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Público-alvo
Grupos potencialmente vulneráveis, constituídos nomeadamente por pessoas com baixos
rendimentos, desempregados de longa duração e beneficiários do RSI, baixos níveis de qualificação, ex-
reclusos, jovens sujeitos a medidas tutelares educativas e cidadãos sujeitos a medidas tutelares executadas
na comunidade, sem abrigo, pessoas com comportamentos aditivos e dependências. Adultos que não
sejam detentores das competências básicas de leitura, escrita, cálculo e TIC.
Objetivo Geral
Os objetivos gerais do módulo visam:
- Definir o conceito de empreendedorismo;
- Identificar as vantagens e os riscos de ser empreendedor;
- Identificar o perfil do empreendedor;
- Reconhecer a ideia de negócio;
- Definir as fases de um projeto;
- Identificar e descrever as diversas oportunidades de inserção no mercado e respetivos apoios, em
particular as Medidas Ativas de Emprego;
- Aplicar as principais estratégias de procura de emprego;
- Aplicar as regras de elaboração de um curriculum vitae;
Objetivos Específicos
Servir como complemento às sessões ministradas. Apoio com exercícios práticos e informação adicional
às sessões de formação.
Não é necessário qualquer tipo de conhecimento prévio sobre o módulo em questão.
I Competência empreendedoras
1. Competências Empreendedoras
O tema do empreendedorismo está bastante divulgado, no entanto, é comum existir uma ideia pouco
clara, ou até mesmo vaga, quanto ao conceito. Observa-se muitas vezes a associação exclusiva entre
Empreendedorismo e a criação de empresas, nomeadamente por fundadores jovens ou empresários de
sucesso. Esta visão restrita não permite que se reflita sobre as vantagens da «atitude empreendedora» no
quotidiano, nem como o espírito empreendedor pode ajudar a concretizar o próprio projeto de vida.
Ser empreendedor é sobretudo uma atitude, mais do que qualquer outra coisa. É a atitude para
explorar novas oportunidades, para assumir riscos e criar coisas novas. Hoje, precisamos desta atitude a
vários níveis: a nível individual, porque o empreendedorismo é uma via eficaz para a auto-realização e
felicidade; a nível organizacional, porque as empresas precisam de uma cultura de empreendedorismo para
sobreviver (no dia em que uma empresa acha que está segura na sua velocidade cruzeiro, torna-se um alvo
perfeito para a concorrência); e por fim, a nível das sociedades, porque o empreendedorismo já provou ser
uma poderosa solução para os problemas que os governantes não conseguem resolver.
Numa famosa citação, George Bernard Shaw afirmou que "O homem lúcido adapta-se ao mundo; o
homem errante persiste em tentar adaptar o mundo a si próprio. Portanto, todo o progresso depende do
homem errante". O empreendedor vê oportunidades, sob a forma de necessidades insatisfeitas, onde
muitas vezes os outros não vêm e procura desenvolver uma maneira de satisfazer essas necessidades.
A atitude deste "homem errante" pode ser caracterizada a três níveis:
- É uma reação do empreendedor para com o mundo, um sentimento que as coisas podem sempre ser
melhoradas;
- É "pensar fora da caixa", procurando soluções diferentes das usuais, analisando os problemas por
outra perspetiva, usando recursos que menos comuns, cruzando criativamente diferentes saberes e
experiências adquiridas, desafiando os pressupostos;
- É ser pragmático em relação aos resultados, não se conformando com nada menos do que o melhor
possível, gastando o mínimo de recursos com o máximo impacto.
Ter atitude empreendedora no desenvolvimento pessoal é importante, embora implique remar contra
a corrente. A maioria das pessoas vê as suas vidas com várias limitações e geralmente agarra a primeira
oportunidade que lhes é oferecida, procurando não desafiar muito as suas capacidades. O empreendedor,
pelo contrário, conhece-se a si próprio e sabe como se pode auto-desenvolver. Constantemente reavalia as
suas capacidades e luta por melhorar continuamente a sua vida.
O desenvolvimento das sociedades também exige este tipo de atitude empreendedora. Na maioria das
vezes, problemas como o subdesenvolvimento parecem intransponíveis, quando os abordamos pela
primeira vez. Mas ser capaz de manter uma atitude empreendedora, permite-nos olhar para as coisas não
como elas são, mas como poderiam ser se realmente quiséssemos e, assim, problemas que pareciam à
primeira vista intransponíveis, seja por falta de financiamento ou de infraestruturas - ou qualquer outra
panóplia de razões - são resolvidos com soluções inovadoras.
1.2 Conceito
O Empreendedorismo é acima de tudo uma atitude mental que engloba a motivação e a capacidade de
um indivíduo, isolado ou integrado numa organização, para identificar uma oportunidade e para
concretizar com o objetivo de produzir um determinado valor ou resultado econômico.
O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competência para criar, abrir e
gerir um negócio, gerando resultados positivos.
Um empreendedor identifica uma boa oportunidade e faz acontecer. Ele realiza atividades antes de
solicitado ou forçado pelas circunstâncias, busca novas áreas de atuação, produtos e serviços para ampliar
seu empreendimento e ainda aproveita oportunidades fora do comum para começar um novo negócio,
obter financiamentos, equipamentos, local de trabalho ou assistência.
1.3 Características do empreendedor
O empreendedor de um modo geral é caracterizado por ser um indivíduo com muita determinação,
que anseia conquistar novos espaços, desenvolve e cria novos produtos e métodos de produção. São
pessoas apaixonadas pelo que fazem, usam a criatividade, habilidades e conhecimentos com o propósito de
descobrir novas formas de inovar e trazer vantagens competitivas para o negócio.
O comportamento empreendedor manifesta-se em pessoas com habilidades criativas, sendo uma
complexa função de experiências de vida, oportunidades e capacidades individuais. No exercício de ações
empreendedoras estão sempre presentes a incerteza e o risco, tanto na vida como na carreira do
empreendedor.
Uma grande parte das pessoas que optam por se tornar empreendedoras são movidas por vários
motivos que podem ir desde a perda do emprego (principal fonte de rendimento), desejar ter seu próprio
negócio e com isso, a possibilidade de ganhar mais dinheiro.
Ter capacidade de assumir riscos calculados: uma das qualidades mais importantes ao futuro
empreendedor pois exigirá, do mesmo, coragem para enfrentar os desafios e buscar as melhores soluções.
É o momento também de avaliar se o negócio tem afinidade com seus interesses e expectativas.
Aproveitar as oportunidades: é não só perceber a oportunidade de um negócio, mas agir para que
se torne realidade por meio da iniciativa e força de vontade.
Procurar informações do ramo empresarial: procurar conhecer o mercado, saber o que ele pede,
se a margem praticada neste mercado irá atender as expectativas dos empreendedores.
Planear: consiste em organizar atividades, dividir em etapas, estipulando prazos para seu
cumprimento. Com isso será possível verificar o desempenho e até mesmo revisar as metas, se necessário.
Liderança, comprometimento pessoal e otimismo: liderar é saber definir, orientar a realização de
tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos para conduzir pessoas ao alcance dos objetivos
desejados. Comprometimento pessoal é estar pronto para assumir o comando quando algo não sai como
previsto e por fim o otimismo procura enxergar sempre o sucesso em vez de imaginar e temer possíveis
fracassos.
Persistência e espírito empreendedor: saber agir diante dos obstáculos quando eles surgem e
mudar a estratégia do negócio a fim de enfrentar os desafios e alcançar os objetivos. O espírito
empreendedor procura transformar ideias em fatos, de modo mais rápido, barato e eficiente.
Autoconfiança e independência pessoal: são qualidades presentes nas pessoas que procuram ser
os próprios patrões. Muitos empresários de sucesso trocaram bons empregos pelo risco de montar o
próprio negócio e se tornar independentes.
Autodisciplina - A autodisciplina é crucial. Se não tiver autodisciplina, nunca terá nada feito a tempo.
Para se tornar um empreendedor, terá que fazer sacrificios, como por exemplo trabalhar horas extra,
sempre que for necessário. Se é do tipo de pessoa que luta diariamente para sair da cama, então este estilo
de vida não será provavelmente para si.
Falar em público - A ideia de falar em público pode fazer com que se sinta menos à vontade, no
entanto, se tem ambição, esta competência é essencial. Felizmente, poucas são as pessoas que são
extraordinárias na arte de falar em público e tal como qualquer outra competência, poderá melhorar com a
prática, portanto, mesmo que não se consiga imaginar a si próprio a enfrentar uma multidão, existem
cursos disponíveis que o ajudam a progredir na direção certa.
Gestão do tempo - Quando começa um novo negócio, tem de pensar muito mais sobre a forma
como aproveita o seu tempo. De facto, na maioria das situações, você terá que se adaptar às agendas das
outras pessoas. Uma boa gestão do tempo é essencial.
Matemática – Não precisa de ser um génio da matemática mas terá forçosamente que entender um
pouco sobre contas para gerir as finanças da sua empresas assim como os impostos a pagar. Se é um
desastre total a matemática, apoie-se num bom contabilista para ultrapassar essa limitação.
Conhecimentos de informática - Nos dias que correm é impossível ser empreendedor sem dominar
pelo menos as competências básicas da informática. Possuir uma presença na Internet através de um
website ou página nas principais redes sociais é crucial para o sucesso do empreendedor. É também
importante trabalhar num bom computador, já que trabalhar com computadores lentos pode ser
altamente prejudicial ao fluxo de trabalho.
Paixão - A paixão é obrigatória. Sem ela nunca será bem sucedido. O dinheiro não deve ser a única
motivação. É essencial gostarmos do que fazemos, caso contrário todo o ‘esforço’ sera um sacrifício e
nunca nos iremos sentir satisfeitos e realizados.
Equilíbrio – Se está a começar a sua viagem pelo empreendedorismo, a sua vida pessoal poderá ser
dominada pela sua vida profissional, no entanto, não deverá permitir que isso aconteça. Um bom
empreendedor é equilibrado, sabe como separar a vida profissional da vida pessoal e irá encontrar formas
de dividir o espaço e o tempo entre ambos.
Estas são as competências essenciais. Mas existem muitas mais para ser um empreendedor. Se lhe faltam
algumas destas competências, comece a trabalhar nelas imediatamente. O mundo dos negócios funciona
como uma máquina e se uma única peça está em falta, tudo poderá parar.
O empreendedor pode ser considerado também um estratega que procura criar métodos inovadores
para gerar oportunidades nos mercados, transformando possibilidades em probabilidades e, nessa linha de
pensamento as suas ações têm impacto decisivo nos contextos organizacionais e seu dinamismo
praticamente dita o ritmo de andamento dos processos.
O perfil empreendedor desenvolve-se cada vez mais devido a uma situação de mercado onde a falta de
emprego conduz as pessoas à criação de negócios próprios, visando à geração de rendimentos. Mostra-se
um mercado rico em profissionais prestadores de serviços, autônomos e/ou proprietários de empresas.
Para que uma iniciativa empresarial possa ter maiores oportunidades de sucesso o empreendedor deve ter
uma visão clara de onde pretende chegar e um plano de negócios sólido que garanta esse objetivo.
Ser empreendedor também tem algumas coisas menos boas, pois requer muita responsabilidade e
diversos desafios a superar diariamente.
Desvantagens
Insegurança pessoal e financeira: A imprevisibilidade e o risco são a única certeza que se tem. Hoje
em dia, nos empregos normais também, por isso, é desvantagem geral;
Não ter horários: Trabalhar mais horas e muitas vezes ter que trabalhar também aos fins-de-
semana, quando os trabalhadores por conta de outrém aproveitam para estar com a família e
descansar;
Interferência da vida profissional e vida pessoal: Sair do escritório às 18h e desligar literalmente
do trabalho é coisa que não acontece quando somos patrões de nós mesmos. É inevitável estar
sempre atento, responder a e-mails fora de horas, ter ideias enquanto se fala com amigos, etc. A
linha entre trabalho e vida pessoal é muito ténue e muito fácil de as duas áreas se misturarem;
Trabalha-se mais: correndo bem, a probabilidade é haver muito trabalho, longas horas, fins-de-
semana etc;
Desorganização pessoal: Dificuldades na auto-motivação e liderança.
2. Desenvolvimento da Ideia e Projeto de Negócio
É importante contactar:
Associações empresariais
Associações de desenvolvimento regional, local e outras;
Escolas profissionais;
Institutos politécnicos;
Universidades;
Centros de formação profissional;
IEFP;
Outras entidades, públicas e privadas que trabalham estas matérias e verifique quais as formações
que mais se adequam a si e ao seu projeto.
2.1 Passos importante para criar um negócio:
Em tempos de crise há muitos que veem oportunidades e arriscam arrancar com o seu próprio
negócio, onde outros nada veem. Sim, criar uma empresa é um bicho-de-sete-cabeças, mas são cabeças
simples, desde que a ideia esteja bem estruturada e que saiba as portas certas onde bater.
- Gerar uma ideia - Um projeto empresarial pode ter várias fontes de inspiração: a sua experiência
profissional, hobbies ou a constatação de uma necessidade do mercado. O fundamental é não perder a
noção de que o projeto tem de ser, acima de tudo, realista.
Nesta fase, deve colocar à prova o seu perfil de empreendedor, bem como analisar a viabilidade da ideia,
respondendo a algumas questões: “Tenho um perfil empreendedor? A quem se destina o meu
produto/serviço? O mercado necessita daquilo que tenho para oferecer? Que produtos/serviços tenho para
oferecer? Quais os benefícios do meu produto/serviço? Quem é a minha concorrência e como posso
diferenciar-me dela? Que preço cobrar? Qual o investimento inicial de que vou precisar? Como vou
financiar o projeto? Qual a melhor localização para o negócio? A atividade que quero desenvolver carece
de algum licenciamento especial? Existe algum tipo de apoio para a minha atividade? Como vou escolher os
meus sócios e qual o número de sócios ideal para o projeto?”. Não se esqueça: algumas ideias, pela sua
inovação, deverão ser protegidas legalmente. Em Portugal, compete ao Instituto Nacional da Propriedade
Industrial atribuir o registo de direitos.
- Testar a ideia - Já lá vão os tempos em que “o segredo é a alma do negócio”. Hoje em dia, não faz
sentido criar uma empresa se o mercado não precisar do produto/serviço que tem para oferecer. Por isso,
enquanto empreendedor, o melhor que pode fazer é falar sobre o seu projeto com pessoas que sejam da
sua confiança. Mais tarde, deve ainda apresentá-lo a potenciais clientes, de forma a tentar avaliar as
potencialidades da ideia. É também nesta fase que vai começar a procurar informação sobre como
concretizar o seu negócio: fazer um levantamento das questões legais a cumprir, consultando entidades
competentes nesta matéria (as questões legais variam de acordo com a tipologia dos negócios).
- Selecionar a equipa certa - Esta é a altura em que vai fazer uma primeira abordagem à
constituição da sua equipa. Rodeie-se de parceiros (eventuais sócios) que possam enriquecer o projeto, não
só pela sua capacidade de investimento financeiro, mas também pelas suas qualidades técnicas. Procure
pessoas que partilhem a sua visão de negócio e ambição, para evitar posteriores incompatibilidades e
ruturas na gestão quotidiana do negócio. Se apostou numa área na qual não tem particular experiência e
conhecimento, pode suprir eventuais lacunas de formação recrutando especialistas nesses setores. Rodeie-
se de profissionais empreendedores e com capacidade de iniciativa.
- Elaboração do plano de negócios - É nesta fase que vai passar para o papel todas as ideias que
teve até agora, estruturando-as. Discutir estratégias, definir prioridades, descartar ideias menos boas são
alguns dos passos a tomar. O plano de negócios será o cartão de visita da sua empresa junto a potenciais
investidores, por isso deve expor de forma realista como pensa transformar a ideia num negócio exequível,
sustentável e lucrativo. Na elaboração deste plano, devem constar os produtos/serviços que a empresa
pretende desenvolver, políticas de distribuição, preços e formas de promoção, tudo com orçamentos
previsíveis, dados referentes à análise de mercado, plano de investimentos, fontes de financiamento, plano
de tesouraria e rentabilidade do projeto.
- Como financiar o projeto - Altura de decidir, em conjunto com a sua equipa, como o projeto será
sustentado, há várias opções possíveis. O ideal seria financiar com capitais próprios, mas a percentagem de
empreendedores que consegue criar uma empresa sem recorrer a investidores externos é residual. Assim,
deve estar preparado para defender o seu projeto junto da banca, investidores privados, business angels ou
empresas de capital de risco. É importante ter uma estimativa muito realista das necessidades de capital
para o arranque do negócio. A partir daqui, será mais fácil definir onde se deve dirigir para conseguir esse
capital. Mas, independentemente da sua escolha, deverá ter uma estratégia definida para atrair os
investidores e convencê-los de que a sua ideia é viável e que o projeto está mitigado em termos de riscos,
como o caso de riscos operacionais, de mercado, de equipa, legais, tecnológicos, financeiros, entre outros.
- Escolher a localização - O local que escolhe para instalar a empresa faz toda a diferença. Além de
ser uma das primeiras imagens que os clientes terão do negócio, deverá adequar-se à atividade que quer
desenvolver e aos targets que pretende alcançar. É claro que a localização é mais importante em certos
tipos de negócios do que noutros. No caso de um projeto business to consumer, que implique a existência
de um espaço comercial, a localização poderá mesmo ser determinante. A primeira decisão a tomar é se vai
procurar um espaço próprio ou arrendado. Aqui não se deve precipitar. Um erro pode causar-lhe um gasto
desnecessário de dinheiro. Seja prudente nas escolhas: uma má localização, uma área desadequada, uma
renda exagerada ou um compromisso de arrendamento excessivamente longo podem fazer de uma
escolha aparentemente acertada um mau investimento. De qualquer forma, o arrendamento é sempre
uma melhor opção do que a aquisição, uma vez que, se o negócio não correr bem, não fica preso a um
ativo.
- Criação formal da empresa - Uma vez ultrapassada a questão do financiamento, deve escolher a
forma jurídica ideal para a empresa, e posteriormente avançar para a sua constituição formal, utilizando
para o efeito um dos vários balcões “Empresa na Hora” que se encontram espalhados pelo país.
II Técnicas de Procura de emprego
1.1 A Procura ativa de emprego
A Procura Ativa de Emprego é o conjunto de iniciativas efetuadas pelo candidato a emprego, tendo em
vista a sua inserção no mercado de trabalho, por conta de outrem ou por conta própria, constituindo uma
etapa do Plano Pessoal de Emprego. Visa entre outros aspetos:
Se quer ser patrão de si próprio iniciando uma atividade independente há muitos fatores que deves ter
em conta.
Informa-se aqui:
http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/CriacaoEmpregoEmpresa/Paginas/
Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego (PAECPE)
O PAECPE tem como objetivos:
Apoiar a criação do próprio emprego por beneficiários do subsídio de desemprego e apoiar a criação de
empresas de pequena dimensão, que originem a criação de emprego e contribuam para a dinamização das
economias locais.
Url: Apoios_Criacao_Proprio_Emprego_Beneficiarios_Prestacoes_Desemprego.aspx
Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Economia Social
Consulta aqui o conjunto de medidas de apoio à economia social que vai permitir que as entidades que
integram o sector social da economia reforcem a sua intervenção na criação de emprego e
empreendedorismo. Entre as medidas está um Programa Nacional de Microcrédito e uma linha de crédito
bonificado.
http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Governo/ConselhoMinistros/ComunicadosCM/Pages/20100304.aspx
Trabalho temporário
Franchising
Trabalhar noutra região do país, na europa ou em outro país do mundo significa um conjunto de
desafios para os quais todos se devem preparar adequadamente.
Consulte:
http://www.iefp.pt/emprego
https://ec.europa.eu/eures/
A decisão de procurar emprego surge a partir das diferentes situações em que cada pessoa se
encontra, mas antes de começar ativamente a responder a anúncios e a enviar curriculos, é necessário
pensar, no contexto dos objetivos de longo prazo qual o melhor procedimento a adotar. Um emprego é
apenas um passo que se deve inserir em projetos quer de carreira quer de vida.
Lembre-se que, antes de se candidatar, deve conhecer bem as suas capacidades, o tipo de emprego que
pretende e ao qual melhor se adapta, ou aquilo que está disposto a dar ou a sacrificar em prol do
desempenho laboral.
1.3 Auto avaliação
Comece por fazer uma avaliação de si próprio. Para ter um conhecimento de si mais aprofundado tente
responder às algumas questões, com o objetivo de fazer o seu balanço pessoal e profissional:
O que sei fazer?
O que gosto de fazer?
O que não gosto de fazer?
Que tarefas gosto de executar nos meus
tempos livres?
Que ideia têm os outros de mim?
Em que aspetos poderei melhorar?
Terei necessidade de formação para atualizar
os meus conhecimentos e competências
profissionais? Em que áreas?
Prefiro arranjar um emprego perto de casa?
Não me importo de trabalhar a quilómetros de distância?
….
A atual situação do mercado de trabalho exige uma procura ativa de emprego, isto é, torna-se
fundamental procurar emprego de uma forma persistente e organizada.
O Centro de Emprego apoia-o nos seus esforços e iniciativas através da aquisição de estratégias de
aproximação ao mercado de trabalho e disponibiliza recursos e meios:
Quiosques eletrónicos;
Acesso à Internet;
Anúncios de emprego;
Se for beneficiário de prestações de desemprego tem o dever de procurar ativamente emprego pelos
seus próprios meios e efetuar a sua demonstração perante o Centro de Emprego.
Existem muitas estratégias que se podem seguir quando se pretende encontrar um emprego. Que
podem ser as seguintes:
Resposta a um anúncio;
Candidatura Espontânea;
Colocação de Anúncio;
Criação do próprio emprego;
Inscrição no Centro de Emprego;
Redes de Amigos;
A mais tradicional é a resposta a anúncios publicados sob as diversas formas e recorrendo a vários meios.
Esta forma reúne grandes vantagens pois além de dirigir as candidaturas a vagas reais também reduz os
custos, os riscos e o tempo perdido.
Prepare e arranje documentos tais como:
Criar uma pasta sobre a sua carreira
Cartas de resposta a anúncios;
O seu currículo;
Cartas de recomendação;
Certificados de formações;
Cartões de visita de empresas, de contactos.
Dê-se a conhecer:
a. Responda a anúncios de emprego;
b. Elabore cartas de apresentação e de candidatura;
c. Faça candidaturas espontâneas;
d. Elabore o seu currículo;
e. Prepare-se para a entrevista de emprego.
Interpretar anúncios
O tempo em que os anúncios de emprego diziam pouco mais que 'Procura-se m/f' já passaram há
muito. Hoje em dia, os anúncios de emprego contêm mais informações do que à primeira vista parece. Se
ler nas entrelinhas ficará com uma boa ideia do lugar oferecido e do ambiente. Vamos ajudá-lo a
descodificar os anúncios.
Poderão ainda ser referidas outras exigências tais como, capacidade de adaptação, de liderança, de
iniciativa e sentido de responsabilidade.
Aprenda a interpretar os anúncios de emprego e não se deixe impressionar, pois é quase impossível alguém
preencher todos os requisitos.
1.7 Candidaturas online
Seja criativo! Seja você mesmo! A maneira tradicional de se candidatar não é suficientemente rápida
para si? Candidatar-se online é rápido, fácil e transmite desde logo a ideia que é uma pessoa dos tempos
modernos. Uma cyber-candidatura não é muito diferente da carta de candidatura e do CV clássico. Mas são
as pequenas coisas que fazem a diferença e, como cyber candidato, tem ainda muitas possibilidades de
redigir um CV criativo.
Ofertas de emprego
Quase todas as empresas que têm página na Internet têm uma área de candidaturas através da qual os
utilizadores podem enviar o seu CV a essa mesma empresa. Assim, são muitas as oportunidades de
encontrar emprego através da Internet.
Procura personalizada
Os serviços personalizados, permitem aos candidatos receber na sua caixa de e-mail as últimas ofertas
de emprego adaptadas ao seu perfil. Mais fácil é impossível!
A Internet é fácil
Pode procurar um novo emprego confortavelmente sentado à secretária, sem selos, papel de carta,
envelopes, idas aos correios e pode enviar naquele instante o seu CV e a carta com um único clique do rato.
A Internet é rápida
A sua carta de candidatura chega ao destino num piscar do olho. Já não é preciso ficar sem saber se a
carta chegou, e está a dar à outra parte a possibilidade de reagir com a mesma velocidade.
Tempos modernos
Candidatar-se via Internet mostra ao seu futuro empregador que acompanha o mundo atual.
2.Currículo
Um curriculum vitae é um resumo de dados pessoais, formação recebida, experiência profissional e
outras atividades desenvolvidas. É, no fundo, um auto retrato que tem como objetivo convencer um
desconhecido da capacidade de realizar uma qualquer tarefa para a qual se candidata.
O objectivo do seu CV é, em primeiro lugar, "vendê-lo" a si e às suas capacidades face a uma futura
entidade patronal. Basicamente, as empresas querem um currículo que especifique o que o Candidato sabe
fazer, que lhes permita compreender de que forma ele/ela será útil para a empresa e porque é que se hão-
de dar ao trabalho de o/a contactar.
2.1 Funções do Curriculo
Existem funções específicas que um curriculum vitae deve desempenhar e que é útil ter em conta na
fase da elaboração.
Interessar o selecionador em conhecer o candidato – um curriculum deve dar uma imagem real do
candidato, e deve incluir certas informações que despertem a curiosidade do selecionador em relação às
suas realizações ou capacidades – é a inclusão de pormenores que aparentemente poderiam ser
considerados insignificantes como a liderança ou participação em qualquer atividade extra profissional que
distingue os curricula e os candidatos;
Dar uma imagem da pessoa pretendida – cada emprego necessita de uma pessoa com
características específicas, uma motivação, conhecimentos adequados e únicos;
Dar uma visão rápida da sua evolução e potencial – o tempo que um empregador gasta com cada
curriculum é bastante reduzido, daí que ao analisar o documento, as características que são
consideradas mais importantes devem destacar-se e ser captadas imediatamente;
Passar a primeira fase de seleção – os curricula representam na maioria dos casos uma primeira
fase no processo de recrutamento, que se revela um pouco injusta devido às poucas informações
que contém sobre os candidatos;
Apoiar a entrevista – o curriculum é o ponto de partida para a conversa, servindo de base para as
questões do entrevistador como respostas do candidato
Curriculum cronológico
Este tipo de curriculum é o mais vulgar e caracteriza-se por apresentar todas as informações pela
ordem em que foram acontecendo ao longo da vida. Assim, começando pela formação e habilitações
adquiridas, passa em seguida para a atividade profissional, que pode ser ordenada de forma decrescente
desde a situação atual até ao emprego mais antigo.
Curriculum funcional
O que se destaca neste tipo de curriculum é a atividade desempenhada, a competência profissional, as
realizações obtidas. Comparam-se e enumeram-se todas as funções e tarefas assim como todas as
experiências obtidas.
Curriculum misto
É uma junção do formalismo do tipo cronológico e da adaptabilidade do funcional. Para isso, a seguir à
identificação do candidato deve vir imediatamente uma descrição da situação atual de emprego. Segue-se
a enumeração das habilitações académicas e outra informação e por fim serão descritas as restantes
experiências profissionais em ordem decrescente como no curriculum cronológico.
Quaisquer que sejam os seus objetivos e a sua natureza, é uma situação formal de comunicação, na
qual os quadros se encontram frequentemente implicados e que nem sempre lhes são favoráveis ou
agradáveis.
A definição de entrevista pode ser algo como uma comunicação bilateral em que uma das partes se procura
informar dos conhecimentos, motivações e sentimentos da outra parte. Num contexto de uma candidatura
para um emprego, a ideia geral é que o entrevistador controla a situação e é o único a colocar questões de
uma forma bastante mais unilateral. Mas isso não é necessariamente assim. Um candidato pode e deve
tentar influenciar o rumo da entrevista, colocar questões sobre a empresa e sobre as suas atividades, e
tentar estabelecer uma relação de maior profundidade com o seu entrevistador.
Assim, uma entrevista deve ser encarada como uma forma de comunicação em dois sentidos, e se
bem que as perspetivas sejam diferentes, os objetivos de ambos são semelhantes: conhecerem-se melhor,
candidato e empresa, e estabelecer as compatibilidades entre eles.
A entrevista tem como pontos fundamentais:
Determinar a relevância da experiência e treino do candidato em termos das exigências específicas
para o desempenho da função;
Conseguir perceber a personalidade, motivação, carácter e história de vida do candidato;
Avaliar as características, atitudes e conhecimentos do candidato;
Lembre-se que este é o ponto fundamental de qualquer processo de seleção, pelo que, deve estar
preparado e na posição de quem domina a situação.
Há uma estrutura padrão para entrevistas, que é geralmente adotada e que segue mais ou menos este
modelo:
Aperto de mão e cumprimento;
Conversa de carácter geral, para descontrair o candidato e estabelecer o contacto;
Breve resumo de si próprio, feito pelo candidato;
Meio familiar;
Passado educacional e habilitações;
Porque muda de emprego/s e candidata a este emprego?
Que tipo de emprego pretende?
Uma apreciação sobre o emprego em causa e/ou a empresa;
Termos e condições;
Oportunidade de o entrevistado fazer perguntas;
Agradecimentos e despedida (incluindo: quando e como o candidato deve saber o resultado
e/ou outros assuntos que eventualmente tenham que ser verificados ou clarificados).
Bibliografia
COELHO, C., Bastos, M., Pires, S. (2004), Criar e consolidar empresas locais – passo a passo.
Vila Real.
DRUKER, Peter, Inovação e espírito empreendedor. Thomson Pioneira, 2003.