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FACULDADE UNIDA DE CAMPINAS – FACUNICAMPS

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

GYOVANA SILVA PEREIRA

ISADORA MARLENE ALVES LOURENÇO

MARIA EDUARDA DA VEIGA JARDIM

JOSÉ GUILHERME FREITAS MARTINS

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

GOIÂNIA / GOIÁS
2022 / 2
GYOVANA SILVA PEREIRA
ISADORA MARLENE ALVES LOURENÇO
MARIA EDUARDA DA VEIGA JARDIM
JOSÉ GUILHERME FREITAS MARTINS

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Trabalho realizado para obtenção de nota n-2 na


disciplina de Metodologia de Pesquisa Cientifica

Orientador Prof Me Geraldo Lopes de Lima Junior

GOIÂNIA / GOIÁS
2022 / 2
DESENVOLVIMENTO INFANTIL

CHILD DEVELOPMENT

PEREIRA, Gyovana Silva1; ALVES LOURENÇO, Isadora Marlene2; VEIGA JARDIN3,


Maria Eduarda da;
FREITAS MARTINS , José Guilherme; LIMA JUNIOR, Geraldo Lopes de
4

RESUMO

O objetivo geral do seguinte artigo foi abordar as diversas influências do papel parietal no desenvolvimento
infantil, compreendendo sua trajetória histórica bem como suas representações e influências no processo de
construção da autoestima e na concretização da personalidade infantil, mais exclusivamente, na autoestima
feminina. Discursando sobre a totalidade do processo de desenvolvimento da infância, compreendendo todas
suas fases, desde a concepção ao ingresso na adolescência, trazendo em si questionamentos sobre este e as
possíveis implicações decorrentes de variáveis dentro dessa etapa particular que é crucial para o
desenvolvimento humano, como a sócio afetiva (Vygotsky 1984), incluindo também o espectro ambiental e
cultural como determinante no mesmo. Assim compreendendo a importância essencial do papel paterno para o
aflorar da psiquê do seu filho, também como o ambiente proporcionado durante o desenvolvimento deste
(Winnicott (1960/2005). O método de pesquisa utilizado foi o dedutivo, no qual parte de teses de grandes autores
para explicar casos isolados. O método de realização para alcançar a respostar para a problemática foi o teórico,
o qual se baseia em teóricos com o intuito. A resposta para a problemática sobre a como influência da visão
paterna pode afetar o desenvolvimento da autoestima feminina é qualitativa pois informa a valorização ou
destruição a presença parietal durante o processo de desenvolvimento e construção da autoestima feminina.

Palavras- chave: Autoestima, Desenvolvimento Infantil, Parietal

ABSTRACT

The general objective of the following article was to address the various influences of the parietal role in child
development, understanding its historical trajectory as well as its representations and influences in the process
of building self-esteem and in the achievement of the child personality, more exclusively, in female self-esteem.
Discussing the totality of the childhood development process, understanding all its phases, from conception to
entry into adolescence, bringing in itself questions about this and the possible implications arising from
variables within this particular stage that is crucial to human development, such as the socio-affective (Vygotsky
1984), also including the environmental and cultural spectrum as a determinant in it. Thus understanding the
essential importance of the paternal role for the emergence of his child's psyches, as well as the environment
provided during his development (Winnicott (1960/2005). The research method used was the deductive method,
in which the thesis of great authors is used to explain isolated cases. The method used to reach the answer to the
problem was the theoretical method, which is based on theoreticians with the purpose. The answer to the
problem about how the influence of the paternal vision can affect the development of female self-esteem is
qualitative because it informs the valuation or destruction of the parietal presence during the process of
development and construction of female self-esteem.

1
Graduanda em psicologia – gyovanasilvap@gmail.com
2
Graduanda em psicologia – isadoramarlenealveslourenco@gmail.com
3
Graduanda em psicologia – mariaeduardadavjm@outlook.com
4
Graduando em psicologia – josegmf99@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

Visto a importância da família no que tange processos de desenvolvimento,


socialização e percepção, além de que esta fornece cuidados primários, bases morais e de
afeto (FERRARI & KALOUSTIAN, 2002; OLIVEIRA & CAMÕES, 2003), surge uma
necessidade de estudos aprofundados a respeito de como essas relações influenciam não
apenas no progresso infantil, mas também na autoestima da criança. Winnicott (1960/2005),
salienta o quanto o ambiente familiar possui peso na base de formação da personalidade da
criança, e com isso resultados de estímulo ou contenção podem ser observados de acordo com
a condição em que o sujeito está inserido.

Nesse contexto, ao colocar o vínculo pai-filha em destaque de estudo, é identificada a


relevância e o porquê da demanda do presente estudo uma vez que o papel paterno na
estruturação de eixos – principalmente emocionais – auxiliarão na totalidade do indivíduo que
está em contato com essa figura familiar. Uma vez que, se essa relação apresentar
insuficiências, haverá prejuízos em diversas partes do ser, em especificidade, na autoestima da
filha. Logo, assim como constatado por Silva, Bueno & Ribeiro (2014) nota-se a razão pela
qual os pais devem manusear a sua paternidade de forma ativa para com sua prole.
Portanto, questões como desenvolvimento infantil, paternidade e autoestima podem
ser tomadas como discutíveis em ascensão. Dessa maneira, foi sublinhado que “Na mesma
medida em que a mãe é a propiciadora do nascimento biológico do filho, complementarmente
é o pai que cria as condições necessárias para o seu nascimento psicológico.” (COSTA, 1997,
p. 15). Ademais, perspectivas sociais e afetuosas possuem destaque no campo do
desenvolvimento infantil (VYGOTSKY, 1984). Destarte, ao considerar o entrelaçamento de
tais informações, torna-se explícito o fato de que o desenvolvimento da infância e o papel do
pai possuem ligações de suma importância e se não forem concretizadas de forma positiva,
problemáticas estarão presentes em muitas partes, com realces na esfera psicológica em
contraste com a autoestima.

Por conseguinte, o presente estudo possui o intuito de descrever conceitos do


desenvolvimento infantil, da paternidade e como ambas se relacionam com a autoestima de
crianças do gênero feminino. Ademais, também foi necessário mensurar os danos e benefícios
da relação pai-filha e suas consequências, sejam boas ou ruins a depender de como essa fase
delicada do desenvolver e responsabilizar é tomada. Logo, observa-se que ao analisar os
tópicos abordados, chega-se a concluir que é necessário o intervir paternal quanto à criação de
seus filhos (destacando aquelas do gênero feminino) para que o desenvolvimento infantil e
questões psíquicas como a autoestima venham a ser concretizar de forma não prejudicial.
Além disso, ao mensurar a importância do tema pesquisado urge a demanda de alerta dessa
pauta de forma ativa na sociedade e principalmente em ambientes da área da saúde como
centros psicossociais e hospitais, na parte obstétrica, que podem além da mãe, incluir o pai de
forma mais prática para que este desde antes do nascimento já tenha um conhecimento prévio
que será benéfico para todas as partes envolvidas.

2. REFENCIAL TEÓRICO

2.1 Influência Paterna no Desenvolvimento Infantil

A influência e a importância paterna se evidenciaram a partir da publicação da obra


papel do pai no desenvolvimento infantil’ de Michael R. Lamb (1997). De acordo com Lamb,
Pleck, Charnov e Levine (1985) o envolvimento paterno se divide em três dimensões: a
interação [contato direto com o filho], a acessibilidade e a responsabilidade. Em alguns
estudos verifica- se que na maioria das vezes, quando a influência paterna é considerada
positiva, ou seja, com maior o envolvimento do pai com seus filhos, melhor o
desenvolvimento do repertorio de habilidades, acadêmico e socioemocional das crianças.
Também foi percebido que a influência positiva, gera efeitos no desenvolvimento cognitivo,
com a redução de problemas comportamentais nos meninos e psicológicos nas meninas ( CIA,
D’ AFFONSECA & BARHAM, 2004; CIA & BARHAM, 2006; MONTEIRO ET AL., 2008;
SARKADI ET AL, 2008).

2.1.2 Imagem Histórica Paterna

Durante os séculos XVI e XVII, a imagem paterna possuía a função de provedor


financeiro e provedor do desenvolvimento moral e a educação religiosa de seus filhos.

Entretanto com a urbanização e industrialização, a partir do século XIX, os pais passaram a


ter um contato menos frequente com suas famílias por passarem a trabalhar em industrias com
maior carga de horário, o que reduziu significativamente o convívio familiar, com isso, a
maior parte da responsabilidade passou a ser das mães ( COLEY, 2001)
Entre 1960 e 1970, 3% dos pais eram incluídos em pesquisas relacionadas ao
desenvolvimento infantil, logo, tais pesquisas enfatizavam uma participação muito restrita dos
pais no desenvolvimento da criança (DESSEN & LEWIS, 1998) O papel paterno sofreu
mudanças socias e econômicas, por exemplo, a partir de 1970, com a revolução feminista,
grande parte das mulheres exerciam atividades remuneradas, apesar desse crescimento ter
favorecido as famílias no âmbito econômico, também gerou transformações nos papeis dados
aos gêneros, quanto ao desenvolvimento infantil no ambiente familiar (ENGLE & BREAUX,
1998; BRANDTH & KVAND, 2002; RODRIGUES, ASSMAR & JABLONSKI, 2002) Logo,
com o surgimento desse novos papeis e funções, houve o aumento de números de famílias
monoparentais (DESSEN& SILVA, 2004) Diante disso, foi percebido, por pesquisadores
sociais, a importância de estudar a relação pai-filho, pois os mesmo despenham papeis
multidimensionais em diversos parâmetros, mesmo que indiretos, levando em consideração as
mudanças culturais e socias e o histórico pessoal (LEWIS &DESSEN , 1999; DESSEN &
SILVA, 2000).

2.2 Autoestima

A autoestima se caracteriza como o conjunto de sentimentos e conceitos que um ser


humano possui por si mesmo e é percebida através das repostas oferecidas a diversas
situações passadas no dia a dia. Desse modo, a autoestima também é formada e validada
através do histórico de valores e juízo do indivíduo, o que auxilia na melhor compreensão do
Eu (BRANDEN, 2009).

2.2.1 Processo de Construção da Autoestima

O processo da formação da autoestima é grandemente influenciado pelos familiares ou


pessoas próximas, pois elas fortalecem ou destroem o desenvolvimento de autonomia,
escolhas, autoimagem e autoconfiança, principalmente no período da infância

[...] Quando crianças, nossa autoconfiança e nosso autorrespeito foram fortalecidos


ou destruídos pelos adultos, conforme tenhamos sido respeitados, amados,
valorizados e encorajados a confiar em nós mesmos. Entretanto, mesmo nos
primeiros anos de vida, nossas escolhas e decisões foram muito importantes para o
desenvolvimento futuro da nossa autoestima. (BRANDHEN, 2009, p. 13)
O desenvolvimento da autoestima pode ser feito através de ensinamentos culturais,
sociais, valores, regras e princípios, que podem ou não se relacionar com os das pessoas as
quais você convívio.

2.2.2 Autoimagem
De acordo com estudos de Erthal, o conceito de self serviria como orientação para a
compreensão da autoimagem, que se resume a informações como aparência física, cognição e
comportamento. A consciência de autoimagem serve para manter estabilidade do self, que
permite que os indivíduos possam se avaliar diariamente.
O psicanalista Freud, faz uma correlação entre as teorias do “ideal do eu” e a “teoria
do narcisismo”, como um processo que permite com que o individuo relacione o meio externo
e a consciência da sua existência no mundo, dizendo que inicialmente as crianças inicialmente
tentam refazer os caminhos de seus pais, os quais renunciaram seus sonhos para cria-los,
chamando esse processo de narcisismo primário, o qual é herdado dos pais. Para Freud,
durante o início da vida psíquica o “eu” é construído por pulsões e cargas de energia, que
possuem o intuito de receber o que é prazeroso e expulsar o que seja desagradável. O
narcisismo primário futuramente influenciara nas escolhas de objetos, como por exemplo na
“teoria do complexo de édipo”, no qual a mãe é o primeiro objeto de desejo do filho e o pai o
objeto de desejo da filha, quando maiores essas pessoas procurarão, em sua vida amorosa,
indivíduos merecedores do seu afeto, o narcisismo de mostra nesse “eu” ideal em que esse
afeto/amor se recai sobre si mesmo, pois a utilização da imagem de Narciso, se baseando na
história, diz respeito a se apaixonar por si mesmo, um ato de estimar-se mas não ao ponto de
se tornar egocentrismo.
O psicólogo humanista Carl Rogers, indica que a construção do self é caracterizada
por sentimentos de pertencimentos a culturas e grupos sociais.

2.2.3 Avaliação da Autoestima


No ano de 1990 uma geração de psicólogos modificou instrumentos destinados a
avaliação da autoestima. Como o inventario de autoestima de Coopersmith e a Escala de
autoestima de Rosenberg.
Stanley Coopersmith, década de 1960 realizou estudos sobre autoestima, partindo de
pesquisas sobre a “teoria da medição da atitude” de Thurstone (um dos responsáveis).
Coopersmith estudou pontos como: contexto geográfico, família, condição econômica e classe
social, e como eles podem influenciar na construção e avaliação da autoestima, descobriu que
tais pontos não se relacionam mas sim a importância que cada indivíduo atribui em relação a
eles. Em uma de suas obras, o autor realizou uma observação controlada com o intuito de
saber quais fatores influenciam positivamente ou negativamente na formação da autoimagem
e os dividiu em quatro áreas: pais, amigos, escola e o “eu”, entretanto variavam em relação a
idade, sexo e papel social. A autoimagem provém da avalição positiva e negativa que o
individuo tem de si mesmo, essa avalição provem: do quanto esse individuo é valorizado na
sociedade, mediante ao seu papel social, seu histórico de experiencias pessoais boas ou não, o
conceito em ser bem sucedido ou não e como lida com seus fracassos e sucessos. O inventario
de Autoestima foi desenvolvido em 1967, composto por 58 itens, divididos em: 8 verificam o
efeito da desejabilidade social, 26 verificam autoestima geral e 8 verificam a autoestima
social, familiar e profissional.
A autoestima se baseia em sentimentos do indivíduo sobre sua própria competência e
valor, se refletindo de maneira positiva ou negativa sobre si mesmo, sendo fundamental para
saúde mental e social do ser humano (ROSENBERG,1965). Com o intuito de medir e avaliar
a autoestima, em sentido global, Rosenberg desenvolveu a Escala de Autoestima de
Rosenberg (EAR), a qual ele dividia em baixa, média e alta. A baixa autoestima se
relacionava a dificuldade de enfrentar problemas, a média ao sentimento de auto rejeição e a
alta em sentimento de confiança (ROSERNBERG, 1965). Em conformidade com Morris, sua
escala é formada em 10 assertivas, que se dividem em: 5 se relacionam a autodepreciação e 5
se relacionam ao autovalor. Nessa avalição as respostas são feitas em formato objetivo
(alternativas), que vão desde “concordo totalmente” a “discordo totalmente”. Essa escala é
utilizada na prevenção de doenças, como depressão, tratamentos de pacientes jovens com
baixa autoestima que poderiam ser considerados um risco para sociedade, por terem
delinquência por exemplo, entre outros. Dini, Quaresma e Ferreira foram responsáveis por
adaptar a escola no Brasil.
EAR foi traduzida para 28 idiomas, porém revela uma problemas pela estrutura
unidimensional (SCHMITT & ALLIK,2005) porém apresenta bons índices e resultados, em
pesquisas internacionais, realizadas em jovens e adultos (ALUJA E COLS., 2007;
DONNELLAN E COLS., 2005). Segundo Harter (1999) jovens e adolescentes constroem a
noção de autovalor e percepção de opinião alheia sobre ele, pelo desenvolvimento da
cognição. Quanto ao gênero, as meninas possuem mais dificuldades durante a formação da
autoimagem, por valorizarem a opinião de terceiros sobre elas e seus relações interpessoais, o
que pode levar a uma baixa autoestima (HARTER,1999).
2.3 Desenvolvimento Infantil
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (2005 p. 11) o
desenvolvimento infantil deve ser definido como “um processo que vai desde a concepção,
envolvendo vários aspectos, indo desde o crescimento físico, passando pela maturação
neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva da criança”.

Diante do exposto, para Sousa e Verissimo (2011) é preciso refletir sobre todos os
aspectos e como eles influenciam esse desenvolvimento, tal como: de que maneira foi a
gestação dessa criança? Quais as condições do nascimento dela, por exemplo, foi prematuro?
Como vai ser o vínculo dos pais com a criança? Quais suas condições socioeconômicas?
Como vai se desenvolver suas habilidades motoras, cognitivas, de linguagem e psicossociais?
Uma vez que se indaga todas essas e outras questões, podemos começar a desenvolver um
caminho que vai beneficiar este desenvolvimento. Elkonin (1987) enfoca a relevância
histórica do processo de desenvolvimento, mostrando que algumas fases do crescimento
infantil são rascunhadas na progressão da história do mundo, com a transformação do espaço
preenchido pelas crianças na sociedade.

Em suma, se compreende que o desenvolvimento infantil é uma parte essencial do


desenvolvimento humano e que cada criança vive um processo único e particular que deve ser
respeitado em sua singularidade.

2.2.1 Desenvolvimento Infantil para Lev Semenovich Vygotsky


A teoria de Vygotsky (1984), foi denominada como uma perspectiva
sociointeracionistas, sociocultural ou sócio-histórica, pois para o autor, a relação entre o
desenvolvimento e a aprendizagem está atrelada ao fato de o ser humano viver em meio
social, sendo focado principalmente na perspectiva coletiva e afetiva. Desse modo, segundo o
autor, a criança é uma consequência do meio social que ela nasce inserida, ou seja, a família e
os outros processos, como linguagem e pensamento, vão se desenvolver a partir de interações
com outros indivíduos.
O propósito de Vygotsky então, é “trabalhar com a importância do meio cultural e das
relações entre indivíduos na definição de percurso de desenvolvimento da pessoa humana, e
não propor uma pedagogia diretiva, autoritária” (OLIVEIRA, 2010 a, p.65).
Também é essencial salientar-se da importância atribuída por Vygotski (1996) ao afeto
afirma que:
[...] a emoção é a reação reflexa de certos estímulos que são mediados a partir do
meio sociocultural. As emoções influenciam e diversificam o comportamento,
portanto, quando as palavras são ditas com sentimentos agem sobre o indivíduo de
forma diferente de quando isto não acontece. (VYGOSTSKI,2001)

Portanto, segundo Pasqualini (2009), vemos que Vigotski, considerava o


desenvolvimento infantil como um fenômeno histórico, cultural, social e afetivo, intimamente
ligado às condições da organização social das comunidades.

2.2.2 Desenvolvimento Infantil para Jean Piaget


Em relação a Piaget, a autora Palangana (2015), compreende que a criança vai
ser a própria causa da sua evolução, partindo da noção que existem quatro determinantes
básicos: a maturação do sistema nervoso central, a estimulação do ambiente físico, a
aprendizagem e a tendência do equilíbrio.

De acordo com Ramozzi Chiarottino citado por Chiabai (1990, p.3), para Piaget,
vale também dizer que a “inteligência humana pode ser exercitada, buscando um
aperfeiçoamento de potencialidades, que evolui desde o nível mais primitivo da existência,
caracterizado por trocas bioquímicas até o nível das trocas simbólicas”. Sendo assim, para ele,
a inteligência é o mecanismo de adaptação do organismo.

Por último, Piaget (1999) compreendeu que a criança passa por quatro fases de
desenvolvimento até chegar na adolescência, sendo elas o estágio sensório-motor (dos 0 aos 2
anos), estágio pré-operacional (dos 2 aos 7 anos), estágio das operações concretas (dos 7 aos
11 anos) e estágio das operações formais (dos 11 anos aos 14 anos).

De acordo com Piaget, ”o primeiro estágio de desenvolvimento cognitivo, o estágio


sensório-motor (dos 0 aos 2 anos), é aquele em que os bebês aprendem sobre si mesmos e
sobre seu ambiente” (PAPALIA, 2006, p.197). Quando nascem, os bebês entram em contato
com o ambiente externo, tem suas sensações e a sua coordenação motora desenvolvidas de
acordo com o estímulo apresentado e então começam a perceber o meio ao seu redor,
conseguindo identificar os objetos.
GOIÂNIA / GOIÁS
2022/ 2

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