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EMPREENDEDORES
APOSTILA
1. O EMPREENDEDOR........................................................................................................................ 4
2. O EMPREENDEDORISMO............................................................................................................. 6
3. EMPREENDIMENTO....................................................................................................................... 8
4. PROCESSO EMPREENDEDOR..................................................................................................... 9
7.2.1. Características..........................................................................................................24
7.2.2. Benefícios.................................................................................................................24
7.3.1. Clientes.....................................................................................................................25
7.3.2. Concorrentes............................................................................................................25
7.3.3. Fornecedores............................................................................................................25
7.4.1. Os 4 P`S.....................................................................................................................30
CADERNO DE ATIVIDADE............................................................................................................... 42
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 50
O EMPREENDEDOR
Iniciativa para criar um novo negó cio e paixã o pelo que faz
Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente
social e econô mico onde vive.
Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar
Interno é uma pessoa que atuando dentro das organizaçõ es, as inovam e as fazem
crescer. Suas contribuiçõ es estã o em tomar novas idéias ou mesmo protó tipos e
transformá -los em realidades lucrativas. É aquele que busca uma visã o diferente
dos fatos e age, em vez de ficar observando e esperar as coisas acontecerem.
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1. O EMPREENDEDORISMO
Atividades do empreendedorismo
A disseminaçã o da cultura empreendedora no sistema de ensino formal em
todos os níveis (despertar o empreendedorismo desde cedo);
A disseminaçã o da cultura empreendedora e o apoio à açã o empreendedora
entre grupos sociais, tais como desempregados e minorias aliados;
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O empreendedorismo comunitá rio, em que sociedades desfavorecidas se
articulam para enfrentar a adversidade (associaçã o de moradores);
A sensibilizaçã o das forças da sociedade para a importâ ncia do
empreendedorismo e da pequena empresa (70% de empregos);
A geraçã o do auto-emprego (autô nomo – profissional liberal);
A criaçã o de empresas;
A identificaçã o, criaçã o e busca de oportunidades para empresas existentes
e novas (atualizaçã o tecnoló gica, novos mercados, novos produtos);
O financiamento de organizaçõ es emergentes e daquelas ameaças de
desaparecimento (dinheiro barato, BNDS, Banco do povo);
O intra-empreendedorismo (intrapreneurship) ou estudo do papel do
empreendedorismo em grandes organizaçõ es;
A promoçã o do desenvolvimento econô mico local (novas instalaçõ es,
incentivos fiscais e infra-estrutura);
A concepçã o e adoçã o de políticas pú blicas de apoio e suporte à criaçã o de
empresas, abrangendo prá ticas econô micas, legais, tributá rias, de
financiamento etc. (governantes);
O estabelecimento de redes de relaçõ es com universidade e com todas as
forças sociais (pesquisa e desenvolvimento, amplitude de relacionamentos
para o crescimento da organizaçã o).
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Que o ensino das disciplinas devem possibilitar ao aluno uma visã o
histó rica, contextualizada, além de compreender a sua aplicabilidade e
utilidade, bem como o seu cará ter multidisciplinar;
O curso deverá promover o desenvolvimento de competências e habilidades
compatíveis com os modelos de organizaçã o e gestã o praticados pelas
organizaçõ es; é urgente que se avalie os conteú dos e as metodologias de
ensino utilizadas em nossas instituiçõ es de ensino.
2. EMPREENDIMENTO
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processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador desses fatores
possibilita o início de um novo negó cio.
3. PROCESSO EMPREENDEDOR
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de estabelecer objetivos e decidir o modo como alcançá -los, é planejar o que se
pretende fazer) e consiste na tomada antecipada de decisõ es que funcionam como
guias ou balizamentos para assegurar que:
o empreendimento obtenha e reú na os recursos necessá rios para alcançar
os seus objetivos e os integre em um esquema organizacional que garanta
coordenaçã o e integraçã o;
os membros da organizaçã o possam trabalhar em atividades consistentes
rumo a esses objetivos e através de procedimentos escolhidos;
o alcance dos objetivos possa ser monitorado e avaliado em relaçã o a certos
padrõ es para proporcionar a açã o corretiva necessá ria caso o progresso nã o
seja satisfató rio.
O planejamento se distribui entre todos os níveis organizacionais, e pode ser
classificado segundo sua amplitude no tempo e na organizaçã o da empresa, como
de curto ou de longo prazo, ou seja, estratégico, tá tico e operacional.
Estratégico / Institucional
Conteú do: Mapeamento ambiental, e avaliaçã o das forças e limitaçõ es do
empreendimento / organizaçã o.
Amplitude: Macro orientado. Aborda a organizaçã o como um todo e focaliza o
futuro e o destino.
Tempo: Longo Prazo
Tático / Intermediário
Conteú do: Interpretaçã o das decisõ es estratégicas em planos concretos e, nível
departamental
Amplitude: Aborda cada unidade organizacional em separado. Focaliza o mediato.
Açã o departamental
Tempo: Médio Prazo
Geralmente os planos tá ticos se referem aos planos produçã o, planos
financeiros, plano de marketing, planos de recursos humanos, etc.
Plano Operacional
Conteú do: Desdobramento dos planos tá ticos de cada departamento em planos
operacionais para cada tarefa
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Amplitude: Micro orientado. Aborda cada operaçã o (atividade) em separado.
Focaliza o presente
Tempo: Curto Prazo
Os planos operacionais podem ser classificados em quatro tipos:
Procedimentos – planos operacionais relacionados com métodos;
Orçamentos – sã o planos operacionais relacionados com dinheiro;
Programas – sã o planos relacionados com o tempo (programaçõ es);
Regulamentos – sã o os planos operacionais relacionados com
comportamentos das pessoas.
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4. INICIANDO O PROCESSO EMPREENDEDOR
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6. Avaliaçã o de equilíbrio; reavaliaçã o de equivalência entre o sistema, a
empresa, o porte, os objetivos, os recursos, a estrutura e a complexidade.
5. PLANO DE NEGÓCIO
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preciso ser escrito de forma clara e objetiva, o empreendedor dever expor suas
idéias em uma linguagem que os leitores do plano de negó cios entendam e,
principalmente, que mostre viabilidade e probabilidades de sucesso em seu
mercado. Geralmente sã o escritos como parte dos requisitos de aprovaçã o de um
empréstimo, ingressos em uma incubadora de empresas, solicitaçã o de bolsas ou
recursos financeiros de ó rgã os do governo.
O conceito bá sico do plano de negó cios como ferramenta é o planejamento,
que trata essencialmente de pessoas, oportunidades, contexto e mercado, riscos e
retornos. Deve ser atualizada constantemente e ser claro quanto à viabilidade de
se atingir uma situaçã o futura, mostrando como a empresa pretende chegar lá .
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Desenvolver a equipe de gestã o
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Conhecimento profundo do ramo e variá veis do sistema;
Ideia ampla e clara do negó cio;
Equilíbrio e encadeamento de todos os aspectos;
Congruência entre visã o, sistema, estratégia e estrutura;
Testes de narrativa e nú meros plausíveis e viá veis.
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Estrutura do Plano de Negócio
Capa
Sumá rio
Sumá rio Executivo
1. Descriçã o da Empresa
1.1. Estrutura Organizacional
1.2. Estrutura Legal
2. Produtos e Serviços
2.1. Características
2.2. Benefícios
3. Aná lise da Indú stria
3.1. Clientes
3.2. Concorrentes
3.3. Fornecedores
3.4. Agentes Reguladores
4. Plano de Marketing
4.1. Produto, Preço, Praça, Promoçã o
4.2. Estratégia Competitiva
5. Plano Operacional
5.1. Aná lise das Instalaçõ es
5.2. Equipamentos e Má quinas Necessá rias
5.3. Processo de Produçã o
5.4. Terceirizaçã o / Parcerias
6. Plano de Recursos Humanos
6.1. Política de Recursos Humanos
6.2. Equipe de Gestã o
7. Plano Financeiro
7.1. Balanço Patrimonial
7.2. Demonstraçã o de Resultados
7.3. Fluxo de Caixa
7.4. Ponto de Equilíbrio
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ATIVIDADE (em sala)
Quem somos nó s?
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Exemplos: Satisfazer o apetite do mundo inteiro com boa comida, bem servida,
a um preço acessível. (McDonald´s).
A missã o define a razã o de ser de uma organizaçã o. É a funçã o que esta deve
desempenhar de forma a garantir a continuidade do negó cio e a concretizaçã o da
visã o. É um compromisso com o presente e futuro; por isso, é necessá rio que seja
repensada periodicamente em funçã o das mudanças no contexto do negó cio. A
missã o serve como referencial bá sico para a definiçã o dos objetivos e estratégias.
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organizacionais é um estado desejado que a organizaçã o pretende atingir e que
orienta seu comportamento em relaçã o ao futuro.
Neste contexto, os objetivos devem ser definidos como um estado futuro que
se pretende atingir, e se tem real possibilidade de fazê-los. Devem ser:
Mensurá veis;
Desafiadores;
Motivadores;
Relevantes.
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O empreendedor deve ter em mente os seguintes aspectos: localizaçã o e infra-
estrutura, plano operacional e capacidade produtiva e/ou comercial.
ATIVIDADE
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critérios utilizados para classificaçã o (faturamento, valor de ativos, nú mero de
funcioná rios etc.) e servem para classificar a empresa para efeito de registro,
isençõ es tributá rias, obtençã o de Crédito, etc.
Empresa de
Nú mero de Empresa de Empresa de
Microempresa Pequeno
Funcioná rios Médio Porte Grande Porte
Porte
SEBRAE
1 a 19 20 a 99 100 a 499 500 ou mais
(indú stria)
SEBRAE
(Comércio e 1 a 19 10 a 49 50 a 99 100 ou mais
Serviço)
Receita anual Empresa de
Empresa de Empresa de
Bruta e nú mero Microempresa Pequeno
Médio Porte Grande Porte
de funcioná rios Porte
1 a 10 11 a 40 41 a 200 201 ou mais
MERCUSUL
US$ 3,5 US$ 20 Mais de
(Indú stria) US$ 400 mil
milhõ es milhõ es US$ 20 milhõ es
MERCOSUL 1a5 6 a 30 31 a 80 81 ou mais
(Comércio e US$ 1,5 US$ 7 Mais de
US$ 200 mil
Serviço) milhã o milhõ es US$ 7 milhõ es
Fonte: Lacruz, Adonai José. Plano de Negó cios Passo a Passo: transformando sonhos em negó cios,
2008
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ATIVIDADE (extraclasse)
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6.2. Produtos e Serviços
6.2.1. Características
6.2.2. Benefícios
ATIVIDADE:
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Ameaças: Antevisã o de uma situaçã o potencialmente desfavorá vel, que a
probabilidade de ocorrência poderá enfraquecer a posiçã o competitiva da empresa
e restringir sua capacidade de realizar sua visã o (se nada for feito a respeito, é
claro)
6.3.1. Clientes
6.3.2. Concorrentes
6.3.3. Fornecedores
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6.3.4. Agentes Reguladores
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setor. Isso acontece quando o processo é concentrado, quando os produtos ou
serviços comprados no setor representam parcela significativa de seus custos ou
das compras, quando os produtos ou serviços sã o padronizados sem diferenciaçã o,
etc.
Pontos Fortes:
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Líder de mercado - plano estratégico bem feito
Capacidade de fabricaçã o
Pontos fracos
Instalaçõ es obsoletas
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Problemas operacionais internos
2. Solicitar aos alunos que faça uma aná lise SWOT / FOFA
Duraçã o: 4 horas
ATIVIDADE (extraclasse)
Solicitar aos alunos que faça a aná lise da indú stria do seu empreendimento.
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Estratégia de Marketing, em que faz o planejamento da forma como a empresa
oferecerá seus produtos ao mercado, visando otimizar usas potencialidades de
sucesso
6.4.1. Os 4 P`S
Preço
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Neste segundo caso, o cliente estará disposto a pagar por esta maior margem?
Por quê?
Enfim, o empreendedor deve buscar subsídios (em outras partes do pró prio
plano de negó cios) para demonstrar que existe harmonia entre as diversas
estratégias propostas.
Propaganda / comunicação
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A aná lise competitiva foca a rivalidade existente entre concorrentes e a
formulaçã o de estratégias para ultrapassar o desempenho de outras empresas na
indú stria. Neste contexto, Porter sugere três estratégias genéricas gerais que
deve ser consideradas: liderança de custo, diferenciaçã o e enfoque. Cada uma
dessas estratégias deve ser projetada para dar à empresa uma vantagem
competitiva.
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6.5. Plano Operacional
Quantos funcioná rios serã o necessá rios para o funcionamento do negó cio?
Valor do aluguel
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Infra-estrutura disponível (instalaçõ es telefô nicas, linha de dados de
acesso rá pido, instalaçõ es elétricas e hidrá ulicas, etc.);
A escolha do local e o espaço físico onde você pretende instalar seu negó cio é
uma decisã o muito importante para o sucesso do empreendimento. O local deve
oferecer uma infra-estrutura necessá ria a seu negó cio, ter acesso facilitado aos
clientes e fornecedores, enfim, propiciar o seu crescimento.
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ATIVIDADE (Extraclasse)
Plano de Produção
QUANTIDADES
PRODUTO / SERVIÇOS UNIDADES
MÉDIA MENSAL ANUAL
TOTAL
Plano de Vendas
QUANTIDADES
PARTICIPAÇÃO
PRODUTO / SERVIÇOS UNIDADES
MÉDIA
% ANUAL
MENSAL
TOTAL
Faturamento
TOTAL
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ATIVIDADE (em sala)
6.6.1. Política de RH
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
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situaçã o histó rica, fluxo de caixa, aná lise do investimento, demonstrativo de
resultados, projeçõ es de balanços e outros indicadores.
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Portanto, o plano financeiro é uma etapa muito importante do plano de
negó cios, por que permite ao empreendedor ter noçã o da atratividade e da
viabilidade do projeto.
Investimento Inicial
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6.7.3. Fluxo de Caixa
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INSTRUÇÕES FINAIS
Capa
É a primeira parte visualizada do plano de negó cio, portanto, é uma parte muito
importante, deve ser feita de maneira lima e com as informaçõ es necessá rias e
pertinentes. Deve conter o logotipo/logomarca/slogan da empresa.
Capa Acadêmica
Deverá conter o título do projeto (plano de negó cios, empresa tal...), nome dos
autores, nome da instituiçã o de ensino e data.
Sumário
O sumá rio deve conter o título de cada seçã o do plano de negó cios, pois é a
pagina onde se encontra os principais assuntos relacionados em cada seçã o. Isso
facilita a leitura do plano de negó cios.
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CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO PN
Essa avaliação está dividida em três etapas: Entrega do Plano Completo = 5 Pontos
Apresentação = 3,5 Pontos
Atividade em sala = 1,5 Pontos
Etapas da
Nota Nota
Avaliação do Critérios de Avaliação
Máxima Atribuída
Trabalho
Avaliação Formatação do Trabalho 0,25
Acadêmica Aplicação de conceitos teóricos 0,25
Concepção do Originalidade da Proposta 0,5
Negócio Análise da Indústria 1,0
Viabilidade Organizacional 0,5
Viabilidade do Viabilidade Operacional 0,5
negócio Viabilidade Mercadológica 1,0
Viabilidade Financeira 1,0
Apresentação do Esclarecimento do Grupo 2,5
Plano Apresentação / Postura 1,0
Comprometimento 1,0
Atividade em sala
Disciplina 0,5
Total Trabalho 10
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CADERNO DE ATIVIDADE
QUESTÕES:
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Case – “China In Box”
O cirurgiã o dentista Robinson Shiba, proprietá rio da rede China In Box, em 1992
deixava de exercer sua profissã o como dentista para inaugurar a primeira loja, um
restaurante de comida chinesa com uma característica inovadora no mercado e
que foi fundamental para o sucesso do empreendimento: o delivery de comida
chinesa. O China In Box foi o primeiro restaurante de comida chinesa do Brasil que
fazia entregas, uma soluçã o rá pida e prá tica para um país onde as pessoas sempre
estã o com muita pressa.
Histó ria
“Identifiquei ali uma oportunidade de negó cios, pois ainda nã o havia no Brasil este
tipo de serviço de entrega de comida chinesa, os restaurantes que existiam apenas
serviam a comida no pró prio local. Só que nã o era o meu objetivo naquela época
abrir um negó cio fora da á rea na qual estava estudando”.
A primeira loja.
Equipe e Recursos
Apó s ter identificado o local mais apropriado para abrir a loja, Robinson partiu
para a captaçã o de recursos e primeiramente contou com a ajuda de seu pai e de
sua irmã mais nova, formada em marketing, que acabaram lhe complementando no
seu ponto fraco: a organizaçã o. Os recursos financeiros ele obteve vendendo o seu
consultó rio de odontologia e o restante foi financiado pelo seu pai.
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Uma das dificuldades encontradas logo no início do negó cio foi que nos primeiros
meses, devido ao nome China In Box, a loja recebia muitas ligaçõ es querendo saber
se lá fabricava Box para banheiro. Daí surgiu a preocupaçã o de como seria feita a
divulgaçã o do serviço de entrega de comida chinesa, que foi logo superado com a
insistência na divulgaçã o do serviço por meio de cardá pios com a maioria dos
pratos ilustrados, os quais eram entregues por meio de mala direta, de porta em
porta e também por corpo a corpo.
A expansã o do negó cio se deu mesmo a partir de 1994, depois que Robinson foi
convidado a participar da feira de franquias no Anhembi, onde foi procurado por
diversas pessoas interessadas em abrir uma franquia da loja. Nesse mesmo ano
foram abertas as primeiras quatro franquias da loja.
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2. ESTUDO DE CASO – CASAS BAHIA e MAGAZINE LUIZA
QUESTÕES:
c. Como administradores, quais açõ es, medidas vocês acreditam que poderiam
ser adotadas pela empresa?
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ESTUDO DE CASO - “Dedicação total a você”: Casas Bahia
Tudo começou em 1952, quando Samuel Klein chegou a Sã o Caetano do Sul vindo
da Europa. Ele aplicou seu capital inicial de 6 mil dó lares na compra de uma casa,
um cavalo e uma charrete, sendo que estes ú ltimos faziam parte da estratégia
inicial de seu negó cio: a venda de roupa de cama, mesa e banho de porta em porta.
Essa “frota” inicial cresceu: hoje sua empresa tem mais de mil caminhõ es que
fazem a distribuiçã o e a entrega de produtos comercializados em sua rede de
varejo. Estamos falando da Casas Bahia, a maior rede de varejo do país.
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e o desenvolvimento de promoçõ es coloca a Casas Bahia na posiçã o demais
lembrando na segmento de eletrodomésticos e mó veis.
Em 2003, para aumentar o negó cio de venda de mó veis, a rede diminuiu sua taxa
percentual de juros com 1 ponto e ainda aumentou o prazo de financiamento de 15
para 18 meses. Para dar conta da procura, a empresa fabrica mó veis, abastecendo
50 por cento da demanda (só em 2003 fabricou 13 milhõ es de peças); os demais 50
por cento vêm de 60 fornecedores cadastrais.
A rede inovou seu sistema de cobrança: o cliente recebe uma ligaçã o telefô nica que
o convida a visitar a Casas Bahia. Nã o há cobrança explicita nem anú ncio de
promoçõ es. Trata-se apenas de um lembrete que gera resultado – a empresa
detectou que boa parte dos atrasos em pagamento de prestaçõ es se deve ao
esquecimento do cliente (sua taxa média de inadimplência tem ficado em torno de
8,5%, ligeiramente superior à do mercado, que fica me torno de 7%). É
interessante notar que na concessã o de crédito para compra de itens de primeira
necessidade, como fogã o e geladeira, há maior flexibilidade do que para a compra
de itens considerados supérfluos, como aparelhos celulares.
A empresa firmou parceira com o Banco Popular (do Banco do Brasil) para a
abertura de quiosques do banco em algumas de suas lojas. Essa parceria se
diferencia de outras feitas entre redes varejistas e banco, como a do Banco Itaú
com o Pã o de Açú car. Isso porque a Casas Bahia pretende manter o controle de seu
sistema de crediá rio. Para o Banco a iniciativa é considerada interessante, pois
cerca de 11 milhõ es de clientes que frequentam as lojas da rede mensalmente têm
renda de cerca de três salá rios mínimos e nã o mantêm conta corrente me banco –
ou seja, tem exatamente o perfil dos tomadores de microcrédito, pú blico-alvo do
Banco Popular.
A rede tem uma grande preocupaçã o com a oscilaçã o da taxa de desemprego, que
afeta principalmente as classes baixa e média da populaçã o. Afinal, essas classes
dependem muito do crédito para a manutençã o de suas necessidades.
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ESTUDO DE CASO - Magazine Luiza
Essa histó ria de sucesso começou em novembro de 1957, quando seus fundadores,
adquiriram uma pequena loja de presentes em Franca, interior de Sã o Paulo. Hoje,
o Magazine Luiza, conta com 441 lojas da rede abertas em Sã o Paulo, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná , Mato Grosso do Sul e Goiá s. O segredo
de seu sucesso está em atingir as classes C, D e E, com ganho de escala, e
permanente imagem de confiança.
Além das lojas físicas a empresa conta com as lojas virtuais, criadas em 1992. Essas
lojas permitiram a empresa chegar a cidades de pequeno porte, com investimento
baixo e mais contato com a comunidade. “Como nas lojas virtuais não há
exposição de produtos, podemos nos instalar em locais pequenos, mas
mantemos nosso padrão de atendimento, já que as vendas são feitas por
vendedores, como nas lojas convencionais. Nessas unidades mantemos um
local chamado Centro de Promoções, onde são realizados cursos, com custos
subsidiados para a comunidade, como aulas de informática, idiomas e
culinária. Nossos canais virtuais de vendas, que incluem, atualmente, o site e
as lojas virtuais, respondem por 12% do faturamento total do Magazine Luiza”
Uma iniciativa que revolucionou o varejo foi à criaçã o da Liquidaçã o Fantá stica
lançada em 1994, que até hoje atrai milhares de pessoas a todas as lojas da
empresa, no início de janeiro, para aproveitarem uma verdadeira avalanche de
ofertas. Outra iniciativa foi à criaçã o de diversos serviços, como uma financeira que
oferece crédito direto ao consumidor, empréstimo pessoal (Grana Extra) e cartã o
de crédito. Em 2005, criaram uma seguradora que comercializa garantias
estendidas para eletroeletrô nicos, mó veis e aparelhos portá teis. Todas as unidades
da empresa possuem agências bancá rias para facilitar o recebimento de contas.
Para enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada, em 2005, o Magazine Luiza
reformulou sua marca e lançou o slogan "Vem ser feliz", provando que, além de
bons preços e atendimento diferenciado, um cliente bem tratado precisa se sentir
feliz. Os produtos ganharam novas denominaçõ es. Geladeira, por exemplo, passou
a ser chamada de porta-gostosura, e sofá , de sossego.
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O Magazine Luiza também criou o Disque Denú ncia, que é um canal direto, 0800,
atendido pela diretora de Recursos Humanos ou pela gerente do SAC. Todo
colaborador que for vítima de pressõ es psicoló gicas, por parte de sua liderança,
pode ligar para este nú mero. Sua identidade é preservada e as denú ncias apuradas,
sendo tomadas as providências cabíveis. Para que as necessidades dos
colaboradores sejam inseridas no planejamento estratégico da empresa, o
Magazine Luiza realiza enquetes com eles pedindo sugestõ es de melhorias.
Em 50 anos de histó ria o Magazine Luiza tem se firmado com uma das empresas
que mais crescem com solidez no mercado nacional. Um crescimento acelerado e
apoiado em políticas eficientes de administraçã o tornou-se uma das maiores
empresas do varejo brasileiro.
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BIBLIOGRAFIA
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