Você está na página 1de 2

A mídia e os jovens influenciadores

Ao longo dos anos, a grande mídia foi responsável por ditar os padrões culturais de
nossa sociedade. Não adequar-se a eles pode acarretar em exclusão social. Com avanço
tecnológico, as mensagens que ela transmite são disseminadas facilmente. Logo, há
grande impacto nos jovens que, ainda em desenvolvimento, são mais suscetíveis ao
conteúdo que recebem. Sem a estrutura necessária proporcionada pelos responsáveis,
cria-se um ambiente de alta toxicidade para eles e as consequências perdurarão por toda
vida.

Nota-se que, no início da existência, o indivíduo ainda não evoluiu por completo a
capacidade de pensar criticamente, tornando-se mais exposto a mensagens externas. A
mídia aproveita-se disso e os explora através de diversos meios. Um deles é a internet.
Segundo Campos e Souza em 2003, jovens já nascem imersos no ambiente tecnológico,
não conhecem a vida de outra forma. Assim, desde cedo, usam esses aparatos como
forma de validação e tornam-se ávidos consumidores. No mundo online, a regra é exibir
a melhor versão de si. Além disso, através das redes sociais, há o grande ímpeto de
obter fama, vista como uma grande etapa para felicidade. Entretanto, mesmo pessoas
consideradas famosas não são diferentes de qualquer indivíduo de sua idade, assim,
também sofrem.

Evidentemente, são explorados por esse sistema, usados como forma de afirmar
padrões hegemônicos disseminados. Por diversas vezes, uma das vias de exploração
para afirmar a moda vigente é a “adultificação” desses menores. Um exemplo é a atriz a
Mel Maia, 15 anos. Recentemente, teve vídeos expostos em sites de pornografia. E é
inegável que os abusos não recentes. Ao decorrer do tempo, diversas estrelas mirins
admitiram publicamente os traumas psicológicos causados pela indústria e, em alguns
casos, também negligência paterna. Logo, nota-se que independentemente da classe
social, os jovens precisam de estrutura para lidar psicologicamente com adversidades.

Como já citado, o indivíduo inicia sua vida reproduzindo comportamentos; os


responsáveis legais são seus primeiros modelos, portanto, encarregados pela
socialização da criança. Durante essa fase, os pais, com seu pensamento crítico mais
desenvolvido, repassam os valores importantes antes e durante esse contato inicial com
o mundo, possibilitando que o jovem desenvolva maiores condições de lidar com os
impactos causados pelos padrões sociais.
Portanto, é evidente a fragilidade mental dos mais novos e importância parental em
sua criação. Precisam ser ensinados desde cedo a desenvolver um pensamento crítico,
questionando as mensagens que recebem. Cabe aos pais fiscalizar o conteúdo que eles
consomem e incentivar a busca por produtos culturais não hegemônicos. Ademais,
devem lhes oferecer apoio emocional e ajuda psicológica, além de estimular atividades
que possibilitem uma vida mais saudável – como a prática de esportes, por exemplo -.
Com isso, poderão crescer da melhor forma possível e tornarem-se adultos sadios.

Você também pode gostar