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Prof. Patrick Bezerra da Silva

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “Os efeitos da quarentena e da pandemia do novo coronavírus nas crianças”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Pequenos confinados: como o isolamento impacta a saúde das crianças
De repente, os pequenos foram arrancados de sua rotina e trancafiados em casa sob a ameaça de um
inimigo invisível. “Não tem jeito. Independentemente da idade, o confinamento vai impactar de alguma
forma a vida de todas as crianças”, afirma Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da infância e
adolescência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
As primeiras repercussões começam a ser apontadas por estudos lá fora. Um levantamento realizado
na província chinesa de Xianxim com 320 crianças e adolescentes revela os efeitos psicológicos mais
diatos da pandemia: dependência excessiva dos pais (36% dos avaliados), desatenção (32%),
preocupação (29%), problemas de sono (21%), falta de apetite (18%), pesadelos (14%) e desconforto e
agitação (13%).

Tem uma quarentena no meio do caminho


O confinamento não limita apenas esses horizontes, mas o próprio gasto de energia da garotada. “E os
reflexos dessas restrições são agitação, irritabilidade, alterações no sono…”, esclarece Polanczyk. Os
sinais de ansiedade também se expressam pelo corpo, com maior ocorrência de dores de cabeça ou
barriga, e por comportamentos regressivos — voltar a pedir chupeta, correr para a cama dos pais à
noite, retroceder no processo de desfralde etc. São as pistas de que o pequeno procura por
estabilidade e segurança, um acolhimento que só os adultos à sua volta podem oferecer.
O enredo fica ainda mais complicado porque ninguém pode ir à escola. Justamente em um momento da
vida em que as experiências físicas e as interações sociais são tão importantes. Ainda que as
instituições e as famílias corram atrás do prejuízo, diversos estudiosos acreditam que o ensino a
distância não seja tão efetivo quanto o presencial. Mas, enquanto durar o isolamento, é preciso encarar
e driblar o desafio, criando uma rotina de atividades didáticas e mantendo a conexão com a escola e os
coleguinhas virtualmente.
E, aí, outro dilema dá as caras: o limite de uso das telinhas e telonas. No início do ano, a Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou suas recomendações para a saúde mental de crianças e
adolescentes na era digital, reforçando que a exposição a celular, tablet e afins se restringisse a uma
hora por dia entre 2 e 5 anos de idade e, no máximo, duas horas por dia entre 6 e 10 anos, sempre sob
supervisão de adultos.
Um erro ainda comum, apontam os experts, é menosprezar a presença da ansiedade e da depressão
na infância. Elas não são exclusividade de adultos, não. “A expressão é diferente, mas a intensidade
pode ser a mesma”, nota o psiquiatra do Einstein.
Veja Saúde. Disponível em: <https://bit.ly/3p5H42g>. Acesso em: 09 fev. 2021. (Adaptado).

TEXTO II
Nova cartilha de saúde mental aborda crianças na pandemia
“A pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) tem trazido mudanças na vida cotidiana das
crianças. Há indícios de que a taxa de mortalidade nessa faixa etária é relativamente menor em
comparação a outros grupos, como adultos e idosos. No entanto, é preciso afirmar que todas as
crianças estão suscetíveis às repercussões psicossociais da pandemia. A desigualdade social também
determina diferentes níveis e condições de vulnerabilidade sobre a experiência da infância, de modo
que os profissionais da saúde devem estar atentos às demandas de atenção e cuidado que se
produzem nessa situação”. Essa é a reflexão proposta pela nova cartilha da série Saúde Mental e
Atenção Psicossocial na Pandemia Covid-19, elaborada por pesquisadores colaboradores do Centro de
Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz), sob coordenação de
Débora Noal e Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília.
“Dentre as reações emocionais e alterações comportamentais frequentemente apresentadas pelas
crianças durante a pandemia, destacam-se: dificuldades de concentração, irritabilidade, medo,
inquietação, tédio, sensação de solidão, alterações no padrão de sono e alimentação”, afirmam os
autores. Interação familiar, rotina e fatores de risco para violência são alguns dos assuntos discutidos
na cartilha, que aborda também os casos de crianças refugiadas ou migrantes e crianças com
deficiência. Os autores incentivam que pais e cuidadores dialoguem com as crianças sobre a situação
atual.
FIOCRUZ. Disponível em: <https://bit.ly/3a3hbMo>. Acesso em: 09 fev. 2021. (Adaptado).

TEXTO III

ECOA. Disponível em: <https://bit.ly/3q5dag4>. Acesso em: 09 fev. 2021. (Adaptado).

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