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Escola Municipal João da Pena Lobo

Educação Infantil
Ensino Fundamental

Buritis MG - 2022

REGIMENTO – E. M. PHILOMENA CAMPOS LOPES - 1


Regimento Escolar
Escola Municipal J o ã o d a P e n a L o b o

Secretaria Municipal de Educação e Cultura


Secretária M. Educação: Eliene Aparecida Teixeira da Silva
Coordenadora Pedagógica: Rubenice Faria Mesquita Morato
Diretora: Maria Ilma das Neves

Buritis MG, 22.08.2022.

REGIMENTO – E. M. PHILOMENA CAMPOS LOPES - 2


ÍNDICE
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................................ 05
HISTÓRICO ....................................................................................................................... 06
TÍTULO I – DA EDUCAÇÃO NACIONAL ............................................................................. 07
TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO ......................................................... 07
CAPÍTULO I – DAS FINALIDADE E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO NACIONAL ......................... 07
CAPÍTULO II – DA EDUCAÇÃO BÁSICA ............................................................................. 08
SEÇÃO I – DA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................................ 08
SEÇÃO II – DO ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................................... 10
CAPÍTULO III – DAS MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ............................................ 10
SEÇÃO I – DA EDUCAÇÃO ESPECIAL ................................................................................ 10
TÍTULO III – DOS PRINCÍPIOS DA ESCOLA ........................................................................ 11
TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA E TÉCNICA .................... 12
CAPÍTULO I – DA DIRETORIA ........................................................................................... 12
SEÇÃO I – DO(A) DIRETOR(A) .......................................................................................... 12
CAPÍTULO I – CONSELHO ESCOLAR/CAIXA ESCOLAR ................................................... 13
SEÇÃO I – DO TESOUREIRO ESCOLAR .............................................................................. 14
SEÇÃO II – DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA CAIXA ESCOLAR ................................. 15
SEÇÃO III – DOS RECURSOS FINANCEIROS ....................................................................... 15
SEÇÃO IV – DO CONSELHO DE CLASSE ............................................................................. 16
CAPÍTULO III – DOS SERVIÇOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS ............................................ 17
SEÇÃO I – DO SECRETÁRIO ESCOLAR ............................................................................... 17
CAPÍTULO III – DAS SERVENTES ESCOLARES .................................................................... 18
CAPÍTULO IV – LIVROS E IMPRESSOS UTILIZADOS NA SECRETARIA .................................. 19
TÍTULO V – DOS SERVIÇOS PEDAGÓGICOS ...................................................................... 20
SEÇÃO I – DOS SERVIÇOS DE ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO ............................................. 20
CAPÍTULO I – DO CORPO DOCENTE ................................................................................. 21
CAPÍTULO II – DOS SERVIÇOS PEDAGÓGICOS COMPLEMENTARES ................................... 23
SEÇÃO I – DA BIBLIOTECA ESCOLAR ................................................................................ 23
SEÇÃO II – DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA ............................................................. 23
TÍTULO VI – DOS DIREITOS E DEVERES DOS INTEGRANTES DA COMUNIDADE ESCOLAR... 24
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS ............................................................................................ 24
CAPÍTULO II – DOS DEVERES ........................................................................................... 26

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CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES ..................................................................................... 30
CAPÍTULO IV – DOS ATOS INDISCIPLINARES E DAS MEDIDAS EDUCATIVAS APLICAVÉIS
AOS DISCENTES .............................................................................................................. 32
SEÇÃO I – DOS ATOS INDISCIPLINARES ........................................................................... 32
SEÇÃO II – DAS MEDIDAS EDUCATIVAS DISCIPLINARES ................................................... 34
SEÇÃO III – DOS PROCEDIMENTOS .................................................................................. 35
CAPÍTULO IV – DA PENALIDADE E DO REGIME DISCIPLINAR APLICÁVEIS À DIREÇÃO,
EQUIPE PEDAGÓGICA, CORPO DOCENTE E DEMAIS SERVIDORES .................................... 36
CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO DO ENSINO ................................................................... 37
CAPÍTULO II – DO CALENDÁRIO ESCOLAR ........................................................................ 39
CAPÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR .................................................. 40
CAPÍTULO IV – DA MATRÍCULA ....................................................................................... 40
CAPÍTULO V – DA TRANSFERÊNCIA ................................................................................. 43
CAPÍTULO VI – DA FREQUÊNCIA ...................................................................................... 44
CAPÍTULO VII – DOS ESTUDOS REALIZADOS NO ESTRANGEIRO ....................................... 45
TÍTULO VIII – DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO ........... 45
CAPÍTULO I – DO CURRÍCULO .......................................................................................... 45
CAPÍTULO II – DA ORGANIZAÇÃO DAS ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO .................. 47
SEÇÃO I – DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................................ 47
CAPÍTULO III – DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ........................................................ 48
SEÇÃO I – DA TERMINALIDADE ESPECÍFICA ..................................................................... 50
CAPÍTULO IV – DO DESEMPENHO DA ESCOLA ................................................................. 50
CAPÍTULO V – DA PROGRESSÃO ...................................................................................... 51
SEÇÃO I – DA PROGRESSÃO CONTINUADA ...................................................................... 51
SEÇÃO II – DA PROGRESSÃO PARCIAL ............................................................................. 52
SEÇÃO III – DA CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO ........................................................ 54
SEÇÃO IV – DA SUSPENSÃO E ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES ................................... 54
TÍTULO IX – DOS PROJETOS E PARCERIAS ........................................................................ 55
TÍTULO X – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS ................................................... 55
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 58

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IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

ESCOLA MUNICIPAL JOÃO DA PENA LOBO

CÓDIGO DO INEP: 31331384

LOCALIZAÇÃO/ENDEREÇO: Av. Tionesto José Lopes, nº 180 Distrito de Serra Bonita - Buritis-MG;

EMAIL: mariailmadasneves2017@gmail.com
CONTATO: (61) 998420541

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO DE CIRCUNSCRIÇÃO

CONTATOS: Rua Nossa Senhora do Carmo, 362 – Unaí-MG.

FONE: (38) 36779500

ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADAS PELA

ESCOLA

EDUCAÇÃO INFANTIL – 04 E 05 ANOS

FUNDAMENTAL I – 1º A0 5º ANO

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HISTÓRICO DA ESCOLA
A escola Municipal João da Pena Lobo foi criada no ano de 2001, situada em Serra Bonitano
Município de Buritis – MG.
A mesma foi criada para atender a demanda de alunos da região e outros municípios vizinhos. A
sua denominação visou homenagear o senhor João da Pena Lobo (um dos primeiros moradores do
vilarejo), foi intendente Municipal de Formosa-Go e contribuiu para o surgimento do povoado de São
da Pinduca, o qual foi o primeiro nome do Distrito de Serra Bonita. O mesmo tambémfoi o primeiro Juiz
de Paz do Distrito. Em vista a formação integral do aluno e também quanto ao desenvolvimento e sua
auto formação, preocupou-se na preparação e, relação ao trabalho e exercícioda cidadania.
O Senhor João da Pena Lobo, mobilizou outros fazendeiros na época para a criação da Séries
iniciais do ensino fundamental e ambos mantinham o pagamento dos professores, com recursos
próprios.
A atual diretora da Instituição de Ensino é a Senhora Ilma das Neves.
O Estabelecimento de Ensino mantido pela Rede Municipal de Educação, que oferece à
comunidade uma educação que prima pela qualidade, procurando contribuir para o desenvolvimento
pleno dos alunos que a mesma atende, com vista a aprendizagem significativa, visando a aquisição de
valores. Instalada em prédio próprio, com ampla estrutura física para abrigar os cursos ofertados e atender
aos alunos e educadores com suportes e recursos necessários para o desenvolvimento pedagógico. É uma
Instituição reconhecida pela comunidade e vem contribuindo para a formação das crianças. Está escola
é um espaço democrático que respeita a diversidade e está sempre de portas abertas para receber e ouvir
a comunidade. Todas as decisões são tomadas em reuniões e encontros com a efetiva participação dos
pais, e membros do Conselho do Caixa Escolar, grandes parceiros e aliados no esforço conjunto da
melhoria da qualidade do ensino e na organização escolar.
As principais dificuldades e fragilidades da Escola Municipal João da Pena Lobo, estão
nos alunos que vivem em ambientes conflituosos convivendo com alcoolismo, que afetam o desempenho
escolar dos mesmos. Já tem sido feito um trabalho envolvendo a Assistencia Social, Conselho Tutelar,
visitas frequentes aos lares, para assim conseguirmos elevar o nível da aprendizagem destes alunos,
focando nas diferentes necessidades de cada um.
Os avanços se deram mediante vivência da intervenção pedagógica, conseguindo
resultados positivos para garantir que as crianças estejam lendo e escrevendo com fluidez no tempo certo.
As avaliações Externas tem sido um instrumento de fundamental importância para fortalecer o trabalho
do professor e retratar a realidade desta escola, ajudando a identificar fragilidades no sistema educacional
e a adoção de medidas que superem as deficiências detectadas. Nos últimos três anos houve um avanço
significativo dos alunos que foram avaliados, passando do Nível Intermediário para o Avançado e do
Baixo Desempenho para o Intermediário, melhorando assim a média da escola.
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TÍTULO I – DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Art. 1. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seupreparo parao
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
§ 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociaise
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO

CAPÍTULO I – DAS FINALIDADES E PRINCÍPIOS DA


EDUCAÇÃO NACIONAL

Art. 2. A educação, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 3. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:


I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. valorização do profissional da educação escolar;
VIII. gestão democrática do ensino público, na forma da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional e da legislação dos sistemas de ensino;
IX. garantia de padrão de qualidade;
X. valorização da experiência extra-escolar;
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII. consideração com a diversidade étnico-racial.

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CAPÍTULO II – DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Art. 4. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho
e em estudos posteriores.

Art. 5. Os alunos portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismo ou


outras condições, determinando distúrbios agudos ou agudizados, mesmo que em caráter
temporário, se comprovadas mediante laudo médico fornecido por órgão oficial será permitido
atendimento especial:
I. dispensa de frequência enquanto perdurar, comprovadamente, a situação excepcional,
desde que observada a legislação em vigor;
II. atribuições de trabalhos domiciliares compatíveis a seu estado de saúde e às possibilidades
da Escola.

SEÇÃO I - DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 6. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos e 11 meses de idade, em seus
aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social, complementando a ação da família e da
comunidade. A Educação Infantil, a partir das interações e brincadeiras, deve garantir 6 (seis)
direitos de aprendizagem, considerando as diferentes experiências pelas quais os bebês e as
crianças aprendem e constroem sentidos sobre si, os outros e o mundo:
I. Conviver, com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes
linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às
diferenças entre as pessoas.
II. Brincar, cotidianamente, de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes
parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus
conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade e suas experiências emocionais, corporais,
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
III. Participar, ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola
e das atividades propostas pelo educador, quanto da realização das atividades da vida cotidiana,
tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes
linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.
IV. Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,

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transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela,
ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência
e a tecnologia.
V. Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções,
sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes
linguagens.
VI. Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem
positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações,
brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contextofamiliar e
comunitário.

Art. 7. A educação infantil será oferecida em:


I. creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II. pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.

Art. 8. Os parâmetros de organização dos grupos de crianças devem considerar o seguinte númerode
crianças, por professor:
I. crianças de 0 a 12 meses – até 8 (oito) crianças;
II. crianças de 1 a 2 anos (13 meses a 24 meses) – até 12 (doze) crianças;
III. crianças de 2 a 3 anos (25 meses a 36 meses) – até 15 (quinze) crianças;
IV. crianças de 3 a 4 anos (37 meses a 48 meses) – até 20 (vinte) crianças;
V. crianças de 4 a 5 anos (49 meses a 60 meses) – até 20 (vinte) crianças;
VI. crianças de 5 a 6 anos e 8 meses (61 a 80 meses) – até 25 (vinte e cinco) crianças.

Art. 9. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I. Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
II. Carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200
(duzentos) dias de trabalho educacional;
III. Atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7
(sete) horas para a jornada integral;
IV. Controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência
mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
V. Expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança.

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VI. É obrigatória a matrícula na Educação Infantil, pré-escola, de crianças que completam 4
(quatro) anos até 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.
VII. As crianças que completam 6 (seis) anos após o dia 31 de março, devem ser
matriculadas na Educação Infantil.
VIII. A frequência, na Educação Infantil, não é pré-requisito para a matrícula no Ensino
Fundamental.
IX. No caso de mudança da criança para outra instituição de Educação Infantil, ou matrícula
efetuada, no decorrer do ano letivo, a enturmação será realizada tendo como parâmetro a idadeda
criança, independente da escolarização anterior.

SEÇÃO II - DO ENSINO FUNDAMENTAL

Art. 10. O ensino fundamental etapa de escolarização obrigatória, deve comprometer-se com a
formação integral dos estudantes, ofertando uma educação com equidade e qualidade, com duração
de 09 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por
objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio
da leitura, da escrita e do cálculo;
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e
dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social.

CAPÍTULO III – DAS MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA


SEÇÃO I – DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 11. A Educação Especial, modalidade transversal a todas as etapas e modalidades de ensino,é
parte integrante da educação regular, destinada aos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Art. 12. O Projeto Político-Pedagógico da Escola e o Regimento Escolar devem contemplar as
condições de acesso, percurso e permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas comuns do ensino regular,
garantindo o processo de inclusão.

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Art. 13. O Atendimento Educacional Especializado – AEE, deve identificar, elaborar, organizar e
oferecer os recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena
participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas, em constante articulação com
os demais serviços ofertados.

Parágrafo único- A Escola João da Pena Lobo oferta vagas da Educação Infantil aos anos do
Ensino Fundamental. Os estudantes que apresentam laudos com direito ao atendimento
individualizado (AEE), são contratados professores de apoio.

TÍTULO III – DOS PRINCÍPIOS DA ESCOLA

Art. 14. A escola, embasada nos princípios da educação nacional, sua filosofia, função social e
missão adotará como norteadores de suas ações pedagógicas, os seguintes princípios:
I. Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade da pessoa
humana e de compromisso com a promoção do bem de todos, contribuindo para combater e
eliminar quaisquer manifestações de preconceito de origem, gênero, etnia, cor, idadee quaisquer
outras formas de discriminação;
II. Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem
comum; da garantia do regime democrático; do uso consciente dos recursos naturais; da equidade
como forma de assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes
necessidades;
III. Estéticos: do cultivo da sensibilidade com racionalidade; do enriquecimento das formas de
expressão e do exercício da criatividade; da valorização das diferentes manifestações culturaise
solidárias.

Parágrafo único- Na Educação Básica, as dimensões inseparáveis do educar e do cuidar deverão


ser consideradas no desenvolvimento das ações pedagógicas, buscando recuperar, para a função
social desse nível da educação, a sua centralidade, que é o educando.
Art. 15. A escola, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terá a incumbência
de:
I. elaborar e executar seu Projeto Político Pedagógico;
II. administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III. assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos;
IV. velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V. promover meios para a recuperação dos alunos de baixo desempenho;
VI. articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade
com a escola;
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VII. informar pai e mãe, conviventes ou não com os filhos, e, se for o caso, os responsáveis
legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta
pedagógica;
VIII. notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo
representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidadede faltas acima
de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei;

TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA E


TÉCNICA

Art. 16. A organização e administração da Escola funda-se-ão na ideia de solidariedade


entre as pessoas envolvidas no processo Ensino Aprendizagem, observando sempre que
se fizer necessário o princípio de colegialidade das decisões.

CAPÍTULO I – DIRETORIA

Art.17. A administração será exercida por:


I. Diretor(a).
II. Do Conselho Escolar/Caixa Escolar.
§1º A Direção terá seu funcionamento determinado pela legislação em vigor, em consonância com
as necessidades da escola.

SEÇÃO I – DO (A) DIRETOR (A)

Art. 18. São atribuições e deveres do(a) Diretor(a):


I. administrar o patrimônio da Escola, que compreende as instalações físicas, os
equipamentos e materiais:
a) manter atualizado o inventário dos materiais e bens existentes na escola;
b) zelar pela adequada utilização e preservação dos bens móveis da escola;
c) racionalizar o uso dos bens e materiais de consumo da escola;
d) tomar providências necessárias à manutenção, conservação e reforma do prédio, dos
equipamentos e mobiliário da escola;
II. coordenar a administração financeira e a contabilidade da escola:
a) levantar as necessidades de recursos para atender à previsão de despesas rotineiras e
eventuais da escola;
b) providenciar o recebimento de verbas oficiais e orientar a captação de recursos em outras
fontes;

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c) aplicar em tempo hábil, os recursos obtidos, tendo em vista o atendimento às necessidadesda
escola;
d) submeter aos membros da Caixa Escolar da escola prestação de contas dos recursos
aplicados.
III. coordenar a administração de Pessoal:
a) promover a avaliação de desempenho dos profissionais da escola;
b) definir o quadro de distribuição de tarefas e assegurar o seu cumprimento;
c) fazer cumprir o regime disciplinar previsto na legislação específica;
d) assegurar a atualização das fichas funcionais dos servidores da escola;
e) definir, com os servidores da escola, seus períodos de férias.
IV. orientar o funcionamento da secretaria da escola:
a) estabelecer a rotina de funcionamento da secretaria, garantindo a regularidade das
atividades e informações;
b) orientar a secretaria da escola sobre normas e procedimentos referentes à escrituração
escolar e à situação funcional dos servidores;
c) organizar arquivo de legislação referente à educação;
d) supervisionar a análise de processos de regularização de vida escolar.
V. representar a Escola junto aos demais órgãos e agências sociais do município.
VI. cumprir e fazer cumprir permanentemente;
a) Calendário Escolar;
b) Plano Curricular;
c) Jornada de trabalho dos servidores em exercício na escola;
d) Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico

Parágrafo Único- É função específica do Diretor ser o articulador político, pedagógico e


administrativo da escola.

CAPÍTULO I I – CONSELHO ESCOLAR/CAIXA ESCOLAR

Art. 19. A escola manterá a Caixa Escolar regida por regulamento próprio, cujo funcionamento
se dará em conformidade com a legislação vigente.

Art. 20. Fica vedada, nos espaços da escola, a comercialização de lanches e bebidas contendo os
produtos e/ou preparações, industrializados ou não, que contenham altos teores de calorias, gordura
saturada, gordura trans, açúcar livre, sal, teor alcoólico e baixo teor nutricional.

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Art. 21. A Unidade executora tem por finalidade:
I. gerenciar os recursos financeiros destinados às ações do processo educativo, assegurando
que todos eles sejam revertidos em benefício do aluno;
II. promover, em caráter complementar e subsidiário, a melhoria qualitativa do ensino;
III. colaborar na execução de uma política de concepção da Escola, essencialmente democrática,
como agente de mudanças, que busca melhoria contínua em todas as dimensões;
IV. contribuir para o funcionamento eficiente e criativo da Escola vinculada a essa Caixa Escolar,
por meio de ações que garantam sua autonomia pedagógica, administrativa e financeira.

Art. 22. Com os recursos transferidos para execução do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) é vedada a aquisição de:
I. balas, pirulitos, chicletes e demais guloseimas;
II. refrigerantes e pó para preparo de refresco;
III. produtos com teor alcoólico.

Art. 23. É vedado à Caixa Escolar:


I. utilizar ou distribuir produtos com data de validade vencida;
II. modificar a estrutura física do prédio, mesmo que sem ônus, sem prévia autorização da
SEMEC;
III. realizar despesa em data anterior ao recebimento do recurso (crédito na conta do projeto) e
posterior à vigência do termo de compromisso e também emitir cheque ou ordem depagamento
para quitação de despesa anterior à emissão de documentos fiscais;
IV. adquirir combustíveis ou lubrificantes;
V. utilizar os recursos em desacordo com o objeto descrito no plano de trabalho;
VI. adquirir materiais escolares e outros produtos para serem comercializados;
VII. manter, em arquivo, cheques em branco assinados pelo tesoureiro e/ou presidente da
caixa escolar, para cobrir despesas futuras;
VIII. obter recursos por meio de comercialização nas dependências da escola.

SEÇÃO I – DO TESOUREIRO ESCOLAR

Art. 24. Compete ao Tesoureiro:


I. fazer escrituração da receita e despesa, nos termos que forem baixadas pelo FNDE e
legislação vigente;
II. elaborar juntamente com a Diretoria as prestações de contas referentes aos recursos
executados pela Caixa Escolar;
III. apresentar mensalmente, ao presidente, o balancete das contas – débito e crédito;

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IV. assinar juntamente com o presidente todos os cheques, recibos e balancetes;
V. submeter, juntamente com a Diretoria, ao Conselho Fiscal e à Assembleia Geral os livros
contábeis,
VI. controle de patrimônio e demonstrativos financeiros necessários ao acompanhamentoda
execução dos recursos;
VII. exercer demais atribuições previstas neste Estatuto ou que lhe forem conferidas pela
Diretoria;
Parágrafo Único- As demais normas seguirão o Estatuto da Caixa Escolar.

SEÇÃO II – DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA CAIXA ESCOLAR

Art. 25. Compete ao Presidente da Caixa Escolar:


I. coordenar as ações da Diretoria;
II. presidir as Assembléias Gerais e as reuniões da diretoria;
III. fazer cumprir os planos de aplicação de recursos financeiros, devidamente aprovados;
IV. convocar para Assembléia Geral, a Diretoria, o Conselho Fiscal;
V. determinar a lavratura e leitura de atas de reuniões;
VI. autorizar a execução de planos de trabalhos aprovados pela Diretoria da Caixa Escolar;
VII. autorizar pagamentos e assinar cheques em conjunto com o Tesoureiro;
VIII. representar a Caixa Escolar ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IX. exercer demais atribuições previstas neste Estatuto ou que lhe forem conferidas pela
Diretoria.

SEÇÃO III – DOS RECURSOS FINANCEIROS

Art. 26. Constituem recursos financeiros da Caixa Escolar:


I. Subvenções e auxílios repassados pela União, Estado, Município, por particulares e
entidades públicas ou privadas, associações de classe e outras;
II. Receita oriunda de eventos e promoções legalmente permitidas;
III. Contribuições voluntárias dos alunos, pais ou responsáveis ou da comunidade.

Art. 27. Os recursos financeiros da Caixa Escolar serão depositados em conta mantida em
estabelecimento bancário, autorizado pelo Banco Central do Brasil a atuar no mercado financeiro,
efetuando-se sua movimentação por meio de cheques nominais ou ordens de pagamento ao credor,
emitidos solidariamente pelo presidente ou seu substituto legal e pelo tesoureiro.

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Art. 28. Os associados não responderão solidariamente pelas obrigações da Caixa Escolar,
contudo, respondem subsidiariamente pela utilização indevida dos recursos, dívidas contraídas e
obrigações sociais durante o seu mandato.

Parágrafo único- Os membros da Diretoria que autorizarem a despesa ou efetuarem o pagamento,


responderão solidariamente pelas obrigações administrativas e financeiras da caixaescolar.

Art. 29. A Caixa Escolar poderá, a qualquer tempo, sofrer intervenção das autoridades
competentes da SEMEC, decorrentes de indícios ou denúncias de irregularidades na execução
financeira de seus recursos.

SEÇÃO IV – DO CONSELHO DE CLASSE

Art. 30. O conselho de classe é uma instância colegiada, responsável por favorecer a articulação
entre professores, realizar a análise das metodologias utilizadas, estabelecer a relação dos diversos
pontos de vistas e as intervenções necessárias nos processos de ensino e de aprendizagem e
compete ao Conselho de Classe:
I. apresentar e debater o aproveitamento geral da turma, analisando as causas de baixo e alto
desempenho;
II. decidir pela aplicação, repetição ou anulação do mecanismo de avaliação do desempenhodo
educando, no qual ocorra irregularidade ou dúvida quanto ao resultado;
III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de ensino
aprendizagem, que atendam à real necessidade do educando, em consonância com a proposta
pedagógica da unidade de ensino;
IV. decidir sobre a aprovação, a reprovação e a recuperação do educando, quando o resultado
final de aproveitamento apresentar dúvida;
V. discutir e apresentar ações com sugestões que possam aprimorar o comportamento
disciplinar das turmas;
VI. definir ações que visem à adequação dos métodos e técnicas de ensino e ao
desenvolvimento das competências e habilidades previstas na Fomação Geral Básica e nacional
comum e Curriculo Referencia de Minas Gerais, quando houver dificuldades nas práticas
educativas;
VII. deliberar sobre a aprovação e o avanço de estudo;
VIII. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e estudos para a melhoria do
processo ensino aprendizagem;

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Art. 31. As deliberações emanadas do conselho de classe devem estar de acordo este Regimentoe
com a legislação vigente.

Art. 32. O conselho de classe é constituído por todos os professores da mesma turma, pelo
Especialista, diretor, representante de educando de cada ano, de acordo com o critério estabelecido
pela unidade de ensino.

Art. 33. O conselho de classe é presidido pelo Especialista em Educação e, na ausência, pelo
diretor da unidade de ensino e deve ser secretariado por um dos membros, que lavrará a ata emlivro
próprio.

Art. 34. O conselho de classe deve reunir-se, sistematicamente, uma vez por bimestre ou quando
convocado pela direção da unidade de ensino.

CAPÍTULO III – DOS SERVIÇOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS

SEÇÃO I - DO SECRETÁRIO ESCOLAR

Art. 35. São atribuições do(a) Secretário Escolar:

I. orientar e garantir a organização dos arquivos de modo racional e simples;


II. garantir a perfeita conservação e restauração dos documentos da escola;
III. organizar as fontes de pesquisa ou as pastas de procura de modo que o documento solicitado
seja, rapidamente, localizado;
IV. manter atualizada a documentação escolar, zelando pela sua fidedignidade, para a coletade
dados ou para subsidiar o Serviço de Inspeção Escolar – SIE - e dos Especialistas em Educação
Básica - EEB;
V. manter atualizados o arquivo contendo leis, regulamentos, instruções, circulares e
despachos que dizem respeito às atividades do estabelecimento;
VI. identificar, interpretar e aplicar a legislação em vigor pertinente à organização da unidade
escolar;
VII. divulgar amplamente as normas emanadas de órgãos superiores, orientando para o fiel
cumprimento;
VIII. planejar seu trabalho de acordo com as necessidades da escola, estabelecendo objetivos
claramente definidos e padrões mínimos de desempenho;
IX. elaborar cronograma de atividades de Secretaria, tendo em vista a racionalização do
trabalho e sua execução em tempo hábil;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 17


X. executar, controlar e avaliar as atividades planejadas e, se necessário, replanejá-las, a fim
de adequar seu trabalho à realidade da Escola;
XI. participar das reuniões como representante do estabelecimento, quando solicitado pelo
Diretor;
XII. participar da elaboração do planejamento e da avaliação das atividades da Escola, quando
convocado;
XIII. participar da elaboração do regimento e cumprir as disposições contidas no mesmo;
XIV. responder, perante o Diretor, pelo expediente e pelos serviços gerais da Secretaria e
auxiliá-lo, dando-lhe assistência, executando ou fazendo executar suas determinações;
XV. atender e auxiliar o Inspetor Escolar em suas visitas à Escola, apresentando-lhe a
documentação solicitada;
XVI. atender, em tempo hábil, às solicitações da Superintendência Regional de Ensino, alunose
comunidade escolar;
XVII. solicitar orientações ao Inspetor Escolar para orientar e acompanhar as atividades de
seus auxiliares;
XVIII. agir de modo a conquistar a confiança de seus auxiliares;
XIX. supervisionar o trabalho administrativo, evitando desperdício de tempo do pessoal
envolvido;
XX. contribuir para a maior eficiência, criatividade e satisfação do pessoal envolvido no
trabalho;
XXI. receber, registrar, classificar, arquivar e expedir correspondência, tomando as
providências necessárias;
XXII. controlar o material de consumo, material permanente e equipamentos da Secretaria;
XXIII. participar de cursos de atualização, seminários, encontros e outros, sempre que
convocado.

CAPÍTULO IV – DAS SERVENTES ESCOLARES

Art. 36. Os serviços de conservação, limpeza e cantina serão executados pelas Serventes Escolares.

Art. 37. As atribuições das Serventes Escolares serão delegadas pela diretoria, em conformidade
com as necessidades do estabelecimento.

Art. 38. O horário de trabalho das Serventes Escolares será distribuído em conformidade com as
necessidades do Estabelecimento e em cumprimento a carga horária semanal estabelecida em lei.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 18


Art. 39. São atribuições das Serventes Escolares.
I. realizar trabalhos de limpeza e conservação de locais e de utensílios sob sua guarda,
zelando pela ordem e pela higiene em seu setor de trabalho;
II. relacionar materiais e instrumentos necessários à execução de seu trabalho;
III. preparar e distribuir alimentos, mantendo limpo e em ordem o local, zelando pela
adequada utilização e guarda de utensílios e gêneros alimentícios;
IV. seguir rigorosamente os Cardápios da Alimentação Escolar fornecidos pela SEMEC;
V. zelar pelos cuidados pessoais, necessários à manipulação, confecção e armazenamento
da merenda escolar, conforme instruções definidas pela FNDE – PNAE e Vigilância Sanitária;
VI. comparecer ao trabalho trajado de acordo com as normas previstas no manual da
cantineira;
VII. atender cordialmente ao aluno e comunidade escolar;
VIII. manter o estabelecimento aberto nos horários normais de funcionamento e fechá-lo apóso
expediente;
IX. executar outras atividades compatíveis com a natureza do cargo, previstas nas normas
legais inerentes ao cargo.

CAPÍTULO V - LIVROS E IMPRESSOS UTILIZADOS NA


SECRETARIA

Art. 40. Serão utilizados os seguintes Livros e Impressos de Escrituração:


I. livro de matrícula - nele deverá ser registrado o número inicial de alunos e as matrículas
efetuadas no decorrer do período letivo;
II. livro de transferências recebidas e expedidas - representará uma nova matrícula ou
anulação da mesma;
III. livro de ponto: controlar a frequência do servidor;
IV. livro de termo de visita do inspetor: será utilizado para que seja lavrado ou afixado o termo
de visita do inspetor escolar, devendo a instituição arquivar a via, sequencialmente, assegurando
sua guarda.
V. livro de ata de reuniões do conselho de classe e equipe pedagógica: serão registradas as
atas de reuniões realizadas pelo corpo docente, a fim de se avaliar o desenvolvimento do aluno,
bem como o planejamento e discussões pedagógicas do ano de escolaridade.
VI. livro de ata de resultados finais – serão registrados os resultados obtidos pelo aluno ao final
de cada ano de escolaridade;
VII. livro de ocorrências: utilizado para registro das ocorrências disciplinares e medidas
pedagógicas;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 19


VIII. diário de classe – serão lançados os resultados da avaliação da aprendizagem obtida pelo
aluno, inclusive os registros da progressão parcial, controle frequência escolar do aluno e o
conteúdo do componente curricular ministrado pelo professor;
IX. pasta de legislação – para arquivamento de legislação referente a organização do sistema
educacional;
X. pasta de atos legais – para a guarda de cópia dos atos autorizativos da escola;
XI. pasta individual do aluno: será utilizada para a guarda de toda a documentação referenteà
vida escolar do aluno, devendo conter:
a) cópia de Certidão de Nascimento e ou casamento, autenticada pelo servidor da escola;
b) Declaração Provisória de Transferência;
c) ficha Individual;
d) ficha de matrícula;
e) histórico escolar;
f) atestado médico, quando for o caso;
g) Certificado de Conclusão do Módulo / Período.
h) opção em não frequentar a aulas de Ensino Religioso, se for o caso;
i) comprovante de dispensa das aulas de Educação Física, quando for o caso.
j) Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).
XII. Pasta funcional dos servidores contendo toda a documentação atualizada referente à
sua situação funcional.
a) Ficha Funcional;
b) cópia dos Documentos Pessoais;
c) cópia dos documentos de Habilitação Profissional;
d) licenças (LTS, LG, LIP, Atestados médicos, RIM e demais comprovantes);
e) outros.

TÍTULO V – DOS SERVIÇOS PEDAGÓGICOS

SEÇÃO I - DOS SERVIÇOS DE ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO

Art. 41. O serviço do Especialista tem por finalidade, planejar, controlar e avaliar as atividades
pedagógicas desenvolvidas na escola.

Art. 42. O serviço do Especialista será composto por profissional legalmente habilitado.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 20


Art. 43. A atuação do Especialista está subordinada ao Diretor integrando-se ainda com o
serviço de orientação Educacional e com o corpo docente.

Art. 44. Dos serviços da Especialista


I – colaborar na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – rever o plano curricular e a proposta pedagógica, e propor alterações quando necessário;
III – orientar o trabalho docente na elaboração de atividades compatibilizando-as com o projeto
pedagógico da escola;
IV – avaliar e acompanhar o trabalho docente;
V – colaborar com os professores na seleção do material didático;
VI – rever periodicamente o calendário escolar e o plano curricular, zelando pelo fiel
cumprimento dos mesmos previsto no projeto pedagógico da escola;
VII – planejar, implementar trabalhos ligados ao treinamento, a atualização, a avaliação de
desempenho do corpo docente;
VIII – organizar, executar e divulgar as pesquisas e experiências pedagógicas;
IX – desincumbir de outras atividades que por sua natureza recaiam sob sua competência.
X Apoiar e acompanhar orientando os professores sobre as estratégias as quais as dificuldades
identificadas possam ser trabalhadas em nível pedagógico.
XI- Envolver as famílias no planejamento e desenvolvimento das ações da escola.
XII- Coordenar as atividades do conselho de classe aplicando as legislações vigentes.
XIII- Utilizar os resultados do levantamento como diretriz para as diversas atividades de
planejamento do trabalho escolar.
XIV- Analisar, com a família os resultados do aproveitamento do aluno, orientandos-os se
necessário para a obtenção de melhores resultados.
XV- Atuar como elemento articulador das relações internas na escola que envolva os profissionais
e os alunos e externas com a comunidade escolar e entidades de apoio psicopedagógicos e como
coordenador das influencias que incidam sobre a formação do educando.

CAPÍTULO I – DO CORPO DOCENTE

Art. 45. O corpo docente é constituído por todos os professores responsáveis pelo exercícioda
função de docência na unidade de ensino, responsabilizando-se pela regência de turmas ou por
aulas, pela substituição eventual de docente, pelo ensino do uso da biblioteca, pela docência,em
oficina pedagógica, por atividades artísticas e pela recuperação de aluno com deficiência de
aprendizagem.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 21


Art. 46. A admissão de professor é feita na forma da lei, observando-se as normas estabelecidas
pela Prefeitura Municipal de Buritis MG podendo ser designado, em caráter temporário e a título
precário, profissional não habilitado para o exercício da função da docência, não havendo, para
fins técnicos e didáticos, nenhuma distinção entre categorias.

Art. 47. As férias do corpo docente são fixadas no calendário escolar da unidade de ensino, em
conformidade com a legislação vigente.

Art. 48. São atribuições do corpo docente:


I. regência efetiva da disciplina/turma, e/ou ensino fundamental regular e outras
modalidades.
II. participar do processo que envolve planejamento, elaboração, execução, controle e
avaliação do projeto político-pedagógico e do plano de desenvolvimento pedagógico e
institucional da escola e do Regimento Escolar;
III. elaborar e cumprir plano de trabalho diário e periódico, segundo a proposta pedagógicada
escola;
IV. zelar pela aprendizagem dos alunos;
V. acompanhar e avaliar sistematicamente seus alunos durante o processo de ensino-
aprendizagem;
VI. participar da elaboração do calendário escolar e zelar pelo seu cumprimento;
VII. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VIII. participar da elaboração e da implementação de projetos e atividades de articulação e
integração da escola com as famílias dos educandos e com a comunidade escolar;
IX. elaboração de programas e plano de trabalho, controle e avaliação do rendimentoescolar,
recuperação dos alunos, reuniões, auto-aperfeiçoamento, pesquisa educacional e cooperação no
âmbito da escola, para aprimoramento tanto do processo ensino-aprendizagem como da ação
educacional e participação ativa na vida comunitária da escola.
X. participar de cursos, atividades e programas de capacitação profissional, quando
convocado ou convidado;
XI. elaborar o PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) e acompanhar sistematicamente os
alunos que tenham ao longo de sua vida escolar, alguma necessidade educacional especial,
temporária ou permanente;
XII. outras, compatíveis com a natureza do cargo, previstas nas normas legais:

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 22


I. identificar o melhor recurso de tecnologia assistiva que atenda às necessidades dos alunos
de acordo com sua habilidade física e sensorial atual e promova sua aprendizagem por meio da
informática acessível;
II. ampliar o repertório comunicativo do aluno por meio das atividades curriculares e de vida
diária.
III. orientar a elaboração de materiais didático-pedagógicos que possam ser utilizados pelos
alunos na sala de aula;
IV. promover as condições para a inclusão dos alunos com necessidades educacionais
especiais em todas as atividades da escola;
V. orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua participação no processo
educacional;
VI. indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos
existentes na família e na comunidade.

CAPÍTULO II – DOS SERVIÇOS PEDAGÓGICOS COMPLEMENTARES

SEÇÃO I - DA BIBLIOTECA ESCOLAR

Art. 49. A Biblioteca terá a finalidade de fornecer os elementos necessários à realização e


enriquecimento dos trabalhos pedagógicos, consultas e pesquisas.

SEÇÃO II – DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

Art. 50. A Informática Educativa terá como finalidade inserir na escola uma nova visão do mundo,
procurando a reconstrução do conhecimento diante das transformações sociais e face à
globalização e inovações tecnocientíficas.

Art. 51. A Informática Educativa terá como objetivo inovar a postura do professor na conduta de
suas aulas, para que tornem o ensino mais cooperativo, alegre, participativo, ordenado e criativo.

Art. 52. O Laboratório de Informática será usado dentro de um cronograma estabelecido conforme
o planejamento das atividades a serem desenvolvidas pelo professor.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 23


TÍTULO VI – DOS DIREITOS E DEVERES DOS INTEGRANTES DA
COMUNIDADE ESCOLAR

Art. 53. A comunidade escolar é constituída pelo diretor, equipe pedagógica; corpo docente,
servidores serviços administrativos e serviços gerais, corpo discente, pais e/ou responsáveis e a
sociedade diretamente ligada.

Art. 54. A admissão de pessoal a serviço da escola ficará sujeita a exigências legais vigentes.

CAPÍTULO I – DOS DIREITOS

Art. 55. Ao diretor, à equipe pedagógica e ao corpo docente, além dos direitos assegurados emlei,
são garantidos os seguintes direitos:
I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenhoda
função;
II. participar da elaboração e implementação da proposta pedagógica e dos regulamentos
internos da unidade de ensino;
III. participar de grupos de estudo, encontro, curso, seminário e outros eventos ofertados
pela Secretaria Municipal de Educação tendo em vista o constante aperfeiçoamento profissional;
IV. atender aos dispositivos constitucionais e à legislação específica vigente;
V. requisitar previamente ao setor competente o material necessário à atividade, dentro das
possibilidades da unidade de ensino;
VI. propor ações que tenham por finalidade o aprimoramento dos procedimentos da avaliação,
do processo ensino-aprendizagem, da administração, da disciplina e da relação de trabalho na
unidade de ensino;
VII. utilizar-se das dependências e dos recursos material e humano da unidade de ensino, parao
desenvolvimento de atividades diversas;
VIII. votar e/ou ser votado como representante da Caixa Escolar da escola e associações afins;
IX. participar do processo de formação continuada oferecida pela Secretaria Municipal da
Educação;
X. ter acesso às orientações e normas emanadas da Secretaria Municipal da Educação;
XI. participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria Municipal da
Educação;
XII. tomar conhecimento das disposições deste Regimento e das normas de convivência da
unidade de ensino;
XIII. usufruir o período de férias previsto em lei.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 24


Art. 56. Os servidores serviços administrativos e serventes escolares, além dos direitos que lhes
são assegurados em lei, têm, ainda, as seguintes prerrogativas:
I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no
desempenho de suas funções;
II. utilizar-se das dependências, das instalações e dos recursos materiais da unidade de
ensino necessários ao exercício de suas funções;
III. participar da elaboração e implementação da proposta pedagógica da unidade de
ensino;
IV. requisitar, com antecedência de, no mínimo, vinte e quatro horas, o material necessárioà
sua atividade, dentro das possibilidades da unidade de ensino;
V. sugerir aos diversos setores de serviços da unidade de ensino ações que viabilizem um
melhor funcionamento de suas atividades;
VI. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante, no conselho
escolar e associações afins;
VII. tomar conhecimento das disposições deste Regimento e do(s) regulamento(s) interno(s)
da unidade de ensino.

Art. 57. São direitos do corpo discente:


I. participar das atividades escolares desenvolvidas em sala de aula e outras de caráter
recreativo, esportivo e religioso destinadas a sua formação, promovidas pela unidade de ensino;
II. organizar e participar de associações e grêmios com finalidade educativa, podendo votare
ser votado;
III. receber assessoramento e apoio especializado, de acordo com suas necessidades e comas
possibilidades da escola;
IV. receber continuamente informações sobre o seu aproveitamento escolar e sua
frequência às aulas, quando solicitadas;
V. ter assegurada a recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, e quaisquer outras
avaliações, mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;
VI. recorrer às autoridades escolares quando se julgar prejudicado;
VII. ser tratado com respeito, atenção e cortesia pelas equipes de serviço de apoio
administrativo, pedagógico, docente e dos demais estudantes;
VIII. requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si, quando maior, ou por
intermédio dos pais ou responsáveis, quando menor;
IX. ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela disciplina.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 25


Art. 58. São direitos dos pais e/ou responsáveis:
I. receber informações relacionadas à frequência, ao comportamento e ao desempenho
escolar do seu filho;
II. fazer parte do conselho escolar, representando o seu segmento, podendo votar e ser
votado;
III. participar da elaboração da proposta pedagógica da unidade de ensino;
IV. ser tratado com respeito e cortesia por todo o pessoal da unidade de ensino;
V. recorrer às autoridades competentes quando julgar prejudicados os direitos e interessesdo
seu filho;
VI. ser atendido, dentro das possibilidades da unidade de ensino, fora dos horários
estipulados para reuniões de pais, quando assim se fizer necessário;
VII. ser informado sobre questões disciplinares relacionadas ao filho.

CAPÍTULO II – DOS DEVERES

Art. 59. São deveres da direção, equipe administrativa, pedagógica e docente:


I. possibilitar que a unidade de ensino cumpra a sua função, no âmbito de sua
competência;
II. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de igualdade
de condições para o acesso e a permanência do educando na unidade de ensino;
III. elaborar exercícios domiciliares para os educandos impossibilitados de frequentar a
unidade de ensino, amparados por legislação;
IV. colaborar com as atividades de articulação da unidade de ensino com as famílias e a
comunidade;
V. comparecer às reuniões do conselho escolar, quando membro representante do seu
segmento;
VI. manter e promover relações cooperativas no âmbito da unidade de ensino;
VII. acatar as determinações emanadas da direção da escola;
VIII. cumprir as diretrizes definidas na proposta pedagógica da unidade de ensino, no que lhe
couber;
IX. manter o ambiente favorável ao desenvolvimento do processo pedagógico;
X. comunicar aos órgãos competentes quanto à frequência dos educandos, para a adoção
das medidas cabíveis;
XI. informar pais ou responsáveis e os educandos sobre a frequência e desenvolvimento
escolar obtidos no decorrer do ano letivo;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 26


XII. atender ao educando, independentemente de suas condições de aprendizagem;
XIII. organizar e garantir a reflexão sobre o processo pedagógico na unidade de ensino;
XIV. manter os pais ou responsáveis e os educandos informados sobre o sistema de avaliaçãoda
unidade de ensino, no que diz respeito à sua área de atuação;
XV. estabelecer estratégias de recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, visando à
melhoria do aproveitamento escolar;
XVI. receber e analisar o pedido de revisão de avaliações dos educandos no prazo
estabelecido neste Regimento;
XVII. cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar;
XVIII. assinar o ponto diariamente;
XIX. ser assíduo, comparecendo pontualmente à unidade de ensino nas horas efetivas de trabalho
e, quando convocado, para outras atividades programadas e decididas pelo coletivo daunidade de
ensino;
XX. comunicar, com antecedência, eventuais atrasos e faltas para conhecimento e organização
da unidade de ensino;
XXI. zelar pela conservação e preservação das instalações da unidade de ensino;
XXII. zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
XXIII. zelar pelo bom nome da escola dentro e fora dela;
XXIV. manter atualizados os registros nos documentos escolares sob sua responsabilidade;
XXV. cumprir as disposições deste Regimento.
XXVI. comparecer às atividades do planejamento de ensino dentro da programação escolar;
XXVII. comparecer às atividades escolares com a pontualidade necessária ao desenvolvimentodo
trabalho;
XXVIII. participar de reuniões e comissões para as quais tenha sido convocado;
XXIX. respeitar a hierarquia administrativa e pedagógica, em suas atitudes, atividades e
reivindicações;
XXX. zelar pelo patrimônio da escola, particularmente de sua área de atuação, preocupando-se
pela conservação de bens e pelo bom uso de material colocado à sua disposição;
XXXI. guardar sigilo sobre assuntos reservados que envolvem ou possam envolver pessoas e
autoridades nos planos administrativos e pedagógicos;
XXXII. cooperar com os superiores imediatos na solução de problemas da administração da
escola;
XXXIII. desenvolver o espírito de cooperação e solidariedade integrando-se na vida da escola eda
comunidade.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 27


Art. 60. São deveres específicos do corpo docente:
I. desenvolver suas atividades de acordo com a programação aprovada e empenhando-se
pela constante qualificação do processo ensino-aprendizagem;
II. promover a avaliação constante do processo ensino-aprendizagem;
III. comunicar ao superior imediato qualquer irregularidade na atuação ou comportamentodo
aluno, no âmbito de suas atividades;
IV. qualificar-se permanentemente com vistas à melhoria constante de seu desempenho
como profissional e como educador;
V. apresentar nos prazos hábeis todas as escritas escolares sob sua responsabilidade;
VI. participar de atividades de caráter cívico, social e cultural promovidos pelo seu setor de
trabalho;
VII. cumprir e fazer cumprir os horários e calendários escolares;
VIII. manter a disciplina dentro da sala de aula e demais dependências da escola.
IX. apurar diariamente a frequência dos alunos mediante registro no diário de classe;
X. elaborar e cumprir Planejamento anual/bimestral e Planos de Aula de acordo com as
matrizes curriculares vigentes;

Art. 61. São deveres dos Auxiliares de Serviços Administrativos e Serventes Escolares:
I. cumprir e fazer cumprir os horários e o calendário escolar;
II. ser assíduo e pontual, comunicando, com antecedência, os atrasos e as faltas eventuais;
III. contribuir, no âmbito de sua competência, para que a unidade de ensino cumpra a sua
função;
IV. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de igualdadede
condições para o acesso e a permanência do educando na unidade de ensino;
V. manter e promover relações cooperativas no ambiente da unidade de ensino;
VI. manter e fazer manter o respeito e o ambiente favorável ao desenvolvimento do
processo de trabalho na unidade de ensino;
VII. colaborar na realização dos eventos que a unidade de ensino promover, para os quais
for convocado;
VIII. zelar pela manutenção e conservação das instalações escolares;
IX. colaborar com as atividades de articulação da unidade de ensino com as famílias e a
comunidade;
X. tomar conhecimento das disposições contidas neste Regimento;
XI. cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento, no seu âmbito de ação.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 28


Art. 62. São deveres do corpo discente:
I. acatar as normas regimentais e os regulamentos internos da unidade de ensino;
II. respeitar e tratar com cortesia a todos os membros integrantes da comunidade escolar;
III. desempenhar, a contento, todas as atividades escolares em que se exigir sua participação;
IV. ser pontual e assíduo no comparecimento às aulas e no cumprimento dos demais deveres;
V. zelar pela conservação do prédio, mobiliário da unidade de ensino e de todo material deuso
coletivo ou individual, responsabilizando-se pela indenização de qualquer prejuízo causado
voluntariamente ao patrimônio da unidade de ensino, dos profissionais que nela atuam e do colega;
VI. ser pontual e assíduo não só comparecendo às aulas como também no cumprimento dos
demais deveres escolares;
VII. permanecer em sala de aula durante o horário das aulas, mantendo atitudes de respeitoe
atenção;
VIII. solicitar autorização ao diretor ou, na falta dele, ao profissional designado pelo diretor,
quando necessitar ausentar-se da unidade de ensino, desde que solicitado por escrito pelos pais ou
responsáveis;
IX. comunicar à direção o seu afastamento temporário da unidade de ensino por motivo de
doença ou outros;
X. justificar eventuais ausências apresentando atestado médico e/ou justificativa dos pais ou
responsáveis;
XI. observar, fielmente, os preceitos de higiene pessoal, bem como zelar pela limpeza e
conservação das instalações, dependências, materiais e móveis da unidade de ensino;
XII. abster-se de atos que perturbem a ordem, ofenda aos bons costumes ou importem em
desacato às leis, às autoridades escolares e aos colegas;
XIII. não incitar os colegas a atos de indisciplina ou colaborar em faltas coletivas;
XIV. responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os pertencentesà
biblioteca da unidade de ensino;
XV. respeitar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal, deslocando-seno
prazo previsto para as atividades e locais determinados;
XVI. vestir-se de maneira adequada ao ambiente escolar;
XVII. apresentar-se com material escolar individual necessário ao desempenho das atividades
escolares, mantendo livros, cadernos e demais objetos escolares em estado de asseio e ordem;

Art. 63. São deveres dos pais e/ou responsáveis:


I. zelar pela matrícula de seu filho dentro dos prazos estipulados pela Secretaria de
Municipal de Educação, priorizando as unidades de ensino próximas à residência do educando;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 29


II. acompanhar o desempenho escolar de seu filho, zelando pela frequência e assiduidade
para evitar prejuízos no processo de ensino-aprendizagem;
III. tratar com respeito e civilidade todo o pessoal da unidade de ensino;
IV. participar das reuniões para as quais for convocado ou convidado;
V. encaminhar seu filho a serviços especializados (psicólogo, fonoaudiólogo, assistente
social) e a médicos, com a colaboração do gestor da unidade de ensino, por meio do
encaminhamento ao conselho tutelar, que acionará a rede de saúde;
VI. preencher com fidedignidade o PDI do filho;
VII. zelar pelo bom nome da unidade de ensino;
VIII. exigir do seu filho o cumprimento das tarefas escolares diárias;
IX. conscientizar o seu filho quanto à adequada utilização do material didático que lhe for
confiado, bem como a conservação dos bens patrimoniais da unidade de ensino;
X. comparecer à unidade de ensino, quando convocado, em casos de desrespeito, indisciplina,
violência, danos ao patrimônio público, porte de objetos e substâncias não permitidas ao ambiente
escolar.

CAPÍTULO III - DAS PROIBIÇÕES

Art. 64. Aos membros da comunidade escolar é vedado, respeitada a natureza de cada
cargo/função:
I. usar linguagem inadequada em suas atividades de ensino e no convívio escolar;
II. reter os alunos em atividades no horário destinado à merenda;
III. aplicar castigo corporal ou desmoralizante a qualquer aluno;
IV. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente qualquer
membro da comunidade escolar;
V. exigir do aluno esforço físico ou mental incompatível com sua aptidão;
VI. suspender o aluno de aula ou colocá-lo fora de sala;
VII. alterar qualquer resultado da avaliação, após a entrega do mesmo ou ressalvado pelo
professor;
VIII. expor educandos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a situações
constrangedoras;
IX. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e o
andamento geral da unidade de ensino;
X. retirar e utilizar qualquer documento, material e equipamento pertencente à unidadede
ensino, sem a devida permissão do diretor;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 30


XI. ausentar-se da unidade de ensino no seu horário de trabalho sem a prévia autorizaçãodo
diretor ou, na sua ausência, do responsável pela unidade de ensino;
XII. receber pessoas estranhas ao funcionamento da unidade de ensino durante o períodode
trabalho sem a prévia autorização do diretor;
XIII. ocupar-se, durante o período de trabalho, de atividades não vinculadas à sua função;
XIV. transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado;
XV. divulgar assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da unidade de ensino, por
qualquer meio de publicidade, sem prévia autorização do conselho escolar ou do diretor;
XVI. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer
natureza, que envolvam o nome da unidade de ensino, sem a prévia autorização do conselho
escolar ou do diretor;
XVII. comparecer ao trabalho e aos eventos da unidade de ensino embriagado ou com sintomas
de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;
XVIII. usar telefone celular ou qualquer aparelho sonoro de uso pessoal durante as aulas;
XIX. fumar nas salas de aula e em outras dependências da unidade de ensino;
XX. usar trajes inadequados ao ambiente escolar.
XXI. utilizar o horário de planejamento para acessar sites e redes sociais estranhos a sua
função.

Art. 65. É vedado aos pais e/ou responsáveis:


I. comparecer alcoolizado ou sob o efeito de drogas ilícitas nas dependências da unidade de
ensino;
II. solicitar a presença do professor durante o horário de aula, exceto em casos de urgência;
III. interferir no trabalho dos docentes, entrando em sala de aula sem o consentimento da
autoridade escolar presente na unidade de ensino;
IV. promover, em nome da unidade de ensino, sem autorização do diretor, sorteios, coletas,
subscrições, excursões, jogos, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza;
V. apresentar-se na unidade de ensino com trajes inadequados;
VI. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o desenvolvimento das atividades
escolares do educando pelo qual é responsável, nas dependências da unidade de ensino;
VII. desrespeitar qualquer integrante da comunidade escolar, inclusive o educando pelo qualé
responsável, discriminando-o, usando de violência simbólica, agredindo-o fisicamente e/ou
verbalmente, nas dependências da unidade de ensino;
VIII. retirar e utilizar, sem a devida permissão da autoridade escolar, qualquer documento ou
material pertencente à unidade de ensino.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 31


IX. Solicitar que menores de idade busquem seus filhos na escola.

Art. 66. Serão vedadas as sanções e penalidades que atentarem contra a dignidade pessoal, contra
a saúde física e mental ou que prejudiquem o processo formativo do aluno.

Art. 67. Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto neste Regimento serão apurados,
ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em ata, com as respectivas assinaturas.

CAPÍTULO IV – DOS ATOS INDISCIPLINARES E DAS MEDIDAS EDUCATIVAS


APLICAVÉIS AOSDISCENTES

Art. 68. O regime disciplinar tem por finalidade aprimorar a formação do educando, o
funcionamento do trabalho escolar e o respeito mútuo entre os membros da comunidade escolar,
para a obtenção dos objetivos previstos neste Regimento.

Art. 69. A ação disciplinadora do educando na unidade de ensino, em princípio, tem caráter
preventivo e orientador.

SEÇÃO I – DOS ATOS INDISCIPLINARES

Art. 70. São atos indisciplinares leves:


I. ausentar-se das aulas ou dos prédios escolares, sem prévia justificativa ou autorizaçãoda
direção ou dos professores da escola;
II. chegar atrasado na Instituição de Ensino, sem prévia justificativa ou informação dos pais;
III. ter acesso, circular ou permanecer em locais restritos do prédio escolar;
IV. utilizar, sem a devida autorização, computadores, telefones ou outros equipamentos e
dispositivos eletrônicos de propriedade da escola;
V. utilizar, em salas de aula ou demais locais de aprendizado escolar, equipamentos
eletrônicos como pagers, jogos portáteis, tocadores de música ou outros dispositivos de
comunicação e entretenimento que perturbem o ambiente escolar ou prejudiquem o aprendizado;
VI. usar telefone celular durante as aulas e ausentar-se das mesmas para atendê-lo nos
corredores;
VII. promover, sem autorização da direção, coletas ou subscrições, sorteios, usando, para tais
fins, o nome da unidade de ensino;
VIII. usar short e bermuda (acima do joelho), boné, óculos escuros, roupa curta e decotes dentro
das dependências da unidade de ensino;
IX. namorar nas dependências da unidade de ensino;
X. ocupar-se, durante a aula, de qualquer atividade que lhe seja alheia.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 32


XI. utilizar palavras inadequadas para o ambiente, com conteúdo ofensivo e apelidos
indesejados.

Art. 71. São atos indisciplinares graves:


I. comportar-se de maneira a perturbar o processo educativo, como exemplo, fazendo barulho
excessivo em classe, na biblioteca ou nos corredores da escola;
II. desrespeitar ou afrontar servidores da Instituição de ensino;
III. utilizar práticas de bullying na unidade de ensino;
IV. violar as políticas adotadas pela Secretaria Municipal da Educação no tocante ao uso da
internet na escola, acessando-a, por exemplo, para violação de segurança ou privacidade, ou para
acesso a conteúdo não permitido ou inadequado para a idade e formação dos alunos;
V. ativar, injustificadamente, alarmes de incêndio ou qualquer outro dispositivo de segurança
da escola;
VI. portar livros, revistas, fotografias ou outros materiais pornográficos dentro da unidade de
ensino;
VII. estimular colegas à desobediência ou desrespeito às normas regimentais e regulamentos
internos da unidade de ensino;
VIII. provocar desordem de qualquer natureza no âmbito da unidade de ensino e no entorno;
IX. produzir ou colaborar para o risco de lesões em integrantes da comunidade escolar,
resultantes de condutas imprudentes ou da utilização inadequada de objetos cotidianos que podem
causar danos físicos, como isqueiros, fivelas de cinto, guarda-chuvas, braceletes, etc.;
X. comparecer à escola sob efeito de substâncias nocivas à saúde e à convivência social;
XI. expor ou distribuir materiais dentro do estabelecimento escolar que violem as normas ou
políticas oficialmente definidas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura ou pela escola;
XII. intimidar o ambiente escolar com ameaças de quaisquer naturezas.

Art. 72. São atos infracionais:


I. ameaçar, intimidar ou agredir fisicamente qualquer membro da comunidade escolar;
II. empregar gestos ou expressões verbais que impliquem insultos ou ameaças a terceiros,
incluindo hostilidade ou intimidação, mediante o uso de apelidos racistas ou preconceituosos;
III. emitir comentários ou insinuações de conotação sexual agressiva ou desrespeitosa, ou
apresentar qualquer conduta de natureza sexualmente ofensiva;
IV. exibir ou distribuir textos, literatura ou materiais difamatórios, racistas ou
preconceituosos;
V. divulgar, por meio de adornos, camisas, propagandas ou qualquer outro tipo de
material, o uso de drogas e entorpecentes, dentro da unidade de ensino;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 33


VI. participar, estimular ou organizar incidente de violência grupal ou generalizada;
VII. danificar ou adulterar registros e documentos escolares, por meio de qualquer método,
inclusive o uso de computadores ou outros meios eletrônicos;
VIII. incorrer nas seguintes fraudes ou práticas ilícitas nas atividades escolares:
a) comprar, vender, furtar, transportar ou distribuir conteúdos totais ou parciais de provasa
serem realizadas ou suas respostas corretas;
b) substituir ou ser substituído por outro aluno na realização de provas ou avaliações;
c) substituir seu nome ou demais dados pessoais quando realizar provas ou avaliações
escolares;
d) plagiar, ou seja, apropriar-se do trabalho de outro e utilizá-lo como se fosse seu, sem dar
o devido crédito e fazer menção ao autor, como no caso de cópia de trabalhos de outros alunos ou
de conteúdos divulgados pela internet ou por qualquer outra fonte de conhecimento;
IX. danificar ou destruir equipamentos, materiais ou instalações escolares, escrever, rabiscarou
produzir marcas em qualquer parede, vidraça, porta ou quadra de esportes dos edifícios escolares;
X. incentivar ou participar de atos de vandalismo que provoquem dano intencional a
equipamentos, materiais e instalações escolares ou a pertences da equipe escolar, estudantes ou
terceiros;
XI. consumir, portar, distribuir ou vender substâncias controladas, tais como bebidas
alcoólicas, cigarros ou outras drogas lícitas ou ilícitas no recinto escolar;
XII. portar, facilitar o ingresso ou utilizar qualquer tipo de arma, explosivos ou objetos
contundentes que atentem contra a integridade física;
XIII. apropriar-se de objetos que pertençam a outra pessoa ou subtraí-los, sem a devida
autorização ou sob ameaça;
XIV. apresentar qualquer conduta proibida pela legislação brasileira, sobretudo que viole a
Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – e/ou o Código Penal.

SEÇÃO II - DAS MEDIDAS EDUCATIVAS DISCIPLINARES

Art. 73. O não cumprimento dos deveres e a incidência em atos indisciplinares ou atos infracionais
podem acarretar ao educando as medidas educativas disciplinares, conforme a seguinte gradação:
I. ao educando que cometa ato indisciplinar leve ou descumprir com seus deveres
previstos neste Regimento, aplica-se:
a) advertência verbal e escrita.
b) retirada do aluno de sala de aula ou atividade em curso e encaminhamento à diretoriaou
coordenação para orientação;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 34


II. ao educando que cometa ato indisciplinar grave, aplica-se:
a) suspensão temporária de participação em programas extracurriculares; e/ou
b) remanejamento de turmas ou turno, quando necessários;
c) suspensão das aulas por, no máximo, 2 (dois) dias letivos;
d) transferência compulsória nos casos de reiterados atos de indisciplina grave, após
comprovada intervenção e aplicação das medidas educativas acima descritas sem, contudo, obter
resultados, sendo necessário o referendo do Conselho Escolar/Secretaria Municipal de Educação e
em consonância com o Conselho Tutelar e Ministério Público;
III. ao educando que cometa ato infracional, aplica-se:
a) suspensão das aulas pelo período de 3 (três) a 5 (cinco) dias letivos; e/ou
b) transferência compulsória para outra unidade de ensino, após referendo do Conselho
Escolar e em consonância com o Conselho Tutelar e Ministério Público.

Paragrafo Único- A reincidência da falta leve superior a duas vezes no decorrer do ano letivo
caracterizará uma falta grave, mediante registro em livro próprio.

Art. 74. A aplicação de qualquer medida educativa disciplinar implica, além do registro em
documento próprio (livro de ocorrências), a comunicação oficial ao educando e ao seu responsável,
na presença de duas testemunhas, quando menor, com arquivamento na pasta individual do
educando.
§ 1.º Em casos de medidas educativas disciplinares, que importem em suspensão de aulas, deverá
o diretor da unidade de ensino, a equipe pedagógica e o docente providenciar atividades
pedagógicas a serem cumpridas pelo educando na própria unidade de ensino, duranteo período de
suspensão.
§ 2.º A ausência do educando às aulas deve ser compensada mediante o cumprimento e entregadas
atividades pedagógicas.

SEÇÃO III - DOS PROCEDIMENTOS

Art. 75. As medidas educativas disciplinares devem ser aplicadas ao educando, observando-se a
sua idade, grau de maturidade, histórico disciplinar e gravidade da falta:
I. as medidas previstas no inciso I, do art. 89 são aplicadas pelo professor ou pelo
Especialista;
II. as medidas previstas no inciso II, alínea a, b, c do art. 89 são aplicadas pelo diretor;
III. as medidas previstas no inciso II, alínea d, do art. 89 são aplicadas pelo diretor após
referendo do Conselho da Escola e em consonância com o Conselho Tutelar e Ministério Público;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 35


IV. as medidas previstas no inciso III, alínea a, do art. 89 são aplicadas pelo Conselho da
Escola.
V. as medidas previstas no inciso III, alínea b, do art. 89 são aplicadas pelo diretor após
referendo do Conselho da Escola e em consonância com o Conselho Tutelar e Ministério Público.
Parágrafo único- As medidas educativas disciplinares são agravadas caso o educando possua
idade igual ou maior que 18 anos.

Art. 76. Em qualquer caso, é garantido amplo direito de defesa ao educando e aos seus
responsáveis, sendo indispensável a oitiva individual do educando.

Art. 77. Cabe pedido de revisão da medida aplicada e, quando for o caso, recurso ao Conselho
Escolar.

Art. 78. Nos casos de ato infracional, o diretor da unidade de ensino deve:
I. encaminhar os fatos imediatamente ao conselho tutelar, se o educando for criança (menor
de 12 anos);
II. encaminhar os fatos ao conselho tutelar e providenciar que seja lavrado o Boletim de
Ocorrência na delegacia de polícia, se o educando for adolescente (maior de 12 e menor de 18
anos);
III. providenciar que seja lavrado o Boletim de Ocorrência na delegacia de polícia, se o
educando for maior de 18 anos.

Art. 79. A aplicação das medidas disciplinares previstas não isenta os educandos ou seus
responsáveis do ressarcimento dos danos materiais causados ao patrimônio escolar e da adoçãode
outras medidas judiciais cabíveis.

CAPÍTULO V – DA PENALIDADE E DO REGIME DISCIPLINAR APLICÁVEIS À


DIREÇÃO, EQUIPEPEDAGÓGICA, CORPO DOCENTE E DEMAIS SERVIDORES

Art. 80. Aos servidores na função de direção escolar, de docência, de técnico pedagógico e de
apoio educacional aplica-se o regime disciplinar próprio previsto em lei, mediante processo
administrativo, resguardado a ampla defesa e o contraditório.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 36


CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DO ENSINO

Art. 81. A escola oferece:


I- Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, constitui direito constitucional
inalienável da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade, dever dos estados e municípios,
organizados em regime de colaboração com a União em:
a. pré-escola, para crianças de quatro a seis anos;

II- Nos anos iniciais, a organização escolar do ensino fundamental passa a ter dois ciclos:
alfabetização e ciclo complementar:
a) O ciclo da alfabetização, formado pelo 1° e 2° ano, tem o foco no processo de alfabetização
para garantir aos estudantes a apropriação do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao
desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita, permitindo, assim, seu envolvimento
em práticas diversificadas de letramentos, bem como o desenvolvimento da capacidade de ler e
escrever números, compreender suas funções e o significado;

b) Ciclo complementar, formado pelo 3°, 4° e 5° ano, tem o objetivo de consolidar aprendizagens
anteriores e ampliar as práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças,
ampliando a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social,
possibilitando ao estudante lidar com sistemas mais amplos que dizemrespeito às relações dos
sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o
ambiente. A transição dos estudantes do ciclo complementar dos anos iniciais para os anos finais
do ensino fundamental deverá garantir a articulação sequencial necessária, em face das demandas
diversificadas exigidas dos estudantes, pelos diferentesprofessores, em contraponto à unidocência
dos anos iniciais.

Art 82. Considerando o currículo referência de Minas Gerais, as atividades pedagógicas serão
organizadas de forma gradativa e crescente em complexidade, de modo a assegurar que, ao final
desta etapa, todos os estudantes tenham garantido o desenvolvimento das competências específicas
de cada componente curricular.

Paragrafo único- O ensino, nos anos iniciais do ensino fundamental, deve estar articulado com as
experiências vividas na educação infantil, prevendo progressiva sistematização dessas
experiências quanto ao desenvolvimento de novas formas de relação com o mundo, novas formas
de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, refutá-las, elaborar conclusões, em

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 37


uma atitude ativa na construção de conhecimentos. Os anos iniciais devem garantir o princípio da
continuidade da aprendizagem de todos os estudantes, sem interrupção, com foco na alfabetização
e na matemática, na perspectiva do letramento.

Art. 83. A escolha de professores para atuar nas turmas do Ciclo de Alfabetização deve levar em
conta: sua formação profissional, sua experiência e reconhecimento social como alfabetizador
bem-sucedidos, sua sensibilidade e interesse em trabalhar com crianças dessa faixa etária domínio
de metodologias e estratégias de ensino ou conforme determinação em legislação vigente em ano
em curso.

Art. 84. Tendo em vista a continuidade no ciclo complementar do processo de desenvolvimento


dos alunos, a escola deve estimular a formação de equipes estáveis de professores do Ciclo de
Alfabetização e, sempre que possível, a permanência do professor em determinado grupo ou turma
de alunos.

Art. 85. O Planejamento do ensino deve focalizar sua atenção em objetivos educacionais e
conteúdos essenciais a serem desenvolvidos e levar em conta as possibilidades diferenciadas de
trabalho em sala de aula, em função das necessidades de aprendizagem dos alunos.

Art. 86. O Plano de Ensino de cada equipe e professor deve resultar de um trabalho coletivo,
envolvendo pelo menos, as equipes de profissionais que atuam no mesmo ciclo, ano ou área
curricular.

Art. 87. Cabe ao professor ajustar o tempo destinado ao desenvolvimento das atividades
pedagógicas ao ritmo dos alunos sem perder de vista os objetivos a serem alcançados em cada fase
e ciclo.

Art. 88. As atividades escolares devem ser desenvolvidas diariamente numa jornada mínima de
quatro horas aula, excluído o tempo do recreio, entendendo-se o espaço da aula numa perspectiva
ampliada.

Parágrafo Único- entende-se como aula as atividades curriculares envolvendo professores e


alunos, realizadas nas salas e em outros espaços da escola e da comunidade como: biblioteca,
laboratórios, quadras de esportes, pátios, jardins, espaços culturais de lazer da comunidade, outras
escolas, entre outros.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 38


Art. 89. A escola deve propiciar a participação dos alunos na organização e utilização dos materiais
de ensino e uso individual e coletivo, tendo em vista o desenvolvimento da iniciativa, da
responsabilidade coletiva e da autonomia.

Art. 90. Os alunos com necessidades educacionais especiais serão atendidos nas classes regulares,
com os mesmos objetivos estabelecidos nas etapas da Educação Básica, de modo a garantir-lhes o
desenvolvimento de suas potencialidades.

Art. 91. Para os alunos com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento, a legislação
vigente prevê a possibilidade de flexibilização do tempo escolar em até 50% do tempo previsto em
lei para o Ensino Fundamental, obedecendo-se aos seguintes critérios:
I. nos períodos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, tem duração de 02 anos, sendo
limitados a 01 semestre para cada período.

CAPÍTULO II - DO CALENDÁRIO ESCOLAR

Art. 92. O calendário escolar deve ser elaborado pela escola, em acordo com os parâmetros
definidos em norma específica, publicada anualmente pela Secretaria de Estado de Educação,
discutido e aprovado pelo conselho escolar e amplamente divulgado na comunidade escolar.
§1º - Cabe ao Serviço de Inspeção Escolar das Superintendências Regionais de Ensino
supervisionar o cumprimento das atividades nele previstas.
§2º - Serão garantidos, no calendário escolar, o mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e carga
horária obrigatória de:
I – 800 horas para a Educação Infantil;
II– 800 horas para o ensino fundamental anos iniciais;

Art. 93. Considera-se dia letivo aquele em que professores e estudantes desenvolvem atividadesde
ensino e aprendizagem, de caráter obrigatório, independentemente do local ondesejam realizadas.

Art. 94. Considera-se dia escolar aquele em que são realizadas atividades de caráter pedagógicoe
administrativo, com a presença obrigatória do pessoal docente, técnico e administrativo, podendo
incluir a representação de pais e estudantes.

Art. 95. É recomendada a abertura da escola nos feriados, finais de semana e férias escolares para
o desenvolvimento de atividades educativas e comunitárias, cabendo à direção da escola encontrar
formas para garantir o funcionamento previsto, observadas as vedações previstas emleis.
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 39
CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

Art. 96. A jornada escolar deverá obedecer a carga horária anual ou semestral prevista para cada
etapa ou modalidade da educação básica conforme matriz curricular vigente.

Art. 97. Respeitados os dispositivos legais, compete à escola proceder à organização do tempo
escolar no ensino fundamental, assegurando a duração da semana letiva de 05 (cinco) dias.

Art. 98. Poderá ser organizado horário escolar, com aulas geminadas de um mesmo Componente
Curricular, para melhor desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem.

CAPÍTULO IV - DA MATRÍCULA

Art. 99. É vedada qualquer forma de discriminação, em especial aquelas decorrentes de idade,
gênero, orientação sexual, origem, etnia, cor e deficiência, no ato de efetivação e de renovação da
matrícula dos estudantes.
§1º - A matrícula dos estudantes poderá ocorrer em qualquer época do ano.
§2º - A matrícula do estudante público da educação especial é compulsória, deve ser realizada
preferencialmente em escola regular, sendo vedada a possibilidade de negativa de vaga, conforme
legislação vigente.
§3º - A matrícula é o ato formal que vincula o educando à unidade de ensino, conferindo-lhe a
condição de educando.

Parágrafo único- É vedada a cobrança de taxas e\ou contribuições de qualquer natureza


vinculadas à matrícula.

Art. 100. A matrícula deve ser requerida pelo responsável legal ou pelo próprio educando quando
maior de idade, sendo necessária a apresentação dos seguintes documentos:
I. certidão de nascimento ou de casamento (cópia);
II. histórico escolar;
III. comprovante de residência (conta de energia), em nome do responsável, do último mês
que anteceder à matrícula.
IV. Plano de Intervenção Pedagógica da Progressão Parcial ou Progressões Parciais, quando
for o caso.
§ 1.º Excepcionalmente, a escola poderá aceitar a matrícula, em caráter condicional, pelo prazo
máximo de 30 (trinta) dias, mediante a apresentação de declaração provisória de transferência,
expedida pela escola de origem.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 40


§ 2.º O educando deve ainda apresentar a documentação específica, disposta nas instruções
normativas de matrícula emanadas anualmente da Secretaria de Estado da Educação.

Art. 101. No ato da matrícula, os recursos pedagógicos da classificação e da reclassificação


poderão ser utilizados pela escola, para fins de posicionamento e/ou reposicionamento do
estudante, em consonância com a legislação vigente.

Art. 102. A escola deve oferecer atividades complementares para os estudantes que, no ato da
matrícula, não tiverem optado por cursar o componente curricular ensino religioso, de oferta
obrigatória e matrícula facultativa, para cumprimento da carga horária obrigatória.

Art. 103. No ato da matrícula, o estudante transgênero interessado que seu nome social conste em
diários de classe, cadastros, fichas, listagens, formulários e demais documentos internos, poderá
fazer a solicitação, por escrito, conforme legislação específica.
§ 1º - Em se tratando de estudantes menores, é necessária a manifestação, por escrito, do
responsável legal.
§ 2º - O nome civil deverá ser usado em declarações, transferências, certificados, histórico escolar,
diplomas e outros documentos que resguardem a vida escolar do estudante.

Art. 104. No ato da matrícula, a direção da escola deverá informar ao estudante ou a seu
responsável legal sobre os principais aspectos da organização e funcionamento do estabelecimento
de ensino, apresentar o projeto político pedagógico, o regimento escolar e disponibilizar cópia das
vedações previstas no art. 115 da Resolução SEE Nº4.692/2021.

Art. 105. A Secretaria de Estado da Educação, por meio de Resolução, define anualmente as
normas de matrículas, que devem ser observadas por todas as unidades de ensino.

Parágrafo único- O controle de frequência ocorre a partir da data da efetivação da matrícula,


sendo exigida a frequência mínima de 75% do total da carga horária restante do ano.

Art. 106. Os educandos com necessidades educacionais especiais devem ser matriculados em
todos os níveis e modalidades de ensino, respeitado o seu direito a atendimento adequado, pelos
serviços de apoio especializados.

Art. 107. Terá sua matrícula cancelada o estudante que, sem justificativa, deixar de comparecerà
escola, por um período de 25 dias letivos consecutivos em qualquer época do ano letivo,
configurando, assim, o abandono escolar.
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 41
§ 1º - Antes de efetuar o cancelamento da matrícula, a direção da escola deve esgotar todas as
alternativas de busca ativa e entrar em contato, por escrito, com o estudante ou seu responsávellegal,
quando menor, alertando-o sobre a obrigatoriedade da frequência e do seu direito à educação.
§ 2º - Constatado o abandono do estudante, a escola deve informar o fato, por escrito, ao Conselho
Tutelar, ao Juiz competente da comarca e ao representante do Ministério Público do município.
§ 3º - O estudante que teve a sua matrícula cancelada poderá retornar a qualquer tempo para a
mesma escola, caso haja existência de vaga.

Art. 108. É assegurado ao estudante, no exercício da liberdade de consciência e de crença, o direito


de mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de aula ou de atividade avaliativa
marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja vedado oexercíciode tais
atividades, devendo-se-lhe atribuir, a critério da instituição, uma das seguintes alternativas:
I - aula de reposição ou atividade avaliativa, conforme o caso, a ser realizada em data alternativa,
no turno de estudo do estudante ou em outro horário agendado com sua anuência expressa;
II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e datade
entrega definidos pela instituição de ensino.
§ 1º - A alternativa definida pela escola deverá observar o plano de aula do dia da ausência do
estudante.
§ 2º - O cumprimento de qualquer das alternativas de que trata esse artigo substituirá a
obrigação original para todos os efeitos, inclusive regularização do registro de frequência.
§ 3º - O estudante de que trata o caput não terá sua falta abonada, mas justificada.

Parágrafo único- O descumprimento dos dispositivos que obrigam a comunicação da infrequência


e do abandono escolar ao responsável, à família e às autoridades competentes, implicará
responsabilização administrativa à gestão da escola.

Art. 109. O estudante que estiver em tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por
tempo prolongado terá assegurado o atendimento educacional conforme orientação específica.

Art. 110. Aos alunos que se encontram nas situações previstas no Decreto Lei nº. 1 044, de 21 de
outubro de 1969 e Lei N° 6.202, de 17 de abril de 1975, comprovadas mediante laudo médico
fornecido por órgão oficial será permitido atendimento especial com atribuições de trabalho
domiciliares compatíveis a seu estado de saúde e às possibilidades da Escola.

Art. 111. Será dispensado das atividades práticas de Educação Física o aluno portador de
deficiência física incompatível com as atividades, ou de moléstia, comprovada por atestado
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 42
médico, podendo a dispensa ser parcial, temporária ou total. Os alunos que comprovem ter maisde
30 anos de idade, ou que cumpram jornada de trabalho superior à 6 horas diárias, ou que tenham
prole também serão dispensados das atividades de Educação Física, devendo ficar arquivado em
sua pasta individual o comprovante que gerou a referida dispensa.

Art. 112. As alunas gestantes a partir do 8º mês de gravidez serão amparadas por 03 (três) meses
pela Lei Federal 6.202/75, e será assistida pelo regime de exercícios domiciliares instituídos pelo
Decreto-Lei 1044/69.

CAPÍTULO V – DA TRANSFERÊNCIA

Art. 113. A matrícula de alunos transferidos pode ocorrer em qualquer época do ano, observadasas
normas regimentais e a existência de vaga na escola.

Art. 114. A transferência será requerida pelo aluno, se maior de idade, ou pelo seu responsável,se
menor de idade.

Art. 115. A documentação necessária para a transferência é a seguinte:


I. histórico escolar;
II. ficha individual do aluno (durante o período letivo);
III. certidão de nascimento e ou casamento (original e xerox);
IV. carteira de identidade conforme normas vigentes;
V. Plano de Intervenção Pedagógica da Progressão Parcial ou Progressões Parciais, quando
for o caso.

Art. 116. Será aceita a matrícula do aluno transferido de outro país, cabendo à escola de destino
promover as adaptações necessárias, de acordo com a legislação vigente.

Art. 117. Será permitida a transferência do regime semestral para o anual e vice-versa, Observadas
as exigências legais de frequência, carga horária e número de dias letivos conforme legislação em
vigor.
Parágrafo Único- Deverão constar do histórico as ocorrências relativas ao disposto neste artigo.

Art. 118. Para concessão de transferência não se exigirá declaração da existência de vaga na Escola
de destino.

Art. 119. A escola somente poderá aceitar transferência se houver vaga, salvo os casos previstos
em lei.
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 43
Art. 120. Aluno transferido de escola particular e/ou municipal com reprovação em até três
Componentes curriculares, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental poderá beneficiar-se da
progressão parcial, conforme disposto neste Regimento.

Art. 121. Aluno transferido de escola particular e/ou municipal com reprovação em 04(quatro)
conteúdos ou mais, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental ficará retido, conforme disposto neste
Regimento.

Art. 122. Será admitida a Progressão Parcial do Ensino Fundamental para o Ensino Médio.

Art. 123. O aluno transferido para a escola que não tiver estudado componente curricular da Base
Nacional Comum, será submetido à adaptação do Currículo, mediante elaboração de um Plano
Especial de Estudos, com acompanhamento e orientação do Corpo Técnico- Administrativo da
Escola.

CAPÍTULO VI - DA FREQUÊNCIA

Art. 124. O controle de frequência diária dos estudantes é de responsabilidade do professor, sob
monitoramento do especialista da educação básica, e deverá ser registrada no diário.
§ 1º - A observância de eventuais faltas dos estudantes deverá ser comunicada à direção da escola,
para as providências cabíveis.
§ 2º - O estabelecimento de ensino, após apurar a frequência do estudante e constatar faltas não
justificadas superior a 5 (cinco) dias letivos consecutivos ou 10 (dez) dias letivos alternados,deve
entrar em contato, por escrito, com os pais ou o responsável legal pelo estudante faltoso, com vistas
a promover o seu imediato retorno às aulas e a regularização da frequência escolar.
§ 3º - O dirigente da instituição escolar deve remeter ao Conselho Tutelar, ao Juiz competente da
comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação nominal dos estudantes cujo
número de faltas injustificadas atingir 15 (quinze) dias letivos consecutivos ou alternados e,
também, ao órgão competente, no caso de estudante cuja família é beneficiada porprogramas de
assistência vinculados à frequência escolar.

Art. 125. O descumprimento, pela Escola, dos dispositivos que obrigam a comunicação da
infrequência e da evasão escolar aos pais ou o responsável legal, ao responsável e às autoridades
competentes, implicará responsabilização administrativa à direção do estabelecimento de ensino.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 44


CAPÍTULO VII – DOS ESTUDOS REALIZADOS NO ESTRANGEIRO

Art. 126. Os estudos referentes à educação básica realizados por brasileiros no exterior podem ser
revalidados ou ter sua equivalência reconhecida pela unidade de ensino para fins de
prosseguimento ou conclusão de curso.

Art. 127. Compete à unidade de ensino que recebe o educando convalidar os documentos escolares
expedidos por instituição estrangeira, quando ele tiver cursado o ensino fundamental em parte ou
todo.

Art. 128. Para a revalidação de estudos realizados no exterior, o estudante deve apresentar à
unidade de ensino os seguintes documentos:
I. histórico escolar relativo aos estudos anteriormente realizados no Brasil, quando
houver;
II. histórico escolar original expedido por instituição de ensino estrangeira, contendo todos
os dados referentes aos resultados dos estudos do educando, acompanhado de uma cópia;

Parágrafo único- Após analisar, de forma detalhada, a documentação apresentada, cabe à unidade
de ensino reconhecer a equivalência dos históricos ou certificados expedidos por instituição
estrangeira.

Art. 129. A unidade de ensino deve aplicar ao educando transferido de unidade de ensino sediadano
exterior as disposições sobre aproveitamento de estudos, complementação e\ou reclassificação, se
for o caso, destacando-se estudos da Língua Portuguesa.

TÍTULO VIII – DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

CAPÍTULO I – DO CURRÍCULO

Art. 130. Os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem
ter base nacional comum, a ser complementada, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. O
currículo referência de Minas Gerais, as atividades pedagógicas serão organizadas de forma
gradativa e crescente em complexidade, de modo a assegurar que, ao final desta etapa, todos os
estudantes tenham garantido o desenvolvimento das competências específicas de cada componente
curricular.
§ 1º O currículo a que se refere o caput deve abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua
portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e
política, especialmente do Brasil.
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 45
§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da
educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
§ 3º A Música constitui conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do Componente Curricular Arte,
o qual compreende também as artes visuais, o teatro e a dança.
§ 4º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da Educação Básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
I. que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II. maior de trinta anos de idade;
III. que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigadoà
prática da educação física;
IV. amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V. que tenha prole.
§ 5º O Ensino Religioso, de matrícula facultativa ao aluno, é Componente Curricular que deve
ser, obrigatoriamente, ofertado no Ensino Fundamental.
§ 6º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.
§7º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir do sexto ano, o
ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade
escolar, dentro das possibilidades da instituição.
§8º Conteúdo programático que trate dos direitos das crianças e adolescentes deverá ser ministrado
no âmbito de todo o currículo do Ensino Fundamental, de modo especial nas áreas de Língua
Portuguesa, História e Ensino Religioso.
§9º A Educação Alimentar e Nutricional da Escola perpassará o currículo escolar da Educação
Básica, abordando o tema alimentação e nutrição, visando estimular a formação de hábitos
alimentares saudáveis em crianças e adolescentes e, extensivamente, em suas famílias e
comunidades.

Art. 131. Serão desenvolvidos, obrigatoriamente, nos currículos:


I. O ensino da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena;
a) O conteúdo programático dessa temática incluirá aspectos da história e da cultura que
caracterizam a formação da população brasileira.
b) A temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena serão ministrados no âmbito de
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Artes e de Literatura e História Brasileiras.
II. O estudo sobre o uso de drogas e da dependência química como parte do programa das
disciplinas constantes no núcleo curricular.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 46


Art. 132. Na Base Nacional Comum e Parte Diversificada, devem ser incluídos, permeando todo
o currículo, Temas Transversais relativos à saúde, sexualidade e gênero, vida familiar e social,
direitos das crianças e adolescentes, direitos dos idosos, educação ambiental, educação em direitos
humanos, educação para o consumo, educação fiscal, educação para o trânsito, trabalho, ciência e
tecnologia, diversidade cultural, dependência química, higiene bucal e educação alimentar e
nutricional, tratados transversal e integradamente, determinados ou não por leis específicas.

Parágrafo único- Na implementação do currículo, os Temas Transversais devem ser


desenvolvidos de forma interdisciplinar, assegurando, assim, a articulação com a Base Nacional
Comum e a Parte Diversificada.

Art. 133. Na organização curricular do ensino fundamental deve ser observado o conjunto de
Conteúdos Básicos Comuns (CBC) a serem ensinados, obrigatoriamente, por todas as unidades
escolares da rede municipal de ensino.

Art. 134. A escola, de acordo com o seu Projeto Político Pedagógico oferecerá aos alunos com
necessidades educacionais especiais, alternativas variadas para acesso ao currículo.

Art. 135. As adaptações curriculares serão fundamentadas em publicações e normas oficiais.

Art. 136. Alunos com necessidades educacionais especiais terão um Plano de Desenvolvimento
Individual (PDI), devendo ser elaborado no início de sua vida escolar e continuamente atualizado
em função de seu desenvolvimento e aprendizagem.

Art. 137. A formação dos valores cívicos é um dos aspectos que serão desenvolvidos na educação
integral dos alunos, com a execução, semanal, do Hino Nacional Brasileiro, conforme legislação
vigente.

CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DAS ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO

SEÇÃO I – DO ENSINO FUNDAMENTAL

Art. 138. O Ensino Fundamental, etapa de escolarização obrigatória, deve comprometer-se


com uma educação com qualidade social e garantir ao educando:
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, com pleno domínio da leitura, da escritae
do cálculo;
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 47
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III. a aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes e valores, como
instrumentos para uma visão crítica do mundo;
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Parágrafo único- O Ensino Fundamental deve promover um trabalho educativo de inclusão, que
reconheça e valorize as experiências e habilidades individuais do aluno, atendendo às suas
diferenças e necessidades específicas, possibilitando, assim, a construção de uma cultura escolar
acolhedora, respeitosa e garantidora do direito a uma educação que seja relevante, pertinente e
equitativa.

Art. 139. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é Componente Curricular assegurando o


respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
I. o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

CAPÍTULO III – DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Art. 140. A instituição, sem perder de vista as especificidades da Educação Infantil, deve planejar
a continuidade do processo de aprendizagem e de desenvolvimento das crianças, na transição para
o Ensino Fundamental, promovendo atividades integradoras, como, por exemplo:
I. encontros, para relatos e trocas de informações, entre os profissionais que trabalham com as
crianças, na Educação Infantil, e os profissionais que possivelmente atuarão com as mesmas, no
Ensino Fundamental;
II. compartilhamento de informações, relatórios e registros sobre o processo educativo dessas
crianças com os professores e gestores das escolas.

Art. 141. A avaliação da aprendizagem dos estudantes, realizada pelos professores em conjunto
com toda a equipe pedagógica da escola, é parte integrante da proposta curricular,
redimensionadora da ação pedagógica. A avaliação da aprendizagem, de caráter processual,
formativo e participativo, deve:
I - ser contínua, cumulativa e diagnóstica;
II - utilizar vários instrumentos, recursos e procedimentos;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 48


III- fazer prevalecer os aspectos qualitativos do aprendizado dos estudantes sobre os
quantitativos;
IV- assegurar tempos e espaços diversos para que os estudantes com menor rendimento
tenham condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano letivo;
V- prover, obrigatoriamente, intervenções pedagógicas, ao longo do ano letivo, para garantir a
aprendizagem no tempo certo;
VI- possibilitar aceleração de estudos para os estudantes com distorção idade/ano de escolaridade;
VII- considerar as habilidades desenvolvidas ao longo do processo de ensino e aprendizagem.
VIII- No processo de avaliação da aprendizagem, escola distribuirá, obrigatoriamente, de 0 a 100
pontos ao longo do período letivo para todos os componentes curriculares.
§1º - O ano letivo será organizado em quatro bimestres, sendo distribuídos 25 pontos em cada
bimestre por componente curricular.
§2º - Será considerado aprovado o estudante que obtiver 60% ou mais pontos no total distribuídoem
cada componente curricular e 75% ou mais da frequência carga horária anual ousemestral,
conforme o caso.

Art. 142. A escola deve oferecer aos estudantes diferentes oportunidades de aprendizagem com
atividades de intervenções pedagógicas ao longo de todo o ano letivo, a saber:
I - estudos contínuos de recuperação, ao longo do processo de ensino e aprendizagem, em salade
aula, constituídos de atividades específicas para o atendimento ao estudante ou grupos de
estudantes que não desenvolveram as habilidades trabalhadas;
II - estudos periódicos de recuperação, aplicados ao final de cada bimestre, antes da realização do
Conselho de Classe, para o estudante ou grupo de estudantes que não desenvolveram as habilidades
previstas para o bimestre;
III - estudos independentes de recuperação, realizados após o último conselho de classe, com
atividades avaliativas a serem aplicadas antes do encerramento do ano escolar, quando as
estratégias de intervenção pedagógica previstas nos incisos I e II não tiverem sido suficientes para
atender às necessidades mínimas de aprendizagem do estudante.

Parágrafo único- Para os estudos independentes de recuperação, deverá ser elaborado, pelo
professor responsável pelo componente curricular, um plano de estudos, com orientações e
atividades que contemplem o(s) objeto(s) do conhecimento e a(s) habilidade(s) que não foram
consolidadas pelo estudante.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 49


SEÇÃO I – DA TERMINALIDADE ESPECÍFICA

Art. 143. A educação especial, prevista obrigatoriamente no projeto político pedagógico e no


regimento escolar, deverá viabilizar as condições de acesso, percurso, permanência com qualidade
e conclusão das etapas de ensino, garantindo o desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes
e as flexibilizações previstas na legislação vigente. Os alunos com graves comprometimentos
intelectuais ou múltiplos poderão ter a terminalidade específica, do níveldoEnsino Fundamental.

Art. 144. A terminalidade específica ocorrerá mediante a certificação especial de forma descritiva
das habilidades atingidas pelo educando e baseada no seu PDI e considerando-se os impedimentos
realmente identificados e comprovados.

Art. 145. A certificação especial de conclusão de etapa ou curso de educação básica oferecido ao
aluno com necessidades educacionais especiais, no que e como couber, descreverá as habilidades
e competências a partir de relatório circunstanciado e plano de desenvolvimento, deque constem
ainda:
I. avaliação pedagógica alicerçada em programa de desenvolvimento educacional para o
aluno;
II. tempo de permanência na etapa do curso;
III. processos de aprendizagem funcionais, da vida prática e da convivência social;
IV. nível de aprendizado da leitura, escrita e cálculo.

Parágrafo Único- As escolas deverão manter arquivo com a documentação que comprove a
necessidade de emissão da certificação especial, incluindo o relatório circunstanciado e o plano de
desenvolvimento individual do aluno, para garantia da regularidade da vida escolar do aluno e
controle pelo sistema de ensino.

CAPÍTULO IV - DO DESEMPENHO DA ESCOLA

Art. 146. A escola deve divulgar amplamente os dados relativos a:


I. indicadores e estatísticas do desempenho escolar dos alunos e resultados obtidos pela
escola nas avaliações externas;
II. medidas, projetos, propostas e ações desenvolvidas e previstas pela escola para
melhorar sua atuação.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 50


Parágrafo Único- Considera-se relevante para o cumprimento do que estabelece o caput deste
artigo:
I. número de alunos matriculados por períodos.
II. resultado do desempenho de acordo com a modalidade de ensino;
III. medidas adotadas no sentido de melhorar o processo pedagógico e garantir o sucesso
escolar;
IV. medidas adotadas para evitar a evasão escolar;
V. percentual de alunos evadidos por período;
VI. taxas de distorção idade/ano de escolaridade e as medidas adotadas para reduzir esta
distorção.

Art. 147. Compete à Escola manter atualizados os dados da Secretaria Escolar, organizados de
acordo com as normas estabelecidas pelo Sistema.

CAPÍTULO V - DA PROGRESSÃO

SEÇÃO I – DA PROGRESSÃO CONTINUADA

Art. 148. A progressão continuada, com aprendizagem e sem interrupção, adotada nos ciclos da
alfabetização e complementar está vinculada à avaliação contínua e processual que permite ao
professor acompanhar o desenvolvimento e detectar as dificuldades de aprendizagem apresentadas
pelo estudante, no momento em que elas surgem, intervindo de imediato, com estratégias
adequadas, para garantir as aprendizagens básicas.

Parágrafo único- A progressão continuada nos anos iniciais do ensino fundamental deve estar
apoiada em ações de intervenção pedagógica significativas, para garantir a consolidação das
habilidades previstas para o ano em curso.

Art. 149. As escolas e os professores, com o apoio da família e da comunidade, devem envidar
esforços para assegurar o progresso contínuo dos estudantes no que se refere ao seu
desenvolvimento pleno e à aquisição de aprendizagens significativas, fazendo uso de todos os
recursos disponíveis, e ainda:
I - criando, ao longo do ano letivo, novas oportunidades de aprendizagem para os estudantes que
apresentem baixo desempenho escolar;
II - organizando agrupamento temporário para estudantes de níveis equivalentes de dificuldades,
com a garantia de aprendizagem e de sua integração nas atividades cotidianas de sua turma;

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 51


III - adotando as providências necessárias para que a operacionalização do princípio da
continuidade não seja traduzida como promoção automática de estudantes de um ano ou ciclo para
o seguinte, e para que o combate à repetência não se transforme em descompromisso como ensino
e aprendizagem.

SEÇÃO II – DA PROGRESSÃO PARCIAL

Art. 150. A progressão parcial é o procedimento que permite ao estudante avançar em sua trajetória
escolar, possibilitando-lhe novas oportunidades de estudos, no ano letivo subsequente, naqueles
aspectos dos componentes curriculares nos quais necessita, ainda, consolidar conhecimentos e
habilidades básicas.
§ 1º - A progressão parcial é prevista do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e no 1º e 2º ano do
ensino médio.
§ 2º - O disposto no caput aplica-se também na transição do 9º ano do ensino fundamental parao
1º ano do ensino médio.

Art. 151. Poderá beneficiar-se da progressão parcial, em até 03 (três) Componentes Curriculares,o
aluno que não tiver consolidado as competências básicas exigidas e que apresentar dificuldadesa
serem resolvidas no período subsequente.
§ 1º O aluno em progressão parcial no 4º período dos anos finais do Ensino Fundamental tem sua
matrícula garantida no 1º ano do Ensino Médio nas Escolas da Rede Pública Estadual, onde deverá
realizar os estudos necessários à superação das deficiências de aprendizagens evidenciadas nos
tema(s) ou tópico(s) no(s) respectivo(s) componente(s) curricular(es).
§ 2º Ao estudante em progressão parcial, devem ser assegurados estudos orientados, conforme
plano de intervenção pedagógica elaborado, conjuntamente, pelos professores do(s)
componente(s) curricular(es) do ano anterior e do ano em curso, com a finalidade de
proporcionar a superação das defasagens e dificuldades no (s) objeto (s) do conhecimento,
habilidade (s) identificadas pelo professor e discutidas no conselho de classe.
§ 3º As ações do plano de estudo orientado devem ser desenvolvidas por meio de diferentes
estratégias, obrigatoriamente, pelo(s) professor(es) do(s) componente(s) curricular (es) do ano
letivo imediato ao da ocorrência da progressão parcial.
§ 4º O cumprimento do processo de progressão parcial pelo aluno deverá ocorrer preferencialmente
no 1º (primeiro) trimestre do ano letivo seguinte, uma vez resolvida a dificuldade evidenciada no(s)
tema(s) ou tópico(s) do(s) Componentes Curricular(es).

Art. 152. Na transferência de estudantes aprovados em regime de progressão parcial,


REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 52
independentemente da escola de destino, a escola de origem deve anexar ao histórico escolar um
relatório descrevendo a situação escolar com o detalhamento das habilidades não consolidadas
no(s) componente(s) curricular(es) em progressão.

Parágrafo único- A escola de destino deverá realizar um plano de estudos orientado com base no
relatório enviado pela escola de origem, com o objetivo de superar a progressão parcial e garantir
ao estudante o seu percurso escolar.

Art. 153. É exigida do aluno a frequência mínima obrigatória de 75% da carga horária anual total.

Art. 154. A promoção dos estudantes do ensino fundamental deve ser decidida, coletivamente,
pelos professores no conselho de classe, levando-se em conta o desempenho global do estudante,
seu envolvimento no processo de aprender e não apenas a avaliação de cada professor em seu
componente curricular, de forma isolada, considerando-se os princípios da continuidade da
aprendizagem do estudante e da interdisciplinaridade.

Parágrafo único- Conselho de Classe é uma instância responsável por favorecer a articulação
entre professores, realizar a análise das metodologias utilizadas, estabelecer a relação dos diversos
pontos de vistas e as intervenções necessárias nos processos de ensino e de aprendizagem.

Art. 155. Os componentes curriculares, cujos objetivos educacionais colocam ênfase nos aspectos
afetivo, social, psicomotor e desenvolvimento do protagonismo estudantil, não poderão influir na
classificação e promoção dos estudantes, a saber - arte, ensino religioso e educação física.

Parágrafo único- Os componentes curriculares anteriormente citados deverão ter notas


computadas, variando entre 60 e 100 pontos anuais e ter a frequência do estudante computadapara
fins de registro de vida escolar, como os demais componentes da matriz.

Art. 156. Após o encerramento de cada um dos 4(quatro) bimestres, deverão ser comunicados, por
escrito, em até 10 dias úteis, aos estudantes e aos seus responsáveis legais, quando menor, os
resultados da avaliação da aprendizagem.

Parágrafo único- Devem ser informadas, também, as estratégias de intervenção pedagógica que
foram utilizadas e que serão oferecidas pela escola para o estudante que ainda não desenvolveuas
habilidades

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 53


SEÇÃO III - DA CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Art. 157. O recurso da classificação, na educação básica, tem por objetivo posicionar o estudante
no ano de escolaridade compatível com sua idade, experiência, nível de desempenho ou de
conhecimento, nas seguintes situações:
I - por promoção, para estudantes que cursaram, com aproveitamento, o ano anterior, na própria
escola;
II - por transferência, para estudantes procedentes de outra escola situada no país ou no exterior,
considerando a idade e desempenho;
III - independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina
o grau de desenvolvimento, considerando a idade do estudante, exceto no 1º ano do ensino
fundamental.

Parágrafo único- Os documentos que fundamentarem e comprovarem a classificação do


estudante deverão ser arquivados na sua pasta individual.
Art. 158. A reclassificação é o reposicionamento do estudante no ano diferente de sua situação
atual, a partir de uma avaliação de seu desempenho, podendo ocorrer nas seguintes situações: I -
avanço: propicia condições para conclusão de anos da educação básica, em menos tempo, ao
estudante com altas habilidades/superdotação, comprovadas por avaliações diagnósticasem
todos os componentes curriculares e relatórios complementares de profissionais competentes;
II - aceleração: é a forma de reposicionar o estudante com atraso escolar em relação à sua
idade, durante o ano letivo;
III - transferência: o estudante proveniente de escola situada no país ou exterior poderá ser
avaliado e posicionado, em ano diferente ao indicado no seu histórico escolar da escola de origem,
desde que comprovados conhecimentos e habilidades;
IV - Frequência: para o estudante com frequência inferior a 75% da carga horária mínima exigida
e que apresentar desempenho satisfatório em todos os componentes curriculares.
§1º - Os documentos que fundamentarem e comprovarem a reclassificação deverão ser arquivados
na pasta individual do estudante.

SEÇÃO IV - DA SUSPENSÃO E ENCERRAMENTO


DAS ATIVIDADES

Art. 159. - A suspensão de atividades e o encerramento do atendimento, por iniciativa da


instituição, são procedimentos distintos, sendo o primeiro de caráter temporário e o segundo, de
caráter definitivo.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 54


§ 1º - A suspensão e o encerramento de atividades deverão ser comunicados, à SRE, por meio de
seu órgão próprio, e aos pais e/ou responsáveis pelas crianças, no prazo mínimo de 90 (noventa)
dias antes do término do ano letivo, devendo, a instituição, protocolar ata comprovando ciência do
fato, às famílias.
§ 2º - A suspensão poderá ser em caráter temporário, por até 2 (dois) anos, devendo a mesma ser
publicada no Diário Oficial do Estado.
§ 3º - Caso a instituição que esteja com o atendimento suspenso queira retomar suas atividades,
deverá solicitar Renovação da Autorização de Funcionamento, conforme o disposto na Resolução
CEE Nº 472, de 19 de dezembro de 2019 e Resolução SEE 486, de 21 de janeiro de2022.
§ 4º - Decorridos 2 (dois) anos de suspensão das atividades, o Poder Executivo considerará
encerrado o atendimento da instituição.

§ 5º - Caso haja encerramento das atividades da instituição, o processo deverá ser arquivado, pela
SEMEC, após publicação no Diário Oficial do Estado.

TÍTULO IX – DOS PROJETOS E PARCERIAS

Art. 160. Os projetos e ações propostos pela unidade de ensino devem ser desenvolvidos de
maneira integrada ao Projeto Político-Pedagógico e estar alinhados com as diretrizes da Secretaria
de Municipal de Educação.

Parágrafo único- A direção da Escola poderá buscar parcerias para o desenvolvimento de suas
ações e projetos junto a associações diversas, instituições filantrópicas, iniciativa privada,
instituições públicas e comunidade em geral, propondo à Secretaria de Municipal de Educação,
quando for o caso, a assinatura de convênios ou instrumentos jurídicos equivalentes para viabilizar
as referidas parcerias.

TÍTULO X – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 161. No primeiro bimestre de cada ano letivo, com o objetivo de propor medidas imediatasde
intervenção pedagógica, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura promoverá junto às escolas
o levantamento da situação dos estudantes cuja trajetória escolar esteja comprometida por:
I - distorção idade/ano de escolaridade;II
- defasagens de aprendizagem;
III - situação de progressão parcial.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 55


Parágrafo único- Os estudantes com distorção idade/ano de escolaridade deverão seratendidos
pela escola, utilizando-se das seguintes estratégias:
I - reclassificação, conforme previsto no artigo 111 da Resolução SEE nº4.692/2021;
II - Organização de turmas específicas de aceleração, conforme diretrizes estabelecidas pela
Secretaria de Estado de Educação;

Art. 162. É vedado à escola:


I - cobrar taxas, contribuições ou exigir pagamentos a qualquer título;
II - exigir das famílias a compra de material escolar mediante lista estabelecida pela escola;
III - impedir a frequência às aulas ao estudante que não estiver usando uniforme ou não
dispuser do material escolar;
IV - vender uniformes.

Art. 163. Os projetos e ações propostos pela escola devem ser desenvolvidos de maneira integrada
ao projeto político pedagógico e estar alinhados com as diretrizes da Secretaria de Estado de
Educação e SEMEC. A escola expedirá documentos escolares nos termos e de acordo com a
legislação educacional vigente.

Art. 164. Das decisões da escola caberá recurso para os órgãos competentes.

Art. 165. Os casos omissos neste Regimento poderão ser resolvidos pela direção da escola ou
pelos órgãos competentes, respeitadas as determinações legais vigentes.

Art. 166. Este regimento será revisto a cada 2 anos e sempre que suas disposições colidirem comas
leis de ensino submetendo-se as reformulações e registro na SRE Unaí.

Art. 167. Ao Regimento Escolar terão acesso todos os alunos, pais/responsáveis e funcionários.

Art. 168. No caso em que dispositivos deste Regimento estiverem em conflito com os da Lei, estes
últimos, prevalecerão, sempre, sobre aqueles para que se evitem prejuízos decorrentes daadoção
dos recursos inovadores da Lei.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 56


Buritis MG, 13 de julho de 2022.

Eliene Aparecida Teixeira da Silva


Secretária Municipal de Educação

Rubenice Faria Mesquita Morato


Coordenadora Pedagógica

Maria Ilma das Neves


Diretora Escolar

Jane de Assunção Santos


Secretária Escolar

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 57


REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Congresso Nacional, 1988.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação


nacional.

RESOLUÇÃO SEE Nº 4.692, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2021. Dispõe sobre a organização e o


funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá outras
providências.

RESOLUÇÃO CEE Nº 472, de 19 de dezembro de 2019, dispõe sobre a organização e o


funcionamento da Educação Infantil no Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais e dá outras
providências.

Res. CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010, que define diretrizes curriculares nacionais gerais
para a educação básica, Res. CNE/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa diretrizes
curriculares nacionais para o ensino fundamental de 9 (nove) anos.

Parecer CEE nº 1.132, de 12 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a Educação Básica, nos termos
da Lei 9.394/96 e do Parecer CEE nº 1.158, de 11 de dezembro de 1998, que responde consulta da
SEE/MG e da Federação dos Estabelecimentos de Ensino de Minas Gerais, com as orientações ao
sistema estadual de ensino para operacionalização do disposto no Parecer nº 1.132/1997.

Lei nº 13.415, de 17 de fevereiro de 2017, que altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Lei nº 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento


da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº
236, de 28 de fevereiro de 1967.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 58


Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, que institui e orienta a implantação da Base
Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas
modalidades no âmbito da Educação Básica.

Resolução CNE/CP nº 2/2017, fundamentada no Parecer CNE/CP nº 15/2017.

Resolução SEE nº 4256, de 10 de janeiro de 2020, que institui as Diretrizes para normatização e
organização da Educação Especial na rede estadual de Ensino de Minas Gerais.

RESOLUÇÃO CEE Nº 481, de 1º de julho de 2021, que institui e orienta a implementação do


Currículo Referência de Minas Gerais nas escolas de Educação Básica do Sistema de Ensino do
Estado de Minas Gerais.

Resolução CNE/CEB nº 05, de 17 de dezembro de 2009, as Diretrizes Curriculares Nacionais


Gerais para a Educação Básica.

Resolução CEE/MG nº 470, de 27 de junho de 2019, que normatiza a implementação doCurrículo


Referência de Minas Gerais para a Educação Infantil o Ensino Fundamental.

Parecer CEE nº 1.198, aprovado em 19.12.2019.

REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 59

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