
mas viagem. derivados de verbos.
Viagem, com G, é substantivo.
Conclusão: se no final da raiz dos verbos houver gred, Conclusão: se na palavra primitiva houver S no final da
ced, prim, mit, cute met, deverá aparecer SS no final da raiz raiz, o verbo será formado com ISAR.
de todos os derivados.
9 Emprego de CH
1.1 Derivação
TIPO DE DERIVAÇÃO CONSISTE EM EXEMPLOS
a) Prefixal acrescentar prefixo a radical infeliz, desleal, rever, inútil, revisar, desfazer
b) Sufixal acrescentar sufixo a radical maquinaria, livreiro, bananada, alegrar
c) Prefixal e Sufixal acrescentar prefixo e sufixo infelizmente, inutilizar, inutilmente
descampado, enriquecer, embarcar entardecer,
d) Parassintética acrescentar prefixo e sufixo simultaneamente
anoitecer
retirar elementos finais de uma palavra, formando- ataque (de atacar), disputa (de disputar), dúvida
e) Regressiva
se outra (de duvidar)
1.2 Composição
TIPO DE COMPOSIÇÃO CONSISTE NA EXEMPLOS
união de palavras sem perda de elementos pontapé, meio-fio, super-homem, pé-de-moleque,
a) Justaposição
individuais couve-flor...
união de palavras com perda de elementos
b) Aglutinação petróleo, planalto, pernilongo, fidalgo, vinagre...
individuais
2.2 Alguns prefixos apresentam forma idêntica com -ice -ície -ura
significados diferentes.
velhice calvície Doçura
INfiltrar INfalível
Significado de movimento
Significado de negação 3.5 Sufixos formadores de substantivos derivados de
para dentro
verbos.
-ança -ância -ante -ente -or
2.3 Alguns prefixos apresentam formas diferentes com
significado idêntico. vingança tolerância estudante combatente jogador
REprovar Acéfalo Imoral DESnutrido -ção -são -tório -ura -mento
exportação extensão lavatório formatura ferimento
Em todos eles, o significado é de negação. 3.6 Sufixos formadores de adjetivos derivados de
substantivos.
-ista analista, cientista, tenista, especialista, calçadista ... -ista realista, subjetivista, idealista, islamista, budista ...
4.1 Latinos
PREFIXO SIGNIFICADO EXEMPLO
ab, abs, a afastamento, separação abstrair, aversão
ad Aproximação adnominal
ambi Duplicidade ambigüidade, ambidestro
ante Anterioridade antepor, ante-sala
circum movimento em torno de circunferência
cis posição aquém cisalpino, cisplatino
com companhia, sociedade companheiro, conterrâneo
contra Oposição contradizer, contrapor
a) movimento de cima para baixo decrescer
de
b) separação decapitar
des ação contrária desfazer, desobstruir
ex, e, es movimento para fora expatriar, emigrar, estorno, esvaziar, externar, expor
extra fora de, além de extra-oficial, extradição
in, im, i sentido contrário, negação injusto, impermeável, ilegal
infra posição inferior infra-assinado
intra posição interior intramuscular, intravenoso
inter, entre posição intermediária internacional, entreabrir
a) posição em frente objeto
ob, o
b) oposição opor
a) através de percorrer
per
b) intensidade perdurar
pos posição posterior postônica, pós graduação
pre Anterioridade prever, pré-fabricado
a) movimento para trás regredir,
re
b) repetição refazer, reconstruir, rever
retro para trás retroceder, retroagir
semi Metade semicírculo
sub inferioridade, abaixo submarino, submergir
4.2 Gregos
anfi Duplicidade anfíbio
anti Oposição antípoda, antiaéreo
arqui superioridade hierárquica arquiduque
di Duplicidade dissílabo
dia através de diálogo
a) movimento para fora êxodo
Ex, exo
b) intensidade exógeno, exacerbar
endo movimento para dentro endocarpo
epi sobre, em cima epiderme
eu bondade, perfeição eugenia, eufonia
hemi Metade hemisfério
hiper Excesso hipérbole
hipo Cavalo hipódromo
hipo posição inferior hipodérmico
hipo Escassez hipotensão
mono Singularidade monoteísmo, monogâmico
peri em torno de perímetro
poli Multiplicidade polissílabo
a) posição anterior próclise
pro b) a favor de pró-socialista
c) movimento para a frente progresso
proto início, começo proto-história
sin (sim) Simultaneidade sinfonia, simpatia
tele Distância telégrafo
e) Pessoais
O pronome relativo cujo relaciona elemento possuidor a
possuído:
A casa cujo telhado foi reconstituído será vendida.
OBLÍQUOS OBLÍQUOS
PESSOA VERBAL RETOS REFLEXIVOS POSSESSIVOS
ÁTONOS TÔNICOS
1ª do singular eu me mim comigo meu, meus, minha, minhas
2ª do singular tu te ti contigo teu, teus, tua, tuas
3ª do singular ele(a) se si consigo seu, seus, sua, suas
1ª do plural nós nos - conosco nosso, nossa, nossos, nossas
2ª do plural vós vos - convosco vosso, vossos, vossa, vossas
3ª do plural eles(as) se si consigo seu, seus, sua, suas
Emprego de EU e TU - serão sempre empregados como Emprego de SI - de igual forma que CONSIGO, o pronome SI
sujeitos: deve ser empregado em referência à 3ª pessoa:
As páginas foram deixadas para eu corrigir e tu revisares. O menino perdera os sentidos, mas logo voltara a si.
Observe-se que EU é sujeito de CORRIGIR e TU, de
REVISARES. OS PRONOMES “O, A, OS, AS, LHE e LHES” devem ser
empregados na substituição de objetos. Observe-se o quadro:
Outros exemplos:
Para eu entender as explicações, preciso interpretá-las. OBJETOS DIRETOS OBJETOS INDIRETOS
Entre tu saíres e eu ficar, há alternativas a ser consideradas.
o, a , os as lhe, lhes
Sem eu praticar, nada poderei garantir.
A razão de tu leres em voz alta é apenas fonética?
Observe-se o emprego:
Emprego de MIM e TI - são pronomes que devem aparecer O instituto O nomeará até abril.(quem nomeia nomeia
com função de complemento, nunca podendo ser utilizados ALGUÉM, portanto OD).
como sujeito. Prestou-LHE um grande favor. (quem presta presta algo A
ALGUÉM, portanto OI).
Observemos os exemplos:
O agradável cheiro de comida da pensão chegava até mim. A QUESTÃO DO TRATAMENTO
Para mim deveria haver oportunidades para mais gente.
Entre mim e ti, sempre houve respeito. Observe as frases:
Não se preocupe com suas economias. (A pessoa verbal é
VOCÊ, revelada pelos pronomes SE e SUAS, de 3ª pessoa.)
Emprego de COM NÓS
- utiliza-se COM NÓS antes de QUE, NUMERAL, TODOS,
PRÓPRIOS e OUTROS: Não te preocupes com tuas economias. (A pessoa verbal é
TU, revelada pelos pronomes TE e TUAS, de 3ª pessoa.)
1.1.1 Sujeito é o agente da ação verbal 1.2.2 Objeto indireto é a palavra ou expressão que
integra o sentido de um verbo transitivo indireto.
Busca-se o sujeito por meio da pergunta:
Gosta imensamente de pintura impressionista.
QUEM É QUE + VERBO?
1.3 Acessórios
1 Processo de Coordenação
ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA NEXO ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ...
ALTERNATIVAS ou, ou ... ou, ora ... ora, nem ... nem, seja ... seja, quer ... quer ALTERNÂNCIA
2 Processos de Subordinação
ORAÇÃO PRINCIPAL NEXO ORAÇÃO SUBORDINADA
TEMPORAL = desde quando Todos ficaram aguardando o reaparecimento do ator desde que ele saiu de cena.
Pergunta para encontrar o sujeito: Como funcionam: tais verbos não apresentam sujeito;
portanto não flexionam, devendo ficar sempre na terceira
QUEM É QUE + VERBO? pessoa do singular.
2 Casos Particulares Faz muitos anos. Ontem fez 30ºC. Fez dias frios no inverno
passado.
Exemplos
É preciso que se providenciem as credenciais.
Hoje é um de julho. Amanhã serão dois.
Concordância nominal
Exemplos
Um terço dos manifestantes será encaminhado à Secretaria
1 Regra Geral
da Educação.
Os artigos, os adjetivos, alguns pronomes e alguns numerais
concordarão, em gênero e número, com o substantivo a que
Dois terços dos automóveis furtados foram recuperados. se referirem.
Exemplos: bons homens; alunos competentes; livros No porto, encontravam-se fragata e cruzador
extraordinários. brasileiro/brasileiros.
3.1 Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos. Como funcionam: serão adjetivos.
Exemplos
Depois da contabilidade, todos ficaram quites com os
Afiado estilete e bisturi foram encontrados no local da compromissos.
inspeção.
RESPONDER,
Responda às questões.
OBEDECER
Obedeça ao regulamento.
(exigem A)
VTD - desejar - Queremos paz.
QUERER VTI - querer bem, gostar - Queira
bem aos seus irmãos.
Custou-nos chegar aqui.
CUSTAR
Custa-me entender o texto.
Esta é a obra que o povo verá exposta no saguão do novo Ficaram cara a cara, frente a
9. entre palavras repetidas
aeroporto. frente.
Esta é a obra de que o governo federal tanto se orgulha. 10. depois de preposição A aula foi adiada para as 16h.
3 Tipos de Enunciados
Tal informação estaria deformada por ampliação na
O exame dos enunciados apresentados nos últimos anos
alternativa que reproduzisse a mensagem com o seguinte
em concursos públicos garante ao respondente situar-se de
equívoco:
modo mais objetivo e seguro em relação ao que se solicita a
partir dos textos. Assim, são comuns alguns tipos de
enunciados como os que passam a ser estudados.
Os jovens preocupam-se com os descaminhos da
política embora nem sempre aparentem preocupação.
3.1 Compreensão Exclusiva do Texto
O mais comum dos enunciados é o que propõe ao
Observe que a maioria dos jovens é uma parte dos jovens,
respondente assinalar a alternativa que retrata o que o texto
e os jovens são o todo. Eis um exemplo de ampliação.
traz de modo geral. Via de regra, tais enunciados aparecem
assim:
RESTRIÇÃO
De acordo com o texto
Consiste no contrário da ampliação, isto é, em diminuir
ideia presente no texto. Por exemplo, se num texto afirma-se
Conforme o texto que
Para responder a esse tipo de enunciado, é importante que Roupas de brim vendem bem o ano todo, embora
se tenha presente o fato de que a banca solicita indicação de sejam quentes no verão e frias no inverno.
alternativa que contenha apenas ideia presente no texto, sem
extrapolação.
Estaria deformada por restrição a alternativa que
contivesse a seguinte mensagem:
3.2 Compreensão Além do Texto
É fundamental considerar, também, o tipo de enunciado
que, por sua redação, leva o candidato a compreender Roupas de brim vendem mais no verão e no inverno,
interpretações não presentes no texto, mas autorizadas pelo apesar de não serem adequadas para essas estações.
texto. Via de regra, tais enunciados aparecem assim:
OPOSIÇÃO
Como o nome sugere, oposição consiste em afirmar o
contrário do que o texto traz. Quase sempre, porém, as
afirmações não são feitas de forma tão clara, de modo a
permitir facilmente identificar uma contrariedade. As bancas
preferem caminhos mais elaborados, como, por exemplo,
lançar mão de vocábulos de domínio mais restrito. Observe
este exemplo:
INVERSÃO
Também chamada troca, consiste em inverter elementos
associados entre si, mascarando a mensagem. Por exemplo,
na afirmação
ALIENAÇÃO
Consiste em afirmar o que no texto não se afirma, ou seja,
apresenta ideia estranha ao texto. Por exemplo, numa
afirmação como a seguinte:
07. Sobre a palavra “nhoque”, pode-se afirmar que 14. A divisão silábica só não está correta em:
A) possui 6 fonemas e 2 dígrafos. A) cor-rup-ção.
B) possui 4 fonemas e 1 dígrafo. B) su-bli-nhar.
C) possui 6 fonemas e 1 dígrafo. C) subs-cri-ção.
D) possui 4 fonemas e 2 dígrafos. D) sé-rie.
E) possui 5 fonemas e 2 dígrafos. E) a-ve-ri-gueis.
27. Em “destruí-la” e “raízes”, a acentuação ocorre pela 04. Assinale a opção em que todos os vocábulos se
mesma regra. (C/E) completariam com z.
A) Quero ___ ene-bu ___ ina-gi ___.
28. As palavras “ônibus” e “invioláveis” são acentuadas de B) Rego___ijo - vi___inho - va___io.
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. (C/E) C) Reve___ar - fu___ível-co___er (cozinhar) .
D) Revi___ar (rever) -bali___a- go___ o.
29. São acentuados graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica os vocábulos E) Xadre___ - ga___oso-ba___ar.
A) também e coincidência.
B) quilômetros e tivéssemos. 05. Todos contribuíram com _________ para ________ os
alunos _________ a se esforçarem mais.
C) jogá-la e incrível.
A) sugestões - incentivar -desleichados
D) Escócia e nós.
B) sujestões- incentivar -desleichados
E) correspondência e três.
C) sugestões -insentivar-desleichados
30. Todas as palavras abaixo têm um equivalente em Língua D) sujestões-insentivar- desleixados
Portuguesa, sem acento gráfico, à exceção de E) sugestões - incentivar - desleixados
A) pôde.
B) hábitos.
C) àquilo.
D) cáqui.
E) duvidará.
11. Assinale o item que contém erro de grafia. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
A) Na cultura oriental, fica desonrado para sempre quem
inflinge as regras da hospitalidade.
01. Dos vocábulos abaixo, assinale o que não se enquadra no
B) Não conseguindo adivinhar o resultado a que chegariam, processo de prefixação.
sentiu-se frustrado.
A) Cisterna.
C) A digressão ocorreu por excesso de fatos ilustrativos em
B) Dispõe.
seu discurso.
C) Sobrevoado.
D) Sentimentos indescritíveis, porventura, seriam
rememorados durante a sessão de julgamento. D) Interromper.
E) Ao contrário de outros, trazia consigo autoconhecimento e E) Insóbrio.
discrição.
03. Na frase Era visível o seu empobrecimento, o termo 10. O sufixo -eiro só não forma
sublinhado é formado por A) nome de comida ou bebida.
A) sufixação. B) nome de profissão.
B) prefixação. C) designação de lugar onde se guardam ou armazenam
C) parassíntese. coisas.
D) prefixação e sufixação. D) nome de planta ou árvore.
E) regressão. E) designação de lugar destinado à prática de algo.
04. A palavra cujo prefixo denota um sentido diferente do que 11. Em relação aos processos de formação de determinadas
ocorre em injustificável é palavras, todas retiradas do texto, considere as assertivas a
A) indisposto. seguir:
B) impróprio. I - Em “ineficiência”, “improdutivas” e “introdutórios”, os trechos
sublinhados são prefixos gregos de negação.
C) inadequado.
II - Em “geralmente”, há um sufixo adverbial, cuja origem latina
D) imposição. acrescenta circunstância de modo.
E) impiedoso. III - As palavras “industrial” e “dedicados” possuem prefixos
nominais que exprimem, respectivamente, ideia de
05. A série em que os vocábulos enumerados se relacionam agrupamento e de qualidade.
porque provêm de igual raiz é Quais estão INCORRETAS?
A) florescer - flandres - florear. A) Apenas I.
B) pousada - aposento - cômodo. B) Apenas II.
C) reger - regulamento - regra. C) Apenas III.
D) corte - percurso - correr. D) Apenas I e III.
E) angústia - ângulo - anjo. E) I, II e III.
06. Assinale a alternativa em que não há correspondência 12. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação
entre os prefixos. INCORRETA sobre a estrutura de palavras.
A) Anfíbio - ambidestro. A) Em “simultaneamente”,há um sufixo adverbial idêntico ao
B) Hemisfério - semicírculo. que ocorre em “parcialmente” e “somente”.
C) Antídoto - contradizer. B) No vocábulo “consumista”, há o mesmo sufixo nominal que
ocorre em “tenista” e “machista”.
D) Perímetro - justapor.
C) O vocábulo “entesourador” é formado por parassíntese.
E) Anterior - predeterminação.
D) Os vocábulos “inconsciente” e “desligado” são formados
por prefixos com ideia de negação.
07. Assinale a opção cujos vocábulos apresentam prefixos
E) Os vocábulos “jornalista” e “curto-circuito” são formados por
que guardam entre si oposição semântica.
composição.
A) Impermeável - anormal.
B) Antebraço - prefácio.
13. Assinale a alternativa cuja afirmação acerca da estrutura
C) Contracultura - antiaéreo. de palavras do texto está INCORRETA.
D) Interplanetário - entrelinha. A) O termo “demandas” pertence a uma família de palavras
E) Imigração - extração. em que existe um adjetivo formado pelo sufixo -ante.
B) Em “demográfica” temos a presença de um radical também
08. Assinalar a alternativa que registra palavra contendo sufixo presente em “demoníaco”.
formador de advérbio. C) O prefixo presente em “revigorante” não está presente em
A) Desesperança. “vigoroso”.
B) Pessimismo. D) O prefixo que ocorre no início de “antienvelhecimento” não
é o mesmo que ocorre em “antediluviano”.
C) Empobrecimento.
E) O termo “plenitude” pertence a uma família de palavras em
D) Extremamente. que existe um advérbio formado pelo sufixo -mente.
E) Sociedade.
33. A substituição do elemento grifado pelo pronome 40. No segmento “... São perfis que podem servir às suas
correspondente, com os necessários ajustes no segmento, finalidades...”, o sinal indicativo de crase é opcional, porque
está INCORRETA em: está registrado antes de pronome possessivo.(C/E)
A) continua a provocar irritação = continua a provocá-la
B) a constituir um deslocamento = a lhe constituir
GABARITO
C) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra ela
D) que treinavam a elite = que a treinavam 01. C 02. D 03. A 04. B 05. C
E) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a. 06. D 07. A 08. C 09. B 10. E
11. A 12. A 13. A 14. A 15. D
34. O segmento grifado foi substituído de modo INCORRETO
pelo pronome em: 16. D 17. B 18. B 19. E 20. C
A) sem comprometer o futuro do próprio país // sem 21. B 22. D 23. B 24. D 25. E
comprometê-lo.
B) que enfrentaram o desafio do ambiente hostil // que o 26. E 27. C 28. D 29. A 30. B
enfrentaram. 31. E 32. D 33. B 34. E 35. C
C) e fincaram raízes na porção norte do país // e fincaram-nas.
36. C 37. C 38. C 39. E 40. E
D) e criar condições econômicas // e criá-las.
E) eles vão preservar a floresta // preservar-lhe.
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO.
Segundo o Ministério da Justiça, a partir de 2011,outros TERMOS DA ORAÇÃO.
estados devem integrar-se gradativamente ao sistema. A
previsão é que, em nove anos, todos os brasileiros estejam 01. Maria das Dores entra e vai abrir o comutador. Detenho-a:
cadastrados em uma base de dados unificada na não quero luz.
PolíciaFederal. Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações) .
Os dois-pontos usados acima, entre as orações em destaque,
estabelecem uma relação de subordinação entre as orações.
Com relação ao texto acima apresentado,julgue o item Que tipo de subordinação?
seguinte. A) Temporal.
B) Final.
35. No 1º período, o emprego da preposição “a” na C) Causal.
combinação “ao”, é exigência sintática do verbo “integrar-se”.
(C/E) D) Concessiva.
E) Conclusiva.
As metas do desenvolvimento científico não mais se
limitam à acumulação, na academia de conhecimento sobre 02. Assinale a alternativa que contém um exemplo de que
as leis da natureza ou à busca de soluções para problemas desempenhando a função de pronome relativo.
específicos; elas se caracterizam como formação e uso do A) Fiquem atentos, que a palestra começará em breve.
conhecimento como nova forma de capital para que cada
nação possa manter sua autonomia e sua competitividade no B) É necessário que te empenhes muito para obter essas
equilíbrio entre seus pares. informações.
C) Ele fez mais exercícios físicos que qualquer outro colega.
Julgue o item a seguir, com relação às estruturas D) Sigmund Freud, que foi o criador da psicanálise, sofreu
linguísticas do texto. muitas críticas em sua época.
E) Tanto insistiu, que acabou convencendo os pais a deixá-lo
viajar.
36. O emprego do sinal indicativo de crase em “à acumulação”
e em “à busca” deve-se à regência da forma verbal “se
limitam” e à presença de artigo definido feminino que antecede
os substantivos. (C/E)
09. Indique o período cuja pontuação está inteiramente 13. Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte
correta: frase:
A) Há muito, vêm caindo os salários dos professoresdas A) É preciso - mormente nos dias que correm - desconfiar: não
universidades públicas, estes desanimados fazem greve ou, exatamente das pessoas místicas, mas de um certo
as trocam pelas instituições privadas. misticismo, que aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha
B) Há muito, vêm caindo os salários, dos professores das ameaçando a existência, de todas as outras plantas.
universidades públicas: estes desanimados, fazem greve ou B) É preciso, mormente nos dias que correm, desconfiar não
as trocam, pelas instituições privadas. exatamente das pessoas místicas, mas de um certo
C) Há muito, vêm caindo, os salários dos professores das misticismo que, aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha,
universidades públicas: estes desanimados fazem greve, ou ameaçando a existência de todas as outras plantas.
as trocam pelas instituições privadas. C) É preciso mormente nos dias que correm, desconfiar, não
D) Há muito vêm caindo os salários dos professores das exatamente das pessoas místicas, mas de um certo
universidades públicas; estes, desanimados, fazem greve, ou misticismo que aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha,
as trocam pelas instituições privadas. ameaçando a existência de todas as outras plantas.
E) Há muito vêm caindo, os salários dos professores, das D) É preciso, mormente nos dias que correm, desconfiar não
universidades públicas; estes, desanimados, fazem greve, ou: exatamente das pessoas místicas mas, de um certo
as trocam pelas instituições privadas. misticismo, que aqui e ali costuma vicejar, como erva daninha
ameaçando a existência de todas as outras plantas.
10. Assinale a alternativa cuja oração apresenta correta E) É preciso, mormente nos dias que correm desconfiar não
pontuação. exatamente das pessoas místicas; mas de um certo
misticismo que, aqui e ali, costuma vicejar, como erva
A) A televisão noticiou que, novas jazidas de petróleo, foram daninha, ameaçando a existência de todas as outras plantas.
descobertas.
B) No período colonial o serviço postal brasileiro, era muito
ruim. Instruções: o texto abaixo é base paraas questões 14 e 15.
C) Atualmente a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
é responsável: por um ótimo sistema postal em todo o “O legado das ciências biológicas na passagem para o
território nacional. século XX consistiu principalmente na teoria da evolução de
D) Os consumidores, de produtos alimentícios, confiam muito Darwin e nas leis de hereditariedade de Mendel. Outros
nos controles, de qualidade. resultados dignos de menção foram: a formulação de uma
teoria da célula, o descobrimento do vínculo entre
E) Você carrega os livros e as estantes; eu, as roupas e cromossomos e hereditariedade, a análise microscópica
pequenos objetos. desveladora dos neurônios e a preparação das primeiras
vacinas.”
11. O período está corretamente pontuado em:
A) Dorme, como quem porque nunca nascida, dormisse no Com base no texto acima, julgue o item seguinte.
hiato, entre a morte e a vida. 14. O sinal de dois-pontos, no 2º período, introduz uma
B) Dorme como quem, porque nunca nascida dormisse no enumeração de caráter explicativo. (C/E)
hiato, entre a morte e a vida.
O CORREIO NO BRASIL
02. Segundo o texto, a história oficial do Correio Brasileiro
iniciou-se com
Flávio Perina
A) a reforma dos Correios em 1931.
B) com a criação da Empresa Brasileira de Correios e
Nosso país é, por certo, o único do mundo que teve o Telégrafos em 1969.
exato momento do início da sua história marcado e descrito
C) a chegada da Família Real Portuguesa em 1808.
por uma carta, exatamente a carta de Pero Vaz de Caminha, o
escrivão da frota de Cabral, ao Rei de Portugal, sendo o único D) a adoção do selo postal em 1843.
país que tem seu “registro de nascimento” feito dessa forma. E) a nomeação do Alferes João Carvalho Cardoso para o
O início oficial da história do Correio Brasileiro remonta a cargo de Correio-Mor do Mar e da Terra em 1663.
25 de janeiro de 1663, quando o Alferes João Carvalho
Cardoso foi nomeado para exercer o cargo de Correio-Mor do 03. A palavra ”incremento”, em destaque no texto, pode ser
Mar e da Terra. Apesar disso, durante o período colonial, o substituída, sem prejuízo do sentido da frase, por
serviço postal brasileiro praticamente não existiu. Havia
alguma organização no envio e recebimento de A) inchaço.
correspondência com Portugal, mas dentro do território o B) preferência.
serviço chegou a ser proibido, como nos dá conta uma ordem C) desenvolvimento.
do Rei de Portugal D. João V, em pleno século XVIII, quando
D) predominância.
já despertava o sentimento nacionalista na colônia.
E) encarecimento.
Foi com a vinda da família real ao Brasil, em 1808, que os
correios ganharam a esperada organização. No mesmo ano
foi editado o primeiro regulamento postal e o serviço passou a
ser executado pelo Estado, em regime de monopólio. Um fato
digno de nota é que a Proclamação da Independência do
Brasil também está ligada a uma carta. Foi a carta do Rei de
Portugal, acompanhada de cartas da Princesa Leopoldina e
de José Bonifácio, transportadas a cavalo até São Paulo, pelo
Cada vez mais, ciência e tecnologia são componentes O Pedro Antônio Vieira foi submetido a residência
básicos do planejamento nacional na busca de forçada, em Coimbra, de fevereiro de 1663 até setembro de
desenvolvimento econômico, diminuição das desigualdades 1665 e, finalmente, preso pela Inquisição no dia 1.º de
sociais e preservação do meio ambiente. As metas do outubro. Publicou-se uma importante série de cartas escritas
desenvolvimento científico não mais se limitam à acumulação, por ele nesse período, que se escalonaram com bastante
na academia de conhecimento sobre as leis da natureza ou à regularidade de 17 de dezembro de 1663 a 28 de setembro de
busca de soluções para problemas específicos; elas se 1665.
caracterizam como formação e uso do conhecimento como Em cerca de trinta cartas que foram conservadas,
nova forma de capital para que cada nação possa manter sua encontram-se alusões mais ou menos desenvolvidas ao
autonomia e sua competitividade no equilíbrio entre seus “tempo que faz”. Para apreciar o valor e o significado dessas
pares. As soluções para os problemas de emprego, educação, indicações, é preciso entender as principais razões que
habitação, saúde, saneamento, crescimento demográfico, levavam o padre a interessar-se pelo tempo. A principal era,
migrações estão, em grande parte, vinculadas a inovações em sem dúvida, as repercussões que certos tipos de tempo
produtos e serviços, por sua vez, dependentes de pesquisa. tinham sobre a regularidade do funcionamento das
Acresce que a moderna sociedade do conhecimento é comunicações, em especial a circulação das cartas e notícias.
cada vez mais dinâmica, mudando com grande rapidez as Sujeitado a residência forçada, Antônio Vieira ansiava pela
suas linhas de desenvolvimento, baseadas em uma atividade chegada do correio, sobretudo o que provinha de Lisboa e da
científica que produz cinco mil novas publicações por dia, o Corte, mas também dos outros lugares onde tinha amigos. Em
que gera um conhecimento que se renova a cada cinco ou certos períodos do ano, inquietava-se também pelas
seis anos e está disponível de imediato nos novos meios de condições de navegação do Atlântico, perigosas para as frotas
comunicação. O número de trabalhadores na área científica do Brasil e da Índia. Outra razão do seu interesse eram as
vem aumentando com tal rapidez que estão, atualmente, em repercussões do tempo sobre a própria saúde e a dos amigos,
atividade 90% de todos os que, até hoje, se dedicaram à e sobre os rebates da peste. Enfim, não podia esquecer as
ciência. A formação e a atualização de um sistema nacional campanhas militares que, a partir da primavera, decorriam
de ciência e tecnologia deixaram de ser o esforço episódico de então no Alentejo.
há 50 anos para se converter em necessidade contínua e Convém não esquecer que as anotações climáticas nas
crescente em que produção, transferência e utilização do cartas de Antônio Vieira podiam ter, às vezes, valor puramente
conhecimento formam o carro-chefe do desenvolvimento metafórico. No ambiente de acesas intrigas palacianas que o
econômico e social. Alberto Carvalho da Silva. Descentralização em Padre acompanhava a distância, ele deixa mais de uma vez
política de ciência e tecnologia. In: Estudos Avançados, vol. 14, n.º 39, p. 61,
2000 (com adaptações) . transparecer o receio de que as cartas dele e dos seus
correspondentes fossem abertas e lidas. Por isso, expressa-se
muitas vezes por alusões e metáforas. Por exemplo, a 20 de
Em relação às ideias e concepções relativas à ciência julho, escrevia a D. Teodósio: “Em tempo de tanta
e tecnologia veiculadas no texto, julgue os itens 08 a 10. tempestade, não é seguro navegar sem roteiro.” Tratava-se
apenas, na realidade, de combinar o percurso para um
08. Por mais que o investimento destinado à pesquisa encontro clandestino estival nas margens do Mondego. O
aumente, a renovação do conhecimento ocorre apenas a cada contexto permite, quase sempre, desfazer as dúvidas.
cinco ou seis anos. (C/E) Suzanne Daveau. Os tipos de tempo em Coimbra (dez. 1663 - set. 1665) ,
nas cartas de Padre Antônio Vieira. In: Revista Finisterra, v. 32, n.º 64, Lisboa,
1997, p. 109-215. Internet: <www.ceg.ul.pt> (com adaptações) .
GABARITO
SUMÁRIO
01. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL______________________________
01
- Da Administração Pública: Artigos: 37; 38; 39; 40 e 41
02. LEI Nº 6055, DE 14/09/2006 - Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São
Leopoldo_____________________________________________________________________ 06
www.cpcconcursos.com.br
WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153,
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, III, e 153, § 2º, I;
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento; XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre em qualquer caso o disposto no inciso XI:
associação sindical;
a) a de dois cargos de professor;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei específica; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
neste último caso, definir as áreas de sua atuação; terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
anterior, assim como a participação de qualquer delas em ocupante de cargo ou emprego da administração direta e
empresa privada; indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
obras, serviços, compras e alienações serão contratados órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
mediante processo de licitação pública que assegure ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
igualdade de condições a todos os concorrentes, com administradores e o poder público, que tenha por objeto a
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, cabendo à lei dispor sobre:
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica
e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das I - o prazo de duração do contrato;
obrigações.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
administração pública direta e indireta, regulando remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo,
especialmente: as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar,
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e em seu âmbito, mediante emenda às respectivas
interna, da qualidade dos serviços; Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo
informações sobre atos de governo, observado o disposto no Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo
art. 5º, X e XXXIII; aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos
Vereadores.
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente
ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
pública. autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital,
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.
III - investido no mandato de Vereador, havendo § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do provenientes da economia com despesas correntes em cada
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
norma do inciso anterior; desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, modernização,
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento; § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
afastamento, os valores serão determinados como se no Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
exercício estivesse. dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de
Seção II previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
DOS SERVIDORES PÚBLICOS contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos
e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os artigo.
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime
jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de
públicas. que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus
proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos
servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas
um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para as seguintes condições:
isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes
federados. a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o contribuição, se mulher;
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII,
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
cargo o exigir. tempo de contribuição.
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão § 15. O regime de previdência complementar de que trata o §
reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder
"a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus
efetivo exercício das funções de magistério na educação parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades
infantil e no ensino fundamental e médio. fechadas de previdência complementar, de natureza pública,
que oferecerão aos respectivos participantes planos de
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos benefícios somente na modalidade de contribuição definida.
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
de previdência previsto neste artigo. disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão ato de instituição do correspondente regime de previdência
por morte, que será igual: complementar.
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente
geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido atualizados, na forma da lei.
de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso
aposentado à data do óbito; ou § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido
cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite para os benefícios do regime geral de previdência social de
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para
previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta os servidores titulares de cargos efetivos.
por cento da parcela excedente a este limite, caso em
atividade na data do óbito. § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado
as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme um abono de permanência equivalente ao valor da sua
critérios estabelecidos em lei. contribuição previdenciária até completar as exigências para
aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal
será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio
serviço correspondente para efeito de disponibilidade. de previdência social para os servidores titulares de cargos
efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo
regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art.
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
142, § 3º, X.
contagem de tempo de contribuição fictício.
Art. 1º Esta Lei institui o regime jurídico estatutário dos III - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
servidores públicos do Município de São Leopoldo.
I - nomeação;
Parágrafo Único. Os cargos públicos serão de provimento
efetivo ou em comissão.
II - recondução;
I - deficiência é aquela que, comprovadamente, acarreta à Art. 14 Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres
pessoa condições físicas, sensoriais ou mentais reduzidas ou e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o
de inferioridade, em relação às demais, tanto para a prestação compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de
do concurso quanto para o exercício das atribuições do cargo, termo pela autoridade competente e pelo nomeado.
mas que não a impossibilite para o exercício do respectivo
cargo.
§ 1º O candidato deverá comprovar na data da posse no
cargo, que atingiu a idade mínima e não ultrapassou a idade
II - a comprovação da deficiência, sua identificação e a máxima fixada para o recrutamento, bem como preencheu
compatibilidade para o exercício do cargo na forma prevista todos os requisitos constantes na lei e no edital.
neste artigo, serão previamente atestadas por laudo de junta
médica, nomeada pelo Município, e exigidas como requisito
para a inscrição em concurso público. § 2º A posse dar-se-á no prazo de até dez dias contados da
data de publicação do ato de nomeação, podendo, a pedido,
ser prorrogado por igual período.
III - quando houver inscritos nas condições do parágrafo 2º,
serão observados os seguintes itens:
§ 3º No ato da posse o nomeado apresentará,
obrigatoriamente, declaração sobre o exercício de outro cargo,
a) a homologação do concurso far-se-á em lista separada para emprego ou função pública e, nos casos que a lei indicar,
os portadores de deficiência, constando em ambas a nota final declaração de bens e valores que constituam seu patrimônio.
de aprovação, e classificação ordinal em cada uma das listas;
b) as nomeações obedecerão predominantemente à nota final
obtida, independente da lista em que esteja o candidato; Art. 15 Exercício é o desempenho das atribuições do cargo
pelo servidor.
c) será assegurada uma vaga aos deficientes, após dezenove
(19) preenchidas por não deficientes.
§ 1º É de cinco dias o prazo para o servidor entrar em
exercício, contados da data da posse.
IV - os demais critérios constantes do edital público são de
validade genérica para todos os candidatos, sejam ou não
beneficiários da condição de deficiência. § 2º Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se não
ocorrer a posse ou o exercício, nos prazos legais.
Art. 10 Os limites de idade para ingresso no serviço público
serão fixados em lei, de acordo com a natureza e a § 3º O exercício deve ser dado pelo chefe da repartição para a
complexidade de cada cargo. qual o servidor for designado.
Art. 11 O prazo de validade do concurso será de até dois Art. 16 Nos casos de reintegração, reversão e
anos, prorrogável, uma vez, por igual prazo. aproveitamento, o prazo de que trata o § 1º do artigo anterior
será contado da data da publicação do ato.
SEÇÃO III
DA NOMEAÇÃO Art. 17 A readaptação e a recondução não interrompem o
exercício.
SEÇÃO V
Parágrafo Único. O nomeado ou designado para o exercício DA ESTABILIDADE
de cargo em comissão, antes da posse, declarará por escrito
não ter relação familiar ou de parentesco que importe prática
de nepotismo, vedada na forma da legislação municipal. Art. 19 O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público adquire estabilidade após três
(03) anos de efetivo exercício.
Art. 13 A nomeação em caráter efetivo obedecerá à ordem de
classificação obtida pelos candidatos no concurso público.
II - mediante processo administrativo em que lhe seja § 7º O servidor que não preencher alguns dos quesitos do
assegurada ampla defesa; estágio probatório deverá receber orientação adequada para
que possa corrigir as deficiências.
III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada § 8º Verificado, em qualquer fase do estágio, resultado
ampla defesa. insatisfatório por três avaliações, será processada a
exoneração do servidor.
Art. 20 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por § 9º Sempre que se concluir pela exoneração do servidor em
período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua estágio probatório, ser-lhe-á assegurada vista do processo,
aptidão, capacidade e desempenho serão objeto de avaliação pelo prazo de cinco dias úteis, para apresentar defesa e
por Comissão Especial designada para esse fim, com vista à indicar as provas que pretenda produzir.
aquisição da estabilidade, observados os seguintes quesitos:
VI - relacionamento.
Art. 21 Nos casos de cometimento de falta disciplinar,
inclusive durante o primeiro e o último trimestre, o estagiário
§ 1º É condição para a aquisição da estabilidade a avaliação terá a sua responsabilidade apurada através de sindicância ou
do desempenho no estágio probatório nos termos deste artigo. processo administrativo disciplinar, observadas as normas
estatutárias, independente da continuidade da apuração do
estágio probatório pela Comissão Especial.
§ 2º A avaliação será realizada por trimestre e a cada uma
corresponderá um competente boletim, sendo que cada
servidor será avaliado no efetivo exercício do cargo para o SEÇÃO VI
qual foi nomeado, podendo exercer função gratificada cuja DA RECONDUÇÃO
natureza esteja em correlação com o cargo ocupado pelo
mesmo, sem haver interrupção da avaliação. (Regulamentado
pelo Decreto nº 7140/2012) Art. 22 Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado.
§ 3º Somente os afastamentos decorrentes do gozo de férias
legais não prejudicam a avaliação do trimestre. § 1º A recondução decorrerá de:
§ 4º Quando os afastamentos, no período considerado, forem a) falta de capacidade e eficiência no exercício de outro cargo
superiores a trinta dias, a avaliação do estágio probatório de provimento efetivo ou;
ficará suspensa até o retorno do servidor ao exercício de suas
atribuições, retomando-se a contagem do tempo anterior para
efeito do trimestre. § 2º A hipótese de recondução de que trata a alínea "a" do
parágrafo anterior, será apurada nos termos dos parágrafos
do art. 20 e somente poderá ocorrer no prazo do estágio
§ 5º Três meses antes de findo o período de estágio probatório em outro cargo.
probatório, a avaliação do desempenho do servidor, realizada
de acordo com o que dispuser a lei ou regulamento, será
submetida à homologação da autoridade competente, sem § 3º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as
prejuízo da continuidade de apuração dos quesitos atribuições do cargo de origem, assegurados os direitos e
enumerados nos incisos I a VI do "caput" deste artigo. vantagens dele decorrentes, até o regular provimento.
Art. 23 Readaptação é a investidura do servidor efetivo em Parágrafo Único. Reintegrado o servidor e não existindo
cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a vaga, aquele que houver ocupado o cargo será reconduzido
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado
mental, verificada em inspeção médica. em outro cargo ou posto em disponibilidade.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de igual padrão Art. 29 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o
de vencimento ou inferior. servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
§ 3º Realizando-se a readaptação em cargo de padrão inferior,
ficará assegurado ao servidor vencimento correspondente ao
cargo que ocupava. Art. 30 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade
far-se-á mediante aproveitamento em cargo equivalente por
sua natureza e retribuição àquele de que era titular.
§ 4º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as
atribuições do cargo indicado, até o regular provimento.
Parágrafo Único. No aproveitamento terá preferência o
servidor que estiver a mais tempo em disponibilidade e, no
SEÇÃO VIII caso de empate, o que contar mais tempo de serviço público
DA REVERSÃO municipal.
Art. 24 Reversão é o retorno do servidor aposentado por Art. 31 O aproveitamento de servidor que se encontrar em
invalidez à atividade no serviço público municipal, verificado, disponibilidade há mais de doze meses dependerá de prévia
em processo, que não subsistem os motivos determinantes da comprovação de sua capacidade física e mental, por junta
aposentadoria. médica oficial.
§ 1º A reversão far-se-á a pedido ou de ofício, condicionada Parágrafo Único. Verificada a incapacidade definitiva, o
sempre à existência de vaga. servidor em disponibilidade será aposentado.
§ 2º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão sem que, Art. 32 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
mediante inspeção médica, fique provada a capacidade para o disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
exercício do cargo. legal, contado da publicação do ato de aproveitamento, salvo
doença comprovada por inspeção médica.
§ 1º Na avaliação de desempenho deverão ser considerados, § 2º Não cumprida a obrigação contida no parágrafo anterior,
entre outros, os seguintes fatores: deverá o Município ser indenizado da quantia total despedida
em valores atualizados monetariamente.
II - pontualidade; DA VACÂNCIA
SEÇÃO XIII
DO APERFEIÇOAMENTO
Capítulo I
Art. 50 A função gratificada poderá também ser criada em
DA SUBSTITUIÇÃO paralelo com o cargo em comissão, como forma alternativa de
provimento da posição de confiança, hipótese em que o valor
da função gratificada não poderá ser superior a cinqüenta por
Art. 44 Dar-se-á a substituição de titular de cargo em
cento do vencimento do cargo em comissão.
comissão ou de função gratificada durante o seu impedimento
legal.
Art. 51 A designação para o exercício da função gratificada,
que nunca será cumulativa com o cargo em comissão, será
§ 1º Poderá ser organizada e publicada no mês de janeiro a
feita por ato expresso da autoridade competente.
relação de substitutos para o ano todo.
Art. 46 Remoção é o deslocamento do servidor de uma para Art. 56 É facultado ao servidor efetivo do Município, quando
outra repartição do Município. indicado para o exercício de cargo em comissão, optar pelo
provimento sob a forma de função gratificada correspondente.
Parágrafo Único. A remoção poderá ocorrer:
Art. 57 A lei indicará os casos e condições em que os cargos
em comissão serão exercidos preferencialmente por
I - a pedido, atendida a conveniência do serviço; servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, no
percentual mínimo de 10% (dez por cento) do total dos cargos
em comissão.
II - de ofício, no interesse da administração.
TÍTULO IV
Art. 47 A remoção será feita por ato da autoridade
competente. DO REGIME DO TRABALHO
Art. 49 A função de confiança a ser exercida exclusivamente Art. 59 O horário normal de trabalho de cada cargo ou função
por servidor público efetivo, poderá ocorrer sob a forma de é o estabelecido na legislação específica, não podendo ser
função gratificada. superior a oito horas diárias e a quarenta e quatro horas
semanais.
I - pelo ponto;
TÍTULO V
II - pela forma determinada em regulamento, quanto aos DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
servidores não sujeitos ao ponto.
Art. 66 Fica instituída a Comissão Interna de Prevenção de
§ 1º Ponto é o registro, eletrônico ou não, que assinala o Acidentes, que será formada por servidores estáveis, na forma
comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual se verifica, da legislação regulamentar. (Regulamentado pelo Decreto nº
diariamente, a sua entrada e saída. 5541/2008)
Capítulo I
Capítulo II DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
§ 1º O valor de cada parcela não poderá exceder a vinte por Art. 78 O Servidor Público Municipal que se afastar da sede,
cento da remuneração do servidor. no interesse do Município, em caráter eventual ou transitório,
fará jus, além das passagens, também a diárias destinadas a
indenizar as despesas com alimentação, estada e locomoção
§ 2º O servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a urbana nos seguintes valores:
importância do prejuízo causado a Fazenda Municipal em
virtude de alcance, desfalque, ou omissão de efetuar o
recolhimento ou entradas nos prazos legais. I - 80 (oitenta) UPM`s (Unidade Padrão Monetária) para os
afastamentos dentro do estado e com distância superior a 40
(quarenta) km da sede;
Art. 75 O servidor em débito com o Erário, que for demitido,
exonerado, destituído do cargo em comissão, ou que tiver a
sua disponibilidade cassada, terá de repor a quantia de uma II - 150 (cento e cinqüenta) UPM`s (Unidade Padrão
só vez. Monetária) para os afastamentos para fora do Estado;
Parágrafo Único. A não quitação de débito implicará em sua III - 300 (trezentas) UPM`s (Unidade Padrão Monetária) para
inscrição em dívida ativa e cobrança judicial. os afastamentos para fora do país.
SUBSEÇÃO III
I - gratificação natalina;
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 98 Prorroga por 60 (sessenta) dias a duração do salário I - do valor da função gratificada;
maternidade, prevista na Lei Municipal nº 5.700, de 02 de
setembro de 2005.
II - do valor da função gratificada, se provido em cargo em
comissão.
§ 1º A prorrogação de que trata o caput deste artigo deverá
ser requerida até o final do primeiro mês após o parto e
concedida imediatamente após o gozo do salário maternidade Parágrafo Único. não será considerado como suspensão ou
prevista nos termos da legislação em vigor. interrupção de contagem de prazo de dois anos, previsto no
caput, aquelas suspensões ou interrupções que não
excederam a 15 (quinze) dias.(Redação Acrescida pela Lei nº
§ 2º Durante o período de prorrogação do salário maternidade, 7198/2010)
a servidora terá direito a sua remuneração integral, nos
mesmos moldes devidos no período de percepção do salário
maternidade pago pelo Sistema de Previdência Municipal. Art. 101 A contar de 16 de dezembro de 1998, a cada dois
anos completos que excederem a dois de exercício do cargo
em comissão ou função gratificada, corresponderá novo
§ 3º Fica vedado a servidora, durante a prorrogação do salário acréscimo de vinte por cento (20%) sobre os valores previstos
maternidade, de que trata este artigo, o exercício de qualquer nos itens I e II, do artigo 100, até o máximo de cem por cento
atividade remunerada, bem como a manutenção da criança (100%).
em creche ou organização similar.
SEÇÃO VIII II - vinte dias corridos, quando houverem mais de cinco faltas
DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO ao serviço.
Vide Leis nº 6199/2007, 6577/2008, 6885/2009 e 7173/2010)
§ 1º Caso o servidor efetivo ou Cargo em Comissão, deixe o
serviço público, ser-lhe-ão pagas férias e o adicional previsto
Art. 107 Fica instituído o Programa de Alimentação dos no art. 119, proporcionalmente ao número de meses de
Professores do Magistério Público Municipal, dos Servidores exercício no período aquisitivo. (Redação dada pela Lei nº
Públicos da Administração Municipal Direta, da Fundação 6923/2009)
Hospital Centenário, do Instituto de Aposentadoria e Pensões
do Município de São Leopoldo - IAPS, mediante contrapartida
dos servidores que será de 0,01% (zero vírgula zero um por § 2º É vedado descontar, do período de férias, as faltas do
cento) do valor do programa. servidor ao serviço.
§ 1º Os servidores públicos municipais, detentores de cargos Art. 112 Não serão consideradas faltas ao serviço as
de provimento efetivo ou em comissão, receberão, no máximo, concessões, licenças e afastamentos previstos em lei, nos
22 (vinte e dois) vales alimentação. quais o servidor continuar com direito ao vencimento normal,
como se em exercício estivesse.
§ 2º O Programa de Alimentação terá seu valor fixado por lei
específica. Art. 113 O tempo de serviço anterior será somado ao posterior
para fins de aquisição do período aquisitivo de férias nos
casos de afastamentos por auxílio-doença, por acidente em
§ 3º O Programa de Alimentação terá natureza indenizatória, serviço, por motivo de doença em pessoa da família, para o
não-remuneratória, não incidindo sobre os afastamentos serviço militar obrigatório, para concorrer a cargo eletivo,
previstos nesta Lei, salvo a licença para desempenho de licença para tratar de interesses particulares, licença por
mandato classista, prevista nos art. 120, V e 125 desta Lei. motivo de afastamento do cônjuge, e para desempenho de
mandato classista.
§ 4º Não serão considerados, para efeitos de pagamento do
Programa de Alimentação, quaisquer vantagens, gratificações SEÇÃO II
e adicionais previstos em Lei.
DA CONCESSÃO E DO GOZO DAS FÉRIAS
Parágrafo Único. O funcionário referido neste artigo não fará Art. 120 Conceder-se-á licença ao servidor ocupante de cargo
jus ao abono pecuniário de que trata o artigo 118. efetivo:
Art. 118 Será permitida a conversão de 1/3 (um terço) das Art. 121 Poderá ser concedida licença ao servidor ocupante
férias em dinheiro, mediante requerimento do funcionário de cargo efetivo, por motivo de doença do cônjuge ou
apresentado trinta dias antes do início das férias, vedada companheiro, do pai ou da mãe, do filho ou enteado e de
qualquer outra hipótese de conversão em dinheiro. irmão, mediante comprovação médica.
Parágrafo Único. No cálculo do abono pecuniário será § 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do
considerado o valor do adicional de férias previsto no artigo servidor for indispensável e não puder ser prestada
117. simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser
apurado, através de acompanhamento pela Administração
Municipal.
SEÇÃO IV
DOS EFEITOS NA EXONERAÇÃO, NO FALECIMENTO E
NA APOSENTADORIA § 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração,
até 90 (noventa) dias, e, após, com os seguintes descontos:
SEÇÃO VI
§ 3º A licença prevista neste artigo só será concedida se não DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO
houver prejuízo para o serviço público. CLASSISTA
§ 1º A licença será concedida à vista de documento oficial que § 2º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para
comprove a convocação. cargos de direção ou representação nas referidas entidades,
até o máximo de três, por entidade.
SEÇÃO VII
SEÇÃO IV DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DE
DA LICENÇA PARA CONCORRER A CARGO ELETIVO CÔNJUGE
Art. 123 Salvo disposição diversa em lei federal, o servidor Art. 126 Poderá ser concedida ao servidor estável licença por
ocupante de cargo efetivo fará jus à licença remunerada, com motivo de afastamento de cônjuge para outro ponto do
vencimentos integrais, a partir do registro de sua candidatura Estado, do Território Nacional ou para o exterior.
a cargo eletivo perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia
seguinte ao do pleito.
§ 1º A licença será concedida mediante pedido devidamente
instruído, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem
Parágrafo Único. O servidor candidato a cargo eletivo no remuneração.
próprio Município e que exercer cargo ou função de direção,
chefia, assessoramento, dele será exonerado a partir do dia
imediato ao registro de sua candidatura perante a Justiça § 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos dois
Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. anos do término ou interrupção da anterior.
§ 1º A servidora terá direito a uma hora por dia para Capítulo VIII
amamentar o próprio filho até que este complete seis meses DO DIREITO DE PETIÇÃO
de idade. A hora poderá ser fracionada em dois períodos de
meia hora, se a jornada for de dois turnos. Se a saúde do filho
o exigir, o período de seis meses poderá ser dilatado, por Art. 141 É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir
prescrição médica, em até três meses. reconsideração, recorrer e representar, em defesa de direito
ou de interesse legítimo.
Parágrafo Único. As petições, salvo determinação expressa
§ 2º O servidor terá direito a se ausentar do serviço, mediante
em lei ou regulamento, serão dirigidas ao Prefeito Municipal,
compensação acordada com sua chefia imediata e
Diretor de Autarquia ou Fundação e terão decisão no prazo de
apresentação de atestado firmado por profissional médico,
trinta dias.
para acompanhar seu filho menor de idade à consulta médica.
DO TEMPO DE SERVIÇO
Parágrafo Único. Terá caráter de recurso o pedido de
reconsideração quando o prolator do despacho, decisão ou
Art. 137 A apuração do tempo de serviço será feita em dias. ato houver sido o Prefeito.
Parágrafo Único. O número de dias será convertido em anos, Art. 144 O prazo para interposição de pedido de
considerados de 365 dias. reconsideração ou de recurso, é de trinta dias, a contar da
publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
recorrida.
Art. 138 Além das ausências ao serviço previstas no art. 135
são considerados como de efetivo exercício os afastamentos
em virtude de: Parágrafo Único. O pedido de reconsideração e o recurso
não terão efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos
retroagirão à data do ato impugnado.
I - férias;
V - licença:
§ 2º O pedido de reconsideração e o recurso interromperá a
prescrição administrativa.
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento de saúde, inclusive por acidente em serviço Art. 146 A representação será dirigida ao chefe imediato do
ou moléstia profissional; até quinze dias, e servidor que, se a solução não for de sua alçada, a
c) para tratamento de saúde de pessoa da família quando encaminhará a quem de direito.
remunerada.
Art. 149 São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos XV - manter espírito de cooperação e solidariedade com os
neste Capítulo, salvo motivo de força maior, devidamente colegas de trabalho;
comprovados.
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; Parágrafo Único. Nas mesmas penas por faltas funcionais
incorre o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou
representação a respeito de irregularidades no serviço ou falta
II - lealdade às instituições a que servir;
cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as
providências necessárias à sua apuração.
III - observância das normas legais e regulamentares;
Capítulo II
IV - cumprimento às ordens superiores, exceto quando DAS PROIBIÇÕES
manifestamente ilegais;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de § 2º A proibição de acumular estende-se a empregos e
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
X - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
público.
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau, cônjuge ou companheiro; Capítulo IV
DAS RESPONSABILIDADES
XI - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
Art. 154 O servidor responde civil, penal e
administrativamente pelos atos praticados enquanto no
XII - praticar usura sob qualquer de suas formas; exercício do cargo.
XIII - proceder de forma desidiosa no desempenho das Art. 155 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou
funções; comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuízo ao
Erário ou a terceiros.
XV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros responderá o
serviços ou atividades particulares; servidor perante a Fazenda Pública em ação regressiva, sem
prejuízo de outras medidas administrativas e judiciais cabíveis.
Parágrafo Único. No caso de infrações simultâneas, a maior § 1º Se comprovado que a acumulação se deu por má fé, o
absorve as demais, funcionando estas como agravantes na servidor será demitido de ambos os cargos e obrigado a
gradação da penalidade. devolver o que houver recebido dos cofres públicos.
Art. 163 Observado o disposto nos artigos precedentes, a § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos,
pena de advertência ou suspensão será aplicada, a critério da empregos ou funções exercido na União, nos Estados, no
autoridade competente, por escrito, na inobservância de dever Distrito Federal ou em outro Município, a demissão será
funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, nos comunicada ao outro órgão ou entidade onde ocorre
casos de violação de proibição que não tipifique infração acumulação.
sujeita à penalidade de demissão.
Parágrafo Único. Quando houver conveniência para o Art. 168 Configura abandono de cargo a ausência intencional
serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.
multa, na base de cinqüenta por cento por dia de
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
serviço e a exercer suas atribuições legais. Art. 169 A demissão por inassiduidade ou impontualidade
somente será aplicada quando caracterizada a habitualidade
de modo a representar séria violação dos deveres e
Art. 165 Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos obrigações do servidor, após anteriores punições por
casos de: advertência ou suspensão.
I - crime contra a administração pública; Art. 170 O ato de imposição de penalidade mencionará
sempre o fundamento legal.
II - abandono de cargo;
Art. 171 Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se
III - indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas; ficar provado que o inativo, quando na atividade:
Capítulo VI
I - quando se verificar falta de exação no seu desempenho;
DO PROCESSO DISCIPLINAR EM GERAL
Parágrafo Único. A aplicação da penalidade deste artigo não Art. 178 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no
implicará em perda do cargo efetivo. serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar sob pena de incorrer nas previsões do art. 150.
Art. 173 O ato de aplicação de penalidade é de competência
do Prefeito Municipal.
Parágrafo Único. Quando o fato denunciado, de modo
evidente, não configurar infração disciplinar ou ilícito penal, a
Parágrafo Único. Poderá ser delegada competência aos denúncia será arquivada, por falta de objeto.
Secretários Municipais para aplicação da pena de suspensão
ou advertência.
Art. 179 As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas
em processo regular com direito a plena defesa, por meio de:
Art. 174 A demissão por infringência ao art. 165,
incompatibilizará o ex-servidor para nova investidura em cargo
ou função pública do Município, pelo prazo de cinco anos. I - sindicância, quando não houver dados suficientes para sua
determinação ou para apontar o servidor faltoso;
I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, Art. 181 O servidor fará jus à remuneração integral durante o
cassação de aposentadoria e disponibilidade, ou destituição período de suspensão preventiva.
de função de confiança;
SEÇÃO III
II - em dois anos, quanto à suspensão; e DA SINDICÂNCIA
III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência. Art. 182 A sindicância será cometida a servidor ocupante de
cargo efetivo, podendo este ser dispensado de suas
atribuições normais até a apresentação do relatório.
§ 1º A falta também prevista na lei penal como crime
prescreverá juntamente com este.
§ 1º A critério da autoridade competente, considerando o fato
a ser apurado, a função sindicante poderá ser atribuída a uma
§ 2º O prazo de prescrição começará a correr da data em que comissão de servidores, até o máximo de três.
a autoridade tomar conhecimento da existência da falta.
§ 2º De posse do novo relatório e elementos complementares, § 2º Estando o indiciado ausente do Município, se conhecido
a autoridade decidirá no prazo e nos termos deste artigo. seu endereço, será citado por via postal, em carta registrada,
juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso
de recebimento.
SEÇÃO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
§ 3º Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido,
será citado por edital, divulgado como os demais atos oficiais
Art. 185 O processo administrativo disciplinar será conduzido do Município, com prazo de quinze dias.
por comissão de três servidores estáveis, designada pela
autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu
presidente. Art. 193 O indiciado poderá constituir procurador para fazer a
sua defesa.
Art. 186 A comissão processante, sempre que necessário e Art. 194 Na audiência marcada, a comissão promoverá o
expressamente determinado no ato de designação, dedicará interrogatório do indiciado, concedendo-lhe, em seguida, o
todo o tempo aos trabalhos do processo, ficando os membros prazo de três dias para oferecer alegações escritas, requerer
provas e arrolar testemunhas, até o máximo de cinco.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a a) pedirá esclarecimentos ou providências que entender
comprovação do fato independer de conhecimento especial de necessários à comissão processante, marcando-lhe prazo;
perito. b) encaminhará os autos à autoridade superior, se entender
que a pena cabível escapa à sua competência;
Art. 197 As testemunhas serão intimadas a depor mediante
mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a II - despachará o processo dentro de vinte dias, acolhendo ou
segunda via, com o ciente do intimado, ser anexada aos não as conclusões da comissão processante, fundamentando
autos. o seu despacho se concluir diferentemente do proposto.
Parágrafo Único. Se a testemunha for servidor público, a Parágrafo Único. Nos casos do inciso I deste artigo, o prazo
expedição do mandado será imediatamente comunicada ao para decisão final será contado, respectivamente, a partir do
chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora retorno ou recebimento dos autos.
marcados para a inquirição.
Parágrafo Único. O prazo de defesa será comum e de quinze Parágrafo Único. Excetua-se o caso de processo
dias se forem dois ou mais os indiciados. administrativo instaurado apenas para apurar o abandono de
cargo, quando poderá haver exoneração a pedido, a juízo da
autoridade competente.
Art. 207 A revisão do processo administrativo disciplinar I - atender a situações de calamidade pública;
poderá ser requerida a qualquer tempo, uma única vez,
quando: II - combater surtos epidêmicos;
I - a decisão for contrária ao texto de lei ou à evidência dos III - atender outras situações de emergência que vierem a ser
autos; definidas em lei específica.
II - a decisão se fundar em depoimentos, exames ou IV - outras contratações para viabilizar projetos de caráter
documentos falsos ou viciados; temporário e de fundamental relevância pública. (Redação
acrescida pela Lei nº 7503/2011)
III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar a
inocência do interessado ou de autorizar diminuição da pena. Art. 215 As contratações de que trata este capítulo terão
dotação orçamentária específica e não poderão ultrapassar o
Parágrafo Único. A simples alegação de injustiça da prazo de 1 (um) ano, prorrogáveis por igual período. (Redação
penalidade não constituirá fundamento para a revisão do dada pela Lei nº 7503/2011)
processo.
Art. 216 É vedado o desvio de função de pessoa contratada,
Art. 208 No processo revisional, o ônus da prova caberá ao na forma deste título, bem como sua recontratação, antes de
requerente. decorridos seis meses do término do contrato anterior, sob
pena de nulidade do contrato e responsabilidade
administrativa e civil da autoridade contratante.
Art. 209 O processo de revisão será realizado por comissão
designada segundo os moldes das comissões de processo
administrativo e correrá em apenso aos autos do processo Art. 217 Os contratos serão de natureza administrativa,
originário. ficando assegurados os seguintes direitos ao contratado:
Art. 210 As conclusões da comissão serão encaminhadas à I - remuneração equivalente à percebida pelos servidores de
autoridade competente, dentro de sessenta dias, devendo a igual ou assemelhada função no quadro permanente do
decisão ser proferida, fundamentadamente, dentro de trinta Município;
dias.
II - jornada de trabalho, serviço extraordinário, repouso
Art. 211 Julgada procedente a revisão, será tornada semanal remunerado, adicional noturno e gratificação natalina
insubsistente ou atenuada a penalidade imposta, proporcional, nos termos desta Lei;
restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa decisão.
III - férias proporcionais, ao término do contrato;
TÍTULO VIII
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR IV - inscrição no Regime Geral da Previdência Social.
Capítulo I TÍTULO X
DISPOSIÇÕES GERAIS DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Capítulo II
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
IX - contratos em geral;
DOS ATOS MUNICIPAIS
X - contabilidade e finanças;
SEÇÃO I
Art. 25 A publicação das leis e atos municipais far-se-á XII - registros de loteamento aprovados.
sempre em órgão da imprensa oficial, quando houver, e, em
sendo inexistente, obedecerá à seguinte ordem:
§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo
Prefeito ou pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou
I - em um órgão da imprensa local; e por funcionário designado para tal fim.
II - afixação na sede da Prefeitura e Câmara. § 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos
por fichas ou outro sistema, com as prevenções à sua
§ 1º A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das autenticidade.
leis e atos administrativos far-se-á através de licitação.
§ 3º Os livros, fichas ou outro sistema estarão abertos a
§ 2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação. consultas de qualquer cidadão, bastando, para tanto,
apresentar requerimento.
§ 3º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa,
poderá ser resumida. SEÇÃO III
Art. 27 O Município manterá os livros que forem necessários d) abertura de créditos especiais e suplementares até o limite
ao registro e, obrigatoriamente, os de: autorizado por lei, assim como de créditos extraordinários;
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS § 2º O imposto previsto na alínea "b" do inciso I deste artigo:
Art. 41 A execução das obras e serviços públicos municipais I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos
deverá ser sempre precedida de projeto elaborado segundo as incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização
normas técnicas adequadas. de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
Parágrafo Único. As obras e serviços públicos serão pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
executados diretamente pela Prefeitura, por suas autarquias e, preponderante do adquirente for a compra e venda desses
indiretamente, por terceiros, mediante licitação. bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil; e
Art. 42 É vedado à empresa inadimplente com a Previdência
Social ou infratora da legislação trabalhista celebrar, a II - compete ao Município da situação do bem.
qualquer título, com órgãos da administração pública
municipal direta ou autarquias, vedando-se-lhe igualmente § 3º Em relação ao imposto previsto na alínea "d" do inciso I
qualquer benefício fiscal ou creditício. deste artigo, cabe à lei complementar:
a) a propriedade predial e territorial urbana; Art. 46 A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos
proprietários de imóveis valorizados por obras públicas
municipais, tendo como total a despesa realizada e como
Art. 47 Sempre que possível, os impostos terão caráter Art. 53 Afixação de preços públicos, devidos pela utilização de
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica bens, serviços e atividades municipais, será feita pelo Prefeito,
do contribuinte, facultando à administração municipal, mediante lei aprovada pelo Poder Legislativo.
especialmente, conferir efetividade a esses objetivos e
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da § 1º As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir seus
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas
custos, sendo reajustáveis, quando se tornarem deficientes ou
do contribuinte.
excedentes.
DOS ORÇAMENTOS
II - por mais de uma vez no período de quinze anos, quando
incidir sobre o fato gerador do tributo; e
Art. 56 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
III - à pessoa jurídica cujo débito tributário tenha sido gerado
por negligência ou má-fé. I - o plano plurianual;
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre § 2º Os planos e programas setoriais previstos nesta Lei
rendimentos pagos, a qualquer título, pela administração Orgânica Municipal serão elaborados em consonância com o
direta, autarquia e fundações municipais; plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto § 3º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de
da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente demonstrativo do efeito sobre as receitas e despesas,
aos imóveis situados no Município; decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do Estado
sobre a propriedade de veículos automotores licenciados no § 4º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho
território municipal; e à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo
na proibição a autorização para abertura de créditos
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do suplementares e contratação de operações de crédito, ainda
imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Parágrafo Único. O Poder Executivo deverá publicar, II - indiquem os recursos necessários, admitindo apenas os
previamente, versão simplificada das diretrizes orçamentárias, provenientes de anulação de despesa, excluídas as que
acompanhadas de mapas, gráficos, quadros e outras formas incidam sobre:
de comunicação visual, de modo que possa estudar, com
clareza, em que a municipalidade vai gastar recursos.
a) dotação para pessoal e seus encargos;
II - o orçamento de investimento das empresas em que o b) com os dispositivos do texto do projeto de lei; e
Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto; e c) não alterem a produção total do orçamento anual.
III - orçamento da seguridade social, abrangendo todas as § 2º Os recursos que, em decorrência do veto, emenda ou
entidades a ela vinculadas, da administração direta e indireta, rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
bem como dos fundos instituídos pelo Poder Público. despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
Art. 65 A lei orçamentária anual deverá ser apresentada em prévia e específica autorização legislativa.
valores mensais para todas as suas receitas e despesas em
Art. 74 Revogado.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
exercício financeiro em que foram autorizados, salvo se o ato
Art. 75 Revogado. de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
Art. 76 O Município, para execução de projetos, programas, saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
obras, serviços ou despesas cuja execução se prolongue além financeiro subsequente.
de um exercício financeiro, deverá elaborar os orçamentos
plurianuais de investimentos. § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
Parágrafo Único. As dotações anuais dos orçamentos como as decorrentes de calamidade pública.
plurianuais deverão ser incluídas no orçamento de cada
exercício, para utilização do respectivo crédito. Art. 79 A despesa com pessoal ativo e inativo do Município
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
Art. 77 O orçamento será uno, incorporando-se, complementar federal.
obrigatoriamente, à receita todos os tributos, rendas e
suprimentos de fundos, incluindo-se, discriminadamente, na § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
despesa, as dotações necessárias ao custeio de todos os remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
serviços municipais. alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
Art. 78 São vedados: entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só
poderão ser feitas:
Art. 81 O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será Art. 89 Ao Município é vedado:
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
Art. 82 A prestação de contas do Prefeito, referente à gestão embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
financeira do ano anterior, será apreciada pela Câmara até 60 representantes relações de dependência ou aliança,
(sessenta) dias após o recebimento do respectivo parecer ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, o qual somente público;
deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços) de seus
membros. II - recusar fé aos documentos públicos;
Art. 83 Para os efeitos dos artigos anteriores, o Prefeito III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;
deverá remeter à Câmara e ao Tribunal de Contas do Estado,
até trinta e um (31) de março, as contas relativas à gestão
financeira municipal do exercício imediatamente anterior, tanto IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos
da administração direta, quanto da administração indireta. pertencentes aos cofres públicos, quer pela imprensa, rádio,
televisão, serviços de alto-falante ou qualquer outro meio de
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da Art. 104 Fica fixado em 13 (treze) o número de Vereadores da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; e Câmara Municipal de São Leopoldo, conforme preceitua a
Constituição Federal, e de acordo com a nova interpretação
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), realizada através da
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada
Resolução nº 21.702, que segue em anexo a esta emenda.
a lei que os instituiu ou aumentou;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/2004)
b) as diretrizes orçamentárias; e
II - conceder licença ao Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores
para afastamento do cargo;
c) os orçamentos anuais;
III - autorizar o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, por
d) revogado; necessidade de serviço, a ausentar-se do Município por mais
de 10 (dez) dias;
e) revogado.
IV - zelar pela preservação de sua competência administrativa,
III - elaborar as leis complementares à Lei Orgânica; sustando os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem o poder regulamentador dos limites da delegação
legislativa e que se mostrem contrários ao interesse público;
IV - legislar sobre os tributos de competência municipal;
V - exercer a fiscalização da administração financeira e
V - legislar sobre a criação e extinção de cargos e funções, orçamentária do Município com o auxílio do Tribunal de
bem como fixar e alterar vencimentos e outras vantagens Contas do Estado e julgar as contas do Prefeito;
pecuniárias;
VI - fiscalizar e controlar diretamente os atos do Poder
VI - decretar, estipulando as condições, pelo voto da maioria Executivo, incluindo os da administração indireta;
dos vereadores, o arrendamento, o aforamento ou a alienação
de próprios municipais, bem como a aquisição de outros, salvo
quando se tratar de doação ao Município, sem encargo; VII - solicitar informações por escrito ao Executivo sobre
assuntos referentes à administração, a serem prestadas no
prazo de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento do pedido;
VII - legislar sobre a concessão de serviços públicos do
Município;
VIII - convocar os Secretários Municipais ou Diretores
equivalentes para prestar informações sobre assuntos
VIII - dispor sobre a divisão territorial do Município, inerentes as suas atribuições, em audiência aberta ao público,
planejamento urbano, uso, parcelamento e ocupação do solo; cabendo-lhes 3 (três) dias úteis, antes do comparecimento,
para enviar à Câmara exposição das informações solicitadas;
IX - criar, reformar ou extinguir repartições municipais, assim
entendidas as que forem diretamente subordinadas ao IX - criar comissões especiais de inquérito;
Prefeito;
X - julgar o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos
X - decidir sobre a criação de empresas públicas, empresas previstos em lei;
de economia mista, autarquias ou fundações públicas;
XI - representar, pela maioria de seus membros, para efeito de
XI - revogado; intervenção no Município;
XII - deliberar sobre empréstimos e operações de crédito, a XII - fixar os subsídios de seus membros, do Prefeito, do Vice-
forma e os meios de seu pagamento e respectivas aplicações, Prefeito e dos Secretários Municipais, nos termos da
respeitada a legislação federal; legislação federal:
XIII - transferir, temporária ou definitivamente, a sede do a) o subsídio será fixado no máximo 30 (trinta) dias antes do
Município, quando o interesse público o exigir; e pleito de cada legislatura; e
XIV - cancelar, nos termos da lei, a dívida ativa do Município, b) não fixada no prazo da alínea "a", manter-se-á a
autorizar a suspensão de sua cobrança e a relevação de ônus remuneração anterior;
e juros.
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
Art. 108 O processo legislativo, exceto casos especiais criação e transformação de cargos, empregos e funções de
dispostos nesta Lei Orgânica, só se completa com a sanção seus servidores e fixação da respectiva remuneração,
do Prefeito Municipal. observando os parâmetros legais, especialmente a Lei de
Diretrizes;
Art. 112 Os Vereadores não poderão: Art. 115 O subsídio dos Vereadores será fixado por lei, em
cada legislatura para a legislatura subsequente, respeitados
I - desde a expedição do diploma: os limites e critérios previstos na Constituição Federal e o
prazo determinado nesta Lei Orgânica Municipal.
c) patrocinar causa contra pessoa jurídica de direito público. Art. 117 No primeiro dia do ano de cada legislatura, cuja
duração coincide com o mandato do Prefeito e dos
Vereadores, a Câmara reúne-se para dar posse aos
Art. 113 Perderá o mandato o Vereador: Vereadores, ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e para eleger sua
Mesa Diretora, Comissão Representativa e Comissões
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo Permanentes, na forma do Regimento Interno.
anterior;
Parágrafo Único. Nos demais anos da legislatura, a Mesa
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o Diretora será eleita em conformidade com o Regimento
decoro parlamentar ou atentatório às instituições vigentes; Interno da Câmara de Vereadores e tomará posse no dia 2 de
janeiro.
III - que se utilizar do mandato para a prática de atos de
corrupção ou de improbidade administrativa; Art. 118 A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu
Presidente, a 1/3 (um terço) de seus membros, à Comissão
Representativa ou ao Prefeito.
§ 2º Para as reuniões extraordinárias, a convocação dos II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade
Vereadores será pessoal, através de notificação escrita, com civil;
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
III - receber petições, reclamações, representações ou queixas
§ 3º A convocação extraordinária da Câmara Municipal poderá de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades
ser feita em qualquer época, através de iniciativa popular, para ou entidades públicas;
fins de discussão e deliberação de projetos de lei e demais
assuntos de interesse específico do Município, da cidade ou IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; e
de bairros, através da manifestação de, pelo menos, 5%
(cinco por cento) do eleitorado.
V - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos
atos do Executivo e da Administração Indireta.
Art. 119 As sessões da Câmara serão públicas.
Art. 123 Anualmente, dentro de 60 (sessenta) dias do início da I - emendas à Lei Orgânica;
sessão legislativa, a Câmara receberá, em sessão especial, o
Prefeito, que informará, através de relatório, o estado em que II - leis complementares;
se encontram os assuntos municipais.
SUBSEÇÃO III
§ 5º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no
parágrafo anterior, o veto será considerado mantido.
DAS LEIS
§ 6º Não sendo a lei sancionada dentro de 48 (quarenta e oito)
Art. 133 As leis complementares somente serão aprovadas se horas pelo Prefeito, no caso do parágrafo terceiro, o
obtiverem maioria absoluta dos votos dos membros da Presidente da Câmara promulgá-la-á em igual prazo e, não o
Câmara Municipal, observados os demais termos da votação fazendo, fá-lo-á o Vice-Presidente, na forma regimental, em
das leis ordinárias. igual prazo.
Art. 134 A iniciativa das leis municipais, salvo os casos de Art. 139 Tanto no caso de rejeição, pela Câmara, de projeto
competência exclusiva, cabe a qualquer membro da Câmara de lei de iniciativa do Prefeito, como no caso de veto à lei de
Municipal, ao Prefeito ou ao eleitorado, que a exercerão na iniciativa de emenda do legislativo ou proposição popular, o
forma da Constituição Federal. poder que se considerar vencido, a Câmara ou o Prefeito,
poderá requerer a consulta popular através do referendo.
Parágrafo Único. No início ou em qualquer fase da tramitação
de projeto de lei de iniciativa do Prefeito, este poderá solicitar Art. 140 O referendo à emenda à Lei Orgânica ou à lei
à Câmara Municipal que o aprecie no prazo de 45 (quarenta e aprovada ou rejeitada pela Câmara é obrigatório, caso haja
cinco) dias, a contar do pedido; caso a Câmara Municipal não solicitação, dentro de 120 (cento e vinte) dias, subscrita por
se manifeste nesse prazo, o projeto será incluído na Ordem do 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município, da cidade, do
Dia, sobrestando-se a deliberação sobre os demais assuntos, bairro ou comunidade rural, conforme o interesse ou
para que se ultime a votação. abrangência.
Art. 135 A requerimento do Vereador, os projetos de lei, Parágrafo Único. Os resultados das consultas referendárias
decorridos 30 (trinta) dias de seu recebimento, serão incluídos serão promulgados pelo Presidente da Câmara, conforme a
na Ordem do Dia, mesmo sem parecer. Constituição Estadual.
Parágrafo Único. O projeto somente pode ser retirado da Art. 141 São objetos de lei complementar, dentre outros, o
Ordem do Dia a requerimento do autor. Código de Obras, o Código de Posturas, o Código Tributário e
Fiscal, a Lei do Plano Diretor, o Estatuto dos Funcionários
Art. 136 O projeto de lei com parecer contrário de todas as Públicos e a Lei do Meio Ambiente.
Comissões é tido como arquivado.
§ 1º Os projetos de lei complementar serão revistos por
Art. 137 A matéria constante do projeto de lei, rejeitado ou comissão especial da Câmara.
não sancionado, assim como a proposta de emenda à Lei
Orgânica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente § 2º Dos projetos de Códigos e respectivas exposições de
poderão constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão motivos, antes de submetidos à discussão da Câmara, dar-se-
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos á divulgação com a maior amplitude possível.
membros da Câmara, ressalvadas as proposições de iniciativa
do Prefeito.
§ 3º Dentro de 15 (quinze) dias, contados da data em que se
publicaram os projetos referidos no parágrafo anterior,
Art. 138 Os projetos de lei, aprovados pela Câmara Municipal, qualquer cidadão ou entidade, devidamente reconhecida,
na forma regimental, serão enviados ao Prefeito que, poderão apresentar sugestões ao Presidente da Câmara, que
aquiescendo, os sancionará. as encaminhará à comissão especial para apreciação.
Art. 142 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, Vice- Parágrafo Único. O Prefeito, regularmente licenciado, terá
Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais, Diretores e direito a perceber remuneração, quando:
Responsáveis pela administração direta e indireta.
I - impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença,
§ 1º Aplica-se à elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o devidamente comprovada;
disposto no capítulo da Câmara Municipal desta Lei Orgânica
e a idade mínima de 21 (vinte e um) anos.
II - em gozo de férias; e
VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; XXIV - contrair empréstimos e realizar operações de crédito
mediante prévia autorização da Câmara;
VII - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos por
terceiros, respeitando o disposto nesta Lei Orgânica; XXV - providenciar a administração dos bens do Município e
sua alienação na forma da lei;
VIII - prover os cargos públicos e expedir os demais atos
referentes à situação funcional dos servidores; XXVI - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços
relativos às terras do Município;
IX - enviar à Câmara os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual XXVII - desenvolver o sistema viário do Município;
do Município;
XXVIII - conceder auxílios e subvenções, observados os
X - encaminhar à Câmara a prestação de contas, bem como critérios e as condições definidas na lei de diretrizes
os balanços do exercício findo, até 60 (sessenta) dias após a orçamentárias;
abertura do ano legislativo;
XXIX - providenciar o incremento do ensino;
XI - encaminhar aos órgãos competentes os planos de
aplicação e as prestações de contas exigidas em lei; XXX - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado
para garantia do cumprimento de seus atos;
XII - fazer publicar os atos oficiais;
XXXI - estabelecer a divisão administrativa do Município de
XIII - prestar à Câmara, dentro de 30 (trinta) dias, as acordo com a lei;
informações solicitadas, salvo prorrogação, a seu pedido e por
prazo determinado, em face da complexidade da matéria ou XXXII - solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para
da dificuldade de obtenção nas respectivas fontes, dos dados
ausentar-se do Município, por tempo superior a 15 (quinze)
pleiteados;
dias;
II - os Subdiretores.
IV - indicar ao Prefeito providências necessárias ao distrito; e
§ 4º Serão assegurados ao servidor, por um decênio de Art. 179 São direitos dos servidores públicos municipais:
ininterrupto exercício, 6 (seis) meses de licença-prêmio, a
título de prêmio por assiduidade, preservados os direitos I - remuneração superior ao salário-mínimo, fixado pela União,
adquiridos na forma da Lei.
para os trabalhadores urbanos e rurais;
§ 11 O Prefeito, o Vice-prefeito, os Vereadores e os X - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3
Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por (um terço) a mais do que a remuneração normal, com
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de pagamento antecipado;
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, em obediência,
em qualquer caso, ao disposto no art. 37, X e XI, da XI - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e da
Constituição Federal. remuneração, com duração de 180 (cento e oitenta) dias;
§ 1º O servidor designado para estudo ou aperfeiçoamento XV - adicional de remuneração para as atividades penosas,
fora do Município, com ônus aos seus cofres, ficará obrigado a insalubres e perigosas, na forma da lei;
prestar serviços, pelo menos, por mais 2 (dois) anos.
XIX - direito de greve exercido nos termos e nos limites Art. 185 Ao servidor público da administração direta,
definidos em lei; e autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
XX - garantia de piso salarial nunca inferior ao mínimo
profissional para servidores de nível superior. I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital,
ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
Parágrafo Único. O adicional da remuneração de que trata o
inciso XV, deverá ser calculado com base nas características II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
do trabalho e na área e grau de exposição ao risco, definidos emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
em laudo pericial, que fará parte integrante da respectiva lei remuneração;
regulamentadora.
III - investido no mandato de Vereador, havendo
Art. 180 A fixação dos padrões de vencimento e dos demais compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
componentes do sistema remuneratório observará: cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade norma do inciso anterior;
dos cargos componentes de cada carreira;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
II - os requisitos para a investidura; e exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
III - as peculiaridades dos cargos.
X - preferência aos projetos de cunho comunitário nos Art. 201 A propriedade urbana cumpre sua função social,
financiamentos públicos e incentivos fiscais. quando condicionada às funções sociais da cidade.
Art. 192 A intervenção do Município no domínio econômico Parágrafo Único. O direito de propriedade territorial urbana
dar-se-á por meios previstos em lei, para orientar e estimular a não pressupõe o de construir, cujo exercício deverá ser
produção, corrigir distorções da atividade econômica e autorizado pelo Poder Público, segundo critérios estabelecidos
prevenir abusos do seu poder. em lei.
a) imposto predial e territorial urbano, progressivo e Art. 204 O estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao
diferenciado por zona e outros critérios de ocupação e uso do desenvolvimento urbano deverá assegurar:
solo;
I - a urbanização, a regularização e a titulação das áreas
b) taxas diferenciadas por zonas, segundo os serviços faveladas e de baixa renda, sem remoção de moradores,
públicos oferecidos; exceto quando em situação de risco de vida ou saúde, em que
poderão ser transferidos para área próxima em condições
adequadas para moradia, mediante prévia consulta à
c) contribuição de melhoria;
população atingida;
d) servidão administrativa;
VI - a criação e preservação de áreas de especial interesse
urbanístico, social, ambiental, turístico e de utilização pública;
e) restrição administrativa; e
f) inventários, registros e tombamentos de imóveis; e VII - às pessoas portadoras de deficiência física, o livre acesso
a edifícios públicos e particulares de frequência ao público, a
g) declaração de área de prevenção ou proteção. logradouros públicos e ao transporte coletivo.
Art. 203 O Poder Público, mediante lei, exigirá do proprietário Art. 205 Todo parcelamento do solo para fins urbanos deverá
do solo urbano não edificado, subutilizado, não utilizado ou estar inserido em área urbana, semiurbana ou de expansão
que comprometa as condições da infraestrutura urbana e o urbana, assim definida em lei municipal.
sistema viário que promova seu adequado aproveitamento ou
correção de agravamento das condições urbanas, sob pena Art. 206 O banco de terras, instrumento da política urbana,
de, sucessivamente: será formado por terras do Município, ao qual serão
acrescidas as áreas doadas no processo de loteamentos.
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
§ 1º A área de doação dos loteamentos será acrescida de um
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana percentual de 5% (cinco por cento) que irá compor o banco de
progressiva no tempo; e terras.
III - desapropriação com o pagamento mediante títulos da § 2º O banco de terras será usado para fins de assentamentos
dívida pública. populares e demais fins sociais.
Parágrafo Único. A função social objetiva a adoção de Art. 207 Nos loteamentos realizados em áreas públicas do
medidas diferenciando a propriedade para uso produtivo, Município, o título de domínio ou de concessão real de uso
assegurando: será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
a) acesso à propriedade e à moradia;
Art. 208 O Município estabelecerá programas destinados a
facilitar o acesso da população local à habitação, como
b) justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do condição essencial à sadia qualidade de vida.
processo de urbanização;
§ 2º Lei específica deverá estabelecer, entre outros: Parágrafo Único. No caso de descumprimento do prazo
previsto, o loteamento será penalizado com multa equivalente
I - a implantação e comercialização de forma financiada de a 5% (cinco por cento) do valor comercial da área loteada.
loteamentos populares;
Art. 213 O Plano Diretor, aprovado pela Câmara de
II - a construção e comercialização de forma financiada de Vereadores, é o instrumento básico da política de expansão e
desenvolvimento urbano e conterá as exigências
habitações populares;
fundamentais da ordenação da cidade, que consistirão, no
mínimo:
III - financiamento total ou parcial de lotes urbanizados ou
construções de habitações populares;
I - na delimitação das áreas impróprias à ocupação urbana por
suas características geotécnicas;
IV - remoção e relocalização de núcleos de sub-habitação;
II - na delimitação das áreas de preservação natural;
V - urbanização de núcleos de sub-habitação;
III - na delimitação das áreas destinadas à implantação de
VI - fixação de regras de avaliação de preços e financiamento, atividades com potencial poluidor hídrico, atmosférico e de
de forma a possibilitar tanto os empreendimentos, como sua solo;
aquisição, considerando-se também os aspectos sociais da
matéria; e
IV - na delimitação das áreas destinadas à habitação popular,
atendendo aos seguintes critérios mínimos:
VII - estabelecimento de parâmetros urbanísticos coerentes
com as peculiaridades físicas, econômicas e sociais do
a) dotação de infraestrutura básica, como água, energia
Município.
elétrica, esgoto e vias de acesso;
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor Art. 222 O Município, como incentivo ao desenvolvimento
mais de uma vez. agrícola, conservará e ampliará a rede de estradas vicinais, de
eletrificação e telefonia rurais.
Art. 215 Na desapropriação de imóveis pelo Município, tomar-
se-á como justo preço o valor-base para a incidência tributária. Capítulo III
Art. 216 Não serão concedidas licenças para construção de DA SAÚDE E SANEAMENTO BÁSICO
conjuntos residenciais, na forma estabelecida em lei
complementar, que não incluam, em seus projetos, prédios SEÇÃO I
para o funcionamento de escola pública de ensino
fundamental e creche, com capacidade para atender à
demanda criada. DA SAÚDE
Art. 217 O Plano Diretor, ao atender às peculiaridades locais, Art. 223 A saúde é direito de todos e dever do Estado,
deverá ainda: assegurada mediante políticas econômicas e ambientais que
visem à prevenção e/ou à eliminação do risco de doenças e
outros agravos, ao acesso universal e igualitário às ações e
I - estabelecer diretrizes para o desenvolvimento econômico e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
social, consideradas as potencialidades do Município e sua
inserção nos âmbitos regional e estadual;
Art. 224 Nos programas de saúde, desenvolvidos pelo
Município, serão prioritários:
II - estabelecer diretrizes de organização territorial e a
adequação entre a densidade e as formas de uso e ocupação
do solo e os serviços urbanos existentes ou passíveis de I - assistência materno-infantil e medicina preventiva com
implantação; ações que visem:
III - propor medidas administrativas e financeiras necessárias a) à assistência pré-natal assegurada à gestante;
à gestão do Município;
b) ao controle de crescimento e desenvolvimento da criança,
IV - definir os recursos necessários e a forma de sua dando ênfase à acuidade auditiva e visual; e
aplicação; e
c) à erradicação da cárie dentária e das doenças
V - apontar os instrumentos necessários à consecução das infectocontagiosas;
metas desejadas.
II - atendimento à saúde da criança, do adolescente e do
Parágrafo Único. O orçamento anual do Município deve estar idoso, com acompanhamento nos diferentes casos;
compatibilizado com as prioridades e metas estabelecidas no
Plano Diretor aprovado pela Comissão Popular de III - programas de prevenção e atendimento especializados
Fiscalização Permanente. aos portadores de deficiência física, mental e sensorial;
Art. 218 O Município, nos termos da lei, prestará assistência IV - programas de prevenção e atendimento especializado à
aos trabalhadores rurais, aos pequenos agricultores e a suas criança e ao adolescente dependente de fumo, álcool,
organizações. entorpecentes e drogas afins; e
Art. 219 O Município destinará, anualmente, como incentivo à V - atendimento à saúde do trabalhador.
produção agrícola de abastecimento e meio de promoção ao
trabalhador rural e à sua promoção técnica, valor
correspondente à parcela do imposto territorial rural a que tem Art. 225 O direito à saúde assegura o seguinte:
direito, nos termos da Constituição Federal.
a) trabalho em condições dignas, com amplo conhecimento e
Art. 220 O Município poderá implementar projetos de cinturão controle dos trabalhadores sobre o processo e ambiente de
verde para produção de alimentos, bem como estimulará as trabalho;
formas alternativas de venda do produto agrícola diretamente
aos consumidores urbanos, prioritariamente aos dos bairros b) alimentação para todos, segundo suas necessidades;
da periferia.
g) repouso, lazer e segurança; Art. 229 O Município não destinará recursos públicos às
entidades privadas com fins lucrativos, sob forma de auxílio ou
h) participação da população na organização, gestão e subvenção, incentivos fiscais e creditícios.
controle dos serviços e ações de saúde;
Art. 230 O Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do
i) direito à liberdade, à livre organização e expressão; e Município, será financiado com recursos do orçamento da
Seguridade Social da União, do Estado e do Município, além
de outras fontes.
j) acesso universal e igualitário aos serviços setoriais em todos
os níveis.
§ 1º O volume mínimo de recursos destinados pelo Município
corresponderá, anualmente, a 10% (dez por cento) de sua
Art. 226 As ações e serviços de saúde, no âmbito do receita, computadas as transferências.
Município, integram uma rede regionalizada e hierarquizada,
constituindo o Sistema Único de Saúde, observadas as
seguintes diretrizes: § 2º Os recursos financeiros serão administrados pelo Fundo
Municipal de Saúde, subordinado ao planejamento e controle
do órgão colegiado local do Sistema Único de Saúde (SUS).
I - descentralização político-administrativa, com direção única
ao órgão colegiado local do Sistema Único de Saúde (SUS);
Art. 231 Ao Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do
Município, além de suas atribuições inerentes, incumbe, na
II - integralidade na prestação de ações preventivas, curativas forma da lei:
e reabilitadoras, adequadas às diversas realidades
epidemiológicas;
I - coordenar e integrar as ações municipais de saúde
individuais e coletivas;
III - universalização e equidade em todos os níveis de atenção
à saúde, à população urbana e rural;
II - elaborar, periodicamente, através do órgão colegiado local
e do Sistema Único de Saúde (SUS), as prioridades e
IV - participação popular; e estratégias de promoção e recuperação à saúde;
V - formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas de III - regulamentar, controlar e fiscalizar as ações e serviços de
saúde através do órgão colegiado do Sistema Único de Saúde saúde;
(SUS), com poder deliberativo e composto por representantes
das entidades governamentais e da sociedade civil
organizada, respeitadas as diretrizes do Regimento Interno do IV - controlar e fiscalizar qualquer atividade e serviço que
órgão. comportem risco à saúde, à segurança e ao bem-estar físico e
psíquico do indivíduo e da coletividade, bem como ao meio
ambiente;
Art. 227 Ficam criadas, no âmbito do Município, duas
instâncias colegiadas de caráter deliberativo, a Conferência e
o Conselho Municipal de Saúde. V - estimular a formação de consciência pública voltada à
preservação da saúde e do meio ambiente;
§ 2º O Conselho Municipal de Saúde, com o objetivo de VII - assegurar, sistemática e periodicamente, informação e
formular e controlar a execução da política de saúde, inclusive divulgação de dados e resultados em saúde pública;
nos aspectos econômicos e financeiros, é composto pelo
Governo, representantes das entidades prestadoras de VIII - garantir a formação e funcionamento dos serviços
serviços de saúde, usuários e trabalhadores do Sistema Único públicos de saúde, inclusive hospitalares e ambulatoriais,
de Saúde (SUS), devendo a lei dispor sobre sua organização visando a atender às necessidades municipais;
e funcionamento.
IX - estabelecer normas, critérios e padrões de coleta,
Art. 228 As instituições privadas poderão participar, de forma processamento, armazenamento e transfusão de sangue
suplementar, do Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do humano e seus derivados, garantindo a qualidade desses
Município, mediante contrato de direito público ou convênio. produtos durante todo o processo, vedado qualquer tipo de
a) à remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para I - formação de consciência sanitária individual nas primeiras
fins de transplante, pesquisa ou tratamento, vedada a sua
idades, através do ensino primário;
comercialização;
§ 2º A lei disporá sobre o controle, fiscalização, Parágrafo Único. Ao fixar suas diretrizes e bases, o Município
processamento e a destinação do lixo, dos resíduos urbanos, deverá observar a legislação federal.
industriais, de saúde e assemelhados, devendo o Município
adotar, sempre que possível, a reciclagem como forma Art. 240 O Município ministrará, prioritariamente, o Ensino
preferencial de destino final.
Fundamental e a Educação Infantil, na perspectiva da
Educação Inclusiva, respeitando as exigências da
§ 3º A prestação de serviços de captação, tratamento e obrigatoriedade e gratuidade, com recursos próprios e/ou
distribuição de água, coleta, tratamento e distribuição de subsidiados pelo Estado e pela União.
esgotos cloacais serão prestados exclusivamente pelo Poder
Público Municipal, vedada outorga de permissão e concessão, § 1º O ensino municipal será ministrado, respeitando-se as leis
bem como privatização.
vigentes que fixam as diretrizes e bases para a Educação
Básica e em consonância com a legislação do Sistema
§ 4º O Município somente receberá, em seu território, os Municipal de Ensino.
resíduos dos serviços de saúde e os resíduos sólidos urbanos
provenientes de outros municípios mediante autorização § 2º O Município ofertará o ensino fundamental na modalidade
legislativa. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica
da Educação de Jovens e Adultos, com características
nº 11/2009)
específicas as suas necessidades e disponibilidades.
Capítulo IV
§ 3º Os alunos com necessidades educacionais especiais,
matriculados na rede regular de ensino municipal, receberão,
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER em caráter complementar e/ou suplementar, atendimento
educacional especializado.
SEÇÃO I
Art. 241 É dever do Município, visando à melhoria da
DA EDUCAÇÃO qualidade da educação:
Art. 238 O ensino será ministrado com base nos seguintes b) piso salarial profissional;
princípios:
c) aperfeiçoamento profissional continuado; e
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
d) ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber; II - promover a democratização da escola pública através dos
seguintes mecanismos:
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
a) escolha da equipe diretiva na forma da lei;
IV - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
b) organização e fortalecimento dos Conselhos Escolares;
V - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
c) fortalecimento do Círculo de Pais e Mestres (COM); e
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da LDB e
da legislação do Sistema Municipal de Ensino (SME);
d) estímulo à organização de Grêmios Estudantis.
IX - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as Art. 243 O Município destinará, anualmente, à educação
práticas sociais. parcela não inferior a 25% (vinte e cinco por cento) da receita
resultante dos impostos, incluídas as provenientes de
Art. 239 O Município, através do Sistema Municipal de Ensino, transferências.
tem autonomia para fixar as diretrizes e bases da educação
Art. 245 A Educação Municipal desenvolverá temas Art. 250 Cabe ao Município apoiar e incrementar as práticas
transversais que objetivem a educação ambiental, a desportivas na comunidade, mediante:
consolidação dos Direitos Humanos, o respeito à diversidade
cultural, étnica, religiosa, política, sexual, de gênero e I - promoção prioritária do desporto educacional em termos de
geracional e de prevenção nas áreas da saúde e de recursos humanos, financeiros e materiais de suas atividades,
segurança. meio e fim;
Art. 246 O Município definirá formas de participação na II - dotação de instalações esportivas e recreativas para as
política de combate ao uso de entorpecentes, fumo, álcool, instituições escolares públicas municipais; e
bem como de outras substâncias, objetivando a educação
preventiva, assistência e recuperação dos dependentes, seja
de ordem física ou psíquica. III - incentivo à pesquisa no campo da Educação Física e
condições de seu exercício, do desporto, do lazer e da
recreação, com inclusão de pessoas com deficiência.
SEÇÃO II
Art. 247 À Fundação Cultural compete: I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de parques,
bosques, jardins, praias e assemelhados, como base física da
I - realizar atividades de caráter educativo, cultural e artístico, recreação urbana;
promovendo, prioritariamente, manifestações de cultura
regionais; II - construção e equipamento de parques infantis, centros de
juventude e edifício de convivência comuna e
II - oferecer estímulos concretos ao cultivo das ciências, artes
e letras; III - aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas,
montanhas, lagos, matas e outros recursos naturais, como
III - cooperar com a União e o Estado na proteção aos locais e locais de passeio e distração.
objetos de interesse histórico e artístico;
Art. 252 Os servidores municipais de esporte e recreação
IV - incentivar a promoção e a divulgação da história, dos articular-se-ão entre si e com atividades culturais do
valores humanos e da cultura popular; e Município, visando à implantação e ao desenvolvimento do
turismo.
V - incentivar a criação de centros de cultura popular.
Capítulo V
Art. 248 É facultado à Fundação Cultural:
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO
JOVEM, DO IDOSO E DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA
I - firmar convênios de intercâmbio e cooperação financeira
FÍSICA
com entidades públicas ou privadas, para prestação de
orientação e assistência na manutenção de bibliotecas
públicas; Art. 253 O Município dispensará proteção especial à família,
proporcionando assistência à maternidade, à infância, à
adolescência, ao jovem, ao deficiente e ao idoso, podendo,
II - promover, mediante incentivos especiais, dentro de suas
para esse fim, realizar convênios, inclusive com entidades
possibilidades, a concessão de prêmios e bolsas à realização
assistenciais públicas ou privadas.
de atividades e estudos de interesse local, de natureza
científica ou socioeconômica.
Art. 254 O Município assegurará à criança, ao adolescente e
ao jovem, com prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à
Art. 249 É dever do Município, com a colaboração da
saúde, à moradia, à alimentação, ao lazer, à educação, à
comunidade, proteger a diversidade das expressões culturais,
proteção e profissionalização no trabalho, à cultura, à
reconhecendo a diversidade cultural como característica
liberdade e à convivência familiar e comunitária, ao resguardo
essencial da humanidade, que constitui patrimônio comum a
ser valorizado e cultivado por todos.
Art. 255 O Município criará mecanismos para o atendimento V - promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua
de adolescentes menores de 18 (dezoito) anos que incorrerem vocação quanto à capacidade de uso.
em prática de ato infracional, conforme o estabelecido na
Constituição Federal e respectiva lei ordinária.
Art. 260 Na formulação de sua política energética, o Município
dará prioridade:
Art. 256 Fica assegurada a criação e a organização do
Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente e
I - à conservação de energia e à geração de formas de
do Conselho Municipal de Defesa do Idoso, com atribuições a
energia não poluidoras;
serem definidas em lei complementar. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 1/1990)
II - ao uso de pequenas quedas d`água, seja pela geração de
Capítulo VI energia, seja para aproveitamento da água para fim domiciliar,
agrícola ou industrial;
DO MEIO AMBIENTE
III - à maximização do aproveitamento das reservas
disponíveis; e
Art. 257 É dever do Poder Público elaborar e implantar,
através de lei, um plano municipal de meio ambiente e
IV - à redução e controle da poluição ambiental.
recursos naturais que contemplará a necessidade do
conhecimento das características e recursos dos meios físicos
e biológicos, de diagnóstico de sua utilização e definição de Art. 261 A implantação de distritos ou polos industriais, carbo
diretrizes para o seu melhor aproveitamento no processo de ou petroquímicos, bem como empreendimentos definidos em
desenvolvimento econômico-social. lei que possam alterar significativa ou irreversivelmente uma
região ou a vida da comunidade, dependerá de aprovação da
Art. 258 É competência do Município, além da prevista na Câmara de Vereadores e de plebiscito popular.
Constituição Federal e ressalvada a do Estado:
Art. 262 A implantação, no Município, de instalações
I - exercer o poder de polícia administrativa nas matérias de industriais para a produção de energia nuclear dependerá de
consulta plebiscitária, bem como do atendimento às condições
interesse local, tais como proteção à saúde, aí incluídas a
ambientais e urbanísticas exigidas em lei estadual e federal.
vigilância e a fiscalização sanitárias, a proteção ao meio
ambiente, ao sossego, à higiene e à funcionalidade, bem
como dispor sobre as penalidades por infração às leis e Art. 263 É vedado, em todo o território municipal, o transporte,
regulamentos locais; e depósito ou qualquer outra forma de disposição de resíduos
que tenham sua origem na utilização de energia nuclear e de
II - promover a proteção ambiental, preservando os recursos e resíduos tóxicos ou radioativos, quando provenientes de
outros Estados ou Países.
coibindo práticas que ponham em risco a função ecológica da
fauna e da flora e provoquem a extinção da espécie ou
submetam os animais à crueldade. Art. 264 É vedada a produção, o transporte, a comercialização
e uso de medicamentos, biocidas, agrotóxicos ou produtos
Art. 259 O meio ambiente é bem de uso comum do povo, e a químicos ou biológicos, cujo emprego tenha sido comprovado
como nocivo em qualquer parte do território nacional por
manutenção de seu equilíbrio é essencial à sadia qualidade de
razões toxicológicas, farmacológicas ou de degradação
vida.
ambiental.
Art. 270 Ficam proibidos o corte e danificação de árvores ou Art. 277 As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente
arbustos situados nos logradouros públicos, jardins e parques sujeitarão os infratores a sanções administrativas com
públicos. aplicação de multas diárias, sendo progressivas nos casos de
continuidade da infração ou reincidência, incluídas redução do
nível de atividade e a interdição, independentemente da
Parágrafo Único. O corte dos galhos que tocam os fios da
obrigação dos infratores de restaurar os danos causados.
rede elétrica será feito pelo órgão responsável, respeitando-se
os critérios técnicos.
Art. 278 O não cumprimento do disposto neste capítulo
sujeitará o infrator às providências dispostas em lei federal
Art. 271 Toda área com indícios ou vestígios de sítios
que disponha sobre ação civil pública de responsabilidade por
paleontológicos e arqueológicos será preservada para fins
danos causados ao meio ambiente e prevê a formação de um
específicos de estudo.
fundo indenizatório, com o objetivo de recuperar o ambiente
natural agredido, além da "obrigação de fazer" e "obrigação de
Art. 272 É proibida a instalação de reatores nucleares, com não fazer".
exceção dos destinados à pesquisa científica e uso
Art. 280 O Poder Público deverá efetuar o planejamento e a I - o regime das empresas permissionárias dos serviços de
operação do sistema de transporte local. transporte coletivo, o caráter especial de seus contratos e de
sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
§ 1º O Executivo definirá, segundo critério do Plano Diretor, o fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
percurso e a frequência do transporte coletivo local.
II - os direitos dos usuários;
§ 2º A operação e a execução do sistema serão feitas de
forma direta ou por concessão ou permissão, nos termos da III - as diretrizes da política tarifária, condizente com o poder
presente Lei. aquisitivo da população;
Art. 281 A permissão do serviço público, sempre a título IV - os níveis mínimos quantitativos e qualitativos dos serviços
precário, será outorgada por decreto, após edital de prestados a serem assegurados; e
chamamento de interessados para a escolha do melhor
pretendente; a concessão só será feita com autorização V - as formas de participação comunitária na gestão do
legislativa, mediante contrato precedido de concorrência.
transporte coletivo, como estabelecido na presente Lei
Orgânica.
§ 1º Serão nulas, de pleno direito, as permissões, as
concessões, bem como quaisquer outros ajustes feitos em Capítulo VIII
desacordo com o estabelecido neste artigo.
DA SEGURANÇA PÚBLICA
§ 2º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre
sujeitos à regulamentação e fiscalização do Município,
incumbindo aos que o executam sua permanente atualização Art. 285 O Município manterá Guarda Municipal destinada à
e adequação às necessidades dos usuários. proteção de seus bens, serviços e instalações.
SUMÁRIO
01. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL______________________________
01
- Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos: Artigos: 5
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VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de XXI - as entidades associativas, quando expressamente
assistência religiosa nas entidades civis e militares de autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
internação coletiva; judicial ou extrajudicialmente;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença XXII - é garantido o direito de propriedade;
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação
científica e de comunicação, independentemente de censura por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
ou licença; mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
dano material ou moral decorrente de sua violação; competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,
ou, durante o dia, por determinação judicial; desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora
para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal;
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e
à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
atividades desportivas;
XXX - é garantido o direito de herança; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
a lei pessoal do "de cujus"; podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do patrimônio transferido;
consumidor;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos
lesão ou ameaça a direito; do art. 84, XIX;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico b) de caráter perpétuo;
perfeito e a coisa julgada;
c) de trabalhos forçados;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
d) de banimento;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
organização que lhe der a lei, assegurados: e) cruéis;
a) a plenitude de defesa;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
possam permanecer com seus filhos durante o período de sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação
amamentação; em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime no exercício de atribuições do Poder Público;
político ou de opinião;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela por:
autoridade competente;
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal; b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e associados;
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
meios ilícitos; direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público;
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a Do Direito à Vida e à Saúde
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade. Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida
e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e harmonioso, em condições dignas de existência.
vinte e um anos de idade.
o
Art. 8 É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos programas e às políticas de saúde da mulher e de
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada,
proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, do Sistema Único de Saúde.
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e
de dignidade. o
§ 1 O atendimento pré-natal será realizado por profissionais
da atenção primária.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se
a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de o
§ 2 Os profissionais de saúde de referência da gestante
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, direito de opção da mulher.
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição
que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em o
que vivem. § 3 Os serviços de saúde onde o parto for realizado
assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos
alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a apoio à amamentação.
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à o
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à § 4 Incumbe ao poder público proporcionar assistência
liberdade e à convivência familiar e comunitária. psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal,
inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
o o
§ 5 A assistência referida no § 4 deste artigo deverá ser
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer prestada também a gestantes e mães que manifestem
circunstâncias; interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
gestantes e mães que se encontrem em situação de privação
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de de liberdade.
relevância pública;
o
§ 6 A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
c) preferência na formulação e na execução das políticas acompanhante de sua preferência durante o período do pré-
sociais públicas; natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
o
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à § 2 Os serviços de saúde em suas diferentes portas de
saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: entrada, os serviços de assistência social em seu componente
especializado, o Centro de Referência Especializado de
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de
Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão
prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na
faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua de violência de qualquer natureza, formulando projeto
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se
prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade necessário, acompanhamento domiciliar.
administrativa competente;
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica assistência médica e odontológica para a prevenção das
de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil,
como prestar orientação aos pais; e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e
alunos.
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem
o
necessariamente as intercorrências do parto e do § 1 É obrigatória a vacinação das crianças nos casos
desenvolvimento do neonato; recomendados pelas autoridades sanitárias.
o
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a § 2 O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde
permanência junto à mãe. bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal,
integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança.
voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio
do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão
aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da providências legais.
integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da Capítulo III
identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos
espaços e objetos pessoais. Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito
condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser
legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária restrição, observado o segredo de Justiça.
competente para a solução da divergência.
Seção III
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no Da Família Substituta
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.
Subseção I
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm
direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados Disposições Gerais
no cuidado e na educação da criança, devendo ser
resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante
e culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação
nesta Lei. jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
Subseção II
Da Tutela
Da Guarda
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa
de até 18 (dezoito) anos incompletos.
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material,
moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia
seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica
pais.
necessariamente o dever de guarda.
o o
§ 6 A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após § 6 Caso a modificação de prenome seja requerida pelo
inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o
o o
do procedimento, antes de prolatada a sentença. disposto nos §§ 1 e 2 do art. 28 desta Lei.
o o
§ 8 O processo relativo à adoção assim como outros a ele § 8 A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48
relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se seu (quarenta e oito) horas, a inscrição das crianças e
armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida adolescentes em condições de serem adotados que não
a sua conservação para consulta a qualquer tempo. tiveram colocação familiar na comarca de origem, e das
pessoas ou casais que tiveram deferida sua habilitação à
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no §
o
5 deste artigo, sob pena de responsabilidade.
em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência
ou com doença crônica.
o
§ 9 Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem manutenção e correta alimentação dos cadastros, com
posterior comunicação à Autoridade Central Federal
biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no
Brasileira.
qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após
completar 18 (dezoito) anos.
§ 10. A adoção internacional somente será deferida se, após
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá consulta ao cadastro de pessoas ou casais habilitados à
adoção, mantido pela Justiça da Infância e da Juventude na
ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos,
comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional
a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e o
referidos no § 5 deste artigo, não for encontrado interessado
psicológica.
com residência permanente no Brasil.
IV - o relatório será instruído com toda a documentação I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e
necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes do
equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela
legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de ; Autoridade Central Federal Brasileira;
V - os documentos em língua estrangeira serão devidamente II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e de
autenticados pela autoridade consular, observados os tratados reconhecida idoneidade moral, com comprovada formação ou
e convenções internacionais, e acompanhados da respectiva experiência para atuar na área de adoção internacional,
tradução, por tradutor público juramentado; cadastradas pelo Departamento de Polícia Federal e
aprovadas pela Autoridade Central Federal Brasileira,
VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e mediante publicação de portaria do órgão federal competente;
solicitar complementação sobre o estudo psicossocial do
postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de III - estar submetidos à supervisão das autoridades
acolhida; competentes do país onde estiverem sediados e no país de
acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e
VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central situação financeira;
Estadual, a compatibilidade da legislação estrangeira com a
o
§ 6 O credenciamento de organismo nacional ou estrangeiro Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em
encarregado de intermediar pedidos de adoção internacional país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de
terá validade de 2 (dois) anos. adoção tenha sido processado em conformidade com a
legislação vigente no país de residência e atendido o disposto
o
§ 7 A renovação do credenciamento poderá ser concedida na Alínea “c” do Artigo 17 da referida Convenção, será
automaticamente recepcionada com o reingresso no Brasil.
mediante requerimento protocolado na Autoridade Central
Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao término
o
do respectivo prazo de validade. § 1 Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do
Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença ser
o
§ 8 Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
adoção internacional, não será permitida a saída do adotando
o
do território nacional. § 2 O pretendente brasileiro residente no exterior em país
não ratificante da Convenção de Haia, uma vez reingressado
o
§ 9 Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença
estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça.
determinará a expedição de alvará com autorização de
viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando,
obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o
adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços país de acolhida, a decisão da autoridade competente do país
peculiares, assim como foto recente e a aposição da de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela
impressão digital do seu polegar direito, instruindo o Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de
documento com cópia autenticada da decisão e certidão de habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à
trânsito em julgado. Autoridade Central Federal e determinará as providências
necessárias à expedição do Certificado de Naturalização
§ 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a Provisório.
qualquer momento, solicitar informações sobre a situação das
o
crianças e adolescentes adotados. § 1 A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério
Público, somente deixará de reconhecer os efeitos daquela
§ 11. A cobrança de valores por parte dos organismos decisão se restar demonstrado que a adoção é
manifestamente contrária à ordem pública ou não atende ao
credenciados, que sejam considerados abusivos pela
interesse superior da criança ou do adolescente.
Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam
devidamente comprovados, é causa de seu
o
descredenciamento. § 2 Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista
o
no § 1 deste artigo, o Ministério Público deverá
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser imediatamente requerer o que for de direito para resguardar
os interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se
representados por mais de uma entidade credenciada para
as providências à Autoridade Central Estadual, que fará a
atuar na cooperação em adoção internacional.
comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à
Autoridade Central do país de origem.
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado
fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano, podendo
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o
ser renovada.
país de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no país
de origem porque a sua legislação a delega ao país de
acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado I - a promoção de campanhas educativas permanentes para a
trabalho protegido. divulgação do direito da criança e do adolescente de serem
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de
proteção aos direitos humanos;
familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em
entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho: II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente e com as entidades não governamentais que
as cinco horas do dia seguinte;
atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança
e do adolescente;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
III - a formação continuada e a capacitação dos profissionais
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu de saúde, educação e assistência social e dos demais
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos
direitos da criança e do adolescente para o desenvolvimento
IV - realizado em horários e locais que não permitam a das competências necessárias à prevenção, à identificação de
freqüência à escola. evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as
formas de violência contra a criança e o adolescente;
I - respeito à condição peculiar de pessoa em Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes
desenvolvimento; com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e
políticas públicas de prevenção e proteção.
II - capacitação profissional adequada ao mercado de
trabalho. Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas
áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, devem contar,
Título III em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-
tratos praticados contra crianças e adolescentes.
Da Prevenção
Seção I Seção II
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e III - produtos cujos componentes possam causar dependência
espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de fácil física ou psíquica ainda que por utilização indevida;
acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada
sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo
no certificado de classificação.
seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer
dano físico em caso de utilização indevida;
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões
e espetáculos públicos classificados como adequados à sua V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
faixa etária.
Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser comprovado documentalmente o parentesco;
comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência
de seu conteúdo. 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe
ou responsável.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que
contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam
protegidas com embalagem opaca.
Seção I
Art. 91. As entidades não-governamentais somente poderão
funcionar depois de registradas no Conselho Municipal dos
Disposições Gerais Direitos da Criança e do Adolescente, o qual comunicará o
registro ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela respectiva localidade.
manutenção das próprias unidades, assim como pelo
o
planejamento e execução de programas de proteção e sócio- § 1 Será negado o registro à entidade que:
educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime
de:
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
I - orientação e apoio sócio-familiar;
b) não apresente plano de trabalho compatível com os
II - apoio sócio-educativo em meio aberto; princípios desta Lei;
VII - semiliberdade; e o
§ 2 O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos,
cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
VIII - internação. Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de sua
o
renovação, observado o disposto no § 1 deste artigo.
o
§ 1 As entidades governamentais e não governamentais
deverão proceder à inscrição de seus programas, Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de
especificando os regimes de atendimento, na forma definida acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os
neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e seguintes princípios:
do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de
suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho
Tutelar e à autoridade judiciária. I - preservação dos vínculos familiares e promoção da
reintegração familiar;
o
§ 2 Os recursos destinados à implementação e manutenção
dos programas relacionados neste artigo serão previstos nas II - integração em família substituta, quando esgotados os
dotações orçamentárias dos órgãos públicos encarregados recursos de manutenção na família natural ou extensa;
das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, dentre
outros, observando-se o princípio da prioridade absoluta à III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
criança e ao adolescente preconizado pelo caput do art. 227
da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único do art.
o IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-
4 desta Lei.
educação;
o
§ 3 Os programas em execução serão reavaliados pelo
V - não desmembramento de grupos de irmãos;
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
no máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-se critérios para
renovação da autorização de funcionamento: VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras
entidades de crianças e adolescentes abrigados;
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem
como às resoluções relativas à modalidade de atendimento VII - participação na vida da comunidade local;
prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e
do Adolescente, em todos os níveis; VIII - preparação gradativa para o desligamento;
o
§ 6 O descumprimento das disposições desta Lei pelo XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de
dirigente de entidade que desenvolva programas de acordo com suas crenças;
acolhimento familiar ou institucional é causa de sua
destituição, sem prejuízo da apuração de sua
responsabilidade administrativa, civil e criminal. XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
o
§ 7 Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo
em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à máximo de seis meses, dando ciência dos resultados à
atuação de educadores de referência estáveis e autoridade competente;
qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao
atendimento das necessidades básicas, incluindo as de afeto XV - informar, periodicamente, o adolescente internado sobre
como prioritárias. sua situação processual;
Art. 93. As entidades que mantenham programa de XVI - comunicar às autoridades competentes todos os casos
acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e de adolescentes portadores de moléstias infecto-contagiosas;
de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia
determinação da autoridade competente, fazendo
comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos
da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade. adolescentes;
Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade XVIII - manter programas destinados ao apoio e
judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o acompanhamento de egressos;
apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas
necessárias para promover a imediata reintegração familiar da XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício da
criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não for cidadania àqueles que não os tiverem;
isso possível ou recomendável, para seu encaminhamento a
programa de acolhimento familiar, institucional ou a família
o XX - manter arquivo de anotações onde constem data e
substituta, observado o disposto no § 2 do art. 101 desta Lei.
circunstâncias do atendimento, nome do adolescente, seus
pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade,
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de acompanhamento da sua formação, relação de seus
internação têm as seguintes obrigações, entre outras: pertences e demais dados que possibilitem sua identificação e
a individualização do atendimento.
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os
adolescentes;
Capítulo I
Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que abriguem
ou recepcionem crianças e adolescentes, ainda que em
caráter temporário, devem ter, em seus quadros, profissionais Disposições Gerais
capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou ocorrências de maus-tratos. Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente
são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei
Seção II forem ameaçados ou violados:
Art. 95. As entidades governamentais e não-governamentais II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo
Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares. III - em razão de sua conduta.
o
X - prevalência da família: na promoção de direitos e na § 3 Crianças e adolescentes somente poderão ser
proteção da criança e do adolescente deve ser dada encaminhados às instituições que executam programas de
prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio de
sua família natural ou extensa ou, se isto não for possível, que uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária,
promovam a sua integração em família substituta; na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o adolescente, I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou
respeitado seu estágio de desenvolvimento e capacidade de de seu responsável, se conhecidos;
compreensão, seus pais ou responsável devem ser
informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, com
intervenção e da forma como esta se processa;
pontos de referência;
o o
§ 8 Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o § 5 Os registros e certidões necessários à inclusão, a
responsável pelo programa de acolhimento familiar ou qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento
institucional fará imediata comunicação à autoridade judiciária, são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de
que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) absoluta prioridade.
dias, decidindo em igual prazo.
o
§ 6 São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação requerida
o
§ 9 Em sendo constatada a impossibilidade de reintegração do reconhecimento de paternidade no assento de nascimento
da criança ou do adolescente à família de origem, após seu e a certidão correspondente.
encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de
orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório Título III
fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a
descrição pormenorizada das providências tomadas e a
expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade Da Prática de Ato Infracional
ou responsáveis pela execução da política municipal de
garantia do direito à convivência familiar, para a destituição do Capítulo I
poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.
Disposições Gerais
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de
30 (trinta) dias para o ingresso com a ação de destituição do
poder familiar, salvo se entender necessária a realização de Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como
estudos complementares ou outras providências que entender crime ou contravenção penal.
indispensáveis ao ajuizamento da demanda.
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
foro regional, um cadastro contendo informações atualizadas
sobre as crianças e adolescentes em regime de acolhimento Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser
familiar e institucional sob sua responsabilidade, com considerada a idade do adolescente à data do fato.
informações pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada
um, bem como as providências tomadas para sua
reintegração familiar ou colocação em família substituta, em Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
qualquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. corresponderão as medidas previstas no art. 101.
Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação
serão acompanhadas da regularização do registro civil. dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado
acerca de seus direitos.
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal,
na forma da lei; que será reduzida a termo e assinada.
Seção IV
Disposições Gerais
o o
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão § 7 A determinação judicial mencionada no § 1 poderá ser
da autoridade competente, a realização dos seguintes revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.
encargos, entre outros:
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada
I - promover socialmente o adolescente e sua família, quando:
fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em
programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social; I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave
ameaça ou violência a pessoa;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do
adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula; II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade,
no que couber, as disposições relativas à internação. entre outros, os seguintes:
Título IV
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a
apuração de ato infracional, o representante do Ministério fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança
Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão ou o adolescente dependentes do agressor. (Incluído pela Lei
do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do nº 12.415, de 2011)
fato, ao contexto social, bem como à personalidade do
adolescente e sua maior ou menor participação no ato Título V
infracional.
Do Conselho Tutelar
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da
remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou
extinção do processo. Capítulo I
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança
horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive ou adolescente quando necessário;
quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é
assegurado o direito a: IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
proposta orçamentária para planos e programas de
I - cobertura previdenciária; atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a
terço) do valor da remuneração mensal; violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
Constituição Federal;
III - licença-maternidade;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de
IV - licença-paternidade; perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as
possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente
junto à família natural.
V - gratificação natalina.
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e adolescentes.
formação continuada dos conselheiros tutelares.
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do
constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
de idoneidade moral. Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal
entendimento e as providências tomadas para a orientação, o
Capítulo II apoio e a promoção social da família.
Das Atribuições do Conselho Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão
ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha
legítimo interesse.
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
Capítulo III
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101,
I a VII; Da Competência
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de
medidas previstas no art. 129, I a VII; competência constante do art. 147.
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido Disposições Gerais
e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou
nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas
padrasto ou madrasta e enteado.
especializadas e exclusivas da infância e da juventude,
cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro, proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infra-
na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões.
representante do Ministério Público com atuação na Justiça da
Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro Seção II
regional ou distrital.
Do Juiz
Título VI
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, d) o tipo de freqüência habitual ao local;
aplicando as medidas cabíveis.
Seção III
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
f) designar curador especial em casos de apresentação de Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras
queixa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local,
ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou
adolescente; verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver
trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento,
g) conhecer de ações de alimentos; prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à
autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do
ponto de vista técnico.
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento
dos registros de nascimento e óbito.
Capítulo III
Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através
de portaria, ou autorizar, mediante alvará: Dos Procedimentos
o
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão § 2 Em sendo os pais oriundos de comunidades indígenas, é
do poder familiar terá início por provocação do Ministério ainda obrigatória a intervenção, junto à equipe profissional ou
o
Público ou de quem tenha legítimo interesse. multidisciplinar referida no § 1 deste artigo, de representantes
do órgão federal responsável pela política indigenista,
o
Art. 156. A petição inicial indicará: observado o disposto no § 6 do art. 28 desta Lei.
o
I - a autoridade judiciária a que for dirigida; § 3 Se o pedido importar em modificação de guarda, será
obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da criança
ou adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do grau de compreensão sobre as implicações da medida.
requerente e do requerido, dispensada a qualificação em se
tratando de pedido formulado por representante do Ministério o
Público; § 4 É obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem
identificados e estiverem em local conhecido.
Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de constituir Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento
advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, será de 120 (cento e vinte) dias.
poderá requerer, em cartório, que lhe seja nomeado dativo, ao
qual incumbirá a apresentação de resposta, contando-se o Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a
prazo a partir da intimação do despacho de nomeação. suspensão do poder familiar será averbada à margem do
registro de nascimento da criança ou do adolescente.
Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda poderá
também os requisitos específicos. ser decretada nos mesmos autos do procedimento, observado
o disposto no art. 35.
Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos
ou suspensos do poder familiar, ou houverem aderido Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o
expressamente ao pedido de colocação em família substituta, disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no art. 47.
este poderá ser formulado diretamente em cartório, em
petição assinada pelos próprios requerentes, dispensada a
assistência de advogado. Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob
a guarda de pessoa inscrita em programa de acolhimento
o
familiar será comunicada pela autoridade judiciária à entidade
§ 1 Na hipótese de concordância dos pais, esses serão por este responsável no prazo máximo de 5 (cinco) dias.
ouvidos pela autoridade judiciária e pelo representante do
Ministério Público, tomando-se por termo as declarações.
Seção V
o
§ 2 O consentimento dos titulares do poder familiar será
precedido de orientações e esclarecimentos prestados pela Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente
equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude,
em especial, no caso de adoção, sobre a irrevogabilidade da Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem
medida. judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária.
o
§ 3 O consentimento dos titulares do poder familiar será Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato
colhido pela autoridade judiciária competente em audiência, infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade
presente o Ministério Público, garantida a livre manifestação policial competente.
de vontade e esgotados os esforços para manutenção da
criança ou do adolescente na família natural ou extensa.
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada
para atendimento de adolescente e em se tratando de ato
o
§ 4 O consentimento prestado por escrito não terá validade infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a
o
se não for ratificado na audiência a que se refere o § 3 deste atribuição da repartição especializada, que, após as
artigo. providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o
adulto à repartição policial própria.
II - apreender o produto e os instrumentos da infração; Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo
anterior, o representante do Ministério Público poderá:
III - requisitar os exames ou perícias necessários à
comprovação da materialidade e autoria da infração. I - promover o arquivamento dos autos;
§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em
internação ou colocação em regime de semi-liberdade, a entidade governamental e não-governamental terá início
autoridade judiciária, verificando que o adolescente não possui mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do
advogado constituído, nomeará defensor, designando, desde Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste,
logo, audiência em continuação, podendo determinar a necessariamente, resumo dos fatos.
realização de diligências e estudo do caso.
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a autoridade
§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no prazo judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o
de três dias contado da audiência de apresentação, oferecerá afastamento provisório do dirigente da entidade, mediante
defesa prévia e rol de testemunhas. decisão fundamentada.
§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de
arroladas na representação e na defesa prévia, cumpridas as dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar
diligências e juntado o relatório da equipe interprofissional, documentos e indicar as provas a produzir.
será dada a palavra ao representante do Ministério Público e
ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário,
para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da a autoridade judiciária designará audiência de instrução e
autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão. julgamento, intimando as partes.
Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não § 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério
comparecer, injustificadamente à audiência de apresentação, Público terão cinco dias para oferecer alegações finais,
a autoridade judiciária designará nova data, determinando sua decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
condução coercitiva.
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de
Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária
do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do oficiará à autoridade administrativa imediatamente superior ao
procedimento, antes da sentença. afastado, marcando prazo para a substituição.
II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado, II - requerer a designação de audiência para oitiva dos
que entregará cópia do auto ou da representação ao postulantes em juízo e testemunhas;
requerido, ou a seu representante legal, lavrando certidão;
a) expedir notificações para colher depoimentos ou b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento reclamada, em dia, local e horário previamente notificados ou
injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela acertados;
polícia civil ou militar;
c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de públicos e de relevância pública afetos à criança e ao
autoridades municipais, estaduais e federais, da administração adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita
direta ou indireta, bem como promover inspeções e diligências adequação.
investigatórias;
Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for
c) requisitar informações e documentos a particulares e parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa
instituições privadas; dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipótese em
que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências documentos e requerer diligências, usando os recursos
cabíveis.
investigatórias e determinar a instauração de inquérito policial,
para apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção
à infância e à juventude; Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso,
será feita pessoalmente.
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta
medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis; a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a
requerimento de qualquer interessado.
IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas
corpus, em qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa dos Art. 205. As manifestações processuais do representante do
interesses sociais e individuais indisponíveis afetos à criança e Ministério Público deverão ser fundamentadas.
ao adolescente;
Capítulo VI
X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por
infrações cometidas contra as normas de proteção à infância e Do Advogado
à juventude, sem prejuízo da promoção da responsabilidade
civil e penal do infrator, quando cabível;
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou
responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo interesse
XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de
na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando
trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado para
de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias
todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial,
à remoção de irregularidades porventura verificadas;
respeitado o segredo de justiça.
o
§ 1 As hipóteses previstas neste artigo não excluem da § 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia,
pela Constituição e pela Lei. citando o réu.
o
§ 2 A investigação do desaparecimento de crianças ou § 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na
adolescentes será realizada imediatamente após notificação sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de
aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do
transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes preceito.
todos os dados necessários à identificação do desaparecido.
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas da sentença favorável ao autor, mas será devida desde o dia
no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou em que se houver configurado o descumprimento.
omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar
a causa, ressalvadas a competência da Justiça Federal e a
competência originária dos tribunais superiores.
Capítulo I
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a
associação autora e os diretores responsáveis pela
propositura da ação serão solidariamente condenados ao Dos Crimes
décuplo das custas, sem prejuízo de responsabilidade por
perdas e danos. Seção I
Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá Disposições Gerais
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
quaisquer outras despesas.
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra
a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá do disposto na legislação penal.
provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe
informações sobre fatos que constituam objeto de ação civil, e
indicando-lhe os elementos de convicção. Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas
da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as
pertinentes ao Código de Processo Penal.
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a
propositura de ação civil, remeterão peças ao Ministério Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública
Público para as providências cabíveis. incondicionada
Parágrafo único. Se o crime é culposo: Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado
ao envio de criança ou adolescente para o exterior com
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter
lucro:
o
Pena - detenção de seis meses a dois anos. § 1 Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita,
recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua participação de criança ou adolescente nas cenas referidas
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.
autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
constrangimento:
o
§ 2 Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete
Pena - detenção de seis meses a dois anos. o crime:
o
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente § 1 Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou
em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de o responsável pelo local em que se verifique a submissão de
adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste
qualquer outra forma de representação visual: artigo.
o
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. § 2 Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da
licença de localização e de funcionamento do
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, estabelecimento.
expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por
qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material
produzido na forma do caput deste artigo.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres
inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda,
o
§ 1 Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho
Tutelar:
pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer
meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
§ 2
o
As penas previstas no caput deste artigo são se o dobro em caso de reincidência.
aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou
o o
induzida estar incluída no rol do art. 1 da Lei n 8.072, de 25 Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacompanhado
de julho de 1990. dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses
ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou
Capítulo II congênere:
Pena - multa.
Das Infrações Administrativas
o
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de providenciar a § 1 -A. Na definição das prioridades a serem atendidas com
instalação e operacionalização dos cadastros previstos no art. os recursos captados pelos fundos nacional, estaduais e
50 e no § 11 do art. 101 desta Lei: municipais dos direitos da criança e do adolescente, serão
consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção,
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional
reais).
pela Primeira Infância.
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00 I - será considerada isoladamente, não se submetendo a limite
(dez mil reais); em conjunto com outras deduções do imposto; e
Medida Administrativa - interdição do estabelecimento II - não poderá ser computada como despesa operacional na
comercial até o recolhimento da multa aplicada. apuração do lucro real.
I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas jurídicas Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será
que apuram o imposto trimestralmente; e considerado na determinação do valor dos bens doados,
exceto se o leilão for determinado por autoridade judiciária.
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para as
pessoas jurídicas que apuram o imposto anualmente.
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua
publicação.
o XXI - (VETADO)
§ 2 (VETADO)
Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de
órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima Transportes Terrestres (ANTT).
do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o
CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de § 1º (VETADO)
trânsito da União.
§ 2º (VETADO)
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede
no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão máximo § 3º (VETADO)
executivo de trânsito da União, tem a seguinte composição:
XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de VI - indicar um representante para compor a comissão
trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal. examinadora de candidatos portadores de deficiência física à
habilitação para conduzir veículos automotores;
XV - normatizar o processo de formação do candidato à
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo VII - (VETADO)
seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária, avaliações,
exames, execução e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281, VIII - acompanhar e coordenar as atividades de administração,
de 2016) (Vigência) educação, engenharia, fiscalização, policiamento ostensivo de
trânsito, formação de condutores, registro e licenciamento de
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados veículos, articulando os órgãos do Sistema no Estado,
ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como reportando-se ao CONTRAN;
objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico
sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado. IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
trânsito no âmbito dos Municípios; e
§ 1º Cada Câmara é constituída por especialistas
representantes de órgãos e entidades executivos da União, X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exigências
dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333.
número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além
de especialistas representantes dos diversos segmentos da
sociedade relacionados com o trânsito, todos indicados XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de
segundo regimento específico definido pelo CONTRAN e reavaliação dos exames, junta especial de saúde para
designados pelo ministro ou dirigente coordenador máximo do examinar os candidatos à habilitação para conduzir veículos
Sistema Nacional de Trânsito. automotores.
§ 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados
anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa.
atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE
§ 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão eleitos são nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
pelos respectivos membros. Federal, respectivamente, e deverão ter reconhecida
experiência em matéria de trânsito.
§ 4º (VETADO)
§ 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
I - (VETADO) Federal, respectivamente.
Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de trânsito
CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Recursos
CONTRANDIFE: de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo
julgamento dos recursos interpostos contra penalidades por
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de eles impostas.
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observado o
II - elaborar normas no âmbito das respectivas competências; disposto no inciso VI do art. 12, e apoio administrativo e
financeiro do órgão ou entidade junto ao qual funcionem.
III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação e
dos procedimentos normativos de trânsito; Art. 17. Compete às JARI:
IV - estimular e orientar a execução de campanhas educativas I - julgar os recursos interpostos pelos infratores;
de trânsito;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e
V - julgar os recursos interpostos contra decisões: executivos rodoviários informações complementares relativas
aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação
recorrida;
a) das JARI;
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da educação de trânsito;
Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de
Trânsito; XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
trânsito;
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de
Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e
combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à
executando o controle de ações para a preservação do aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração da
ordenamento e da segurança do trânsito; sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manuais
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a e normas de projetos de implementação da sinalização, dos
administração pública ou privada, referentes à segurança do dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo
trânsito; CONTRAN;
V - supervisionar a implantação de projetos e programas XX - expedir a permissão internacional para conduzir veículo e
relacionados com a engenharia, educação, administração, o certificado de passagem nas alfândegas mediante
policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
uniformidade de procedimento; Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder
público federal; (Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016)
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e
habilitação de condutores de veículos, a expedição de XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais e
documentos de condutores, de registro e licenciamento de congressos nacionais de trânsito, bem como propor a
veículos; representação do Brasil em congressos ou reuniões
internacionais;
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de
Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento XXII - propor acordos de cooperação com organismos
Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações
e do Distrito Federal; inerentes à segurança e educação de trânsito;
VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de XXIII - elaborar projetos e programas de formação,
Habilitação - RENACH; treinamento e especialização do pessoal encarregado da
execução das atividades de engenharia, educação,
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos policiamento ostensivo, fiscalização, operação e administração
Automotores - RENAVAM; de trânsito, propondo medidas que estimulem a pesquisa
científica e o ensino técnico-profissional de interesse do
trânsito, e promovendo a sua realização;
X - organizar a estatística geral de trânsito no território
nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais
órgãos e promover sua divulgação; XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito
interestadual e internacional;
XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações
sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as
do trânsito; normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e
montagem de veículos, consoante sua destinação;
XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à
segurança e à educação de trânsito; XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do
código marca-modelo dos veículos para efeito de registro,
emplacamento e licenciamento;
XIII - coordenar a administração do registro das infrações de
trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no
prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do repasse
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e VIII - implementar as medidas da Política Nacional de
financeiro ao CONTRAN. Segurança e Educação de Trânsito;
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações de IX - promover e participar de projetos e programas de
Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) educação e segurança, de acordo com as diretrizes
(Vigência) estabelecidas pelo CONTRAN;
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
a administração pública, o órgão executivo de trânsito da unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
União, mediante aprovação do CONTRAN, assumirá transferências de veículos e de prontuários de condutores de
diretamente ou por delegação, a execução total ou parcial das uma para outra unidade da Federação;
atividades do órgão executivo de trânsito estadual que tenha
motivado a investigação, até que as irregularidades sejam XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
sanadas. produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio,
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsito da quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu ambientais.
funcionamento.
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos
§ 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os
dados estatísticos para os fins previstos no inciso X. I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência) II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
veículos, de pedestres e de animais, e promover o
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
rodovias e estradas federais:
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de dispositivos e os equipamentos de controle viário;
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações trânsito e suas causas;
relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de
preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento
da União e o de terceiros; ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o
policiamento ostensivo de trânsito;
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de
trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os valores VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as
provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e
animais e escolta de veículos de cargas superdimensionadas medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e
ou perigosas; arrecadando as multas que aplicar;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
vítimas; superdimensionadas ou perigosas;
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
arrecadar as multas que aplicar;
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais,
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais
X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
do Programa Nacional de Trânsito; acidentes de trânsito e suas causas;
XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação e do Programa Nacional de Trânsito;
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das XII - promover e participar de projetos e programas de
transferências de veículos e de prontuários de condutores de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
uma para outra unidade da Federação; estabelecidas pelo CONTRAN;
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
solicitado; transferências de veículos e de prontuários de condutores de
uma para outra unidade da Federação;
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito e
serem observados para a circulação desses veículos. executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos
veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins de
Parágrafo único. (VETADO) imposição e notificação de penalidades e de arrecadação de
multas nas áreas de suas competências;
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
circunscrição: produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio,
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições; ambientais locais;
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional
aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores, de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para CETRAN.
Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação
do órgão federal competente; Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do
Distrito Federal:
III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança
veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veículos, I - (VETADO)
expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Anual,
mediante delegação do órgão federal competente; II - (VETADO)
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; convênio firmado, como agente do órgão ou entidade
executivos de trânsito ou executivos rodoviários,
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as concomitantemente com os demais agentes credenciados;
medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas
neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI IV - (VETADO)
e VIII do art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de
Trânsito;
V - (VETADO)
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VI - (VETADO)
VIII do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as
multas que aplicar; VII - (VETADO)
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento propulsão humana e de tração animal;
ostensivo de trânsito;
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
edificações de uso público e edificações privadas de uso CETRAN;
coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis
e as penalidades de advertência por escrito e multa, por XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
infrações de circulação, estacionamento e parada previstas produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
neste Código, no exercício regular do poder de polícia de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
trânsito, notificando os infratores e arrecadando as multas que ações específicas de órgão ambiental local, quando solicitado;
aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações
privadas de uso coletivo, somente para infrações de uso de XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
vagas reservadas em estacionamentos; (Redação dada pela especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) serem observados para a circulação desses veículos.
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, § 1º As competências relativas a órgão ou entidade municipal
por infrações de circulação, estacionamento e parada serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou entidade
previstas neste Código, notificando os infratores e executivos de trânsito.
arrecadando as multas que aplicar;
§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste artigo,
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional de
administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
arrecadar as multas que aplicar;
Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema
Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, atividades previstas neste Código, com vistas à maior
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele eficiência e à segurança para os usuários da via.
previstas;
Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito poderão
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
rotativo pago nas vias; monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante
prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de dos custos apropriados.
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas; CAPÍTULO III
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à privadas;
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
transferências de veículos e de prontuários dos condutores de
uma para outra unidade da Federação; II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso,
atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou
substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja
aquele que estiver circulando por ela; indicado o propósito de ultrapassar um terceiro;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão
suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor; obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao
deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando
quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto
esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos convencional de braço;
veículos de maior velocidade;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança;
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se
saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito
de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
passagem, respeitadas as demais normas de circulação; cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o
trânsito dos veículos que ultrapassou;
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e
salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão
trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando normas de circulação.
em serviço de urgência e devidamente identificados por
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: (Vigência)
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta
no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
passado pelo local; veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela
segurança dos menores, os motorizados pelos não
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de
deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou
de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz cerração;
indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto
convencional de braço. V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa
um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos a luz de placa;
veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou
esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos desembarque de passageiros e carga ou descarga de
locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor mercadorias.
deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista
com segurança.
Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular
de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol
ou em lotes lindeiros, o condutor deverá: de luz baixa durante o dia e a noite.
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
circulação sem causa justificada, transitando a uma adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
velocidade anormalmente reduzida; segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre a via.
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo
deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios
inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
perigo iminente; regulamentação da via será implantada e mantida às
expensas do condomínio, após aprovação dos projetos pelo
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a
sinalização devida, a manobra de redução de velocidade.
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela
direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
transitando em velocidade moderada, de forma que possa couber, às normas de circulação previstas neste Código e às
deter seu veículo com segurança para dar passagem a que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com
pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência. circunscrição sobre a via.
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular
seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma nas vias quando conduzidos por um guia, observado o
interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar seguinte:
o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a
passagem do trânsito transversal.
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser
divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária dos outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
de um veículo no leito viário, em situação de emergência,
deverá ser providenciada a imediata sinalização de
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão
ser mantidos junto ao bordo da pista.
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada
deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e
desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou ciclomotores só poderão circular nas vias:
perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será protetores;
regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre a via e é considerada estacionamento. II - segurando o guidom com as duas mãos;
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido especificações do CONTRAN.
do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à
guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e
devidamente sinalizadas. ciclomotores só poderão ser transportados:
Art. 56. (VETADO) d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da II - nas vias rurais:
pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais
à direita ou no bordo direito da pista sempre que não houver
acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº
circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das 13.281, de 2016) (Vigência)
vias urbanas.
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais automóveis, camionetas e motocicletas; (Redação dada pela
faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela
faixa adjacente à da direita. 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
veículos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a (Vigência)
circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver
ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for 3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, (Vigência)
no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via,
com preferência sobre os veículos automotores. b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição
sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis,
sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde camionetas e motocicletas; (Invcluído pela Lei nº 13.281, de
que dotado o trecho com ciclofaixa. 2016) (Vigência)
b) via arterial; Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade
da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condições
c) via coletora; operacionais de trânsito e da via.
II - vias rurais: Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem ser
transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções
regulamentadas pelo CONTRAN.
a) rodovias;
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para
b) estradas. condutor e passageiros em todas as vias do território nacional,
salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será
indicada por meio de sinalização, obedecidas suas Art. 66. (VETADO)
características técnicas e as condições de trânsito.
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas
velocidade máxima será de: mediante prévia permissão da autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via e dependerão de:
I - nas vias urbanas:
o
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; § 7 Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador
II - de transporte rodoviário de cargas. de terminais de carga, operador de transporte multimodal de
cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a
o seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo
§ 1 (Revogado). o
referido no caput sem a observância do disposto no § 6 .
o
§ 2 (Revogado). Art. 67-D. (VETADO).
o
§ 3 (Revogado). Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por controlar
e registrar o tempo de condução estipulado no art. 67-C, com
o
§ 4 (Revogado). vistas à sua estrita observância.
o o
§ 5 (Revogado). § 1 A não observância dos períodos de descanso
estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às
o penalidades daí decorrentes, previstas neste Código.
§ 6 (Revogado).
o
o § 2 O tempo de direção será controlado mediante registrador
§ 7 (Revogado).
instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio
o
de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de
§ 8 (VETADO). trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no
veículo, conforme norma do Contran.
Art 67-B. VETADO).
o
§ 3 O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcionar
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de forma independente de qualquer interferência do condutor,
de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de transporte quanto aos dados registrados.
rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário
de cargas. o
§ 4 A guarda, a preservação e a exatidão das informações
contidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de
o velocidade e de tempo são de responsabilidade do condutor.
§ 1 Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de
transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e o CAPÍTULO IV
do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO
horas e meia contínuas no exercício da condução. MOTORIZADOS
o
§ 1 -A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso a Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios
cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos
passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a
tempo de direção. autoridade competente permitir a utilização de parte da
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer
precauções de segurança, levando em conta, principalmente, quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao
a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais
utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas solicitações.
sempre que estas existirem numa distância de até cinqüenta
metros dele, observadas as seguintes disposições: CAPÍTULO VI
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres Nacional de Trânsito.
ou delimitada por marcas sobre a pista:
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional
luzes; de Trânsito.
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o § 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão
semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante
veículos; convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito,
nos moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não
existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e
via na continuação da calçada, observadas as seguintes os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que
normas: deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do
Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos
referentes às férias escolares, feriados prolongados e à
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de Semana Nacional de Trânsito.
que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;
§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres deverão promover outras campanhas no âmbito de sua
não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
sobre ela sem necessidade.
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das
trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na
área de trânsito. respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes
fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao refere o art. 75.
Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN,
estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo
serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui
de trânsito. infração punível com as seguintes sanções:
4 - quadriciclo;
5 - caminhonete;
f) especial;
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos
para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
g) de coleção; 2016) (Vigência)
o
§ 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos § 5 A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
veículos reprovados na inspeção de segurança e na de artigo será progressivamente incorporada aos novos projetos
emissão de gases poluentes e ruído. de automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados,
importados, montados ou encarroçados, a partir do
o
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, durante 1 (primeiro) ano após a definição pelo Contran das
3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os veículos especificações técnicas pertinentes e do respectivo
o
novos classificados na categoria particular, com capacidade cronograma de implantação e a partir do 5 (quinto) ano, após
para até 7 (sete) passageiros, desde que mantenham suas esta definição, para os demais automóveis zero quilômetro de
características originais de fábrica e não se envolvam em modelos ou projetos já existentes e veículos deles derivados.
acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.
o
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 6 A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação.
§ 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata o §
6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação
características originais de fábrica e não se envolvam em de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de
acidente de trânsito com danos de média ou grande monta. equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) exigido, para licenciamento e registro, certificado de
segurança expedido por instituição técnica credenciada por
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma
outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN: elaborada pelo CONTRAN.
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além
transporte de passageiros em percursos em que seja das exigências previstas neste Código, às condições técnicas
permitido viajar em pé; e aos requisitos de segurança, higiene e conforto
estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir
ou conceder a exploração dessa atividade.
Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados ao § 1º Os caracteres das placas serão individualizados para
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo
com as normas estabelecidas pelo CONTRAN. vedado seu reaproveitamento.
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas § 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira
características para competição ou finalidade análoga só Nacional serão usadas somente pelos veículos de
poderá circular nas vias públicas com licença especial da representação pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da
autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados. República, dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara
dos Deputados, do Presidente e dos Ministros do Supremo
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado-Geral
da União e do Procurador-Geral da República.
I - (VETADO)
§ 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários
veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembléias
retrovisores em ambos os lados. Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos
Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo
chefe do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, Forças Armadas terão placas especiais, de acordo com os
painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer a modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
segurança do veículo, na forma de regulamentação do
CONTRAN. o
§ 4 Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a
arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao
publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos registro na repartição competente, se transitarem em via
condutores em toda a extensão do pára-brisa e da traseira dos pública, dispensados o licenciamento e o emplacamento.
veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do
trânsito. o
§ 4 -A. Os tratores e demais aparelhos automotores
destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a
Art. 112. (Revogado pela Lei nº 9.792, de 1999) executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transitar
em via pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, em
Art. 113. Os importadores, as montadoras, as encarroçadoras cadastro específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e
e fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis civil e Abastecimento, acessível aos componentes do Sistema
criminalmente por danos causados aos usuários, a terceiros, e Nacional de Trânsito.
ao meio ambiente, decorrentes de falhas oriundas de projetos
e da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados na sua § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso
fabricação. bélico.
§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do III - comprovante de transferência de propriedade, quando for
Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo
propriedade da administração direta, da União, dos Estados, CONTRAN;
do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos
poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do
nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o
VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de
caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de propulsão humana e dos veículos de tração animal
repartições consulares de carreira, de representações de obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação
organismos internacionais e de seus integrantes; municipal do domicílio ou residência de seus proprietários.
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, expedida Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
no Município do registro anterior, que poderá ser substituída automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
por informação do RENAVAM; agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem
ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a tributos, Abastecimento, diretamente ou mediante convênio.
encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo,
independentemente da responsabilidade pelas infrações CAPÍTULO XII
cometidas; DO LICENCIAMENTO
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução I - registro como veículo da categoria de aluguel;
coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com
autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de II - instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do
tanto: condutor em caso de tombamento, nos termos de
regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito - Contran;
I - registro como veículo de passageiros;
III - instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos termos de regulamentação do Contran;
obrigatórios e de segurança;
IV - inspeção semestral para verificação dos equipamentos
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta obrigatórios e de segurança.
centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das
partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico o
§ 1 A instalação ou incorporação de dispositivos para
ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de transporte de cargas deve estar de acordo com a
carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas regulamentação do Contran.
devem ser invertidas;
o
§ 2 É proibido o transporte de combustíveis, produtos
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de
inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata
velocidade e tempo; este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões
contendo água mineral, desde que com o auxílio de side-car,
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas nos termos de regulamentação do Contran.
extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz
vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira; Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a
competência municipal ou estadual de aplicar as exigências
VI - cintos de segurança em número igual à lotação; previstas em seus regulamentos para as atividades de moto-
frete no âmbito de suas circunscrições.
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios
estabelecidos pelo CONTRAN. CAPÍTULO XIV
DA HABILITAÇÃO
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior
deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor e
visível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser
condução de escolares em número superior à capacidade realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou
estabelecida pelo fabricante. do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato,
ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o
Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de condutor preencher os seguintes requisitos:
escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:
Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos
serão cadastradas no RENACH. automotores destinados a executar trabalhos agrícolas
poderão ser conduzidos em via pública também por condutor
Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à habilitado na categoria B.
aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos
e à autorização para conduzir ciclomotores serão Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para
regulamentados pelo CONTRAN. conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato
§ 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão deverá preencher os seguintes requisitos:
humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios.
I - ser maior de vinte e um anos;
§ 2º (VETADO)
II - estar habilitado:
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em outro
país está subordinado às condições estabelecidas em a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há
convenções e acordos internacionais e às normas do um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
CONTRAN. categoria D; e
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender
A a E, obedecida a seguinte gradação: habilitar-se na categoria E;
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima
três rodas, com ou sem carro lateral; ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos
doze meses;
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de
três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a treinamento de prática veicular em situação de risco, nos
oito lugares, excluído o do motorista; termos da normatização do CONTRAN.
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em Parágrafo único. A participação em curso especializado
transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e previsto no inciso IV independe da observância do disposto no
quinhentos quilogramas; inciso III.
o
§ 2 São os condutores da categoria B autorizados a conduzir I - de aptidão física e mental;
veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos termos
do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg II - (VETADO)
(seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito)
lugares, excluído o do motorista. III - escrito, sobre legislação de trânsito;
§ 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão
renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
local de residência ou domicílio do examinado.
o
§ 1 O exame de que trata este artigo buscará aferir o
o o
§ 3 O exame previsto no § 2 incluirá avaliação psicológica consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente,
preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela de
condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das
incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas normas do Contran.
no exame referente à primeira habilitação.
o
§ 2 Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
§ 4º Quando houver indícios de deficiência física, mental, ou Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos
o
de progressividade de doença que possa diminuir a deverão fazer o exame previsto no § 1 no prazo de 2 (dois)
capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º anos e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto
poderá ser diminuído por proposta do perito examinador. no caput.
o
o
§ 5 O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo § 3 Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos deverão
o
Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional fazer o exame previsto no § 1 no prazo de 1 (um) ano e 6
de Trânsito - Contran. (seis) meses a contar da realização do disposto no caput.
o
Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é § 4 É garantido o direito de contraprova e de recurso
assegurada acessibilidade de comunicação, mediante administrativo no caso de resultado positivo para o exame de
emprego de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em que trata o caput, nos termos das normas do Contran.
todas as etapas do processo de habilitação.
o
§ 5 A reprovação no exame previsto neste artigo terá como
o
§ 1 O material didático audiovisual utilizado em aulas teóricas consequência a suspensão do direito de dirigir pelo período de
dos cursos que precedem os exames previstos no art. 147 3 (três) meses, condicionado o levantamento da suspensão ao
desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitulação com resultado negativo em novo exame, e vedada a aplicação de
legenda oculta associada à tradução simultânea em Libras. outras penalidades, ainda que acessórias.
o
o
§ 2 É assegurado também ao candidato com deficiência § 6 O resultado do exame somente será divulgado para o
auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao
o
intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas práticas disposto neste artigo ou no § 6 do art. 168 da Consolidação
e teóricas. das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
o o
n 5.452, de 1 de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103,
de 2015) (Vigência)
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção
veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou o
privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos § 7 O exame será realizado, em regime de livre concorrência,
Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas pelos laboratórios credenciados pelo Departamento Nacional
estabelecidas pelo CONTRAN. de Trânsito - DENATRAN, nos termos das normas do Contran,
vedado aos entes públicos:
§ 1º A formação de condutores deverá incluir,
obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos I - fixar preços para os exames;
básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com o
trânsito. II - limitar o número de empresas ou o número de locais em
que a atividade pode ser exercida; e
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para
Dirigir, com validade de um ano. III - estabelecer regras de exclusividade territorial.
Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento para
legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só prestação de serviço pelas auto-escolas e outras entidades
poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da destinadas à formação de condutores e às exigências
divulgação do resultado. necessárias para o exercício das atividades de instrutor e
examinador.
Art. 152. O exame de direção veicular será realizado perante
comissão integrada por 3 (três) membros designados pelo Art. 157. (VETADO)
dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação dada
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou executivo de trânsito;
superior à pretendida pelo candidato.
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
§ 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e
bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, dos
Estados e do Distrito Federal que possuírem curso de § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na
formação de condutor ministrado em suas corporações serão aprendizagem poderá conduzir apenas mais um
dispensados, para a concessão do documento de habilitação, acompanhante.
dos exames aos quais se houverem submetido com
o
aprovação naquele curso, desde que neles sejam observadas § 2 Parte da aprendizagem será obrigatoriamente realizada
as normas estabelecidas pelo Contran. (Redação dada pela durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a carga
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) horária mínima correspondente.
§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado na Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com modelo único e de acordo com as especificações do
ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste
administrativa onde prestar serviço, do qual constarão o Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor,
número do registro de identificação, naturalidade, nome, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em
filiação, idade e categoria em que se habilitou a conduzir, todo o território nacional.
acompanhado de cópia das atas dos exames prestados.
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à
§ 4º (VETADO) direção do veículo.
Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito deverá Infração: gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
ser submetido a novos exames para que possa voltar a dirigir, 2016) (Vigência)
de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN,
independentemente do reconhecimento da prescrição, em Penalidade: multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei nº
face da pena concretizada na sentença. 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido Medida administrativa: retenção do veículo até a
poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a apresentação de condutor habilitado; (Redação dada pela Lei
juízo da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada nº 13.281, de 2016) (Vigência)
ampla defesa ao condutor.
IV - (VETADO)
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva
estadual de trânsito poderá apreender o documento de
habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida
realizados. há mais de trinta dias:
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem Penalidade: multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
observância das normas de segurança especiais e apreensão do veículo;
estabelecidas neste Código:
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: Penalidade: multa.
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê- Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de
lo; combustível:
IV - de adotar providências para remover o veículo do local, Art. 181. Estacionar o veículo:
quando determinadas por policial ou agente da autoridade de
trânsito; I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
alinhamento da via transversal:
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações
necessárias à confecção do boletim de ocorrência: Infração: média;
Penalidade: multa (cinco vezes) e suspensão do direito de Medida administrativa: remoção do veículo;
dirigir;
Infração: leve;
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de
acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus
agentes: Penalidade: multa;
Infração: grave;
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do X - em local e horário proibidos especificamente pela
alinhamento da via transversal: sinalização (placa - Proibido Parar):
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na
centímetros a um metro: mudança de sinal luminoso:
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de
para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples
respectiva mão de direção, quando for manobrar para um contínua amarela:
desses lados:
Infração: gravíssima;
Infração: média;
Penalidade: multa (cinco vezes).
Penalidade: multa.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
solicitado: meses da infração anterior.
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou Infração: gravíssima;
sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar
às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para Penalidade: multa.
não efetuar o pagamento do pedágio:
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
Infração: grave; sinalização a ele destinada;
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar Penalidade: multa;
adequadamente posicionado para ingresso na via e sem as
precauções com a segurança de pedestres e de outros II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo
veículos: agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou
gestos;
Infração: média;
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
Penalidade: multa. acostamento;
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não
dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos: sinalizada;
Infração: média; V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada;
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência de
para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, obras ou trabalhadores na pista;
em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais
vias: VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% IX - quando houver má visibilidade;
(vinte por cento):
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio,
Infração: média; defeituoso ou avariado;
XII - em declive;
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento):
XIII - ao ultrapassar ciclista:
Infração: grave;
Infração: grave;
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
50% (cinqüenta por cento): embarque e desembarque de passageiros ou onde haja
intensa movimentação de pedestres:
Infração: gravíssima;
Infração: gravíssima;
Penalidade: multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do
direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. Penalidade: multa.
Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em
metade da velocidade máxima estabelecida para a via, desacordo com as especificações e modelos estabelecidos
retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as pelo CONTRAN:
condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo
se estiver na faixa da direita: Infração: média;
Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias Penalidade: multa e apreensão do veículo;
providas de iluminação pública:
Medida administrativa: remoção do veículo.
Infração: leve;
Art. 230. Conduzir o veículo:
Penalidade: multa.
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os qualquer outro elemento de identificação do veículo violado ou
demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes falsificado;
externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para
tornar visível o local, quando:
II - transportando passageiros em compartimento de carga,
salvo por motivo de força maior, com permissão da autoridade
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN;
permanecer no acostamento;
III - com dispositivo anti-radar;
II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retirada
imediatamente:
IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
Infração: grave;
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
Penalidade: multa.
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
condições de legibilidade e visibilidade:
Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha
sido utilizado para sinalização temporária da via:
Infração: gravíssima;
Infração: média;
Penalidade: multa e apreensão do veículo;
Penalidade: multa.
Medida administrativa: remoção do veículo;
Art. 227. Usar buzina:
VII - com a cor ou característica alterada;
I - em situação que não a de simples toque breve como
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos; VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança
veicular, quando obrigatória;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente
ou inoperante;
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização; estabelecido pelo CONTRAN;
V - em desacordo com os padrões e freqüências XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão
estabelecidas pelo CONTRAN: defeituoso, deficiente ou inoperante;
o
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de § 1 Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12
sinalização alterados; (doze) meses, será convertida, automaticamente, a
penalidade disposta no inciso XXIII em infração grave.
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e
o
tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse § 2 Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do
aparelho; veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito,
judicial ou administrativo, da multa.
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter
publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a Art. 231. Transitar com o veículo:
extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as
hipóteses previstas neste Código; I - danificando a via, suas instalações e equipamentos;
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas;
a) carga que esteja transportando;
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas
pela legislação;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a
segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art.
104; Infração: gravíssima;
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais Medida administrativa: retenção do veículo para
inscrições previstas neste Código; regularização;
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância
com lâmpadas queimadas: quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida
pelo CONTRAN:
Infração: média;
Infração: média;
Penalidade: multa.
Penalidade: multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou
fração de excesso de peso apurado, constante na seguinte
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. tabela:
67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao
volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de
veículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros: a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais e
trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
Infração: média;
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas) - Infração: leve;
R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos);
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Penalidade: multa;
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20 Medida administrativa: retenção do veículo até a
(cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada pela apresentação do documento.
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de
Medida administrativa: retenção do veículo e transbordo da trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as
carga excedente; hipóteses previstas no art. 123:
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, Penalidade: multa e apreensão do veículo;
quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força
maior ou com permissão da autoridade competente:
Medida administrativa: remoção do veículo.
Infração: média;
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes
externas do veículo, salvo nos casos devidamente
Penalidade: multa; autorizados:
Penalidade: multa; Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda,
salvo em casos de emergência:
Medida administrativa: retenção do veículo;
Infração: média;
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Penalidade: multa.
Infração: de média a gravíssima, a depender da relação entre
o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração, Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as
a ser regulamentada pelo CONTRAN; especificações, e com falta de inscrição e simbologia
necessárias à sua identificação, quando exigidas pela
Penalidade: multa; legislação:
Penalidade: multa e apreensão do veículo; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma
roda;
Medida administrativa: remoção do veículo.
IV - com os faróis apagados;
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para
regularização, sem permissão da autoridade competente ou V - transportando criança menor de sete anos ou que não
de seus agentes: tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
segurança:
Infração: gravíssima;
Infração: gravíssima;
Penalidade: multa e apreensão do veículo;
Penalidade: multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa: remoção do veículo.
Medida administrativa: Recolhimento do documento de
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do habilitação;
registro de veículo irrecuperável ou definitivamente
desmontado: VI - rebocando outro veículo;
Infração: grave; VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
eventualmente para indicação de manobras;
Penalidade: multa;
VIII - transportando carga incompatível com suas
o
Medida administrativa: Recolhimento do Certificado de especificações ou em desacordo com o previsto no § 2 do art.
Registro e do Certificado de Licenciamento Anual. 139-A desta Lei;
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo IX - efetuando transporte remunerado de mercadorias em
ou de habilitação do condutor: desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as
normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:
Infração: leve;
Infração: grave;
Penalidade: multa.
Penalidade: multa;
Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
registro, licenciamento ou habilitação: Medida administrativa: apreensão do veículo para
regularização.
Infração: gravíssima;
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII,
além de:
Penalidade: multa.
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial
Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao a ele destinado;
órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de perda
total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e
documentos: b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde
houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
Infração: grave;
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias,
condições de cuidar de sua própria segurança.
Penalidade: multa;
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do
Medida administrativa: Recolhimento das placas e dos parágrafo anterior:
documentos.
Infração: média;
o
§ 3 A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem
semi-reboques especialmente projetados para esse fim e I - deixar de manter acesa a luz baixa:
devidamente homologados pelo órgão competente.
a) durante a noite;
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais
ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de
trânsito com circunscrição sobre a via: b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas
rodovias; (Redação dada pela Lei nº 13.290, de 2016)
(Vigência)
Infração: grave;
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. sob chuva forte, neblina ou cerração;
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito
da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via
indevidamente: Infração: média;
Penalidade: multa, agravada em até cinco vezes, a critério da Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança.
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física emergência;
ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade
com circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes
emergência, às expensas do responsável, ou, se possível, situações:
promover a desobstrução.
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
em fila única, os veículos de tração ou propulsão humana e os
de tração animal, sempre que não houver acostamento ou b) em imobilizações ou situação de emergência, como
faixa a eles destinados: advertência, utilizando pisca-alerta;
Infração: média;
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar
o uso do pisca-alerta:
Penalidade: multa.
Infração: média;
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte de
passageiros carga excedente em desacordo com o Penalidade: multa.
estabelecido no art. 109:
Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de III - com incapacidade física ou mental temporária que
posição, quando o veículo estiver parado, para fins de comprometa a segurança do trânsito;
embarque ou desembarque de passageiros e carga ou
descarga de mercadorias:
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
comprometa a utilização dos pedais;
Infração: média;
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar
movimento: o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte,
desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida
Infração: média; licença da autoridade competente;
Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracterizar- VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
se-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar
segurando ou manuseando telefone celular. (Incluído pela Lei
nº 13.281, de 2016) (Vigência) Infração: leve;
Art. 253. Bloquear a via com veículo: Penalidade: multa, em 50% (cinqüenta por cento) do valor da
infração de natureza leve.
Infração: gravíssima;
VII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração: média;
Penalidade: multa (vinte vezes) e suspensão do direito de
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) Penalidade: multa;
Medida administrativa: remoção do veículo. (Incluído pela Medida administrativa: remoção da bicicleta, mediante
Lei nº 13.281, de 2016) recibo para o pagamento da multa.
§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de
impostas concomitantemente as penalidades de que trata este R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos).
Código toda vez que houver responsabilidade solidária em (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo
cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída. § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência)
§ 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
infração referente à prévia regularização e preenchimento das § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador
formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo ou índice adicional específico é o previsto neste Código.
na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas
características, componentes, agregados, habilitação legal e § 3º (VETADO)
compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e
outras disposições que deva observar.
§ 4º (VETADO)
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
decorrentes de atos praticados na direção do veículo. Art. 259. A cada infração cometida são computados os
seguintes números de pontos:
§ 4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no I - gravíssima - sete pontos;
peso bruto total, quando simultaneamente for o único
remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura II - grave - cinco pontos;
ou manifesto for inferior àquele aferido.
III - média - quatro pontos;
§ 5º O transportador é o responsável pela infração relativa ao
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou IV - leve - três pontos.
quando a carga proveniente de mais de um embarcador
ultrapassar o peso bruto total.
§ 1º (VETADO)
§ 6º O transportador e o embarcador são solidariamente
responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto § 2º (VETADO)
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto
o
for superior ao limite legal. § 3 (VETADO).
o
§ 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o § 4 Ao condutor identificado no ato da infração será atribuída
proprietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, nos
o
notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que termos previstos no § 3 do art. 257, excetuando-se aquelas
dispuser o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte
considerado responsável pela infração. rodoviário de passageiros em viagens de longa distância
transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não havendo regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas
identificação do infrator e sendo o veículo de propriedade de em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de
pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do qualquer modalidade, excetuadas as situações
veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor é o da regulamentadas pelo Contran a teor do art. 65 da Lei
o
multa multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas n 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito
no período de doze meses. Brasileiro.
o o
§ 1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade § 6 Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5 , o
da Federação diversa da do licenciamento do veículo serão condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo atribuídos, para fins de contagem subsequente.
CONTRAN.
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
da Federação diversa daquela do licenciamento do veículo (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável
pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação. o
§ 8 A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
§ 3º Revogado. atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no volante, na forma que dispuser o Contran.
exterior, em trânsito no território nacional, a multa respectiva
deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o
princípio de reciprocidade. condutor que, notificado da penalidade de que trata este
artigo, dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído pela
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir referente
ao inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado
I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte) concomitantemente com o processo de aplicação da
pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a penalidade de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
pontuação prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281, de (Vigência)
2016) (Vigência)
§ 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.
II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código, (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de
suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
2016) (Vigência)
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses, III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito,
exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo observado o disposto no art. 160.
infracional, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto § 1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade
no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) na expedição do documento de habilitação, a autoridade
(Vigência) expedidora promoverá o seu cancelamento.
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a § 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional
Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação,
imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação,
reciclagem. na forma estabelecida pelo CONTRAN.
o
§ 3 A imposição da penalidade de suspensão do direito de Art. 264. (VETADO)
dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para fins de
contagem subsequente.
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e
o
de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por
§ 4 Revogado. decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente,
em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em veículo, direito de defesa.
habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por participar
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os
punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma aos seus proprietários, após o pagamento de multas e
infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, encargos devidos.
considerando o prontuário do infrator, entender esta
providência como mais educativa. XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
§ 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o veicular.
acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258,
imposta por infração posteriormente cometida. § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção
pedestres, podendo a multa ser transformada na participação à vida e à incolumidade física da pessoa.
do infrator em cursos de segurança viária, a critério da
autoridade de trânsito. § 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não
elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações
Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na estabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar
forma estabelecida pelo CONTRAN: a estas.
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua reeducação; § 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de
Habilitação e a Permissão para Dirigir.
II - quando suspenso do direito de dirigir;
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
contribuído, independentemente de processo judicial;
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; neste Código.
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da
colocando em risco a segurança do trânsito; infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a
situação.
VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. o
§ 2 Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o
veículo, desde que ofereça condições de segurança para
CAPÍTULO XVII circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado
de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo,
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a
das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua situação, para o que se considerará, desde logo, notificado.
circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
administrativas: § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao
condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas
I - retenção do veículo; administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à
autoridade devidamente regularizado.
II - remoção do veículo;
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se
neste caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
V - recolhimento do Certificado de Registro; quando se tratar de veículo de transporte coletivo
transportando passageiros ou veículo transportando produto
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de
segurança para circulação em via pública.
VII - (VETADO)
§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o
o
VIII - transbordo do excesso de carga; § 2 , será feito registro de restrição administrativa no Renavam
por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal, que será retirada após comprovada a
regularização.
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de
correspondente ao período integral, contado em dias, em que tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho
efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado ao de medição, observada a legislação metrológica.
prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito
por particulares poderão ser pagos pelo proprietário poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma
2016) disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de
álcool ou outra substância psicoativa que determine
dependência.
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação policial, Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu
a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, registro julgado insubsistente:
aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as
estabelecidas no art. 210. I - se considerado inconsistente ou irregular;
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a
equipado com registrador instantâneo de velocidade e tempo, notificação da autuação.(Redação dada pela Lei nº 9.602, de
somente o perito oficial encarregado do levantamento pericial 1998)
poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao
CAPÍTULO XVIII proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a
ciência da imposição da penalidade.
Seção I
Da Autuação § 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço
do proprietário do veículo será considerada válida para todos
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, os efeitos.
lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de
I - tipificação da infração; repartições consulares de carreira e de representações de
organismos internacionais e de seus integrantes será remetida
ao Ministério das Relações Exteriores para as providências
II - local, data e hora do cometimento da infração;
cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.
§ 2º A infração deverá ser comprovada por declaração da Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor autuado
autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por poderá optar por ser notificado por meio eletrônico se o órgão
aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela autuação
químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
previamente regulamentado pelo CONTRAN. (Vigência)
§ 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o § 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o
proprietário ou o condutor autuado será considerado notificado estabelecido no parágrafo único do art. 284.
30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema
eletrônico. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á
§ 3º O sistema previsto no caput será certificado digitalmente, devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por
atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, validade índice legal de correção dos débitos fiscais.
jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência) Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser
apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da
Art. 283. (VETADO) residência ou domicílio do infrator.
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o
data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a
cento do seu valor. penalidade acompanhado das cópias dos prontuários
necessários ao julgamento.
§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação
eletrônica, se disponível, conforme regulamentação do Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto,
Contran, e opte por não apresentar defesa prévia nem na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da
recurso, reconhecendo o cometimento da infração, poderá publicação ou da notificação da decisão.
efetuar o pagamento da multa por 60% (sessenta por cento)
do seu valor, em qualquer fase do processo, até o vencimento
da multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 1º O recurso será interposto, da decisão do não provimento,
pelo responsável pela infração, e da decisão de provimento,
pela autoridade que impôs a penalidade.
§ 2º O recolhimento do valor da multa não implica renúncia ao
questionamento administrativo, que pode ser realizado a
qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º. (Incluído § 2º Revogado.
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será
§ 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser apreciado no prazo de trinta dias:
aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de
licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou entidade
instância administrativa de julgamento de infrações e de trânsito da União:
penalidades. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis
§ 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de meses, cassação do documento de habilitação ou penalidade
infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
será acrescida de juros de mora equivalentes à taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo
(Selic) para títulos federais acumulada mensalmente, Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que
calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento)
relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade
de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos
CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente.
Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto
perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-
lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias. Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quando
houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus
próprios membros.
§ 1º O recurso não terá efeito suspensivo.
o o
§ 2 Nas hipóteses previstas no § 1 deste artigo, deverá ser I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com
instaurado inquérito policial para a investigação da infração grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
penal.
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão adulteradas;
ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser
imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades. III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
Habilitação;
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se
obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de
automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. categoria diferente da do veículo;
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados
será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de
Habilitação. VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados
equipamentos ou características que afetem a sua segurança
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a ou o seu funcionamento de acordo com os limites de
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação
penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional. VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente
destinada a pedestres.
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal,
havendo necessidade para a garantia da ordem pública, Art. 299. (VETADO)
poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade
trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral outra substância psicoativa que determine dependência:
socorro àquela.
Penas: detenção, de seis meses a três anos, multa e
Seção II suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
Dos Crimes em Espécie habilitação para dirigir veículo automotor.
o
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo § 1 As condutas previstas no caput serão constatadas por:
automotor:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool
Penas: detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir álcool por litro de ar alveolar; ou
veículo automotor.
o
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
§ 1 No homicídio culposo cometido na direção de veículo alteração da capacidade psicomotora.
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade,
se o agente: o
§ 2 A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico,
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova
Habilitação; em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
Penas: detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não
veículo automotor. autorizada pela autoridade competente, gerando situação de
risco à incolumidade pública ou privada:
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à
o
metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1 do art. 302. Penas: detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do habilitação para dirigir ve í c u l o automotor.
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não
podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de o
§ 1 Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão
solicitar auxílio da autoridade pública: corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem
que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3
não constituir elemento de crime mais grave. (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas
neste artigo.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o
o
condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por § 2 Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e
terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o
com ferimentos leves. resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa
de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do prejuízo das outras penas previstas neste artigo.
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
possa ser atribuída:
Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até
2012) (Vigência) a data de publicação deste Código, continuam em vigor
naquilo em que não conflitem com ele.
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, mediante
de embarque e desembarque de passageiros, logradouros proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou quarenta dias contado da publicação, estabelecer o currículo
concentração de pessoas, gerando perigo de dano: com conteúdo programático relativo à segurança e à
educação de trânsito, a fim de atender o disposto neste
Código.
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos
automobilístico com vítima, na pendência do respectivo e quarenta dias contados da publicação desta Lei.
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a
fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz: Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão prazo
de até um ano para a adaptação dos veículos de condução de
escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do art.
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 136 e art. 154, respectivamente.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que Art. 318. (VETADO)
não iniciados, quando da inovação, o procedimento
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas pelo
CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº
deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a 62.127, de 16 de janeiro de 1968.
substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva
de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à
comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código
atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran,
respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (Incluído
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
corpos de bombeiros e em outras unidades móveis
especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto
no caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90
(noventa) dias de antecedência de sua aplicação. (Incluído
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e
politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência) Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de
trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização,
engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na educação de trânsito.
recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de
trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e
recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído pela educação de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 2016) (Vigência)
§ 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá ser IV - as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável
certificado digitalmente, atendidos os requisitos de pelo leilão;
autenticidade, integridade, validade jurídica e
interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas V - as demais multas devidas aos órgãos integrantes do
Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; e
(Vigência)
Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser
especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a
quatro mil, novecentos e cinqüenta e quatro reais), em favor parte da via destinada à circulação de veículos.
do ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima
do Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas
decorrentes da implantação deste Código. CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível
diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada
ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias após a mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
data de sua publicação.
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão
transporte de pequenas cargas. ou impedimento de locomoção na faixa apropriada.
CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a
de carga. manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso
de um reboque, se este se encontra desengatado.
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz
utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato). FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado
a diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de
serviço.
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao
transporte de pessoas.
FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a
diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
humana.
GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de
braço, adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à de trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de
circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização passagem dos veículos ou pedestres ou emitir ordens,
específica. sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou norma
constante deste Código.
CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um
motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de
cinqüenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
velocidade máxima de fabricação não exceda a cinqüenta orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança
quilômetros por hora. de direção, redução brusca de velocidade ou parada.
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento,
separada fisicamente do tráfego comum. destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma
interseção.
CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à
direita, de mudança da direção original do veículo. INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação
de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível. Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação
estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que
tenha a função específica de proporcionar maior segurança ao INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou
usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos,
possam colocar em risco sua integridade física e dos demais entroncamentos ou bifurcações.
usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.
INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo atender circunstância momentânea do trânsito.
superior ao necessário para embarque ou desembarque de
passageiros. LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações
do proprietário de veículo, comprovado por meio de
ESTRADA - via rural não pavimentada. documento específico (Certificado de Licenciamento Anual).
ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela
alcoólico no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de
LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado
até uma grande distância do veículo. nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de
fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir
as interferências tais como veículos quebrados, acidentados,
LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito,
diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e
injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que condutores.
venham em sentido contrário.
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo
LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou
demais usuários da via, que se encontram atrás do veículo, desembarque de passageiros.
que o condutor está aplicando o freio de serviço.
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma
LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria.
destinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor
tem o propósito de mudar de direção para a direita ou para a
esquerda. PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de
passagem à frente de outro veículo que se desloca no mesmo
sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar
atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o
veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à
marcha à ré. transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de
pedestres ou veículos.
LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a
iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias,
de pó. em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste
indicar a presença e a largura do veículo. último caso, separada por pintura ou elemento físico
separador, livre de interferências, destinada à circulação
exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
MANOBRA - movimento executado pelo condutor para alterar
a posição em que o veículo está no momento em relação à
via. PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária
Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de
trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes.
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas,
apostos ao pavimento da via. PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.
MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite
com capacidade para até vinte passageiros. ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.
MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo
sem side-car, dirigido por condutor em posição montada. transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-
trator mais seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu
reboque ou reboques.
MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por
condutor em posição sentada.
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em
caráter de advertência, destinada a indicar aos demais
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação
carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, de emergência.
comércio ou finalidades análogas.
PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o de veículos, identificada por elementos separadores ou por
nascer do sol. diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos
canteiros centrais.
REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade
regulamentação pelo órgão ou entidade competente com do seu uso, inclusive fora de estrada.
circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de
direção, tipo de estacionamento, horários e dias.
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados,
sendo um deles automotor.
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida,
destinada ao uso de pedestres durante a travessia da mesma.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão
que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente
RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados. para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração
viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma
linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
RETORNO - movimento de inversão total de sentido da
direção original de veículos. VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de
carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o
RODOVIA - via rural pavimentada. condutor.
SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apóia VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido
na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de fabricado há mais de trinta anos, conserva suas
articulação. características originais de fabricação e possui valor histórico
próprio.
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que
se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o
controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou
destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem
veículos e pedestres. ou pavimentação.
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado
de segurança colocados na via pública com o objetivo de ao transporte de carga com peso bruto total máximo superior a
garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte
no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que passageiros.
nela circulam.
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao
SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente transporte de pessoas e suas bagagens.
pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para orientar
ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres, VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte
sobrepondo-se ou completando sinalização existente no local simultâneo de carga e passageiro.
ou norma estabelecida neste Código.
VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento,
carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e ilha e canteiro central.
acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e
do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por
acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de travessia de pedestres em nível.
VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a I - faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e
divulgação de informações de caráter educativo sobre os espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
II - opinião e expressão;
o
§ 2 Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos,
VI - participação na vida política, na forma da lei;
gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso
continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
VII - faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação. relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
o o
§ 2 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da § 3 É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde
integridade física, psíquica e moral, abrangendo a pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de
valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. o
§ 4 Os idosos portadores de deficiência ou com limitação
incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da
o
§ 3 É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, lei.
colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano,
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. o
§ 5 É vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo
perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o
CAPÍTULO III seguinte procedimento:
Dos Alimentos
I - quando de interesse do poder público, o agente promoverá
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei o contato necessário com o idoso em sua residência; ou
civil.
II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso representar por procurador legalmente constituído.
optar entre os prestadores.
o
§ 6 É assegurado ao idoso enfermo o atendimento domiciliar
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social -
celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado
Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título de saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema
executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil. Único de Saúde - SUS, para expedição do laudo de saúde
necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem tributária.
condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao
Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o
social. direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde
proporcionar as condições adequadas para a sua
CAPÍTULO IV permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
Do Direito à Saúde
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, responsável pelo tratamento conceder autorização para o
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo- acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e justificá-la por escrito.
contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção,
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades
especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de
saúde que lhe for reputado mais favorável.
o
§ 1 A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão
efetivadas por meio de: Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de
proceder à opção, esta será feita:
I - cadastramento da população idosa em base territorial;
I - pelo curador, quando o idoso for interditado;
II - atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
II - pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este
III - unidades geriátricas de referência, com pessoal não puder ser contactado em tempo hábil;
especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
III - pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não
IV - atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar;
população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se
locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por
instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, II - preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com
lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a
respeitem sua peculiar condição de idade. novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de
esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania;
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do
idoso à educação, adequando currículos, metodologias e III - estímulo às empresas privadas para admissão de idosos
material didático aos programas educacionais a ele ao trabalho.
destinados.
CAPÍTULO VII
o
§ 1 Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo Da Previdência Social
relativo às técnicas de comunicação, computação e demais
avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime
Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão,
o
§ 2 Os idosos participarão das comemorações de caráter critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários
cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da
vivências às demais gerações, no sentido da preservação da legislação vigente.
memória e da identidade culturais.
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino serão reajustados na mesma data de reajuste do salário-
formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de
envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de início ou do seu último reajustamento, com base em
forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos percentual definido em regulamento, observados os critérios
o
sobre a matéria. estabelecidos pela Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991.
CAPÍTULO VIII
Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados
Da Assistência Social
com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na
aquisição de imóvel para moradia própria, observado o
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de seguinte:
forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos
na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades
Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas
habitacionais residenciais para atendimento aos idosos;
pertinentes.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO II
Das Medidas Específicas de Proteção
Das Entidades de Atendimento ao Idoso
II - apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho X - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de
compatíveis com os princípios desta Lei; acordo com suas crenças;
III - estar regularmente constituída; XI - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
IV - demonstrar a idoneidade de seus dirigentes. XII - comunicar à autoridade competente de saúde toda
ocorrência de idoso portador de doenças infecto-contagiosas;
Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de
institucionalização de longa permanência adotarão os XIII - providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite
seguintes princípios: os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles
que não os tiverem, na forma da lei;
I - preservação dos vínculos familiares;
XIV - fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que
II - atendimento personalizado e em pequenos grupos; receberem dos idosos;
V - observância dos direitos e garantias dos idosos; XVI - comunicar ao Ministério Público, para as providências
cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte
VI - preservação da identidade do idoso e oferecimento de dos familiares;
ambiente de respeito e dignidade.
XVII - manter no quadro de pessoal profissionais com
Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de formação específica.
atendimento ao idoso responderá civil e criminalmente pelos
atos que praticar em detrimento do idoso, sem prejuízo das Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos
sanções administrativas. prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência
judiciária gratuita.
Art. 50. Constituem obrigações das entidades de atendimento:
CAPÍTULO III
I - celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o Da Fiscalização das Entidades de Atendimento
idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da
entidade e prestações decorrentes do contrato, com os Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais
respectivos preços, se for o caso; de atendimento ao idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos
do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros
II - observar os direitos e as garantias de que são titulares os previstos em lei.
idosos;
o o
Art. 53. O art. 7 da Lei n 8.842, de 1994, passa a vigorar
III - fornecer vestuário adequado, se for pública, e alimentação com a seguinte redação:
suficiente;
o o
"Art. 7 Compete aos Conselhos de que trata o art. 6 desta
IV - oferecer instalações físicas em condições adequadas de Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a
habitabilidade; avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das
respectivas instâncias político-administrativas." (NR)
b) multa; CAPÍTULO V
Da Apuração Administrativa de Infração às
Normas de Proteção ao Idoso
c) suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas;
Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV serão
d) interdição de unidade ou suspensão de programa; atualizados anualmente, na forma da lei.
e) proibição de atendimento a idosos a bem do interesse Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade
público. administrativa por infração às normas de proteção ao idoso
terá início com requisição do Ministério Público ou auto de
o infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se
§ 1 Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo de
fraude em relação ao programa, caberá o afastamento possível, por duas testemunhas.
provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a
suspensão do programa. o
§ 1 No procedimento iniciado com o auto de infração poderão
ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e
o as circunstâncias da infração.
§ 2 A suspensão parcial ou total do repasse de verbas
públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou desvio
de finalidade dos recursos. o
§ 2 Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-
á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24 (vinte
o e quatro) horas, por motivo justificado.
§ 3 Na ocorrência de infração por entidade de atendimento,
que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei, será
o fato comunicado ao Ministério Público, para as providências Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a
cabíveis, inclusive para promover a suspensão das atividades apresentação da defesa, contado da data da intimação, que
ou dissolução da entidade, com a proibição de atendimento a será feita:
idosos a bem do interesse público, sem prejuízo das
providências a serem tomadas pela Vigilância Sanitária.
I - pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for
o
lavrado na presença do infrator;
§ 4 Na aplicação das penalidades, serão consideradas a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para o idoso, as circunstâncias agravantes ou II - por via postal, com aviso de recebimento.
atenuantes e os antecedentes da entidade.
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a
CAPÍTULO IV autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as
Das Infrações Administrativas sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério
Público ou pelas demais instituições legitimadas para a
Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as fiscalização.
determinações do art. 50 desta Lei:
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a
Pena - multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade competente
(três mil reais), se o fato não for caracterizado como crime, aplicará à entidade de atendimento as sanções
podendo haver a interdição do estabelecimento até que sejam regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências
cumpridas as exigências legais. que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas
demais instituições legitimadas para a fiscalização.
Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento
de longa permanência, os idosos abrigados serão transferidos
para outra instituição, a expensas do estabelecimento
interditado, enquanto durar a interdição.
o
Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em § 2 A prioridade não cessará com a morte do beneficiado,
entidade governamental e não-governamental de atendimento estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro
ao idoso terá início mediante petição fundamentada de pessoa ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta)
interessada ou iniciativa do Ministério Público. anos.
o
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, § 3 A prioridade se estende aos processos e procedimentos
ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços
afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial
medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito
do idoso, mediante decisão fundamentada. Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.
o
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de § 4 Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o
10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a
documentos e indicar as provas a produzir. destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.
o
§ 3 Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade II - promover e acompanhar as ações de alimentos, de
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das interdição total ou parcial, de designação de curador especial,
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o em circunstâncias que justifiquem a medida e oficiar em todos
processo será extinto, sem julgamento do mérito. os feitos em que se discutam os direitos de idosos em
condições de risco;
o
§ 4 A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da
entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento. III - atuar como substituto processual do idoso em situação de
risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei;
TÍTULO V
Do Acesso à Justiça IV - promover a revogação de instrumento procuratório do
idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando
necessário ou o interesse público justificar;
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
V - instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo:
Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste
Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de a) expedir notificações, colher depoimentos ou
Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
nesta Lei. injustificado da pessoa notificada, requisitar condução
coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar;
Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e
exclusivas do idoso. b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de
autoridades municipais, estaduais e federais, da administração
direta e indireta, bem como promover inspeções e diligências
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos
investigatórias;
e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais
VI - instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias III - atendimento especializado ao idoso portador de doença
e a instauração de inquérito policial, para a apuração de infecto-contagiosa;
ilícitos ou infrações às normas de proteção ao idoso;
IV - serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.
VII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais e Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não
extrajudiciais cabíveis;
excluem da proteção judicial outros interesses difusos,
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios
VIII - inspecionar as entidades públicas e particulares de do idoso, protegidos em lei.
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando
de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no
à remoção de irregularidades porventura verificadas;
foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência
absoluta para processar a causa, ressalvadas as
IX - requisitar força policial, bem como a colaboração dos competências da Justiça Federal e a competência originária
serviços de saúde, educacionais e de assistência social, dos Tribunais Superiores.
públicos, para o desempenho de suas atribuições;
Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos,
X - referendar transações envolvendo interesses e direitos dos coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos,
idosos previstos nesta Lei. consideram-se legitimados, concorrentemente:
o
§ 1 A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis I - o Ministério Público;
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas
hipóteses, segundo dispuser a lei. II - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
o
§ 2 As atribuições constantes deste artigo não excluem
III - a Ordem dos Advogados do Brasil;
outras, desde que compatíveis com a finalidade e atribuições
do Ministério Público.
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos 1
o (um) ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa
§ 3 O representante do Ministério Público, no exercício de
dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a
suas funções, terá livre acesso a toda entidade de
autorização da assembléia, se houver prévia autorização
atendimento ao idoso.
estatutária.
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal
provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts.
informações sobre os fatos que constituam objeto de ação civil 181 e 182 do Código Penal.
e indicando-lhe os elementos de convicção.
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando
Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte,
no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou
de fatos que possam configurar crime de ação pública contra instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo
idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, de idade:
devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério Público,
para as providências cabíveis. Pena - reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da Pena - detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada,
se resulta a morte. Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa
a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, qualquer outro documento com objetivo de assegurar
entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não recebimento ou ressarcimento de dívida:
prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou
mandado: Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
I - obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
motivo de idade;
TÍTULO VII
II - negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho; Disposições Finais e Transitórias
III - recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do
prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa; Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
IV - deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a Pena - reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude
esta Lei; o
Art. 110. O Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940,
Código Penal, passa a vigorar com as seguintes alterações:
V - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à
propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados
"Art. 61. ............................................................................
pelo Ministério Público.
............................................................................
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em
que for parte ou interveniente o idoso: II - ............................................................................
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou
ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação mulher grávida;
diversa da de sua finalidade:
............................................................................." (NR)
o o o
"Art. 141. ............................................................................ Art. 112. O inciso II do § 4 do art. 1 da Lei n 9.455, de 7 de
abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
............................................................................
o
"Art. 1 ............................................................................
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora
de deficiência, exceto no caso de injúria. ............................................................................
o
............................................................................." (NR) § 4 ............................................................................
............................................................................" (NR)
o
Art. 114. O art 1º da Lei n 10.048, de 8 de novembro de
2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
o
"Art. 1 As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as
lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo
terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei." (NR)
o o
Brasília, 1 de outubro de 2003; 182 da Independência e
o
115 da República.
o
Art. 5 O certificado de Registro de Arma de Fogo, com V - os agentes operacionais da Agência Brasileira de
validade em todo o território nacional, autoriza o seu Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
interior de sua residência ou domicílio, ou dependência República;
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja
ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou VI - os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV,
empresa.
e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
o
§ 1 O certificado de registro de arma de fogo será expedido
VII - os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas
pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas
Sinarm.
portuárias;
o
§ 2 Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art.
o VIII - as empresas de segurança privada e de transporte de
4 deverão ser comprovados periodicamente, em período não
valores constituídas, nos termos desta Lei;
inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no
regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de
Registro de Arma de Fogo. IX - para os integrantes das entidades de desporto legalmente
constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de
o armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei,
§ 3 O proprietário de arma de fogo com certificados de
observando-se, no que couber, a legislação ambiental.
registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do
Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não
optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal
deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-
dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de Fiscal e Analista Tributário.
documento de identificação pessoal e comprovante de
residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da
do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos
o
I a III do caput do art. 4 desta Lei. Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros
pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de
o o
§ 4 Para fins do cumprimento do disposto no § 3 deste segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo
artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional
Departamento de Polícia Federal, certificado de registro do Ministério Público - CNMP.
provisório, expedido na rede mundial de computadores -
internet, na forma do regulamento e obedecidos os o
§ 1 As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI
procedimentos a seguir: do caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do
com validade inicial de 90 (noventa) dias; e regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para
aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia
o
Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que § 1 -A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
estimar como necessário para a emissão definitiva do
certificado de registro de propriedade. § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e
guardas prisionais poderão portar arma de fogo de
CAPÍTULO III propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação
ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam:
DO PORTE
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva;
o
Art. 6 É proibido o porte de arma de fogo em todo o território
nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento;
e para: e
o o
§ 3 A autorização para o porte de arma de fogo das guardas § 3 A listagem dos empregados das empresas referidas neste
municipais está condicionada à formação funcional de seus artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm.
integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade
policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de o
Art. 7 -A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das
controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento o
instituições descritas no inciso XI do art. 6 serão de
desta Lei, observada a supervisão do Comando do Exército.
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
instituições, somente podendo ser utilizadas quando em
o
§ 4 Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais serviço, devendo estas observar as condições de uso e de
e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela
o
no art. 4 , ficam dispensados do cumprimento do disposto nos Polícia Federal em nome da instituição.
incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento
desta Lei. o
§ 1 A autorização para o porte de arma de fogo de que trata
este artigo independe do pagamento de taxa.
o
§ 5 Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e
cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma o
§ 2 O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público
de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
designará os servidores de seus quadros pessoais no
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
exercício de funções de segurança que poderão portar arma
categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso
de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por
permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
cento) do número de servidores que exerçam funções de
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde
segurança.
que o interessado comprove a efetiva necessidade em
requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes o
documentos: § 3 O porte de arma pelos servidores das instituições de que
trata este artigo fica condicionado à apresentação de
documentação comprobatória do preenchimento dos
I - documento de identificação pessoal; o
requisitos constantes do art. 4 desta Lei, bem como à
formação funcional em estabelecimentos de ensino de
II - comprovante de residência em área rural; e atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização
e de controle interno, nas condições estabelecidas no
III - atestado de bons antecedentes. regulamento desta Lei.
o
o § 4 A listagem dos servidores das instituições de que trata
§ 6 O caçador para subsistência que der outro uso à sua
este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm.
arma de fogo, independentemente de outras tipificações
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por
o
disparo de arma de fogo de uso permitido. § 5 As instituições de que trata este artigo são obrigadas a
registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
o
§ 7 Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
que integram regiões metropolitanas será autorizado porte de
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
arma de fogo, quando em serviço.
ocorrido o fato.
o
Art. 7 As armas de fogo utilizadas pelos empregados das o
Art. 8 As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas
empresas de segurança privada e de transporte de valores,
legalmente constituídas devem obedecer às condições de uso
constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
responsabilidade e guarda das respectivas empresas,
respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma pela
somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo
sua guarda na forma do regulamento desta Lei.
essas observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de
o
registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Art. 9 Compete ao Ministério da Justiça a autorização do
Federal em nome da empresa. porte de arma para os responsáveis pela segurança de
cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao
o
§ 1 O proprietário ou diretor responsável de empresa de Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o
registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo
segurança privada e de transporte de valores responderá pelo
para colecionadores, atiradores e caçadores e de
crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem
representantes estrangeiros em competição internacional
prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar
oficial de tiro realizada no território nacional.
de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
o
§ 2 Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.
pelo instrutor de armamento e tiro não poderá exceder R$
80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munição.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são
insuscetíveis de liberdade provisória.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
CAPÍTULO V
I - suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de
identificação de arma de fogo ou artefato; DISPOSIÇÕES GERAIS
II - modificar as características de arma de fogo, de forma a Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios
torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do
ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro disposto nesta Lei.
autoridade policial, perito ou juiz;
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a
III - possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou definição das armas de fogo e demais produtos controlados,
incendiário, sem autorização ou em desacordo com de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor
determinação legal ou regulamentar; histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder
Executivo Federal, mediante proposta do Comando do
IV - portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de Exército.
fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
o
identificação raspado, suprimido ou adulterado; § 1 Todas as munições comercializadas no País deverão
estar acondicionadas em embalagens com sistema de código
V - vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a
identificação do fabricante e do adquirente, entre outras
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
informações definidas pelo regulamento desta Lei.
adolescente; e
o o
§ 2 Para os órgãos referidos no art. 6 , somente serão
VI - produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou
expedidas autorizações de compra de munição com
adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis,
na forma do regulamento desta Lei.
Comércio ilegal de arma de fogo
o
§ 3 As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco de
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, segurança e de identificação, gravado no corpo da arma,
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos
o
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de previstos no art. 6 .
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com o
§ 4 As instituições de ensino policial e as guardas municipais
determinação legal ou regulamentar: o
referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6 desta Lei e no
o
seu § 7 poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. munição para o fim exclusivo de suprimento de suas
atividades, mediante autorização concedida nos termos
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou definidos em regulamento.
industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º
clandestino, inclusive o exercido em residência. desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e
fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
Tráfico internacional de arma de fogo alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais
produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito
de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização da autoridade Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do
competente: laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de
Pena - reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos
órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma
do regulamento desta Lei.
o o
Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182 da Independência e 115 da República.
ANEXO
TABELA DE TAXAS
ATO ADMINISTRATIVO R$
o
- a partir de 1 de janeiro de 2009 Gratuito (art. 30)
o o
- até 31 de dezembro de 2008 Gratuito (art. 5 , § 3 )
o
- a partir de 1 de janeiro de 2009 60,00
III - Registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de transporte de valores 60,00
30,00
- até 30 de junho de 2008
o 45,00
- de 1 de julho de 2008 a 31 de outubro de 2008
o 60,00
- a partir de 1 de novembro de 2008
o CAPÍTULO II
Art. 2 Toda mulher, independentemente de classe, raça,
etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional,
idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e
facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde
CONTRA A MULHER
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e
social.
o
Art. 7 São formas de violência doméstica e familiar contra a
o mulher, entre outras:
Art. 3 Serão asseguradas às mulheres as condições para o
exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à I - a violência física, entendida como qualquer conduta que
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à ofenda sua integridade ou saúde corporal;
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária. II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta
que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou
o
§ 1 O poder público desenvolverá políticas que visem que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante,
violência, crueldade e opressão. perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização,
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro
o meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
§ 2 Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as
autodeterminação;
condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos
enunciados no caput.
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que
o a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação
Art. 4 Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de
peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e
qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar
familiar.
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio,
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se
representação a termo, se apresentada; em horário noturno, conforme dispuserem as normas de
organização judiciária.
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento
do fato e de suas circunstâncias; Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os
processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a I - do seu domicílio ou de sua residência;
concessão de medidas protetivas de urgência;
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito
da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; III - do domicílio do agressor.
o
§ 2 A autoridade policial deverá anexar ao documento Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida,
o
referido no § 1 o boletim de ocorrência e cópia de todos os caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
documentos disponíveis em posse da ofendida.
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por
providências cabíveis. qualquer meio de comunicação;
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a
concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou integridade física e psicológica da ofendida;
a pedido da ofendida.
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes
o
§ 1 As medidas protetivas de urgência poderão ser menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou
concedidas de imediato, independentemente de audiência das serviço similar;
partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este
ser prontamente comunicado. V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
o
§ 2 As medidas protetivas de urgência serão aplicadas o
§ 1 As medidas referidas neste artigo não impedem a
isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a
aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre
qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os
que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem,
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados.
devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.
o
§ 3 Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a o
§ 2 Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o
pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de
agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do
urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender o o
art. 6 da Lei n 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as
seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a
restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução agressor responsável pelo cumprimento da determinação
criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou
pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou de desobediência, conforme o caso.
mediante representação da autoridade policial.
o
§ 3 Para garantir a efetividade das medidas protetivas de
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio
se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que da força policial.
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem. o
§ 4 Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que
o
couber, o disposto no caput e nos §§ 5 e 6º do art. 461 da Lei
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).
processuais relativos ao agressor, especialmente dos
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da Seção III
intimação do advogado constituído ou do defensor público.
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar contra
a mulher, quando necessário:
Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de acumularão as competências cível e criminal para conhecer e
educação, de assistência social e de segurança, entre outros; julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica
e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente.
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e
familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas
judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades varas criminais, para o processo e o julgamento das causas
constatadas; referidas no caput.
respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa
estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada portadora de deficiência.” (NR)
exercício financeiro, para a implementação das medidas
estabelecidas nesta Lei. o
Art. 45. O art. 152 da Lei n 7.210, de 11 de julho de
1984 (Lei de Execução Penal), passa a vigorar com a seguinte
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras redação:
decorrentes dos princípios por ela adotados.
“Art. 152. ...................................................
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e
familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista,
o
não se aplica a Lei n 9.099, de 26 de setembro de 1995. Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a
mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório
o do agressor a programas de recuperação e reeducação.” (NR)
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei n 3.689, de 3 de outubro
de 1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar
acrescido do seguinte inciso IV: Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias
após sua publicação.
o
Art. 2 É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade
de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro,
independentemente da etnia ou da cor da pele, o direito à
participação na comunidade, especialmente nas atividades
políticas, econômicas, empres ariais, educacionais, culturais e
o
Art. 6 O direito à saúde da população negra será garantido DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E
pelo poder público mediante políticas universais, sociais e AO LAZER
econômicas destinadas à redução do risco de doenças e de
outros agravos.
Seção I
o
§ 1 O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de
Disposições Gerais
Saúde (SUS) para promoção, proteção e recuperação da
saúde da população negra será de responsabilidade dos
o
órgãos e instituições públicas federais, estaduais, distritais e Art. 9 A população negra tem direito a participar de
municipais, da administração direta e indireta. atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer
adequadas a seus interesses e condições, de modo a
o
§ 2 O poder público garantirá que o segmento da população contribuir para o patrimônio cultural de sua comunidade e da
sociedade brasileira.
negra vinculado aos seguros privados de saúde seja tratado
sem discriminação.
o
Art. 10. Para o cumprimento do disposto no art. 9 , os
o
Art. 7 O conjunto de ações de saúde voltadas à população governos federal, estaduais, distrital e municipais adotarão as
seguintes providências:
negra constitui a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra, organizada de acordo com as diretrizes
abaixo especificadas: I - promoção de ações para viabilizar e ampliar o acesso da
população negra ao ensino gratuito e às atividades esportivas
I - ampliação e fortalecimento da participação de lideranças e de lazer;
dos movimentos sociais em defesa da saúde da população
negra nas instâncias de participação e controle social do SUS; II - apoio à iniciativa de entidades que mantenham espaço
para promoção social e cultural da população negra;
II - produção de conhecimento científico e tecnológico em
saúde da população negra; III - desenvolvimento de campanhas educativas, inclusive nas
escolas, para que a solidariedade aos membros da população
III - desenvolvimento de processos de informação, negra faça parte da cultura de toda a sociedade;
comunicação e educação para contribuir com a redução das
vulnerabilidades da população negra. IV - implementação de políticas públicas para o fortalecimento
da juventude negra brasileira.
o
Art. 8 Constituem objetivos da Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra: Seção II
o
III - o fomento à realização de estudos e pesquisas sobre § 1 Os conteúdos referentes à história da população negra
racismo e saúde da população negra; no Brasil serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o
IV - a inclusão do conteúdo da saúde da população negra nos desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País.
processos de formação e educação permanente dos
o
trabalhadores da saúde; § 2 O órgão competente do Poder Executivo fomentará a
formação inicial e continuada de professores e a elaboração
V - a inclusão da temática saúde da população negra nos de material didático específico para o cumprimento do
disposto no caput deste artigo.
processos de formação política das lideranças de movimentos
sociais para o exercício da participação e controle social no
o
SUS. § 3 Nas datas comemorativas de caráter cívico, os órgãos
responsáveis pela educação incentivarão a participação de
intelectuais e representantes do movimento negro para
VI - a coleta de contribuições financeiras de pessoas naturais Art. 31. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos
e jurídicas de natureza privada para a manutenção das que estejam ocupando suas terras é reconhecida a
atividades religiosas e sociais das respectivas religiões; propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos
respectivos.
VII - o acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para
divulgação das respectivas religiões; Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará e desenvolverá
políticas públicas especiais voltadas para o desenvolvimento
VIII - a comunicação ao Ministério Público para abertura de sustentável dos remanescentes das comunidades dos
quilombos, respeitando as tradições de proteção ambiental
ação penal em face de atitudes e práticas de intolerância
das comunidades.
religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros
locais.
Art. 33. Para fins de política agrícola, os remanescentes das
Art. 25. É assegurada a assistência religiosa aos praticantes comunidades dos quilombos receberão dos órgãos
competentes tratamento especial diferenciado, assistência
de religiões de matrizes africanas internados em hospitais ou
técnica e linhas especiais de financiamento público,
em outras instituições de internação coletiva, inclusive àqueles
destinados à realização de suas atividades produtivas e de
submetidos a pena privativa de liberdade.
infraestrutura.
Seção II
I - coibir a utilização dos meios de comunicação social para a
difusão de proposições, imagens ou abordagens que
exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezo por Da Moradia
motivos fundados na religiosidade de matrizes africanas;
Art. 35. O poder público garantirá a implementação de
II - inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e políticas públicas para assegurar o direito à moradia adequada
outros bens de valor artístico e cultural, os monumentos, da população negra que vive em favelas, cortiços, áreas
mananciais, flora e sítios arqueológicos vinculados às religiões urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de
de matrizes africanas; degradação, a fim de reintegrá-las à dinâmica urbana e
promover melhorias no ambiente e na qualidade de vida.
III - assegurar a participação proporcional de representantes
das religiões de matrizes africanas, ao lado da representação Parágrafo único. O direito à moradia adequada, para os
das demais religiões, em comissões, conselhos, órgãos e efeitos desta Lei, inclui não apenas o provimento habitacional,
outras instâncias de deliberação vinculadas ao poder público. mas também a garantia da infraestrutura urbana e dos
equipamentos comunitários associados à função habitacional,
CAPÍTULO IV bem como a assistência técnica e jurídica para a construção, a
reforma ou a regularização fundiária da habitação em área
urbana.
DO ACESSO À TERRA E À MORADIA ADEQUADA
Art. 36. Os programas, projetos e outras ações
Seção I governamentais realizadas no âmbito do Sistema Nacional de
Habitação de Interesse Social (SNHIS), regulado pela Lei
o
Do Acesso à Terra n 11.124, de 16 de junho de 2005, devem considerar as
peculiaridades sociais, econômicas e culturais da população
negra.
Art. 27. O poder público elaborará e implementará políticas
públicas capazes de promover o acesso da população negra à
terra e às atividades produtivas no campo. Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios estimularão e facilitarão a participação de
organizações e movimentos representativos da população
Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento das atividades negra na composição dos conselhos constituídos para fins de
produtivas da população negra no campo, o poder público
Art. 39. O poder público promoverá ações que assegurem a DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a
população negra, inclusive mediante a implementação de Art. 43. A produção veiculada pelos órgãos de comunicação
medidas visando à promoção da igualdade nas contratações valorizará a herança cultural e a participação da população
do setor público e o incentivo à adoção de medidas similares negra na história do País.
nas empresas e organizações privadas.
Art. 44. Na produção de filmes e programas destinados à
o
§ 1 A igualdade de oportunidades será lograda mediante a veiculação pelas emissoras de televisão e em salas
adoção de políticas e programas de formação profissional, de cinematográficas, deverá ser adotada a prática de conferir
emprego e de geração de renda voltados para a população oportunidades de emprego para atores, figurantes e técnicos
negra. negros, sendo vedada toda e qualquer discriminação de
natureza política, ideológica, étnica ou artística.
o
§ 2 As ações visando a promover a igualdade de
oportunidades na esfera da administração pública far-se-ão Parágrafo único. A exigência disposta no caput não se
por meio de normas estabelecidas ou a serem estabelecidas aplica aos filmes e programas que abordem especificidades
em legislação específica e em seus regulamentos. de grupos étnicos determinados.
o
§ 3 O poder público estimulará, por meio de incentivos, a Art. 45. Aplica-se à produção de peças publicitárias
adoção de iguais medidas pelo setor privado. destinadas à veiculação pelas emissoras de televisão e em
salas cinematográficas o disposto no art. 44.
o
§ 4 As ações de que trata o caput deste artigo assegurarão
o princípio da proporcionalidade de gênero entre os Art. 46. Os órgãos e entidades da administração pública
beneficiários. federal direta, autárquica ou fundacional, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista federais deverão
o
§ 5 Será assegurado o acesso ao crédito para a pequena incluir cláusulas de participação de artistas negros nos
produção, nos meios rural e urbano, com ações afirmativas contratos de realização de filmes, programas ou quaisquer
para mulheres negras. outras peças de caráter publicitário.
o
o
§ 6 O poder público promoverá campanhas de sensibilização § 1 Os órgãos e entidades de que trata este artigo incluirão,
contra a marginalização da mulher negra no trabalho artístico nas especificações para contratação de serviços de
e cultural. consultoria, conceituação, produção e realização de filmes,
programas ou peças publicitárias, a obrigatoriedade da prática
de iguais oportunidades de emprego para as pessoas
relacionadas com o projeto ou serviço contratado.
o
§ 2 O poder público federal incentivará a sociedade e a Parágrafo único. O Poder Executivo priorizará o repasse dos
iniciativa privada a participar do Sinapir. recursos referentes aos programas e atividades previstos
nesta Lei aos Estados, Distrito Federal e Municípios que
tenham criado conselhos de promoção da igualdade étnica.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO IV
DOS OBJETIVOS
DAS OUVIDORIAS PERMANENTES E DO ACESSO À
Art. 48. São objetivos do Sinapir: JUSTIÇA E À SEGURANÇA
I - promover a igualdade étnica e o combate às desigualdades Art. 51. O poder público federal instituirá, na forma da lei e no
sociais resultantes do racismo, inclusive mediante adoção de âmbito dos Poderes Legislativo e Executivo, Ouvidorias
ações afirmativas; Permanentes em Defesa da Igualdade Racial, para receber e
encaminhar denúncias de preconceito e discriminação com
II - formular políticas destinadas a combater os fatores de base em etnia ou cor e acompanhar a implementação de
marginalização e a promover a integração social da população medidas para a promoção da igualdade.
negra;
Art. 52. É assegurado às vítimas de discriminação étnica o
III - descentralizar a implementação de ações afirmativas acesso aos órgãos de Ouvidoria Permanente, à Defensoria
pelos governos estaduais, distrital e municipais; Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, em todas
as suas instâncias, para a garantia do cumprimento de seus
direitos.
IV - articular planos, ações e mecanismos voltados à
promoção da igualdade étnica;
Parágrafo único. O Estado assegurará atenção às mulheres
negras em situação de violência, garantida a assistência
V - garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados física, psíquica, social e jurídica.
para a implementação das ações afirmativas e o cumprimento
das metas a serem estabelecidas.
Art. 53. O Estado adotará medidas especiais para coibir a
violência policial incidente sobre a população negra.
III - incentivo à criação de programas e veículos de V - doações de Estados estrangeiros, por meio de convênios,
comunicação destinados à divulgação de matérias tratados e acordos internacionais.
relacionadas aos interesses da população negra;
TÍTULO IV
IV - incentivo à criação e à manutenção de microempresas
administradas por pessoas autodeclaradas negras; DISPOSIÇÕES FINAIS
o
“Art. 4 O rompimento da relação de trabalho por ato
discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à
reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre:
...................................................................................” (NR)
o
§ 1 ...............................................................................
o o
Art. 63. O § 1 do art. 1 da Lei nº 10.778, de 24 de novembro
de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:
o
“Art. 1 .......................................................................
Ética profissional é o conjunto de princípios que regem a Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
conduta funcional de uma determinada profissão. Desta forma, do Poder Executivo Federal.
cada indivíduo deve proceder de acordo com os princípios
éticos exigidos pela classe profissional que integra.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que
lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o
Ética empresarial abrange as empresas e organizações, disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e
diante da necessidade de se desenvolver uma cultura ética, 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts.
que atinja os seus integrantes (administradores, funcionários e 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,
clientes) e sirva de fundamento para os valores e convicções
das empresas. O comportamento ético adotado por uma
empresa/organização é a base da responsabilidade social, DECRETA:
expressa nos princípios e valores por ela seguidos, pois não
há responsabilidade social sem ética nos negócios, devendo Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do
haver coerência entre as ações e o discurso adotado. Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com
este baixa.
COMENTÁRIOS À ALÍNEA h:
Dos Principais Deveres do Servidor Público
RJU, Art. 116. São deveres do servidor:
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: manifestamente ilegais;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
poder.
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII
emprego público de que seja titular; será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela
autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
assegurando-se ao representando ampla defesa.
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer
de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de
pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
dano moral ao usuário;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua
para o bem comum; ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo
negativamente em todo o sistema;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição
essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e
coletividade a seu cargo; qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as
providências cabíveis;
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
de direito; paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato
com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com
colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;
COMENTÁRIOS À ALÍNEA s:
RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
COMENTÁRIOS À ALÍNEA f:
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento
e processo ou execução de serviço; RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais
que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo
serviço público e dos jurisdicionados administrativos; de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder
outro servidor para o mesmo fim;
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público,
mesmo que observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei; COMENTÁRIOS À ALÍNEA g:
RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
integral cumprimento.
Retirar, sem prévia autorização, qualquer documento ou XX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).
objeto da repartição pública, pertencente ao patrimônio público
ou à particular pode, ainda, configurar crime de Peculato,
previsto no artigo 312, do Código Penal. XXI - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).
Peculato (apropriação e desvio) XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor Ética é a de censura e sua fundamentação constará do
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito com ciência do faltoso.
próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. COMENTÁRIOS AO INCISO XXII:
A Comissão de Ética não tem por finalidade aplicar
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito sanções disciplinares contra os servidores públicos civis.
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de Muito pelo contrário: a sua atuação tem por princípio evitar a
amigos ou de terceiros; instauração desses processos, mediante um trabalho de
orientação e aconselhamento.
Destaca-se que este Código não foi instituído por lei em
COMENTÁRIOS À ALÍNEA m:
sentido estrito. Assim, o seu descumprimento não acarreta
Utilizar-se de informações obtidas no âmbito interno da nenhuma responsabilidade administrativa ao servidor público
administração, nos casos em que deva ser guardado sigilo que violar os seus preceitos.
pode caracterizar crime, previsto no artigo 325, do Código
A única penalidade prevista é a de censura. Neste sentido,
Penal:
o código serve para estimular o comportamento ético do
servidor público, já que o mesmo é de livre adesão.
Violação de sigilo funcional - Art. 325 - Revelar fato de que A finalidade do Código de Ética consiste em produzir na
tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em pessoa do servidor público a consciência de sua adesão às
segredo, ou facilitar-lhe a revelação: normas ético-profissionais existentes, à luz de um espírito
crítico, para efeito de facilitar a prática do cumprimento dos
deveres legais por parte de cada um e, em consequência, o