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PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO

ESTE MATERIAL CONTÉM:


 LÍNGUA PORTUGUESA
 LEGISLAÇÃO
 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO - Guarda Municipal

SUMÁRIO
FONOLOGIA:
01. Conceito, encontros vocálicos, dígrafos e ortoépia_________________________
01
02. Divisão silábica_______________________________________________________02
03. Prosódia-acentuação________________________________________________ 02
04. Ortografia___________________________________________________________03

MORFOLOGIA:
05. Estrutura e formação das palavras_______________________________________
05
06. Classes de palavras________________________________________________ 09

SINTAXE:
07. Termos da oração e período composto__________________________________12
08. Conceito e classificação das orações_____________________________________
13
09. Concordância verbal________________________________________________ 15
10. Concordância nominal________________________________________________16
11. Regência verbal e nominal_________________________________________ 18
12. Crase_______________________________________________________________20
13. Pontuação___________________________________________________________
21

SEMÂNTICA:
14. A significação das palavras no texto_____________________________________
22
15. Interpretação de texto_______________________________________________ 23

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO______________________________________________
25

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4 Dífono
FONOLOGIA: Conceito, encontros
Dífono é a produção de dois fonemas a partir da leitura da
vocálicos, dígrafos e ortoépia letra X com som de /KS/. Exemplos: ônix /ôniks/, Félix /Féliks/,
tóxico /tóksico/...
Parte da Gramática que se ocupa com o reconhecimento e
a classificação dos sons próprios da língua.
Observação: os demais fonemas produzidos pela leitura
da letra X não formam dífonos: explorar /s/, exame /z/, máximo
1 Fonema /ss/ e lixo /ch/. Isso ocorre porque em cada um deles há um
Fonema é som. Representam-se os fonemas da seguinte fonema apenas.
forma: /a/, /bê/, /CE/... /agá/... Denomina-se transcrição
fonética.
5 Encontros Vocálicos

2 Letra São associações de vogais.

Letra é a representação gráfica do fonema: a, b, c... h.


5.1 Ditongos

3 Dígrafo São associações de duas vogais na mesma sílaba.

Dígrafo é a associação de duas letras cuja pronúncia


produz um fonema. Os dígrafos se subdividem em orais, que
ORAIS ORAIS
são os pronunciados com o concurso da boca, e os nasais, NASAIS
CRESCENTES DECRESCENTES
que na pronúncia têm o auxílio do nariz.
farmácIA cÉU pÃO

3.1 Dígrafos Orais sérIE cOIsa mÃEs

SS- assinar, cassado,


CH - chuva, chácara, cheiro...
massa... 5.2 Tritongos
NH- linha, manha, tamanho... SÇ- nasça, cresça, desça... São associações de três vogais na mesma sílaba.
LH - alho, malha, calha... XC- exceto, excitar, exceção...
RR - arroz, arriscar, ORAIS NASAIS
GU- gueto, gueixa, sangue...
arrasado...
igUAIs sagUÃO
SC - consciente, descer,
QU- queixo, querido, tanque... paragUAIa sagUÕEs
crescimento...

Observação: as associações SC, XC, GU e QU não serão 5.3 Hiatos


dígrafos se, na palavra em que vierem, os fonemas das duas
São associações de duas vogais em sílabas vizinhas.
letras forem individualizados, isto é, ouvirem-se ambos os
fonemas. Por exemplos: escola, exclusão, água, aquário.
vEÍculo, IAte, AEroporto, AErovIA...
3.2 Dígrafos Nasais
AM - lâmpada, campo, tampo...
6 Encontros Consonantais
AN - canta, tanto, antro...
São associações de consoantes.
EM - tempo, empório, sempre...
EN - entre, lento, cento...
PERFEITOS IMPERFEITOS
IM - limpo, importar, imberbe...
Ficam na mesma sílaba Ficam em sílabas vizinhas
IN - incauto, lindo, cinco...
PReço, TRoco, BLoco... peRDa, foRÇa, peRTo...
OM - compra, lombo, comboio...
ON - conta, lontra, condição...
Observação: em alguns encontros de consoantes, a
UM - cumprir, cumprimento... pronúncia determina a presença de uma vogal entre elas, o
que descaracteriza o encontro consonantal. Por exemplo:
UN - unção... ficção /FIKIÇÃO/. Observe-se que a vogal I separou as
consoantes C e Ç, desfazendo o encontro consonantal.
Observação: se as associações de vogal+m ou n vierem
antes de vogal ou no final da palavra, não serão dígrafos.
Antes de vogal, os fonemas das duas serão ouvidos: uma,
amada, ano, coma... E no final da palavra formarão ditongos
nasais: foram /fôrão/.

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b) hiatos: du-e-to, ca-a-tin-ga, sa-ú-de, flu-ir, a-e-ro-por-to,
Divisão silábica xi-i-ta, A-ír-ton, ve-í-cu-lo, ca-os, le-o-ni-no, co-o-pe-rar,
mo-er, co-ar...
A divisão silábica consiste na identificação e delimitação
das sílabas de cada palavra. O conhecimento das regras de c) os dígrafos RR, SS, SC, SÇ, e XC: bar-ro, as-sun-to,
divisão silábica é útil para a translineação das palavras, ou des-cer, nas-ço, ex-ce-to, car-ro, nas-cer, des-ço, ex-ces-
seja, para separá-las no final das linhas e para responder às so, ar-ra-zo-a-do...
questões objetivas. Quando houver necessidade da divisão,
ela deve ser feita de acordo com as regras abaixo.
d) os grupos consonantais que iniciam palavras: gnós-ti-
co, pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co.
1 REGRA GERAL
Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma
vogal.Observem-se os exemplos:prá-ti-ca, que-ru-bim, sols-tí- Lembre-se! Não há sílaba sem vogal.
cio, ve-í-cu-lo, tra-ta-do... Portanto não há sílaba
somente formada por consoante(s).
CUIDADO COM OS PREFIXOS

2 REGRAS ESPECÍFICAS
Na divisão silábica, não se levam em conta os
elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais,
NUNCA SE SEPARAM sufixos: in-, a-, des-, intra-, pré-, supra-, semi- etc.):de-sa-
a) ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba au- ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do.
tô-no-mo, ou-to-no, di-nhei-ro, des-mai-a-do, U-ru-guai, i-
guais, quais-quer, U-ru-guai-a-na...
Uma vez incorporado a alguma palavra, esses
elementos mórficos passam a fazer parte da nova palavra.
b) os dígrafos CH, LH, NH, GU e QU: chu-va, cha-vei-ro, Portanto, obedecem às regras gerais.
ma-lha, tra-pa-lha-da, li-nha, se-nha, lín-gua, á-gua, gu-ri- Nunca uma sílaba terminará em consoante se a seguinte
a, gu-la, gua-ra-ná, que-ro, qui-lo, qua-li-da-de... se iniciar por vogal. A consoante sempre se ligará à vogal
subsequente: sub-lin-gual, su-ben-ten-der, dis-fun-ção, di-sen-
SEMPRE SE SEPARAM te-ri-a, su-per-mer-ca-do, su-pe-ra-mi-go...
a) grupos formados por ditongo decrescente + vogal (aia,
eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu). Ex.: Observe novamente:
prai-a, tei-a, joi-a, sa-bo-rei-e, es-tei-o, ar-roi-o, com-lui-o, su-bor-di-na-da, su-bes-ta-ção, su-bal-ter-no: a palavra
tui-ui-ú... inicia por VOGAL, logo o B se separou do SU, partindo-se
o prefixo.

ATENÇÃO!
Veja a outra separação:
Não confunda associações como PRAI-A, MEI-A, SAI-A,
SEI-O com tritongo: tritongo é o encontro de uma sub-li-nhar, sub-lin-gual: a palavra inicia por consoante,
semivogal com uma vogal e outra semivogal (SV+V+SV) portanto o B não se separou do SU.

Prosódia-acentuação
(Atualizada pelo Acordo Ortográfico - Decretos n. 6.583, de 18/9/2008 e 7.875, de 27/12/2012, com vigência a partir de 01-01-2009)

1 Classificação das palavras quanto à tonicidade


presentes em aproximadamente 5% lícito, América, cáustico,
PROPAROXÍTONAS tonicidade na antepenúltima sílaba
da Língua Portuguesa Émerson, música...
presentes em aproximadamente cadeira, ligeiro, táxi, Vítor,
PAROXÍTONAS tonicidade na penúltima sílaba
80% da Língua Portuguesa aparelho, idéia...
presentes em aproximadamente rapaz, infeliz, agradar, rapé,
OXÍTONAS tonicidade na última sílaba
15% da Língua Portuguesa cipó, comprá-la, recebê-lo ...

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2 Regras 2.7 Do acento diferencial - continuam sendo
acentuadas para diferenciar de outras em Língua
Portuguesa. Observe o quadro abaixo:
2.1Das proparoxítonas - todas são acentuadas.
Médico, próximo, plêiade, místico, métrica, víbora, pirâmide...
Acentuam-se... ... para diferenciar de ...
pôr (verbo) por (preposição)
2.2 Das paroxítonas - acentuam-se apenas as
terminadas em ã, ãs,ão, ãos, ei, eis, i, is, om, ons, um, pôde (/ô/)(verbo poder na 3ª pode (/ó/)(verbo poder na 3ª
uns, us, l, n, r, x, ps e ditongo crescente. pessoa do singular do pessoa do singular do
pretérito perfeito) presente do indicativo)
Órfã, ímãs, órgão, sótãos, jérsei, amáveis, táxi, biquínis,
rádom, íon, prótons, álbum, fóruns, vírus, nível, hífen, revólver, ter e vir (verbos) na 3ª ter e vir (verbos) na 3ª
tórax, bíceps, farmácia... pessoa do plural do presente pessoa do singular do
do indicativo (eles têm, eles presente do indicativo (ele
vêm), bem como seus tem, ele vem).
2.3 Das oxítonas - acentuam-se apenas as terminadas derivados: entretêm,
em “a(s), e(s), o(s)”, abertos ou fechados, e “em” e intervêm...
“ens” quando tiverem mais de uma sílaba.
Vatapá, sofás, comprá-la, recebê-lo, ipê, cafés, compô-lo,
cipós, capôs, armazém, vinténs, refém, parabéns... Observação: as demais palavras, como pólo, pélo, pélas,
péla (verbos), côa, pêra... não levam mais acento pelo Acordo
Ortográfico. Devem, portanto, ser grafadas polo, pelo, pelas,
2.4 Dos monossílabos tônicos - acentuam-se os pela (verbos), coa, pera.
monossílabos tônicos finalizados em a(s), e(s) e o(s).
Já, lá, vás, pé, pés, pó, pós, sê (verbo)...
Ortografia
Quadro de apoio para entender a acentuação das oxítonas
e das paroxítonas. 1 Emprego do H

a(s), e(s), o(s),


terminações o resto 1.1 A letra H etimológica aparece no início de inúmeras
em, ens
palavras, mas desaparece nas derivadas.
SIM, são NÃO são
OXÍTONAS humanizadas desumanizadas habitável inabitável
acentuadas acentuadas
harmonia desarmonia hábil inábil
NÃO são SIM, são
PAROXÍTONAS
acentuadas acentuadas honesto desonesto herdar deserdar

2.5 Do i e do u - acentua-se o “i” e “u” quando esta 1.2 O H permanece nas palavras compostas ligadas
vogal for tônica, precedida de vogal e formar sílaba por hífen.
sozinha ou com “s”.
anti-higiênico pré-histórico mal-humorado
Saída, saíste, Ijuí, Tramandaí, Iraí, faísca, saúde, baú, jaús...

1.3 Como o H não tem valor fonético, isto é, não é


Observação: não são mais acentuadas, pelo Acordo pronunciado, seu emprego causa confusão. Eis
Ortográfico de 2009, as palavras que apresentarem ditongo algumas palavras que causam dúvida:
decrescente antes do i e do u: feiura, baiuca, reiuno... As que
ontem úmido ombro êxito ermo
apresentam ditongo crescente continuam acentuadas: Guaíba,
Guaíra... hesitar hoje humilde herbívoro hediondo

2.6 Dos ditongos eu, ei e oi - acentua-se a primeira 1.4 Emprega-se, também, H nos dígrafos ch, nh, lh.
vogal dos ditongos “ei”, “eu” e “oi” quando for tônica
e aberta nas palavras oxítonas.
2 Emprego de G e J
Véu, céu, réu, réus, mói (verbo), anzóis, bacharéis, caracóis...
2.1 Com som de j, emprega-se g somente antes das
vogais eei.
Observação: pelo Acordo Ortográfico de 2009, as
paroxítonas que apresentam EI e OI tônicos não são mais gente urgente girafa gengiva
acentuadas: jiboia, ideia, assembleia, Coreia, panaceia,
claraboia, boia...
2.2 Emprega-se j antes das vogais a, o e u.
jumento varejo juba sertanejo granja

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2.3 Emprega-se, porém, j antes de eei nas palavras 5 Emprego de Ç
derivadas de primitivos que já apresentam j ou quando
a origem assim o exigir.
5.1 Emprega-se ç nos derivados das palavras
PRIMITIVO DERIVADO PRIMITIVO DERIVADO terminadas em to.

laranjeira, lojinha primitivo canto isento atento discreto


laranja laranjinha, loja lojista canção, atenção,
larenjeirense derivados isenção discrição...
lojeca cancioneiro atencioso

Observação -viajar (verbo)(que eu viaje, que elesviajem...), Observação: -ÇAO é terminação geral de substantivos
mas viagem. derivados de verbos.
Viagem, com G, é substantivo.

5.2 Emprega-se ç nos derivados do verbo ter e seus


2.4 Emprega-se g na terminação -gem. compostos.
Garagem, fuligem, folhagem, regulagem, viagem (subst.)... derivados de ter Deter conter reter
formam palavras Detenção contenção retenção
2.5 Emprega-se g nas terminações -ágio, -égio, -ígio, -
ógio, -úgio.
5.3 Emprega-se ç nos vocábulos de origem árabe, tupi-
pedágio egrégio litígio relógio refúgio guarani ou africana.
árabe tupi-guarani ou africana
3 Emprego de S araçá, Iguaçu, Juçara,
açúcar, açucena, açafrão,
PRIMITIVO DERIVADOS miçanga, paçoca, Paraguaçu,
muçulmano, açafate ...
muçurana, caçula ...
pretender pretensão, pretensioso(a), pretensiosamente ...
Observação: não há SS nas palavras de origem tupi-guarani.
submergir submerso, submersível ...
divertir diverso, diversificar, diversamente ... 6 Emprego das terminações -EZ, -EZA e -ÊS, -ESA
impelir impulsão, impulsivo, impulsionar ... timidez, altivez, beleza, português, portuguesa,
recorrer recurso, recursal, recursivo ... pureza, estranheza, nitidez, francês, francesa, holandês,
acidez... holandesa ...
sentir sensível, sensação, sensorial, sensitivo ...
Conclusão
Conclusão Os adjetivos gentílicos
Conclusão: se no final da raiz dos verbos houver nd, rg, Os substantivos abstratos derivados de substantivos são
rt, pel, corr e sent, deverá aparecer S no final da raiz de todos derivados de adjetivos são escritos com -ÊS para
os derivados. escritos com -EZ ou -EZA. masculinos e -ESA para
femininos.

4 Emprego de SS Exemplos Exemplos


Robusto - robustez Inglaterra - inglês-inglesa
PRIMITIVO DERIVADOS
agredir agressão, agressivo, agressor...
7 Emprego das terminações ISAR e IZAR
ceder cessão, cessar...
imprimir impressão, impresso, impressionar ... 7.1 ISAR
admitir admissão, admissional... PRIMITIVOS DERIVADOS
percutir percussão, percussionista... análise, pesquisa, paralisia, analisar, pesquisar, paralisar,
submeter Submisso, submissão... liso, improviso ... alisar, improvisar ...

Conclusão: se no final da raiz dos verbos houver gred, Conclusão: se na palavra primitiva houver S no final da
ced, prim, mit, cute met, deverá aparecer SS no final da raiz raiz, o verbo será formado com ISAR.
de todos os derivados.

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7.2 IZAR 8 Emprego de X
PRIMITIVOS DERIVADOS
Emprega-se x para representar os fonemas /xá/, /xé/, /xê/,
canal, suave, canalizar, suavizar, /xi/, /xó/, /xô/ e /xu/ em palavras
indústria,símbolo... industrializar,simbolizar ...
de
origem
de origem depois
Conclusão: se na palavra primitiva não houver S no final tupi, depois de depois
inglesa e da inicial
da raiz, o verbo será formado com IZAR. africana ditongo de en
espanhola me
ou
exótica
Cuidado: catequese gera CATEQUIZAR, porque na raiz não xampu, mexer,
xavante, enxame,
há S (CATEQU). xelim, caixa, feixe, mexicano,
abacaxi, enxoval,
xerez, frouxo,peixe... mexilhão
muxoxo... enxada...
lagartixa ... ...

9 Emprego de CH

Emprega-se CH em palavras de diversas outras origens.


Chave, cheirar, chumbo, chassi, chuchu, chiripá, mochila,
salsicha, chope, checar, sanduíche, azeviche...

10 Grafia do diminutivo plural de palavras terminadas em R, L e ÃO

Passos Flor papel balão


1. pluralizar Flores papéis balões
2. cortar o S Flore papéi balõe
3. somar zinho(a) Florezinha papeizinho balõezinho
4. repor o S FLOREZINHAS PAPEIZINHOS BALÕEZINHOS

MORFOLOGIA: Estrutura e formação das palavras

1 Processos de Formação de Palavras

1.1 Derivação
TIPO DE DERIVAÇÃO CONSISTE EM EXEMPLOS
a) Prefixal acrescentar prefixo a radical infeliz, desleal, rever, inútil, revisar, desfazer
b) Sufixal acrescentar sufixo a radical maquinaria, livreiro, bananada, alegrar
c) Prefixal e Sufixal acrescentar prefixo e sufixo infelizmente, inutilizar, inutilmente
descampado, enriquecer, embarcar entardecer,
d) Parassintética acrescentar prefixo e sufixo simultaneamente
anoitecer
retirar elementos finais de uma palavra, formando- ataque (de atacar), disputa (de disputar), dúvida
e) Regressiva
se outra (de duvidar)

1.2 Composição
TIPO DE COMPOSIÇÃO CONSISTE NA EXEMPLOS
união de palavras sem perda de elementos pontapé, meio-fio, super-homem, pé-de-moleque,
a) Justaposição
individuais couve-flor...
união de palavras com perda de elementos
b) Aglutinação petróleo, planalto, pernilongo, fidalgo, vinagre...
individuais

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2 Os Prefixos - Equivalências, diferenças e 3.3 Sufixos formadores de substantivos derivados de
adaptações. outros substantivos.
-ada -ado -agem -aria -eiro -ia
2.1 Alguns prefixos sofrem alteração na forma e
mantêm o significado. boiada doutorado folhagem livraria barbeiro advocacia

Imortal impermeável incômodo irregular


3.4 Sufixos formadores de substantivos derivados de
adjetivos.
Conclusão: alguns prefixos se adaptam às palavras as -dade -ez -eza -ia
que se somam sofrendo alguma alteração em sua forma, mas
mantendo o significado. lealdade insensatez magreza alegria

2.2 Alguns prefixos apresentam forma idêntica com -ice -ície -ura
significados diferentes.
velhice calvície Doçura
INfiltrar INfalível
Significado de movimento
Significado de negação 3.5 Sufixos formadores de substantivos derivados de
para dentro
verbos.
-ança -ância -ante -ente -or
2.3 Alguns prefixos apresentam formas diferentes com
significado idêntico. vingança tolerância estudante combatente jogador
REprovar Acéfalo Imoral DESnutrido -ção -são -tório -ura -mento
exportação extensão lavatório formatura ferimento
Em todos eles, o significado é de negação. 3.6 Sufixos formadores de adjetivos derivados de
substantivos.

3 Os Sufixos -ante -ente -inte -vel


tolerante resistente constituinte amável
3.1 Sufixos diferentes na forma com igual significado. -ivo -iço -douro -tório
pensativo quebradiço duradouro preparatório
-ante navegante, estudante, operante, praticante, tratante...
-ente paciente, doente, cliente, gerente, presidente ... 3.7 Alguns sufixos nominais
-inte ouvinte, pedinte, teleouvinte ... realismo, subjetivismo, idealismo, Islamismo,
-ismo
-unte Transeunte Budismo ...

-ista analista, cientista, tenista, especialista, calçadista ... -ista realista, subjetivista, idealista, islamista, budista ...

-or professor, pintor, provedor, contador...


3.8 Alguns sufixos verbais
-ear -ejar -icar -itar -izar -e(s)cer
Nas palavras acima, os sufixos têm significado de ocupação,
profissão. amanhecer,
folhear Gotejar bebericar saltitar utilizar
florescer

3.2 Os sufixos -or e -douro são parecidos, mas têm


significados bem diferentes.
-ORforma palavras que -DOUROforma palavras que
designam agente, ocupação designam lugar destinado a
ou profissão certa atividade
exemplos: exemplos:
pintor,provedor, logradouro,matadouro,
professor, inspetor... paradouro, ancoradouro...

-douro possui equivalência de sentido com -tério e -tório:


cemitério, necrotério, crematório, ambulatório, refeitório,
dormitório...

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3.9 Sufixos de valores aumentativo e diminutivo
Valor aumentativo Valor diminutivo
-ão paredão, salão ... -inho lapisinho, piresinho ...
-alhão dramalhão, medalhão ... -zinho cãozinho, pãozinho ...
-aço, -aça ricaço, barcaça ... -acho riacho ...
-eirão vozeirão, boqueirão ... -icha barbicha
-anzil corpanzil -ebre casebre
-arra bocarra -eco livreco ...
-ázio copázio -ejo lugarejo, vilarejo ...
-aréu fogaréu, povaréu ... -isco chuvisco, petisco ...

4 Lista complementar de prefixos mais usados (latinos e gregos).

4.1 Latinos
PREFIXO SIGNIFICADO EXEMPLO
ab, abs, a afastamento, separação abstrair, aversão
ad Aproximação adnominal
ambi Duplicidade ambigüidade, ambidestro
ante Anterioridade antepor, ante-sala
circum movimento em torno de circunferência
cis posição aquém cisalpino, cisplatino
com companhia, sociedade companheiro, conterrâneo
contra Oposição contradizer, contrapor
a) movimento de cima para baixo decrescer
de
b) separação decapitar
des ação contrária desfazer, desobstruir
ex, e, es movimento para fora expatriar, emigrar, estorno, esvaziar, externar, expor
extra fora de, além de extra-oficial, extradição
in, im, i sentido contrário, negação injusto, impermeável, ilegal
infra posição inferior infra-assinado
intra posição interior intramuscular, intravenoso
inter, entre posição intermediária internacional, entreabrir
a) posição em frente objeto
ob, o
b) oposição opor
a) através de percorrer
per
b) intensidade perdurar
pos posição posterior postônica, pós graduação
pre Anterioridade prever, pré-fabricado
a) movimento para trás regredir,
re
b) repetição refazer, reconstruir, rever
retro para trás retroceder, retroagir
semi Metade semicírculo
sub inferioridade, abaixo submarino, submergir

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a) posição superior supercílio
Super, sobre
b) excesso sobrecarga
supra posição superior supracitado
a) além de transportar
trans
b) através de transamazônica

4.2 Gregos
anfi Duplicidade anfíbio
anti Oposição antípoda, antiaéreo
arqui superioridade hierárquica arquiduque
di Duplicidade dissílabo
dia através de diálogo
a) movimento para fora êxodo
Ex, exo
b) intensidade exógeno, exacerbar
endo movimento para dentro endocarpo
epi sobre, em cima epiderme
eu bondade, perfeição eugenia, eufonia
hemi Metade hemisfério
hiper Excesso hipérbole
hipo Cavalo hipódromo
hipo posição inferior hipodérmico
hipo Escassez hipotensão
mono Singularidade monoteísmo, monogâmico
peri em torno de perímetro
poli Multiplicidade polissílabo
a) posição anterior próclise
pro b) a favor de pró-socialista
c) movimento para a frente progresso
proto início, começo proto-história
sin (sim) Simultaneidade sinfonia, simpatia
tele Distância telégrafo

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Classificação dos artigos:
Classes de palavras
a) definidos: o, a, os, as.
b) indefinidos: um, uma, uns, umas.
As palavras, em Língua Portuguesa, são divididas em dez
categorias, chamadas de classes gramaticais.
OBSERVAÇÃO: não se confundam os artigos com os
Cada palavra, em Português, é classificada, portanto, pronomes oblíquos átonos O, A, OS e AS!
numa dessas classes gramaticais.
As conjunções serão trabalhadas nas aulas de
COORDENAÇÃO e SUBORDINAÇÃO. 3 ADJETIVOS
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo,
conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou
Os verbos, por sua vez, estão trabalhados em três conteúdos
estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e
(três aulas), a saber: EMPREGO DE TEMPOS E MODOS
feminino), número (singular e plural) e grau (normal,
VERBAIS, REGÊNCIA VERBAL e CONCORDÂNCIA
comparativo, superlativo).
VERBAL.
Nesta aula, serão estudadas as seguintes classes
gramaticais: substantivos,artigos, adjetivos, numerais, Classificação dos adjetivos:
advérbios, preposições, pronomes e interjeições, nessa a) simples: vermelha, lindo, zangada, branco…
ordem. b) compostos: verde-escuro, amarelo-canário, franco-
brasileiro, mal-educado…
1 SUBSTANTIVOS c) primitivos: feliz, bom, azul, triste, grande…
Substantivos são palavras que nomeiam ou d) derivados: magrelo, avermelhado, apaixonado…
denominamseres, lugares, qualidades, sentimentos, e) biformes: bonito, alta, rápido, amarelas, simpática…
noções, entre outros.
f) uniformes: competente, fácil, verdes, veloz, comum…
Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino),
número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal, g) pátrios: paulista, cearense, brasileiro, italiano, romeno…
aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das
funções sintáticas em que estão inseridos (sujeito, objeto 8.4 NUMERAIS
direto, objeto indireto e agente da passiva).
Numerais são palavras que indicam quantidades de
pessoas ou coisas, bem como a ordenação de elementos
Classificação dos substantivos: numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em
a) simples: casa, amor, roupa, livro, felicidade… gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural).
b) compostos: passatempo, arco-íris, beija-flor, segunda-
feira, malmequer… Classificação dos numerais:
c) primitivos: folha, chuva, algodão, pedra, quilo… a) cardinais: um, sete, vinte e oito, cento e noventa, mil…
d) derivados: território, chuvarada, jardinagem, açucareiro, b) ordinais: primeiro, vigésimo segundo, nonagésimo,
livraria… milésimo…
e) próprios: Flávia, Brasil, Carnaval, Nilo, Serra da c) multiplicativos: duplo, triplo, quádruplo, quíntuplo…
Mantiqueira… d) fracionários: um meio, um terço, três décimos…
f) comuns: mãe, computador, papagaio, uva, planeta… e) coletivos: dúzia, cento, dezena, quinzena…
g) coletivos: rebanho, cardume, pomar, arquipélago,
constelação…
5 ADVÉRBIOS
h) concretos: mesa, cachorro, samambaia, chuva, Felipe…
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um
i) abstratos: beleza, pobreza, crescimento, amor, calor… adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância
j) comuns de dois gêneros: o(a) estudante, o(a) jovem, (tempo, lugar, modo, intensidade…). São invariáveis, não
o(a) artista… sendo flexionadas em gênero e número.
k) sobrecomuns: a vítima, a pessoa, a criança, o gênio, o
indivíduo… Classificação dos advérbios:
l) epicenos: a formiga, o crocodilo, a mosca, a baleia, o a) de lugar: aqui, ali, atrás, longe, perto, embaixo…
besouro…
b) de tempo: hoje, amanhã, nunca, cedo, tarde, antes…
m) de dois números: o(s) lápis, o(s) tórax, a(s) práxis, o(s)
c) de modo: bem, mal, rapidamente, devagar, calmamente,
ônibus, o(s) pires…
pior…
d) de afirmação: sim, certamente, certo, decididamente…
OBSERVAÇÃO: existem alguns substantivos que só se e) de negação: não, nunca, jamais, nem, tampouco…
utilizam no plural: os parabéns, os pêsames.
f) de dúvida: talvez, quiçá, possivelmente, provavelmente,
porventura…
2 ARTIGOS g) de intensidade: muito, pouco, tão, bastante, menos,
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, quanto…
determinando a definição ou a indefinição dos substantivos. h) de exclusão: salvo, senão, somente, só, unicamente,
Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e apenas…
número (singular e plural), indicam-lhes, também, o gênero e
i) de inclusão: inclusivamente, também, mesmo, ainda…
o número.
j) de ordem: primeiramente, ultimamente, depois…

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6 PREPOSIÇÕES Do pronome ONDE também se derivam AONDE e DONDE,
Preposições são palavras que estabelecem conexões que também devem ser empregados apenas em referência a
com vários sentidos entre dois termos da oração. São lugar físico.
invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Vejamos:
Classificação das preposições: As ruas aonde irão os policiais são vigiadas por câmeras.
a) simples essenciais: a, após, até, com, de, em, entre, Aonde quer que fôssemos, havia crianças.
para, sobre… A região donde vieram está em guerra civil
b) simples acidentais: como, conforme, consoante, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão…
b) Interrogativos - são o centro de uma interrogação: que,
c) compostas ou locuções prepositivas: acima de, a fim quem, qual, onde, como, quando, quanto. Como
de, apesar de, através de, de acordo com, depois de, em funcionam?
vez de, graças a, perto de, por causa de…

Quem afirmou que os investidores não são respeitados?


7 PRONOMES
O que aconteceu ontem?
Pronomes são vocábulos que acompanham ou
representam os nomes. Observe-se o seu funcionamento: Quantos estavam presentes?
Como se deu o descobrimento de tal doença?
Aquelas peças deverão fazer parte da linha de montagem. Veja como ocorreu o plebiscito.

c) Indefinidos - acompanham ou representam


O pronome demonstrativo “aquelas” está acompanhando o
substantivo (nome) “peças” indefinidamente os nomes: nada, ninguém,
nenhum(a),algo, alguém, algum(a)(s), cada, tudo,
todo(a)(s), outrem, utro(a)(s), qualquer e quaisquer.
Vejamos, agora, o pronome representando um nome:
Duas pessoas foram filmadas na agência. Elas estavam
em atitude suspeita.
Quem afirmou que os investidores não são respeitados?
O que aconteceu ontem?
Classificação das pronomes:
Quantos estavam presentes?
a) Relativos - relativizam (ou relacionam) elementos já
citados a algo que se dirá ou escreverá. São eles: que, Como se deu o descobrimento de tal doença?
quem, qual, cujo e onde. Como funcionam?
d) Demonstrativos - acompanham ou representam os
As formas que a comissão apresentou são surreais. nomes, com função indicadora, ou demonstrativa:isto, isso,
aquilo, aquele(a)(s), esse(a)(s), este(a)(s)

Observe-se que o vocábulo formas está sendo retomado


pelo relativo que. Funcionam assim:
O controle de preços deve continuar em vigência. Isso
colaborará para a manutenção dos índices de inflação.
Já o pronome quem deve ser empregado para seres
humanos:
A jovem a quem enviamos a documentação gerencia a Observe que o pronome ISSO se referiu ao que já estava
empresa. registrado.
(a preposição a é exigida pelo verbo ENVIAR)
Veja o outro emprego:
Quanto ao pronome qual, deve ser empregado quando Prestemos muita atenção a isto: o perigo ronda naquele
precedido de preposição: bairro.
O assunto ao qual a página se refere está nas redes sociais.
Observe que o pronome ISTO se referiu ao que seria
registrado.

e) Pessoais
O pronome relativo cujo relaciona elemento possuidor a
possuído:
A casa cujo telhado foi reconstituído será vendida.

As pessoas cujas assinaturas foram reconhecidas são


herdeiros.

A cidade onde ocorreu o massacre construiu um monumento


aos heróis. (cidade é lugar físico)

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Observe-se o quadro:

OBLÍQUOS OBLÍQUOS
PESSOA VERBAL RETOS REFLEXIVOS POSSESSIVOS
ÁTONOS TÔNICOS
1ª do singular eu me mim comigo meu, meus, minha, minhas
2ª do singular tu te ti contigo teu, teus, tua, tuas
3ª do singular ele(a) se si consigo seu, seus, sua, suas
1ª do plural nós nos - conosco nosso, nossa, nossos, nossas
2ª do plural vós vos - convosco vosso, vossos, vossa, vossas
3ª do plural eles(as) se si consigo seu, seus, sua, suas

Emprego de EU e TU - serão sempre empregados como Emprego de SI - de igual forma que CONSIGO, o pronome SI
sujeitos: deve ser empregado em referência à 3ª pessoa:

As páginas foram deixadas para eu corrigir e tu revisares. O menino perdera os sentidos, mas logo voltara a si.
Observe-se que EU é sujeito de CORRIGIR e TU, de
REVISARES. OS PRONOMES “O, A, OS, AS, LHE e LHES” devem ser
empregados na substituição de objetos. Observe-se o quadro:
Outros exemplos:
Para eu entender as explicações, preciso interpretá-las. OBJETOS DIRETOS OBJETOS INDIRETOS
Entre tu saíres e eu ficar, há alternativas a ser consideradas.
o, a , os as lhe, lhes
Sem eu praticar, nada poderei garantir.
A razão de tu leres em voz alta é apenas fonética?
Observe-se o emprego:
Emprego de MIM e TI - são pronomes que devem aparecer O instituto O nomeará até abril.(quem nomeia nomeia
com função de complemento, nunca podendo ser utilizados ALGUÉM, portanto OD).
como sujeito. Prestou-LHE um grande favor. (quem presta presta algo A
ALGUÉM, portanto OI).
Observemos os exemplos:
O agradável cheiro de comida da pensão chegava até mim. A QUESTÃO DO TRATAMENTO
Para mim deveria haver oportunidades para mais gente.
Entre mim e ti, sempre houve respeito. Observe as frases:
Não se preocupe com suas economias. (A pessoa verbal é
VOCÊ, revelada pelos pronomes SE e SUAS, de 3ª pessoa.)
Emprego de COM NÓS
- utiliza-se COM NÓS antes de QUE, NUMERAL, TODOS,
PRÓPRIOS e OUTROS: Não te preocupes com tuas economias. (A pessoa verbal é
TU, revelada pelos pronomes TE e TUAS, de 3ª pessoa.)

O texto poderá ser feito COM NÓS que dominamos o tema.


8 INTERJEIÇÕES
Fique COM NÓS três para a despedida.
Interjeições são palavras que exprimem emoções,
sensações, estados de espírito. São invariáveis e seu
Emprego de CONOSCO - emprega-se CONOSCO nos significado fica dependente da forma como elas são utilizadas.
demais casos:
Fique conosco nesta reunião. Classificação das interjeições:
As comissões votarão conosco. a) de alegria: Oh!, Ah!, Oba!, Viva!, Opa!…
Se vierem conosco, ficarão hospedados em bom lugar. b) de estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Ânimo!,
Adiante!…
Emprego de CONSIGO - CONSIGO só pode ser empregado c) de aprovação: Apoiado!, Boa!, Bravo!…
na 3ª pessoa, em referência indireta a ELE(A)(S): d) de desejo: Oh!, Tomara!, Oxalá!…
e) de dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!…
Alguns voltaram da viagem e trouxeram consigo várias lições. f) de surpresa: Nossa!, Cruz!, Caramba!, Opa!, Virgem!,
Ela retornará trazendo consigo os filhos e os sobrinhos. Vixe!…
g) de impaciência: Diabo!, Puxa!, Pô!, Raios!, Ora!…
h) de silêncio: Psiu!, Silêncio!…

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i) de alívio: Uf!, Ufa! Ah!… Inexistente - diz-se quando a oração apresenta verbo
j) de medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!… impessoal
k) de advertência: Cuidado!, Atenção!, Olha!, Alerta!, Faz muitos anos que chove na Páscoa.
Sentido!… Haverá dissidências em breve.
l) de concordância: Claro!, Tá!, Hã-hã!…
m) de desaprovação: Credo!, Francamente!, Xi!, Chega!,
Basta!, Ora!… 1.1.2 Predicado é tudo o que se diz do sujeito
n) de incredulidade: Hum!, Epa!, Ora!, Qual!,… Retirando-se o sujeito, o que sobra na oração é o predicado.
o) de socorro: Socorro!, Aqui!, Piedade!, Ajuda!…
p) de cumprimentos: Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Adeus!… 1.1.3 Classificação do Predicado
q) de afastamento ou expulsão: Rua!, Xô!, Fora!, Passa!…
Verbal - formado por verbo intransitivo ou transitivo.
As procuradoras do réu apresentaram procurações hoje.
SINTAXE: Termos da oração e Seu núcleo é o próprio verbo.
período composto Nominal - formado por verbo de ligação.
Todos pareciam muito entusiasmados naquela ocasião.
1 Quadro Geral dos Termos da Oração Seu núcleo será um nome (adjetivo ou advérbio).
Essenciais Integrantes Acessórios Verbo-Nominal - formado por dois núcleos - verbal e
nominal.
 Objeto Direto  Aposto As atletas chegaram muito cansadas ao hotel.
 Objeto Indireto  Vocativo Os núcleos são chegaram e cansadas.
 Sujeito  Complemento  Adjunto
 Predicado Nominal Adverbial
 Predicativo 1.2 Integrantes
 Adjunto
 Agente da Passiva Adnominal
1.2.1 Objeto direto é a palavra ou expressão que
integra o sentido de um verbo transitivo direto.
É preciso observar, portanto, que os termos da oração
nada mais são do que as funções sintáticas que as palavras e Todos pretendiam ver a jovem modelo.
expressões exercem dentro da oração.

Queres uma taça de champanha?


1.1 Essenciais

1.1.1 Sujeito é o agente da ação verbal 1.2.2 Objeto indireto é a palavra ou expressão que
integra o sentido de um verbo transitivo indireto.
Busca-se o sujeito por meio da pergunta:
Gosta imensamente de pintura impressionista.
QUEM É QUE + VERBO?

Aspirava ao progresso da vila de que era fundador.


1.1.1.2 Classificação do Sujeito
Simples - é formado por um núcleo.
1.2.3 Complemento nominal é a palavra ou expressão
As últimas encomendas chegaram ao Brasil em agosto.
que integra o sentido de um nome (substantivo,
O núcleo é encomendas. adjetivo e advérbio) de sentido incompleto.
Composto - é formado por dois ou mais núcleos. Saudade de casa- contente com os fatos novos- rente à casa
África e Ásia são continentes exóticos para a nossa verde
cultura.
Os núcleos são África e Ásia.
A fixação da multa será decidida por uma comissão de
Desinencial - é indicado pela desinência de pessoa condôminos.
presente no verbo.
Fomos felizes. Estás satisfeito com os resultados?
Na primeira frase, a desinência -mos permite identificar o Era ávido por notícias da Itália.
sujeito nós; na segunda, a desinência -s permite identificar o
sujeito tu.
Indeterminado - apresenta-se pelas seguintes estruturas: A escola ficava perto da delegacia.
a) verbo na 3ª pessoa do plural - Furaram o cerco da polícia.
b) verbo intransitivo + se - Vive-se bem em algumas cidades
daquele país.
c) Verbo transitivo indireto + se - Precisa-se de atendentes.

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1.2.4 Predicativo é o termo ou expressão que se 1.3.2 Vocativo é a palavra ou expressão empregada
associa ao verbo de ligação, integrando-lhe sentido. para se dirigir a alguém ou algo.
As senhoras pareciam confusas e revoltadas com o descaso Preste atenção, meu amigo, às notícias que estão sendo
do porteiro. veiculadas.

1.2.4.1 Classificação do Predicativo 1.3.3 Adjunto adverbial é palavra ou expressão


empregada para revelar ou esclarecer uma
Do sujeito - Animais de estimação estavam sendo circunstância de tempo, lugar, modo...
vacinados.
O predicativo qualifica o sujeito (animais). As denúncias, na atualidade, chegam às raias da banalidade.

Do objeto - Vimos animais sendo vacinados ontem.


O predicativo qualifica o objeto (animais). Naquele rancho à beira da estrada, morava um casal de
agricultores.
1.2.5 Agente da passiva é o termo que corresponde, na
ativa, ao sujeito.
A conta pública sempre será paga pelo povo. 1.3.4 Adjunto adnominal é a palavra ou expressão que
se une ao nome, como artigo, numeral, adjetivo...
(Na ativa: O povo sempre pagará a conta pública.)
Motorista de táxi- chapéu de palha- anel de ouro- cadeira de
vime
Duas das cartas encontradas foram escritas pelo dono do
hotel.
(Na ativa: O dono do hotel escreveu duas das cartas As duas primeiras candidatas escolherão a cidade onde
encontradas.) trabalharão.

1.3 Acessórios

1.3.1 Aposto é a palavra ou expressão que qualifica


alguém ou algo.
Roberto Rodrigues, médico legista, fará palestra sobre morte
súbita.

Conceito e classificação das orações

1 Processo de Coordenação
ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA NEXO ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ...

Os textos ficaram prontos, mas ainda não foram revisados.

2 Quadro Geral das Conjunções Coordenativas


CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES RELAÇÃO DE IDEIA
ADITIVAS e, nem ADIÇÃO
ADVERSATIVAS mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante OPOSIÇÃO

ALTERNATIVAS ou, ou ... ou, ora ... ora, nem ... nem, seja ... seja, quer ... quer ALTERNÂNCIA

logo, portanto, por isso, por consequência, por conseguinte, consequentemente,


CONCLUSIVAS CONCLUSÃO
conseguintemente
EXPLICATIVAS pois, porque EXPLICAÇÃO

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Observe as seguintes frases:
As condições de trabalho eram adequadas. O salário era muito bom.

As condições de trabalho eram adequadas, e o salário era muito bom.

ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA NEXO ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADITIVA

As condições de trabalho eram adequadas. O salário era muito baixo.

As condições de trabalho eram adequadas, mas o salário era muito baixo.

ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA NEXO ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADVERSATIVA

Não fique preocupado. Tudo dará certo.

Não fique preocupado, porque tudo dará certo

ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA NEXO ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA EXPLICATIVA

2 Processos de Subordinação
ORAÇÃO PRINCIPAL NEXO ORAÇÃO SUBORDINADA

Gostava de brincar com crianças embora não quisesse ter filhos.

NEXO ORAÇÃO SUBORDINADA ORAÇÃO PRINCIPAL

Embora gostasse de brincar com crianças, nunca quis ter filhos.

ORAÇÃO... NEXO ORAÇÃO SUBORDINADA ...PRINCIPAL

As árvores, ainda que tivessem sido podadas, apresentavam copas exuberantes.

3 Quadro Geral das Conjunções Subordinativas


CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES RELAÇÃO DE IDÉIA
condicionais se, contanto que, desde que, caso condição
concessivas embora, ainda que, mesmo que, em que pese, conquanto, posto que oposição
conformativas conforme, segundo, consoante conformidade
comparativas como, tal como, tanto como, tal qual, tanto quanto comparação
consecutivas tão, tal, tamanho, tanto ... que conseqüência
causais porque, porquanto, já que, visto que, uma vez que, haja vista que causa
proporcionais à proporção que, à medida que, ao passo que proporcionalidade
temporais quando, enquanto tempo
finais para, a fim de, a fim de que finalidade

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Observe as seguintes frases.
Nós fomos chamados quando a situação se complicou.

ORAÇÃO PRINCIPAL NEXO ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL

Ele nos visitará amanhã se lhe derem folga.

ORAÇÃO PRINCIPAL NEXO OR. SUB. ADVERBIAL CONDICIONAL

Se tudo correr bem, os resultados da apuração serãoconhecidos ainda hoje.

NEXO OR. SUB. ADV. CONDICIONAL ORAÇÃO PRINCIPAL

Os meninos, quando foram interrogados, denunciaram o malfeitor.

ORAÇÃO... NEXO OR. SUB. ADV. TEMPORAL ... PRINCIPAL

3.1 Os nexos polissêmicos


Há muitas palavras em Língua Portuguesa que apresentam polissemia, isto é, podem ser empregadas com sentidos
diferentes. Tudo, na verdade, depende do contexto. Entre os nexos, existem dois polissêmicos:

3.1.1 O nexo COMO pode ser


CAUSAL = porque e no início da oração A raposa, como não pôde alcançar as uvas, desdenhou o pomar.
CONFORMATIVO = conforme ou segundo As tabelas de frete serão mantidas como determinou o setor de transporte.
COMPARATIVO = tal qual Gritava e gesticulava como se fosse louca.

3.1.2 O nexo DESDE QUE pode ser


CONDICIONAL = se/caso Retornaria à festa desde que lhe dessem carona.

TEMPORAL = desde quando Todos ficaram aguardando o reaparecimento do ator desde que ele saiu de cena.

Concordância verbal Fazer - indicando tempo decorrido ou climático.

1 Regra Geral Indicativos de meteorologia - chover, nevar, trovejar,


O verbo deve concordar em número e pessoa com o relampejar, amanhecer, entardecer, anoitecer, esfriar,
sujeito a que se refere. esquentar, neblinar...

Pergunta para encontrar o sujeito: Como funcionam: tais verbos não apresentam sujeito;
portanto não flexionam, devendo ficar sempre na terceira
QUEM É QUE + VERBO? pessoa do singular.

Exemplo: De todos os seus pertences, restou um automóvel. Exemplos


Haverá reuniões de direção em breve. Houve manifestações
contra a decisão.
Quem é que restou? UM AUTOMÓVEL.

2 Casos Particulares Faz muitos anos. Ontem fez 30ºC. Fez dias frios no inverno
passado.

2.1 Verbos Impessoais


Haver - significando “existir” ou “ocorrer”. Choveu dois dias seguidos. Amanheceu três dias sem sol.

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Observação: se um verbo impessoal vier como principal 2.6 Concordância com a voz passiva sintética.
numa locução verbal, impessoalizará o auxiliar, que também Regra: VERBO TRANSITIVO DIRETO + SE + SUJEITO -
ficará na terceira pessoa do singular. Exemplos: Deve haver se o verbo for transitivo direto e vier acompanhado por SE, o
vagas sobrando. Poderá fazer dias quentes. Tem chovido três termo seguinte será sujeito. Logo o verbo deverá concordar
dias seguidos. com o sujeito.

2.2 O verbo SER com datas e horas. Exemplos


Regra: o verbo SER deverá concordar com o número da data Intimem-se as partes. Refaçam-se os cálculos. Expeçam-se
e das horas. os alvarás.

Exemplos
É preciso que se providenciem as credenciais.
Hoje é um de julho. Amanhã serão dois.

Observação especial: se o verbo exigir preposição, ficará no


Agora são três horas. Daqui a pouco serão seis horas da singular.
tarde. Precisa-se de métodos convincentes para o desenvolvimento
da indústria. Assiste-se a cenas de destruição do patrimônio
público.
Observação: se for empregada a palavra DIA, o verbo
concordará com ela, ficando no singular: Hoje é dia 2 de
outubro. Amanhã será dia 3. 2.7 Sujeitos ligados por OU.
Regra: o verbo poderá ir para o plural se a ação permitir que
9.2.3 Sujeitos representados por expressões partitivas. ambos os sujeitos a pratiquem; caso contrário, o verbo ficará
no singular.
Regra: na Língua Culta Padrão, o verbo concordará com o
núcleo o sujeito; na linguagem enfática, o verbo poderá ir para
o plural. Exemplos
A direção ou o conselho poderão representar o grupo
Exemplos econômico. A mãe ou a filha será a presidente da empresa.

A maioria dos deputados votou pela instalação da CPI. Ou


A maioria dos deputados votaram pela instalação da CPI. 2.8 O caso do verbo PARECER funcionando como
auxiliar.
Se o verbo PARECER vier como auxiliar numa locução verbal,
Grande parte das mercadorias foi apreendida. Ou Grande poderá flexionar, ficando o principal em forma nominal, ou
parte das mercadorias foram apreendidas. poderá ficar no singular, e o principal flexionará.

2.4 Sujeitos representados por expressões


As circunstâncias parecem colaborar com seus sonhos ou As
fracionárias.
circunstâncias parece colaborarem com seus sonhos.
Regra: o verbo concordará com o numerador.

Concordância nominal
Exemplos
Um terço dos manifestantes será encaminhado à Secretaria
1 Regra Geral
da Educação.
Os artigos, os adjetivos, alguns pronomes e alguns numerais
concordarão, em gênero e número, com o substantivo a que
Dois terços dos automóveis furtados foram recuperados. se referirem.

2.5 Sujeitos representados por expressões Exemplos


percentuais.
As duas primeiras candidatas paulistas escolherão as cidades.
Regra: o verbo concordará com o número inteiro.

Nossas queridas irmãs foram sorteadas no certame.


Exemplos
1,8% dos imóveis está livre de ônus naquele bairro.

2,5% da arrecadação serão destinados ao esporte amador.

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2 Definições Importantes 3.2 Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos.
Como funciona: o adjetivo poderá concordar com o
Adjetivo substantivo mais próximo ou com todos.
Adjetivo é palavra variável que qualifica o substantivo.
Exemplos

Exemplos: bons homens; alunos competentes; livros No porto, encontravam-se fragata e cruzador
extraordinários. brasileiro/brasileiros.

Advérbio Havia relógio e pulseira dourada/dourados no criado-mudo.


Advérbio é palavra invariável que modifica o sentido de um
verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio.
Cuidado! Se o adjetivo se referir a apenas um dos
substantivo, pela sua natureza, apenas com esse concordará.
Exemplos: Não entendemos a questão. Estava muito abatido. Exemplo: Lá estava um deputado federal e uma jovem
Falava bem calmamente. grávida.

3.3 Muito, pouco, mais, menos, melhor, pior, bastante,


só, meio e caro.
QUESTÃO INTERESSANTE Como funcionam: serão adjetivos se vierem qualificando
substantivos; serão advérbios se vierem modificando o sentido
Mais e menos são palavras tradicionalmente de um adjetivo, verbo ou outro advérbio.
classificadas como advérbios, já que modificam o
sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro
advérbio. Em qual dos casos abaixo mais ou Exemplos
menos não pode ser classificado como advérbio,
por não corresponder às características dessa Muito dinheiro estava envolvido. Elas pareciam muito
classe gramatical? entusiasmadas.
a) mais atraentes
b) mais elevados
Havia bastantes motivos. Tudo estava bastante alterado.
c) mais seguro
d) menos esforço
e) menos arriscado Ficaram sós em casa. Só pensavam na tragédia que ocorreu.

Tomou meio copo d’água. Às vezes, parecia meio distraída.


A resposta é “d”, porque MENOS, como adjetivo, está
qualificando ESFORÇO, que é substantivo. Nas demais
alternativas, a palavra MAIS ou MENOS está funcionando Os móveis eram caros. Não pagaria caro por todas as
como advérbio, porque modifica o sentido de um adjetivo. mercadorias.

3 Casos Especiais 3.4 Mesmo, próprio, outro, quite, anexo, apenso,


incluso e particípios.

3.1 Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos. Como funcionam: serão adjetivos.

Como funciona: o adjetivo concordará com o substantivo


mais próximo; no caso de seres humanos, o adjetivo Exemplos
concordará com todos.
Elas próprias entregaram os documentos à assessoria.

Exemplos
Depois da contabilidade, todos ficaram quites com os
Afiado estilete e bisturi foram encontrados no local da compromissos.
inspeção.

As pastas seguem anexas aos pacotes de mercadorias.


Feita a audiência e as tratativas de acordo, foi assinado o
termo de audiência.
Observação: as expressões EM ANEXO e EM APENSO são
invariáveis.

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3.5 Alerta Exemplos
Como funciona: será advérbio quando significar EM Blusas vermelhas e calções amarelos. Camisetas rosa e
ESTADO DE ALERTA; será substantivo se vier empregado no calções cinza.
sentido de AVISO, COMUNICADO.

Ternos azuis. Paredes pêssego. Lenços roxos. Casacos areia.


Exemplos
Depois do assalto à joalheria, todos os funcionários ficaram
alerta. Adjetivos: branco, bege, castanho, amarelo, vermelho,
verde, azul marrom, bordô, roxo e preto.

Os escoteiros têm um lema: “Sempre alerta”.


Substantivos usados como adjetivos: laranja, limão,
uva, abacate, pêssego, violeta, rosa, cinza, terra, areia, gelo,
A usina emitiu vários alertas durante a madrugada. pastel ...
10.3.7.2 Cores compostas
3.6 Bom, proibido, necessário. Como funcionam: quando vier formada por dois adjetivos,
flexionará apenas o segundo elemento; se pelo menos um dos
Como funcionam: só flexionarão se o substantivo a que
termos for substantivo, nenhum flexionará.
vierem qualificando estiver especificado com artigo, pronome,
numeral ou adjetivo; se o substantivo não vier especificado, as
expressões BOM, PROBIDO e NECESSÁRIO não flexionarão. Exemplos
Trajava calças azul-escuras e blusas azul-claras.
Exemplos
Saúde é bom durante toda a vida. Mas a saúde dela é boa.
Vimos dois automóveis verde-musgo e uma motocicleta
amarelo-ouro.
Proibido permanência de veículos na entrada do prédio.
Eram cinza-escuro os ternos escolhidos para a cerimônia.
É necessária a condição de sócio para votar na assembléia.
Observação importante: azul-marinho e azul celeste são
3.7 Os nomes das cores invariáveis.

3.7.1 Cores simples


Como funcionam: as cores simples são formadas por
uma palavra; só flexionarão as que forem efetivamente
adjetivos; os nomes de cores provindos de substantivos, não
flexionarão.

Regência verbal e nominal

1 Transitividade dos Verbos


Intransitivos Transitivos diretos Transitivos indiretos Transitivos diretos indiretos
Exigem objeto direto
Não exigem objeto, pois Exigem objeto indireto (exigem Exigem dois objetos: um direto
(dispensam o uso de
possuem sentido completo. preposição). e um indireto).
preposição).
Nascer, viver, bastar... Olhar, ver, fazer... Gostar, necessitar... Pagar, preferir, perdoar...

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2 Regência de alguns verbos de uso freqüente.
VTD - acarretar Estudar implica disciplina.
Implicar
VTI - envolver-se A jovem implicou-se em crimes.
Preferir VTDI - algo a algo Prefiro água a refrigerante.
Fui ao médico.
Ir, voltar, chegar Exigem a preposição A Voltaremos ao escritório.
Chegou a Porto Alegre há pouco.

Morar, residir, estar situado Morava na Rua dos Andradas...


Exigem EM e flexões
(residente, sito) ... residente e domiciliado na Praça da Saudade...

3 Regência de alguns verbos com sentidos e regências diferentes.


Aspirar VTD - Aspiramos poeira. (=Inalamos) VTI - Aspiras à aprovação? (=Desejas)
VTI - Assista à programação.
Assistir VTD - O médico assistiu o paciente. (=atendeu)
(=Veja)
VTD - Visou o documento. (=Assinou, passou o
Visar VTI - Visamos ao conforto de todos. (=Desejamos)
visto)
VTI - Procedia de família humilde. VTI - Proceda ao leilão.
Proceder
(=Era originária, vinha de) (=Faça, providencie)

Observações sobre assistir e proceder 5 Regência de Esquecer e Lembrar.


ASSISTIR também significa MORAR, RESIDIR, sendo VTI Os verbos esquecer e lembrar podem ser transitivos
e exigindo EM. PROCEDER tem outros dois significados: diretos quando não acompanhados de pronomes oblíquos
COMPORTAR-SE e TER CABIMENTO (em ambos os átonos. E, quando acompanhados, funcionarão como
significados, é intransitivo). transitivos indiretos.

4 Regência de alguns verbos de uso freqüente na Os convidados Os convidados se


linguagem jurídico-administrativa. Esquecer esqueceram os esqueceram dos
Tais verbos são transitivos diretos indiretos e podem sofrer documentos. documentos.
a mudança do objeto direto pelo indireto e vice-versa. Há de Lembrar Ela lembrou as datas. Ela se lembrou das datas
se cuidar, porém, que haja dois objetos, um de cada natureza.

Funcionam de igual forma os verbos aproveitar e utilizar.


Informe os alunos de Informe aos alunos que
Informar que as provas as provas ocorrerão dia
ocorrerão dia 15. 15. 6 Regência de outros verbos de uso freqüente.
Avisei os participantes Avisei aos participantes PAGAR,
Avisar Pagamos a conta ao armazém.
do horário da chegada o horário da chegada.
PERDOAR,
Perdoe a ofensa ao amigo.
Notificaram o infrator da Notificaram ao infrator a PEDIR
Notificar Pediremos informações à
multa. multa.
(exigem objeto direto e secretaria.
Cientifique o autor do Cientifique ao autor o indireto com preposição A)
Cientificar
prazo de recurso. prazo de recurso.
AGRADAR As notícias não agradaram ao
(exige a preposição A) convidado.

RESPONDER,
Responda às questões.
OBEDECER
Obedeça ao regulamento.
(exigem A)
VTD - desejar - Queremos paz.
QUERER VTI - querer bem, gostar - Queira
bem aos seus irmãos.
Custou-nos chegar aqui.
CUSTAR
Custa-me entender o texto.

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7 Emprego do O e do Lhe. 2 Crase Proibida
Objetos Não existe crase antes de Exemplos
Nós vimos a garota na porta do O sol estava a pino. Viajou a
1. palavra masculina
mercado. trabalho.
DIRETOS EM GERAL
Nós A vimos na porta do mercado. 2. verbo Começará a chover em breve.
o, os, a, as
Paguei a conta.
Enviaremos ofício a Vossa
Paguei-A. 3. expressão de tratamento
Excelência.
Entreguei o pacote ao 4. pronome indefinido Isso não interessa a ninguém.
INDIRETOS HUMANOS
encarregado.
lhe, lhes 5. pronome pessoal Referiu-se a mim, a ti e a ela.
Entreguei-LHE o pacote.
Remeta a carta a essa
6. pronome demonstrativo
empresa.
8 Emprego dos pronomes relativos precedidos ou não
de preposição. Dirigiu-se a uma farmácia
7. “uma”
daquela rua.
8.1 Que, quem, qual, onde. 8. no a singular antes de Fez críticas a pessoas ligadas
Observe as seguintes frases. palavra no plural ao setor.

Esta é a obra que o povo verá exposta no saguão do novo Ficaram cara a cara, frente a
9. entre palavras repetidas
aeroporto. frente.

Esta é a obra de que o governo federal tanto se orgulha. 10. depois de preposição A aula foi adiada para as 16h.

Eis a ministra por quem todos nutrem grande admiração.


Entenda por quê: nos casos 1 a 9, o a que aparece nos
exemplos é apenas preposição; não há crase nesses casos,
Na primeira frase, não ocorreu preposição antes do porque não existe o segundo a, que é o artigo. No caso 10,
pronome relativo que, porque o verbo da oração (ver) é porém, o a que aparece no exemplo é artigo; nesse último
transitivo direto. caso também não há crase, porque falta o primeiro a, que é
preposição.
Na segunda e terceira frases, os dois pronomes relativos
(que na segunda e quem na terceira) vieram precedidos de 3 Pode Haver Crase
preposição, porque os verbos orgulhar-se e nutrir
(admiração)são transitivos indiretos (quem se orgulha se Caso Quando Exemplos
orgulha de e quem nutre admiração nutre admiração por).
Iniciaremos os
antes de Somente em hora debates às 15h e
8.2 Cujo indicações horárias determinada. encerraremos às
Observe as seguintes frases. 18h30min.

O governo cujo poder Cortês representava Faremos


antes de nome
Opcionalmente. homenagem à
próprio feminino
A casa de cuja fachada gostamos muito está à venda. Marcela/a Marcela.
Se houver palavra
Na primeira frase, não ocorreu preposição antes do feminina Sua lealdade é
pronome relativo cujo, porque o verbo representar é antes de QUE e DE subentendida entre semelhante à de
transitivo direto. Já na segunda frase, o pronome cujo o A e o QUE ou seu pai.
aparece precedido de preposição de, porque o verbo gostar DE.
assim o exige. Somente nas
antes de nome de Foi à Bahia e a
localidades
localidade Santa Catarina.
femininas.
Crase
antes de nome de Foi à Santa
localidade Sempre. Catarina das belas
1 Estrutura da Crase especificada praias.
Verbo ou nome que exige A cerimônia à qual
à palavra feminina Se A QUAL puder
preposição a comparecemos
antes de QUAL e ser substituído por
terminou cedo. (O
Atenderemos à população carente. flexão AO QUAL no
evento ao qual
masculino.
Estava apto à direção do setor. comparecemos...)

Tinha tendência à embriaguez. Opcionalmente, se


o A e o possessivo
Passou rente à parede da casa. antes de pronomes Enviaram brindes
vierem no singular;
possessivos à/a sua matriz e às
obrigatoriamente,
femininos suas filiais.
se ambos vierem
no plural.

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no a inicial dos Se forem adverbial não se prestavam a enxergar janelas
O jornal referiu-se deslocado¹ indiscretas.
demonstrativos substituíveis por A àquele senador.
AQUILO, ISSO, A ESSE(A) d) isolar oração
AQUELE(A)(S) (s). (... a esse...) Tales, quando comprava o jornal, lia
subordinada
as notícias para todos da família.
antes das palavras adverbial deslocada
Bife à milanesa.
moda ou maneira, e) isolar predicativo Nervosa, a senhora pediu licença para
Sempre. Namoravam à
mesmo deslocado deixar o hospital.
subentendidas antiga.
f) isolar conjunção Naquela época, era interessante saber
nas locuções Fazia tudo às adversativa e dos fatos pelos colegas; hoje, porém,
adverbiais Sempre. claras. Viajou às conclusiva sabe-se de tudo pelos meios de
femininas custas do pai. deslocada comunicação.
Fui a casa. As crianças, que estão em formação,
Fui à casa de g) isolar oração merecem amparo.
amigos. adjetiva explicativa²
Antes das palavras
Somente se vierem Comportou-se a
casa, terra, altura e Observação¹ - o isolamento do adjunto adverbial deslocado é
especificadas. altura.
distância opcional, mas aconselhável.
Comportou-se à
altura de um Observação² - as orações subordinadas adjetivas restritivas
diplomata. não levam vírgulas: As crianças que sofrem de algum mal
merecem cuidados especiais.
em expressões Vendeu a/à vista.
como à vista e Opcionalmente. A polícia foi
outras recebida a/à bala. Equivalências entre sinais de pontuação
depois da Foram até as/às
Opcionalmente.
preposição até margens.
Nos casos de isolamento, as vírgulas podem ser substituídas
por travessões ou por parênteses, sem que isso cause
alteração no sentido do texto.
Pontuação
3 Casos de Dois-Pontos

1 Casos de Vírgula I O dois-pontos é empregado para introduzir

A vírgula é empregada para


A depoente afirmou: “Meu filho não retornou
a) citação
para casa”.
a) separar elementos Os pais, os alunos, os professores e
de igual função a comunidade reconstruirão o Todos nos passaram uma segurança: que
b) aposto
sintática ginásio de esportes. não haveria aumento de impostos.
b) separar orações Fizemos o que era possível, mas Ela o expulsou da reunião: ele estava
c) explicação
coordenadas (exceto não conseguimos salvar as cópias insuportável.
iniciadas por E) do contrato.
Traga da feira os seguinte: feijão, linguiça,
d) enumeração
c) marcar a supressão Ela é uma lutadora; seu filho, um farinha e charque.
intencional do verbo exemplo.

Equivalência entre sinais de pontuação


1.1 O Caso da Vírgula Antes do E
unindo sujeitos As pessoas investem em educação e
iguais = sem vírgula ampliam seus horizontes culturais. O dois-pontos pode ser substituído, em qualquer dos casos,
por travessão.
unindo sujeitos
As pessoas investem em cultura, e a
diferentes = com
sociedade ganha em qualificação.
vírgula 4 Casos de Ponto-e-Vírgula
O ponto-e-vírgula é empregado para
2 Casos de Vírgula II
A vírgula é empregada para
a) separar orações
Para alguns, liberdade é um
coordenadas de sentidos
direito; para outros, um sonho.
opostos sem conetivo
O vizinho, um aposentado de 70 anos,
a) isolar o aposto
era o guardião da rua. b) separar orações
Nós viajaremos ainda hoje;
coordenadas adversativas e
Por piedade, Genésio, deixe essa alguns, porém, só seguirão
b) isolar o vocativo conclusivas de conetivo
criança brincar agora. amanhã.
deslocado
c) isolar adjunto As lunetas, àquela hora da noite, já

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SEMÂNTICA: pagar com


área superfície expiar sofrimento;
A significação das palavras no texto reparar falta
nome de um
1 Semântica é a parte da Gramática que trata da osso do peito
ária cantiga esterno
significação das palavras e expressões. (anatomia
humana)
Em NOITE - MORTE - DIA - SOL - CHUVA - RISO - CHORO -
INÍCIO - FIM, há relações de sinonímia e antonímia, mas, sem que está por
arrear pôr arreios externo
dúvida, tais palavras podem ser agrupadas em grupos fora
semânticos.
arriar baixar estrato tipo de nuvem
perfume;
arrochar apertar extrato
Por exemplo: semanticamente, podem-se agrupar as palavras resumo
NOITE e DIA como antônimas, assim como se pode
arroxar tornar roxo era época
relacionar SOL e CHUVA. Mas também é possível relacionar
CHORO e MORTE como consequentes. apanhar,
caçar hera planta
perseguir

1.1 Sinonímia invalidar,


cassar incerto duvidoso
destituir
Parte da gramática que se ocupa de termos que têm igual
significado: CRIANÇA e INFANTE, por exemplo. Mas é confrontar,
carear inserto introduzido
preciso observar que a sinonímia pode ocorrer entre termos acarear
diferentes, mas contextualmente próximos ou equivalentes.
cariar criar cárie incipiente principiante
privar da
1.2 Antonímia cegar insipiente ignorante
visão
Parte da gramática que se ocupa de termos de significados segar ceifar laço nó
contrários, como, por exemplo, MORTE e VIDA. Mas é preciso
observar que a antonímia pode ocorrer entre termos
diferentes, mas contextualmente opostos.
1.3 Homonímia frouxo,
cela cubículo lasso
cansado
Do Grego homòs (igual) + onma (nome), homônimos
são palavras idênticas na grafia e na pronúncia, sela arreio maça clava
distinguindo-se apenas na semântica. Por exemplo:
recenseament mistura com
1. sadio (latim = sanus) censo massa
o farinha
SÃO 2. santo (latim = sanctus)
senso juízo paço palácio
3. verbo ser (latim = sunt)
ato de
cerrar fechar passo
avançar o pé
1.4 Paronímia
serviçal de
São vocábulos que apresentam semelhança na grafia serrar cortar peão
estância
e/ou na pronúncia. Por exemplo:
cessão ato de ceder pião brinquedo
discriminar = diferenciar
seção
descriminar = inocentar parte, setor tacha prego
(secção)
sessão reunião taxa imposto
1.4.1 Lista de Alguns Parônimos Mais Empregados
ordem de pronome
Palavra Significado Palavra Significado cheque vós
pagamento pessoal
acender atear fogo cesta balaio lance de
xadrez; chefe som da
ascender elevar-se sexta numeral xeque voz
de tribo laringe
acento sinal gráfico concertar harmonizar oriental
remendar,
assento banco consertar
reparar
acerto precisão espectador assistente
quem está na
asserto afirmação expectador
expectativa
apreçar arcar o preço esperto astuto
apressar acelerar experto perito

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4 Tipos de Deformações
Interpretação de texto
Para realizar uma questão objetiva sobre compreensão de
texto, o examinador lança mão de cinco alternativas, cada
1 Por que interpretar textos? qual contendo uma visão diferenciada do assunto. Se a
Modernamente, os concursos públicos em geral têm questão busca a afirmação correta, quatro delas naturalmente
submetido os candidatos a testes de compreensão de leitura, apresentam defeitos. Essas deformações são sistemáticas e
apresentando propostas que põem à prova a atenção e o repetitivas, porque só existem cinco caminhos para causar
raciocínio. Para tanto, quem se submete a interpretar textos, imperfeição numa mensagem. São elas:
seja para responder a questões de concursos, seja pela
atividade profissional que exerce, precisa entender os
mecanismos dos textos. AMPLIAÇÃO
2 Tipos de Testes Consiste em aumentar a mensagem ou a ideia. Por
As bancas dos concursos públicos têm renovado e exemplo, se num texto está a seguinte informação:
aperfeiçoado o antigo modelo do texto com enunciado e cinco
alternativas. A partir disso, é possível verificar a sistemática
A maioria dos jovens preocupa-se com os
em que são propostas as questões e examiná-las à luz das
descaminhos da política embora eles nem sempre
ocorrências mais modernas.
aparentem preocupação.

3 Tipos de Enunciados
Tal informação estaria deformada por ampliação na
O exame dos enunciados apresentados nos últimos anos
alternativa que reproduzisse a mensagem com o seguinte
em concursos públicos garante ao respondente situar-se de
equívoco:
modo mais objetivo e seguro em relação ao que se solicita a
partir dos textos. Assim, são comuns alguns tipos de
enunciados como os que passam a ser estudados.
Os jovens preocupam-se com os descaminhos da
política embora nem sempre aparentem preocupação.
3.1 Compreensão Exclusiva do Texto
O mais comum dos enunciados é o que propõe ao
Observe que a maioria dos jovens é uma parte dos jovens,
respondente assinalar a alternativa que retrata o que o texto
e os jovens são o todo. Eis um exemplo de ampliação.
traz de modo geral. Via de regra, tais enunciados aparecem
assim:
RESTRIÇÃO
De acordo com o texto
Consiste no contrário da ampliação, isto é, em diminuir
ideia presente no texto. Por exemplo, se num texto afirma-se
Conforme o texto que

Para responder a esse tipo de enunciado, é importante que Roupas de brim vendem bem o ano todo, embora
se tenha presente o fato de que a banca solicita indicação de sejam quentes no verão e frias no inverno.
alternativa que contenha apenas ideia presente no texto, sem
extrapolação.
Estaria deformada por restrição a alternativa que
contivesse a seguinte mensagem:
3.2 Compreensão Além do Texto
É fundamental considerar, também, o tipo de enunciado
que, por sua redação, leva o candidato a compreender Roupas de brim vendem mais no verão e no inverno,
interpretações não presentes no texto, mas autorizadas pelo apesar de não serem adequadas para essas estações.
texto. Via de regra, tais enunciados aparecem assim:

Verifica-se na afirmação que a ideia veio equivocada com


A partir do texto relação à época em que se vendem roupas de brim: o ano
inteiro para mais no inverno e no verão, o que consiste numa
restrição de mensagem.
Com base no texto, é possível afirmar que

Portanto são notáveis as duas formas de solicitar


compreensão de leitura com base em questões objetivas.
Outras formas de pedir existem, como, por exemplo, a
solicitação de interpretação de parte do texto, com base em
um ou em alguns parágrafos, ou, também, indagar-se do
respondente sobre a ideia central do texto. A isso se chama
inferência.

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OPOSIÇÃO
Como o nome sugere, oposição consiste em afirmar o
contrário do que o texto traz. Quase sempre, porém, as
afirmações não são feitas de forma tão clara, de modo a
permitir facilmente identificar uma contrariedade. As bancas
preferem caminhos mais elaborados, como, por exemplo,
lançar mão de vocábulos de domínio mais restrito. Observe
este exemplo:

O amor prescinde da amizade.

Estaria deformada por oposição a afirmação

O amor precisa da amizade.

Prescindir, apenas para lembrar, significa passar sem, pôr


de lado, renunciar a, dispensar, enquanto precisar significa
necessitar, ter necessidade de, carecer, que é o contrário de
prescindir.

INVERSÃO
Também chamada troca, consiste em inverter elementos
associados entre si, mascarando a mensagem. Por exemplo,
na afirmação

As coisas têm o valor do aspecto, e o aspecto depende da


retina.

Estaria invertendo posições dos argumentos,


reassociando-os, a mensagem que apresentasse a seguinte
ordem

As coisas têm o valor que lhes dá a retina, e a retina


depende do aspecto.

ALIENAÇÃO
Consiste em afirmar o que no texto não se afirma, ou seja,
apresenta ideia estranha ao texto. Por exemplo, numa
afirmação como a seguinte:

Num país como o Brasil do século XIX, ser funcionário


público era estar perto dos donos do poder.

Consistiria em alienação afirmação que contivesse, por


exemplo, a seguinte informação:

Era necessário ter muito poder, no Brasil do século XIX,


para ser funcionário público.

É evidente que a ideia acima apresentada não guarda


relação com o texto original. Eis um exemplo de alienação.

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08. Qual das alternativas abaixo apresenta palavra com mais
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO letras do que fonemas?
A) Arbitrariedade.
FONÉTICA. SEPARAÇÃO SILÁBICA. ACENTUAÇÃO. B) Patrimonial.
C) Cartada.
01. A palavra “joalheria” apresenta D) Banana.
A) 1 hiato e um ditongo crescente. E) Herbívoro.
B) 2 ditongos crescente.
C) 2 hiatos. 09. Quanto à tonicidade, são, respectivamente, proparoxítona,
D) 1 ditongo crescente e 1 ditongo decrescente. paroxítona e oxítona as palavras
E) 1 hiato e dois dígrafos. A) peremptório, baalita, órgão
B) mixórdia, perdi, atroz.
02. A interjeição “chiça” apresenta C) lábdamo, candidíase, esfaimar.
A) 2 dígrafos. D) midríase, esfíncter, amou.
B) 1 dígrafo. E) dromórnito, clonórquis, sótão.
C) 5 fonemas.
D) 4 letras. 10.Quanto à tonicidade, a alternativa que contém,
respectivamente, palavras proparoxítona, paroxítona e oxítona
E) 6 letras. é
A) África - relataram - viram
03. Assinale a palavra que possui 7 fonemas.
B) áreas - países - intensificação
A) Cachaça. C) década - epidemia - propagação
B) Molhado. D) características - definir - síndrome
C) Caderno. E) época - milhões - maiores
D) Fachada.
E) Xícara. 11. Assinale a opção que apresenta separação silábica
equivocada.
04. Acerca da palavra “conscientização”, pode-se afirmar que A) Ex-ce-ção.
A) possui 15 fonemas. B) Des-ci-da.
B) apresenta a separação silábica “cons-cien-ti-za-ção”. C) Trans-la-ção.
C) é polissilábica e paroxítona terminada em ditongo nasal. D) Su-bli-nhar.
D) possui um ditongo nasal. E) Tran-sal-pi-no.
E) apresenta três dígrafos.
12.Os vocábulos abaixo aparecem separados em sílabas.
05. Qual destas palavras apresenta dígrafo e ditongo? Assinale aquele em que a separação não obedece às normas
do sistema ortográfico vigente:
A) Guerra.
A) car-re-ga-dos.
B) Cheio.
C) Teclado. B) es-tá-tuas.
C) cam-ba-Iei-a.
D) Obstrução.
D) es-pi-ra-is.
E) Maçã.
E) es-cal-da-vam.
06. A palavra que não apresenta ditongo nasal é
13. Há erro de divisão silábica em uma das séries. Assinale-a:
A) tanto.
A) ist-mo, á-gua, pror-ro-gar, trans-a-tlân-ti-co, cai-ais.
B) lembraram.
B) pneu, tri-cam-pe-ão, bi-sa-vô, flu-iu, su-bo-fi-ci-al.
C) cem.
C) ne-crop-si-a, ru-a, sais, prai-a, cou-sa.
D) lembrarão.
D) ap-to, de-sá-gua, joi-a, mne-mô-ni-ca, dor.
E) mãe.
E) ad-li-ga-ção, sub-lin-gual, a-ven-tu-ra, sa-ir, ca-í-da.

07. Sobre a palavra “nhoque”, pode-se afirmar que 14. A divisão silábica só não está correta em:
A) possui 6 fonemas e 2 dígrafos. A) cor-rup-ção.
B) possui 4 fonemas e 1 dígrafo. B) su-bli-nhar.
C) possui 6 fonemas e 1 dígrafo. C) subs-cri-ção.
D) possui 4 fonemas e 2 dígrafos. D) sé-rie.
E) possui 5 fonemas e 2 dígrafos. E) a-ve-ri-gueis.

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15. Assinale a única opção em que há um vocábulo cuja C) “consciência” é acentuada porque se trata de proparoxítona
separação silábica não está feita de acordo com a norma terminada em ditongo.
ortográfica vigente: D) “lê” é acentuada porque a pronúncia da vogal “e” é
A) es-cor-re-gou / in-crí-veis. “fechada”, e não aberta.
B) in-fân-cia / cres-ci-a. E) “caído”é acentuada porque a vogal “i”, quando tônica, deve
C) i-dei-a / lé-guas. ser acentuada se precedida de vogal, formando hiato.
D) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da.
E) vo-ou / sor-ri-em. 21. Observe o texto:
1 O fator mais importante para prever a
16. Em relação às palavras “vê” e “lá”, é correto dizer que: performance de um grupo é a igualdade da participação
A) As duas são acentuadas por serem oxítonas. na conversa. Grupos em que poucas pessoas dominam
4o diálogo têm desempenho pior do que aqueles em que
B) Ambas são monossílabos átonos.
há mais troca. O segundo fator mais importante é a
C) Ambas são acentuadas por serem monossílabos tônicos.
inteligência social dos seus membros, medida pela
D) As duas são dissílabas. 7capacidade que eles têm de ler os sinais emitidos pelos
E) Apenas uma delas é oxítona. outros membros do grupo. As mulheres têm mais
inteligência social que os homens, por isso grupos mais
17. Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando as palavras 10diversificados têm desempenho melhor. Gustavo Ioschpe.
Veja, 31/12/2014, p. 33 (com adaptações) .
à respectiva classificação quanto à tonicidade.
Em todas as ocorrências de “têm” no texto (l. 4, 7, 8 e 10) é
exigido o uso do acento circunflexo para marcar o plural. (C/E)
COLUNA 1 COLUNA 2
1. Oxítona. (---) cadeirante 22. Os vocábulos “Iraí” e “graúdo” são acentuados pela
2. Paroxítona. (---) metástase mesma regra que determina o acento em “baús”. (C/E)
3. Proparoxítona. (---) leões
(---) sótão 23.Considere as afirmativas abaixo.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima I - As palavras “comércio”, “ânsia” e “domicílio” são
para baixo, é: acentuadas pelo mesmo motivo: paroxítonas terminadas em
ditongo crescente.
A) 1 - 2 - 3 - 1.
II - As palavras “saída”, “possível” e “juízes” são classificadas
B) 2 - 3 - 1 - 2. como paroxítonas quanto à sílaba tônica.
C) 3 - 1 - 2 - 3. III - A forma verbal “permiti-lo” deveria ter acento pelo mesmo
D) 1 - 1 - 3 - 2. motivo que justifica o acento em “juízes”.
E) 2 - 2 - 1 - 3. Quais estão corretas?
A) Apenas I e III.
18. Todas as palavras a seguirsão acentuadas em virtude da B) Apenas II e III.
mesma regra, à EXCEÇÃO de: C) Apenas I e II.
A) obrigatória. E) Apenas III.
B) contrário.
C) vivências. 24. Assinale a opção que indica a necessidade de modificar a
D) experiência. colocação de acento gráfico para que o texto fique
gramaticalmente correto.
E) extrínseco.
É urgentemente necessário(a) promover o aumento da
entrada de estrangeiros. Deve-se completar o trabalho da
19.Assinale aalternativa em que ambas as palavras NÃO são natureza, oferecendo segurança e transporte publico(b)
acentuadas pela mesma regra. eficientes, preparação do pessoal receptivo, serviço decente
A) compô-lo - transportará de telecomunicações, controle de endemias(c) , limpeza das
B) picolé - constrói cidades, pronto-atendimento de saúde(d) preços honestos e
boa qualidade em hotéis e restaurantes, além, é claro, de
C) centímetro - príncipes carga tributária(e) que não espante o freguês. (Adaptado de
D) condenável - sofrível Correio Braziliense, 31/12/2013)

E) saúde - açaí A) necessário >necessario


B) publico > público
20.Assinale a alternativa cuja afirmação descreve C) endemias >endêmias
corretamente a razão pela qual o vocábulo deve ser D) saúde >saude
acentuado, de acordo com as regras de acentuação gráfica
E) tributária > tributaria
correntes da língua portuguesa.
A) “contêiner” é acentuada porque se trata de uma palavra
emprestada do inglês.
B) “aplicável” é acentuada porque todas as palavras
terminadas em -vel devem ser acentuadas.

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25. Assinale a opção que apresenta erro de acentuação GABARITO
gráfica inserido na transcrição do fragmento abaixo,
assinalando a alternativa relacionada à falta ou presença de 01. C 02. B 03. C 04. D 05. B
acento gráfico.
06. A 07. D 08. E 09. D 10. C
O dinamismo da indústria(1) ao longo do ano, particularmente
no setor de veículos(2) automotores, metalurgia e produtos 11. D 12. D 13. A 14. B 15. D
minerais, assegurou o crescimento real da receita de Imposto 16. C 17. B 18. E 19. E 20. E
sobre Produtos Industrializados (IPI) em 14%. Contaram,
também, como fatores impulsionadores da receita, as ações 21. C 22. C 23. C 24. B 25. E
administrativas desenvolvidas pela Receita Federal e pela
26. B 27. C 28. E 29. B 30. B
Procuradoria da Fazenda no trabalho de recuperação de
débitos(3) atrasados. Houve, também, mudanças na
legislação tributária(4) . Contribuiu, ainda, para o aumento da
ORTOGRAFIA
arrecadação, o recebimento de concessões para exploração
de petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel celular,
a receita de dividendos da União e a receita de cota-parte de 01. Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam
compensações financeiras, em decorrencia(5) da elevada grafadas corretamente.
cotação do preço do petróleo no mercado internacional em A) Abóbada - bandeija- chuchu - exceção.
parte deste ano. (Adaptado de http://www.ipea.gov.br/,acesso em
29/4/2012) B) Cabelereiro - beje- redemoinho - privilégio.
A) (1) C) Discreto - hojeriza- retrógrado - tigela.
B) (2) E) Vicissitude - verruga - hesitar - êxito.
C) (3) E) Desinteria- gorjeta - holerite - meteorologia.
D) (4)
E) (5) 02. Das palavras seguintes, há uma que apresenta grafia
incorreta. Assinale-a.
26. Analise as assertivas abaixo sobre acentuação de A) Enxofre - caxumba - expectativa.
palavras. B) Xale - ameixa - enxame.
I -As palavras “gaúcho” e “mobília” são acentuadas em virtude C) Moxila - muxoxo - rouxinol.
da mesma regra.
D) Enxurrada - enxaqueca - xampu.
II - Tanto “pórtico” como “épico” são acentuadas por serem
E) Exceção - lagartixa - mexerica.
proparoxítonas.
III - As palavras “pôs” e “propôs” são acentuadas por serem
vocábulos oxítonos. 03. Assinale a série em que pelo menos uma palavra
apresenta erro de grafia.
Quais estão corretas?
A) Hesitar - esplendor - espontâneo - apesar.
A) Apenas I.
B) Flecha - broche - chutar - bucha.
B) Apenas II.
C) Excessão- excesso - excêntrico.
C) Apenas III.
D) Enxada - xerife - queixa - enxerto.
D) Apenas II e III.
E) Enxurrada - enchente - cheio.
E) I, II e III.

27. Em “destruí-la” e “raízes”, a acentuação ocorre pela 04. Assinale a opção em que todos os vocábulos se
mesma regra. (C/E) completariam com z.
A) Quero ___ ene-bu ___ ina-gi ___.
28. As palavras “ônibus” e “invioláveis” são acentuadas de B) Rego___ijo - vi___inho - va___io.
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. (C/E) C) Reve___ar - fu___ível-co___er (cozinhar) .
D) Revi___ar (rever) -bali___a- go___ o.
29. São acentuados graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica os vocábulos E) Xadre___ - ga___oso-ba___ar.
A) também e coincidência.
B) quilômetros e tivéssemos. 05. Todos contribuíram com _________ para ________ os
alunos _________ a se esforçarem mais.
C) jogá-la e incrível.
A) sugestões - incentivar -desleichados
D) Escócia e nós.
B) sujestões- incentivar -desleichados
E) correspondência e três.
C) sugestões -insentivar-desleichados
30. Todas as palavras abaixo têm um equivalente em Língua D) sujestões-insentivar- desleixados
Portuguesa, sem acento gráfico, à exceção de E) sugestões - incentivar - desleixados
A) pôde.
B) hábitos.
C) àquilo.
D) cáqui.
E) duvidará.

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06. Aponte a alternativa grafada corretamente. 12. Qual a relação em que a correspondência entre verbo e
A) burgueza- bazar - buzina -analizar substantivo está incorreta em função da grafia equivocada do
substantivo?
B) gozo - estupidez -defeza-burgueza
A) Obter - obtenção.
C) gozo - cafezal -fertilizas- pobreza
B) Obcecar -obcessão.
D) buzina -catalizar- colonizar -riquesa
C) Excetuar - exceção.
E) gozo -turqueza-franceza-chineza
D) Estender - extensão.
E) Ceder - cessão.
07. Na série abaixo, há um erro de grafia no emprego do z.
A) Algoz
13. O sufixo -izar do verbo ritualizar escreve-se com a letra z.
B) traz (verbo) Que item a seguir só apresenta grafias corretas?
C) assaz A) Analizar-visualisar- capitalizar.
D) aniz B) Pesquizar- realizar - universalizar.
E) giz C) Catequizar - deslizar - instrumentalizar.
D) Paralizar- centralizar - urbanizar.
08. Todos os vocábulos estão escritos corretamente, exceto
E) Catalizar- batizar - animalizar.
A) Jerônimo.
B) jiló. 14. Regime é um vocábulo escrito com g; em que item todas
C) herege. as palavras estão corretamente grafadas com essa letra?
D) geito. A) Giló-pagem- vagem.
E) majestade. B) Gorgeta-magestade- viagem.
C) Estrangeiro - gengiva - geringonça.
09. Descendentes é palavra grafada com sc. Qual das D) Pedágio -genipapo- vertigem.
palavras seguintes apresenta erro quanto ao emprego de sc?
E) Cafageste- tigela -alforge.
A) Nascimento.
B) Suscinta. 15. ______iste, ar _____ote, mai______ena,
C) Crescimento. bra______iliense. As lacunas devem ser preenchidas
D) Adolescência. corretamente com
E) Florescer. A) x -ch- z - s.
B) x -ch- s - s.
10. A _________ de uma guerra nuclear provoca uma grande C) x - x - z - z.
_________ na humanidade e a deixa _________ quanto ao D) ch- x - z - z.
futuro. E) ch-ch- s - s.
A alternativa que contém palavras que completam
corretamente as lacunas da frase acima é
A) espectativa- tensão -exitante. GABARITO
B) espetativa-tenção- hesitante. 01. D 02. C 03. C 04. B 05. E
C) expectativa - tensão - hesitante.
06. C 07. D 08. D 09. B 10. C
D) expectativa -tenção-hezitante.
E) espectativa-tenção-exitante. 11. A 12. B 13. C 14. C 15. E

11. Assinale o item que contém erro de grafia. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
A) Na cultura oriental, fica desonrado para sempre quem
inflinge as regras da hospitalidade.
01. Dos vocábulos abaixo, assinale o que não se enquadra no
B) Não conseguindo adivinhar o resultado a que chegariam, processo de prefixação.
sentiu-se frustrado.
A) Cisterna.
C) A digressão ocorreu por excesso de fatos ilustrativos em
B) Dispõe.
seu discurso.
C) Sobrevoado.
D) Sentimentos indescritíveis, porventura, seriam
rememorados durante a sessão de julgamento. D) Interromper.
E) Ao contrário de outros, trazia consigo autoconhecimento e E) Insóbrio.
discrição.

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02. O sentido do prefixo grifado em desacompanhados 09. Só não há correspondência de sentido entre os prefixos
repete-se em todas as palavras abaixo, exceto em latinos e gregos nas palavras da opção
A) desleal. A) superpovoado - hipertenso.
B) desdobrar. B) impermeável - hipodérmico.
C) desonesto. C) transparente - diáfano.
D) desinquieto. D) circunferência - anfiteatro.
E) desmemoriado. E) desrespeito - indevido.

03. Na frase Era visível o seu empobrecimento, o termo 10. O sufixo -eiro só não forma
sublinhado é formado por A) nome de comida ou bebida.
A) sufixação. B) nome de profissão.
B) prefixação. C) designação de lugar onde se guardam ou armazenam
C) parassíntese. coisas.
D) prefixação e sufixação. D) nome de planta ou árvore.
E) regressão. E) designação de lugar destinado à prática de algo.

04. A palavra cujo prefixo denota um sentido diferente do que 11. Em relação aos processos de formação de determinadas
ocorre em injustificável é palavras, todas retiradas do texto, considere as assertivas a
A) indisposto. seguir:
B) impróprio. I - Em “ineficiência”, “improdutivas” e “introdutórios”, os trechos
sublinhados são prefixos gregos de negação.
C) inadequado.
II - Em “geralmente”, há um sufixo adverbial, cuja origem latina
D) imposição. acrescenta circunstância de modo.
E) impiedoso. III - As palavras “industrial” e “dedicados” possuem prefixos
nominais que exprimem, respectivamente, ideia de
05. A série em que os vocábulos enumerados se relacionam agrupamento e de qualidade.
porque provêm de igual raiz é Quais estão INCORRETAS?
A) florescer - flandres - florear. A) Apenas I.
B) pousada - aposento - cômodo. B) Apenas II.
C) reger - regulamento - regra. C) Apenas III.
D) corte - percurso - correr. D) Apenas I e III.
E) angústia - ângulo - anjo. E) I, II e III.

06. Assinale a alternativa em que não há correspondência 12. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação
entre os prefixos. INCORRETA sobre a estrutura de palavras.
A) Anfíbio - ambidestro. A) Em “simultaneamente”,há um sufixo adverbial idêntico ao
B) Hemisfério - semicírculo. que ocorre em “parcialmente” e “somente”.
C) Antídoto - contradizer. B) No vocábulo “consumista”, há o mesmo sufixo nominal que
ocorre em “tenista” e “machista”.
D) Perímetro - justapor.
C) O vocábulo “entesourador” é formado por parassíntese.
E) Anterior - predeterminação.
D) Os vocábulos “inconsciente” e “desligado” são formados
por prefixos com ideia de negação.
07. Assinale a opção cujos vocábulos apresentam prefixos
E) Os vocábulos “jornalista” e “curto-circuito” são formados por
que guardam entre si oposição semântica.
composição.
A) Impermeável - anormal.
B) Antebraço - prefácio.
13. Assinale a alternativa cuja afirmação acerca da estrutura
C) Contracultura - antiaéreo. de palavras do texto está INCORRETA.
D) Interplanetário - entrelinha. A) O termo “demandas” pertence a uma família de palavras
E) Imigração - extração. em que existe um adjetivo formado pelo sufixo -ante.
B) Em “demográfica” temos a presença de um radical também
08. Assinalar a alternativa que registra palavra contendo sufixo presente em “demoníaco”.
formador de advérbio. C) O prefixo presente em “revigorante” não está presente em
A) Desesperança. “vigoroso”.
B) Pessimismo. D) O prefixo que ocorre no início de “antienvelhecimento” não
é o mesmo que ocorre em “antediluviano”.
C) Empobrecimento.
E) O termo “plenitude” pertence a uma família de palavras em
D) Extremamente. que existe um advérbio formado pelo sufixo -mente.
E) Sociedade.

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14. Quanto à estrutura e à formação de palavras, é correto GABARITO
afirmar que
A) “marxistas”é formada a partir de substantivo com o 01. A 02. B 03. C 04. D 05. C
acréscimo do sufixo -ista.
06. D 07. E 08. D 09. B 10. A
B) “idealista” é formada a partir de substantivo com o
acréscimo do sufixo -ista. 11. D 12. E 13. B 14. A 15. C
C) “revolucionários” é formada a partir de adjetivo com o 16. B 17. C 18. C 19. B 20. C
acréscimo do sufixo -ário.
D) “transformação” é formada por parassíntese a partir de
adjetivo. EMPREGO DE CLASSES DE PALAVRAS
E) “autocrítica” é formada por parassíntese a partir de adjetivo.
01. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos
15. Assinale a alternativa que apresenta um substantivo sentidos podem ser modificados pelo advérbio são:
derivado de verbo. A) adjetivo - advérbio - verbo.
A) surpreendente B) verbo - interjeição - conjunção.
B) administrativa C) conjunção - numeral - adjetivo.
C) construção D) adjetivo - verbo - interjeição.
D) poluídos E) interjeição - advérbio - verbo.
E) indignados
02. Marque a frase em que o termo destacado expressa
16. A formação do vocábulo sublinhado na expressão "o canto circunstância de causa:
das sereias" é: A) Quase morri de vergonha.
A) composição por justaposição. B) Agi com calma.
B) derivação regressiva. C) Os mudos falam com as mãos.
C) derivação prefixal. D) Apesar do fracasso, ele insistiu.
D) derivação sufixal. E) Aquela rua é demasiado estreita.
E) palavra primitiva.
03. Em "Tem bocas que murmuram preces...", a sequência
17. O vocábulo “catedral”, do ponto de vista de sua formação, morfológica é:
é: A) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo.
A) primitivo. B) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo.
B) composto por aglutinação. C) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo.
C) derivação sufixal. D) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo.
D) parassintético. E) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo.
E) composto por aglutinação.
04. Marque o item em que a análise morfológica da palavra
18. A palavra "aguardente" formou-se por: sublinhada não está correta:
A) hibridismo A) Ele dirige perigosamente - (advérbio) .
B) parassíntese B) Nada foi feito para resolver a questão - (pronome
C) aglutinação indefinido) .
D) derivação regressiva C) O cantar dos pássaros alegra as manhãs - (verbo) .
E) justaposição D) A metade da classe já chegou - (numeral) .
E) Os jovens gostam de cantar música moderna - (verbo) .
19. Assinale a alternativa em que ambas as palavras têm
prefixo indicativo de negação. 05. Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são:
A) imposição - introduzir A) interjeição - advérbio - pronome possessivo.
B) anormal - desmoralizado B) numeral - substantivo - conjunção.
C) importação - desdobrar C) artigo - pronome demonstrativo - substantivo.
D) aderente - subterrâneo D) adjetivo - preposição - advérbio.
E) reagir - reprovação E) conjunção - interjeição - preposição.

20. Assinale a alternativa em que a palavra contém prefixo


06. Assinale o item que só contenha preposições:
indicando posição superior.
A) durante, entre, sobre, por.
A) transatlântico
B) com, sob, depois.
B) perímetro
C) para, atrás.
C) epiderme
D) em, caso, após.
D) sublocar
E) após, sobre, acima.
E) intravenoso

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07. Na frase "As negociações estariam meio abertas 03. O mito da escola aberta, que atravessa a década de
só depois de meio período de trabalho", as palavras setenta com força crescente, começa a fechar suas portas no
destacadas são, respectivamente: Brasil dois anos depois de se ver seriamente contestado
A) adjetivo, adjetivo. exatamente onde nasceu.
B) advérbio, advérbio. Se a palavra mito fosse passada para o plural, _____ outras
C) advérbio, adjetivo. palavras da frase deveriam acompanhar essa transformação.
D) numeral, adjetivo. A) duas
E) numeral, advérbio. B) três
C) quatro
08. Assinale a opção em que o "a" é, respectivamente, artigo, D) cinco
pronome pessoal e preposição: E) seis
A) Esta é a significação a que me referi e não a que
entendeste. 04. Indique a alternativa correta.
B) A dificuldade é grande e sei que a resolverei a curto prazo.
C) A escrava declarou que preferia a morte à escravidão, A) Tratavam-se de questões fundamentais.
D) Esta é a casa que comprei e não a que vendi a ele. B) Comprou-se terrenos no subúrbio.
E) A que cometeu a falta receberá a punição. C) Precisam-se de digitadores.
D) Reformam-se móveis antigos.
09. Assinale a frase em que "meio" funciona como advérbio: E) Obedeceram-se aos severos regulamentos.
A) Só quero meio quilo.
B) Achei-o meio desestimulado. 05. O Rio, nos primeiros anos trinta, sabia onde eram os cafés
C) Descobri o meio de acertar. dos sambistas, dos músicos, dos turfistas e dos boêmios.
D) Parou no meio da rua. Se substituíssemos os cafés por o café, quantas outras
E) Comprou um metro e meio. palavras precisariam obrigatoriamente de ajustes de
concordância?
10. As formas que traduzem vivamente os sentimentos A) Nenhuma.
súbitos, espontâneos e instintivos dos falantes são B) Uma.
denominados:
C) Duas.
A) conjunções.
D) Três.
B) interjeições.
E) Quatro.
C) preposições.
D) locuções. 06. Naquela época só poderiam votar os homens maiores de
E) coordenações. vinte e cinco anos, e era exigida uma renda anual superior a
cem mil réis.
Se substituíssemos a palavra homens por homem, essa
GABARITO
substituição implicaria mudança em mais
01. A 02. A 03. B 04. C 05. E A) uma palavra.
06. A 07. B 08. B 09. B 10. B B) duas palavras.
C) três palavras.
D) quatro palavras.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
E) cinco palavras.

01. Assinale a frase em que há erro de concordância no verbo


07. Vivendo em sociedade, os homens, muitas vezes, sentem
grifado.
o peso das responsabilidades que ________________
A) Ocorreram, num só ano, duzentos incêndios.
A) os está sendo imposto.
B) Se te convierem as propostas, aceita-se imediatamente o
B) lhes está sendo imposta.
acordo.
C) o estão sendo impostas.
C) Aos pais sempre custam dar esses conselhos.
D) lhes está sendo imposto.
D) Pouco me importamteus caprichos.
E) lhe estão sendo impostas.
E) Se lhe interessarem esses livros, poderei emprestá-los.

02. _________ meses que _________ os resultados do


concurso sobre poesia. _________ muitos ganhadores e
prêmios.
A) Faz - saíram - Houve.
B) Fazem - saíram -Houveram.
C) Fazem - saiu -Houveram.
D) Fazem - saiu - Houve.
E) Faz - saiu - Houve.

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08. “Aprendi a ver o mundo com olhos diferentes e percebi necessidade de repensarem suas convicções, trate-se de
que há muita coisa que posso fazer”, afirma um dos jovens assuntos polêmicos ou não.
que, ao retornar, engajou-se em outro projeto social da escola, E) Faz séculos que filósofos discutem as relações ideais entre
ministrando aulas de reforço para meninos de um educandário os homens e a natureza, questão que nem sempre lhes
adjacente. parece passível de consenso.
Se a expressão um dos jovens fosse substituída por alguns
jovens, seria necessário passar para o plural pelo menos
13. Por falta de verba, ______ as experiências e os estudos
mais _____ palavras.
que se _____.
A) oito
A alternativa que contém palavras adequadas aos
B) sete preenchimento das lacunas na frase acima é
C) cinco A) foi suspenso - planejava fazer.
D) quatro B) foram suspensas - planejava fazer.
E) três C) foram suspensos - planejavam fazerem.
D) foi suspensos- planejavam fazerem.
09. A frase em que há erro de concordânciaé E) foi suspenso - planejavam fazer.
A) São valorizados os que expõem suas idéias com clareza.
B) São elogiadas as pessoas que se expressam com 14. A forma adequada da frase abaixo é
elegância.
A) Não se faz mais leis antes dos problemas acontecer.
C) São considerados independentes os que não repetem
idéias prontas. B) Não se fazem mais leis antes dos problemas acontecerem.
D) São livres aqueles que não utilizam frases feitas. C) Não se faz mais leis antes de os problemas acontecer.
E) São muitas as pessoas que tem um bom estilo. D) Não se faz mais leis antes de os problemas acontecerem.
E) Não se fazem mais leis antes de os problemas
acontecerem.
10. De acordo com a língua culta, o verbo haver deve ser
empregado no plural na frase
15. A concordância verbal e nominal está inteiramente correta
A) Durante a entrevista, _____ perguntas que o candidato não
soube responder. na frase:
B) Apesar dos esforços, _____dois anos o rapaz não A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que
consegue emprego. determinam as escolhas dos governantes, para conferir
legitimidade a suas decisões.
C) Através de uma seleção criteriosa, os diretores da empresa
_____ de indicar o melhor profissional. B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser
embasados na percepção dos valores e princípios que regem
D) Perdida esta oportunidade, _____ meses em que nenhuma a prática política.
vaga será oferecida.
C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro
E) Divulgados os resultados da seleção, _____ muitas regime democrático, em que se respeita tanto as liberdades
reclamações dos candidatos preteridos. individuais quanto as coletivas.
D) As instituições fundamentais de um regime democrático
11. A ocorrência de interferências _________-nos a concluir não pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de um
que _________ uma relação profunda entre homem e único poder central.
sociedade que os _________ mutuamente dependentes. E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o
A alternativa que contém palavras adequadas aos momento eleitoral, que expõem as diferentes opiniões
preenchimento das lacunas na frase acima é existentes na sociedade.
A) leva- existe - torna.
B) levam- existe - tornam. 16. A concordância verbal e nominal está inteiramente correta
C) levam- existem - tornam. na frase:
D) levam- existem - torna. A) Destina-se, muitas vezes, as medidas econômicas a conter
certos abusos existentes no mercado, protegendo as classes
E) leva- existem - tornam. mais desfavorecidas.
B) Empresários buscam fórmulas eficazes de conquistar a
12. Assinale a alternativa que apresenta erro de concordância. classe emergente, pois se sabem que os lucros é sempre
A) Não que os esteja considerando inválido, mas o professor mais seguro nessa camada social.
gostaria de conhecer os estudos de que se retirou os dados C) A classe média constitui um forte segmento de
mencionados no texto. consumidores, razão por que as pesquisas atualmente está
B) Segundo alguns teóricos, deve ser evitada, o mais possível, sempre voltada para elas.
a agricultura em regiões de floresta; são áreas tidas como D) A meta de conquistar consumidores para seus produtos
adequadas à preservação de espécies em vias de extinção. leva empresários a uma constante disputa nos meios de
C) Existem, com certeza, ainda hoje, pessoas que defendem o comunicação de que dispõem.
cultivo incondicional da terra, assim como deve haver muitos E) Na economia de mercado, muitas vezes se esconde lucros
que condenam qualquer alteração da paisagem natural, por maiores nos produtos que, em princípio, parece ser mais
menor que seja. baratos.
D) Nem sempre são suficientes dados estatisticamente
comprovados para que as pessoas se convençam da

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17. Mas muitos biólogos hão de concordar ... D) As últimas notícias sobre a tensa negociação parece
Diferentemente do que se tem acima, a frase que, consoante comprovar que, se fosse respeitado efetivamente as regras
o padrão culto escrito, exige o emprego do verbo “haver” no internacionais, tudo seria mais fácil.
singular é: E) Os objetos encontrados na caixa de material altamente
A) Muitas teorias já _____ sido submetidas à sua análise inflável era digna de especial atenção, visto que permitia a
quando ele expressou essa convicção. pressuposição de que alguém os queria destruir.
B) Talvez _____ algumas versões da teoria citada, mas
certamente poucos as conhecem. 21. A frase em que a concordância está em total conformidade
C) Quantos biólogos _____ pesquisado o assunto e talvez não com o padrão culto escrito é:
tenham a mesma opinião. A) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados pela artista
D) Alguns mitos falsos _____ merecido representação novata, ainda que os últimos não lhes pertencessem.
artisticamente irrepreensível. B) Debateram sobre a utilidade de vários acessórios e
E) Nós _____ de corresponder às expectativas depositadas concluíram que muitos não eram, de fato, nada acessível.
em nossa equipe. C) O produto derramado atingiu muitas árvores, mas não as
comprometeram de modo irreversível.
18. A concordância verbal e nominal está inteiramente correta D) As mais vultosas doações para o programa de emergência
em: já haviam sido feitas, por isso as expectativas de que a
arrecadação fosse muito mais alta não tinha fundamento.
A) Presume-se que já tenha sido extinto muitas espécies da
fauna e da flora com a destruição de enormes extensões de E) São muitos os aspectos do documento que merecem detida
florestas. análise do advogado, mas tudo indica que não haverá
alterações significativas.
B) Os desequilíbrios no ecossistema de uma floresta pode pôr
em risco a sobrevivência de certas espécies de plantas.
C) Deve valer para todos os países as medidas de segurança 22. A concordância verbal e nominal está inteiramente correta
a ser tomada em relação à preservação de florestas. na frase:
D) Para a restauração de áreas ocupadas por atividades A) Os caboclos da região, que vivem na floresta e dela retiram
agrícolas, é observado os tipos de uso do solo e as seu sustento, sabem que é importante respeitar todas as
características do entorno para traçar o projeto de ação. formas de vida que nela se encontram.
E) Projetos desenvolvidos por especialistas mostram que é B) Existe, na mitologia de vários povos, duendes com diversos
possível conciliar restauração de florestas nativas com o poderes mágicos que encarna, sobretudo, o espírito da
manejo sustentável de seus recursos naturais. floresta.
C) É sempre relatado às crianças indígenas os feitos
valorosos de ilustres guerreiros, como forma de manter as
19. Observam-se corretamente as regras de concordância
tradições da tribo.
verbal e nominal em:
D) O repositório de lendas brasileiras de origem indígena
A) O desenraizamento, não só entre intelectuais como entre variam muito, mas mostram, particularmente, uma explicação
os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às para os fenômenos da natureza.
mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias de hoje.
E) Quando se tratam de questões de sobrevivência na mata
B) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony fechada, é necessário a presença de guias habituados às
Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões dificuldades da região.
polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que
escreveram.
C) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre árabes e 23. Assinale a alternativa que preenche corretamente as
judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimento, lacunas da frase apresentada.
estejam próximos de serem resolvidos ou pelo menos de Já _____ várias medidas para que se _____ os índices de
terem alguma trégua. desmatamento em toda a região.
D) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verdade, A) foi tomadas- reduzissem
ainda que conscientes de que esta é até certo ponto relativa, B) foi tomado - reduzissem
costumam encontrar muito mais detratores que admiradores.
C) foram tomadas - reduzissem
E) No final do século XX já não se via muitos intelectuais e
escritores como Edward Said, que não apenas era notícia D) foram tomadas - reduzisse
pelos livros que publicavam como pelas posições que E) foi tomado - reduzisse
corajosamente assumiam.
24. Aponte a alternativa em que a expressão parentética pode
20. A frase em que a concordância está em total conformidade ser empregada na lacuna da respectiva frase.
com o padrão culto escrito é: A) Na carreira de repórter, é _____ perseverança (necessária)
A) Os arrazoados empolados a cuja pertinência ele sempre .
fez restrição o impediram de reconhecer que o pressuposto B) O empresário deve ter _____ alguns princípios básicos
dos raciocínios desenvolvidos nos autos era inquestionável. (presente) .
B) Tratam-se, na verdade, de questões irrelevantes, com que C) Ainda hoje temos ______, Senhor Ministro, a sábia
não se deve desperdiçar cartuchos. advertência que nos fez naquela ocasião (presente) .
C) Sempre me pareceu digno de consideração, pelo menos D) Por ______ que sejam as conseqüências, esta é a única
até o mês passado, as incessantes investidas deles contra solução (pior) .
atentados à humanidade dos presos.
E) Vá até o supermercado e compre ______ gramas de
pimenta vermelha (duzentas) .

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25. Assinale a alternativa em que ocorre erro de concordância. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL. CRASE.
A) Para promover um espetáculo desses, é necessário
organização. 01. Está correto o emprego do elemento sublinhado em:
B) Ao orador certamente não passaram despercebidas as A) Para esses pais, o centro não será o berço, em cujo o
reações da platéia. filhinho está dormindo?
C) Escolheram mau local e hora para a realização do evento. B) O universo, de cujo a Terra já foi considerada centro,
D) A candidata parecia meio distraída. revelou-se mais complexo do que supunham os antigos
E) Na reunião, será levado a exame a proposta da reforma do astrônomos.
estatuto. C) Não será o rosto da amada, de cuja ausência nos
ressentimos, o centro do nosso universo?
Instrução: para responder à questão 26, leia o texto D) O filósofo considerava uma aberração a leitura de um livro
abaixo. à qual nos dispensássemos de contemplar a beleza da
natureza.
E) Os argumentos dos quais se prende o autor do texto
Não existe nada que o homem mais tema do que ser incluem os que ele considera identificados com as chamadas
tocado pelo desconhecido. Ele quer saber quem o está “razões do coração”.
assustando; ele o quer reconhecer ou, pelo menos, classificar.
O homem sempre evita o contato com o estranho. De noite ou
em locais escuros, o terror diante de um contato inesperado 02. Sim, a Terra é bela, mas tanto já prejudicamos a Terra,
pode converter-se em pânico. julgando a Terra indestrutível, que o que resta agora é buscar
preservar a Terra de outras deletérias ações humanas.
26. Se, na primeira frase do texto, substituíssemos o homem Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-
por a criatura humana, quantas palavras da segunda frase do se os elementos sublinhados, respectivamente, por
texto precisariam obrigatoriamente de ajuste para fins de A) prejudicamo-la - a julgando - preservar-lhe
concordância? B) prejudicamos-lhe - julgando-a - lhe preservar
A) 1 C) a prejudicamos - julgando-lhe - preservá-la
B) 2 D) a prejudicamos - julgando-a - preservá-la
C) 3 E) prejudicamo-la - a julgando - preservar a ela
D) 4
E) 5 03. Esta tradição trabalha a ação política como uma ação
estratégica ...
Julgue os itens 27 a 28 quanto à concordância. A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento
que o grifado acima é:
27. “No conclave, são esperados 200 mil mulheres de todo o A) ...que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos
mundo.” (C/E) políticos.
B) Neste contexto, política é guerra ...
28. “Cerca de cento e vinte pessoas se aglomeravam diante C) Recorrendo a metáforas do reino animal ...
da entrada do cinema.” (C/E) D) ...que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e
do "não mentir" ...
29. “Eram várias situações meio constrangedoras para E) ...que a fraude é mais importante do que a força ...
discutir.” (C/E)
04. O e-mail veio para ficar, ainda que alguns considerem o e-
mail uma invasão de privacidade, ou mesmo atribuam ao e-
GABARITO mail os desleixos linguísticos que costumam caracterizar o e-
mail.
01. C 02. A 03. D 04. D 05. B
Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-
06. C 07. D 08. C 09. E 10. C se os elementos sublinhados, na rodem dada, por
11. A 12. A 13. B 14. E 15. A A) lhe considerem- lhe atribuam - caracterizá-lo.
B) o considerem - lhe atribuam - caracterizá-lo.
1. D 17. B 18. E 19. D 20. A
C) considerem-no - o atribuam -caracterizar-lhe.
21. E 22. A 23. C 24. C 25. E D) considerem-lhe- atribuam-no - lhe caracterizar.
26. C 27. E 28. C 29. C --- E) o considerem- atribuam-no - lhe caracterizar.

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05. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre 09. O segmento grifado está empregado em conformidade
o texto: com o padrão culto escrito em:
A) Ao se comparar a carta com o e-mail, os aspectos que a A) O apego nos bens que julgava lhe pertencerem provocou
diferença é mais patente, segundo a autora, são o suporte, a muitas discórdias.
temporalidade e a privatização da correspondência. B) Estou convicto de que as melhores providências já foram
B) Pretextando a liberdade de acesso da informação, muitos tomadas.
abusam dos e-mails, enviando-os à quem deles não pretende C) Sua ambição com o poder colocou-o em situação difícil.
saber o teor nem tomar conhecimento.
D) Apresentou, perante a todos, suas desculpas pelo perigoso
C) Há quem, como a autora, imagine que o e-mail possa equívoco.
acabar sendo o responsável por um novo alento para uma
forma de correspondência como a carta. E) Medroso com tudo que lhe era desconhecido, não aceitou o
cargo no exterior.
D) Fica até difícil de imaginar o quanto as pessoas gastavam o
tempo na preparação das cartas, desde o rascunho até o
envio das mesmas, cuja duração era de dias. 10. ... a Amazônia representa mais da metade do território
E) Desde que foi inventado o telefone, a rapidez das brasileiro ...
comunicações se impuseram de tal modo que, por A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento
conseguinte, a morosidade das cartas passou a ser exigido pelo verbo grifado acima é:
indesejável. A) Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas ...
B) O vapor de água (...) responde por 60% das chuvas...
06. ... a sua capacidade de encarnar valores e princípios... C) ...que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o Sul do Brasil.
grifado acima é: D) ...pois o destino da região depende muito mais de seus
A) Mas ela contribui para a formação da própria essência da habitantes.
democracia ... E) ...porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no
B) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ... mundo.
C) O consentimento de todos seria a única garantia
indiscutível ... 11. Assinale a alternativa que preenche corretamente as
D) ...mais as sociedades produzem conflitos ... lacunas da frase apresentada.
E) ...e necessitam de lideranças ... O edital, entregue a todos os candidatos, pretendia ...... o
Concurso seria realizado em breve.
07. Muitas famílias em países pobres ou em desenvolvimento A) informá-los de que
dependem da ajuda de parentes no exterior. B) informá-los para que
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o C) informá-los sobre que
grifado acima está na frase: D) informar-lhes de que
A) A redução da pobreza no Brasil (...) resultou não só do E) informar-lhes para que
retorno ao crescimento econômico ...
B) ...e as metas de redução da pobreza (...) parecem tornar-se 12. República criou o brasileiro genérico e abstrato.
mais distantes.
O mesmo tipo de complemento verbal grifado acima está na
C) ...o Brasil tem condições excepcionalmente favoráveis ...
frase:
D) ...uma parcela considerável de sua população ainda vive
A) ...esse esporte assumiu entre nós funções sociais
em condições
extrafutebolísticas ...
precárias ... B) ...respondem por sua imensa popularidade.
E) ...o número de pessoas em extrema pobreza aumentará em
C) O advento do futebol entre nós coincidiu com a busca de
2009 ...
identidades reais ...
D) ...a vida recomeça continuamente ...
08. “Orientalismo, seu controvertido relato da apropriação do
E) ...os 22 jogadores não atuavam como dois times de 11 ...
Oriente pela literatura e pelo pensamento europeu moderno,
gerou uma subdisciplina acadêmica ...
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o 13. A República, em que todos se tornaram juridicamente
grifado acima é: brancos, sucedeu a monarquia ...
A) ...sua crítica à incapacidade do Ocidente [...] ecoa, afinal, A expressão pronominal grifada acima completa corretamente
em seus estudos ... a lacuna da frase:
B) ...após batalhar por uma década contra a leucemia ... A) As cenas de alegria, ...... torcedores agitavam bandeiras,
ficaram gravadas na memória de todos.
C) ...últimas escolas coloniais que treinavam a elite nativa nos
impérios europeus ... B) Apesar dos esforços para a conquista do título ...... todos
sonhavam, a equipe foi eliminada do torneio.
D) A noção de que tudo não passava de efeito linguístico ...
C) A vitória naquele jogo, importante ...... a equipe disputasse
E) ...onde trabalhou de 1963 até sua morte ...
o título de campeã, tornou-se o objetivo maior do técnico.
D) Diante das expressivas vitórias no campeonato, nenhum
jogador entrava em campo ...... fosse aplaudido pela torcida.
E) Os jogadores ...... todos se lembram são aqueles que
trouxeram grandes alegrias para a torcida.

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14. Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, a vezes, de detalhes pequenos: ainda assim, podem fazer uma
frase inteiramente correta é: grande diferença na sua realização profissional e pessoal”.
A) Não falta à perspectiva adotada pelo autor o subjetivismo Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente
de quem se apega àquelas razões que a ciência não as lacunas acima.
considera. A) à -às- as
B) Os homens desconheciam, à princípio, que o sol constituía B) a -às- às
o centro do nosso sistema, que cabia à essa estrela a
primazia de protagonista. C) a - as - às
C) Na Antiguidade, àqueles astrônomos e teólogos que D) à - as - às
consideravam a Terra como o centro do universo não se E) a - as - as
oferecia à menor contestação.
D) Sempre coube a grande poesia, como no caso da de 18. Está correto o emprego ou a ausência do sinal de crase na
Fernando Pessoa, celebrar às visões totalizadoras do nosso frase:
planeta.
A) Consumidores menos abastados, com menor poder de
E) Uma à uma, as teorias da astrofísica vão atualizando os negociação, submetem-se as exigências dos credores a fim
conhecimentos que se destinam à descrever o funcionamento de obterem crédito.
do universo.
B) Lado a lado com as conquistas econômicas, os estratos
sociais mais baixos ascenderam a uma classe social superior.
15. A frase inteiramente correta, considerando-se a presença C) Os produtos destinados à classes sociais de maior poder
ou a ausência do sinal de crase, é: aquisitivo estão a disposição da classe C, por conta do crédito
A) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, fácil.
pode ser desmascarada à qualquer momento, à vista dos D) O poder público busca atender, à todo momento, com
fatos apresentados. medidas pertinentes, as necessidades das classes mais
B) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve desfavorecidas.
pautar-se pela lisura e pela veracidade voltadas para à E) A mídia estampa de maneira persuasiva e à qualquer hora
resolução de conflitos. produtos destinados à uma classe emergente cada vez maior.
C) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim
de que a ação política seja vista como verdadeira 19. Orientação espiritual ...... todas as pessoas é um dos
representação da vontade popular.
propósitos ...... que escritores e pensadores vêm se
D) Os governados, como preceituam as normas democráticas, dedicando, porque a perplexidade e a dúvida são inevitáveis
têm direito a informações exatas e submetidas à verdade dos ...... condição humana.
fatos.
No trecho acima, todas as lacunas devem ser preenchidas
E) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo com contração da preposição “a” com artigo “a’, resultando,
pensadores, à uma lógica particular, à depender dos objetivos nos três casos, em “à”. (C/E)
do momento.
20. Não se trata de negar ______ crianças o acesso aos
16. (...) No Parque da Redenção, que tem esse nome em meios eletrônicos, tarefa indesejável e mesmo impossível de
alusão à Abolição e à antiga presença afro naqueles limites, ser realizada, mas de impor limites ______ utilização desses
os recantos paisagísticos se remetem _______ culturas equipamentos tão sedutores, para que elas também possam
europeias ou asiáticas. (...) se dedicar ______ outras atividades fundamentais para o seu
A senzala do Solar dos Câmara foi preservada casualmente, desenvolvimento.
por acomodar-se entre as fundações que dão sustentação Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
______ casa. (...) ordem dada:
Mas, proporcionalmente, a presença feminina é muitíssimo A) às - a - a
inferior ______ masculina na denominação dos logradouros
B) as - a - a
públicos. (...)
C) às -à- a
Quantos desembargadores, presidentes de tribunais ou
procuradores-gerais emprestaram seus nomes _______ ruas D) as -à- a
da cidade?(...) E) às -à- à
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente
as lacunas dos trechos acima. 21. Assinale a alternativa que preenche corretamente as
A) as - a - a - à lacunas da frase apresentada.
B) as -à- à - à Sem nada perguntar _____ ninguém, o rapaz dirigiu-se _____
C) às - a -à- à um canto da sala, _____ espera de ser chamado pela
atendente.
D) às -à- à - a
A) a - a - a
E) às - a - a - a
B) a - a - à
C) a -à- à
17. Observe o seguinte trecho:
D) à -à- a
“Pode perguntar ____ si mesmo: Estou sendo bom
profissional? Adotar uma postura positiva, ou seja, não se E) à - a - a
limitar apenas ____ tarefas que foram dadas a você, contribui
para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja
temporário. Fique atento às mudanças, nem que sejam,____

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No Brasil das últimas décadas, a miséria teve diversas 25. A República sucedeu ______ Monarquia e impôs ______
caras. Houve um tempo em que, romântica, ela batia à nossa pessoas um procedimento adequado ______ atmosfera
porta. Pedia-nos um prato de comida. Algumas vezes, democrática que se estabeleceu.
suplicava por uma roupinha velha. Conhecíamos os nossos A) à - as - a
mendigos. Cabiam nos dedos de uma das mãos. Eram parte
da vizinhança. Ao alimentá-los e vesti-los, aliviávamos nossas B) à - as - à
consciências. Dormíamos o sono dos justos. A urbanização do C) a -às- à
Brasil deu à miséria certa impessoalidade. D) à -às- a
E) à -às- à
22. Considere as seguintes afirmações acerca do emprego da
crase no texto.
26. Não se pode atribuir às realizações dos povos às suas
I - Caso substituíssemos nos (3º período) , por todas as potencialidades genéticas, mas à sua cultura.
pessoas, seriam criadas as condições para o uso da crase.
Quanto ao segmento acima, estão corretos os registros de
II - Caso substituíssemos eram parte (7º período) por sinal de crase nas três ocorrências. (C/E)
pertenciam, seriam criadas as condições para a crase.
III - Caso substituíssemos dar (último período) por emprestar,
seriam mantidas, no contexto da frase, as condições para o 27. Todos acorreram ____ praça, ____ fim de apreciar os
emprego da crase. festejos que se iniciaram daí ____ alguns instantes.
Quais estão corretas? A) à - a - à
A) Apenas I. B) à -à- à
B) Apenas II. C) à - a - a
C) Apenas I e III. D) a -à- a
D) Apenas II e III. E) à -à- a
E) I, II e III.
28. A casa fica _________ direita de quem sobe a rua,
Instrução: para responder à questão 143, leia com atenção _________ duas quadras da avenida do Contorno.
o seguinte texto. A) à - há
B) a - à
Um grupo de vinte adolescentes caminhava em passos C) a - há
quase marciais na direção das areias do Arpoador, vindo da D) à - a
vizinha praia de Ipanema. Pareciam uniformizados - quase
todos sem camisa e só de bermuda. Falavam alto e E) à - à
gesticulavam muito. Estavam agitados. Uma zoeira. Os
termômetros, naquele momento, marcavam graus em toda a 29. Estamos _________ poucas horas da cidade _________
orla marítima da Zona Sul do Rio de Janeiro. Em frente a um que vieram ter, _________ tempos, nossos antepassados.
hotel, o grupo que chegava se defrontou com outro que
A) a - a - há
ocupava uma faixa de areia.
B) há - a - a
23. Considere as seguintes afirmativas. C) há -à- há
I - Se substituíssemos a preposição em (1º período) pela D) à - a - a
preposição a, ocorreriam, no contexto da frase, as condições E) a - á - há
para o emprego da crase.
II - Se substituíssemos a expressão na direção de (1º 30. ... é uma introdução à entrevista...; a presença do sinal
período) pela expressão em direção a, ocorreriam, no indicativo de crase se justifica porque
contexto da frase, as condições para uma crase.
A) ocorre a presença de um substantivo feminino.
III - Se substituíssemos um hotel (último período) por uma
casa, o a que precede a expressão deveria receber acento B) há união de uma preposição com um artigo definido
indicativo de crase. feminino.
Quais estão corretas? C) se verifica a junção de dois substantivos femininos.
A) Apenas I. D) se trata de uma locução adverbial com palavra feminina.
B) Apenas II. E) sempre ocorre crase antes de complementos nominais.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III. 31. Em qual da alternativas há erro no emprego da crase por
presença ou omissão?
E) I, II e III.
A) Permanecia aberta, por toda a noite, a porta da taberna.
24. Ele não conseguiu dizer nada ______ respeito do B) Esbarrou o fogareiro às mãos na porta da taberna.
problema ______ se referiram ______ duas criaturas atônitas. C) Dirigiu-se à taberna cuja porta permanecia aberta.
A) a - ao que - as D) Dias antes, batera à porta da taberna, às pressas e
B) à - que - as inconsolável.
C) à - a que - às E) A noite, descia e encaminhava-se à porta da taberna.
D) a - a que - as
E) a - ao qual - às

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32. A expressão grifada está substituída de modo 38. Em “As pessoas, de um modo geral, estão subordinadas
INCORRETO pelo pronome em: às estruturas sociais criadas e preestabelecidas há muito
A) que ameaçam a flora // que a ameaçam. tempo”, a supressão do sinal indicativo de crase não manteria
a correção gramatical do trecho. (C/E)
B) passam a destruir a flora e a fauna nativas// destruí-las.
C) já tachou 542 seres vivos de "exóticos e invasores" // já os
tachou. 39. No trecho “A formação resulta em futuros empecilhos na
condução de uma vida menos subordinada às imposições do
D) O Ministério também lançará um livro// lançará-no. meio”, a preposição presente em “às” é regida por “condução”.
E) mostrando as vilãs dos rios // mostrando-as. (C/E)

33. A substituição do elemento grifado pelo pronome 40. No segmento “... São perfis que podem servir às suas
correspondente, com os necessários ajustes no segmento, finalidades...”, o sinal indicativo de crase é opcional, porque
está INCORRETA em: está registrado antes de pronome possessivo.(C/E)
A) continua a provocar irritação = continua a provocá-la
B) a constituir um deslocamento = a lhe constituir
GABARITO
C) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra ela
D) que treinavam a elite = que a treinavam 01. C 02. D 03. A 04. B 05. C
E) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a. 06. D 07. A 08. C 09. B 10. E
11. A 12. A 13. A 14. A 15. D
34. O segmento grifado foi substituído de modo INCORRETO
pelo pronome em: 16. D 17. B 18. B 19. E 20. C
A) sem comprometer o futuro do próprio país // sem 21. B 22. D 23. B 24. D 25. E
comprometê-lo.
B) que enfrentaram o desafio do ambiente hostil // que o 26. E 27. C 28. D 29. A 30. B
enfrentaram. 31. E 32. D 33. B 34. E 35. C
C) e fincaram raízes na porção norte do país // e fincaram-nas.
36. C 37. C 38. C 39. E 40. E
D) e criar condições econômicas // e criá-las.
E) eles vão preservar a floresta // preservar-lhe.
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO.
Segundo o Ministério da Justiça, a partir de 2011,outros TERMOS DA ORAÇÃO.
estados devem integrar-se gradativamente ao sistema. A
previsão é que, em nove anos, todos os brasileiros estejam 01. Maria das Dores entra e vai abrir o comutador. Detenho-a:
cadastrados em uma base de dados unificada na não quero luz.
PolíciaFederal. Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações) .
Os dois-pontos usados acima, entre as orações em destaque,
estabelecem uma relação de subordinação entre as orações.
Com relação ao texto acima apresentado,julgue o item Que tipo de subordinação?
seguinte. A) Temporal.
B) Final.
35. No 1º período, o emprego da preposição “a” na C) Causal.
combinação “ao”, é exigência sintática do verbo “integrar-se”.
(C/E) D) Concessiva.
E) Conclusiva.
As metas do desenvolvimento científico não mais se
limitam à acumulação, na academia de conhecimento sobre 02. Assinale a alternativa que contém um exemplo de que
as leis da natureza ou à busca de soluções para problemas desempenhando a função de pronome relativo.
específicos; elas se caracterizam como formação e uso do A) Fiquem atentos, que a palestra começará em breve.
conhecimento como nova forma de capital para que cada
nação possa manter sua autonomia e sua competitividade no B) É necessário que te empenhes muito para obter essas
equilíbrio entre seus pares. informações.
C) Ele fez mais exercícios físicos que qualquer outro colega.
Julgue o item a seguir, com relação às estruturas D) Sigmund Freud, que foi o criador da psicanálise, sofreu
linguísticas do texto. muitas críticas em sua época.
E) Tanto insistiu, que acabou convencendo os pais a deixá-lo
viajar.
36. O emprego do sinal indicativo de crase em “à acumulação”
e em “à busca” deve-se à regência da forma verbal “se
limitam” e à presença de artigo definido feminino que antecede
os substantivos. (C/E)

37. Se, no trecho “... as eleições majoritárias de turno único


induzem ao bipartidarismo...”, “bipartidarismo” fosse
substituído por “bicameralidade”, estariam presentes as
razões para indicação de crase.(C/E)

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Instruções para responder às questões 03, 04 e 05: 08. O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz, no
cada questão apresenta um período que deve ser entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos moldes do
modificado, iniciando conforme se sugere, mas sem que faz a OAB, seria insuficiente.
alterar a idéia contida no primeiro. Em conseqüência, Considerado o contexto, a locução destacada acima equivale
outras partes da frase sofrerão alterações. Assinale a a:
alternativa que contém o elemento adequado ao novo
período. A) a propósito.
B) ainda.
03. Não tendo confirmado sua chegada, não fui esperá-lo. C) todavia.
Comece com Não fui esperá-lo, ... D) por isso.
A) a menos que E) nesse sentido.
B) por que
C) visto que 09. Observe a seguinte passagem do texto:
D) se bem que “(...) Recorremos ao improviso de nossa memória para
E) contudo registrar que o único agente, quase que exclusivamente
dedicado ao meio jurídico, dignificado com uma herma em
área pública é o eminente Dr. Oswaldo Vergara, fundador da
04. Ele assumiu a chefia do cargo, embora não estivesse OAB, Seção Rio Grande do sul, entidade, aliás, responsável
preparado para isso. Comece com Ele não estava ... pela instalação de um busto seu defronte ao Palácio da
A) todavia Justiça, na Praça da Matriz - Matriz graças à ação matreira da
memória coletiva, vez que o nome oficial do logradouro,
B) de forma que conhecido de poucos, é Praça Marechal Deodoro - em Porto
C) porquanto Alegre.”
D) desde que O termo que pode substituir no trecho acima a expressão “vez
E) conforme que”, sem prejuízo do significado ou da correção gramatical da
frase, é
05. Estava tão quente, que ligamos o ventilador. Comece A) apesar de que.
com Ligamos o ventilador ... B) conforme.
A) conforme C) pois.
B) dado que D) que cujo.
C) à medida que E) se bem que.
D) não obstante
E) ao passo que 10. No trecho “Os consumidores estavam insatisfeitos, mas
não tomavam atitudes transformadoras”, a palavra “mas”, no
contexto em que aparece, expressa ideia de adição. (C/E)
06. A nova bomba anunciava o rápido desfecho da guerra em
curso contra o Japão. Mas também prenunciava uma nova
era, cheia de inquietações. 11. Metade da população adulta do Brasil experimenta pelo
menos uma noite maldormida por semana. Não é o suficiente
A expressão destacada exprime
para causar danos permanentes, e volta-se ao normal uma
A) adição. vez que se tenha dormido. Ainda assim, o dia seguinte é de
B) alternância. amargar. Há uma perceptível redução no desempenho, na
C) contraste. criatividade, nos reflexos e os nervos ficam à flor da pele. (...)
D) conclusão. No trecho “volta-se ao normal, uma vez que se tenha
dormido”, a expressão “uma vez que”, no contexto em que
E) explicação. aparece, poderia ser substituída, sem acarretar mudança de
sentido, por
07. Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila. A) desde que
Os dois pontos desse período poderiam ser substituídos por B) sem que
vírgula, explicitando-se o nexo entre as duas orações pela
conjunção C) de modo que
A) portanto. D) ainda que
B) e. E) mesmo que
C) como.
D) pois. 12. Na frase “Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez
estivesse se enganando junto com os outros (...) ”, o
E) embora. segmento sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para
o sentido e a correção, por:
A) tendo em vista a timidez.
B) não obstante a timidez.
C) em razão da timidez.
D) inclusive a timidez.
E) conquanto a timidez.

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13. Mas enquanto o sonho de Darcy não se torna realidade, o Em meio à multidão de milhares de manifestantes,
debate continua. rapazes vestidos de preto e com a cabeça e o rosto cobertos
Os termos sublinhados exercem na frase acima a mesma por capuzes ou capacetes caminham dispersos, tentando
função sintática do termo sublinhado em: manter-se incógnitos. A atitude muda quando encontram um
alvo: um cordão de isolamento policial, uma vitrine ou uma
A) Ainda temos muito a caminhar. agência bancária. Eles, então, agrupam-se e, armados com
B) Para ele, trabalho não era opção para as crianças. porretes, pedras e garrafas de coquetel molotov, quebram,
C) Caberiam aos pais as providências (....) incendeiam e agridem. (...)
D) Ainda que a escola não venha a suprir a necessidade (...)
E) A tragédia dos menores abandonados é de tal ordem (...) No que se refere aos aspectos morfossintáticos e
semânticos do texto acima, julgue o item seguinte.

14. Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram só


existem em função de uma única forma de utilização (...) . 19. Os complementos elípticos da formas verbais “quebram”,
“incendeiam” e “agridem” (todos no 3º período) possuem o
No período acima, são exemplos de uma mesma função
mesmo referente no texto. (C/E)
sintática:
A) vida e pessoas.
Quando a polícia reage, os vândalos voltam a se misturar
B) privilégios e utilização.
à massa de gente que protesta pacificamente, na esperança
C) privilégios e pessoas. de, com isso, provocar um tumulto e incitar outros
D) existem e utilização. manifestantes a entrar no confronto. É a tática do blackbloc
E) a que e única. (bloco negro, em inglês) , cujo uso se intensificou nos
protestos de rua que dominaram a Europa este ano. Quase
sempre, a minoria violenta é formada por anarquistas — que,
15. “No ciúme, há mais amor-próprio do que amor verdadeiro”. de seus análogos do início do século XX, imitam os métodos
A expressão sublinhada exerce função de violentos e o ódio ao capitalismo e ao Estado.
A) sujeito.
B) objeto direto. No que se refere aos aspectos morfossintáticos e
semânticos do texto acima, julgue o item seguinte.
C) objeto indireto.
D) adjunto adnominal.
20. O elemento “que” possui, em todas as ocorrências
E) predicativo do sujeito.
sublinhadas no texto, a propriedade de retomar palavras ou
expressões que o antecedem. (C/E)
16. “Uma mulher bonita é o paraíso dos olhos, o inferno da
alma e o purgatório da bolsa”;
21. Assinale a alternativa em que há oração sem sujeito.
As expressões sublinhadas exercem função de
A) Havia no ar um perfume delicado, de sofisticado aroma, de
A) objetos diretos. muito bom gosto.
B) adjuntos adnominais. B) Só os tolos se preocupam em responder a provocações
C) predicativos do sujeito. descabidas.
D) complementos nominais. C) A África é um continente de contrastes, pois lá existem
E) adjuntos adverbiais de lugar. riqueza e miséria.
D) Um dos nossos funcionários foi flagrado desviando
materiais doados.
17. “Meu amigo bêbado, que a recolheu da rua molhada,
morreu.” E) Às vezes, é preferível calar a falar sem razão.
O termo destacado acima exerce a função sintática de
A) sujeito. 22. Os termos destacados em todas as alternativas exercem
igual função sintática, exceto no da alternativa
B) objeto direto.
A) A leitura do livro impressionou a todos naquela
C) objeto indireto. demonstração.
D) pronome apassivador. B) A idéia prescinde da autorização de qualquer autoridade.
E) pronome relativo. C) Tudo é indispensável ao bom entendimento da regra
detrânsito.
18. No período “Além disso, ruiu a barreira entre a química D) Apresentava necessidade de estar acompanhado o tempo
inorgânica e a orgânica” (último período) , a expressão “a todo.
barreira” exerce a função de complemento da forma verbal E) Estava apto a assumir novas funções na empresa.
“ruiu”. (C/E)

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23. Observe a frase: PONTUAÇÃO
“As primeiras alunas receberão incentivo para desenvolver o
curso de pós-graduação.” Instrução: para responder às questões 01 e 02, leia
Julgue as seguintes afirmações acerca das funções sintáticas atentamente o texto abaixo.
exercidas pelas palavras do texto acima:
I - O artigo AS e o numeral PRIMEIRAS exercem função de Aquela prodigiosa singularidade que foi o matemático
adjuntos adnominais. indiano SrinivasaRamanujan, quando jazia mortalmente
II -O termo INCENTIVO é objeto direto. enfermo em um hospital londrino, recebeu a visita de um de
III - A expressão ALUNAS é o núcleo do sujeito. seus colegas, professores universitários. Querendo distrair o
doente, sabidamente um aficcionado estudioso dos números,
Qual(is) está(ão) correta(s) ? o visitante observou que havia chegado ali num táxi que tinha
A) Somente a I a placa 1729, número que aparentemente não se revestia de
B) Somente a II interesse algum. “Oh, não”, replicou Ramanujan, “é um
número cheio de interesse; é, em verdade, o menor número
C) Somente a III
com que se pode expressar, de duas diferentes maneiras, a
D) Somente I e III soma de dois cubos”.
E) Todas.
01. As afirmações abaixo referem-se à pontuação do texto
24. As vírgulas presentes em “O discurso, na semana acima.
passada, impressionou políticos e empresários” isolam I - Se houvesse uma vírgula antes do nome
expressão que aparece funcionando sintaticamente de igual “SrinivasaRamanujan”, no primeiro período do texto,
forma na alternativa poderíamos deduzir que a Índia havia dado ao mundo apenas
A) É preciso entender, senhores do Conselho, que as verbas um matemático, o próprio Ramanujan.
serão destinadas às obras da sociedade. II - Se fosse suprimida a vírgula antes de “professores
B) O Banco, uma sólida instituição financeira, ficou abalado universitários”, no primeiro período do texto, a mensagem
com a crise mundial. permitiria inferir que Ramanujan tinha outro(s) tipo(s) de
C) Desde que se tenham esperanças, a crise não nos atingirá colegas.
de forma grave. III - Se a palavra “aparentemente”, no segundo período do
D) Os trens, depois de dois dias parados, puderam trafegar texto, viesse entre vírgulas, não haveria qualquer alteração no
com segurança. significado da afirmação em que o termo se encontra.
E) As meninas, quando se depararam com o assaltante, Quais estão corretas?
mostraram-se muito nervosas. A) Apenas I.
B) Apenas II.
25. Há predicativo em todas as frases das alternativas abaixo, C) Apenas III.
exceto na D) Todas.
A) Os macaquinhos, doentes, eram tratados com alimentação E) Nenhuma.
especial.
B) Preocupados, os pais ligaram para a escola.
02. Considere as afirmações abaixo sobre a pontuação do
C) Vi animais maltratados naquele zoológico particular. texto.
D) Os bons escritores vendem livros antes mesmo de publicá- I - As vírgulas depois de “Ramanujan” e depois de “londrino”
los. isolam uma oração subordinada adjetiva explicativa.
E) Alterados, alguns pacientes foram transferidos de setor no II - As vírgulas depois de “doente” e depois de “números”, no
hospital. segundo período do texto, isolam uma oração subordinada
adverbial deslocada.
GABARITO III - As vírgulas antes e depois de “em verdade”, no terceiro
período do texto, isolam o que a gramática denomina de
01. C 02. D 03. C 04. A 05. B adjunto adverbial deslocado.
Quais estão corretas?
06. A 07. D 08. C 09. C 10. E
A) Apenas I.
11. A 12. B 13. E 14. C 15. C B) Apenas II.
16. C 17. A 18. E 19. E 20. C C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
21. A 22. B 23. E 24. D 25. D
E) Apenas II e III.

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03. A frase em que deve ser empregada a vírgula é Instrução: para responder à questão 06, leia atentamente
A) A informação orienta o povo e aumenta sua cultura. o seguinte texto.
B) Os dados culturais são necessários e fortalecem a cultura
geral. Todos os dias milhões de brasileiros, frequentadores de
C) As pessoas lêem jornais e a informação as enriquece. supermercados, farmácias e padarias, levam para casa, além
dos produtos escolhidos, a certeza de alguns aborrecimentos.
D) A crítica dos conhecimentos adquiridos é fundamental e O momento de consumir marca o início de uma pequena
sempre deve ser feita. batalha cotidiana contra as embalagens que envolvem uma
E) Os valores humanos permanecem e são indispensáveis à série de produtos, porque elas testam a coordenação motora
vida em sociedade. e, sem dúvida alguma, infernizam a paciência dos
consumidores.
04. Observe o seguinte texto:
“Nos tempos antigos, as montanhas e as quedas d’água 06. Associe as justificativas gramaticais para o uso das
eram fenômenos naturais; agora, uma montanha incômoda vírgulas às vírgulas apontadas.
pode ser abolida, e uma queda d’água pode ser criada.”
Caso iniciemos a frase pela palavra Se, COLUNA A COLUNA B
A) deverá aparecer, na segunda oração, o termo então.
1. Separar orações ou ( ) vírgulas depois de
B) a pontuação deverá permanecer a mesma. adjuntos adverbiais “brasileiros” e depois de
C) o tempo do verbo na primeira oração deverá mudar. deslocados. “padarias”, no primeiro
D) o termo agora deverá ser deslocado para o final da frase. 2. Separar itens de uma período do texto.
série. ( ) vírgula depois de
E) o ponto-e-vírgula deverá ser trocado por vírgula.
3. Isolar aposto. “supermercados”, no primeiro
período do texto.
05. Observe o seguinte texto: ( ) vírgulas antes e
“Porto Alegre, na primeira metade do século XX, sabia depois de “sem dúvida
onde era o ponto de encontro dos populares - a Rua da Praia - alguma”, no segundo período
, onde estavam os turfistas, os boêmios, os poetas menores e do texto.
todos que se fascinavam pelo desfile constante dos
A sequência correta das associações, de cima para baixo, da
galanteadores da cidade.”
coluna B, é
Leia, a seguir, as afirmações que se fazem sobre o emprego
A) 1 - 2 - 3.
dos travessões.
I - Na frase, os travessões poderiam ser substituídos por B) 3 - 1 - 1.
parênteses, sem prejuízo do sentido contextual do trecho C) 3 - 2 - 1.
isolado. D) 2 - 1 - 3.
II - Os travessões desempenham, no contexto, igual função E) 1 - 3 - 1.
que desempenhariam num diálogo escrito.
III - No caso específico dessa frase, os travessões poderiam 07. Observe:
ser abolidos, sem que isso resultasse em erro.
 Homens, mulheres, crianças(1) ficaram tristes com a notícia.
Quais estão corretas?
 Diga-lhe(2) que viaje(3) que se divirta, que viva.
A) Apenas I.
B) Apenas II.  Somente você(4) estou convencido(5) poderá me salvar.
C) Apenas III.  Eu diria (6) que é muito cedo para viajar.
D) Apenas I e II.  A Terra(7) que é redonda(8) está cheia de gente
“quadrada”.
E) Apenas II e III.
 O Homem não é só matéria(9) o Homem é (10) sobretudo,
espírito.
Devem ser preenchidos com vírgula os parênteses de
números:
A) 3 - 4 - 5 - 7 - 8 - 10
B) 1 - 2 - 4 - 5 - 10
C) 1 - 2 - 3 - 6 - 9 - 10
D) 1 - 3 - 4 - 5 - 7 - 8
E) 2 - 4 - 5 - 6 - 9

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08. Julgue os itens quanto ao emprego dos sinais de C) Dorme como quem porque, nunca nascida, dormisse no
pontuação. hiato entre a morte, e a vida.
I - O desempenho da economia brasileira em 2001, foi D) Dorme como quem, porque nunca nascida, dormisse no
aquém do necessário para o aumento da renda média hiato entre a morte e a vida.
nacional. E) Dorme, como quem, porque nunca nascida dormisse, no
II - No entanto, considerando-se os diversos hiato entre a morte e a vida.
constrangimentos, internos e externos que o país precisou
enfrentar ao longo de 2001, a expansão de 1,51% no Produto
Interno Bruto (PIB) não foi um mau resultado, pois ao menos
não se deu passos para trás. 12. “Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão
III - Alguns desses constrangimentos estão superados. Já social pelo amor - genuíno ou fingido - em proporção maior
não há mais racionamento de energia elétrica, por exemplo, e que a vida real...”
o Brasil poderá crescer um pouco mais em 2002. O emprego das reticências no final do segmento transcrito
IV - Mas ainda será preciso algum tempo para que a acima denota
economia volte a se expandir aceleradamente de forma A) hesitação, pela presença de um comentário de cunho
sustentada, sem criar novos gargalos que possam abortar o subjetivo, sem base em dados reais.
processo de recuperação logo adiante, num círculo vicioso. B) nova referência, desnecessária, ao comentário de alguém
Estão corretos apenas os itens: alheio ao contexto.
A) I e II C) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular o
B) II e III interesse do leitor.
C) II e IV D) certeza da concordância de um eventual leitor com a
opinião ali exposta.
D) I e III
E) desejo de que a ficção possa se deter, realmente, em fatos
E) III e IV que ocorrem na vida real.

09. Indique o período cuja pontuação está inteiramente 13. Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte
correta: frase:
A) Há muito, vêm caindo os salários dos professoresdas A) É preciso - mormente nos dias que correm - desconfiar: não
universidades públicas, estes desanimados fazem greve ou, exatamente das pessoas místicas, mas de um certo
as trocam pelas instituições privadas. misticismo, que aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha
B) Há muito, vêm caindo os salários, dos professores das ameaçando a existência, de todas as outras plantas.
universidades públicas: estes desanimados, fazem greve ou B) É preciso, mormente nos dias que correm, desconfiar não
as trocam, pelas instituições privadas. exatamente das pessoas místicas, mas de um certo
C) Há muito, vêm caindo, os salários dos professores das misticismo que, aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha,
universidades públicas: estes desanimados fazem greve, ou ameaçando a existência de todas as outras plantas.
as trocam pelas instituições privadas. C) É preciso mormente nos dias que correm, desconfiar, não
D) Há muito vêm caindo os salários dos professores das exatamente das pessoas místicas, mas de um certo
universidades públicas; estes, desanimados, fazem greve, ou misticismo que aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha,
as trocam pelas instituições privadas. ameaçando a existência de todas as outras plantas.
E) Há muito vêm caindo, os salários dos professores, das D) É preciso, mormente nos dias que correm, desconfiar não
universidades públicas; estes, desanimados, fazem greve, ou: exatamente das pessoas místicas mas, de um certo
as trocam pelas instituições privadas. misticismo, que aqui e ali costuma vicejar, como erva daninha
ameaçando a existência de todas as outras plantas.
10. Assinale a alternativa cuja oração apresenta correta E) É preciso, mormente nos dias que correm desconfiar não
pontuação. exatamente das pessoas místicas; mas de um certo
misticismo que, aqui e ali, costuma vicejar, como erva
A) A televisão noticiou que, novas jazidas de petróleo, foram daninha, ameaçando a existência de todas as outras plantas.
descobertas.
B) No período colonial o serviço postal brasileiro, era muito
ruim. Instruções: o texto abaixo é base paraas questões 14 e 15.
C) Atualmente a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
é responsável: por um ótimo sistema postal em todo o “O legado das ciências biológicas na passagem para o
território nacional. século XX consistiu principalmente na teoria da evolução de
D) Os consumidores, de produtos alimentícios, confiam muito Darwin e nas leis de hereditariedade de Mendel. Outros
nos controles, de qualidade. resultados dignos de menção foram: a formulação de uma
teoria da célula, o descobrimento do vínculo entre
E) Você carrega os livros e as estantes; eu, as roupas e cromossomos e hereditariedade, a análise microscópica
pequenos objetos. desveladora dos neurônios e a preparação das primeiras
vacinas.”
11. O período está corretamente pontuado em:
A) Dorme, como quem porque nunca nascida, dormisse no Com base no texto acima, julgue o item seguinte.
hiato, entre a morte e a vida. 14. O sinal de dois-pontos, no 2º período, introduz uma
B) Dorme como quem, porque nunca nascida dormisse no enumeração de caráter explicativo. (C/E)
hiato, entre a morte e a vida.

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Com base no texto acima, julgue o item seguinte. carteiro Paulo Bregaro, que motivaram D. Pedro a proclamar a
15. O emprego de vírgula após os segmentos “a formulação independência. Ou seja, uma carta assinalou o início de nossa
de uma teoria da célula” e “o descobrimento do vínculo entre história e outras foram responsáveis por nossa independência.
cromossomos e hereditariedade” (todos no 2º período) deve- Em 1835 foi instituída a distribuição gratuita de
se ao fato de esses segmentos exercerem, no período em que correspondência para toda a população. Até então só era
ocorrem, a mesma função sintática e não estarem ligados por realizada para as casas que pagassem uma taxa anual,
conjunção. (C/E) situada entre dez e vinte mil réis. Ao Brasil cabe a glória de ter
sido o segundo país, no mundo, a adotar o selo postal, o não
menos famoso “Olho de Boi”, em três valores, 30, 60 e 90 réis,
“Em meio à multidão de milhares de manifestantes, que começaram a circular em 1º de agosto de 1843. Com a
rapazes vestidos de preto e com a cabeça e o rosto cobertos introdução do selo postal, nesse ano, os serviços tiveram forte
por capuzes ou capacetes caminham dispersos, tentando incremento no país. Agências foram instaladas em todas as
manter-se incógnitos.” cidades e vilas e a quantidade de carteiros e outro
funcionários cresceu muito.
No que se refere aos aspectos morfossintáticos e Em 1931 os correios passaram por uma reforma. Até
semânticos do texto acima, julgue o item seguinte. então, correios e telégrafos eram duas repartições públicas
distintas: a Diretoria Geral dos Correios e a Repartição Geral
16. Seria mantida a correção gramatical do texto caso fosse dos Telégrafos, que foram fundidas no Departamento de
Correios e Telégrafos - DCT, o qual experimentou notável fase
introduzida vírgula imediatamente após o trecho “rapazes
de melhoria e expansão. Postalistas e telegrafistas eram
vestidos de preto (...) capuzes ou capacetes”, isolando-o do
considerados profissionais de primeira linha no País. No
restante da oração, já que esse trecho somente insere
entanto, a partir de meados da década de 50, o serviço postal
informação acessória sobre os manifestantes. (C/E)
e telegráfico entrou em crise, da qual só começou a se
recuperar com a criação da Empresa Brasileira de Correios e
GABARITO Telégrafos - ECT, pelo Decreto-lei nº 509, de 20 de março de
1969. Adaptado(http://pt.shvoong.com/social-sciences/communications-media-
studies/677297-hist%C3%B3riacorreio-parte/) acessado em 13/04/08
01. D 02. C 03. C 04. E 05. A
06. C 07. A 08. E 09. D 10. E
01. Segundo o texto, cartas marcaram momentos históricos de
11. D 12. C 13. B 14. C 15. C nosso país, como
A) a chegada da família real portuguesa ao Brasil e a
16. E --- --- --- --- Proclamação da República.
B) o descobrimento do Brasil e a Proclamação da
SEMÂNTICA, INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Independência.
E TIPOLOGIA TEXTUAL. C) a inconfidência Mineira e a expulsão dos franceses.
D) a adoção do selo Olho de Boi e a fusão dos serviços de
correios e telégrafos.
Instruções: o texto abaixo é base para as questões 01 a 03.
E) o Golpe de 1964 e a criação do Correio Brasileiro.

O CORREIO NO BRASIL
02. Segundo o texto, a história oficial do Correio Brasileiro
iniciou-se com
Flávio Perina
A) a reforma dos Correios em 1931.
B) com a criação da Empresa Brasileira de Correios e
Nosso país é, por certo, o único do mundo que teve o Telégrafos em 1969.
exato momento do início da sua história marcado e descrito
C) a chegada da Família Real Portuguesa em 1808.
por uma carta, exatamente a carta de Pero Vaz de Caminha, o
escrivão da frota de Cabral, ao Rei de Portugal, sendo o único D) a adoção do selo postal em 1843.
país que tem seu “registro de nascimento” feito dessa forma. E) a nomeação do Alferes João Carvalho Cardoso para o
O início oficial da história do Correio Brasileiro remonta a cargo de Correio-Mor do Mar e da Terra em 1663.
25 de janeiro de 1663, quando o Alferes João Carvalho
Cardoso foi nomeado para exercer o cargo de Correio-Mor do 03. A palavra ”incremento”, em destaque no texto, pode ser
Mar e da Terra. Apesar disso, durante o período colonial, o substituída, sem prejuízo do sentido da frase, por
serviço postal brasileiro praticamente não existiu. Havia
alguma organização no envio e recebimento de A) inchaço.
correspondência com Portugal, mas dentro do território o B) preferência.
serviço chegou a ser proibido, como nos dá conta uma ordem C) desenvolvimento.
do Rei de Portugal D. João V, em pleno século XVIII, quando
D) predominância.
já despertava o sentimento nacionalista na colônia.
E) encarecimento.
Foi com a vinda da família real ao Brasil, em 1808, que os
correios ganharam a esperada organização. No mesmo ano
foi editado o primeiro regulamento postal e o serviço passou a
ser executado pelo Estado, em regime de monopólio. Um fato
digno de nota é que a Proclamação da Independência do
Brasil também está ligada a uma carta. Foi a carta do Rei de
Portugal, acompanhada de cartas da Princesa Leopoldina e
de José Bonifácio, transportadas a cavalo até São Paulo, pelo

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Instruções: o texto abaixo é base para as questões 04 a 07. 04. Leia as seguintes afirmações a respeito do texto.
I - O autor inicia o texto apresentando uma hipótese de
Transição mudança que possivelmente terá lugar num futuro não muito
longínquo.
Vivemos uma incomparável mudança do perfil etário da
população, no qual temos cada vez menos crianças e jovens e II- Os dois exemplos citados no texto, do 4º ao 8º parágrafos,
cada vez mais idosos. são apresentados pelo tutor com simpatia, dado o incentivo à
eterna juventude que representam.
Em decorrência, inúmeras outras modificações estão
ocorrendo, como novas demandas aos sistemas de saúde, III- Da leitura geral do texto, depreende-se que o autor
turismo e educação. Esse conjunto de transformações é defende a valorização de um envelhecimento saudável, em
denominado “transição demográfica” e reflete a importância vez da negação de existência dessa fase da vida.
deste momento para a sociedade atual e para as futuras, as Quais estão corretas?
quais terão como desafio a necessidade de uma adaptação de A) Apenas a I.
todos a essa nova realidade.
B) Apenas a II.
Obviamente, esse processo acontecerá
progressivamente, mas nem por isso deverá ocorrer sem a C) Apenas a III.
nossa vigilância e a nossa participação ativa. Haveremos de D) Apenas a II e a III.
estar atentos todas as vezes em que se cometerem disparates E) A I, a II e a III.
nesse setor. Vou citar dois exemplos, ocorridos em uma
mesma manhã de domingo, para demonstrar quão freqüentes
ainda são. 05. No 7.º parágrafo, o autor refere-se a um “grupo de
interesseiros”. Tal referência é várias vezes retomada no texto
Diante de uma platéia em êxtase, o locutor, através de pronomes ou outras expressões.
entusiasmado, pergunta aos participantes: “Tem criança
aqui?” Milhares de mãos se erguem e, independentemente da Leia os pronomes abaixo.
idade, as vozes proclamam um sonoro “sim”. I - lhes (3.º período do 7.º parágrafo)
Em voz ainda mais alta, vem a segunda pergunta: “Tem II - (d) eles (1.º período do 8.º parágrafo)
velho aqui?” As mãos oscilam com o indicador em riste e III - (n) eles mesmos (1.º período do 8.º parágrafo)
ouve-se um enfático “não”. Repete-se a pergunta final e
IV - os (2.º período do 8.º parágrafo)
aumenta ainda mais o som da resposta. Termina o
espetáculo. Quais deles se referem aos “interesseiros” a que o autor
alude?
Indignado, fiquei a meditar sobre o episódio. Não há por
que duvidar dos bons interesses do animador. Certamente, ele A) Apenas o I e o II.
quis mostrar como é revigorante participar ativamente de uma B) Apenas o III e o IV.
cerimônia como aquela. O que lastimo é a necessidade de C) Apenas o I, o II e o III.
condenar a velhice a uma condição indigna, que deve ser
banida de um ambiente saudável. D) Apenas o II, o III e o IV.
Foi divagando sobre o ocorrido que resolvi ler a E) O I, o II, o III e o IV.
correspondência acumulada na semana. Chamou-me a
atenção um convite, sofisticado e colorido, divulgando que, 06. Analise as expressões abaixo.
nos próximos dias, ocorrerá o encontro dos adeptos da I - Esse conjunto de transformações (2.º período do 2.º
“medicina antienvelhecimento”. No programa, temas e parágrafo)
pesquisadores de grande relevância em meio a um grupo de
interesseiros cujo principal objetivo é confundir os incautos, II - o episódio (1.º período do 6.º parágrafo)
propondo-lhes a fonte da eterna juventude. III - os fatos (1.º período do 9.º parágrafo)
Curiosamente, conheço muitos deles e constato que nem IV - evidências responsáveis (1.º período do 10.º parágrafo)
neles mesmos essas mentiras conseguem ser aplicadas. Sua Quais retomam elementos apresentados anteriormente no
aparência denota que o tempo não os poupa das suas texto?
naturais conseqüências.
A) Apenas a I e a II.
Observei que os fatos se conectam. Se, por um lado,
continuarmos a permitir que o processo natural de B) Apenas a I, a II e a III.
envelhecimento seja negado e, por outro, aceitarmos as C) Apenas a I, a III e a IV.
argumentações dos falsos profetas, que apregoam D) Apenas a II, a III e a IV.
erroneamente que os conceitos da geriatria e da gerontologia
E) A I, a II, a III e a IV.
sejam usados como medidas “antienvelhecimento”,
perpetuaremos o paradigma de que a velhice é uma doença
que deve ser combatida com tratamentos caríssimos sem 07. Os termos “incautos” (3.º período do 7.º parágrafo) e
respaldo científico. “paradigma”(2.º período do 9.º parágrafo) , no contexto em
Mas, se nos respaldarmos nas evidências responsáveis, que são usados, remetem à ideia de
teremos as bases para constituir um grande movimento que A) idade e paradoxo
marcará uma posição vanguardista na luta “pró- B) esperança e padrão
envelhecimento saudável”.
C) confiança e esquema
Dessa forma, espero que, em breve, possamos ouvir a
D) velhice e equívoco
multidão respondendo à pergunta ‘tem velho aqui?’ com um
vigoroso ‘SIM’, de quem, a despeito da idade, goza da E) precaução e modelo
plenitude da sua capacidade funcional, ciente das suas
características físicas e intelectuais de quem soube
envelhecer. (Adaptado de JACOB FILHO, Wilson. Transição. Folha de São
Paulo, Folha Equilíbrio, 27 de março de 2008.)

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O texto abaixo é base para as questões 08 a 10. O texto abaixo é base para as questões 11 a 14.

Cada vez mais, ciência e tecnologia são componentes O Pedro Antônio Vieira foi submetido a residência
básicos do planejamento nacional na busca de forçada, em Coimbra, de fevereiro de 1663 até setembro de
desenvolvimento econômico, diminuição das desigualdades 1665 e, finalmente, preso pela Inquisição no dia 1.º de
sociais e preservação do meio ambiente. As metas do outubro. Publicou-se uma importante série de cartas escritas
desenvolvimento científico não mais se limitam à acumulação, por ele nesse período, que se escalonaram com bastante
na academia de conhecimento sobre as leis da natureza ou à regularidade de 17 de dezembro de 1663 a 28 de setembro de
busca de soluções para problemas específicos; elas se 1665.
caracterizam como formação e uso do conhecimento como Em cerca de trinta cartas que foram conservadas,
nova forma de capital para que cada nação possa manter sua encontram-se alusões mais ou menos desenvolvidas ao
autonomia e sua competitividade no equilíbrio entre seus “tempo que faz”. Para apreciar o valor e o significado dessas
pares. As soluções para os problemas de emprego, educação, indicações, é preciso entender as principais razões que
habitação, saúde, saneamento, crescimento demográfico, levavam o padre a interessar-se pelo tempo. A principal era,
migrações estão, em grande parte, vinculadas a inovações em sem dúvida, as repercussões que certos tipos de tempo
produtos e serviços, por sua vez, dependentes de pesquisa. tinham sobre a regularidade do funcionamento das
Acresce que a moderna sociedade do conhecimento é comunicações, em especial a circulação das cartas e notícias.
cada vez mais dinâmica, mudando com grande rapidez as Sujeitado a residência forçada, Antônio Vieira ansiava pela
suas linhas de desenvolvimento, baseadas em uma atividade chegada do correio, sobretudo o que provinha de Lisboa e da
científica que produz cinco mil novas publicações por dia, o Corte, mas também dos outros lugares onde tinha amigos. Em
que gera um conhecimento que se renova a cada cinco ou certos períodos do ano, inquietava-se também pelas
seis anos e está disponível de imediato nos novos meios de condições de navegação do Atlântico, perigosas para as frotas
comunicação. O número de trabalhadores na área científica do Brasil e da Índia. Outra razão do seu interesse eram as
vem aumentando com tal rapidez que estão, atualmente, em repercussões do tempo sobre a própria saúde e a dos amigos,
atividade 90% de todos os que, até hoje, se dedicaram à e sobre os rebates da peste. Enfim, não podia esquecer as
ciência. A formação e a atualização de um sistema nacional campanhas militares que, a partir da primavera, decorriam
de ciência e tecnologia deixaram de ser o esforço episódico de então no Alentejo.
há 50 anos para se converter em necessidade contínua e Convém não esquecer que as anotações climáticas nas
crescente em que produção, transferência e utilização do cartas de Antônio Vieira podiam ter, às vezes, valor puramente
conhecimento formam o carro-chefe do desenvolvimento metafórico. No ambiente de acesas intrigas palacianas que o
econômico e social. Alberto Carvalho da Silva. Descentralização em Padre acompanhava a distância, ele deixa mais de uma vez
política de ciência e tecnologia. In: Estudos Avançados, vol. 14, n.º 39, p. 61,
2000 (com adaptações) . transparecer o receio de que as cartas dele e dos seus
correspondentes fossem abertas e lidas. Por isso, expressa-se
muitas vezes por alusões e metáforas. Por exemplo, a 20 de
Em relação às ideias e concepções relativas à ciência julho, escrevia a D. Teodósio: “Em tempo de tanta
e tecnologia veiculadas no texto, julgue os itens 08 a 10. tempestade, não é seguro navegar sem roteiro.” Tratava-se
apenas, na realidade, de combinar o percurso para um
08. Por mais que o investimento destinado à pesquisa encontro clandestino estival nas margens do Mondego. O
aumente, a renovação do conhecimento ocorre apenas a cada contexto permite, quase sempre, desfazer as dúvidas.
cinco ou seis anos. (C/E) Suzanne Daveau. Os tipos de tempo em Coimbra (dez. 1663 - set. 1665) ,
nas cartas de Padre Antônio Vieira. In: Revista Finisterra, v. 32, n.º 64, Lisboa,
1997, p. 109-215. Internet: <www.ceg.ul.pt> (com adaptações) .

09. Depreende-se do texto que o número de trabalhadores na


área científica é diretamente proporcional ao número de Acerca das ideias expressas no texto e da tipologia
mestres e doutores egressos dos cursos de pós-graduação. que o caracteriza, julgue os itens 11 a 14.
(C/E)
11. De acordo com o texto, as cartas do Padre Antônio Vieira
10. Diante do ritmo acelerado da moderna sociedade do merecem destaque porque foram escritas durante o período
conhecimento, resultam inúteis, para resolver ou minorar os em que esteve exilado. (C/E)
problemas da sociedade atual, os esforços de se aplicarem as
inovações científicas em produtos e serviços. (C/E)
12. Conforme o texto, entre as razões que motivavam o
interesse do Padre Antônio Vieira pelo tempo, algumas eram
de cunho pessoal. (C/E)

13. Constata-se no texto que o emprego da linguagem


conotativa nas anotações climáticas nas cartas de Antônio
Vieira visava a obstar a compreensão da leitura dessas cartas
por quem não fosse o seu destinatário. (C/E)

14. Constata-se no texto que a principal razão que levava


Vieira a se interessar pelo tempo eram, sem dúvida, as
repercussões que certos tipos de tempo tinham sobre a
regularidade do funcionamento das comunicações, em
especial a circulação das cartas e notícias. (C/E)

Prof. Alberto Menegotto LÍNGUA PORTUGUESA


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15. Em relação às ideias do texto, assinale a inferência
correta.

A informação do Instituto Brasileiro de Planejamento


Tributário sobre a arrecadação de impostos no país, através
do instrumento denominado Impostômetro, é mais um
elemento de transparência da democracia brasileira. É bom
para o país que instituições independentes façam este tipo de
acompanhamento do poder público. Mas seria importante,
também, que os próprios governos mantivessem constante
atualização pública do que arrecadam e gastam, para que os
cidadãos se sintam efetivamente representados pelos
governantes que elegem.
O sistema de impostos é a maneira histórica com que o
poder público, no país e no mundo, arrecada recursos para
sustentar-se, para promover os serviços essenciais e para
investir em obras de sua responsabilidade. Neste sentido, o
sistema é imprescindível, integrando de maneira fundamental
a estruturação do Estado e da sociedade.
Assim, numa sociedade organizada, pagar imposto faz
parte dessa espécie de contrato social que garante ao país o
funcionamento adequado, a promoção da saúde, da
segurança e da educação e a manutenção das instituições e
dos poderes. O controle social dos gastos públicos e a
fiscalização dos cidadãos em relação ao uso adequado dos
recursos são questões básicas para a qualidade do
crescimento do país. (Zero Hora, RS, Editorial, 28/7/2010)

A) O Instituto Brasileiro de Planejamento é uma instituição


oficial pública.
B) O acompanhamento do poder público por instituições
independentes prejudica o desenvolvimento do País, porque
elas têm seus próprios interesses.
C) A qualidade do crescimento do país está relacionada com o
controle social dos gastos públicos realizado pelos cidadãos.
D) Se os governos mantivessem informações disponíveis
sobre seus gastos e sua arrecadação, a administração ficaria
prejudicada.
E) O sistema de impostos é dispensável para a estruturação
do Estado e da sociedade.

GABARITO

01. B 02. E 03. C 04. C 05. D


06. B 07. E 08. C 09. C 10. E
11. C 12. C 13. C 14. E 15. A

Prof. Alberto Menegotto LÍNGUA PORTUGUESA


47
PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO - Guarda Municipal

SUMÁRIO
01. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL______________________________
01
- Da Administração Pública: Artigos: 37; 38; 39; 40 e 41

02. LEI Nº 6055, DE 14/09/2006 - Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São
Leopoldo_____________________________________________________________________ 06

03. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO/RS____________________________ 30

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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:


- Capítulo VII - Da Administração Pública (Artigos: 37; 38; 39; 40 e 41)

cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma


CONSTITUIÇÃO FEDERAL data e sem distinção de índices;

CAPÍTULO VII XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,


DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
Seção I Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
DISPOSIÇÕES GERAIS Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e
também, ao seguinte: no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no
âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei; limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do Procuradores e aos Defensores Públicos;
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
nomeação e exoneração; Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de pessoal do serviço público;
convocação, aquele aprovado em concurso público de provas
ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na público não serão computados nem acumulados para fins de
carreira; concessão de acréscimos ulteriores;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153,
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, III, e 153, § 2º, I;
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento; XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre em qualquer caso o disposto no inciso XI:
associação sindical;
a) a de dois cargos de professor;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei específica; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos


c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá saúde, com profissões regulamentadas;
os critérios de sua admissão;

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e


IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
determinado para atender a necessidade temporária de sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
excepcional interesse público; sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de
que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em

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XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais § 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem
precedência sobre os demais setores administrativos, na prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
forma da lei; ressarcimento.

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
neste último caso, definir as áreas de sua atuação; terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
anterior, assim como a participação de qualquer delas em ocupante de cargo ou emprego da administração direta e
empresa privada; indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
obras, serviços, compras e alienações serão contratados órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
mediante processo de licitação pública que assegure ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
igualdade de condições a todos os concorrentes, com administradores e o poder público, que tenha por objeto a
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, cabendo à lei dispor sobre:
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica
e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das I - o prazo de duração do contrato;
obrigações.

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,


XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a III - a remuneração do pessoal."
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada,
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e
informações fiscais, na forma da lei ou convênio. às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, pessoal ou de custeio em geral.
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
pessoal de autoridades ou servidores públicos. aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
responsável, nos termos da lei. declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
administração pública direta e indireta, regulando remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo,
especialmente: as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar,
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e em seu âmbito, mediante emenda às respectivas
interna, da qualidade dos serviços; Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo
informações sobre atos de governo, observado o disposto no Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo
art. 5º, X e XXXIII; aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos
Vereadores.
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente
ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
pública. autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital,
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.

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II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
remuneração; cargos e empregos públicos.

III - investido no mandato de Vereador, havendo § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do provenientes da economia com despesas correntes em cada
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
norma do inciso anterior; desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, modernização,
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento; § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
afastamento, os valores serão determinados como se no Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
exercício estivesse. dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de
Seção II previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
DOS SERVIDORES PÚBLICOS contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos
e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os artigo.
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime
jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de
públicas. que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus
proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais


componentes do sistema remuneratório observará: I - por invalidez permanente, sendo os proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente
de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade contagiosa ou incurável, na forma da lei;
dos cargos componentes de cada carreira;
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo
II - os requisitos para a investidura; de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75
(setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
III - as peculiaridades dos cargos. complementar;

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos
servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas
um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para as seguintes condições:
isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes
federados. a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o contribuição, se mulher;
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII,
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
cargo o exigir. tempo de contribuição.

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os § 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por


Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais ocasião de sua concessão, não poderão exceder a
serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra concessão da pensão.
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
disposto no art. 37, X e XI.
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por
ocasião da sua concessão, serão consideradas as
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos remunerações utilizadas como base para as contribuições do
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo
menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em e o art. 201, na forma da lei.
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

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§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos bem como de outro cargo temporário ou de emprego público,
definidos em leis complementares, os casos de servidores: aplica-se o regime geral de previdência social.

I - portadores de deficiência; § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,


desde que instituam regime de previdência complementar
II - que exerçam atividades de risco; para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo,
poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a
serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
que prejudiquem a saúde ou a integridade física. previdência social de que trata o art. 201.

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão § 15. O regime de previdência complementar de que trata o §
reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder
"a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus
efetivo exercício das funções de magistério na educação parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades
infantil e no ensino fundamental e médio. fechadas de previdência complementar, de natureza pública,
que oferecerão aos respectivos participantes planos de
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos benefícios somente na modalidade de contribuição definida.
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
de previdência previsto neste artigo. disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão ato de instituição do correspondente regime de previdência
por morte, que será igual: complementar.

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente
geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido atualizados, na forma da lei.
de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso
aposentado à data do óbito; ou § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido
cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite para os benefícios do regime geral de previdência social de
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para
previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta os servidores titulares de cargos efetivos.
por cento da parcela excedente a este limite, caso em
atividade na data do óbito. § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado
as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme um abono de permanência equivalente ao valor da sua
critérios estabelecidos em lei. contribuição previdenciária até completar as exigências para
aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal
será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio
serviço correspondente para efeito de disponibilidade. de previdência social para os servidores titulares de cargos
efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo
regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art.
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
142, § 3º, X.
contagem de tempo de contribuição fictício.

§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá


§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos
apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de
proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
para os benefícios do regime geral de previdência social de
outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário,
de previdência social, e ao montante resultante da adição de na forma da lei, for portador de doença incapacitante.
proventos de inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
eletivo. servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público.
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência
dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime
geral de previdência social. I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

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II - mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de


desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor


estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga,
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o


servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é


obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.

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TÍTULO II
ESTATUTO DOS SERV. PÚBLICOS DO PROVIMENTO E DO APERFEIÇOAMENTO E DA
DO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO VACÂNCIA

LEI Nº 6055, DE 14/09/2006


Capítulo I
DO PROVIMENTO E DO APERFEIÇOAMENTO
Dispõe sobre o regime jurídico e o ESTATUTO DOS
SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE SÃO
LEOPOLDO e dá outras providências. SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
ARY JOSÉ VANAZZI, Prefeito Municipal de São Leopoldo,
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a Art. 7º São requisitos básicos para ingresso no serviço público
seguinte LEI: municipal:

I - ser brasileiro, assim como estrangeiro, na forma da lei;


TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES II - ter idade mínima de dezoito anos;

Art. 1º Esta Lei institui o regime jurídico estatutário dos III - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
servidores públicos do Município de São Leopoldo.

IV - gozar de boa saúde física e mental, comprovada mediante


Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor público é a pessoa exame médico;
legalmente investida em cargo público.

V - ter atendido a outras condições prescritas em lei.


Art. 3º Cargo público é o criado em lei, em número certo, com
denominação própria, remunerado pelos cofres municipais, ao
qual corresponde um conjunto de atribuições e Art. 8º Os cargos públicos serão providos por:
responsabilidades cometidas a servidor público.

I - nomeação;
Parágrafo Único. Os cargos públicos serão de provimento
efetivo ou em comissão.
II - recondução;

Art. 4º A investidura em cargo público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, III - readaptação;
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo
IV - reversão;
em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração.
V - reintegração;
§ 1º A investidura em cargo do magistério municipal será por
concurso de provas e títulos. VI - aproveitamento.

§ 2º A investidura em cargo da guarda municipal será por SEÇÃO II


concurso público, com fases diversificadas e formação
programática própria, dotados de caráter classificatório e DO CONCURSO PÚBLICO
eliminatório.
Art. 9º As normas gerais para realização de concurso serão
§ 3º Somente poderão ser criados cargos de provimento em estabelecidas em regulamento.
comissão para atender encargos de direção, chefia ou
assessoramento.
§ 1º Além das normas gerais, os concursos serão regidos por
instruções especiais, constantes no edital, que deverão ser
Art. 5º Função gratificada é a instituída por lei para atender a expedidas pelo órgão competente, com ampla publicidade.
encargos de direção, chefia ou assessoramento, sendo
privativa de detentor de cargo de provimento efetivo,
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência, nos termos do
observados os requisitos para o exercício e cujo provimento
artigo 37, VIII, da Constituição Federal, é assegurado o direito
atenderá a casos, condições e percentuais mínimos.
de se inscrever em concurso público para provimento de
Art. 6º É vedado cometer ao servidor atribuições diversas das cargo, cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência
de seu cargo, exceto encargos de direção, chefia ou de que são portadoras, e para as quais será reservado 5%
assessoramento e comissões legais.

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(cinco por cento) das vagas oferecidas no concurso, nos SEÇÃO IV
seguintes termos: DA POSSE E DO EXERCÍCIO

I - deficiência é aquela que, comprovadamente, acarreta à Art. 14 Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres
pessoa condições físicas, sensoriais ou mentais reduzidas ou e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o
de inferioridade, em relação às demais, tanto para a prestação compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de
do concurso quanto para o exercício das atribuições do cargo, termo pela autoridade competente e pelo nomeado.
mas que não a impossibilite para o exercício do respectivo
cargo.
§ 1º O candidato deverá comprovar na data da posse no
cargo, que atingiu a idade mínima e não ultrapassou a idade
II - a comprovação da deficiência, sua identificação e a máxima fixada para o recrutamento, bem como preencheu
compatibilidade para o exercício do cargo na forma prevista todos os requisitos constantes na lei e no edital.
neste artigo, serão previamente atestadas por laudo de junta
médica, nomeada pelo Município, e exigidas como requisito
para a inscrição em concurso público. § 2º A posse dar-se-á no prazo de até dez dias contados da
data de publicação do ato de nomeação, podendo, a pedido,
ser prorrogado por igual período.
III - quando houver inscritos nas condições do parágrafo 2º,
serão observados os seguintes itens:
§ 3º No ato da posse o nomeado apresentará,
obrigatoriamente, declaração sobre o exercício de outro cargo,
a) a homologação do concurso far-se-á em lista separada para emprego ou função pública e, nos casos que a lei indicar,
os portadores de deficiência, constando em ambas a nota final declaração de bens e valores que constituam seu patrimônio.
de aprovação, e classificação ordinal em cada uma das listas;
b) as nomeações obedecerão predominantemente à nota final
obtida, independente da lista em que esteja o candidato; Art. 15 Exercício é o desempenho das atribuições do cargo
pelo servidor.
c) será assegurada uma vaga aos deficientes, após dezenove
(19) preenchidas por não deficientes.
§ 1º É de cinco dias o prazo para o servidor entrar em
exercício, contados da data da posse.
IV - os demais critérios constantes do edital público são de
validade genérica para todos os candidatos, sejam ou não
beneficiários da condição de deficiência. § 2º Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se não
ocorrer a posse ou o exercício, nos prazos legais.
Art. 10 Os limites de idade para ingresso no serviço público
serão fixados em lei, de acordo com a natureza e a § 3º O exercício deve ser dado pelo chefe da repartição para a
complexidade de cada cargo. qual o servidor for designado.

Art. 11 O prazo de validade do concurso será de até dois Art. 16 Nos casos de reintegração, reversão e
anos, prorrogável, uma vez, por igual prazo. aproveitamento, o prazo de que trata o § 1º do artigo anterior
será contado da data da publicação do ato.
SEÇÃO III
DA NOMEAÇÃO Art. 17 A readaptação e a recondução não interrompem o
exercício.

Art. 12 A nomeação é o ato de investidura em cargo público e


será feita: Art. 18 O início, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados no assentamento individual do servidor.

I - em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de


lei, assim deva ser provido; Parágrafo Único. Ao entrar em exercício o nomeado
apresentará, ao órgão de pessoal, os elementos necessários
ao assentamento individual.
II - em caráter efetivo, nos demais casos.

SEÇÃO V
Parágrafo Único. O nomeado ou designado para o exercício DA ESTABILIDADE
de cargo em comissão, antes da posse, declarará por escrito
não ter relação familiar ou de parentesco que importe prática
de nepotismo, vedada na forma da legislação municipal. Art. 19 O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público adquire estabilidade após três
(03) anos de efetivo exercício.
Art. 13 A nomeação em caráter efetivo obedecerá à ordem de
classificação obtida pelos candidatos no concurso público.

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Parágrafo Único. O servidor estável só perderá o cargo: § 6º Em todo o processo de avaliação, o servidor deverá ter
vista de cada boletim de estágio, podendo se manifestar sobre
os itens avaliados pela(s) respectiva(s) chefia(s), devendo
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; apor sua assinatura.

II - mediante processo administrativo em que lhe seja § 7º O servidor que não preencher alguns dos quesitos do
assegurada ampla defesa; estágio probatório deverá receber orientação adequada para
que possa corrigir as deficiências.
III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada § 8º Verificado, em qualquer fase do estágio, resultado
ampla defesa. insatisfatório por três avaliações, será processada a
exoneração do servidor.
Art. 20 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por § 9º Sempre que se concluir pela exoneração do servidor em
período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua estágio probatório, ser-lhe-á assegurada vista do processo,
aptidão, capacidade e desempenho serão objeto de avaliação pelo prazo de cinco dias úteis, para apresentar defesa e
por Comissão Especial designada para esse fim, com vista à indicar as provas que pretenda produzir.
aquisição da estabilidade, observados os seguintes quesitos:

§ 10 A defesa, quando apresentada, será apreciada em


I - assiduidade; relatório conclusivo, por comissão especialmente designada
pelo Prefeito, podendo, também, serem determinadas
diligências e ouvidas testemunhas.
II - pontualidade;

§ 11 O servidor não aprovado no estágio probatório será


III - disciplina;
exonerado e reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, se
era estável, observados os dispositivos pertinentes.
IV - eficiência;
§ 12 O estagiário, quando convocado, deverá participar de
V - responsabilidade; todo e qualquer curso específico referente às atividades de
seu cargo.

VI - relacionamento.
Art. 21 Nos casos de cometimento de falta disciplinar,
inclusive durante o primeiro e o último trimestre, o estagiário
§ 1º É condição para a aquisição da estabilidade a avaliação terá a sua responsabilidade apurada através de sindicância ou
do desempenho no estágio probatório nos termos deste artigo. processo administrativo disciplinar, observadas as normas
estatutárias, independente da continuidade da apuração do
estágio probatório pela Comissão Especial.
§ 2º A avaliação será realizada por trimestre e a cada uma
corresponderá um competente boletim, sendo que cada
servidor será avaliado no efetivo exercício do cargo para o SEÇÃO VI
qual foi nomeado, podendo exercer função gratificada cuja DA RECONDUÇÃO
natureza esteja em correlação com o cargo ocupado pelo
mesmo, sem haver interrupção da avaliação. (Regulamentado
pelo Decreto nº 7140/2012) Art. 22 Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado.
§ 3º Somente os afastamentos decorrentes do gozo de férias
legais não prejudicam a avaliação do trimestre. § 1º A recondução decorrerá de:

§ 4º Quando os afastamentos, no período considerado, forem a) falta de capacidade e eficiência no exercício de outro cargo
superiores a trinta dias, a avaliação do estágio probatório de provimento efetivo ou;
ficará suspensa até o retorno do servidor ao exercício de suas
atribuições, retomando-se a contagem do tempo anterior para
efeito do trimestre. § 2º A hipótese de recondução de que trata a alínea "a" do
parágrafo anterior, será apurada nos termos dos parágrafos
do art. 20 e somente poderá ocorrer no prazo do estágio
§ 5º Três meses antes de findo o período de estágio probatório em outro cargo.
probatório, a avaliação do desempenho do servidor, realizada
de acordo com o que dispuser a lei ou regulamento, será
submetida à homologação da autoridade competente, sem § 3º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as
prejuízo da continuidade de apuração dos quesitos atribuições do cargo de origem, assegurados os direitos e
enumerados nos incisos I a VI do "caput" deste artigo. vantagens dele decorrentes, até o regular provimento.

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SEÇÃO VII demissão por decisão judicial, com ressarcimento de todas as
DA READAPTAÇÃO vantagens determinadas na sentença.

Art. 23 Readaptação é a investidura do servidor efetivo em Parágrafo Único. Reintegrado o servidor e não existindo
cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a vaga, aquele que houver ocupado o cargo será reconduzido
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado
mental, verificada em inspeção médica. em outro cargo ou posto em disponibilidade.

§ 1º A readaptação será efetuada conforme procedimento SEÇÃO X


estabelecido por decreto Municipal. DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de igual padrão Art. 29 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o
de vencimento ou inferior. servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
§ 3º Realizando-se a readaptação em cargo de padrão inferior,
ficará assegurado ao servidor vencimento correspondente ao
cargo que ocupava. Art. 30 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade
far-se-á mediante aproveitamento em cargo equivalente por
sua natureza e retribuição àquele de que era titular.
§ 4º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as
atribuições do cargo indicado, até o regular provimento.
Parágrafo Único. No aproveitamento terá preferência o
servidor que estiver a mais tempo em disponibilidade e, no
SEÇÃO VIII caso de empate, o que contar mais tempo de serviço público
DA REVERSÃO municipal.

Art. 24 Reversão é o retorno do servidor aposentado por Art. 31 O aproveitamento de servidor que se encontrar em
invalidez à atividade no serviço público municipal, verificado, disponibilidade há mais de doze meses dependerá de prévia
em processo, que não subsistem os motivos determinantes da comprovação de sua capacidade física e mental, por junta
aposentadoria. médica oficial.

§ 1º A reversão far-se-á a pedido ou de ofício, condicionada Parágrafo Único. Verificada a incapacidade definitiva, o
sempre à existência de vaga. servidor em disponibilidade será aposentado.

§ 2º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão sem que, Art. 32 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
mediante inspeção médica, fique provada a capacidade para o disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
exercício do cargo. legal, contado da publicação do ato de aproveitamento, salvo
doença comprovada por inspeção médica.

§ 3º Somente poderá ocorrer reversão para cargo


anteriormente ocupado ou, se transformado, no resultante da SEÇÃO XI
transformação. DA PROGRESSÃO HORIZONTAL
(Regulamentada pelo Decreto nº 5908/2008)
Art. 25 Será tornada sem efeito a reversão e cassada a
aposentadoria do servidor que, dentro do prazo legal, não
entrar no exercício do cargo para o qual haja sido revertido, Art. 33 Para efeitos desta Lei, progressão horizontal é a
salvo motivo de força maior, devidamente comprovado. passagem do funcionário efetivo de um padrão salarial para
outro imediatamente superior, dentro da mesma faixa de
vencimentos do nível a que pertence a classe, pelo critério de
Art. 26 Não poderá reverter o servidor que contar setenta merecimento.
anos de idade.
Art. 34 Para alcançar a progressão, o funcionário deverá,
Art. 27 A reversão dará direito à contagem do tempo em que o cumulativamente:
servidor esteve aposentado, exclusivamente para nova
aposentadoria.
I - cumprir o interstício de 1.095 (mil e noventa e cinco) dias de
efetivo exercício no padrão de vencimento em que se
SEÇÃO IX encontre;
DA REINTEGRAÇÃO
II - obter, pelo menos, o grau mínimo de merecimento quando
da apuração de seu desempenho pela Comissão de
Art. 28 Reintegração é a investidura do servidor estável no
Desenvolvimento Funcional a que se refere o art. 36 desta Lei
cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua

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e de acordo com as normas previstas em regulamento § 1º O servidor designado para estudo ou aperfeiçoamento
específico. ficará obrigado a prestar serviços pelo menos mais dois anos.

§ 1º Na avaliação de desempenho deverão ser considerados, § 2º Não cumprida a obrigação contida no parágrafo anterior,
entre outros, os seguintes fatores: deverá o Município ser indenizado da quantia total despedida
em valores atualizados monetariamente.

I - conhecimento e qualidade do trabalho;


Capítulo II

II - pontualidade; DA VACÂNCIA

III - inexistência de punição; Art. 40 A vacância do cargo decorrerá de:

IV - exercício de cargo ou função de direção e chefia; I - exoneração;

V - participação em cursos de treinamento diretamente II - demissão;


relacionados com as atribuições de seu cargo.
III - readaptação;
§ 2º A avaliação de desempenho será apurada uma vez por
ano, através da Comissão de Desenvolvimento Funcional, IV - recondução;
observadas as normas estabelecidas em regulamento, bem
como os dados extraídos dos assentamentos funcionais.
V - aposentadoria;
§ 3º Os efeitos financeiros decorrentes das progressões
previstas nesta seção vigorarão a partir do primeiro dia do VI - falecimento.
mês subseqüente a sua concessão.

Art. 41 Dar-se-á a exoneração:


Art. 35 Fica criada a Comissão de Desenvolvimento
Funcional, a ser constituído por três membros, detentor de
cargo de provimento efetivo, cabendo ao Secretário Municipal I - a pedido;
de Administração, Diretor de Autarquia ou Fundação indicar os
mesmos, devendo dela fazer parte, obrigatoriamente, um
representante do órgão de recursos humanos. II - de ofício quando:

Art. 36 Caberá à Comissão de Desenvolvimento Funcional a) se tratar de cargo em comissão;


promover a avaliação anual de merecimento dos funcionários, b) se tratar de servidor não estável nas hipóteses do art. 20,
com base nos fatores constantes do Boletim de Merecimento, desta Lei;
objetivando a aplicação dos institutos de progressão definidos
c) ocorrer posse de servidor não estável em outro cargo
nesta Lei.
inacumulável, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 166
desta Lei.
Art. 37 A Comissão de Desenvolvimento Funcional terá sua
organização e forma de funcionamento regulamentadas em
Art. 42 A abertura de vaga ocorrerá na data da publicação da
Decreto.
lei que criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer das
hipóteses previstas no art. 40.
SEÇÃO XII
DA PROGRESSÃO VERTICAL Art. 43 A vacância de função gratificada dar-se-á por
dispensa, a pedido ou de ofício, ou por destituição.
Art. 38 As progressões verticais obedecerão às regras
estabelecidas nas leis que dispuserem sobre os planos de Parágrafo Único. A destituição será aplicada como
carreira dos servidores municipais. penalidade, nos casos previstos nesta Lei.

SEÇÃO XIII
DO APERFEIÇOAMENTO

Art. 39 Os servidores municipais efetivos poderão ser


indicados para cursos de especialização no País, com custas
para o Poder Público, quando houver correlação entre o
programa de tais cursos e as atribuições do cargo exercido.

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TÍTULO III Parágrafo Único. A função gratificada é instituída por lei para
DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS atender atribuições de direção, chefia e assessoramento, que
não justifiquem o provimento por cargo em comissão.

Capítulo I
Art. 50 A função gratificada poderá também ser criada em
DA SUBSTITUIÇÃO paralelo com o cargo em comissão, como forma alternativa de
provimento da posição de confiança, hipótese em que o valor
da função gratificada não poderá ser superior a cinqüenta por
Art. 44 Dar-se-á a substituição de titular de cargo em
cento do vencimento do cargo em comissão.
comissão ou de função gratificada durante o seu impedimento
legal.
Art. 51 A designação para o exercício da função gratificada,
que nunca será cumulativa com o cargo em comissão, será
§ 1º Poderá ser organizada e publicada no mês de janeiro a
feita por ato expresso da autoridade competente.
relação de substitutos para o ano todo.

Art. 52 O valor da função gratificada será percebido


§ 2º Na falta dessa relação, a designação será feita em cada
cumulativamente com o vencimento do cargo de provimento
caso.
efetivo, sendo facultado ao servidor optar pelo vencimento do
cargo em comissão correspondente.
Art. 45 O substituto fará jus ao vencimento do cargo em
comissão ou do valor da função gratificada, na proporção dos Art. 53 O valor da função gratificada continuará sendo
dias de efetiva substituição, ficando vedada a opção de
percebido pelo servidor que, sendo seu ocupante, estiver
vencimentos para o substituto.
ausente em virtude de férias, licenças previstas no art. 138,
incisos III e V, alíneas a e b, licença à gestante, adotante ou
Parágrafo Único. Em caso excepcional, excetuados os paternidade, serviços obrigatórios por lei ou atribuições
membros do Magistério Público Municipal, atendida a decorrentes de seu cargo ou função.
conveniência da Administração, o titular de cargo em
comissão ou função gratificada poderá ser nomeado ou Art. 54 Será tornada sem efeito a designação do servidor que
designado, cumulativamente, como substituto para outro cargo
não entrar no exercício da função gratificada no prazo de dois
da mesma natureza, até que se verifique a nomeação ou
dias a contar da publicação do ato de investidura.
designação do titular. Nesse caso, somente perceberá o
vencimento correspondente a um cargo.
Art. 55 O provimento de função gratificada poderá recair
também em servidor ocupante de cargo efetivo de outra
Capítulo II
entidade pública posto à disposição do Município sem prejuízo
DA REMOÇÃO de seus vencimentos.

Art. 46 Remoção é o deslocamento do servidor de uma para Art. 56 É facultado ao servidor efetivo do Município, quando
outra repartição do Município. indicado para o exercício de cargo em comissão, optar pelo
provimento sob a forma de função gratificada correspondente.
Parágrafo Único. A remoção poderá ocorrer:
Art. 57 A lei indicará os casos e condições em que os cargos
em comissão serão exercidos preferencialmente por
I - a pedido, atendida a conveniência do serviço; servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, no
percentual mínimo de 10% (dez por cento) do total dos cargos
em comissão.
II - de ofício, no interesse da administração.

TÍTULO IV
Art. 47 A remoção será feita por ato da autoridade
competente. DO REGIME DO TRABALHO

Art. 48 A remoção por permuta será precedida de Capítulo I


requerimento firmado por ambos os interessados. DO HORÁRIO E DO PONTO

Capítulo III Art. 58 O Prefeito determinará, quando não estabelecido em


DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA lei ou regulamento, o horário de expediente das repartições.

Art. 49 A função de confiança a ser exercida exclusivamente Art. 59 O horário normal de trabalho de cada cargo ou função
por servidor público efetivo, poderá ocorrer sob a forma de é o estabelecido na legislação específica, não podendo ser
função gratificada. superior a oito horas diárias e a quarenta e quatro horas
semanais.

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Parágrafo Único. Atendida a conveniência pública, a jornada Parágrafo Único. A remuneração do dia de repouso
de trabalho ininterrupta de seis horas diárias equivalerá às oito corresponderá a um dia normal de trabalho.
horas diárias previstas para os cargos constantes do Plano de
Cargos e Carreiras do Município, suas autarquias e fundação,
com aplicação a critério da administração. Art. 65 Nos serviços públicos ininterruptos poderá ser exigido
o trabalho nos dias feriados civis e religiosos, hipótese em que
as horas trabalhadas serão pagas com acréscimo de
Art. 60 A freqüência do servidor será controlada: cinqüenta por cento, salvo a concessão de outro dia de folga
compensatória.

I - pelo ponto;
TÍTULO V

II - pela forma determinada em regulamento, quanto aos DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
servidores não sujeitos ao ponto.
Art. 66 Fica instituída a Comissão Interna de Prevenção de
§ 1º Ponto é o registro, eletrônico ou não, que assinala o Acidentes, que será formada por servidores estáveis, na forma
comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual se verifica, da legislação regulamentar. (Regulamentado pelo Decreto nº
diariamente, a sua entrada e saída. 5541/2008)

§ 2º Salvo nos casos do inciso II deste artigo, é vedado TÍTULO VI


dispensar o servidor do registro do ponto e abonar faltas ao DOS DIREITOS E VANTAGENS
serviço. (Vide regulamentação - Decreto nº 7220/2012)

Capítulo I
Capítulo II DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 67 Vencimento é a retribuição paga ao servidor pelo


Art. 61 A prestação de serviços extraordinários só poderá efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor fixado em
ocorrer por expressa determinação da autoridade competente, lei.
mediante solicitação fundamentada do chefe da repartição, ou
de ofício.
Parágrafo Único. Fica instituído o dia 10 (dez) de abril de
cada ano como "data base" para a revisão salarial dos
§ 1º O serviço extraordinário será remunerado por hora de servidores.
trabalho que exceda o período normal, com acréscimo de
cinqüenta por cento em relação à hora normal.
Art. 68 Remuneração é o vencimento acrescido das
vantagens permanentes, estabelecidas em lei.
§ 2º Salvo nos casos excepcionais, devidamente justificados,
não poderá o trabalho em horário extraordinário exceder a
duas horas diárias, podendo ser prorrogado por igual período, Art. 69 Nenhum servidor poderá perceber mensalmente, a
se o interesse público exigir, conforme dispuser Decreto do título de remuneração ou subsídio, importância maior do que a
Prefeito Municipal. fixada como limite pela Constituição Federal, e sua
interpretação, segundo o Supremo Tribunal Federal.

Art. 62 O serviço extraordinário, excepcionalmente, poderá


ser realizado sob a forma de plantões para assegurar o Art. 70 Excluem-se do teto de remuneração previsto no art. 69
funcionamento dos serviços municipais ininterruptos. as diárias de viagem, o auxílio para diferença de caixa e o
acréscimo constitucional de férias.

Parágrafo Único. O plantão extraordinário visa a substituição


do plantonista titular legalmente afastado ou em falta ao Art. 71 A lei fixará a relação de valores entre a maior e a
serviço. menor remuneração dos servidores municipais.

Art. 63 O exercício de cargo em comissão ou de função Art. 72 O servidor perderá:


gratificada, não sujeito ao controle de ponto, exclui a
remuneração por serviço extraordinário.
I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, sem prejuízo
da penalidade disciplinar cabível;
Capítulo III
DO REPOUSO SEMANAL II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos,
ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a trinta
minutos, sem prejuízo da penalidade disciplinar cabível;
Art. 64 O servidor terá direito a repouso remunerado, num dia
de cada semana, preferencialmente aos domingos, bem como
nos dias feriados civis e religiosos. III - metade da remuneração na hipótese prevista no parágrafo
único do art. 166.

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Art. 73 Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, VII - incorporação de função gratificada;
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

VIII - programa alimentação;


Parágrafo Único. Mediante autorização do servidor, poderá
haver consignação em folha de pagamento em favor de
terceiros, a critério da administração e até o limite de 40% IX - plano de saúde;
(quarenta por cento) da remuneração.
X - prêmio mensal de produtividade.
I - A soma dos descontos referentes ao pagamento das
prestações de empréstimos, financiamentos e operações de
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou
arrendamento mercantil concedidos por instituições
provento para qualquer efeito.
financeiras e sociedades de arrendamento mercantil
concedidos a servidores públicos ativos, inativos e
pensionistas vinculados ao Poder Executivo Municipal não § 2º As gratificações, os adicionais e os auxílios incorporam-se
poderá exceder a 30% (trinta por cento) da remuneração. ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados
em lei.
II - O total das consignações facultativas, incluindo as
referidas no inciso I, não poderá exceder a 40% (quarenta por Art. 77 Os acréscimos pecuniários não serão computados
cento) da remuneração disponível. (Redação dada pela Lei nº nem acumulados para fim de concessão de acréscimos
7048/2009) ulteriores.

Art. 74 As reposições devidas por servidor à Fazenda SEÇÃO I


Municipal poderão ser feitas em parcelas mensais, mediante
desconto em folha de pagamento. DAS DIÁRIAS

§ 1º O valor de cada parcela não poderá exceder a vinte por Art. 78 O Servidor Público Municipal que se afastar da sede,
cento da remuneração do servidor. no interesse do Município, em caráter eventual ou transitório,
fará jus, além das passagens, também a diárias destinadas a
indenizar as despesas com alimentação, estada e locomoção
§ 2º O servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a urbana nos seguintes valores:
importância do prejuízo causado a Fazenda Municipal em
virtude de alcance, desfalque, ou omissão de efetuar o
recolhimento ou entradas nos prazos legais. I - 80 (oitenta) UPM`s (Unidade Padrão Monetária) para os
afastamentos dentro do estado e com distância superior a 40
(quarenta) km da sede;
Art. 75 O servidor em débito com o Erário, que for demitido,
exonerado, destituído do cargo em comissão, ou que tiver a
sua disponibilidade cassada, terá de repor a quantia de uma II - 150 (cento e cinqüenta) UPM`s (Unidade Padrão
só vez. Monetária) para os afastamentos para fora do Estado;

Parágrafo Único. A não quitação de débito implicará em sua III - 300 (trezentas) UPM`s (Unidade Padrão Monetária) para
inscrição em dívida ativa e cobrança judicial. os afastamentos para fora do país.

Capítulo II § 1º As diárias serão pagas antes do deslocamento, desde


que atendidas as disposições do artigo 79 e 80.
DAS VANTAGENS

§ 2º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo


Art. 76 Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as devido o valor de 25 (vinte e cinco) UPM`s (Unidade Padrão
seguintes vantagens: Monetária) quando o deslocamento for superior a 40
(quarenta) km da sede e não exigir pernoite fora da mesma.
I - diárias;
§ 3º Ficam incluídos nas disposições do artigo 79 os
II - gratificações e adicionais; servidores estaduais e federais cedidos ao Município.

Art. 79 O Servidor Público Municipal somente poderá se


III - auxílio para diferença de caixa;
afastar, a serviço, de sua sede para outro ponto do território
nacional, com direito a diárias quando:
IV - auxílio-funeral;
I - apresentar solicitação ao Prefeito, através de documento
V - auxílio natalidade; escrito, com até cinco dias de antecedência, em que conste o
nome do servidor, o destino, datas de saída e retorno, meio de
transporte, motivo da viagem e o visto do Secretário ao qual o
VI - auxílio transporte; servidor está afeto;

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II - anexar o convite para o curso ou seminário que motivou a § 3º A gratificação natalina será calculada sobre a
viagem, se for o caso; remuneração do servidor, sendo consideradas as médias
anuais do serviço extraordinário, do adicional noturno, da
hora-máquina e da função gratificada.
III - for emitida Portaria autorizando a viagem, comprovando o
deferimento da solicitação;
§ 4º A gratificação natalina será estendida aos inativos e
pensionistas, com base nos proventos que perceberem na
IV - tiver prestado contas ao Sistema de Controle Interno, nos data do pagamento daquela.
termos do art. 80, de sua viagem anterior;

Art. 83 A gratificação natalina poderá ser paga em duas


Art. 80 Todos os Servidores Públicos Municipais se afastarem parcelas, devendo a segunda ser paga até o dia vinte do mês
da sede, nos termos do art. 79 da presente lei, ficam de dezembro de cada ano.
obrigados a prestar contas ao Sistema de Controle Interno, no
prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo Único. O pagamento de cada parcela se fará
tomando por base a remuneração do mês em que ocorrer o
§ 1º A prestação de contas será feita através do pagamento.
encaminhamento de documentação comprobatória do
deslocamento, bem como do relatório em que constem as
atividades desenvolvidas durante o afastamento. Art. 84 Em caso de exoneração, falecimento ou aposentadoria
do servidor, a gratificação natalina será devida
proporcionalmente aos meses de efetivo exercício no ano,
§ 2º Somente poderá afastar-se novamente do Município, nos calculada sobre a remuneração do mês da exoneração,
termos do art. 79 da presente Lei, o servidor ou agente político falecimento ou aposentadoria.
que tiver atendido os requisitos contidos no parágrafo anterior.

Art. 85 A gratificação natalina não será considerada para


SEÇÃO II cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
SUBSEÇÃO II
Art. 81 Constituem gratificações e adicionais dos servidores DA GRATIFICAÇÃO POR HORA-MÁQUINA
municipais:

SUBSEÇÃO III
I - gratificação natalina;
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

II - gratificação por hora-máquina;


Art. 87 Por qüinqüênio de efetivo exercício no cargo público
municipal, será concedido ao funcionário um adicional
III - adicional por tempo de serviço; correspondente a 5 (cinco por cento) do vencimento de seu
cargo efetivo, até o limite de 7 (sete) qüinqüênios, o qual se
incorpora para todos os efeitos legais.
IV - adicional pelo exercício de atividades em condições
penosas, insalubres ou perigosas;
§ 1º Computar-se-á para a vantagem o tempo de serviço
anteriormente prestado ao Município, sob qualquer forma de
V - adicional noturno. ingresso, desde que sem solução de continuidade com o atual
de provimento efetivo.
SUBSEÇÃO I
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA § 2º O adicional é devido a partir do dia imediato àquele em
que o funcionário completar o tempo de serviço exigido.

Art. 82 A gratificação natalina será paga, anualmente, a todo


funcionário municipal, independentemente da remuneração a SUBSEÇÃO IV
que fizer jus. DOS ADICIONAIS DE PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E
PERICULOSIDADE
§ 1º A gratificação natalina corresponderá a 1/12 (um doze
avos), por mês de efetivo exercício, da remuneração devida Art. 88 Os servidores que executarem atividades penosas ou
em dezembro do ano correspondente. que trabalhem com habitualidade em locais insalubres, ou em
contato permanente com substâncias tóxicas ou com risco de
vida, fazem jus a um adicional calculado na forma desta Lei.
§ 2º A fração igual ou superior a quinze dias de exercício no
mesmo mês será tomada como mês integral, para efeito do
parágrafo anterior. Art. 89 O servidor que fizer jus aos adicionais de penosidade,
insalubridade ou periculosidade, deverá optar por um deles,
quando for o caso, não sendo acumuláveis estas vantagens.

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Parágrafo Único. O direito ao adicional de penosidade, de setembro de 1985, regulamentada pelo Decreto nº 92.212,
insalubridade ou periculosidade, cessa com a eliminação das de 26 de dezembro de 1985 e suas subseqüentes alterações,
condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão, nos seus termos, para o que:
não se incorporando à remuneração do servidor.

I - tem-se por atividade perigosa aquela que atenta contra a


Art. 90 O adicional de penosidade somente será concedido integridade física por contato permanente com substâncias
quando reconhecida a penosidade da atividade desenvolvida tóxicas, ou com risco de vida de quem a desenvolve cotidiana
pelo servidor, em laudo pericial, realizado por médico ou e habitualmente.
engenheiro do trabalho, para o que:

II - o adicional será devido à razão de trinta por cento (30%)


§ 1º Tem-se por atividade penosa, aquela que causar a quem do vencimento padrão do cargo efetivo do servidor, a partir do
desenvolver, fadiga física e mental considerada incomum e laudo que reconhecer a periculosidade da atividade
anormal, em face à maioria das demais atividades desenvolvida pelo servidor.
habitualmente desenvolvidas pelos trabalhadores em geral.

Art. 93 Enquanto devidos, os adicionais de que trata esta Lei


§ 2º O adicional será devido à razão de dez por cento (10%) serão considerados para cálculo das férias e da gratificação
do vencimento padrão de cargo efetivo do servidor, a partir de natalina do servidor.
laudo que reconhecer a penosidade da atividade desenvolvida
pelo servidor.
SUBSEÇÃO V
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 91 O adicional de insalubridade somente será concedido
quando reconhecida a insalubridade da atividade desenvolvida
pelo servidor, em laudo pericial, realizado pelo período mínimo Art. 94 O serviço noturno prestado em horário compreendido
de quatro em quatro anos por médico ou engenheiro do entre 22 (vinte e duas) horas de um dia a 5 (cinco) horas do
trabalho oficial credenciado, com acompanhante de assistente dia seguinte terá o valor/hora acrescido de mais 30% (trinta
técnico indicado pelas entidades classistas representativas por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois
dos municipários, observados os critérios enunciados pelos minutos e trinta segundos.
Anexos da Norma Regulamentadora 15, da Portaria 3214, de
08 de junho de 1978, da Secretaria de Segurança e Medicina
do Trabalho, e suas subseqüentes alterações, nos seus Parágrafo Único. Em se tratando de serviço extraordinário, o
escritos termos. acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre o valor da
hora normal de trabalho acrescido do respectivo percentual
extraordinário.
§ 1º Tem-se por atividade insalubre aquela que causar a quem
a desenvolve, cotidiana e habitualmente, reconhecido prejuízo
à saúde. SEÇÃO III
DO AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA
§ 2º O adicional é devido:
Art. 95 O servidor que, por força das atribuições próprias de
I - à razão de um quinto (5%) do menor vencimento padrão de seu cargo, pagar ou receber em moeda corrente, perceberá
um auxílio para diferença de caixa, no montante de dez por
cargo efetivo da Categoria Geral de Vencimentos, a partir do
cento do vencimento básico.
laudo que reconhecer a insalubridade em grau mínimo da
atividade desenvolvida;
§ 1º O servidor que estiver respondendo legalmente pelo
II - à razão de um décimo (10%) do menor vencimento padrão tesoureiro ou caixa, durante os impedimentos legais deste,
fará jus ao pagamento do auxílio.
de cargo efetivo da Categoria Geral de Vencimentos, a partir
do laudo que reconhecer a insalubridade em grau médio da
atividade desenvolvida; § 2º O auxílio de que trata este artigo só será pago enquanto o
servidor estiver efetivamente executando serviços de
III - à razão de um vigésimo (20%) do menor vencimento pagamento ou recebimento.
padrão de cargo efetivo da Categoria Geral de Vencimentos, a
partir do laudo que reconhecer a insalubridade em grau SEÇÃO IV
máximo da atividade desenvolvida.
DO AUXÍLIO-FUNERAL

Art. 92 O adicional de periculosidade somente será concedido


quando reconhecida a periculosidade da atividade Art. 96 O auxílio-funeral é devido à família do funcionário
desenvolvida pelo servidor, em laudo pericial, realizado de falecido, ainda que ao tempo de sua morte estivesse em
quatro em quatro anos por médico ou engenheiro do trabalho disponibilidade ou aposentado, em valor equivalente a um
oficial credenciado, com acompanhante de assistente técnico mês de vencimento ou provento.
indicado pelas entidades classistas representativas dos
municipários, observados os critérios enunciados pelos
Parágrafo Único. No caso de acumulação legal de cargos, o
Anexos da Norma Regulamentadora 16, da Portaria 3214, de
auxílio será pago somente em razão do cargo de maior
08 de junho de 1978, da Secretaria de Segurança e Medicina
vencimento.
do Trabalho, e pela disposição da Lei Federal nº 7369, de 20

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Art. 97 O auxílio será pago no prazo de sete dias úteis por SEÇÃO VII
meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que DA INCORPORAÇÃO DE FUNÇÃO GRATIFICADA
houver custeado o funeral.

Art. 100 O servidor detentor de cargo de provimento efetivo


Parágrafo Único. Se o funeral for custeado por terceiro este que contar com mais de 05 (cinco) anos consecutivos de
será indenizado, mediante comprovação das despesas até o serviços prestados ao Município, e que em 16 de dezembro de
limite do vencimento ou do provento do funcionário falecido. 1998 estava exercendo ou vier a exercer outro cargo de
confiança sob a forma de cargo em comissão ou função
SEÇÃO V gratificada, por dois anos consecutivos, terá adicionado ao
vencimento do cargo de provimento efetivo, como vantagem
DO AUXÍLIO NATALIDADE pessoal, a importância equivalente a vinte por cento (20%):

Art. 98 Prorroga por 60 (sessenta) dias a duração do salário I - do valor da função gratificada;
maternidade, prevista na Lei Municipal nº 5.700, de 02 de
setembro de 2005.
II - do valor da função gratificada, se provido em cargo em
comissão.
§ 1º A prorrogação de que trata o caput deste artigo deverá
ser requerida até o final do primeiro mês após o parto e
concedida imediatamente após o gozo do salário maternidade Parágrafo Único. não será considerado como suspensão ou
prevista nos termos da legislação em vigor. interrupção de contagem de prazo de dois anos, previsto no
caput, aquelas suspensões ou interrupções que não
excederam a 15 (quinze) dias.(Redação Acrescida pela Lei nº
§ 2º Durante o período de prorrogação do salário maternidade, 7198/2010)
a servidora terá direito a sua remuneração integral, nos
mesmos moldes devidos no período de percepção do salário
maternidade pago pelo Sistema de Previdência Municipal. Art. 101 A contar de 16 de dezembro de 1998, a cada dois
anos completos que excederem a dois de exercício do cargo
em comissão ou função gratificada, corresponderá novo
§ 3º Fica vedado a servidora, durante a prorrogação do salário acréscimo de vinte por cento (20%) sobre os valores previstos
maternidade, de que trata este artigo, o exercício de qualquer nos itens I e II, do artigo 100, até o máximo de cem por cento
atividade remunerada, bem como a manutenção da criança (100%).
em creche ou organização similar.

Art. 102 O servidor que em 16 de dezembro de 1998 estava


§ 4º À segurada, que adotar ou obtiver guarda judicial para no exercício de cargo de confiança por mais de sete (sete)
fins de adoção de criança é devido a prorrogação do salário anos consecutivos ou intercalados, terá adicionado ao
maternidade na seguinte proporção: vencimento do cargo de provimento efetivo, como vantagem
pessoal, a importância equivalente a sessenta por cento (60%)
sobre os valores mencionados nos itens I e II, do artigo 100.
I - 60 (sessenta) dias, se a criança tiver até 1(um) ano de
idade;
Parágrafo Único. O servidor que tiver incorporado sessenta
por cento (60%) de acordo com este artigo, fará jus a cada
II - 30 (trinta) dias, se a criança tiver entre 1 (um) e 4 (quatro)
dois anos de exercício de cargo em comissão ou função
anos de idade; e
gratificada, a mais vinte por cento (20%) sobre os valores
previstos nos itens I e II, do artigo 100, até o máximo de
III - 15 (quinze) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) quarenta por cento (40%).
anos de idade.
Art. 103 A vantagem pessoal de incorporação de função
§ 5º Será concedido auxílio natalidade à servidora por motivo gratificada somente será paga a partir da data em que o
de nascimento de filho em quantia equivalente a 50% do seu servidor retornar ao exercício do cargo de provimento efetivo
vencimento básico. (Redação dada pela Lei nº 6581/2008) ou, permanecendo no cargo em comissão ou função
gratificada, optar pelos vencimentos e vantagens do cargo de
provimento efetivo.
SEÇÃO VI
DO AUXÍLIO TRANSPORTE Art. 104 Quando mais de um cargo em comissão ou função
gratificada tiver o servidor exercido no biênio, servirá de base
para o cálculo o de mais elevado padrão, que tenha
Art. 99 Será concedido aos servidores ativos em efetivo
desempenhado por um ano, no mínimo, no caso de, em
exercício auxílio transporte equivalente a 44 (quarenta e
nenhum deles ter completado esse tempo mínimo, servirá de
quatro) passagens por mês, tomando-se por base a tarifa do
base o padrão do cargo ou função que tenha desempenhado
transporte coletivo de São Leopoldo.
por mais tempo.

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Parágrafo Único. atingido o percentual de cem por cento SEÇÃO IX
(100%) de incorporação da função gratificada, o servidor que DO PLANO DE SAÚDE
permanecer em exercício de cargo de confiança sob a forma
de cargo em comissão ou função gratificada, poderá optar Art. 109 Fica assegurado ao servidor público optar por aderir
pela incorporação da função gratificada de maior valor, ao plano de saúde com o qual o Município mantenha convênio
obedecidas as regras do caput deste artigo, anulando-se o ou vier a conveniar.
percentual menor já incorporado, mantido sempre o percentual
de cem por cento (100%) passível de incorporação. (Redação
Capítulo III
dada pela Lei nº 7545/2011)
DAS FÉRIAS

Art. 105 O servidor no gozo de vantagem pessoal de


incorporação de função gratificada, investido em posto de SEÇÃO I
confiança, perderá a vantagem enquanto durar a investidura, DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO
salvo se optar pelas vantagens do cargo efetivo.

Art. 110 O servidor terá direito anualmente ao gozo de um


Parágrafo Único. Na hipótese deste artigo, ocorrendo ou não período de férias, sem prejuízo da remuneração.
a percepção da vantagem, terá continuidade o cômputo dos
anos de serviço para efeitos de percepção dos vinte por cento
(20%) a que se refere esta Lei. Art. 111 Após cada período de doze meses de vigência da
relação entre o Município e o servidor, terá este direito a
férias, na seguinte proporção:
Art. 106 O cálculo da vantagem pessoal levará sempre em
conta os valores atualizados dos vencimentos, dos adicionais
incorporados e das funções gratificadas. I - trinta dias corridos, quando não houver faltas ao serviço;

SEÇÃO VIII II - vinte dias corridos, quando houverem mais de cinco faltas
DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO ao serviço.
Vide Leis nº 6199/2007, 6577/2008, 6885/2009 e 7173/2010)
§ 1º Caso o servidor efetivo ou Cargo em Comissão, deixe o
serviço público, ser-lhe-ão pagas férias e o adicional previsto
Art. 107 Fica instituído o Programa de Alimentação dos no art. 119, proporcionalmente ao número de meses de
Professores do Magistério Público Municipal, dos Servidores exercício no período aquisitivo. (Redação dada pela Lei nº
Públicos da Administração Municipal Direta, da Fundação 6923/2009)
Hospital Centenário, do Instituto de Aposentadoria e Pensões
do Município de São Leopoldo - IAPS, mediante contrapartida
dos servidores que será de 0,01% (zero vírgula zero um por § 2º É vedado descontar, do período de férias, as faltas do
cento) do valor do programa. servidor ao serviço.

§ 1º Os servidores públicos municipais, detentores de cargos Art. 112 Não serão consideradas faltas ao serviço as
de provimento efetivo ou em comissão, receberão, no máximo, concessões, licenças e afastamentos previstos em lei, nos
22 (vinte e dois) vales alimentação. quais o servidor continuar com direito ao vencimento normal,
como se em exercício estivesse.
§ 2º O Programa de Alimentação terá seu valor fixado por lei
específica. Art. 113 O tempo de serviço anterior será somado ao posterior
para fins de aquisição do período aquisitivo de férias nos
casos de afastamentos por auxílio-doença, por acidente em
§ 3º O Programa de Alimentação terá natureza indenizatória, serviço, por motivo de doença em pessoa da família, para o
não-remuneratória, não incidindo sobre os afastamentos serviço militar obrigatório, para concorrer a cargo eletivo,
previstos nesta Lei, salvo a licença para desempenho de licença para tratar de interesses particulares, licença por
mandato classista, prevista nos art. 120, V e 125 desta Lei. motivo de afastamento do cônjuge, e para desempenho de
mandato classista.
§ 4º Não serão considerados, para efeitos de pagamento do
Programa de Alimentação, quaisquer vantagens, gratificações SEÇÃO II
e adicionais previstos em Lei.
DA CONCESSÃO E DO GOZO DAS FÉRIAS

§ 5º O Programa de Alimentação instituído pela presente Lei


não será computado nem acumulado para fins de concessão Art. 114 O funcionário gozará obrigatoriamente trinta dias
de quaisquer acréscimos ulteriores; consecutivos de férias por ano, concedidas de acordo com
escala organizada pela chefia imediata, saldo as exceções
previstas em lei.

§ 1º A escala de férias poderá ser alterada por autoridade


superior ouvido o chefe imediato do funcionário.

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§ 2º O gozo de férias poderá ser suspenso por ato Parágrafo Único. O servidor exonerado, falecido ou
devidamente motivado expedido pela chefia imediata. aposentado após doze meses de serviço, além do disposto no
"caput", terá direito também à remuneração relativa ao período
incompleto de férias, na proporção de um doze avos por mês
Art. 115 É proibida a acumulação de férias, salvo por de serviço ou fração superior a quatorze dias.
imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo de dois
períodos, atestada a necessidade pelo chefe imediato do
funcionário. Capítulo IV
Art. 116 O funcionário que opera direta e permanentemente DAS LICENÇAS
com raios x ou substâncias radioativas gozará,
obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por
semestre de atividade profissional, proibida, em qualquer SEÇÃO I
hipótese a acumulação. DISPOSIÇÕES GERAIS

Parágrafo Único. O funcionário referido neste artigo não fará Art. 120 Conceder-se-á licença ao servidor ocupante de cargo
jus ao abono pecuniário de que trata o artigo 118. efetivo:

SEÇÃO III I - por motivo de doença em pessoa da família;


DA REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS
II - para o serviço militar obrigatório;
Art. 117 Independente de solicitação será pago ao funcionário
de provimento efetivo, por ocasião das férias um adicional
III - para concorrer a cargo eletivo;
correspondente ao salário do mês em gozo das férias, no
início das mesmas e, outro salário de igual valor, ao retornar
das férias. IV - para tratar de interesses particulares;

§ 1º No caso do funcionário exercer função gratificada a V - para desempenho de mandato classista;


respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional
de que trata o caput deste artigo.
VI - por motivo de afastamento de cônjuge;
§ 2º Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão é assegurado o gozo de férias anuais remuneradas VII - por prêmio.
com um terço a mais do que o salário normal, consoante o
inciso XVII, do art. 7º, da Constituição Federal de 1988, não se
aplicando o disposto no caput deste artigo. Parágrafo Único. O servidor não poderá permanecer em
licença da mesma espécie por período superior a vinte e
quatro meses, salvo nos casos dos incisos II e V.
§ 3º As vantagens que não mais estejam sendo percebidas no
momento do gozo de férias serão computadas
proporcionalmente aos meses de exercício no período SEÇÃO II
aquisitivo das férias, na razão de um doze avos por mês de DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA
exercício ou fração superior a quatorze dias. FAMÍLIA

Art. 118 Será permitida a conversão de 1/3 (um terço) das Art. 121 Poderá ser concedida licença ao servidor ocupante
férias em dinheiro, mediante requerimento do funcionário de cargo efetivo, por motivo de doença do cônjuge ou
apresentado trinta dias antes do início das férias, vedada companheiro, do pai ou da mãe, do filho ou enteado e de
qualquer outra hipótese de conversão em dinheiro. irmão, mediante comprovação médica.

Parágrafo Único. No cálculo do abono pecuniário será § 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do
considerado o valor do adicional de férias previsto no artigo servidor for indispensável e não puder ser prestada
117. simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser
apurado, através de acompanhamento pela Administração
Municipal.
SEÇÃO IV
DOS EFEITOS NA EXONERAÇÃO, NO FALECIMENTO E
NA APOSENTADORIA § 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração,
até 90 (noventa) dias, e, após, com os seguintes descontos:

Art. 119 No caso de exoneração, falecimento ou


aposentadoria, será devida a remuneração correspondente ao I - de 1/3 (um terço), quando excedente de 90 (noventa) dias,
período de férias cujo direito o servidor tenha adquirido nos não ultrapassar a 180 (cento e oitenta) dias;
termos do art. 111.

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II - de 2/3 (dois terços), quando excedente de 180 (cento e § 4º Não se concederá nova licença antes de decorridos dois
oitenta) dias, não ultrapassar a 365 (trezentos e sessenta e anos do término ou interrupção da anterior.
cinco) dias;

§ 5º Não se concederá a licença a servidor nomeado ou


III - sem remuneração, a partir de 365 (trezentos e sessenta e removido, antes de assumir o exercício.
cinco) dias.

SEÇÃO VI
§ 3º A licença prevista neste artigo só será concedida se não DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO
houver prejuízo para o serviço público. CLASSISTA

SEÇÃO III Art. 125 É assegurado ao servidor o direito a licença para


DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR desempenho de mandato em confederação, federação ou
sindicato representativo da categoria.

Art. 122 Ao servidor ocupante de cargo efetivo que for


convocado para o serviço militar ou outros encargos de § 1º Caso o servidor perceba remuneração para desempenho
segurança nacional, será concedida licença sem de mandato classista, poderá optar por esta remuneração ou a
remuneração. do cargo em que se encontra licenciado.

§ 1º A licença será concedida à vista de documento oficial que § 2º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para
comprove a convocação. cargos de direção ou representação nas referidas entidades,
até o máximo de três, por entidade.

§ 2º O servidor desincorporado em outro Estado da Federação


deverá reassumir o exercício do cargo dentro do prazo de § 3º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
trinta dias; se a desincorporação ocorrer dentro do Estado o prorrogada no caso de reeleição.
prazo será de quinze dias.

SEÇÃO VII
SEÇÃO IV DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DE
DA LICENÇA PARA CONCORRER A CARGO ELETIVO CÔNJUGE

Art. 123 Salvo disposição diversa em lei federal, o servidor Art. 126 Poderá ser concedida ao servidor estável licença por
ocupante de cargo efetivo fará jus à licença remunerada, com motivo de afastamento de cônjuge para outro ponto do
vencimentos integrais, a partir do registro de sua candidatura Estado, do Território Nacional ou para o exterior.
a cargo eletivo perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia
seguinte ao do pleito.
§ 1º A licença será concedida mediante pedido devidamente
instruído, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem
Parágrafo Único. O servidor candidato a cargo eletivo no remuneração.
próprio Município e que exercer cargo ou função de direção,
chefia, assessoramento, dele será exonerado a partir do dia
imediato ao registro de sua candidatura perante a Justiça § 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos dois
Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. anos do término ou interrupção da anterior.

SEÇÃO V SEÇÃO VIII


DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES DA LICENÇA-PRÊMIO
PARTICULARES
Art. 127 Após cada decênio ininterrupto de exercício, o
Art. 124 A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor fará jus a 6 (seis) meses de licença-prêmio com a
servidor estável licença para tratar de assuntos particulares, remuneração do cargo efetivo.
pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração.
Parágrafo Único. A licença poderá ser gozada de uma só vez
§ 1º O requerente aguardará, em exercício, a concessão da ou em parcelas e, neste último caso, em períodos não
licença, sob pena de demissão por abandono de cargo. inferiores a 30 (trinta) dias devendo o servidor, para esse fim,
declarar expressamente, no requerimento em que pedir a
licença-prêmio, o número de dias que pretende gozar.
§ 2º A licença será negada, quando o afastamento do
funcionário, fundamentalmente, for inconveniente ao interesse
do serviço.

§ 3º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a


pedido do servidor ou no interesse do serviço.

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Art. 128 Inicia-se a contagem de novo decênio ao servidor Art. 132 A remuneração do servidor cedido será suportada
que, no período aquisitivo: (Redação dada pela Lei nº pelo órgão, entidade ou instituição beneficiárias, às expensas
6140/2007) exclusivas, em toda a extensão e para todos os efeitos, com
observância do correspondente padrão remuneratório e
desenvolvimento funcional, consoante as normas municipais
I - faltar ao serviço, sem justificativa, por mais de 5 (cinco) pertinentes.
dias;

Parágrafo Único. A remuneração do servidor cedido poderá,


II - sofrer penalidade disciplinar de suspensão; entretanto, ser suportada às expensas exclusivas do
Município, quando a entidade ou instituição beneficiária não
explorar atividade econômica, ou se tratar de órgão público da
III - afastar-se do cargo em virtude de:
administração direta dos Poderes da União e do Estado do
Rio Grande de Sul ou, ainda, quando a entidade ou instituição
a) licença superior a 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, beneficiária tiver reconhecida utilidade pública, assim
por motivo de doença em pessoa da família; declarada em Lei Municipal.
b) licença para tratar de interesses particulares;
c) licença para tratamento de saúde, por prazo superior a 180 Art. 133 As cedências serão formalizadas por prazo
(cento e oitenta) dias, consecutivos ou não; determinado, não excedentes a um ano, podendo, entretanto,
serem renovadas por iguais períodos, sucessivamente,
d) condenação à pena privativa de liberdade por sentença sempre observadas as condições e cautelas elencadas pela
definitiva; presente Lei.
e) licença superior a 45 (quarenta e cinco) dias, consecutivos
ou não, por motivo do afastamento do cônjuge.
Art. 134 As cedências poderão ser canceladas pelo Município,
a qualquer tempo ou título, casos em que os servidores
Parágrafo Único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão cedidos retornarão ao serviço público municipal,
a concessão da licença-prêmio, na proporção de 1 (um) mês imediatamente, sob pena de infração funcional, sem que caiba
para cada falta, até o máximo de 5 (cinco) faltas. ao órgão, entidade ou instituição beneficiária, qualquer direito
ou pretensão a ressarcimento.

Art. 129 O número de servidores em gozo simultâneo de


licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da Capítulo VI
lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou DAS CONCESSÕES
entidade.

Art. 135 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se


Capítulo V do serviço:
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU
ENTIDADE
I - por um dia, em cada doze meses de trabalho, para doação
de sangue;
Art. 131 As cedências de servidores municipais ficam
autorizadas mediante a observância das seguintes condições:
II - até dois dias, para se alistar como eleitor;

I - somente poderão ser cedidos servidores municipais para:


III - até três dias consecutivos, por motivo de falecimento de
avô ou avó, tios, sogros, cunhados, genros, noras e netos.
a) autarquias, fundações públicas, empresas públicas e
sociedades anônimas de economia mista, no Município;
IV - até cinco dias consecutivos por motivo de nascimento ou
b) órgãos e entidades dos Poderes da União, dos Estados, do adoção, para o pai ou adotante, a contar da data do evento
Distrito Federal e dos demais municípios; para o primeiro caso e da determinação judicial que conceder
c) instituições de assistência social, comunitárias ou a guarda provisória ou do trânsito em julgado da decisão
filantrópicas, sem fins lucrativos; e judicial que julgar pelo deferimento da adoção, para o
segundo.
d) instituições educacionais de ensino fundamental de 1º e 2º
graus, sem fins lucrativos.
V - até oito dias consecutivos, por motivo de:
II - todas as cedências ficam condicionadas à formalização de
ato expresso firmado com órgão, entidade ou instituição a) casamento;
beneficiária, devendo ser precedida da assinatura de um
termo de concordância pelo servidor, não sendo considerado b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou
fato desabonador para a carreira funcional do servidor a padrasto, filhos ou enteados e irmãos;
recusa em assinar o termo de concordância de cedência.

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VI - até quinze dias, por motivo de doença ou acidente, sendo Art. 139 O tempo de afastamento para exercício de mandato
obrigatória a apresentação de atestado firmado por eletivo será contado na forma das disposições constitucionais
profissional médico e cumprimentos dos demais dispositivos ou legais específicas.
legais pertinentes, podendo este documento ser submetido à
avaliação da medicina do trabalho do município, na forma do
decreto municipal. (Regulamentado pelo Decreto nº Art. 140 É vedada a contagem acumulada de tempo de
5381/2007) serviço simultâneo.

§ 1º A servidora terá direito a uma hora por dia para Capítulo VIII
amamentar o próprio filho até que este complete seis meses DO DIREITO DE PETIÇÃO
de idade. A hora poderá ser fracionada em dois períodos de
meia hora, se a jornada for de dois turnos. Se a saúde do filho
o exigir, o período de seis meses poderá ser dilatado, por Art. 141 É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir
prescrição médica, em até três meses. reconsideração, recorrer e representar, em defesa de direito
ou de interesse legítimo.
Parágrafo Único. As petições, salvo determinação expressa
§ 2º O servidor terá direito a se ausentar do serviço, mediante
em lei ou regulamento, serão dirigidas ao Prefeito Municipal,
compensação acordada com sua chefia imediata e
Diretor de Autarquia ou Fundação e terão decisão no prazo de
apresentação de atestado firmado por profissional médico,
trinta dias.
para acompanhar seu filho menor de idade à consulta médica.

Art. 142 O pedido de reconsideração deverá conter novos


Art. 136 Poderá ser concedido horário especial ao servidor
argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, a
estudante quando comprovada a incompatibilidade entre o
decisão ou ato.
horário escolar e o da repartição, desde que não haja prejuízo
ao exercício do cargo.
Parágrafo Único. O pedido de reconsideração, que não
Parágrafo Único. Para efeitos do disposto neste artigo, será poderá ser renovado, será submetido à autoridade que houver
prolatado o despacho, proferido a decisão ou praticado o ato.
exigida a compensação de horários na repartição, respeitada
a duração semanal do trabalho.
Art. 143 Caberá recurso ao Prefeito, como última instância
Capítulo VII administrativa, sendo indelegável sua decisão.

DO TEMPO DE SERVIÇO
Parágrafo Único. Terá caráter de recurso o pedido de
reconsideração quando o prolator do despacho, decisão ou
Art. 137 A apuração do tempo de serviço será feita em dias. ato houver sido o Prefeito.

Parágrafo Único. O número de dias será convertido em anos, Art. 144 O prazo para interposição de pedido de
considerados de 365 dias. reconsideração ou de recurso, é de trinta dias, a contar da
publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
recorrida.
Art. 138 Além das ausências ao serviço previstas no art. 135
são considerados como de efetivo exercício os afastamentos
em virtude de: Parágrafo Único. O pedido de reconsideração e o recurso
não terão efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos
retroagirão à data do ato impugnado.
I - férias;

Art. 145 O direito de reclamação administrativa prescreverá,


II - exercício de cargos em comissão, no Município; salvo disposição legal em contrário, em um ano a contar do
ato ou fato do qual se originar.
III - convocação para o serviço militar;
§ 1º O prazo prescricional terá início na data da publicação do
IV - júri e outros serviços obrigatórios por lei; ato impugnado ou da data da ciência, pelo interessado,
quando o ato não for publicado.

V - licença:
§ 2º O pedido de reconsideração e o recurso interromperá a
prescrição administrativa.
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento de saúde, inclusive por acidente em serviço Art. 146 A representação será dirigida ao chefe imediato do
ou moléstia profissional; até quinze dias, e servidor que, se a solução não for de sua alçada, a
c) para tratamento de saúde de pessoa da família quando encaminhará a quem de direito.
remunerada.

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Parágrafo Único. Se não for dado andamento à XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder;
representação, dentro do prazo de cinco dias, poderá o
servidor dirigi-la direta e sucessivamente às chefias
superiores. XIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e
convenientemente trajado ou com o uniforme que for
determinado;
Art. 147 É assegurado o direito de vistas do processo ao
servidor ou representante legal, pelo prazo de cinco (05) dias.
XIV - observar as normas de segurança e medicina do
trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos
Art. 148 A Administração deverá rever seus atos, a qualquer equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem
tempo, quando eivados de ilegalidade. fornecidos;

Art. 149 São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos XV - manter espírito de cooperação e solidariedade com os
neste Capítulo, salvo motivo de força maior, devidamente colegas de trabalho;
comprovados.

XVI - freqüentar cursos e treinamentos instituídos para seu


TÍTULO VII aperfeiçoamento e especialização;
DO REGIME DISCIPLINAR
XVII - apresentar relatórios ou resumos de suas atividades nas
Capítulo I hipóteses e prazos previstos em lei ou regulamento, ou
quando determinado pela autoridade competente; e
DOS DEVERES

XVIII - sugerir providências tendentes à melhoria ou


Art. 150 São deveres do servidor: aperfeiçoamento do serviço.

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; Parágrafo Único. Nas mesmas penas por faltas funcionais
incorre o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou
representação a respeito de irregularidades no serviço ou falta
II - lealdade às instituições a que servir;
cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as
providências necessárias à sua apuração.
III - observância das normas legais e regulamentares;
Capítulo II
IV - cumprimento às ordens superiores, exceto quando DAS PROIBIÇÕES
manifestamente ilegais;

Art. 151 É proibido ao servidor qualquer ação ou omissão


V - atender com presteza: capaz de comprometer a dignidade e o decoro da função
pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência
do serviço ou causar dano à Administração Pública,
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, especialmente:
ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; e I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,


VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as qualquer documento ou objeto da repartição;
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;

III - recusar fé a documentos públicos;


VII - zelar pela economia do material e conservação do
patrimônio público;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento
e processo, ou execução de serviço;
VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição;

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto


IX - manter conduta compatível com a moralidade da repartição;
administrativa;

VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às


X - ser assíduo e pontual ao serviço; autoridades públicas ou aos atos do Poder Público, mediante
manifestação escrita ou oral;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;

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VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos § 1º É vedada a percepção simultânea de proventos de
previstos em lei, o desempenho de encargo que seja de sua aposentadoria decorrente dos artigos 40, 42 e 142 da
competência ou de seu subordinado; Constituição Federal com a remuneração de cargos,
empregos ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma do "caput", os cargos eletivos e os
VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
associação profissional ou sindical, ou a partido político; exoneração.

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de § 2º A proibição de acumular estende-se a empregos e
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
X - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
público.
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau, cônjuge ou companheiro; Capítulo IV
DAS RESPONSABILIDADES
XI - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
Art. 154 O servidor responde civil, penal e
administrativamente pelos atos praticados enquanto no
XII - praticar usura sob qualquer de suas formas; exercício do cargo.

XIII - proceder de forma desidiosa no desempenho das Art. 155 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou
funções; comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuízo ao
Erário ou a terceiros.

XIV - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do


cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e § 1º A indenização de prejuízo causado ao Erário deverá ser
transitórias; liquidada, podendo ser na forma prevista no art. 74 desta lei.

XV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros responderá o
serviços ou atividades particulares; servidor perante a Fazenda Pública em ação regressiva, sem
prejuízo de outras medidas administrativas e judiciais cabíveis.

XVI - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis


com o exercício do cargo ou função e com o horário de § 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos
trabalho; e sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor
da herança recebida.

XVII - ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho


ou apresentar-se alcoolizado ao serviço; Art. 156 A responsabilidade penal abrange os crimes e
contravenções imputados ao servidor.

XVIII - consumir substâncias psicoativas e apresentar-se


drogado ao serviço; Art. 157 A responsabilidade administrativa resulta de ato
omissivo ou comissivo praticado por servidor investido no
cargo ou função pública.
Art. 152 É lícito ao servidor criticar atos do Poder Público do
ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em
trabalho assinado, respondendo, porém, civil ou criminalmente Art. 158 As sanções civis, penais e administrativas poderão
na forma da legislação aplicável, se de sua conduta resultar cumular-se, sendo independentes entre si.
delito penal ou dano moral.
Art. 159 A responsabilidade civil ou administrativa do servidor
Capítulo III será afastada no caso de absolvição criminal definitiva que
negue a existência do fato ou a sua autoria.
DA ACUMULAÇÃO

Art. 153 É vedada a acumulação remunerada de cargos


públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas.

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Capítulo V V - improbidade administrativa;
DAS PENALIDADES
VI - incontinência pública e conduta escandalosa;
Art. 160 São penalidades disciplinares aplicáveis ao servidor
após procedimento administrativo em que lhe seja assegurado VII - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em
o direito de defesa: serviço, salvo em legítima defesa;

I - advertência; VIII - aplicação irregular de dinheiro público;

II - suspensão; IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;

III - demissão; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio


municipal;
IV - cassação de aposentadoria ou da disponibilidade; e
XI - corrupção;
V - destituição de cargo ou função de confiança.
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções;
Art. 161 Na aplicação das penalidades serão consideradas a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que XIII - transgressão do art. 151, incisos X a XVI.
dela provierem para o serviço público, as circunstâncias
agravantes ou atenuantes e os antecedentes.
Art. 166 A acumulação de que trata o inciso XII do artigo
anterior acarreta a demissão de um dos cargos, empregos ou
Art. 162 Não poderá ser aplicada mais de uma pena funções, dando-se ao servidor o prazo de cinco dias para
disciplinar pela mesma infração. opção.

Parágrafo Único. No caso de infrações simultâneas, a maior § 1º Se comprovado que a acumulação se deu por má fé, o
absorve as demais, funcionando estas como agravantes na servidor será demitido de ambos os cargos e obrigado a
gradação da penalidade. devolver o que houver recebido dos cofres públicos.

Art. 163 Observado o disposto nos artigos precedentes, a § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos,
pena de advertência ou suspensão será aplicada, a critério da empregos ou funções exercido na União, nos Estados, no
autoridade competente, por escrito, na inobservância de dever Distrito Federal ou em outro Município, a demissão será
funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, nos comunicada ao outro órgão ou entidade onde ocorre
casos de violação de proibição que não tipifique infração acumulação.
sujeita à penalidade de demissão.

Art. 167 A demissão nos casos dos incisos V, VIII e X do art.


Art. 164 A pena de suspensão não poderá ultrapassar a 165 implicará em ressarcimento ao erário, sem prejuízo da
sessenta dias. ação penal cabível.

Parágrafo Único. Quando houver conveniência para o Art. 168 Configura abandono de cargo a ausência intencional
serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.
multa, na base de cinqüenta por cento por dia de
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
serviço e a exercer suas atribuições legais. Art. 169 A demissão por inassiduidade ou impontualidade
somente será aplicada quando caracterizada a habitualidade
de modo a representar séria violação dos deveres e
Art. 165 Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos obrigações do servidor, após anteriores punições por
casos de: advertência ou suspensão.

I - crime contra a administração pública; Art. 170 O ato de imposição de penalidade mencionará
sempre o fundamento legal.
II - abandono de cargo;
Art. 171 Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se
III - indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas; ficar provado que o inativo, quando na atividade:

IV - inassiduidade ou impontualidade habituais; I - praticou falta punível com a pena de demissão.

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II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública; § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo
disciplinar interromperá a prescrição.

III - praticou usura, em qualquer das suas formas.


§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo prescricional
recomeçará a correr novamente, no dia imediato ao da
Art. 172 A pena de destituição de função de confiança será interrupção.
aplicada:

Capítulo VI
I - quando se verificar falta de exação no seu desempenho;
DO PROCESSO DISCIPLINAR EM GERAL

II - quando for verificado que, por negligência ou benevolência,


o servidor contribuiu para que não se apurasse, no devido SEÇÃO I
tempo, irregularidade no serviço. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Parágrafo Único. A aplicação da penalidade deste artigo não Art. 178 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no
implicará em perda do cargo efetivo. serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar sob pena de incorrer nas previsões do art. 150.
Art. 173 O ato de aplicação de penalidade é de competência
do Prefeito Municipal.
Parágrafo Único. Quando o fato denunciado, de modo
evidente, não configurar infração disciplinar ou ilícito penal, a
Parágrafo Único. Poderá ser delegada competência aos denúncia será arquivada, por falta de objeto.
Secretários Municipais para aplicação da pena de suspensão
ou advertência.
Art. 179 As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas
em processo regular com direito a plena defesa, por meio de:
Art. 174 A demissão por infringência ao art. 165,
incompatibilizará o ex-servidor para nova investidura em cargo
ou função pública do Município, pelo prazo de cinco anos. I - sindicância, quando não houver dados suficientes para sua
determinação ou para apontar o servidor faltoso;

Parágrafo Único. Não poderá retornar ao serviço público


municipal o servidor que for demitido por infringência do art. II - processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da
165, incisos I, V, VIII, X e XI. ação ou omissão torne o servidor passível de demissão,
cassação da aposentadoria ou da disponibilidade.

Art. 175 A pena de destituição de função de confiança


implicará na impossibilidade de ser investido em funções SEÇÃO II
dessa natureza durante o período de cinco anos a contar do DA SUSPENSÃO PREVENTIVA
ato de punição.

Art. 180 A autoridade competente poderá determinar a


Art. 176 As penalidades aplicadas ao servidor serão suspensão preventiva do servidor, até sessenta dias,
registradas em sua ficha funcional. prorrogáveis por igual prazo se, fundamentadamente, houver
necessidade de seu afastamento para apuração de falta a ele
Art. 177 A ação disciplinar prescreverá: imputada.

I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, Art. 181 O servidor fará jus à remuneração integral durante o
cassação de aposentadoria e disponibilidade, ou destituição período de suspensão preventiva.
de função de confiança;
SEÇÃO III
II - em dois anos, quanto à suspensão; e DA SINDICÂNCIA

III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência. Art. 182 A sindicância será cometida a servidor ocupante de
cargo efetivo, podendo este ser dispensado de suas
atribuições normais até a apresentação do relatório.
§ 1º A falta também prevista na lei penal como crime
prescreverá juntamente com este.
§ 1º A critério da autoridade competente, considerando o fato
a ser apurado, a função sindicante poderá ser atribuída a uma
§ 2º O prazo de prescrição começará a correr da data em que comissão de servidores, até o máximo de três.
a autoridade tomar conhecimento da existência da falta.

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§ 2º Verificada a obrigação de instituir a comissão de que trata da comissão, em tal caso, dispensados dos serviços normais
o parágrafo anterior, a autoridade competente, considerando da repartição.
os fatos e a necessidade de conhecimentos
técnicos/específicos, designará servidor que ocupe mesmo
cargo ou que apresente semelhanças entre as atribuições que Art. 187 O processo administrativo será contraditório,
o cargo ocupado pelo sindicado para compor a comissão. assegurada ampla defesa ao acusado, com a utilização dos
meios e recursos admitidos em direito.

Art. 183 O sindicante ou a comissão efetuará, de forma


sumária, as diligências necessárias ao esclarecimento da Art. 188 Quando o processo administrativo disciplinar resultar
ocorrência e indicação do responsável, apresentando, no de prévia sindicância, o relatório desta integrará os autos,
prazo máximo de trinta dias úteis, prorrogável por igual prazo, como peça informativa da instrução.
relatório a respeito.
Parágrafo Único. Na hipótese do relatório da sindicância
§ 1º Preliminarmente, deverá ser ouvido o autor da concluir pela prática de crime, a autoridade competente
representação e o servidor implicado, se houver. oficiará ao Ministério Público, e remeterá cópia dos autos,
independente da imediata instauração do processo
administrativo disciplinar.
§ 2º Reunidos os elementos apurados, o sindicante ou
comissão traduzirá no relatório as suas conclusões, indicando
o possível culpado, qual a irregularidade ou transgressão e o Art. 189 O prazo para a conclusão do processo não excederá
seu enquadramento nas disposições estatutárias. sessenta dias, contados da data do ato que constituir a
comissão, admitida a prorrogação por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem, mediante autorização da autoridade
§ 3º O sindicante abrirá o prazo de dez (10) dias para o que determinou a sua instauração.
indiciado apresentar defesa, antes de elaborar o relatório.

Art. 190 As reuniões da comissão serão registradas em atas


Art. 184 A autoridade, de posse do relatório, acompanhado que deverão detalhar as deliberações adotadas.
dos elementos que instruíram o processo, decidirá, no prazo
de quinze dias úteis:
Art. 191 Ao instalar os trabalhos da comissão, o Presidente
determinará a autuação da portaria e demais peças existentes
I - pela aplicação de penalidade de advertência ou suspensão; e designará o dia, hora e local para primeira audiência e a
citação do indiciado.

II - pela instauração de processo administrativo disciplinar, ou


Art. 192 A citação do indiciado deverá ser feita pessoalmente
e contra-recibo, com, pelo menos, quarenta e oito horas de
III - arquivamento do processo. antecedência em relação à audiência inicial e conterá dia,
hora e local e qualificação do indiciado e a falta que lhe é
imputada, com descrição dos fatos.
§ 1º Entendendo a autoridade competente que os fatos não
estão devidamente elucidados, inclusive na indicação do
possível culpado, devolverá o processo ao sindicante ou § 1º Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o
comissão, para ulteriores diligências, em prazo certo, não fato ser certificado, com assinatura de, no mínimo, duas
superior a dez dias úteis. testemunhas.

§ 2º De posse do novo relatório e elementos complementares, § 2º Estando o indiciado ausente do Município, se conhecido
a autoridade decidirá no prazo e nos termos deste artigo. seu endereço, será citado por via postal, em carta registrada,
juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso
de recebimento.
SEÇÃO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
§ 3º Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido,
será citado por edital, divulgado como os demais atos oficiais
Art. 185 O processo administrativo disciplinar será conduzido do Município, com prazo de quinze dias.
por comissão de três servidores estáveis, designada pela
autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu
presidente. Art. 193 O indiciado poderá constituir procurador para fazer a
sua defesa.

Parágrafo Único. A comissão terá como secretário, servidor


designado pelo presidente, podendo a designação recair em Parágrafo Único. Em caso de revelia, o presidente da
um dos seus membros. comissão processante designará, de ofício, um defensor.

Art. 186 A comissão processante, sempre que necessário e Art. 194 Na audiência marcada, a comissão promoverá o
expressamente determinado no ato de designação, dedicará interrogatório do indiciado, concedendo-lhe, em seguida, o
todo o tempo aos trabalhos do processo, ficando os membros prazo de três dias para oferecer alegações escritas, requerer
provas e arrolar testemunhas, até o máximo de cinco.

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§ 1º Havendo mais de um indiciado, o prazo será comum e de Art. 201 Após o decurso do prazo, apresentada a defesa ou
seis dias, contados a partir da tomada de declarações do não, a comissão apreciará todos os elementos do processo,
último deles. apresentando relatório, no qual constará em relação a cada
indiciado, separadamente, as irregularidades de que foi
acusado, as provas que instruíram o processo e as razões de
§ 2º O indiciado ou seu advogado terão vista do processo na defesa, propondo, justificadamente, a absolvição ou punição
repartição podendo ser fornecida cópia de inteiro teor do indiciado, e indicando a pena cabível e seu fundamento
mediante requerimento no Protocolo Central e reposição do legal.
custo.

Parágrafo Único. O relatório e todos os elementos dos autos


Art. 195 A comissão promoverá a tomada de depoimentos, serão remetidos à autoridade que determinou a instauração do
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando processo, dentro de dez dias, contados do término do prazo
a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos para apresentação da defesa.
e peritos de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 202 A comissão ficará à disposição da autoridade


Art. 196 O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por competente, até a decisão final do processo, para prestar
intermédio de procurador, assistir aos atos probatórios que se esclarecimento ou providência julgada necessária.
realizarem perante a comissão, requerendo as medidas que
julgar convenientes.
Art. 203 Recebidos os autos, a autoridade que determinou a
instauração do processo, tomará as seguintes providências:
§ 1º O presidente da comissão poderá indeferir pedidos
considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de
nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. I - dentro de dez dias:

§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a a) pedirá esclarecimentos ou providências que entender
comprovação do fato independer de conhecimento especial de necessários à comissão processante, marcando-lhe prazo;
perito. b) encaminhará os autos à autoridade superior, se entender
que a pena cabível escapa à sua competência;
Art. 197 As testemunhas serão intimadas a depor mediante
mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a II - despachará o processo dentro de vinte dias, acolhendo ou
segunda via, com o ciente do intimado, ser anexada aos não as conclusões da comissão processante, fundamentando
autos. o seu despacho se concluir diferentemente do proposto.

Parágrafo Único. Se a testemunha for servidor público, a Parágrafo Único. Nos casos do inciso I deste artigo, o prazo
expedição do mandado será imediatamente comunicada ao para decisão final será contado, respectivamente, a partir do
chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora retorno ou recebimento dos autos.
marcados para a inquirição.

Art. 204 Da decisão final são admitidos os recursos previstos


Art. 198 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a nesta Lei.
termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

Parágrafo Único. Fica garantido ao servidor, no prazo de 15


§ 1º As testemunhas serão ouvidas separadamente, com (quinze) dias, a contar da intimação da decisão prolatada na
prévia intimação do indiciado ou de seu procurador. Sindicância ou no Processo Administrativo, o direito de
recurso à autoridade máxima do Município.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se
infirmem, proceder-se-á a acareação entre os depoentes. Art. 205 As irregularidades processuais que não constituam
vícios substanciais insanáveis, suscetíveis de influírem na
Art. 199 Concluída a inquirição de testemunhas, poderá a apuração da verdade ou na decisão do processo, não lhe
comissão processante, se julgar útil ao esclarecimento dos determinarão a nulidade.
fatos, reinterrogar o indiciado.
Art. 206 O servidor que estiver respondendo a processo
Art. 200 Ultimada a instrução do processo, o indiciado será administrativo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido do
intimado por mandado pelo presidente da comissão para cargo, ou aposentado voluntariamente, quando a
apresentar defesa escrita, no prazo de dez dias, assegurando- irregularidade apurada tenha relação a dano monetário ao
se-lhe vista do processo na repartição, sendo fornecida cópia erário, após a conclusão do processo e o cumprimento da
de inteiro teor mediante requerimento e reposição do custo. penalidade, acaso aplicada.

Parágrafo Único. O prazo de defesa será comum e de quinze Parágrafo Único. Excetua-se o caso de processo
dias se forem dois ou mais os indiciados. administrativo instaurado apenas para apurar o abandono de
cargo, quando poderá haver exoneração a pedido, a juízo da
autoridade competente.

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SEÇÃO V Art. 214 Consideram-se como de necessidade temporária de
DA REVISÃO DO PROCESSO excepcional interesse público, as contratações que visam a:

Art. 207 A revisão do processo administrativo disciplinar I - atender a situações de calamidade pública;
poderá ser requerida a qualquer tempo, uma única vez,
quando: II - combater surtos epidêmicos;

I - a decisão for contrária ao texto de lei ou à evidência dos III - atender outras situações de emergência que vierem a ser
autos; definidas em lei específica.

II - a decisão se fundar em depoimentos, exames ou IV - outras contratações para viabilizar projetos de caráter
documentos falsos ou viciados; temporário e de fundamental relevância pública. (Redação
acrescida pela Lei nº 7503/2011)
III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar a
inocência do interessado ou de autorizar diminuição da pena. Art. 215 As contratações de que trata este capítulo terão
dotação orçamentária específica e não poderão ultrapassar o
Parágrafo Único. A simples alegação de injustiça da prazo de 1 (um) ano, prorrogáveis por igual período. (Redação
penalidade não constituirá fundamento para a revisão do dada pela Lei nº 7503/2011)
processo.
Art. 216 É vedado o desvio de função de pessoa contratada,
Art. 208 No processo revisional, o ônus da prova caberá ao na forma deste título, bem como sua recontratação, antes de
requerente. decorridos seis meses do término do contrato anterior, sob
pena de nulidade do contrato e responsabilidade
administrativa e civil da autoridade contratante.
Art. 209 O processo de revisão será realizado por comissão
designada segundo os moldes das comissões de processo
administrativo e correrá em apenso aos autos do processo Art. 217 Os contratos serão de natureza administrativa,
originário. ficando assegurados os seguintes direitos ao contratado:

Art. 210 As conclusões da comissão serão encaminhadas à I - remuneração equivalente à percebida pelos servidores de
autoridade competente, dentro de sessenta dias, devendo a igual ou assemelhada função no quadro permanente do
decisão ser proferida, fundamentadamente, dentro de trinta Município;
dias.
II - jornada de trabalho, serviço extraordinário, repouso
Art. 211 Julgada procedente a revisão, será tornada semanal remunerado, adicional noturno e gratificação natalina
insubsistente ou atenuada a penalidade imposta, proporcional, nos termos desta Lei;
restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa decisão.
III - férias proporcionais, ao término do contrato;
TÍTULO VIII
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR IV - inscrição no Regime Geral da Previdência Social.

Capítulo I TÍTULO X
DISPOSIÇÕES GERAIS DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 212 O Município garantirá aos seus servidores ocupantes Capítulo I


de cargos efetivos o Plano de Seguridade Social, aplicando-se DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
o disposto na Lei Municipal específica do Instituto de
Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de São
Leopoldo - IAPS. Art. 218 O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e
oito de outubro.
TÍTULO IX
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL Art. 219 Os prazos previstos nesta Lei serão contados em
INTERESSE PÚBLICO dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o
do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil
seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente,
Art. 213 Para atender a necessidades temporárias de salvo norma específica dispondo de maneira diversa.
excepcional interesse público poderão ser efetuadas
contratações de pessoal por tempo determinado.

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Art. 220 Consideram-se da família do servidor, além do
cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas
expensas e constem de seu assentamento individual.

Art. 221 Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos


definidos em lei ou regulamento, como próprios de seu cargo
ou função gratificada, não decorre nenhum direito ao servidor.

Art. 222 As disposições desta Lei aplicam-se aos servidores


dos Poderes Executivo e Legislativo, das autarquias e
fundações públicas.

Art. 223 Os atuais servidores municipais estatutários ficam


submetidos ao regime desta Lei.

Art. 224 O Prefeito baixará por Decreto os regulamentos


necessários à execução da presente Lei.

Art. 225 Os servidores inativos e os pensionistas anteriores à


criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Servidores Municipais-IAPS terão seus proventos custeados
pelo órgão de origem.

Capítulo II
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 226 Os servidores celetistas admitidos por concurso


público, optantes pelo regime celetista e os celetistas estáveis
por força da Constituição, serão enquadrados em Quadro
Suplementar em Extinção.

Art. 227 Revogam-se os avanços trienais previstos na Lei


3.198/87, resguardando-se o direito aos servidores que
incorporaram tais vantagens ao seu vencimento básico até a
data da publicação desta Lei.

Art. 228 Aos servidores que ingressaram no serviço público


municipal sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT, e que foram transpostos para o Regime Jurídico Único,
ficam asseguradas as vantagens trienais por efetivo tempo de
serviço incorporadas até a data da publicação da Lei Municipal
nº 3.729/91.

Art. 229 Os servidores, cujos filhos tenha nascido até 25 de


novembro de 2002, perceberão abono-família, no valor de
10% (dez por cento) do Nível I, Padrão A, da Categoria Geral
de Vencimentos.

Art. 230 Revogam-se as disposições em contrário,


especialmente as contidas nas Leis Municipais nº 3.729, de 31
de dezembro de 1991 e suas alterações posteriores, artigos
12 a 23 da Lei Municipal nº 3748/92, artigos 38 a 49 da Lei
Municipal nº 3.752/92, artigos 12 a 20 da Lei Municipal nº
3.756/92, Lei nº 5.189, de 26 de dezembro de 2002, e artigo 1º
da Lei 5.611, de 11 de maio de 2005.

Art. 231 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Prefeitura Municipal de São Leopoldo,


14 de setembro de 2006.

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Lei Orgânica Municipal e suas alterações posteriores:


- Título II - Da Administração Municipal;
- Título IV - Da Organização dos Poderes Municipais; e
- Título V - Da Ordem Econômica e Social.

I - autarquia, o serviço autônomo criado em lei, com


LEI ORGÂNICA DO personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para
MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO/RS executar atividades típicas de administração pública que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizadas;
TÍTULO II
II - empresa pública, a entidade dotada de personalidade
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL jurídica de direito privado, com patrimônio e capital do
Município, criada por lei para a exploração de atividades
Capítulo I econômicas que o Município seja levado a exercer por força
de contingência ou conveniência administrativa, podendo
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito;
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
III - sociedade de economia mista, a entidade dotada de
Art. 14 A administração pública direta e indireta de qualquer personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para
dos Poderes do Município, visando à promoção do bem exploração de atividades econômicas, sob a forma de
público e à prestação de serviços à comunidade e aos sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
indivíduos que a compõem, observará os princípios da pertençam, em sua maioria, ao Município ou à entidade
legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade, administrativa indireta; e
da eficiência, da legitimidade, da participação, da
razoabilidade, da economicidade e da motivação.
IV - fundação pública, a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, criada em virtude de autorização
Art. 15 Os cargos, empregos e funções públicas são legislativa para o desenvolvimento das atividades que não
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos exijam execução por órgãos ou entidades de direito público,
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma com autonomia administrativa, patrimônio próprio, gerido pelos
da lei. respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos do Município e de outras fontes.
Art. 16 Ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados Art. 19 A administração fazendária e seus servidores fiscais
mediante processo de licitação pública que assegure terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
igualdade de condições a todos os concorrentes, com precedência sobre os demais setores administrativos, na
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, forma da lei.
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica
Art. 20 Empresa pública, sociedade de economia mista,
e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
autarquia ou fundação pública só poderão ser criadas por lei
obrigações.
específica.

Parágrafo Único. A compra e a contratação de bens e de


Parágrafo Único. Depende de autorização legislativa, em
serviços comuns serão realizadas pela modalidade pregão.
cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no artigo, assim como a participação de
Art. 17 A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e qualquer delas em empresa privada.
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
Art. 21 Todos os órgãos do Município devem prestar, em 10
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
(dez) dias, as informações requisitadas pelas Comissões de
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Inquérito, bem como fornecer os materiais e documentos
pertinentes.
Art. 18 A administração municipal é constituída dos órgãos
integrados à estrutura administrativa da Prefeitura e de
Art. 22 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
entidades dotadas de personalidade jurídica própria.
privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos
danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a
§ 1º Os órgãos da administração direta que compõem a terceiros, assegurando o direito de regresso contra o
estrutura administrativa da Prefeitura se organizam e se responsável, nos casos de dolo ou culpa.
coordenam, atendendo aos princípios técnicos recomendáveis
ao bom desempenho de suas atribuições.
Art. 23 Os atos de improbidade administrativa acarretarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
§ 2º As entidades dotadas de personalidade jurídica própria indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
que compõem a administração indireta do Município observado o disposto em lei, sem prejuízo da ação penal
classificam-se em: cabível.

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30 DE SÃO LEOPOLDO/RS
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Art. 24 A lei disciplinará as formas de participação do usuário I - termo de compromisso e posse;
na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente: II - declaração de bens;

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos


III - atas das sessões da Câmara;
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
interna, da qualidade dos serviços; IV - registros de leis, decretos, resoluções, regulamentos,
instruções e portarias;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo, observado o disposto no V - cópia de correspondência oficial;
art. 5º, X e XXXIII, da Constituição Federal; e
VI - protocolo, índices de papéis e livros arquivados;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente
ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração VII - licitações e contratos para obras e serviços;
pública.

VIII - contratos de servidores;


Capítulo II

IX - contratos em geral;
DOS ATOS MUNICIPAIS

X - contabilidade e finanças;
SEÇÃO I

XI - concessões e permissões de bens imóveis e de serviços;


DA PUBLICAÇÃO e

Art. 25 A publicação das leis e atos municipais far-se-á XII - registros de loteamento aprovados.
sempre em órgão da imprensa oficial, quando houver, e, em
sendo inexistente, obedecerá à seguinte ordem:
§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo
Prefeito ou pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou
I - em um órgão da imprensa local; e por funcionário designado para tal fim.

II - afixação na sede da Prefeitura e Câmara. § 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos
por fichas ou outro sistema, com as prevenções à sua
§ 1º A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das autenticidade.
leis e atos administrativos far-se-á através de licitação.
§ 3º Os livros, fichas ou outro sistema estarão abertos a
§ 2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação. consultas de qualquer cidadão, bastando, para tanto,
apresentar requerimento.
§ 3º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa,
poderá ser resumida. SEÇÃO III

Art. 26 O Poder Executivo fará publicar, com ampla DA FORMA


divulgação, inclusive por meio da internet, os seguintes
relatórios fiscais: Art. 28 Os atos administrativos de competência do Prefeito
devem ser expedidos em observação e obediência às
I - relatório resumido da execução orçamentária; e seguintes normas:

II - relatório de gestão fiscal. I - decreto numerado em ordem cronológica, nos seguintes


casos:
Parágrafo Único. Os prazos, a forma e o conteúdo dos
relatórios de que trata este artigo são definidos nos termos a) regulamentação de lei;
dos arts. 52 a 55 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4
de maio de 2000. b) instituição, modificação ou extinção de atribuições não
constantes em lei;
SEÇÃO II
c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na
DO REGISTRO administração municipal;

Art. 27 O Município manterá os livros que forem necessários d) abertura de créditos especiais e suplementares até o limite
ao registro e, obrigatoriamente, os de: autorizado por lei, assim como de créditos extraordinários;

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e) declaração de utilidade pública ou interesse social, para fins Art. 31 Todos os bens municipais deverão ser cadastrados
de desapropriação ou de servidão administrativa; com a identificação respectiva, numerando-se os móveis
segundo for estabelecido em regulamento.
f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades
que compõem a administração municipal; Art. 32 Pertencem ao patrimônio municipal as terras devolutas
que se localizarem dentro de seus limites.
g) permissão de uso dos bens municipais;
Art. 33 Os bens patrimoniais do Município deverão ser
classificados:
h) medidas executórias do plano diretor de desenvolvimento
integrado;
I - pela natureza; e
i) normas de efeitos externos, não privativas de lei;
II - em relação a cada serviço.
j) fixação e alteração de preços; e
Parágrafo Único. Deverá ser feita, anualmente, a conferência
da escrituração patrimonial com os bens existentes e, na
l) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos
prestação de contas de cada exercício, será incluído o
administrados, não privativos de lei;
inventário de todos os bens municipais.

II - portaria, nos seguintes casos:


Art. 34 A alienação de bens municipais, subordinada à
existência de interesse público devidamente justificado, será
a) provimento e vacância nos quadros de pessoal; sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes
normas:
b) abertura de sindicância e processos administrativos,
aplicação de penalidades e demais atos individuais de efeitos I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e
internos; concorrência pública, dispensada esta nos casos de doação
ou permuta; e
c) lotação e relotação nos quadros de pessoal; e
II - quando móveis, dependerá apenas de concorrência
d) outros casos determinados em lei ou decreto; pública, dispensada esta no caso de doação, que será
permitida exclusivamente para fins assistenciais ou quando
houver interesse público relevante, justificado pelo Executivo.
III - contrato, nos seguintes casos:
Art. 35 O Município, preferencialmente à alienação ou à
a) admissão de servidores para os serviços de caráter doação de seus bens imóveis, outorgará concessão de direito
temporário, nos termos desta Lei Orgânica; e real de uso, mediante prévia autorização legislativa e
concorrência pública.
b) execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei.
§ 1º A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o
SEÇÃO IV uso se destinar à concessionária de serviço público, a
entidades assistenciais ou quando houver relevante interesse
público, devidamente justificado.
DAS CERTIDÕES

§ 2º A alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de


Art. 29 O Poder Executivo e o Poder Legislativo são obrigados áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para
a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de 15 edificação, resultantes de obras públicas, dependerá apenas
(quinze) dias, certidões dos atos, contratos e decisões, desde de licitação; as áreas resultantes de modificações de
que requeridas para fim de direito determinado, sob pena de alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, sejam
responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou aproveitáveis ou não.
retardar a sua expedição; no mesmo prazo, deverão atender
às requisições judiciais, se outro não for fixado pelo Juiz.
Art. 36 A aquisição de bens imóveis por compra ou permuta,
nos casos em que não houver previsão específica no plano
Parágrafo Único. As certidões relativas ao Poder Executivo plurianual, nas diretrizes orçamentárias e no orçamento anual,
serão fornecidas pelo Secretário da Administração da dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa.
Prefeitura, exceto as declaratórias de efetivo exercício do
Prefeito, que serão fornecidas pelo Presidente da Câmara.
Art. 37 É proibida a alienação, doação ou concessão de uso
de qualquer fração dos parques, praças, jardins ou largos
Capítulo III públicos, salvo pequenos espaços destinados à venda de
jornais, revistas ou refrigerantes.
DOS BENS MUNICIPAIS
Art. 38 O uso de bens municipais, bem como a exploração de
Art. 30 Constituem o patrimônio municipal os bens imóveis, serviços por terceiros poderão ser feitos mediante concessão,
móveis e semoventes, os direitos e ações que, a qualquer permissão ou autorização, conforme o caso e o interesse
título, pertençam ao Município. público exigir.

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§ 1º A autorização e a permissão de uso far-se-ão por ato b) a transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
negocial unilateral da Administração, no qual estarão previstas oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e
as condições de utilização do imóvel, sua destinação de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
obrigatória e hipótese de extinção antecipada da outorga, por como cessão de direitos à sua aquisição;
ato unilateral da municipalidade.
c) revogado; e
§ 2º A concessão de uso de bens públicos municipais, de uso
especial ou dominical, dependerá de lei e concorrência
d) serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.
pública, formalizando-se, ao final, mediante contrato
155, II, da Constituição Federal, definidos em lei
administrativo.
complementar;

§ 3º A permissão de uso e a autorização de uso serão


II - taxas;
outorgadas em caráter precário, mediante decreto do Chefe
do Exercício.
III - contribuição de melhoria; e
Art. 39 Poderão ser cedidas a particulares, para serviços
transitórios, máquinas operadoras da Prefeitura, desde que IV - contribuição para o custeio do serviço de iluminação
não haja prejuízos para os trabalhos do Município, e o pública, observado o disposto nos incisos I e II do art. 150 da
interessado recolha previamente a remuneração arbitrada e Constituição Federal.
assine o termo de responsabilidade pela conservação dos
bens. § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se
refere o art. 182, § 4º, inciso II, da Constituição Federal, o
Art. 40 A utilização e administração de bens públicos de uso imposto previsto na alínea "a" do inciso I deste artigo poderá:
especial, como mercados, estações, recinto de espetáculos e
campos de esportes, serão feitas na forma da lei e I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
regulamentos respectivos.

II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o


Capítulo IV uso do imóvel.

DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS § 2º O imposto previsto na alínea "b" do inciso I deste artigo:

Art. 41 A execução das obras e serviços públicos municipais I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos
deverá ser sempre precedida de projeto elaborado segundo as incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização
normas técnicas adequadas. de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
Parágrafo Único. As obras e serviços públicos serão pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
executados diretamente pela Prefeitura, por suas autarquias e, preponderante do adquirente for a compra e venda desses
indiretamente, por terceiros, mediante licitação. bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil; e
Art. 42 É vedado à empresa inadimplente com a Previdência
Social ou infratora da legislação trabalhista celebrar, a II - compete ao Município da situação do bem.
qualquer título, com órgãos da administração pública
municipal direta ou autarquias, vedando-se-lhe igualmente § 3º Em relação ao imposto previsto na alínea "d" do inciso I
qualquer benefício fiscal ou creditício. deste artigo, cabe à lei complementar:

Capítulo V I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; e

DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA II - regular a forma e as condições como isenções, incentivos


e benefícios fiscais que serão concedidos ou revogados.
SEÇÃO I
Art. 44 Cabem, ainda, ao Município os tributos e outros
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS recursos que lhe sejam conferidos pela União ou pelo Estado,
conforme a Constituição Federal.

Art. 45 As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão


do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou
Art. 43 São tributos da competência municipal:
potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição pelo
I - imposto sobre: Município.

a) a propriedade predial e territorial urbana; Art. 46 A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos
proprietários de imóveis valorizados por obras públicas
municipais, tendo como total a despesa realizada e como

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limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para mercadorias e de prestações de serviço de transporte
cada imóvel beneficiado. interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Art. 47 Sempre que possível, os impostos terão caráter Art. 53 Afixação de preços públicos, devidos pela utilização de
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica bens, serviços e atividades municipais, será feita pelo Prefeito,
do contribuinte, facultando à administração municipal, mediante lei aprovada pelo Poder Legislativo.
especialmente, conferir efetividade a esses objetivos e
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da § 1º As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir seus
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas
custos, sendo reajustáveis, quando se tornarem deficientes ou
do contribuinte.
excedentes.

Parágrafo Único. As taxas não poderão ter base de cálculo


§ 2º Não se aplica o contido no presente artigo, quando os
própria de impostos.
serviços forem realizados por concessão ou permissão.

Art. 48 O Município poderá instituir contribuição, cobrada de


Art. 54 Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de
seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de
qualquer tributo lançado pela Prefeitura sem prévia
sistemas de previdência e assistência social.
notificação.

Art. 49 Determina-se a distribuição, no Município, dos valores


§ 1º Considera-se notificação a entrega do aviso de
provenientes da arrecadação das multas por infração às
lançamento no domicílio fiscal do contribuinte, nos termos de
normas de trânsito, em cumprimento ao disposto na
legislação federal pertinente.
Constituição Estadual.

§ 2º Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito,


Art. 50 A concessão de anistia, remissão ou isenção que
assegurado para sua interposição o prazo de 15 (quinze) dias
envolva matéria tributária ou dilatação de prazos de
contados da notificação.
pagamento de tributo só poderá ser feita com autorização
legislativa, exigida, para a sua aprovação, maioria absoluta de
seus membros. Art. 55 O Poder Público, Prefeitura Municipal, Câmara de
Vereadores, Autarquias, Fundações Municipais e Sociedades
de Economia Mista somente poderão aplicar recursos pagar
Parágrafo Único. O benefício não será concedido:
funcionários e prestadores de serviço, através da rede oficial
de Bancos e Caixas Econômicas.
I - por mais de uma vez à mesma pessoa física ou jurídica, ou,
tratando-se desta última, a quem lhe tenha sucedido, nos SEÇÃO II
casos de extinção, incorporação, fusão ou cisão;

DOS ORÇAMENTOS
II - por mais de uma vez no período de quinze anos, quando
incidir sobre o fato gerador do tributo; e
Art. 56 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
III - à pessoa jurídica cujo débito tributário tenha sido gerado
por negligência ou má-fé. I - o plano plurianual;

Art. 51 A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos II - as diretrizes orçamentárias; e


tributos municipais, da participação em tributos da União e do
Estado, dos recursos resultantes do Fundo de Participação III - os orçamentos anuais.
dos Municípios e da utilização de seus bens, serviços,
atividades e de outros ingressos.
§ 1º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
Art. 52 Pertencem ao Município: execução orçamentária.

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre § 2º Os planos e programas setoriais previstos nesta Lei
rendimentos pagos, a qualquer título, pela administração Orgânica Municipal serão elaborados em consonância com o
direta, autarquia e fundações municipais; plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto § 3º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de
da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente demonstrativo do efeito sobre as receitas e despesas,
aos imóveis situados no Município; decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do Estado
sobre a propriedade de veículos automotores licenciados no § 4º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho
território municipal; e à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo
na proibição a autorização para abertura de créditos
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do suplementares e contratação de operações de crédito, ainda
imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de que por antecipação de receita, nos termos da lei.

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Art. 57 A despesa pública atenderá aos princípios nível global, para permitir seu acompanhamento orçamentário
estabelecidos na Constituição Federal e às normas de direito por parte do Executivo e do Legislativo.
financeiro.
Art. 66 Revogado.
Art. 58 Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita, sem
que exista disponível recurso de crédito votado pela Câmara, Art. 67 Os planos e os programas serão elaborados em
salvo a que correr por conta de crédito extraordinário.
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Poder
Legislativo.
Art. 59 Nenhuma lei que crie ou que aumente a despesa será
executada, sem que dela conste a indicação do recurso para Art. 68 As propostas das leis do plano plurianual, das
atendimento do correspondente encargo.
diretrizes orçamentárias e do orçamento anual ficarão na
secretaria da Câmara de Vereadores, à disposição dos
Art. 60 Revogado. interessados; no máximo, 3 (três) dias após o recebimento das
propostas, o Poder Legislativo informará, através da imprensa
Art. 61 Os projetos de lei sobre o plano plurianual, diretrizes local, que estão à disposição para consulta das pessoas ou
entidades.
orçamentárias e orçamentos anuais serão enviados pelo
Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:
Art. 69 As emendas serão apresentadas na Comissão, no
I - o projeto de lei do plano plurianual, até 30 de julho do prazo máximo de 5 (cinco) dias antes da primeira votação, que
as apreciará na forma regimental e emitirá parecer.
primeiro ano do mandato do Prefeito;

Art. 70 Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às


II - o projeto de diretrizes orçamentárias, anualmente, até 31
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
de agosto; e
adicionais serão apreciados pela Comissão Permanente de
Orçamento e Finanças, à qual caberá:
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 31 de
outubro de cada ano.
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito; e
Art. 62 A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as
diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas de
Municipal para as despesas de capital e outras delas
investimentos e exercer o acompanhamento e fiscalização
decorrentes e para as relativas aos programas de duração
orçamentária, sem prejuízo de atuação das demais
continuada.
Comissões da Câmara.

Art. 63 A lei de diretrizes orçamentárias será aprovada pela


§ 1º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
Câmara Municipal até 31 de julho de cada ano e
projetos que o modificam somente podem ser aprovados,
compreenderá as metas e prioridades da Administração
caso:
Pública Municipal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual e disporá sobre as alterações na I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
legislação tributária. diretrizes orçamentárias; e

Parágrafo Único. O Poder Executivo deverá publicar, II - indiquem os recursos necessários, admitindo apenas os
previamente, versão simplificada das diretrizes orçamentárias, provenientes de anulação de despesa, excluídas as que
acompanhadas de mapas, gráficos, quadros e outras formas incidam sobre:
de comunicação visual, de modo que possa estudar, com
clareza, em que a municipalidade vai gastar recursos.
a) dotação para pessoal e seus encargos;

Art. 64 A lei orçamentária anual compreenderá:


b) serviço da dívida; ou

I - o orçamento fiscal referente aos poderes do Município,


III - sejam relacionados:
seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público municipal; a) com a correção de erros ou omissões;

II - o orçamento de investimento das empresas em que o b) com os dispositivos do texto do projeto de lei; e
Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto; e c) não alterem a produção total do orçamento anual.

III - orçamento da seguridade social, abrangendo todas as § 2º Os recursos que, em decorrência do veto, emenda ou
entidades a ela vinculadas, da administração direta e indireta, rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
bem como dos fundos instituídos pelo Poder Público. despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
Art. 65 A lei orçamentária anual deverá ser apresentada em prévia e específica autorização legislativa.
valores mensais para todas as suas receitas e despesas em

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Art. 71 Os projetos de lei de que trata o artigo 61, após I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei
apreciação do Poder Legislativo, deverão ser encaminhados orçamentária anual;
para a sanção nos seguintes prazos:
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações
I - o projeto de lei do plano plurianual, até 15 de agosto do diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
primeiro ano do mandato do Prefeito;
III - a realização de operações de crédito que excedam o
II - o projeto de lei das diretrizes orçamentárias, anualmente, montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
até 15 de outubro; e mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade
precisa, aprovados pela Câmara por maioria absoluta;
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 15 de
dezembro de cada ano. IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação
Art. 72 É de competência do Poder Executivo a iniciativa das dos impostos a que se refere a Constituição Federal, a
destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento
leis orçamentárias e das que abram créditos, fixem os
do ensino, como determinado por esta Lei Orgânica, e a
vencimentos e vantagens dos servidores públicos, concedam
prestação de garantias às operações de crédito por
subvenção ou auxílio ou, de qualquer modo, autorizem, criem
antecipação de receita;
ou aumentem a despesa pública.

V - a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia


Art. 73 As entidades autárquicas do Município terão seus
autorização legislativa e sem indicação dos recursos
orçamentos definidos em lei.
correspondentes;

§ 1º Os orçamentos das entidades referidas neste artigo


VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de
vincular-se-ão ao orçamento do Município pela inclusão:
recursos de uma categoria de programação para outra, ou de
um órgão para outro sem prévia autorização legislativa;
a) como receita, salvo disposição legal em contrário, do saldo
positivo previsto entre os totais das receitas e despesas; e
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

b) como subvenção econômica na receita do orçamento da


VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de
beneficiária, salvo disposição legal em contrário, do saldo
recursos dos orçamentos fiscal e de seguridade social, para
negativo previsto entre os totais das receitas e despesas.
suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e
fundos; e
§ 2º Os investimentos ou inversões financeiras do Município,
realizados por intermédio das entidades, serão classificados
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia
como receita de capital destas e despesas de transferências
autorização legislativa.
daquele.

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um


§ 3º As previsões de depreciação serão computadas para
exercício financeiro poderá ser iniciado, sem prévia inclusão
efeito de apuração do saldo líquido das mencionadas
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
entidades.
pena de crime de responsabilidade.

Art. 74 Revogado.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
exercício financeiro em que foram autorizados, salvo se o ato
Art. 75 Revogado. de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
Art. 76 O Município, para execução de projetos, programas, saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
obras, serviços ou despesas cuja execução se prolongue além financeiro subsequente.
de um exercício financeiro, deverá elaborar os orçamentos
plurianuais de investimentos. § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
Parágrafo Único. As dotações anuais dos orçamentos como as decorrentes de calamidade pública.
plurianuais deverão ser incluídas no orçamento de cada
exercício, para utilização do respectivo crédito. Art. 79 A despesa com pessoal ativo e inativo do Município
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
Art. 77 O orçamento será uno, incorporando-se, complementar federal.
obrigatoriamente, à receita todos os tributos, rendas e
suprimentos de fundos, incluindo-se, discriminadamente, na § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
despesa, as dotações necessárias ao custeio de todos os remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
serviços municipais. alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
Art. 78 São vedados: entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só
poderão ser feitas:

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I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para Art. 84 As contas relativas à aplicação dos recursos recebidos
atender às projeções de despesa de pessoal e aos da União e do Estado serão prestadas pelo Prefeito na forma
acréscimos dela decorrentes; e da legislação federal e estadual, sem prejuízo da sua inclusão
na prestação de contas referida no artigo anterior.
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as Art. 85 Se o Executivo não prestar contas até 31 (trinta e um)
sociedades de economia mista. de março, a Câmara elegerá uma comissão para tomá-las
com acesso e poderes para examinar a escrituração e
§ 2º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base comprovantes de receita e despesa do Município.
neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar
referida no caput, o Município adotará as seguintes Art. 86 Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de
providências: forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade
de:
I - redução em, pelo menos, vinte por cento das despesas com
cargos em comissão e funções de confiança; e I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual, a execução dos programas de governo e dos
II - exoneração dos servidores não estáveis. orçamentos do Município;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à


§ 3º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior
eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
não forem suficientes para assegurar o cumprimento da
patrimonial nos órgãos e entidades da administração
determinação da lei complementar referida neste artigo, o
municipal, bem como da aplicação de recursos públicos por
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato
entidades de direito privado; e
normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto
da redução de pessoal. III - apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.
§ 4º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo
anterior fará jus à indenização correspondente a um mês de § 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
remuneração por ano de serviço. conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de
§ 5º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos responsabilidade solidária.
anteriores será considerado extinto, vedada a criação de
cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou § 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos. sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas
Art. 80 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, do Estado.
operacional e patrimonial do Município e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, Art. 87 As contas do Município ficarão, durante 60 (sessenta)
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte para
renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno legitimidade, nos termos da lei.
de cada Poder.
Art. 88 Revogado.
Parágrafo Único. Prestará contas qualquer pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, Capítulo VI
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza pecuniária. DAS VEDAÇÕES

Art. 81 O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será Art. 89 Ao Município é vedado:
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
Art. 82 A prestação de contas do Prefeito, referente à gestão embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
financeira do ano anterior, será apreciada pela Câmara até 60 representantes relações de dependência ou aliança,
(sessenta) dias após o recebimento do respectivo parecer ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, o qual somente público;
deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços) de seus
membros. II - recusar fé aos documentos públicos;

Art. 83 Para os efeitos dos artigos anteriores, o Prefeito III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;
deverá remeter à Câmara e ao Tribunal de Contas do Estado,
até trinta e um (31) de março, as contas relativas à gestão
financeira municipal do exercício imediatamente anterior, tanto IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos
da administração direta, quanto da administração indireta. pertencentes aos cofres públicos, quer pela imprensa, rádio,
televisão, serviços de alto-falante ou qualquer outro meio de

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comunicação, propaganda político-partidária ou fins estranhos ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
à administração; tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
V - realizar publicidade que não tenha caráter educativo,
informativo ou de orientação social, proibidos nomes, símbolos § 3º As vedações expressas no inciso XIII, alíneas "b" e "c",
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços
autoridades ou servidores da divulgação de atos, programas, relacionados com as finalidades essenciais das entidades
obras, serviços e campanhas de órgãos públicos; nelas mencionadas.

VI - outorgar isenções e anistias fiscais ou permitir a remissão TÍTULO IV


de dívidas, sem interesse público justificado, sob pena de
nulidade do ato; DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

VII - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;


Capítulo I

VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se


DO PODER LEGISLATIVO
encontrem em situações equivalentes, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da denominação jurídica SEÇÃO I
dos rendimentos, títulos ou direitos;
DA CÂMARA MUNICIPAL
IX - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino; Art. 103 O Poder Legislativo do Município é exercido pela
Câmara Municipal de Vereadores. (Redação dada pela
X - cobrar tributos: Emenda à Lei Orgânica nº 3/1991)

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da Art. 104 Fica fixado em 13 (treze) o número de Vereadores da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; e Câmara Municipal de São Leopoldo, conforme preceitua a
Constituição Federal, e de acordo com a nova interpretação
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), realizada através da
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada
Resolução nº 21.702, que segue em anexo a esta emenda.
a lei que os instituiu ou aumentou;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/2004)

XI - utilizar tributo com efeito de confisco;


Art. 105 Os vereadores, prestando compromisso nos termos
do Regimento Interno, tomarão posse e deverão fazer
XII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por declaração de seus bens, que deverá constar na ata do dia
meio de tributos, ressalvada a cobrança de pedágio pela primeiro de janeiro do primeiro ano de cada legislatura.
utilização de vias conservadas pelo Poder Público; e
Parágrafo Único. A declaração de bens de que trata este
XIII - instituir imposto sobre: artigo deve ser atualizada anualmente, podendo o Vereador
optar em apresentar cópia da sua declaração de renda pessoa
física.
a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de
outros Municípios;
Art. 106 As deliberações da Câmara e suas Comissões serão
tomadas por maioria de votos, presente a maioria de seus
b) templos de qualquer culto;
membros, salvo disposição em contrário nas Constituições
Federal ou Estadual e nesta Lei Orgânica, exigindo quorum
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, superior qualificado.
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
SEÇÃO II
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei
federal; e
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão. Art. 107 Compete à Câmara Municipal, com a sanção do
Prefeito:
§ 1º A vedação do inciso XIII, "a", é extensiva às autarquias e
às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no I - legislar sobre todas as matérias atribuídas explícita ou
que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados implicitamente pelos Municípios, pelas Constituições Federal e
às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Estadual, pelas leis em geral, por esta Lei Orgânica e,
especialmente, sobre:
§ 2º As vedações do inciso XIII, "a", e do parágrafo anterior
não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, a) o exercício dos poderes municipais;
relacionados com exploração de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados,

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b) o regime jurídico dos servidores municipais; e Art. 109 Em defesa do bem comum, a Câmara pronunciar-se-
á sobre qualquer assunto de interesse público.
c) a denominação das servidões, bairros, logradouros
públicos, ruas e avenidas; Art. 110 É de competência privativa da Câmara Municipal:

II - votar: I - dar posse ao Prefeito, Vice-Prefeito, conhecer sua renúncia


ou afastá-los definitivamente do cargo ou dos limites da
delegação legislativa, nos casos indicados na Constituição
a) o plano plurianual;
Federal, nesta Lei Orgânica e demais legislações aplicáveis;

b) as diretrizes orçamentárias; e
II - conceder licença ao Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores
para afastamento do cargo;
c) os orçamentos anuais;
III - autorizar o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, por
d) revogado; necessidade de serviço, a ausentar-se do Município por mais
de 10 (dez) dias;
e) revogado.
IV - zelar pela preservação de sua competência administrativa,
III - elaborar as leis complementares à Lei Orgânica; sustando os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem o poder regulamentador dos limites da delegação
legislativa e que se mostrem contrários ao interesse público;
IV - legislar sobre os tributos de competência municipal;
V - exercer a fiscalização da administração financeira e
V - legislar sobre a criação e extinção de cargos e funções, orçamentária do Município com o auxílio do Tribunal de
bem como fixar e alterar vencimentos e outras vantagens Contas do Estado e julgar as contas do Prefeito;
pecuniárias;
VI - fiscalizar e controlar diretamente os atos do Poder
VI - decretar, estipulando as condições, pelo voto da maioria Executivo, incluindo os da administração indireta;
dos vereadores, o arrendamento, o aforamento ou a alienação
de próprios municipais, bem como a aquisição de outros, salvo
quando se tratar de doação ao Município, sem encargo; VII - solicitar informações por escrito ao Executivo sobre
assuntos referentes à administração, a serem prestadas no
prazo de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento do pedido;
VII - legislar sobre a concessão de serviços públicos do
Município;
VIII - convocar os Secretários Municipais ou Diretores
equivalentes para prestar informações sobre assuntos
VIII - dispor sobre a divisão territorial do Município, inerentes as suas atribuições, em audiência aberta ao público,
planejamento urbano, uso, parcelamento e ocupação do solo; cabendo-lhes 3 (três) dias úteis, antes do comparecimento,
para enviar à Câmara exposição das informações solicitadas;
IX - criar, reformar ou extinguir repartições municipais, assim
entendidas as que forem diretamente subordinadas ao IX - criar comissões especiais de inquérito;
Prefeito;
X - julgar o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos
X - decidir sobre a criação de empresas públicas, empresas previstos em lei;
de economia mista, autarquias ou fundações públicas;
XI - representar, pela maioria de seus membros, para efeito de
XI - revogado; intervenção no Município;

XII - deliberar sobre empréstimos e operações de crédito, a XII - fixar os subsídios de seus membros, do Prefeito, do Vice-
forma e os meios de seu pagamento e respectivas aplicações, Prefeito e dos Secretários Municipais, nos termos da
respeitada a legislação federal; legislação federal:

XIII - transferir, temporária ou definitivamente, a sede do a) o subsídio será fixado no máximo 30 (trinta) dias antes do
Município, quando o interesse público o exigir; e pleito de cada legislatura; e

XIV - cancelar, nos termos da lei, a dívida ativa do Município, b) não fixada no prazo da alínea "a", manter-se-á a
autorizar a suspensão de sua cobrança e a relevação de ônus remuneração anterior;
e juros.
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
Art. 108 O processo legislativo, exceto casos especiais criação e transformação de cargos, empregos e funções de
dispostos nesta Lei Orgânica, só se completa com a sanção seus servidores e fixação da respectiva remuneração,
do Prefeito Municipal. observando os parâmetros legais, especialmente a Lei de
Diretrizes;

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XIV - elaborar o seu Regimento Interno; IV - que deixar de comparecer, injustificadamente, a 5 (cinco)
sessões contínuas ou a 10 (dez) intercaladas, de cada sessão
XV - eleger anualmente sua Mesa Diretora, bem como legislativa; e
destituí-la;
V - que fixar domicílio eleitoral fora do Município.
XVI - deliberar sobre assuntos de sua economia interna;
Parágrafo Único. A perda do mandato será declarada pela
XVII - emendar a Lei Orgânica ou reformá-la; Câmara por voto secreto e maioria absoluta, mediante
provocação da Mesa ou de Partido Político representado na
Casa, assegurada ampla defesa.
XVIII - mudar, temporária ou definitivamente, a sua sede; e
Art. 114 Não perderá o mandato o Vereador:
XIX - ouvir, em audiência, em sessões da Câmara ou das
Comissões, as representações das entidades civis.
I - investido em cargo de Secretário Municipal ou Diretor de
autarquias do Município, quando poderá optar pela
SEÇÃO III remuneração do mandato, devendo, entretanto, licenciar-se,
enquanto no exercício daquele; ou
DOS VEREADORES
II - licenciado por motivo de doença ou para tratar, sem
Art. 111 Os Vereadores gozam de garantias asseguradas pela remuneração, de interesse particular.
Constituição Federal, quanto à inviolabilidade por suas
palavras e votos, no exercício do mandato e no âmbito da Parágrafo Único. O suplente será convocado nos casos de
circunscrição do Município. vaga decorrente dos incisos e nos do artigo anterior.

Art. 112 Os Vereadores não poderão: Art. 115 O subsídio dos Vereadores será fixado por lei, em
cada legislatura para a legislatura subsequente, respeitados
I - desde a expedição do diploma: os limites e critérios previstos na Constituição Federal e o
prazo determinado nesta Lei Orgânica Municipal.

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito


público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia Parágrafo Único. Os Vereadores serão remunerados
mista ou empresa concessionária de serviço público, no exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado
âmbito e em operações no Município, salvo quando o contrato o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
obedecer a cláusulas uniformes; e prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, em obediência, em qualquer caso, ao disposto
no art. 37, X e XI, da Constituição Federal.
b) exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os
que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da
alínea anterior, salvo se já se encontrasse no seu exercício SEÇÃO IV
antes da diplomação, havendo compatibilidade entre o horário
normal das entidades e as atividades no exercício do DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA
mandato;
Art. 116 A Câmara Municipal reúne-se, anualmente,
II - desde a posse: independentemente de convocação, em sua sede, em sessão
legislativa ordinária, do dia 01 de fevereiro a 31 de dezembro.
a) ser diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 10/2009)
com privilégio, isenção ou favor, em virtude de contrato com a
administração pública municipal; Parágrafo Único. Durante a sessão legislativa, a secretaria
da Câmara e seus serviços funcionam diariamente aos dias
b) ocupar outro cargo público que seja demissível ad nutum; e úteis.

c) patrocinar causa contra pessoa jurídica de direito público. Art. 117 No primeiro dia do ano de cada legislatura, cuja
duração coincide com o mandato do Prefeito e dos
Vereadores, a Câmara reúne-se para dar posse aos
Art. 113 Perderá o mandato o Vereador: Vereadores, ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e para eleger sua
Mesa Diretora, Comissão Representativa e Comissões
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo Permanentes, na forma do Regimento Interno.
anterior;
Parágrafo Único. Nos demais anos da legislatura, a Mesa
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o Diretora será eleita em conformidade com o Regimento
decoro parlamentar ou atentatório às instituições vigentes; Interno da Câmara de Vereadores e tomará posse no dia 2 de
janeiro.
III - que se utilizar do mandato para a prática de atos de
corrupção ou de improbidade administrativa; Art. 118 A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu
Presidente, a 1/3 (um terço) de seus membros, à Comissão
Representativa ou ao Prefeito.

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§ 1º Nas sessões legislativas extraordinárias, a Câmara I - discutir e votar matérias que dispensem, na forma do
somente pode deliberar sobre matéria da convocação. Regimento Interno, a competência do Plenário;

§ 2º Para as reuniões extraordinárias, a convocação dos II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade
Vereadores será pessoal, através de notificação escrita, com civil;
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
III - receber petições, reclamações, representações ou queixas
§ 3º A convocação extraordinária da Câmara Municipal poderá de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades
ser feita em qualquer época, através de iniciativa popular, para ou entidades públicas;
fins de discussão e deliberação de projetos de lei e demais
assuntos de interesse específico do Município, da cidade ou IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; e
de bairros, através da manifestação de, pelo menos, 5%
(cinco por cento) do eleitorado.
V - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos
atos do Executivo e da Administração Indireta.
Art. 119 As sessões da Câmara serão públicas.

Art. 127 As comissões especiais, criadas por deliberação do


Art. 120 Na Comissão Representativa e nas Comissões da
Plenário, serão destinadas ao estudo de assuntos específicos
Câmara, será assegurada, tanto quanto possível, a
e à representação da Câmara.
representação proporcional dos partidos.

Art. 128 As comissões especiais de inquérito terão os poderes


Art. 121 A Câmara Municipal funciona com a presença, no
de investigação previstos no Regimento Interno da Casa,
mínimo, da maioria de seus membros, e as deliberações são
sendo criadas pela Câmara Municipal, mediante requerimento
tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos
de 1/3 (um terço) de seus membros, para apuração de fato
previstos nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno.
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for
o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
§ 1º Quando se tratar da votação de matérias que exijam promova os procedimentos necessários para a
quorum da maioria absoluta, o número mínimo prescrito é de responsabilização civil ou criminal dos infratores.
2/3 (dois terços) de seus membros, e as deliberações são
tomadas pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores. SEÇÃO VI

§ 2º Nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito Municipal,


DO PROCESSO LEGISLATIVO
não será admitida emenda que aumente a despesa prevista,
salvo o disposto na Constituição Federal.
SUBSEÇÃO I
§ 3º O Presidente da Câmara vota somente quando houver
empate, quando a matéria exigir presença de 2/3 (dois terços) DA DISPOSIÇÃO GERAL
e nas votações secretas.
Art. 129 O processo legislativo municipal compreende a
Art. 122 Revogado. elaboração de:

Art. 123 Anualmente, dentro de 60 (sessenta) dias do início da I - emendas à Lei Orgânica;
sessão legislativa, a Câmara receberá, em sessão especial, o
Prefeito, que informará, através de relatório, o estado em que II - leis complementares;
se encontram os assuntos municipais.

III - leis ordinárias;


Parágrafo Único. Sempre que o Prefeito manifestar propósito
de expor assuntos de interesse público, a Câmara recebê-lo-á,
em sessão previamente designada. IV - decretos legislativos; e

Art. 124 Independentemente de convocação, quando o V - resoluções;


Secretário Municipal ou Diretor de Autarquia desejar prestar
esclarecimento ou solicitar providências legislativas a qualquer VI - revogado.
Comissão, esta designará dia e hora para ouvi-lo.
VII - revogado.
SEÇÃO V
VIII - revogado.
DAS COMISSÕES
Parágrafo Único. Lei complementar disporá sobre a
Art. 125 A Câmara terá comissões permanentes e especiais. elaboração, alteração, redação e consolidação das leis
municipais.
Art. 126 Compete às comissões permanentes, em razão da
matéria:

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SUBSEÇÃO II do veto ao Presidente da Câmara, dentro do prazo de 48
(quarenta e oito) horas.
DA EMENDA À LEI ORGÂNICA
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo,
Art. 130 A Lei Orgânica pode ser emendada, mediante parágrafo, inciso ou alínea.
proposta de um terço de Vereadores ou do Prefeito.
§ 3º O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo do parágrafo
Art. 131 Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta primeiro, acarreta sanção, cabendo ao Presidente da Câmara
promulgar a lei.
será discutida e votada em duas sessões, na forma
regimental, e havida por aprovada, quando obtiver, em ambas
as votações, 2/3 (dois terços) dos votos da Câmara Municipal. § 4º Devolvido o projeto à Câmara, será ele submetido, dentro
de 30 (trinta) dias, contados da data de seu recebimento, com
Art. 132 A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela ou sem parecer, à discussão única, considerando-se aprovado
se, em votação pública, obtiver o voto favorável da maioria
Mesa Diretora da Câmara, com o respectivo número de
absoluta da Câmara, caso em que será enviado ao Prefeito
ordem.
para promulgação.

SUBSEÇÃO III
§ 5º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no
parágrafo anterior, o veto será considerado mantido.
DAS LEIS
§ 6º Não sendo a lei sancionada dentro de 48 (quarenta e oito)
Art. 133 As leis complementares somente serão aprovadas se horas pelo Prefeito, no caso do parágrafo terceiro, o
obtiverem maioria absoluta dos votos dos membros da Presidente da Câmara promulgá-la-á em igual prazo e, não o
Câmara Municipal, observados os demais termos da votação fazendo, fá-lo-á o Vice-Presidente, na forma regimental, em
das leis ordinárias. igual prazo.

Art. 134 A iniciativa das leis municipais, salvo os casos de Art. 139 Tanto no caso de rejeição, pela Câmara, de projeto
competência exclusiva, cabe a qualquer membro da Câmara de lei de iniciativa do Prefeito, como no caso de veto à lei de
Municipal, ao Prefeito ou ao eleitorado, que a exercerão na iniciativa de emenda do legislativo ou proposição popular, o
forma da Constituição Federal. poder que se considerar vencido, a Câmara ou o Prefeito,
poderá requerer a consulta popular através do referendo.
Parágrafo Único. No início ou em qualquer fase da tramitação
de projeto de lei de iniciativa do Prefeito, este poderá solicitar Art. 140 O referendo à emenda à Lei Orgânica ou à lei
à Câmara Municipal que o aprecie no prazo de 45 (quarenta e aprovada ou rejeitada pela Câmara é obrigatório, caso haja
cinco) dias, a contar do pedido; caso a Câmara Municipal não solicitação, dentro de 120 (cento e vinte) dias, subscrita por
se manifeste nesse prazo, o projeto será incluído na Ordem do 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município, da cidade, do
Dia, sobrestando-se a deliberação sobre os demais assuntos, bairro ou comunidade rural, conforme o interesse ou
para que se ultime a votação. abrangência.

Art. 135 A requerimento do Vereador, os projetos de lei, Parágrafo Único. Os resultados das consultas referendárias
decorridos 30 (trinta) dias de seu recebimento, serão incluídos serão promulgados pelo Presidente da Câmara, conforme a
na Ordem do Dia, mesmo sem parecer. Constituição Estadual.

Parágrafo Único. O projeto somente pode ser retirado da Art. 141 São objetos de lei complementar, dentre outros, o
Ordem do Dia a requerimento do autor. Código de Obras, o Código de Posturas, o Código Tributário e
Fiscal, a Lei do Plano Diretor, o Estatuto dos Funcionários
Art. 136 O projeto de lei com parecer contrário de todas as Públicos e a Lei do Meio Ambiente.
Comissões é tido como arquivado.
§ 1º Os projetos de lei complementar serão revistos por
Art. 137 A matéria constante do projeto de lei, rejeitado ou comissão especial da Câmara.
não sancionado, assim como a proposta de emenda à Lei
Orgânica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente § 2º Dos projetos de Códigos e respectivas exposições de
poderão constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão motivos, antes de submetidos à discussão da Câmara, dar-se-
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos á divulgação com a maior amplitude possível.
membros da Câmara, ressalvadas as proposições de iniciativa
do Prefeito.
§ 3º Dentro de 15 (quinze) dias, contados da data em que se
publicaram os projetos referidos no parágrafo anterior,
Art. 138 Os projetos de lei, aprovados pela Câmara Municipal, qualquer cidadão ou entidade, devidamente reconhecida,
na forma regimental, serão enviados ao Prefeito que, poderão apresentar sugestões ao Presidente da Câmara, que
aquiescendo, os sancionará. as encaminhará à comissão especial para apreciação.

§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte,


inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á
total ou parcialmente, dentro de 15 (quinze) dias úteis
contados daquele em que o recebeu, comunicando os motivos

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Capítulo II Art. 148 O mandato do Prefeito é de quatro anos e terá início
em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição,
DO PODER EXECUTIVO admitindo-se uma reeleição para o mandato subsequente.

Art. 149 O Prefeito e Vice-Prefeito, quando no exercício do


SEÇÃO I
cargo, não poderão, sem licença da Câmara Municipal,
ausentar-se do Município por período superior a 10 (dez) dias,
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO sob pena de perda do cargo ou do mandato.

Art. 142 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, Vice- Parágrafo Único. O Prefeito, regularmente licenciado, terá
Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais, Diretores e direito a perceber remuneração, quando:
Responsáveis pela administração direta e indireta.
I - impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença,
§ 1º Aplica-se à elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o devidamente comprovada;
disposto no capítulo da Câmara Municipal desta Lei Orgânica
e a idade mínima de 21 (vinte e um) anos.
II - em gozo de férias; e

§ 2º É assegurada a participação popular nas decisões do


III - a serviço ou em missão de representação do Município.
Poder Executivo.

§ 1º O Prefeito gozará férias anuais de 30 (trinta) dias, sem


Art. 143 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á
prejuízo da remuneração, ficando a seu critério a época para
simultaneamente, nos termos estabelecidos na Constituição
usufruir o descanso.
Federal.

§ 2º A remuneração do Prefeito será estipulada na forma da


Parágrafo Único. A eleição do Prefeito importará a do Vice-
Lei Orgânica.
Prefeito com ele registrado.

Art. 150 Na ocasião da posse e ao término do mandato, o


Art. 144 O Prefeito e Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º de
Prefeito fará declaração de seus bens.
janeiro do ano subsequente à eleição em sessão da Câmara
Municipal, prestando compromisso de manter, defender e
cumprir a Lei Orgânica, observar as Leis da União, do Estado § 1º A declaração de bens de que trata este artigo deve ser
e do Município, promover o bem geral dos munícipes e anualmente atualizada, podendo o Prefeito substituí-la pela
exercer o cargo sob a inspiração da democracia, da apresentação da declaração de bens pessoa física.
legitimidade e da legalidade.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se ao Vice-Prefeito,
Parágrafo Único. Decorridos 10 (dez) dias da data fixada Secretários Municipais, Diretores de Autarquias e Diretores de
para a posse do Prefeito ou Vice-Prefeito, salvo motivo de Fundações Públicas.
força maior, se não tiver assumido, o cargo será declarado
vago. SEÇÃO II

Art. 145 Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento e


DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Prefeito.

Art. 151 Ao Prefeito, como chefe da administração, compete


Parágrafo Único. O Vice-Prefeito, além de outras atribuições
dar cumprimento às deliberações da Câmara, dirigir e
que lhe forem conferidas em lei, auxiliará o Prefeito sempre
defender os interesses do Município, bem como adotar, de
que por ele for convocado para missões especiais.
acordo com a lei, todas as medidas administrativas de
utilidade pública sem exceder as verbas orçamentárias.
Art. 146 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-
Prefeito, ou vacância do cargo, assumirá a administração Art. 152 Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:
municipal o Presidente da Câmara.

I - a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei


Art. 147 Verificando-se a vacância do cargo de Prefeito e
Orgânica;
inexistindo Vice-Prefeito, observar-se-á o seguinte:

II - representar o Município em juízo e fora dele;


I - ocorrendo a vacância nos 3 primeiros anos de mandato,
dar-se-á eleição 90 (noventa) dias após a sua abertura,
cabendo aos eleitos completar o período dos seus III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas
antecessores; e pela Câmara e expedir os regulamentos para sua fiel
execução;
II - ocorrendo a vacância no último ano do mandato, assumirá
o Presidente da Câmara que o completará. IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados
pela Câmara;

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V - decretar, nos termos da lei, a desapropriação por XXIII - organizar os serviços internos das repartições criadas
necessidade ou utilidade pública ou por interesse social; por lei sem exceder as verbas para tal destinadas;

VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; XXIV - contrair empréstimos e realizar operações de crédito
mediante prévia autorização da Câmara;
VII - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos por
terceiros, respeitando o disposto nesta Lei Orgânica; XXV - providenciar a administração dos bens do Município e
sua alienação na forma da lei;
VIII - prover os cargos públicos e expedir os demais atos
referentes à situação funcional dos servidores; XXVI - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços
relativos às terras do Município;
IX - enviar à Câmara os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual XXVII - desenvolver o sistema viário do Município;
do Município;
XXVIII - conceder auxílios e subvenções, observados os
X - encaminhar à Câmara a prestação de contas, bem como critérios e as condições definidas na lei de diretrizes
os balanços do exercício findo, até 60 (sessenta) dias após a orçamentárias;
abertura do ano legislativo;
XXIX - providenciar o incremento do ensino;
XI - encaminhar aos órgãos competentes os planos de
aplicação e as prestações de contas exigidas em lei; XXX - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado
para garantia do cumprimento de seus atos;
XII - fazer publicar os atos oficiais;
XXXI - estabelecer a divisão administrativa do Município de
XIII - prestar à Câmara, dentro de 30 (trinta) dias, as acordo com a lei;
informações solicitadas, salvo prorrogação, a seu pedido e por
prazo determinado, em face da complexidade da matéria ou XXXII - solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para
da dificuldade de obtenção nas respectivas fontes, dos dados
ausentar-se do Município, por tempo superior a 15 (quinze)
pleiteados;
dias;

XIV - superintender a arrecadação dos tributos, bem como a


XXXIII - adotar providências para a conservação e
guarda e aplicação da receita, autorizando as despesas e
salvaguarda do patrimônio municipal;
pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos
créditos votados pela Câmara;
XXXIV - publicar o relatório resumido da execução
orçamentária e o relatório da gestão fiscal, observados os
XV - prover os serviços e obras da administração pública;
prazos, a forma e os conteúdos estabelecidos na Lei
Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000; e
XVI - colocar à disposição da Câmara, até o dia 20 de cada
mês, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, XXXV - revogar atos administrativos, por razões de interesse
compreendidos os créditos suplementares e especiais,
público, e anulá-los, por vício de ilegalidade, observado o
observados os parâmetros definidos no art. 29 A da
devido processo legal.
Constituição Federal;

Art. 153 O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus


XVII - aplicar multas previstas em lei e contratos;
auxiliares funções administrativas previstas nesta Lei
Orgânica.
XVIII - resolver as questões sobre os requerimentos,
reclamações ou representações que lhe forem dirigidas; SEÇÃO III

XIX - oficializar, em obediência às normas urbanísticas, as


DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO
vias e logradouros públicos, mediante denominação aprovada
pela Câmara;
Art. 154 São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito
que atentarem contra a Constituição Federal, a Constituição
XX - convocar, extraordinariamente, a Câmara, quando o
Estadual e a Lei Orgânica do Município e, especialmente,
interesse da administração o exigir;
contra:

XXI - aprovar os projetos de edificação e plano de loteamento,


I - a existência do Município;
arruamento e zoneamento ou para fins urbanos;

II - o livre exercício da Câmara Municipal e dos Conselhos


XXII - apresentar, anualmente, à Câmara relatório
Populares;
circunstanciado sobre o estado das obras e dos serviços
municipais, bem como o programa de administração para o
ano seguinte; III - o exercício de direitos políticos, individuais ou sociais;

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IV - a probidade na administração; § 2º A infringência, ao inciso IV, sem justificativa, acarreta
crime de responsabilidade.
V - a lei orçamentária; e
Art. 160 Os Secretários ou Diretores são solidariamente
VI - o cumprimento das leis e decisões judiciais. responsáveis com o Prefeito pelos atos que assinarem,
ordenarem ou praticarem e estão sujeitos, desde a posse, às
mesmas incompatibilidades e proibições estabelecidas aos
SEÇÃO IV Vereadores.

DA RESPONSABILIDADE DO VICE-PREFEITO Art. 161 A competência do Subprefeito limitar-se-á ao Distrito


para o qual foi nomeado.
Art. 155 O Vice-Prefeito possui a atribuição de, em
consonância com o Prefeito, auxiliar a direção da Parágrafo Único. Aos Subprefeitos, como delegados do
administração pública municipal, podendo exercer outras Executivo, compete:
previstas em lei.
I - cumprir e fazer cumprir, de acordo com as instruções
SEÇÃO V recebidas do Prefeito, as leis, resoluções, regulamentos e
demais atos do Prefeito e da Câmara;
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO
II - fiscalizar os serviços distritais;
Art. 156 São auxiliares diretos do Prefeito:
III - atender às reclamações das partes e encaminhá-las ao
I - os Secretários municipais ou Diretores equivalentes; e Prefeito, quando se tratar de matéria estranha a suas
atribuições, ou quando lhes for favorável a decisão proferida;

II - os Subdiretores.
IV - indicar ao Prefeito providências necessárias ao distrito; e

Parágrafo Único. Os cargos são de livre nomeação e


exoneração pelo Prefeito. V - prestar contas ao Prefeito, mensalmente, ou quando lhe for
solicitado.

Art. 157 Lei Municipal estabelecerá as atribuições do Vice-


prefeito, dos Secretários de governo e dos demais auxiliares Art. 162 O Subprefeito, em caso de licença ou impedimento,
diretos do Prefeito, definindo-lhes a competência, deveres e será substituído por pessoa de livre escolha do Prefeito.
responsabilidades.
Art. 163 Os auxiliares diretos do Prefeito farão declaração de
Art. 158 São condições essenciais para a investidura no cargo bens no ato da posse e no término do exercício do cargo.
de Secretário ou Diretor:
Parágrafo Único. A declaração de bens de que trata este
I - ser brasileiro; artigo deve ser renovada anualmente, podendo o titular do
cargo substituí-la pela declaração de bens pessoa física.

II - estar no exercício dos direitos políticos; e


SEÇÃO VI

III - ser maior de 18 (dezoito) anos.


DOS CONSELHOS MUNICIPAIS

Art. 159 Além das atribuições fixadas em lei, compete aos


Secretários ou Diretores: Art. 164 Os Conselhos Municipais são órgãos de participação
direta da comunidade na administração pública, tendo por
finalidade propor, fiscalizar e deliberar matérias referentes a
I - subscrever atos e regulamentos referentes a seus órgãos; cada setor da administração, de acordo com as competências
estabelecidas por lei complementar.
II - expedir instruções para a boa execução das leis, decretos
e regulamentos; Art. 165 Leis complementares criarão e especificarão a
constituição de cada Conselho, suas atribuições, organização,
III - apresentar, anualmente, à Câmara Municipal e Conselhos composição, funcionamento, forma de nomeação de titular e
Populares relatório dos serviços realizados por suas suplente e prazo de duração de mandato.
repartições; e
Art. 166 Os Conselhos Municipais são compostos de forma
IV - comparecer à Câmara Municipal sempre que convocados, plural e paritária, observando a representatividade da
para prestação de esclarecimentos oficiais. administração, das entidades públicas, classistas e da
sociedade civil organizada.
§ 1º Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços
autônomos e autárquicos serão referendados pelo Secretário
ou Diretor da administração.

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SEÇÃO VII Art. 173 O regime jurídico dos servidores municipais da
administração pública direta, das autarquias e fundações
DOS CARGOS EM COMISSÃO públicas é único e estabelecido em estatuto, observados os
princípios e as normas das Constituições Federal e Estadual e
desta Lei Orgânica.
Art. 167 Os Cargos em Comissão, criados por lei, em número
e com remuneração certos, e com atribuições definidas de
Art. 174 Os cargos públicos serão criados por lei, em número
chefia, assistência ou assessoramento, são de livre nomeação
certo, com denominação própria, padrão de vencimento
e exoneração, observados os requisitos gerais de provimento
básico, condições de provimento e indicação dos recursos
em cargos municipais, e deverão ser exercidos,
pelos quais seus ocupantes serão pagos.
preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de
carreira técnica ou profissional.
§ 1º A lei estabelecerá:
§ 1º Aos ocupantes de Cargos em Comissão será assegurado,
quando exonerados, o direito a um vencimento integral por I - os critérios objetivos de classificação dos cargos públicos,
ano continuado na função, desde que não titulem outro cargo de modo a garantir isonomia para os de atribuições iguais ou
ou função pública. assemelhadas do mesmo Poder ou entre os dos Poderes
Executivo e Legislativo; e
§ 2º O servidor público que se beneficiar das vantagens do
parágrafo primeiro e, num prazo inferior a 2 (dois) anos, for II - os limites máximo e mínimo e a relação entre esses limites,
reconduzido a cargo de provimento em comissão, não terá sendo aquele o valor estabelecido na Constituição Federal.
direito ao benefício.
§ 2º A criação e a extinção dos cargos públicos do Poder
§ 3º Os Cargos em Comissão não serão organizados em Legislativo, bem como a fixação e alteração de seus
carreira. vencimentos básicos são de exclusiva iniciativa da Mesa da
Câmara e obedecerão ao disposto na Constituição Federal.
§ 4º A lei poderá estabelecer, ao par dos gerais, requisitos
específicos de escolaridade, habilitação profissional e outros § 3º A investidura em cargo público depende de aprovação
para investidura em Cargos em Comissão. prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na
SEÇÃO VIII forma prevista em lei, acessível a todos os brasileiros e
estrangeiros que preencham os requisitos legais exigidos.

DO CARGO DE OUVIDOR PÚBLICO


§ 4º Independem da exigência do parágrafo terceiro as
nomeações para Cargos em Comissão, declarados em lei de
Art. 168 É criado, no Município, o cargo de Ouvidor Municipal, livre exoneração.
com atribuições definidas em lei.
§ 5º O prazo de validade do concurso será de 2 (dois) anos,
Art. 169 A escolha do Ouvidor Municipal será de atribuição do prorrogável uma vez por igual período.
Poder Executivo, o qual enviará o nome para referendo da
Câmara Municipal; sua exoneração somente se dará mediante
§ 6º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de
aprovação da Câmara.
convocação, aquele aprovado em concurso público de provas
ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
Art. 170 O cargo de Ouvidor Municipal, criado no quadro de novos concursados para assumir cargo ou emprego na
Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Prefeitura carreira.
Municipal, possui status e estrutura de trabalho de Secretário.
Art. 175 Às pessoas portadoras de deficiência física é
SEÇÃO IX assegurado o direito de se inscrever em concurso público,
para provimento de cargo, cujas atribuições sejam
DA PROCURADORIA COMUNITÁRIA compatíveis com a deficiência de que são portadoras, para as
quais serão reservadas 5%(cinco por cento) das vagas
oferecidas.
Art. 171 É criada, no Município, a Procuradoria Comunitária,
que atuará na área judiciária e no campo social,
conscientizando as pessoas de seus direitos, bem como Art. 176 A lei estabelecerá os critérios de contratação por
buscando a cidadania constitucional, com atribuições definidas tempo determinado, para atender à necessidade temporária
em lei. de excepcional interesse público.

SEÇÃO X Art. 177 Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não


poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS


§ 1º A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de
que trata o § 4º do art. 39 da Constituição Federal somente
Art. 172 São considerados servidores públicos todos quantos poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada
percebam remuneração pelos cofres municipais. a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral
anual sempre na mesma data e sem distinção de índices.

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§ 2º O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não § 2º Não cumprida a obrigação contida no parágrafo anterior,
poderá ser inferior ao necessário para repor seu poder será o Município indenizado da quantia total despendida,
aquisitivo. incluídas as remunerações percebidas pelo servidor, em
valores atualizados monetariamente.
§ 3º As vantagens de ordem pecuniária serão asseguradas a
todos os servidores públicos municipais e obedecerão a § 3º Não constituirá critério de evolução na carreira a
critérios uniformes quanto à incidência, ao número e às realização de curso que não guarde correlação direta e
condições de aquisição, na forma da lei. imediata com as atribuições.

§ 4º Serão assegurados ao servidor, por um decênio de Art. 179 São direitos dos servidores públicos municipais:
ininterrupto exercício, 6 (seis) meses de licença-prêmio, a
título de prêmio por assiduidade, preservados os direitos I - remuneração superior ao salário-mínimo, fixado pela União,
adquiridos na forma da Lei.
para os trabalhadores urbanos e rurais;

§ 5º É vedado ao servidor perceber mensalmente, a título de


II - revogado;
remuneração, importância superior à soma dos valores fixados
como remuneração, em espécie, a qualquer título, para o
Prefeito. III - gratificação de Natal igual à remuneração ou vencimentos
integrais;
§ 6º É vedada a participação dos servidores públicos
municipais no produto da arrecadação de multas, inclusive da IV - remuneração do trabalho noturno superior à do trabalho
dívida ativa. diurno;

§ 7º É vedada a vinculação ou equiparação dos vencimentos V - salário-família aos seus dependentes;


para efeito de remuneração de pessoal do serviço público,
com as ressalvas contidas na Constituição Federal. VI - duração de trabalho normal não superior a 8 (oito) horas
diárias e 40 (quarenta) horas semanais, facultada a
§ 8º O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos compensação de horários e a redução da jornada, conforme o
são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV do estabelecido em Lei;
art. 37 e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, todos
da Constituição Federal. VII - jornada de 6 (seis) horas para o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento;
§ 9º A lei poderá instituir requisitos diferenciados de admissão
quando a natureza do cargo exigir. VIII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
domingos;
§ 10 Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão,
anualmente, os valores do subsídio e da remuneração dos IX - remuneração do serviço extraordinário superior, no
cargos e empregos públicos. mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à normal;

§ 11 O Prefeito, o Vice-prefeito, os Vereadores e os X - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3
Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por (um terço) a mais do que a remuneração normal, com
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de pagamento antecipado;
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, em obediência,
em qualquer caso, ao disposto no art. 37, X e XI, da XI - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e da
Constituição Federal. remuneração, com duração de 180 (cento e oitenta) dias;

§ 12 Lei do Município disciplinará a aplicação de recursos XII - licença remunerada à adotante:


orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para a) de criança até 1 (um) ano de idade, com duração de 180
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e (cento e oitenta) dias; e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público inclusive
sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. b) de criança com mais de 1 (um) ano de idade, com duração
de 30 (trinta) dias;
Art. 178 Os servidores municipais somente serão indicados
para cursos de especialização técnica profissional, no País ou XIII - licença-paternidade nos termos fixados em lei;
no exterior, com custas para o Poder Público, quando houver
correlação entre o programa de tais cursos e as atribuições do XIV - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
cargo exercido. normas de saúde, higiene e segurança;

§ 1º O servidor designado para estudo ou aperfeiçoamento XV - adicional de remuneração para as atividades penosas,
fora do Município, com ônus aos seus cofres, ficará obrigado a insalubres e perigosas, na forma da lei;
prestar serviços, pelo menos, por mais 2 (dois) anos.

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XVI - proibição de diferença de remuneração, de exercício de Parágrafo Único. A proibição de acumular estende-se a
função e de critérios de admissão, por motivo de sexo, idade, empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
cor, religião ou estado civil; empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias e sociedades controladas, direta ou
XVII - a auxílios: indiretamente, pelo poder público.

Art. 182 Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor


a) transporte correspondente ao deslocamento do servidor da
público não serão computados nem acumulados para fins de
residência para o trabalho e vice-versa, nos termos da lei;
concessão de acréscimos anteriores sob o mesmo título ou
idêntico fundamento.
b) refeição para os servidores ativos que exerçam suas
atividades em 02 (dois) turnos de trabalho, na forma e
Art. 183 Aos servidores titulares de cargos efetivos da
condições estabelecidas em lei;
administração pública direta e indireta do Município, bem
como aos servidores titulares de cargos efetivos da Câmara
c) natalidade à servidora ativa por nascimento de filho, na Municipal é assegurado regime de previdência de caráter
forma estabelecida em lei; contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
d) funeral, por morte do servidor ativo ou inativo, na forma e pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
condições estabelecidas em lei; e financeiro e atuarial e o disposto no art. 40 da Constituição
Federal.

e) reclusão à família do servidor, na forma da lei;


Art. 184 O tempo de serviço público federal, estadual ou
municipal será computado integralmente, para efeitos de
XVIII - direito à livre associação ou sindicalização; aposentadoria e disponibilidade.

XIX - direito de greve exercido nos termos e nos limites Art. 185 Ao servidor público da administração direta,
definidos em lei; e autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
XX - garantia de piso salarial nunca inferior ao mínimo
profissional para servidores de nível superior. I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital,
ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
Parágrafo Único. O adicional da remuneração de que trata o
inciso XV, deverá ser calculado com base nas características II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
do trabalho e na área e grau de exposição ao risco, definidos emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
em laudo pericial, que fará parte integrante da respectiva lei remuneração;
regulamentadora.
III - investido no mandato de Vereador, havendo
Art. 180 A fixação dos padrões de vencimento e dos demais compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
componentes do sistema remuneratório observará: cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade norma do inciso anterior;
dos cargos componentes de cada carreira;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
II - os requisitos para a investidura; e exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
III - as peculiaridades dos cargos.

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de


Parágrafo Único. A remuneração dos servidores públicos afastamento, os valores serão determinados como se no
organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 12 exercício estivesse.
do art. 177 desta Lei Orgânica Municipal.

Art. 186 Os titulares de órgãos da administração do Poder


Art. 181 É vedada a acumulação remunerada de cargos Executivo deverão atender à convocação da Câmara
públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários: Municipal, para prestar esclarecimentos sobre assuntos de
sua competência.
I - a de 2 (dois) cargos de professor;
Art. 187 O pagamento da remuneração e do provento dos
II - a de 1 (um) cargo de professor e outro como técnico ou servidores públicos municipais, da administração direta, das
científico; e autarquias e das fundações públicas será realizado até o
último dia útil do mês do trabalho prestado.
III - a de 2 (dois) cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Parágrafo Único. O pagamento da gratificação de Natal será
efetuado até o dia 20 (vinte) de dezembro.

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Art. 188 Revogado. Parágrafo Único. No caso de ameaça ou efetiva paralisação
de serviço ou atividade essencial por decisão patronal, pode o
Art. 189 Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar Município intervir, tendo em vista o direito da população ao
serviço ou atividade, respeitados os direitos dos
conselhos de empresas fornecedoras ou prestadoras de
trabalhadores.
serviços ou que realizem qualquer modalidade de contrato
com o Município sob pena de demissão do serviço público.
Art. 193 Na organização de sua economia, o Município
Art. 190 O Município estabelecerá, por lei, plano assistencial combaterá a miséria, o analfabetismo, o desemprego, a
propriedade improdutiva, a marginalização do indivíduo, o
aos servidores públicos e a seus dependentes, mediante
êxodo rural, a economia predatória e todas as formas de
contribuições, visando à prestação de assistência médica,
degradação da condição humana.
odontológica e hospitalar.

Art. 194 Lei Municipal definirá normas de incentivo às formas


TÍTULO V
associativas e cooperativas, às pequenas e microunidades
econômicas e às empresas que estabelecerem participação
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL dos trabalhadores nos lucros e na sua gestão.

Capítulo I Art. 195 O Município organizará sistemas e programas de


prevenção e socorro nos casos de calamidade pública em que
DOS PRINCÍPIOS GERAIS a população tenha ameaçados os seus recursos, meios de
abastecimentos ou de sobrevivência.

Art. 191 Na organização de sua economia, em cumprimento


ao que estabelecem a Constituição Federal e Estadual, o Art. 196 Os planos de desenvolvimento econômico do
Município zelará pelos seguintes princípios: Município terão o objetivo de promover a melhoria da
qualidade de vida da população, a distribuição equitativa da
riqueza produzida, o estímulo à permanência do homem no
I - promoção do bem-estar do homem e da justiça social como campo e o desenvolvimento social e econômico sustentável.
fim essencial da produção e do desenvolvimento econômico;
Art. 197 Os investimentos do Município atenderão, em caráter
II - valorização econômica e social do trabalho e do prioritário, às necessidades básicas da população e deverão
trabalhador, associada a uma política de expansão das estar compatibilizados com o plano de desenvolvimento
oportunidades de emprego e da humanização do processo econômico.
social da produção, com a defesa dos interesses do povo;
Art. 198 O plano plurianual do Município e seu orçamento
III - democratização do acesso à propriedade dos meios de anual contemplarão expressamente recursos destinados ao
produção; desenvolvimento de uma política habitacional de interesse
social, compatível com os programas estaduais desta área, de
IV - planificação do desenvolvimento, determinante para o forma distributiva, igualitária e justa.
setor público e indicativo para o setor privado;
Capítulo II
V - integração e descentralização das ações públicas setoriais;
DA POLÍTICA URBANA E AGRÍCOLA
VI - proteção da natureza e ordenação territorial;
Art. 199 A política de desenvolvimento urbano, executada
VII - condenação dos atos de exploração do homem pelo pelo Poder Público, conforme diretrizes fixadas nas
homem e de exploração predatória da natureza; Constituições Federal e Estadual, terá como objetivo o pleno
desenvolvimento das funções sociais e a garantia do bem-
estar da população.
VIII - integração das ações do Município com as da União e do
Estado, no sentido de garantir a segurança social, destinadas
a tornar efetivos os direitos ao trabalho, à educação, à cultura, Art. 200 A execução da política urbana estará condicionada
ao desporto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência às funções sociais da cidade, compreendidas como direito de
social; acesso de todo cidadão à moradia, transporte público,
saneamento, água, energia elétrica, abastecimento,
iluminação pública, comunicação, saúde, educação, lazer e
IX - estímulo à participação da comunidade através de suas segurança, assim como à preservação do patrimônio
organizações representativas; e ambiental e cultural.

X - preferência aos projetos de cunho comunitário nos Art. 201 A propriedade urbana cumpre sua função social,
financiamentos públicos e incentivos fiscais. quando condicionada às funções sociais da cidade.

Art. 192 A intervenção do Município no domínio econômico Parágrafo Único. O direito de propriedade territorial urbana
dar-se-á por meios previstos em lei, para orientar e estimular a não pressupõe o de construir, cujo exercício deverá ser
produção, corrigir distorções da atividade econômica e autorizado pelo Poder Público, segundo critérios estabelecidos
prevenir abusos do seu poder. em lei.

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Art. 202 Para assegurar as funções sociais da cidade e da d) adequação do direito de construir às normas urbanísticas
propriedade, o Poder Público usará, principalmente, os estabelecidas pelo Plano Diretor; e
seguintes instrumentos:
e) regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas
I - tributários e financeiros: por população de baixa renda.

a) imposto predial e territorial urbano, progressivo e Art. 204 O estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao
diferenciado por zona e outros critérios de ocupação e uso do desenvolvimento urbano deverá assegurar:
solo;
I - a urbanização, a regularização e a titulação das áreas
b) taxas diferenciadas por zonas, segundo os serviços faveladas e de baixa renda, sem remoção de moradores,
públicos oferecidos; exceto quando em situação de risco de vida ou saúde, em que
poderão ser transferidos para área próxima em condições
adequadas para moradia, mediante prévia consulta à
c) contribuição de melhoria;
população atingida;

d) incentivos e benefícios fiscais e financeiros; e


II - a regularização dos loteamentos irregulares, inclusive os
clandestinos abandonados e não titulados;
e) banco de terras;
III - a participação ativa das respectivas entidades
II - jurídicos: comunitárias no estudo, encaminhamento e na solução dos
problemas;
a) discriminação de terras públicas;
IV - a presença das áreas de exploração da agricultura de
b) desapropriação por interesse social ou utilidade pública; subsistência;

c) parcelamento ou edificação compulsórios; V - a preservação, a proteção e recuperação do meio


ambiente;

d) servidão administrativa;
VI - a criação e preservação de áreas de especial interesse
urbanístico, social, ambiental, turístico e de utilização pública;
e) restrição administrativa; e

f) inventários, registros e tombamentos de imóveis; e VII - às pessoas portadoras de deficiência física, o livre acesso
a edifícios públicos e particulares de frequência ao público, a
g) declaração de área de prevenção ou proteção. logradouros públicos e ao transporte coletivo.

Art. 203 O Poder Público, mediante lei, exigirá do proprietário Art. 205 Todo parcelamento do solo para fins urbanos deverá
do solo urbano não edificado, subutilizado, não utilizado ou estar inserido em área urbana, semiurbana ou de expansão
que comprometa as condições da infraestrutura urbana e o urbana, assim definida em lei municipal.
sistema viário que promova seu adequado aproveitamento ou
correção de agravamento das condições urbanas, sob pena Art. 206 O banco de terras, instrumento da política urbana,
de, sucessivamente: será formado por terras do Município, ao qual serão
acrescidas as áreas doadas no processo de loteamentos.
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
§ 1º A área de doação dos loteamentos será acrescida de um
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana percentual de 5% (cinco por cento) que irá compor o banco de
progressiva no tempo; e terras.

III - desapropriação com o pagamento mediante títulos da § 2º O banco de terras será usado para fins de assentamentos
dívida pública. populares e demais fins sociais.

Parágrafo Único. A função social objetiva a adoção de Art. 207 Nos loteamentos realizados em áreas públicas do
medidas diferenciando a propriedade para uso produtivo, Município, o título de domínio ou de concessão real de uso
assegurando: será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
a) acesso à propriedade e à moradia;
Art. 208 O Município estabelecerá programas destinados a
facilitar o acesso da população local à habitação, como
b) justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do condição essencial à sadia qualidade de vida.
processo de urbanização;

§ 1º Os investimentos do Município em programas


c) prevenção e correção das distorções da valorização dos habitacionais, através de recursos orçamentários próprios,
imóveis urbanos pela contenção da especulação imobiliária;

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serão destinados integralmente para suprir a deficiência de I - estabelecer diretrizes e prioridades para o desenvolvimento
moradia das famílias de baixa renda, na forma a ser definida urbano do Município; e
em lei complementar.
II - fiscalizar a execução de projetos habitacionais e a
§ 2º O atendimento da demanda social por moradias aplicação dos recursos.
populares poder-se-á realizar tanto através da transferência
do direito de propriedade, quanto através da cessão do direito Parágrafo Único. O Conselho Municipal de Habitação será
de uso da moradia construída.
composto de representantes do Poder Público, dos mutuários,
dos inquilinos, da indústria da construção civil e entidades
Art. 209 Deve o Município elaborar lei específica para criação representativas dos movimentos populares, na forma da lei.
de um fundo rotativo destinado a habitações.
Art. 212 A infraestrutura dos loteamentos e
§ 1º O fundo deverá atender, preferencialmente, às faixas desmembramentos deverá estar concluída num prazo de 2
mais carentes da população, estabelecendo critérios de (dois) anos, contados da data de aprovação dos respectivos
seleção para priorizar os mais necessitados. projetos.

§ 2º Lei específica deverá estabelecer, entre outros: Parágrafo Único. No caso de descumprimento do prazo
previsto, o loteamento será penalizado com multa equivalente
I - a implantação e comercialização de forma financiada de a 5% (cinco por cento) do valor comercial da área loteada.
loteamentos populares;
Art. 213 O Plano Diretor, aprovado pela Câmara de
II - a construção e comercialização de forma financiada de Vereadores, é o instrumento básico da política de expansão e
desenvolvimento urbano e conterá as exigências
habitações populares;
fundamentais da ordenação da cidade, que consistirão, no
mínimo:
III - financiamento total ou parcial de lotes urbanizados ou
construções de habitações populares;
I - na delimitação das áreas impróprias à ocupação urbana por
suas características geotécnicas;
IV - remoção e relocalização de núcleos de sub-habitação;
II - na delimitação das áreas de preservação natural;
V - urbanização de núcleos de sub-habitação;
III - na delimitação das áreas destinadas à implantação de
VI - fixação de regras de avaliação de preços e financiamento, atividades com potencial poluidor hídrico, atmosférico e de
de forma a possibilitar tanto os empreendimentos, como sua solo;
aquisição, considerando-se também os aspectos sociais da
matéria; e
IV - na delimitação das áreas destinadas à habitação popular,
atendendo aos seguintes critérios mínimos:
VII - estabelecimento de parâmetros urbanísticos coerentes
com as peculiaridades físicas, econômicas e sociais do
a) dotação de infraestrutura básica, como água, energia
Município.
elétrica, esgoto e vias de acesso;

Art. 210 A execução da política habitacional será realizada por


b) situação acima da cota máxima das cheias; e
um órgão responsável do Município com a participação de
representantes de entidades e movimentos sociais, conforme
dispuser a lei, devendo: c) declividade inferior a 30% (trinta por cento);

I - elaborar um programa de construção de moradias V - na delimitação de áreas destinadas à implantação de


populares e saneamento básico; equipamentos para a educação, à saúde e ao lazer da
população;
II - avaliar o desenvolvimento de soluções tecnológicas e
formas alternativas para os programas habitacionais; VI - no estabelecimento de parâmetros mínimos e máximos
para parcelamento do solo urbano, que assegurem o seu
III - apoiar a construção de moradias populares realizadas adequado aperfeiçoamento, respeitando as necessidades
mínimas de conforto urbano; e
pelos próprios interessados, por regime de mutirão, por
cooperativas habitacionais e outras formas alternativas; e
VII - na delimitação de sítios arqueológicos, paleontológicos e
IV - estimular e apoiar o desenvolvimento de pesquisas de históricos que deverão ser preservados.
materiais e sistemas de construção alternativos e de
padronização de componentes, visando a garantir a qualidade Parágrafo Único. Na elaboração do Plano Diretor pelo órgão
e o barateamento da construção. técnico da administração municipal, é indispensável a
participação das entidades representativas do Município,
Art. 211 O Conselho Municipal de Habitação, de caráter devendo o projeto, quando de sua remessa à Câmara de
Vereadores, ser acompanhado das atas com as críticas,
deliberativo e de fiscalização, terá as seguintes funções,
subsídios e sugestões não acolhidas pelo Poder Público.
visando ao atendimento da função social da cidade:

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Art. 214 Aquele que possuir, como sua, área urbana de até Parágrafo Único. O Município estimulará a criação de
250 (duzentos e cinquenta) metros quadrados, por cinco anos, centrais de compras para abastecimento de microempresas,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua microprodutores rurais e empresas de pequeno porte.
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Art. 221 O Município desenvolverá uma política fiscal, com
incidência do imposto sobre a propriedade territorial urbana,
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão em forma progressiva em relação aos imóveis que, desviados
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, de sua destinação agrícola, venham a ser utilizados como
independentemente do estado civil. sítios de lazer.

§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor Art. 222 O Município, como incentivo ao desenvolvimento
mais de uma vez. agrícola, conservará e ampliará a rede de estradas vicinais, de
eletrificação e telefonia rurais.
Art. 215 Na desapropriação de imóveis pelo Município, tomar-
se-á como justo preço o valor-base para a incidência tributária. Capítulo III

Art. 216 Não serão concedidas licenças para construção de DA SAÚDE E SANEAMENTO BÁSICO
conjuntos residenciais, na forma estabelecida em lei
complementar, que não incluam, em seus projetos, prédios SEÇÃO I
para o funcionamento de escola pública de ensino
fundamental e creche, com capacidade para atender à
demanda criada. DA SAÚDE

Art. 217 O Plano Diretor, ao atender às peculiaridades locais, Art. 223 A saúde é direito de todos e dever do Estado,
deverá ainda: assegurada mediante políticas econômicas e ambientais que
visem à prevenção e/ou à eliminação do risco de doenças e
outros agravos, ao acesso universal e igualitário às ações e
I - estabelecer diretrizes para o desenvolvimento econômico e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
social, consideradas as potencialidades do Município e sua
inserção nos âmbitos regional e estadual;
Art. 224 Nos programas de saúde, desenvolvidos pelo
Município, serão prioritários:
II - estabelecer diretrizes de organização territorial e a
adequação entre a densidade e as formas de uso e ocupação
do solo e os serviços urbanos existentes ou passíveis de I - assistência materno-infantil e medicina preventiva com
implantação; ações que visem:

III - propor medidas administrativas e financeiras necessárias a) à assistência pré-natal assegurada à gestante;
à gestão do Município;
b) ao controle de crescimento e desenvolvimento da criança,
IV - definir os recursos necessários e a forma de sua dando ênfase à acuidade auditiva e visual; e
aplicação; e
c) à erradicação da cárie dentária e das doenças
V - apontar os instrumentos necessários à consecução das infectocontagiosas;
metas desejadas.
II - atendimento à saúde da criança, do adolescente e do
Parágrafo Único. O orçamento anual do Município deve estar idoso, com acompanhamento nos diferentes casos;
compatibilizado com as prioridades e metas estabelecidas no
Plano Diretor aprovado pela Comissão Popular de III - programas de prevenção e atendimento especializados
Fiscalização Permanente. aos portadores de deficiência física, mental e sensorial;

Art. 218 O Município, nos termos da lei, prestará assistência IV - programas de prevenção e atendimento especializado à
aos trabalhadores rurais, aos pequenos agricultores e a suas criança e ao adolescente dependente de fumo, álcool,
organizações. entorpecentes e drogas afins; e

Art. 219 O Município destinará, anualmente, como incentivo à V - atendimento à saúde do trabalhador.
produção agrícola de abastecimento e meio de promoção ao
trabalhador rural e à sua promoção técnica, valor
correspondente à parcela do imposto territorial rural a que tem Art. 225 O direito à saúde assegura o seguinte:
direito, nos termos da Constituição Federal.
a) trabalho em condições dignas, com amplo conhecimento e
Art. 220 O Município poderá implementar projetos de cinturão controle dos trabalhadores sobre o processo e ambiente de
verde para produção de alimentos, bem como estimulará as trabalho;
formas alternativas de venda do produto agrícola diretamente
aos consumidores urbanos, prioritariamente aos dos bairros b) alimentação para todos, segundo suas necessidades;
da periferia.

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c) moradia higiênica e digna; § 1º A decisão sobre a contratação de serviços privados cabe
ao órgão colegiado local do Sistema Único de Saúde (SUS).
d) educação e informação plenas;
§ 2º Quando um determinado serviço privado de saúde for
necessário para garantir a cobertura assistencial à população
e) qualidade adequada do meio ambiente;
e este se negar a ser contratado pelo setor público, ou a se
submeter às suas normas, o órgão colegiado local poderá
f) transporte seguro e acessível; decidir pela intervenção ou desapropriação.

g) repouso, lazer e segurança; Art. 229 O Município não destinará recursos públicos às
entidades privadas com fins lucrativos, sob forma de auxílio ou
h) participação da população na organização, gestão e subvenção, incentivos fiscais e creditícios.
controle dos serviços e ações de saúde;
Art. 230 O Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do
i) direito à liberdade, à livre organização e expressão; e Município, será financiado com recursos do orçamento da
Seguridade Social da União, do Estado e do Município, além
de outras fontes.
j) acesso universal e igualitário aos serviços setoriais em todos
os níveis.
§ 1º O volume mínimo de recursos destinados pelo Município
corresponderá, anualmente, a 10% (dez por cento) de sua
Art. 226 As ações e serviços de saúde, no âmbito do receita, computadas as transferências.
Município, integram uma rede regionalizada e hierarquizada,
constituindo o Sistema Único de Saúde, observadas as
seguintes diretrizes: § 2º Os recursos financeiros serão administrados pelo Fundo
Municipal de Saúde, subordinado ao planejamento e controle
do órgão colegiado local do Sistema Único de Saúde (SUS).
I - descentralização político-administrativa, com direção única
ao órgão colegiado local do Sistema Único de Saúde (SUS);
Art. 231 Ao Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do
Município, além de suas atribuições inerentes, incumbe, na
II - integralidade na prestação de ações preventivas, curativas forma da lei:
e reabilitadoras, adequadas às diversas realidades
epidemiológicas;
I - coordenar e integrar as ações municipais de saúde
individuais e coletivas;
III - universalização e equidade em todos os níveis de atenção
à saúde, à população urbana e rural;
II - elaborar, periodicamente, através do órgão colegiado local
e do Sistema Único de Saúde (SUS), as prioridades e
IV - participação popular; e estratégias de promoção e recuperação à saúde;

V - formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas de III - regulamentar, controlar e fiscalizar as ações e serviços de
saúde através do órgão colegiado do Sistema Único de Saúde saúde;
(SUS), com poder deliberativo e composto por representantes
das entidades governamentais e da sociedade civil
organizada, respeitadas as diretrizes do Regimento Interno do IV - controlar e fiscalizar qualquer atividade e serviço que
órgão. comportem risco à saúde, à segurança e ao bem-estar físico e
psíquico do indivíduo e da coletividade, bem como ao meio
ambiente;
Art. 227 Ficam criadas, no âmbito do Município, duas
instâncias colegiadas de caráter deliberativo, a Conferência e
o Conselho Municipal de Saúde. V - estimular a formação de consciência pública voltada à
preservação da saúde e do meio ambiente;

§ 1º A Conferência Municipal de Saúde, convocada pelo


Prefeito, com ampla representação da comunidade, objetiva VI - realizar a vigilância sanitária, epidemiológica, toxicológica,
avaliar a situação do Município e fixar as diretrizes da política farmacológica e promover estudos e pesquisas sobre a
de saúde. nosologia municipal;

§ 2º O Conselho Municipal de Saúde, com o objetivo de VII - assegurar, sistemática e periodicamente, informação e
formular e controlar a execução da política de saúde, inclusive divulgação de dados e resultados em saúde pública;
nos aspectos econômicos e financeiros, é composto pelo
Governo, representantes das entidades prestadoras de VIII - garantir a formação e funcionamento dos serviços
serviços de saúde, usuários e trabalhadores do Sistema Único públicos de saúde, inclusive hospitalares e ambulatoriais,
de Saúde (SUS), devendo a lei dispor sobre sua organização visando a atender às necessidades municipais;
e funcionamento.
IX - estabelecer normas, critérios e padrões de coleta,
Art. 228 As instituições privadas poderão participar, de forma processamento, armazenamento e transfusão de sangue
suplementar, do Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do humano e seus derivados, garantindo a qualidade desses
Município, mediante contrato de direito público ou convênio. produtos durante todo o processo, vedado qualquer tipo de

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comercialização, estimulando a consciência à doação, XVIII - criar um programa de saúde do trabalhador, com
garantindo informações e acompanhamento aos doadores; participação de profissionais da área da saúde e sindicatos de
trabalhadores, atuando especificamente no diagnóstico,
X - fomentar a pesquisa, o ensino, o aprimoramento científico identificação e combate de suas causas;
e promover o desenvolvimento de tecnologias direcionadas
para as ações e serviços de saúde; XIX - emitir alvarás a estabelecimentos industriais que possam
causar riscos à saúde do trabalhador ou da população. A
XI - elaborar plano municipal de promoção de recursos liberação do alvará só poderá ocorrer mediante parecer
técnico de avaliação do órgão público competente, a respeito
humanos e de desenvolvimento científico e tecnológico
do impacto sobre o meio ambiente e a saúde humana.
condizente com as necessidades de qualificação e ampliação
dos serviços públicos de saúde;
Art. 232 O gerenciamento dos serviços de saúde deve seguir
XII - ordenar e participar da formação de recursos humanos, critérios de compromisso com o seu caráter público e com a
eficácia no seu desempenho.
caracterizando todo serviço público de saúde como espaço
para as instituições públicas de ensino desenvolverem suas
funções de formação de recursos humanos e de pesquisa; § 1º A avaliação será feita pelo órgão colegiado municipal do
Sistema Único de Saúde (SUS).
XIII - organizar a distribuição de insumos farmacêuticos,
medicamentos e correlatos imunobiológicos, produtos § 2º Os gestores do Sistema Único de Saúde, no âmbito do
biotecnológicos e químicos essenciais às ações de saúde, Município, em seus diversos níveis, não podem ter acúmulo
materiais de acondicionamento e embalagem, equipamentos e de emprego com o setor privado contratado.
outros meios de preservação, tratamento e diagnóstico,
priorizando o atendimento de necessidades locais; Art. 233 As pessoas que detêm poder de decisão sobre
atividades que produzem riscos individuais, coletivos ou
XIV - em complementação à atividade federal e estadual, ambientais serão responsabilizados civil e criminalmente pelos
estabelecer legislação complementar referente a critérios, danos à saúde.
normas, padrões de controle e fiscalização dos procedimentos
relativos: Art. 234 O Município promoverá:

a) à remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para I - formação de consciência sanitária individual nas primeiras
fins de transplante, pesquisa ou tratamento, vedada a sua
idades, através do ensino primário;
comercialização;

II - serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a


b) ao transporte, armazenamento, manuseio e destino final de
União e o Estado, bem como as iniciativas particulares e
produtos tóxicos e radioativos e de equipamentos que usam
filantrópicas;
material radioativo ou geram radiação ionizante; e

III - combate às moléstias específicas, contagiosas e


c) ao sangue e hemoderivados;
infectocontagiosas;

XV - desenvolver ações específicas de prevenção de


IV - combate ao uso do tóxico; e
deficiências, bem como de recuperação e habilitação dos
portadores de deficiência física e/ou mental;
V - serviços de assistência à maternidade e à infância.
XVI - propiciar recursos educacionais e científicos que
assegurem o exercício do direito ao planejamento familiar, Parágrafo Único. Compete ao Município suplementar, se
fornecendo tecnologia e métodos de contracepção, cabendo à necessário, as legislações federal e estadual que disponham
rede pública, pelo seu corpo clínico, prestar todo atendimento sobre a regulamentação, fiscalização e controle das ações e
técnico à saúde, inclusive para a prática do aborto, nos casos serviços de saúde.
previstos em lei;
Art. 235 Caberá ao Município, através da Secretaria da
XVII - colaborar com a proteção do meio ambiente, inclusive o Saúde, incentivar e criar centros de doações de órgãos.
do trabalho, e atuar em relação ao processo produtivo,
garantindo: SEÇÃO II

a) medidas que visem à eliminação de riscos de acidentes, DO SANEAMENTO BÁSICO


doenças profissionais e do trabalho, que ordenem o processo
produtivo, de modo a garantir a saúde e a vida do trabalhador;
e Art. 236 O saneamento básico é serviço público essencial,
constituindo-se em dever do Município sua progressiva
extensão à população, como condição fundamental da
b) informação aos trabalhadores a respeito de atividades que qualidade de vida, proteção ambiental e desenvolvimento
comportem riscos à saúde, dos métodos para controlá-los e social.
dos resultados das avaliações realizadas;

§ 1º O saneamento básico compreende captação, tratamento


e distribuição de água potável, coleta, tratamento e

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distribuição final de esgotos cloacais e lixo, bem como municipal, observando as especificidades locais de cada
drenagem urbana. unidade pertencente ao seu sistema.

§ 2º A lei disporá sobre o controle, fiscalização, Parágrafo Único. Ao fixar suas diretrizes e bases, o Município
processamento e a destinação do lixo, dos resíduos urbanos, deverá observar a legislação federal.
industriais, de saúde e assemelhados, devendo o Município
adotar, sempre que possível, a reciclagem como forma Art. 240 O Município ministrará, prioritariamente, o Ensino
preferencial de destino final.
Fundamental e a Educação Infantil, na perspectiva da
Educação Inclusiva, respeitando as exigências da
§ 3º A prestação de serviços de captação, tratamento e obrigatoriedade e gratuidade, com recursos próprios e/ou
distribuição de água, coleta, tratamento e distribuição de subsidiados pelo Estado e pela União.
esgotos cloacais serão prestados exclusivamente pelo Poder
Público Municipal, vedada outorga de permissão e concessão, § 1º O ensino municipal será ministrado, respeitando-se as leis
bem como privatização.
vigentes que fixam as diretrizes e bases para a Educação
Básica e em consonância com a legislação do Sistema
§ 4º O Município somente receberá, em seu território, os Municipal de Ensino.
resíduos dos serviços de saúde e os resíduos sólidos urbanos
provenientes de outros municípios mediante autorização § 2º O Município ofertará o ensino fundamental na modalidade
legislativa. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica
da Educação de Jovens e Adultos, com características
nº 11/2009)
específicas as suas necessidades e disponibilidades.

Capítulo IV
§ 3º Os alunos com necessidades educacionais especiais,
matriculados na rede regular de ensino municipal, receberão,
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER em caráter complementar e/ou suplementar, atendimento
educacional especializado.
SEÇÃO I
Art. 241 É dever do Município, visando à melhoria da
DA EDUCAÇÃO qualidade da educação:

I - promover a valorização dos profissionais, assegurando-


Art. 237 A educação, dever da família e do Estado, inspirada
lhes, na forma da lei complementar:
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua a) plano de cargos e carreiras com vantagens próprias e
qualificação para o trabalho. isonomia salarial;

Art. 238 O ensino será ministrado com base nos seguintes b) piso salarial profissional;
princípios:
c) aperfeiçoamento profissional continuado; e
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
d) ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber; II - promover a democratização da escola pública através dos
seguintes mecanismos:
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
a) escolha da equipe diretiva na forma da lei;
IV - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
b) organização e fortalecimento dos Conselhos Escolares;
V - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
c) fortalecimento do Círculo de Pais e Mestres (COM); e
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da LDB e
da legislação do Sistema Municipal de Ensino (SME);
d) estímulo à organização de Grêmios Estudantis.

VII - garantia de padrão de qualidade;


Art. 242 Fica assegurado ao Município estabelecer o regime
de colaboração entre os entes federados com vistas ao
VIII - valorização da experiência extraescolar; e atendimento da Educação Básica.

IX - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as Art. 243 O Município destinará, anualmente, à educação
práticas sociais. parcela não inferior a 25% (vinte e cinco por cento) da receita
resultante dos impostos, incluídas as provenientes de
Art. 239 O Município, através do Sistema Municipal de Ensino, transferências.
tem autonomia para fixar as diretrizes e bases da educação

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Parágrafo Único. Nos recursos destinados à manutenção e § 1º O patrimônio cultural leopoldense será protegido por meio
ao desenvolvimento do ensino, compreendem-se aqueles de inventários, registros, vigilâncias, tombamentos,
relativos à Educação Básica, sendo prioridade a educação desapropriações e outras formas de acautelamento e
infantil e o ensino fundamental, nos termos da Lei nº 9394/96 preservação.
(LDB) e da legislação que rege o FUNDEB.
§ 2º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos
Art. 244 A Prefeitura Municipal encaminhará para apreciação na forma da lei.
do Legislativo a proposta do Plano Municipal de Educação,
elaborado pela Secretaria Municipal de Educação, com SEÇÃO III
participação do Conselho Municipal de Educação, respeitadas
as diretrizes e normas gerais estabelecidas pelos planos
nacional e estadual. DO ESPORTE E LAZER

Art. 245 A Educação Municipal desenvolverá temas Art. 250 Cabe ao Município apoiar e incrementar as práticas
transversais que objetivem a educação ambiental, a desportivas na comunidade, mediante:
consolidação dos Direitos Humanos, o respeito à diversidade
cultural, étnica, religiosa, política, sexual, de gênero e I - promoção prioritária do desporto educacional em termos de
geracional e de prevenção nas áreas da saúde e de recursos humanos, financeiros e materiais de suas atividades,
segurança. meio e fim;

Art. 246 O Município definirá formas de participação na II - dotação de instalações esportivas e recreativas para as
política de combate ao uso de entorpecentes, fumo, álcool, instituições escolares públicas municipais; e
bem como de outras substâncias, objetivando a educação
preventiva, assistência e recuperação dos dependentes, seja
de ordem física ou psíquica. III - incentivo à pesquisa no campo da Educação Física e
condições de seu exercício, do desporto, do lazer e da
recreação, com inclusão de pessoas com deficiência.
SEÇÃO II

Art. 251 O Município proporcionará meios de recreação sadia


DA CULTURA e construtiva à comunidade, mediante:

Art. 247 À Fundação Cultural compete: I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de parques,
bosques, jardins, praias e assemelhados, como base física da
I - realizar atividades de caráter educativo, cultural e artístico, recreação urbana;
promovendo, prioritariamente, manifestações de cultura
regionais; II - construção e equipamento de parques infantis, centros de
juventude e edifício de convivência comuna e
II - oferecer estímulos concretos ao cultivo das ciências, artes
e letras; III - aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas,
montanhas, lagos, matas e outros recursos naturais, como
III - cooperar com a União e o Estado na proteção aos locais e locais de passeio e distração.
objetos de interesse histórico e artístico;
Art. 252 Os servidores municipais de esporte e recreação
IV - incentivar a promoção e a divulgação da história, dos articular-se-ão entre si e com atividades culturais do
valores humanos e da cultura popular; e Município, visando à implantação e ao desenvolvimento do
turismo.
V - incentivar a criação de centros de cultura popular.
Capítulo V
Art. 248 É facultado à Fundação Cultural:
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO
JOVEM, DO IDOSO E DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA
I - firmar convênios de intercâmbio e cooperação financeira
FÍSICA
com entidades públicas ou privadas, para prestação de
orientação e assistência na manutenção de bibliotecas
públicas; Art. 253 O Município dispensará proteção especial à família,
proporcionando assistência à maternidade, à infância, à
adolescência, ao jovem, ao deficiente e ao idoso, podendo,
II - promover, mediante incentivos especiais, dentro de suas
para esse fim, realizar convênios, inclusive com entidades
possibilidades, a concessão de prêmios e bolsas à realização
assistenciais públicas ou privadas.
de atividades e estudos de interesse local, de natureza
científica ou socioeconômica.
Art. 254 O Município assegurará à criança, ao adolescente e
ao jovem, com prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à
Art. 249 É dever do Município, com a colaboração da
saúde, à moradia, à alimentação, ao lazer, à educação, à
comunidade, proteger a diversidade das expressões culturais,
proteção e profissionalização no trabalho, à cultura, à
reconhecendo a diversidade cultural como característica
liberdade e à convivência familiar e comunitária, ao resguardo
essencial da humanidade, que constitui patrimônio comum a
ser valorizado e cultivado por todos.

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de negligência, discriminação, exploração, violência, Parágrafo Único. Para assegurar a efetividade desse direito,
crueldade e opressão nos termos da Constituição Federal. o Município desenvolverá ações permanentes de proteção,
restauração e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe,
§ 1º À criança, ao adolescente, ao deficiente e ao jovem que primordialmente:
necessitarem, serão assegurados pelo Município:
I - prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão em
I - assistência jurídica, através de seus órgãos; qualquer de suas formas;

II - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais,


II - assistência técnico-financeira;
obras e monumentos artísticos, históricos e naturais, e
promover a manutenção das espécies e ecossistemas, sendo
III - atendimento na forma da lei ordinária; e proibida a caça, definindo-se em lei os espaços territoriais a
serem preservados;
IV - garantia de acesso à escola.
III - promover a educação ambiental nas escolas municipais e
§ 2º O Município estabelecerá um sistema de políticas a conscientização pública para a proteção do meio ambiente;
públicas de juventude através de plano municipal de juventude
decenal e o Conselho Municipal da Juventude na forma da IV - definir critérios ecológicos em todos os níveis do
Lei. planejamento político, social e econômico; e

Art. 255 O Município criará mecanismos para o atendimento V - promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua
de adolescentes menores de 18 (dezoito) anos que incorrerem vocação quanto à capacidade de uso.
em prática de ato infracional, conforme o estabelecido na
Constituição Federal e respectiva lei ordinária.
Art. 260 Na formulação de sua política energética, o Município
dará prioridade:
Art. 256 Fica assegurada a criação e a organização do
Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente e
I - à conservação de energia e à geração de formas de
do Conselho Municipal de Defesa do Idoso, com atribuições a
energia não poluidoras;
serem definidas em lei complementar. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 1/1990)
II - ao uso de pequenas quedas d`água, seja pela geração de
Capítulo VI energia, seja para aproveitamento da água para fim domiciliar,
agrícola ou industrial;

DO MEIO AMBIENTE
III - à maximização do aproveitamento das reservas
disponíveis; e
Art. 257 É dever do Poder Público elaborar e implantar,
através de lei, um plano municipal de meio ambiente e
IV - à redução e controle da poluição ambiental.
recursos naturais que contemplará a necessidade do
conhecimento das características e recursos dos meios físicos
e biológicos, de diagnóstico de sua utilização e definição de Art. 261 A implantação de distritos ou polos industriais, carbo
diretrizes para o seu melhor aproveitamento no processo de ou petroquímicos, bem como empreendimentos definidos em
desenvolvimento econômico-social. lei que possam alterar significativa ou irreversivelmente uma
região ou a vida da comunidade, dependerá de aprovação da
Art. 258 É competência do Município, além da prevista na Câmara de Vereadores e de plebiscito popular.
Constituição Federal e ressalvada a do Estado:
Art. 262 A implantação, no Município, de instalações
I - exercer o poder de polícia administrativa nas matérias de industriais para a produção de energia nuclear dependerá de
consulta plebiscitária, bem como do atendimento às condições
interesse local, tais como proteção à saúde, aí incluídas a
ambientais e urbanísticas exigidas em lei estadual e federal.
vigilância e a fiscalização sanitárias, a proteção ao meio
ambiente, ao sossego, à higiene e à funcionalidade, bem
como dispor sobre as penalidades por infração às leis e Art. 263 É vedado, em todo o território municipal, o transporte,
regulamentos locais; e depósito ou qualquer outra forma de disposição de resíduos
que tenham sua origem na utilização de energia nuclear e de
II - promover a proteção ambiental, preservando os recursos e resíduos tóxicos ou radioativos, quando provenientes de
outros Estados ou Países.
coibindo práticas que ponham em risco a função ecológica da
fauna e da flora e provoquem a extinção da espécie ou
submetam os animais à crueldade. Art. 264 É vedada a produção, o transporte, a comercialização
e uso de medicamentos, biocidas, agrotóxicos ou produtos
Art. 259 O meio ambiente é bem de uso comum do povo, e a químicos ou biológicos, cujo emprego tenha sido comprovado
como nocivo em qualquer parte do território nacional por
manutenção de seu equilíbrio é essencial à sadia qualidade de
razões toxicológicas, farmacológicas ou de degradação
vida.
ambiental.

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Art. 265 Nenhum local do Município poderá receber lixo ou terapêutico, cuja localização e especificações serão definidas
resíduos sólidos e semissólidos, a menos que esteja dentro em lei complementar.
das seguintes condições:
Art. 273 O Poder Público manterá, obrigatoriamente, o
I - será de solo estruturalmente sólido e permanente, não Conselho Municipal de Meio Ambiente, órgão colegiado,
sujeito a inundações, a desmoronamento ou a outros autônomo e deliberativo, composto, prioritariamente, por
fenômenos similares; representantes do Poder Público, entidades ambientalistas,
representantes da sociedade civil que, entre outras atribuições
II - não se situará à margem de rodovias ou estradas; definidas em lei, deverá:

I - analisar, aprovar ou vetar qualquer projeto público ou


III - o local estará a mais de 200 (duzentos) metros de arroios,
privado que implique impacto ambiental; e
vertentes, banhados, rios e outros cursos d`água;

II - solicitar, por 1/3 (um terço) de seus membros, referendo.


IV - o nível de água do lençol freático ficará, pelo menos, a 2
(dois) metros abaixo da superfície do terreno;
§ 1º Para o julgamento de projetos a que se refere o inciso I, o
V - os ventos predominantes deverão ser da cidade para o Conselho Municipal de Meio Ambiente realizará audiências
públicas obrigatórias, em que se ouvirão as entidades
local do terreno; e
interessadas, especialmente com representantes das
comunidades atingidas.
VI - o local deverá possuir material adequado para a cobertura
dos resíduos.
§ 2º As populações atingidas gravemente pelo impacto
ambiental dos projetos, referidos no inciso I, deverão ser
Art. 266 O Poder Público deverá dar adequado tratamento e consultadas obrigatoriamente através de referendo.
destino final aos resíduos sólidos e aos fluentes dos esgotos
de origem doméstica, exigindo o mesmo procedimento dos
Art. 274 Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
responsáveis pela produção de resíduos sólidos e fluentes
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a
industriais.
solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
Parágrafo Único. A definição do sistema de tratamento e da
localização do destino final dependerá de aprovação da
Art. 275 É obrigatória a recuperação da vegetação nativa nas
autoridade sanitária estadual.
áreas protegidas por lei, e todo proprietário que não respeitar
restrições ao desmatamento deverá recuperá-lo.
Art. 267 Os banhados e demais áreas de inundação natural
permanente ou periódica, localizados no Município e
Art. 276 São áreas de proteção permanente:
pertencentes à bacia hidrográfica do Rio dos Sinos, são
reservas ecológicas imunes a qualquer aterro e outras
atividades que causem impacto ambiental ou alterem suas I - os banhados;
condições físicas, químicas e biológicas naturais.
II - as áreas de proteção das nascentes dos rios;
Art. 268 Fica proibida qualquer obra que altere o leito ou que
danifique as margens e a vegetação dos arroios do Município. III - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da
flora, como aquelas que sirvam como local de pouso ou
Art. 269 As florestas, capões e matas, constituídas por reprodução de espécies migratórias;
árvores nativas, bem como toda a vegetação natural de seu
interior, existentes no Município, são consideradas bem de IV - as áreas estuarianas; e
interesse comum e declaradas de preservação permanente,
proibidos seu corte e destruição parcial ou total por qualquer
modo. V - as paisagens notáveis.

Art. 270 Ficam proibidos o corte e danificação de árvores ou Art. 277 As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente
arbustos situados nos logradouros públicos, jardins e parques sujeitarão os infratores a sanções administrativas com
públicos. aplicação de multas diárias, sendo progressivas nos casos de
continuidade da infração ou reincidência, incluídas redução do
nível de atividade e a interdição, independentemente da
Parágrafo Único. O corte dos galhos que tocam os fios da
obrigação dos infratores de restaurar os danos causados.
rede elétrica será feito pelo órgão responsável, respeitando-se
os critérios técnicos.
Art. 278 O não cumprimento do disposto neste capítulo
sujeitará o infrator às providências dispostas em lei federal
Art. 271 Toda área com indícios ou vestígios de sítios
que disponha sobre ação civil pública de responsabilidade por
paleontológicos e arqueológicos será preservada para fins
danos causados ao meio ambiente e prevê a formação de um
específicos de estudo.
fundo indenizatório, com o objetivo de recuperar o ambiente
natural agredido, além da "obrigação de fazer" e "obrigação de
Art. 272 É proibida a instalação de reatores nucleares, com não fazer".
exceção dos destinados à pesquisa científica e uso

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Capítulo VII § 1º A fiscalização municipal terá livre ingresso nas empresas.

DO TRANSPORTE § 2º A não observância do estabelecido no presente artigo,


bem como no precedente, implica a aplicação de multa
Art. 279 O transporte é direito fundamental do cidadão, sendo equivalente a 1/30 do faturamento bruto mensal da empresa;
em caso de reincidência, poderá haver intervenção municipal,
de responsabilidade do Poder Público municipal o
com a finalidade de adequar a empresa, em 45 (quarenta e
planejamento, o gerenciamento e a operação de vários modos
cinco) dias, às normas.
de transportes.

§ 3º No caso de nova reincidência, a permissão ou concessão


Parágrafo Único. Fica assegurada a participação das
será cassada.
entidades de representação técnica e social no planejamento
e operação dos transportes, bem como no acesso às
informações sobre o sistema de transporte, disciplinado na Art. 284 A lei instituirá o Sistema Municipal de Transporte
forma da lei. Público que disporá obrigatoriamente sobre:

Art. 280 O Poder Público deverá efetuar o planejamento e a I - o regime das empresas permissionárias dos serviços de
operação do sistema de transporte local. transporte coletivo, o caráter especial de seus contratos e de
sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
§ 1º O Executivo definirá, segundo critério do Plano Diretor, o fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
percurso e a frequência do transporte coletivo local.
II - os direitos dos usuários;
§ 2º A operação e a execução do sistema serão feitas de
forma direta ou por concessão ou permissão, nos termos da III - as diretrizes da política tarifária, condizente com o poder
presente Lei. aquisitivo da população;

Art. 281 A permissão do serviço público, sempre a título IV - os níveis mínimos quantitativos e qualitativos dos serviços
precário, será outorgada por decreto, após edital de prestados a serem assegurados; e
chamamento de interessados para a escolha do melhor
pretendente; a concessão só será feita com autorização V - as formas de participação comunitária na gestão do
legislativa, mediante contrato precedido de concorrência.
transporte coletivo, como estabelecido na presente Lei
Orgânica.
§ 1º Serão nulas, de pleno direito, as permissões, as
concessões, bem como quaisquer outros ajustes feitos em Capítulo VIII
desacordo com o estabelecido neste artigo.

DA SEGURANÇA PÚBLICA
§ 2º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre
sujeitos à regulamentação e fiscalização do Município,
incumbindo aos que o executam sua permanente atualização Art. 285 O Município manterá Guarda Municipal destinada à
e adequação às necessidades dos usuários. proteção de seus bens, serviços e instalações.

§ 3º O Município poderá retomar, sem indenização, os


serviços permitidos ou concedidos, desde que executados em
desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles
que se revelarem insuficientes para o atendimento dos
usuários.

§ 4º As concorrências para concessão do serviço público


deverão ser precedidas de ampla publicidade, inclusive em
jornais e rádios locais, mediante edital ou comunicado
resumido.

Art. 282 As empresas concessionárias ou permissionárias são


obrigadas a afixar, em cada lateral interna do ônibus, pelo
menos, um cartaz com o resumo das obrigações a que está
submetida, em virtude da concessão ou permissão, e das
penalidades no caso de sua inobservância.

Parágrafo Único. O órgão municipal competente estabelecerá


modelo e dimensões deste cartaz que conterá, em destaque,
o endereço e telefone para reclamações dos usuários.

Art. 283 As permissionárias ou concessionárias dos serviços


de transporte ficam obrigadas a observar a legislação
municipal sobre saúde e meio ambiente.

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PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO - Guarda Municipal

SUMÁRIO
01. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL______________________________
01
- Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos: Artigos: 5

02. LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA_____05

03. LEI FEDERAL Nº 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro___________________________45

04. LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003 - Estatuto do Idoso____________________________


101

05. LEI FEDERAL Nº 10.826, DE 22/12/2003 - Registro, posse e comercialização de armas de


fogo e munição________________________________________________________________ 114
06. LEI FEDERAL Nº 11.340, DE 07/08/2006 - Lei Maria da Penha__________________________
121
07. LEI FEDERAL Nº 12.288, DE 20/07/2010 - Estatuto Nacional da Igualdade Racial__________
127
08. ÉTICA EMPRESARIAL______________________________________________________________
135

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I. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:


- 1.1 Título I; 1.2 Título II; Capítulo I/ Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos: Artigos: 5

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das


CONSTITUIÇÃO FEDERAL comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
CAPÍTULO I estabelecer;
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos profissional;
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes: XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens;
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,
nos termos desta Constituição;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização,
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma desde que não frustrem outra reunião anteriormente
coisa senão em virtude de lei; convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio
aviso à autoridade competente;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
vedada a de caráter paramilitar;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao interferência estatal em seu funcionamento;
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
liturgias; permanecer associado;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de XXI - as entidades associativas, quando expressamente
assistência religiosa nas entidades civis e militares de autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
internação coletiva; judicial ou extrajudicialmente;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença XXII - é garantido o direito de propriedade;
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação
científica e de comunicação, independentemente de censura por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
ou licença; mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
dano material ou moral decorrente de sua violação; competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,
ou, durante o dia, por determinação judicial; desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora
para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade

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produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu b) o sigilo das votações;
desenvolvimento;
c) a soberania dos veredictos;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra
herdeiros pelo tempo que a lei fixar; a vida;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal;
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e
à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
atividades desportivas;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos


b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das direitos e liberdades fundamentais;
obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos
intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes,
do País; os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XXX - é garantido o direito de herança; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
a lei pessoal do "de cujus"; podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do patrimônio transferido;
consumidor;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,


XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos entre outras, as seguintes:
informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja a) privação ou restrição da liberdade;
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
b) perda de bens;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do
pagamento de taxas: c) multa;

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de d) prestação social alternativa;


direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
e) suspensão ou interdição de direitos;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
XLVII - não haverá penas:
pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos
lesão ou ameaça a direito; do art. 84, XIX;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico b) de caráter perpétuo;
perfeito e a coisa julgada;
c) de trabalhos forçados;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
d) de banimento;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
organização que lhe der a lei, assegurados: e) cruéis;

a) a plenitude de defesa;

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XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
apenado;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de
e moral; obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
possam permanecer com seus filhos durante o período de sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação
amamentação; em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime no exercício de atribuições do Poder Público;
político ou de opinião;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela por:
autoridade competente;
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal; b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e associados;
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
meios ilícitos; direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em


julgado de sentença penal condenatória; LXXII - conceder-se-á habeas data:

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública,


se esta não for intentada no prazo legal; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo
por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos


processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
social o exigirem; popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou
de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária custas judiciais e do ônus da sucumbência;
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário,
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na
sentença;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência
da família e de advogado; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
forma da lei:

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por


sua prisão ou por seu interrogatório policial; a) o registro civil de nascimento;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela b) a certidão de óbito;


autoridade judiciária;

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LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas
data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
cidadania.

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são


assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação.

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias


fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não


excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos


humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal


Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

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d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
ESTATUTO DA relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
CRIANÇA E ADOLESCENTE
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
(LEI Nº 8.069, DE 13/07/1990) violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências. Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins
sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.
Título I
Título II
Das Disposições Preliminares
Dos Direitos Fundamentais
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao
adolescente. Capítulo I

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a Do Direito à Vida e à Saúde
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade. Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida
e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e harmonioso, em condições dignas de existência.
vinte e um anos de idade.
o
Art. 8 É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos programas e às políticas de saúde da mulher e de
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada,
proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, do Sistema Único de Saúde.
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e
de dignidade. o
§ 1 O atendimento pré-natal será realizado por profissionais
da atenção primária.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se
a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de o
§ 2 Os profissionais de saúde de referência da gestante
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, direito de opção da mulher.
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição
que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em o
que vivem. § 3 Os serviços de saúde onde o parto for realizado
assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos
alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a apoio à amamentação.
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à o
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à § 4 Incumbe ao poder público proporcionar assistência
liberdade e à convivência familiar e comunitária. psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal,
inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
o o
§ 5 A assistência referida no § 4 deste artigo deverá ser
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer prestada também a gestantes e mães que manifestem
circunstâncias; interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
gestantes e mães que se encontrem em situação de privação
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de de liberdade.
relevância pública;
o
§ 6 A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
c) preferência na formulação e na execução das políticas acompanhante de sua preferência durante o período do pré-
sociais públicas; natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

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5 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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o
§ 7 A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento equidade no acesso a ações e serviços para promoção,
materno, alimentação complementar saudável e crescimento e proteção e recuperação da saúde.
desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer
a criação de vínculos afetivos e de estimular o o
§ 1 A criança e o adolescente com deficiência serão
desenvolvimento integral da criança.
atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
o
§ 8 A gestante tem direito a acompanhamento saudável reabilitação.
durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso,
estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras o
§ 2 Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente,
intervenções cirúrgicas por motivos médicos.
àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e
outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento,
o
§ 9 A atenção primária à saúde fará a busca ativa da habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de
gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas
pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às necessidades específicas.
consultas pós-parto.
o
§ 3 Os profissionais que atuam no cuidado diário ou
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher frequente de crianças na primeira infância receberão formação
com filho na primeira infância que se encontrem sob custódia específica e permanente para a detecção de sinais de risco
em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda para o desenvolvimento psíquico, bem como para o
às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de acompanhamento que se fizer necessário.
Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o
sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde,
integral da criança.
inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores a permanência em tempo integral de um dos pais ou
propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, responsável, nos casos de internação de criança ou
inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de adolescente.
liberdade.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo
o
§ 1 Os profissionais das unidades primárias de saúde físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas, contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno sem prejuízo de outras providências legais.
e à alimentação complementar saudável, de forma contínua.
o
§ 1 As gestantes ou mães que manifestem interesse em
o
§ 2 Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente
deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e
coleta de leite humano. da Juventude.

o
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à § 2 Os serviços de saúde em suas diferentes portas de
saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: entrada, os serviços de assistência social em seu componente
especializado, o Centro de Referência Especializado de
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de
Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão
prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na
faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua de violência de qualquer natureza, formulando projeto
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se
prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade necessário, acompanhamento domiciliar.
administrativa competente;
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica assistência médica e odontológica para a prevenção das
de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil,
como prestar orientação aos pais; e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e
alunos.
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem
o
necessariamente as intercorrências do parto e do § 1 É obrigatória a vacinação das crianças nos casos
desenvolvimento do neonato; recomendados pelas autoridades sanitárias.

o
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a § 2 O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde
permanência junto à mãe. bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal,
integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança.
voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio
do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da

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o
§ 3 A atenção odontológica à criança terá função educativa a) sofrimento físico; ou
protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê
nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
b) lesão;
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida,
com orientações sobre saúde bucal.
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de
o tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:
§ 4 A criança com necessidade de cuidados odontológicos
especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde.
a) humilhe; ou
Capítulo II
b) ameace gravemente; ou
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
c) ridicularize.
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os
de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos responsáveis, os agentes públicos executores de medidas
e sociais garantidos na Constituição e nas leis. socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los
que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer
aspectos:
outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços de acordo com a gravidade do caso:
comunitários, ressalvadas as restrições legais;
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de
II - opinião e expressão; proteção à família;

III - crença e culto religioso; II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento


discriminação; especializado;

VI - participar da vida política, na forma da lei; V - advertência.

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão
aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da providências legais.
integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da Capítulo III
identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos
espaços e objetos pessoais. Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária

Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do


Seção I
adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Disposições Gerais
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, família substituta, assegurada a convivência familiar e
pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
pelos agentes públicos executores de medidas integral.
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de
cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. o
§ 1 Toda criança ou adolescente que estiver inserido em
programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em
relatório elaborado por equipe interprofissional ou
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva
multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o
possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família
adolescente que resulte em:
substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28
desta Lei.

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o
§ 2 A permanência da criança e do adolescente em programa Seção II
de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2
(dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao Da Família Natural
seu superior interesse, devidamente fundamentada pela
autoridade judiciária.
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada
o pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
§ 3 A manutenção ou a reintegração de criança ou
adolescente à sua família terá preferência em relação a
qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada
serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou
o
termos do § 1 do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. da unidade do casal, formada por parentes próximos com os
101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de
afinidade e afetividade.
o
§ 4 Será garantida a convivência da criança e do adolescente com
a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser
promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no
institucional, pela entidade responsável, independentemente de próprio termo de nascimento, por testamento, mediante
autorização judicial. escritura ou outro documento público, qualquer que seja a
origem da filiação.
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento,
ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar
filiação. descendentes.

Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito
condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser
legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária restrição, observado o segredo de Justiça.
competente para a solução da divergência.
Seção III
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no Da Família Substituta
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.
Subseção I
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm
direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados Disposições Gerais
no cuidado e na educação da criança, devendo ser
resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante
e culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação
nesta Lei. jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não o


§ 1 Sempre que possível, a criança ou o adolescente será
constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado
do poder familiar. seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre
as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente
o considerada.
§ 1 Não existindo outro motivo que por si só autorize a
decretação da medida, a criança ou o adolescente será
mantido em sua família de origem, a qual deverá o
§ 2 Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será
obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais necessário seu consentimento, colhido em audiência.
de proteção, apoio e promoção.
o
o
§ 3 Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de
§ 2 A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de
destituição do poder familiar, exceto na hipótese de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida.
condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão,
contra o próprio filho ou filha. o
§ 4 Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela
ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a
Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão comprovada existência de risco de abuso ou outra situação
decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos que justifique plenamente a excepcionalidade de solução
casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o
descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que rompimento definitivo dos vínculos fraternais.
alude o art. 22.
o
§ 5 A colocação da criança ou adolescente em família
substituta será precedida de sua preparação gradativa e
acompanhamento posterior, realizados pela equipe

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o
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da § 4 Salvo expressa e fundamentada determinação em
Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a
responsáveis pela execução da política municipal de garantia medida for aplicada em preparação para adoção, o
do direito à convivência familiar. deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros
não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim
o
§ 6 Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do
proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é
Ministério Público.
ainda obrigatório:

Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência


I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social
jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a
e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas
forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do
instituições, desde que não sejam incompatíveis com os
convívio familiar.
direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela
Constituição Federal;
o
§ 1 A inclusão da criança ou adolescente em programas de
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento
institucional, observado, em qualquer caso, o caráter
sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia;
temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.

III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal o o


§ 2 Na hipótese do § 1 deste artigo a pessoa ou casal
responsável pela política indigenista, no caso de crianças e
cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá
adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe
receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado
interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.
o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.

Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a o


§ 3 A União apoiará a implementação de serviços de
pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com
acolhimento em família acolhedora como política pública, os
a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar
quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento
adequado.
temporário de crianças e de adolescentes em residências de
famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não
Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá estejam no cadastro de adoção.
transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a
entidades governamentais ou não-governamentais, sem o
§ 4 Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais,
autorização judicial.
distritais e municipais para a manutenção dos serviços de
acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui de recursos para a própria família acolhedora.
medida excepcional, somente admissível na modalidade de
adoção.
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo,
mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério
Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável Público.
prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o
encargo, mediante termo nos autos.
Subseção III

Subseção II
Da Tutela

Da Guarda
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa
de até 18 (dezoito) anos incompletos.
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material,
moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia
seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica
pais.
necessariamente o dever de guarda.

§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato,


Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer
podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
documento autêntico, conforme previsto no parágrafo único do
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por o
art. 1.729 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
estrangeiros.
Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da
sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a
de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou 170 desta Lei.
suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser
deferido o direito de representação para a prática de atos
Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão observados
determinados.
os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente
sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de última vontade, se restar comprovado que a medida é
dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em
previdenciários. melhores condições de assumi-la.

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Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24. Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais
vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
Subseção IV
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e
Da Adoção saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o
pupilo ou o curatelado.

Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á


Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do
segundo o disposto nesta Lei.
representante legal do adotando.
o
§ 1 A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança
deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
sido destituídos do poder familiar.
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.

o § 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de


§ 2 É vedada a adoção por procuração.
idade, será também necessário o seu consentimento.

Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito


Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência
anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade
tutela dos adotantes.
judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso.

Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com o


§ 1 O estágio de convivência poderá ser dispensado se o
os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo
durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
os impedimentos matrimoniais.
conveniência da constituição do vínculo.

§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, o


§ 2 A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a
mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge
dispensa da realização do estágio de convivência.
ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
o
§ 3 Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus
domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido
descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e
no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias.
colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação
hereditária.
o
§ 4 O estágio de convivência será acompanhado pela equipe
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
independentemente do estado civil.
responsáveis pela execução da política de garantia do direito
à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do acerca da conveniência do deferimento da medida.
adotando.
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial,
o
§ 2 Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes que será inscrita no registro civil mediante mandado do qual
sejam casados civilmente ou mantenham união estável, não se fornecerá certidão.
comprovada a estabilidade da família.
§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais,
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais bem como o nome de seus ascendentes.
velho do que o adotando.
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o
o
§ 4 Os divorciados, os judicialmente separados e os ex- registro original do adotado.
companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que
acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o o
§ 3 A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do
no Cartório do Registro Civil do Município de sua residência.
período de convivência e que seja comprovada a existência de
vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor
o
da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. § 4 Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá
constar nas certidões do registro.
o o
§ 5 Nos casos do § 4 deste artigo, desde que demonstrado
o
efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda § 5 A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a
compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do
o
n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. prenome.

o o
§ 6 A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após § 6 Caso a modificação de prenome seja requerida pelo
inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o
o o
do procedimento, antes de prolatada a sentença. disposto nos §§ 1 e 2 do art. 28 desta Lei.

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o o
§ 7 A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em § 7 As autoridades estaduais e federais em matéria de
julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista adoção terão acesso integral aos cadastros, incumbindo-lhes
o
no § 6 do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa a troca de informações e a cooperação mútua, para melhoria
à data do óbito. do sistema.

o o
§ 8 O processo relativo à adoção assim como outros a ele § 8 A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48
relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se seu (quarenta e oito) horas, a inscrição das crianças e
armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida adolescentes em condições de serem adotados que não
a sua conservação para consulta a qualquer tempo. tiveram colocação familiar na comarca de origem, e das
pessoas ou casais que tiveram deferida sua habilitação à
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no §
o
5 deste artigo, sob pena de responsabilidade.
em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência
ou com doença crônica.
o
§ 9 Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem manutenção e correta alimentação dos cadastros, com
posterior comunicação à Autoridade Central Federal
biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no
Brasileira.
qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após
completar 18 (dezoito) anos.
§ 10. A adoção internacional somente será deferida se, após
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá consulta ao cadastro de pessoas ou casais habilitados à
adoção, mantido pela Justiça da Infância e da Juventude na
ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos,
comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional
a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e o
referidos no § 5 deste artigo, não for encontrado interessado
psicológica.
com residência permanente no Brasil.

Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder


§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado
familiar dos pais naturais.
em sua adoção, a criança ou o adolescente, sempre que
possível e recomendável, será colocado sob guarda de família
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou cadastrada em programa de acolhimento familiar.
foro regional, um registro de crianças e adolescentes em
condições de serem adotados e outro de pessoas
§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa dos
interessadas na adoção.
postulantes à adoção serão fiscalizadas pelo Ministério
Público.
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta
aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério Público.
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de
candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não nos termos desta Lei quando:
satisfazer os requisitos legais, ou verificada qualquer das
hipóteses previstas no art. 29.
I - se tratar de pedido de adoção unilateral;
o
§ 3 A inscrição de postulantes à adoção será precedida de
II - for formulada por parente com o qual a criança ou
um período de preparação psicossocial e jurídica, orientado
adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade;
pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude,
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela
execução da política municipal de garantia do direito à III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal
convivência familiar. de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o
lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços
o
§ 4 Sempre que possível e recomendável, a preparação de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência
o de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou
referida no § 3 deste artigo incluirá o contato com crianças e
238 desta Lei.
adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em
condições de serem adotados, a ser realizado sob a
orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos candidato deverá comprovar, no curso do procedimento, que
responsáveis pelo programa de acolhimento e pela execução preenche os requisitos necessários à adoção, conforme
da política municipal de garantia do direito à convivência previsto nesta Lei.
familiar.
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual a
o
§ 5 Serão criados e implementados cadastros estaduais e pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado fora do
nacional de crianças e adolescentes em condições de serem Brasil, conforme previsto no Artigo 2 da Convenção de Haia,
adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção. de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à
Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, aprovada
o
o
§ 6 Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais pelo Decreto Legislativo n 1, de 14 de janeiro de 1999, e
o
promulgada pelo Decreto n 3.087, de 21 de junho de 1999.
residentes fora do País, que somente serão consultados na
inexistência de postulantes nacionais habilitados nos
o
cadastros mencionados no § 5 deste artigo.

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o
§ 1 A adoção internacional de criança ou adolescente nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes à
brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando medida dos requisitos objetivos e subjetivos necessários ao
restar comprovado: seu deferimento, tanto à luz do que dispõe esta Lei como da
legislação do país de acolhida, será expedido laudo de
I - que a colocação em família substituta é a solução habilitação à adoção internacional, que terá validade por, no
máximo, 1 (um) ano;
adequada ao caso concreto;

VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será


II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação
autorizado a formalizar pedido de adoção perante o Juízo da
da criança ou adolescente em família substituta brasileira,
Infância e da Juventude do local em que se encontra a criança
após consulta aos cadastros mencionados no art. 50 desta
ou adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade
Lei;
Central Estadual.

III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi o


§ 1 Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar,
consultado, por meios adequados ao seu estágio de
admite-se que os pedidos de habilitação à adoção
desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida,
internacional sejam intermediados por organismos
mediante parecer elaborado por equipe interprofissional,
o o credenciados.
observado o disposto nos §§ 1 e 2 do art. 28 desta Lei.
o
o § 2 Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o
§ 2 Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos
credenciamento de organismos nacionais e estrangeiros
estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou
encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção
adolescente brasileiro.
internacional, com posterior comunicação às Autoridades
Centrais Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de
o
§ 3 A adoção internacional pressupõe a intervenção das imprensa e em sítio próprio da internet.
Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de
adoção internacional. o
§ 3 Somente será admissível o credenciamento de
organismos que:
Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento
previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as seguintes
I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de
adaptações:
Haia e estejam devidamente credenciados pela Autoridade
Central do país onde estiverem sediados e no país de
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar acolhida do adotando para atuar em adoção internacional no
criança ou adolescente brasileiro, deverá formular pedido de Brasil;
habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria
de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido
II - satisfizerem as condições de integridade moral,
aquele onde está situada sua residência habitual;
competência profissional, experiência e responsabilidade
exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central
II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar que Federal Brasileira;
os solicitantes estão habilitados e aptos para adotar, emitirá
um relatório que contenha informações sobre a identidade, a
III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua formação
capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para adotar,
e experiência para atuar na área de adoção internacional;
sua situação pessoal, familiar e médica, seu meio social, os
motivos que os animam e sua aptidão para assumir uma
adoção internacional; IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento
jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela
III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o Autoridade Central Federal Brasileira.
relatório à Autoridade Central Estadual, com cópia para a
o
Autoridade Central Federal Brasileira; § 4 Os organismos credenciados deverão ainda:

IV - o relatório será instruído com toda a documentação I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e
necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes do
equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela
legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de ; Autoridade Central Federal Brasileira;

V - os documentos em língua estrangeira serão devidamente II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e de
autenticados pela autoridade consular, observados os tratados reconhecida idoneidade moral, com comprovada formação ou
e convenções internacionais, e acompanhados da respectiva experiência para atuar na área de adoção internacional,
tradução, por tradutor público juramentado; cadastradas pelo Departamento de Polícia Federal e
aprovadas pela Autoridade Central Federal Brasileira,
VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e mediante publicação de portaria do órgão federal competente;
solicitar complementação sobre o estudo psicossocial do
postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de III - estar submetidos à supervisão das autoridades
acolhida; competentes do país onde estiverem sediados e no país de
acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e
VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central situação financeira;
Estadual, a compatibilidade da legislação estrangeira com a

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IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a cada § 14. É vedado o contato direto de representantes de
ano, relatório geral das atividades desenvolvidas, bem como organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, com
relatório de acompanhamento das adoções internacionais dirigentes de programas de acolhimento institucional ou
efetuadas no período, cuja cópia será encaminhada ao familiar, assim como com crianças e adolescentes em
Departamento de Polícia Federal; condições de serem adotados, sem a devida autorização
judicial.
V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridade
Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar ou
Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O envio do suspender a concessão de novos credenciamentos sempre
relatório será mantido até a juntada de cópia autenticada do que julgar necessário, mediante ato administrativo
registro civil, estabelecendo a cidadania do país de acolhida fundamentado.
para o adotado;
Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e
VI - tomar as medidas necessárias para garantir que os descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de
adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos
Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento de adoção internacional a organismos nacionais ou a pessoas
estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes físicas.
sejam concedidos.
Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser
o o
§ 5 A não apresentação dos relatórios referidos no § 4 deste efetuados via Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente
artigo pelo organismo credenciado poderá acarretar a e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Conselho de
suspensão de seu credenciamento. Direitos da Criança e do Adolescente.

o
§ 6 O credenciamento de organismo nacional ou estrangeiro Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em
encarregado de intermediar pedidos de adoção internacional país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de
terá validade de 2 (dois) anos. adoção tenha sido processado em conformidade com a
legislação vigente no país de residência e atendido o disposto
o
§ 7 A renovação do credenciamento poderá ser concedida na Alínea “c” do Artigo 17 da referida Convenção, será
automaticamente recepcionada com o reingresso no Brasil.
mediante requerimento protocolado na Autoridade Central
Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao término
o
do respectivo prazo de validade. § 1 Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do
Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença ser
o
§ 8 Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
adoção internacional, não será permitida a saída do adotando
o
do território nacional. § 2 O pretendente brasileiro residente no exterior em país
não ratificante da Convenção de Haia, uma vez reingressado
o
§ 9 Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença
estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça.
determinará a expedição de alvará com autorização de
viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando,
obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o
adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços país de acolhida, a decisão da autoridade competente do país
peculiares, assim como foto recente e a aposição da de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela
impressão digital do seu polegar direito, instruindo o Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de
documento com cópia autenticada da decisão e certidão de habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à
trânsito em julgado. Autoridade Central Federal e determinará as providências
necessárias à expedição do Certificado de Naturalização
§ 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a Provisório.
qualquer momento, solicitar informações sobre a situação das
o
crianças e adolescentes adotados. § 1 A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério
Público, somente deixará de reconhecer os efeitos daquela
§ 11. A cobrança de valores por parte dos organismos decisão se restar demonstrado que a adoção é
manifestamente contrária à ordem pública ou não atende ao
credenciados, que sejam considerados abusivos pela
interesse superior da criança ou do adolescente.
Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam
devidamente comprovados, é causa de seu
o
descredenciamento. § 2 Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista
o
no § 1 deste artigo, o Ministério Público deverá
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser imediatamente requerer o que for de direito para resguardar
os interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se
representados por mais de uma entidade credenciada para
as providências à Autoridade Central Estadual, que fará a
atuar na cooperação em adoção internacional.
comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à
Autoridade Central do país de origem.
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado
fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano, podendo
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o
ser renovada.
país de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no país
de origem porque a sua legislação a delega ao país de
acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a

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criança ou o adolescente ser oriundo de país que não tenha § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no
aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos
as regras da adoção nacional. pais ou responsável, pela freqüência à escola.

Capítulo IV Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular


seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo
para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
assegurando-se-lhes:
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na esgotados os recursos escolares;
escola;
III - elevados níveis de repetência.
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo,
às instâncias escolares superiores; metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental
IV - direito de organização e participação em entidades obrigatório.
estudantis;
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da
criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da
residência.
criação e o acesso às fontes de cultura.

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter


Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União,
ciência do processo pedagógico, bem como participar da
estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços
definição das propostas educacionais.
para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas
para a infância e a juventude.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente:
Capítulo V

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os


Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
que a ele não tiveram acesso na idade própria;

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze


II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao
anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
ensino médio;

Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada


III - atendimento educacional especializado aos portadores de
por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-


IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a
profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da
seis anos de idade;
legislação de educação em vigor.

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e


Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos
da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
seguintes princípios:

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições


I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino
do adolescente trabalhador;
regular;

VII - atendimento no ensino fundamental, através de


II - atividade compatível com o desenvolvimento do
programas suplementares de material didático-escolar,
adolescente;
transporte, alimentação e assistência à saúde.

III - horário especial para o exercício das atividades.


§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
subjetivo.
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder assegurada bolsa de aprendizagem.
público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da
autoridade competente.

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Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são degradante e difundir formas não violentas de educação de
assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. crianças e de adolescentes, tendo como principais ações:

Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado I - a promoção de campanhas educativas permanentes para a
trabalho protegido. divulgação do direito da criança e do adolescente de serem
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de
proteção aos direitos humanos;
familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em
entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho: II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente e com as entidades não governamentais que
as cinco horas do dia seguinte;
atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança
e do adolescente;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
III - a formação continuada e a capacitação dos profissionais
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu de saúde, educação e assistência social e dos demais
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos
direitos da criança e do adolescente para o desenvolvimento
IV - realizado em horários e locais que não permitam a das competências necessárias à prevenção, à identificação de
freqüência à escola. evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as
formas de violência contra a criança e o adolescente;

Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho


educativo, sob responsabilidade de entidade governamental IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de
ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar conflitos que envolvam violência contra a criança e o
ao adolescente que dele participe condições de capacitação adolescente;
para o exercício de atividade regular remunerada.
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em garantir os direitos da criança e do adolescente, desde a
que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e
pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto responsáveis com o objetivo de promover a informação, a
produtivo. reflexão, o debate e a orientação sobre alternativas ao uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no
processo educativo;
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho
efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu
trabalho não desfigura o caráter educativo. VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a
articulação de ações e a elaboração de planos de atuação
conjunta focados nas famílias em situação de violência, com
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à participação de profissionais de saúde, de assistência social e
proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre de educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa dos
outros: direitos da criança e do adolescente.

I - respeito à condição peculiar de pessoa em Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes
desenvolvimento; com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e
políticas públicas de prevenção e proteção.
II - capacitação profissional adequada ao mercado de
trabalho. Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas
áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, devem contar,
Título III em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-
tratos praticados contra crianças e adolescentes.
Da Prevenção

Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela


Capítulo I comunicação de que trata este artigo, as pessoas
encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério,
Disposições Gerais profissão ou ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de
crianças e adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o
injustificado retardamento ou omissão, culposos ou dolosos.
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou
violação dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação,
cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em
Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração desenvolvimento.
de políticas públicas e na execução de ações destinadas a
coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou

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Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público
prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias,
adotados. legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco,
armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e
Art. 73. A inobservância das normas de prevenção importará sociais da pessoa e da família.
em responsabilidade da pessoa física ou jurídica, nos termos
desta Lei. Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que explorem
comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de
Capítulo II jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ainda que
eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a
entrada e a permanência de crianças e adolescentes no local,
Da Prevenção Especial afixando aviso para orientação do público.

Seção I Seção II

Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Dos Produtos e Serviços


Espetáculos
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
Art. 74. O poder público, através do órgão competente,
regulará as diversões e espetáculos públicos, informando
I - armas, munições e explosivos;
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se
mostre inadequada. II - bebidas alcoólicas;

Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e III - produtos cujos componentes possam causar dependência
espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de fácil física ou psíquica ainda que por utilização indevida;
acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada
sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo
no certificado de classificação.
seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer
dano físico em caso de utilização indevida;
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões
e espetáculos públicos classificados como adequados à sua V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
faixa etária.

VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.


Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente
poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação
ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável. Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente
em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo
se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão,
no horário recomendado para o público infanto juvenil,
programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e Seção III
informativas.
Da Autorização para Viajar
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou
anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca
transmissão, apresentação ou exibição. onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem
expressa autorização judicial.
Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários de
empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de § 1º A autorização não será exigida quando:
programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou
locação em desacordo com a classificação atribuída pelo
órgão competente. a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança,
se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma
região metropolitana;
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão
exibir, no invólucro, informação sobre a natureza da obra e a
faixa etária a que se destinam. b) a criança estiver acompanhada:

Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser comprovado documentalmente o parentesco;
comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência
de seu conteúdo. 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe
ou responsável.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que
contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam
protegidas com embalagem opaca.

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§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:
responsável, conceder autorização válida por dois anos.
I - municipalização do atendimento;
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização
é dispensável, se a criança ou adolescente: II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos
direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; controladores das ações em todos os níveis, assegurada a
participação popular paritária por meio de organizações
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais;
expressamente pelo outro através de documento com firma
reconhecida. III - criação e manutenção de programas específicos,
observada a descentralização político-administrativa;
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma
criança ou adolescente nascido em território nacional poderá IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais
sair do País em companhia de estrangeiro residente ou vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança e
domiciliado no exterior. do adolescente;

PARTE ESPECIAL V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério


Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social,
Título I preferencialmente em um mesmo local, para efeito de
agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se
atribua autoria de ato infracional;
Da Política de Atendimento
VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério
Capítulo I Público, Defensoria, Conselho Tutelar e encarregados da
execução das políticas sociais básicas e de assistência social,
Disposições Gerais para efeito de agilização do atendimento de crianças e de
adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar
ou institucional, com vista na sua rápida reintegração à família
Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e do de origem ou, se tal solução se mostrar comprovadamente
adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de inviável, sua colocação em família substituta, em quaisquer
ações governamentais e não-governamentais, da União, dos das modalidades previstas no art. 28 desta Lei;
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
VII - mobilização da opinião pública para a indispensável
Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento: participação dos diversos segmentos da sociedade.

I - políticas sociais básicas; VIII - especialização e formação continuada dos profissionais


que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira
II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da criança
social de garantia de proteção social e de prevenção e e sobre desenvolvimento infantil;
redução de violações de direitos, seus agravamentos ou
reincidências; IX - formação profissional com abrangência dos diversos
direitos da criança e do adolescente que favoreça a
III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente
psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, e seu desenvolvimento integral;
exploração, abuso, crueldade e opressão;
X - realização e divulgação de pesquisas sobre
IV - serviço de identificação e localização de pais, desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência.
responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do
direitos da criança e do adolescente. adolescente é considerada de interesse público relevante e
não será remunerada.
VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o
período de afastamento do convívio familiar e a garantir o
efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças e
adolescentes;

VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de


guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio
familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças
maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas
de saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos.

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Capítulo II III - em se tratando de programas de acolhimento institucional
ou familiar, serão considerados os índices de sucesso na
Das Entidades de Atendimento reintegração familiar ou de adaptação à família substituta,
conforme o caso.

Seção I
Art. 91. As entidades não-governamentais somente poderão
funcionar depois de registradas no Conselho Municipal dos
Disposições Gerais Direitos da Criança e do Adolescente, o qual comunicará o
registro ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela respectiva localidade.
manutenção das próprias unidades, assim como pelo
o
planejamento e execução de programas de proteção e sócio- § 1 Será negado o registro à entidade que:
educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime
de:
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
I - orientação e apoio sócio-familiar;
b) não apresente plano de trabalho compatível com os
II - apoio sócio-educativo em meio aberto; princípios desta Lei;

III - colocação familiar; c) esteja irregularmente constituída;

IV - acolhimento institucional; d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas.

V - prestação de serviços à comunidade; e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e


deliberações relativas à modalidade de atendimento prestado
VI - liberdade assistida; expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente, em todos os níveis.

VII - semiliberdade; e o
§ 2 O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos,
cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
VIII - internação. Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de sua
o
renovação, observado o disposto no § 1 deste artigo.
o
§ 1 As entidades governamentais e não governamentais
deverão proceder à inscrição de seus programas, Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de
especificando os regimes de atendimento, na forma definida acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os
neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e seguintes princípios:
do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de
suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho
Tutelar e à autoridade judiciária. I - preservação dos vínculos familiares e promoção da
reintegração familiar;
o
§ 2 Os recursos destinados à implementação e manutenção
dos programas relacionados neste artigo serão previstos nas II - integração em família substituta, quando esgotados os
dotações orçamentárias dos órgãos públicos encarregados recursos de manutenção na família natural ou extensa;
das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, dentre
outros, observando-se o princípio da prioridade absoluta à III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
criança e ao adolescente preconizado pelo caput do art. 227
da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único do art.
o IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-
4 desta Lei.
educação;
o
§ 3 Os programas em execução serão reavaliados pelo
V - não desmembramento de grupos de irmãos;
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
no máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-se critérios para
renovação da autorização de funcionamento: VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras
entidades de crianças e adolescentes abrigados;
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem
como às resoluções relativas à modalidade de atendimento VII - participação na vida da comunidade local;
prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e
do Adolescente, em todos os níveis; VIII - preparação gradativa para o desligamento;

II - a qualidade e eficiência do trabalho desenvolvido,


IX - participação de pessoas da comunidade no processo
atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e
educativo.
pela Justiça da Infância e da Juventude;

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o
§ 1 O dirigente de entidade que desenvolve programa de II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de
acolhimento institucional é equiparado ao guardião, para todos restrição na decisão de internação;
os efeitos de direito.
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas
o
§ 2 Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas unidades e grupos reduzidos;
de acolhimento familiar ou institucional remeterão à autoridade
judiciária, no máximo a cada 6 (seis) meses, relatório IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e
circunstanciado acerca da situação de cada criança ou
dignidade ao adolescente;
adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação
o
prevista no § 1 do art. 19 desta Lei.
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da
o preservação dos vínculos familiares;
§ 3 Os entes federados, por intermédio dos Poderes
Executivo e Judiciário, promoverão conjuntamente a
permanente qualificação dos profissionais que atuam direta ou VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os
indiretamente em programas de acolhimento institucional e casos em que se mostre inviável ou impossível o reatamento
destinados à colocação familiar de crianças e adolescentes, dos vínculos familiares;
incluindo membros do Poder Judiciário, Ministério Público e
Conselho Tutelar. VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os objetos
o
§ 4 Salvo determinação em contrário da autoridade judiciária necessários à higiene pessoal;
competente, as entidades que desenvolvem programas de
acolhimento familiar ou institucional, se necessário com o VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e
auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de assistência adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos;
social, estimularão o contato da criança ou adolescente com
seus pais e parentes, em cumprimento ao disposto nos incisos
I e VIII do caput deste artigo. IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, odontológicos e
farmacêuticos;
o
§ 5 As entidades que desenvolvem programas de
acolhimento familiar ou institucional somente poderão receber X - propiciar escolarização e profissionalização;
recursos públicos se comprovado o atendimento dos
princípios, exigências e finalidades desta Lei. XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;

o
§ 6 O descumprimento das disposições desta Lei pelo XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de
dirigente de entidade que desenvolva programas de acordo com suas crenças;
acolhimento familiar ou institucional é causa de sua
destituição, sem prejuízo da apuração de sua
responsabilidade administrativa, civil e criminal. XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;

o
§ 7 Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo
em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à máximo de seis meses, dando ciência dos resultados à
atuação de educadores de referência estáveis e autoridade competente;
qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao
atendimento das necessidades básicas, incluindo as de afeto XV - informar, periodicamente, o adolescente internado sobre
como prioritárias. sua situação processual;

Art. 93. As entidades que mantenham programa de XVI - comunicar às autoridades competentes todos os casos
acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e de adolescentes portadores de moléstias infecto-contagiosas;
de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia
determinação da autoridade competente, fazendo
comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos
da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade. adolescentes;

Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade XVIII - manter programas destinados ao apoio e
judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o acompanhamento de egressos;
apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas
necessárias para promover a imediata reintegração familiar da XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício da
criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não for cidadania àqueles que não os tiverem;
isso possível ou recomendável, para seu encaminhamento a
programa de acolhimento familiar, institucional ou a família
o XX - manter arquivo de anotações onde constem data e
substituta, observado o disposto no § 2 do art. 101 desta Lei.
circunstâncias do atendimento, nome do adolescente, seus
pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade,
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de acompanhamento da sua formação, relação de seus
internação têm as seguintes obrigações, entre outras: pertences e demais dados que possibilitem sua identificação e
a individualização do atendimento.
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os
adolescentes;

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19 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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o
§ 1 Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes caracterizado o descumprimento dos princípios norteadores
deste artigo às entidades que mantêm programas de das atividades de proteção específica.
acolhimento institucional e familiar.
Título II
§ 2º No cumprimento das obrigações a que alude este artigo
as entidades utilizarão preferencialmente os recursos da Das Medidas de Proteção
comunidade.

Capítulo I
Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que abriguem
ou recepcionem crianças e adolescentes, ainda que em
caráter temporário, devem ter, em seus quadros, profissionais Disposições Gerais
capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou ocorrências de maus-tratos. Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente
são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei
Seção II forem ameaçados ou violados:

Da Fiscalização das Entidades I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

Art. 95. As entidades governamentais e não-governamentais II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo
Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares. III - em razão de sua conduta.

Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de contas Capítulo II


serão apresentados ao estado ou ao município, conforme a
origem das dotações orçamentárias.
Das Medidas Específicas de Proteção
Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendimento
que descumprirem obrigação constante do art. 94, sem Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser
prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas
ou prepostos: a qualquer tempo.

I - às entidades governamentais: Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as


necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem
ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
a) advertência;

Parágrafo único. São também princípios que regem a


b) afastamento provisório de seus dirigentes; aplicação das medidas:

c) afastamento definitivo de seus dirigentes; I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de


direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos direitos
d) fechamento de unidade ou interdição de programa. previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição
Federal;
II - às entidades não-governamentais:
II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação
de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada à
a) advertência;
proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças e
adolescentes são titulares;
b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas;
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a
c) interdição de unidades ou suspensão de programa; plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a
adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo
nos casos por esta expressamente ressalvados, é de
d) cassação do registro.
responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de
governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e
o
§ 1 Em caso de reiteradas infrações cometidas por entidades da possibilidade da execução de programas por entidades não
de atendimento, que coloquem em risco os direitos governamentais;
assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao
Ministério Público ou representado perante autoridade
IV - interesse superior da criança e do adolescente: a
judiciária competente para as providências cabíveis, inclusive
intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e
suspensão das atividades ou dissolução da entidade.
direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da
o
consideração que for devida a outros interesses legítimos no
§ 2 As pessoas jurídicas de direito público e as organizações âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso
não governamentais responderão pelos danos que seus concreto;
agentes causarem às crianças e aos adolescentes,

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V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da criança VII - acolhimento institucional;
e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela
intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada; VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;

VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades


IX - colocação em família substituta.
competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo
seja conhecida; o
§ 1 O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são
medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de
VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida
transição para reintegração familiar ou, não sendo esta
exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja
possível, para colocação em família substituta, não implicando
indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da
privação de liberdade.
criança e do adolescente;
o
§ 2 Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para
VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser a
proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das
necessária e adequada à situação de perigo em que a criança
providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento
ou o adolescente se encontram no momento em que a
da criança ou adolescente do convívio familiar é de
decisão é tomada;
competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na
deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha
IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser legítimo interesse, de procedimento judicial contencioso, no
efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício
com a criança e o adolescente; do contraditório e da ampla defesa.

o
X - prevalência da família: na promoção de direitos e na § 3 Crianças e adolescentes somente poderão ser
proteção da criança e do adolescente deve ser dada encaminhados às instituições que executam programas de
prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio de
sua família natural ou extensa ou, se isto não for possível, que uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária,
promovam a sua integração em família substituta; na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:

XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o adolescente, I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou
respeitado seu estágio de desenvolvimento e capacidade de de seu responsável, se conhecidos;
compreensão, seus pais ou responsável devem ser
informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, com
intervenção e da forma como esta se processa;
pontos de referência;

XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o


III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-
adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de
los sob sua guarda;
responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus
pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar
nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao convívio
de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada pela familiar.
autoridade judiciária competente, observado o disposto nos §§
o o
1 e 2 do art. 28 desta Lei. o
§ 4 Imediatamente após o acolhimento da criança ou do
adolescente, a entidade responsável pelo programa de
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano
98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, individual de atendimento, visando à reintegração familiar,
as seguintes medidas: ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada em
contrário de autoridade judiciária competente, caso em que
também deverá contemplar sua colocação em família
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo
substituta, observadas as regras e princípios desta Lei.
de responsabilidade;
o
§ 5 O plano individual será elaborado sob a responsabilidade
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
da equipe técnica do respectivo programa de atendimento e
levará em consideração a opinião da criança ou do
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável.
oficial de ensino fundamental;
o
§ 6 Constarão do plano individual, dentre outros:
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários
de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do I - os resultados da avaliação interdisciplinar;
adolescente;

II - os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; e


V - requisição de tratamento médico, psicológico ou
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
III - a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a
criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
esta vedada por expressa e fundamentada determinação

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21 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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o
judicial, as providências a serem tomadas para sua colocação § 3 Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado
em família substituta, sob direta supervisão da autoridade procedimento específico destinado à sua averiguação,
o
judiciária. conforme previsto pela Lei n 8.560, de 29 de dezembro de
1992.
o
§ 7 O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local
o o
mais próximo à residência dos pais ou do responsável e, como § 4 Nas hipóteses previstas no § 3 deste artigo, é
parte do processo de reintegração familiar, sempre que dispensável o ajuizamento de ação de investigação de
identificada a necessidade, a família de origem será incluída paternidade pelo Ministério Público se, após o não
em programas oficiais de orientação, de apoio e de promoção comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a
social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para
ou com o adolescente acolhido. adoção.

o o
§ 8 Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o § 5 Os registros e certidões necessários à inclusão, a
responsável pelo programa de acolhimento familiar ou qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento
institucional fará imediata comunicação à autoridade judiciária, são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de
que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) absoluta prioridade.
dias, decidindo em igual prazo.
o
§ 6 São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação requerida
o
§ 9 Em sendo constatada a impossibilidade de reintegração do reconhecimento de paternidade no assento de nascimento
da criança ou do adolescente à família de origem, após seu e a certidão correspondente.
encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de
orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório Título III
fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a
descrição pormenorizada das providências tomadas e a
expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade Da Prática de Ato Infracional
ou responsáveis pela execução da política municipal de
garantia do direito à convivência familiar, para a destituição do Capítulo I
poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.

Disposições Gerais
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de
30 (trinta) dias para o ingresso com a ação de destituição do
poder familiar, salvo se entender necessária a realização de Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como
estudos complementares ou outras providências que entender crime ou contravenção penal.
indispensáveis ao ajuizamento da demanda.
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
foro regional, um cadastro contendo informações atualizadas
sobre as crianças e adolescentes em regime de acolhimento Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser
familiar e institucional sob sua responsabilidade, com considerada a idade do adolescente à data do fato.
informações pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada
um, bem como as providências tomadas para sua
reintegração familiar ou colocação em família substituta, em Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
qualquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. corresponderão as medidas previstas no art. 101.

§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Capítulo II


Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os
Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Dos Direitos Individuais
Adolescente e da Assistência Social, aos quais incumbe
deliberar sobre a implementação de políticas públicas que
permitam reduzir o número de crianças e adolescentes Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade
afastados do convívio familiar e abreviar o período de senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e
permanência em programa de acolhimento. fundamentada da autoridade judiciária competente.

Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação
serão acompanhadas da regularização do registro civil. dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado
acerca de seus direitos.

§ 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de


nascimento da criança ou adolescente será feito à vista dos Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde
elementos disponíveis, mediante requisição da autoridade se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à
judiciária. autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou
à pessoa por ele indicada.

§ 2º Os registros e certidões necessários à regularização de


que trata este artigo são isentos de multas, custas e Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de
emolumentos, gozando de absoluta prioridade. responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.

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22 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser VI - internação em estabelecimento educacional;
determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e
basear-se em indícios suficientes de autoria e materialidade, § 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua
demonstrada a necessidade imperiosa da medida.
capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da
infração.
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será
submetido a identificação compulsória pelos órgãos policiais, § 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida
de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação,
a prestação de trabalho forçado.
havendo dúvida fundada.

§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência


Capítulo III
mental receberão tratamento individual e especializado, em
local adequado às suas condições.
Das Garantias Processuais
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade 100.
sem o devido processo legal.
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as VI do art. 112 pressupõe a existência de provas suficientes da
seguintes garantias: autoria e da materialidade da infração, ressalvada a hipótese
de remissão, nos termos do art. 127.
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato
infracional, mediante citação ou meio equivalente; Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre
que houver prova da materialidade e indícios suficientes da
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se autoria.
com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas
necessárias à sua defesa; Seção II

III - defesa técnica por advogado; Da Advertência

IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal,
na forma da lei; que será reduzida a termo e assinada.

V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade Seção III


competente;
Da Obrigação de Reparar o Dano
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável
em qualquer fase do procedimento. Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos
patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso,
Capítulo IV que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento
do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima.
Das Medidas Sócio-Educativas
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a
Seção I medida poderá ser substituída por outra adequada.

Seção IV
Disposições Gerais

Da Prestação de Serviços à Comunidade


Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade
competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes
medidas: Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período
I - advertência; não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais,
hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem
como em programas comunitários ou governamentais.
II - obrigação de reparar o dano;
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as
III - prestação de serviços à comunidade; aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante
jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados,
IV - liberdade assistida; domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não
prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal de
trabalho.
V - inserção em regime de semi-liberdade;

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Seção V § 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua
manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada,
Da Liberdade Assistida no máximo a cada seis meses.

§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação


Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se
excederá a três anos.
afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar,
auxiliar e orientar o adolescente.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-
liberdade ou de liberdade assistida.
acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por
entidade ou programa de atendimento.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de idade.
seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada,
revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, § 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de
o Ministério Público e o defensor. autorização judicial, ouvido o Ministério Público.

o o
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão § 7 A determinação judicial mencionada no § 1 poderá ser
da autoridade competente, a realização dos seguintes revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.
encargos, entre outros:
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada
I - promover socialmente o adolescente e sua família, quando:
fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em
programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social; I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave
ameaça ou violência a pessoa;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do
adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula; II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;

III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente


III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida
e de sua inserção no mercado de trabalho;
anteriormente imposta.

IV - apresentar relatório do caso. o


§ 1 O prazo de internação na hipótese do inciso III deste
artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser
Seção VI decretada judicialmente após o devido processo legal.

Do Regime de Semi-liberdade § 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação,


havendo outra medida adequada.
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado
desde o início, ou como forma de transição para o meio Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade
aberto, possibilitada a realização de atividades externas, exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele
independentemente de autorização judicial. destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por
critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização,
devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive
existentes na comunidade. provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas.

§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade,
no que couber, as disposições relativas à internação. entre outros, os seguintes:

Seção VII I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do


Ministério Público;
Da Internação
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade;
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade,
sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e III - avistar-se reservadamente com seu defensor;
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
IV - ser informado de sua situação processual, sempre que
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a solicitada;
critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa
determinação judicial em contrário. V - ser tratado com respeito e dignidade;

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24 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser
mais próxima ao domicílio de seus pais ou responsável; revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido
expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente; Ministério Público.

Título IV
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;

Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável


IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio
pessoal;
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e
salubridade; I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
comunitários de proteção, apoio e promoção da família;
XI - receber escolarização e profissionalização;
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;


XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;

IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;


XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e
desde que assim o deseje;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de freqüência e aproveitamento escolar;
local seguro para guardá-los, recebendo comprovante
daqueles porventura depositados em poder da entidade; VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a
tratamento especializado;
XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos
pessoais indispensáveis à vida em sociedade. VII - advertência;

§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. VIII - perda da guarda;

§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender IX - destituição da tutela;


temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se
existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade X - suspensão ou destituição do poder familiar.
aos interesses do adolescente.

Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos


Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e
incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts.
mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas
23 e 24.
adequadas de contenção e segurança.

Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou


Capítulo V
abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a
autoridade judiciária poderá determinar, como medida
Da Remissão cautelar, o afastamento do agressor da moradia comum.

Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a
apuração de ato infracional, o representante do Ministério fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança
Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão ou o adolescente dependentes do agressor. (Incluído pela Lei
do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do nº 12.415, de 2011)
fato, ao contexto social, bem como à personalidade do
adolescente e sua maior ou menor participação no ato Título V
infracional.

Do Conselho Tutelar
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da
remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou
extinção do processo. Capítulo I

Art. 127. A remissão não implica necessariamente o Disposições Gerais


reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem
prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e
eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de
em lei, exceto a colocação em regime de semi-liberdade e a zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
internação. adolescente, definidos nesta Lei.

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Art. 132. Em cada Município e em cada Região b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) descumprimento injustificado de suas deliberações.
Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que
população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1
constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da
(uma) recondução, mediante novo processo de escolha.
criança ou adolescente;

Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar,


V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua
serão exigidos os seguintes requisitos:
competência;

I - reconhecida idoneidade moral;


VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade
judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
II - idade superior a vinte e um anos; adolescente autor de ato infracional;

III - residir no município. VII - expedir notificações;

Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança
horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive ou adolescente quando necessário;
quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é
assegurado o direito a: IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
proposta orçamentária para planos e programas de
I - cobertura previdenciária; atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a
terço) do valor da remuneração mensal; violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
Constituição Federal;
III - licença-maternidade;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de
IV - licença-paternidade; perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as
possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente
junto à família natural.
V - gratificação natalina.
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e adolescentes.
formação continuada dos conselheiros tutelares.
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do
constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
de idoneidade moral. Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal
entendimento e as providências tomadas para a orientação, o
Capítulo II apoio e a promoção social da família.

Das Atribuições do Conselho Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão
ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha
legítimo interesse.
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
Capítulo III
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101,
I a VII; Da Competência

II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de
medidas previstas no art. 129, I a VII; competência constante do art. 147.

III - promover a execução de suas decisões, podendo para Capítulo IV


tanto:
Da Escolha dos Conselheiros
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação,
serviço social, previdência, trabalho e segurança; Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e
realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos

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26 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e
Ministério Público. administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes
a que se atribua autoria de ato infracional.
o
§ 1 O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar
ocorrerá em data unificada em todo o território nacional a cada Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não
4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se
ano subsequente ao da eleição presidencial. fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco,
residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome.
o
§ 2 A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de
janeiro do ano subsequente ao processo de escolha. Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a que se
refere o artigo anterior somente será deferida pela autoridade
o
§ 3 No processo de escolha dos membros do Conselho judiciária competente, se demonstrado o interesse e justificada
a finalidade.
Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou
entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer
natureza, inclusive brindes de pequeno valor. Capítulo II

Capítulo V Da Justiça da Infância e da Juventude

Dos Impedimentos Seção I

Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido Disposições Gerais
e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou
nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas
padrasto ou madrasta e enteado.
especializadas e exclusivas da infância e da juventude,
cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro, proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infra-
na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões.
representante do Ministério Público com atuação na Justiça da
Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro Seção II
regional ou distrital.

Do Juiz
Título VI

Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da


Do Acesso à Justiça
Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce essa função, na
forma da lei de organização judiciária local.
Capítulo I
Art. 147. A competência será determinada:
Disposições Gerais
I - pelo domicílio dos pais ou responsável;
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente
à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à
Judiciário, por qualquer de seus órgãos.
falta dos pais ou responsável.

§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que


§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a
dela necessitarem, através de defensor público ou advogado
autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as
nomeado.
regras de conexão, continência e prevenção.

§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância


§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à
e da Juventude são isentas de custas e emolumentos,
autoridade competente da residência dos pais ou responsável,
ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.
ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou
adolescente.
Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão representados
e os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anos § 3º Em caso de infração cometida através de transmissão
assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da
simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma
legislação civil ou processual.
comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a
autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou
Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador rede, tendo a sentença eficácia para todas as transmissoras
especial à criança ou adolescente, sempre que os interesses ou retransmissoras do respectivo estado.
destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou
quando carecer de representação ou assistência legal ainda
que eventual.

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27 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente c) boate ou congêneres;
para:
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério
Público, para apuração de ato infracional atribuído a
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
adolescente, aplicando as medidas cabíveis;

II - a participação de criança e adolescente em:


II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou
extinção do processo;
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
b) certames de beleza.
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses
individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao § 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade
adolescente, observado o disposto no art. 209; judiciária levará em conta, dentre outros fatores:

V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em a) os princípios desta Lei;


entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis;
b) as peculiaridades locais;
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações
contra norma de proteção à criança ou adolescente; c) a existência de instalações adequadas;

VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, d) o tipo de freqüência habitual ao local;
aplicando as medidas cabíveis.

e) a adequação do ambiente a eventual participação ou


Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente freqüência de crianças e adolescentes;
nas hipóteses do art. 98, é também competente a Justiça da
Infância e da Juventude para o fim de:
f) a natureza do espetáculo.
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo
deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as
b) conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda determinações de caráter geral.
ou modificação da tutela ou guarda;

Seção III
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;

Dos Serviços Auxiliares


d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou
materna, em relação ao exercício do poder familiar;
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua
proposta orçamentária, prever recursos para manutenção de
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da
faltarem os pais; Infância e da Juventude.

f) designar curador especial em casos de apresentação de Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras
queixa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local,
ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou
adolescente; verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver
trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento,
g) conhecer de ações de alimentos; prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à
autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do
ponto de vista técnico.
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento
dos registros de nascimento e óbito.
Capítulo III
Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através
de portaria, ou autorizar, mediante alvará: Dos Procedimentos

I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, Seção I


desacompanhado dos pais ou responsável, em:
Disposições Gerais
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se
b) bailes ou promoções dançantes; subsidiariamente as normas gerais previstas na legislação
processual pertinente.

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28 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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Parágrafo único. É assegurada, sob pena de Parágrafo único. Na hipótese de requerido privado de
responsabilidade, prioridade absoluta na tramitação dos liberdade, o oficial de justiça deverá perguntar, no momento
processos e procedimentos previstos nesta Lei, assim como da citação pessoal, se deseja que lhe seja nomeado defensor.
na execução dos atos e diligências judiciais a eles referentes.
Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária requisitará
Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não corresponder de qualquer repartição ou órgão público a apresentação de
a procedimento previsto nesta ou em outra lei, a autoridade documento que interesse à causa, de ofício ou a requerimento
judiciária poderá investigar os fatos e ordenar de ofício as das partes ou do Ministério Público.
providências necessárias, ouvido o Ministério Público.
Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a autoridade
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para o judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público, por cinco
fim de afastamento da criança ou do adolescente de sua dias, salvo quando este for o requerente, decidindo em igual
família de origem e em outros procedimentos prazo.
necessariamente contenciosos.
o
§ 1 A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento das
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214. partes ou do Ministério Público, determinará a realização de
estudo social ou perícia por equipe interprofissional ou
Seção II multidisciplinar, bem como a oitiva de testemunhas que
comprovem a presença de uma das causas de suspensão ou
destituição do poder familiar previstas nos arts. 1.637 e 1.638
o
Da Perda e da Suspensão do Poder Familiar da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou
no art. 24 desta Lei.

o
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão § 2 Em sendo os pais oriundos de comunidades indígenas, é
do poder familiar terá início por provocação do Ministério ainda obrigatória a intervenção, junto à equipe profissional ou
o
Público ou de quem tenha legítimo interesse. multidisciplinar referida no § 1 deste artigo, de representantes
do órgão federal responsável pela política indigenista,
o
Art. 156. A petição inicial indicará: observado o disposto no § 6 do art. 28 desta Lei.

o
I - a autoridade judiciária a que for dirigida; § 3 Se o pedido importar em modificação de guarda, será
obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da criança
ou adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do grau de compreensão sobre as implicações da medida.
requerente e do requerido, dispensada a qualificação em se
tratando de pedido formulado por representante do Ministério o
Público; § 4 É obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem
identificados e estiverem em local conhecido.

III - a exposição sumária do fato e o pedido; o


§ 5 Se o pai ou a mãe estiverem privados de liberdade, a
autoridade judicial requisitará sua apresentação para a oitiva.
IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo,
o rol de testemunhas e documentos.
Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária dará
vista dos autos ao Ministério Público, por cinco dias, salvo
Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade quando este for o requerente, designando, desde logo,
judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a suspensão audiência de instrução e julgamento.
do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o julgamento
definitivo da causa, ficando a criança ou adolescente confiado
a pessoa idônea, mediante termo de responsabilidade. § 1º A requerimento de qualquer das partes, do Ministério
Público, ou de ofício, a autoridade judiciária poderá determinar
a realização de estudo social ou, se possível, de perícia por
Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias, equipe interprofissional.
oferecer resposta escrita, indicando as provas a serem
produzidas e oferecendo desde logo o rol de testemunhas e
documentos. § 2º Na audiência, presentes as partes e o Ministério Público,
serão ouvidas as testemunhas, colhendo-se oralmente o
o
parecer técnico, salvo quando apresentado por escrito,
§ 1 A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido e
meios para sua realização. o Ministério Público, pelo tempo de vinte minutos cada um,
prorrogável por mais dez. A decisão será proferida na
o audiência, podendo a autoridade judiciária, excepcionalmente,
§ 2 O requerido privado de liberdade deverá ser citado
pessoalmente. designar data para sua leitura no prazo máximo de cinco dias.

Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de constituir Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento
advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, será de 120 (cento e vinte) dias.
poderá requerer, em cartório, que lhe seja nomeado dativo, ao
qual incumbirá a apresentação de resposta, contando-se o Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a
prazo a partir da intimação do despacho de nomeação. suspensão do poder familiar será averbada à margem do
registro de nascimento da criança ou do adolescente.

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29 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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o
Seção III § 5 O consentimento é retratável até a data da publicação da
sentença constitutiva da adoção.
Da Destituição da Tutela
o
§ 6 O consentimento somente terá valor se for dado após o
Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o nascimento da criança.
procedimento para a remoção de tutor previsto na lei
o
processual civil e, no que couber, o disposto na seção § 7 A família substituta receberá a devida orientação por
anterior. intermédio de equipe técnica interprofissional a serviço do
Poder Judiciário, preferencialmente com apoio dos técnicos
Seção IV responsáveis pela execução da política municipal de garantia
do direito à convivência familiar.

Da Colocação em Família Substituta


Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento
das partes ou do Ministério Público, determinará a realização
Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de de estudo social ou, se possível, perícia por equipe
colocação em família substituta: interprofissional, decidindo sobre a concessão de guarda
provisória, bem como, no caso de adoção, sobre o estágio de
I - qualificação completa do requerente e de seu eventual convivência.
cônjuge, ou companheiro, com expressa anuência deste;
Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda provisória
II - indicação de eventual parentesco do requerente e de seu ou do estágio de convivência, a criança ou o adolescente será
cônjuge, ou companheiro, com a criança ou adolescente, entregue ao interessado, mediante termo de responsabilidade.
especificando se tem ou não parente vivo;
Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial, e
III - qualificação completa da criança ou adolescente e de seus ouvida, sempre que possível, a criança ou o adolescente, dar-
pais, se conhecidos; se-á vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de cinco
dias, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.

IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento,


anexando, se possível, uma cópia da respectiva certidão; Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a
perda ou a suspensão do poder familiar constituir pressuposto
lógico da medida principal de colocação em família substituta,
V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou será observado o procedimento contraditório previsto nas
rendimentos relativos à criança ou ao adolescente. Seções II e III deste Capítulo.

Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda poderá
também os requisitos específicos. ser decretada nos mesmos autos do procedimento, observado
o disposto no art. 35.
Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos
ou suspensos do poder familiar, ou houverem aderido Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o
expressamente ao pedido de colocação em família substituta, disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no art. 47.
este poderá ser formulado diretamente em cartório, em
petição assinada pelos próprios requerentes, dispensada a
assistência de advogado. Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob
a guarda de pessoa inscrita em programa de acolhimento
o
familiar será comunicada pela autoridade judiciária à entidade
§ 1 Na hipótese de concordância dos pais, esses serão por este responsável no prazo máximo de 5 (cinco) dias.
ouvidos pela autoridade judiciária e pelo representante do
Ministério Público, tomando-se por termo as declarações.
Seção V
o
§ 2 O consentimento dos titulares do poder familiar será
precedido de orientações e esclarecimentos prestados pela Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente
equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude,
em especial, no caso de adoção, sobre a irrevogabilidade da Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem
medida. judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária.

o
§ 3 O consentimento dos titulares do poder familiar será Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato
colhido pela autoridade judiciária competente em audiência, infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade
presente o Ministério Público, garantida a livre manifestação policial competente.
de vontade e esgotados os esforços para manutenção da
criança ou do adolescente na família natural ou extensa.
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada
para atendimento de adolescente e em se tratando de ato
o
§ 4 O consentimento prestado por escrito não terá validade infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a
o
se não for ratificado na audiência a que se refere o § 3 deste atribuição da repartição especializada, que, após as
artigo. providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o
adulto à repartição policial própria.

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Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais
mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade ou responsável, vítima e testemunhas.
policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo
único, e 107, deverá: Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o
representante do Ministério Público notificará os pais ou
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o responsável para apresentação do adolescente, podendo
adolescente; requisitar o concurso das polícias civil e militar.

II - apreender o produto e os instrumentos da infração; Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo
anterior, o representante do Ministério Público poderá:
III - requisitar os exames ou perícias necessários à
comprovação da materialidade e autoria da infração. I - promover o arquivamento dos autos;

Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a II - conceder a remissão;


lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de
ocorrência circunstanciada. III - representar à autoridade judiciária para aplicação de
medida sócio-educativa.
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o
adolescente será prontamente liberado pela autoridade Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou concedida a
policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua
remissão pelo representante do Ministério Público, mediante
apresentação ao representante do Ministério Público, no
termo fundamentado, que conterá o resumo dos fatos, os
mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato,
autos serão conclusos à autoridade judiciária para
exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua
homologação.
repercussão social, deva o adolescente permanecer sob
internação para garantia de sua segurança pessoal ou
manutenção da ordem pública. § 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a autoridade
judiciária determinará, conforme o caso, o cumprimento da
medida.
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial
encaminhará, desde logo, o adolescente ao representante do
Ministério Público, juntamente com cópia do auto de § 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos
apreensão ou boletim de ocorrência. autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho
fundamentado, e este oferecerá representação, designará
outro membro do Ministério Público para apresentá-la, ou
§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade
ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então estará a
policial encaminhará o adolescente à entidade de
autoridade judiciária obrigada a homologar.
atendimento, que fará a apresentação ao representante do
Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.
Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do Ministério
Público não promover o arquivamento ou conceder a
§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de
remissão, oferecerá representação à autoridade judiciária,
atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade policial.
propondo a instauração de procedimento para aplicação da
À falta de repartição policial especializada, o adolescente
medida sócio-educativa que se afigurar a mais adequada.
aguardará a apresentação em dependência separada da
destinada a maiores, não podendo, em qualquer hipótese,
exceder o prazo referido no parágrafo anterior. § 1º A representação será oferecida por petição, que conterá o
breve resumo dos fatos e a classificação do ato infracional e,
quando necessário, o rol de testemunhas, podendo ser
Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial
deduzida oralmente, em sessão diária instalada pela
encaminhará imediatamente ao representante do Ministério
autoridade judiciária.
Público cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.

§ 2º A representação independe de prova pré-constituída da


Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios
autoria e materialidade.
de participação de adolescente na prática de ato infracional, a
autoridade policial encaminhará ao representante do Ministério
Público relatório das investigações e demais documentos. Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão
do procedimento, estando o adolescente internado
provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato
infracional não poderá ser conduzido ou transportado em
compartimento fechado de veículo policial, em condições Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade judiciária
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua designará audiência de apresentação do adolescente,
integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade. decidindo, desde logo, sobre a decretação ou manutenção da
internação, observado o disposto no art. 108 e parágrafo.
Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do
Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de § 1º O adolescente e seus pais ou responsável serão
apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, cientificados do teor da representação, e notificados a
devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação comparecer à audiência, acompanhados de advogado.
sobre os antecedentes do adolescente, procederá imediata e

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§ 2º Se os pais ou responsável não forem localizados, a I - estar provada a inexistência do fato;
autoridade judiciária dará curador especial ao adolescente.
II - não haver prova da existência do fato;
§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a autoridade
judiciária expedirá mandado de busca e apreensão, III - não constituir o fato ato infracional;
determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva
apresentação.
IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o
ato infracional.
§ 4º Estando o adolescente internado, será requisitada a sua
apresentação, sem prejuízo da notificação dos pais ou
responsável. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o
adolescente internado, será imediatamente colocado em
liberdade.
Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade
judiciária, não poderá ser cumprida em estabelecimento
prisional. Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de
internação ou regime de semi-liberdade será feita:
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as características
definidas no art. 123, o adolescente deverá ser imediatamente I - ao adolescente e ao seu defensor;
transferido para a localidade mais próxima.
II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente responsável, sem prejuízo do defensor.
aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em
seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não § 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á
podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena unicamente na pessoa do defensor.
de responsabilidade.

§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente, deverá


Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou este manifestar se deseja ou não recorrer da sentença.
responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva dos
mesmos, podendo solicitar opinião de profissional qualificado.
Seção VI
§ 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a remissão,
ouvirá o representante do Ministério Público, proferindo Da Apuração de Irregularidades em Entidade de
decisão. Atendimento

§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em
internação ou colocação em regime de semi-liberdade, a entidade governamental e não-governamental terá início
autoridade judiciária, verificando que o adolescente não possui mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do
advogado constituído, nomeará defensor, designando, desde Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste,
logo, audiência em continuação, podendo determinar a necessariamente, resumo dos fatos.
realização de diligências e estudo do caso.
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a autoridade
§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no prazo judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o
de três dias contado da audiência de apresentação, oferecerá afastamento provisório do dirigente da entidade, mediante
defesa prévia e rol de testemunhas. decisão fundamentada.

§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de
arroladas na representação e na defesa prévia, cumpridas as dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar
diligências e juntado o relatório da equipe interprofissional, documentos e indicar as provas a produzir.
será dada a palavra ao representante do Ministério Público e
ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário,
para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da a autoridade judiciária designará audiência de instrução e
autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão. julgamento, intimando as partes.

Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não § 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério
comparecer, injustificadamente à audiência de apresentação, Público terão cinco dias para oferecer alegações finais,
a autoridade judiciária designará nova data, determinando sua decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
condução coercitiva.
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de
Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária
do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do oficiará à autoridade administrativa imediatamente superior ao
procedimento, antes da sentença. afastado, marcando prazo para a substituição.

Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida,


desde que reconheça na sentença:

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§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade Seção VIII
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o Da Habilitação de Pretendentes à Adoção
processo será extinto, sem julgamento de mérito.
Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil,
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da apresentarão petição inicial na qual conste:
entidade ou programa de atendimento.
I - qualificação completa;
Seção VII
II - dados familiares;
Da Apuração de Infração Administrativa às Normas de
Proteção à Criança e ao Adolescente
III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou
casamento, ou declaração relativa ao período de união
Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade estável;
administrativa por infração às normas de proteção à criança e
ao adolescente terá início por representação do Ministério IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de
Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração
Pessoas Físicas;
elaborado por servidor efetivo ou voluntário credenciado, e
assinado por duas testemunhas, se possível.
V - comprovante de renda e domicílio;
§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração,
poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a VI - atestados de sanidade física e mental;
natureza e as circunstâncias da infração.
VII - certidão de antecedentes criminais;
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-
á a lavratura do auto, certificando-se, em caso contrário, dos VIII - certidão negativa de distribuição cível.
motivos do retardamento.

Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e


Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para oito) horas, dará vista dos autos ao Ministério Público, que no
apresentação de defesa, contado da data da intimação, que prazo de 5 (cinco) dias poderá:
será feita:

I - apresentar quesitos a serem respondidos pela equipe


I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na interprofissional encarregada de elaborar o estudo técnico a
presença do requerido; que se refere o art. 197-C desta Lei;

II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado, II - requerer a designação de audiência para oitiva dos
que entregará cópia do auto ou da representação ao postulantes em juízo e testemunhas;
requerido, ou a seu representante legal, lavrando certidão;

III - requerer a juntada de documentos complementares e a


III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for realização de outras diligências que entender necessárias.
encontrado o requerido ou seu representante legal;

Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe


IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
sabido o paradeiro do requerido ou de seu representante Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que
legal. conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e o
preparo dos postulantes para o exercício de uma paternidade
Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a ou maternidade responsável, à luz dos requisitos e princípios
autoridade judiciária dará vista dos autos do Ministério desta Lei.
Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo.
o
§ 1 É obrigatória a participação dos postulantes em programa
Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária oferecido pela Justiça da Infância e da Juventude
procederá na conformidade do artigo anterior, ou, sendo preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela
necessário, designará audiência de instrução e julgamento. execução da política municipal de garantia do direito à
convivência familiar, que inclua preparação psicológica,
orientação e estímulo à adoção inter-racial, de crianças
Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão
maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas
sucessivamente o Ministério Público e o procurador do
de saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos.
requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um,
prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária,
o
que em seguida proferirá sentença. § 2 Sempre que possível e recomendável, a etapa obrigatória
o
da preparação referida no § 1 deste artigo incluirá o contato
com crianças e adolescentes em regime de acolhimento
familiar ou institucional em condições de serem adotados, a
ser realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da
equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, com o

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33 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão
acolhimento familiar ou institucional e pela execução da remeterá os autos ou o instrumento à superior instância dentro
política municipal de garantia do direito à convivência familiar. de vinte e quatro horas, independentemente de novo pedido
do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da participação de pedido expresso da parte interessada ou do Ministério
Público, no prazo de cinco dias, contados da intimação.
no programa referido no art. 197-C desta Lei, a autoridade
judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, decidirá
acerca das diligências requeridas pelo Ministério Público e Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art. 149
determinará a juntada do estudo psicossocial, designando, caberá recurso de apelação.
conforme o caso, audiência de instrução e julgamento.
Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz efeito
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou desde logo, embora sujeita a apelação, que será recebida
sendo essas indeferidas, a autoridade judiciária determinará a exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de
juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável
autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em ou de difícil reparação ao adotando.
igual prazo.
Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito genitores do poder familiar fica sujeita a apelação, que deverá
nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei, sendo a sua ser recebida apenas no efeito devolutivo.
convocação para a adoção feita de acordo com ordem
cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção e de
crianças ou adolescentes adotáveis.
destituição de poder familiar, em face da relevância das
questões, serão processados com prioridade absoluta,
o
§ 1 A ordem cronológica das habilitações somente poderá devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que
deixar de ser observada pela autoridade judiciária nas aguardem, em qualquer situação, oportuna distribuição, e
hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com
comprovado ser essa a melhor solução no interesse do parecer urgente do Ministério Público.
adotando.
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa para
o
§ 2 A recusa sistemática na adoção das crianças ou julgamento no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contado
adolescentes indicados importará na reavaliação da da sua conclusão.
habilitação concedida.
Parágrafo único. O Ministério Público será intimado da data
Capítulo IV do julgamento e poderá na sessão, se entender necessário,
apresentar oralmente seu parecer.
Dos Recursos
Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a instauração
Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da de procedimento para apuração de responsabilidades se
constatar o descumprimento das providências e do prazo
Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas
previstos nos artigos anteriores.
socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei
o
n 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil),
com as seguintes adaptações: Capítulo V

I - os recursos serão interpostos independentemente de Do Ministério Público


preparo;
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta Lei
II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, serão exercidas nos termos da respectiva lei orgânica.
o prazo para o Ministério Público e para a defesa será sempre
de 10 (dez) dias; Art. 201. Compete ao Ministério Público:

III - os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão


I - conceder a remissão como forma de exclusão do processo;
revisor;

II - promover e acompanhar os procedimentos relativos às


IV - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
infrações atribuídas a adolescentes;

V - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)


III - promover e acompanhar as ações de alimentos e os
procedimentos de suspensão e destituição do poder familiar,
VI - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiães, bem
como oficiar em todos os demais procedimentos da
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior competência da Justiça da Infância e da Juventude;
instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso de
agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho IV - promover, de ofício ou por solicitação dos interessados, a
fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo especialização e a inscrição de hipoteca legal e a prestação
de cinco dias;

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34 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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de contas dos tutores, curadores e quaisquer administradores § 4º O representante do Ministério Público será responsável
de bens de crianças e adolescentes nas hipóteses do art. 98; pelo uso indevido das informações e documentos que
requisitar, nas hipóteses legais de sigilo.
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a
proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos § 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII
relativos à infância e à adolescência, inclusive os definidos no deste artigo, poderá o representante do Ministério Público:
art. 220, § 3º inciso II, da Constituição Federal;
a) reduzir a termo as declarações do reclamante, instaurando
VI - instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-los: o competente procedimento, sob sua presidência;

a) expedir notificações para colher depoimentos ou b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento reclamada, em dia, local e horário previamente notificados ou
injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela acertados;
polícia civil ou militar;
c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de públicos e de relevância pública afetos à criança e ao
autoridades municipais, estaduais e federais, da administração adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita
direta ou indireta, bem como promover inspeções e diligências adequação.
investigatórias;
Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for
c) requisitar informações e documentos a particulares e parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa
instituições privadas; dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipótese em
que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências documentos e requerer diligências, usando os recursos
cabíveis.
investigatórias e determinar a instauração de inquérito policial,
para apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção
à infância e à juventude; Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso,
será feita pessoalmente.
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta
medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis; a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a
requerimento de qualquer interessado.
IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas
corpus, em qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa dos Art. 205. As manifestações processuais do representante do
interesses sociais e individuais indisponíveis afetos à criança e Ministério Público deverão ser fundamentadas.
ao adolescente;
Capítulo VI
X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por
infrações cometidas contra as normas de proteção à infância e Do Advogado
à juventude, sem prejuízo da promoção da responsabilidade
civil e penal do infrator, quando cabível;
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou
responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo interesse
XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de
na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando
trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado para
de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias
todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial,
à remoção de irregularidades porventura verificadas;
respeitado o segredo de justiça.

XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos


Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral
serviços médicos, hospitalares, educacionais e de assistência
e gratuita àqueles que dela necessitarem.
social, públicos ou privados, para o desempenho de suas
atribuições.
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de
ato infracional, ainda que ausente ou foragido, será
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis
processado sem defensor.
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas
hipóteses, segundo dispuserem a Constituição e esta Lei.
§ 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á nomeado
pelo juiz, ressalvado o direito de, a todo tempo, constituir outro
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem
de sua preferência.
outras, desde que compatíveis com a finalidade do Ministério
Público.
§ 2º A ausência do defensor não determinará o adiamento de
nenhum ato do processo, devendo o juiz nomear substituto,
§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de
ainda que provisoriamente, ou para o só efeito do ato.
suas funções, terá livre acesso a todo local onde se encontre
criança ou adolescente.

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35 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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§ 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses
de defensor nomeado ou, sido constituído, tiver sido indicado coletivos ou difusos, consideram-se legitimados
por ocasião de ato formal com a presença da autoridade concorrentemente:
judiciária.
I - o Ministério Público;
Capítulo VII
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os
Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e territórios;
Coletivos
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos um
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos
responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à interesses e direitos protegidos por esta Lei, dispensada a
criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou autorização da assembléia, se houver prévia autorização
oferta irregular: estatutária.

I - do ensino obrigatório; § 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios


Públicos da União e dos estados na defesa dos interesses e
II - de atendimento educacional especializado aos portadores direitos de que cuida esta Lei.
de deficiência;
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por
III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado
poderá assumir a titularidade ativa.
zero a seis anos de idade;

Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos


IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do
interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às
educando;
exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo
extrajudicial.
V - de programas suplementares de oferta de material
didático-escolar, transporte e assistência à saúde do
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos por
educando do ensino fundamental;
esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ações
pertinentes.
VI - de serviço de assistência social visando à proteção à
família, à maternidade, à infância e à adolescência, bem como
§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as normas
ao amparo às crianças e adolescentes que dele necessitem;
do Código de Processo Civil.

VII - de acesso às ações e serviços de saúde;


§ 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder
VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes público, que lesem direito líquido e certo previsto nesta Lei,
privados de liberdade. caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei
do mandado de segurança.
IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e
promoção social de famílias e destinados ao pleno exercício Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de
do direito à convivência familiar por crianças e adolescentes. obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou determinará providências que
X - de programas de atendimento para a execução das assegurem o resultado prático equivalente ao do
medidas socioeducativas e aplicação de medidas de proteção. adimplemento.

o
§ 1 As hipóteses previstas neste artigo não excluem da § 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia,
pela Constituição e pela Lei. citando o réu.

o
§ 2 A investigação do desaparecimento de crianças ou § 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na
adolescentes será realizada imediatamente após notificação sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de
aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do
transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes preceito.
todos os dados necessários à identificação do desaparecido.
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas da sentença favorável ao autor, mas será devida desde o dia
no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou em que se houver configurado o descumprimento.
omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar
a causa, ressalvadas a competência da Justiça Federal e a
competência originária dos tribunais superiores.

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Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo gerido § 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do diligências, se convencer da inexistência de fundamento para
respectivo município. a propositura da ação cível, promoverá o arquivamento dos
autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o
§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito fundamentadamente.
em julgado da decisão serão exigidas através de execução
promovida pelo Ministério Público, nos mesmos autos, § 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
facultada igual iniciativa aos demais legitimados. arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta
grave, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do
§ 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro ficará Ministério Público.
depositado em estabelecimento oficial de crédito, em conta
com correção monetária. § 3º Até que seja homologada ou rejeitada a promoção de
arquivamento, em sessão do Conselho Superior do Ministério
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos público, poderão as associações legitimadas apresentar
razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos
recursos, para evitar dano irreparável à parte.
do inquérito ou anexados às peças de informação.

Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impuser


§ 4º A promoção de arquivamento será submetida a exame e
condenação ao poder público, o juiz determinará a remessa
deliberação do Conselho Superior do Ministério Público,
de peças à autoridade competente, para apuração da
conforme dispuser o seu regimento.
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se
atribua a ação ou omissão.
§ 5º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção
Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da de arquivamento, designará, desde logo, outro órgão do
Ministério Público para o ajuizamento da ação.
sentença condenatória sem que a associação autora lhe
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
facultada igual iniciativa aos demais legitimados. Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar ao réu
os honorários advocatícios arbitrados na conformidade do § 4º Título VII
do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código
de Processo Civil), quando reconhecer que a pretensão é Dos Crimes e Das Infrações Administrativas
manifestamente infundada.

Capítulo I
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a
associação autora e os diretores responsáveis pela
propositura da ação serão solidariamente condenados ao Dos Crimes
décuplo das custas, sem prejuízo de responsabilidade por
perdas e danos. Seção I

Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá Disposições Gerais
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
quaisquer outras despesas.
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra
a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá do disposto na legislação penal.
provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe
informações sobre fatos que constituam objeto de ação civil, e
indicando-lhe os elementos de convicção. Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas
da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as
pertinentes ao Código de Processo Penal.
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a
propositura de ação civil, remeterão peças ao Ministério Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública
Público para as providências cabíveis. incondicionada

Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá Seção II


requerer às autoridades competentes as certidões e
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no Dos Crimes em Espécie
prazo de quinze dias.
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo
organismo público ou particular, certidões, informações, referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica,
poderá ser inferior a dez dias úteis. declaração de nascimento, onde constem as intercorrências
do parto e do desenvolvimento do neonato:

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Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o
tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o
Parágrafo único. Se o crime é culposo: fim de colocação em lar substituto:

Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.


Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.

Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a


Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
terceiro, mediante paga ou recompensa:
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar
corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto,
bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
desta Lei:
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou
Pena - detenção de seis meses a dois anos. efetiva a paga ou recompensa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo: Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado
ao envio de criança ou adolescente para o exterior com
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter
lucro:

Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade,


Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato
infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária
competente: Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça
ou fraude:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede correspondente à violência.
à apreensão sem observância das formalidades legais.
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata
comunicação à autoridade judiciária competente e à família do
apreendido ou à pessoa por ele indicada: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

o
Pena - detenção de seis meses a dois anos. § 1 Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita,
recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua participação de criança ou adolescente nas cenas referidas
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.
autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
constrangimento:
o
§ 2 Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete
Pena - detenção de seis meses a dois anos. o crime:

I - no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de


Art. 233. (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997:
exercê-la;

Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de


II - prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou
ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão
de hospitalidade; ou
logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:

III - prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo


Pena - detenção de seis meses a dois anos.
ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador,
preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento.
Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro
Pena - detenção de seis meses a dois anos. registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente:
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade
judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir,
Pena - detenção de seis meses a dois anos. publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de
sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro

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38 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por
envolvendo criança ou adolescente: qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela
praticar ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
o
§ 1 Nas mesmas penas incorre quem:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das
fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste I - facilita ou induz o acesso à criança de material contendo
artigo; cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela
praticar ato libidinoso;
II - assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de
computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata II - pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o
o caput deste artigo. fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou
sexualmente explícita.
o o
§ 2 As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 deste
artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a
do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
acesso ao conteúdo ilícito de que trata ocaput deste artigo. compreende qualquer situação que envolva criança ou
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou
adolescente para fins primordialmente sexuais
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
criança ou adolescente: Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma,
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. munição ou explosivo:

o Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.


§ 1 A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de
pequena quantidade o material a que se refere o caput deste
artigo. Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda
que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
o
§ 2 Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros
produtos cujos componentes possam causar dependência
finalidade de comunicar às autoridades competentes a
física ou psíquica:
ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e
241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por:
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o
I - agente público no exercício de suas funções; fato não constitui crime mais grave.

Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou


II - membro de entidade, legalmente constituída, que inclua,
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos
entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o
de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes
reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer
referidos neste parágrafo;
dano físico em caso de utilização indevida:

III - representante legal e funcionários responsáveis de


Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de
computadores, até o recebimento do material relativo à notícia
feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais
o
Judiciário. definidos no caput do art. 2 desta Lei, à prostituição ou à
exploração sexual:
o o
§ 3 As pessoas referidas no § 2 deste artigo deverão manter
sob sigilo o material ilícito referido. Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa.

o
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente § 1 Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou
em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de o responsável pelo local em que se verifique a submissão de
adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste
qualquer outra forma de representação visual: artigo.

o
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. § 2 Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da
licença de localização e de funcionamento do
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, estabelecimento.
expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por
qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material
produzido na forma do caput deste artigo.

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Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
(dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou se o dobro em caso de reincidência, independentemente das
induzindo-o a praticá-la: despesas de retorno do adolescente, se for o caso.

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres
inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda,
o
§ 1 Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho
Tutelar:
pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer
meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
§ 2
o
As penas previstas no caput deste artigo são se o dobro em caso de reincidência.
aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou
o o
induzida estar incluída no rol do art. 1 da Lei n 8.072, de 25 Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacompanhado
de julho de 1990. dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses
ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou
Capítulo II congênere:

Pena - multa.
Das Infrações Administrativas

§ 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa,


Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por
a autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental,
estabelecimento por até 15 (quinze) dias.
pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente
os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou
confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: § 2º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30
(trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente fechado e
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- terá sua licença cassada.
se o dobro em caso de reincidência.
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade de meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, 84 e 85
desta Lei:
atendimento o exercício dos direitos constantes nos incisos II,
III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- se o dobro em caso de reincidência.
se o dobro em caso de reincidência.
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada
do local de exibição, informação destacada sobre a natureza
devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou
da diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no
documento de procedimento policial, administrativo ou judicial
certificado de classificação:
relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato
infracional:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- se o dobro em caso de reincidência.
se o dobro em caso de reincidência.
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou representações ou espetáculos, sem indicar os limites de
idade a que não se recomendem:
parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido
em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito
ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicada
permitir sua identificação, direta ou indiretamente. em caso de reincidência, aplicável, separadamente, à casa de
espetáculo e aos órgãos de divulgação ou publicidade.
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora
de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo
autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da em horário diverso do autorizado ou sem aviso de sua
publicação ou a suspensão da programação da emissora até classificação:
por dois dias, bem como da publicação do periódico até por
dois números. Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada
em caso de reincidência a autoridade judiciária poderá
Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária de seu determinar a suspensão da programação da emissora por até
domicílio, no prazo de cinco dias, com o fim de regularizar a dois dias.
guarda, adolescente trazido de outra comarca para a
prestação de serviço doméstico, mesmo que autorizado pelos Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere
pais ou responsável:
classificado pelo órgão competente como inadequado às
crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:

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40 (LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13/07/1990)
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Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na Disposições Finais e Transitórias
reincidência, a autoridade poderá determinar a suspensão do
espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da
quinze dias.
publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo
sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de política de atendimento fixadas no art. 88 e ao que estabelece
programação em vídeo, em desacordo com a classificação o Título V do Livro II.
atribuída pelo órgão competente:
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de promoverem a adaptação de seus órgãos e programas às
reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o diretrizes e princípios estabelecidos nesta Lei.
fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79 Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional,
desta Lei: distrital, estaduais ou municipais, devidamente comprovadas,
sendo essas integralmente deduzidas do imposto de renda,
Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicando- obedecidos os seguintes limites:
se a pena em caso de reincidência, sem prejuízo de
apreensão da revista ou publicação. I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido
apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o real; e
empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso
de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado
sua participação no espetáculo: pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual,
o
observado o disposto no art. 22 da Lei n 9.532, de 10 de
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de dezembro de 1997.
reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
fechamento do estabelecimento por até quinze dias. § 1º - (Revogado pela Lei nº 9.532, de 10.12.1997)

o
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de providenciar a § 1 -A. Na definição das prioridades a serem atendidas com
instalação e operacionalização dos cadastros previstos no art. os recursos captados pelos fundos nacional, estaduais e
50 e no § 11 do art. 101 desta Lei: municipais dos direitos da criança e do adolescente, serão
consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção,
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional
reais).
pela Primeira Infância.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade o


§ 2 Os conselhos nacional, estaduais e municipais dos
que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de
direitos da criança e do adolescente fixarão critérios de
adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas
utilização, por meio de planos de aplicação, das dotações
ou casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes
subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente
em regime de acolhimento institucional ou familiar.
percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de
guarda, de crianças e adolescentes e para programas de
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de atenção integral à primeira infância em áreas de maior
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar carência socioeconômica e em situações de calamidade.
imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de
que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em
§ 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério da
entregar seu filho para adoção:
Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará a
comprovação das doações feitas aos fundos, nos termos
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil deste artigo.
reais).
§ 4º O Ministério Público determinará em cada comarca a
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo Municipal dos
programa oficial ou comunitário destinado à garantia do direito Direitos da Criança e do Adolescente, dos incentivos fiscais
à convivência familiar que deixa de efetuar a comunicação referidos neste artigo.
referida no caput deste artigo.
o o o o
§ 5 Observado o disposto no § 4 do art. 3 da Lei n 9.249,
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no inciso II do de 26 de dezembro de 1995, a dedução de que trata o inciso I
art. 81: do caput:

Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00 I - será considerada isoladamente, não se submetendo a limite
(dez mil reais); em conjunto com outras deduções do imposto; e

Medida Administrativa - interdição do estabelecimento II - não poderá ser computada como despesa operacional na
comercial até o recolhimento da multa aplicada. apuração do lucro real.

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Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendário de Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro do
2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que trata o período a que se refere a apuração do imposto.
inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua Declaração
de Ajuste Anual. Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei
podem ser efetuadas em espécie ou em bens.
o
§ 1 A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até
os seguintes percentuais aplicados sobre o imposto apurado Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie devem
na declaração:
ser depositadas em conta específica, em instituição financeira
pública, vinculadas aos respectivos fundos de que trata o art.
I - (VETADO); 260.

II - (VETADO); Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administração das


contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
III - 3% (três por cento) a partir do exercício de 2012. nacional, estaduais, distrital e municipais devem emitir recibo
em favor do doador, assinado por pessoa competente e pelo
presidente do Conselho correspondente, especificando:
o
§ 2 A dedução de que trata o caput:
I - número de ordem;
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto
sobre a renda apurado na declaração de que trata o inciso II
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e
do caput do art. 260;
endereço do emitente;

II - não se aplica à pessoa física que:


III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
doador;
a) utilizar o desconto simplificado;
IV - data da doação e valor efetivamente recebido; e
b) apresentar declaração em formulário; ou
V - ano-calendário a que se refere a doação.
c) entregar a declaração fora do prazo;
o
§ 1 O comprovante de que trata o caput deste artigo pode
III - só se aplica às doações em espécie; e ser emitido anualmente, desde que discrimine os valores
doados mês a mês.
IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções em
o
vigor. § 2 No caso de doação em bens, o comprovante deve conter
a identificação dos bens, mediante descrição em campo
o
§ 3 O pagamento da doação deve ser efetuado até a data de próprio ou em relação anexa ao comprovante, informando
vencimento da primeira quota ou quota única do imposto, também se houve avaliação, o nome, CPF ou CNPJ e
observadas instruções específicas da Secretaria da Receita endereço dos avaliadores.
Federal do Brasil.
Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador deverá:
o
§ 4 O não pagamento da doação no prazo estabelecido no §
o
3 implica a glosa definitiva desta parcela de dedução, ficando I - comprovar a propriedade dos bens, mediante
a pessoa física obrigada ao recolhimento da diferença de documentação hábil;
imposto devido apurado na Declaração de Ajuste Anual com
os acréscimos legais previstos na legislação.
II - baixar os bens doados na declaração de bens e direitos,
quando se tratar de pessoa física, e na escrituração, no caso
o
§ 5 A pessoa física poderá deduzir do imposto apurado na de pessoa jurídica; e
Declaração de Ajuste Anual as doações feitas, no respectivo
ano-calendário, aos fundos controlados pelos Conselhos dos
III - considerar como valor dos bens doados:
Direitos da Criança e do Adolescente municipais, distrital,
estaduais e nacional concomitantemente com a opção de que
trata o caput, respeitado o limite previsto no inciso II do art. a) para as pessoas físicas, o valor constante da última
260. declaração do imposto de renda, desde que não exceda o
valor de mercado;
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260 poderá
ser deduzida: b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos bens.

I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas jurídicas Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será
que apuram o imposto trimestralmente; e considerado na determinação do valor dos bens doados,
exceto se o leilão for determinado por autoridade judiciária.
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para as
pessoas jurídicas que apuram o imposto anualmente.

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Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts. 260-D e Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo de da República (SDH/PR) encaminhará à Secretaria da Receita
5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução perante Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada ano, arquivo
a Receita Federal do Brasil. eletrônico contendo a relação atualizada dos Fundos dos
Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital,
Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administração das estaduais e municipais, com a indicação dos respectivos
números de inscrição no CNPJ e das contas bancárias
contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
específicas mantidas em instituições financeiras públicas,
nacional, estaduais, distrital e municipais devem:
destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos Fundos.

I - manter conta bancária específica destinada exclusivamente


Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá
a gerir os recursos do Fundo;
as instruções necessárias à aplicação do disposto nos
arts. 260 a 260-K.
II - manter controle das doações recebidas; e
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos da
III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal do criança e do adolescente, os registros, inscrições e alterações
Brasil as doações recebidas mês a mês, identificando os a que se referem os arts. 90, parágrafo único, e 91 desta Lei
seguintes dados por doador: serão efetuados perante a autoridade judiciária da comarca a
que pertencer a entidade.
a) nome, CNPJ ou CPF;
Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar aos
b) valor doado, especificando se a doação foi em espécie ou estados e municípios, e os estados aos municípios, os
em bens. recursos referentes aos programas e atividades previstos
nesta Lei, tão logo estejam criados os conselhos dos direitos
da criança e do adolescente nos seus respectivos níveis.
Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obrigações
previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do
Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério Público. Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as
atribuições a eles conferidas serão exercidas pela autoridade
judiciária.
Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais
divulgarão amplamente à comunidade: Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações:

I - o calendário de suas reuniões;


1) Art. 121 ............................................................

II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de


atendimento à criança e ao adolescente; § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço,
se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital ou flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
municipais; um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de
catorze anos.
IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano-calendário
e o valor dos recursos previstos para implementação das 2) Art. 129 ...............................................................
ações, por projeto;
§ 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação, hipóteses do art. 121, § 4º.
por projeto atendido, inclusive com cadastramento na base de
dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a
Adolescência; e § 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.

VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficiados com 3) Art. 136.................................................................


recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais. § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
contra pessoa menor de catorze anos.
Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada
Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos incentivos 4) Art. 213 ..................................................................
fiscais referidos no art. 260 desta Lei.
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos:
Parágrafo único. O descumprimento do disposto nos arts.
260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por ação
Pena - reclusão de quatro a dez anos.
judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar de
ofício, a requerimento ou representação de qualquer cidadão.
5) Art. 214...................................................................

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Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze anos:

Pena - reclusão de três a nove anos.»

Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro de


1973, fica acrescido do seguinte item:

"Art. 102 ....................................................................

6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. "

Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, da


administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público federal promoverão
edição popular do texto integral deste Estatuto, que será posto
à disposição das escolas e das entidades de atendimento e de
defesa dos direitos da criança e do adolescente.

Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla


divulgação dos direitos da criança e do adolescente nos meios
de comunicação social.

Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será


veiculada em linguagem clara, compreensível e adequada a
crianças e adolescentes, especialmente às crianças com
idade inferior a 6 (seis) anos.

Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua
publicação.

Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão ser


promovidas atividades e campanhas de divulgação e
esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei.

Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964, e 6.697, de


10 de outubro de 1979 (Código de Menores), e as demais
disposições em contrário.

Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º


da República.

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CAPÍTULO II
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO

LEI Nº 9.503, DE 23/09/1997 Seção I


Disposições Gerais
Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos
e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
de planejamento, administração, normatização, pesquisa,
registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e
CAPÍTULO I reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de
infrações e de recursos e aplicação de penalidades.
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do
território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:
Código.
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental
veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
não, para fins de circulação, parada, estacionamento e
operação de carga ou descarga.
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização
de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e execução das atividades de trânsito;
dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema
Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
respectivas competências, adotar as medidas destinadas a
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim
assegurar esse direito.
de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.

§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional


Seção II
de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas
Da Composição e da Competência do Sistema Nacional de
competências, objetivamente, por danos causados aos
Trânsito
cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e
manutenção de programas, projetos e serviços que garantam
o exercício do direito do trânsito seguro. Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes
órgãos e entidades:
§ 4º (VETADO)
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador
do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao
Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações
à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o
meio-ambiente. Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE,
órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as
avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União,
estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo
com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são
consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação V - a Polícia Rodoviária Federal;
pública, as vias internas pertencentes aos condomínios
constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo.

VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações -


Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer
JARI.
veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veículos
nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente o
mencionadas. Art. 7 -A. A autoridade portuária ou a entidade concessionária
de porto organizado poderá celebrar convênios com os órgãos
o
previstos no art. 7 , com a interveniência dos Municípios e
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efeitos
Estados, juridicamente interessados, para o fim específico de
deste Código são os constantes do Anexo I.
facilitar a autuação por descumprimento da legislação de
trânsito.

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o
§ 1 O convênio valerá para toda a área física do porto XIX - (VETADO)
organizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados,
nas estações de transbordo, nas instalações portuárias XX - um representante do ministério ou órgão coordenador
públicas de pequeno porte e nos respectivos estacionamentos máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
ou vias de trânsito internas.

o XXI - (VETADO)
§ 2 (VETADO)

o XXII - um representante do Ministério da Saúde.


§ 3 (VETADO)
XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça.
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
organizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de
trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites XXIV - 1 (um) representante do Ministério do
circunscricionais de suas atuações. Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de
órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima Transportes Terrestres (ANTT).
do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o
CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de § 1º (VETADO)
trânsito da União.
§ 2º (VETADO)
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede
no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão máximo § 3º (VETADO)
executivo de trânsito da União, tem a seguinte composição:

Art. 11. (VETADO)


I - (VETADO)

Art. 12. Compete ao CONTRAN:


II - (VETADO)

I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste


III - um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia; Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito;

IV - um representante do Ministério da Educação e do II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito,


Desporto; objetivando a integração de suas atividades;

V - um representante do Ministério do Exército; III - (VETADO)

VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente e da IV - criar Câmaras Temáticas;


Amazônia Legal;

V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o


VII - um representante do Ministério dos Transportes;
funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE;

VIII - (VETADO) VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;

IX - (VETADO) VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas


contidas neste Código e nas resoluções complementares;
X - (VETADO)
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a
XI - (VETADO) aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse
dos valores arrecadados; (Redação dada pela Lei nº 13.281,
XII - (VETADO) de 2016) (Vigência)

XIII - (VETADO) IX - responder às consultas que lhe forem formuladas,


relativas à aplicação da legislação de trânsito;
XIV - (VETADO)
X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem,
habilitação, expedição de documentos de condutores, e
XV - (VETADO) registro e licenciamento de veículos;

XVI - (VETADO) XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de


sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito;
XVII - (VETADO)
XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões das
XVIII - (VETADO) instâncias inferiores, na forma deste Código;

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XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de
conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão
necessário, unificar as decisões administrativas; e física, mental ou psicológica;

XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de VI - indicar um representante para compor a comissão
trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal. examinadora de candidatos portadores de deficiência física à
habilitação para conduzir veículos automotores;
XV - normatizar o processo de formação do candidato à
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo VII - (VETADO)
seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária, avaliações,
exames, execução e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281, VIII - acompanhar e coordenar as atividades de administração,
de 2016) (Vigência) educação, engenharia, fiscalização, policiamento ostensivo de
trânsito, formação de condutores, registro e licenciamento de
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados veículos, articulando os órgãos do Sistema no Estado,
ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como reportando-se ao CONTRAN;
objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico
sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado. IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
trânsito no âmbito dos Municípios; e
§ 1º Cada Câmara é constituída por especialistas
representantes de órgãos e entidades executivos da União, X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exigências
dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333.
número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além
de especialistas representantes dos diversos segmentos da
sociedade relacionados com o trânsito, todos indicados XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de
segundo regimento específico definido pelo CONTRAN e reavaliação dos exames, junta especial de saúde para
designados pelo ministro ou dirigente coordenador máximo do examinar os candidatos à habilitação para conduzir veículos
Sistema Nacional de Trânsito. automotores.

§ 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados
anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa.
atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE
§ 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão eleitos são nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
pelos respectivos membros. Federal, respectivamente, e deverão ter reconhecida
experiência em matéria de trânsito.
§ 4º (VETADO)
§ 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
I - (VETADO) Federal, respectivamente.

II - (VETADO) § 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão


ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito.
III - (VETADO)
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do
IV - (VETADO) CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução.

Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de trânsito
CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Recursos
CONTRANDIFE: de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo
julgamento dos recursos interpostos contra penalidades por
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de eles impostas.
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observado o
II - elaborar normas no âmbito das respectivas competências; disposto no inciso VI do art. 12, e apoio administrativo e
financeiro do órgão ou entidade junto ao qual funcionem.
III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação e
dos procedimentos normativos de trânsito; Art. 17. Compete às JARI:

IV - estimular e orientar a execução de campanhas educativas I - julgar os recursos interpostos pelos infratores;
de trânsito;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e
V - julgar os recursos interpostos contra decisões: executivos rodoviários informações complementares relativas
aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação
recorrida;
a) das JARI;

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III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada pela Lei nº
e executivos rodoviários informações sobre problemas 13.281, de 2016) (Vigência)
observados nas autuações e apontados em recursos, e que se
repitam sistematicamente. XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito informações sobre registros de veículos e de
Art. 18. (VETADO) condutores, mantendo o fluxo permanente de informações
com os demais órgãos do Sistema;
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da
União: XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do
Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de
execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo programas de educação de trânsito nos estabelecimentos de
CONTRAN, no âmbito de suas atribuições; ensino;

II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da educação de trânsito;
Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de
Trânsito; XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
trânsito;
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de
Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e
combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à
executando o controle de ações para a preservação do aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração da
ordenamento e da segurança do trânsito; sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;

IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manuais
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a e normas de projetos de implementação da sinalização, dos
administração pública ou privada, referentes à segurança do dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo
trânsito; CONTRAN;

V - supervisionar a implantação de projetos e programas XX - expedir a permissão internacional para conduzir veículo e
relacionados com a engenharia, educação, administração, o certificado de passagem nas alfândegas mediante
policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
uniformidade de procedimento; Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder
público federal; (Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016)
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e
habilitação de condutores de veículos, a expedição de XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais e
documentos de condutores, de registro e licenciamento de congressos nacionais de trânsito, bem como propor a
veículos; representação do Brasil em congressos ou reuniões
internacionais;
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de
Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento XXII - propor acordos de cooperação com organismos
Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações
e do Distrito Federal; inerentes à segurança e educação de trânsito;

VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de XXIII - elaborar projetos e programas de formação,
Habilitação - RENACH; treinamento e especialização do pessoal encarregado da
execução das atividades de engenharia, educação,
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos policiamento ostensivo, fiscalização, operação e administração
Automotores - RENAVAM; de trânsito, propondo medidas que estimulem a pesquisa
científica e o ensino técnico-profissional de interesse do
trânsito, e promovendo a sua realização;
X - organizar a estatística geral de trânsito no território
nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais
órgãos e promover sua divulgação; XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito
interestadual e internacional;
XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações
sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as
do trânsito; normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e
montagem de veículos, consoante sua destinação;
XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à
segurança e à educação de trânsito; XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do
código marca-modelo dos veículos para efeito de registro,
emplacamento e licenciamento;
XIII - coordenar a administração do registro das infrações de
trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no
prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do repasse

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XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de
CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do construções e instalações não autorizadas;
Sistema Nacional de Trânsito;
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando
submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou órgão medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao
coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; órgão rodoviário federal;

XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e VIII - implementar as medidas da Política Nacional de
financeiro ao CONTRAN. Segurança e Educação de Trânsito;

XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações de IX - promover e participar de projetos e programas de
Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) educação e segurança, de acordo com as diretrizes
(Vigência) estabelecidas pelo CONTRAN;

§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
a administração pública, o órgão executivo de trânsito da unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
União, mediante aprovação do CONTRAN, assumirá transferências de veículos e de prontuários de condutores de
diretamente ou por delegação, a execução total ou parcial das uma para outra unidade da Federação;
atividades do órgão executivo de trânsito estadual que tenha
motivado a investigação, até que as irregularidades sejam XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
sanadas. produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio,
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsito da quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu ambientais.
funcionamento.
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos
§ 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os
dados estatísticos para os fins previstos no inciso X. I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência) II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
veículos, de pedestres e de animais, e promover o
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
rodovias e estradas federais:
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de dispositivos e os equipamentos de controle viário;
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações trânsito e suas causas;
relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de
preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento
da União e o de terceiros; ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o
policiamento ostensivo de trânsito;
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de
trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os valores VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as
provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e
animais e escolta de veículos de cargas superdimensionadas medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e
ou perigosas; arrecadando as multas que aplicar;

IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
vítimas; superdimensionadas ou perigosas;

V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
arrecadar as multas que aplicar;
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais,
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais

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IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento
previstas; da Carteira Nacional de Habilitação;

X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
do Programa Nacional de Trânsito; acidentes de trânsito e suas causas;

XI - promover e participar de projetos e programas de X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de


educação e segurança, de acordo com as diretrizes atividades previstas na legislação de trânsito, na forma
estabelecidas pelo CONTRAN; estabelecida em norma do CONTRAN;

XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação e do Programa Nacional de Trânsito;
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das XII - promover e participar de projetos e programas de
transferências de veículos e de prontuários de condutores de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
uma para outra unidade da Federação; estabelecidas pelo CONTRAN;

XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
solicitado; transferências de veículos e de prontuários de condutores de
uma para outra unidade da Federação;
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito e
serem observados para a circulação desses veículos. executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos
veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins de
Parágrafo único. (VETADO) imposição e notificação de penalidades e de arrecadação de
multas nas áreas de suas competências;
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
circunscrição: produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio,
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições; ambientais locais;

II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional
aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores, de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para CETRAN.
Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação
do órgão federal competente; Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do
Distrito Federal:
III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança
veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veículos, I - (VETADO)
expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Anual,
mediante delegação do órgão federal competente; II - (VETADO)

IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; convênio firmado, como agente do órgão ou entidade
executivos de trânsito ou executivos rodoviários,
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as concomitantemente com os demais agentes credenciados;
medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas
neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI IV - (VETADO)
e VIII do art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de
Trânsito;
V - (VETADO)
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VI - (VETADO)
VIII do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as
multas que aplicar; VII - (VETADO)

VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de Parágrafo único. (VETADO)


veículos e objetos;

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50 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e
trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: do Programa Nacional de Trânsito;

I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de XV - promover e participar de projetos e programas de


trânsito, no âmbito de suas atribuições; educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
estabelecidas pelo CONTRAN;
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
veículos, de pedestres e de animais, e promover o XVI - planejar e implantar medidas para redução da circulação
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de
diminuir a emissão global de poluentes;
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
dispositivos e os equipamentos de controle viário; XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de
tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando,
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas
acidentes de trânsito e suas causas; decorrentes de infrações;

V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento propulsão humana e de tração animal;
ostensivo de trânsito;
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
edificações de uso público e edificações privadas de uso CETRAN;
coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis
e as penalidades de advertência por escrito e multa, por XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
infrações de circulação, estacionamento e parada previstas produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
neste Código, no exercício regular do poder de polícia de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
trânsito, notificando os infratores e arrecadando as multas que ações específicas de órgão ambiental local, quando solicitado;
aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações
privadas de uso coletivo, somente para infrações de uso de XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
vagas reservadas em estacionamentos; (Redação dada pela especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) serem observados para a circulação desses veículos.

VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, § 1º As competências relativas a órgão ou entidade municipal
por infrações de circulação, estacionamento e parada serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou entidade
previstas neste Código, notificando os infratores e executivos de trânsito.
arrecadando as multas que aplicar;
§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste artigo,
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional de
administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
arrecadar as multas que aplicar;
Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema
Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, atividades previstas neste Código, com vistas à maior
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele eficiência e à segurança para os usuários da via.
previstas;
Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito poderão
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
rotativo pago nas vias; monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante
prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de dos custos apropriados.
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas; CAPÍTULO III
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à privadas;
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
transferências de veículos e de prontuários dos condutores de
uma para outra unidade da Federação; II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso,
atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou
substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.

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51 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação
públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva
condições de funcionamento dos equipamentos de uso prestação de serviço de urgência;
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
combustível suficiente para chegar ao local de destino. d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá
se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito. VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública,
quando em atendimento na via, gozam de livre parada e
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
circulação obedecerá às seguintes normas: devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma
estabelecida pelo CONTRAN;
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se
as exceções devidamente sinalizadas; IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá
ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e e as demais normas estabelecidas neste Código, exceto
frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a propósito de entrar à esquerda;
velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e
as condições climáticas; X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma
ultrapassagem, certificar-se de que:
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se
aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma
passagem: manobra para ultrapassá-lo;

a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja
aquele que estiver circulando por ela; indicado o propósito de ultrapassar um terceiro;

b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão
suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor; obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;

IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao
deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando
quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto
esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos convencional de braço;
veículos de maior velocidade;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança;
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se
saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito
de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
passagem, respeitadas as demais normas de circulação; cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o
trânsito dos veículos que ultrapassou;
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e
salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão
trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando normas de circulação.
em serviço de urgência e devidamente identificados por
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: (Vigência)

a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a § 1º As normas de ultrapassagem previstas nas


proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar alíneas a e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à
livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da transposição de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa
via e parando, se necessário; da esquerda como pela da direita.

b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta
no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
passado pelo local; veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela
segurança dos menores, os motorizados pelos não
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

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52 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois
tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de
um só sentido.
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção,
o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas,
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da
naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de
passagem.
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila,
deverão manter distância suficiente entre si para permitir que Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser
veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com feita nos locais para isto determinados, quer por meio de
segurança. sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança
e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e
veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando ciclistas.
embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a
velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o
veículo com vistas à segurança dos pedestres. Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes
determinações:
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias
com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando
curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos
de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, de iluminação pública e nas rodovias; (Redação dada pela Lei
exceto quando houver sinalização permitindo a nº 13.290, de 2016) (Vigência)
ultrapassagem.
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta,
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
poderá efetuar ultrapassagem.
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros
certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a
cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua existência de risco à segurança para os veículos que circulam
velocidade. no sentido contrário;

Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de
deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou
de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz cerração;
indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto
convencional de braço. V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:

Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a a) em imobilizações ou situações de emergência;


transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à
esquerda e retornos. b) quando a regulamentação da via assim o determinar;

Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa
um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos a luz de placa;
veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou
esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos desembarque de passageiros e carga ou descarga de
locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor mercadorias.
deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista
com segurança.
Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular
de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol
ou em lotes lindeiros, o condutor deverá: de luz baixa durante o dia e a noite.

I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo


possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no
menor espaço possível;

II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo


possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando

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53 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, § 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas
desde que em toque breve, nas seguintes situações: rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada
(meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar determine outra condição.
acidentes;
§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a condutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste
um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. Código ou naqueles regulamentados por sinalização
específica.
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu
veículo, salvo por razões de segurança. Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a
porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem
antes se certificarem de que isso não constitui perigo para
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar eles e para outros usuários da via.
constantemente as condições físicas da via, do veículo e da
carga, as condições meteorológicas e a intensidade do
trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem
estabelecidos para a via, além de: ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.

I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
circulação sem causa justificada, transitando a uma adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
velocidade anormalmente reduzida; segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre a via.
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo
deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios
inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
perigo iminente; regulamentação da via será implantada e mantida às
expensas do condomínio, após aprovação dos projetos pelo
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a
sinalização devida, a manobra de redução de velocidade.
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela
direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
transitando em velocidade moderada, de forma que possa couber, às normas de circulação previstas neste Código e às
deter seu veículo com segurança para dar passagem a que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com
pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência. circunscrição sobre a via.

Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular
seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma nas vias quando conduzidos por um guia, observado o
interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar seguinte:
o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a
passagem do trânsito transversal.
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser
divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária dos outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
de um veículo no leito viário, em situação de emergência,
deverá ser providenciada a imediata sinalização de
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão
ser mantidos junto ao bordo da pista.
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada
deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e
desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou ciclomotores só poderão circular nas vias:
perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será protetores;
regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre a via e é considerada estacionamento. II - segurando o guidom com as duas mãos;

Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido especificações do CONTRAN.
do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à
guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e
devidamente sinalizadas. ciclomotores só poderão ser transportados:

§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, I - utilizando capacete de segurança;


estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão
estar situados fora da pista de rolamento.

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54 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
suplementar atrás do condutor;
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
especificações do CONTRAN. c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;

Art. 56. (VETADO) d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;

Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da II - nas vias rurais:
pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais
à direita ou no bordo direito da pista sempre que não houver
acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº
circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das 13.281, de 2016) (Vigência)
vias urbanas.
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais automóveis, camionetas e motocicletas; (Redação dada pela
faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela
faixa adjacente à da direita. 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
veículos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a (Vigência)
circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver
ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for 3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, (Vigência)
no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via,
com preferência sobre os veículos automotores. b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição
sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis,
sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde camionetas e motocicletas; (Invcluído pela Lei nº 13.281, de
que dotado o trecho com ciclofaixa. 2016) (Vigência)

Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo


2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será veículos; (Invcluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
permitida a circulação de bicicletas nos passeios.

c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).


Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua (Invcluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
utilização, classificam-se em:

§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com


I - vias urbanas:
circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de
sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas
a) via de trânsito rápido; estabelecidas no parágrafo anterior.

b) via arterial; Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade
da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condições
c) via coletora; operacionais de trânsito e da via.

d) via local; Art. 63. (VETADO)

II - vias rurais: Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem ser
transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções
regulamentadas pelo CONTRAN.
a) rodovias;
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para
b) estradas. condutor e passageiros em todas as vias do território nacional,
salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será
indicada por meio de sinalização, obedecidas suas Art. 66. (VETADO)
características técnicas e as condições de trânsito.
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas
velocidade máxima será de: mediante prévia permissão da autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via e dependerão de:
I - nas vias urbanas:

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o
I - autorização expressa da respectiva confederação § 2 Em situações excepcionais de inobservância justificada
desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas; do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de
direção poderá ser elevado pelo período necessário para que
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que
via; ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde que
não haja comprometimento da segurança rodoviária.
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de o
terceiros; § 3 O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte e
quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de
descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos o
coincidir com os intervalos mencionados no § 1 , observadas
operacionais em que o órgão ou entidade permissionária no primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.
incorrerá.
o
§ 4 Entende-se como tempo de direção ou de condução
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao
arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do volante, em curso entre a origem e o destino.
contrato de seguro.
o
§ 5 Entende-se como início de viagem a partida do veículo na
CAPÍTULO III-A ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como
sua continuação as partidas nos dias subsequentes até o
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS destino.
PROFISSIONAIS
o
§ 6 O condutor somente iniciará uma viagem após o
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no §
o
profissionais: 3 deste artigo.

o
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; § 7 Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador
II - de transporte rodoviário de cargas. de terminais de carga, operador de transporte multimodal de
cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a
o seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo
§ 1 (Revogado). o
referido no caput sem a observância do disposto no § 6 .
o
§ 2 (Revogado). Art. 67-D. (VETADO).
o
§ 3 (Revogado). Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por controlar
e registrar o tempo de condução estipulado no art. 67-C, com
o
§ 4 (Revogado). vistas à sua estrita observância.

o o
§ 5 (Revogado). § 1 A não observância dos períodos de descanso
estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às
o penalidades daí decorrentes, previstas neste Código.
§ 6 (Revogado).
o
o § 2 O tempo de direção será controlado mediante registrador
§ 7 (Revogado).
instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio
o
de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de
§ 8 (VETADO). trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no
veículo, conforme norma do Contran.
Art 67-B. VETADO).
o
§ 3 O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcionar
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de forma independente de qualquer interferência do condutor,
de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de transporte quanto aos dados registrados.
rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário
de cargas. o
§ 4 A guarda, a preservação e a exatidão das informações
contidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de
o velocidade e de tempo são de responsabilidade do condutor.
§ 1 Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de
transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e o CAPÍTULO IV
do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO
horas e meia contínuas no exercício da condução. MOTORIZADOS

o
§ 1 -A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso a Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios
cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos
passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a
tempo de direção. autoridade competente permitir a utilização de parte da

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calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre
fluxo de pedestres. as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de
passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
ao pedestre em direitos e deveres.
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou semafórica de controle de passagem será dada preferência
quando não for possível a utilização destes, a circulação de aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo
pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos
sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto veículos.
em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a
segurança ficar comprometida. Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou pedestres em boas condições de visibilidade, higiene,
quando não for possível a utilização dele, a circulação de segurança e sinalização.
pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade
sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em CAPÍTULO V
sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em DO CIDADÃO
locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a
segurança ficar comprometida. Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de
solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema
§ 4º (VETADO) Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação
de equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este
serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à Código.
circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições,
usar o acostamento. Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema
Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a
pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou
deverá assegurar a devida sinalização e proteção para justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao
circulação de pedestres. solicitante quando tal evento ocorrerá.

Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer
precauções de segurança, levando em conta, principalmente, quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao
a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais
utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas solicitações.
sempre que estas existirem numa distância de até cinqüenta
metros dele, observadas as seguintes disposições: CAPÍTULO VI
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres Nacional de Trânsito.
ou delimitada por marcas sobre a pista:
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional
luzes; de Trânsito.

b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o § 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão
semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante
veículos; convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito,
nos moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não
existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e
via na continuação da calçada, observadas as seguintes os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que
normas: deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do
Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos
referentes às férias escolares, feriados prolongados e à
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de Semana Nacional de Trânsito.
que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;
§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres deverão promover outras campanhas no âmbito de sua
não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
sobre ela sem necessidade.

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§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter II - os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos
permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e veículos mencionados no inciso I.
imagens explorados pelo poder público são obrigados a
difundi-las gratuitamente, com a freqüência recomendada o
§ 2 O disposto no caput deste artigo aplica-se à propaganda
pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito. de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante do
produto, em qualquer das seguintes modalidades:
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-
escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de I - rádio;
planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e
entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas II - televisão;
respectivas áreas de atuação.
III - jornal;
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o
Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do IV - revista;
CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades
Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá: V - outdoor.

I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo o o


§ 3 Para efeito do disposto no § 2 , equiparam-se ao
interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o
de trânsito; revendedor autorizado dos veículos e demais produtos
o
discriminados no § 1 deste artigo.
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o
trânsito nas escolas de formação para o magistério e o Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada
treinamento de professores e multiplicadores; em outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da
respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art. 77-B
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para estende-se à propaganda de qualquer tipo de produto e
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao anunciante, inclusive àquela de caráter institucional ou
trânsito; eleitoral.

IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das
trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na
área de trânsito. respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes
fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao refere o art. 75.
Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN,
estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo
serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui
de trânsito. infração punível com as seguintes sanções:

Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente I - advertência por escrito;


por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo
intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. II - suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de
76. qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60
(sessenta) dias;
Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades
componentes do Sistema Nacional de Trânsito os III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete reais)
mecanismos instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), cobrada
veiculação de mensagens educativas de trânsito em todo o do dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. (Redação
território nacional, em caráter suplementar às campanhas dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
previstas nos arts. 75 e 77.
o
§ 1 As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativamente,
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou conforme dispuser o regulamento.
promoção, nos meios de comunicação social, de produto
oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá, o
obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser § 2 Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, qualquer
conjuntamente veiculada. infração acarretará a imediata suspensão da veiculação da
peça publicitária até que sejam cumpridas as exigências
o fixadas nos arts. 77-A a 77-D.
§ 1 Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se
produtos oriundos da indústria automobilística ou afins:
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto,
do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do
I - os veículos rodoviários automotores de qualquer espécie, CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas
incluídos os de passageiros e os de carga; destinados à prevenção de acidentes.

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Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas,
valores arrecadados destinados à Previdência Social, do estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter
Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados suas entradas e saídas devidamente identificadas, na forma
por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que regulamentada pelo CONTRAN.
trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão
repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de que
Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser
de que trata este artigo. sinalizadas com as respectivas placas indicativas de
destinação e com placas informando os dados sobre a
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão infração por estacionamento indevido.
firmar convênio com os órgãos de educação da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo.
I - verticais;
CAPÍTULO VII
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
II - horizontais;
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da
via, sinalização prevista neste Código e em legislação III - dispositivos de sinalização auxiliar;
complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a
utilização de qualquer outra. IV - luminosos;

§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições que V - sonoros;


a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a noite,
em distância compatível com a segurança do trânsito, VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
conforme normas e especificações do CONTRAN.

Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após


§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experimental e
sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de
por período prefixado, a utilização de sinalização não prevista obras ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente
neste Código. sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as
condições adequadas de segurança na circulação.
§ 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas
vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras
unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de deverá ser afixada sinalização específica e adequada.
estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu
proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar
luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
possam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização circulação e outros sinais;
e comprometer a segurança do trânsito.
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e
respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de
publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se trânsito.
relacionem com a mensagem da sinalização.
Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste
Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas Código por inobservância à sinalização quando esta for
ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia insuficiente ou incorreta.
aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a
via.
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre
a via é responsável pela implantação da sinalização,
Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta
sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de colocação.
qualquer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização
viária e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha
§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se
colocado.
refere à interpretação, colocação e uso da sinalização.

Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de


trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres
deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas
no leito da via.

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CAPÍTULO VIII CAPÍTULO IX
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA DOS VEÍCULOS
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE
TRÂNSITO Seção I
Disposições Gerais
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos
a serem adotados em todo o território nacional quando da Art. 96. Os veículos classificam-se em:
implementação das soluções adotadas pela Engenharia de
Tráfego, assim como padrões a serem praticados por todos os
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. I - quanto à tração:

Art. 92. (VETADO) a) automotor;

Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transformar- b) elétrico;


se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem
prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre c) de propulsão humana;
a via e sem que do projeto conste área para estacionamento e
indicação das vias de acesso adequadas. d) de tração animal;

Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança e) reboque ou semi-reboque;


de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso
não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente
sinalizado. II - quanto à espécie:

Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações a) de passageiros:


transversais e de sonorizadores como redutores de
velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou 1 - bicicleta;
entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos
pelo CONTRAN.
2 - ciclomotor;

Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou


3 - motoneta;
interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou
colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão
prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição 4 - motocicleta;
sobre a via.
5 - triciclo;
§ 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução
ou manutenção da obra ou do evento. 6 - quadriciclo;

§ 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito 7 - automóvel;


com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por
intermédio dos meios de comunicação social, com quarenta e
8 - microônibus;
oito horas de antecedência, de qualquer interdição da via,
indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados.
9 - ônibus;
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo será punido
com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e cinco 10 - bonde;
centavos) a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito reais e
dez centavos), independentemente das cominações cíveis e 11 - reboque ou semi-reboque;
penais cabíveis, além de multa diária no mesmo valor até a
regularização da situação, a partir do prazo final concedido
pela autoridade de trânsito, levando-se em consideração a 12 - charrete;
dimensão da obra ou do evento e o prejuízo causado ao
trânsito. (Redação pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) b) de carga:

§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de 1 - motoneta;


qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a
autoridade de trânsito aplicará multa diária na base de 2 - motocicleta;
cinqüenta por cento do dia de vencimento ou remuneração
devida enquanto permanecer a irregularidade.
3 - triciclo;

4 - quadriciclo;

5 - caminhonete;

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60 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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6 - caminhão; ao proprietário do veículo a responsabilidade pelo
cumprimento das exigências.
7 - reboque ou semi-reboque;
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o
8 - carroça; veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites
estabelecidos pelo CONTRAN.
9 - carro-de-mão;
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de
pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma
c) misto: estabelecida pelo CONTRAN.

1 - camioneta; § 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso


bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à
2 - utilitário; superfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma
estabelecida pelo CONTRAN.
3 - outros;
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem
d) de competição; de veículos serão aferidos de acordo com a metodologia e na
periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão
ou entidade de metrologia legal.
e) de tração:
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá
1 - caminhão-trator; transitar com lotação de passageiros, com peso bruto total, ou
com peso bruto total combinado com peso por eixo, superior
2 - trator de rodas; ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade
máxima de tração da unidade tratora.
3 - trator de esteiras;
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros
poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela Lei
4 - trator misto;
nº 13.281, de 2016) (Vigência)

f) especial;
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos
para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
g) de coleção; 2016) (Vigência)

III - quanto à categoria: § 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte de


passageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento na
a) oficial; configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
b) de representação diplomática, de repartições consulares de
carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no
Governo brasileiro; transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos
limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN,
poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição
c) particular;
sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo,
válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança
d) de aluguel; consideradas necessárias.

e) de aprendizagem. § 1º A autorização será concedida mediante requerimento que


especificará as características do veículo ou combinação de
Art. 97. As características dos veículos, suas especificações veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do
básicas, configuração e condições essenciais para registro, deslocamento inicial.
licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo
CONTRAN, em função de suas aplicações. § 2º A autorização não exime o beneficiário da
responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a
Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem combinação de veículos causar à via ou a terceiros.
prévia autorização da autoridade competente, fazer ou
ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas § 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões
características de fábrica. poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição
sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo de
Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usados que seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas
sofrerem alterações ou conversões são obrigados a atender necessárias.
aos mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e
ruído previstos pelos órgãos ambientais competentes e pelo Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente
CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações e equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento
da carga sobre a via.

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Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os
a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de
acordo com a sua natureza. carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e
trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo
Seção II inalterável de velocidade e tempo;
Da Segurança dos Veículos
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando automotores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;
atendidos os requisitos e condições de segurança
estabelecidos neste Código e em normas do CONTRAN. IV - (VETADO)

§ 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases


encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo
segurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM, CONTRAN.
nas condições estabelecidas pelo CONTRAN.
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna
§ 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do
periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os lado esquerdo.
montadores e os encarroçadores comprovem o atendimento
aos requisitos de segurança veicular, devendo, para isso, VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal
manter disponíveis a qualquer tempo os resultados dos testes para o condutor e o passageiro do banco dianteiro.
e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos pela
legislação de segurança veicular.
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos
obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações
Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições de técnicas.
segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de
ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na
forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os § 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou
itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e
poluentes e ruído. medidas administrativas previstas neste Código.

§ 1º (VETADO) § 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os


encarroçadores de veículos e os revendedores devem
comercializar os seus veículos com os equipamentos
§ 2º (VETADO) obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais
estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 3º (VETADO)
§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento do
§ 4º (VETADO) disposto neste artigo.

o
§ 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos § 5 A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
veículos reprovados na inspeção de segurança e na de artigo será progressivamente incorporada aos novos projetos
emissão de gases poluentes e ruído. de automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados,
importados, montados ou encarroçados, a partir do
o
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, durante 1 (primeiro) ano após a definição pelo Contran das
3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os veículos especificações técnicas pertinentes e do respectivo
o
novos classificados na categoria particular, com capacidade cronograma de implantação e a partir do 5 (quinto) ano, após
para até 7 (sete) passageiros, desde que mantenham suas esta definição, para os demais automóveis zero quilômetro de
características originais de fábrica e não se envolvam em modelos ou projetos já existentes e veículos deles derivados.
acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.
o
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 6 A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação.
§ 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata o §
6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação
características originais de fábrica e não se envolvam em de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de
acidente de trânsito com danos de média ou grande monta. equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) exigido, para licenciamento e registro, certificado de
segurança expedido por instituição técnica credenciada por
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma
outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN: elaborada pelo CONTRAN.

I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além
transporte de passageiros em percursos em que seja das exigências previstas neste Código, às condições técnicas
permitido viajar em pé; e aos requisitos de segurança, higiene e conforto
estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir
ou conceder a exploração dessa atividade.

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Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o
autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a ano de fabricação.
título precário, o transporte de passageiros em veículo de
carga ou misto, desde que obedecidas as condições de § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da
segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN. autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se
faça, modificações da identificação de seu veículo.
Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá
exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autoridade Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio
pública responsável deverá implantar o serviço regular de de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua
transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a estrutura, obedecidas as especificações e modelos
legislação pertinente e com os dispositivos deste Código. estabelecidos pelo CONTRAN.

Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados ao § 1º Os caracteres das placas serão individualizados para
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo
com as normas estabelecidas pelo CONTRAN. vedado seu reaproveitamento.

Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas § 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira
características para competição ou finalidade análoga só Nacional serão usadas somente pelos veículos de
poderá circular nas vias públicas com licença especial da representação pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da
autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados. República, dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara
dos Deputados, do Presidente e dos Ministros do Supremo
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado-Geral
da União e do Procurador-Geral da República.
I - (VETADO)
§ 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários
veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembléias
retrovisores em ambos os lados. Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos
Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo
chefe do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, Forças Armadas terão placas especiais, de acordo com os
painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer a modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
segurança do veículo, na forma de regulamentação do
CONTRAN. o
§ 4 Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a
arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao
publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos registro na repartição competente, se transitarem em via
condutores em toda a extensão do pára-brisa e da traseira dos pública, dispensados o licenciamento e o emplacamento.
veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do
trânsito. o
§ 4 -A. Os tratores e demais aparelhos automotores
destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a
Art. 112. (Revogado pela Lei nº 9.792, de 1999) executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transitar
em via pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, em
Art. 113. Os importadores, as montadoras, as encarroçadoras cadastro específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e
e fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis civil e Abastecimento, acessível aos componentes do Sistema
criminalmente por danos causados aos usuários, a terceiros, e Nacional de Trânsito.
ao meio ambiente, decorrentes de falhas oriundas de projetos
e da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados na sua § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso
fabricação. bélico.

Seção III § 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da


Da Identificação do Veículo placa dianteira.

Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por o


§ 7 Excepcionalmente, mediante autorização específica e
caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida
em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN. comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos
utilizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, Público que exerçam competência ou atribuição criminal
de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas poderão temporariamente ter placas especiais, de forma a
características, além do ano de fabricação, que não poderá impedir a identificação de seus usuários específicos, na forma
ser alterado. de regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho
Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do
§ 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de
prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e Trânsito - CONTRAN.
somente serão processadas por estabelecimento por ela
credenciado, mediante a comprovação de propriedade do

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o
§ 8 Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrícola veículo será registrado, excetuando-se os veículos de
o
(jericos), para efeito do registro de que trata o § 4 -A, ficam representação e os previstos no art. 116.
dispensados da exigência prevista no art. 106.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso
§ 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a bélico.
identificação do veículo ao qual estão atreladas são
dispensadas da utilização do lacre previsto no caput, na forma Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de
a ser regulamentada pelo Contran. (Incluído pela Lei nº Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos e
13.281, de 2016) (Vigência) especificações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo as
características e condições de invulnerabilidade à falsificação
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados e e à adulteração.
do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados,
somente quando estritamente usados em serviço reservado Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro de
de caráter policial, poderão usar placas particulares, Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro do
obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela legislação RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes documentos:
que regulamenta o uso de veículo oficial.
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos de documento equivalente expedido por autoridade competente;
passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a
inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de II - documento fornecido pelo Ministério das Relações
tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo Exteriores, quando se tratar de veículo importado por membro
com sua classificação. de missões diplomáticas, de repartições consulares de
carreira, de representações de organismos internacionais e de
seus integrantes.
CAPÍTULO X
DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de
Registro de Veículo quando:
Art. 118. A circulação de veículo no território nacional,
independentemente de sua origem, em trânsito entre o Brasil
e os países com os quais exista acordo ou tratado I - for transferida a propriedade;
internacional, reger-se-á pelas disposições deste Código,
pelas convenções e acordos internacionais ratificados. II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou
residência;
Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de controle
de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a entrada III - for alterada qualquer característica do veículo;
e saída temporária ou definitiva de veículos.
IV - houver mudança de categoria.
§ 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do
território nacional sem o prévio pagamento ou o depósito, § 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o
judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às proprietário adotar as providências necessárias à efetivação
infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de
que tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares, trinta dias, sendo que nos demais casos as providências
independentemente da fase do processo administrativo ou deverão ser imediatas.
judicial envolvendo a questão. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
§ 2º No caso de transferência de domicílio ou residência no
mesmo Município, o proprietário comunicará o novo endereço
§ 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o
num prazo de trinta dias e aguardará o novo licenciamento
cumprimento do disposto no § 1º e que posteriormente forem para alterar o Certificado de Licenciamento Anual.
flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território
nacional serão retidos até a regularização da situação.
(Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência) § 3º A expedição do novo certificado será comunicada ao
órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao
RENAVAM.
CAPÍTULO XI
DO REGISTRO DE VEÍCULOS
Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro de
Veículo serão exigidos os seguintes documentos:
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque
ou semi-reboque, deve ser registrado perante o órgão
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na
forma da lei. II - Certificado de Licenciamento Anual;

§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do III - comprovante de transferência de propriedade, quando for
Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo
propriedade da administração direta, da União, dos Estados, CONTRAN;
do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos
poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do
nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o

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IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá ser
poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
características do veículo;
Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Registro de
V - comprovante de procedência e justificativa da propriedade Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de
dos componentes e agregados adaptados ou montados no trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo,
veículo, quando houver alteração das características originais independentemente da responsabilidade pelas infrações
de fábrica; cometidas.

VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de
caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de propulsão humana e dos veículos de tração animal
repartições consulares de carreira, de representações de obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação
organismos internacionais e de seus integrantes; municipal do domicílio ou residência de seus proprietários.

VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, expedida Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
no Município do registro anterior, que poderá ser substituída automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
por informação do RENAVAM; agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem
ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a tributos, Abastecimento, diretamente ou mediante convênio.
encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo,
independentemente da responsabilidade pelas infrações CAPÍTULO XII
cometidas; DO LICENCIAMENTO

IX - Revogado. Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque


ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser licenciado
X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no art. anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do
98, quando houver alteração nas características originais do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.
veículo que afetem a emissão de poluentes e ruído;
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de bélico.
poluentes e ruído, quando for o caso, conforme
regulamentações do CONTRAN e do CONAMA. § 2º No caso de transferência de residência ou domicílio, é
válido, durante o exercício, o licenciamento de origem.
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, os
agregados e as características originais do veículo deverão Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expedido
ser prestadas ao RENAVAM: ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de Registro, no
modelo e especificações estabelecidos pelo CONTRAN.
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercialização, no
caso de veículo nacional; § 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente ao
registro.
II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado por
pessoa física; § 2º O veículo somente será considerado licenciado estando
quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de
III - pelo importador, no caso de veículo importado por pessoa trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,
jurídica. independentemente da responsabilidade pelas infrações
cometidas.
Parágrafo único. As informações recebidas pelo RENAVAM
serão repassadas ao órgão executivo de trânsito responsável § 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar
pelo registro, devendo este comunicar ao RENAVAM, tão logo sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de
seja o veículo registrado. controle de emissões de gases poluentes e de ruído, conforme
disposto no art. 104.
Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável, ou destinado
à desmontagem, deverá requerer a baixa do registro, no prazo Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao
e forma estabelecidos pelo Contran, vedada a remontagem do licenciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN
veículo sobre o mesmo chassi de forma a manter o registro durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
anterior.
o
§ 1 O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos
Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo é da veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou
companhia seguradora ou do adquirente do veículo destinado entreposto alfandegário e o Município de destino.
à desmontagem, quando estes sucederem ao proprietário.
o
§ 2 Revogado.
Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só
efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento
do RENAVAM. Anual.

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Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no I - ter idade superior a vinte e um anos;
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido
sistema informatizado para verificar se o veículo está II - ser habilitado na categoria D;
licenciado. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência)
III - (VETADO)
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o
proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de
trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima,
autenticada do comprovante de transferência de propriedade, ou ser reincidente em infrações médias durante os doze
devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se últimos meses;
responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e
suas reincidências até a data da comunicação. V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da
regulamentação do CONTRAN.
Parágrafo único. O comprovante de transferência de
propriedade de que trata o caput poderá ser substituído por Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a competência
documento eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran. municipal de aplicar as exigências previstas em seus
regulamentos, para o transporte de escolares.
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou CAPÍTULO XIII-A
empregados em qualquer serviço remunerado, para registro, DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
licenciamento e respectivo emplacamento de característica
comercial, deverão estar devidamente autorizados pelo poder Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao
público concedente. transporte remunerado de mercadorias - moto-frete - somente
poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão
CAPÍTULO XIII ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES Federal, exigindo-se, para tanto:

Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução I - registro como veículo da categoria de aluguel;
coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com
autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de II - instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do
tanto: condutor em caso de tombamento, nos termos de
regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito - Contran;
I - registro como veículo de passageiros;
III - instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos termos de regulamentação do Contran;
obrigatórios e de segurança;
IV - inspeção semestral para verificação dos equipamentos
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta obrigatórios e de segurança.
centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das
partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico o
§ 1 A instalação ou incorporação de dispositivos para
ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de transporte de cargas deve estar de acordo com a
carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas regulamentação do Contran.
devem ser invertidas;
o
§ 2 É proibido o transporte de combustíveis, produtos
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de
inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata
velocidade e tempo; este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões
contendo água mineral, desde que com o auxílio de side-car,
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas nos termos de regulamentação do Contran.
extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz
vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira; Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a
competência municipal ou estadual de aplicar as exigências
VI - cintos de segurança em número igual à lotação; previstas em seus regulamentos para as atividades de moto-
frete no âmbito de suas circunscrições.
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios
estabelecidos pelo CONTRAN. CAPÍTULO XIV
DA HABILITAÇÃO
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior
deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor e
visível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser
condução de escolares em número superior à capacidade realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou
estabelecida pelo fabricante. do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato,
ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o
Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de condutor preencher os seguintes requisitos:
escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:

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I - ser penalmente imputável; Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou
o equipamento automotor destinado à movimentação de
II - saber ler e escrever; cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem,
de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos
na via pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou
III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente. E.

Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos
serão cadastradas no RENACH. automotores destinados a executar trabalhos agrícolas
poderão ser conduzidos em via pública também por condutor
Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à habilitado na categoria B.
aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos
e à autorização para conduzir ciclomotores serão Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para
regulamentados pelo CONTRAN. conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato
§ 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão deverá preencher os seguintes requisitos:
humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios.
I - ser maior de vinte e um anos;
§ 2º (VETADO)
II - estar habilitado:
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em outro
país está subordinado às condições estabelecidas em a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há
convenções e acordos internacionais e às normas do um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
CONTRAN. categoria D; e

Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender
A a E, obedecida a seguinte gradação: habilitar-se na categoria E;

I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima
três rodas, com ou sem carro lateral; ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos
doze meses;
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de
três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a treinamento de prática veicular em situação de risco, nos
oito lugares, excluído o do motorista; termos da normatização do CONTRAN.

III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em Parágrafo único. A participação em curso especializado
transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e previsto no inciso IV independe da observância do disposto no
quinhentos quilogramas; inciso III.

IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no o


§ 2 (VETADO).
transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares,
excluído o do motorista;
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir
ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5
a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja (cinco) anos, nos termos da normatização do Contran.
unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de
peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o condutor
deverá realizar exames complementares exigidos para
habilitação na categoria pretendida.
§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar
habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser Art. 147. O candidato à habilitação deverá submeter-se a
reincidente em infrações médias, durante os últimos doze exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na
meses. seguinte ordem:

o
§ 2 São os condutores da categoria B autorizados a conduzir I - de aptidão física e mental;
veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos termos
do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg II - (VETADO)
(seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito)
lugares, excluído o do motorista. III - escrito, sobre legislação de trânsito;

§ 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da IV - de noções de primeiros socorros, conforme


combinação de veículos com mais de uma unidade regulamentação do CONTRAN;
tracionada, independentemente da capacidade de tração ou
do peso bruto total.

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V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo da § 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá
categoria para a qual estiver habilitando-se. dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o
cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação dos Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da
respectivos examinadores serão registrados no RENACH. prestação do exame de aptidão física e mental.

§ 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão
renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
local de residência ou domicílio do examinado.
o
§ 1 O exame de que trata este artigo buscará aferir o
o o
§ 3 O exame previsto no § 2 incluirá avaliação psicológica consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente,
preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela de
condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das
incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas normas do Contran.
no exame referente à primeira habilitação.
o
§ 2 Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
§ 4º Quando houver indícios de deficiência física, mental, ou Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos
o
de progressividade de doença que possa diminuir a deverão fazer o exame previsto no § 1 no prazo de 2 (dois)
capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º anos e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto
poderá ser diminuído por proposta do perito examinador. no caput.

o
o
§ 5 O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo § 3 Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos deverão
o
Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional fazer o exame previsto no § 1 no prazo de 1 (um) ano e 6
de Trânsito - Contran. (seis) meses a contar da realização do disposto no caput.

o
Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é § 4 É garantido o direito de contraprova e de recurso
assegurada acessibilidade de comunicação, mediante administrativo no caso de resultado positivo para o exame de
emprego de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em que trata o caput, nos termos das normas do Contran.
todas as etapas do processo de habilitação.
o
§ 5 A reprovação no exame previsto neste artigo terá como
o
§ 1 O material didático audiovisual utilizado em aulas teóricas consequência a suspensão do direito de dirigir pelo período de
dos cursos que precedem os exames previstos no art. 147 3 (três) meses, condicionado o levantamento da suspensão ao
desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitulação com resultado negativo em novo exame, e vedada a aplicação de
legenda oculta associada à tradução simultânea em Libras. outras penalidades, ainda que acessórias.

o
o
§ 2 É assegurado também ao candidato com deficiência § 6 O resultado do exame somente será divulgado para o
auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao
o
intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas práticas disposto neste artigo ou no § 6 do art. 168 da Consolidação
e teóricas. das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
o o
n 5.452, de 1 de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103,
de 2015) (Vigência)
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção
veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou o
privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos § 7 O exame será realizado, em regime de livre concorrência,
Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas pelos laboratórios credenciados pelo Departamento Nacional
estabelecidas pelo CONTRAN. de Trânsito - DENATRAN, nos termos das normas do Contran,
vedado aos entes públicos:
§ 1º A formação de condutores deverá incluir,
obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos I - fixar preços para os exames;
básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com o
trânsito. II - limitar o número de empresas ou o número de locais em
que a atividade pode ser exercida; e
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para
Dirigir, com validade de um ano. III - estabelecer regras de exclusividade territorial.

§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao Art. 149. (VETADO)


condutor no término de um ano, desde que o mesmo não
tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo anterior, o
gravíssima ou seja reincidente em infração média. condutor que não tenha curso de direção defensiva e
primeiros socorros deverá a eles ser submetido, conforme
§ 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, normatização do CONTRAN.
tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto no
parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o
processo de habilitação.

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68 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização para
contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a aprendizagem, de acordo com a regulamentação do
fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física,
outros conforme normatização do CONTRAN. mental, de primeiros socorros e sobre legislação de trânsito.

Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento para
legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só prestação de serviço pelas auto-escolas e outras entidades
poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da destinadas à formação de condutores e às exigências
divulgação do resultado. necessárias para o exercício das atividades de instrutor e
examinador.
Art. 152. O exame de direção veicular será realizado perante
comissão integrada por 3 (três) membros designados pelo Art. 157. (VETADO)
dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação dada
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:

§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou executivo de trânsito;
superior à pretendida pelo candidato.
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
§ 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e
bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, dos
Estados e do Distrito Federal que possuírem curso de § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na
formação de condutor ministrado em suas corporações serão aprendizagem poderá conduzir apenas mais um
dispensados, para a concessão do documento de habilitação, acompanhante.
dos exames aos quais se houverem submetido com
o
aprovação naquele curso, desde que neles sejam observadas § 2 Parte da aprendizagem será obrigatoriamente realizada
as normas estabelecidas pelo Contran. (Redação dada pela durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a carga
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) horária mínima correspondente.

§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado na Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com modelo único e de acordo com as especificações do
ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste
administrativa onde prestar serviço, do qual constarão o Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor,
número do registro de identificação, naturalidade, nome, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em
filiação, idade e categoria em que se habilitou a conduzir, todo o território nacional.
acompanhado de cópia das atas dos exames prestados.
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à
§ 4º (VETADO) direção do veículo.

Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuário a § 2º (VETADO)


identificação de seus instrutores e examinadores, que serão
passíveis de punição conforme regulamentação a ser § 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de
estabelecida pelo CONTRAN. Habilitação será regulamentada pelo CONTRAN.

Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores e § 4º (VETADO)


examinadores serão de advertência, suspensão e
cancelamento da autorização para o exercício da atividade,
conforme a falta cometida. § 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para
Dirigir somente terão validade para a condução de veículo
quando apresentada em original.
Art. 154. Os veículos destinados à formação de condutores
serão identificados por uma faixa amarela, de vinte
centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia § 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
altura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no
RENACH.
Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para
aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, § 7º A cada condutor corresponderá um único registro no
deverá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, RENACH, agregando-se neste todas as informações.
faixa branca removível, de vinte centímetros de largura, com a
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. § 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de
Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será
Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor e realizada após quitação de débitos constantes do prontuário
elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão do condutor.
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal,
pertencente ou não à entidade credenciada. § 9º (VETADO)

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§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está Medida administrativa: recolhimento do documento de
condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física habilitação e retenção do veículo até a apresentação de
e mental. condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência)
§ 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na vigência
do Código anterior, será substituída por ocasião do III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para
vencimento do prazo para revalidação do exame de aptidão Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja
física e mental, ressalvados os casos especiais previstos conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
nesta Lei. (Vigência)

Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito deverá Infração: gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
ser submetido a novos exames para que possa voltar a dirigir, 2016) (Vigência)
de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN,
independentemente do reconhecimento da prescrição, em Penalidade: multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei nº
face da pena concretizada na sentença. 13.281, de 2016) (Vigência)

§ 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido Medida administrativa: retenção do veículo até a
poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a apresentação de condutor habilitado; (Redação dada pela Lei
juízo da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada nº 13.281, de 2016) (Vigência)
ampla defesa ao condutor.
IV - (VETADO)
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva
estadual de trânsito poderá apreender o documento de
habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida
realizados. há mais de trinta dias:

CAPÍTULO XV Infração: gravíssima;


DAS INFRAÇÕES
Penalidade: multa;
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de
qualquer preceito deste Código, da legislação complementar Medida administrativa: recolhimento da Carteira Nacional de
ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às Habilitação e retenção do veículo até a apresentação de
penalidades e medidas administrativas indicadas em cada condutor habilitado;
artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.
VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de
Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às audição, de prótese física ou as adaptações do veículo
resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas impostas por ocasião da concessão ou da renovação da
administrativas definidas nas próprias resoluções. licença para conduzir:

Art. 162. Dirigir veículo: Infração: gravíssima;

I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão Penalidade: multa;


para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor:
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Medida administrativa: retenção do veículo até o
saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor
Infração: gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de habilitado.
2016) (Vigência)
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas
Penalidade: multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº condições previstas no artigo anterior:
13.281, de 2016) (Vigência)
Infração: as mesmas previstas no artigo anterior;
Medida administrativa: retenção do veículo até a
apresentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº Penalidade: as mesmas previstas no artigo anterior;
13.281, de 2016) (Vigência)

Medida administrativa: a mesma prevista no inciso III do


II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para artigo anterior.
Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou
com suspensão do direito de dirigir: (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência) Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos
incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a
conduzi-lo na via:
Infração: gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
Infração: as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
Penalidade: multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência) Penalidade: as mesmas previstas no art. 162;

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70 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Medida administrativa: a mesma prevista no inciso III do art. Infração: gravíssima;
162.
Penalidade: multa;
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência: Medida administrativa: retenção do veículo até que a
irregularidade seja sanada.
Infração: gravíssima;
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
Penalidade: multa (dez vezes) e suspensão do direito de indispensáveis à segurança:
dirigir por 12 (doze) meses.
Infração: leve;
Medida administrativa: recolhimento do documento de
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § Penalidade: multa.
o o
4 do art. 270 da Lei n 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam
atravessando a via pública, ou os demais veículos:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) Infração: gravíssima;
meses.

Penalidade: multa e suspensão do direito de dirigir;


Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame
clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar
influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma Medida administrativa: retenção do veículo e recolhimento
estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, de do documento de habilitação.
2016) (Vigência)
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres
Infração: gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) ou veículos, água ou detritos:
(Vigência)
Infração: média;
Penalidade: multa (dez vezes) e suspensão do direito de
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de Penalidade: multa.
2016) (Vigência)
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou
Medida administrativa: recolhimento do documento de substâncias:
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no §
4º do art. 270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Infração: média;
(Vigência)
Penalidade: multa.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) Art. 173. Disputar corrida:
meses (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Infração: gravíssima;
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa
que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não
estiver em condições de dirigi-lo com segurança: Penalidade: multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
e apreensão do veículo;
Infração: gravíssima;
Medida administrativa: recolhimento do documento de
habilitação e remoção do veículo.
Penalidade: multa.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze)
segurança, conforme previsto no art. 65: meses da infração anterior.

Infração: grave; Art. 174. Promover, na via, competição, eventos organizados,


exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo,
Penalidade: multa; ou deles participar, como condutor, sem permissão da
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via:
Medida administrativa: retenção do veículo até colocação do
cinto pelo infrator. Infração: gravíssima;

Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem Penalidade: multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
observância das normas de segurança especiais e apreensão do veículo;
estabelecidas neste Código:

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71 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Medida administrativa: recolhimento do documento de Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem
habilitação e remoção do veículo. vítima, de adotar providências para remover o veículo do local,
quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a
o
§ 1 As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos fluidez do trânsito:
condutores participantes.
Infração: média;
o
§ 2 Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de
reincidência no período de 12 (doze) meses da infração Penalidade: multa.
anterior.
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via
Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado:
ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus:
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido:
Infração: gravíssima;
Infração: grave;
Penalidade: multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
e apreensão do veículo; Penalidade: multa;

Medida administrativa: recolhimento do documento de Medida administrativa: remoção do veículo;


habilitação e remoção do veículo.
II - nas demais vias:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses da infração anterior. Infração: leve;

Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: Penalidade: multa.

I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê- Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de
lo; combustível:

II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de Infração: média;


evitar perigo para o trânsito no local;
Penalidade: multa;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da
polícia e da perícia; Medida administrativa: remoção do veículo.

IV - de adotar providências para remover o veículo do local, Art. 181. Estacionar o veículo:
quando determinadas por policial ou agente da autoridade de
trânsito; I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
alinhamento da via transversal:
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações
necessárias à confecção do boletim de ocorrência: Infração: média;

Infração: gravíssima; Penalidade: multa;

Penalidade: multa (cinco vezes) e suspensão do direito de Medida administrativa: remoção do veículo;
dirigir;

II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta


Medida administrativa: recolhimento do documento de centímetros a um metro:
habilitação.

Infração: leve;
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de
acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus
agentes: Penalidade: multa;

Infração: grave; Medida administrativa: remoção do veículo;

Penalidade: multa. III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um


metro:

Infração: grave;

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72 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Penalidade: multa; X - impedindo a movimentação de outro veículo:

Medida administrativa: remoção do veículo; Infração: média;

IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Penalidade: multa;


Código:
Medida administrativa: remoção do veículo;
Infração: média;
XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Penalidade: multa;
Infração: grave;
Medida administrativa: remoção do veículo;
Penalidade: multa;
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento: Medida administrativa: remoção do veículo;

Infração: gravíssima; XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação


de veículos e pedestres:
Penalidade: multa;
Infração: grave;
Medida administrativa: remoção do veículo;
Penalidade: multa;
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou
tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde Medida administrativa: remoção do veículo;
que devidamente identificados, conforme especificação do
CONTRAN:
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto
de embarque ou desembarque de passageiros de transporte
Infração: média; coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no intervalo
compreendido entre dez metros antes e depois do marco do
Penalidade: multa; ponto:

Medida administrativa: remoção do veículo; Infração: média;

VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior: Penalidade: multa;

Infração: leve; Medida administrativa: remoção do veículo;

Penalidade: multa; XIV - nos viadutos, pontes e túneis:

Medida administrativa: remoção do veículo; Infração: grave;

VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre Penalidade: multa;


ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou
sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, Medida administrativa: remoção do veículo;
marcas de canalização, gramados ou jardim público:
XV - na contramão de direção:
Infração: grave;
Infração: média;
Penalidade: multa;
Penalidade: multa;
Medida administrativa: remoção do veículo;
XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com
destinada à entrada ou saída de veículos: peso bruto total superior a três mil e quinhentos quilogramas:

Infração: média; Infração: grave;

Penalidade: multa; Penalidade: multa;

Medida administrativa: remoção do veículo; Medida administrativa: remoção do veículo;

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73 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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XVII - em desacordo com as condições regulamentadas Penalidade: multa;
especificamente pela sinalização (placa - Estacionamento
Regulamentado): III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
metro:
Infração: grave;
Infração: média;
Penalidade: multa;
Penalidade: multa;
Medida administrativa: remoção do veículo;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela Código:
sinalização (placa - Proibido Estacionar):
Infração: leve;
Infração: média;
Penalidade: multa;
Penalidade: multa;
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
Medida administrativa: remoção do veículo; de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamento:

XIX - em locais e horários de estacionamento e parada Infração: grave;


proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e
Estacionar): Penalidade: multa;

Infração: grave; VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas


ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de
Penalidade: multa; rolamento e marcas de canalização:

Medida administrativa: remoção do veículo. Infração: leve;

XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou Penalidade: multa;


idosos, sem credencial que comprove tal condição: (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação
de veículos e pedestres:
Infração: gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência) Infração: média;

Penalidade: multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Penalidade: multa;


(Vigência)
VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
Medida administrativa: remoção do veículo. (Incluído pela
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Infração: média;
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trânsito
aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do Penalidade: multa;
veículo.
IX - na contramão de direção:
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o
calço de segurança na via. Infração: média;

Art. 182. Parar o veículo: Penalidade: multa;

I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do X - em local e horário proibidos especificamente pela
alinhamento da via transversal: sinalização (placa - Proibido Parar):

Infração: média; Infração: média;

Penalidade: multa; Penalidade: multa.

II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na
centímetros a um metro: mudança de sinal luminoso:

Infração: leve; Infração: média;

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74 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Penalidade: multa. Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela
regulamentação estabelecida pela autoridade competente:
Art. 184. Transitar com o veículo:
I - para todos os tipos de veículos:
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto Infração: média;
para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à direita:
Penalidade: multa;
Infração: leve;
II - Revogado.
Penalidade: multa;
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de perturbando o trânsito:
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo:
Infração: média;
Infração: grave;
Penalidade: multa.
Penalidade: multa.
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada com batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de
circulação destinada aos veículos de transporte público operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando
coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e com em serviço de urgência e devidamente identificados por
autorização do poder público competente: dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitentes:
Infração: gravíssima;
Infração: gravíssima;
Penalidade: multa e apreensão do veículo;
Penalidade: multa.
Medida administrativa: remoção do veículo.
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este
com prioridade de passagem devidamente identificada por
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar de dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
conservá-lo: vermelha intermitentes:

I - na faixa a ele destinada pela sinalização de Infração: grave;


regulamentação, exceto em situações de emergência;
Penalidade: multa.
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando em
Infração: média; sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo
outro ao realizar operação de ultrapassagem:
Penalidade: multa.
Infração: gravíssima;
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
Penalidade: multa (dez vezes) e suspensão do direito de
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para dirigir.
ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário,
respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
contrário:
no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses da infração anterior.
Infração: grave;
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e
Penalidade: multa; frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação
ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único velocidade, as condições climáticas do local da circulação e
de circulação: do veículo:

Infração: gravíssima; Infração: grave;

Penalidade: multa. Penalidade: multa.

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75 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, Infração: gravíssima;
passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios,
ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de Penalidade: multa.
rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e
jardins públicos:
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e
cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
Infração: gravíssima;
Infração: média;
Penalidade: multa (três vezes).
Penalidade: multa.
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância
necessária a pequenas manobras e de forma a não causar
riscos à segurança: Art. 202. Ultrapassar outro veículo:

Infração: grave; I - pelo acostamento;

Penalidade: multa. II - em interseções e passagens de nível;

Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade Infração: gravíssima;


competente de trânsito ou de seus agentes:
Penalidade: multa (cinco vezes).
Infração: grave;
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:
Penalidade: multa.
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente;
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto
regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do II - nas faixas de pedestre;
veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar
o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação: III - nas pontes, viadutos ou túneis;

Infração: grave; IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras,


cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre
Penalidade: multa. circulação;

Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de
para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples
respectiva mão de direção, quando for manobrar para um contínua amarela:
desses lados:
Infração: gravíssima;
Infração: média;
Penalidade: multa (cinco vezes).
Penalidade: multa.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
solicitado: meses da infração anterior.

Infração: média; Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita,


para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à
Penalidade: multa. esquerda, onde não houver local apropriado para operação de
retorno:
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da
frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que Infração: grave;
vai entrar à esquerda:
Penalidade: multa.
Infração: média;
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre
Penalidade: multa. cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com
autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes:
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo
ou de escolares, parado para embarque ou desembarque de Infração: leve;
passageiros, salvo quando houver refúgio de segurança para
o pedestre: Penalidade: multa.

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Art. 206. Executar operação de retorno: Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha
férrea:
I - em locais proibidos pela sinalização;
Infração: gravíssima;
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
Penalidade: multa.
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento, Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva
refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não marcha for interceptada:
motorizados;
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas,
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da via desfiles e outros:
transversal;
Infração: gravíssima;
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda
que em locais permitidos: Penalidade: multa.

Infração: gravíssima; II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações


militares e outros:
Penalidade: multa.
Infração: grave;
Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à
esquerda em locais proibidos pela sinalização: Penalidade: multa.

Infração: grave; Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e


a veículo não motorizado:
Penalidade: multa.
I - que se encontre na faixa a ele destinada;
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de
parada obrigatória: II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal
verde para o veículo;
Infração: gravíssima;
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e
Penalidade: multa. gestantes:

Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou Infração: gravíssima;
sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar
às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para Penalidade: multa.
não efetuar o pagamento do pedágio:
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
Infração: grave; sinalização a ele destinada;

Penalidade: multa. V - que esteja atravessando a via transversal para onde se


dirige o veículo:
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial:
Infração: grave;
Infração: gravíssima;
Penalidade: multa.
Penalidade: multa, apreensão do veículo e suspensão do
direito de dirigir; Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:

Medida administrativa: remoção do veículo e recolhimento I - em interseção não sinalizada:


do documento de habilitação.
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória;
Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de
sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer
outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados: b) a veículo que vier da direita;

Infração: grave; II - nas interseções com sinalização de regulamentação de Dê


a Preferência:
Penalidade: multa.
Infração: grave;

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Penalidade: multa. Infração: gravíssima;

Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar Penalidade: multa;
adequadamente posicionado para ingresso na via e sem as
precauções com a segurança de pedestres e de outros II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo
veículos: agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou
gestos;
Infração: média;
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
Penalidade: multa. acostamento;

Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não
dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos: sinalizada;

Infração: média; V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada;

Penalidade: multa. VI - nos trechos em curva de pequeno raio;

Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência de
para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, obras ou trabalhadores na pista;
em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais
vias: VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;

I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% IX - quando houver má visibilidade;
(vinte por cento):
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio,
Infração: média; defeituoso ou avariado;

Penalidade: multa; XI - à aproximação de animais na pista;

XII - em declive;
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento):
XIII - ao ultrapassar ciclista:

Infração: grave;
Infração: grave;

Penalidade: multa; Penalidade: multa;

III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
50% (cinqüenta por cento): embarque e desembarque de passageiros ou onde haja
intensa movimentação de pedestres:
Infração: gravíssima;
Infração: gravíssima;
Penalidade: multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do
direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. Penalidade: multa.

Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em
metade da velocidade máxima estabelecida para a via, desacordo com as especificações e modelos estabelecidos
retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as pelo CONTRAN:
condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo
se estiver na faixa da direita: Infração: média;

Infração: média; Penalidade: multa;

Penalidade: multa. Medida administrativa: retenção do veículo para


regularização e apreensão das placas irregulares.
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma
compatível com a segurança do trânsito: Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que
confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, terceiros, placas de identificação não autorizadas pela
cortejos, préstitos e desfiles: regulamentação.

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Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de Infração: leve;
atendimento de emergência, o sistema de iluminação
vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de Penalidade: multa.
incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das
ambulâncias, ainda que parados:
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume
ou freqüência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
Infração: média;
Infração: grave;
Penalidade: multa.
Penalidade: multa;
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o facho de
luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor:
Medida administrativa: retenção do veículo para
regularização.
Infração: grave;
Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme
Penalidade: multa; ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego
público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
Medida administrativa: retenção do veículo para
regularização. Infração: média;

Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias Penalidade: multa e apreensão do veículo;
providas de iluminação pública:
Medida administrativa: remoção do veículo.
Infração: leve;
Art. 230. Conduzir o veículo:
Penalidade: multa.
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os qualquer outro elemento de identificação do veículo violado ou
demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes falsificado;
externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para
tornar visível o local, quando:
II - transportando passageiros em compartimento de carga,
salvo por motivo de força maior, com permissão da autoridade
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN;
permanecer no acostamento;
III - com dispositivo anti-radar;
II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retirada
imediatamente:
IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
Infração: grave;
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
Penalidade: multa.
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
condições de legibilidade e visibilidade:
Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha
sido utilizado para sinalização temporária da via:
Infração: gravíssima;
Infração: média;
Penalidade: multa e apreensão do veículo;
Penalidade: multa.
Medida administrativa: remoção do veículo;
Art. 227. Usar buzina:
VII - com a cor ou característica alterada;
I - em situação que não a de simples toque breve como
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos; VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança
veicular, quando obrigatória;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente
ou inoperante;
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização; estabelecido pelo CONTRAN;

V - em desacordo com os padrões e freqüências XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão
estabelecidas pelo CONTRAN: defeituoso, deficiente ou inoperante;

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XII - com equipamento ou acessório proibido; XXIV- (VETADO).

o
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de § 1 Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12
sinalização alterados; (doze) meses, será convertida, automaticamente, a
penalidade disposta no inciso XXIII em infração grave.
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e
o
tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse § 2 Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do
aparelho; veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito,
judicial ou administrativo, da multa.
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter
publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a Art. 231. Transitar com o veículo:
extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as
hipóteses previstas neste Código; I - danificando a via, suas instalações e equipamentos;

XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas;
a) carga que esteja transportando;
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas
pela legislação;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a
segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art.
104; Infração: gravíssima;

XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva: Penalidade: multa;

Infração: grave; Medida administrativa: retenção do veículo para


regularização;
Penalidade: multa;
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
Medida administrativa: retenção do veículo para superiores aos fixados pelo CONTRAN;
regularização;
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos
XX - sem portar a autorização para condução de escolares, na limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem
forma estabelecida no art. 136: autorização:

Infração: grave; Infração: grave;

Penalidade: multa e apreensão do veículo; Penalidade: multa;

XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais Medida administrativa: retenção do veículo para
inscrições previstas neste Código; regularização;

XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância
com lâmpadas queimadas: quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida
pelo CONTRAN:
Infração: média;
Infração: média;
Penalidade: multa.
Penalidade: multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou
fração de excesso de peso apurado, constante na seguinte
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. tabela:
67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao
volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de
veículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros: a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais e
trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
Infração: média;

b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilogramas)


Penalidade: multa; - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos); (Redação
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Medida administrativa: retenção do veículo para
cumprimento do tempo de descanso aplicável.

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80 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) - R$ percentual tolerado na forma do disposto na legislação,
21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação somente poderá continuar viagem após descarregar o que
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) exceder, segundo critérios estabelecidos na referida legislação
complementar.
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$
31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); (Redação Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) obrigatório referidos neste Código:

e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas) - Infração: leve;
R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos);
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Penalidade: multa;

f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20 Medida administrativa: retenção do veículo até a
(cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada pela apresentação do documento.
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de
Medida administrativa: retenção do veículo e transbordo da trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as
carga excedente; hipóteses previstas no art. 123:

VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela Infração: grave;


autoridade competente para transitar com dimensões
excedentes, ou quando a mesma estiver vencida:
Penalidade: multa;
Infração: grave;
Medida administrativa: retenção do veículo para
regularização.
Penalidade: multa e apreensão do veículo;
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de
Medida administrativa: remoção do veículo; identificação do veículo:

VII - com lotação excedente; Infração: gravíssima;

VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, Penalidade: multa e apreensão do veículo;
quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força
maior ou com permissão da autoridade competente:
Medida administrativa: remoção do veículo.
Infração: média;
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes
externas do veículo, salvo nos casos devidamente
Penalidade: multa; autorizados:

Medida administrativa: retenção do veículo; Infração: grave;

IX - desligado ou desengrenado, em declive: Penalidade: multa;

Infração: média; Medida administrativa: retenção do veículo para transbordo.

Penalidade: multa; Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda,
salvo em casos de emergência:
Medida administrativa: retenção do veículo;
Infração: média;
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Penalidade: multa.
Infração: de média a gravíssima, a depender da relação entre
o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração, Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as
a ser regulamentada pelo CONTRAN; especificações, e com falta de inscrição e simbologia
necessárias à sua identificação, quando exigidas pela
Penalidade: multa; legislação:

Medida administrativa: retenção do veículo e transbordo de Infração: grave;


carga excedente.
Penalidade: multa;
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos
incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou
excedendo à capacidade máxima de tração, não computado o

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81 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Medida administrativa: retenção do veículo para Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
regularização.
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a proteção e vestuário de acordo com as normas e
seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, especificações aprovadas pelo CONTRAN;
de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por
lei, para averiguação de sua autenticidade: II - transportando passageiro sem o capacete de segurança,
na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento
Infração: gravíssima; suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;

Penalidade: multa e apreensão do veículo; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma
roda;
Medida administrativa: remoção do veículo.
IV - com os faróis apagados;
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para
regularização, sem permissão da autoridade competente ou V - transportando criança menor de sete anos ou que não
de seus agentes: tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
segurança:
Infração: gravíssima;
Infração: gravíssima;
Penalidade: multa e apreensão do veículo;
Penalidade: multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa: remoção do veículo.
Medida administrativa: Recolhimento do documento de
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do habilitação;
registro de veículo irrecuperável ou definitivamente
desmontado: VI - rebocando outro veículo;

Infração: grave; VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
eventualmente para indicação de manobras;
Penalidade: multa;
VIII - transportando carga incompatível com suas
o
Medida administrativa: Recolhimento do Certificado de especificações ou em desacordo com o previsto no § 2 do art.
Registro e do Certificado de Licenciamento Anual. 139-A desta Lei;

Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo IX - efetuando transporte remunerado de mercadorias em
ou de habilitação do condutor: desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as
normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:
Infração: leve;
Infração: grave;
Penalidade: multa.
Penalidade: multa;
Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
registro, licenciamento ou habilitação: Medida administrativa: apreensão do veículo para
regularização.
Infração: gravíssima;
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII,
além de:
Penalidade: multa.
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial
Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao a ele destinado;
órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de perda
total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e
documentos: b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde
houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
Infração: grave;
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias,
condições de cuidar de sua própria segurança.
Penalidade: multa;
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do
Medida administrativa: Recolhimento das placas e dos parágrafo anterior:
documentos.
Infração: média;

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82 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Penalidade: multa. Penalidade: multa.

o
§ 3 A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem
semi-reboques especialmente projetados para esse fim e I - deixar de manter acesa a luz baixa:
devidamente homologados pelo órgão competente.
a) durante a noite;
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais
ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de
trânsito com circunscrição sobre a via: b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas
rodovias; (Redação dada pela Lei nº 13.290, de 2016)
(Vigência)
Infração: grave;

c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte


Penalidade: multa; coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles
destinadas;
Medida administrativa: remoção da mercadoria ou do
material. d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores;

Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. sob chuva forte, neblina ou cerração;

Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito
da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via
indevidamente: Infração: média;

Infração: gravíssima; Penalidade: multa.

Penalidade: multa, agravada em até cinco vezes, a critério da Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança.
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física emergência;
ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade
com circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes
emergência, às expensas do responsável, ou, se possível, situações:
promover a desobstrução.
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
em fila única, os veículos de tração ou propulsão humana e os
de tração animal, sempre que não houver acostamento ou b) em imobilizações ou situação de emergência, como
faixa a eles destinados: advertência, utilizando pisca-alerta;

Infração: média;
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar
o uso do pisca-alerta:
Penalidade: multa.
Infração: média;
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte de
passageiros carga excedente em desacordo com o Penalidade: multa.
estabelecido no art. 109:

Art. 252. Dirigir o veículo:


Infração: grave;

I - com o braço do lado de fora;


Penalidade: multa;

II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda


Medida administrativa: retenção para o transbordo. ou entre os braços e pernas;

Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de III - com incapacidade física ou mental temporária que
posição, quando o veículo estiver parado, para fins de comprometa a segurança do trânsito;
embarque ou desembarque de passageiros e carga ou
descarga de mercadorias:
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
comprometa a utilização dos pedais;
Infração: média;

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83 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer Art. 254. É proibido ao pedestre:
sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo,
ou acionar equipamentos e acessórios do veículo; I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para
cruzá-las onde for permitido;
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a
aparelhagem sonora ou de telefone celular; II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis,
salvo onde exista permissão;
Infração: média;
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo
Penalidade: multa. quando houver sinalização para esse fim;

VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar
movimento: o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte,
desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida
Infração: média; licença da autoridade competente;

V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou


Penalidade: multa.
subterrânea;

Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracterizar- VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
se-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar
segurando ou manuseando telefone celular. (Incluído pela Lei
nº 13.281, de 2016) (Vigência) Infração: leve;

Art. 253. Bloquear a via com veículo: Penalidade: multa, em 50% (cinqüenta por cento) do valor da
infração de natureza leve.
Infração: gravíssima;
VII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

Penalidade: multa e apreensão do veículo;


§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

Medida administrativa: remoção do veículo.


§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente,


interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
autorização do órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja
permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em
desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
Infração: gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

Infração: média;
Penalidade: multa (vinte vezes) e suspensão do direito de
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) Penalidade: multa;

Medida administrativa: remoção do veículo. (Incluído pela Medida administrativa: remoção da bicicleta, mediante
Lei nº 13.281, de 2016) recibo para o pagamento da multa.

§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos CAPÍTULO XVI


organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído pela Lei DAS PENALIDADES
nº 13.281, de 2016)
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências
estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição,
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no
deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes
período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
penalidades:
2016)

I - advertência por escrito;


§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou
jurídicas que incorram na infração, devendo a autoridade com
circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se II - multa;
possível, as condições de normalidade para a circulação na
via. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) III - suspensão do direito de dirigir;

IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;

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VI - cassação da Permissão para Dirigir; § 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do
disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.
VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de
§ 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não acordo com sua gravidade, em quatro categorias:
elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de
crimes de trânsito, conforme disposições de lei. I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor
de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e
§ 2º (VETADO) sete centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência)
§ 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos
ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de
licenciamento do veículo e habilitação do condutor. R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência)
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao
proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres III - infração de natureza média, punida com multa no valor de
impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos);
mencionados neste Código. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de
impostas concomitantemente as penalidades de que trata este R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos).
Código toda vez que houver responsabilidade solidária em (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo
cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída. § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência)
§ 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
infração referente à prévia regularização e preenchimento das § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador
formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo ou índice adicional específico é o previsto neste Código.
na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas
características, componentes, agregados, habilitação legal e § 3º (VETADO)
compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e
outras disposições que deva observar.
§ 4º (VETADO)
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
decorrentes de atos praticados na direção do veículo. Art. 259. A cada infração cometida são computados os
seguintes números de pontos:
§ 4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no I - gravíssima - sete pontos;
peso bruto total, quando simultaneamente for o único
remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura II - grave - cinco pontos;
ou manifesto for inferior àquele aferido.
III - média - quatro pontos;
§ 5º O transportador é o responsável pela infração relativa ao
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou IV - leve - três pontos.
quando a carga proveniente de mais de um embarcador
ultrapassar o peso bruto total.
§ 1º (VETADO)
§ 6º O transportador e o embarcador são solidariamente
responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto § 2º (VETADO)
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto
o
for superior ao limite legal. § 3 (VETADO).

o
§ 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o § 4 Ao condutor identificado no ato da infração será atribuída
proprietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, nos
o
notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que termos previstos no § 3 do art. 257, excetuando-se aquelas
dispuser o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte
considerado responsável pela infração. rodoviário de passageiros em viagens de longa distância
transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não havendo regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas
identificação do infrator e sendo o veículo de propriedade de em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de
pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do qualquer modalidade, excetuadas as situações
veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor é o da regulamentadas pelo Contran a teor do art. 65 da Lei
o
multa multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas n 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito
no período de doze meses. Brasileiro.

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85 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão de curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de
ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos, conforme
haja ocorrido a infração, de acordo com a competência regulamentação do Contran. (Redação dada pela Lei nº
estabelecida neste Código. 13.281, de 2016) (Vigência)

o o
§ 1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade § 6 Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5 , o
da Federação diversa da do licenciamento do veículo serão condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo atribuídos, para fins de contagem subsequente.
CONTRAN.
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
da Federação diversa daquela do licenciamento do veículo (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável
pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação. o
§ 8 A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
§ 3º Revogado. atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no volante, na forma que dispuser o Contran.
exterior, em trânsito no território nacional, a multa respectiva
deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o
princípio de reciprocidade. condutor que, notificado da penalidade de que trata este
artigo, dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído pela
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir referente
ao inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado
I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte) concomitantemente com o processo de aplicação da
pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a penalidade de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
pontuação prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281, de (Vigência)
2016) (Vigência)
§ 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.
II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código, (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de
suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
2016) (Vigência)

Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á:


§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do
direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência) I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir
qualquer veículo;
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um)
ano e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das
meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163,
13.281, de 2016) (Vigência) 164, 165, 173, 174 e 175;

II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses, III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito,
exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo observado o disposto no art. 160.
infracional, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto § 1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade
no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) na expedição do documento de habilitação, a autoridade
(Vigência) expedidora promoverá o seu cancelamento.

§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a § 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional
Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação,
imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação,
reciclagem. na forma estabelecida pelo CONTRAN.
o
§ 3 A imposição da penalidade de suspensão do direito de Art. 264. (VETADO)
dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para fins de
contagem subsequente.
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e
o
de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por
§ 4 Revogado. decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente,
em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em veículo, direito de defesa.
habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por participar

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Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia
ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as de substância entorpecente ou que determine dependência
respectivas penalidades. física ou psíquica;

Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os
punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma aos seus proprietários, após o pagamento de multas e
infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, encargos devidos.
considerando o prontuário do infrator, entender esta
providência como mais educativa. XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
§ 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o veicular.
acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258,
imposta por infração posteriormente cometida. § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção
pedestres, podendo a multa ser transformada na participação à vida e à incolumidade física da pessoa.
do infrator em cursos de segurança viária, a critério da
autoridade de trânsito. § 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não
elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações
Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na estabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar
forma estabelecida pelo CONTRAN: a estas.

I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua reeducação; § 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de
Habilitação e a Permissão para Dirigir.
II - quando suspenso do direito de dirigir;
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
contribuído, independentemente de processo judicial;
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; neste Código.

V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da
colocando em risco a segurança do trânsito; infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a
situação.
VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. o
§ 2 Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o
veículo, desde que ofereça condições de segurança para
CAPÍTULO XVII circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado
de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo,
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a
das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua situação, para o que se considerará, desde logo, notificado.
circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
administrativas: § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao
condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas
I - retenção do veículo; administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à
autoridade devidamente regularizado.
II - remoção do veículo;
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se
neste caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
V - recolhimento do Certificado de Registro; quando se tratar de veículo de transporte coletivo
transportando passageiros ou veículo transportando produto
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de
segurança para circulação em via pública.
VII - (VETADO)
§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o
o
VIII - transbordo do excesso de carga; § 2 , será feito registro de restrição administrativa no Renavam
por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal, que será retirada após comprovada a
regularização.

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o
§ 7 O descumprimento das obrigações estabelecidas no § § 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o
o
2 resultará em recolhimento do veículo ao depósito, respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por
aplicando-se, nesse caso, o disposto no art. 271. meio de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016)
Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste
Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade § 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do
competente, com circunscrição sobre a via. recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente, que
o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no período de
o retenção em depósito, é da responsabilidade do ente público a
§ 1 A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante
prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção devolução das quantias pagas por força deste artigo, segundo
e estada, além de outros encargos previstos na legislação os mesmos critérios da devolução de multas indevidas.
específica. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

o Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e


§ 2 A liberação do veículo removido é condicionada ao
reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além dos
que não esteja em perfeito estado de funcionamento. casos previstos neste Código, quando houver suspeita de sua
inautenticidade ou adulteração.
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que
não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á
pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
transportada, mediante autorização, assinalando prazo para quando:
reapresentação. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade
particular contratado por licitação pública, sendo o proprietário no prazo de trinta dias.
do veículo o responsável pelo pagamento dos custos desses
serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento
o
Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos
§ 5 O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no ato neste Código, quando:
de remoção do veículo, sobre as providências necessárias à
sua restituição e sobre o disposto no art. 328, conforme
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
regulamentação do CONTRAN.

II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;


§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente no
momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no
prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não
expedir ao proprietário a notificação prevista no § 5º, por puder ser sanada no local.
remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil que
assegure a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é
poderá ser feita por edital. (Redação dada pela Lei nº 13.281, condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será
de 2016) efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo
da multa aplicável.
o
§ 7 A notificação devolvida por desatualização do endereço
do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao
será considerada recebida para todos os efeitos. disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito,
sendo liberado após sanada a irregularidade e pagas as
o
§ 8 Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação despesas de remoção e estada.
será feita por edital.
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue
o
§ 9 Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades
puder ser sanada no local da infração. previstas no art. 165.

§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de
correspondente ao período integral, contado em dias, em que tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho
efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado ao de medição, observada a legislação metrológica.
prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito
por particulares poderão ser pagos pelo proprietário poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma
2016) disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de
álcool ou outra substância psicoativa que determine
dependência.

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88 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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o
§ 1 Revogado. § 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de
trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de
o
§ 2 A infração prevista no art. 165 também poderá ser infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos
constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto
caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais
no artigo seguinte.
que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração
da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras
provas em direito admitidas. § 4º O agente da autoridade de trânsito competente para
lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário
ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de
administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao
sua competência.
condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos
procedimentos previstos no caput deste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Seção II
Do Julgamento das Autuações e Penalidades
Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não
submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência
pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição,
no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto de evasão julgará a consistência do auto de infração e aplicará a
para fim de pesagem obrigatória. penalidade cabível.

Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação policial, Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu
a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, registro julgado insubsistente:
aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as
estabelecidas no art. 210. I - se considerado inconsistente ou irregular;

Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a
equipado com registrador instantâneo de velocidade e tempo, notificação da autuação.(Redação dada pela Lei nº 9.602, de
somente o perito oficial encarregado do levantamento pericial 1998)
poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao
CAPÍTULO XVIII proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a
ciência da imposição da penalidade.
Seção I
Da Autuação § 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço
do proprietário do veículo será considerada válida para todos
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, os efeitos.
lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de
I - tipificação da infração; repartições consulares de carreira e de representações de
organismos internacionais e de seus integrantes será remetida
ao Ministério das Relações Exteriores para as providências
II - local, data e hora do cometimento da infração;
cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.

III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca


§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a
e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua
condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, a
identificação;
notificação será encaminhada ao proprietário do veículo,
responsável pelo seu pagamento.
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do prazo
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou para apresentação de recurso pelo responsável pela infração,
agente autuador ou equipamento que comprovar a infração; que não será inferior a trinta dias contados da data da
notificação da penalidade.
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta
como notificação do cometimento da infração. § 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no
parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu
§ 1º (VETADO) valor.

§ 2º A infração deverá ser comprovada por declaração da Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor autuado
autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por poderá optar por ser notificado por meio eletrônico se o órgão
aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela autuação
químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
previamente regulamentado pelo CONTRAN. (Vigência)

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§ 1º O proprietário ou o condutor autuado que optar pela a penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente,
notificação por meio eletrônico deverá manter seu cadastro poderá conceder-lhe efeito suspensivo.
atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá ser
(Vigência) interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor.

§ 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o § 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o
proprietário ou o condutor autuado será considerado notificado estabelecido no parágrafo único do art. 284.
30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema
eletrônico. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á
§ 3º O sistema previsto no caput será certificado digitalmente, devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por
atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, validade índice legal de correção dos débitos fiscais.
jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência) Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser
apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da
Art. 283. (VETADO) residência ou domicílio do infrator.

Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o
data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a
cento do seu valor. penalidade acompanhado das cópias dos prontuários
necessários ao julgamento.
§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação
eletrônica, se disponível, conforme regulamentação do Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto,
Contran, e opte por não apresentar defesa prévia nem na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da
recurso, reconhecendo o cometimento da infração, poderá publicação ou da notificação da decisão.
efetuar o pagamento da multa por 60% (sessenta por cento)
do seu valor, em qualquer fase do processo, até o vencimento
da multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 1º O recurso será interposto, da decisão do não provimento,
pelo responsável pela infração, e da decisão de provimento,
pela autoridade que impôs a penalidade.
§ 2º O recolhimento do valor da multa não implica renúncia ao
questionamento administrativo, que pode ser realizado a
qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º. (Incluído § 2º Revogado.
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será
§ 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser apreciado no prazo de trinta dias:
aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de
licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou entidade
instância administrativa de julgamento de infrações e de trânsito da União:
penalidades. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis
§ 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de meses, cassação do documento de habilitação ou penalidade
infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
será acrescida de juros de mora equivalentes à taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo
(Selic) para títulos federais acumulada mensalmente, Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que
calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento)
relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade
de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos
CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente.
Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto
perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-
lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias. Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quando
houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus
próprios membros.
§ 1º O recurso não terá efeito suspensivo.

Art. 290. Implicam encerramento da instância administrativa


§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o recurso
de julgamento de infrações e penalidades: (Redação dada
ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis subseqüentes à pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
sua apresentação, e, se o entender intempestivo, assinalará o
fato no despacho de encaminhamento.
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e 289;
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado
dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que impôs

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II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (Incluído representação da autoridade policial, decretar, em decisão
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para
dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da infração e
requerimento de encerramento do processo na fase em que Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a
se encontra, sem apresentação de defesa ou recurso. medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem
efeito suspensivo.
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades
aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a
RENACH. proibição de se obter a permissão ou a habilitação será
sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho
CAPÍTULO XIX Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do
DOS CRIMES DE TRÂNSITO Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente.

Seção I Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto


Disposições Gerais neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da
permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem
prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no
este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto
no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver
o prejuízo material resultante do crime.
§ 1 Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa
o
o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n 9.099, de 26 de
setembro de 1995, exceto se o agente estiver: § 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do
prejuízo demonstrado no processo.
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência; § 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52
do Código Penal.
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou
competição automobilística, de exibição ou demonstração de § 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória
perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela será descontado.
autoridade competente;
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo
para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). cometido a infração:

o o
§ 2 Nas hipóteses previstas no § 1 deste artigo, deverá ser I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com
instaurado inquérito policial para a investigação da infração grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
penal.
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão adulteradas;
ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser
imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades. III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
Habilitação;
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se
obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de
automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. categoria diferente da do veículo;

§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados
será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de
Habilitação. VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados
equipamentos ou características que afetem a sua segurança
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a ou o seu funcionamento de acordo com os limites de
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação
penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional. VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente
destinada a pedestres.
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal,
havendo necessidade para a garantia da ordem pública, Art. 299. (VETADO)
poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante

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Art. 300. (VETADO) Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade
trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral outra substância psicoativa que determine dependência:
socorro àquela.
Penas: detenção, de seis meses a três anos, multa e
Seção II suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
Dos Crimes em Espécie habilitação para dirigir veículo automotor.

o
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo § 1 As condutas previstas no caput serão constatadas por:
automotor:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool
Penas: detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir álcool por litro de ar alveolar; ou
veículo automotor.

o
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
§ 1 No homicídio culposo cometido na direção de veículo alteração da capacidade psicomotora.
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade,
se o agente: o
§ 2 A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico,
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova
Habilitação; em direito admitidos, observado o direito à contraprova.

II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; o


§ 3 O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos
testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem caracterização do crime tipificado neste artigo.
risco pessoal, à vítima do acidente;
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
conduzindo veículo de transporte de passageiros. imposta com fundamento neste Código:

V - Revogado. Penas: detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova


imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de
o
proibição.
§ 2 (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art.
automotor: 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.

Penas: detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não
veículo automotor. autorizada pela autoridade competente, gerando situação de
risco à incolumidade pública ou privada:
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à
o
metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1 do art. 302. Penas: detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do habilitação para dirigir ve í c u l o automotor.
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não
podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de o
§ 1 Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão
solicitar auxílio da autoridade pública: corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem
que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3
não constituir elemento de crime mais grave. (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas
neste artigo.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o
o
condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por § 2 Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e
terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o
com ferimentos leves. resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa
de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do prejuízo das outras penas previstas neste artigo.
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
possa ser atribuída:

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Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a CAPÍTULO XX
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação dos
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa. membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da
publicação deste Código.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta
ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por dias a partir da publicação deste Código para expedir as
seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, resoluções necessárias à sua melhor execução, bem como
não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: revisar todas as resoluções anteriores à sua publicação,
dando prioridade àquelas que visam a diminuir o número de
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa. acidentes e a assegurar a proteção de pedestres.

Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até
2012) (Vigência) a data de publicação deste Código, continuam em vigor
naquilo em que não conflitem com ele.
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, mediante
de embarque e desembarque de passageiros, logradouros proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou quarenta dias contado da publicação, estabelecer o currículo
concentração de pessoas, gerando perigo de dano: com conteúdo programático relativo à segurança e à
educação de trânsito, a fim de atender o disposto neste
Código.
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos
automobilístico com vítima, na pendência do respectivo e quarenta dias contados da publicação desta Lei.
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a
fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz: Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão prazo
de até um ano para a adaptação dos veículos de condução de
escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do art.
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 136 e art. 154, respectivamente.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que Art. 318. (VETADO)
não iniciados, quando da inovação, o procedimento
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas pelo
CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº
deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a 62.127, de 16 de janeiro de 1968.
substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva
de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à
comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código
atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran,
respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (Incluído
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
corpos de bombeiros e em outras unidades móveis
especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto
no caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90
(noventa) dias de antecedência de sua aplicação. (Incluído
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e
politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência) Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de
trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização,
engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na educação de trânsito.
recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de
trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e
recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído pela educação de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 2016) (Vigência)

§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na


rede mundial de computadores (internet), dados sobre a
receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e

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sua destinação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer título e
(Vigência) não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de
sessenta dias, contado da data de recolhimento, será avaliado
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional de e levado a leilão, a ser realizado preferencialmente por meio
Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o eletrônico.
aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por meio
o
do compartilhamento da receita arrecadada com a cobrança § 1 Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser
das multas de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de iniciada após trinta dias, contados da data de recolhimento do
2016) veículo, o qual será classificado em duas categorias:

Art. 321. (VETADO) I - conservado, quando apresenta condições de segurança


para trafegar; e
Art. 322. (VETADO)
II - sucata, quando não está apto a trafegar.
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a
metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo o
§ 2 Se não houver oferta igual ou superior ao valor da
percentuais de tolerância, sendo durante este período avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será
suspensa a vigência das penalidades previstas no inciso V do arrematado pelo maior lance, desde que por valor não inferior
art. 231, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por a cinquenta por cento do avaliado.
duzentos quilogramas ou fração de excesso.
o
§ 3 Mesmo classificado como conservado, o veículo que for
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refere este
levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será
artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles
leiloado como sucata.
estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985.
o
Art. 324. (VETADO) § 4 É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à
circulação.

Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no o


mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação § 5 A cobrança das despesas com estada no depósito será
de condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e limitada ao prazo de seis meses.
aos autos de infração de trânsito. (Redação dada pela Lei nº
o
13.281, de 2016) (Vigência) § 6 Os valores arrecadados em leilão deverão ser utilizados
para custeio da realização do leilão, dividindo-se os custos
§ 1º Os documentos previstos no caput poderão ser gerados entre os veículos arrematados, proporcionalmente ao valor da
e tramitados eletronicamente, bem como arquivados e arrematação, e destinando-se os valores remanescentes, na
armazenados em meio digital, desde que assegurada a seguinte ordem, para:
autenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade e a segurança
das informações, e serão válidos para todos os efeitos legais, I - as despesas com remoção e estada;
sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda física. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
II - os tributos vinculados ao veículo, na forma do § 10;
§ 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o
arquivamento, o armazenamento e a eliminação de III - os credores trabalhistas, tributários e titulares de crédito
documentos eletrônicos e físicos gerados em decorrência da com garantia real, segundo a ordem de preferência
o
aplicação das disposições deste Código. (Incluído pela Lei nº estabelecida no art. 186 da Lei n 5.172, de 25 de outubro de
13.281, de 2016) (Vigência) 1966 (Código Tributário Nacional);

§ 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá ser IV - as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável
certificado digitalmente, atendidos os requisitos de pelo leilão;
autenticidade, integridade, validade jurídica e
interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas V - as demais multas devidas aos órgãos integrantes do
Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; e
(Vigência)

VI - os demais créditos, segundo a ordem de preferência legal.


Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada
anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de o
setembro. § 7 Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os
débitos incidentes sobre o veículo, a situação será
comunicada aos credores.
Art. 327. A partir da publicação deste Código, somente
poderão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam
o
aos limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei, § 8 Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados do
ressalvados os que vierem a ser regulamentados pelo leilão previamente para que formalizem a desvinculação dos
CONTRAN. ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez dias.

Parágrafo único. (VETADO)

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o
§ 9 Os débitos incidentes sobre o veículo antes da alienação Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os arts.
administrativa ficam dele automaticamente desvinculados, 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão
sem prejuízo da cobrança contra o proprietário anterior. apresentar, previamente, certidão negativa do registro de
distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio,
o
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9 inclusive ao débito relativo a roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada
cinco anos, junto ao órgão responsável pela respectiva
tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil, a
concessão ou autorização.
posse, a circulação ou o licenciamento de veículo.

Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem reformas ou


§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo, por
recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou
qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados ao
o o desmontem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir
bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1 , 2 e
o livros de registro de seu movimento de entrada e saída e de
3 do art. 271.
uso de placas de experiência, conforme modelos aprovados e
rubricados pelos órgãos de trânsito.
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será
depositado em conta específica do órgão responsável pela § 1º Os livros indicarão:
realização do leilão e ficará à disposição do antigo
proprietário, devendo ser expedida notificação a ele, no
máximo em trinta dias após a realização do leilão, para o I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
levantamento do valor no prazo de cinco anos, após os quais
o valor será transferido, definitivamente, para o fundo a que se II - nome, endereço e identidade do proprietário ou vendedor;
refere o parágrafo único do art. 320.
III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao
animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu IV - nome, endereço e identidade do comprador;
proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da data de
recolhimento, conforme regulamentação do CONTRAN.
V - características do veículo constantes do seu certificado de
registro;
§ 14. Se identificada a existência de restrição policial ou
judicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade
VI - número da placa de experiência.
responsável pela restrição será notificada para a retirada do
bem do depósito, mediante a quitação das despesas com
remoção e estada, ou para a autorização do leilão nos termos § 2º Os livros terão suas páginas numeradas tipograficamente
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) e serão encadernados ou em folhas soltas, sendo que, no
(Vigência) primeiro caso, conterão termo de abertura e encerramento
lavrados pelo proprietário e rubricados pela repartição de
§ 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da trânsito, enquanto, no segundo, todas as folhas serão
autenticadas pela repartição de trânsito.
notificação de que trata o § 14, não houver manifestação da
autoridade responsável pela restrição judicial ou policial,
estará o órgão de trânsito autorizado a promover o leilão do § 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos
veículo nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se
de 2016) (Vigência) verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas
correspondentes, podendo os veículos irregulares lá
§ 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens encontrados ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos para
sua completa regularização.
automotores que se encontrarem nos depósitos há mais de 1
(um) ano poderão ser destinados à reciclagem,
independentemente da existência de restrições sobre o § 4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais terão
veículo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo,
entretanto, retirá-los do estabelecimento.
§ 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do § 16
será realizado por lote de tonelagem de material ferroso, § 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao
observando-se, no que couber, o disposto neste artigo, realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a
condicionando-se a entrega do material arrematado aos multa prevista para as infrações gravíssimas, independente
procedimentos necessários à descaracterização total do bem das demais cominações legais cabíveis.
e à destinação exclusiva, ambientalmente adequada, à
reciclagem siderúrgica, vedado qualquer aproveitamento de o
§ 6 Os livros previstos neste artigo poderão ser substituídos
peças e partes. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran.
(Vigência)
Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que
§ 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados, passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamento
adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem dos recursos administrativos previstos na Seção II do Capítulo
possibilidade de regularização perante o órgão de trânsito, XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará a cargo
serão destinados à reciclagem, independentemente do dos órgãos ora existentes.
período em que estejam em depósito, respeitado o prazo
previsto no caput deste artigo, sempre que a autoridade
responsável pelo leilão julgar ser essa a medida apropriada. Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do
CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as

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95 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecendo- do Decreto-lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e
lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes os Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de 1969, 912, de 2 de
inspecionar a execução de quaisquer serviços e deverão outubro de 1969, e 2.448, de 21 de julho de 1988.
atender prontamente suas requisições.
Brasília, 23 de setembro de 1997; 176º da Independência e
Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte dias 109º da República.
após a nomeação de seus membros, as disposições previstas
nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e ANEXO I
entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários para DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
exercerem suas competências.
Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições:
§ 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão
prazo de um ano, após a edição das normas, para se
adequarem às novas disposições estabelecidas pelo ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de
CONTRAN, conforme disposto neste artigo. rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos,
em caso de emergência, e à circulação de pedestres e
bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim.
§ 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados
exercerão as competências previstas neste Código em
cumprimento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN, AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou
conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o
respectivo CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou exercício das atividades de fiscalização, operação,
CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
ou da União, passando a integrar o Sistema Nacional de
Trânsito. AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo,
originário dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei nº
Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão ser 12.760, de 2012)
homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo de
um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte de
retiradas em caso contrário. passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive
o condutor.
Art. 335. (VETADO)
AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou
Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo II entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito
até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e ou pessoa por ele expressamente credenciada.
sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação
da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical
obedecidos os padrões internacionais. passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o
ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os
Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos elementos rigidamente fixados ao mesmo.
Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE,
do Distrito Federal. BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas
rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à
Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores e motocicleta, motoneta e ciclomotor.
fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de
qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao
da comercialização do respectivo veículo, manual contendo estacionamento de bicicletas.
normas de circulação, infrações, penalidades, direção
defensiva, primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre
Brasileiro. trilhos.

Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser
especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a
quatro mil, novecentos e cinqüenta e quatro reais), em favor parte da via destinada à circulação de veículos.
do ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima
do Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas
decorrentes da implantação deste Código. CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível
diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada
ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias após a mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
data de sua publicação.

CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a


Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de tracionar ou arrastar outro.
setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de
10 de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de
1974, 6.308, de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga
outubro de 1976, 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de com peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas.
20 de setembro de 1982, 7.052, de 02 de dezembro de
1982, 8.102, de 10 de dezembro de 1990, os arts. 1º a 6º e 11

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96 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais,
passageiros e carga no mesmo compartimento. delimitada por lei específica e sob responsabilidade do órgão
ou entidade de trânsito competente com circunscrição sobre a
CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como via.
separador de duas pistas de rolamento, eventualmente
substituído por marcas viárias (canteiro fictício). FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas
longitudinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma
unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo largura suficiente para permitir a circulação de veículos
fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de automotores.
geração e multiplicação de momento de força e resistência
dos elementos que compõem a transmissão. FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas
estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de
CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição
automotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo
protesto cívico ou de uma classe. com as competências definidas neste Código.

CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão
transporte de pequenas cargas. ou impedimento de locomoção na faixa apropriada.

CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a
de carga. manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso
de um reboque, se este se encontra desengatado.
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz
utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato). FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado
a diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de
serviço.
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao
transporte de pessoas.
FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a
diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
humana.
GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de
braço, adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à de trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de
circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização passagem dos veículos ou pedestres ou emitir ordens,
específica. sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou norma
constante deste Código.
CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um
motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de
cinqüenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
velocidade máxima de fabricação não exceda a cinqüenta orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança
quilômetros por hora. de direção, redução brusca de velocidade ou parada.

CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento,
separada fisicamente do tráfego comum. destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma
interseção.
CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à
direita, de mudança da direção original do veículo. INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação
de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível. Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação
estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que
tenha a função específica de proporcionar maior segurança ao INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou
usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos,
possam colocar em risco sua integridade física e dos demais entroncamentos ou bifurcações.
usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.
INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo atender circunstância momentânea do trânsito.
superior ao necessário para embarque ou desembarque de
passageiros. LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações
do proprietário de veículo, comprovado por meio de
ESTRADA - via rural não pavimentada. documento específico (Certificado de Licenciamento Anual).

ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela
alcoólico no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de

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veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com
parques, áreas de lazer, calçadões. capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em
virtude de adaptações com vista à maior comodidade destes,
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e transporte número menor.
passageiros, que o veículo transporta, expressa em
quilogramas para os veículos de carga, ou número de OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do
pessoas, para os veículos de passageiros. veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento
ou descarregamento de animais ou carga, na forma
LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito
ou rurais e que com elas se limita. competente com circunscrição sobre a via.

LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado
até uma grande distância do veículo. nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de
fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir
as interferências tais como veículos quebrados, acidentados,
LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito,
diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e
injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que condutores.
venham em sentido contrário.
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo
LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou
demais usuários da via, que se encontram atrás do veículo, desembarque de passageiros.
que o condutor está aplicando o freio de serviço.
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma
LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria.
destinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor
tem o propósito de mudar de direção para a direita ou para a
esquerda. PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de
passagem à frente de outro veículo que se desloca no mesmo
sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar
atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o
veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à
marcha à ré. transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de
pedestres ou veículos.
LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a
iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias,
de pó. em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.

LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste
indicar a presença e a largura do veículo. último caso, separada por pintura ou elemento físico
separador, livre de interferências, destinada à circulação
exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
MANOBRA - movimento executado pelo condutor para alterar
a posição em que o veículo está no momento em relação à
via. PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária
Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de
trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes.
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas,
apostos ao pavimento da via. PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.

MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite
com capacidade para até vinte passageiros. ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.

MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo
sem side-car, dirigido por condutor em posição montada. transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-
trator mais seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu
reboque ou reboques.
MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por
condutor em posição sentada.
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em
caráter de advertência, destinada a indicar aos demais
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação
carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, de emergência.
comércio ou finalidades análogas.
PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o de veículos, identificada por elementos separadores ou por
nascer do sol. diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos
canteiros centrais.

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98 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades
lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de turísticas como alojamento, ou para atividades comerciais.
caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante
símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos,
instituídas como sinais de trânsito. pessoas e animais nas vias terrestres.

POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de


exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e uma faixa demarcada para outra.
reprimir atos relacionados com a segurança pública e de
garantir obediência às normas relativas à segurança de
trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. TRATOR - veículo automotor construído para realizar trabalho
agrícola, de construção e pavimentação e tracionar outros
veículos e equipamentos.
PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens
opostas de uma superfície líquida qualquer.
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor
REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e
veículo automotor. retornar à faixa de origem.

REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade
regulamentação pelo órgão ou entidade competente com do seu uso, inclusive fora de estrada.
circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de
direção, tipo de estacionamento, horários e dias.
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados,
sendo um deles automotor.
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida,
destinada ao uso de pedestres durante a travessia da mesma.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão
que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente
RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados. para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração
viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma
linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
RETORNO - movimento de inversão total de sentido da
direção original de veículos. VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de
carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o
RODOVIA - via rural pavimentada. condutor.

SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apóia VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido
na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de fabricado há mais de trinta anos, conserva suas
articulação. características originais de fabricação e possui valor histórico
próprio.
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que
se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o
controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou
destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem
veículos e pedestres. ou pavimentação.

SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado
de segurança colocados na via pública com o objetivo de ao transporte de carga com peso bruto total máximo superior a
garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte
no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que passageiros.
nela circulam.
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao
SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente transporte de pessoas e suas bagagens.
pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para orientar
ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres, VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte
sobrepondo-se ou completando sinalização existente no local simultâneo de carga e passageiro.
ou norma estabelecida neste Código.
VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento,
carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e ilha e canteiro central.
acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e
do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por
acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de travessia de pedestres em nível.

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99 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em
nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade
aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.

VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o


trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de
trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
regiões da cidade.

VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível


não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a
áreas restritas.

VIA RURAL - estradas e rodovias.

VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares


abertos à circulação pública, situados na área urbana,
caracterizados principalmente por possuírem imóveis
edificados ao longo de sua extensão.

VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias


destinadas à circulação prioritária de pedestres.

VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma


depressão de terreno ou servir de passagem superior.

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100 (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997)
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VIII - garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de
assistência social locais.
ESTATUTO DO IDOSO
IX - prioridade no recebimento da restituição do Imposto de
Renda.
(LEI Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
o
Art. 4 Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão,
e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o punido na forma da lei.
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
o
§ 1 É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos
TÍTULO I direitos do idoso.
Disposições Preliminares
o
§ 2 As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
o prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
Art. 1 É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os
direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior
a 60 (sessenta) anos. o
Art. 5 A inobservância das normas de prevenção importará
em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da
o lei.
Art. 2 O idoso goza de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral
de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por o
Art. 6 Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha
preservação de sua saúde física e mental e seu testemunhado ou de que tenha conhecimento.
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em
condições de liberdade e dignidade. o
Art. 7 Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal
o
o
e Municipais do Idoso, previstos na Lei n 8.842, de 4 de
Art. 3 É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do
do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, idoso, definidos nesta Lei.
a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à TÍTULO II
convivência familiar e comunitária. Dos Direitos Fundamentais

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: CAPÍTULO I


Do Direito à Vida

I - atendimento preferencial imediato e individualizado junto o


aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à Art. 8 O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua
população; proteção um direito social, nos termos desta Lei e da
legislação vigente.

II - preferência na formulação e na execução de políticas o


sociais públicas específicas; Art. 9 É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a
proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas
sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e
III - destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas em condições de dignidade.
relacionadas com a proteção ao idoso;
CAPÍTULO II
IV - viabilização de formas alternativas de participação,
ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade

V - priorização do atendimento do idoso por sua própria


família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à
não a possuam ou careçam de condições de manutenção da pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como
própria sobrevivência; pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais
e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.

VI - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas o


áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços § 1 O direito à liberdade compreende, entre outros, os
aos idosos; seguintes aspectos:

VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a I - faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e
divulgação de informações de caráter educativo sobre os espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
II - opinião e expressão;

CPC PREPARA E CUIDA DE VOCÊ! ESTATUTO DO IDOSO


101 (LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
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III - crença e culto religioso; eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios
urbano e rural;
IV - prática de esportes e de diversões;
V - reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para
V - participação na vida familiar e comunitária; redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde.

o
§ 2 Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos,
VI - participação na vida política, na forma da lei;
gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso
continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
VII - faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação. relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

o o
§ 2 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da § 3 É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde
integridade física, psíquica e moral, abrangendo a pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de
valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. o
§ 4 Os idosos portadores de deficiência ou com limitação
incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da
o
§ 3 É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, lei.
colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano,
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. o
§ 5 É vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo
perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o
CAPÍTULO III seguinte procedimento:
Dos Alimentos
I - quando de interesse do poder público, o agente promoverá
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei o contato necessário com o idoso em sua residência; ou
civil.
II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso representar por procurador legalmente constituído.
optar entre os prestadores.
o
§ 6 É assegurado ao idoso enfermo o atendimento domiciliar
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social -
celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado
Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título de saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema
executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil. Único de Saúde - SUS, para expedição do laudo de saúde
necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem tributária.
condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao
Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o
social. direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde
proporcionar as condições adequadas para a sua
CAPÍTULO IV permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
Do Direito à Saúde
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, responsável pelo tratamento conceder autorização para o
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo- acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e justificá-la por escrito.
contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção,
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades
especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de
saúde que lhe for reputado mais favorável.
o
§ 1 A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão
efetivadas por meio de: Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de
proceder à opção, esta será feita:
I - cadastramento da população idosa em base territorial;
I - pelo curador, quando o idoso for interditado;
II - atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
II - pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este
III - unidades geriátricas de referência, com pessoal não puder ser contactado em tempo hábil;
especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
III - pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não
IV - atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar;
população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se
locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por
instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e

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IV - pelo próprio médico, quando não houver curador ou Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de
familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos
Ministério Público. 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para eventos
artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios preferencial aos respectivos locais.
mínimos para o atendimento às necessidades do idoso,
promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou
assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de horários especiais voltados aos idosos, com finalidade
auto-ajuda. informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o
processo de envelhecimento.
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência
praticada contra idosos serão objeto de notificação Art. 25. O Poder Público apoiará a criação de universidade
compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de
autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados
comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução
da capacidade visual.
I - autoridade policial;
CAPÍTULO VI
Da Profissionalização e do Trabalho
II - Ministério Público;

Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade


III - Conselho Municipal do Idoso;
profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e
psíquicas.
IV - Conselho Estadual do Idoso;
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou
V - Conselho Nacional do Idoso. emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite
máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os
o
§ 1 Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra o casos em que a natureza do cargo o exigir.
idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público ou
privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em
psicológico. concurso público será a idade, dando-se preferência ao de
idade mais elevada.
o
§ 2 Aplica-se, no que couber, à notificação compulsória
o
prevista no caput deste artigo, o disposto na Lei n 6.259, de Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:
30 de outubro de 1975.
I - profissionalização especializada para os idosos,
CAPÍTULO V aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades
Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer regulares e remuneradas;

Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, II - preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com
lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a
respeitem sua peculiar condição de idade. novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de
esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania;
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do
idoso à educação, adequando currículos, metodologias e III - estímulo às empresas privadas para admissão de idosos
material didático aos programas educacionais a ele ao trabalho.
destinados.
CAPÍTULO VII
o
§ 1 Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo Da Previdência Social
relativo às técnicas de comunicação, computação e demais
avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime
Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão,
o
§ 2 Os idosos participarão das comemorações de caráter critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários
cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da
vivências às demais gerações, no sentido da preservação da legislação vigente.
memória e da identidade culturais.
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino serão reajustados na mesma data de reajuste do salário-
formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de
envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de início ou do seu último reajustamento, com base em
forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos percentual definido em regulamento, observados os critérios
o
sobre a matéria. estabelecidos pela Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991.

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Art. 30. A perda da condição de segurado não será CAPÍTULO IX
considerada para a concessão da aposentadoria por idade, Da Habitação
desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de
contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família
na data de requerimento do benefício.
natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares,
quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou
Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto privada.
o o
no caput observará o disposto no caput e § 2 do art. 3 da
o
Lei n 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo o
§ 1 A assistência integral na modalidade de entidade de
salários-de-contribuição recolhidos a partir da competência de
o longa permanência será prestada quando verificada
julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei n 8.213, de 1991.
inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência
de recursos financeiros próprios ou da família.
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios,
efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência o
§ 2 Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica
Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os
obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de
reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de
interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
Previdência Social, verificado no período compreendido entre
o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo
o
pagamento. § 3 As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a
manter padrões de habitação compatíveis com as
o necessidades deles, bem como provê-los com alimentação
Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1 de Maio, é a data-base
regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com
dos aposentados e pensionistas.
estas condizentes, sob as penas da lei.

CAPÍTULO VIII
Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados
Da Assistência Social
com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na
aquisição de imóvel para moradia própria, observado o
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de seguinte:
forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos
na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades
Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas
habitacionais residenciais para atendimento aos idosos;
pertinentes.

II - implantação de equipamentos urbanos comunitários


Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos,
voltados ao idoso;
que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de
tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal
de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da III - eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para
Assistência Social - Loas. garantia de acessibilidade ao idoso;

Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer IV - critérios de financiamento compatíveis com os


membro da família nos termos do caput não será computado rendimentos de aposentadoria e pensão.
para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se
refere a Loas. Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para
atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente, no
Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa- pavimento térreo.
lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços
com a pessoa idosa abrigada. CAPÍTULO X
Do Transporte
o
§ 1 No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é
facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica
entidade. assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos
urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e
o
§ 2 O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal especiais, quando prestados paralelamente aos serviços
da Assistência Social estabelecerá a forma de participação regulares.
o
prevista no § 1 , que não poderá exceder a 70% (setenta por
cento) de qualquer benefício previdenciário ou de assistência o
§ 1 Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso
social percebido pelo idoso. apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua
idade.
o
§ 3 Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu
representante legal firmar o contrato a que se refere o
§ 2 Nos veículos de transporte coletivo de que trata este
o caput deste artigo. artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos
para os idosos, devidamente identificados com a placa de
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, reservado preferencialmente para idosos.
por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência
econômica, para os efeitos legais. o
§ 3 No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre
60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério da

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legislação local dispor sobre as condições para exercício da III - requisição para tratamento de sua saúde, em regime
gratuidade nos meios de transporte previstos no caput deste ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
artigo.
IV - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas
observar-se-á, nos termos da legislação específica: lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua
convivência que lhe cause perturbação;
I - a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para
idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos; V - abrigo em entidade;

II - desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no VI - abrigo temporário.


valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas
gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários- TÍTULO IV
mínimos. Da Política de Atendimento ao Idoso

Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os


CAPÍTULO I
mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos Disposições Gerais
previstos nos incisos I e II.

Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio


Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos
do conjunto articulado de ações governamentais e não-
da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos
governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e
estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser
dos Municípios.
posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao
idoso.
Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:
Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do idoso
o
nos procedimentos de embarque e desembarque nos veículos I - políticas sociais básicas, previstas na Lei n 8.842, de 4 de
do sistema de transporte coletivo. janeiro de 1994;

TÍTULO III II - políticas e programas de assistência social, em caráter


Das Medidas de Proteção supletivo, para aqueles que necessitarem;

CAPÍTULO I III - serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas


Das Disposições Gerais de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e
opressão;
Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis
sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem IV - serviço de identificação e localização de parentes ou
ameaçados ou violados: responsáveis por idosos abandonados em hospitais e
instituições de longa permanência;
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
direitos dos idosos;
II - por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade
de atendimento;
VI - mobilização da opinião pública no sentido da participação
dos diversos segmentos da sociedade no atendimento do
III - em razão de sua condição pessoal.
idoso.

CAPÍTULO II
CAPÍTULO II
Das Medidas Específicas de Proteção
Das Entidades de Atendimento ao Idoso

Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei


Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela
poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e levarão
manutenção das próprias unidades, observadas as normas de
em conta os fins sociais a que se destinam e o fortalecimento
planejamento e execução emanadas do órgão competente da
dos vínculos familiares e comunitários. o
Política Nacional do Idoso, conforme a Lei n 8.842, de 1994.

Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43,


Parágrafo único. As entidades governamentais e não-
o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a requerimento
governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à
daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes
inscrição de seus programas, junto ao órgão competente da
medidas:
Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e
em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da
I - encaminhamento à família ou curador, mediante termo de Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento,
responsabilidade; observados os seguintes requisitos:

II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;

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I - oferecer instalações físicas em condições adequadas de IX - promover atividades educacionais, esportivas, culturais e
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança; de lazer;

II - apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho X - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de
compatíveis com os princípios desta Lei; acordo com suas crenças;

III - estar regularmente constituída; XI - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;

IV - demonstrar a idoneidade de seus dirigentes. XII - comunicar à autoridade competente de saúde toda
ocorrência de idoso portador de doenças infecto-contagiosas;
Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de
institucionalização de longa permanência adotarão os XIII - providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite
seguintes princípios: os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles
que não os tiverem, na forma da lei;
I - preservação dos vínculos familiares;
XIV - fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que
II - atendimento personalizado e em pequenos grupos; receberem dos idosos;

XV - manter arquivo de anotações onde constem data e


III - manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso
circunstâncias do atendimento, nome do idoso, responsável,
de força maior;
parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem
como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e
IV - participação do idoso nas atividades comunitárias, de demais dados que possibilitem sua identificação e a
caráter interno e externo; individualização do atendimento;

V - observância dos direitos e garantias dos idosos; XVI - comunicar ao Ministério Público, para as providências
cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte
VI - preservação da identidade do idoso e oferecimento de dos familiares;
ambiente de respeito e dignidade.
XVII - manter no quadro de pessoal profissionais com
Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de formação específica.
atendimento ao idoso responderá civil e criminalmente pelos
atos que praticar em detrimento do idoso, sem prejuízo das Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos
sanções administrativas. prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência
judiciária gratuita.
Art. 50. Constituem obrigações das entidades de atendimento:
CAPÍTULO III
I - celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o Da Fiscalização das Entidades de Atendimento
idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da
entidade e prestações decorrentes do contrato, com os Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais
respectivos preços, se for o caso; de atendimento ao idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos
do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros
II - observar os direitos e as garantias de que são titulares os previstos em lei.
idosos;
o o
Art. 53. O art. 7 da Lei n 8.842, de 1994, passa a vigorar
III - fornecer vestuário adequado, se for pública, e alimentação com a seguinte redação:
suficiente;
o o
"Art. 7 Compete aos Conselhos de que trata o art. 6 desta
IV - oferecer instalações físicas em condições adequadas de Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a
habitabilidade; avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das
respectivas instâncias político-administrativas." (NR)

V - oferecer atendimento personalizado;


Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos
recursos públicos e privados recebidos pelas entidades de
VI - diligenciar no sentido da preservação dos vínculos atendimento.
familiares;
Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as
VII - oferecer acomodações apropriadas para recebimento de determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da
visitas; responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou
prepostos, às seguintes penalidades, observado o devido
VIII - proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade processo legal:
do idoso;

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I - as entidades governamentais: Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por
estabelecimento de saúde ou instituição de longa
permanência de comunicar à autoridade competente os casos
a) advertência;
de crimes contra idoso de que tiver conhecimento:

b) afastamento provisório de seus dirigentes;


Pena - multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00
(três mil reais), aplicada em dobro no caso de reincidência.
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre a
d) fechamento de unidade ou interdição de programa; prioridade no atendimento ao idoso:

II - as entidades não-governamentais: Pena - multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00


(um mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz, conforme
a) advertência; o dano sofrido pelo idoso.

b) multa; CAPÍTULO V
Da Apuração Administrativa de Infração às
Normas de Proteção ao Idoso
c) suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas;
Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV serão
d) interdição de unidade ou suspensão de programa; atualizados anualmente, na forma da lei.

e) proibição de atendimento a idosos a bem do interesse Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade
público. administrativa por infração às normas de proteção ao idoso
terá início com requisição do Ministério Público ou auto de
o infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se
§ 1 Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo de
fraude em relação ao programa, caberá o afastamento possível, por duas testemunhas.
provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a
suspensão do programa. o
§ 1 No procedimento iniciado com o auto de infração poderão
ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e
o as circunstâncias da infração.
§ 2 A suspensão parcial ou total do repasse de verbas
públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou desvio
de finalidade dos recursos. o
§ 2 Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-
á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24 (vinte
o e quatro) horas, por motivo justificado.
§ 3 Na ocorrência de infração por entidade de atendimento,
que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei, será
o fato comunicado ao Ministério Público, para as providências Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a
cabíveis, inclusive para promover a suspensão das atividades apresentação da defesa, contado da data da intimação, que
ou dissolução da entidade, com a proibição de atendimento a será feita:
idosos a bem do interesse público, sem prejuízo das
providências a serem tomadas pela Vigilância Sanitária.
I - pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for
o
lavrado na presença do infrator;
§ 4 Na aplicação das penalidades, serão consideradas a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para o idoso, as circunstâncias agravantes ou II - por via postal, com aviso de recebimento.
atenuantes e os antecedentes da entidade.
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a
CAPÍTULO IV autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as
Das Infrações Administrativas sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério
Público ou pelas demais instituições legitimadas para a
Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as fiscalização.
determinações do art. 50 desta Lei:
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a
Pena - multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade competente
(três mil reais), se o fato não for caracterizado como crime, aplicará à entidade de atendimento as sanções
podendo haver a interdição do estabelecimento até que sejam regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências
cumpridas as exigências legais. que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas
demais instituições legitimadas para a fiscalização.
Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento
de longa permanência, os idosos abrigados serão transferidos
para outra instituição, a expensas do estabelecimento
interditado, enquanto durar a interdição.

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107 (LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
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CAPÍTULO VI em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade
Da Apuração Judicial de Irregularidades em Entidade de igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
Atendimento
o
§ 1 O interessado na obtenção da prioridade a que alude este
Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à
administrativo de que trata este Capítulo as disposições autoridade judiciária competente para decidir o feito, que
os
das Leis n 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se
de janeiro de 1999. essa circunstância em local visível nos autos do processo.

o
Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em § 2 A prioridade não cessará com a morte do beneficiado,
entidade governamental e não-governamental de atendimento estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro
ao idoso terá início mediante petição fundamentada de pessoa ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta)
interessada ou iniciativa do Ministério Público. anos.

o
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, § 3 A prioridade se estende aos processos e procedimentos
ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços
afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial
medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito
do idoso, mediante decisão fundamentada. Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.

o
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de § 4 Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o
10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a
documentos e indicar as provas a produzir. destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.

Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na CAPÍTULO II


conformidade do art. 69 ou, se necessário, designará Do Ministério Público
audiência de instrução e julgamento, deliberando sobre a
necessidade de produção de outras provas. Art. 72. (VETADO)
o
§ 1 Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei,
Público terão 5 (cinco) dias para oferecer alegações finais,
serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica.
decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.

o Art. 74. Compete ao Ministério Público:


§ 2 Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de
dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária
oficiará a autoridade administrativa imediatamente superior ao I - instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a
afastado, fixando-lhe prazo de 24 (vinte e quatro) horas para proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos,
proceder à substituição. individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso;

o
§ 3 Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade II - promover e acompanhar as ações de alimentos, de
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das interdição total ou parcial, de designação de curador especial,
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o em circunstâncias que justifiquem a medida e oficiar em todos
processo será extinto, sem julgamento do mérito. os feitos em que se discutam os direitos de idosos em
condições de risco;
o
§ 4 A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da
entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento. III - atuar como substituto processual do idoso em situação de
risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei;
TÍTULO V
Do Acesso à Justiça IV - promover a revogação de instrumento procuratório do
idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando
necessário ou o interesse público justificar;
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
V - instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo:
Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste
Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de a) expedir notificações, colher depoimentos ou
Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
nesta Lei. injustificado da pessoa notificada, requisitar condução
coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar;
Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e
exclusivas do idoso. b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de
autoridades municipais, estaduais e federais, da administração
direta e indireta, bem como promover inspeções e diligências
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos
investigatórias;
e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais

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108 (LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
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c) requisitar informações e documentos particulares de II - atendimento especializado ao idoso portador de deficiência
instituições privadas; ou com limitação incapacitante;

VI - instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias III - atendimento especializado ao idoso portador de doença
e a instauração de inquérito policial, para a apuração de infecto-contagiosa;
ilícitos ou infrações às normas de proteção ao idoso;
IV - serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.
VII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais e Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não
extrajudiciais cabíveis;
excluem da proteção judicial outros interesses difusos,
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios
VIII - inspecionar as entidades públicas e particulares de do idoso, protegidos em lei.
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando
de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no
à remoção de irregularidades porventura verificadas;
foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência
absoluta para processar a causa, ressalvadas as
IX - requisitar força policial, bem como a colaboração dos competências da Justiça Federal e a competência originária
serviços de saúde, educacionais e de assistência social, dos Tribunais Superiores.
públicos, para o desempenho de suas atribuições;
Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos,
X - referendar transações envolvendo interesses e direitos dos coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos,
idosos previstos nesta Lei. consideram-se legitimados, concorrentemente:

o
§ 1 A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis I - o Ministério Público;
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas
hipóteses, segundo dispuser a lei. II - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
o
§ 2 As atribuições constantes deste artigo não excluem
III - a Ordem dos Advogados do Brasil;
outras, desde que compatíveis com a finalidade e atribuições
do Ministério Público.
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos 1
o (um) ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa
§ 3 O representante do Ministério Público, no exercício de
dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a
suas funções, terá livre acesso a toda entidade de
autorização da assembléia, se houver prévia autorização
atendimento ao idoso.
estatutária.

Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for parte, o


§ 1 Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios
atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa dos
Públicos da União e dos Estados na defesa dos interesses e
direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em que
direitos de que cuida esta Lei.
terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
documentos, requerer diligências e produção de outras o
provas, usando os recursos cabíveis. § 2 Em caso de desistência ou abandono da ação por
associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado
deverá assumir a titularidade ativa.
Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso,
será feita pessoalmente.
Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por
esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ação
Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a
pertinentes.
nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a
requerimento de qualquer interessado.
Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
CAPÍTULO III
de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e
Da Proteção Judicial dos Interesses Difusos, Coletivos e
certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se
Individuais Indisponíveis ou Homogêneos
regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.

Art. 78. As manifestações processuais do representante do


Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de
Ministério Público deverão ser fundamentadas.
obrigação de fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou determinará providências que
Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de assegurem o resultado prático equivalente ao adimplemento.
responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao
idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório o
§ 1 Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
de:
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao
juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia,
I - acesso às ações e serviços de saúde; na forma do art. 273 do Código de Processo Civil.

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109 (LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
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o o o
§ 2 O juiz poderá, na hipótese do § 1 ou na sentença, impor § 1 Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
multa diária ao réu, independentemente do pedido do autor, se diligências, se convencer da inexistência de fundamento para
for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo a propositura da ação civil ou de peças informativas,
razoável para o cumprimento do preceito. determinará o seu arquivamento, fazendo-o
fundamentadamente.
o
§ 3 A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado
o
da sentença favorável ao autor, mas será devida desde o dia § 2 Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
em que se houver configurado. arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta
grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão Ministério Público ou à Câmara de Coordenação e Revisão do
Ministério Público.
ao Fundo do Idoso, onde houver, ou na falta deste, ao Fundo
Municipal de Assistência Social, ficando vinculados ao
o
atendimento ao idoso. § 3 Até que seja homologado ou rejeitado o arquivamento,
pelo Conselho Superior do Ministério Público ou por Câmara
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as
associações legitimadas poderão apresentar razões escritas
após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas por meio
ou documentos, que serão juntados ou anexados às peças de
de execução promovida pelo Ministério Público, nos mesmos
informação.
autos, facultada igual iniciativa aos demais legitimados em
caso de inércia daquele.
o
§ 4 Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, Coordenação e Revisão do Ministério Público de homologar a
promoção de arquivamento, será designado outro membro do
para evitar dano irreparável à parte.
Ministério Público para o ajuizamento da ação.

Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser


TÍTULO VI
condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa
Dos Crimes
de peças à autoridade competente, para apuração da
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se
atribua a ação ou omissão. CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado
da sentença condenatória favorável ao idoso sem que o autor Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
o
lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, disposições da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985.
facultada, igual iniciativa aos demais legitimados, como
assistentes ou assumindo o pólo ativo, em caso de inércia Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima
desse órgão.
privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-
o
se o procedimento previsto na Lei n 9.099, de 26 de setembro
Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e do Código Penal e do Código de Processo Penal. (Vide ADI
quaisquer outras despesas. 3.096-5 - STF)

Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério CAPÍTULO II


Público. Dos Crimes em Espécie

Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal
provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts.
informações sobre os fatos que constituam objeto de ação civil 181 e 182 do Código Penal.
e indicando-lhe os elementos de convicção.
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando
Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte,
no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou
de fatos que possam configurar crime de ação pública contra instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo
idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, de idade:
devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério Público,
para as providências cabíveis. Pena - reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá o


§ 1 Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar,
requerer às autoridades competentes as certidões e
menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no
motivo.
prazo de 10 (dez) dias.
o
§ 2 A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se
Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua
encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa,
organismo público ou particular, certidões, informações,
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando
poderá ser inferior a 10 (dez) dias. possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente

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110 (LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
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perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à Pena - reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o
socorro de autoridade pública: Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso,
como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à
Pena - detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. entidade de atendimento:

Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da Pena - detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada,
se resulta a morte. Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa
a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, qualquer outro documento com objetivo de assegurar
entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não recebimento ou ressarcimento de dívida:
prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou
mandado: Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.

Pena - detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.


Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de
comunicação, informações ou imagens depreciativas ou
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou injuriosas à pessoa do idoso:
psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou
degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados Pena - detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a
trabalho excessivo ou inadequado:
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus
atos a outorgar procuração para fins de administração de bens
Pena - detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
ou deles dispor livremente:
o
§ 1 Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

Pena - reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.


Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar,
testar ou outorgar procuração:
o
§ 2 Se resulta a morte:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Pena - reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) discernimento de seus atos, sem a devida representação
meses a 1 (um) ano e multa: legal:

I - obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
motivo de idade;
TÍTULO VII
II - negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho; Disposições Finais e Transitórias

III - recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do
prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa; Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:

IV - deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a Pena - reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude
esta Lei; o
Art. 110. O Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940,
Código Penal, passa a vigorar com as seguintes alterações:
V - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à
propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados
"Art. 61. ............................................................................
pelo Ministério Público.

............................................................................
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em
que for parte ou interveniente o idoso: II - ............................................................................

Pena - detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. ............................................................................

Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou
ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação mulher grávida;
diversa da de sua finalidade:
............................................................................." (NR)

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111 (LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
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o
"Art. 121. ............................................................................ § 1 Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se
o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
(sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
............................................................................
quadrilha.
o
§ 4 No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
............................................................................" (NR)
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as "Art. 183............................................................................
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
............................................................................
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de
14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos." (NR)
............................................................................." (NR)

"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do


"Art. 133. ............................................................................
cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para
o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60
............................................................................ (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos
necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia
o judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa
§ 3 ............................................................................
causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente
enfermo:
............................................................................
............................................................................" (NR)
III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
o
Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei n 3.688, de 3 de outubro
"Art. 140. ............................................................................ de 1941, Lei das Contravenções Penais, passa a vigorar
acrescido do seguinte parágrafo único:
............................................................................
"Art. 21............................................................................
o
§ 3 Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes
a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa ............................................................................
idosa ou portadora de deficiência:
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a
............................................................................ (NR) metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)

o o o
"Art. 141. ............................................................................ Art. 112. O inciso II do § 4 do art. 1 da Lei n 9.455, de 7 de
abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
............................................................................
o
"Art. 1 ............................................................................
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora
de deficiência, exceto no caso de injúria. ............................................................................

o
............................................................................." (NR) § 4 ............................................................................

"Art. 148. ............................................................................ II - se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de


deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
............................................................................
............................................................................" (NR)
o
§ 1 ............................................................................
o
Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei n 6.368, de 21 de
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do agente outubro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação:
ou maior de 60 (sessenta) anos.
"Art. 18............................................................................
............................................................................" (NR)
............................................................................
"Art. 159............................................................................
III - se qualquer deles decorrer de associação ou visar a
............................................................................ menores de 21 (vinte e um) anos ou a pessoa com idade igual
ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por

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112 (LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
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qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de
discernimento ou de autodeterminação:

............................................................................" (NR)

o
Art. 114. O art 1º da Lei n 10.048, de 8 de novembro de
2000, passa a vigorar com a seguinte redação:

o
"Art. 1 As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as
lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo
terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei." (NR)

Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao


Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo
Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em
cada exercício financeiro, para aplicação em programas e
ações relativos ao idoso.

Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados


relativos à população idosa do País.

Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso


Nacional projeto de lei revendo os critérios de concessão do
Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica
da Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao
direito seja condizente com o estágio de desenvolvimento
sócio-econômico alcançado pelo País.

Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias


da sua publicação, ressalvado o disposto no caput do art. 36,
o
que vigorará a partir de 1 de janeiro de 2004.

o o
Brasília, 1 de outubro de 2003; 182 da Independência e
o
115 da República.

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113 (LEI FEDERAL Nº 10.741, DE 1º/10/2003)
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porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como
REGISTRO, POSSE E manter o cadastro atualizado para consulta.
COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS DE
FOGO E MUNIÇÃO Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam
as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como
as demais que constem dos seus registros próprios.

(LEI Nº 10.826, DE 22/12/2003) CAPÍTULO II

Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de DO REGISTRO


fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - Sinarm,
define crimes e dá outras providências. o
Art. 3 É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão
competente.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão
registradas no Comando do Exército, na forma do
CAPÍTULO I regulamento desta Lei.

DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS o


Art. 4 Para adquirir arma de fogo de uso permitido o
interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
o
Art. 1 O Sistema Nacional de Armas - Sinarm, instituído no atender aos seguintes requisitos:
Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem
circunscrição em todo o território nacional. I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de
certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela
o
Art. 2 Ao Sinarm compete: Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que
poderão ser fornecidas por meios eletrônicos;
I - identificar as características e a propriedade de armas de
fogo, mediante cadastro;
II - apresentação de documento comprobatório de ocupação
lícita e de residência certa;
II - cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e
vendidas no País;
III - comprovação de capacidade técnica e de aptidão
psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na
III - cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as forma disposta no regulamento desta Lei.
renovações expedidas pela Polícia Federal;
o
§ 1 O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de
IV - cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, fogo após atendidos os requisitos anteriormente
roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados estabelecidos, em nome do requerente e para a arma
cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de indicada, sendo intransferível esta autorização.
empresas de segurança privada e de transporte de valores;
o
§ 2 A aquisição de munição somente poderá ser feita no
V - identificar as modificações que alterem as características calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
ou o funcionamento de arma de fogo; estabelecida no regulamento desta Lei.

VI - integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; o


§ 3 A empresa que comercializar arma de fogo em território
nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
VII - cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as competente, como também a manter banco de dados com
vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; todas as características da arma e cópia dos documentos
previstos neste artigo.
VIII - cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como
o
conceder licença para exercer a atividade; § 4 A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e
munições responde legalmente por essas mercadorias,
ficando registradas como de sua propriedade enquanto não
IX - cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas,
forem vendidas.
varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas
de fogo, acessórios e munições;
o
§ 5 A comercialização de armas de fogo, acessórios e
munições entre pessoas físicas somente será efetivada
X - cadastrar a identificação do cano da arma, as
mediante autorização do Sinarm.
características das impressões de raiamento e de
microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e
o o
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; § 6 A expedição da autorização a que se refere o § 1 será
concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no
prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do
XI - informar às Secretarias de Segurança Pública dos
requerimento do interessado.
Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de

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114 ARMAS DE FOGO E MUNIÇÃO
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o o
§ 7 O registro precário a que se refere o § 4 prescinde do III - os integrantes das guardas municipais das capitais dos
cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo. Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos
mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento
o
§ 8 Estará dispensado das exigências constantes do inciso III desta Lei;
do caput deste artigo, na forma do regulamento, o interessado
em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios
estar autorizado a portar arma com as mesmas características com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000
daquela a ser adquirida. (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;

o
Art. 5 O certificado de Registro de Arma de Fogo, com V - os agentes operacionais da Agência Brasileira de
validade em todo o território nacional, autoriza o seu Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
interior de sua residência ou domicílio, ou dependência República;
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja
ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou VI - os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV,
empresa.
e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
o
§ 1 O certificado de registro de arma de fogo será expedido
VII - os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas
pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas
Sinarm.
portuárias;
o
§ 2 Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art.
o VIII - as empresas de segurança privada e de transporte de
4 deverão ser comprovados periodicamente, em período não
valores constituídas, nos termos desta Lei;
inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no
regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de
Registro de Arma de Fogo. IX - para os integrantes das entidades de desporto legalmente
constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de
o armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei,
§ 3 O proprietário de arma de fogo com certificados de
observando-se, no que couber, a legislação ambiental.
registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do
Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não
optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal
deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-
dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de Fiscal e Analista Tributário.
documento de identificação pessoal e comprovante de
residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da
do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos
o
I a III do caput do art. 4 desta Lei. Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros
pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de
o o
§ 4 Para fins do cumprimento do disposto no § 3 deste segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo
artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional
Departamento de Polícia Federal, certificado de registro do Ministério Público - CNMP.
provisório, expedido na rede mundial de computadores -
internet, na forma do regulamento e obedecidos os o
§ 1 As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI
procedimentos a seguir: do caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do
com validade inicial de 90 (noventa) dias; e regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para
aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia
o
Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que § 1 -A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
estimar como necessário para a emissão definitiva do
certificado de registro de propriedade. § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e
guardas prisionais poderão portar arma de fogo de
CAPÍTULO III propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação
ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam:
DO PORTE
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva;
o
Art. 6 É proibido o porte de arma de fogo em todo o território
nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento;
e para: e

I - os integrantes das Forças Armadas; III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle


interno.
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos
do caput do art. 144 da Constituição Federal;

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§ 1º-C. (VETADO). guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
ocorrido o fato.
o
§ 2 A autorização para o porte de arma de fogo aos
o
integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X § 2 A empresa de segurança e de transporte de valores
do caput deste artigo está condicionada à comprovação do deverá apresentar documentação comprobatória do
o o
requisito a que se refere o inciso III do caputdo art. 4 desta preenchimento dos requisitos constantes do art. 4 desta Lei
Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. quanto aos empregados que portarão arma de fogo.

o o
§ 3 A autorização para o porte de arma de fogo das guardas § 3 A listagem dos empregados das empresas referidas neste
municipais está condicionada à formação funcional de seus artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm.
integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade
policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de o
Art. 7 -A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das
controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento o
instituições descritas no inciso XI do art. 6 serão de
desta Lei, observada a supervisão do Comando do Exército.
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
instituições, somente podendo ser utilizadas quando em
o
§ 4 Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais serviço, devendo estas observar as condições de uso e de
e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela
o
no art. 4 , ficam dispensados do cumprimento do disposto nos Polícia Federal em nome da instituição.
incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento
desta Lei. o
§ 1 A autorização para o porte de arma de fogo de que trata
este artigo independe do pagamento de taxa.
o
§ 5 Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e
cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma o
§ 2 O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público
de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
designará os servidores de seus quadros pessoais no
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
exercício de funções de segurança que poderão portar arma
categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso
de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por
permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
cento) do número de servidores que exerçam funções de
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde
segurança.
que o interessado comprove a efetiva necessidade em
requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes o
documentos: § 3 O porte de arma pelos servidores das instituições de que
trata este artigo fica condicionado à apresentação de
documentação comprobatória do preenchimento dos
I - documento de identificação pessoal; o
requisitos constantes do art. 4 desta Lei, bem como à
formação funcional em estabelecimentos de ensino de
II - comprovante de residência em área rural; e atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização
e de controle interno, nas condições estabelecidas no
III - atestado de bons antecedentes. regulamento desta Lei.

o
o § 4 A listagem dos servidores das instituições de que trata
§ 6 O caçador para subsistência que der outro uso à sua
este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm.
arma de fogo, independentemente de outras tipificações
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por
o
disparo de arma de fogo de uso permitido. § 5 As instituições de que trata este artigo são obrigadas a
registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
o
§ 7 Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
que integram regiões metropolitanas será autorizado porte de
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
arma de fogo, quando em serviço.
ocorrido o fato.
o
Art. 7 As armas de fogo utilizadas pelos empregados das o
Art. 8 As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas
empresas de segurança privada e de transporte de valores,
legalmente constituídas devem obedecer às condições de uso
constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
responsabilidade e guarda das respectivas empresas,
respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma pela
somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo
sua guarda na forma do regulamento desta Lei.
essas observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de
o
registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Art. 9 Compete ao Ministério da Justiça a autorização do
Federal em nome da empresa. porte de arma para os responsáveis pela segurança de
cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao
o
§ 1 O proprietário ou diretor responsável de empresa de Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o
registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo
segurança privada e de transporte de valores responderá pelo
para colecionadores, atiradores e caçadores e de
crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem
representantes estrangeiros em competição internacional
prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar
oficial de tiro realizada no território nacional.
de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua

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o
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso § 3 A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§
o o
permitido, em todo o território nacional, é de competência da 1 e 2 deste artigo implicará o descredenciamento do
Polícia Federal e somente será concedida após autorização profissional pela Polícia Federal.
do Sinarm.
CAPÍTULO IV
o
§ 1 A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida
com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos de DOS CRIMES E DAS PENAS
atos regulamentares, e dependerá de o requerente:

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido


I - demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de
atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade
física; Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
o determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
II - atender às exigências previstas no art. 4 desta Lei;
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
III - apresentar documentação de propriedade de arma de estabelecimento ou empresa:
fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
o
§ 2 A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste
artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador Omissão de cautela
dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou
sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para
impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores
de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja
constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços
sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
relativos:

Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.


I - ao registro de arma de fogo;

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário


II - à renovação de registro de arma de fogo;
ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte
de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
III - à expedição de segunda via de registro de arma de fogo; comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras
formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição
IV - à expedição de porte federal de arma de fogo; que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro)
horas depois de ocorrido o fato.

V - à renovação de porte de arma de fogo;


Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

VI - à expedição de segunda via de porte federal de arma de


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
fogo.
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
o
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar
§ 1 Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e do autorização e em desacordo com determinação legal ou
Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas regulamentar:
responsabilidades.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
o
§ 2 São isentas do pagamento das taxas previstas neste
artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos
o o Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável,
I a VII e X e o § 5 do art. 6 desta Lei.
salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente.
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as
condições do credenciamento de profissionais pela Polícia
Disparo de arma de fogo
Federal para comprovação da aptidão psicológica e da
capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
o
§ 1 Na comprovação da aptidão psicológica, o valor cobrado habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio dos
finalidade a prática de outro crime:
honorários profissionais para realização de avaliação
psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho
Federal de Psicologia. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

o
§ 2 Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.
pelo instrutor de armamento e tiro não poderá exceder R$
80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munição.

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Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é
aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter munição forem de uso proibido ou restrito.
em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido pena é aumentada da metade se forem praticados por
o o
ou restrito, sem autorização e em desacordo com integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6 , 7 e
o
determinação legal ou regulamentar: 8 desta Lei.

Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são
insuscetíveis de liberdade provisória.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
CAPÍTULO V
I - suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de
identificação de arma de fogo ou artefato; DISPOSIÇÕES GERAIS

II - modificar as características de arma de fogo, de forma a Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios
torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do
ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro disposto nesta Lei.
autoridade policial, perito ou juiz;
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a
III - possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou definição das armas de fogo e demais produtos controlados,
incendiário, sem autorização ou em desacordo com de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor
determinação legal ou regulamentar; histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder
Executivo Federal, mediante proposta do Comando do
IV - portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de Exército.
fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
o
identificação raspado, suprimido ou adulterado; § 1 Todas as munições comercializadas no País deverão
estar acondicionadas em embalagens com sistema de código
V - vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a
identificação do fabricante e do adquirente, entre outras
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
informações definidas pelo regulamento desta Lei.
adolescente; e
o o
§ 2 Para os órgãos referidos no art. 6 , somente serão
VI - produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou
expedidas autorizações de compra de munição com
adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis,
na forma do regulamento desta Lei.
Comércio ilegal de arma de fogo
o
§ 3 As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco de
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, segurança e de identificação, gravado no corpo da arma,
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos
o
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de previstos no art. 6 .
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com o
§ 4 As instituições de ensino policial e as guardas municipais
determinação legal ou regulamentar: o
referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6 desta Lei e no
o
seu § 7 poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. munição para o fim exclusivo de suprimento de suas
atividades, mediante autorização concedida nos termos
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou definidos em regulamento.
industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º
clandestino, inclusive o exercido em residência. desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e
fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
Tráfico internacional de arma de fogo alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais
produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito
de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização da autoridade Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do
competente: laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de
Pena - reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos
órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma
do regulamento desta Lei.

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o
§ 1 As armas de fogo encaminhadas ao Comando do e do cumprimento das demais exigências constantes dos
o
Exército que receberem parecer favorável à doação, incisos I a III do caput do art. 4 desta Lei.
obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou
órgão de segurança pública, atendidos os critérios de Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto
prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido o no caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá
Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado
obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de
trimestral a ser encaminhado àquelas instituições, abrindo-se- o o
registro provisório, expedido na forma do § 4 do art. 5 desta
lhes prazo para manifestação de interesse.
Lei.
o
§ 2 O Comando do Exército encaminhará a relação das
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo
armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o
adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá-
seu perdimento em favor da instituição beneficiada.
las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos
termos do regulamento desta Lei.
o
§ 3 O transporte das armas de fogo doadas será de
responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo
seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma.
poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do
o
§ 4 (VETADO) regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse
irregular da referida arma.
o
§ 5 O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o
encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
de arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente,
da relação de armas acauteladas em juízo, mencionando suas Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais)
características e o local onde se encontram.
a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar o
regulamento desta Lei:
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização
e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas I - à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário,
de fogo, que com estas se possam confundir.
marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por
qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o transporte
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os de arma ou munição sem a devida autorização ou com
simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à inobservância das normas de segurança;
coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo
Comando do Exército. II - à empresa de produção ou comércio de armamentos que
realize publicidade para venda, estimulando o uso
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações
excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso especializadas.
restrito.
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, sob
aquisições dos Comandos Militares. pena de responsabilidade, as providências necessárias para
evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos
o
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir garantidos pelo inciso VI do art. 5 da Constituição Federal.
arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades
constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação
o
6 desta Lei. dos serviços de transporte internacional e interestadual de
passageiros adotarão as providências necessárias para evitar
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já o embarque de passageiros armados.
concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a publicação
desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004) CAPÍTULO VI

Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de DISPOSIÇÕES FINAIS


validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la,
o o
perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4 , 6 e 10 Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e
desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação,
munição em todo o território nacional, salvo para as entidades
sem ônus para o requerente. o
previstas no art. 6 desta Lei.

Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de o


§ 1 Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de
uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu
aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em
registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante
outubro de 2005.
apresentação de documento de identificação pessoal e
comprovante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal
o
de compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos § 2 Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto
meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada na neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu
qual constem as características da arma e a sua condição de resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
proprietário, ficando este dispensado do pagamento de taxas

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o
Art. 36. É revogada a Lei n 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.

Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

o o
Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182 da Independência e 115 da República.

ANEXO

TABELA DE TAXAS

ATO ADMINISTRATIVO R$

I - Registro de arma de fogo:

o
- a partir de 1 de janeiro de 2009 Gratuito (art. 30)

- até 31 de dezembro de 2008 60,00

II - Renovação do certificado de registro de arma de fogo:

o o
- até 31 de dezembro de 2008 Gratuito (art. 5 , § 3 )

o
- a partir de 1 de janeiro de 2009 60,00

III - Registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de transporte de valores 60,00

IV - Renovação do certificado de registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de


transporte de valores:

30,00
- até 30 de junho de 2008

o 45,00
- de 1 de julho de 2008 a 31 de outubro de 2008

o 60,00
- a partir de 1 de novembro de 2008

V - Expedição de porte de arma de fogo 1.000,00

VI - Renovação de porte de arma de fogo 1.000,00

VII - Expedição de segunda via de certificado de registro de arma de fogo 60,00

VIII - Expedição de segunda via de porte de arma de fogo 60,00

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TÍTULO II
LEI MARIA DA PENHA
DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
LEI Nº 11.340, MULHER
DE 7 DE AGOSTO DE 2006
CAPÍTULO I

Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar


o
contra a mulher, nos termos do § 8 do art. 226 da DISPOSIÇÕES GERAIS
Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de
o
Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Art. 5 Para os efeitos desta Lei, configura violência
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de patrimonial:
Execução Penal; e dá outras providências.
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

TÍTULO I II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade


formada por indivíduos que são ou se consideram
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa;
o
Art. 1 Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor
o
do § 8 do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção conviva ou tenha convivido com a ofendida,
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a independentemente de coabitação.
Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste
internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; artigo independem de orientação sexual.
dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência o
Art. 6 A violência doméstica e familiar contra a mulher
e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e
constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.
familiar.

o CAPÍTULO II
Art. 2 Toda mulher, independentemente de classe, raça,
etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional,
idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e
facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde
CONTRA A MULHER
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e
social.
o
Art. 7 São formas de violência doméstica e familiar contra a
o mulher, entre outras:
Art. 3 Serão asseguradas às mulheres as condições para o
exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à I - a violência física, entendida como qualquer conduta que
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à ofenda sua integridade ou saúde corporal;
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária. II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta
que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou
o
§ 1 O poder público desenvolverá políticas que visem que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante,
violência, crueldade e opressão. perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização,
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro
o meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
§ 2 Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as
autodeterminação;
condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos
enunciados no caput.
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que
o a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação
Art. 4 Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de
peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e
qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar
familiar.
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio,

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à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I
quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta
que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem
de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia;
incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à
configure calúnia, difamação ou injúria. eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da
violência doméstica e familiar contra a mulher.
TÍTULO III
CAPÍTULO II
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CAPÍTULO I
o
Art. 9 A assistência à mulher em situação de violência
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO doméstica e familiar será prestada de forma articulada e
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei
o
Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde,
Art. 8 A política pública que visa coibir a violência doméstica no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas
e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando
articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal for o caso.
e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por
diretrizes: o
§ 1 O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher
em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério programas assistenciais do governo federal, estadual e
Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança municipal.
pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e
habitação; o
§ 2 O juiz assegurará à mulher em situação de violência
doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras psicológica:
informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de
raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública,
freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher,
integrante da administração direta ou indireta;
para a sistematização de dados, a serem unificados
nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das
medidas adotadas; II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o
afastamento do local de trabalho, por até seis meses.
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores
o
éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os § 3 A assistência à mulher em situação de violência
papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios
doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico,
o o
III do art. 1 , no inciso IV do art. 3 e no inciso IV do art. 221 da incluindo os serviços de contracepção de emergência, a
Constituição Federal; profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e
da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros
IV - a implementação de atendimento policial especializado procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de
violência sexual.
para as mulheres, em particular nas Delegacias de
Atendimento à Mulher;
CAPÍTULO III
V - a promoção e a realização de campanhas educativas de
prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a
difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência
humanos das mulheres;
doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que
tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as
VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou providências legais cabíveis.
outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos
governamentais ou entre estes e entidades não- Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo
governamentais, tendo por objetivo a implementação de
ao descumprimento de medida protetiva de urgência deferida.
programas de erradicação da violência doméstica e familiar
contra a mulher;

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o
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência § 3 Serão admitidos como meios de prova os laudos ou
doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de
providências: saúde.

I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando TÍTULO IV


de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;
DOS PROCEDIMENTOS
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao
Instituto Médico Legal; CAPÍTULO I

III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes


DISPOSIÇÕES GERAIS
para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;

Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas


IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a
cíveis e criminais decorrentes da prática de violência
retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do
doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas
domicílio familiar;
dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da
legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei.
os serviços disponíveis.
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível
contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal
autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de julgamento e a execução das causas decorrentes da prática
Processo Penal: de violência doméstica e familiar contra a mulher.

I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se
representação a termo, se apresentada; em horário noturno, conforme dispuserem as normas de
organização judiciária.
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento
do fato e de suas circunstâncias; Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os
processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a I - do seu domicílio ou de sua residência;
concessão de medidas protetivas de urgência;
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito
da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; III - do domicílio do agressor.

V - ouvir o agressor e as testemunhas;


Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à
representação da ofendida de que trata esta Lei, só será
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos admitida a renúncia à representação perante o juiz, em
autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a audiência especialmente designada com tal finalidade, antes
existência de mandado de prisão ou registro de outras do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
ocorrências policiais contra ele;
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta
juiz e ao Ministério Público. básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
substituição de pena que implique o pagamento isolado de
o
§ 1 O pedido da ofendida será tomado a termo pela multa.
autoridade policial e deverá conter:
CAPÍTULO II
I - qualificação da ofendida e do agressor;
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
II - nome e idade dos dependentes;
Seção I
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas
solicitadas pela ofendida. Disposições Gerais

o
§ 2 A autoridade policial deverá anexar ao documento Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida,
o
referido no § 1 o boletim de ocorrência e cópia de todos os caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
documentos disponíveis em posse da ofendida.

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I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
medidas protetivas de urgência;
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes
assistência judiciária, quando for o caso; e o agressor;

III - comunicar ao Ministério Público para que adote as b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por
providências cabíveis. qualquer meio de comunicação;

Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a
concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou integridade física e psicológica da ofendida;
a pedido da ofendida.
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes
o
§ 1 As medidas protetivas de urgência poderão ser menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou
concedidas de imediato, independentemente de audiência das serviço similar;
partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este
ser prontamente comunicado. V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
o
§ 2 As medidas protetivas de urgência serão aplicadas o
§ 1 As medidas referidas neste artigo não impedem a
isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a
aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre
qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os
que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem,
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados.
devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.
o
§ 3 Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a o
§ 2 Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o
pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de
agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do
urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender o o
art. 6 da Lei n 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as
seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a
restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução agressor responsável pelo cumprimento da determinação
criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou
pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou de desobediência, conforme o caso.
mediante representação da autoridade policial.
o
§ 3 Para garantir a efetividade das medidas protetivas de
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio
se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que da força policial.
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem. o
§ 4 Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que
o
couber, o disposto no caput e nos §§ 5 e 6º do art. 461 da Lei
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).
processuais relativos ao agressor, especialmente dos
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da Seção III
intimação do advogado constituído ou do defensor público.

Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida


Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação
ou notificação ao agressor.
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de
outras medidas:
Seção II

I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa


Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o
oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
Agressor

II - determinar a recondução da ofendida e a de seus


Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar
dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do
contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar,
agressor;
de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as
seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo
dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com
comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei
o
n 10.826, de 22 de dezembro de 2003; IV - determinar a separação de corpos.

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a


ofendida;

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Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade TÍTULO V
conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o
juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR
entre outras:

Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra


I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor
a Mulher que vierem a ser criados poderão contar com uma
à ofendida;
equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por
profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de saúde.
de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo
expressa autorização judicial; Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar,
entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao
agressor; Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou
verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas,
voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com
judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática
especial atenção às crianças e aos adolescentes.
de violência doméstica e familiar contra a ofendida.

Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação


Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente
mais aprofundada, o juiz poderá determinar a manifestação de
para os fins previstos nos incisos II e III deste artigo.
profissional especializado, mediante a indicação da equipe de
atendimento multidisciplinar.
CAPÍTULO III
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO orçamentária, poderá prever recursos para a criação e
manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência
doméstica e familiar contra a mulher. TÍTULO VI

Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar contra
a mulher, quando necessário:
Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de acumularão as competências cível e criminal para conhecer e
educação, de assistência social e de segurança, entre outros; julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica
e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente.
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e
familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas
judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades varas criminais, para o processo e o julgamento das causas
constatadas; referidas no caput.

III - cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra TÍTULO VII


a mulher.
DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO IV
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada pela
implantação das curadorias necessárias e do serviço de
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a assistência judiciária.
mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá
estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os
art. 19 desta Lei. Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas
competências:
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência
doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para
Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da mulheres e respectivos dependentes em situação de violência
lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento doméstica e familiar;
específico e humanizado.
II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes
menores em situação de violência doméstica e familiar;

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III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de Art. 43. A alínea f do inciso II do art. 61 do Decreto-Lei
o
saúde e centros de perícia médico-legal especializados no n 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e vigorar com a seguinte redação:
familiar;
“Art. 61. ..................................................
IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência
doméstica e familiar;
.................................................................

V - centros de educação e de reabilitação para os agressores.


II - ............................................................

Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os


.................................................................
Municípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de seus
programas às diretrizes e aos princípios desta Lei.
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais
violência contra a mulher na forma da lei específica;
previstos nesta Lei poderá ser exercida, concorrentemente,
pelo Ministério Público e por associação de atuação na área,
regularmente constituída há pelo menos um ano, nos termos ........................................................... ” (NR)
da legislação civil.
Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes
dispensado pelo juiz quando entender que não há outra alterações:
entidade com representatividade adequada para o
ajuizamento da demanda coletiva. “Art. 129. ..................................................

Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar ..................................................................


contra a mulher serão incluídas nas bases de dados dos
órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de o
subsidiar o sistema nacional de dados e informações relativo § 9 Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente,
às mulheres. irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das
relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos
Estados e do Distrito Federal poderão remeter suas
informações criminais para a base de dados do Ministério da Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
Justiça.
..................................................................
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, no limite de suas competências e nos termos das § 11. Na hipótese do § 9 deste artigo, a pena será
o

respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa
estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada portadora de deficiência.” (NR)
exercício financeiro, para a implementação das medidas
estabelecidas nesta Lei. o
Art. 45. O art. 152 da Lei n 7.210, de 11 de julho de
1984 (Lei de Execução Penal), passa a vigorar com a seguinte
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras redação:
decorrentes dos princípios por ela adotados.
“Art. 152. ...................................................
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e
familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista,
o
não se aplica a Lei n 9.099, de 26 de setembro de 1995. Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a
mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório
o do agressor a programas de recuperação e reeducação.” (NR)
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei n 3.689, de 3 de outubro
de 1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar
acrescido do seguinte inciso IV: Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias
após sua publicação.

“Art. 313. ................................................. o


Brasília, 7 de agosto de 2006; 185 da Independência e
o
118 da República.
................................................................

IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a


mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução
das medidas protetivas de urgência.” (NR)

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126 (LEI FEDERAL Nº 11.340, DE 07/08/2006)
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esportivas, defendendo sua dignidade e seus valores
ESTATUTO NACIONAL DA religiosos e culturais.
IGUALDADE RACIAL
o
Art. 3 Além das normas constitucionais relativas aos
princípios fundamentais, aos direitos e garantias fundamentais
(LEI Nº 12.288, DE 20/07/2010) e aos direitos sociais, econômicos e culturais, o Estatuto da
Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a
os
Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis n 7.716, inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial, a
de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da
de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de identidade nacional brasileira.
2003.
o
Art. 4 A participação da população negra, em condição de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, política
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: e cultural do País será promovida, prioritariamente, por meio
de:
TÍTULO I
I - inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento
econômico e social;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

o II - adoção de medidas, programas e políticas de ação


Art. 1 Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, afirmativa;
destinado a garantir à população negra a efetivação da
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos
individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e III - modificação das estruturas institucionais do Estado para o
às demais formas de intolerância étnica. adequado enfrentamento e a superação das desigualdades
étnicas decorrentes do preconceito e da discriminação étnica;
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se:
IV - promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o
combate à discriminação étnica e às desigualdades étnicas
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, em todas as suas manifestações individuais, institucionais e
exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, estruturais;
descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por
objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou
exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e V - eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, institucionais que impedem a representação da diversidade
social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou étnica nas esferas pública e privada;
privada;
VI - estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de sociedade civil direcionadas à promoção da igualdade de
diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades e ao combate às desigualdades étnicas,
oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de inclusive mediante a implementação de incentivos e critérios
raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica; de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos
públicos;
III - desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no
âmbito da sociedade que acentua a distância social entre VII - implementação de programas de ação afirmativa
mulheres negras e os demais segmentos sociais; destinados ao enfrentamento das desigualdades étnicas no
tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde,
segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de
IV - população negra: o conjunto de pessoas que se massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e
autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça outros.
usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga;
Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa constituir-
se-ão em políticas públicas destinadas a reparar as distorções
V - políticas públicas: as ações, iniciativas e programas e desigualdades sociais e demais práticas discriminatórias
adotados pelo Estado no cumprimento de suas atribuições adotadas, nas esferas pública e privada, durante o processo
institucionais; de formação social do País.

VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais o


Art. 5 Para a consecução dos objetivos desta Lei, é instituído
adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial
das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de (Sinapir), conforme estabelecido no Título III.
oportunidades.

o
Art. 2 É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade
de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro,
independentemente da etnia ou da cor da pele, o direito à
participação na comunidade, especialmente nas atividades
políticas, econômicas, empres ariais, educacionais, culturais e

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127 (LEI FEDERAL Nº 12.288, DE 20/07/2010)
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TÍTULO II Parágrafo único. Os moradores das comunidades de
remanescentes de quilombos serão beneficiários de incentivos
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS específicos para a garantia do direito à saúde, incluindo
melhorias nas condições ambientais, no saneamento básico,
na segurança alimentar e nutricional e na atenção integral à
CAPÍTULO I saúde.

DO DIREITO À SAÚDE CAPÍTULO II

o
Art. 6 O direito à saúde da população negra será garantido DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E
pelo poder público mediante políticas universais, sociais e AO LAZER
econômicas destinadas à redução do risco de doenças e de
outros agravos.
Seção I
o
§ 1 O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de
Disposições Gerais
Saúde (SUS) para promoção, proteção e recuperação da
saúde da população negra será de responsabilidade dos
o
órgãos e instituições públicas federais, estaduais, distritais e Art. 9 A população negra tem direito a participar de
municipais, da administração direta e indireta. atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer
adequadas a seus interesses e condições, de modo a
o
§ 2 O poder público garantirá que o segmento da população contribuir para o patrimônio cultural de sua comunidade e da
sociedade brasileira.
negra vinculado aos seguros privados de saúde seja tratado
sem discriminação.
o
Art. 10. Para o cumprimento do disposto no art. 9 , os
o
Art. 7 O conjunto de ações de saúde voltadas à população governos federal, estaduais, distrital e municipais adotarão as
seguintes providências:
negra constitui a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra, organizada de acordo com as diretrizes
abaixo especificadas: I - promoção de ações para viabilizar e ampliar o acesso da
população negra ao ensino gratuito e às atividades esportivas
I - ampliação e fortalecimento da participação de lideranças e de lazer;
dos movimentos sociais em defesa da saúde da população
negra nas instâncias de participação e controle social do SUS; II - apoio à iniciativa de entidades que mantenham espaço
para promoção social e cultural da população negra;
II - produção de conhecimento científico e tecnológico em
saúde da população negra; III - desenvolvimento de campanhas educativas, inclusive nas
escolas, para que a solidariedade aos membros da população
III - desenvolvimento de processos de informação, negra faça parte da cultura de toda a sociedade;
comunicação e educação para contribuir com a redução das
vulnerabilidades da população negra. IV - implementação de políticas públicas para o fortalecimento
da juventude negra brasileira.
o
Art. 8 Constituem objetivos da Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra: Seção II

I - a promoção da saúde integral da população negra, Da Educação


priorizando a redução das desigualdades étnicas e o combate
à discriminação nas instituições e serviços do SUS; Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de
ensino médio, públicos e privados, é obrigatório o estudo da
II - a melhoria da qualidade dos sistemas de informação do história geral da África e da história da população negra no
o
SUS no que tange à coleta, ao processamento e à análise dos Brasil, observado o disposto na Lei n 9.394, de 20 de
dados desagregados por cor, etnia e gênero; dezembro de 1996.

o
III - o fomento à realização de estudos e pesquisas sobre § 1 Os conteúdos referentes à história da população negra
racismo e saúde da população negra; no Brasil serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o
IV - a inclusão do conteúdo da saúde da população negra nos desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País.
processos de formação e educação permanente dos
o
trabalhadores da saúde; § 2 O órgão competente do Poder Executivo fomentará a
formação inicial e continuada de professores e a elaboração
V - a inclusão da temática saúde da população negra nos de material didático específico para o cumprimento do
disposto no caput deste artigo.
processos de formação política das lideranças de movimentos
sociais para o exercício da participação e controle social no
o
SUS. § 3 Nas datas comemorativas de caráter cívico, os órgãos
responsáveis pela educação incentivarão a participação de
intelectuais e representantes do movimento negro para

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debater com os estudantes suas vivências relativas ao tema Parágrafo único. A preservação dos documentos e dos sítios
em comemoração. detentores de reminiscências históricas dos antigos
o
quilombos, tombados nos termos do § 5 do art. 216 da
Art. 12. Os órgãos federais, distritais e estaduais de fomento Constituição Federal, receberá especial atenção do poder
público.
à pesquisa e à pós-graduação poderão criar incentivos a
pesquisas e a programas de estudo voltados para temas
referentes às relações étnicas, aos quilombos e às questões Art. 19. O poder público incentivará a celebração das
pertinentes à população negra. personalidades e das datas comemorativas relacionadas à
trajetória do samba e de outras manifestações culturais de
Art. 13. O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos matriz africana, bem como sua comemoração nas instituições
de ensino públicas e privadas.
competentes, incentivará as instituições de ensino superior
públicas e privadas, sem prejuízo da legislação em vigor, a:
Art. 20. O poder público garantirá o registro e a proteção da
I - resguardar os princípios da ética em pesquisa e apoiar capoeira, em todas as suas modalidades, como bem de
natureza imaterial e de formação da identidade cultural
grupos, núcleos e centros de pesquisa, nos diversos
brasileira, nos termos do art. 216 da Constituição Federal.
programas de pós-graduação que desenvolvam temáticas de
interesse da população negra;
Parágrafo único. O poder público buscará garantir, por meio
II - incorporar nas matrizes curriculares dos cursos de dos atos normativos necessários, a preservação dos
elementos formadores tradicionais da capoeira nas suas
formação de professores temas que incluam valores
relações internacionais.
concernentes à pluralidade étnica e cultural da sociedade
brasileira;
Seção IV
III - desenvolver programas de extensão universitária
destinados a aproximar jovens negros de tecnologias Do Esporte e Lazer
avançadas, assegurado o princípio da proporcionalidade de
gênero entre os beneficiários; Art. 21. O poder público fomentará o pleno acesso da
população negra às práticas desportivas, consolidando o
IV - estabelecer programas de cooperação técnica, nos esporte e o lazer como direitos sociais.
estabelecimentos de ensino públicos, privados e comunitários,
com as escolas de educação infantil, ensino fundamental, Art. 22. A capoeira é reconhecida como desporto de criação
ensino médio e ensino técnico, para a formação docente
nacional, nos termos do art. 217 da Constituição Federal.
baseada em princípios de equidade, de tolerância e de
respeito às diferenças étnicas.
o
§ 1 A atividade de capoeirista será reconhecida em todas as
modalidades em que a capoeira se manifesta, seja como
Art. 14. O poder público estimulará e apoiará ações
esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em
socioeducacionais realizadas por entidades do movimento
todo o território nacional.
negro que desenvolvam atividades voltadas para a inclusão
social, mediante cooperação técnica, intercâmbios, convênios
o
e incentivos, entre outros mecanismos. § 2 É facultado o ensino da capoeira nas instituições
públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres tradicionais,
pública e formalmente reconhecidos.
Art. 15. O poder público adotará programas de ação
afirmativa.
CAPÍTULO III
Art. 16. O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos
responsáveis pelas políticas de promoção da igualdade e de DO DIREITO À LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE
educação, acompanhará e avaliará os programas de que trata CRENÇA E AO LIVRE EXERCÍCIO DOS CULTOS
esta Seção. RELIGIOSOS

Seção III Art. 23. É inviolável a liberdade de consciência e de crença,


sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
Da Cultura
suas liturgias.

Art. 17. O poder público garantirá o reconhecimento das


Art. 24. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao
sociedades negras, clubes e outras formas de manifestação
livre exercício dos cultos religiosos de matriz africana
coletiva da população negra, com trajetória histórica
compreende:
comprovada, como patrimônio histórico e cultural, nos termos
dos arts. 215 e 216 da Constituição Federal.
I - a prática de cultos, a celebração de reuniões relacionadas à
religiosidade e a fundação e manutenção, por iniciativa
Art. 18. É assegurado aos remanescentes das comunidades
privada, de lugares reservados para tais fins;
dos quilombos o direito à preservação de seus usos,
costumes, tradições e manifestos religiosos, sob a proteção do
Estado. II - a celebração de festividades e cerimônias de acordo com
preceitos das respectivas religiões;

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III - a fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de promoverá ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao
instituições beneficentes ligadas às respectivas convicções financiamento agrícola.
religiosas;
Art. 29. Serão assegurados à população negra a assistência
IV - a produção, a comercialização, a aquisição e o uso de técnica rural, a simplificação do acesso ao crédito agrícola e o
artigos e materiais religiosos adequados aos costumes e às fortalecimento da infraestrutura de logística para a
práticas fundadas na respectiva religiosidade, ressalvadas as comercialização da produção.
condutas vedadas por legislação específica;
Art. 30. O poder público promoverá a educação e a
V - a produção e a divulgação de publicações relacionadas ao orientação profissional agrícola para os trabalhadores negros
exercício e à difusão das religiões de matriz africana; e as comunidades negras rurais.

VI - a coleta de contribuições financeiras de pessoas naturais Art. 31. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos
e jurídicas de natureza privada para a manutenção das que estejam ocupando suas terras é reconhecida a
atividades religiosas e sociais das respectivas religiões; propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos
respectivos.
VII - o acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para
divulgação das respectivas religiões; Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará e desenvolverá
políticas públicas especiais voltadas para o desenvolvimento
VIII - a comunicação ao Ministério Público para abertura de sustentável dos remanescentes das comunidades dos
quilombos, respeitando as tradições de proteção ambiental
ação penal em face de atitudes e práticas de intolerância
das comunidades.
religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros
locais.
Art. 33. Para fins de política agrícola, os remanescentes das
Art. 25. É assegurada a assistência religiosa aos praticantes comunidades dos quilombos receberão dos órgãos
competentes tratamento especial diferenciado, assistência
de religiões de matrizes africanas internados em hospitais ou
técnica e linhas especiais de financiamento público,
em outras instituições de internação coletiva, inclusive àqueles
destinados à realização de suas atividades produtivas e de
submetidos a pena privativa de liberdade.
infraestrutura.

Art. 26. O poder público adotará as medidas necessárias


Art. 34. Os remanescentes das comunidades dos quilombos
para o combate à intolerância com as religiões de matrizes
se beneficiarão de todas as iniciativas previstas nesta e em
africanas e à discriminação de seus seguidores,
outras leis para a promoção da igualdade étnica.
especialmente com o objetivo de:

Seção II
I - coibir a utilização dos meios de comunicação social para a
difusão de proposições, imagens ou abordagens que
exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezo por Da Moradia
motivos fundados na religiosidade de matrizes africanas;
Art. 35. O poder público garantirá a implementação de
II - inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e políticas públicas para assegurar o direito à moradia adequada
outros bens de valor artístico e cultural, os monumentos, da população negra que vive em favelas, cortiços, áreas
mananciais, flora e sítios arqueológicos vinculados às religiões urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de
de matrizes africanas; degradação, a fim de reintegrá-las à dinâmica urbana e
promover melhorias no ambiente e na qualidade de vida.
III - assegurar a participação proporcional de representantes
das religiões de matrizes africanas, ao lado da representação Parágrafo único. O direito à moradia adequada, para os
das demais religiões, em comissões, conselhos, órgãos e efeitos desta Lei, inclui não apenas o provimento habitacional,
outras instâncias de deliberação vinculadas ao poder público. mas também a garantia da infraestrutura urbana e dos
equipamentos comunitários associados à função habitacional,
CAPÍTULO IV bem como a assistência técnica e jurídica para a construção, a
reforma ou a regularização fundiária da habitação em área
urbana.
DO ACESSO À TERRA E À MORADIA ADEQUADA
Art. 36. Os programas, projetos e outras ações
Seção I governamentais realizadas no âmbito do Sistema Nacional de
Habitação de Interesse Social (SNHIS), regulado pela Lei
o
Do Acesso à Terra n 11.124, de 16 de junho de 2005, devem considerar as
peculiaridades sociais, econômicas e culturais da população
negra.
Art. 27. O poder público elaborará e implementará políticas
públicas capazes de promover o acesso da população negra à
terra e às atividades produtivas no campo. Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios estimularão e facilitarão a participação de
organizações e movimentos representativos da população
Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento das atividades negra na composição dos conselhos constituídos para fins de
produtivas da população negra no campo, o poder público

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o
aplicação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social § 7 O poder público promoverá ações com o objetivo de
(FNHIS). elevar a escolaridade e a qualificação profissional nos setores
da economia que contem com alto índice de ocupação por
Art. 37. Os agentes financeiros, públicos ou privados, trabalhadores negros de baixa escolarização.
promoverão ações para viabilizar o acesso da população
negra aos financiamentos habitacionais. Art. 40. O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (Codefat) formulará políticas, programas e
CAPÍTULO V projetos voltados para a inclusão da população negra no
mercado de trabalho e orientará a destinação de recursos
para seu financiamento.
DO TRABALHO
Art. 41. As ações de emprego e renda, promovidas por meio
Art. 38. A implementação de políticas voltadas para a de financiamento para constituição e ampliação de pequenas
inclusão da população negra no mercado de trabalho será de e médias empresas e de programas de geração de renda,
responsabilidade do poder público, observando-se: contemplarão o estímulo à promoção de empresários negros.

I - o instituído neste Estatuto; Parágrafo único. O poder público estimulará as atividades


voltadas ao turismo étnico com enfoque nos locais,
II - os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a monumentos e cidades que retratem a cultura, os usos e os
Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as costumes da população negra.
Formas de Discriminação Racial, de 1965;
Art. 42. O Poder Executivo federal poderá implementar
III - os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a critérios para provimento de cargos em comissão e funções de
o
Convenção n 111, de 1958, da Organização Internacional do confiança destinados a ampliar a participação de negros,
Trabalho (OIT), que trata da discriminação no emprego e na buscando reproduzir a estrutura da distribuição étnica nacional
profissão; ou, quando for o caso, estadual, observados os dados
demográficos oficiais.

IV - os demais compromissos formalmente assumidos pelo


Brasil perante a comunidade internacional. CAPÍTULO VI

Art. 39. O poder público promoverá ações que assegurem a DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a
população negra, inclusive mediante a implementação de Art. 43. A produção veiculada pelos órgãos de comunicação
medidas visando à promoção da igualdade nas contratações valorizará a herança cultural e a participação da população
do setor público e o incentivo à adoção de medidas similares negra na história do País.
nas empresas e organizações privadas.
Art. 44. Na produção de filmes e programas destinados à
o
§ 1 A igualdade de oportunidades será lograda mediante a veiculação pelas emissoras de televisão e em salas
adoção de políticas e programas de formação profissional, de cinematográficas, deverá ser adotada a prática de conferir
emprego e de geração de renda voltados para a população oportunidades de emprego para atores, figurantes e técnicos
negra. negros, sendo vedada toda e qualquer discriminação de
natureza política, ideológica, étnica ou artística.
o
§ 2 As ações visando a promover a igualdade de
oportunidades na esfera da administração pública far-se-ão Parágrafo único. A exigência disposta no caput não se
por meio de normas estabelecidas ou a serem estabelecidas aplica aos filmes e programas que abordem especificidades
em legislação específica e em seus regulamentos. de grupos étnicos determinados.

o
§ 3 O poder público estimulará, por meio de incentivos, a Art. 45. Aplica-se à produção de peças publicitárias
adoção de iguais medidas pelo setor privado. destinadas à veiculação pelas emissoras de televisão e em
salas cinematográficas o disposto no art. 44.
o
§ 4 As ações de que trata o caput deste artigo assegurarão
o princípio da proporcionalidade de gênero entre os Art. 46. Os órgãos e entidades da administração pública
beneficiários. federal direta, autárquica ou fundacional, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista federais deverão
o
§ 5 Será assegurado o acesso ao crédito para a pequena incluir cláusulas de participação de artistas negros nos
produção, nos meios rural e urbano, com ações afirmativas contratos de realização de filmes, programas ou quaisquer
para mulheres negras. outras peças de caráter publicitário.

o
o
§ 6 O poder público promoverá campanhas de sensibilização § 1 Os órgãos e entidades de que trata este artigo incluirão,
contra a marginalização da mulher negra no trabalho artístico nas especificações para contratação de serviços de
e cultural. consultoria, conceituação, produção e realização de filmes,
programas ou peças publicitárias, a obrigatoriedade da prática
de iguais oportunidades de emprego para as pessoas
relacionadas com o projeto ou serviço contratado.

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o
§ 2 Entende-se por prática de iguais oportunidades de CAPÍTULO III
emprego o conjunto de medidas sistemáticas executadas com
a finalidade de garantir a diversidade étnica, de sexo e de DA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA
idade na equipe vinculada ao projeto ou serviço contratado.

o Art. 49. O Poder Executivo federal elaborará plano nacional


§ 3 A autoridade contratante poderá, se considerar
de promoção da igualdade racial contendo as metas,
necessário para garantir a prática de iguais oportunidades de
princípios e diretrizes para a implementação da Política
emprego, requerer auditoria por órgão do poder público
Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR).
federal.
o
o § 1 A elaboração, implementação, coordenação, avaliação e
§ 4 A exigência disposta no caput não se aplica às
acompanhamento da PNPIR, bem como a organização,
produções publicitárias quando abordarem especificidades de
articulação e coordenação do Sinapir, serão efetivados pelo
grupos étnicos determinados.
órgão responsável pela política de promoção da igualdade
étnica em âmbito nacional.
TÍTULO III
o
§ 2 É o Poder Executivo federal autorizado a instituir fórum
DO SISTEMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE intergovernamental de promoção da igualdade étnica, a ser
RACIAL coordenado pelo órgão responsável pelas políticas de
promoção da igualdade étnica, com o objetivo de implementar
(SINAPIR) estratégias que visem à incorporação da política nacional de
promoção da igualdade étnica nas ações governamentais de
Estados e Municípios.
CAPÍTULO I
o
§ 3 As diretrizes das políticas nacional e regional de
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR promoção da igualdade étnica serão elaboradas por órgão
colegiado que assegure a participação da sociedade civil.
Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de Promoção da
Igualdade Racial (Sinapir) como forma de organização e de Art. 50. Os Poderes Executivos estaduais, distrital e
articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas municipais, no âmbito das respectivas esferas de
e serviços destinados a superar as desigualdades étnicas competência, poderão instituir conselhos de promoção da
existentes no País, prestados pelo poder público federal. igualdade étnica, de caráter permanente e consultivo,
compostos por igual número de representantes de órgãos e
o
§ 1 Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão entidades públicas e de organizações da sociedade civil
participar do Sinapir mediante adesão. representativas da população negra.

o
§ 2 O poder público federal incentivará a sociedade e a Parágrafo único. O Poder Executivo priorizará o repasse dos
iniciativa privada a participar do Sinapir. recursos referentes aos programas e atividades previstos
nesta Lei aos Estados, Distrito Federal e Municípios que
tenham criado conselhos de promoção da igualdade étnica.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO IV
DOS OBJETIVOS
DAS OUVIDORIAS PERMANENTES E DO ACESSO À
Art. 48. São objetivos do Sinapir: JUSTIÇA E À SEGURANÇA

I - promover a igualdade étnica e o combate às desigualdades Art. 51. O poder público federal instituirá, na forma da lei e no
sociais resultantes do racismo, inclusive mediante adoção de âmbito dos Poderes Legislativo e Executivo, Ouvidorias
ações afirmativas; Permanentes em Defesa da Igualdade Racial, para receber e
encaminhar denúncias de preconceito e discriminação com
II - formular políticas destinadas a combater os fatores de base em etnia ou cor e acompanhar a implementação de
marginalização e a promover a integração social da população medidas para a promoção da igualdade.
negra;
Art. 52. É assegurado às vítimas de discriminação étnica o
III - descentralizar a implementação de ações afirmativas acesso aos órgãos de Ouvidoria Permanente, à Defensoria
pelos governos estaduais, distrital e municipais; Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, em todas
as suas instâncias, para a garantia do cumprimento de seus
direitos.
IV - articular planos, ações e mecanismos voltados à
promoção da igualdade étnica;
Parágrafo único. O Estado assegurará atenção às mulheres
negras em situação de violência, garantida a assistência
V - garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados física, psíquica, social e jurídica.
para a implementação das ações afirmativas e o cumprimento
das metas a serem estabelecidas.
Art. 53. O Estado adotará medidas especiais para coibir a
violência policial incidente sobre a população negra.

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o
Parágrafo único. O Estado implementará ações de § 2 Durante os 5 (cinco) primeiros anos, a contar do
ressocialização e proteção da juventude negra em conflito exercício subsequente à publicação deste Estatuto, os órgãos
com a lei e exposta a experiências de exclusão social. do Poder Executivo federal que desenvolvem políticas e
o
programas nas áreas referidas no § 1 deste artigo
Art. 54. O Estado adotará medidas para coibir atos de discriminarão em seus orçamentos anuais a participação nos
programas de ação afirmativa referidos no inciso VII do art.
discriminação e preconceito praticados por servidores públicos o
4 desta Lei.
em detrimento da população negra, observado, no que
o
couber, o disposto na Lei n 7.716, de 5 de janeiro de 1989.
o
§ 3 O Poder Executivo é autorizado a adotar as medidas
Art. 55. Para a apreciação judicial das lesões e das ameaças necessárias para a adequada implementação do disposto
neste artigo, podendo estabelecer patamares de participação
de lesão aos interesses da população negra decorrentes de
crescente dos programas de ação afirmativa nos orçamentos
situações de desigualdade étnica, recorrer-se-á, entre outros o
o anuais a que se refere o § 2 deste artigo.
instrumentos, à ação civil pública, disciplinada na Lei n 7.347,
de 24 de julho de 1985.
o
§ 4 O órgão colegiado do Poder Executivo federal
CAPÍTULO V responsável pela promoção da igualdade racial acompanhará
e avaliará a programação das ações referidas neste artigo nas
propostas orçamentárias da União.
DO FINANCIAMENTO DAS INICIATIVAS DE PROMOÇÃO
DA IGUALDADE RACIAL
Art. 57. Sem prejuízo da destinação de recursos ordinários,
poderão ser consignados nos orçamentos fiscal e da
Art. 56. Na implementação dos programas e das ações seguridade social para financiamento das ações de que trata o
constantes dos planos plurianuais e dos orçamentos anuais da art. 56:
União, deverão ser observadas as políticas de ação afirmativa
o
a que se refere o inciso VII do art. 4 desta Lei e outras
I - transferências voluntárias dos Estados, do Distrito Federal e
políticas públicas que tenham como objetivo promover a
dos Municípios;
igualdade de oportunidades e a inclusão social da população
negra, especialmente no que tange a:
II - doações voluntárias de particulares;
I - promoção da igualdade de oportunidades em educação,
emprego e moradia; III - doações de empresas privadas e organizações não
governamentais, nacionais ou internacionais;
II - financiamento de pesquisas, nas áreas de educação,
saúde e emprego, voltadas para a melhoria da qualidade de IV - doações voluntárias de fundos nacionais ou
vida da população negra; internacionais;

III - incentivo à criação de programas e veículos de V - doações de Estados estrangeiros, por meio de convênios,
comunicação destinados à divulgação de matérias tratados e acordos internacionais.
relacionadas aos interesses da população negra;
TÍTULO IV
IV - incentivo à criação e à manutenção de microempresas
administradas por pessoas autodeclaradas negras; DISPOSIÇÕES FINAIS

V - iniciativas que incrementem o acesso e a permanência das


Art. 58. As medidas instituídas nesta Lei não excluem outras
pessoas negras na educação fundamental, média, técnica e
em prol da população negra que tenham sido ou venham a ser
superior;
adotadas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios.
VI - apoio a programas e projetos dos governos estaduais,
distrital e municipais e de entidades da sociedade civil Art. 59. O Poder Executivo federal criará instrumentos para
voltados para a promoção da igualdade de oportunidades para
aferir a eficácia social das medidas previstas nesta Lei e
a população negra;
efetuará seu monitoramento constante, com a emissão e a
divulgação de relatórios periódicos, inclusive pela rede
VII - apoio a iniciativas em defesa da cultura, da memória e mundial de computadores.
das tradições africanas e brasileiras.
o o
Art. 60. Os arts. 3 e 4 da Lei nº 7.716, de 1989, passam a
o
§ 1 O Poder Executivo federal é autorizado a adotar medidas vigorar com a seguinte redação:
que garantam, em cada exercício, a transparência na
alocação e na execução dos recursos necessários ao o
“Art. 3 ........................................................................
financiamento das ações previstas neste Estatuto,
explicitando, entre outros, a proporção dos recursos
orçamentários destinados aos programas de promoção da Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo
igualdade, especialmente nas áreas de educação, saúde, de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência
emprego e renda, desenvolvimento agrário, habitação popular, nacional, obstar a promoção funcional.” (NR)
desenvolvimento regional, cultura, esporte e lazer.
o
“Art. 4 ........................................................................

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§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de inclusive decorrente de discriminação ou desigualdade étnica,
discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: psicológico à mulher, tanto no âmbito público quanto no
privado.
I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao
empregado em igualdade de condições com os demais ...................................................................................” (NR)
trabalhadores;
o
Art. 64. O § 3 do art. 20 da Lei nº 7.716, de 1989, passa a
II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar vigorar acrescido do seguinte inciso III:
outra forma de benefício profissional;
“Art. 20. ......................................................................
III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no
ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário.
.............................................................................................
o
§ 2 Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de o
§ 3 ...............................................................................
serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da
igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma
de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de .............................................................................................
aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas
atividades não justifiquem essas exigências.” (NR) III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de
informação na rede mundial de computadores.
o o
Art. 61. Os arts. 3 e 4 da Lei nº 9.029, de 13 de abril de
1995, passam a vigorar com a seguinte redação: ...................................................................................” (NR)
o o
“Art. 3 Sem prejuízo do prescrito no art. 2 e nos dispositivos Art. 65. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data
legais que tipificam os crimes resultantes de preconceito de de sua publicação.
etnia, raça ou cor, as infrações do disposto nesta Lei são
passíveis das seguintes cominações: o
Brasília, 20 de julho de 2010; 189 da Independência e
o
122 da República.
...................................................................................” (NR)

o
“Art. 4 O rompimento da relação de trabalho por ato
discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à
reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre:

...................................................................................” (NR)

Art. 62. O art. 13 da Lei no 7.347, de 1985, passa a vigorar


o
acrescido do seguinte § 2 , renumerando-se o atual parágrafo
o
único como § 1 :

“Art. 13. ........................................................................

o
§ 1 ...............................................................................

§ 2º Havendo acordo ou condenação com fundamento em


dano causado por ato de discriminação étnica nos termos do
o
disposto no art. 1 desta Lei, a prestação em dinheiro reverterá
diretamente ao fundo de que trata o caput e será utilizada
para ações de promoção da igualdade étnica, conforme
definição do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade
Racial, na hipótese de extensão nacional, ou dos Conselhos
de Promoção de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas
hipóteses de danos com extensão regional ou local,
respectivamente.” (NR)

o o
Art. 63. O § 1 do art. 1 da Lei nº 10.778, de 24 de novembro
de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:

o
“Art. 1 .......................................................................

§ 1º Para os efeitos desta Lei, entende-se por violência contra


a mulher qualquer ação ou conduta, baseada no gênero,

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134 (LEI FEDERAL Nº 12.288, DE 20/07/2010)
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conhecimento que se seguiu à Revolução Industrial, a maioria
dos campos que eram objeto de estudo da filosofia,
ÉTICA PROFISSIONAL particularmente da ética, foram estabelecidos como disciplinas
científicas independentes.

ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES


Assim, é comum que atualmente a ética seja definida
como "a área da filosofia que se ocupa do estudo das normas
morais nas sociedades humanas" e busca explicar e justificar
os costumes de um determinado agrupamento humano, bem
como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais
comuns.

Neste sentido, Ética pode ser definida como a ciência que


estuda a conduta humana e a moral é a qualidade desta
conduta, quando se julga do ponto de vista do bem e do mal.

A Ética também não deve ser confundida com a lei,


embora com certa frequência a lei tenha como base princípios
éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo
pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a
cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela
desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa
quanto a questões abrangidas pela ética.

Vários são os conceitos atribuídos à ética, a exemplo


1
daquele pensado por Adolfo Sánchez Vázquez : “Ética é a
ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.
a) ÉTICA:
É uma ciência, pois tem objeto próprio, leis próprias e método
próprio. O objeto da Ética é a moral”.
Ética é o nome geralmente dado ao ramo da filosofia
dedicado aos assuntos morais, é a parte da filosofia que se
Para que haja conduta ética é preciso que exista um
ocupa do estudo do comportamento humano e investiga o
agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença
sentido que o homem confere as suas ações para ser
entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e
verdadeiramente feliz e alcançar seus objetivos, ou como
vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças,
diriam os gregos, o "bem viver".
mas também é capaz de julgar o valor dos atos e das
condutas e de agir em conformidade com os valores morais,
A palavra ética é derivada do grego éthos, e significa sendo por isso responsável por suas ações e seus
comportamento ou aquilo que pertence ao caráter. sentimentos e pelas consequências do que faz e sente.
Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis
Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta da vida ética.
na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais,
hierárquicos ou religiosos recebidos; a ética, ao contrário, O campo ético é, assim, constituído pelos valores e pelas
busca fundamentar o bom (ou correto) modo de viver pelo obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto
pensamento humano. é, as virtudes. Estas são realizadas pelo sujeito moral,
principal constituinte da existência ética.
Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral
(entendida como "costume" ou "hábito"), mas buscava a O sujeito ético atende às seguintes condições:
fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver
e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na
- ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de refletir
esfera privada como na pública.
e reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos
iguais a ele;
Os preceitos éticos de uma sociedade são baseados em
seus valores, princípios, ideais e regras, que se consolidam
- ser dotado de vontade e capacidade para controlar e orientar
durante a formação do caráter do ser humano em seu convívio
desejos, impulsos tendências, sentimentos, bem como ser
social.
capaz de deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis;

Essa formação de conceitos se baseia no senso comum,


- ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor de suas
que é um juízo ou conceito comumente sentido por toda uma
ações;
ordem, um povo ou uma nação, da sociedade em que este
homem está inserido. Quando falamos em ética como algo
presente no homem, não quer dizer que ele já nasce com a
consciência plena do que é bom ou mau. Essa consciência
1
existe, mas se desenvolve através do convívio social. Adolfo Sánchez Vázquez foi um filósofo, professor e escritor
espanhol. Viveu exilado no México. Nasceu em Algeciras,
Província de Cádiz. Estudou filosofia na Universidade de
A partir das concepções clássicas da ética, com a
Madrid. Dentre as suas obras, escreveu o livro “Ética”, em
crescente profissionalização e especialização do
1969, onde ressalta os conceitos de Ética e Moral.

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- ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa interna b) MORAL:
de seus sentimentos atitudes e ações, e não se submeter a
poderes externos que o forcem ou o constranjam.
A palavra moral deriva do latim mos ou mores e significa
costume ou costumes. A moral é a "ferramenta" de trabalho da
a.1) Definição da Ética: ética. Sem os juízos de valor aplicados pela moral, seria
impossível determinar se a ação do homem é boa ou má.
Como os problemas teóricos morais não se confundem
com os práticos, também não se pode confundir ética com Ainda que, a partir da etimologia da palavra moral (que
moral. A ética não cria a moral. A ética depara com uma teria se originado da palavra grega êthica), seja encontrada
experiência histórico-social no terreno da moral, ou seja, com uma relação com ética, não há que se confundir esta com
uma série de práticas morais já em vigor e partindo delas aquela.
procura encontrar a essência da moral, sua origem, as
condições objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes da
Apesar de serem semelhantes, e por várias vezes se
avaliação moral, a natureza e a função dos juízos morais, os
confundirem, Ética e Moral são termos aplicados de formas
critérios de justificação destes juízos e o princípio que rege a
diferentes. Enquanto a Ética trata o comportamento humano
mudança e a sucessão de diferentes sistemas morais.
como objeto de estudo e normatização, procurando torna-lo o
mais abrangente possível, a Moral se ocupa em atribuir um
A Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral valor à ação. Esse valor tem como referências as normas e
dos homens em sociedade. conceitos do que vem a ser bem e mal, baseados no senso
comum.
A definição indica o caráter científico desta disciplina, ou
seja, corresponde à necessidade de uma abordagem científica A Ética pode “se encontrar” com a moral, pois a suporta,
dos problemas morais. na medida em que não existem costumes ou hábitos sociais
completamente separados de uma ética individual (a
A Ética é a ciência da moral, podendo dizer que exista sociedade é um produto de individualidades). Da ética
individual se passa a um valor social, e deste, quando
ética científica não atribuindo a mesma qualificação à moral.
devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei.
Não existe uma moral científica, no entanto, há uma moral
Assim, pode-se afirmar que não existe lei sem uma ética que
compatível com os conhecimentos científicos sobre o homem
lhe sirva de alicerce.
e a sociedade. Este ponto em que a ética serve para
fundamentar a moral, sem ser em si mesma normativa ou
preceptiva. A moral não é ciência, mas objeto da ciência. A Podemos definir Moral como "conjunto de regras de
ética não é a moral, não podendo ser reduzida a um conjunto conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo
de normas e prescrições, a sua missão é explicar a moral. absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou
pessoas determinadas", ou seja, regras estabelecidas e
a.2) Conceito de Ética: aceitas pelas sociedades durante várias épocas diferentes,
com culturas e costumes também diferentes.

É a parte da Filosofia (e, portanto, é uma ciência)


c) MORAL e ÉTICA:
responsável pela investigação dos princípios que motivam,
distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano,
refletindo especialmente a respeito da essência das normas, A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética
valores, prescrições e extorsões presentes em qualquer existe há muitos séculos. A própria etimologia destes termos
realidade social. É o conjunto de regras e preceitos de ordem gera confusão, sendo que Ética vem do grego ethos que
valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que
uma sociedade. vem de mos ou mores e significa costume ou costumes.

Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento


dos dois temas, sendo que Moral é um conjunto de normas
que regulam o comportamento do homem em sociedade,
sendo adquiridas pela educação, pela tradição e pelo
cotidiano; é algo anterior à própria sociedade e possui caráter
obrigatório.

Já a Ética pode ser definida como um conjunto de valores


que orientam o comportamento do homem em relação aos
outros homens na sociedade em que vive, garantindo, assim,
o bem-estar social, ou seja, a ética determina o modo como o
homem deve se comportar no seu meio social.

A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a


consciência moral que o leva a distinguir entre o bem do mal
no contexto em que vive, surgindo efetivamente, quando o
homem passou a fazer parte de agrupamentos sociais
primitivos.

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A Ética surgiu com a Teoria de Sócrates, e tem como
funções investigar e explicar as normas morais, orientando o
homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas
principalmente por convicção e inteligência.

A Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é


eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um
inter-relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o
conhecer e o agir são indissociáveis.

Imagine-se a seguinte questão: em nome da amizade


entre dois colegas de trabalho e do espírito de solidariedade,
na ocasião em que um deles toma conhecimento da prática de
um ato antiético por parte do outro, deve o primeiro guardar
silêncio (omitir-se) diante deste fato?

Em situações como esta, os indivíduos se deparam com a


necessidade de organizar o seu comportamento por normas
mais apropriadas ou mais dignas. Tais normas são aceitas
como obrigatórias, e desta forma, as pessoas compreendem
que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Porém o d) PRINCÍPIOS, VALORES e VIRTUDES:
comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, não
sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento Existe uma grande diferença entre princípios, valores e
sofrerá um julgamento. virtudes embora sua efetividade seja válida apenas quando os
conceitos estão alinhados.
Neste sentido, a diferença prática entre Moral e Ética é que
esta é o “juiz das morais”. Logo, Ética é uma espécie de PRINCÍPIOS são preceitos, leis ou pressupostos
legislação do comportamento moral das pessoas. Mas a considerados universais que definem as regras pelas quais
função fundamental é a mesma de toda teoria: explorar, uma sociedade civilizada deve se orientar. Em qualquer lugar
esclarecer ou investigar uma determinada realidade, baseada do mundo, princípios são incontestáveis, pois, quando
no comportamento humano. adotados não oferecem resistência alguma. Entende-se que a
adoção desses princípios está em consonância com o
Já a Moral é o conjunto de regras, princípios e valores que pensamento da sociedade e vale tanto para a elaboração da
determinam a conduta do indivíduo, sendo caracterizada pelas constituição de um país, quanto para acordos políticos entre
suas ações. as nações ou estatutos de condomínio. Assim, os princípios
têm validade no âmbito pessoal e profissional.
Em resumo:
Amor, felicidade, liberdade, paz, plenitude, verdade,
justiça, igualdade e solidariedade são exemplos de princípios
ÉTICA MORAL considerados universais. Como cidadãos (pessoas e
Princípio Aspecto da Conduta profissionais), esses princípios fazem parte da nossa
existência e durante uma vida estaremos lutando para torná-
Permanente Temporal los inabaláveis. Temos direito a todos eles, contudo, por
Universal Cultural razões diversas, eles não surgem de graça. A base dos
nossos princípios é construída no seio da família e, em muitos
Regra Comportamento casos, eles se perdem no meio do caminho.
Teoria Prática
Aspectos de Conduta De maneira geral, os princípios regem a nossa existência e
Princípios são comuns a todos os povos, culturas, eras e religiões,
Específicos
independentemente da nossa vontade. Quem age diferente ou
em desacordo com os princípios universais acaba sendo
punido pela sociedade e sofre todas as consequências. São
ÉTICA MORAL as escolhas que fazemos com base em valores equivocados,
não em princípios.

VALORES são normas ou padrões sociais geralmente aceitos


ou mantidos por determinado indivíduo, classe ou sociedade,
portanto, em geral, dependem basicamente da cultura
REFLEXÃO AÇÃO relacionada com o ambiente onde estamos inseridos. É
comum existir certa confusão entre valores e princípios,
todavia, os conceitos e as aplicações são diferentes, apesar
MODO DE AGIR de se considerar os princípios também como exemplos de
AGIR valores, como solidariedade, honestidade, verdade, lealdade,
bondade, altruísmo, etc.

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Diferente dos princípios, os valores são pessoais, contribuição para o mundo e o seu triste legado para os
subjetivos e, acima de tudo, contestáveis. O que vale para descendentes.
você não vale necessariamente para os demais colegas de
trabalho. Sua aplicação pode ou não ser ética e depende
No mundo profissional não é diferente. Embora a
muito do caráter ou da personalidade da pessoa que os adota,
convivência seja, por vezes, insuportável, deparamo-nos com
portanto, agir com base em valores éticos, é uma opção de
profissionais que atropelam os princípios, como se isso fosse
cada indivíduo.
algo natural, um meio de sobrevivência, e adotam valores que
nada tem a ver com duas grandes necessidades no meio
Pessoas de origem humilde definem valores de maneira profissional: a convivência pacífica e o espírito de equipe.
diferente das pessoas de origem mais abastada. De um lado, Nesse caso, virtude é uma palavra que não faz parte do seu
a escassez pode gerar a ideia de que dinheiro não traz vocabulário e, apesar da falta de escrúpulo, leva tempo para
felicidade, portanto, mesmo sem dinheiro, é possível ser feliz destituí-los do poder.
utilizando-se valores como amizade, por exemplo. Do outro, o
apego ao dinheiro e a convivência harmoniosa com o conforto
Valores e virtudes baseados em princípios universais são
pode gerar a ideia de que sem dinheiro não é possível ser
inegociáveis e, assim como a ética e a lealdade, ou você tem,
feliz, ou seja, o dinheiro traz felicidade, amizade, conforto e, se
ou não tem. Entretanto, conceitos como liberdade, felicidade
houver mais dinheiro do que o necessário, valores como
ou riqueza não podem ser definidos com exatidão. Cada
filantropia e voluntariado podem ser praticados.
pessoa tem recordações, experiências, imagens internas e
sentimentos que dão um sentido especial e particular a esses
Essa comparação não define o certo e o errado. Ela conceitos.
apenas levanta uma questão interessante sobre o conceito de
valores e depende do ponto de vista de cada cultura ou de
cada pessoa, em particular. Na prática, é muito mais simples NOÇÕES DE ÉTICA
ater-se aos valores do que aos princípios, pois este último EMPRESARIAL e PROFISSIONAL
exige muito de nós. Os valores completamente equivocados
da nossa sociedade - dinheiro, sucesso, luxo e riqueza - estão
Um código de ética profissional pode ser entendido com
na ordem do dia, infelizmente. Todos os dias somos
uma relação de práticas de comportamentos que se espera
convidados a negligenciar os princípios e adotar os valores
sejam observados no exercício da profissão. As normas éticas
ditados pela sociedade.
visam ao bem-estar da sociedade, de forma a assegurar a
lisura de procedimentos de seus membros dentro e fora da
VIRTUDES, segundo o próprio dicionário, são disposições instituição.
constantes do espírito, as quais, por um esforço da vontade,
inclinam à prática do bem. Aristóteles afirmava que há duas
Neste sentido, um dos principais objetivos de um código de
espécies de virtudes: a intelectual e a moral. A primeira deve,
ética é a formação da consciência profissional sobre padrões
em grande parte, sua geração e crescimento ao ensino, e por
de conduta esperados pela sociedade, servindo como um guia
isso requer experiência e tempo; ao passo que a virtude moral
de comportamento a ser observado pelo profissionais a ele
é adquirida com o resultado do hábito.
submetidos.

Segundo Aristóteles, nenhuma das virtudes morais surge


Os códigos de ética variam de organização para
em nós por natureza, visto que nada que existe por natureza
organização, diferenciando-se quanto ao conteúdo, extensão
pode ser alterado pela força do hábito, portanto, virtudes nada
e formato, ainda que possam ter conteúdos assemelhados, eis
mais são do que hábitos profundamente arraigados que se
que todos têm como fundamento regras deontológicas, mas
originam do meio onde somos criados e condicionados
adaptadas às mais variadas classe profissionais (advogados,
através de exemplos e comportamentos semelhantes.
médicos, contabilistas, servidores públicos, etc.).

Uma pessoa pode ter valores e não ter princípios. Hitler,


Todavia, alguns princípios são comuns aos códigos de
por exemplo, conhecia os princípios, mas preferiu ignorá-los e
ética profissionais, tais como:
adotar valores como a supremacia da raça ariana, a
aniquilação da oposição e a dominação pela força. Significa
que também não dispunha de virtudes, pois as virtudes são - Responsabilidade perante a sociedade, primando pela
decorrentes dos princípios e o seu legado foi um dos mais qualidade a partir de critérios imparciais;
nefastos da história. Sua ambição desmedida o tornou
obcecado por valores que contrariam os princípios universais.
- Lealdade, perante a instituição que serve, guardando sigilo
profissional e recusando tarefas que contrariem a moral;
Diferente de Hitler, Madre Teresa de Calcutá e Mahatma
Gandhi tinham princípios, valores e virtudes integralmente
- Responsabilidade em relação aos deveres profissionais,
alinhados com a sua concepção de vida. Todos lutavam por mantendo frequente aprimoramento técnico;
causas nobres e tinham um ponto comum: a dignidade
humana.
- Preservação da imagem profissional, mantendo-se
atualizado em relação às novas técnicas de trabalho,
Existem pessoas que nunca seguiram princípio algum e,
adotando o mais alto padrão de conduta no tratamento com
apesar de tudo, continuam enriquecendo, tornam-se colegas, chefes e usuários/clientes.
celebridades, conquistam cargos importantes nas empresas e
assumem papéis relevantes na sociedade. Entretanto, riqueza
material não é a única medida de sucesso. Avalie, por si
mesmo, quais os exemplos deixados por elas, a sua

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1. Ética Profissional e Empresarial: DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

Ética profissional é o conjunto de princípios que regem a Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
conduta funcional de uma determinada profissão. Desta forma, do Poder Executivo Federal.
cada indivíduo deve proceder de acordo com os princípios
éticos exigidos pela classe profissional que integra.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que
lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o
Ética empresarial abrange as empresas e organizações, disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e
diante da necessidade de se desenvolver uma cultura ética, 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts.
que atinja os seus integrantes (administradores, funcionários e 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,
clientes) e sirva de fundamento para os valores e convicções
das empresas. O comportamento ético adotado por uma
empresa/organização é a base da responsabilidade social, DECRETA:
expressa nos princípios e valores por ela seguidos, pois não
há responsabilidade social sem ética nos negócios, devendo Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do
haver coerência entre as ações e o discurso adotado. Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com
este baixa.

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública


2. Padrão Ético no Serviço Público: Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as
providências necessárias à plena vigência do Código de Ética,
inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de
A implantação de um padrão ético na atividade pública Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de
implica avaliar a atuação das pessoas que compõem a cargo efetivo ou emprego permanente.
instituição. Portanto, fixar o padrão ético significa explicitar os
valores que se afirma e os princípios que se deve seguir. De
forma geral, essas regras aparecem organizadas na forma de Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será
código de ética ou de conduta, a exemplo do Código de Ética comunicada à Secretaria da Administração Federal da
do Banco do Brasil. Presidência da República, com a indicação dos respectivos
membros titulares e suplentes.

Neste sentido, ao servidor público caberá o exercício de


uma postura ética, que garanta o cumprimento dos Princípios Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Constitucionais aplicados à Administração Pública,
expressamente previstos no caput do artigo 37, da Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106°
Constituição Federal: Legalidade, Impessoalidade, da República.
Moralidade, Publicidade e Eficiência (LIMPE), devendo buscar
a garantia e o respeito aos interesses de todos. Assim, a
transparência, a honestidade e a equidade são condutas Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994.
indispensáveis para assegurar a própria confiança do cidadão
nas instituições públicas e nos serviços oferecidos por elas. ANEXO
Cabíveis são alguns comentários acerca dos referidos
princípios:
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal
- Legalidade: o servidor público somente poderá praticar atos
autorizados pela Lei e nos seus limites.
CAPÍTULO I

- Impessoalidade: as ações do servidor público devem


Seção I
sempre objetivar os interesses da coletividade (interesse
público) e nunca interesses particulares ou de terceiros, sob
pena de invalidação, por desvio de finalidade. Das Regras Deontológicas

- Moralidade: o agente público não deverá somente decidir COMENTÁRIOS:


entre o legal e o ilegal, justo e injusto, mas também deve DEONTOLOGIA: teoria do dever no que diz respeito à moral;
pautar suas atitudes na distinção entre o “bem e o mal”, entre é o conjunto de deveres aplicados a certas classes
o honesto e o desonesto. Em outras palavras, não deverá profissionais, no cumprimento das suas funções, como por
somente obedecer à Lei, mas também à moral e à Ética. exemplo, a deontologia dos médicos, dos jornalistas e dos
servidores públicos. Pode-se dizer, ainda, que a
- Publicidade: os atos administrativos para que produzam deontologia consiste no conjunto de regras e princípios que
efeitos, devem ser registrados no órgão oficial (Diário Oficial) e regem a conduta de um profissional; uma ciência que estuda
não somente juntos aos órgãos. Portanto, tal princípio está os deveres de uma determinada profissão. O profissional
ligado à ideia de transparência dos atos administrativos, brasileiro está sujeito a uma deontologia própria a regular o
ressalvadas as informações resguardadas pelo sigilo legal. exercício de sua profissão conforme o Código de Ética de sua
classe. O Direito é o mínimo de moral para que o homem viva
em sociedade e a deontologia dele decorre, posto que dispõe
- Eficiência: é dever da Administração Pública trabalhar com acerca de direitos e deveres dos profissionais que estejam
presteza, perfeição e rendimento. sujeitos à especificidade destas normas.

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I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como
dos princípios morais são primados maiores que devem seu maior patrimônio.
nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional
próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes
e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor
serão direcionados para a preservação da honra e da tradição
público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-
dos serviços públicos.
a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu
bom conceito na vida funcional.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações
somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
policiais ou interesse superior do Estado e da Administração
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
Pública, a serem preservados em processo previamente
mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
Federal.
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético
contra o bem comum, imputável a quem a negar.
COMENTÁRIOS AO INCISO II:
CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder
eficiência e, também, ao seguinte: corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a mais a de uma Nação.
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados
cabível. ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina.
Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou
1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: a eficácia de toda atividade indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma
administrativa está vinculada ao atendimento da Lei e do forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio
Direito. O administrador está obrigatoriamente vinculado aos público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não
mandamentos da Lei. constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações
ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que
2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: ou da finalidade, impõe dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e
ao administrador que somente pratique o ato para o seu fim seus esforços para construí-los.
legal, qual seja, objetivando do interesse público, excluindo-
se, então, qualquer motivação pessoal ou individual. COMENTÁRIOS AO INCISO IX:
RJU, Art. 116. São deveres do servidor:
3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE: a administração deve ser V - atender com presteza:
orientada pelos princípios de Direito e da Moral, para que, ao a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
legal, se junte o honesto e o conveniente. ressalvadas as protegidas por sigilo;
VII - zelar pela economia do material e a conservação do
4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: É um requisito de eficácia. patrimônio público;
A publicidade é requisito da forma do ato administrativo.
RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: exige que a Administração II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
atue com presteza, perfeição e sempre tenha por objetivo qualquer documento ou objeto da repartição;
atingir resultados práticos (busca pelo interesse público).

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de


III - A moralidade da Administração Pública não se limita à solução que compete ao setor em que exerça suas funções,
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra
de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas
que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços
públicos.
IV - A remuneração do servidor público é custeada pelos
tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele
COMENTÁRIOS AO INCISO X:
próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a
moralidade administrativa se integre no Direito, como RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade. autorização do chefe imediato;

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a


comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu
próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da

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XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens COMENTÁRIOS À ALÍNEA d:
legais de seus superiores, velando atentamente por seu RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se,
e processo ou execução de serviço;
às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo
imprudência no desempenho da função pública.
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
COMENTÁRIOS AO INCISO XI: aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o
RJU, Art. 116. São deveres do servidor: público;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de éticos que se materializam na adequada prestação dos
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que
serviços públicos;
quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

COMENTÁRIOS AO INCISO XII: g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,


RJU, Art. 116. São deveres do servidor: respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor,
XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura
idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se,
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão,
dessa forma, de causar-lhes dano moral;
colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua
atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
e o engrandecimento da Nação.
representar contra qualquer comprometimento indevido da
estrutura em que se funda o Poder Estatal;
Seção II

COMENTÁRIOS À ALÍNEA h:
Dos Principais Deveres do Servidor Público
RJU, Art. 116. São deveres do servidor:
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: manifestamente ilegais;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
poder.
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII
emprego público de que seja titular; será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela
autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
assegurando-se ao representando ampla defesa.
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer
de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de
pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
dano moral ao usuário;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua
para o bem comum; ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo
negativamente em todo o sistema;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição
essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e
coletividade a seu cargo; qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as
providências cabíveis;

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COMENTÁRIOS À ALÍNEA m: Seção III
RJU, Art. 116. São deveres do servidor:
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as Das Vedações ao Servidor Público
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
XV - É vedado ao servidor público:
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho,
seguindo os métodos mais adequados à sua organização e a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo,
posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para
distribuição; si ou para outrem;

COMENTÁRIOS À ALÍNEA n: COMENTÁRIOS À ALÍNEA a:


RJU, Art. 116. São deveres do servidor: RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
VII - zelar pela economia do material e a conservação do IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
patrimônio público; outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
O uso de cargo ou função para obter vantagens para si ou
para outrem pode, ainda, caracterizar o crime de Corrupção
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem Passiva, prescrito pelo artigo 317, do Código Penal:
com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por
escopo a realização do bem comum; Corrupção passiva - Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou
para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
exercício da função;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros


COMENTÁRIOS À ALÍNEA p: servidores ou de cidadãos que deles dependam;
RJU, Art. 116. São deveres do servidor:
IX - manter conduta compatível com a moralidade c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente
administrativa; com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de
Ética de sua profissão;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de
serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício
funções; regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano
moral ou material;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu
mantendo tudo sempre em boa ordem; mister;

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
de direito; paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato
com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com
colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;
COMENTÁRIOS À ALÍNEA s:
RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
COMENTÁRIOS À ALÍNEA f:
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento
e processo ou execução de serviço; RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais
que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo
serviço público e dos jurisdicionados administrativos; de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder
outro servidor para o mesmo fim;
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público,
mesmo que observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei; COMENTÁRIOS À ALÍNEA g:
RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido:
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
integral cumprimento.

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h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o
encaminhar para providências; fato não constitui crime mais grave.

COMENTÁRIOS À ALÍNEA h: n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele


Alterar ou deturpar (modificar, alterar para pior; desfigurar; habitualmente;
corromper; adulterar) dados de documentos pode configurar o
crime previsto no artigo 313-A, do Código Penal: o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra
a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
Inserção de dados falsos em sistema de informações - Art.
313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados empreendimentos de cunho duvidoso.
corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da
Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida
para si ou para outrem ou para causar dano: CAPÍTULO II
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
atendimento em serviços públicos; XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração
Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou
em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
j) desviar servidor público para atendimento a interesse
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma
particular; Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar
sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as
COMENTÁRIOS À ALÍNEA j: pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer
RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido: concretamente de imputação ou de procedimento suscetível
de censura.
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
serviços ou atividades particulares;
XVII - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente
autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos
patrimônio público; organismos encarregados da execução do quadro de carreira
dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o
efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os
COMENTÁRIOS À ALÍNEA l: demais procedimentos próprios da carreira do servidor
RJU, Art. 117. Ao servidor é proibido: público.
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição; XIX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).

Retirar, sem prévia autorização, qualquer documento ou XX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).
objeto da repartição pública, pertencente ao patrimônio público
ou à particular pode, ainda, configurar crime de Peculato,
previsto no artigo 312, do Código Penal. XXI - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).

Peculato (apropriação e desvio) XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor Ética é a de censura e sua fundamentação constará do
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito com ciência do faltoso.
próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. COMENTÁRIOS AO INCISO XXII:
A Comissão de Ética não tem por finalidade aplicar
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito sanções disciplinares contra os servidores públicos civis.
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de Muito pelo contrário: a sua atuação tem por princípio evitar a
amigos ou de terceiros; instauração desses processos, mediante um trabalho de
orientação e aconselhamento.
Destaca-se que este Código não foi instituído por lei em
COMENTÁRIOS À ALÍNEA m:
sentido estrito. Assim, o seu descumprimento não acarreta
Utilizar-se de informações obtidas no âmbito interno da nenhuma responsabilidade administrativa ao servidor público
administração, nos casos em que deva ser guardado sigilo que violar os seus preceitos.
pode caracterizar crime, previsto no artigo 325, do Código
A única penalidade prevista é a de censura. Neste sentido,
Penal:
o código serve para estimular o comportamento ético do
servidor público, já que o mesmo é de livre adesão.
Violação de sigilo funcional - Art. 325 - Revelar fato de que A finalidade do Código de Ética consiste em produzir na
tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em pessoa do servidor público a consciência de sua adesão às
segredo, ou facilitar-lhe a revelação: normas ético-profissionais existentes, à luz de um espírito
crítico, para efeito de facilitar a prática do cumprimento dos
deveres legais por parte de cada um e, em consequência, o

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resgate do respeito ao serviço público e à dignidade social de
cada servidor.
A finalidade deste Código é a ampla divulgação dos
deveres e das vedações previstas, através de um trabalho de
cunho educativo com os servidores públicos federais.

XXIII - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético,


entende-se por servidor público todo aquele que, por força de
lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de
natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que
sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou
em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

XXV - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).

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