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Educação Infantil
Ensino Fundamental
Buritis MG - 2022
LOCALIZAÇÃO/ENDEREÇO: Av. Tionesto José Lopes, nº 180 Distrito de Serra Bonita - Buritis-MG;
EMAIL: mariailmadasneves2017@gmail.com
CONTATO: (61) 998420541
ESCOLA
FUNDAMENTAL I – 1º A0 5º ANO
Art. 1. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seupreparo parao
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
§ 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociaise
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Art. 2. A educação, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 4. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho
e em estudos posteriores.
Art. 6. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos e 11 meses de idade, em seus
aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social, complementando a ação da família e da
comunidade. A Educação Infantil, a partir das interações e brincadeiras, deve garantir 6 (seis)
direitos de aprendizagem, considerando as diferentes experiências pelas quais os bebês e as
crianças aprendem e constroem sentidos sobre si, os outros e o mundo:
I. Conviver, com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes
linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às
diferenças entre as pessoas.
II. Brincar, cotidianamente, de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes
parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus
conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade e suas experiências emocionais, corporais,
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
III. Participar, ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola
e das atividades propostas pelo educador, quanto da realização das atividades da vida cotidiana,
tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes
linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.
IV. Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,
Art. 8. Os parâmetros de organização dos grupos de crianças devem considerar o seguinte númerode
crianças, por professor:
I. crianças de 0 a 12 meses – até 8 (oito) crianças;
II. crianças de 1 a 2 anos (13 meses a 24 meses) – até 12 (doze) crianças;
III. crianças de 2 a 3 anos (25 meses a 36 meses) – até 15 (quinze) crianças;
IV. crianças de 3 a 4 anos (37 meses a 48 meses) – até 20 (vinte) crianças;
V. crianças de 4 a 5 anos (49 meses a 60 meses) – até 20 (vinte) crianças;
VI. crianças de 5 a 6 anos e 8 meses (61 a 80 meses) – até 25 (vinte e cinco) crianças.
Art. 9. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I. Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
II. Carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200
(duzentos) dias de trabalho educacional;
III. Atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7
(sete) horas para a jornada integral;
IV. Controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência
mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
V. Expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança.
Art. 10. O ensino fundamental etapa de escolarização obrigatória, deve comprometer-se com a
formação integral dos estudantes, ofertando uma educação com equidade e qualidade, com duração
de 09 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por
objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio
da leitura, da escrita e do cálculo;
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e
dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social.
Art. 11. A Educação Especial, modalidade transversal a todas as etapas e modalidades de ensino,é
parte integrante da educação regular, destinada aos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Art. 12. O Projeto Político-Pedagógico da Escola e o Regimento Escolar devem contemplar as
condições de acesso, percurso e permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas comuns do ensino regular,
garantindo o processo de inclusão.
Parágrafo único- A Escola João da Pena Lobo oferta vagas da Educação Infantil aos anos do
Ensino Fundamental. Os estudantes que apresentam laudos com direito ao atendimento
individualizado (AEE), são contratados professores de apoio.
Art. 14. A escola, embasada nos princípios da educação nacional, sua filosofia, função social e
missão adotará como norteadores de suas ações pedagógicas, os seguintes princípios:
I. Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade da pessoa
humana e de compromisso com a promoção do bem de todos, contribuindo para combater e
eliminar quaisquer manifestações de preconceito de origem, gênero, etnia, cor, idadee quaisquer
outras formas de discriminação;
II. Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem
comum; da garantia do regime democrático; do uso consciente dos recursos naturais; da equidade
como forma de assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes
necessidades;
III. Estéticos: do cultivo da sensibilidade com racionalidade; do enriquecimento das formas de
expressão e do exercício da criatividade; da valorização das diferentes manifestações culturaise
solidárias.
CAPÍTULO I – DIRETORIA
Art. 19. A escola manterá a Caixa Escolar regida por regulamento próprio, cujo funcionamento
se dará em conformidade com a legislação vigente.
Art. 20. Fica vedada, nos espaços da escola, a comercialização de lanches e bebidas contendo os
produtos e/ou preparações, industrializados ou não, que contenham altos teores de calorias, gordura
saturada, gordura trans, açúcar livre, sal, teor alcoólico e baixo teor nutricional.
Art. 22. Com os recursos transferidos para execução do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) é vedada a aquisição de:
I. balas, pirulitos, chicletes e demais guloseimas;
II. refrigerantes e pó para preparo de refresco;
III. produtos com teor alcoólico.
Art. 27. Os recursos financeiros da Caixa Escolar serão depositados em conta mantida em
estabelecimento bancário, autorizado pelo Banco Central do Brasil a atuar no mercado financeiro,
efetuando-se sua movimentação por meio de cheques nominais ou ordens de pagamento ao credor,
emitidos solidariamente pelo presidente ou seu substituto legal e pelo tesoureiro.
Art. 29. A Caixa Escolar poderá, a qualquer tempo, sofrer intervenção das autoridades
competentes da SEMEC, decorrentes de indícios ou denúncias de irregularidades na execução
financeira de seus recursos.
Art. 30. O conselho de classe é uma instância colegiada, responsável por favorecer a articulação
entre professores, realizar a análise das metodologias utilizadas, estabelecer a relação dos diversos
pontos de vistas e as intervenções necessárias nos processos de ensino e de aprendizagem e
compete ao Conselho de Classe:
I. apresentar e debater o aproveitamento geral da turma, analisando as causas de baixo e alto
desempenho;
II. decidir pela aplicação, repetição ou anulação do mecanismo de avaliação do desempenhodo
educando, no qual ocorra irregularidade ou dúvida quanto ao resultado;
III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de ensino
aprendizagem, que atendam à real necessidade do educando, em consonância com a proposta
pedagógica da unidade de ensino;
IV. decidir sobre a aprovação, a reprovação e a recuperação do educando, quando o resultado
final de aproveitamento apresentar dúvida;
V. discutir e apresentar ações com sugestões que possam aprimorar o comportamento
disciplinar das turmas;
VI. definir ações que visem à adequação dos métodos e técnicas de ensino e ao
desenvolvimento das competências e habilidades previstas na Fomação Geral Básica e nacional
comum e Curriculo Referencia de Minas Gerais, quando houver dificuldades nas práticas
educativas;
VII. deliberar sobre a aprovação e o avanço de estudo;
VIII. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e estudos para a melhoria do
processo ensino aprendizagem;
Art. 32. O conselho de classe é constituído por todos os professores da mesma turma, pelo
Especialista, diretor, representante de educando de cada ano, de acordo com o critério estabelecido
pela unidade de ensino.
Art. 33. O conselho de classe é presidido pelo Especialista em Educação e, na ausência, pelo
diretor da unidade de ensino e deve ser secretariado por um dos membros, que lavrará a ata emlivro
próprio.
Art. 34. O conselho de classe deve reunir-se, sistematicamente, uma vez por bimestre ou quando
convocado pela direção da unidade de ensino.
Art. 36. Os serviços de conservação, limpeza e cantina serão executados pelas Serventes Escolares.
Art. 37. As atribuições das Serventes Escolares serão delegadas pela diretoria, em conformidade
com as necessidades do estabelecimento.
Art. 38. O horário de trabalho das Serventes Escolares será distribuído em conformidade com as
necessidades do Estabelecimento e em cumprimento a carga horária semanal estabelecida em lei.
Art. 41. O serviço do Especialista tem por finalidade, planejar, controlar e avaliar as atividades
pedagógicas desenvolvidas na escola.
Art. 42. O serviço do Especialista será composto por profissional legalmente habilitado.
Art. 45. O corpo docente é constituído por todos os professores responsáveis pelo exercícioda
função de docência na unidade de ensino, responsabilizando-se pela regência de turmas ou por
aulas, pela substituição eventual de docente, pelo ensino do uso da biblioteca, pela docência,em
oficina pedagógica, por atividades artísticas e pela recuperação de aluno com deficiência de
aprendizagem.
Art. 47. As férias do corpo docente são fixadas no calendário escolar da unidade de ensino, em
conformidade com a legislação vigente.
Art. 50. A Informática Educativa terá como finalidade inserir na escola uma nova visão do mundo,
procurando a reconstrução do conhecimento diante das transformações sociais e face à
globalização e inovações tecnocientíficas.
Art. 51. A Informática Educativa terá como objetivo inovar a postura do professor na conduta de
suas aulas, para que tornem o ensino mais cooperativo, alegre, participativo, ordenado e criativo.
Art. 52. O Laboratório de Informática será usado dentro de um cronograma estabelecido conforme
o planejamento das atividades a serem desenvolvidas pelo professor.
Art. 53. A comunidade escolar é constituída pelo diretor, equipe pedagógica; corpo docente,
servidores serviços administrativos e serviços gerais, corpo discente, pais e/ou responsáveis e a
sociedade diretamente ligada.
Art. 54. A admissão de pessoal a serviço da escola ficará sujeita a exigências legais vigentes.
Art. 55. Ao diretor, à equipe pedagógica e ao corpo docente, além dos direitos assegurados emlei,
são garantidos os seguintes direitos:
I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenhoda
função;
II. participar da elaboração e implementação da proposta pedagógica e dos regulamentos
internos da unidade de ensino;
III. participar de grupos de estudo, encontro, curso, seminário e outros eventos ofertados
pela Secretaria Municipal de Educação tendo em vista o constante aperfeiçoamento profissional;
IV. atender aos dispositivos constitucionais e à legislação específica vigente;
V. requisitar previamente ao setor competente o material necessário à atividade, dentro das
possibilidades da unidade de ensino;
VI. propor ações que tenham por finalidade o aprimoramento dos procedimentos da avaliação,
do processo ensino-aprendizagem, da administração, da disciplina e da relação de trabalho na
unidade de ensino;
VII. utilizar-se das dependências e dos recursos material e humano da unidade de ensino, parao
desenvolvimento de atividades diversas;
VIII. votar e/ou ser votado como representante da Caixa Escolar da escola e associações afins;
IX. participar do processo de formação continuada oferecida pela Secretaria Municipal da
Educação;
X. ter acesso às orientações e normas emanadas da Secretaria Municipal da Educação;
XI. participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria Municipal da
Educação;
XII. tomar conhecimento das disposições deste Regimento e das normas de convivência da
unidade de ensino;
XIII. usufruir o período de férias previsto em lei.
Art. 61. São deveres dos Auxiliares de Serviços Administrativos e Serventes Escolares:
I. cumprir e fazer cumprir os horários e o calendário escolar;
II. ser assíduo e pontual, comunicando, com antecedência, os atrasos e as faltas eventuais;
III. contribuir, no âmbito de sua competência, para que a unidade de ensino cumpra a sua
função;
IV. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de igualdadede
condições para o acesso e a permanência do educando na unidade de ensino;
V. manter e promover relações cooperativas no ambiente da unidade de ensino;
VI. manter e fazer manter o respeito e o ambiente favorável ao desenvolvimento do
processo de trabalho na unidade de ensino;
VII. colaborar na realização dos eventos que a unidade de ensino promover, para os quais
for convocado;
VIII. zelar pela manutenção e conservação das instalações escolares;
IX. colaborar com as atividades de articulação da unidade de ensino com as famílias e a
comunidade;
X. tomar conhecimento das disposições contidas neste Regimento;
XI. cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento, no seu âmbito de ação.
Art. 64. Aos membros da comunidade escolar é vedado, respeitada a natureza de cada
cargo/função:
I. usar linguagem inadequada em suas atividades de ensino e no convívio escolar;
II. reter os alunos em atividades no horário destinado à merenda;
III. aplicar castigo corporal ou desmoralizante a qualquer aluno;
IV. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente qualquer
membro da comunidade escolar;
V. exigir do aluno esforço físico ou mental incompatível com sua aptidão;
VI. suspender o aluno de aula ou colocá-lo fora de sala;
VII. alterar qualquer resultado da avaliação, após a entrega do mesmo ou ressalvado pelo
professor;
VIII. expor educandos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a situações
constrangedoras;
IX. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e o
andamento geral da unidade de ensino;
X. retirar e utilizar qualquer documento, material e equipamento pertencente à unidadede
ensino, sem a devida permissão do diretor;
Art. 66. Serão vedadas as sanções e penalidades que atentarem contra a dignidade pessoal, contra
a saúde física e mental ou que prejudiquem o processo formativo do aluno.
Art. 67. Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto neste Regimento serão apurados,
ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em ata, com as respectivas assinaturas.
Art. 68. O regime disciplinar tem por finalidade aprimorar a formação do educando, o
funcionamento do trabalho escolar e o respeito mútuo entre os membros da comunidade escolar,
para a obtenção dos objetivos previstos neste Regimento.
Art. 69. A ação disciplinadora do educando na unidade de ensino, em princípio, tem caráter
preventivo e orientador.
Art. 73. O não cumprimento dos deveres e a incidência em atos indisciplinares ou atos infracionais
podem acarretar ao educando as medidas educativas disciplinares, conforme a seguinte gradação:
I. ao educando que cometa ato indisciplinar leve ou descumprir com seus deveres
previstos neste Regimento, aplica-se:
a) advertência verbal e escrita.
b) retirada do aluno de sala de aula ou atividade em curso e encaminhamento à diretoriaou
coordenação para orientação;
Paragrafo Único- A reincidência da falta leve superior a duas vezes no decorrer do ano letivo
caracterizará uma falta grave, mediante registro em livro próprio.
Art. 74. A aplicação de qualquer medida educativa disciplinar implica, além do registro em
documento próprio (livro de ocorrências), a comunicação oficial ao educando e ao seu responsável,
na presença de duas testemunhas, quando menor, com arquivamento na pasta individual do
educando.
§ 1.º Em casos de medidas educativas disciplinares, que importem em suspensão de aulas, deverá
o diretor da unidade de ensino, a equipe pedagógica e o docente providenciar atividades
pedagógicas a serem cumpridas pelo educando na própria unidade de ensino, duranteo período de
suspensão.
§ 2.º A ausência do educando às aulas deve ser compensada mediante o cumprimento e entregadas
atividades pedagógicas.
Art. 75. As medidas educativas disciplinares devem ser aplicadas ao educando, observando-se a
sua idade, grau de maturidade, histórico disciplinar e gravidade da falta:
I. as medidas previstas no inciso I, do art. 89 são aplicadas pelo professor ou pelo
Especialista;
II. as medidas previstas no inciso II, alínea a, b, c do art. 89 são aplicadas pelo diretor;
III. as medidas previstas no inciso II, alínea d, do art. 89 são aplicadas pelo diretor após
referendo do Conselho da Escola e em consonância com o Conselho Tutelar e Ministério Público;
Art. 76. Em qualquer caso, é garantido amplo direito de defesa ao educando e aos seus
responsáveis, sendo indispensável a oitiva individual do educando.
Art. 77. Cabe pedido de revisão da medida aplicada e, quando for o caso, recurso ao Conselho
Escolar.
Art. 78. Nos casos de ato infracional, o diretor da unidade de ensino deve:
I. encaminhar os fatos imediatamente ao conselho tutelar, se o educando for criança (menor
de 12 anos);
II. encaminhar os fatos ao conselho tutelar e providenciar que seja lavrado o Boletim de
Ocorrência na delegacia de polícia, se o educando for adolescente (maior de 12 e menor de 18
anos);
III. providenciar que seja lavrado o Boletim de Ocorrência na delegacia de polícia, se o
educando for maior de 18 anos.
Art. 79. A aplicação das medidas disciplinares previstas não isenta os educandos ou seus
responsáveis do ressarcimento dos danos materiais causados ao patrimônio escolar e da adoçãode
outras medidas judiciais cabíveis.
Art. 80. Aos servidores na função de direção escolar, de docência, de técnico pedagógico e de
apoio educacional aplica-se o regime disciplinar próprio previsto em lei, mediante processo
administrativo, resguardado a ampla defesa e o contraditório.
II- Nos anos iniciais, a organização escolar do ensino fundamental passa a ter dois ciclos:
alfabetização e ciclo complementar:
a) O ciclo da alfabetização, formado pelo 1° e 2° ano, tem o foco no processo de alfabetização
para garantir aos estudantes a apropriação do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao
desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita, permitindo, assim, seu envolvimento
em práticas diversificadas de letramentos, bem como o desenvolvimento da capacidade de ler e
escrever números, compreender suas funções e o significado;
b) Ciclo complementar, formado pelo 3°, 4° e 5° ano, tem o objetivo de consolidar aprendizagens
anteriores e ampliar as práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças,
ampliando a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social,
possibilitando ao estudante lidar com sistemas mais amplos que dizemrespeito às relações dos
sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o
ambiente. A transição dos estudantes do ciclo complementar dos anos iniciais para os anos finais
do ensino fundamental deverá garantir a articulação sequencial necessária, em face das demandas
diversificadas exigidas dos estudantes, pelos diferentesprofessores, em contraponto à unidocência
dos anos iniciais.
Art 82. Considerando o currículo referência de Minas Gerais, as atividades pedagógicas serão
organizadas de forma gradativa e crescente em complexidade, de modo a assegurar que, ao final
desta etapa, todos os estudantes tenham garantido o desenvolvimento das competências específicas
de cada componente curricular.
Paragrafo único- O ensino, nos anos iniciais do ensino fundamental, deve estar articulado com as
experiências vividas na educação infantil, prevendo progressiva sistematização dessas
experiências quanto ao desenvolvimento de novas formas de relação com o mundo, novas formas
de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, refutá-las, elaborar conclusões, em
Art. 83. A escolha de professores para atuar nas turmas do Ciclo de Alfabetização deve levar em
conta: sua formação profissional, sua experiência e reconhecimento social como alfabetizador
bem-sucedidos, sua sensibilidade e interesse em trabalhar com crianças dessa faixa etária domínio
de metodologias e estratégias de ensino ou conforme determinação em legislação vigente em ano
em curso.
Art. 85. O Planejamento do ensino deve focalizar sua atenção em objetivos educacionais e
conteúdos essenciais a serem desenvolvidos e levar em conta as possibilidades diferenciadas de
trabalho em sala de aula, em função das necessidades de aprendizagem dos alunos.
Art. 86. O Plano de Ensino de cada equipe e professor deve resultar de um trabalho coletivo,
envolvendo pelo menos, as equipes de profissionais que atuam no mesmo ciclo, ano ou área
curricular.
Art. 87. Cabe ao professor ajustar o tempo destinado ao desenvolvimento das atividades
pedagógicas ao ritmo dos alunos sem perder de vista os objetivos a serem alcançados em cada fase
e ciclo.
Art. 88. As atividades escolares devem ser desenvolvidas diariamente numa jornada mínima de
quatro horas aula, excluído o tempo do recreio, entendendo-se o espaço da aula numa perspectiva
ampliada.
Art. 90. Os alunos com necessidades educacionais especiais serão atendidos nas classes regulares,
com os mesmos objetivos estabelecidos nas etapas da Educação Básica, de modo a garantir-lhes o
desenvolvimento de suas potencialidades.
Art. 91. Para os alunos com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento, a legislação
vigente prevê a possibilidade de flexibilização do tempo escolar em até 50% do tempo previsto em
lei para o Ensino Fundamental, obedecendo-se aos seguintes critérios:
I. nos períodos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, tem duração de 02 anos, sendo
limitados a 01 semestre para cada período.
Art. 92. O calendário escolar deve ser elaborado pela escola, em acordo com os parâmetros
definidos em norma específica, publicada anualmente pela Secretaria de Estado de Educação,
discutido e aprovado pelo conselho escolar e amplamente divulgado na comunidade escolar.
§1º - Cabe ao Serviço de Inspeção Escolar das Superintendências Regionais de Ensino
supervisionar o cumprimento das atividades nele previstas.
§2º - Serão garantidos, no calendário escolar, o mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e carga
horária obrigatória de:
I – 800 horas para a Educação Infantil;
II– 800 horas para o ensino fundamental anos iniciais;
Art. 93. Considera-se dia letivo aquele em que professores e estudantes desenvolvem atividadesde
ensino e aprendizagem, de caráter obrigatório, independentemente do local ondesejam realizadas.
Art. 94. Considera-se dia escolar aquele em que são realizadas atividades de caráter pedagógicoe
administrativo, com a presença obrigatória do pessoal docente, técnico e administrativo, podendo
incluir a representação de pais e estudantes.
Art. 95. É recomendada a abertura da escola nos feriados, finais de semana e férias escolares para
o desenvolvimento de atividades educativas e comunitárias, cabendo à direção da escola encontrar
formas para garantir o funcionamento previsto, observadas as vedações previstas emleis.
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 39
CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR
Art. 96. A jornada escolar deverá obedecer a carga horária anual ou semestral prevista para cada
etapa ou modalidade da educação básica conforme matriz curricular vigente.
Art. 97. Respeitados os dispositivos legais, compete à escola proceder à organização do tempo
escolar no ensino fundamental, assegurando a duração da semana letiva de 05 (cinco) dias.
Art. 98. Poderá ser organizado horário escolar, com aulas geminadas de um mesmo Componente
Curricular, para melhor desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem.
CAPÍTULO IV - DA MATRÍCULA
Art. 99. É vedada qualquer forma de discriminação, em especial aquelas decorrentes de idade,
gênero, orientação sexual, origem, etnia, cor e deficiência, no ato de efetivação e de renovação da
matrícula dos estudantes.
§1º - A matrícula dos estudantes poderá ocorrer em qualquer época do ano.
§2º - A matrícula do estudante público da educação especial é compulsória, deve ser realizada
preferencialmente em escola regular, sendo vedada a possibilidade de negativa de vaga, conforme
legislação vigente.
§3º - A matrícula é o ato formal que vincula o educando à unidade de ensino, conferindo-lhe a
condição de educando.
Art. 100. A matrícula deve ser requerida pelo responsável legal ou pelo próprio educando quando
maior de idade, sendo necessária a apresentação dos seguintes documentos:
I. certidão de nascimento ou de casamento (cópia);
II. histórico escolar;
III. comprovante de residência (conta de energia), em nome do responsável, do último mês
que anteceder à matrícula.
IV. Plano de Intervenção Pedagógica da Progressão Parcial ou Progressões Parciais, quando
for o caso.
§ 1.º Excepcionalmente, a escola poderá aceitar a matrícula, em caráter condicional, pelo prazo
máximo de 30 (trinta) dias, mediante a apresentação de declaração provisória de transferência,
expedida pela escola de origem.
Art. 102. A escola deve oferecer atividades complementares para os estudantes que, no ato da
matrícula, não tiverem optado por cursar o componente curricular ensino religioso, de oferta
obrigatória e matrícula facultativa, para cumprimento da carga horária obrigatória.
Art. 103. No ato da matrícula, o estudante transgênero interessado que seu nome social conste em
diários de classe, cadastros, fichas, listagens, formulários e demais documentos internos, poderá
fazer a solicitação, por escrito, conforme legislação específica.
§ 1º - Em se tratando de estudantes menores, é necessária a manifestação, por escrito, do
responsável legal.
§ 2º - O nome civil deverá ser usado em declarações, transferências, certificados, histórico escolar,
diplomas e outros documentos que resguardem a vida escolar do estudante.
Art. 104. No ato da matrícula, a direção da escola deverá informar ao estudante ou a seu
responsável legal sobre os principais aspectos da organização e funcionamento do estabelecimento
de ensino, apresentar o projeto político pedagógico, o regimento escolar e disponibilizar cópia das
vedações previstas no art. 115 da Resolução SEE Nº4.692/2021.
Art. 105. A Secretaria de Estado da Educação, por meio de Resolução, define anualmente as
normas de matrículas, que devem ser observadas por todas as unidades de ensino.
Art. 106. Os educandos com necessidades educacionais especiais devem ser matriculados em
todos os níveis e modalidades de ensino, respeitado o seu direito a atendimento adequado, pelos
serviços de apoio especializados.
Art. 107. Terá sua matrícula cancelada o estudante que, sem justificativa, deixar de comparecerà
escola, por um período de 25 dias letivos consecutivos em qualquer época do ano letivo,
configurando, assim, o abandono escolar.
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 41
§ 1º - Antes de efetuar o cancelamento da matrícula, a direção da escola deve esgotar todas as
alternativas de busca ativa e entrar em contato, por escrito, com o estudante ou seu responsávellegal,
quando menor, alertando-o sobre a obrigatoriedade da frequência e do seu direito à educação.
§ 2º - Constatado o abandono do estudante, a escola deve informar o fato, por escrito, ao Conselho
Tutelar, ao Juiz competente da comarca e ao representante do Ministério Público do município.
§ 3º - O estudante que teve a sua matrícula cancelada poderá retornar a qualquer tempo para a
mesma escola, caso haja existência de vaga.
Art. 109. O estudante que estiver em tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por
tempo prolongado terá assegurado o atendimento educacional conforme orientação específica.
Art. 110. Aos alunos que se encontram nas situações previstas no Decreto Lei nº. 1 044, de 21 de
outubro de 1969 e Lei N° 6.202, de 17 de abril de 1975, comprovadas mediante laudo médico
fornecido por órgão oficial será permitido atendimento especial com atribuições de trabalho
domiciliares compatíveis a seu estado de saúde e às possibilidades da Escola.
Art. 111. Será dispensado das atividades práticas de Educação Física o aluno portador de
deficiência física incompatível com as atividades, ou de moléstia, comprovada por atestado
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 42
médico, podendo a dispensa ser parcial, temporária ou total. Os alunos que comprovem ter maisde
30 anos de idade, ou que cumpram jornada de trabalho superior à 6 horas diárias, ou que tenham
prole também serão dispensados das atividades de Educação Física, devendo ficar arquivado em
sua pasta individual o comprovante que gerou a referida dispensa.
Art. 112. As alunas gestantes a partir do 8º mês de gravidez serão amparadas por 03 (três) meses
pela Lei Federal 6.202/75, e será assistida pelo regime de exercícios domiciliares instituídos pelo
Decreto-Lei 1044/69.
CAPÍTULO V – DA TRANSFERÊNCIA
Art. 113. A matrícula de alunos transferidos pode ocorrer em qualquer época do ano, observadasas
normas regimentais e a existência de vaga na escola.
Art. 114. A transferência será requerida pelo aluno, se maior de idade, ou pelo seu responsável,se
menor de idade.
Art. 116. Será aceita a matrícula do aluno transferido de outro país, cabendo à escola de destino
promover as adaptações necessárias, de acordo com a legislação vigente.
Art. 117. Será permitida a transferência do regime semestral para o anual e vice-versa, Observadas
as exigências legais de frequência, carga horária e número de dias letivos conforme legislação em
vigor.
Parágrafo Único- Deverão constar do histórico as ocorrências relativas ao disposto neste artigo.
Art. 118. Para concessão de transferência não se exigirá declaração da existência de vaga na Escola
de destino.
Art. 119. A escola somente poderá aceitar transferência se houver vaga, salvo os casos previstos
em lei.
REGIMENTO – E. M. JOÃO DA PENA LOBO - 43
Art. 120. Aluno transferido de escola particular e/ou municipal com reprovação em até três
Componentes curriculares, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental poderá beneficiar-se da
progressão parcial, conforme disposto neste Regimento.
Art. 121. Aluno transferido de escola particular e/ou municipal com reprovação em 04(quatro)
conteúdos ou mais, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental ficará retido, conforme disposto neste
Regimento.
Art. 122. Será admitida a Progressão Parcial do Ensino Fundamental para o Ensino Médio.
Art. 123. O aluno transferido para a escola que não tiver estudado componente curricular da Base
Nacional Comum, será submetido à adaptação do Currículo, mediante elaboração de um Plano
Especial de Estudos, com acompanhamento e orientação do Corpo Técnico- Administrativo da
Escola.
CAPÍTULO VI - DA FREQUÊNCIA
Art. 124. O controle de frequência diária dos estudantes é de responsabilidade do professor, sob
monitoramento do especialista da educação básica, e deverá ser registrada no diário.
§ 1º - A observância de eventuais faltas dos estudantes deverá ser comunicada à direção da escola,
para as providências cabíveis.
§ 2º - O estabelecimento de ensino, após apurar a frequência do estudante e constatar faltas não
justificadas superior a 5 (cinco) dias letivos consecutivos ou 10 (dez) dias letivos alternados,deve
entrar em contato, por escrito, com os pais ou o responsável legal pelo estudante faltoso, com vistas
a promover o seu imediato retorno às aulas e a regularização da frequência escolar.
§ 3º - O dirigente da instituição escolar deve remeter ao Conselho Tutelar, ao Juiz competente da
comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação nominal dos estudantes cujo
número de faltas injustificadas atingir 15 (quinze) dias letivos consecutivos ou alternados e,
também, ao órgão competente, no caso de estudante cuja família é beneficiada porprogramas de
assistência vinculados à frequência escolar.
Art. 125. O descumprimento, pela Escola, dos dispositivos que obrigam a comunicação da
infrequência e da evasão escolar aos pais ou o responsável legal, ao responsável e às autoridades
competentes, implicará responsabilização administrativa à direção do estabelecimento de ensino.
Art. 126. Os estudos referentes à educação básica realizados por brasileiros no exterior podem ser
revalidados ou ter sua equivalência reconhecida pela unidade de ensino para fins de
prosseguimento ou conclusão de curso.
Art. 127. Compete à unidade de ensino que recebe o educando convalidar os documentos escolares
expedidos por instituição estrangeira, quando ele tiver cursado o ensino fundamental em parte ou
todo.
Art. 128. Para a revalidação de estudos realizados no exterior, o estudante deve apresentar à
unidade de ensino os seguintes documentos:
I. histórico escolar relativo aos estudos anteriormente realizados no Brasil, quando
houver;
II. histórico escolar original expedido por instituição de ensino estrangeira, contendo todos
os dados referentes aos resultados dos estudos do educando, acompanhado de uma cópia;
Parágrafo único- Após analisar, de forma detalhada, a documentação apresentada, cabe à unidade
de ensino reconhecer a equivalência dos históricos ou certificados expedidos por instituição
estrangeira.
Art. 129. A unidade de ensino deve aplicar ao educando transferido de unidade de ensino sediadano
exterior as disposições sobre aproveitamento de estudos, complementação e\ou reclassificação, se
for o caso, destacando-se estudos da Língua Portuguesa.
CAPÍTULO I – DO CURRÍCULO
Art. 130. Os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem
ter base nacional comum, a ser complementada, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. O
currículo referência de Minas Gerais, as atividades pedagógicas serão organizadas de forma
gradativa e crescente em complexidade, de modo a assegurar que, ao final desta etapa, todos os
estudantes tenham garantido o desenvolvimento das competências específicas de cada componente
curricular.
§ 1º O currículo a que se refere o caput deve abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua
portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e
política, especialmente do Brasil.
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§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da
educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
§ 3º A Música constitui conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do Componente Curricular Arte,
o qual compreende também as artes visuais, o teatro e a dança.
§ 4º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da Educação Básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
I. que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II. maior de trinta anos de idade;
III. que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigadoà
prática da educação física;
IV. amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V. que tenha prole.
§ 5º O Ensino Religioso, de matrícula facultativa ao aluno, é Componente Curricular que deve
ser, obrigatoriamente, ofertado no Ensino Fundamental.
§ 6º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.
§7º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir do sexto ano, o
ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade
escolar, dentro das possibilidades da instituição.
§8º Conteúdo programático que trate dos direitos das crianças e adolescentes deverá ser ministrado
no âmbito de todo o currículo do Ensino Fundamental, de modo especial nas áreas de Língua
Portuguesa, História e Ensino Religioso.
§9º A Educação Alimentar e Nutricional da Escola perpassará o currículo escolar da Educação
Básica, abordando o tema alimentação e nutrição, visando estimular a formação de hábitos
alimentares saudáveis em crianças e adolescentes e, extensivamente, em suas famílias e
comunidades.
Art. 133. Na organização curricular do ensino fundamental deve ser observado o conjunto de
Conteúdos Básicos Comuns (CBC) a serem ensinados, obrigatoriamente, por todas as unidades
escolares da rede municipal de ensino.
Art. 134. A escola, de acordo com o seu Projeto Político Pedagógico oferecerá aos alunos com
necessidades educacionais especiais, alternativas variadas para acesso ao currículo.
Art. 136. Alunos com necessidades educacionais especiais terão um Plano de Desenvolvimento
Individual (PDI), devendo ser elaborado no início de sua vida escolar e continuamente atualizado
em função de seu desenvolvimento e aprendizagem.
Art. 137. A formação dos valores cívicos é um dos aspectos que serão desenvolvidos na educação
integral dos alunos, com a execução, semanal, do Hino Nacional Brasileiro, conforme legislação
vigente.
Parágrafo único- O Ensino Fundamental deve promover um trabalho educativo de inclusão, que
reconheça e valorize as experiências e habilidades individuais do aluno, atendendo às suas
diferenças e necessidades específicas, possibilitando, assim, a construção de uma cultura escolar
acolhedora, respeitosa e garantidora do direito a uma educação que seja relevante, pertinente e
equitativa.
Art. 140. A instituição, sem perder de vista as especificidades da Educação Infantil, deve planejar
a continuidade do processo de aprendizagem e de desenvolvimento das crianças, na transição para
o Ensino Fundamental, promovendo atividades integradoras, como, por exemplo:
I. encontros, para relatos e trocas de informações, entre os profissionais que trabalham com as
crianças, na Educação Infantil, e os profissionais que possivelmente atuarão com as mesmas, no
Ensino Fundamental;
II. compartilhamento de informações, relatórios e registros sobre o processo educativo dessas
crianças com os professores e gestores das escolas.
Art. 141. A avaliação da aprendizagem dos estudantes, realizada pelos professores em conjunto
com toda a equipe pedagógica da escola, é parte integrante da proposta curricular,
redimensionadora da ação pedagógica. A avaliação da aprendizagem, de caráter processual,
formativo e participativo, deve:
I - ser contínua, cumulativa e diagnóstica;
II - utilizar vários instrumentos, recursos e procedimentos;
Art. 142. A escola deve oferecer aos estudantes diferentes oportunidades de aprendizagem com
atividades de intervenções pedagógicas ao longo de todo o ano letivo, a saber:
I - estudos contínuos de recuperação, ao longo do processo de ensino e aprendizagem, em salade
aula, constituídos de atividades específicas para o atendimento ao estudante ou grupos de
estudantes que não desenvolveram as habilidades trabalhadas;
II - estudos periódicos de recuperação, aplicados ao final de cada bimestre, antes da realização do
Conselho de Classe, para o estudante ou grupo de estudantes que não desenvolveram as habilidades
previstas para o bimestre;
III - estudos independentes de recuperação, realizados após o último conselho de classe, com
atividades avaliativas a serem aplicadas antes do encerramento do ano escolar, quando as
estratégias de intervenção pedagógica previstas nos incisos I e II não tiverem sido suficientes para
atender às necessidades mínimas de aprendizagem do estudante.
Parágrafo único- Para os estudos independentes de recuperação, deverá ser elaborado, pelo
professor responsável pelo componente curricular, um plano de estudos, com orientações e
atividades que contemplem o(s) objeto(s) do conhecimento e a(s) habilidade(s) que não foram
consolidadas pelo estudante.
Art. 144. A terminalidade específica ocorrerá mediante a certificação especial de forma descritiva
das habilidades atingidas pelo educando e baseada no seu PDI e considerando-se os impedimentos
realmente identificados e comprovados.
Art. 145. A certificação especial de conclusão de etapa ou curso de educação básica oferecido ao
aluno com necessidades educacionais especiais, no que e como couber, descreverá as habilidades
e competências a partir de relatório circunstanciado e plano de desenvolvimento, deque constem
ainda:
I. avaliação pedagógica alicerçada em programa de desenvolvimento educacional para o
aluno;
II. tempo de permanência na etapa do curso;
III. processos de aprendizagem funcionais, da vida prática e da convivência social;
IV. nível de aprendizado da leitura, escrita e cálculo.
Parágrafo Único- As escolas deverão manter arquivo com a documentação que comprove a
necessidade de emissão da certificação especial, incluindo o relatório circunstanciado e o plano de
desenvolvimento individual do aluno, para garantia da regularidade da vida escolar do aluno e
controle pelo sistema de ensino.
Art. 147. Compete à Escola manter atualizados os dados da Secretaria Escolar, organizados de
acordo com as normas estabelecidas pelo Sistema.
CAPÍTULO V - DA PROGRESSÃO
Art. 148. A progressão continuada, com aprendizagem e sem interrupção, adotada nos ciclos da
alfabetização e complementar está vinculada à avaliação contínua e processual que permite ao
professor acompanhar o desenvolvimento e detectar as dificuldades de aprendizagem apresentadas
pelo estudante, no momento em que elas surgem, intervindo de imediato, com estratégias
adequadas, para garantir as aprendizagens básicas.
Parágrafo único- A progressão continuada nos anos iniciais do ensino fundamental deve estar
apoiada em ações de intervenção pedagógica significativas, para garantir a consolidação das
habilidades previstas para o ano em curso.
Art. 149. As escolas e os professores, com o apoio da família e da comunidade, devem envidar
esforços para assegurar o progresso contínuo dos estudantes no que se refere ao seu
desenvolvimento pleno e à aquisição de aprendizagens significativas, fazendo uso de todos os
recursos disponíveis, e ainda:
I - criando, ao longo do ano letivo, novas oportunidades de aprendizagem para os estudantes que
apresentem baixo desempenho escolar;
II - organizando agrupamento temporário para estudantes de níveis equivalentes de dificuldades,
com a garantia de aprendizagem e de sua integração nas atividades cotidianas de sua turma;
Art. 150. A progressão parcial é o procedimento que permite ao estudante avançar em sua trajetória
escolar, possibilitando-lhe novas oportunidades de estudos, no ano letivo subsequente, naqueles
aspectos dos componentes curriculares nos quais necessita, ainda, consolidar conhecimentos e
habilidades básicas.
§ 1º - A progressão parcial é prevista do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e no 1º e 2º ano do
ensino médio.
§ 2º - O disposto no caput aplica-se também na transição do 9º ano do ensino fundamental parao
1º ano do ensino médio.
Art. 151. Poderá beneficiar-se da progressão parcial, em até 03 (três) Componentes Curriculares,o
aluno que não tiver consolidado as competências básicas exigidas e que apresentar dificuldadesa
serem resolvidas no período subsequente.
§ 1º O aluno em progressão parcial no 4º período dos anos finais do Ensino Fundamental tem sua
matrícula garantida no 1º ano do Ensino Médio nas Escolas da Rede Pública Estadual, onde deverá
realizar os estudos necessários à superação das deficiências de aprendizagens evidenciadas nos
tema(s) ou tópico(s) no(s) respectivo(s) componente(s) curricular(es).
§ 2º Ao estudante em progressão parcial, devem ser assegurados estudos orientados, conforme
plano de intervenção pedagógica elaborado, conjuntamente, pelos professores do(s)
componente(s) curricular(es) do ano anterior e do ano em curso, com a finalidade de
proporcionar a superação das defasagens e dificuldades no (s) objeto (s) do conhecimento,
habilidade (s) identificadas pelo professor e discutidas no conselho de classe.
§ 3º As ações do plano de estudo orientado devem ser desenvolvidas por meio de diferentes
estratégias, obrigatoriamente, pelo(s) professor(es) do(s) componente(s) curricular (es) do ano
letivo imediato ao da ocorrência da progressão parcial.
§ 4º O cumprimento do processo de progressão parcial pelo aluno deverá ocorrer preferencialmente
no 1º (primeiro) trimestre do ano letivo seguinte, uma vez resolvida a dificuldade evidenciada no(s)
tema(s) ou tópico(s) do(s) Componentes Curricular(es).
Parágrafo único- A escola de destino deverá realizar um plano de estudos orientado com base no
relatório enviado pela escola de origem, com o objetivo de superar a progressão parcial e garantir
ao estudante o seu percurso escolar.
Art. 153. É exigida do aluno a frequência mínima obrigatória de 75% da carga horária anual total.
Art. 154. A promoção dos estudantes do ensino fundamental deve ser decidida, coletivamente,
pelos professores no conselho de classe, levando-se em conta o desempenho global do estudante,
seu envolvimento no processo de aprender e não apenas a avaliação de cada professor em seu
componente curricular, de forma isolada, considerando-se os princípios da continuidade da
aprendizagem do estudante e da interdisciplinaridade.
Parágrafo único- Conselho de Classe é uma instância responsável por favorecer a articulação
entre professores, realizar a análise das metodologias utilizadas, estabelecer a relação dos diversos
pontos de vistas e as intervenções necessárias nos processos de ensino e de aprendizagem.
Art. 155. Os componentes curriculares, cujos objetivos educacionais colocam ênfase nos aspectos
afetivo, social, psicomotor e desenvolvimento do protagonismo estudantil, não poderão influir na
classificação e promoção dos estudantes, a saber - arte, ensino religioso e educação física.
Art. 156. Após o encerramento de cada um dos 4(quatro) bimestres, deverão ser comunicados, por
escrito, em até 10 dias úteis, aos estudantes e aos seus responsáveis legais, quando menor, os
resultados da avaliação da aprendizagem.
Parágrafo único- Devem ser informadas, também, as estratégias de intervenção pedagógica que
foram utilizadas e que serão oferecidas pela escola para o estudante que ainda não desenvolveuas
habilidades
Art. 157. O recurso da classificação, na educação básica, tem por objetivo posicionar o estudante
no ano de escolaridade compatível com sua idade, experiência, nível de desempenho ou de
conhecimento, nas seguintes situações:
I - por promoção, para estudantes que cursaram, com aproveitamento, o ano anterior, na própria
escola;
II - por transferência, para estudantes procedentes de outra escola situada no país ou no exterior,
considerando a idade e desempenho;
III - independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina
o grau de desenvolvimento, considerando a idade do estudante, exceto no 1º ano do ensino
fundamental.
§ 5º - Caso haja encerramento das atividades da instituição, o processo deverá ser arquivado, pela
SEMEC, após publicação no Diário Oficial do Estado.
Art. 160. Os projetos e ações propostos pela unidade de ensino devem ser desenvolvidos de
maneira integrada ao Projeto Político-Pedagógico e estar alinhados com as diretrizes da Secretaria
de Municipal de Educação.
Parágrafo único- A direção da Escola poderá buscar parcerias para o desenvolvimento de suas
ações e projetos junto a associações diversas, instituições filantrópicas, iniciativa privada,
instituições públicas e comunidade em geral, propondo à Secretaria de Municipal de Educação,
quando for o caso, a assinatura de convênios ou instrumentos jurídicos equivalentes para viabilizar
as referidas parcerias.
Art. 161. No primeiro bimestre de cada ano letivo, com o objetivo de propor medidas imediatasde
intervenção pedagógica, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura promoverá junto às escolas
o levantamento da situação dos estudantes cuja trajetória escolar esteja comprometida por:
I - distorção idade/ano de escolaridade;II
- defasagens de aprendizagem;
III - situação de progressão parcial.
Art. 163. Os projetos e ações propostos pela escola devem ser desenvolvidos de maneira integrada
ao projeto político pedagógico e estar alinhados com as diretrizes da Secretaria de Estado de
Educação e SEMEC. A escola expedirá documentos escolares nos termos e de acordo com a
legislação educacional vigente.
Art. 164. Das decisões da escola caberá recurso para os órgãos competentes.
Art. 165. Os casos omissos neste Regimento poderão ser resolvidos pela direção da escola ou
pelos órgãos competentes, respeitadas as determinações legais vigentes.
Art. 166. Este regimento será revisto a cada 2 anos e sempre que suas disposições colidirem comas
leis de ensino submetendo-se as reformulações e registro na SRE Unaí.
Art. 167. Ao Regimento Escolar terão acesso todos os alunos, pais/responsáveis e funcionários.
Art. 168. No caso em que dispositivos deste Regimento estiverem em conflito com os da Lei, estes
últimos, prevalecerão, sempre, sobre aqueles para que se evitem prejuízos decorrentes daadoção
dos recursos inovadores da Lei.
Res. CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010, que define diretrizes curriculares nacionais gerais
para a educação básica, Res. CNE/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa diretrizes
curriculares nacionais para o ensino fundamental de 9 (nove) anos.
Parecer CEE nº 1.132, de 12 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a Educação Básica, nos termos
da Lei 9.394/96 e do Parecer CEE nº 1.158, de 11 de dezembro de 1998, que responde consulta da
SEE/MG e da Federação dos Estabelecimentos de Ensino de Minas Gerais, com as orientações ao
sistema estadual de ensino para operacionalização do disposto no Parecer nº 1.132/1997.
Lei nº 13.415, de 17 de fevereiro de 2017, que altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Resolução SEE nº 4256, de 10 de janeiro de 2020, que institui as Diretrizes para normatização e
organização da Educação Especial na rede estadual de Ensino de Minas Gerais.