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Professora Gabi Becalli

Psicopatologia

06
4:
PSICOPATOLOGIA

:3
19
1
02
/2
11
8/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
es
m
go
ah
a.
-s

Resumo Comentado do DSM V


2
-1
84

&
.3
11
.4
90

Funções Psíquicas
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

Professora Gabi Becalli


1
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Sumário
APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA................................................................................. 5
DSM V - MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS
MENTAIS ................................................................................................................................ 6
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO ................................................... 10
DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS .................................................................................. 10

06
TRANSTORNOS DA COMUNICAÇÃO ......................................................................... 13

4:
:3
TRASNTORNO DO ESPECTRO AUTISTA .................................................................... 14

19
TDAH (TRANSTORNO DO DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE) .............. 17

1
TRANSTORNO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM - TEA ........................................ 22

02
/2
TRANSTORNOS MOTORES .......................................................................................... 23

11
TRANSTORNOS DE TIQUE .......................................................................................... 24

8/
ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICOTICOS ........ 26

-2
TRANSTORNO (DA PERSONALIDADE) ESQUIZOTÍPICA ........................................ 29

om
TRANSTORNO DELIRANTE ......................................................................................... 29

l.c
TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE ............................................................................. 30

ai
tm
TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME ..................................................................... 30
ho
TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO .............................................................................. 31
@

ESQUIZOFRENIA .......................................................................................................... 31
es

TRANSTORNO PSICÓTICO INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO........ 35


m
go

TRANSTORNO PSICÓTICO DEVIDO A OUTRA CONDIÇÃO MÉDICA.................... 35


ah

Outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado


a.

ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não


-s

especificado .................................................................................................................... 36
2
-1

TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS ............................... 37


84

TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I .................................................................................. 42


.3
11

TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II ................................................................................. 43


.4

TRANSTORNO CICLOTÍMICO ..................................................................................... 44


90

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Induzido por Substância/Medicamento 44


-0

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Devido a Outra Condição Médica ....... 44


os

Outro Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Especificado .............................. 44


nt
sa

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Não Especificado ................................. 44


s

TRANSTORNOS DEPRESSIVOS .................................................................................... 45


do

TRANSTORNO DISRUPTIVO DA DESREGULAÇÃO DO HUMOR ............................ 46


es

TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR .......................................................................... 48


m
go

TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (DISTIMIA) ......................................... 51


ra

TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL ......................................................... 54


sa

Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento....................................... 55


Transtorno depressivo devido a outra condição médica ................................................ 56
Transtorno depressivo especificado ............................................................................... 56
Transtorno depressivo não especificado ........................................................................ 56
Subtipos de Síndromes e Transtornos Depressivos ........................................................ 56
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE .................................................................................. 58
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO ..................................................... 59
MUTISMO SELETIVO ................................................................................................... 60
FOBIA ESPECÍFICA...................................................................................................... 60
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)....................................... 61
TRANSTORNO DE PÂNICO .......................................................................................... 61
AGORAFOBIA ................................................................................................................ 63

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Psicopatologia
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA ..................................................... 64
Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento ................................. 64
Transtorno de Ansiedade Devido a Outra Condição Médica ........................................ 65
Outro Transtorno de Ansiedade Especificado ................................................................ 65
Transtorno de Ansiedade Não Especificado ................................................................... 65
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO E TRANSTORNOS RELACIONADOS 66
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC) .................................................... 66
TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL ................................................................. 69

06
TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO ............................................................................. 70

4:
TRICOTILOMANIA ........................................................................................................ 71

:3
19
TRANSTORNO DE ESCORIAÇÃO (SKIN-PICKING) .................................................. 71

1
Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado induzido por

02
substância/medicamento ................................................................................................. 71

/2
11
Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado devido a outra condição

8/
médica ............................................................................................................................. 72

-2
Outro transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado especificado ........... 72

om
Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado não especificado .............. 72

l.c
TRANSTORNOS RELACIONADOS A TRAUMA E A ESTRESSORES ....................... 73

ai
tm
TRANSTORNO DE APEGO REATIVO .......................................................................... 73
ho
TRANSTORNO DE INTERAÇÃO SOCIAL DESINIBIDA ............................................. 75
@

TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT) ....................................... 76


es

TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO ....................................................................... 82


m
go

TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO ............................................................................... 82


ah

Outro Transt. Relacionado a Trauma e a Estressores Especificado .............................. 82


a.

Outro Transt. Relacionado a Trauma e a Estressores não Especificado ....................... 82


-s

TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS ................................................................................. 84


2
-1

TRANSTORNO DE DESPERSONALIZAÇÃO/DESREALIZAÇÃO ............................... 85


84

AMNÉSIA DISSOCIATIVA ............................................................................................. 85


.3

TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE ..................................................... 86


11
.4

Outro Transtorno Dissociativo Especificado ................................................................. 87


90

Outro Transtorno Dissociativo não Especificado .......................................................... 87


-0

TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS E TRANSTORNOS RELACIONADOS


os

............................................................................................................................................. 88
nt

TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS ............................................................... 91


sa

TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA ........................................................... 92


s
do

TRANSTORNO CONVERSIVO (Transtorno de Sintomas Neurológicos Funcionais) ... 93


es

FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS CONDIÇÕES MÉDICAS ........ 94


m

TRANSTORNO FACTÍCIO............................................................................................. 94
go

TRANSTORNOS ALIMENTARES ................................................................................... 95


ra
sa

PICA ............................................................................................................................... 97
TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO ................................................................................. 98
TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO.............................................. 98
BULIMIA NERVOSA .................................................................................................... 101
TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR ........................................................ 102
TRANSTORNOS DA ELIMINAÇÃO ............................................................................. 105
ENURESE ..................................................................................................................... 105
ENCOPRESE ................................................................................................................ 105
TRANSTORNOS DISRUPTIVOS, DO CONTROLE DE IMPULSOS E DA CONDUTA
........................................................................................................................................... 107
TRANSTORNO DE OPOSIÇÃO DESAFIANTE (TOD) ............................................... 107
TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITENTE ........................................................... 108

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Psicopatologia
TRANSTORNO DA CONDUTA.................................................................................... 109
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL.............................................. 110
PIROMANIA ................................................................................................................. 110
CLEPTOMANIA ........................................................................................................... 110
TRANSTORNOS RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS E TRANSTORNOS ADITIVOS
........................................................................................................................................... 112
Transtornos por uso de substâncias ............................................................................. 114
Transtornos Induzidos por Substâncias ........................................................................ 116

06
TRANSTORNOS RELACIONADOS AO ÁLCOOL ....................................................... 119

4:
TRANSTORNOS RELACIONADOS À CAFEÍNA ........................................................ 121

:3
19
TRANSTORNOS RELACIONADOS A CANNABIS ...................................................... 122

1
TRANSTORNOS RELACIONADOS A ALUCINÓGENOS ........................................... 123

02
TRANSTORNOS RELACIONADOS A INALANTES .................................................... 126

/2
11
TRANSTORNOS RELACIONADOS A OPIOIDES ....................................................... 127

8/
TRANSTORNOS RELACIONADOS A SEDATIVOS, HIPNÓTICOS OU ANSIOLÍTICOS

-2
...................................................................................................................................... 128

om
TRANSTORNOS RELACIONADOS A ESTIMULANTES ............................................. 130

l.c
TRANSTORNOS RELACIONADOS AO TABACO ....................................................... 131

ai
TRANSTORNOS RELACIONADOS A OUTRAS SUBSTÂNCIAS (OU SUBSTÂNCIAS tm
ho
DESCONHECIDAS) ..................................................................................................... 132
@

TRANSTORNO RELACIONADO A OUTRA SUBSTÂNCIA (OU SUBSTÂNCIA


es

DESCONHECIDA) NÃO ESPECIFICADO ................................................................. 132


m
go

TRANSTORNOS NÃO RELACIONADOS A SUBSTÂNCIA ......................................... 132


ah

TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS (TNCS) ......................................................... 134


a.

DELIRIUM ................................................................................................................... 135


-s

OUTRO DELIRIUM ESPECIFICADO ........................................................................ 139


2
-1

DELIRIUM NÃO ESPECIFICADO.............................................................................. 139


84

TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS MAIORES E LEVES .................................... 140


.3

TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ..................................................................... 145


11
.4

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE PARANOIDE ................................................ 150


90

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOIDE .............................................. 151


-0

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA ......................................... 151


os

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL.............................................. 152


nt

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE.............................................. 155


sa

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA.............................................. 157


s
do

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA ................................................ 158


es

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA .................................................. 159


m

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE ............................................ 160


go

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA ....................... 161


ra
sa

Mudança de Personalidade Devido a Outra Condição Médica ................................... 162


Outro Transtorno da Personalidade Especificado ....................................................... 162
Transtorno da Personalidade Não Especificado .......................................................... 162
TRANSTORNOS PARAFÍLICOS ................................................................................... 164
PSICOPATOLOGIA E SEMIOLOGIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS ............... 168
ASPECTOS GERAIS DA PSICOPATOLOGIA .............................................................. 168
Principais campos e tipos de Psicopatologia ............................................................... 171
Critérios de normalidade em Psicopatologia ............................................................... 173
Diagnóstico psicopatológico ........................................................................................ 177
A AVALIAÇÃO DO PACIENTE ............................................................................................ 178
Anamnese e Exame psíquico ......................................................................................... 178
Avaliação física do paciente ......................................................................................... 178

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Psicopatologia
A entrevista ................................................................................................................... 179
Simulação e Dissimulação ............................................................................................ 181
O insight em relação a sintomas e transtornos ............................................................ 182
As três regras de ouro da entrevista em saúde mental ................................................. 182
FUNÇÕES PSÍQUICAS ELEMENTARES E SUAS ALTERAÇÕES ............................................... 183
A CONSCIÊNCIA e suas alterações ............................................................................. 184
A ATENÇÃO e suas alterações ..................................................................................... 191
A ORIENTAÇÃO, as VIVÊNCIAS DO TEMPO E DO ESPAÇO e suas alterações ..... 194

06
A SENSOPERCEPÇÃO e suas alterações.................................................................... 195

4:
A MEMÓRIA e suas alterações .................................................................................... 201

:3
19
A AFETIVIDADE e suas alterações ............................................................................. 206

1
A VONTADE, A PSICOMOTRICIDADE E O AGIR e suas alterações ........................ 210

02
O PENSAMENTO e suas alterações ............................................................................ 213

/2
11
O JUÍZO DE REALIDADE e suas alterações .............................................................. 217

8/
A LINGUAGEM e suas alterações ............................................................................... 223

-2
FUNÇÕES PSÍQUICAS COMPOSTAS........................................................................ 225

om
OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES: ................................................................................. 227

l.c
ai
PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA.......................................................................... 230
tm
ho
LISTA DE QUESTÕES PSICOPATOLOGIA ................................................................ 235
@

QUESTÔES COMENTADAS PSICOPATOLOGIA ...................................................... 281


es
m

REFERÊNCIAS: ................................................................................................................. 375


go
ah
a.
-s
2
-1
84

Apresentação da Professora
.3
11

Olá, seja bem-vindo! Sou a professora Gabi Becalli, professora no Psicologia Nova.
.4

Em relação a minha formação, fiz especialização em Residência Multiprofissional


90
-0

em Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente UFES/HUCAM e sou especialista


os

em Psicologia em Saúde CRP/ES. Além disso, sou pós-graduada em Psicologia


nt
sa

Organizacional.
s
do

Sou uma apaixonada pela área dos concursos em Psicologia e tenho algumas
es
m

aprovações interessantes:
go
ra
sa

- PC/ES - 2019 – 1° lugar para cargo de Psicóloga, com desempenho de 9 questões a


mais que o segundo colocado;
- Marinha CP-T 2018 – 5° lugar geral para Psicóloga – Sendo 1° lugar no desempenho
na prova objetiva;
- Residência Multiprofissional UFES/2016 - 1° lugar geral, dentre todas as formações;
- 1° lugar para Psicóloga em Prefeituras do Espírito Santo (São Mateus/2015 e
Marilândia/2015).
- 3° lugar para Prefeitura de Vitória-ES/2019, sendo 2° lugar na prova objetiva.

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Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Estamos aqui para oferecer o melhor curso possível e dar o apoio necessário nesse
difícil, mas gratificante, caminho dos concursos públicos.

06
DSM V - Manual diagnóstico e estatístico de

4:
:3
transtornos mentais

19
1
02
O DSM é o “Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais” e

/2
11
está em sua quinta versão. É uma referência de suma importância e

8/
-2
bastante recorrente em provas e concursos de Psicologia.

om
l.c
ai
Na seção II do “Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
tm
ho

mentais”, são elencados os seguintes transtornos, nesta ordem:


@
es
m
go

-Transtornos do Neurodesenvolvimento
ah

-Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos


a.
-s

-Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados


2
-1

-Transtornos Depressivos
84
.3

-Transtornos de Ansiedade
11

-Transtorno Obsessivo-compulsivo e Transtornos Relacionados


.4
90

-Transtornos Relacionados a Trauma e a Estressores


-0
os

-Transtornos Dissociativos
nt
sa

-Transtorno de Sintomas Somáticos e Transtornos Relacionados


s

-Transtornos Alimentares
do
es

-Transtornos da Eliminação
m
go

-Transtornos do Sono-Vigília
ra

-Disfunções Sexuais
sa

-Disforia de Gênero
-Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta
-Transtornos Relacionados a Substâncias e Transtornos Aditivos
-Transtornos Neurocognitivos
-Transtornos da Personalidade
-Transtornos Parafílicos
-Outros Transtornos Mentais

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Psicopatologia

-Transtornos do Movimento Induzidos por Medicamentos e Outros


Efeitos Adversos de Medicamentos
-Outras Condições que Podem ser Foco da Atenção Clínica

Alguns desses transtornos são recorrentes em provas e concursos,


outros nem tanto. Assim, este material vai focar os pontos mais

06
relevantes e concursáveis.

4:
:3
19
1
02
/2
No prefácio do DSM V, afirma-se que “Embora o DSM-5 continue sendo

11
uma classificação categórica de transtornos individuais, reconhecemos

8/
-2
que transtornos mentais nem sempre se encaixam totalmente

om
dentro dos limites de um único transtorno. Alguns domínios de

l.c
ai
sintomas, como depressão e ansiedade, envolvem múltiplas categorias
tm
ho

diagnosticas e podem refletir vulnerabilidades subjacentes comuns a


@
es

um grupo maior de transtornos.”


m
go
ah

Em relação à organização do Manual, os transtornos mais comuns na


a.
-s

infância são os primeiros a serem abordados (exemplo: Transtornos do


2
-1

Neurodesenvolvimento), já os transtornos mais relacionados à idade


84
.3

adulta avançada, encontram-se dispostos ao fim do Manual (exemplo:


11

Transtornos Neurocognitivos).
.4
90
-0
os

“Os transtornos bipolares e depressivos são as condições mais


nt
sa

comumente diagnosticadas na psiquiatria.”


s
do
es

A importância da experiência clínica é ressaltada: “Treinamento clínico


m
go

e experiência são necessários para usar o DSM na determinação de um


ra

diagnóstico. Os critérios diagnósticos identificam sintomas,


sa

comportamentos, funções cognitivas, traços de personalidade, sinais


físicos, combinações de síndromes e durações, exigindo perícia clínica
para diferenciá-los das variações normais da vida e de respostas
transitórias ao estresse.”

Certos transtornos mentais possuem limites bem


definidos, demarcando grupos de sintomas. Por outro lado, vários
transtornos, ou mesmo a maioria deles, encontram-se em um espectro

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Psicopatologia

com transtornos intimamente relacionados, que apresentam sintomas


compartilhados, assim como fatores de risco ambientais, genéticos e
possivelmente substratos neuronais compartilhados. “Em suma,
reconhecemos que os limites entre transtornos são mais permeáveis
do que se percebia anteriormente.”

06
A visão dimensional do DSM V prega que os transtornos mentais são

4:
:3
conjugações de características de forma extrema e que existem na

19
1
população normal.

02
/2
11
No tocante às questões culturais, diz-se que os “transtornos mentais

8/
-2
são definidos em relação a normas e valores culturais, sociais e

om
familiares. A cultura proporciona estruturas de interpretação que

l.c
ai
moldam a experiência e a expressão de sintomas, sinais e tm
ho

comportamentos que são os critérios para o diagnóstico”. Dessa forma,


@
es

na avaliação diagnostica, é importante considerar “se as experiências,


m
go

os sintomas e os comportamentos de um indivíduo diferem das normas


ah

socioculturais e conduzem a dificuldades de adaptação nas culturas de


a.
-s

origem e em contextos sociais ou familiares específicos”.


2
-1
84
.3

Objeto principal do DSM V: “auxiliar clínicos treinados no diagnóstico


11
.4

dos transtornos mentais de seus pacientes, na formulação de caso


90

como parte de uma avaliação que conduz a um plano de tratamento


-0
os

plenamente informado para cada indivíduo.”


nt
sa
s
do

Definição de Transtorno Mental: “síndrome caracterizada por


es

perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação


m
go

emocional ou no comportamento de um indivíduo


ra

que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de


sa

desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. Transtornos


mentais estão frequentemente associados a sofrimento ou
incapacidade significativos que afetam atividades
sociais, profissionais ou outras atividades importantes.”

Em relação à utilização do DSM V no contexto forense, ressalta-se que


“a definição de transtorno mental inclusa no DSM-5 foi desenvolvida
para satisfazer as necessidades de clínicos, profissionais da área da

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Psicopatologia

saúde e pesquisadores, em vez de todas as necessidades técnicas de


tribunais e de profissionais da área jurídica. Cabe, ainda,
atestar que o DSM-5 não fornece diretrizes de tratamento para nenhum
tipo de transtorno.” “Quando as categorias, os critérios e as descrições
do DSM-5 são empregados para fins forenses, há o risco de que as
informações diagnósticas sejam usadas de forma indevida ou

06
compreendidas erroneamente.”

4:
:3
19
1
Assim, quando usados apropriadamente, os diagnósticos e as

02
/2
informações diagnósticas podem auxiliar os detentores do poder de

11
decisão no âmbito legal em suas deliberações. Contudo, o uso do DSM-

8/
-2
5 deve envolver o conhecimento dos riscos e limitações no âmbito

om
forense.

l.c
ai
tm
ho

“O uso do DSM-5 por indivíduos que não atuam na área clínica, ou cuja
@
es

formação ou treinamento na área é insuficiente, para avaliar a presença


m
go

de um transtorno mental não é recomendado.”


ah
a.
-s

Em relação a cada transtorno, o DSM V traz informações, como:


2
-1

- Critérios Diagnósticos
84
.3

- Especificadores
11
.4

- Características Diagnósticas
90
-0

- Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico


os

- Prevalência
nt
sa

- Desenvolvimento e Curso
s
do

- Fatores de Risco e Prognóstico


es

- Questões Diagnósticas Relativas à Cultura


m
go

- Questões Diagnósticas Relativas ao Gênero


ra
sa

- Marcadores Diagnósticos
- Diagnóstico Diferencial
- Comorbidade

| 9
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Psicopatologia

TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO

Deficiências Intelectuais

Transtornos da Comunicação

06
4:
:3
19
Transtornos do Espectro Autista

1
02
/2
11
8/
Transtorno do défict de atenção e hiperatividade (TDAH)

-2
om
l.c
Transtorno Específico de Aprendizagem (TEA)
ai
tm
ho
@
es

Transtornos Motores
m
go
ah
a.

Transtornos de Tique
-s
2
-1
84
.3
11

Tipicamente, esse grupo de transtornos se manifesta cedo, no geral


.4

antes de a criança ingressar na escola. Destaca-se que é comum a


90
-0

ocorrência de mais de um Transtorno do Neurodesenvolvimento. “Por


os

exemplo, indivíduos com transtorno do espectro autista


nt
sa

frequentemente apresentam deficiência intelectual (transtorno do


s
do

desenvolvimento intelectual).”
es
m
go

O uso da expressão retardo mental foi substituído por deficiência


ra
sa

intelectual.

DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS

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Psicopatologia

- Deficiência Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento Intelectual)


“déficits em capacidades mentais genéricas, como raciocínio, solução
de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo,
aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência.” Possui
múltiplas causas. Julgamento clínico é fundamental para interpretação
dos resultados de teste de quoeficiente de Inteligência (QI).

06
4:
:3
O diagnóstico se baseia tanto no déficit de funções intelectuais, como

19
em funções adaptativas, sendo consideradas questões como

1
02
independência do sujeito e responsabilidade social.

/2
11
8/
- Atraso Global do desenvolvimento “indivíduo não atinge os marcos do

-2
om
desenvolvimento esperados em várias áreas do funcionamento

l.c
intelectual.”
ai
tm
ho

- Deficiência Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento Intelectual)


@
es

não especificado
m
go
ah

Não especificado = usado nas situações em que o clínico opta por não
a.
-s

especificar a razão pela qual os critérios para determinado transtorno


2

não são satisfeitos.


-1
84
.3
11

(DSM V)
.4
90
-0

Deficiências intelectuais = transtornos do desenvolvimento


os

intelectual: incluem condições de desenvolvimento comportamental e


nt
sa

cognitivo deficitárias, que surgem durante a infância, geralmente, antes


s
do

de a criança ingressar na escola. Implicam dificuldades na aquisição de


es

funções específicas nas áreas intelectuais, sociais e motoras.


m
go

(Dalgalarrondo, 2019)
ra
sa

As deficiências intelectuais começam, obrigatoriamente, na infância. O


diagnóstico só pode ser realizado de forma confiável a partir dos 5 anos
de idade. (Dalgalarrondo, 2019)

As deficiências intelectuais devem, obrigatoriamente, implicar


problemas e dificuldades adaptativas, nos domínios conceituais e
intelectual, bem como nos domínios sociais e práticos. Esse prejuízo de

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Psicopatologia

funções adaptativas se expressa pelas dificuldades significativas ou


impossibilidades da pessoa em ter uma vida independente e autônoma.
(Dalgalarrondo, 2019)

Assim, o diagnóstico de deficiência intelectual exige, além de


desempenho inferior a 70 em testes de QI, a identificação de um padrão

06
de dificuldades significativas e/ou incapacidades para adaptação e

4:
:3
baixos rendimentos cognitivos na vida diária. (Dalgalarrondo, 2019)

19
1
02
/2
Deficiência intelectual não é algo que a criança tem (como a cor

11
8/
dos olhos, ou uma doença cardíaca), nem algo que ela é.

-2
Deficiência intelectual “é um estado particular de funcionamento

om
l.c
mental e de interações e dificuldades sociais, que é multidimensional e
ai
tm
que pode ser afetado positivamente por apoios individualizados bem
ho

estruturados”. (Dalgalarrondo, 2019)


@
es
m
go

Avaliação das pessoas com deficiência intelectual é realizada em três


ah

domínios:
a.
-s

• Domínio conceitual = inclui linguagem receptiva e expressiva, leitura e


2
-1

escrita, conceito de dinheiro, conceitos abstratos, raciocínio lógico.


84
.3

Domínio social: relações interpessoais, ações como assumir


11


.4

responsabilidades e seguir regras, autoestima e vulnerabilidade de ser


90
-0

usado ou enganado.
os

• Domínio prático: atividades da vida diária, como se alimentar e se


nt
sa

vestir, além de atividades instrumentais de vida diária, como preparar


s
do

refeições e ajudar na casa. (Dalgalarrondo, 2019)


es
m
go

Inteligência limítrofe: muitas das pessoas que apresentam


ra
sa

inteligência limítrofe não revelam dificuldades especiais na vida,


apenas as demonstram quando confrontados com exigências
cognitivas mais complexas e sofisticadas. (Dalgalarrondo, 2019)

Níveis de Deficiência intelectual:


- Leve: Grupo mais frequente de pacientes. Com frequência, revelam
algumas dificuldades emocionais, sobremaneira quando percebem que
são diferentes e são rejeitadas pelos colegas.

| 12
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Moderada: pessoas apresentam desenvolvimento neuropsicomotor,


particularmente da linguagem e da compreensão, lentificado e
incompleto.
- Grave: comunicação verbal geralmente está bastante afetada, ou
existe quase total incapacidade na comunicação verbal. Por vezes, as
pessoas não falam ou apenas aprendem algumas palavras.

06
- Profunda: pacientes apresentam grave limitação da capacidade de

4:
:3
entender comandos simples, ou de agir de acordo com solicitações ou

19
1
instruções. Muitas pessoas ficam restritas ao leito, devido a distúrbio

02
/2
motor grave, sem capacidade para a fala e sem controle voluntário dos

11
esfíncteres. Para sobreviver, precisam de constante supervisão e

8/
-2
cuidados básicos. (Dalgalarrondo, 2019)

om
l.c
ai
Causas frequentes de deficiência intelectual: Síndrome de Down;
tm
ho

hispoxia- isquemia cerebral perinatal; transtornos do espectro alcoólico


@
es

fetal ou síndrome alcoólica fetal; síndrome do X frágil. (Dalgalarrondo,


m
go

2019)
ah
a.
-s

Crianças e adolescentes com deficiência intelectual têm de 3 a 4 vezes


2
-1

mais chances de apresentar um transtorno mental concomitante.


84
.3

(Dalgalarrondo, 2019)
11
.4
90
-0

TRANSTORNOS DA COMUNICAÇÃO
os
nt

Inclui déficits na linguagem, na fala e na comunicação.


sa
s
do

- Linguagem: inclui a forma, a função e o uso de um sistema


es
m

convencional de símbolos, com um conjunto de regras para a


go
ra

comunicação. Inclui palavras faladas, linguagem de sinais, palavras


sa

escritas, figuras;

- Fala = produção expressiva de sons e inclui a articulação, a fluência, a


voz e a qualidade da ressonância de um indivíduo;

- Comunicação: comportamento verbal e não verbal que influencia o


comportamento, ideias ou atitudes de outro indivíduo. (DSM V)

| 13
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Transtorno da Linguagem:
Há dificuldade na aquisição e uso da linguagem em suas diversas
modalidades. Vocabulário reduzido; estrutura limitada de frases;
prejuízos no discurso.
- Transtorno da fala:
Dificuldade persistente para produção da fala. Essa dificuldade pode

06
4:
estar ligada tanto ao conhecimento fonológico dos sons, como à

:3
19
coordenação dos movimentos (língua, lábios). Pode ser comorbido com

1
02
Transtorno da linguagem.

/2
11
8/
- Transtorno da fluência com início na infância (gagueira) –

-2
“perturbações da fluência normal e da produção motora da fala,

om
incluindo sons ou sílabas repetidas, prolongamento de sons de

l.c
ai
consoantes ou vogais, interrupção de palavras, bloqueio ou palavras
tm
ho

pronunciadas com tensão física excessiva”. Presença de ansiedade e


@
es

estresse. Frequentemente, tais perturbações estão ausentes durante


m
go

leitura oral, ato de contar ou mesmo conversar com objetos inanimados


ah

e animais de estimação.
a.
-s
2
-1

- Transtorno da comunicação social (pragmática)


84

Há dificuldade na comunicação em contexto social. Há dificuldade em


.3
11

modular a comunicação, conforme contexto (por exemplo, pessoa fala


.4
90

da mesma forma com crianças e com adultos). Está também presente


-0

dificuldade de seguir regras numa situação de conversa e dificuldade


os
nt

em entender ambiguidades.
sa
s
do

- Transtorno da comunicação não especificado


es
m
go
ra

TRASNTORNO DO ESPECTRO AUTISTA


sa

Caracterizado por “déficits persistentes na comunicação social e na


interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na
reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação
usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter
e compreender relacionamentos. Além dos déficits na comunicação
social, o diagnóstico do transtorno do espectro autista requer a
presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividades.” Exemplo desses padrões é a adesão

| 14
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

inflexível a rotinas ou padrões ritualizados. Tais características podem


não se tornarem totalmente manifestas até que as demandas sociais
excedam as capacidades do sujeito. Além disso, podem ser mascaradas
por estratégias aprendidas mais tarde na vida. Geralmente, tem início
no segundo ano de vida.

06
- Manifestações do transtorno variam muito dependendo da gravidade

4:
:3
da condição autista, do nível de desenvolvimento e da idade

19
1
cronológica; daí o uso do termo espectro.

02
/2
11
• Critérios Diagnósticos:

8/
-2
“A. Déficits persistentes na comunicação social e na interação social

om
em múltiplos contextos, conforme manifestado pelo que segue,

l.c
ai
atualmente ou por história prévia (os exemplos são apenas ilustrativos,
tm
ho

e não exaustivos; ver o texto):


@
es
m
go

1. Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo,


ah

de abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma


a.
-s

conversa normal a compartilhamento reduzido de interesses, emoções


2
-1

ou afeto, a dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais.


84
.3
11
.4

2. Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados


90

para interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e


-0
os

não verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e


nt
sa

linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso gestos, a ausência


s
do

total de expressões faciais e comunicação não verbal.


es
m
go

3. Déficits para desenvolver, manter e compreender


ra

relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o


sa

comportamento para se adequar a contextos sociais diversos a


dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer
amigos, a ausência de interesse por pares. Especificar a gravidade atual:
A gravidade baseia-se em prejuízos na comunicação social e em padrões
de comportamento restritos e repetitivos.

| 15
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

B. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou


atividades, conforme manifestado por pelo menos dois dos seguintes,
atualmente ou por história prévia (os exemplos são apenas ilustrativos,
e não exaustivos; ver o texto):

1. Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou

06
repetitivos (p. ex., estereotipias motoras simples, alinhar brinquedos ou

4:
:3
girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).

19
1
02
/2
2. Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões

11
ritualizados de comportamento verbal ou não verbal (p. ex., sofrimento

8/
-2
extremo em relação a pequenas mudanças, dificuldades com

om
transições, padrões rígidos de pensamento, rituais de saudação,

l.c
ai
necessidade de fazer o mesmo caminho ou ingerir os mesmos alimentos
tm
ho

diariamente).
@
es
m
go

3. Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em


ah

intensidade ou foco (p. ex., forte apego a ou preocupação com objetos


a.
-s

incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou perseverativos).


2
-1
84
.3

4. Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse


11
.4

incomum por aspectos sensoriais do ambiente (p. ex., indiferença


90

aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas


-0
os

específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação


nt
sa

visual por luzes ou movimento).


s
do
es

C. Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do


m
go

desenvolvimento (mas podem não se tornar plenamente manifestos até


ra

que as demandas sociais excedam as capacidades limitadas ou podem


sa

ser mascarados por estratégias aprendidas mais tarde na vida).

D. Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no


funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo no presente.

E. Essas perturbações não são mais bem explicadas por deficiência


intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) ou por atraso

| 16
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

global do desenvolvimento. Deficiência intelectual ou transtorno do


espectro autista costumam ser comórbidos; para fazer o diagnóstico da
comorbidade de transtorno do espectro autista e deficiência
intelectual, a comunicação social deve estar abaixo do esperado para o
nível geral do desenvolvimento.

06
Nota: Indivíduos com um diagnóstico do DSM-IV bem estabelecido de

4:
:3
transtorno autista, transtorno de Asperger ou transtorno global do

19
1
desenvolvimento sem outra especificação devem receber o diagnóstico

02
/2
de transtorno do espectro autista. Indivíduos com déficits acentuados

11
na comunicação social, cujos sintomas, porém, não atendam, de outra

8/
-2
forma, critérios de transtorno do espectro autista, devem ser avaliados

om
em relação a transtorno da comunicação social (pragmática).” (DSM V)

l.c
ai
tm
ho

Em suma, o TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) é caracterizado


@
es

por:
m
go
ah

• Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em


a.
-s

múltiplos contextos.
2
-1

- Déficits na reciprocidade socioemocional;


84
.3

- Déficits em comportamentos não verbais de comunicação


11
.4

usados para interação social; como anormalidade no contato visual.


90
-0

- Déficits em habilidades para desenvolver, manter e


os

compreender relacionamentos, como a ausência de interesse por pares.


nt
sa
s
do

• Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou


es

atividades.
m
go

- Exemplos: adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados;


ra
sa

sofrimento extremo em relação a pequenas mudanças.


- Pode haver Hiper ou Hiporreatividade a estímulos sensoriais ou
interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente (p. ex.,
indiferença aparente a dor/temperatura, cheirar ou tocar objetos de
forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento)

TDAH (TRANSTORNO DO DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE)

| 17
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Caracterizado por níveis prejudiciais de


desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade.

- Desatenção = divagação em tarefas, falta de persistência,


dificuldade de manter o foco e desorganização.
-Hiperatividade = atividade motora excessiva (como uma criança

06
que corre por tudo) quando não apropriado ou remexer, batucar ou

4:
:3
conversar em excesso.

19
1
-Impulsividade = ações precipitadas que ocorrem no momento

02
/2
sem premeditação e com elevado potencial para dano à pessoa.

11
8/
-2
- O TDAH costuma persistir na vida adulta, resultando em prejuízos no

om
l.c
funcionamento social, acadêmico e profissional.
ai
tm
ho

- Manifestações do transtorno precisam estar presentes em mais de um


@
es

ambiente (por exemplo, em casa e na escola, no trabalho).


m
go
ah

- Subtipos: Desatento; hiperativo/impulsivo; combinado


a.
-s
2
-1

- O diagnóstico do TDAH é essencialmente clínico


84
.3
11
.4

• Critérios Diagnósticos:
90
-0

“A. Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-


os

impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento,


nt
sa

conforme caracterizado por (1) e/ou (2):


s
do
es

1. Desatenção: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem


m
go

por pelo menos seis meses. Para adolescentes mais velhos e adultos
ra
sa

(17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são necessários.

a. Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete


erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras
atividades (p. ex., negligencia ou deixa passar detalhes, o trabalho é
impreciso).

| 18
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

b. Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em


tarefas ou atividades lúdicas (p. ex., dificuldade de manter o foco
durante aulas, conversas ou leituras prolongadas).

c. Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige


a palavra diretamente (p. ex., parece estar com a cabeça longe, mesmo

06
na ausência de qualquer distração óbvia).

4:
:3
19
1
d. Frequentemente não segue instruções até o fim e não

02
/2
consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de

11
trabalho (p. ex., começa as tarefas, mas rapidamente perde o foco e

8/
-2
facilmente perde o rumo).

om
l.c
ai
e. Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e
tm
ho

atividades (p. ex., dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais;


@
es

dificuldade em manter materiais e objetos pessoais em ordem; trabalho


m
go

desorganizado e desleixado; mau gerenciamento do tempo; dificuldade


ah

em cumprir prazos).
a.
-s
2
-1

f. Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em


84
.3

tarefas que exijam esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos


11
.4

escolares ou lições de casa; para adolescentes mais velhos e adultos,


90

preparo de relatórios, preenchimento de formulários, revisão de


-0
os

trabalhos longos).
nt
sa
s
do

g. Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou


es

atividades (p. ex., materiais escolares, lápis, livros, instrumentos,


m
go

carteiras, chaves, documentos, óculos, celular).


ra
sa

h. Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos


(para adolescentes mais velhos e adultos, pode incluir pensamentos
não relacionados).

i. Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas


(p. ex., realizar tarefas, obrigações; para adolescentes mais velhos e
adultos, retornar ligações, pagar contas, manter horários agendados).

| 19
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

2. Hiperatividade e impulsividade: Seis (ou mais) dos seguintes


sintomas persistem por pelo menos seis meses. Para adolescentes mais
velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são
necessários.

a. Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se

06
contorce na cadeira.

4:
:3
19
1
b. Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se

02
/2
espera que permaneça sentado (p. ex., sai do seu lugar em sala de aula,

11
no escritório ou em outro local de trabalho ou em outras situações que

8/
-2
exijam que se permaneça em um mesmo lugar).

om
l.c
ai
c. Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que
tm
ho

isso é inapropriado. (Nota: Em adolescentes ou adultos, pode se limitar


@
es

a sensações de inquietude.)
m
go
ah

d. Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em


a.
-s

atividades de lazer calmamente.


2
-1
84
.3

e. Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o


11
.4

motor ligado” (p. ex., não consegue ou se sente desconfortável em ficar


90

parado por muito tempo, como em restaurantes, reuniões; outros


-0
os

podem ver o indivíduo como inquieto ou difícil de acompanhar).


nt
sa
s
do

f. Frequentemente fala demais.


es
m
go

g. Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a


ra

pergunta tenha sido concluída (p. ex., termina frases dos outros, não
sa

consegue aguardar a vez de falar).

h. Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez (p. ex.,


aguardar em uma fila).

i. Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se


nas conversas, jogos ou atividades; pode começar a usar as coisas de
outras pessoas sem pedir ou receber permissão; para adolescentes e

| 20
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

adultos, pode intrometer-se em ou assumir o controle sobre o que


outros estão fazendo).

B. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade


estavam presentes antes dos 12 anos de idade.

06
C. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade

4:
:3
estão presentes em dois ou mais ambientes (p. ex., em casa, na escola,

19
1
no trabalho; com amigos ou parentes; em outras atividades).

02
/2
11
D. Há evidências claras de que os sintomas interferem no

8/
-2
funcionamento social, acadêmico ou profissional ou de que reduzem

om
sua qualidade.

l.c
ai
tm
ho

E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de


@
es

esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não são mais bem


m
go

explicados por outro transtorno mental (p. ex., transtorno do humor,


ah

transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo, transtorno da


a.
-s

personalidade, intoxicação ou abstinência de substância).”


2
-1
84
.3

Diagnóstico Diferencial:
11
.4

- TDAH e Transtorno Bipolar: “Crianças com TDAH podem apresentar


90
-0

mudanças importantes de humor em um mesmo dia; essa labilidade é


os

diferente de um episódio maníaco, que deve durar quatro dias ou mais


nt
sa

para ser um indicador clínico de transtorno bipolar, mesmo em


s
do

crianças. O transtorno bipolar é raro em pré-adolescentes, mesmo


es

quando irritabilidade grave e raiva são proeminentes, ao passo que o


m
go

TDAH é comum entre crianças e adolescentes que apresentam raiva e


ra

irritabilidade excessivas.”
sa

- TDAH E TOD (Transtorno de oposição desafiante): Indivíduos com TOD


podem resistir a tarefas porque resistem a se conformar às exigências
dos outros (comportamento caracterizado por negatividade,
hostilidade e desafio). Tais sintomas devem ser diferenciados de
aversão à escola ou a tarefas causadas por dificuldade em manter um

| 21
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

esforço mental prolongado, esquecimento de orientações e


impulsividade que caracteriza os indivíduos com TDAH.

O TDAH é bastante importante na infância, mas também


significativamente presente em adultos. No TDAH observa-se:

06
4:
:3
19
• Dificuldade marcante de direcionar e manter a atenção a

1
estímulos internos e externos, pois o paciente tem a capacidade

02
/2
prejudicada em organizar e completar tarefas e em controlar seus

11
8/
comportamentos e impulsos.

-2
Processos atencionais prejudicados, inibição falha* e

om

l.c
impulsividade. (Resposta de inibição = inibir ou suprimir respostas
ai
tm
inapropriadas em certos contextos, em favor de respostas mais
ho

apropriadas.) (Dalgalarrondo. 2019)


@
es
m
go

TRANSTORNO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM - TEA


ah
a.
-s

Caracterizado por dificuldades persistentes para aprender


2
-1

habilidades acadêmicas fundamentais, com início durante os anos de


84
.3

escolarização formal.
11
.4
90

“Habilidades acadêmicas básicas incluem leitura exata e fluente de


-0
os

palavras isoladas, compreensão da leitura, expressão escrita e


nt
sa

ortografia, cálculos aritméticos e raciocínio matemático (solução de


s
do

problemas matemáticos)”
es
m
go

“Transtornos específicos da aprendizagem perturbam o padrão normal


ra

de aprendizagem de habilidades acadêmicas; não constituem,


sa

simplesmente, uma consequência de falta de oportunidade de


aprendizagem ou educação escolar inadequada.”

(Critério A) Presença de ao menos um dos sintomas a seguir que tenha


persistido por pelo menos 6 meses:
- Leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta e com esforço
- Dificuldade para compreender o sentido do que é lido

| 22
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Dificuldades para ortografar (exemplo: omitir ou substituir vogais ou


consoantes)
- Dificuldades com a expressão escrita (exemplo: múltiplos erros de
gramática e pontuação)
- Dificuldades para dominar o senso numérico, fatos numéricos ou
cálculo

06
- Dificuldades no raciocínio.

4:
:3
19
1
Especificadores:

02
/2
- Com prejuízo na matemática. Discalculia = dificuldades no

11
8/
processamento de informações numéricas, aprendizagem de fatos

-2
aritméticos e realização de cálculos precisos ou fluentes.

om
l.c
ai
- Com prejuízo na expressão escrita. tm
ho
@
es

- Com prejuízo na leitura. Dislexia = uma das manifestações mais


m
go

comuns do Transtorno específico de aprendizagem (TEA). Dificuldade


ah

de ler palavras impressas e de correlacionar letras a sons. Padrão de


a.
-s

dificuldades de aprendizagem caracterizado por problemas no


2
-1

reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de


84
.3

decodificação e dificuldades de ortografia. (DSM V)


11
.4
90
-0
os

TRANSTORNOS MOTORES
nt
sa
s

- Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação


do

“A aquisição e a execução de habilidades motoras coordenadas


es
m

estão substancialmente abaixo do esperado, considerando-se a


go
ra

idade cronológica do indivíduo e a oportunidade de aprender e usar a


sa

habilidade.”

“As dificuldades manifestam-se por falta de jeito (p. ex., derrubar


ou bater em objetos), bem como por lentidão e imprecisão no
desempenho de habilidades motoras (p. ex., apanhar um objeto, usar
tesouras ou facas, escrever à mão, andar de bicicleta ou praticar
esportes).”

| 23
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Déficit nas habilidades motoras interfere, significativa e


persistentemente nas atividades cotidianas apropriadas à idade
cronológica (p. ex., autocuidado e automanutenção)

- Transtorno do Movimento Estereotipado

06
Nesse caso, o comportamento motor é repetitivo e sem propósito

4:
:3
aparente. Exemplos: bater a cabeça; se morder.

19
1
02
/2
11
TRANSTORNOS DE TIQUE

8/
-2
om
Tique = um movimento motor ou vocalização repentino, rápido,

l.c
recorrente e não ritmado.
ai
tm
ho
@
es

- Transtorno de Tourette
m
go

Múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais, embora não


ah

necessariamente ao mesmo tempo.


a.
-s
2
-1

Os tiques persistem por mais de um ano, desde o início do primeiro


84
.3

tique.
11
.4
90

- Transtorno de Tique Motor ou Vocal Persistente (Crônico)


-0

Tiques motores ou vocais únicos ou múltiplos estão presentes durante


os
nt

o quadro, embora não ambos.


sa
s
do

Os tiques persistem por mais de um ano, desde o início do primeiro


es
m

tique.
go
ra
sa

- Transtorno de Tique Transitório


Tiques motores e/ou vocais, únicos ou múltiplos.

Tiques estiveram presentes por pelo menos um ano desde o início do


primeiro tique.

- Estereotipias = podem envolver braços, mãos ou todo o corpo; são


mais fixas, rítmicas e prolongadas em duração do que os tiques. As

| 24
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

estereotipias motoras são repetições automáticas e uniformes de certo


ato motor complexo. Exemplo: paciente repete o mesmo gesto com as
mãos dezenas, ou centenas de vezes, num dia.

- Maneirismo: tipo de estereotipia motora caracterizado por


movimentos bizarros, estranhos, exagerados e repetitivos, que

06
parecem buscar certo objetivo. Exemplo: paciente pega a colher de

4:
:3
modo muito próprio e realiza gestos bizarros para levar o alimento até

19
1
a boca.

02
/2
11
- Tiques = atos repetitivos, resultantes de contrações súbitas, breves.

8/
-2
Acentua-se com a ansiedade.

om
Costumam envolver os olhos, o rosto, a cabeça e os ombros;

l.c
ai
geralmente são breves, rápidos, aleatórios e flutuantes. Embora os
tm
ho

tiques possam incluir praticamente qualquer grupo muscular ou


@
es

vocalização, alguns sintomas de tiques, como piscar os olhos ou limpar


m
go

a garganta, são comuns entre grupos de pacientes.


ah
a.
-s

(DSM V; Dalgalarrondo, 2019)


2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 25
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS


PSICOTICOS
Transtornos que compõem essa categoria:
Transtorno Delirante

06
4:
:3
Transtorno Psicótico Breve

19
1
02
Transtorno Esquizofreniforme

/2
11
8/
-2
Transtorno Esquizoafetivo

om
l.c
ai
Transtorno Psicótico Induzido por substância/medicamento
tm
ho
@
es

Esquizofrenia
m
go
ah

Transtorno da Personalidade Esquizotípica


a.
-s
2
-1

Transtorno psicótico devido a outra condição médica


84
.3
11
.4
90

Os transtornos que compõem essa categoria são caracterizados por


-0

anormalidades em um ou mais nestes cinco domínios:


os
nt
sa

- Delírios
s
do

- Alucinações
es
m

- Pensamento (discurso) desorganizado


go
ra

- Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal


sa

(incluindo catatonia) e
- Sintomas negativos

- Delírios = caracterizados por crenças fixas, não sendo passíveis de


mudanças, ainda diante de evidências contrárias. Exemplos de delírios:
persecutório, de grandeza, somático, entre outros. Podem ser, ou não,
bizarros (implausíveis e incompreensíveis por outros indivíduos da

| 26
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Psicopatologia

mesma cultura). Assim, diferenciar delírios de ideias fixas, às vezes, é


difícil.

Delírios persecutórios = crença de que o indivíduo irá ser


prejudicado, assediado, por outra pessoa, organização ou grupo. São
mais comuns.

06
4:
:3
Delírios de referência = crença de que alguns gestos, comentários,

19
1
estímulos ambientais são direcionados à própria pessoa. Também são

02
/2
comuns.

11
8/
-2
Delírios de grandeza = quando uma pessoa crê que tem

om
l.c
habilidades excepcionais, riqueza ou fama.
ai
tm
ho

Delírios erotomaníacos = quando o indivíduo crê falsamente que


@
es

outra pessoa está apaixonada por ele.


m
go
ah

Delírios niilistas = a convicção de que ocorrerá uma grande


a.
-s

catástrofe.
2
-1
84
.3

Delírios somáticos = concentram-se em preocupações referentes


11
.4

à saúde e à função dos órgãos.


90
-0
os

- Alucinações = são experiências semelhantes à percepção, mas que


nt
sa

ocorrem sem a presença do estímulo externo. Assim, a pessoa vê ou


s
do

escuta, por exemplo, algo que, na realidade, não está ali. Caracterizam-
es

se por serem vívidas e claras, involuntárias. Podem ocorrer em qualquer


m
go

modalidade sensorial, embora as auditivas sejam as mais comuns na


ra
sa

esquizofrenia e em transtornos relacionados.


As experiências de alucinação que ocorrem ao acordar ou
adormecer são consideradas normais, isso porque as alucinações
devem ocorrer no contexto de um sensório sem alterações. Destaca-se
que, em certos contextos culturais, alucinações podem ser elemento
normal de experiências religiosas.

| 27
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Pensamento (discurso) desorganizado = mudança de um tópico a


outro (descarrilamento ou afrouxamento das associações). As respostas
a perguntas podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação alguma
(tangencialidade). Raramente, o discurso pode estar tão gravemente
desorganizado que é quase incompreensível.

06
- Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal

4:
:3
(incluindo catatonia) = A catatonia também pode estar presente em

19
1
outros transtornos (por exemplo, bipolar, depressivo). O

02
/2
comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal

11
manifesta-se desde o comportamento “tolo e pueril” até a agitação

8/
-2
imprevisível.

om
O comportamento catatônico se caracteriza pela redução

l.c
ai
acentuada na atividade ao ambiente. Varia de resistência a instruções
tm
ho

(negativismo), passando por manutenção de uma postura rígida


@
es

inapropriada ou bizarra, até a falta total de respostas verbais e motoras


m
go

(mutismo e estupor). Pode incluir também atividade motora sem


ah

propósito e excessiva sem causa óbvia (excitação catatônica)


a.
-s
2
-1

Catatonia:
84
.3
11
.4

Característica principal: é uma perturbação psicomotora


90
-0

acentuada que pode envolver atividade motora diminuída, participação


os

diminuída durante entrevista ou exame físico ou atividade motora


nt
sa

excessiva e peculiar.
s
do
es

A apresentação clínica da catatonia pode confundir, uma vez que


m
go

a perturbação psicomotora pode variar desde ausência acentuada de


ra

resposta até agitação acentuada.


sa

Atenção! Catatonia # Catatimia


Catatimia = influência dos afetos sobre as demais funções psíquicas.

- Sintomas negativos = são mais comuns na esquizofrenia que em


outros transtornos psicóticos. Dois sintomas negativos são
especialmente proeminentes na esquizofrenia: expressão emocional

| 28
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Psicopatologia

diminuída e avolia. Destaca-se que a avolia é uma redução em


atividades motivadas, autoiniciadas e com uma finalidade.
Outros sintomas negativos = alogia, anedonia e falta de
sociabilidade. A alogia é manifestada por produção diminuída do
discurso. A anedonia é a capacidade reduzida de ter prazer resultante
de estímulos positivos, ou degradação na lembrança do prazer

06
anteriormente vivido.

4:
:3
19
1
Avolia = falta de vontade

02
/2
Anedonia = falta de prazer

11
8/
-2
Pacientes psicóticos geralmente têm insight muito prejudicado

om
(precária consciência da doença) em relação aos seus sintomas e à sua

l.c
ai
condição clínica geral. (Dalgalarrondo, 2019) tm
ho
@
es
m

TRANSTORNO (DA PERSONALIDADE) ESQUIZOTÍPICA


go

Engloba um padrão global de déficits sociais e interpessoais, incluindo


ah
a.

capacidade reduzida para relações próximas, distorções cognitivas e


-s
2

perceptivas e excentricidades comportamentais.


-1
84
.3
11

É considerado dentro do espectro da esquizofrenia, mas sua descrição


.4
90

completa se encontrada no capítulo dos “Transtornos da


-0

Personalidade”.
os
nt
sa

TRANSTORNO DELIRANTE
s
do

Presença de um ou mais delírios, com duração de um mês ou mais.


es
m

Assim, caracteriza-se por pelo menos um mês de delírios, ainda que


go

nenhum outro sintoma psicótico esteja presente. Pode haver


ra
sa

alucinações, mas não são proeminentes e têm ligação com o tema do


delírio (por exemplo, no delírio de infestação, ter a sensação de estar
infestado por insetos).

O funcionamento não está acentuadamente prejudicado (exceto pelo


impacto do (s) delírio(s) ou de seus desdobramentos), e o
comportamento não é claramente bizarro ou esquisito.

| 29
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Psicopatologia

Subtipos: Tipo erotomaníaco; Tipo grandioso; Tipo ciumento; Tipo


persecutório; Tipo somático; Tipo misto (não há um tema delirante
predominante); Tipo não especificado (crença delirante dominante não
pode ser determinada com clareza ou não está descrita nos tipos
específicos).

06
Transtorno Delirante = surgimento e desenvolvimento de delírio

4:
:3
ou sistema delirante, com considerável preservação da personalidade,

19
1
da afetividade, da cognição e do resto do psiquismo.

02
/2
Não deve haver pensamento e/ou comportamento francamente

11
desorganizado, ou sintomas negativos marcantes. (Dalgalarrondo,

8/
-2
2019)

om
l.c
ai
tm
Parafrenia = forma de psicose de aparecimento tardio (após 50
ho

ou 60 anos) em que surgem delírios, comumente organizados e


@
es

acompanhados de alucinações, mas nas quais, há relativa preservação


m
go

da personalidade. (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s
2
-1

TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE


84
.3

Dura mais de um dia e remite em um mês.


11
.4
90
-0

Presença de um (ou mais) dos sintomas a seguir (sendo que, pelo


os

menos um deles, deve ser (1), (2) ou (3)):


nt
sa

1. Delírios.
s
do

2. Alucinações.
es

3. Discurso desorganizado
m
go

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


ra
sa

Uma parte dos casos surge após estressores evidentes mais ou menos
intensos, como um assalto, um acidente grave de trânsito, morte de
parentes ou amigos queridos, entre outros. (Dalgalarrondo, 2019).

TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME
Os sintomas são equivalentes aos da Esquizofrenia, sendo que a
diferença está na duração e no fato de que há ausência de exigência de
declínio funcional.

| 30
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

No caso no Transtorno Esquizofreniforme, a duração é de um mês a seis


meses.

Assim como na esquizofrenia, dois (ou mais) dos itens a seguir estão
presentes (pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3)):

06
1. Delírios.

4:
:3
2. Alucinações.

19
3. Discurso desorganizado

1
02
/2
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.

11
5. Sintomas negativos

8/
-2
om
TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO

l.c
ai
Critério A* da esquizofrenia + episódio depressivo maior ou maníaco
tm
ho

- Critério A da esquizofrenia: Dois (ou mais) dos itens a seguir estão


@

presentes (pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3)):


es
m

1. Delírios.
go
ah

2. Alucinações.
a.
-s

3. Discurso desorganizado
2
-1

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


84

5. Sintomas negativos
.3
11
.4
90

Um episódio de humor e sintomas da fase ativa da esquizofrenia


-0

ocorrem concomitantemente, tendo sido antecedidos ou seguidos de


os
nt

pelo menos duas semanas de delírios ou alucinações sem sintomas


sa
s

proeminentes de humor.
do
es
m
go

Subtipos: Bipolar e Depressivo


ra
sa

ESQUIZOFRENIA

Sintomas devem ter duração de mais de seis meses, com ao menos 1


mês de sintomas da fase ativa.

Maioria das pessoas com esquizofrenia não são agressivas, mas


hostilidade e agressão podem estar associadas. Sendo que a agressão
espontânea ou aleatória não é comum.

| 31
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Psicopatologia

Critérios Diagnósticos:
“A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma
quantidade significativa de tempo durante um período de um mês (ou
menos, se tratados com sucesso). Pelo menos um deles deve ser (1), (2)
ou (3):

06
1. Delírios.

4:
:3
2. Alucinações.

19
1
3. Discurso desorganizado.

02
/2
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.

11
5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).

8/
-2
om
B. Por período significativo de tempo desde o aparecimento da

l.c
ai
perturbação, o nível de funcionamento em uma ou mais áreas tm
ho

importantes do funcionamento, como trabalho, relações interpessoais


@
es

ou autocuidado, está acentuadamente abaixo do nível alcançado antes


m
go

do início (ou, quando o início se dá na infância ou na adolescência,


ah

incapacidade de atingir o nível esperado de funcionamento


a.
-s

interpessoal, acadêmico ou profissional).


2
-1
84
.3

C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis


11
.4

meses. Esse período de seis meses deve incluir no mínimo um mês de


90

sintomas (ou menos, se tratados com sucesso) que precisam satisfazer


-0
os

ao Critério A (i.e., sintomas da fase ativa) e pode incluir períodos de


nt
sa

sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses períodos


s
do

prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser


es

manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais


m
go

sintomas listados no Critério A presentes em uma forma atenuada (p.


ra

ex., crenças esquisitas, experiências perceptivas incomuns).


sa

D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno


bipolar com características psicóticas são descartados porque 1) não
ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos
concomitantemente com os sintomas da fase ativa, ou 2) se episódios
de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração
total foi breve em relação aos períodos ativo e residual da doença.

| 32
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

E. A perturbação pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma


substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição
médica.

F. Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno


da comunicação iniciado na infância, o diagnóstico adicional de

06
esquizofrenia é realizado somente se delírios ou alucinações

4:
:3
proeminentes, além dos demais sintomas exigidos de esquizofrenia,

19
1
estão também presentes por pelo menos um mês (ou menos, se

02
/2
tratados com sucesso).”

11
8/
-2
- Nos homens, a esquizofrenia tende a surgir alguns anos mais

om
l.c
cedo do que nas mulheres. E a pior evolução se associa ao sexo
ai
masculino. tm
ho

- A esquizofrenia é uma doença crônica, com surtos recorrentes.


@
es

Não há, de modo geral, remissão completa depois dos surtos.


m
go

- As perdas ou acometimentos cognitivos estão, de forma geral,


ah

presentes antes mesmo do surgimento dos sintomas psicóticos e


a.
-s

persistem durante o curso da doença.


2
-1

- São frequentes entre os pacientes obesidade e doenças


84
.3

cardiovasculares. Além disso, há prevalência aumentada de tabagismo


11
.4

e uso de substâncias.
90
-0

- Verificam-se taxas aumentadas e risco aumentado de suicídio.


os

- Os antipsicóticos, sobretudo para os sintomas positivos, são as


nt
sa

intervenções terapêuticas com mais evidência de eficiência. Contudo,


s
do

não são, ou são pouco eficazes, para sintomas negativos e cognitivos.


es

(Dalgalarrondo, 2019)
m
go
ra
sa

Em Dalgalarrondo (2019), a esquizofrenia é a principal forma de


psicose ou síndrome psicótica, notadamente por sua frequência e por
sua importância clínica.

Os principais grupos de sintomas da esquizofrenia são:


• sintomas negativos
• sintomas positivos
• sintomas de desorganização

| 33
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Psicopatologia

• sintomas psicomotores/ catatonia


• sintomas/ prejuízos cognitivos
• sintomas de humor
(Dalgalarrondo, 2019)

SINTOMAS NEGATIVOS: caracterizados pela perda de certas funções

06
psíquicas em esferas como a vontade, o pensamento, a linguagem,

4:
:3
entre outras. Além disso, pelo empobrecimento global da vida afetiva,

19
1
cognitiva e social da pessoa.

02
/2
Os principais sintomas negativos nas síndromes esquizofrênicas

11
são:

8/
-2
-Distanciamento e aplainamento afetivo ou afeto embotado =

om
ocorre em graus variados; em alguns casos, há grave embotamento

l.c
ai
afetivo; tm
ho

-Retratação social ou associalidade = A pessoa vai se isolando


@
es

progressivamente do convívio social);


m
go

- Alogia ou empobrecimento da linguagem e do pensamento;


ah

- Diminuição da vontade (avolição) = Caracterizada por


a.
-s

diminuição da iniciativa e hipopragmatismo (“dificuldade ou


2
-1

incapacidade de realizar ações, tarefas, trabalhos minimamente


84
.3

organizados que exijam iniciativa, motivação, organização e


11
.4

persistência”);
90

- Anedonia = diminuição da capacidade de experimentar e sentir


-0
os

prazer. Diferentemente da anedonia encontrada em quadros


nt
sa

depressivos, a anedonia da esquizofrenia não apresenta evidente


s
do

desconforto subjetivo. Diferente disso, nos quadros de depressivos, a


es

anedonia é marcada por desconforto subjetivo, mais ou menos intenso.


m
go
ra

• Sintomas Negativos primários = decorrentes de forma intrínseca da


sa

própria esquizofrenia;
• Sintomas negativos secundários = decorrentes de efeitos colaterais
dos medicamentos antipsicóticos, de depressão ou de privação e
isolamento social.

Dos sintomas negativos decorre, em algumas pessoas com


esquizofrenia, uma considerável negligência em relação a si mesmos.

| 34
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Isso se revela na higiene pobre, no descuido da aparência e da saúde,


dentes apodrecidos, entre outros aspectos. (Dalgalarrondo, 2019)

SINTOMAS POSITIVOS: São manifestações novas, não se tratando de


ausências ou de déficits, como os sintomas negativos. Os principais

06
sintomas positivos da esquizofrenia são:

4:
:3
• Alucinações = sendo que o tipo de alucinação mais

19
1
frequente é a auditiva;

02
/2
• Ideias delirantes (delírio) = comumente de conteúdo

11
persecutório, autorreferente ou de influência;

8/
-2
• Outras formas de distorção da realidade ou dificuldades

om
com teste de realidade = embora não cheguem a configurar

l.c
ai
delírios, são marcadas pela presença de ideias muito
tm
ho

deturpadas sobre a realidade.


@
es
m
go

São considerados sintomas positivos de primeira ordem na


ah

esquizofrenia: percepção delirante; alucinações auditivas


a.
-s

características; eco do pensamento ou sonorização do pensamento;


2
-1

difusão, divulgação ou publicação do pensamento; roubo do


84
.3

pensamento; distúrbios da vivência do eu; vivências de influência sobre


11
.4

o corpo; vivências do ‘fabricado’ ou do ‘feito’ por outros.


90
-0
os

Sintomas de primeira ordem indicam uma profunda alteração da


nt
sa

relação eu-mundo, em que existe uma invasão maciça de algo do


s
do

mundo externo sobre o íntimo da pessoa. (Dalgalarrondo, 2019)


es
m
go
ra

TRANSTORNO PSICÓTICO INDUZIDO POR


sa

SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO
Sintomas psicóticos como consequência fisiológica de uma droga de
abuso, um medicamento ou exposição a uma toxina, cessando após a
remoção do agente.

TRANSTORNO PSICÓTICO DEVIDO A OUTRA CONDIÇÃO MÉDICA


Sintomas psicóticos sejam uma consequência fisiológica direta de outra
condição médica.

| 35
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Psicopatologia

Outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno


psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e
outro transtorno psicótico não especificado
Apresentações psicóticas que não atendam aos critérios para qualquer
outro transtorno psicótico especificado ou para sintomatologia

06
psicótica sobre a qual há informações inadequadas ou contraditórias.

4:
:3
19
1
Quadro comparativo:

02
/2
11
Transtorno
• Duração: > 1 mês

8/
Delirante

-2
om
Transtorno psicótico

l.c
• Duração: > 1 dia e < 1 mês
ai
breve tm
ho
@

Transtorno
• Duração: > 1 mês e < 6 meses
es

Esquizofreniforme
m
go
ah
a.

Esquizofrenia • Duração: > 6 meses


-s
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 36
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS


Transtorno Bipolar Tipo I

Transtorno Bipolar Tipo II

06
Transtorno Ciclotímico

4:
:3
19
Transtorno Bipolar e Transt. relacionado induzido por substância/medicamento

1
02
/2
ranstorno Bipolar e Transtorno Relacionado Devido a Outra Condição Médica

11
8/
-2
Outro Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Especificado

om
l.c
ai
Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Não Especificado
tm
ho
@
es

Essa categoria de transtornos é uma ponte entre os transtornos do


m

espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos e os


go
ah

transtornos depressivos.
a.
-s
2
-1
84
.3

“Episódio Maníaco:
11

A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente


.4
90

elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da


-0
os

atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de


nt

uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou
sa
s

qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária).


do
es
m
go

B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia


ra

ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor


sa

é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam


uma mudança notável do comportamento habitual:
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com
apenas três horas de sono). (Diferente da insônia, em que há desejo ou
sente necessidade de dormir, mas não consegue)
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.

| 37
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão


acelerados. (*Fuga de ideias: associações entre as palavras deixam de
seguir uma lógica ou finalidade do pensamento. (Dalgalarrondo, 2019))
5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por
estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado
ou observado.

06
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no

4:
:3
trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora (i.e.,

19
1
atividade sem propósito não dirigida a objetivos).

02
/2
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para

11
consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados

8/
-2
de compras, indiscrições sexuais ou investi-mentos financeiros

om
insensatos).

l.c
ai
tm
ho

C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de


@
es

causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou


m
go

para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou


ah

a outras pessoas, ou existem características psicóticas.


a.
-s
2
-1

D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância


84
.3

(p. ex., droga de abuso, medicamento, outro tratamento) ou a outra


11
.4

condição médica.
90
-0
os
nt
sa

Outros sintomas que também podem ser encontrados nos episódios de


s
do

mania são:
es
m
go

• Labilidade afetiva = oscilação rápida e fácil entre momentos alegres,


ra
sa

eufóricos e momentos de tristeza e choros abruptos. De maneira geral,


são afetos superficiais.
• Agitação psicomotora = pode ser muito intensa.
• Arrogância = em alguns pacientes, é um sintoma de destaque.
• Heteroagressividade = comumente desorganizada e sem objetivos
precisos.
• Desinibição social e sexual = leva o sujeito a praticar comportamentos
inadequados em seu meio sociocultural. (Dalagalarrondo, 2019)

| 38
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Episódio Hipomaníaco:
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente
elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da

06
atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias

4:
:3
consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias.

19
1
02
/2
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e

11
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é

8/
-2
apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em

om
relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau

l.c
ai
significativo: tm
ho

1. Autoestima inflada ou grandiosidade.


@
es

2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com


m
go

apenas três horas de sono).


ah

3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.


a.
-s

4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão


2
-1

acelerados.
84
.3

5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por


11
.4

estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado


90

ou observado.
-0
os

6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no


nt
sa

trabalho ou escola, seja se-xualmente) ou agitação psicomotora.


s
do

7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para


es

consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados


m
go

de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros


ra

insensatos).
sa

C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento


que não é característica do indivíduo quando assintomático.

D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são


observáveis por outras pessoas.

| 39
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo


acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar
de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o
episódio é maníaco.

F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância

06
(p. ex., droga de abuso, medicamento, outro tratamento).(...)

4:
:3
19
1
Hipomania = “Forma atenuada de episódio maníaco, que muitas vezes

02
/2
passa despercebida, não recebendo atenção médica ou psicológica. O

11
8/
indivíduo está mais disposto que o normal, fala muito, conta piadas, faz

-2
muitos planos, não se ressente com as dificuldades e os limites da vida.

om
l.c
Pode ter diminuição do sono, não se sente cansado após muitas
ai
atividades e deseja sempre fazer mais.” (Dalgalarrondo, 2019)tm
ho
@
es
m
go
ah

EPISÓDIO MANÍACO EPISÓDIO HIPOMANÍACO


a.
-s
2
-1
84

Duração mínima de uma


.3

Duração mínima de quatro dias


11

semana
.4
90
-0
os
nt

Perturbação do humor é O episódio NÃO é suficientemente grave a


sa

suficientemente grave a ponto de:


s

ponto de: causar prejuízo acentuado no


do

causar prejuízo acentuado no


es

funcionamento social ou profissional; ou


m

funcionamento social ou
go

para necessitar de hospitalização.


ra

profissional; Ou para necessitar de


sa

Existindo características psicóticas, por


hospitalização; Ou existem
definição, o episódio é maníaco.
características psicóticas.

Episódio Depressivo Maior:


A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante
o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em

| 40
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Psicopatologia

relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1)


humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.

1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias,


conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio ou
sem esperança) ou por observação feita por outra pessoa (p. ex., parece

06
choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.)

4:
:3
2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase

19
1
todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias

02
/2
(conforme indicado por relato subjetivo ou observação feita por outra

11
pessoa).

8/
-2
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex.,

om
mudança de mais de 5% do peso corporal em um mês) ou redução ou

l.c
ai
aumento no apetite quase todos os dias. (Nota: Em crianças, tm
ho

considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.)


@
es

4. Insônia ou hipersonia quase diária.


m
go

5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por


ah

outras pessoas; não meramente sensações subjetivas de inquietação ou


a.
-s

de estar mais lento).


2
-1

6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.


84
.3

7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que


11
.4

podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente


90

autorrecriminação ou culpa por estar doente).


-0
os

8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão


nt
sa

quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outra
s
do

pessoa).
es

9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer),


m
go

ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de


ra

suicídio ou plano específico para cometer suicídio.


sa

B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou


prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.

C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância


ou a outra condição médica.

| 41
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Psicopatologia

•Humor anormal e •Humor anormal e


EPISÓDIO MANÍACO:

EPISÓDIO HIPOMANÍACO:

MAIOR:
•Pelo menos um dos
persistentemente elevado, persistentemente elevado, sintomas é humor
expansivo ou irritável e expansivo ou irritável e deprimido ou perda de

06
aumento anormal e aumento anormal e interesse ou prazer.

4:
persistente da atividade persistente da atividade

:3
ou energia. ou energia.

19
EPISÓDIO DEPRESSIVO
•Duração mínima de duas

1
semanas;

02
•Duração mínima de 1 •Duração mínima de 4
dias consecutivos

/2
semana

11
8/
•Episódio NÃO é

-2
•Episódio suficientemente
grave a ponto de causar suficientemente grave a

om
prejuízo acentuado no ponto de causar prejuízo

l.c
funcionamento social ou acentuado no

ai
funcionamento social ou
profissional, ou para
profissional ou para tm
ho
necessitar de
necessitar de
hospitalização, ou existem
@

hospitalização. Existindo
características psicóticas.
es

características psicóticas,
m

por definição, o episódio é


go

maníaco.
ah
a.
-s
2
-1
84

TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I


.3
11

É necessária a ocorrência de pelo menos um episódio maníaco. O


.4
90

episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios


-0

hipomaníacos ou depressivos maiores.


os
nt
sa

Embora não haja exigência de psicose ou de um episódio depressivo


s
do

maior, a maioria dos indivíduos cujos sintomas atendem aos critérios


es
m

para um episódio maníaco também tem episódios depressivos maiores


go

durante o curso de suas vidas.


ra
sa

- Pelo menos um episódio maníaco na vida é necessário para o


diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.

- Episódios Hipomaníacos são comuns no transtorno bipolar tipo I,


embora NÃO necessários para o diagnóstico desse transtorno.

| 42
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Psicopatologia

- Episódio depressivo maior é comum no Transtorno Bipolar Tipo I, mas


NÃO é necessário para o diagnóstico desse transtorno.

CUIDADO! Assim, mesmo havendo somente um episódio maníaco, ele


já é suficiente para o diagnóstico do transtorno bipolar tipo I.

06
4:
:3
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II

19
Requer um ou mais episódios depressivos maiores e pelo menos um

1
02
episódio hipomaníaco; jamais houve um episódio maníaco; não é uma

/2
11
condição “mais leve” que o transtorno bipolar tipo I, sendo mais crônico

8/
-2
que o tipo I.

om
l.c
ai
Pessoas com transtorno bipolar tipo II, normalmente, procuram ajuda
tm
ho
durante um episódio depressivo maior, sendo improvável que se
@

queixem inicialmente de hipomania.


es
m
go
ah

Em geral, os episódios hipomaníacos não causam prejuízo por si


a.
-s

mesmos. São os sintomas de depressão ou a imprevisibilidade causada


2

por alternância frequente entre períodos de depressão e hipomania que


-1
84

causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no


.3
11

funcionamento social, profissional ou em outra área. (DSM V)


.4
90
-0
os

•Necessária a ocorrência de pelo menos um


nt
sa

episódio maníaco;
TRANSTORNO BIPOLAR
s
do

•Episódios Hipomaníacos e Depressivos Maiores


es

TIPO I
m

são comuns, mas não necessários para o


go

diagnóstico.
ra
sa

• Um ou mais episódios depressivos maiores +


TRANSTORNO BIPOLAR
pelo menos um episódio hipomaníaco.
TIPO II
•Jamais houve um episódio maníaco

| 43
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Psicopatologia

TRANSTORNO CICLOTÍMICO
Caracterizado por cronicidade e oscilação do humor.

Em adultos, sintomas há, pelo menos, 2 anos (sendo duração de, pelo
menos, um ano em crianças e adolescentes).

06
Há períodos e sintomas hipomaníacos e depressivos, sem jamais

4:
:3
atender aos critérios para episódios de mania, hipomania ou

19
1
depressivo maior. Ou seja, há sintomas hipomaníacos e depressivos,

02
/2
mas não chegam a caracterizar episódios sejam depressivos maiores,

11
maníacos ou hipomaníacos.

8/
-2
om
Durante os dois anos (um ano em crianças e adolescentes), os períodos

l.c
ai
hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos metade
tm
ho

do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por mais que


@
es

dois meses consecutivos.


m
go
ah

Ciclotimia = muitos e frequentes períodos de poucos e leves sintomas


a.
-s

depressivos seguidos, em periodicidade variável, de certa elevação do


2
-1

humor. (Dalgalarrondo, 2019)


84
.3
11
.4

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Induzido por


90
-0

Substância/Medicamento
os
nt

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Devido a Outra


sa
s

Condição Médica
do
es
m

Outro Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Especificado


go
ra
sa

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Não Especificado

| 44
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Psicopatologia

TRANSTORNOS DEPRESSIVOS

Caracterizados por presença de humor triste, vazio ou irritável,


acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam
significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo.

06
4:
Transtorno disruptivo da desregulação do humor

:3
19
1
02
Trasntorno Depressivo Maior

/2
11
8/
-2
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia)

om
l.c
ai
Transtorno Disfórico pré-mestrual tm
ho
@
es

Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento


m
go
ah
a.

Transtorno Depressivo Devido a Outra Condição Médica


-s
2
-1
84

Transtorno Depressivo Especificado


.3
11
.4
90
-0

Transtorno Depressivo Não Especificado


os
nt
sa
s

Apesar da variação de forma e de graus nas depressões, alguns de seus


do

sintomas e sinais clínicos são de presença constante, como:


es
m
go

- baixa autoestima,
ra
sa

- sentimento culposo sem causa definida,

- exacerbada intolerância a perdas e frustrações,

- alto nível de exigência consigo próprio,

- extrema submissão ao julgamento dos outros,

- sentimento de perda do amor e

| 45
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Psicopatologia

- permanente estado de que há algum desejo inalcançável.”

(ZIMERMAN, David E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, Técnica, Clínica–


Uma Abordagem Didática: Teoria, Técnica, Clínica–Uma Abordagem Didática.
Artmed Editora, 2009.)

06
TRANSTORNO DISRUPTIVO DA DESREGULAÇÃO DO HUMOR

4:
:3
19
Explosões de raiva recorrentes e graves desproporcionais; irritabilidade

1
02
/2
crônica grave; mínimo de 3 explosões de raiva por semana; humor entre

11
as explosões é persistentemente irritável ou zangado; predomina em

8/
-2
meninos.

om
l.c
ai
É caracterizado por irritabilidade persistente e episódios frequentes
tm
ho

de descontrole comportamental extremo. O transtorno disruptivo da


@
es

desregulação do humor foi formulado com a finalidade de abordar


m
go

questões referentes ao potencial de diagnóstico e tratamento


ah

excessivos do transtorno bipolar em crianças. As crianças com esse


a.
-s

padrão de sintomas tipicamente desenvolvem transtornos depressivos


2
-1

unipolares ou transtornos de ansiedade, em vez de transtornos


84
.3

bipolares, quando ingressam na adolescência e na idade adulta.


11
.4

O início do transtorno disruptivo da regulação do humor deve ser


90

antes dos 10 anos, e o diagnóstico não deve ser aplicado a crianças com
-0
os

menos de 6 anos.
nt
sa
s
do

Atenção! Diagnóstico Diferencial: Transtorno disruptivo da


es

desregulação do humor é diferente de Transtorno Explosivo


m
go

Intermitente. O Transtorno Explosivo Intermitente (está dentro da


ra

categoria de Transtornos Disruptivos, do controle de impulsos e da


sa

conduta) não requer perturbação persistente do humor entre as


explosões.

“Critérios Diagnósticos:
A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem
(p. ex., violência verbal) e/ou pelo comportamento (p. ex., agressão

| 46
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Psicopatologia

física a pessoas ou propriedade) que são consideravelmente


desproporcionais em intensidade ou duração à situação ou provocação.

B. As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de


desenvolvimento.

06
C. As explosões de raiva ocorrem, em média, três ou mais vezes por

4:
:3
semana.

19
1
02
/2
D. O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou

11
zangado na maior parte do dia, quase todos os dias, e é observável por

8/
-2
outras pessoas (p. ex., pais, professores, pares).

om
l.c
ai
E. Os Critérios A-D estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse
tm
ho

tempo, o indivíduo não teve um período que durou três ou mais meses
@
es

consecutivos sem todos os sintomas dos Critérios A-D.


m
go
ah

F. Os Critérios A e D estão presentes em pelo menos dois de três


a.
-s

ambientes (p. ex., em casa, na escola, com os pares) e são graves em


2
-1

pelo menos um deles.


84
.3
11
.4

G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos
90

ou após os 18 anos de idade.


-0
os
nt
sa

H. Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes


s
do

dos 10 anos.
es
m
go

I. Nunca houve um período distinto durando mais de um dia durante o


ra

qual foram satisfeitos todos os critérios de sintomas, exceto a duração,


sa

para um episódio maníaco ou hipomaníaco.(...)

J. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante um


episódio de transtorno depressivo maior e não são mais bem explicados
por outro transtorno mental (...)

| 47
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Psicopatologia

K. Os sintomas NÃO são consequência dos efeitos psicológicos de uma


substância ou de outra condição médica ou neurológica.”

As taxas de comorbidade no transtorno disruptivo da desregulação do


humor são extremamente altas. A maior sobreposição é com o
transtorno de oposição desafiante.

06
4:
:3
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

19
1
02
/2
Representa a condição clássica desse grupo de transtornos. Ele é

11
caracterizado por episódio (s) depressivo (s) maior (es) distintos de pelo

8/
-2
menos duas semanas de duração envolvendo alterações nítidas no

om
afeto, na cognição e em funções neurovegetativas, e remissões

l.c
ai
interepisódicas. O diagnóstico baseado em um único episódio é tm
ho

possível, embora o transtorno seja recorrente na maioria dos casos.


@
es
m

Risco de suicídio: A possibilidade de comportamento suicida existe


go
ah

permanentemente durante os episódios depressivos maiores. O fator


a.
-s

de risco descrito com mais consistência é história prévia de tentativas


2
-1

ou ameaças de suicídio.
84
.3
11

“Critérios diagnósticos:
.4
90

A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante


-0
os

o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em


nt

relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1)


sa
s

humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.


do
es

Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a outra condição


m
go

médica.
ra

1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias,


sa

conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio, sem
esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece
choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.)
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase
todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicada
por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas).
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex.,
uma alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês), ou redução

| 48
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Psicopatologia

ou aumento do apetite quase todos os dias. (Nota: Em crianças,


considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.)
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por
outras pessoas, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou
de estar mais lento).

06
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

4:
:3
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que

19
1
podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente

02
/2
autorrecriminação ou culpa por estar doente).

11
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão,

8/
-2
quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outras

om
pessoas).

l.c
ai
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer),
tm
ho

ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de


@
es

suicídio ou plano específico para cometer suicídio.


m
go
ah

B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou


a.
-s

prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas


2
-1

importantes da vida do indivíduo.


84
.3
11
.4

C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância


90

ou a outra condição médica.


-0
os
nt
sa

Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior. (...)


s
do
es

D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada


m
go

por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno


ra

esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do es-pectro


sa

da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou


transtorno da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não
especificado.

E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco.


Nota: Essa exclusão não se aplica se todos os episódios do tipo
maníaco ou do tipo hipomaníaco são induzidos por substância ou
são atribuíveis aos efeitos psicológicos de outra condição médica.”

| 49
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Psicopatologia

Tristeza/luto normais é diferente de um episódio depressivo maior.


O luto pode induzir grande sofrimento, mas não costuma provocar um
episódio de transtorno depressivo maior.

O conteúdo do pensamento associado ao luto geralmente apresenta

06
preocupação com pensamentos e lembranças do falecido, em vez das

4:
:3
ruminações autocríticas ou pessimistas encontradas no Episódio

19
1
Depressivo Maior. No luto, a autoestima costuma estar preservada, já no

02
/2
Episódio Depressivo Maior, os sentimentos de desvalia e aversão a si

11
8/
mesmo são comuns. (DSM V)

-2
om
l.c
LUTO EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR
ai
tm
ho
@
es

Afeto predominante inclui sentimentos de vazio Humor deprimido persistente e incapacidade de


m

e perda. antecipar felicidade ou prazer.


go
ah
a.

Disforia no luto pode diminuir de intensidade ao Humor deprimido é mais persistente e não está
-s

longo de dias a semanas; associada a ligado a pensamentos ou preocupações


2
-1

pensamentos ou lembranças do falecido. específicos.


84
.3
11

Dor do luto pode vir acompanhada de emoções e Infelicidade e angústia


.4
90

humor positivos. generalizadas.


-0
os

Autoestima costuma estar preservada. Sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo


nt

são comuns.
sa
s
do

Se o indivíduo pensa em morte e em morrer, tais Pensamentos têm o foco em acabar com a
es

pensamentos costumam ter o foco no falecido e própria vida em razão dos sentimentos de
m
go

possivelmente em "se unir" a ele. desvalia, de não merecer estar vivo ou da


ra

incapacidade de enfrentar a depressão


sa

As síndromes e as reações depressivas surgem, frequentemente, após


perdas significativas: de pessoa muito querida, emprego,
moradia, status socioeconômico ou algo puramente simbólico. Apesar de muitas
vezes ser desencadeada por perdas, a depressão não é o mesmo que o sentimento
normal do luto, mesmo que marcante. Entretanto, a distinção entre luto normal,
mas intenso, e depressão nem sempre é fácil. (Dalgalarrondo, 2019)

| 50
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Psicopatologia

Diferenças entre luto intenso e depressão

ASPECTOS LUTO INTENSO DEPRESSÃO


DIFERENCIAIS
Humor/tristeza Tristeza muito Humor deprimido
experimentados e sua relacionada à experiência constante que abrange
evolução da perda, que tende a mais que as perdas;

06
diminuir com o passar das humor que não melhora

4:
:3
semanas e meses com o passar do tempo

19
(duração muito variável, (duração variável, mas a

1
02
de semanas a vários média dos episódios fica

/2
11
meses, eventualmente em torno de quatro

8/
-2
anos). meses).

om
Padrão temporal Tristeza ocorre “em Tristeza e desânimo

l.c
ondas” (“dores do luto”), oscilam menos ao longo
ai
associada a lembranças
tm dos dias (com exceção da
ho

da pessoa perdida. depressão atípica).


@
es
m
go

Conteúdo do Tristeza e angústia mais Ruminações autocríticas


ah

pensamento centradas em e pessimistas


a.
-s

pensamentos abrangentes, não apenas


2

relacionados à pessoa relacionadas a uma


-1
84

perdida. perda.
.3
11

Pensamento típico “Por que não disse à “Nada na vida vale a pena,
.4

pessoa que perdi o eu não sirvo para nada,


90
-0

quanto a amava, por que sou um peso para as


os

não convivi mais com pessoas.”


nt
sa

ela?”
s
do

Fantasias relacionadas a “Gostaria de morrer para “Quero morrer para não


es

pensamentos suicidas me juntar à pessoa sofrer mais”, ou “quero


m
go

perdida, para revê-la.” morrer pois não mereço


ra

mais viver, não darei mais


sa

trabalho a meus
familiares”

(Dalgalarrondo, 2019)

TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (DISTIMIA)

| 51
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Psicopatologia

Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias; sintomas


depressivos presentes por, no mínimo, 2 anos em adultos (1 ano em
crianças e adolescentes).

Indivíduos cujos sintomas satisfazem os critérios para transtorno


depressivo maior por dois anos devem receber diagnóstico de

06
transtorno depressivo persistente, além de transtorno depressivo

4:
:3
maior. Inclusive, o mais comum é que o diagnóstico da distimia seja

19
1
acompanhado do de transtorno depressivo persistente. Jamais houve

02
/2
um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais foram

11
satisfeitos os critérios para transtorno ciclotímico.

8/
-2
om
l.c
Atenção!
ai
tm
ho

Distimia (pertence ao rol dos transtornos Depressivos) é diferente de


@
es

ciclotimia (pertence ao rol do transtorno Bipolar e relacionados)!


m
go
ah

Semelhanças: cronicidade (sintomas presentes por 2 anos em adultos e


a.
-s

1 ano em crianças)
2
-1
84
.3

Diferenças: Na Distimia, o humor depressivo ocorre na maior parte do


11
.4

dia, na maioria dos dias. Já o transtorno ciclotímico é caracterizado


90
-0

por oscilação de humor, com períodos e sintomas hipomaníacos e


os

depressivos.
nt
sa
s
do
es

“Critérios Diagnósticos:
m
go

A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias,


ra
sa

indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras


pessoas, pelo período mínimo de dois anos.
Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com
duração mínima de um ano.

B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das


seguintes características:
1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso.

| 52
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Psicopatologia

2. Insônia ou hipersonia.
3. Baixa energia ou fadiga.
4. Baixa autoestima.
5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões.
6. Sentimentos de desesperança.

06
C. Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou

4:
:3
adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os

19
1
sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses.

02
/2
11
D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar

8/
-2
continuamente presentes por dois anos.

om
l.c
ai
E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio tm
ho

hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para


@
es

transtorno ciclotímico.
m
go
ah

F. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno


a.
-s

esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, transtorno delirante,


2
-1

outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno


84
.3

psicótico especificado ou transtorno do espectro da


11
.4

esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado.


90
-0
os

G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma


nt
sa

substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra


s
do

condição médica (p. ex., hipotireoidismo).


es
m
go

H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou


ra

prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas


sa

importantes da vida do indivíduo.”

Para Dalgalarrondo (2019), Distimia é o conceito que


designa a alteração básica do humor, tanto no que se refere à
inibição, quanto à exaltação do humor.

| 53
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Psicopatologia

Assim, não se deve confundir o sintoma distimia com o


transtorno distimia (sendo este um transtorno depressivo leve e
crônico).

TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL

06
4:
:3
Expressão de labilidade* do humor, irritabilidade, disforia* e sintomas

19
de ansiedade que ocorrem repetidamente durante a fase pré-menstrual

1
02
do ciclo e remitem por volta do início da menstruação ou logo depois.

/2
11
Sintomas devem ter ocorrido na maioria dos ciclos menstruais

8/
-2
durante o último ano e ter um efeito adverso no trabalho ou no

om
funcionamento social.

l.c
ai
tm
ho

*Labilidade do humor = mudanças/flutuação do humor


@
es
m

*Disforia = sintomas de inibição do humor, ou de exaltação do humor,


go
ah

acompanhados de mal-humor, irritação, amargura, agressividade.


a.
-s
2
-1

“Critérios Diagnósticos:
84
.3

A. Na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos cinco sintomas devem


11
.4

estar presentes na semana final antes do início da menstruação,


90

começar a melhorar poucos dias depois do início da menstruação e


-0
os

tornar-se mínimos ou ausentes na semana pós-menstrual.


nt
sa
s
do

B. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve estar presente:


es

1. Labilidade afetiva acentuada (p. ex., mudanças de humor; sentir-se


m
go

repentinamente triste ou chorosa ou sensibilidade aumentada à


ra

rejeição).
sa

2. Irritabilidade ou raiva acentuadas ou aumento nos conflitos


interpessoais.
3. Humor deprimido acentuado, sentimentos de desesperança ou
pensamentos autodepreciativos.
4. Ansiedade acentuada, tensão e/ou sentimentos de estar nervosa ou
no limite.

| 54
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Psicopatologia

C. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve adicionalmente estar


presente para atingir um total de cinco sintomas quando combinados
com os sintomas do Critério B.
1. Interesse diminuído pelas atividades habituais (p. ex., trabalho,
escola, amigos, passatempos).
2. Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar.

06
3. Letargia, fadiga fácil ou falta de energia acentuada.

4:
:3
4. Alteração acentuada do apetite; comer em demasia; ou avidez por

19
1
alimentos específicos.

02
/2
5. Hipersonia ou insônia.

11
6. Sentir-se sobrecarregada ou fora de controle.

8/
-2
7. Sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor

om
articular ou muscular, sensação de “inchaço” ou ganho de peso.

l.c
ai
Nota: Os sintomas nos Critérios A-C devem ser satisfeitos para a maioria
tm
ho

dos ciclos menstruais que ocorreram no ano precedente.


@
es
m
go

D. Os sintomas estão associados a sofrimento clinicamente significativo


ah

ou a interferência no trabalho, na escola, em atividades sociais


a.
-s

habituais ou relações com outras pessoas (p. ex., esquiva de atividades


2
-1

sociais; diminuição da produtividade e eficiência no trabalho, na escola


84
.3

ou em casa).
11
.4
90

E. A perturbação não é meramente uma exacerbação dos sintomas de


-0
os

outro transtorno, como transtorno depressivo maior, transtorno de


nt
sa

pânico, transtorno depressivo persistente (distimia) ou um transtorno


s
do

da personalidade (embora possa ser concomitante a qualquer um


es

desses transtornos).
m
go
ra

F. O Critério A deve ser confirmado por avaliações prospectivas diárias


sa

durante pelo menos dois ciclos sintomáticos. (Nota: O diagnóstico pode


ser feito provisoriamente antes dessa confirmação.)

G. Os sintomas não são consequência dos efeitos fisiológicos de uma


substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro tratamento) ou
de outra condição médica”

Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento

| 55
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Psicopatologia

Transtorno depressivo devido a outra condição médica

Transtorno depressivo especificado

Transtorno depressivo não especificado

06
4:
:3
19
Subtipos de Síndromes e Transtornos Depressivos

1
02
/2
• Depressão atípica: Além de reatividade do humor aumentada

11
8/
(melhora rapidamente com eventos positivos e piora rapidamente com

-2
eventos negativos), o indivíduo pode apresentar os seguintes sintomas:

om
– Aumento do apetite ou ganho de peso.

l.c
ai
– Aumento do sono. tm
ho

– Sensação do corpo, braços ou pernas muito pesados.


@
es

- Sensibilidade exacerbada à rejeição interpessoal, às vexes a


m
go

indicativos mínimos e subjetivos de possível rejeição. (Dalgalarrondo,


ah

2019)
a.
-s
2
-1

• Depressão tipo melancólica ou endógena: a pessoa deve


84
.3

apresentar perda de prazer ou incapacidade de sentir prazer (anedonia)


11
.4

ou falta de falta de reatividade a estímulos em geral prazerosos. Além


90

disso, pode haver também:


-0
os

- Humor depressivo característico com prostração profunda.


nt
sa

- Lentificação psicomotora, demora em responder às perguntas, ou


s
do

agitação psicomotora.
es

- Ideias ou sentimento de culpa excessivos e/ou inadequados.


m
go

– Perda do apetite e/ou de peso corporal


ra

- Depressão pior pela manhã, que pode melhorar um pouco ao longo do


sa

dia. (Dalgalarrondo, 2019)

• Depressão psicótica ou depressão com sintomas psicóticos:


ocorrem associados aos sintomas depressivos, um ou mais sintomas
psicóticos, como delírio e/ou alucinação. São frequentes delírios de
ruína ou culpa, delírio hipocondríaco ou de negação de órgãos, ou

| 56
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Psicopatologia

alucinações com conteúdo depressivos e de “punição merecida” (“vou


morrer e sofrer, pois mereço”). (Dalgalarrondo, 2019)

• Estupor depressivo ou depressão com catatonia: estado


depressivo grave, em que a pessoa permanece dias na cama ou sentado,
em estado de catalepsia (imóvel; em geral rígido), com negativismo que

06
se exprime pela ausência de respostas às solicitações ambientais,

4:
:3
geralmente em estado de mutismo, recusando alimentação. O paciente

19
1
pode, nesse estado, desidratar e vir a falecer por complicações clínicas.

02
/2
(Dalgalarrondo, 2019)

11
8/
-2
• Depressão ansiosa ou agitada: depressão com forte

om
componente de ansiedade, tensão e inquietação psicomotora.

l.c
ai
(Dalgalarrondo, 2019) tm
ho
@
es
m
go
ah
a.
-s
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 57
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Psicopatologia

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Essa categoria inclui transtornos que compartilham aspectos de medo


e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais
relacionados. A determinação do quanto o medo ou a ansiedade são
excessivos é feita pelo clínico, levando em conta fatores contextuais

06
culturais.

4:
:3
19
1
Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade

02
/2
adaptativos por serem excessivos ou persistirem além de períodos

11
8/
apropriados ao nível de desenvolvimento.

-2
om
l.c
- Medo = resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida.
ai
- Ansiedade = antecipação de ameaça futura. tm
ho
@
es

Medo e ansiedade são estados que se sobrepõem, mas também se


m
go

diferenciam:
ah
a.

- No medo, há, com mais frequência: períodos de excitabilidade


-s

autonômica aumentada, necessária para luta ou fuga, pensamentos de


2
-1
84

perigo imediato e comportamentos de fuga.


.3

- Já na ansiedade, é mais frequentemente a tensão muscular e


11
.4

vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de


90
-0

cautela ou esquiva.
os
nt
sa

Os ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de


s
do

ansiedade como um tipo particular de resposta ao medo. Não estão


es

limitados aos transtornos de ansiedade e também podem ocorrer em


m
go

outros transtornos mentais.


ra
sa

Os transtornos de ansiedade tendem a ser altamente comórbidos entre


si. A maioria dos Transtorno de Ansiedade ocorre com mais frequência
em indivíduos do sexo feminino do que no masculino.

| 58
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Psicopatologia

Transtorno de ansiedade de separação

Mutismo seletivo

Fobia específica

06
4:
:3
Transtorno de ansiedade social (fobia social)

19
1
02
/2
Transtorno de pânico

11
8/
-2
Agorafobia

om
l.c
ai
Transtorno de ansiedade generalizada tm
ho
@
es

Transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento


m
go
ah

Transtorno de ansiedade devido a outra condição médica


a.
-s
2
-1
84
.3
11
.4

- Dalgalarrondo (2019) diz que as síndromes ansiosas


90
-0

representam os transtornos mentais mais frequentes.


os

- Dalgalarrondo (2019) traz, em um dos capítulos de seu livro, o


nt
sa

título “Síndromes ansiosas e síndromes com importante componente


s
do

de ansiedade”.
es

- As síndromes ansiosas “puras” são ordenadas em dois grupos:


m
go

quadros em que a ansiedade é constante e permanente (ex. ansiedade


ra
sa

generalizada) e quadros em que há crises de ansiedade abruptas (ex.


transtorno de pânico); já exemplos de transtornos em que a ansiedade
tem importância central ou muito relevância são as fobias, o estresse
pós-traumático, o TOC entre outros.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO

| 59
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Psicopatologia

Sujeito se apresenta apreensivo ou ansioso quanto à separação


das figuras de apego (por exemplo, os pais), num grau impróprio para
o nível de desenvolvimento.
Existe medo ou ansiedade persistente quanto à ocorrência de
dano às figuras de apego e em relação a eventos que poderiam levar a
perda ou separação dessas figuras de apego e relutância em se afastar

06
delas, além de pesadelos e sintomas físicos de sofrimento.

4:
:3
Embora os sintomas se desenvolvam com frequência na

19
1
infância, também podem ser expressos durante a idade adulta.

02
/2
Um dos critérios diagnósticos desse transtorno indica que o

11
medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando pelo menos

8/
-2
quatro semanas em crianças e adolescentes e, geralmente, seis

om
meses ou mais em adultos.

l.c
ai
tm
ho

MUTISMO SELETIVO
@
es
m

Há presença de fracasso consistente para falar em situações


go
ah

sociais nas quais existe expectativa para que se fale (p. ex., na escola),
a.
-s

ainda que o indivíduo fale em outras situações.


2
-1

O fracasso para falar acarreta consequências significativas em


84

contextos acadêmicos ou profissionais ou interfere em outros aspectos


.3
11

na comunicação social normal.


.4
90

Um dos critérios diagnósticos desse transtorno aponta que a


-0

duração mínima da perturbação é de um mês (não limitada ao


os
nt

primeiro mês de escola).


sa
s
do
es

FOBIA ESPECÍFICA
m
go

Sujeitos são apreensivos, ansiosos ou se esquivam de objetos ou


ra
sa

situações determinadas.
Existem diversos tipos de fobias específicas, por exemplo: a
animais, ambiente natural, sangue-injeção-ferimentos, situacional e
outros.
Medo, ansiedade ou esquiva é comumente induzido pela situação
fóbica, num nível persistente e fora de proporção em relação ao risco
real que se apresenta.

| 60
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Psicopatologia

Um dos critérios diagnósticos desse transtorno aponta que o


medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração
mínima de seis meses.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)


Indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva de interações e

06
situações sociais que envolvem a possibilidade de ser avaliado.

4:
:3
Inclui situações como: encontrar-se com pessoas que não são

19
1
familiares, situações em que o indivíduo pode ser observado comendo

02
/2
ou bebendo e situações de desempenho diante de outras pessoas.

11
A ideação cognitiva associada é a de ser avaliado negativamente

8/
-2
pelos demais, ficar embaraçado, ser humilhado ou rejeitado ou ofender

om
os outros.

l.c
ai
tm
ho

Atenção! Diagnóstico Diferencial entre Transtorno de Ansiedade Social


@
es

e Transtorno de Personalidade Evitativa: embora neste tipo de


m
go

transtorno da personalidade também haja o medo de críticas, de


ah

desaprovação e de rejeição, destaca-se que o padrão de esquiva é mais


a.
-s

amplo que no Transtorno de Ansiedade Social.


2
-1
84
.3
11
.4

TRANSTORNO DE PÂNICO
90
-0
os

Transtorno de pânico se refere a ataques de pânico inesperados (ou


nt

seja, para o qual não existe um indício ou desencadeante


sa
s

óbvio, parecendo vir do nada) e recorrentes (ou seja, mais de um


do
es

ataque de pânico).
m
go
ra

ATAQUES DE PÂNICO = é um surto abrupto de medo ou desconforto


sa

intenso que alcança um pico em minutos, acompanhados de sintomas


físicos e/ou cognitivos.

Em contraste, os ataques de pânico esperados são ataques para os


quais existe um indício ou desencadeante óbvio, como uma
situação em que os ataques de pânico ocorrem geralmente. A
determinação de os ataques de pânico serem esperados ou inesperados

| 61
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Psicopatologia

é feita pelo clínico. Assim, a presença de ataques de pânico esperados


NÃO exclui o diagnóstico de transtorno de pânico.

No transtorno de pânico, o sujeito está persistentemente apreensivo ou


preocupado com a possibilidade de sofrer novos ataques de pânico ou
alterações desadaptativas em seu comportamento devido a esses

06
ataques (por exemplo, esquiva de locais que não são familiares).

4:
:3
19
- A frequência e a gravidade dos ataques de pânico variam de forma

1
02
considerável.

/2
11
8/
-2
Cuidado! Ataque de Pânico & Transtorno de Pânico!

om
l.c
ai
Ataque de pânico = não é um tipo específico de transtorno, sendo
tm
ho

uma situação que pode estar presente nos diferentes tipos de


@

transtornos de ansiedade, assim como em outros transtornos mentais


es
m

(como os transtornos por uso de substância e transtornos depressivos).


go
ah

Um ataque de pânico é diferenciado de ansiedade persistente por seu


a.
-s

tempo até o pico de intensidade, que ocorre em minutos; sua natureza


2
-1

distinta; e sua gravidade geralmente maior.


84
.3
11

Transtorno de Pânico = é caracterizado por ataques de pânico


.4
90

inesperados e recorrentes, mas é um tipo de transtorno mental, sendo


-0

um dos transtornos que compõe a categoria dos Transtornos de


os
nt

Ansiedade. É necessário MAIS DE UM ataque de pânico completo


sa
s

inesperado para o diagnóstico de transtorno de pânico.


do
es
m
go

Durante um ataque de pânico, ocorrem quatro (ou mais) dos


ra

seguintes sintomas:
sa

“1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.


2. Sudorese.
3. Tremores ou abalos.
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.
5. Sensações de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico.
7. Náusea ou desconforto abdominal.
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.

| 62
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Psicopatologia

9. Calafrios ou ondas de calor.


10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização
(sensação de estar distanciado de si mesmo).
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
13. Medo de morrer.”

06
4:
:3
Para Dalgalarrondo (2019), as crises de pânico são de início abrupto

19
1
(chegam ao pico de 5 a 10 minutos) e de curta duração (duram, em geral,

02
/2
15 minutos, raramente mais de uma hora).

11
8/
-2
AGORAFOBIA

om
l.c
ai
Pessoas são apreensivas e ansiosas acerca de duas ou mais destas
tm
ho

situações:
@
es

- Usar transporte público;


m

- Estar em espaços abertos (estacionamentos, pontes...);


go
ah

- Estar em lugares fechados (loja, teatro...);


a.
-s

- Ficar em uma fila ou estar no meio de uma multidão;


2
-1

- Sair de casa sozinho.


84
.3
11

O indivíduo teme essas situações devido aos pensamentos de que pode


.4
90

ser difícil escapar, ou de que pode não haver auxílio disponível caso
-0
os

desenvolva sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes


nt

ou constrangedores.
sa
s
do
es

Um dos critérios diagnósticos da Agorafobia descreve que o medo,


m
go

ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis


ra

meses.
sa

Diagnóstico Diferencial referente à Fobia Específica:

Se um indivíduo teme apenas uma das situações da agorafobia,


então fobia específica, situacional, pode ser diagnosticada. Se duas ou
mais situações agorafóbicas são temidas, um diagnóstico de
agorafobia é provavelmente justificado.

| 63
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Psicopatologia

Por exemplo, um indivíduo que tem medo de aviões e elevadores


(situação agorafóbica do “transporte público”), mas não tem medo de
outras situações agorafóbicas, seria diagnosticado com fobia
específica. Por outro lado, um indivíduo que tem medo de aviões,
elevadores e multidões (situações agorafóbicas “uso de transporte
público”, “ficar em uma fila e estar em uma multidão”) seria

06
diagnosticado com agorafobia.

4:
:3
19
1
02
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

/2
11
8/
-2
Caracterizado por ansiedade e preocupação persistentes e

om
excessivas acerca de vários domínios (como desempenho no trabalho

l.c
ai
e escolar). Os sintomas ocorrem na maioria dos dias, por pelo menos
tm
ho
seis meses. São experimentados sintomas físicos, incluindo
@

inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”; fatigabilidade;


es
m

dificuldade de concentração ou “ter brancos”; irritabilidade; tensão


go
ah

muscular; e perturbação do sono.


a.
-s
2
-1

CUIDADO!
84
.3

TRANSTORNO DE
11

•Inclui vários domínios.


ANSIEDADE GENERALIZADA
.4
90
-0

•Duas ou mais das seguintes situações: usar transporte público;


os

estar em espaços abertos, estar em lugares fechados; ficar em


AGORAFOBIA
nt

fila ou estar no meio de uma multidão; ou estar fora de casa


sa

sozinho.
s
do

FOBIA ESPECÍFICA
es

•Objetos ou situações determinadas. Exemplo: animais; sangue.


m
go
ra

TRANSTORNO DE
sa

•Interações e situações sociais.


ANSIEDADE SOCIAL

Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento


Ansiedade devido a intoxicação ou abstinência de substância ou a um
tratamento medicamentoso.

| 64
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Psicopatologia

Transtorno de Ansiedade Devido a Outra Condição Médica


Sintomas de ansiedade são consequência fisiológica de outra condição
médica.

Outro Transtorno de Ansiedade Especificado

06
Transtorno de Ansiedade Não Especificado

4:
:3
19
1
02
/2
11
8/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
es
m
go
ah
a.
-s
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 65
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Psicopatologia

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO E TRANSTORNOS


RELACIONADOS
Existem relações muito próximas entre os transtornos de ansiedade e
alguns dos transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos
relacionados.

06
4:
:3
19
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

1
02
/2
11
Transtorno dismórfico corporal

8/
-2
om
l.c
Transtorno de acumulação

ai
tm
ho

Tricotilomania
@
es
m
go

Transtorno de escoriação
ah
a.
-s
2

TOC e transt. relacionado induzido por substância/medicamento


-1
84
.3
11

TOC e transt. relacionado devidos a outra condição médica


.4
90
-0
os

Outro TOC e transtorno relacionado especificado


nt
sa
s
do

TOC e transtorno relacionado não especificado


es
m
go
ra
sa

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC)

- No TOC, há presença de obsessões, compulsões ou ambas. Mas a


maioria das pessoas com TOC tem obsessões e compulsões.

- Quadros obsessivos-compulsivos são vividos como uma pressão sobre


o indivíduo, como algo que o obriga e a que se submete.

| 66
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Presença de obsessões, compulsões ou ambas:

Obsessões são definidas por (1) e (2):


1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e
persistentes que, em algum momento durante a perturbação,
são experimentados como intrusivos e indesejados e que, na

06
maioria dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou

4:
:3
sofrimento.

19
1
02
/2
2. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos,

11
impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro

8/
-2
pensamento ou ação.

om
l.c
ai
As compulsões são definidas por (1) e (2): tm
ho

1. Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos,


@
es

organizar, verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar ou


m
go

repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente


ah

compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de


a.
-s

acordo com regras que devem ser rigidamente aplicadas.


2
-1
84
.3

2. Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou


11
.4

reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou


90

situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos


-0
os

mentais não têm uma conexão realista com o que visam


nt
sa

neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos.


s
do
es

- As obsessões ou compulsões tomam tempo (p. ex., tomam mais de


m
go

uma hora por dia) ou causam sofrimento clinicamente significativo ou


ra

prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas


sa

importantes da vida do indivíduo.

- Os sintomas obsessivo-compulsivos não se devem aos efeitos


fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento)
ou a outra condição médica. (DSM V)

| 67
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Embora o conteúdo específico das obsessões e compulsões varie entre


os indivíduos; certas dimensões dos sintomas são comuns no TOC,
incluindo:
- as de limpeza (obsessões por contaminação e compulsões por
limpeza);
- simetria (obsessões por simetria e compulsões de repetição,

06
organização e contagem);

4:
:3
- pensamentos proibidos ou tabus (p. ex., obsessões agressivas,

19
1
sexuais e religiosas e compulsões relacionadas); e

02
/2
- ferimentos (p. ex., medo de ferir a si mesmo ou aos

11
outros e compulsões de verificação relacionadas). (DSM V)

8/
-2
om
l.c
- Obsessões = pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes
ai
tm
e persistentes que são vivenciados como intrusivos e indesejados.
ho

O indivíduo reconhece o caráter irracional e absurdo dos


@
es

pensamentos obsessivos e tenta, comumente, lutar contra eles ou


m
go

neutralizá-los. Contudo, geralmente, tais tentativas fracassam.


ah
a.
-s

- Compulsões = comportamentos repetitivos ou atos mentais


2
-1

que um indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma


84
.3

obsessão, ou de acordo com regras que devem ser aplicadas


11
.4

rigidamente.
90
-0

Compulsões não são executadas por prazer, embora


os

alguns indivíduos experimentem alívio da ansiedade ou sofrimento.


nt
sa

Exemplos de comportamentos e rituais repetitivos: lavar as mãos


s
do

inúmeras vezes, tomar muitos banhos, verificar se portas e janelas estão


es

trancadas dezenas de vezes.


m
go

Exemplos de atos mentais: repetir palavras mentalmente em


ra

silêncio, fazer listas mentais. (DSM V; Dalgalarrondo, 2019)


sa

Os indivíduos com TOC variam no grau de insight:


- Muitos têm insight bom ou razoável (p.
ex., o indivíduo acredita que a casa definitivamente não irá,
provavelmente não irá ou pode ou não incendiar se o fogão não for
verificado 30 vezes).

| 68
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Alguns têm insight pobre (p. ex., o


indivíduo acredita que a casa provavelmente irá incendiar se o fogão
não for verificado 30 vezes)
- Poucos têm insight ausente/crenças delirantes (p. ex., o
indivíduo está convencido de que a casa irá incendiar se o fogão não for
verificado 30 vezes). (DSM V)

06
4:
:3
- Outras razões para os atos e os rituais compulsivos são os

19
1
pensamentos mágicos, que vinculam a realização do ato compulsivo

02
/2
com o afastamento de algum evento terrível ou indesejado. Exemplo:

11
“Se se eu der 15 voltas no quarteirão antes de entrar em casa, ninguém

8/
-2
da família morrerá” (Dalgalarrondo, 2019)

om
l.c
ai
tm
Diagnóstico Diferencial: Transtorno da personalidade obsessivo-
ho

compulsiva (TOC X TPOC):


@
es

O TPOC não é caracterizado por pensamentos intrusivos, imagens


m
go

ou impulsos ou por comportamentos repetitivos que são executados


ah

em resposta a essas intrusões; em vez disso, ele envolve um padrão mal-


a.
-s

adaptativo duradouro e disseminado de perfeccionismo excessivo e


2
-1

controle rígido.
84
.3

Diferente disso, no TOC há a presença de obsessões e compulsões


11
.4

verdadeiras.
90
-0

Se um indivíduo manifesta sintomas de TOC e TPOC, ambos os


os

diagnósticos podem ser dados.


nt
sa
s
do
es
m
go

TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL


ra
sa

Indivíduo apresenta preocupação com a percepção de um ou mais


defeitos ou falhas na aparência física que não são observáveis ou
parecem apenas leves para os outros.

Além disso, há a presença de comportamentos repetitivos (como


verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente) ou atos mentais
(por exemplo, comparar a própria aparência com a de outra pessoa) em
resposta às preocupações com a aparência.

| 69
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Psicopatologia

As preocupações com a aparência não são mais bem explicadas por


preocupações com gordura ou peso corporal em um indivíduo com um
transtorno alimentar. Contudo, os transtornos alimentares e o
transtorno dismórfico corporal podem ser comórbidos; nesse caso,
ambos devem ser diagnosticados.

06
4:
:3
A dismorfia muscular é uma forma de transtorno dismórfico corporal,

19
1
caracterizado pela crença de que a estrutura corporal do indivíduo é

02
/2
muito pequena e insuficientemente musculosa.

11
8/
-2
om
TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO

l.c
ai
tm
ho
Há dificuldade persistente de descartar ou se desfazer de pertences,
@

independentemente de seu valor real.


es
m
go
ah

Itens mais comumente guardados: jornais, revistas, roupas velhas,


a.
-s

bolsas, livros, correspondência e papelada.


2
-1
84

Observa-se uma forte percepção da necessidade de conservar esses


.3
11

objetos e um sofrimento associado ao descarte deles.


.4
90
-0

Os sintomas do transtorno de acumulação resultam na acumulação de


os
nt

inúmeros pertences que congestionam e obstruem áreas em uso até o


sa
s

ponto em que o uso pretendido é substancialmente comprometido. Por


do
es

exemplo, o indivíduo pode não conseguir preparar alimentos na


m

cozinha, dormir na sua cama ou sentar em uma cadeira. Se o


go
ra

espaço pode ser usado, é somente com grande dificuldade.


sa

Acumulação de animais = acumulação de muitos


animais e falha em proporcionar padrões mínimos de nutrição,
saneamento e cuidados veterinários e em agir sobre a condição
deteriorante dos animais (incluindo doenças, fome ou morte) e
do ambiente (p. ex., superpopulação, condições extremamente
insalubres).

| 70
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A acumulação de animais pode ser uma manifestação especial do


transtorno de acumulação.
A maioria dos indivíduos que acumula animais também acumula
objetos inanimados. As diferenças mais proeminentes entre a
acumulação de animais e de objetos são a extensão das condições
insalubres e o insight mais pobre na acumulação de animais. (DSM V)

06
4:
:3
TRICOTILOMANIA

19
1
02
Caracterizada pelo comportamento recorrente de arrancar os próprios

/2
11
cabelos, resultando em perda de cabelo e tentativas repetidas de

8/
-2
reduzir ou parar o comportamento.

om
l.c
ai
Esse comportamento pode ocorrer em qualquer região do tm
ho

corpo em que crescem pelos; os locais mais comuns são o couro


@

cabeludo, as sobrancelhas e os cílios.


es
m
go
ah

TRANSTORNO DE ESCORIAÇÃO (SKIN-PICKING)


a.
-s
2

Indivíduo apresenta o comportamento de beliscar a própria pele de


-1
84

forma recorrente, resultando em lesões cutâneas, e tentativas repetidas


.3
11

de reduzir ou parar o comportamento.


.4
90
-0

Tricotilomania e Transtorno de escoriação = Os indivíduos com


os
nt

esses transtornos podem ter graus variados de consciência do


sa
s

comportamento enquanto o praticam, com alguns exibindo atenção


do

mais focada no comportamento (com a tensão precedendo e alívio


es
m

posterior), e outros, comportamento mais automático (com os


go
ra

comportamentos parecendo ocorrer sem consciência completa).


sa

Assim, tanto a tricotilomania, como o transtorno de escoriação,


podem ser antecedidos por uma sensação aumentada de tensão ou
podem levar a gratificação, prazer ou sentimento de alívio quando o
cabelo é arrancado ou a pele é beliscada.

Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado


induzido por substância/medicamento

| 71
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Sintomas se devem à intoxicação ou à abstinência de uma substância


ou medicamento.

Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado devido


a outra condição médica
Sintomas são consequência fisiopatológica direta de um transtorno

06
médico.

4:
:3
19
Outro transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado

1
02
especificado

/2
11
Sintomas que não satisfazem os critérios para transtorno obsessivo-

8/
-2
compulsivo

om
l.c
ai
Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado não tm
ho

especificado
@

Sintomas que não satisfazem os critérios para transtorno obsessivo-


es
m

compulsivo. (DSM V)
go
ah
a.
-s

TRANSTORNO OBSESSIVO- •presença de obsessões, compulsões ou


2
-1
84

COMPULSIVO (TOC) ambas


.3
11
.4

TRANSTORNO DISMÓRFICO •preocupação com a percepção de um ou mais


90
-0

CORPORAL defeitos ou falhas na aparência física


os
nt
sa

TRANSTORNO DE •dificuldade persistente de descartar ou se


s
do

ACUMULAÇÃO desfazer de pertences


es
m
go

•comportamento recorrente de arrancar os


ra

TRICOTILOMANIA próprios cabelo


sa

TRANSTORNO DE •comportamento de beliscar a própria pele de


ESCORIAÇÃO forma recorrente

| 72
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS RELACIONADOS A TRAUMA E A ESTRESSORES

- Os transtornos que compõem este capítulo têm em comum a


característica de exposição a um evento traumático ou estressante.
- Há forte ligação com os transtornos de ansiedade, transtorno

06
obsessivo-compulsivo e relacionados e transtornos dissociativos.

4:
:3
19
1
02
Transtorno de apego reativo

/2
11
8/
-2
Transtorno de interação social desinibida

om
l.c
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)

ai
tm
ho

Transtorno de estresse agudo


@
es
m
go

Transtornos de adaptação.
ah
a.
-s

Outro Transt. Relacionado a Trauma e a Estressores Especificado


2
-1
84

Outro Transt. Relacionado a Trauma e a Estressores não Especificado


.3
11
.4
90
-0
os
nt

TRANSTORNO DE APEGO REATIVO


sa
s
do

Ausência ou um vínculo grosseiramente não desenvolvido entre a


es
m

criança e os cuidadores adultos. Comportamento é inibido e criança é


go

emocionalmente retraída. Criança rara ou minimamente busca


ra
sa

conforto quando aflita, ou responde ao conforto oferecido.

Transtorno pode ser identificado somente a partir dos 9 meses de vida


e a perturbação é evidente antes dos 5 anos de idade.

- Critérios diagnósticos para o Transtorno de Apego Reativo são:

| 73
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A. Um padrão consistente de comportamento inibido e


emocionalmente retraído em relação ao cuidador adulto, manifestado
por dois aspectos:

1. A criança rara ou minimamente busca conforto quando aflita.

06
2. A criança rara ou minimamente responde a medidas de conforto

4:
quando aflita.

:3
19
1
02
B. Perturbação social e emocional persistente caracterizada por pelo

/2
11
menos dois dos seguintes aspectos:

8/
-2
om
1. Responsividade social e emocional mínima a outras pessoas.

l.c
ai
tm
2. Afeto positivo limitado.
ho
@
es

3. Episódios de irritabilidade, tristeza ou temor inexplicados, evidentes


m
go

até mesmo durante interações não ameaçadoras com cuidadores


ah

adultos.
a.
-s
2
-1

C. A criança vivenciou um padrão de extremos de cuidado insuficiente


84
.3

evidenciado por pelo menos um dos seguintes aspectos:


11
.4
90

1. Negligência ou privação social na forma de ausência persistente do


-0

atendimento às necessidades emocionais básicas de conforto,


os
nt

estimulação e afeição por parte de cuidadores adultos.


sa
s
do

2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades de


es
m

formar vínculos estáveis (p. ex., trocas frequentes de lares adotivos


go
ra

temporários).
sa

3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente


oportunidades de formar vínculos seletivos (p. ex., instituições com alta
proporção de crianças por cuidador).

| 74
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela


perturbação comportamental do Critério A (p. ex., as perturbações do
Critério A iniciam após a ausência de cuidado adequado do Critério C).

E. Não são preenchidos os critérios para transtorno do espectro autista.

06
F. A perturbação é evidente antes dos 5 anos de idade.

4:
:3
19
G. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.

1
02
/2
11
8/
-2
om
TRANSTORNO DE INTERAÇÃO SOCIAL DESINIBIDA

l.c
ai
tm
Conduta excessivamente familiar e culturalmente inapropriada com
ho
@

pessoas estranhas. Por exemplo, há vontade de sair com um adulto


es

estranho com mínima ou nenhuma hesitação.


m
go
ah
a.

Diagnóstico só poderá ser realizado a partir dos 9 meses de vida da


-s

criança.
2
-1
84
.3
11

“A. Um padrão de comportamento no qual uma criança aborda e


.4

interage com adultos desconhecidos e exibe pelo menos dois dos


90
-0

seguintes comportamentos:
os
nt

1.Discrição reduzida ou ausente em abordar e interagir com adultos


sa

desconhecidos.
s
do

2.Comportamento verbal ou físico excessivamente familiar (não


es
m

compatível com limites sociais culturalmente aceitos ou apropriados à


go

idade).
ra
sa

3.Diminuição ou ausência de retorno ao cuidador adulto depois de


aventurar-se, mesmo em contextos não familiares.
4.Vontade de sair com um adulto estranho com mínima ou nenhuma
hesitação.
B.Os comportamentos do Critério A não se limitam a impulsividade
(como no transtorno de déficit de atenção/hiperatividade), incluindo
comportamento socialmente desinibido.

| 75
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

C.A criança sofreu um padrão de extremos de cuidado insuficiente


evidenciado por pelo menos um dos seguintes aspectos:
1.Negligência ou privação social na forma de ausência persistente de
atendimento às suas necessidades emocionais básicas de conforto,
estimulação e afeto por parte de cuidadores adultos.
2.Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades de

06
formar vínculos estáveis (p. ex., trocas frequentes de lares adotivos

4:
:3
temporários).

19
1
3.Criação em contextos peculiares que limitam gravemente as

02
/2
oportunidades de formar vínculos seletivos (p. ex., instituições com alta

11
8/
proporção de crianças por cuidador).

-2
D.Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela

om
l.c
perturbação comportamental do Critério A (p. ex., as perturbações do
ai
tm
Critério A começam depois do cuidado patogênico do Critério C).
ho

E.A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.”


@
es
m
go
ah
a.

Transtorno de Apego Reativo & Transtorno de Interação Social


-s

Desinibida
2
-1
84
.3

A negligência social (caracterizada pela ausência de cuidados


11
.4

adequados durante a infância) é uma exigência diagnóstica tanto do


90
-0

transtorno de apego reativo quanto do transtorno de interação social


os

desinibida. Contudo, o primeiro é manifestado com sintomas


nt
sa

depressivos e comportamento retraído, já o último é marcado por


s
do

desinibição e comportamento externalizante.


es
m
go
ra

TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT)


sa

O TEPT pode ocorrer em qualquer idade, a partir do primeiro


ano de vida.
Os sintomas, normalmente, manifestam-se dentro dos 3
primeiros meses após o trauma, mas pode haver atraso de meses, e até
anos, nessa manifestação dos sintomas (expressão tardia).
O TEPT não pode ser diagnosticado até que se tenha passado,
pelo menos, um mês da ocorrência do estressor traumático.

| 76
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

O TEPT é mais prevalente no sexo feminino do que no masculino, ao


longo da vida. Ao menos em parte, o risco maior de TEPT no sexo
feminino parece ser atribuível a uma probabilidade maior de exposição
a eventos traumáticos, como estupro e outras formas de violência
interpessoal.

06
4:
:3
• Critérios diagnósticos:

19
1
02
/2
“- Os critérios a seguir aplicam-se a adultos, adolescentes e crianças

11
acima de 6 anos de idade:

8/
-2
om
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou

l.c
ai
violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas: tm
ho
@
es

1. Vivenciar diretamente o evento traumático.


m
go

2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com


ah

outras pessoas.
a.
-s

3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo


2
-1

próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte


84
.3

envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido


11

violento ou acidental.
.4
90

4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do


-0
os

evento traumático (p. ex., socorristas que recolhem restos de corpos


nt
sa

humanos; policiais repetidamente expostos a detalhes de abuso


s

infantil).
do
es

Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia


m
go

eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal exposição


ra

esteja relacionada ao trabalho.


sa

| 77
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Vivenciar diretamente

Formas de
exposição a Testemunhar
episódio
concreto ou

06
ameaça de morte,

4:
Saber que ocorreu com

:3
lesão grave ou familiar ou amigo

19
violência sexual próximo

1
02
/2
Ser exposto de forma

11
repetida ou extrema a

8/
-2
detalhes aversivos

om
l.c
ai
B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos tm
ho

associados ao evento traumático, começando depois de sua ocorrência:


@
es
m
go

1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do


ah

evento traumático.
a.
-s

Nota: Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer brincadeira


2
-1

repetitiva na qual temas ou aspectos do evento traumático são


84
.3

expressos.
11
.4

2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o


90

sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático.


-0
os

Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo identificável.


nt
sa

3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente


s
do

ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente.


es

(Essas reações podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais


m
go

extrema na forma de uma perda completa de percepção do ambiente


ra

ao redor.)
sa

Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode ocorrer na


brincadeira.
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a
sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum
aspecto do evento traumático.
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que
simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.

| 78
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento


traumático, começando após a ocorrência do evento, conforme
evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos:
1. Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou
sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento

06
traumático.

4:
:3
2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas,

19
1
lugares, conversas, atividades, objetos, situações) que despertem

02
/2
recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou

11
associados de perto ao evento traumático.

8/
-2
om
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao

l.c
ai
evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal
tm
ho

evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes


@
es

aspectos:
m
go

1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento


ah

traumático (geralmente devido a amnésia dissociativa, e não a outros


a.
-s

fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas).


2
-1

2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a


84
.3

respeito de si mesmo, dos outros e do mundo (p. ex., “Sou mau”, “Não
11
.4

se deve confiar em ninguém”, “O mundo é perigoso”, “Todo o meu


90

sistema nervoso está arruinado para sempre”).


-0
os

3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das


nt
sa

consequências do evento traumático que levam o indivíduo a culpar a


s
do

si mesmo ou os outros.
es

4. Estado emocional negativo persistente (p. ex., medo, pavor, raiva,


m
go

culpa ou vergonha).
ra

5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades


sa

significativas.
6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros.
7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (p. ex.,
incapacidade de vivenciar sentimentos de felicidade, satisfação ou
amor).

| 79
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao


evento traumático, começando ou piorando após o evento, conforme
evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:
1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma
provocação) geralmente expressos sob a forma de agressão verbal ou
física em relação a pessoas e objetos.

06
2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.

4:
:3
3. Hipervigilância.

19
1
4. Resposta de sobressalto exagerada.

02
/2
5. Problemas de concentração.

11
6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter o sono,

8/
-2
ou sono agitado).

om
l.c
ai
Atenção! Já foi questão de prova: tm
ho
@
es

Tétrade de sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático


m
go

(TEPT): intrusão, esquiva, alterações negativas na cognição e no humor,


ah

além de excitabilidade e reatividade.


a.
-s
2
-1

F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.


84
.3
11
.4

G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo


90
-0

social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do


os

indivíduo.
nt
sa
s
do

H.A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância


es

(p. ex., medicamento, álcool) ou a outra condição médica.


m
go
ra
sa

Determinar o subtipo:
Com sintomas dissociativos: Os sintomas do indivíduo satisfazem
os critérios de transtorno de estresse pós-traumático, e, além disso, em
resposta ao estressor, o indivíduo tem sintomas persistentes ou
recorrentes de:
1. Despersonalização: Experiências persistentes ou recorrentes
de sentir-se separado e como se fosse um observador externo dos
processos mentais ou do corpo (p. ex., sensação de estar em um sonho;

| 80
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

sensação de irrealidade de si mesmo ou do corpo ou como se estivesse


em câmera lenta).
2. Desrealização: Experiências persistentes ou recorrentes de
irrealidade do ambiente ao redor (p. ex., o mundo ao redor do indivíduo
é sentido como irreal, onírico, distante ou distorcido).
Nota: Para usar esse subtipo, os sintomas dissociativos não podem ser

06
atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., apagões,

4:
:3
comportamento durante intoxicação alcoólica) ou a outra condição

19
1
médica (p. ex., convulsões parciais complexas).

02
/2
11
Especificar se:

8/
-2
Com expressão tardia: Se todos os critérios diagnósticos não forem

om
atendidos até pelo menos seis meses depois do evento (embora a

l.c
ai
manifestação inicial e a expressão de alguns sintomas possam ser
tm
ho

imediatas).”
@
es
m
go

Em relação aos critérios aplicados para crianças de 6 anos ou menos,


ah

eles são basicamente os mesmos dos aplicados para os sujeitos com


a.
-s

mais de seis anos, contudo algumas diferenças são apresentadas:


2
-1
84
.3

- A forma “Testemunhar pessoalmente o evento ocorrido com


11
.4

outras pessoas” também é a mesma, com a ressalva de que isso ocorre,


90
-0

especialmente, quando as pessoas são os cuidadores primários.


os

- A forma “Saber que o evento traumático ocorreu com pai/mãe


nt
sa

ou cuidador” é diferente da que ocorre com pessoas com mais de seis


s
do

anos, em que o evento sabido pode ter ocorrido tanto com familiar,
es

como com amigo próximo.


m
go

- No caso de crianças com seis anos ou menos, não se aplica a


ra

forma de ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos


sa

do evento.

RESUMO Critérios do TEPT:

| 81
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual

Presença de sintomas intrusivos

Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático

06
4:
Alterações negativas em cognições e no humor

:3
19
1
Alterações marcantes na excitação e na reatividade

02
/2
11
8/
-2
TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO

om
l.c
A diferença deste transtorno para o TEPT é a duração. Nesse caso, a
ai
tm
duração da perturbação é de 3 dias a 1 mês, após a exposição ao evento
ho
@

traumático.
es
m
go
ah

TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO
a.
-s

Caracterizado por sintomas emocionais ou comportamentais em


2
-1
84

resposta a um estressor ou estressores identificáveis ocorrendo


.3
11

dentro de três meses do início do estressor ou estressores.


.4
90
-0

O estressor pode ser um único evento (por exemplo, o término de um


os

relacionamento afetivo), ou pode haver múltiplos estressores (como


nt
sa

dificuldades profissionais e problemas conjugais).


s
do
es
m

Como vimos, no caso do TEPT, os estressores são restritos a episódios


go

ou ameaças de morte, lesão grave ou violência sexual. Já no Transtorno


ra
sa

de adaptação, o estressor pode ser de qualquer gravidade.

Outro Transt. Relacionado a Trauma e a Estressores Especificado

Outro Transt. Relacionado a Trauma e a Estressores não


Especificado

| 82
sa
ra
go
m
es
do
s
sa
nt
os
-0
90
.4
11
.3
84
-1
2
-s
a.
ah
Psicopatologia

go
m
es
@
Professora Gabi Becalli

ho
tm
ai
l.c
om
-2
8/
11
/2
02
1
19
:3
4:
06

| 83
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS

Os transtornos que compõem este capítulo são caracterizados por


perturbação e/ou descontinuidade da integração normal de
consciência, memória, identidade, emoção, percepção,
representação corporal, controle motor e comportamento.

06
4:
:3
Há estreita relação entre os Transtornos Dissociativos e os Transtornos

19
Relacionados a Traumas e Estressores.

1
02
/2
11
Sintomas dissociativos são vivenciados como:

8/
-2
a) intrusões espontâneas na consciência e no comportamento,

om
acompanhadas por perdas de continuidade na experiência subjetiva

l.c
ai
(i.e., sintomas dissociativos “positivos”, como fragmentação da
tm
ho

identidade, despersonalização e desrealização) e/ou


@
es

b) incapacidade de acessar informações e de controlar funções mentais


m

que normalmente são de fácil acesso ou controle (i.e., sintomas


go
ah

dissociativos “negativos”, como amnésia).


a.
-s
2
-1
84

Transtorno de Despersonalização/Desrealização
.3
11
.4
90
-0

Amnésia Dissociativa
os
nt
sa
s
do

Transtorno Dissociativo de Identidade


es
m
go
ra
sa

Outro Transtorno Dissociativo Especificado

Outro Transtorno Dissociativo não Especificado

Dissociação = separação; Perturbação, separação e isolamento de


aspectos da mente e da personalidade. Pode ocorrer por meio de crises

| 84
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

em que se perde parcialmente a consciência (pessoa se desliga do


ambiente e de si mesma), ou em episódios em que parte da memória é
momentaneamente apagada. (Dalgalarrondo, 2019)

TRANSTORNO DE DESPERSONALIZAÇÃO/DESREALIZAÇÃO

06
4:
:3
Presença de experiências persistentes ou recorrentes de

19
despersonalização, desrealização ou ambas.

1
02
/2
11
- Despersonalização: estranhamento e sensação de irrealidade em

8/
-2
relação ao próprio EU; pessoa se sente distante de si mesma.

om
Experiências de irrealidade, distanciamento ou de ser um

l.c
ai
observador externo do próprio corpo, dos próprios pensamentos,tm
ho

sentimentos, sensações, ou ações e/ou;


@

- Desrealização: percebe-se o mundo ao redor, pessoas e objetos


es
m

conhecidos e familiares como se fossem irreais ou estranhos.


go
ah

Experiências de irrealidade ou distanciamento do ambiente ao


a.
-s

redor. Por exemplo, o indivíduo pode sentir como se estivesse entre


2
-1

nuvens, em um sonho ou em uma bolha. (Dalgalarrondo, 2019; DSM V)


84
.3
11

Essas alterações da experiência ocorrem SEM prejuízo ao teste de


.4
90

realidade. Assim, por exemplo, uma experiência subjetiva que o


-0

indivíduo sabe que não é verdadeira é diferente de uma convicção


os
nt

delirante (característica em transtornos psicóticos).


sa
s
do
es

A duração dos episódios do transtorno de


m
go

despersonalização/desrealização pode ser breve (horas a dias), até


ra

prolongada (semanas, meses ou anos).


sa

AMNÉSIA DISSOCIATIVA

Incapacidade de recordar informações autobiográficas


importantes, geralmente de natureza traumática ou estressante,
incompatível com o esquecimento normal. Assim, tais informações

| 85
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

autobiográficas deveriam estar bem guardadas na memória e


comumente seriam prontamente lembradas.

- Amnésia localizada = impossibilidade de recordar eventos durante


um período limitado; é a forma mais comum de amnésia dissociativa.
- Amnésia seletiva = indivíduo consegue recordar alguns, mas não

06
todos os, eventos de um período limitado;

4:
:3
- Amnésia generalizada = perda completa da memória da história de

19
1
vida da pessoa. É rara.

02
/2
- Amnésia sistematizada = o indivíduo perde a memória de uma

11
categoria de informação específica (por exemplo, todas as recordações

8/
-2
relacionadas à família, ou ao abuso sexual na infância).

om
- Amnésia contínua = o indivíduo esquece todos os eventos novos à

l.c
ai
medida que acontecem. tm
ho
@

Indivíduos com amnésia dissociativa com frequência não percebem (ou


es
m

percebem apenas parcialmente) seus problemas de memória. Ocorre,


go
ah

assim, uma amnésia da própria amnésia.


a.
-s
2
-1

Pode ocorrer fuga dissociativa, em que o sujeito perambula sem rumo,


84

por horas ou dias, em estado parcialmente alterado da consciência.


.3
11

(Dalgalarrondo, 2019)
.4
90
-0
os
nt

TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE


sa
s
do

Caracterizado pela presença de dois ou mais estados distintos de


es
m

personalidade ou uma experiência de possessão e, além disso, por


go
ra

episódios recorrentes de amnésia.


sa

Indivíduos com transtorno dissociativo de identidade relatam lacunas


significativas no senso de si mesmo e de domínio das próprias ações,
acompanhadas por vários outros sintomas dissociativos.

Indivíduos com transtorno dissociativo de identidade geralmente


exibem muitos transtornos comórbidos. A maioria desenvolve
particularmente TEPT.

| 86
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Outro Transtorno Dissociativo Especificado

Outro Transtorno Dissociativo não Especificado

Cuidado!

06
No passado, os transtornos dissociativos e conversivos tendiam a

4:
:3
ser agrupados numa mesma categoria como histeria, ou neurose

19
histérica. Assim, anteriormente, subdividiam-se os quadros histéricos

1
02
em três grupos: histeria de conversão, histeria dissociativa e forma

/2
11
mista de histeria.

8/
-2
Contudo, atualmente, CID e DSM demonstram o construto

om
histeria em várias condições distintas. A histeria, ou neurose histérica,

l.c
ai
foi quebrada em transtornos como: personalidade histriônica, tm
ho

transtorno dissociativo de movimentos, sensação ou cognição,


@

transtorno dissociativo de identidade, amnésia dissociativa, fuga


es
m

dissociativa, transtornos conversivos. Com isso, foi desmontada a


go
ah

noção de uma entidade nosológica unitária, em várias condições


a.
-s

relativamente independentes.
2
-1
84

- Conversão = saldo do plano psíquico para o plano de sintomas


.3
11

corporais; conversão de um conflito psíquico inconsciente para o


.4
90

corpo.
-0

Alterações das funções sensoriais ou das funções motoras, que


os
nt

lembram sintomas neurológicos, mas que, na realidade, são distintas


sa
s

das condições neurológicas. Exemplo: Anestesia de partes do corpo,


do
es

perda da visão, do olfato ou da audição; fraqueza ou paralisia,


m
go

movimento anormal, perturbação no andar.


ra
sa

- Dissociação = separação; Perturbação, separação e isolamento


de aspectos da mente e da personalidade. Exemplo: perda parcial da
consciência (pessoa se desliga do ambiente e de si mesma), ou
episódios em que parte da memória é momentaneamente apagada.
(Dalgalarrondo, 2019)

| 87
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS E TRANSTORNOS


RELACIONADOS

Os transtornos que compõem essa classe compartilham de um aspecto


comum: a proeminência de sintomas somáticos associados a

06
sofrimento e prejuízo significativos.

4:
:3
19
1
Indivíduos com transtornos com sintomas somáticos costumam ser

02
/2
encontrados em contextos de atendimento primário e em outros

11
8/
contextos médicos, porém menos comumente em contextos

-2
psiquiátricos e em outros de saúde mental.

om
l.c
ai
tm
Os sintomas clinicamente inexplicados estão presentes em graus
ho

variados, notadamente no transtorno conversivo, mas transtornos de


@
es

sintomas somáticos também podem acompanhar doenças médicas


m
go

diagnosticadas.
ah
a.
-s

A confiabilidade para determinar que um sintoma somático é


2
-1

clinicamente inexplicado é limitada, e estabelecer um diagnóstico na


84
.3

ausência de uma explicação é algo problemático e reforça a dicotomia


11
.4

mente-corpo. Provavelmente, em virtude desse foco anterior da


90
-0

ausência de uma explicação médica, os indivíduos consideravam esses


os

diagnósticos como pejorativos e degradantes, como se sugerissem que


nt
sa

seus sintomas físicos não fossem "reais".


s
do
es

Assim, NÃO é apropriado dar a um indivíduo um diagnóstico de


m
go

transtorno mental unicamente por não se conseguir demonstrar uma


ra
sa

causa médica. (DSM V)

| 88
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Psicopatologia

Transtorno de Sintomas Somáticos

Transtorno de Ansiedade de Doença

Transtorno Conversivo

06
4:
:3
Transtorno Factício

19
1
02
/2
Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas

11
8/
-2
Outro transt. de sint. somát. e relacionado especificado

om
l.c
ai
Outro transt. de sint. somát. e relacionado não especificado
tm
ho
@
es
m
go
ah

Somatização = Processo por meio do qual o sujeito padece em


a.
-s

seu corpo sintomas físicos.


2
-1

Tais sintomas físicos não tem uma origem exclusivamente em


84

uma doença física, contudo se relacionam mais a dificuldades


.3
11

psicológicas, psicossociais e interpessoais.


.4
90

A somatização pode ocorrer na presença de uma doença física


-0

demonstrável (em que há uma intensificação exagerada da


os
nt

apresentação sintomática), bem como na ausência de qualquer doença


sa
s

ou condição física. Somatizações são muito frequentes em adultos,


do
es

principalmente mulheres, mas também ocorrem em crianças e idosos.


m

Sintomas comuns em quadros de somatização são: dores difusas


go
ra

(como cefaleia e dores abdominais), sintomas gastrointestinais (como


sa

náuseas e diarreia), além de fadiga, sono ruim e sintomas


psicopatológicos inespecíficos (como ansiedade, depressão e
irritabilidade).
Os quadros de somatização podem ser situacionais e transitórios,
mas também estáveis e duradouros.
Os indivíduos com quadros hipocondríacos e somatizações
tendem a rejeitar a ideia de que seu sofrimento seja de origem
psicológica ou psicossocial, voltando-se à queixa corporal.

| 89
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Psicopatologia

Pode haver (mas não necessariamente!) o desejo, consciente ou


inconsciente, de estar no papel de doente físico a fim de obter ganhos
primários (tentativa inconsciente de se reequilibrar psicologicamente)
ou ganhos secundários (benefícios sociais ou interpessoais, como
licença médica ou aposentadoria).

06
É provável que a somatização sirva como um meio de

4:
:3
comunicação, quando a expressão verbal mais direta está bloqueada.

19
1
Bem como, pode representar forma de expressão do sofrimento,

02
/2
quando não é possível ao sujeito reconhecer e verbalizar seus

11
sentimentos.

8/
-2
Há, atualmente, a tendência a se identificar os processos de

om
somatização com o que se convencionou chamar de

l.c
ai
“sintomas médicos inexplicados” (SMIs). Tais sintomas são comuns na
tm
ho

atenção primária e sobrecarregam tanto os pacientes como os


@
es

profissionais da saúde. (Dalgalarrondo, 2019)


m
go
ah

Alexitimia = é a dificuldade de identificar sentimentos e


a.
-s

diferenciá-los de sensações corporais, assim como a dificuldade de falar


2
-1

sobre as próprias emoções e a tendência a ter um estilo de pensamento


84
.3

orientado para o externo, para o concreto.


11
.4

Neurastenia = caracterizada por fadiga fácil após esforço físico


90

ou mental. Atualmente, a neurastenia é uma categoria em relativo


-0
os

desuso. Sendo substituída por conceitos como síndrome da fadiga


nt
sa

crônica, distimia, fibromialgia, entre outros.


s
do

Fibromialgia = pacientes relatam dores corporais difusas, mas


es

com maior importância nos músculos. A dor é real e se concentra em


m
go

determinadas partes do corpo, principalmente associada às


ra

articulações.
sa

Síndrome da Fadiga Crônica = Cansaço ou fadiga persistentes e


relevantes, que duram vários meses a vários anos, sem o diagnóstico de
uma doença física ou mental que explique melhor tais sintomas.
Transtorno hipocondríaco (transtorno de ansiedade de doença)
= predominam os temores e as preocupações intensas com a ideia de
ter uma patologia grave. Essas ideias surgem geralmente a partir de
sensações corporais ou sinais físicos mínimos ou insignificantes. Nos

| 90
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Psicopatologia

transtornos hipocondríacos, são frequentes alterações comórbidas de


personalidade. (Dalgalarrondo, 2019)

TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS

Diagnóstico é realizado com base em sinais e sintomas positivos

06
4:
(sintomas somáticos perturbadores associados a pensamentos,

:3
19
sentimentos e comportamentos anormais em resposta a esses

1
02
sintomas), e não pela ausência de uma explicação médica para

/2
11
sintomas somáticos. Assim, sintomas somáticos sem uma explicação

8/
médica evidente não são suficientes para fazer esse diagnóstico.

-2
om
l.c
O sofrimento do indivíduo é autêntico, seja ou não explicado em termos
ai
tm
médicos.
ho
@
es
m

O que caracteriza indivíduos com transtorno de sintomas somáticos


go
ah

não são os sintomas somáticos em si, mas como eles se apresentam e


a.

como são interpretados.


-s
2
-1
84

Há alta busca e utilização de serviços médicos, mas isso raramente


.3
11

alivia as preocupações do sujeito.


.4
90
-0

Os sintomas podem ser específicos (p. ex., dor localizada) ou


os
nt

relativamente inespecíficos (p. ex., fadiga).


sa
s
do
es
m

“Critérios diagnósticos:
go

A. Um ou mais sintomas somáticos que causam aflição ou resultam em


ra
sa

perturbação significativa da vida diária.

B. Pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos


relacionados aos sintomas somáticos ou associados a preocupações
com a saúde manifestados por pelo menos um dos seguintes:
1. Pensamentos desproporcionais e persistentes acerca da gravidade
dos próprios sintomas.

| 91
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Psicopatologia

2. Nível de ansiedade persistentemente elevado acerca da saúde e dos


sintomas.
3. Tempo e energia excessivos dedicados a esses sintomas ou a
preocupações a respeito da saúde.

A. Embora algum dos sintomas somáticos possa não estar

06
continuamente presente, a condição de estar sintomático é

4:
:3
persistente (em geral mais de seis meses).” (DSM V)

19
1
02
/2
Cuidado!

11
8/
-2
O diagnóstico principal, na categoria TRANSTORNO DE SINTOMAS

om
l.c
SOMÁTICOS E TRANSTORNOS RELACIONADOS é o Transtorno de
ai
sintomas somáticos. Ele é feito com base em sintomas positivostm
ho

(sintomas somáticos perturbadores associados a pensamentos,


@
es

sentimentos e comportamentos anormais em resposta a esses


m
go

sintomas).
ah

Entretanto, sintomas clinicamente inexplicados continuam a ser um


a.
-s

aspecto-chave no transtorno conversivo e na pseudociese porque é


2
-1

possível demonstrar de maneira definitiva em tais


84
.3

transtornos que os sintomas não são compatíveis com uma


11
.4

fisiopatologia médica. (DSM V)


90
-0
os
nt
sa

TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA


s
do
es

Também pode ser considerado um Transtorno de Ansiedade.


m
go
ra

Há preocupação com ter ou vir a contrair uma doença grave.


sa

Os sintomas somáticos não estão presentes ou, se estiverem, são de


intensidade apenas leve.

Preocupação relacionada a doença presente há pelo menos seis meses,


mas a doença específica que é temida pode mudar nesse período. (DMS
V)

| 92
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Psicopatologia

No transtorno hipocondríaco, predominam os temores e as fortes


preocupações com a ideia de ter uma patologia grave. Essas ideias
surgem, comumente, a partir de sensações corporais ou sinais físicos
insignificantes ou mínimos. O indivíduo procura constantemente os
médicos e os serviços de saúde para ver se “agora tem mesmo a
doença”, ou para ter garantias de que não tem uma doença grave.

06
(Dalgalarrondo, 2019)

4:
:3
19
1
TRANSTORNO CONVERSIVO (Transtorno de Sintomas Neurológicos

02
/2
Funcionais)

11
8/
-2
Sintomas neurológicos considerados (depois de uma avaliação

om
neurológica apropriada) incompatíveis com uma fisiopatologia

l.c
ai
neurológica. tm
ho
@
es

Presença de um ou mais sintomas de função motora ou sensorial


m

alterada. Há incompatibilidade entre o sintoma e as condições médicas


go
ah

ou neurológicas encontradas.
a.
-s
2
-1

Exemplos de sintomas motores incluem fraqueza ou paralisia. Sintomas


84
.3

sensoriais incluem sensação cutânea, visão ou audição alteradas,


11

reduzidas ou ausentes.
.4
90
-0
os

Embora o diagnóstico exija que o sintoma não seja explicado por


nt

doença neurológica, ele não deverá ser feito simplesmente porque os


sa
s

resultados das investigações foram normais ou porque o sintoma é


do
es

“bizarro”. É preciso haver achados clínicos que demonstrem


m
go

claramente incompatibilidade com doença neurológica.


ra
sa

Conversão = saldo do plano psíquico para o plano de sintomas


corporais; conversão de um conflito psíquico inconsciente para o
corpo.
Alterações das funções sensoriais ou das funções motoras, que
lembram sintomas neurológicos, mas que, na realidade, são distintas
das condições neurológicas. Exemplo: Anestesia de partes do corpo,

| 93
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Psicopatologia

perda da visão, do olfato ou da audição; fraqueza ou paralisia,


movimento anormal, perturbação no andar. (Dalgalarrondo, 2019)

FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS CONDIÇÕES


MÉDICAS

06
Presença de um ou mais fatores psicológicos ou comportamentais

4:
:3
clinicamente significativos que afetam de maneira adversa uma

19
1
condição médica ao aumentar o risco de sofrimento, morte ou

02
/2
incapacidade.

11
8/
-2
Exemplo: asma exacerbada por ansiedade.

om
l.c
ai
TRANSTORNO FACTÍCIO tm
ho
@

Nesse transtorno, o indivíduo falsifica sinais ou sintomas (físicos ou


es
m

psicológicos) de doenças ou lesões, mesmo na ausência de recompensa


go
ah

externa óbvia. Essa falsificação é associada a uma fraude identificada.


a.
-s
2
-1

O transtorno factício pode ser imposto ao outro.


84
.3
11

Exemplos: manipular um exame laboratorial (p. ex., acrescentando


.4
90

sangue à urina) para indicar falsamente uma anormalidade; falsificar


-0

prontuários médicos para indicar uma doença; entre outros.


os
nt
sa
s

O diagnóstico de transtorno factício enfatiza mais a identificação


do
es

objetiva da falsificação de sinais e sintomas de doença do que uma


m
go

inferência acerca da intenção ou da possível motivação subjacente.


ra

(DSM V)
sa

| 94
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNO DE SINTOMAS •sintomas somáticos causam aflição ou resultam em


SOMÁTICOS perturbação significativa da vida diária

TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE
•preocupação com ter ou vir a contrair uma doença grave
DOENÇA

06
TRANSTORNO CONVERSIVO (Transt.

4:
sintomas de função motora ou sensorial alterada.

:3
de Sintomas Neurológicos Funcionais)

19
1
02
FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM

/2
•Exemplo: asma exacerbada por ansiedade

11
OUTRAS CONDIÇÕES MÉDICAS

8/
-2
om
•indivíduo falsifica sinais ou sintomas de doenças ou
TRANSTORNO FACTÍCIO

l.c
lesões

ai
tm
ho
@
es

TRANSTORNOS ALIMENTARES
m
go
ah

Pica
a.
-s
2

Transtorno de Ruminação
-1
84
.3

Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo


11
.4
90

Anorexia Nervosa
-0
os

Bulimia Nervosa
nt
sa
s
do

Transtorno de Compulsão Alimentar


es
m

Outro Transtorno Alimentar Especificado


go
ra
sa

Transtorno Alimentar não Especificado

Transtornos alimentares: caracterizados por perturbação


persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à
alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de
alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o
funcionamento psicossocial. (DSM V)

| 95
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Alguns indivíduos com transtornos alimentares relatam sintomas


alimentares semelhantes aos geralmente relatados por indivíduos com
transtornos por uso de substâncias, como fissura e padrões de uso
compulsivo. (DSM V)

06
Nesta categoria, destacaremos, notadamente, a bulimia e a anorexia.

4:
:3
19
1
02
Atenção! Já foi questão de prova

/2
11
8/
-2
O comportamento alimentar, apesar de sua aparente banalidade na

om
vida cotidiana, é um fenômeno humano complexo e de importância

l.c
ai
central nas sociedades humanas e na experiência subjetiva das pessoas.
tm
ho

O comportamento alimentar, segundo Bernard e Trouvé (1976) e Paolo


@
es

Rossi (2014), inclui algumas dimensões básicas:


m

– Dimensão fisiológico-nutritiva. Relaciona-se a aspectos


go
ah

metabólicos, endócrinos, neuroquímicos e neuronais, que regulam os


a.
-s

mecanismos de fome e saciedade, a demanda e a satisfação das


2
-1

necessidades nutricionais.
84
.3

– Dimensão relacional e afetiva. A fome e a alimentação


11

vinculam-se à satisfação e ao prazer. O prazer alimentar oral tem,


.4
90

segundo a psicanálise, uma conotação nitidamente libidinal.


-0

- Dimensão social e cultural. ao longo da história, diferentes


os
nt

sociedades e culturas estabeleceram regras e rituais em relação aos


sa
s

alimentos e aos comportamentos alimentares. Os mais importantes


do
es

momentos da vida pessoal e social são marcados por encontros nos


m
go

quais a alimentação é ponto central. (Dalgalarrondo, 2019)


ra
sa

Os critérios diagnósticos para transtorno de ruminação,


transtorno alimentar restritivo/evitativo, anorexia nervosa, bulimia
nervosa e transtorno de compulsão alimentar resultam em um
esquema de classificação que é mutuamente excludente. Ou seja,
durante um único episódio, apenas um desses diagnósticos pode ser
atribuído.
Exceção: Um diagnóstico de pica pode ser atribuído na presença
de qualquer outro transtorno alimentar. (DSM V)

| 96
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Atenção! A obesidade NÃO está inclusa no DSM-5 como um transtorno


mental. Uma diversidade de fatores genéticos, fisiológicos,
comportamentais e ambientais contribuem para o desenvolvimento da
obesidade; assim, ela NÃO é considerada um transtorno mental.
Por outro lado, vale destacar que existem associações robustas

06
entre obesidade e uma série de transtornos mentais (como, transtorno

4:
:3
de compulsão alimentar, transtornos depressivo e bipolar,

19
1
esquizofrenia).

02
/2
A obesidade é mais frequente em indivíduos de baixo nível

11
8/
socioeconômico e do sexo feminino e em sociedades industrializadas e

-2
urbanas, bem como culturas nas quais a atividade física não é

om
l.c
predominante. (Dalgalarrondo, 2019)
ai
Um dos pontos fundamentais da obesidade = disfunção dos tm
ho

mecanismos de saciedade do indivíduo.


@
es

De modo geral, o indivíduo não se alimenta apenas de forma


m
go

precipitada ou voraz; ele faz suas refeições de forma contínua enquanto


ah

houver alimento disponível; não é capaz (ou tem dificuldade) de parar


a.
-s

de comer. (Dalgalarrondo, 2019)


2
-1
84
.3
11

PICA
.4
90
-0
os

Ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas, não


nt

alimentares, de forma persistente, durante um período mínimo de um


sa
s

mês.
do
es
m
go

A regurgitação no transtorno de ruminação deverá ser frequente,


ra

ocorrendo pelo menos várias vezes por semana, em geral todos os dias.
sa

As substâncias típicas ingeridas tendem a variar com a


idade e a disponibilidade. Exemplo de substâncias: papel, sabão, tecido,
cabelo, fios, terra, giz, entre outras.

Ingestão de substâncias não nutritivas é inapropriada ao estágio de


desenvolvimento e não faz parte de uma prática culturalmente aceita.

| 97
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Sugere-se uma idade mínima de 2 anos para o diagnóstico, de modo a


excluir a exploração de objetos com a boca que acabam por ser
ingeridos, normal no desenvolvimento das crianças pequenas. (DSM V)

Observado com maior frequência em crianças pequenas, gestantes,

06
lactantes, pessoas com deficiência intelectual, autismo ou

4:
:3
esquizofrenia. (Dalgalarrondo, 2019)

19
1
02
/2
TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO

11
8/
-2
Regurgitação repetida de alimento depois de ingerido, durante um

om
l.c
período mínimo de um mês.
ai
tm
ho

O alimento previamente deglutido que já pode estar parcialmente


@
es

digerido é trazido de volta à boca sem náusea aparente, ânsia de vômito


m
go

ou repugnância.
ah
a.
-s

O alimento pode ser remastigado e então ejetado da boca ou


2
-1

novamente deglutido.
84
.3
11
.4

O comportamento não é mais bem explicado por uma condição


90
-0

gastrintestinal ou outra condição médica associada (p. ex.,


os

refluxo gastroesofágico).
nt
sa
s
do

A idade de manifestação inicial geralmente fica entre 3 e 12 meses.


es

(DSM V)
m
go
ra

TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO


sa

Principal aspecto: esquiva ou restrição da ingestão alimentar.

Uma perturbação alimentar (p. ex., falta aparente de interesse na


alimentação ou alimentos; esquiva baseada nas características
sensoriais do alimento; preocupação acerca de consequências

| 98
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

aversivas alimentar) manifestada por fracasso persistente em satisfazer


as necessidades nutricionais e/ou energéticas apropriadas.

Um ou mais dos seguintes aspectos-chave devem estar presentes:


perda de peso significativa, deficiência nutricional significativa (ou
impacto relacionado à saúde), dependência de alimentação enteral ou

06
suplementos nutricionais orais ou interferência marcante no

4:
:3
funcionamento psicossocial. (DSM V)

19
1
02
/2
Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo X Anorexia Nervosa:

11
8/
-2
- Semelhanças: restrição da ingesta calórica em relação às

om
l.c
necessidades levando a um peso corporal significativamente baixo.
ai
tm
- Diferenças: indivíduos com anorexia nervosa exibem medo de
ho

ganhar peso ou de ficar gordos ou comportamentos persistentes que


@
es

interferem no ganho de peso, bem como perturbações específicas em


m
go

relação à percepção e à vivência de seu próprio peso e forma corporal.


ah

Essas características NÃO estão presentes no transtorno alimentar


a.
-s

restritivo/evitativo. (DSM V)
2
-1
84
.3

- Resumindo: Transtorno Alimentar Restritivo não reflete


11
.4

preocupações com o peso ou forma corporal. Comportamento centrado


90
-0

em evitar alimentos, não em parecer magro ou medo de engordar.


os

(Dalgalarrondo, 2019)
nt
sa
s
do
es

ANOREXIA NERVOSA
m
go
ra
sa

Critérios Diagnósticos:
“A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando
a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade,
gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física. (...)

B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento


persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso
significativamente baixo.

| 99
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal


são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na
autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade
do baixo peso corporal atual.

06
Ou seja, “a anorexia nervosa tem três características essenciais:

4:
:3
restrição persistente da ingesta calórica; medo intenso de ganhar peso

19
1
ou de engordar ou comportamento persistente que interfere no

02
/2
ganho de peso; e perturbação na percepção do próprio peso ou da

11
própria forma.” (DSM V)

8/
-2
om
Determinar o subtipo:

l.c
ai
- Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se
tm
ho

envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar ou


@
es

comportamento purgativo (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido


m
go

de laxantes, diuréticos ou enemas). Esse subtipo descreve


ah

apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida


a.
-s

essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício excessivo.


2
-1

- Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o


84
.3

indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão


11
.4

alimentar purgativa (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de


90

laxantes, diuréticos ou enemas).”


-0
os
nt
sa

- O risco de suicídio é elevado na anorexia.


s
do
es

- A anorexia nervosa começa geralmente durante a adolescência ou na


m
go

idade adulta jovem.


ra
sa

- É raro uma pessoa com anorexia nervosa queixar-se da perda de peso


por si só. Na verdade, indivíduos com anorexia nervosa com frequência
carecem de insight ou negam o problema

- Características obsessivo-compulsivas, relacionadas ou não à


alimentação, são com frequência proeminentes.

| 100
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Níveis de gravidade:
- Leve: IMC ≥ 17 kg/m2
-Moderada: IMC 16-16,99 kg/m2
-Grave: IMC 15-15,99 kg/m2
-Extrema: IMC < 15 kg/m2 (DSM V)

06
4:
Atenção! Pode haver vômito induzido na anorexia, assim como

:3
19
episódio de compulsão alimentar, embora essas sejam características

1
principais da Bulimia Nervosa.

02
/2
Assim, a principal diferença da anorexia para bulimia é a perda de

11
8/
peso.

-2
om
l.c
Ou seja, “indivíduos com bulimia nervosa exibem episódios
ai
tm
recorrentes de compulsão alimentar, adotam comportamento indevido
ho

para evitar o ganho de peso (p. ex., vômitos autoinduzidos) e


@
es

preocupam-se excessivamente com a forma e o peso corporais.


m
go

Entretanto, diferentemente de indivíduos com anorexia nervosa do tipo


ah
a.

compulsão alimentar purgativa, aqueles com bulimia nervosa mantêm


-s

um peso corporal igual ou acima da faixa mínima normal.” (DSM V)


2
-1
84
.3

Resumindo:
11
.4
90
-0

Anorexia Nervosa: perda de peso autoinduzida; busca implacável de


os

magreza e medo intenso e mórbido de parecer ou ficar gordo (a); peso


nt
sa

e forma do corpo percebida de forma distorcida. (DALGALARRONDO,


s
do

2019)
es
m
go
ra

BULIMIA NERVOSA
sa

Critérios Diagnósticos:
“A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de
compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos:
1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro
de cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento
definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no
mesmo período sob circunstâncias semelhantes.

| 101
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o


episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou
controlar o que e o quanto se está ingerindo).

B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim


de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido

06
de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em

4:
:3
excesso.

19
1
02
/2
C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios

11
inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana

8/
-2
durante três meses.

om
l.c
ai
C. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo
tm
ho

peso corporais.”
@
es
m
go

Autoavaliação
ah

Comportamentos influenciada pela


a.

Compulsão alimentar
-s

Compensatórios forma e peso


2

corporal
-1
84
.3
11

- A bulimia nervosa começa na adolescência ou na idade adulta jovem.


.4
90
-0
os

- Risco de suicídio é alto na bulimia nervosa.


nt
sa
s
do

Níveis de gravidade:
es

- Leve: 1 a 3 episódios de bulimia e comportamentos


m
go

compensatórios por semana;


ra

- Moderada: 4 a 7 episódios por semana;


sa

- Grave: 8 a 13 episódios por semana;


- Extrema: mais de 14 episódios por semana.

TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR

Episódios recorrentes de compulsão alimentar que devem ocorrer, em


média, ao menos uma vez por semana durante três meses.

| 102
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais)


dos seguintes aspectos:
1. Comer mais rapidamente do que o normal.
2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio.
3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação
física de fome.

06
4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo.

4:
:3
5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em

19
1
seguida.

02
/2
11
8/
Níveis de gravidade:

-2
-Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana.

om
l.c
-Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana.
ai
tm
-Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana.
ho

-Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por


@
es

semana. (DSM V)
m
go
ah

- Transtorno de Compulsão alimentar X Obesidade: O transtorno é


a.
-s

consistentemente associado ao sobrepeso e à obesidade. Contudo, é


2
-1

distinto da obesidade. A maioria dos indivíduos obesos não se envolve


84
.3

em compulsão alimentar recorrente.


11
.4
90
-0

- Transtorno de Compulsão alimentar X Bulimia: Assim como a


os

bulimia nervosa, destaca-se o comer compulsivo recorrente.


nt
sa

Todavia, o comportamento compensatório inapropriado


s
do

recorrente (p. ex., purgação, exercício excessivo), visto na bulimia


es

nervosa, está ausente no transtorno de compulsão alimentar.


m
go

Diferentemente de indivíduos com bulimia nervosa, aqueles com


ra
sa

transtorno de compulsão alimentar não costumam exibir restrição


dietética marcante ou mantida voltada para influenciar o peso e a forma
corporais entre os episódios de comer compulsivo. (DSM V)

• Relembrando :

| 103
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas,


PICA
durante período mínimo de um mês.

• Regurgitação repetida de alimento depois de ingerido,


TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO
durante um período mínimo de um mês.

• Compulsão alimentar e os comportamentos

06
BULIMIA NERVOSA compensatórios inapropriados ocorrem, em média, no

4:
:3
mínimo uma vez por semana durante três meses.

19
• Episódios recorrentes de compulsão alimentar que

1
TRANSTORNO DE COMPULSÃO

02
devem ocorrer, em média, ao menos uma vez por

/2
ALIMENTAR

11
semana durante três meses.

8/
-2
om
l.c
TRANSTORNO NÃO há preocupações com o peso ou forma corporal.

ai
ALIMENTAR tm
ho
RESTRITIVO/EVITATIVO
@
es

ANOREXIA NERVOSA Preocupações com o peso ou forma corporal.


m
go
ah

Peso corporal baixo.


a.
-s

BULIMIA Peso corporal igual ou acima da faixa mínima normal.


2
-1
84

NÃO há comportamento compensatório inapropriado


.3
11

recorrente (p. ex., purgação, exercício excessivo).


.4
90

TRANSTORNO DE Comportamento compensatório inapropriado recorrente (p. ex.,


-0

COMPULSÃO purgação, exercício excessivo).


os

ALIMENTAR
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 104
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS DA ELIMINAÇÃO

Enurese

Encoprese

06
4:
:3
19
ENURESE

1
02
/2
Critérios Diagnósticos:

11
8/
“A. Eliminação repetida de urina na cama ou na roupa, voluntária ou

-2
involuntária.

om
l.c
B. O comportamento é clinicamente significativo conforme
ai
tm
manifestado por uma frequência de no mínimo duas vezes por semana
ho

durante pelo menos três meses consecutivos ou pela presença de


@
es

sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento


m
go

social, acadêmico (profissional) ou em outras áreas importantes da vida


ah

do indivíduo.
a.
-s

C. A idade cronológica mínima é de 5 anos (ou nível de


2
-1

desenvolvimento equivalente).
84
.3

D. O comportamento não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma


11
.4

substância (p. ex., diurético, medicamento antipsicótico) ou a outra


90
-0

condição médica (p. ex., diabetes, espinha bífida, trans-torno


os

convulsivo).”
nt
sa
s
do

ENCOPRESE
es
m
go

Critérios Diagnósticos:
ra

“A. Eliminação intestinal repetida de fezes em locais inapropriados (p.


sa

ex., roupa, chão), voluntária ou involuntária.


B. Pelo menos um evento desse tipo ocorre a cada mês por pelo menos
três meses.
C. A idade cronológica mínima é de 4 anos (ou nível de
desenvolvimento equivalente).
D. O comportamento não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma
substância (p. ex., laxantes) ou a outra condição médica, exceto por um
mecanismo envolvendo constipação.”

| 105
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Cuidado! Embora seja exigida uma idade


mínima para o diagnóstico de ambos os transtornos, ele se baseia na
idade do desenvolvimento, e não exclusivamente na idade cronológica.

06
4:
:3
19
1
02
/2
11
8/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
es
m
go
ah
a.
-s
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 106
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS DISRUPTIVOS, DO CONTROLE DE IMPULSOS E


DA CONDUTA
Os problemas na regulação e autocontrole emocional e/ou
comportamental, presentes nos transtornos que compõem este
capítulo, manifestam-se em comportamentos que:

06
- violam os direitos dos outros (p. ex., agressão, destruição de

4:
:3
propriedade) e/ou

19
1
- colocam o indivíduo em conflito significativo com normas

02
/2
sociais ou figuras de autoridade.

11
8/
-2
Os transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da conduta

om
tendem a ser mais comuns no sexo masculino.

l.c
ai
tm
ho

Os transtornos deste capítulo tendem a se iniciar na infância ou na


@
es

adolescência.
m
go
ah

O TDAH é com frequência comórbido com os transtornos desse


a.
-s

capítulo, mas está listado com os transtornos do


2
-1

neurodesenvolvimento.
84
.3
11
.4
90

Transtorno de Oposição Desafiante(TOD)


-0
os

Transtorno Explosivo Intermitente


nt
sa

Transtorno da Conduta
s
do
es

Transtorno da Personalidade Antissocial


m
go

Piromania
ra
sa

Cleptomania

Outro Transtorno Disruptivo, do controle de impulsos e da conduta especificado

Outro Transtonor Disruptivo, do controle de impulsos e da conduta não especificado

TRANSTORNO DE OPOSIÇÃO DESAFIANTE (TOD)

| 107
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Padrão frequente e persistente de:


-humor raivoso/irritável;
-comportamento questionador/desafiante ou de índole vingativa.

A calma é frequentemente perdida, sujeitos são muito sensíveis ou

06
facilmente incomodados e se apresentam comumente raivosos ou

4:
:3
ressentidos. Frequente questionamento de figuras de autoridade (como

19
1
pais, professores), além de recusa a obedecer a regras ou pedido de tais

02
/2
figuras e atitude desafiadora dirigida a tais pessoas.

11
8/
-2
Comportamentos devem estar presentes pelo menos uma vez por

om
l.c
semana, por pelo menos seis meses.
ai
tm
ho

Os critérios são distribuídos de maneira mais uniforme entre as


@
es

emoções (raiva e irritação) e os comportamentos (questionamento e


m
go

desafio).
ah
a.
-s

TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITENTE


2
-1

Caracterizado por emoção mal controlada, explosões


84
.3

comportamentais recorrentes, representando uma falha em


11
.4

controlar impulsos agressivos.


90
-0
os

As explosões de raiva são desproporcionais à provocação interpessoal


nt
sa

ou a outro tipo de provocação ou a outros estressores psicossociais.


s
do
es

Além da própria agressão física, a agressão verbal e a agressão física,


m
go

ainda que não destrutiva/não prejudicial, também satisfazem os


ra
sa

critérios.

As explosões de agressividade impulsivas (ou decorrentes de raiva) têm


início rápido. Em geral, as explosões duram menos de 30 minutos e
costumam ocorrer em resposta a uma provocação mínima por um
amigo íntimo ou um colega.

| 108
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

As explosões de agressividade são impulsivas e/ou baseadas na raiva


por natureza e devem causar sofrimento acentuado, comprometimento
no funcionamento profissional ou interpessoal ou estar associadas a
consequências negativas financeiras ou legais.

Idade mínima de 6 anos (ou nível de desenvolvimento equivalente) é

06
exigida.

4:
:3
19
1
As explosões de agressividade não são premeditadas, não tem objetivo

02
/2
de atingir determinado fim (como obter dinheiro ou poder). São

11
explosões impulsivas, e não instrumentais para obter ganhos

8/
-2
desejados.

om
l.c
ai
Transtorno disruptivo da desregulação do humor X Transtorno tm
ho

explosivo intermitente.
@
es

Transtorno disruptivo da desregulação do humor = irritabilidade


m
go

crônica grave; há um estado de humor persistentemente negativo (i.e.,


ah

irritabilidade, raiva) na maior parte do dia, quase todos os dias, entre


a.
-s

explosões de agressividade impulsivas.


2
-1

Transtorno explosivo intermitente = falha básica em controlar os


84
.3

impulsos agressivos; NÃO requer perturbação persistente do humor


11
.4

entre as explosões.
90
-0
os

Cuidado! O Transtorno disruptivo da desregulação do humor


nt
sa

compõe a categoria dos Transtornos Depressivos, no DSM V.


s
do

Já no livro “Psicopatologia e Semiologia dos transtornos


es

mentais”, é descrito no tópico denominado “Síndromes de


m
go

comportamentos disruptivos e agressivos na infância e na


ra

adolescência’’.
sa

TRANSTORNO DA CONDUTA

Padrão comportamental repetitivo e persistente no qual são violados


direitos básicos de outras pessoas ou normas ou regras sociais
relevantes e apropriadas para a idade. Muitos dos sintomas

| 109
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

comportamentais (p. ex., agressão) podem ser resultado de emoções


mal controladas, como a raiva.

Esses comportamentos se enquadram em quatro grupos principais:


Agressão a Pessoas e Animais; Destruição de Propriedade; Falsidade ou
Furto; Violações Graves de Regras.

06
4:
:3
Transtorno, em geral, de longa duração e prejudica gravemente a vida

19
1
da criança e familiares.

02
/2
11
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL

8/
-2
om
l.c
Considerando que que esse transtorno está intimamente ligado ao
ai
tm
espectro dos transtornos da conduta deste capítulo, ele foi duplamente
ho
@

codificado neste capítulo, e no capítulo “Transtornos da


es

Personalidade”.
m
go
ah
a.

PIROMANIA
-s
2
-1
84

Presença de vários episódios de provocação deliberada e proposital de


.3
11

incêndios. Indivíduos com o transtorno experimentam tensão ou


.4

excitação afetiva antes de provocar um incêndio.


90
-0
os

CLEPTOMANIA
nt
sa
s
do

Falha recorrente em resistir aos impulsos de furtar itens, mesmo que


es

eles não sejam necessários para uso pessoal ou em razão de seu valor
m
go

monetário. Indivíduo experimenta uma sensação subjetiva crescente de


ra
sa

tensão antes do furto e sente prazer, gratificação ou alívio quando o


comete.

Os objetos são roubados mesmo que, em geral, tenham pouco valor


para o indivíduo, que teria condições de pagar por eles e que com
frequência os oferece em doação ou os descarta.

| 110
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Atenção!

Transtorno explosivo intermitente X Transtorno de oposição


desafiante:
O transtorno explosivo intermitente também envolve altas taxas de
raiva. No entanto, indivíduos com esse transtorno apresentam agressão

06
grave dirigida a outros, o que não faz parte da definição de transtorno

4:
:3
de oposição desafiante.

19
1
02
/2
Transtorno de Conduta X Transtorno de oposição desafiante:

11
8/
Geralmente, os comportamentos do transtorno de oposição desafiante

-2
são de natureza menos grave do que aqueles de indivíduos com

om
l.c
transtorno da conduta e não incluem agressão a pessoas ou animais,
ai
destruição de propriedade ou um padrão de furto ou falsidade. tm
ho
@
es

Transtorno explosivo intermitente X Transtorno de Conduta:


m
go

A agressividade em indivíduos com o transtorno explosivo intermitente


ah

limita-se à agressão impulsiva que não é premeditada e não busca


a.
-s

atingir algum objetivo tangível (p. ex., dinheiro, poder, intimidação).


2
-1

Além disso, a definição de transtorno explosivo intermitente não inclui


84
.3

os sintomas não agressivos do transtorno da conduta.


11
.4
90
-0
os

Transtorno Explosivo
Transtorno da conduta TOD
nt

Intermitente
sa

•Foco em •Foco na emoção mal •Critérios distribuídos de


s
do

comportamentos pouco controlada, explosoes de forma mais uniforme


es
m

controlados raiva entre as emoções e os


go

•Comportamentos •Agressão impulsiva que comportamentos.


ra
sa

incluem agressão a não é premeditada e não •Comportamentos não


pessoas ou animais, busca atingir algum incluem agressão a
destruição de objetivo tangível pessoas ou animais,
propriedade ou um destruição de
padrão de furto ou propriedade ou um
falsidade padrão de furto ou
falsidade

| 111
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS E


TRANSTORNOS ADITIVOS

Abrangem 10 classes distintas de drogas:

06
4:
- Álcool;

:3
19
- Cafeína;

1
02
- Cannabis;

/2
11
- Alucinógenos (com categorias distintas para fenciclidina [ou arilciclo-

8/
hexilaminas de ação similar] e outros alucinógenos);

-2
om
- Inalantes;

l.c
- Opioides;
ai
tm
- Sedativos, hipnóticos e ansiolíticos;
ho
@

-Estimulantes (substâncias tipo anfetamina, cocaína e outros


es

estimulantes);
m
go

- Tabaco; e
ah
a.

- Outras substâncias (ou substâncias desconhecidas)


-s
2
-1
84

As drogas, quando consumidas em excesso, têm em comum a ativação


.3
11

direta do sistema de recompensa do cérebro, o qual está envolvido no


.4
90

reforço de comportamentos e na produção de memórias. Em vez de


-0

atingir a ativação do sistema de recompensa por meio de


os
nt

comportamentos adaptativos, as drogas de abuso ativam diretamente


sa

as vias de recompensa. Assim, as diferentes classes de drogas


s
do

geralmente ativam o sistema de recompensa e produzem sensações de


es
m

prazer ou excitação, frequentemente denominadas de “barato” ou


go

“viagem”.
ra
sa

Indivíduos com baixo nível de autocontrole, o que pode ser reflexo de


deficiências nos mecanismos cerebrais de inibição, podem ser
particularmente predispostos a desenvolver transtornos por uso de
substância, sugerindo que, no caso de determinadas pessoas, a origem
dos transtornos por uso de substância pode ser observada em seus
comportamentos muito antes do início do uso atual de substância
propriamente dito.

| 112
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

“Pessoas com transtornos mentais graves são mais propensas a fazer


uso e a desenvolver dependência de substâncias, particularmente de
maconha e álcool.” (Dalgalarrondo, 2019)

Os transtornos relacionados a substâncias dividem-se em dois grupos:

06
-Transtornos por uso de substância e

4:
:3
-Transtornos induzidos por substância. (DSM V)

19
1
02
/2
“Além dos transtornos relacionados a substâncias, este capítulo

11
8/
também inclui o transtorno do jogo, o que reflete as evidências de que

-2
os comportamentos de jogo ativam sistemas de recompensa

om
l.c
semelhantes aos ativados por drogas de abuso e produzem alguns
ai
tm
sintomas comportamentais que podem ser comparados aos
ho

produzidos pelos transtornos por uso de substância.”


@
es

“Outros padrões comportamentais de excesso, como jogo pela


m
go

internet, também foram descritos, mas as pesquisas sobre esta e outras


ah
a.

síndromes comportamentais são menos claras. Portanto, grupos de


-s

comportamentos repetitivos, por vezes denominados adições


2
-1

comportamentais, com subcategorias como "adição sexual", "adição


84
.3

por exercício" ou "adição por compras", NÃO estão inclusos porque, até
11
.4

o momento, não há evidências suficientes revisadas por


90
-0

pares para estabelecer os critérios diagnósticos e as descrições de curso


os

necessários para identificar tais comportamentos como transtornos


nt
sa

mentais.” (DSM V)
s
do
es

Comportamento de jogo problemático = padrão persistente de


m
go

comportamento de jogo em que existe prejuízo na capacidade de


ra
sa

autocontrole, ou seja, existe perda do controle em relação a começar a


jogar e/ou na frequência, intensidade, duração ou término das partidas.
Existe crescente prioridade do jogo na vida do sujeito, que ganha
precedência sobre outras áreas (como família, estudo e trabalho). A
pessoa continua ou aumenta o jogar, mesmo com as consequências; o
indivíduo também tende a negar seu envolvimento com os jogos e as
consequências de tal dependência. (Dalgalarrondo, 2019)

| 113
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Mudanças do DSM IV para o DSM V:

O DSM-5 não separa os diagnósticos de abuso e dependência de


substância, como fazia o DSM-IV. “Em vez disso, são oferecidos critérios
para transtorno por uso de substância, acompanhados por critérios
para intoxicação, abstinência, transtornos induzidos por substâncias e

06
transtornos relacionados a substâncias não especificados, quando

4:
:3
relevante.”

19
1
02
“Dentro dos transtornos por uso de substância, o critério do DSM-IV

/2
11
de problemas legais recorrentes relacionados a substâncias foi

8/
-2
removido do DSM-5, e um novo critério - fissura, ou um forte desejo ou

om
necessidade de usar uma substância - foi acrescentado.” (DSM V)

l.c
ai
tm
ho
@

Transtornos por uso de substâncias


es
m

Presença de um agrupamento de sintomas cognitivos,


go

comportamentais e fisiológicos indicando o uso contínuo e recorrente


ah
a.

pelo indivíduo, apesar de problemas significativos relacionados à


-s
2

substância. O diagnóstico de um transtorno por uso de substância pode


-1
84

se aplicar a todas as 10 classes inclusas neste capítulo, com exceção da


.3
11

cafeína.
.4
90
-0

Caracterizados por uma alteração básica nos circuitos cerebrais que


os
nt

pode persistir após a desintoxicação, especialmente em indivíduos com


sa

transtornos graves. Os efeitos comportamentais dessas alterações


s
do

cerebrais podem ser exibidos nas recaídas constantes e na fissura


es
m

intensa por drogas quando os indivíduos são expostos a estímulos


go

relacionados a elas.
ra
sa

OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS ENVOLVEM:


• BAIXO CONTROLE SOBRE O USO DA SUBSTÂNCIA –esforços
malsucedidos para diminuir ou descontinuar o uso. Em alguns casos
mais graves, praticamente todas as atividades diárias do indivíduo
giram em tomo da substância. Inclui a fissura*;

| 114
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Fissura: desejo ou necessidade intensos de usar a droga que


podem ocorrer a qualquer momento, mas com maior probabilidade
quando em um ambiente onde a droga foi obtida ou usada
anteriormente. A fissura envolve condicionamento clássico.
Investiga-se a fissura ao perguntar se alguma vez o indivíduo teve
uma forte necessidade de consumir a droga a ponto de não

06
conseguir pensar em mais nada. Pode ser um sinal de recaída

4:
:3
iminente.

19
1
02
/2
• DETERIORAÇÃO/PREJUÍZO SOCIAL - por exemplo, fracasso em

11
8/
cumprir as principais obrigações no trabalho, na escola ou no lar;

-2
além da manutenção do uso continuado, apesar de problemas

om
l.c
sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados, ou
ai
exacerbados, pelos efeitos da substância; tm
ho
@
es

• USO ARRISCADO - por exemplo, uso recorrente em situações nas


m
go

quais isso representa perigo para a integridade física. Por exemplo:


ah

ingerir bebida alcoólica e dirigir.


a.
-s
2
-1

• CRITÉRIOS FARMACOLÓGICOS - inclui a tolerância* e a


84
.3

abstinência*; Todavia, NÃO são necessárias tolerância nem


11
.4

abstinência para um diagnóstico de transtorno por uso de


90
-0

substância.
os

Indivíduos cujos únicos sintomas são os decorrentes de


nt
sa

tratamento médico (como tolerância e abstinência como parte de


s
do

assistência médica, quando os medicamentos são usados conforme


es

prescritos – como sedativos ou opioides) NÃO devem ser


m
go

diagnosticados unicamente com base nesses sintomas. Contudo,


ra
sa

medicamentos com receita podem ser usados de forma inadequada,


e pode-se diagnosticar um transtorno por uso de substância, quando
houver outros sintomas de comportamento compulsivo de busca
por drogas. (DSM V)

- Tolerância: dose acentuadamente maior da substância é necessária


para obter o efeito desejado; ou o efeito da substância nas mesmas
doses é acentuadamente reduzido com o passar do tempo.

| 115
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

O grau em que a tolerância se desenvolve apresenta grande


variação de um indivíduo para outro, assim como de uma substância
para outra.
Substâncias como álcool, opioides e benzodiazepínicos revelam,
com frequência, o fenômeno da tolerância.

06
- Abstinência: com a diminuição da concentração da droga no

4:
:3
organismo, a pessoa passa a apresentar sintomas como tremores,

19
1
ansiedade, sudoreses, entre outros.

02
/2
Assim, há o desenvolvimento de uma alteração comportamental

11
problemática específica a determinada substância, com concomitantes

8/
-2
fisiológicos e cognitivos, devido a interrupção ou redução do uso

om
intenso e prolongado da substância.

l.c
ai
Ou seja, trata-se de uma síndrome que ocorre quando as tm
ho

concentrações de uma substância no sangue ou nos tecidos diminuem


@
es

em um indivíduo que manteve uso intenso prolongado.


m
go
ah
a.

Transtornos Induzidos por Substâncias


-s
2
-1
84

INCLUI:
.3
11

- Intoxicação
.4
90

- Abstinência
-0

- Outros transtornos mentais induzidos por


os
nt

substância/medicamento (por exemplo, transtorno psicótico induzido


sa

por substância, transtorno depressivo induzido por substância).


s
do
es
m

• INTOXICAÇÃO: desenvolvimento de uma síndrome reversível


go

específica de determinada substância que ocorreu devido a sua recente


ra
sa

ingestão.
A intoxicação por substância é comum entre pessoas com
transtorno por uso de substância, mas também ocorre com frequência
em indivíduos sem esse transtorno. Essa categoria não se aplica ao
tabaco.
Alterações comuns decorrentes da intoxicação: perturbações de
percepção, vigília, atenção, pensamento, julgamento, comportamento
psicomotor e comportamento interpessoal.

| 116
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Binge = Episódios de consumo intenso, rápido e compulsivo, que se


relaciona intimamente a intoxicação. (Dalgalarrondo, 2019)

• ABSTINÊNCIA: Desenvolvimento de uma alteração


comportamental problemática específica a determinada substância,

06
com concomitantes fisiológicos e cognitivos, devido a interrupção ou

4:
:3
redução do uso intenso e prolongado da substância.

19
1
Assim, trata-se de uma síndrome que ocorre quando as

02
/2
concentrações de uma substância no sangue ou nos tecidos diminuem

11
8/
em um indivíduo que manteve uso intenso prolongado.

-2
A abstinência geralmente, mas nem sempre, está associada a um

om
l.c
transtorno por uso de substância.
ai
tm
Após desenvolver sintomas de abstinência, o indivíduo tende a
ho

consumir a substância para aliviá-los.


@
es

Os sintomas de abstinência apresentam grande variação de uma


m
go

classe de substâncias para outra. Por exemplo, sinais fisiológicos


ah

marcados e, geralmente, de fácil aferição são comuns com álcool,


a.
-s

opioides e com sedativos, hipnóticos e ansiolíticos. Por outro lado, os


2
-1

sinais e sintomas de abstinência de estimulantes (anfetaminas e


84
.3

cocaína), bem como de tabaco e Cannabis, costumam estar presentes,


11
.4

mas são menos visíveis. No caso do uso fenciclidina, de outros


90
-0

alucinógenos e de inalantes NÃO foi documentada abstinência


os

significativa em seres humanos; portanto, esse critério não foi incluído


nt
sa

no caso dessas substâncias.


s
do
es

Importante saber:
m
go
ra
sa

- Transtorno por uso => não se aplica à cafeína.


- Intoxicação => não se aplica ao tabaco.
- Abstinência => não descrita nos alucinógenos e nos inalantes.

• TRANSTORNOS MENTAIS INDUZIDOS POR


SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO:

| 117
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Psicopatologia

São geralmente temporários, mas às vezes desenvolvem-se


síndromes persistentes do sistema nervoso central (SNC) no caso dos
efeitos de substâncias de abuso, medicamentos ou de várias toxinas.
Destaca-se que o transtorno se desenvolve durante, ou no prazo
de um mês após, a intoxicação ou abstinência de substância ou da
administração do medicamento.

06
4:
:3
De modo geral, as drogas mais sedativas (sedativos, hipnóticos ou

19
ansiolíticos e álcool) podem produzir:

1
02
- Transtornos depressivos -> durante a intoxicação.

/2
11
- Condições de ansiedade -> durante as síndromes de abstinência.

8/
-2
om
Já as substâncias mais estimulantes (p. ex., anfetamina e

l.c
ai
cocaína), de modo geral, podem produzir: tm
ho
- Transtornos psicóticos e de ansiedade -> durante a intoxicação.
@

- Episódios depressivos maiores -> durante a abstinência.


es
m
go
ah

Relembrando:
a.
-s
2

Fissura
-1

•desejo ou necessidade intensos de usar a droga


84
.3
11
.4
90

•dose maior da substância é necessária para obter o efeito


Tolerância
-0

desejado; ou um efeito reduzido é obtido após o consumo


os

da dose habitual.
nt
sa
s
do

Abstinência •Alteração comportamental devido a interrupção ou


es

redução do uso intenso e prolongado.


m
go
ra
sa

Intoxicação •síndrome reversível que ocorreu devido a recente


ingestão de substância.

| 118
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Psicopatologia

-Baixo controle sobre o uso


Transtornos por uso -Deterioração/prejuízo social
de substância (uso -Uso arriscado
contínuo)
-Critérios farmacológicos
TRANSTORNOS (tolerância e abstinência)
RELACIONADOS

06
A - Intoxicação

4:
SUBSTÂNCIAS

:3
- Abstinência

19
Transtornos induzidos
- Outros transtornos mentais

1
por substância

02
induzidos por

/2
substância/medicamento

11
8/
-2
om
l.c
ai
TRANSTORNOS RELACIONADOS AO ÁLCOOL tm
ho
@

- Transtorno por Uso de Álcool


es
m
go

Transtorno por uso envolve:


ah

-Baixo controle sobre o uso


a.
-s

-Deterioração/prejuízo social
2
-1

-Uso arriscado
84
.3

-Critérios farmacológicos.
11
.4
90

- Sintomas presentes durante um período de 12 meses.


-0
os
nt
sa

- Transtorno por uso de álcool = agrupamento de sintomas


s
do

comportamentais e físicos, os quais podem incluir abstinência,


es

tolerância e fissura.
m
go
ra

- O transtorno por uso de álcool é frequente.


sa

- Grande parte dos casos de desenvolve antes dos 30 anos de idade.


(DSM V)

- Intoxicação por Álcool


Há presença de alterações comportamentais ou psicológicas
clinicamente significativas e problemáticas (como: comportamento

| 119
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Psicopatologia

sexual ou agressivo inadequado, humor instável, julgamento


prejudicado e comprometimento no funcionamento social ou
profissional) que se desenvolvem durante ou logo após a ingestão de
álcool.

A intoxicação por álcool às vezes está associada a amnésia dos eventos

06
que ocorreram durante o curso da intoxicação ("apagões").

4:
:3
19
1
Pode incluir sintomas como: Fala arrastada; Incoordenação;

02
/2
Instabilidade na marcha; Comprometimento da atenção ou da

11
memória; Estupor ou coma. (DSM V)

8/
-2
om
l.c
ai
- Abstinência de Álcool tm
- Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool.
ho
@
es

A síndrome de abstinência inclui sintomas que refletem a


m
go

hiperatividade autonômica e a ansiedade, em conjunto com sintomas


ah
a.

gastrintestinais. Assim, pode incluir sintomas como: Hiperatividade


-s

autonômica (p. ex., sudorese ou frequência cardíaca elevada); Tremor


2
-1
84

aumentado nas mãos; Insônia; Náusea ou vômitos; Alucinações ou


.3

ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias; Agitação psicomotora;


11
.4

Ansiedade; entre outros.


90
-0
os

Delirium por abstinência de álcool pode ocorrer no caso de abstinência.


nt
sa
s
do

SÍNDROMES ASSOCIADAS AO TRANSTORNO DEVIDO AO ÁLCOOL:


es
m
go

Delirium tremens = forma grave de síndrome de abstinência ao álcool,


ra
sa

em que ocorrem, além dos sintomas clássicos do delirium


(rebaixamento do nível de consciência, alteração da atenção, confusão
mental, desorientação temporoespacial, flutuação dos sintomas ao
longo do dia), intensas manifestações autonômicas (como tremores,
febre, sudorese profusa, etc.), ilusões e alucinações visuais e táteis
marcantes, principalmente com insetos e pequenos animais (zoopsias).

| 120
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Psicopatologia

Alucinose alcoólica = pode ocorrer durante a síndrome de abstinência,


bem como em períodos independentes dela, estando o indivíduo sóbrio
ou alcoolizado. Caracteriza- se por alucinações audioverbais de vozes
que, tipicamente, falam do paciente na terceira pessoa (“O João é
mesmo um sem-vergonha, um frouxo”, etc.) ou humilhando-o e
desprezando-o.

06
4:
:3
Delírio de ciúmes = o indivíduo passa a acreditar plenamente no fato

19
1
de sua/seu companheira (o) o trai.

02
/2
11
Embriaguez patológica = desperta controvérsias conceituais e não é

8/
-2
aceita por todos. Caracteriza-se por uma resposta paradoxal, intensa, à

om
ingestão de pequena quantidade de álcool. O paciente pode tornar-se

l.c
ai
muito excitado, violento, às vezes paranoide e mesmo homicida (“fúria
tm
ho

alcoólica”). Tal agitação surge de forma inexplicável, dura várias horas,


@
es

é seguida de exaustão e termina comumente com sono profundo e


m
go

amnésia posterior em relação ao evento. (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s
2
-1

- Outros Transtornos Induzidos por Álcool


84
.3

- Transtorno Relacionado ao Álcool Não Especificado


11
.4
90
-0

TRANSTORNOS RELACIONADOS À CAFEÍNA


os
nt
sa

Cuidado! Neste caso, NÃO há a categoria de transtorno por uso.


s
do
es
m

- Intoxicação por Cafeína


go

- Consumo recente da substância;


ra
sa

Pode incluir sintomas como: Inquietação; Nervosismo; Excitação;


Insônia; Rubor facial; Diurese; Perturbação gastrintestinal; Abalos
musculares; Fluxo errático do pensamento e do discurso; Taquicardia
ou arritmia cardíaca; Períodos de energia inesgotável; Agitação
psicomotora.
- Abstinência de Cafeína

| 121
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Psicopatologia

- Síndrome que se desenvolve após a interrupção (ou redução


substancial) abrupta da ingestão diária prolongada de cafeína;

Pode incluir sintomas como: Cefaleia; Fadiga ou sonolência acentuadas;


Humor disfórico, humor deprimido ou irritabilidade; Dificuldade de
concentração; Sintomas gripais (náusea, vômitos ou dor/rigidez

06
muscular).

4:
:3
19
A cefaleia é a característica típica da abstinência de cafeína. Contudo,

1
02
outros sintomas de abstinência de cafeína podem ocorrer na ausência

/2
11
de cefaleia.

8/
-2
om
- Outros Transtornos Induzidos por Cafeína

l.c
ai
- Transtorno Relacionado à Cafeína Não Especificado tm
ho
@
es

TRANSTORNOS RELACIONADOS A CANNABIS


m
go
ah

- Transtorno por Uso de Cannabis


a.
-s

Transtorno por uso envolve:


2
-1

-Baixo controle sobre o uso


84
.3

-Deterioração/prejuízo social
11

-Uso arriscado
.4
90

-Critérios farmacológicos.
-0
os
nt
sa

- Sintomas presentes durante um período de 12 meses.


s
do
es

- Comorbidade: A Cannabis sempre foi encarada como uma droga de


m
go

"entrada" porque indivíduos que a consomem de modo frequente


ra

apresentam uma probabilidade muito maior de usar substâncias


sa

normalmente consideradas mais perigosas, como opioides ou


cocaína, ao longo da vida do que não usuários. (DSM V)

- Intoxicação por Cannabis


- Uso recente de Cannabis;

| 122
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A intoxicação é geralmente caracterizada por sensação de prazer e


relaxamento - "barato", seguido de sintomas que incluem euforia, com
risos Inadequados ou ideias de grandeza, sedação, letargia,
comprometimento da memória de curto prazo, dificuldade na execução
de processos mentais complexos, julgamento prejudicado, percepções
sensoriais distorcidas, prejuízo no

06
desempenho motor e sensação de lentidão do tempo.

4:
:3
19
1
Pode incluir sintomas como: Conjuntivas hiperemiadas (olhos

02
/2
vermelhos); Apetite aumentado; Boca seca; Taquicardia.

11
8/
-2
- Abstinência de Cannabis

om
- Cessação do uso pesado e prolongado

l.c
ai
tm
Pode incluir sintomas como: Irritabilidade, raiva ou agressividade;
ho

Nervosismo ou ansiedade; Dificuldade em dormir (insônia, sonhos


@
es

perturbadores); Apetite reduzido ou perda de peso; Inquietação; Humor


m
go

deprimido.
ah
a.
-s

Embora não seja, em geral, grave como a abstinência de álcool ou de


2
-1

opiáceos, a síndrome de abstinência de Cannabis pode causar


84
.3

sofrimento significativo e contribuir para dificuldade em abandonar o


11
.4

hábito ou para a recaída entre as pessoas que tentam abster-se do uso.


90
-0

(DSM V)
os
nt

- Outros Transtornos Induzidos por Cannabis


sa
s
do

- Transtorno Relacionado a Cannabis Não Especificado


es
m
go
ra

TRANSTORNOS RELACIONADOS A ALUCINÓGENOS


sa

- Atenção! A categoria da abstinência NÃO está presente aqui.

- Essa categoria é dividida, no DSM V, em: Transtorno por uso e


intoxicação por Fenciclidina; e Transtorno por uso e intoxicação por
outros alucinógenos.

| 123
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

-Transtorno por Uso de Fenciclidina

Fenciclidina = conhecida como pó de anjo ou poeira da lua.

Transtorno por uso envolve:


-Baixo controle sobre o uso

06
-Deterioração/prejuízo social

4:
:3
-Uso arriscado

19
-Critérios farmacológicos.

1
02
/2
11
- Sintomas presentes durante um período de 12 meses.

8/
-2
om
- Essas substâncias foram desenvolvidas inicialmente como

l.c
ai
anestésicos; tm
ho
@
es

- Elas produzem sensação de separação da mente e do corpo (por isso


m

são "dissociativas") em pequenas doses e, em doses elevadas, podem


go
ah

resultar em estupor e coma.


a.
-s
2

-Transtorno por Uso de Outros Alucinógenos


-1
84
.3

- Exemplo: LSD e MDMA/ecstasy.


11
.4
90
-0

Transtorno por uso envolve:


os

-Baixo controle sobre o uso


nt
sa

-Deterioração/prejuízo social
s
do

-Uso arriscado
es
m

-Critérios farmacológicos.
go
ra
sa

- Historicamente, os alucinógenos são usados como parte de


práticas religiosas estabelecidas.

-Intoxicação por Fenciclidina


- Uso recente de fenciclidina

As apresentações clínicas mais comuns de intoxicação por fenciclidina


incluem desorientação, confusão sem alucinações, alucinações ou

| 124
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

delírios, uma síndrome semelhante a catatonia e coma de gravidade


variável.

Catatonia: perturbação psicomotora que pode variar desde ausência


acentuada de resposta até agitação acentuada.

06
Pode incluir sintomas como: Nistagmo vertical ou horizontal.;

4:
:3
Hipertensão ou taquicardia; Torpor ou resposta diminuída à dor; Ataxia

19
;incapacidade de coordenação; Disartria (dificuldade de articular as

1
02
/2
palavras); Rigidez muscular; Convulsões ou coma; Hiperacusia

11
(acuidade auditiva exacerbada).

8/
-2
om
-Intoxicação por Outros Alucinógenos

l.c
- Uso recente de alucinógeno (que não fenciclidina)
ai
tm
Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente
ho
@

significativas e problemáticas (por exemplo, ansiedade ou depressão


es
m

acentuadas, medo de perder o juízo, ideação paranoide, julgamento


go

prejudicado).
ah
a.
-s
2

Alterações da percepção ocorrendo em um estado de plena vigília e


-1
84

alerta (como, intensificação subjetiva de percepções,


.3
11

despersonalização, desrealização, ilusões, alucinações, sinestesias).


.4
90
-0

-Transtorno Persistente da Percepção Induzido por Alucinógenos


os

Revivência, quando o indivíduo está sóbrio, de perturbações da


nt
sa

percepção experimentadas enquanto estava intoxicado pelo


s
do

alucinógeno.
es
m
go

Os sintomas podem incluir qualquer tipo de


ra

perturbação da percepção, mas as visuais tendem a predominar. Entre


sa

as percepções visuais anormais, podem ocorrer alucinações


geométricas, falsas percepções de movimento nos campos visuais
periféricos, flashes de cor, cores intensificadas, entre outras.

- As perturbações podem durar semanas, meses ou anos.

| 125
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

-Ocorre principalmente, mas não exclusivamente, após o uso de LSD.


(DSM V)
-Outros Transtornos Induzidos por Fenciclidina
-Outros Transtornos Induzidos por Alucinógenos

06
-Transtorno Relacionado a Fenciclidina Não Especificado

4:
:3
19
-Transtorno Relacionado a Alucinógenos Não Especificado

1
02
/2
11
TRANSTORNOS RELACIONADOS A INALANTES

8/
-2
om
Atenção! A categoria da abstinência NÃO está presente aqui.

l.c
ai
-Transtorno por Uso de Inalantes tm
ho

Transtorno por uso envolve:


@
es

-Baixo controle sobre o uso


m
go

-Deterioração/prejuízo social
ah
a.

-Uso arriscado
-s

-Critérios farmacológicos.
2
-1
84
.3

- Sintomas presentes durante um período de 12 meses.


11
.4
90
-0

- o uso de hidrocarbonetos voláteis satisfaz os critérios diagnósticos


os

como transtorno por uso de inalantes.


nt
sa
s
do

- Hidrocarbonetos voláteis = gases tóxicos de colas, combustíveis,


es

tintas e outros compostos voláteis. (DSM V)


m
go
ra

-Intoxicação por Inalantes


sa

Alterações como: beligerância, agressividade, apatia, julgamento


prejudicado) desenvolvidas durante ou logo após o uso ou a exposição
a inalantes.

Pode incluir sintomas como: Tontura; Nistagmo; Incoordenação; Fala


arrastada; Instabilidade de marcha; Letargia; Reflexos deprimidos;

| 126
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Retardo psicomotor; Tremor; Fraqueza muscular generalizada; Visão


borrada ou diplopia; Estupor ou coma; Euforia. (DMS V)
-Outros Transtornos Induzidos por Inalantes
-Transtorno Relacionado a Inalantes Não Especificado

06
4:
TRANSTORNOS RELACIONADOS A OPIOIDES

:3
19
1
02
Exemplos de Opioides: heroína, morfina, codeína, oxicodona,

/2
11
propoxifeno

8/
-2
om
-Transtorno por Uso de Opioides

l.c
Transtorno por uso envolve:
ai
-Baixo controle sobre o uso tm
ho

-Deterioração/prejuízo social
@
es

-Uso arriscado
m
go

-Critérios farmacológicos.
ah
a.
-s

- Sintomas presentes durante um período de 12 meses.


2
-1
84
.3

- “inclui sinais e sintomas que refletem a autoadministração


11
.4

compulsiva e prolongada de substâncias opioides usadas sem


90
-0

finalidade médica legítima; ou, na presença de outra condição


os

médica cujo tratamento exige opioide, este é usado em doses muito


nt
sa

acima da quantidade necessária (p. ex., um indivíduo com prescrição


s
do

para opioides analgésicos com finalidade de alívio da dor em


es

dosagem adequada fará uso significativamente maior do que


m
go

indica a prescrição, e não apenas devido à dor persistente)”. (DSM V)


ra
sa

-Intoxicação por Opioides


Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente
significativas e problemáticas (p. ex., euforia inicial seguida por apatia,
disforia, agitação ou retardo psicomotor, julgamento prejudicado).

Pode incluir sintomas como: miose (diminuição da pupila); Torpor ou


coma; Fala arrastada; Prejuízo na atenção ou na memória.

| 127
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

-Abstinência de Opioides
Os primeiros sintomas são subjetivos e consistem em queixas de
ansiedade, inquietação e uma “sensação dolorida”, frequentemente
localizada nas costas e nas pernas, acompanhada por irritabilidade e
maior sensibilidade à dor.

06
Pode incluir sintomas como: humor disfórico; Náusea ou vômito; Dores

4:
:3
musculares; Lacrimejamento ou rinorreia; Diarreia; Bocejos; Febre;

19
Insônia.

1
02
/2
11
- A piloereção (ereção dos pelos) e a febre estão associadas à

8/
-2
abstinência grave.

om
l.c
ai
- Envolve presença de uma síndrome de abstinência típica que se
tm
ho
desenvolve após a cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado
@

de opioides; também pode ser precipitada pela administração de um


es
m

antagonista de opioides (p. ex., naloxona ou naltrexona) após um


go
ah

período de uso dessas substâncias, ou também pode ocorrer após a


a.
-s

administração de um agonista parcial de opioides.


2
-1
84

-Outros Transtornos Induzidos por Opioides


.3
11
.4

-Transtorno Relacionado a Opioides Não Especificado


90
-0
os

TRANSTORNOS RELACIONADOS A SEDATIVOS, HIPNÓTICOS OU


nt
sa

ANSIOLÍTICOS
s
do
es

- As substâncias sedativas, hipnóticas e ansiolíticas incluem


m
go

benzodiazepínicos e fármacos semelhantes (p. ex., zolpidem e


ra
sa

zaleplon), carbamatos (p. ex., glutetimida, meprobamato), barbitúricos


(p. ex., secobarbital) e hipnóticos do tipo barbitúrico (p. ex., glutetimida,
metaqualona).

-Essa classe de substâncias inclui todos os tranquilizantes vendidos


com prescrição e quase todos os medicamentos antiansiedade
vendidos com prescrição médica.

| 128
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Como o álcool, esses agentes são depressores cerebrais.

-Transtorno por Uso de Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos

- envolve: baixo controle sobre o uso; Deterioração/prejuízo social; Uso


arriscado; Critérios farmacológicos;

06
4:
- sintomas presentes durante um período de 12 meses.

:3
19
1
02
- A fissura pelo consumo é uma característica típica do transtorno por

/2
11
uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos.

8/
-2
om
l.c
ai
-Intoxicação por Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos tm
ho
Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente
@

significativas e desadaptativas (p. ex., comportamento sexual ou


es
m

agressivo inadequado, humor instável, julgamento prejudicado).


go
ah
a.
-s

Como ocorre com outros depressores cerebrais, como o álcool, esses


2

comportamentos podem ser acompanhados de fala


-1
84

arrastada, incoordenação (em níveis que podem interferir na


.3
11

capacidade de condução de veículos, por exemplo),


.4
90

marcha instável, nistagmo, comprometimento da cognição (problemas


-0

de atenção ou memória) e estupor ou coma.


os
nt
sa
s

O comprometimento da memória é um aspecto proeminente da


do

intoxicação por sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos, sendo mais


es
m

frequentemente caracterizado por uma amnésia anterógrada que


go
ra

lembra os "apagões alcoólicos”. (DSM V)


sa

Diagnóstico Diferencial: A intoxicação por álcool pode ser distinguida da


intoxicação por sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos pelo odor de álcool
no hálito. Caso contrário, as características dos dois transtornos podem
ser semelhantes.

| 129
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

-Abstinência de Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos


Pode incluir sintomas como: Tremor nas mãos; Insônia; Náusea ou
vômito; Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias.;
Agitação psicomotora; Ansiedade; Convulsões do tipo grande mal.

A abstinência de álcool produz uma síndrome muito semelhante à da

06
abstinência de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos.

4:
:3
19
-Outros Transtornos Induzidos por Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos

1
02
/2
11
-Transtorno Relacionado a Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos Não

8/
Especificado

-2
om
l.c
ai
TRANSTORNOS RELACIONADOS A ESTIMULANTES tm
ho
@

Exemplos de estimulantes: anfetamina, cocaína, metilfenidato.


es
m
go
ah

CRACK = cocaína fumada; mistura de cloridrato de cocaína com


a.

bicarbonato de sódio e água, solidificada em cristais e vendida em


-s
2

forma de pequenas pedras. O crack surgiu, no início dos anos de 1980,


-1
84

como uma forma mais barata de cocaína.


.3
11

- A dependência produzida pelo crack é uma das mais graves,


.4
90

sendo mais grave que a dependência associada ao pó.


-0

- Em algumas pessoas, ou quando em doses mais altas de cocaína


os
nt

(pó ou crack), podem ocorrer desconfiança, ideias e/ou sensação de


sa

perseguição (“noia”), ansiedade e crises de pânico. (Dalgalarrondo,


s
do

2019)
es
m
go
ra

-Transtorno por Uso de Estimulantes


sa

- Envolve: baixo controle sobre o uso; Deterioração/prejuízo social; Uso


arriscado; Critérios farmacológicos;

- Sintomas presentes durante um período de 12 meses.

- A maioria dos indivíduos com transtorno por uso de estimulantes


experimentou tolerância ou abstinência.

| 130
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Incluem substâncias com uma estrutura de feniletilamina substituída,


tais como anfetamina, dextroanfetamina e metanfetamina. Também se
incluem substâncias estruturalmente diferentes, mas que apresentam
efeitos semelhantes, como metilfenidato.

06
- Estimulantes tipo anfetamina têm ação mais prolongada que cocaína

4:
:3
e, portanto, são usados menos vezes por dia.

19
1
(DSM V)

02
/2
11
-Intoxicação por Estimulantes

8/
-2
A intoxicação por estimulantes geralmente começa com uma sensação

om
de “barato” e inclui sintomas como: euforia com aumento do vigor,

l.c
sociabilidade, hiperatividade, inquietação, hipervigilância,
ai
tm
sensibilidade interpessoal, loquacidade, ansiedade, tensão, alerta,
ho
@

grandiosidade, comportamento estereotipado e repetitivo, raiva,


es
m

julgamento prejudicado e, no caso de intoxicação crônica,


go

embotamento afetivo com fadiga ou tristeza e retraimento social.


ah
a.
-s
2

Essas alterações podem ser acompanhadas de: taquicardia ou


-1
84

bradicardia; dilatação pupilar; pressão arterial elevada ou diminuída;


.3
11

transpiração ou calafrios; náusea ou vômito; evidências de perda de


.4
90

peso; agitação ou retardo psicomotor; fraqueza muscular; depressão


-0

respiratória; dor torácica ou arritmias cardíacas; confusão, convulsões,


os
nt

discinesias, distonias ou coma. (DSM V)


sa
s
do

-Abstinência de Estimulantes
es

Caracteriza-se pelo desenvolvimento de humor disfórico acompanhado


m
go

por duas ou mais das seguintes alterações fisiológicas: fadiga, sonhos


ra

vívidos e desagradáveis, insônia ou hipersonia, aumento do apetite e


sa

retardo ou agitação psicomotora. Bradicardia costuma estar presente e


é uma medida confiável de abstinência de estimulantes. (DSM V)
-Outros Transtornos Induzidos por Estimulantes
-Transtorno Relacionado a Estimulantes Não Especificado

TRANSTORNOS RELACIONADOS AO TABACO

| 131
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Cuidado! Não está inclusa a categoria da intoxicação.

-Transtorno por Uso de Tabaco

- Envolve: baixo controle sobre o uso; Deterioração/prejuízo


social; Uso arriscado; Critérios farmacológicos.

06
4:
:3
19
- Sintomas presentes durante um período de 12 meses.

1
02
/2
- O transtorno por uso de tabaco é comum entre indivíduos que fazem

11
8/
uso de cigarros e outras formas de tabaco diariamente e incomum entre

-2
os que não fazem uso diário ou que usam medicamentos com nicotina.

om
l.c
(DSM V)
ai
tm
ho
@

-Abstinência de Tabaco
es
m

Possíveis sintomas: Irritabilidade, frustração ou raiva; Ansiedade.;


go
ah

Dificuldade de concentração; Aumento do apetite; Inquietação; Humor


a.

deprimido; Insônia.
-s
2
-1
84

A fissura por consumir alimentos doces ou açucarados e o


.3
11

comprometimento do desempenho em tarefas que exigem alerta estão


.4
90

associados à abstinência de tabaco. (DSM V)


-0
os

-Outros Transtornos Induzidos por Tabaco


nt
sa
s

-Transtorno Relacionado ao Tabaco Não Especificado


do
es
m
go

TRANSTORNOS RELACIONADOS A OUTRAS SUBSTÂNCIAS (OU


ra
sa

SUBSTÂNCIAS DESCONHECIDAS)

TRANSTORNO RELACIONADO A OUTRA SUBSTÂNCIA (OU


SUBSTÂNCIA DESCONHECIDA) NÃO ESPECIFICADO

TRANSTORNOS NÃO RELACIONADOS A SUBSTÂNCIA

| 132
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Transtorno do Jogo
Comportamento de jogo desadaptativo persistente e recorrente que
perturba os objetivos pessoais, familiares e/ou profissionais.

06
4:
:3
19
1
02
/2
11
8/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
es
m
go
ah
a.
-s
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 133
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS (TNCs)


Grupo composto por delirium, seguido por síndromes de TNC maior,
TNC leve e seus subtipos.

Os TNCs são aqueles em que a cognição prejudicada NÃO estava


presente ao nascimento ou no início da vida. Assim, são transtornos

06
adquiridos em vez de transtornos do desenvolvimento.

4:
:3
19
1
Apesar de déficits cognitivos estarem presentes em diversos

02
/2
transtornos mentais (p. ex., esquizofrenia, transtornos

11
8/
bipolares), apenas aqueles transtornos cujas características centrais

-2
são cognitivas é que fazem parte da categoria TNC.

om
l.c
ai
tm
A demência está incorporada ao transtorno neurocognitivo maior,
ho

embora não esteja excluído o uso do termo demência em subtipos


@
es

etiológicos nos quais é um termo padrão. Assim, o termo demência é


m
go

mantido no DSM-5 para continuidade, podendo ser usado em contextos


ah

em que médicos e pacientes estejam acostumados a ele.


a.
-s
2
-1

“Embora demência seja o termo habitual para transtornos como as


84
.3

demências degenerativas, que costumam afetar adultos com mais


11
.4

idade, o termo transtorno neurocognitivo é amplamente empregado,


90
-0

sendo, em geral, o termo preferido para condições que afetam


os

pessoas mais jovens, como o prejuízo secundário a lesão cerebral


nt
sa

traumática ou a infecção pelo HIV. A definição de TNC maior, além disso,


s
do

é mais ampla que o termo demência.” (DSM V)


es
m
go

Os transtornos neurocognitivos, embora tenham uma causa orgânica,


ra
sa

muitas vezes identificável (como Alzheimer, Parkinson, e outras), são


estudados pela psicopatologia (e não abordados somente pela
Neurologia) pois suas manifestações clínicas são predominantemente
mentais (incluindo cognição) e comportamentais. (Dalgalarrondo,
2019)

Transtornos neurocognitivos são classificados em dois grupos:

| 134
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Agudos, curta duração => o delirium


• Transtornos neurocognitivos de longa duração ou crônicos
=> como a demência (= transtorno neurocognitivo maior) e
o transtorno neurocognitivo leve. (Dalgalarrondo, 2019)

Maior= declínio

06
4:
significativo na função

:3
Transt. cognitiva; interfere na

19
independência e

1
Neurocognitivos

02
autonomia

/2
11
Maiores e Leves –

8/
Leve = declínio

-2
Transtornos longa duração,
cognitivo pequeno;

om
Neurocognitivos crônicos NÃO interfere na

l.c
ai
(DSM)
tm independência e
ho
autonomia
Delirium – agudo,
@
es

curta duração
m
go
ah
a.
-s
2
-1
84

DELIRIUM
.3
11
.4

“Critérios Diagnósticos:
90
-0

A. Perturbação da atenção (i.e., capacidade reduzida para


os

direcionar, focalizar, manter e mudar a atenção) e da


nt
sa

consciência (menor orientação para o ambiente).


s
do

B. A perturbação se desenvolve em um período breve de tempo


es

(normalmente de horas a poucos dias), representa uma mudança


m
go

da atenção e da consciência basais e tende a oscilar quanto à


ra
sa

gravidade ao longo de um dia.


C. Perturbação adicional na cognição (p. ex., déficit de memória,
desorientação, linguagem, capacidade visuoespacial ou
percepção).
D. As perturbações dos Critérios A e C não são mais bem explicadas
por outro transtorno neurocognitivo preexistente, estabelecido
ou em desenvolvimento e não ocorrem no contexto de um nível
gravemente diminuído de estimulação, como no coma.

| 135
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

E. Há evidências a partir da história, do exame físico ou de achados


laboratoriais de que a perturbação é uma consequência
fisiológica direta de outra condição médica, intoxicação ou
abstinência de substância (i.e., devido a uma droga de abuso ou
a um medicamento), de exposição a uma toxina ou de que ela se
deva a múltiplas etiologias.”

06
4:
:3
- As perturbações perceptivas que acompanham o delirium

19
1
incluem interpretações errôneas, ilusões ou alucinações; são

02
/2
perturbações comumente visuais, embora possam também

11
ocorrer em outras modalidades.

8/
-2
om
- A prevalência de delirium é muito alta entre idosos. (DSM V)

l.c
ai
tm
ho

- O quadro clínico do Delirium pode receber diferentes


@
es

denominações, como síndromes confusionais agudas, “paciente


m
go

confuso”. Mas o termo “delirium” é o mais adequado.


ah

- O delirium é uma das síndromes mais frequentes na prática


a.
-s

clínica diária, em hospitais gerais, lares de idoso e enfermarias.


2
-1

- O delirium ocorre, frequentemente, com alteração da atenção e


84
.3

do nível da consciência, desorientação e pensamento confuso.


11
.4
90

- Delirium é uma síndrome aguda (dura, em média, uma semana).


-0

Embora não comuns, pode haver quadros persistentes (semana a


os
nt

meses). (Dalgalarrondo, 2019)


sa
s
do
es

• DELIRIUM:
m
go
ra

- Pode ser causado tanto por distúrbios próprios do cérebro (infecções


sa

e inflamações do cérebro, neoplasia, acidente vascular...), bem como


por distúrbios de origem fora do cérebro (fígado, coração,rins…), mas
com envolvimento sistêmico e impacto sobre o cérebro. Ou seja,
sempre há alteração cerebral no delirium, direta ou indireta, funcional
e/ou estrutural.

- É muito comum haver inversão do ciclo sono-vigília.

| 136
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- A disfunção do tecido cerebral é potencialmente reversível, se a causa


for tratada com sucesso ou remitir espontaneamente.

- Manifestações clínicas podem variar de paciente para paciente e de um


episódio para outro.

06
4:
:3
- O rebaixamento do nível da consciência é verificado pela sonolência

19
1
evidente ou por sinais indiretos, como desorientação temporoespacial

02
/2
e alterações da atenção.

11
8/
-2
- É característico o pensamento ilógico, confuso e o discurso

om
desorganizado.

l.c
ai
tm
ho
@
es

- Alterações da sensopercepção dependem da alteração do nível de


m
go

consciência. Geralmente, ocorrem ilusões visuais e alucinações visuais


ah

e/ou táteis.
a.
-s
2
-1

- Existe flutuação do quadro ao longo do dia. Assim, o paciente pode


84
.3

estar bem pela manhã, mas parecer outra pessoa pela tarde.
11
.4
90

- Em geral, a ansiedade pode ser intensa. A labilidade afetiva também é


-0
os

frequente no delirium.
nt
sa
s
do

- Em relação à psicomotricidade, a agitação psicomotora é mais


es

frequente. Contudo, também podem ser observadas lentificação


m
go

motora, pouco movimento e hipersonolência.


ra
sa

• Subtipos de delirium:
- Hiperativo: aumento da atividade psicomotora. Ocorre tipicamente
no delirium tremens e em casos associados à intoxicação e abstinência
de substâncias.
- Hipoativo: Redução da atividade psicomotora. é a forma menos
comum.

| 137
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Misto: é a forma mais comum. A pessoa apresenta períodos de


atividade psicomotora hiperativa; já outros em que está
hipoativo. (Dalgalarrondo, 2019)

• Fatores predisponentes (fatores já estabelecidos que


aumentam o risco de delirium): Idade avançada, presença de

06
demência ou declínio cognitivo, história anterior de um ou vários

4:
:3
episódios de delirium, lesões cerebrais prévias, história de

19
1
dependência ou uso pesado prolongado de álcool ou outras

02
/2
Drogas, entre outros fatores.

11
Fatores precipitantes (desencadeiam o quadro atual): fatores

8/

-2
tóxicos (uso de psicofármacos e de drogas, abstinência de

om
substâncias...); Fatores metabólicos e traumáticos (hipoglicemia,

l.c
ai
anemia…). tm
ho

Outras condições importantes: estresses operatórios e pós-


@
es

operatórios; carências vitamínicas; situações como estar em


m
go

unidade de terapia intensiva, entre outras. (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s

Atenção! Delírio é diferente de Delirium!


2
-1
84
.3

Delirium: síndrome mental orgânica aguda; perturbação da atenção e


11
.4

da consciência, acompanhada de uma mudança na cognição basal.


90
-0
os

Delírio: envolve ideia delirante, há alteração no juízo de realidade.


nt
sa
s
do
es

Delirium:
m
go
ra
sa

| 138
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Início • agudo; em horas ou semanas

• quadro flutuante, dura cerca de uma


Curso semana (raramente mais que um mês)

06
4:
:3
19
Reversibilidade

1
• frequente o retorno à normalidade

02
/2
11
8/
-2
Nível de

om
• baixo; mas flutua ao longo do dia
consciência
l.c
ai
tm
ho
@
es
m
go
ah

Perturbação da
a.

atenção e da
-s

consciência
2
-1
84
.3

Flutuação do
Desorientação
11

quadro ao longo
tempo e espaço
.4

do dia
90
-0
os

Delirium
nt
sa
s
do

Pensamento
es

Ilógico, confuso,
m

Reversível
discurso
go

desorganizado
ra
sa

Inversão do
ciclo sono-
vigília

OUTRO DELIRIUM ESPECIFICADO

DELIRIUM NÃO ESPECIFICADO

| 139
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS MAIORES E LEVES

Os TNCs são comuns em idosos; assim, são concomitantes a uma


grande variedade de doenças relacionadas ao envelhecimento. (DSM V)

06
Tradicionalmente, a função cognitiva alterada nos transtornos

4:
:3
neurocognitivos maiores foi a memória. Entretanto, nos sistemas

19
diagnósticos atuais, para se diagnosticar demência, não se exige mais

1
02
que seja a memória o domínio cognitivo alterado. Contudo, em grande

/2
11
parte dos casos, a memória acaba estando alterada. (Dalgalarrondo,

8/
-2
2019)

om
l.c
ai
Transtorno Neurocognitivo Maior tm
ho
@

Declínio cognitivo importante a partir de nível anterior de


es
m

desempenho em um ou mais domínios cognitivos (atenção complexa,


go
ah

função executiva, aprendizagem e memória, linguagem, perceptomotor


a.
-s

ou cognição social), com base em:


2
-1
84

1. Preocupação do indivíduo, de um informante com


.3
11

conhecimento ou do clínico de que há declínio significativo na função


.4
90

cognitiva; e
-0
os
nt

2. Prejuízo substancial no desempenho cognitivo, de preferência


sa
s

documentado por teste neuropsicológico padronizado ou, em sua falta,


do

por outra investigação clínica quantificada.


es
m
go
ra

Os déficits cognitivos interferem na independência em


sa

atividades da vida diária (no mínimo, necessita de assistência em


atividades instrumentais complexas da vida diária, tais como
pagamento de contas ou controle medicamentoso).

Determinar o subtipo devido a:


• Doença de Alzheimer
• Degeneração lobar frontotemporal
• Doença com corpos de Lewy

| 140
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Doença vascular
• Lesão cerebral traumática
• Uso de substância/medicamento
• Infecção por HIV
• Doença do príon
• Doença de Parkinson

06
• Doença de Huntington

4:
:3
• Outra condição médica

19
1
• Múltiplas etiologias

02
/2
• Não especificado

11
8/
-2
• A demência NÃO é parte do envelhecimento normal

om
Demência afeta as pessoas nos seguintes domínios:

l.c

ai
funcionamento na vida, psiquiátrico, psicológico/
tm
ho

comportamental e físico.
@
es

• Intervenções NÃO farmacológicas geralmente são mais


m
go

apropriadas para se tratar de problemas comportamentais


ah

relacionados com a demência.


a.
-s

• Pessoas com demência podem captar e entender melhor do que


2
-1

podem expressar. (Dalgalarrondo, 2019)


84
.3
11
.4
90

Transtorno Neurocognitivo Leve


-0
os

Evidências de declínio cognitivo pequeno a partir de nível


nt
sa

anterior de desempenho em um ou mais domínios cognitivos (atenção


s
do

complexa, função executiva, aprendizagem e memória, linguagem,


es
m

perceptomotor ou cognição social) com base em:


go
ra
sa

1. Preocupação do indivíduo, de um informante com


conhecimento ou do clínico de que
ocorreu declínio na função cognitiva; e

2. Prejuízo pequeno no desempenho cognitivo, de preferência


documentado por teste neuropsicológico padronizado ou, em sua falta,
outra avaliação quantificada.

| 141
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Os déficits cognitivos NÃO interferem na capacidade de ser


independente nas atividades cotidianas (estão preservadas atividades
instrumentais complexas da vida diária, como pagar contas ou
controlar medicamentos, mas pode haver necessidade de mais esforço,
estratégias compensatórias ou acomodação).

06
Determinar o subtipo devido a:

4:
:3
• Doença de Alzheimer

19
1
• Degeneração lobar frontotemporal

02
/2
• Doença com corpos de Lewy

11
8/
• Doença vascular

-2
• Lesão cerebral traumática

om
l.c
• Uso de substância/medicamento
ai
• Infecção por HIV tm
ho

• Doença do príon
@
es

• Doença de Parkinson
m
go

• Doença de Huntington
ah

• Outra condição médica


a.
-s

• Múltiplas etiologias
2
-1

• Não especificado (DSM V)


84
.3
11
.4
90
-0

Transtorno - Déficits neurocognitivos NÃO podem interferir na capacidade de ser


os
nt

independente do sujeito ou nas suas atividades cotidianas;


sa

neurocognitivo leve - Prejuízo cognitivo de pouca gravidade.


s
do
es
m
go
ra

Transtorno
sa

- Empobrecimento e simplificação progressiva de todos os processos


psíquicos, cognitivos e afetivos;
neurocognitivo - O declínio cognitivo interfere significativamente na independência do

maior (demência) indivíduo em sua vida diária, em sua autonomia.

| 142
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Cuidado! Demência e Transtorno neurocognitivo maior, comumente,


aparecem como sinônimos. Mas... para o DSM V, A definição de TNC
maior é mais ampla que o termo demência.

- Conversão de transtorno cognitivo leve para transtorno


neurocognitivo maior = uma porcentagem maior de pacientes com

06
transtorno neurocognitivo leve (quando comparados a pessoas sem

4:
:3
esse transtorno), com o tempo, evolui para demência. (Dalgalarrondo,

19
1
2019)

02
/2
11
8/
A causa mais frequente de TNC, sobretudo maior, é a Doenças de

-2
Alzheimer

om
l.c
ai
tm
- Doença de Alzheimer = é uma condição de evolução lenta, gradual e
ho

constantemente progressiva, decorrente de processo


@
es

neurodegenerativo, que se manifesta por perdas cognitivas, em


m
go

particular da memória episódica (sobretudo para eventos


ah
a.

autobiográficos recentes) e da aprendizagem.


-s
2
-1

Também estão prejudicadas, sobremaneira a partir das fases


84
.3

intermediárias da doença, a linguagem, a capacidade visuoconstrutiva


11
.4

e perceptomotora, bem como funções executivas, com


90
-0

empobrecimento progressivo da vida mental e cognitiva nas atividades


os

diárias.
nt
sa
s
do

Outras causas frequentes de TNC, sobretudo maior: Doença


es

cerebrovascular; Doença com corpos de Levy e doença de Parkinson;


m
go

degeneração lobar frontotemporal; alcoolismo. (Dalgalarrondo, 2019)


ra
sa

• Fenômeno do pôr do sol = frequente em idosos com demência; em


geral, no fim da tarde e início da noite, indivíduo fica inquieto, ansioso,
irritado, desorientado e confuso.

• Delirium X Demência:

| 143
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Às vezes é difícil diferenciar, sobremaneira em idosos, o quadro


de Delirium e um quadro de demência. Em relação às diferenças, cabe
dizer que:
- O curso e a instalação das demências são comumente lentos, de
meses ou anos. O nível de consciência na demência é normal. Não há
reversibilidade na demência.

06
- No delirium, curso é mais rápido, horas a dias. O nível de

4:
:3
consciência no delirium é rebaixado. Há reversibilidade no delirium.

19
1
02
/2
- Delirium sobreposto à demência: As duas condições estão

11
presentes ao mesmo tempo; é uma condição frequente. (Dalgalarrondo,

8/
-2
2019)

om
l.c
ai
tm
ho
@
es
m
go
ah
a.
-s
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 144
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE

- Traços de personalidade = padrões persistentes de percepção,


de relacionamento e de pensamento sobre o ambiente e si mesmo que

06
4:
são exibidos em uma ampla gama de contextos sociais e pessoais.

:3
19
Os traços de personalidade constituem transtornos da

1
02
personalidade somente quando são inflexíveis e mal adaptativos e

/2
11
causam prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo significativos.

8/
-2
om
- Transtorno da personalidade = padrão persistente de

l.c
experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente
ai
tm
das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa
ho
@

na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do


es
m

tempo e leva a sofrimento ou prejuízo. (DSM V)


go
ah
a.

É frequente as pessoas apresentarem transtornos da personalidade de


-s
2

grupos diferentes concomitantemente. Por exemplo, não é incomum


-1
84

encontrar pessoas que preenchem critérios para Transtorno de


.3
11

Personalidade Borderline, como também para histriônica e


.4
90

dependente.
-0
os
nt

Perspectiva dimensional dos transtornos de personalidade: os


sa
s

transtornos da personalidade representam variantes mal adaptativas


do

de traços de personalidade que se fundem imperceptivelmente com a


es
m

normalidade e entre si. (DSM V)


go
ra
sa

Características que definem um transtorno da personalidade podem


não ser consideradas problemáticas pelo indivíduo (os traços são, com
frequência, egossintônicos).

Alguns tipos de transtornos da personalidade tendem a ficar menos


evidentes, ou mesmo desaparecer, com o envelhecimento: esse é o caso
dos transtornos de personalidade borderline e antissocial. Por outro

| 145
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

lado, isso não costuma ocorrer com transtornos de personalidade


obsessivo-compulsivo e esquizotípico. (DSM V)

No grupo B (Antissocial, Borderline, Histriônica e Narcisista) pode haver


certa atenuação com o envelhecimento, sobretudo em relação à
impulsividade e instabilidade. Já os transtornos dos grupos A e C

06
parecem revelar menor mudança com a idade, tendendo a ser mais

4:
:3
estáveis. (Dalgalarrondo, 2019)

19
1
02
/2
Para Dalgalarrondo (2019), os transtornos do Grupo B são os de maior

11
8/
repercussão para a prática clínica.

-2
om
l.c
O mais comum é que os transtornos de personalidade comecem na
ai
tm
adolescência e início da vida adulta. Contudo, é possível serem
ho

diagnosticado em sujeitos com menos de 18 anos, se presentes certos


@
es

requisitos. Essa informação, contudo, não vale para o Transtorno de


m
go

Personalidade Antissocial, que só pode ser diagnosticado após os 18


ah

anos.
a.
-s
2
-1

- Transtornos da personalidade diagnosticados com maior frequência


84
.3

em indivíduos do sexo masculino: transtorno da personalidade


11
.4

antissocial.
90
-0

- Transtornos da personalidade diagnosticados com maior frequência


os

em indivíduos do sexo feminino: transtornos da personalidade


nt
sa

borderline, histriônica e dependente. (DSM V)


s
do
es

Critérios Diagnósticos dos Transtornos de Personalidade:


m
go

“A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento


ra
sa

que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do


indivíduo. Esse padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes
áreas:
1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras
pessoas e eventos).
2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação da
resposta emocional).
3. Funcionamento interpessoal.

| 146
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Psicopatologia

4. Controle de impulsos.

B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de


situações pessoais e sociais.

C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e

06
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas

4:
:3
importantes da vida do indivíduo.

19
1
02
/2
B. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre

11
pelo menos a partir da adolescência ou do início da fase

8/
-2
adulta.

om
l.c
ai
E. O padrão persistente não é mais bem explicado como uma tm
ho

manifestação ou consequência de outro transtorno mental.


@
es
m
go

F. O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma


ah

substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra


a.
-s

condição médica (p. ex., traumatismo craniencefálico).” (DSM V)


2
-1
84
.3
11

Transtornos de Personalidade (DSM V)


.4
90
-0
os

GRUPO B GRUPO C (ANSIOSOS


nt

GRUPO A (ESQUISITOS (DRAMÁTICOS,


sa

OU EXCÊNTRICOS) OU MEDROSOS)
EMOTIVOS OU
s
do

- Paranoide ERRÁTICOS) - Evitativa


es

- Esquizoide - Antissocial - Dependente


m
go

- Esquizotípica - Borderline - Obsessivo-


ra

Compulsiva
sa

- Histriônica
- Narcisista

GRUPO A - esquisitos ou excêntricos:

| 147
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Psicopatologia

Transtorno da • Padrão de desconfiança e suspeita;


Personalidade motivações dos outros interpretadas
Paranoide como malévolas.

Transtorno de • Padrão de distanciamento das relações


Personalidade

06
sociais e uma faixa restrita de expressão

4:
Esquizoide emocional.

:3
19
1
02
Transtorno de

/2
• Padrão de desconforto agudo nas

11
Personalidade relações íntimas; distorções cognitivas

8/
-2
Esquizotípica ou perceptivas; excentricidade

om
l.c
ai
tm
GRUPO B - dramáticos, emotivos ou erráticos:
ho
@

Transtorno da
es
m

Personalidade •Padrão de desrespeito e violação dos direitos alheios.


go

Antissocial
ah
a.
-s

Transtorno de
2

•Padrão de instabilidade nas relação interpessoais, na


Personalidade
-1

autoimagem e nos afetos; impulsividade acentuada.


84

Borderline
.3
11
.4

Transtorno de
90

•Padrão de emocionalidade e busca de atenção em


Personalidade
-0

excesso.
Histriônica
os
nt
sa

Transtorno de
•Padrão de grandiosidade, necessidade de admiração
s

Personalidade
do

e falta de empatia.
Narcisista
es
m
go
ra

GRUPO C – ansiosos ou medrosos:


sa

| 148
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Transtorno da • Padrão de inibição social, sentimentos de


Personalidade inadequação e sensibilidade acentuada
Evitativa diante de avaliação negativa.

Transtorno de • Padrão de comportamento submisso e


Personalidade apegado; necessidade excessiva de ser

06
4:
Dependente cuidado.

:3
19
1
02
Transtorno de

/2
• Padrão de preocupação com ordem,

11
Personalidade

8/
perfeccionismo e controle.

-2
Obsessivo-Compulsiva

om
l.c
ai
tm
ho

- “Os transtornos da personalidade, embora de modo geral produzam


@
es

consequências muito penosas para o indivíduo, familiares e pessoas


m
go

próximas, NÃO são facilmente modificáveis por meio das experiências


ah

da vida”; (Dalgalarrondo, 2019)


a.
-s
2
-1

- São algumas das características que definem os Transtornos de


84
.3

Personalidade:
11
.4

• Geralmente, começam a surgir no fim da infância ou


90

adolescência e costumam estar claramente configurados


-0
os

no início do período adulto.


nt
sa

• O padrão anormal de comportamento, experiências


s
do

internas e respostas afetivas e volitivas é persistente e


es

consideravelmente estável;
m
go

• O padrão anormal de comportamento e experiências


ra

internas não se limita a uma relação pessoal ou a uma


sa

situação específica, envolvendo vários aspectos da vida e


da experiência do sujeito.
• O padrão comportamental é mal-adaptativo, produz
uma série de dificuldades para o indivíduo e/ou para as
pessoas que com ele convivem.

| 149
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Em geral, Transtornos de Personalidade contribuem para


pior desempenho ocupacional e social. (Dalgalarrondo,
2019)

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE PARANOIDE

06
“Critérios Diagnósticos:

4:
:3
19
1
A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo

02
/2
que suas motivações são interpretadas como malévolas, que surge no

11
8/
início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme

-2
indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:

om
1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado,

l.c
ai
maltratado ou enganado por outros. tm
ho

2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da


@
es

confiabilidade de amigos e sócios.


m
go

3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que as


ah

informações serão usadas maldosamente contra si.


a.
-s

4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em


2
-1

comentários ou eventos benignos.


84
.3

5. Guarda rancores de forma persistente (i.e., não perdoa insultos,


11
.4

injúrias ou desprezo).
90

6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos


-0
os

pelos outros e reage com raiva ou contra-ataca rapidamente.


nt
sa

7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do


s
do

cônjuge ou parceiro sexual.


es
m
go

D. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia,


ra

transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro


sa

transtorno psicótico e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de


outra condição médica.”

Outras características: são geralmente de difícil convivência e


apresentam frequentes problemas nos relacionamentos íntimos;
desconfiança e hostilidade excessivas; hipervigilantes em relação a
ameaças potenciais; natureza combativa e desconfiada.

| 150
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOIDE


“Critérios Diagnósticos:
A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma
faixa restrita de expressão de emoções em contextos interpessoais
que surgem no início da vida adulta e estão presentes em vários

06
contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:

4:
:3
1. Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de

19
1
uma família.

02
/2
2. Quase sempre opta por atividades solitárias.

11
3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais

8/
-2
com outra pessoa.

om
4. Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma.

l.c
ai
5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares
tm
ho

de primeiro grau.
@
es

6. Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros.


m
go

7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento


ah

afetivo*.
a.
-s
2
-1

B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia,


84
.3

transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro


11
.4

transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista e não é atribuível


90

aos efeitos psicológicos de outra condição médica” (DMS V)


-0
os
nt
sa

- Preferem tarefas mecânicas ou abstratas, como jogos matemáticos ou


s
do

de computador.
es
m
go

• Embotamento afetivo = perda profunda de todo tipo de vivência


ra

afetiva; o embotamento é observável, constatável por meio da mímica,


sa

da postura e da atitude. (Dalgalarrondo, 2019)

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA


“Critérios Diagnósticos:
Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por
desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos

| 151
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Psicopatologia

íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e


comportamento excêntrico, que surge no início da vida adulta e está
presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais)
dos seguintes:
1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência).
2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o

06
comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais (p.

4:
:3
ex., superstições, crença em clarividência, telepatia ou “sexto sentido”;

19
1
em crianças e adolescentes, fantasias ou preocupações bizarras).

02
/2
3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais.

11
4. Pensamento e discurso estranhos (p. ex., vago, circunstancial,

8/
-2
metafórico, excessivamente elaborado ou estereotipado).

om
5. Desconfiança ou ideação paranoide.

l.c
ai
6. Afeto inadequado ou constrito. tm
ho

7. Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar.


@
es

8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam parentes


m
go

de primeiro grau.
ah

9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que


a.
-s

tende a estar associada mais a temores paranoides do que a


2
-1

julgamentos negativos sobre si mesmo.


84
.3
11
.4

C. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia,


90

transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro


-0
os

transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista.” (DSM V)


nt
sa
s
do

- Podem achar que têm poderes especiais para sentir os eventos antes
es

que ocorram ou para ler os pensamentos alheios. (DSM V)


m
go
ra

Atenção! O transtorno da personalidade esquizotípica também é


sa

considerado dentro do espectro da esquizofrenia.

- O transtorno da personalidade esquizotípica pode ser distinguido de


outros transtornos da Personalidade pela presença de distorções
cognitivas e perceptivas.

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL

| 152
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Psicopatologia

“Critérios Diagnósticos:
A. Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das
outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme
indicado por três (ou mais) dos seguintes:
1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos
legais, conforme indicado pela repetição de atos que constituem

06
motivos de detenção.

4:
:3
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso

19
1
de nomes falsos ou de trapaça para ganho ou prazer pessoal.

02
/2
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.

11
4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas

8/
-2
corporais ou agressões físicas.

om
5. Descaso pela segurança de si ou de outros.

l.c
ai
6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida
tm
ho

em manter uma conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações


@
es

financeiras.
m
go

7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou


ah

racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado outras


a.
-s

pessoas.
2
-1
84
.3

B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.


11
.4
90

C. Há evidências de transtorno da conduta* com surgimento anterior


-0
os

aos 15 anos de idade.


nt
sa
s
do

D. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá


es

exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou transtorno


m
go

bipolar.”
ra
sa

Transtorno da conduta*: padrão repetitivo e persistente de


comportamento no qual os direitos básicos dos outros ou as principais
normas ou regras sociais apropriadas à idade são violados. Os
comportamentos específicos característicos do transtorno da
conduta encaixam-se em uma de quatro categorias: agressão a pessoas
e animais, destruição de propriedade, fraude ou roubo ou grave
violação a regras.

| 153
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Falsidade e manipulação são aspectos centrais


do transtorno da personalidade antissocial. Desse modo, pode ser
especialmente útil integrar informações adquiridas por meio de
avaliações clínicas sistemáticas e informações coletadas de outras
fontes colaterais. (DSM V)

06
4:
:3
- Falta de empatia, autoapreciação inflada e charme superficial são

19
1
aspectos comumente característicos do transtorno.

02
/2
11
- Esse padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros

8/
-2
também já foi referido como psicopatia, sociopatia ou transtorno da

om
personalidade dissocial. (DSM V)

l.c
ai
tm
ho

Outras características:
@
es

- Propensão marcante para culpar os outros ou para oferecer


m
go

racionalizações plausíveis para o comportamento que gerou seu


ah

conflito com a sociedade;


a.
-s

- Crueldade e sadismo;
2
-1

- Indiferença e insensibilidade aos sentimentos alheios. (Dalgalarrondo,


84
.3

2019)
11
.4
90
-0

Em Gabbard, no livro “Psiquiatria psicodinâmica na prática


os

clínica”, são colocados princípios básicos de técnica para tratamento de


nt
sa

pessoas com Transtorno de Personalidade Antissocial:


s
do
es

1. “O terapeuta deve ser estável, persistente e completamente


m
go

incorruptível. (...)
ra
sa

2. O terapeuta deve confrontar repetidamente a negação e a


minimização do paciente em relação a seu comportamento antissocial.
A negação generalizada chega a se infiltrar na escolha de palavras feita
pelo paciente antissocial. Se o paciente diz: “Passei esse cara pra trás”,
o terapeuta precisa deixar claro: “Então, você é um ladrão”. Se o
paciente diz: “Eliminei esse cara”, o terapeuta pode confrontar o
paciente ao responder: “Então, você é um assassino”. Essa técnica de

| 154
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

confrontação repetida possibilita que o terapeuta ajude esses pacientes


a se tornarem conscientes de sua tendência a projetar todas as
responsabilidades, e eles podem, portanto, começar a reconhecer e
aceitar a responsabilidade por seu comportamento antissocial.

3. O terapeuta deve ajudar o paciente a conectar ações com estados

06
internos. (...)

4:
:3
19
1
4. Confrontações de comportamentos aqui e agora são mais efetivas do

02
/2
que interpretações de materiais inconscientes do passado. (...)

11
8/
-2
5. A contratransferência deve ser rigorosamente monitorada para evitar

om
a atuação por parte do terapeuta. (...)

l.c
ai
tm
ho

6. O terapeuta deve evitar ter expectativas excessivas de melhora. (...)


@
es
m
go

7. Condições tratáveis, como ansiedade e depressão, devem ser


ah

identificadas e tratadas.
a.
-s
2
-1

8. A mentalização e a empatia no paciente devem ser promovidas. Esse


84
.3

grupo de pacientes foi motivado por autointeresse ao longo da vida e,


11
.4

muitas vezes, não param e pensam em qual será o impacto final sobre
90

os outros daquilo que dizem e fazem. (...)


-0
os
nt
sa

9. O terapeuta deve estar alerta para complicações legais no


s
do

tratamento. Poucos pacientes antissociais buscam tratamento por si


es

próprios. (...)”
m
go
ra

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE


sa

“Critérios Diagnósticos:
Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da
autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no
início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme
indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:

| 155
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Psicopatologia

1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado.


(Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação
coberto pelo Critério 5.)
2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos
caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e
desvalorização.

06
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da

4:
:3
autoimagem ou da percepção de si mesmo.

19
1
4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente

02
/2
autodestrutivas (p. ex., gastos, sexo, abuso de substância, direção

11
irresponsável, compulsão alimentar). (Nota: Não incluir

8/
-2
comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.)

om
5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de

l.c
ai
comportamento automutilante. tm
ho

6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor


@
es

(p. ex., disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com


m
go

duração geralmente de poucas horas e apenas raramente de mais de


ah

alguns dias).
a.
-s

7. Sentimentos crônicos de vazio.


2
-1

8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (p. ex.,


84
.3

mostras frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas


11
.4

recorrentes).
90

9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas


-0
os

dissociativos intensos.”
nt
sa
s
do

- Indivíduos com transtorno da personalidade borderline podem ter um


es

padrão de sabotagem pessoal no momento em que uma meta está para


m
go

ser atingida (p. ex., abandono da escola logo antes da formatura);


ra
sa

- Pode ocorrer morte prematura por suicídio em indivíduos com o


transtorno, especialmente naqueles em que há ocorrência simultânea
de transtornos depressivos ou transtornos por uso de substância.

- Perdas de emprego recorrentes, interrupção da educação e separação


ou divórcio são comuns. (DSM V)

| 156
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Podem estar presentes ideias de perseguição, de que está sendo traído


(a), perseguido (a), ameaçado (a).

- É um dos Transtornos de Personalidade mais frequentes na população


em geral, sendo o mais frequente e importante em populações clínicas,
em serviços de saúde mental.

06
4:
:3
- A grande maioria irá apresentar outro transtorno mental ao longo da

19
1
vida (como transtorno do humor e/ou por uso de álcool e outras

02
/2
substâncias).

11
8/
-2
- Fatores causais incluem: ocorrência, na infância, de traumas

om
l.c
emocionais; negligência; abuso físico e/ou sexual; problema graves em
ai
tm
termos de má ou não responsividade emocional de figuras adultas de
ho

ligação, além de componente genético.


@
es
m
go

- Cerca de 25 a 30% apresentam alucinações, principalmente auditivas.


ah

As alucinações tendem a ser transitórias, desencadeadas por estresse e


a.
-s

causam muito desconforto. (Dalgalarrondo, 2019)


2
-1
84
.3
11
.4

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA


90
-0

“Critérios Diagnósticos:
os

Um padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção em excesso


nt
sa

que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos,


s
do

conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:


es

1. Desconforto em situações em que não é o centro das atenções.


m
go

2. A interação com os outros é frequentemente caracterizada por


ra
sa

comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo.


3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções.
4. Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si.
5. Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista e
carente de detalhes.
6. Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada
das emoções.

| 157
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

7. É sugestionável (i.e., facilmente influenciado pelos outros ou pelas


circunstâncias).
8. Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são.”

- Normalmente cheios de vida e dramáticos, tendem a atrair atenção


para si mesmos e podem inicialmente fazer novas amizades

06
por seu entusiasmo, abertura aparente ou sedução. Essas qualidades se

4:
:3
extinguem, todavia, à medida que esses indivíduos demandam

19
1
continuadamente ser o centro das atenções.

02
/2
11
- Dedicam muito tempo, energia e dinheiro a

8/
-2
roupas e embelezamento.

om
l.c
ai
- Diferenças entre TP Histriônica e TP Narcisista: ambos buscam
tm
ho

obstinadamente a atenção dos outros, mas...


@
es

• TP Narcisista: geralmente querem elogios por sua


m
go

"superioridade”;
ah

• TP histriônica: desejam ser vistas como frágeis ou


a.
-s

dependentes caso isso sirva para a obtenção de atenção.


2
-1

(DSM V)
84
.3
11
.4

- Pode ser notada certa infantilidade, ou seja, tendência a apresentar


90
-0

reações infantis, regredidas, com pouca tolerância à frustração.


os

(Dalgalarrondo, 2019)
nt
sa
s
do

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA


es
m
go

“Critérios Diagnósticos:
ra

Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento),


sa

necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da


vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por
cinco (ou mais) dos seguintes:
1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância (p. ex., exagera
conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que
tenha as conquistas correspondentes).
2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho,
beleza ou amor ideal.

| 158
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido


por, ou associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com
condição elevada.
4. Demanda admiração excessiva.
5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas
irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam

06
automaticamente de acordo com as próprias expectativas).

4:
:3
6. É explorador em relações interpessoais (i.e., tira vantagem de outros

19
1
para atingir os próprios fins).

02
/2
7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os

11
sentimentos e as necessidades dos outros.

8/
-2
8. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita que os

om
outros o invejam.

l.c
ai
9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.”
tm
ho
@
es

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA


m
go

“Critérios Diagnósticos:
ah

Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e


a.
-s

hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida


2
-1

adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por


84
.3

quatro (ou mais) dos seguintes:


11
.4

1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal


90

significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição.


-0
os

2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza


nt
sa

de que será recebido de forma positiva.


s
do

3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de


es

passar vergonha ou de ser ridicularizado.


m
go

4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.


ra

5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos


sa

de inadequação.
6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou
inferior aos outros.
7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver
em quaisquer novas atividades, pois estas podem ser
constrangedoras.”

| 159
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- São descritos pelas outras pessoas como "envergonhados", "tímidos",


"solitários" e "isolados".

- Tal como o transtorno da personalidade evitativa, os transtornos da


personalidade esquizoide e esquizotípica caracterizam-se por
isolamento social. Contudo, os indivíduos com transtorno da

06
personalidade evitativa desejam ter relacionamentos com outras

4:
:3
pessoas e sentem sua solidão de forma profunda, ao passo que aqueles

19
1
com os transtornos da personalidade esquizoide ou esquizotípica

02
/2
podem ficar satisfeitos e até preferir o isolamento social. (DSM V)

11
8/
-2
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE

om
“Critérios Diagnósticos:

l.c
ai
Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a tm
ho

comportamento de submissão e apego que surge no início da vida


@
es

adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por


m

cinco (ou mais) dos seguintes:


go
ah

1. Tem dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade


a.
-s

excessiva de conselhos e reasseguramento de outros.


2
-1

2. Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das


84
.3

principais áreas de sua vida.


11

3. Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros devido a


.4
90

medo de perder apoio ou aprovação. (Nota: Não incluir os medos reais


-0
os

de retaliação.)
nt

4. Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta


sa
s

própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu julgamento ou em


do
es

suas capacidades do que a falta de motivação ou energia).


m
go

5. Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de


ra

voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.


sa

6. Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a


temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.
7. Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e
amparo logo após o término de um relacionamento íntimo.
8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria
sorte.”

| 160
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Os comportamentos de dependência e submissão formam-se com o


intuito de conseguir cuidado e derivam de uma autopercepção de não
ser capaz de funcionar adequadamente sem a ajuda de outros.

- O transtorno da personalidade dependente pode ocorrer em um


indivíduo que tenha uma condição ou incapacidade médica grave, mas

06
nesses casos a dificuldade em assumir responsabilidade precisa ir além

4:
:3
daquilo que estaria normalmente associado a essa condição ou

19
1
incapacidade.

02
/2
11
- Indivíduos com transtorno da personalidade dependente com

8/
-2
frequência são caracterizados por pessimismo e autoquestionamentos,

om
tendem a subestimar suas capacidades e seus aspectos positivos e

l.c
ai
podem constantemente referir a si mesmos como "estúpidos". Encaram
tm
ho

críticas e desaprovação como prova de sua desvalia e perdem a fé em si


@
es

mesmos. Podem buscar superproteção e dominação por parte dos


m
go

outros. (DSM V)
ah
a.
-s

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA


2
-1

“Critérios Diagnósticos:
84
.3

Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e


11
.4

controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e


90

eficiência que surge no início da vida adulta e está presente em vários


-0
os

contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:


nt
sa

1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou


s
do

horários a ponto de o objetivo principal da atividade ser perdido.


es

2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (p.


m
go

ex., não consegue completar um projeto porque seus padrões próprios


ra

demasiadamente rígidos não são atingidos).


sa

3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em


detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por uma
óbvia necessidade financeira).
4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a
assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por
identificação cultural ou religiosa).
5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo quando
não têm valor sentimental.

| 161
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos


que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas.
7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a outros; o
dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras catástrofes.
8. Exibe rigidez e teimosia.”

06
Diagnóstico Diferencial: Transtorno da personalidade obsessivo-

4:
:3
compulsiva e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC X TPOC):

19
1
O TPOC não é caracterizado por pensamentos intrusivos, imagens

02
/2
ou impulsos ou por comportamentos repetitivos que são executados

11
8/
em resposta a essas intrusões; em vez disso, ele envolve um padrão mal-

-2
adaptativo duradouro e disseminado de perfeccionismo excessivo e

om
l.c
controle rígido. Assim, no TOC há a presença de obsessões e
ai
compulsões verdadeiras. tm
ho

Se um indivíduo manifesta sintomas de TOC e TPOC, ambos os


@
es

diagnósticos podem ser dados.


m
go
ah
a.

- TPOC: padrão de Personalidade caracterizado pela rigidez e controle,


-s

bem como pela dificuldade de relaxar e ter prazer na vida.


2
-1
84
.3

Mudança de Personalidade Devido a Outra Condição Médica


11
.4
90
-0

Outro Transtorno da Personalidade Especificado


os
nt

Transtorno da Personalidade Não Especificado


sa
s
do

GRUPO A GRUPO B GRUPO C


es
m

ESQUIZOIDE BORDERLINE/EMOCIONALMENTE ANANCÁSTICO OU


go
ra

Indiferença; sem relações INSTÁVEL OBSESSIVO


sa

íntimas; esquisito, vive no Relações pessoais instáveis; atos Rígido, metódico,


seu próprio mundo, não se autolesivos; humor instável; minucioso; não tolera
emociona; solitário. impulsivo e explosivo; graves variações;
problemas de identidade; perfeccionista; segue
sentimentos intensos de vazio. rigorosamente as
regras; controlador
PARANOIDE ANTISSOCIAL (DISSOCIAL) DEPENDENTE

| 162
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Desconfiança; sensível às Frio, insensível; sem compaixão; Necessita muito


críticas; rancoroso, agressivo, cruel; não sente culpa agradar; desamparado
arrogante; culpa os outros; ou remorso; irresponsável, quando sozinho; sem
reivindicativo; sente-se inconsequente; mente iniciativa; sem
prejudicado nas relações. recorrentemente; aproveita-se autonomia pessoal
das pessoas.

06
4:
:3
ESQUIZOTÍPICO HISTRIÔNICO EVITATIVO

19
1
Ideias e crenças estranhas e Visa ser o centro das atenções; Evita, ao máximo,

02
/2
de autorreferência; dramatiza, é teatral; sugestionável interações sociais;

11
8/
desconforto nas relações e superficial; manipulador; sentimentos constantes

-2
interpessoais; pensamento discurso vago e impressionista; de inadequação; muita

om
vago e excessivamente erotiza situações não comumente sensibilidade à

l.c
ai
metafórico; aparência física erotizáveis. tm avaliação negativa.
ho

excêntrica.
@
es

NARCISISTA
m
go

Necessidade de admiração; sente-


ah

se superior e melhor que os


a.
-s

outros; grandiosidade.
2
-1

(Dalgalarrondo, 2019)
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 163
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TRANSTORNOS PARAFÍLICOS

Parafilia = representa qualquer interesse sexual intenso e persistente


que não aquele voltado para a estimulação genital ou para carícias
preliminares com parceiros humanos que consentem e apresentam
fenótipo normal e maturidade física (DSM V)

06
4:
:3
Um transtorno parafílico é uma parafilia que está causando sofrimento

19
1
ou prejuízo ao indivíduo ou uma parafilia cuja satisfação implica dano

02
/2
ou risco de dano pessoal a outros.

11
8/
-2
Assim, uma parafilia é condição necessária, mas não suficiente, para

om
l.c
que se tenha um transtorno parafílico. (DSM V)
ai
tm
ho

Algumas parafilias envolvem principalmente as atividades eróticas do


@
es

indivíduo; outras têm a ver sobretudo com seus alvos eróticos.


m
go
ah

Exemplos de parafilias que envolvem principalmente as atividades


a.
-s

eróticas: interesses intensos e persistentes em espancar, chicotear,


2
-1

cortar, amarrar ou estrangular outra pessoa, ou um interesse por essas


84
.3

atividades que seja igual ou maior do que o interesse do indivíduo em


11
.4

copular ou em interagir de forma equivalente com outra pessoa.


90
-0
os

Exemplos de parafilias que envolvem alvos eróticos: interesse sexual


nt
sa

intenso ou preferencial por crianças, cadáveres ou amputados, bem


s
do

como interesse intenso ou preferencial por animais, como cavalos ou


es

cães, ou por objetos inanimados, como sapatos.


m
go
ra
sa

Para cada transtorno parafílico listado, o Critério A especifica a natureza


qualitativa da parafilia (p. ex., foco erótico em crianças ou em expor a
genitália a estranhos), e o Critério B especifica suas consequências
negativas (como sofrimento, prejuízo ou dano a outros). Para manter a
distinção entre parafilias e transtornos parafílicos, o termo diagnóstico
deve ser reservado a indivíduos que atendam aos Critérios A e B. Se um
indivíduo atende ao Critério A, mas não ao Critério B, para determinada

| 164
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

parafilia, pode-se dizer, então, que ele tem aquela parafilia, mas não um
transtorno parafílico. (DSM V)

- Transtorno exibicionista: compulsão e pelo prazer em mostrar os


genitais (quase sempre homens) a uma pessoa que não espera o fato,
que geralmente está desprevenida e sente essa exposição como

06
marcante violência. (Dalgalarrondo, 2019)

4:
:3
19
1
- Transtorno voyeurista: compulsão em observar uma pessoa

02
/2
(normalmente mulher) se despindo ou tendo relações sexuais, que

11
ignora estar sendo observada. (Dalgalarrondo, 2019)

8/
-2
om
- Transtorno frotteurista: excitação sexual intensa e recorrente que

l.c
ai
resulta de tocar ou se esfregar em pessoas que não consentiram tais
tm
ho

atos. Para o diagnóstico, é necessário que o indivíduo tenha praticado


@
es

tais atos, ou que essas fantasias e impulsos não realizados tragam


m
go

sofrimento importantes. (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s

- Transtorno do masoquismo sexual: prazer e excitação sexual ao ser


2
-1

subjugado, humilhado, torturado ou ameaçado pelo parceiro.


84
.3

(Dalgalarrondo, 2019)
11
.4
90

- Transtorno do sadismo sexual: prazer e excitação ligados ao ato de


-0
os

produzir, na realidade ou na fantasia, dor e/ou humilhação no parceiro


nt
sa

ou abusar dele e subjugá-lo. (Dalgalarrondo, 2019)


s
do
es

- Transtorno pedofílico: dentre todas as parafilias, uma das mais


m
go

perturbadoras do ponto de vista do sofrimento humano implicado.


ra

Caracteriza-se por fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais


sa

ou comportamentos intensos e recorrentes que envolvem práticas


sexuais com crianças ou crianças pré-púberes.
Para o diagnóstico, é necessário que o indivíduo tenha praticado
tais atos, ou que essas fantasias e impulsos tragam sofrimento
importantes ou dificuldades interpessoais significativas.
Pelo DSM V, o indivíduo com o transtorno deve ter pelo menos 16
anos de idade e que seja pelo menos 5 anos mais velho que a criança
envolvida. (Dalgalarrondo, 2019)

| 165
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Transtorno fetichista: obtenção de prazer e excitação pelo uso


particular de roupas, adornos ou objetos. Geralmente, o indivíduo
utiliza, na masturbação ou no ato sexual, objetos relacionados ao corpo,
como sapatos, meias, lingerie, luvas, etc., masturbando-se ao contato
de tais objetos.

06
Para diagnóstico, fantasias, comportamentos e impulsos devem

4:
:3
causar sofrimento significativo ou prejuízo importante no

19
1
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes para

02
/2
a pessoa. (Dalgalarrondo, 2019)

11
8/
-2
- Transtorno transvéstico: Excitação sexual recorrente e intensa que o

om
sujeito obtém em vestir-se como o sexo oposto.

l.c
ai
Para diagnóstico, fantasias, comportamentos e impulsos devem
tm
ho

causar sofrimento significativo ou prejuízo importante no


@
es

funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes para


m
go

a pessoa. (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s
2
-1

Resumindo
84
.3
11
.4

-> PREFERÊNCIAS POR ATIVIDADES ANORMAIS:


90
-0
os

Transtornos do namoro:
nt

- Transtorno voyeurista (espiar outras pessoas em atividades privadas)


sa
s

- Transtorno exibicionista (expor os genitais)


do
es

- Transtorno frotteurista (tocar ou esfregar-se em indivíduo que não


m
go

consentiu)
ra
sa

Transtornos da algolagnia:
- Transtorno do masoquismo sexual (passar por humilhação, submissão
ou sofrimento)
- Transtorno do sadismo sexual (infligir humilhação, submissão ou
sofrimento)

->PREFERÊNCIAS POR ALVO ANÔMALO:

| 166
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Transtorno pedofílico (foco sexual em crianças)


- Transtorno fetichista (usar objetos inanimados ou ter um foco
altamente específico em partes não genitais do corpo)
- Transtorno transvéstico (vestir roupas do sexo oposto visando
excitação sexual). (DSM V)

06
4:
:3
19
TRANSTORNOS PARAFÍLICOS

1
02
/2
11
8/
-2
Preferências por atividades anormais Preferências por alvo anômalo

om
l.c
ai
tm
ho
@

TRANSTORNOS DO TRANSTORNOS DA
es

Transtorno pedofílico
ALGOLAGNIA: Transtorno
m

NAMORO: Transtorno
Transtorno fetichista
go

voyeurista;Transtorno do masoquismo;
ah

exibicionista; Transtorno Transtorno do sadismo Transtorno transvéstico


a.

frotteurista sexual
-s
2
-1
84
.3

Hipersexualidade: Impulsos e comportamentos sexuais


11
.4

excessivos, que causam sofrimento importante, tanto em homens como


90
-0

em mulheres. Para ser considerada patológica, deve ser disfuncional e


os

causar sofrimento significativo. O termo satiríase é usado para


nt
sa

hipersexualidade em homens, já o termo ninfomania, para


s
do

hipersexualidade em mulheres.
es

A hipersexualidade pode ser sintoma de outra condição ou pode


m
go

ser um transtorno primário. Como sintoma de outra condição, o mais


ra
sa

frequente é a hipersexualidade associada a desinibição nos quadros de


mania aguda.
Crianças que sofrem abuso sexual podem apresentar
comportamento hipersexualizado em períodos após o abuso.
(Dalgalarrondo, 2019)

| 167
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

PSICOPATOLOGIA E SEMIOLOGIA DOS


TRANSTORNOS MENTAIS

ASPECTOS GERAIS DA PSICOPATOLOGIA

06
• Semiologia => ciência dos signos

4:
:3
19
Três campos no interior da Semiologia:

1
02
- Semântica: estudo das relações entre os signos e os objetos a que se

/2
11
referem;

8/
-2
- Sintaxe: regras e as leis que regem as relações entre os vários signos;

om
- Pragmática: se ocupa das relações entre os signos e os usuários, os sujeitos

l.c
que os utilizam concretamente. (Dalgalarrondo, 2019)
ai
tm
ho

• Semiologia psicopatológica => estuda os signos dos transtornos mentais,


@
es

ou seja, seus sinais e sintomas. (Dalgalarrondo, 2019)


m
go
ah

• Os signos de maior interesse na psicopatologia são os sinais


a.

comportamentais objetivos (verificáveis por meio da observação do paciente) e os


-s

sintomas (vivências subjetivas relatadas pelo sujeito). (Dalgalarrondo, 2019)


2
-1
84
.3

Atenção!
11
.4
90

Sinais comportamentais = verificáveis por meio da observação do paciente;


-0

Sintomas = vivências subjetivas relatadas pelo sujeito. (Dalgalarrondo, 2019)


os
nt
sa

Uma outra classificação, entende sinal e sintoma como:


s
do

- Sintomas subjetivos = percebidos apenas pelo paciente;


es

- Sintomas objetivos = observados pelo examinador;


m
go

- Sinais = dados elementares das doenças que são provocados (ativamente


ra

evocados) pelo examinador. (Dalgalarrondo, 2019)


sa

• Constituição dos Signos:


Significante = suporte material; veículo do signo.
+
Significado = o que é designado e está ausente; conteúdo do veículo.

| 168
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

06
• Há 3 tipos de signos:

4:
:3
➢ Ícone: tipo de signo no qual o elemento significante evoca imediatamente o

19
significado; significante aparece como fotografia do significado; Exemplo: o

1
02
desenho esquemático no papel de uma casa pode ser considerado um ícone do

/2
11
objeto casa.

8/
-2
om
➢ Indicador/índice: relação entre o significante e o significado é de

l.c
contiguidade; por exemplo: nuvem indica chuva;
ai
tm
ho

➢ Símbolo: relação arbitrária entre significante e significado; a aparência é


@

diferente, nem há relação de contiguidade entre significante e significado. Por


es
m

exemplo, entre o conjunto de letras agrupadas “C-A-S-A” e o objeto “casa” não


go

existe qualquer semelhança (visual ou de qualquer outro tipo), o que constitui


ah
a.

uma relação totalmente convencional; (Dalgalarrondo, 2019)


-s
2
-1
84
.3
11
.4

Signos
90
-0
os
nt
sa
s

TIPOS DE SIGNOS:
do

CONSTITUIÇÃO DOS
es

SIGNOS: - Ícone
m

significante + -Indicador/índice
go

significado
ra

-Símbolo
sa

• “Os sintomas médicos e psicopatológicos têm, como signos, uma dimensão


dupla. Eles são tanto um índice (indicador) como um símbolo.

O sintoma como índice sugere uma disfunção que está em outro ponto do
organismo ou do aparelho psíquico; porém, aqui a relação do sintoma com a
disfunção de base é, em certo sentido, de contiguidade. A febre pode corresponder a
uma infecção que induz os leucócitos a liberarem certas citocinas que, por sua ação

| 169
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

no hipotálamo, produzem o aumento da temperatura. Assim, o sintoma febre tem


determinada relação de contiguidade com o processo infeccioso de base.
Além de tal dimensão de indicador, os sintomas psicopatológicos, ao serem
nomeados pelo paciente, por seu meio cultural ou pelo médico, passam a ser
“símbolos linguísticos” no interior de uma linguagem.
No momento em que recebe um nome, o sintoma adquire o status de
símbolo, de signo linguístico arbitrário, que só pode ser compreendido dentro de um

06
sistema simbólico dado, em determinado universo cultural.” (Dalgalarrondo, 2019)

4:
:3
19
“A semiologia psicopatológica, portanto, cuida especificamente do estudo

1
02
dos sinais e sintomas produzidos pelos transtornos mentais, signos que sempre

/2
11
contêm essa dupla dimensão.” (Dalgalarrondo, 2019)

8/
-2
om
• Divisão da semiologia (médica e psicopatológica):

l.c
- Semiotécnica: técnicas e procedimentos de observação e coleta de sinais e

ai
sintomas, além da descrição de tais sintomas. No caso dos transtornos
tm
ho
mentais, concentra-se na entrevista com o paciente, seus familiares e
@

demais pessoas.
es
m

- Semiogênese: investigação da origem, dos mecanismos de produção, do


go

significado e do valor diagnóstico e clínico dos sinais e sintomas.


ah
a.

(Dalgalarrondo, 2019)
-s
2
-1

• Síndromes = entendidas como agrupamentos relativamente constantes e


84
.3

estáveis de determinados sinais e sintomas. Definição descritiva de um conjunto de


11

sinais e sintomas momentâneos e recorrentes.


.4
90

Entidades Nosológicas = doenças ou transtornos específicos; podem se


-0

identificar (ou ao menos presumir com certa consistência) certas causas ou fatores
os

causais (etiologia), um curso relativamente homogêneo, estados terminais típicos.


nt
sa

Em Psicopatologia e Psiquiatria, muitas vezes, o diagnóstico preciso de


s
do

entidades nosológicas, doenças ou transtornos específicos é difícil ou incerto.


es

(Dalgalarrondo, 2019)
m
go
ra

• PSICOPATOLOGIA = conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento


sa

mental do ser humano. A psicopatologia se beneficiou da neurologia, da psicologia


e da filosofia. Mas não é sinônimo, nem um prolongamento, de nenhum desses
campos. É, portanto, uma ciência autônoma. (Dalgalarrondo, 2019)

Aspectos básicos dos sintomas psicopatológicos:

- Forma do sintoma = mais geral e universal; sua estrutura básica,


relativamente semelhante nos diversos pacientes; ligada à estrutura do sintoma

| 170
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

(por exemplo: o delírio, a ideia obsessiva); relaciona-se à patogênese (forma como


os diferentes sintomas em psicopatologia se formam e se estruturam).

- Conteúdo do sintoma = aquilo que preenche o sintoma (por exemplo: o


conteúdo de perseguição, culpa, ou grandeza, presente no delírio). Caráter mais
pessoal; temas e histórias que preenchem as manifestações dependendo da história
de vida do paciente e de sua cultura; relaciona-se à patoplastia. (Dalgalarrondo,

06
2019)

4:
:3
19
• 3 tipos de fenômenos humanos para a psicopatologia:

1
02
- Fenômenos semelhantes em todas, ou quase todas, as pessoas: plano

/2
11
daquilo que é o normal. Exemplo: sentir fome, sono, medo de um animal

8/
perigoso.

-2
- Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes: fenômenos

om
l.c
que o ser humano comum experimenta, mas apenas em parte são

ai
semelhantes aos que a pessoa com transtorno mental vivencia. Por
tm
ho
exemplo, todo indivíduo comum pode sentir tristeza; mas a alteração
@

profunda, que um paciente com depressão psicótica experimenta é apenas


es
m

parcialmente semelhante à tristeza normal.


go

- Fenômenos qualitativamente novos, distintos das vivencias normais.


ah
a.

Praticamente próprios a certas doenças, transtornos e estados mentais.


-s

Exemplo: alucinações, delírios. (Dalgalarrondo, 2019)


2
-1
84

Principais campos e tipos de Psicopatologia


.3
11
.4
90

- Na Psicopatologia, há uma multiplicidade de abordagens e referenciais teóricos


-0

(Dalgalarrondo, 2019)
os
nt
sa

- PRINCIPAIS CORRENTES DA PSICOPATOLOGIA:


s
do
es

• PSICOPATOLOGIA DESCRITIVA X PSICOPATOLOGIA DINÂMICA


m
go
ra

- Psicopatologia descritiva: diagnóstica e objetiva; interessa a forma das


sa

alterações psíquicas, a estrutura dos sintomas.

- Psicopatologia dinâmica: pessoal e subjetiva; interessa o conteúdo da


vivência, sua experiência particular, pessoal.

“A boa prática em saúde mental implica a combinação hábil e


equilibrada de uma abordagem descritiva, diagnóstica e objetiva e uma
abordagem dinâmica, pessoal e subjetiva do paciente e de sua doença.”
(Dalgalarrondo, 2019)

| 171
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• PSICOPATOLOGIA MÉDICA X PSICOPATOLOGIA EXISTENCIAL

- Psicopatologia médica: paciente como ser natural e biológico;


adoecimento mental como um mau funcionamento do cérebro.

- Psicopatologia existencial: paciente como humano e histórico; transtorno

06
mental como um modo particular de existência. (Dalgalarrondo, 2019)

4:
:3
19
• PSICOPATOLOGIA COMPORTAMENTAL E COGNITIVISTA X

1
02
PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA

/2
11
8/
-2
- Psicopatologia comportamental e cognitivista: na visão comportamental,

om
o comportamento se baseia em certas leis e determinantes do aprendizado.

l.c
ai
Associado a isso, na perspectiva cognitivista, o foco é sobre as
tm
ho
representações cognitivas de cada sujeito.
@
es

- Psicopatologia psicanalítica: sujeito dominado por forças, desejos e


m
go

conflitos inconscientes. Afetos dominam o psiquismo. (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s

• PSICOPATOLOGIA CATEGORIAL X PSICOPATOLOGIA DIMENSIONAL


2
-1
84

- Psicopatologia categorial: entidades nosológicas ou transtornos mentais


.3
11

específicos como entidades completamente individualizadas, com


.4
90

contornos e fronteiras bem demarcados. Exemplo: entre a esquizofrenia e os


-0

transtornos afetivos bipolares e os delirantes haveria uma fronteira nítida,


os

configurando-os como entidades ou categorias diagnósticas diferentes e


nt
sa

discerníveis na sua natureza básica.


s
do

- Psicopatologia dimensional: hipoteticamente, mais adequada à realidade


es
m

clínica. Haveria dimensões como, por exemplo, o espectro esquizofrênico,


go

que incluiria desde formas muito graves, tipo “demência precoce”, até
ra
sa

formas menos deteriorantes de esquizofrenia, chegando até um outro polo,


de transtornos afetivos. (Dalgalarrondo, 2019)

• PSICOPATOLOGIA BIOLÓGICA X PSICOPATOLOGIA SOCIOCULTURAL

- Psicopatologia biológica: doenças mentais como afecções cerebrais.

- Psicopatologia sociocultural: transtornos mentais como comportamentos


desviantes que surgem a partir de certos fatores socioculturais, como
discriminação, pobreza, migração, entre outros. (Dalgalarrondo, 2019)

| 172
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• PSICOPATOLOGIA OPERACIONAL-PRAGMÁTICA X PSICOPATOLOGIA


FUNDAMENTAL

-Psicopatologia operacional-pragmática: definições de transtornos mentais


e sintomas formuladas e tomadas de modo arbitrário, em função de sua
utilidade pragmática, clínica ou orientada à pesquisa. Não são questionados

06
a natureza da doença ou do sintoma, nem os fundamentos filosóficos ou

4:
:3
antropológicos. Modelo adotado pelas modernas classificações de

19
transtornos mentais - DSM e CID.

1
02
/2
11
-Psicopatologia fundamental: atenção sobre fundamentos históricos e

8/
conceituais de cada conceito psicopatológico; inclui tradições literárias,

-2
artísticas e de outras áreas. Pathos = sofrimento-paixão que pode vir a ser

om
transformado em experiência e enriquecimento. (Dalgalarrondo, 2019)

l.c
ai
tm
ho
@

PSICOPATOLOGIA DESCRITIVA X •descritiva: forma


es

•dinâmica: conteúdo
m

PSICOPATOLOGIA DINÂMICA
go
ah
a.

•médica: transtorno mental = mau funcionamento cerebral


-s

PSICOPATOLOGIA MÉDICA X
2

•existencial: transtorno mental = modo ímpar de


-1

PSICOPATOLOGIA EXISTENCIAL
84

existência
.3
11

PSICOPATOLOGIA
.4

•comportamental e cognitivista: aprendizagem; cognição


90

COMPORTAMENTAL E
-0

COGNITIVISTA X PSICOPATOLOGIA •psicanalítica: inconsciente


os

PSICANALÍTICA
nt
sa

•categorial:transtornos mentais=entidades
s

PSICOPATOLOGIA CATEGORIAL X
do

individualizadas
PSICOPATOLOGIA DIMENSIONAL
es

•dimensional: lógica dimensional, mais ampla


m
go
ra

•biológica: doenças mentais como afecções cerebrais


sa

PSICOPATOLOGIA BIOLÓGICA X
•sociocultural: transtornos mentais a partir de fatores
PSICOPATOLOGIA SOCIOCULTURAL
socioculturais

PSICOPATOLOGIA OPERACIONAL- •operacional-pragmática: transtornos mentais pela


PRAGMÁTICA X PSICOPATOLOGIA utilidade pragmática
FUNDAMENTAL •fundamental: fundamentos históricos e conceituais

Critérios de normalidade em Psicopatologia

| 173
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Os Critérios de normalidade em psicopatologia são recorrentes nas questões de


provas e concursos. É necessário saber cada um deles!

- O debate sobre normalidade é um debate vivo, intenso, repleto de valores, com


conotações políticas e filosóficas. (Dalgalarrondo, 2019)

06
- O Conceito de normalidade em Psicopatologia implica a própria definição do que

4:
é saúde e doença/transtorno mental. No século XIX, usava-se o termo “alienação”;

:3
19
já no século XX, o termo “doença mental”; e, nas últimas décadas, passou-se a usar

1
02
o termo “transtorno mental”. (Dalgalarrondo, 2019)

/2
11
8/
- Quando se trata de casos extremos, cujas alterações comportamentais e mentais

-2
são de intensidade acentuada e de longa duração (por exemplo, demências

om
avançadas e psicoses graves), o delineamento das fronteiras entre o normal e o

l.c
ai
patológico NÃO é tão problemático. Entretanto, há muito casos menos intensos,
tm
além dos limítrofes e complexos de definir, em que a delimitação entre
ho
@

comportamento, estado mental e forma de sentir normal ou patológica é difícil e


es

problemática. (Dalgalarrondo, 2019)


m
go
ah

- Os critérios de normalidade e de doença variam em função dos fenômenos


a.
-s

específicos com os quais se trabalha e, também, de acordo com as opções filosóficas


2

do profissional e da instituição. (Dalgalarrondo, 2019)


-1
84
.3
11

Os principais critérios de normalidades utilizados em psicopatologia são:


.4
90
-0

“1. Normalidade como ausência de doença. O primeiro critério que geralmente se


os

utiliza é o de saúde como “ausência de sintomas, de sinais ou de doenças”. Segundo


nt

expressiva formulação de René Leriche (1936): “a saúde é a vida no silêncio dos


sa
s

órgãos”.
do
es
m

Normal, do ponto de vista psicopatológico, seria, então, aquele indivíduo


go

que simplesmente não é portador de um transtorno mental definido. Tal critério é


ra
sa

bastante falho e precário, pois, além de redundante, baseia-se em uma “definição


negativa”, ou seja, define-se a normalidade não por aquilo que ela supostamente é,
mas, sim, por aquilo que ela não é, pelo que lhe falta (Almeida Filho; Jucá, 2002).
(Dalgalarrondo, 2019)

2. Normalidade ideal. A normalidade aqui é tomada como uma certa “utopia”.


Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, o que é supostamente “sadio”,
mais “evoluído”. Tal norma é, de fato, socialmente constituída e referendada.
Depende, portanto, de critérios socioculturais e ideológicos arbitrá- rios, e, às vezes,
dogmáticos e doutrinários. Exemplos de tais conceitos de normalidade são aqueles

| 174
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

com base na adaptação do indivíduo às normas morais e políticas de determinada


sociedade (como nos casos do macarthismo nos EUA e do pseudodiagnóstico de
dissidentes políticos como doentes mentais na antiga União Soviética).
(Dalgalarrondo, 2019)

3. Normalidade estatística. A normalidade estatística identifica norma e


frequência. Trata-se de um conceito de normalidade que se aplica especialmente a

06
fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na população

4:
:3
geral (como peso, altura, tensão arterial, horas de sono, quantidade de sintomas

19
ansiosos, etc.).

1
02
/2
11
O normal passa a ser aquilo que se observa com mais frequência. Os indivíduos que

8/
se situam estatisticamente fora (ou no extremo) de uma curva de distribuição

-2
normal passam, por exemplo, a ser considerados anormais ou doentes.

om
l.c
ai
É um critério muitas vezes falho em saúde geral e mental, pois nem tudo o que é
tm
ho
frequente é necessariamente “saudável”, e nem tudo que é raro ou infrequente é
@

patológico. Tomem-se como exemplo fenômenos como as cáries dentárias, a


es

presbiopia, os sintomas ansiosos e depressivos leves, o uso pesado de álcool,


m
go

fenômenos estes que podem ser muito frequentes, mas que evidentemente não
ah

podem, a priori, ser considerados normais ou saudáveis. (Dalgalarrondo, 2019)


a.
-s
2
-1

4. Normalidade como bem-estar. A Organização Mundial de Saúde (WHO, 1946)


84

definiu, em 1946, a saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não
.3
11

simplesmente como ausência de doença.


.4

É um conceito criticável por ser muito vasto e impreciso, pois bem-estar é algo difícil
90
-0

de se definir objetivamente. Além disso, esse completo bem-estar físico, mental e


os

social é tão utópico que poucas pessoas se encaixariam na categoria “saudáveis”.


nt
sa

(Dalgalarrondo, 2019)
s
do

5. Normalidade funcional. Tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não


es
m

necessariamente quantitativos. O fenômeno é considerado patológico a partir do


go

momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou


ra
sa

para o seu grupo social. (Dalgalarrondo, 2019)

6. Normalidade como processo. Neste caso, mais que uma visão estática,
consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das
desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças
próprias a certos períodos etários. Esse conceito é particularmente útil na chamada
psicopatologia do desenvolvimento relacionada a psiquiatria e psicologia clínica de
crianças, adolescentes e idosos. (Dalgalarrondo, 2019)

| 175
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

7. Normalidade subjetiva. Aqui é dada maior ênfase à percepção subjetiva do


próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas. O
ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, “muito
saudáveis e felizes”, como no caso de sujeitos em fase maníaca, apresentam, de
fato, um transtorno mental grave. (Dalgalarrondo, 2019)

8. Normalidade como liberdade. Alguns autores de orientação fenomenológica e

06
existencial propõem conceituar a doença mental como perda da liberdade

4:
:3
existencial. Dessa forma, a saúde mental se vincularia às possibilidades de transitar

19
com graus distintos de liberdade sobre o mundo e sobre o próprio destino.

1
02
/2
11
A doença/transtorno mental é, portanto, constrangimento do ser, é fechamento,

8/
fossilização das possibilidades existenciais. (...) (Dalgalarrondo, 2019)

-2
om
9. Normalidade operacional. Trata- se de um critério assumidamente arbitrário,

l.c
ai
com finalidades pragmáticas explícitas. Define-se, a priori, o que é normal e o que é
tm
ho
patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos, aceitando
@

as consequências de tal definição prévia.” Até certo ponto, a demarcação de


es

separação entre normal e patológico dos sistemas diagnósticos atuais (CID e DSM)
m
go

emprega critérios operacionais e pragmáticos na definição dos transtornos


ah

mentais.” (Dalgalarrondo, 2019)


a.
-s
2
-1

NORMALIDADE COMO AUSÊNCIA DE


84

•ausência de sintomas, de sinais ou de doenças


.3

DOENÇA
11
.4

NORMALIDADE IDEAL •norma ideal estabelecida arbitrariamente


90
-0
os

NORMALIDADE ESTATÍSTICA •Normal = aquilo que se observa com mais frequência


nt
sa
s

NORMALIDADE COMO BEM-ESTAR •Saúde =completo bem-estar físico, mental e social


do
es
m

NORMALIDADE FUNCIONAL
go

fenômeno patológico = disfuncional


ra
sa

NORMALIDADE COMO PROCESSO • útil na psicopatologia do desenvolvimento

NORMALIDADE SUBJETIVA •ênfase percepção subjetiva do próprio indivíduo

NORMALIDADE COMO LIBERDADE •doença mental = perda da liberdade existencial.

NORMALIDADE OPERACIONAL •finalidades pragmáticas; DSM e CID

| 176
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Diagnóstico psicopatológico

Embora seja imprescindível considerar os aspectos pessoais, singulares de


cada indivíduo, sem um diagnóstico psicopatológico aprofundado não se pode nem
compreender adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo de
estratégia terapêutica mais apropriado.
Há, no processo diagnóstico, uma relação dialética permanente entre o

06
particular, individual (aquele paciente específico, aquela pessoa em especial), e o

4:
:3
geral, universal (categoria diagnóstica à qual essa pessoa pertence).

19
Portanto, os diagnósticos são ideias (construtos), fundamentais para o

1
02
trabalho clínico e para o conhecimento científico. (Dalgalarrondo, 2019)

/2
11
8/
-2
“O diagnóstico psicopatológico é, em inúmeros casos, apenas possível com

om
a observação do curso do transtorno. Dessa forma, o padrão evolutivo de

l.c
determinado quadro clínico obriga o psicopatólogo a repensar e refazer
ai
continuamente o seu diagnóstico. tm
ho

Uma das funções do diagnóstico em medicina é prever e prognosticar a


@

evolução e o desfecho da doença (o diagnóstico deve indicar o prognóstico). Porém,


es
m

às vezes, isso se inverte no contexto da psicopatologia. Não é incomum que o


go

prognóstico, a evolução do caso, obrigue o clínico a reformular o seu diagnóstico


ah
a.

inicial.” (Dalgalarrondo, 2019)


-s
2
-1
84

Confiabilidade e validade do diagnóstico em psicopatologia:


.3
11

- Confiabilidade (reliability) de um procedimento diagnóstico (técnica de


.4
90

entrevista padronizada, escala, teste, diferentes entrevistadores, etc.): “capacidade


-0

de produzir, em relação a um mesmo indivíduo ou para pacientes de um mesmo


os

grupo diagnóstico, em circunstâncias diversas, o mesmo diagnóstico.” “Ao mudar


nt
sa

diferentes aspectos do processo de avaliação (avaliador ou momento de avaliação),


s

o resultado final permanece o mesmo.”


do
es

- Validade (validity): “capacidade de um procedimento diagnóstico conseguir


m
go

captar, identificar ou medir aquilo que realmente se propõe a reconhecer.” “A


ra

validade também se refere à capacidade de o diagnóstico prever a evolução do caso,


sa

a resposta a tratamentos específicos e o desfecho final do transtorno


diagnosticado.”
- Sensibilidade de um procedimento diagnóstico: “capacidade de detectar com
acurácia os casos verdadeiros incluídos na categoria diagnóstica que se visa
identificar.”
- Especificidade do procedimento: “capacidade de identificar verdadeiros “não
casos” em relação à categoria diagnóstica que se pesquisa.”

| 177
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Por exemplo, um procedimento com alta sensibilidade identifica quase


todos os casos, mas pode falhar reconhecendo erroneamente um não caso (falso
positivo). (Dalgalarrondo, 2019)
“O ideal de um procedimento diagnóstico é que ele seja confiável
(reprodutível), válido (o mais próximo possível da “verdade” diagnóstica) e com alta
sensibilidade e especificidade.” (Dalgalarrondo, 2019)

06
A Avaliação do Paciente

4:
:3
19
1
Anamnese e Exame psíquico

02
/2
11
• Junto com a observação cuidadosa do indivíduo, a entrevista é o principal

8/
-2
instrumento de conhecimento em Psicopatologia. A entrevista psicopatológica

om
permite a realização dos dois principais aspectos da avaliação psicopatológica:

l.c
ai
tm
➢ A anamnese = histórico dos sinais e dos sintomas que o paciente apresenta
ho

ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como


@
es

de sua família e meio social; é realizada na entrevista inicial, realiza-se o


m

“recolhimento de todos os dados necessários para um diagnóstico


go
ah

pluridimensional do paciente, o que inclui os dados sociodemográficos, a


a.

queixa ou o problema principal e a história dessa queixa, os antecedentes


-s
2

mórbidos somáticos e psíquicos pessoais.”


-1
84

“A anamnese contém, ainda, os hábitos e o uso de substâncias


.3

químicas, os antecedentes mórbidos familiares, a história de vida do


11
.4

indivíduo, englobando as várias etapas do desenvolvimento somático,


90

neurológico, psicológico e psicossocial, e, por fim, a avaliação das


-0

interações familiares e sociais do paciente.”


os
nt
sa

➢ O exame psíquico = também chamado exame do estado mental atual; são


s
do

avaliados aspectos como comunicação não verbal, nível de consciência,


es

orientação, atenção, memória, sensopercepção, pensamento, linguagem,


m
go

inteligência, juízo de realidade, afetividade, volição, psicomotricidade,


ra

entre outros. (Dalgalarrondo, 2019)


sa

• A Avaliação psicopatológica como um todo inclui a anamnese, o exame


psíquico, os exames somáticos e exames complementares.

Avaliação física do paciente

• Em relação à avaliação física do paciente com transtorno mental,


destaca-se sua importância, dentre outros aspectos, pelo fato de que os pacientes

| 178
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

com transtornos mentais graves apresentam doenças físicas mais frequentemente


que a população geral. Esses indivíduos têm uma expectativa de vida reduzida em
15 a 20 anos em comparação com a população geral.

Apesar disso, os distúrbios e doenças físicas são subdiagnosticados, não


sendo adequadamente reconhecidos e tratados nesses pacientes.

06
Algumas das causas dessas falhas são:

4:
:3
➢ O clínico geral (o médico não psiquiatra, de forma geral) tende a não

19
examinar adequadamente o paciente com transtornos mentais graves,

1
02
pois ele não é “seu paciente”, é “paciente apenas do psiquiatra ou

/2
11
psicólogo”.

8/
➢ O psiquiatra não realiza o exame físico do paciente, pois não se

-2
considera “médico do corpo”, mas “especialista da mente” ou “médico

om
exclusivamente do psiquismo”

l.c
ai
➢ Os pacientes com transtornos mentais graves podem ter dificuldades
tm
ho
em comunicar objetivamente suas queixas somáticas.
@

➢ Os pacientes psiquiátricos graves podem não ser adequadamente


es

“ouvidos” pelos médicos em geral, pois o estigma de “louco” invalida


m
go

suas queixas somáticas. (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s
2
-1

A entrevista
84
.3
11

• “A técnica e a habilidade em realizar entrevistas são atributos fundamentais


.4
90

e insubstituíveis do profissional de saúde em geral e de saúde mental em particular.


-0

Tal habilidade é, em parte, aprendida e, em outra, intuitiva, patrimônio da


os

personalidade do profissional, de sua sensibilidade nas relações pessoais.”


nt
sa

(Dalgalarrondo, 2019)
s
do
es

• Uma entrevista bem conduzida varia muito em função:


m
go

1.Do paciente, de sua personalidade, de seu estado mental e emocional no


ra

momento, de suas capacidades cognitivas, etc. “Às vezes, o entrevistador


sa

precisa ouvir muito, pois o indivíduo “precisa muito falar, desabafar, descrever
seu sofrimento para alguém que o ouça com atenção e respeito”; outras vezes,
o entrevistador deve falar mais para que o paciente não se sinta muito tenso ou
retraído.”
2.Do contexto institucional da entrevista “(caso a entrevista se realize em
pronto-socorro, enfermaria, ambulatório, centro de saúde, Centro de Atenção
Psicossocial [CAPS], consultório particular, consultório de rua, etc.).”
3.Dos objetivos da entrevista “(diagnóstico clínico; estabelecimento de vínculo
terapêutico inicial; entrevista para psicoterapia, tratamento farmacológico,

| 179
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

orientação familiar, conjugal, pesquisa, finalidades forenses, trabalhistas;


etc.).”
4. “Da personalidade do entrevistador. Alguns profissionais são ótimos
entrevistadores, falam muito pouco durante a entrevista, sendo discretos e
introvertidos; outros só conseguem trabalhar bem e realizar boas entrevistas
sendo espontaneamente falantes e extrovertidos. (Dalgalarrondo, 2019)”

06
4:
:3
• Na entrevista, “deve-se ressaltar que, de modo geral, algumas atitudes são,

19
na maior parte das vezes, inadequadas e improdutivas, devendo o profissional,

1
02
sempre que possível, evitar:

/2
11
1. Posturas rígidas, estereotipadas, fórmulas que o profissional acha que

8/
funcionaram bem com alguns pacientes e, portanto, devem funcionar com todos.

-2
Assim, ele deve buscar uma atitude flexível, que seja adequada à personalidade do

om
l.c
doente, aos sintomas que apresenta no momento, à sua bagagem cultural, aos seus

ai
valores e à sua linguagem. tm
ho
2. Atitude excessivamente neutra ou fria, que, muito frequentemente em
@

nossa cultura, transmite ao paciente sensação de distância e desprezo.


es
m

3. Reações exageradamente emotivas ou artificialmente calorosas, que


go

produzem, na maioria das vezes, uma falsa intimidade. Uma atitude receptiva e
ah
a.

calorosa, mas discreta, de respeito e consideração pelo paciente, é o ideal para a


-s

primeira entrevista. Criar um clima de confiança para que a história do doente surja
2
-1

em sua plenitude tem grande utilidade tanto diagnóstica como terapêutica.


84

4. Comentários valorativos ou emitir julgamentos sobre o que o paciente


.3
11

relata ou apresenta.
.4
90

5. Reações emocionais intensas de pena ou compaixão. O paciente


-0

desesperadamente transtornado, aos prantos, em uma situação existencial


os

dramática, beneficiase mais de um profissional que acolhe tal sofrimento de forma


nt
sa

empática, mas discreta, que de um profissional que se desespera junto com ele.
s

6. Responder com hostilidade ou agressão às investidas hostis ou


do
es

agressivas de alguns pacientes. O profissional deve se esforçar por demonstrar


m

serenidade e firmeza diante de um doente agressivo ou muito hostil. Também deve


go

ficar claro que, na entrevista, há limites. O profissional procura responder, ao


ra
sa

paciente que eleva a voz e se exalta, sempre em voz mais baixa que ele. Em algumas
situações, apesar de não revidar às agressões, o profissional deve mostrar ao
paciente que ele está sendo inadequadamente hostil e que não aceita agressão
física ou verbal exagerada. Querelas e discussões acirradas costumam ser inúteis no
contato com os pacientes.
7. Entrevistas excessivamente prolixas, nas quais o paciente fala, fala, fala,
mas, no fundo, não diz nada de substancial sobre seu sofrimento. Fala, às vezes,
para se esconder, para dissuadir a si mesmo e ao entrevistador. Nesse sentido, o
profissional deve ter a habilidade de conduzir a entrevista para termos e pontos
mais significativos, interrompendo a fala do paciente quando julgar necessário.

| 180
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

8. Fazer muitas anotações durante a entrevista, pois, em alguns casos, isso


pode transmitir ao paciente que as anotações são mais importantes que a própria
entrevista (o profissional precisa observar se o paciente se sente incomodado
quando se tomam notas).” (Dalgalarrondo, 2019)

• Na primeira entrevista, o profissional deve inicialmente colher os dados


sociodemográficos básicos, como nome, idade, data de nascimento, estado civil,

06
com quem reside, profissão, etc. Após tais informações, deve-se solicitar que o

4:
:3
indivíduo relate a queixa básica, o sofrimento, a dificuldade ou o conflito que o traz

19
à consulta. (Dalgalarrondo, 2019)

1
02
/2
11
Simulação e Dissimulação

8/
-2
• “O profissional com alguma experiência em psicopatologia aprende

om
l.c
prontamente que os dados obtidos em uma entrevista podem estar subestimados

ai
ou superestimados. Não é raro o paciente esconder deliberadamente um sintoma
tm
ho
que vem apresentando, às vezes, de forma intensa; ou relatar um sintoma ou
@

vivência que de fato não apresenta. O profissional deve exercer toda a sua
es
m

habilidade para buscar diferenciar as informações verdadeiras, confiáveis e


go

consistentes das falsas e inconsistentes.


ah
a.

Denomina-se dissimulação o ato de esconder ou negar voluntariamente a


-s

presença de sinais e sintomas psicopatológicos. Ao ser questionado sobre se tem


2
-1

algum temor, se tem cismas ou acredita que alguém quer prejudicá-lo, o paciente,
84

mesmo tendo ideação paranóide ou delírio persecutório, nega terminantemente


.3
11

experimentar tais vivências. Em geral, tal negativa ocorre por medo de ser
.4
90

internado, de receber medicamentos ou de ser rotulado como louco. (...)


-0

Já a simulação é a tentativa do paciente de criar, apresentar, como o faria


os

um ator, voluntariamente, um sintoma, sinal ou vivência que de fato não tem


nt
sa

(Turner, 1997). O paciente diz ouvir vozes, estar profundamente deprimido ou ter
s

fortes dores nas costas, tudo isso no sentido de obter algo. Geralmente, o paciente
do
es

que simula sintomas está buscando obter algum ganho com isso: dispensa do
m

trabalho, aposentadoria, internação para não ser encontrado por traficantes de


go

drogas, etc. Deve-se ressaltar que a simulação é, por definição, um ato voluntário e
ra
sa

consciente, (...)” (Dalgalarrondo, 2019)

| 181
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Dissimulação Simulação

esconder ou negar criar, apresentar, voluntariamente,

06
voluntariamente a presença de um sintoma, sinal ou vivência que

4:
:3
de fato não tem

19
sinais e sintomas

1
02
/2
11
O insight em relação a sintomas e transtornos

8/
-2
om
“Em psicopatologia, um aspecto característico da clínica é que parte dos

l.c
pacientes, apesar de apresentar sintomas graves que comprometem
ai
tm
profundamente suas vidas, não os reconhece como tal (Lewis, 1934- 2004). Foi
ho

proposto que o insight não é um fenômeno categorial e unidimensional, mas inclui


@
es

vários níveis de intensidade e distintas dimensões (Dantas; Banzato, 2004). Por


m

exemplo, David (1990) afirma que o insight, longe de ser um fenômeno “tudo ou
go
ah

nada”, compreende vários níveis e é composto por três


a.

componentes/implicações:
-s
2
-1

1. Consciência de que tem um problema: é a consciência de que algo não


84
.3

vai bem, que pode se estar doente (...)


11

2. Modo de nomear ou renomear os sintomas: não é raro que pessoas com


.4
90

delírios, alucinações ou alterações marcantes do humor atribuam significados as


-0

suas experiências que diferem em maior ou menor grau das noções da


os
nt

psicopatologia, mas que são formas de significar suas mais íntimas experiências. (...)
sa

O que tenho não é doença, transtorno mental, é influência do demônio, de espíritos,


s
do

de coisas que fizeram contra mim, etc.”


es

3. Adesão a tratamentos propostos: de modo geral, mas não sempre,


m
go

pessoas que têm insight sobre sua condição psicopatológica aceitam seguir os
ra

tratamentos, inclusive o uso de psicofármacos. (...)


sa

Em particular, pacientes graves, como psicóticos com esquizofrenia (Dantas;


Banzato, 2007), aqueles com transtorno bipolar em quadro maníaco, alguns
indivíduos que apresentam dependência química, deficiência intelectual,
síndromes autísticas ou demências, apresentam graves prejuízos quanto ao insight
(Antoine et al., 2004).” (Dalgalarrondo, 2019)

As três regras de ouro da entrevista em saúde mental

| 182
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• “As três regras “de ouro” da entrevista em saúde mental:


1. Pacientes organizados (mentalmente), com inteligência normal, com
escolaridade boa ou razoável, fora de um “estado psicótico”, devem ser
entrevistados de forma mais aberta, permitindo que falem e se expressem de
maneira mais fluente e espontânea. O entrevistador fala pouco, fazendo algumas
pontuações para que o paciente “conte a sua história”.
2. Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado

06
psicótico ou paranóide, “travados” por alto nível de ansiedade, devem ser

4:
:3
entrevistados de forma mais estruturada. Nesse caso, o entrevistador fala mais, faz

19
perguntas mais simples e dirigidas (perguntas fáceis de serem compreendidas e

1
02
respondidas).

/2
11
3. Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou

8/
paranóides, deve-se fazer primeiro perguntas neutras (nome, onde mora, profissão,

-2
estado civil, nome de familiares, etc.), para apenas, gradativamente, começar a

om
formular perguntas “mais quentes” (às vezes, constrangedoras para o paciente),

l.c
ai
como: “Qual o seu problema?”, “Por que foi trazido ao hospital?”, “O que aconteceu
tm
ho
para que você agredisse seus familiares?”, etc. Vale a sabedoria popular que diz: “O
@

mingau quente se come pela beirada”.” (Dalgalarrondo, 2019)


es
m
go
ah

Pacientes organizados •entrevistados de forma mais aberta; entrevistador fala


a.
-s

(mentalmente) pouco
2
-1
84
.3

•entrevistados de forma mais estruturada; entrevistador


11

Pacientes desorganizados
.4

fala mais
90
-0
os

Pacientes muito tímidos,


nt

•primeiro perguntas neutras; gradativamente, começa a


sa

ansiosos ou paranóides formular perguntas “mais quentes”


s
do
es
m
go
ra

Funções psíquicas elementares e suas alterações


sa

• Funções psíquicas elementares:

➢ Consciência
➢ Atenção
➢ Orientação
➢ Vivências do tempo e do espaço
➢ Sensopercepção
➢ Memória

| 183
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

➢ Afetividade
➢ Vontade, psicomotricidade, agir
➢ Pensamento
➢ Juízo da realidade
➢ Linguagem

• Funções psíquicas compostas:

06
4:
:3
➢ Eu, o self

19
➢ Personalidade

1
02
➢ Inteligência e cognição social

/2
11
8/
Nesta parte do PDF, trataremos das principais funções psíquicas e de suas

-2
alterações. Destaca-se que serão abordados somente os pontos mais relevantes

om
l.c
para provas e concursos.

ai
tm
ho
Embora as funções psíquicas sejam tratadas em capítulos separados,
@

Dalgalarrondo (2019) deixa claro que “não existem funções psíquicas isoladas e
es
m

alterações psicopatológicas compartimentalizadas desta ou daquela função. É


go

sempre a pessoa na sua totalidade que adoece.”


ah
a.
-s

Assim, estudar cada uma das funções de forma isolada é necessário e didático.
2
-1

Contudo, essa separação é artificial. (Dalgalarrondo, 2019)


84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

(Dalgalarrondo, 2019)

A CONSCIÊNCIA e suas alterações

| 184
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

DISTINTAS DEFINIÇÕES DE CONSCIÊNCIA:


• Definição neuropsicológica da consciência: “emprega o termo consciência
no sentido de estado vígil (vigilância), o que, de certa forma, iguala a consciência ao
grau de clareza do sensório. Consciência aqui é fundamentalmente o estado de
estar desperto, acordado, vígil, lúcido. Trata-se especificamente do nível de
consciência.”

06
• Definição psicológica da consciência: “a conceitua como a soma total das

4:
:3
experiências conscientes de um indivíduo em determinado momento. Nesse

19
sentido, consciência é o que se designa campo da consciência. É a dimensão

1
02
subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. Na relação

/2
11
do Eu com o meio ambiente, a consciência é a capacidade de o indivíduo entrar em

8/
contato com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos.”

-2
• Definição ético-filosófica da consciência: “é utilizada mais

om
frequentemente no campo da ética, da filosofia, do direito ou da teologia. O termo

l.c
ai
consciência refere-se à capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as
tm
responsabilidades, os direitos e os deveres concernentes a essa ética. Assim, a
ho
@

consciência ético-filosófica é atributo do homem desenvolvido e responsável,


es

engajado na dinâmica social de determinada cultura.” (Dalgalarrondo, 2019)


m
go
ah

NEUROPSICOLOGIA DA CONSCIÊNCIA:
a.
-s

- O nível de consciência facilita a interação do sujeito com o ambiente de forma


2
-1

adequada ao contexto em que a pessoa está inserida.


84

- O nível de consciência adequado pode ser evocado tanto por estímulos externos
.3
11

do ambiente, bem como por estímulos internos, como pensamentos, emoções e


.4

recordações.
90
-0

- O nível de consciência pode ser modulado tanto pelas características dos


os

estímulos externos, assim como pela motivação que o estímulo implica para a
nt
sa

pessoa em questão.
s

- O nível de consciência varia ao longo de um continuum que inclui desde o estado


do

total de alerta, passando por níveis de redução da consciência até os estados de


es
m

sono (variação normal) ou coma (variação patológica). (Dalgalarrondo, 2019)


go
ra
sa

Alterações Normais da consciência: ritmos circadianos, sono e sonho

• RITMOS CIRCADIANOS = são oscilações endógenas autossustentadas do


ritmo biológico no período de um dia de 24 horas, organizando a temporalidade dos
sistemas biológicos do organismo e otimizando a fisiologia, o comportamento e a
saúde. (Dalgalarrondo, 2019)

• SONO = estado especial da consciência.


Dividem-se as fases do sono em duas:

| 185
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Sono NREM: sono sincronizado (atividade elétrica cerebral síncrona), sem


movimentos oculares rápidos.
- Sono REM: sono dessincronizado, com movimentos oculares rápidos.
(Dalgalarrondo, 2019)

• Em uma noite normal de sono, as fases NREM e REM se repetem de forma


cíclica a cada 70 a 110 minutos, com 4 a 6 ciclos completos por noite. O sono se inicia

06
com o tipo não-Rem.

4:
:3
19
• Durante o sono não-REM, ocorrem quatro estágios:

1
02
“1. Estágio 1: mais leve e superficial, com atividade regular do

/2
11
eletrencefalograma (EEG) de baixa voltagem, de 4 a 6 ciclos por segundo (2 a 5% do

8/
tempo total de sono).

-2
2. Estágio 2: um pouco menos superficial, com traçado do EEG revelando

om
aspecto fusiforme de 13 a 15 ciclos por segundo (fusos do sono) e algumas espículas

l.c
ai
de alta voltagem, denominadas complexos K (45 a 55% do tempo total de sono).
tm
ho
3. Estágio 3: sono mais profundo, com traçado do EEG mais lentificado, com
@

ondas delta, atividade de 0,5 a 2,5 ciclos por segundo, ondas de alta voltagem (3 a
es

8% do tempo total de sono).


m
go

4. Estágio 4: estágio de sono mais profundo, com predomínio de ondas delta


ah

e traçado bem-lentificado. É mais difícil de despertar alguém nos estágios 3 e 4,


a.
-s

podendo o indivíduo apresentar-se confuso ao ser despertado (10 a 15% do tempo


2
-1

total de sono).” (Dalgalarrondo, 2019)


84
.3
11

• “O sono REM, por sua vez, não se encaixa em nenhuma dessas quatro fases.
.4
90

Sua duração total em uma noite perfaz de 20 a 25% do tempo total de sono. É um
-0

estágio peculiar, cujo padrão do EEG é semelhante ao do Estágio 1 do NREM. O sono


os

REM não é, entretanto, um sono leve, tampouco profundo, mas um tipo de sono
nt
sa

qualitativamente diferente. Caracteriza-se por instabilidade no sistema nervoso


s

autônomo simpático, com variações das frequências cardíaca e respiratória, da


do

pressão arterial, do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo cerebral.”


es
m
go

Sono NREM Sono REM


ra
sa

Sincronizado (atividade elétrica Dessincronizado


cerebral síncrona)
Sem movimentos oculares rápidos Com movimentos oculares rápidos
Frequência cardíaca e respiratória Variações das frequências cardíacas e
estáveis e em nível mínimo de respiratórias
funcionamento
O sono se inicia com tipo NREM 20 a 25% do tempo total de sono

| 186
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Ocorrem 4 estágios. Sendo o estágio 1 Não é leve, nem profundo, mas


mais leve e superficial; e o 4, mais qualitativamente diferente
profundo.

- SONHO: “É durante o sono REM que ocorre a maior parte dos sonhos, e em 60 a
90% das vezes, se o indivíduo for despertado durante a fase REM, relatará que estava
sonhando.”

06
4:
:3
A maior quantidade de Sono REM ocorre no último terço da noite, comumente de

19
madrugada, momento em que a maioria das pessoas sonha.

1
02
/2
11
A maioria das pessoas sonha várias vezes durante uma noite, apenas não se lembra

8/
da maior parte dos seus sonhos, pois se acordarem (ou forem despertadas) após

-2
mais de oito minutos de um sono REM (durante o qual sonharam), não lembrarão

om
mais do conteúdo do sonho.

l.c
ai
tm
ho
“Os sonhos são vivências predominantemente visuais, sendo rara a ocorrência de
@

percepções auditivas, olfativas ou táteis.” (Dalgalarrondo, 2019)


es
m
go

Cuidado!
ah
a.

- Indivíduo despertado durante a fase REM -> provavelmente relatará que


-s

estava sonhando.
2
-1

- Indivíduo acordado (ou despertado) após mais de oito minutos de um sono


84

REM (durante o qual sonharam) -> não lembrarão mais do conteúdo do sonho.
.3
11

(Dalgalarrondo, 2019)
.4
90
-0
os

Alterações patológicas quantitativas da consciência: obnubilação,


nt
sa

torpor, sopor e coma


s
do
es

GRAUS DE REBAIXAMENTO DA CONSCIÊNCIA:


m

1. Obnubilação ou turvação da consciência. Rebaixamento da consciência em


go
ra

grau leve a moderado. Há diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão


sa

da compreensão e dificuldade de concentração.

2. Torpor. Paciente está evidentemente sonolento, respondendo ao ser chamado


apenas de forma enérgica e, depois, volta ao estado de sonolência evidente.

3. Sopor. Marcante e profunda turvação da consciência. Sonolência intensa, da qual


o sujeito pode ser despertado apenas por um tempo muito curto, por estímulos
muito enérgicos, do nível de uma dor intensa. Paciente intensamente sonolento,
quase em coma, incapaz de qualquer ação espontânea.

| 187
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

4. Coma. Perda completa da consciência. É o grau mais profundo de rebaixamento


do nível de consciência. No estado de coma, não é possível qualquer atividade
voluntária consciente. (Dalgalarrondo, 2019)

PERDAS ABRUPTAS DA CONSCIÊNCIA:


- Lipotimia: perda parcial e rápida da consciência; com, ou sem, queda do corpo ao

06
chão; reversível; pessoa tem a sensação de que vai desmaiar.

4:
:3
- Síncope: perda abrupta e completa da consciência; queda completa ao chão; pode

19
ou não ser reversível, a depender dos fatores causais.

1
02
- Desmaio: designação popular; corresponde, de forma genérica, aos termos

/2
11
médicos lipotimia ou síncope.

8/
-2
om
SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS ASSOCIADAS AO REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE

l.c
CONSCIÊNCIA:

ai
- DELIRIUM = é o termo que designa a maior parte das síndromes
tm
ho
confusionais agudas (a expressão “paciente confuso”, muito usada em serviços de
@

emergência e enfermarias médicas, refere-se ao delirium). O delirium é uma das


es
m

síndromes mais frequentes na prática clínica diária, principalmente em pacientes


go

com doenças somáticas (emergências e enfermarias médicas e geriátricas) e idade


ah
a.

avançada.
-s
2
-1

“O delirium diz respeito, portanto, aos vários quadros com rebaixamento leve a
84

moderado do nível de consciência, acompanhados de desorientação


.3
11

temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em graus


.4
90

variáveis, agitação ou lentificação psicomotora, discurso ilógico e confuso e ilusões


-0

e/ou alucinações, quase sempre visuais. Trata-se de um quadro que oscila muito ao
os

longo do dia.” (Dalgalarrondo, 2019)


nt
sa
s
do

Cuidado! Delirium é diferente de Delírio!


es

- Delirium = “quadro sindrômico causado por alteração do nível de


m
go

consciência, em pacientes com distúrbios cerebrais agudos”.


ra

- Delírio = “ideia delirante; alteração do juízo de realidade encontrada


sa

principalmente em psicóticos esquizofrênicos ou em outras psicoses”.


(Dalgalarrondo, 2019)

- ESTADO ONÍRICO OU ONIROIDE = paralelamente à turvação da


consciência, o indivíduo entra em estado semelhante a um sonho muito vívido. O
sujeito vê cenas complexas, ricas em detalhes, com lutas, fogo, assaltos, sangue, por
exemplo. A pessoa grita, movimenta-se, debate-se na cama. Há, comumente,
amnésia consecutiva ao período em que o sujeito permaneceu nesse estado onírico.

| 188
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- AMÊNCIA: “quadros mais ou menos intensos de confusão mental por


rebaixamento do nível de consciência, com excitação psicomotora, marcada
incoerência do pensamento, perplexidade e sintomas alucinatórios com aspecto de
sonho (oniróide)” (Dalgalarrondo, 2019)

Tanto o Estado Onírico, como a Amência, atualmente, tendem a ser


designados com o termo Delirium, sendo absorvidos por essa ampla categoria.

06
(Dalgalarrondo, 2019)

4:
:3
19
1
02
Alterações qualitativas da consciência: estados crepusculares, estado

/2
11
segundo, dissociação da consciência, transe e estado hipnótico

8/
-2
1. Estados crepusculares. Estado patológico transitório no qual uma obnubilação

om
leve da consciência (mais ou menos perceptível) é acompanhada de relativa

l.c
ai
conservação da atividade motora coordenada. tm
ho
Surge e desaparece de forma abrupta; tem duração variável. Com certa
@

frequência, ocorrem atos explosivos violentos e episódios de descontrole


es

emocional.
m
go
ah

2. Estado segundo. Estado patológico transitório semelhante ao estado


a.
-s

crepuscular. Com certa frequência, os termos “estado segundo” e “estado


2
-1

crepuscular” são utilizados de forma indistinta ou intercambiável.


84
.3
11

Em geral, atribui-se, ao estado segundo, uma natureza mais psicogenética, sendo


.4
90

produzido por fatores emocionais (choques emocionais intensos). Já ao estado


-0

crepuscular, são conferidas causas mais frequentemente orgânicas (confusão pós-


os

ictal, intoxicações, traumatismo craniano, etc.).


nt
sa
s

Atos cometidos comumente são incongruentes, extravagantes, que destoam da


do

educação e conduta habitual da pessoa. Contudo, quase nunca são graves ou


es
m

perigosos, diferentemente do que ocorre nos estados crepusculares.


go
ra
sa

3. Dissociação da consciência. Fragmentação ou a divisão do campo da


consciência. Ocorre com frequência nos quadros histéricos (crises histéricas de tipo
dissociativo). Nessas situações, observa-se uma dissociação da consciência, um
estado semelhante ao sonho (ganhando o caráter de estado onírico), geralmente
desencadeada por acontecimentos psicologicamente significativos (conscientes ou
in- conscientes) que geram grande ansiedade para o paciente.
A dissociação da consciência pode ocorrer também em quadros de
ansiedade intensa, independentemente de se tratar de paciente com personalidade
histriônica ou traços histéricos. Quadros dissociativos também são frequentes em
sujeitos com transtorno de personalidade borderline.

| 189
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

4. Transe. Estado de dissociação da consciência que se assemelha a sonhar


acordado, diferindo disso, porém, pela presença de atividade motora automática e
estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários.
Ocorre, sobretudo, em contextos religiosos e culturais.

5. Estado hipnótico. É um estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção

06
concentrada, que pode ser induzido por outra pessoa (hipnotizador). Trata-se de

4:
:3
um estado de consciência semelhante ao transe, no qual a sugestionabilidade do

19
indivíduo está aumentada, e a sua atenção, concentrada no hipnotizador.

1
02
(Dalgalarrondo, 2019)

/2
11
8/
-2
Alterações Perdas abruptas Síndromes associadas Alterações qualitativas da Alterações
patológicas da consciência ao rebaixamento do consciência Normais da

om
quantitativas nível de consciência consciência

l.c
da consciência
ai
tm
ho
Obnubilação = Lipotimia = Delirium = quadro Estados crepusculares = Ritmos
@

grau leve a parcial e rápida; sindrômico causado por obnubilação leve da circadianos
es

moderado com, ou sem, alteração do nível de consciência com relativa


m
go

queda ao chão; consciência conservação da atividade


ah

reversível. motora coordenada


a.
-s

Torpor = Síncope = Amência = quadros mais Sono


2

evidentemente abrupta e ou menos intensos de Estado segundo =


-1
84

sonolento completa; queda confusão mental por semelhante ao estado


.3

completa ao rebaixamento do nível de crepuscular; porém com


11

chão; pode ou consciência natureza mais psicogenética


.4
90

não ser reversível.


-0

Sopor = Sonho
os

intensamente Desmaio = Estado onírico = Dissociação da consciência


nt
sa

sonolento; designação semelhante a um sonho = Fragmentação ou divisão


quase em popular. muito vívido do campo da consciência
s
do

coma.
es
m

Coma = Perda Transe = ocorre, sobretudo,


go

completa da em contextos religiosos e


ra

consciência culturais.
sa

Estado hipnótico =
consciência reduzida e
estreitada e atenção
concentrada

OUTRAS ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA:


- Perplexidade Patológica: Perda de sensação de naturalidade na
experiência cotidiana; não consegue captar com naturalidade o ambiente. Pessoa
sente uma estranheza inquietante, uma sensação de incapacidade de capturar o

| 190
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

significado comum das coisas, pessoas e acontecimentos. Frequente em fases


agudas das psicoses.
- Experiência de quase morte: verificado em situações críticas de ameaça
grave à vida, como parada cardíaca, acidente automobilístico grave, entre outros.
São experiências muito rápidas (de segundos a minutos). Estudos mostram que
características frequentes são: sensação de paz, de estar fora do próprio corpo, de
estar rodeado por uma luz intensa, dentre outras. (Dalgalarrondo, 2019)

06
4:
:3
A ATENÇÃO e suas alterações

19
1
02
• Atenção = direção da consciência. É o “conjunto de processos psicológicos

/2
11
que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em

8/
unidades controláveis e significativas.” (Dalgalarrondo, 2019)

-2
om
l.c
• TIPOS DE ATENÇÃO, considerando:

ai
tm
ho
1- A natureza da atenção:
@

- Atenção voluntária: “concentração ativa e intencional da consciência sobre


es
m

um objeto.”
go

- Atenção espontânea: “suscitada pelo interesse momentâneo, incidental,


ah
a.

que desperta este ou aquele objeto”.


-s
2
-1

2- A direção da atenção:
84

- Atenção externa: “voltada para o mundo exterior ou para o corpo,


.3
11

geralmente de natureza mais sensorial”.


.4
90

- Atenção interna: “volta-se para os processos mentais do próprio indivíduo.


-0

É uma atenção mais reflexiva, introspectiva e meditativa”.


os
nt
sa

3- A amplitude da atenção:
s
do

- Atenção focal: “se mantém concentrada sobre um campo determinado e


es

relativamente delimitado e restrito da consciência.”


m

- Atenção dispersa: “não se concentra em um campo determinado,


go

espalhando-se de modo menos delimitado.” (Dalgalarrondo, 2019)


ra
sa

Qualidades fundamentais da atenção:

- Tenacidade: capacidade de fixar e manter a atenção sobre determinado


estímulo.

- Vigilância: ligada à mudança de foco de um objeto para outro.

| 191
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Tais qualidade são frequentemente antagônicas. Exemplo: em estados


maníacos, as pessoas costumam apresentar hipotenacidade e
hipervigilância. (Dalgalarrondo, 2019)

• Os SUBTIPOS DE ATENÇÃO mais utilizados e estudados são:

1. Capacidade e foco de atenção (atenção concentrada ou concentração):

06
Verifica-se quando o indivíduo consegue aplicar e focar toda sua atenção em

4:
:3
determinado campo ou estímulo.

19
1
02
2. Atenção seletiva: ligada à seleção de estímulos e informações relevantes.

/2
11
É possível manter a atenção, mesmo com estímulos concorrentes e/ou distratores.

8/
Por exemplo: pessoa lendo um livro em um ônibus lotado.

-2
O sistema de atenção seletiva inclui dois processos que competem entre si:

om
l.c
bottom-up (de baixo para cima; cérebro automaticamente capta estímulos

ai
sensoriais notáveis do ambiente) e top-down (de cima para baixo; implica esforço
tm
ho
consciente para controlar a atenção em direção a um alvo determinado).
@
es
m

3. Atenção dividida: processamento simultâneo e paralelo de dois ou mais


go

estímulos captados pela atenção ao mesmo tempo. Por exemplo: dirigir e ouvir
ah
a.

música, ao mesmo tempo.


-s
2
-1

4. Atenção alternada: capacidade de mudança do foco de atenção,


84

alternando voluntariamente o foco atencional de um estímulo a outro. Exemplo: ao


.3
11

assistir uma série na TV, o telefone toca, a pessoa atende, depois volta para assistir
.4
90

à série.
-0
os

5. Atenção sustentada: capacidade de manter a atenção ao longo do tempo,


nt
sa

comumente durante atividade contínua e repetitiva. Exemplo: estudante mantem a


s

atenção na aula por 1 ou 2 horas.


do
es
m

6. Seleção de resposta e controle executivo: a atenção está envolvida na


go

seleção não apenas dos estímulos e das informações, mas também das respostas e
ra
sa

do controle destas.
O controle executivo possibilita que se mude com eficácia de uma resposta
possível para outra conforme as demandas cambiantes do ambiente.
(Dalgalarrondo, 2019)

Atenção, Funções Executivas e Memória de Trabalho:

Alguns autores entendem a atenção como função de apoio às funções


executivas, já outros, como parte integrante das funções executivas.

| 192
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Funções Executivas: processadas nos lobos frontais (áreas pré-frontais);


“conjunto de habilidades cognitivas relacionadas à capacidade do indivíduo de
planejar, executar e monitorar de forma flexível comportamentos com objetivos”.
- Funções executivas quentes: incluem aspectos emocionais e volicionais.
- Funções executivas frias: sem envolvimentos de fatores emocionais, como
decorar números.

06
4:
:3
Para a memória de trabalho funcionar corretamente, é necessária uma

19
central executiva que controle e manipule os conteúdos; tal central executiva seria

1
02
a atenção.

/2
11
8/
Memória de trabalho: núcleo gerenciador de trabalho; onde percepções e

-2
pensamentos são processados, transformados e manipulados. (Dalgalarrondo,

om
2019)

l.c
ai
tm
ho
@

Alterações da atenção:
es
m
go

• Hipoprosexia: diminuição global da atenção; comum, por exemplo, em


ah

quadros depressivos.
a.
-s

• Aprosexia: total perda da atenção;


2
-1

• Hiperprosexia: estado da atenção exacerbada;


84

• Distração: é um sinal, não de déficit propriamente (não é anormalidade),


.3
11

mas de superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos


.4

ou objetos, com a inibição de tudo o mais. Há, nesse sentido, certa


90
-0

hipertenacidade (tenacidade = capacidade de fixar atenção sobre


os

determinada área) e hipovigilância (vigilância = permite mudar foco de um


nt
sa

objeto para outro).


s

• Distraibilidade: estado patológico; dificuldade ou incapacidade para fixar-


do

se ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo. Atenção


es
m

facilmente desviada de um objeto para outro. (Dalgalarrondo, 2019)


go
ra
sa

A atenção quase sempre está alterada nos transtornos mentais graves. As


alterações mais frequentes da atenção são encontradas nas seguintes condições:
Transtornos do humor (depressão e mania); transtorno obsessivo compulsivo
(TOC), como prejuízo na atenção alternada; esquizofrenia (aqui há dificuldade em
anular estímulos irrelevantes); e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
(TDAH). (Dalgalarrondo, 2019)

Pessoas com transtorno de humor têm dificuldades de concentração e


atenção sustentada. Nos quadros maníacos há:

| 193
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- diminuição marcante da atenção voluntária (ativa e intencional) e aumento


da atenção espontânea (suscitada pelo interesse momentâneo);
- hipervigilância (vigilância = permite mudar de foco de um objeto para
outro) e hipotenacidade (tenacidade = capacidade de fixar atenção sobre
determinada área).
“A atenção do indivíduo em fase maníaca salta rapidamente de um estímulo
para o outro, sem se fixar em algo”. (Dalgalarrondo, 2019)

06
4:
:3
19
1
02
/2
11
8/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
es
m
go
ah
a.
-s
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es

A ORIENTAÇÃO, as VIVÊNCIAS DO TEMPO E DO ESPAÇO e suas


m
go

alterações
ra
sa

• Orientação = capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao


ambiente. (Dalgalarrondo, 2019)

• A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das


perturbações do nível da consciência, da percepção, da atenção, da memória e de
toda a cognição. (Dalgalarrondo, 2019)

• A orientação e as vivências do tempo e do espaço são temas que se


sobrepõem. (Dalgalarrondo, 2019)

| 194
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Capacidade de orientar-se é classificada em:


➢ Orientação Autopsíquica = orientação do indivíduo em relação a si mesmo.
Revela se o sujeito sabe quem é: nome, idade, profissão, estado civil, etc.
➢ Orientação Alopsíquica = diz respeito à capacidade de orientar-se em
relação ao mundo, isto é, quanto ao espaço (orientação espacial) e quanto
ao tempo (orientação temporal). (Dalgalarrondo, 2019)

06
4:
:3
• Subtipos de orientação espacial: quanto ao local onde o sujeito está no

19
momento; orientação topográfica (como organização e arranjo de seu próprio

1
02
quarto, saber se localizar em seu bairro); julgamento de distância (quão longe é o

/2
11
hospital de sua casa, por exemplo); capacidades de navegação (conseguir seguir

8/
caminhos e rotas conhecidos). (Dalgalarrondo, 2019)

-2
om
l.c
Estado de êxtase = anormalidade da vivência do espaço. Há perda das fronteiras

ai
entre o eu e o mundo exterior. Nesse caso (que também pode ser classificado como
tm
ho
transtorno da consciência do eu), a pessoa sente como se estivesse fundido ao
@

mundo exterior. (Dalgalarrondo, 2019)


es
m
go

• Orientação temporal: “necessita de uma adequada percepção do tempo e


ah
a.

da sequência de intervalos temporais, de sua correspondente representação


-s

mental e do processamento mental da temporalidade.” (Dalgalarrondo, 2019)


2
-1

De forma geral, a orientação temporal é mais sofisticada que a espacial e a


84
.3

autopsíquica. Ela é adquirida mais tarde que a espacial e a autopsíquica, no


11

processo de desenvolvimento.
.4
90
-0

• A experiência de temporalidade é bastante influenciada por estados afetivos


os

e emoções, bem como por experiencias de vivências corporais. Exemplo: minutos


nt
sa

de dor intensa, que parecem durar muito mais que poucos minutos.
s
do
es

• Geralmente, a desorientação ocorre:


m

- em primeiro lugar, em relação ao tempo;


go
ra

- depois, em relação ao espaço; e,


sa

- somente em seguida, em relação a si mesmo. (Dalgalarrondo, 2019)

A SENSOPERCEPÇÃO e suas alterações


Sensação e Percepção

| 195
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Sensação = fenômeno passivo; “fenômeno elementar gerado por estímulos


físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo,
que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os.”

• Percepção = fenômeno ativo; tomada de consciência do estímulo sensorial.

“Arbitrariamente, então, se atribui à sensação a dimensão neuronal, ainda

06
não plenamente consciente, no processo de sensopercepção. Já a percepção diz

4:
:3
respeito à dimensão propriamente neuropsicológica e psicológica do processo, à

19
transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos

1
02
conscientes.” (Dalgalarrondo, 2019)

/2
11
8/
Apercepção: perceber algo integralmente, com clareza e plenitude.

-2
om
l.c
Cuidado! Embora tais conceitos sejam definidos separadamente, boa parte

ai
dos autores não faz diferença entre percepção e apercepção. Da mesma maneira,
tm
ho

não separaram a sensação da percepção e denominam o fenômeno de


@

sensopercepção. (Dalgalarrondo, 2019)


es
m
go
ah

•Fenômeno passivo;
a.

Sensação
-s

•Dimensão neuronal, ainda não plenamente consciente, no


2
-1

processo de sensopercepção
84
.3
11

•Fenômeno ativo; tomada de consciência do estímulo sensorial;

Percepção
.4
90

•Dimensão propriamente neuropsicológica e psicológica do


-0

processo
os
nt
sa

Apercepção
•Perceber algo integralmente, com clareza e
s
do

plenitude.
es
m
go
ra
sa

Imagem, Representação e Imaginação

• Imagem = é nítida, seus contornos são precisos; apresenta corporeidade (é


viva, corpórea, tem luz, brilho e cores vivas); é estável, não muda de um momento
para outro; provinda do espaço exterior, e percebida neste espaço (extrojeção); não
é possível alterar voluntariamente a imagem percebida; apresenta desenho
completo e determinado (completitude). (Dalgalarrondo, 2019)

| 196
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Representação = imagem representativa = “reapresentação de uma


imagem na consciência, sem a presença real, externa, do objeto que, em um
primeiro momento, gerou uma imagem sensorial.”
Apresenta pouca nitidez, com contornos, geralmente, borrados; pouca
corporeidade, não tem a vida de uma imagem real; instabilidade, aparece e
desaparece facilmente do campo de consciência; introjeção, percebida no espaço
interno; incompletude, demonstra um desenho indeterminado, apresentando-se

06
geralmente incompleta e apenas com alguns detalhes.

4:
:3
19
Subtipos de imagem representativa:

1
02
- Imagem eidética = pessoas conseguem ver em sua mente uma

/2
11
representação de um objeto com muita nitidez e clareza (uma cadeira, a face

8/
de uma pessoa, etc.), que parecem percepções, de fato, e não representação.

-2
- Pareidolias = imagens visualizadas voluntariamente a partir de

om
estímulos imprecisos do ambiente. Exemplo: ao olhar uma nuvem, pessoa

l.c
ai
pode ver um gato. (Dalgalarrondo, 2019) tm
ho
@

• Imaginação: processo de produção de imagens; “evocação de imagens


es

percebidas no passado (imagem mnêmica) ou na criação de novas imagens


m
go

(imagem criada).” (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s
2
-1

Imagem eidética =
84

representação de um objeto
.3
11

com muita nitidez e clareza


.4

Representação = pouca
90

nitidez; pouca corporeidade;


-0

instabilidade.
os

Pareidolias =imagens
nt

visualizadas a partir de
sa

estímulos imprecisos
Imagem,
s

Imagem = nítida; contornos


do

Representação e precisos; corporeidade;


es

Imaginação estável.
m
go
ra
sa

Imaginação: processo de
produção de imagens.

Alterações quantitativas da sensopercepção

• Hiperestesia = “percepções encontram-se anormalmente aumentadas em


sua intensidade ou duração. Os sons são ouvidos de forma muito amplificada; um

| 197
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

ruído parece um estrondo; as imagens visuais e as cores tornam-se mais vivas e


intensas. A hiperestesia ocorre, por exemplo, nas intoxicações por alucinógenos.
• Hipoestesia = é observada em alguns pacientes com depressão grave, nos
quais o mundo circundante é percebido como mais escuro; as cores tornam-se mais
pálidas e sem brilho; os alimentos não têm mais sabor; e os odores perdem sua
intensidade.
• Anestesia tátil = perda da sensação tátil em determinada área da pele.

06
• Parestesias = sensações táteis desagradáveis (embora não sentidas

4:
:3
propriamente como dor), em geral espontâneas, descritas pelos pacientes como

19
“formigamentos, adormecimentos, picadas, agulhadas ou queimação” mais ou

1
02
menos intensas.

/2
11
• Disestesias táteis = sensações anômalas, em geral dolorosas,

8/
desencadeadas por estímulos externos; assim, ao estimular a pele do paciente com

-2
calor, este refere sensação de frio; e, após um leve roçar sobre a pele, refere dor.

om
(Dalgalarrondo, 2019)

l.c
ai
tm
ho
@

Alterações qualitativas da sensopercepção


es
m
go

As alterações qualitativas da sensopercepção são de extrema importância e


ah

precisam ser decoradas e aprendidas!


a.
-s
2
-1

• Ilusão = percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente.


84

Há um objeto externo real, gerador do processo de sensopercepção, mas tal


.3
11

percepção é deformada, adulterada;


.4

As ilusões visuais são mais comuns e as auditivas também não são raras.
90
-0

Paciente geralmente vê pessoas, monstros, animais, entre outras coisas, a partir de


os

estímulos visuais como móveis, roupas, objetos ou figuras penduradas nas paredes.
nt
sa

Comumente encontradas em quadros de delirium. (Dalgalarrondo, 2019)


s
do

• Alucinação = percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o


es
m

estímulo sensorial respectivo.


go

Embora as alucinações sejam mais comuns em indivíduos com transtornos


ra
sa

mentais graves, podem ocorrer em pessoas que não os apresentem.


Tipos de alucinação mais importantes na clínica:
- Auditivas = tipo mais comum nos transtornos mentais (já nos
transtornos neurológicos, predominam as visuais); podem ser simples (ouvir
ruídos) ou complexas (vozes que comumente ameaçam ou insultam).
- Visuais = podem ser simples (pessoa vê cores, bolas, pontos
brilhantes) ou complexas (figuras e imagens de pessoas, parte do corpo,
entidades...). Embora possam se manifestar em condições normais e em
transtornos mentais como a esquizofrenia, são mais comuns em quadros
neurológicos e neuropsicológicos.

| 198
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Táteis = sente espetadas, choques ou insetos ou pequenos animais


correndo sobre sua pele.
- Olfativas e gustativas = exemplo: “sentir” o odor de coisas podres,
de cadáver, de fezes.
- Cenestésicas (somáticas) e cinestésicas: Cenestésicas = sensação
incomum e anormal em partes do corpo ou órgãos, como sentir o cérebro
encolhendo ou o fígado despedaçando; cinestésicas = sensações alteradas

06
de movimentos do corpo, como as pernas encolhendo, ou corpo afundando.

4:
:3
- Funcionais ou reflexas = desencadeadas por estímulos sensoriais,

19
exemplo: pessoa relata ouvir vozes ao abrir o chuveiro, ou a torneira.

1
02
- Combinadas, multimodais ou polimodais = alucinações de várias

/2
11
modalidades sensoriais (auditivas, visuais, táteis, ...) ao mesmo tempo, ou

8/
sucessivamente. Exemplo: O indivíduo vê uma pessoa que fala com ele e toca

-2
em seu corpo.

om
- Extracampinas = experimentadas fora do campo sensoperceptivo

l.c
ai
habitual. Indivíduo vê uma imagem às suas costas ou atrás de uma parede.
tm
ho
- Autoscópica = pessoa enxerga a si mesma, vê o seu corpo, como se
@

estivesse fora dele, contemplando-o.


es

- Hipnagógicas e hipnopômpicas = relacionadas à transição sono-


m
go

vigília. Alucinações hipnopômpicas = ocorrem na fase em que o indivíduo


ah

está despertando; alucinações hipnagógicas = se manifestam quando o


a.
-s

indivíduo está adormecendo.


2
-1
84

Fenômenos muito próximos das alucinações audioverbais, característicos


.3
11

da esquizofrenia, são a sonorização do pensamento (ou eco do pensamento) e


.4
90

publicação do pensamento.
-0

➢ Sonorização do pensamento = paciente escuta os próprios pensamentos, no


os

momento em que os pensa (sonorização). Ou de forma repetida, logo após ter sido
nt
sa

pensado (eco do pensamento).


s

Publicação do pensamento = o paciente tem a nítida sensação de que as


do


es

pessoas ouvem o que ele pensa, no exato momento em que está pensando.
m

(Dalgalarrondo, 2019)
go
ra
sa

“O insight em relação às alucinações audioverbais, na esquizofrenia, geralmente é


pequeno ou ausente. Os pacientes tendem a acreditar que tais vozes não são o
produto de um transtorno mental, mas uma realidade apavorante que se lhes
impõe, que elas devem ser produzidas pelo demônio, por máfia ou por grupos que
estão contra ele e querem destruí-lo.” (Dalgalarrondo, 2019)

| 199
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Auditivas = simples (ouvir ruídos) ou complexas (ex.vozes que ameaçam ou insultam).

Visuais = simples (cores, pontos brilhantes) ou complexas (pessoas, parte do corpo)

Táteis = sente espetadas, choques ou insetos ou pequenos animais correndo sobre sua
pele

Olfativas e gustativas = exemplo: “sentir” o odor de coisas podres, de cadáver, de

06
fezes.
Tipos de alucinação

4:
:3
Cenestésicas = ex. sentir cérebro encolhendo; Cinestésicas = ex. sentir pernas

19
encolhendo.

1
02
/2
Funcionais ou reflexas = exemplo: pessoa relata ouvir vozes ao abrir o chuveiro, ou a

11
torneira.

8/
-2
Combinadas, multimodais ou polimodais: alucinações de várias modalidades

om
sensoriais

l.c
ai
Extracampinas = ex. Indivíduo vê uma imagem atrás de uma parede
tm
ho
@
es

Autoscópica = pessoa vê o seu corpo, como se estivesse fora dele.


m
go
ah

Hipnagógicas e hipnopômpicas = relacionadas à transição sono-vigília


a.
-s
2
-1

• Alucinose = paciente percebe a experiência alucinatória como estranha a


84

sua pessoa.
.3
11

Embora o paciente veja a imagem ou ouça a voz ou o ruído, está ausente a


.4

crença, muito comum nas psicoses, que o alucinado tem em sua alucinação. O
90
-0

sujeito permanece consciente de que aquilo é um fenômeno estranho. Assim, diz-se


os

que a alucinose é um fenômeno periférico ao EU, diferentemente da alucinação


nt
sa

verdadeira, que é central ao EU.


s

Uma forma não rara de alucinose do tipo auditiva é a alucinose alcoólica,


do

que ocorre, de forma geral, em sujeitos com dependência crônica de álcool e


es
m

consiste em vozes que falam do paciente na terceira pessoa (“Maria é mesmo uma
go

covarde”).
ra
sa

• Pseudoalucinação = alteração da representação.


Diferentemente da alucinação, não apresenta os aspectos vivos e corpóreos
de uma imagem perceptiva real; a voz, ou imagem visual, percebida é pouco nítida,
de contornos imprecisos, sem vida e sem corporeidade. (Dalgalarrondo, 2019)

Alterações quantitativas da sensopercepção Alterações qualitativas da sensopercepção

| 200
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Hiperestesia = percepções anormalmente Ilusão = percepção deformada, alterada, de um


aumentadas objeto real e presente

Hipoestesia = mundo circundante percebido como Alucinação = percepção de um objeto, sem que
mais escuro; os alimentos não têm mais sabor; e os odores este esteja presente
perdem intensidade

Anestesia tátil = perda da sensação tátil em Alucinose = paciente percebe a experiência


determinada área da pele alucinatória como estranha a sua pessoa

06
4:
:3
Disestesias táteis = sensações anômalas, em geral Pseudoalucinação = alteração da

19
dolorosas, desencadeadas por estímulos externos representação; a voz, ou imagem visual, percebida é

1
pouco nítida, de contornos imprecisos

02
/2
11
Parestesias = sensações táteis desagradáveis

8/
-2
om
l.c
ai
tm
A MEMÓRIA e suas alterações
ho
@
es

• Memória = a capacidade de codificar, armazenar e evocar as experiências,


m

impressões e os fatos.
go
ah

A memória NÃO é um processo unitário, sendo composta de múltiplo


a.

elementos. Além disso, a memória é um processo ativo.


-s
2

A memória é frequentemente reeditada. Ou seja, informações


-1
84

passadas podem ser reconfiguradas com acréscimos de elementos novos.


.3

(Dalgalarrondo, 2019)
11
.4
90

• Tipos de memória:
-0

- Memória psicológica (cognitiva ou neuropsicológica) = permite ao


os
nt

indivíduo codificar, conservar e evocar os dados aprendidos da experiência.


sa

- Memória genética e epigenética = engloba conteúdos de


s
do

informações biológicas adquiridos ao longo da história filogenética da


es

espécie e ao longo das vivências dos indivíduos e de seus ancestrais,


m
go

contidos no material biológico dos seres vivos.


ra

- Memória imunológica = Informações registradas e potencialmente


sa

recuperáveis pelo sistema imunológico de um ser vivo.


- Memória coletiva, social ou cultural = engloba conhecimentos e
práticas culturais e sociais produzidos, acumulados e mantidos por um
grupo social. (Dalgalarrondo, 2019)

• FASES OU ELEMENTOS BÁSICOS DA MEMÓRIA:

➢ Codificação = captar, adquirir e codificar informações;


➢ Armazenamento = reter as informações;

| 201
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

➢ Recuperação ou evocação = informações são recuperadas.


(Dalgalarrondo, 2019)

• MEMÓRIA SEGUNDO O TEMPO DE AQUISIÇÃO, ARMAZENAMENTO E


EVOCAÇÃO:

➢ Memória sensorial: (até 1 segundo); percepção, atenção e memória

06
se sobrepõem; são ricas (muitos conteúdos), mas breves.

4:
:3
19
➢ Memória imediata ou de curtíssimo prazo: (de poucos segundos até

1
02
1 a 3 minutos). Capacidade de reter o material imediatamente após ser

/2
11
percebido. Tem capacidade limitada e depende da concentração, da

8/
fatigabilidade e de certo treino.

-2
Por exemplo: reter um número telefônico para, logo em seguida,

om
discar.

l.c
ai
tm
ho
➢ Memória recente ou de curto prazo (de poucos minutos até 3 a 6
@

horas). Refere-se à capacidade de reter a informação por curto período.


es

Também é um tipo de memória de capacidade limitada.


m
go
ah

Memória remota ou de longo prazo (de dias, meses até muitos


a.


-s

anos). Função relacionada à transferência de informações para depósitos de


2
-1

longo prazo, tendo capacidade quase ilimitada. Também se relaciona a


84

evocação de informações e acontecimentos ocorridos no passado,


.3
11

geralmente após muito tempo do evento. (Dalgalarrondo, 2019)


.4
90
-0

Memória sensorial • até 1 segundo


os
nt
sa

Memória imediata ou de
• de poucos segundos até 1 a 3 minutos
s

curtíssimo prazo
do
es

Memória recente ou de
• de poucos minutos até 3 a 6 horas
m

curto prazo
go
ra

Memória remota ou de
• de dias, meses até muitos anos
sa

longo prazo

• TIPOS DE MEMÓRIA DEPENDENTES DO CARÁTER CONSCIENTE OU NÃO-


CONSCIENTE DO PROCESSO MNÊMICO:
- Memória explícita = declarativa = relacionada ao conhecimento
consciente, obtido geralmente com algum esforço.
- Memória implícita = sem consciência ou não declarativa =
adquirida e utilizada sem que se perceba, sem consciência e, geralmente,
sem esforço. Exemplo: saber escovar os dentes. (Dalgalarrondo, 2019)

| 202
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Priming = tipo de memória implícita.


Aprimoramento de repetição; dicas evocadoras de lembranças mais amplas.
Exemplo: um músico toca ou ouve os primeiros dois ou três acordes de uma canção
aparentemente esquecida e, de forma gradativa, a composição toda começa a
ressurgir para ele. (Dalgalarrondo, 2019)

06
• TIPOS DE MEMÓRIA SEGUNDO A ESTRUTURA CEREBRAL ENVOLVIDA:

4:
:3
19
➢ Memória de trabalho = é, de modo geral, explícita, consciente, que exige

1
02
esforço. É ativa, realiza operações mentais de forma constante (trabalha

/2
11
constantemente). É uma gerenciadora da memória.

8/
Exemplo: pedir informações sobre algum local, ao dirigir e,

-2
om
mentalmente, executar o trajeto.

l.c
ai
➢ Memória episódica = forma de memória explícita, de médio e longo prazos,
tm
ho
relacionada a eventos específicos da experiência pessoal do indivíduo,
@

ocorridos em determinado contexto; corresponde a eventos específicos e


es
m

concretos.
go

A perda de perda de memória episódica obedece à lei de Ribot


ah
a.

(perdem-se primeiro os elementos recentemente adquiridos e, depois, os


-s

mais antigos).
2
-1
84
.3

➢ Memória semântica = conhecimentos gerais sobre o mundo; nomeação e


11

categorização; as memórias episódicas são convertidas ao longo do tempo e


.4
90

por exposição repetida em memórias semânticas. Frequentemente,


-0

explícita.
os

Refere-se a aprendizado, conservação e utilização do arquivo geral de


nt
sa

conceitos e conhecimentos do indivíduo.


s
do

“Lembrar como foi um almoço com os avós, em Belo Horizonte,


es

durante há 3 semanas, depende do sistema de memória episódica. Já o


m

conhecimento do significado das palavras “almoço”, “Belo Horizonte”,


go
ra

“avós”, etc., depende da memória semântica.”


sa

➢ Memória de procedimentos = de modo geral, é implícita e não declarativa;


tipo de memória automática, não consciente.
Exemplos desse tipo de memória são habilidades motoras e
perceptuais mais ou menos complexas (andar de bicicleta, digitar no
computador, etc.), habilidades visuoespaciais (como a capacidade de
aprender soluções de quebra-cabeças) e habilidades automáticas
relacionadas ao aprendizado de línguas (regras gramaticais incorporadas na
fala automaticamente, etc.). (Dalgalarrondo, 2019)

| 203
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

TIPOS DE MEMÓRIA DEPENDENTES DO CARÁTER TIPOS DE MEMÓRIA SEGUNDO A ESTRUTURA


CONSCIENTE OU NÃO-CONSCIENTE DO PROCESSO CEREBRAL ENVOLVIDA
MNÊMICO
- Memória explícita = declarativa = relacionada ao - Memória de trabalho = de modo geral, explícita,
conhecimento consciente, obtido geralmente com consciente, que exige esforço. É ativa, realiza
algum esforço. operações mentais de forma constante (trabalha

06
constantemente).

4:
:3
- Memória implícita = sem consciência ou não - Memória episódica = forma de memória

19
declarativa = adquirida e utilizada sem que se perceba, explícita, de médio e longo prazos, relacionada a

1
02
sem consciência e, geralmente, sem esforço. eventos específicos da experiência pessoal do

/2
11
indivíduo, em determinado contexto.

8/
- Memória semântica = conhecimentos gerais

-2
om
sobre o mundo; aprendizado, conservação e

l.c
utilização do arquivo geral de conceitos e

ai
conhecimentos do indivíduo.
tm
ho

- Memória de procedimentos = de modo geral, é


@

implícita e não declarativa; tipo de memória


es
m

automática, não consciente. Ex: andar de bicicleta.


go
ah
a.

Hipocampos: estruturas mais importantes para a memória; se conectam a


-s

múltiplas áreas do córtex cerebral, organizam eventos relacionados entre si em uma


2
-1

rede estruturada de memórias, além de atuarem na percepção e na organização


84
.3

mental, espacial e temporal dos eventos.


11

Experienciar e reexperienciar vivamente cenas do passado e poder imaginar


.4
90

o futuro são ações que dependem intimamente da integridade dos hipocampos.


-0

(Dalgalarrondo, 2019)
os
nt
sa
s
do

Alterações quantitativas da memória


es
m

• Hipermnésia = em alguns pacientes com mania ou hipomania, as


go

representações (elementos mnêmicos) afluem rapidamente, numa tempestade de


ra
sa

informações ou imagens; ganha-se em número, perde-se, porém, em clareza e


precisão.
Outro tipo de hipermnésia é denominada “hipermnésia para memória
autobiográfica”. É uma condição rara, em que o sujeito tem sua memória
autobiográfica quase perfeita.

• Amnésia (ou hipomnésia) = perda da memória, seja a da capacidade de fixar


ou a da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.

| 204
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Amnésia anterógrada = indivíduo não consegue mais fixar elementos


mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral. Frequente em
distúrbios neurocognitivos.
- Amnésia retrógrada = indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes
do início do transtorno (ou trauma). Observada em quadros dissociativos
(psicogênicos). (Dalgalarrondo, 2019)

06
4:
:3
Alterações qualitativas da memória (paramnésias)

19
1
02
• Ilusões mnêmicas = há o acréscimo de elementos falsos a elementos da

/2
memória de fatos que realmente aconteceram. Muitos pacientes informam sobre o

11
8/
seu passado indicando claramente deformação de lembranças reais: “Tive uma

-2
centena de filhos com minha mulher” (teve de fato alguns filhos com a mulher, mas

om
não uma centena).

l.c
ai
tm
• Alucinações mnêmicas = criações imaginativas com a aparência de
ho
@

lembranças ou reminiscências que não correspondem a qualquer elemento


es

mnêmico, a qualquer lembrança verdadeira.


m
go
ah

Confabulações ou fabulações = memórias ou recordações falsas, mas plausíveis;


a.
-s

pessoa não sabe da falsidade de suas recordações.


2
-1

As confabulações de embaraço ocorrem, por exemplo, quando se pergunta


84

ao sujeito “o que você fez no domingo anterior?”. A pessoa, sem perceber suas
.3
11

dificuldades de memória, passa a relatar fatos falsos relacionados às perguntas;


.4

plausíveis, porém falsos. (Dalgalarrondo, 2019)


90
-0
os
nt

Alterações do Reconhecimento
sa
s
do

As alterações do reconhecimento dividem-se em dois grandes grupos:


es
m

- as diferentes formas de agnosias, de origem essencialmente cerebral;


go

- as alterações de reconhecimento psicopatológicas, mais frequentemente


ra
sa

associadas aos transtornos mentais, sem base orgânica definida.

• Agnosias = são alterações no reconhecimento; fenômenos relativamente


raros; “déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais de objetos e fenômenos,
que não podem ser explicados por um déficit sensorial elementar, por distúrbios da
linguagem e de atenção ou por perdas cognitivas globais.”
Agnosias são de modalidades sensoriais específicas, em que o sujeito perde
a capacidade de reconhecimento (objetos, faces, sons, ...) por dada via sensorial
(visão, audição ou tato), embora possa reconhecer os objetos por outra via
sensorial. As mais importantes agnosias são as visuais e as auditivas.

| 205
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Num caso de agnosia visual, por exemplo, a pessoa enxerga determinado


objeto, consegue descrevê-lo, mas não sabe o que realmente é. Por outro lado, se
puder tocar ou cheirar, consegue reconhecê-lo. (Dalgalarrondo, 2019)

• Alterações do reconhecimento associadas a transtornos


mentais/identificação de origem delirante:
- Falso desconhecimento: paciente não reconhece pessoas muito familiares.

06
Frequentemente, são fenômenos delirantes, associados a quadros psicóticos.

4:
:3
- Falso reconhecimento: paciente identifica alguém desconhecido como se

19
fosse alguém conhecido a muito tempo. Também frequente em quadros psicóticos

1
02
agudos. (Dalgalarrondo, 2019)

/2
11
8/
-2
A AFETIVIDADE e suas alterações

om
l.c
ai
Vida afetiva = “dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivências
tm
ho
humanas”. (Dalgalarrondo, 2019)
@
es
m

• Distinguem-se cinco tipos básicos de vivências afetivas:


go
ah
a.

1. Humor ou estado de ânimo = tônus afetivo; ligado ao estado emocional


-s

basal e difuso em determinado momento; é a disposição afetiva de fundo que


2
-1

penetra toda a experiência psíquica, a lente afetiva que dá às vivências do sujeito, a


84

cada momento, uma cor particular.


.3
11
.4
90

2. Emoções = reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por


-0

estímulos significativos; é um estado afetivo intenso, de curta duração.


os

Comumente acompanhada de reações somáticas, corporais (assim como o


nt
sa

humor).
s
do
es

3. Sentimentos = estados e configurações afetivas estáveis; em relação às


m

emoções, são mais atenuados em sua intensidade e menos reativos a estímulos


go

passageiros.
ra
sa

Em geral, não implicam concomitantes somáticos.

4. Afetos = qualidade e o tônus emocional que acompanha uma ideia ou


representação mental. Os afetos acoplam-se a ideias, anexando a elas um colorido
afetivo.

5. Paixões = estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade


psíquica como um todo. Atenção e interesse captados e dirigidos numa só
direção. (Dalgalarrondo, 2019)

| 206
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Humor ou estado de ânimo •disposição afetiva de fundo; lente afetiva

Emoções •reações afetivas agudas, momentâneas

Sentimentos •estados e configurações afetivas estáveis

06
4:
:3
19
•qualidade e tônus emocional que acompanha ideia
Afetos

1
ou representação mental

02
/2
11
Paixões •estado afetivo extremamente intenso

8/
-2
om
l.c
• Dimensões da resposta ou reação afetiva de um indivíduo:
ai
tm
- Sintonização afetiva: capacidade de o sujeito ser influenciado
ho

afetivamente por estímulos externos. Exemplo: o sujeito entristece-se com


@

ocorrências dolorosas, alegra-se com eventos positivos.


es
m

- Irradiação afetiva: capacidade do indivíduo de transmitir, irradiar


go
ah

ou contaminar os outros com seu estado afetivo momentâneo.


a.
-s

• Diferença entre ansiedade, angústia e medo:


2
-1

➢ Ansiedade: apreensão negativa em relação ao futuro;


84
.3

➢ Angústia: aperto no peito e garganta, sufocamento; conotação mais


11

corporal e mais relacionada ao passado;


.4
90

➢ Medo: nesse caso, o objeto do medo é mais ou menos preciso,


-0

diferentemente da ansiedade e da angústia (Dalgalarrondo, 2019)


os
nt
sa
s
do

Exemplos de alterações da afetividade


es
m

Dois polos básicos das alterações do humor, ou timopatias, são:


go

- o polo depressivo, ou hipotímico;


ra
sa

- o polo maníaco, ou hipertímico.

• Euforia, ou alegria patológica = no espectro maníaco, refere-se ao humor


morbidamente exagerado, predominando um estado de alegria intensa e
desproporcional às circunstâncias.

• Elação = além da alegria patológica, há a expansão do Eu, uma sensação


subjetiva de grandeza e de poder.

| 207
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Distimia = alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição como no


sentido da exaltação.

Atenção! Não se deve confundir o sintoma distimia com o transtorno distimia, que,
segundo as classificações da CID-11 e do DSM-V, é um transtorno depressivo leve e
crônico.

06
• Disforia = distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva desagradável,

4:
:3
mal-humorada. Quando se fala em depressão disfórica ou mania disfórica, está

19
sendo designado um quadro de depressão ou de mania acompanhado de forte

1
02
componente de irritação, amargura, desgosto ou agressividade. (Dalgalarrondo,

/2
11
2019)

8/
-2
Um dos transtornos elencados no DSM V, dentro da categoria dos transtornos

om
l.c
depressivos, é o Transtorno disfórico pré-menstrual, caracterizado por expressão de

ai
labilidade do humor, irritabilidade, disforia e sintomas de ansiedade que ocorrem
tm
ho
repetidamente durante a fase pré-menstrual do ciclo e remitem por volta do início
@

da menstruação ou logo depois.


es
m
go

• Puerilidade = caracteriza pelo aspecto infantil, simplório, regredido. Vida


ah
a.

afetiva superficial, sem afetos profundos, consistentes e duradouros.


-s
2
-1

Catatimia = importante influência que a vida afetiva, sobretudo o estado de


84
.3

humor (mas também as emoções, os sentimentos e as paixões) exerce sobre as


11

demais funções psíquicas. (Dalgalarrondo, 2019)


.4
90
-0
os

Exemplos de alterações das emoções e dos sentimentos


nt
sa
s
do

• Medo = a rigor, não é uma emoção patológica, mas uma característica


es

universal.
m
go

• Fobia = medos desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de


ra
sa

perigo real oferecidas pelos objetos ou situações. Exemplo: medo de barata (fobia
simples) e fobia social.

• Pânico = crises de pânico são crises agudas e intensas de ansiedade,


somadas ao medo de morrer ou perder o controle e de acentuada descarga
autonômica (taquicardia, sudorese ...)

• Apatia = incapacidade de sentir afetos; diminuição da excitabilidade


emocional; os pacientes queixam-se de não poderem sentir nem alegria, nem

| 208
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

tristeza; o paciente torna-se hiporreativo, é um “tanto faz quanto tanto fez” para
tudo na vida.

• Sentimento de falta de sentimento = vivência de incapacidade para sentir


emoções; diferentemente da apatia, o sentir o “não-sentir” é vivenciado com muito
sofrimento, como uma tortura.

06
• Anedonia = incapacidade de sentir prazer com determinadas atividades e

4:
:3
experiências da vida. Exemplo: pessoa incapaz de sentir prazer sexual, ou não

19
consegue desfrutar de um bom filme. Apatia e anedonia são fenômenos muito

1
02
próximos.

/2
11
8/
• Indiferença afetiva e “bela indiferença” = no passado, descrita

-2
particularmente na histeria. Não é uma indiferença profunda, sendo mais aparente

om
e teatral.

l.c
ai
Certa frieza afetiva incompreensível diante dos sintomas que o paciente
tm
ho
apresenta (p. ex., paralisia psicogênica das pernas, perdas psicogênicas da visão,
@

etc.), sendo que tal frieza e indiferença parecem indicar que, no fundo (de forma
es

inconsciente), o paciente sabe que seu sintomas são psicogênicos e potencialmente


m
go

reversíveis.
ah
a.
-s

• Labilidade afetiva e incontinência afetiva = ocorrem mudanças súbitas e


2
-1

imotivadas de humor, sentimentos ou emoções.


84

Na labilidade, o indivíduo oscila de forma abrupta, rápida e inesperada de


.3
11

um estado afetivo para outro.


.4
90

Na incontinência, a pessoa não consegue conter sua reação afetiva. A


-0

resposta afetiva ocorre geralmente em consequência a estímulos apropriados, mas


os

é muito desproporcional. (Dalgalarrondo, 2019)


nt
sa
s
do

Redução dos afetos nas psicoses


es
m
go

• Hipomodulação do afeto = incapacidade de modular a resposta afetiva de


ra
sa

acordo com a situação.

• Distanciamento afetivo e pobreza de sentimentos = perda progressiva e


patológica das vivencias afetivas.

• Embotamento afetivo e devastação afetiva = perda profunda de todo tipo


de vivência afetiva; diferente do que ocorre na apatia, que é basicamente uma
experiência subjetiva, o embotamento é observável, constatável por meio da
mímica, da postura e da atitude. Ocorre, em geral, nas formas negativas e
deficitárias de esquizofrenia. (Dalgalarrondo, 2019)

| 209
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Afetos qualitativamente alterados nas psicoses

• Ambivalência afetiva: sentimentos opostos e simultâneos em relação a um


mesmo estímulo ou objeto. Exemplo: sujeito sente rancor e carinho por alguém.
A ambivalência afetiva de quadros psicóticos e esquizofrênicos ocorre de

06
forma radical e intensa, sendo diferente da ambivalência afetiva normal, em

4:
pessoas sem psicose.

:3
19
1

02
Inadequação do afeto ou paratimia: Reação completamente incongruente

/2
a situações existenciais ou a determinados conteúdos ideativos, revelando

11
desarmonia profunda da vida psíquica, contradição profunda entre a esfera ideativa

8/
-2
e a afetiva.

om
l.c
• Neotimia: sentimentos e experiências afetivas inteiramente novos. Afetos
ai
tm
estranhos e bizarros para a pessoa. (Dalgalarrondo, 2019)
ho
@
es
m

A VONTADE, A PSICOMOTRICIDADE E O AGIR e suas alterações


go
ah
a.
-s

Vontade = volição; “dimensão complexa da vida mental, relacionada intimamente


2

com as esferas instintiva, afetiva e intelectiva (que envolve avaliar, julgar, analisar,
-1
84

decidir), bem como com o conjunto de valores, princípios, hábitos e normas


.3

socioculturais do indivíduo.” (Dalgalarrondo, 2019)


11
.4
90

• Etapas ou momentos fundamentais do Processo volitivo:


-0

➢ Fase de intenção ou propósito = se esboçam as tendências básicas


os
nt

do indivíduo, suas inclinações e interesses.


sa

➢ Fase de deliberação = ponderação consciente; O indivíduo faz uma


s
do

análise básica do que seria positivo ou negativo, benéfico ou maléfico


es

em sua decisão.
m
go

➢ Fase de decisão = é o momento culminante do processo volitivo,


ra

instante que demarca o começo da ação.


sa

➢ Fase de execução = etapa final do processo volitivo; os atos


psicomotores simples e complexos decorrentes da decisão são
postos em funcionamento, a fim de realizar e consumar aquilo que
mentalmente foi decidido e aprovado pelo indivíduo. (Dalgalarrondo,
2019)

Alterações da vontade

| 210
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Hipobulia/abulia = diminuição ou até abolição da atividade volitiva.


(Dalgalarrondo, 2019)

Atos Impulsivos e Atos Compulsivos


- Ato impulsivo = são uma espécie de curto circuito do ato voluntário, há um
salto da fase de intenção à fase de execução; tende a desconsiderar desejos e

06
necessidades das outras pessoas; geralmente, é egossintônico (sujeito não percebe

4:
o ato como inadequado, não tenta evitá-lo ou adiá-lo).

:3
19
Alguns transtornos relacionados: transtorno por uso e dependência de

1
02
substâncias; Transtorno de personalidade boderline; TDAH; entre outros.

/2
11
8/
- Ato compulsivo = difere do ato impulsivo por ser reconhecido pelo

-2
indivíduo como indesejável e inadequado (egodistônico), assim como pela tentativa

om
de refreá-lo ou adiá-lo. A compulsão é geralmente uma ação motora complexa que

l.c
ai
pode envolver comportamentos repetitivos, desde atos compulsivos relativamente
tm
simples, como coçar-se, picar-se, arranhar-se, até rituais compulsivos complexos,
ho
@

como tomar banho de forma repetida e muito ritualizada, lavar as mãos e secar-se
es

de modo estereotipado, por inúmeras vezes seguidas, etc.


m
go

Alguns transtornos relacionados: TOC; Transtorno de acumulação;


ah

Transtorno dismórfico corporal; entre outros. (Dalgalarrondo, 2019)


a.
-s
2
-1
84

Impulsos e Compulsões Patológicas


.3

- Impulsos e compulsões agressivas auto ou heterodestrutivas: Por exemplo, a


11
.4

Automutilação, que consiste em impulso (ou compulsão) seguido de


90

comportamento de autolesão voluntária. Exemplo: pacientes que produzem


-0

escoriações na pele e nas mucosas, com facas e/ou estiletes.


os
nt
sa

- Impulsos e compulsões relacionados à ingestão de substâncias ou alimentos:


s
do

Por exemplo, a Bulimia, que consiste em impulso irresistível de ingerir rapidamente


es

grande quantidade de alimentos. Após a ingestão rápida, o paciente sente-se


m
go

culpado, com medo de engordar, e induz vômitos ou toma laxativos.


ra
sa

- Atos e compulsões relacionados ao desejo e comportamento sexual: Por


exemplo: a pedofilia (desejo e atividade sexual voltada para crianças ou púberes); o
exibicionismo (impulso de mostrar os órgãos genitais, geralmente contra a vontade
da pessoas a quem o ato se destina); voyeurismo (impulso de obter prazer
observando uma pessoa que está rendo relação sexual, ou que está nua ou se
despindo); fetichismo (impulso e desejo sexual concentrados, ou exclusivos, em
partes da vestimenta ou do corpo da outra pessoa); entre outros.

- “Fatores protetores de suicídio:

| 211
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Boa saúde física e mental


• Gênero feminino
• Ter perspectivas futuras, habilidades profissionais e educacionais.
• Bons e intensos vínculos sociais
• Ser casado e ter filhos
• Pertencer a uma religião e praticá-la
• Ter medo de atos violentos

06
• Ter emprego

4:
:3
19
- Fatores de risco para o suicídio:

1
02
• Depressão moderada ou grave

/2
11
• Gênero masculino

8/
• Desesperança, falta de perspectivas, sensação de fracasso pessoal

-2
• Morar sozinho, não ter família ou vínculos sociais

om
• Separações recentes – do(a) namorado(a), esposo(a), amante, etc.

l.c
ai
• História de tentativas ou ameaças suicidas recentes tm
ho
• Dor, doenças físicas ou déficits funcionais crônicos
@

• Idade: adolescentes, homens de meia-idade e idosos


es

• Fácil acesso a meios violentos (revólveres, altura, venenos, fármacos


m
go

potencialmente perigosos, etc.)


ah

• Esquizofrenia, alcoolismo e dependência de substâncias (suicídio tipo


a.
-s

balanço existencial), personalidade borderline


2
-1

• Traços autodestrutivos e impulsivos” (Dalgalarrondo, 2019)


84
.3
11
.4

Alterações da psicomotricidade
90
-0
os

- Agitação psicomotora = uma das mais comuns alterações da


nt

psicomotricidade. Implica a aceleração e exaltação de toda a atividade motora.


sa

- Lentificação psicomotora = lentificação de toda a atividade psíquica


s
do

(bradipsiquismo).
es
m
go

• Estupor = perda de toda a atividade espontânea, que atinge o indivíduo


ra

globalmente, na vigência de um nível de consciência aparentemente preservado e


sa

de capacidade sensório-motora para reagir ao ambiente.

• Catatonia = sintomas de estupor em conjunto com uma série de outros


sintomas, sobretudo psicomotores. (Dalgalarrondo, 2019)

De acordo com o DSM V, a característica principal da catatonia é uma


perturbação psicomotora acentuada que pode envolver atividade motora
diminuída, participação diminuída durante entrevista ou exame físico ou atividade
motora excessiva e peculiar.

| 212
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A apresentação clínica da catatonia pode confundir, uma vez que a


perturbação psicomotora pode variar desde ausência acentuada de resposta até
agitação acentuada.

Cuidado! Catatonia é diferente de Catatimia!

Catatimia = importante influência que a vida afetiva, sobretudo o estado de humor

06
(mas também as emoções, os sentimentos e as paixões) exerce sobre as demais

4:
:3
funções psíquicas.

19
1
02
• Apraxias = perda da atividade gestual complexa devido à lesão neuronal;

/2
11
impossibilidade ou dificuldade em realizar atos intencionais, gestos complexos,

8/
-2
voluntários, conscientes, sem que haja paralisia, paresias ou ataxias e sem que falte

om
a compreensão da solicitação para fazê-lo, ou a decisão de fazê-lo.

l.c
O sufixo “praxia” se refere à capacidade de realizar atos, movimentos e

ai
gestos habilidosos e/ou aprendidos. tm
ho
@

Cuidado! Não confundir com “Aprosexia”, que é a total perda da atenção.


es
m
go
ah

• Hipopragmatismo = incapacidade ou dificuldade em realizar condutas


a.

volitivas e psicomotoras minimamente complexas como, por exemplo, cuidados de


-s

higiene pessoal ou arrumar o próprio quarto.


2
-1

Tal condição está ligada há alterações nas esferas volitivas e afetivas. Assim,
84
.3

é diferente da Apraxia, em que há perda da atividade gestual complexa pela


11

presença de lesão neuronal.


.4
90

O hipopragmatismo é frequente, por exemplo, em sujeitos psicóticos


-0

crônico, sobretudo na esquizofrenia. (Dalgalarrondo, 2019)


os
nt
sa
s
do

O PENSAMENTO e suas alterações


es
m
go

• Elementos constitutivos do pensamento = o conceito, o juízo e o raciocínio.


ra
sa

➢ Conceito = elemento estrutural básico do pensamento; puramente


cognitivo, não possuindo qualquer resquício sensorial.
➢ Juízo = articulação entre dois ou mais conceitos ou termos. Por exemplo:
cadeira (conceito) + utilidade (conceito) = a cadeira é útil (juízo)
➢ Raciocínio = relaciona conceitos e juízos formando uma narrativa ou
argumentação. (Dalgalarrondo, 2019)

• Aspectos do processo de pensar = curso, forma (estrutura) e conteúdo


(temática) do pensamento.

| 213
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Psicopatologia

➢ Curso do pensamento = modo como o pensamento flui, a sua velocidade e


seu ritmo ao longo do tempo.
➢ Forma do pensamento = estrutura básica, sua “arquitetura”, preenchida
pelos mais diversos conteúdos e interesses do indivíduo.
➢ Conteúdo do pensamento = aquilo que dá substância ao pensamento, os
seus temas predominantes, o assunto em si. (Dalgalarrondo, 2019)

06
4:
:3
• Tipos alterados de pensamento: Pensamento mágico; Pensamento inibido;

19
Pensamento vago; Pensamento prolixo; Pensamento concreto; Pensamento

1
02
deficitário; Pensamento demencial; Pensamento confusional; Pensamento

/2
11
desagregado; Pensamento obsessivo; Pensamento ruminativo perseverativo.

8/
-2
➢ Pensamento mágico = é um exemplo de tipo alterado de pensamento,

om
incluindo juízo e raciocínio; fere frontalmente os princípios da lógica formal,

l.c
ai
bem como os indicativos e imperativos da realidade. O pensamento mágico
tm
ho
segue os desígnios dos desejos, das fantasias e dos temores, conscientes ou
@

inconscientes, do sujeito, adequando a realidade ao pensamento, e não o


es

contrário. Por exemplo: porque a pessoa viu um carro batido pela manhã,
m
go

conclui que o pai irá morrer atropelado nos próximos dias.


ah

O Pensamento mágico é mais comum em crianças. Também pode ser


a.
-s

verificado, por exemplo, em transtornos da personalidade, em quadros


2
-1

obsessivos-compulsivos e em pacientes com esquizofrenia.


84
.3
11

➢ Pensamento Concreto = A pessoa não consegue entender ou utilizar


.4

metáforas, o pensamento é muito aderido ao nível sensorial da experiência


90
-0

e ao que é concreto na experiência. Faltam, comumente, aspectos como a


os

ironia, o subentendido, o duplo sentido.


nt
sa
s

➢ Pensamento obsessivo = é um exemplo de tipo alterado de pensamento,


do

incluindo juízo e raciocínio; predominam ideias ou representações que,


es
m

apesar de terem conteúdo absurdo ou repulsivo para o indivíduo, se impõem


go

à consciência de modo persistente e incontrolável. Com certa frequência, em


ra
sa

pacientes gravemente obsessivos, aspectos do pensamento mágico


também estão presentes (p. ex., “Se eu repetir a palavra santo cinquenta
vezes impedirei que meu pai morra”).

➢ Pensamento confusional = ocorre devido ao rebaixamento e turvação da


consciência; pensamento incoerente, de curso tortuoso. Ocorre
principalmente nas síndromes confusionais agudas (delirium).

➢ Pensamento desagregado = paciente produz um pensamento que se


manifesta como uma mistura aleatória de palavras, que nada comunica ao

| 214
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

interlocutor – salada de palavras. Aparece em formas graves e


desorganizadas de esquizofrenia. (Dalgalarrondo, 2019)

• ALTERAÇÕES DO PROCESSO DE PENSAR (CURSO, FORMA E CONTEÚDO):

➢ Alterações do curso do pensamento:

06
- Aceleração = uma ideia se sucede a outra rapidamente, podendo ser

4:
:3
difícil acompanhar o ritmo do indivíduo. Pode ocorrer em quadro de mania,

19
nas psicoses tóxicas e na depressão ansiosa, por exemplo.

1
02
- Lentificação = pensamento progride lentamente, de forma

/2
11
dificultosa. Aparece, por exemplo, em pacientes gravemente deprimidos.

8/
- Bloqueio = pessoa, ao relatar algo, no meio de uma conversa, brusca

-2
e repentinamente interrompe seu pensamento, sem qualquer motivo

om
aparente. Ocorre em quadros de esquizofrenia.

l.c
ai
- Roubo do pensamento = indivíduo tem a nítida sensação de que seu
tm
ho
pensamento foi roubado de sua mente, por uma força ou ente estranho, ou
@

por uma máquina por exemplo. Característico de quadros de esquizofrenia.


es

- Fuga de ideias: associações entre as palavras deixam de seguir uma


m
go

lógica ou finalidade do pensamento; também considerada alteração formal.


ah

(Dalgalarrondo, 2019)
a.
-s
2
-1

➢ Alterações formais do pensamento:


84

- Afrouxamento = afrouxamento dos enlaces associativos.


.3
11

- Descarrilhamento = desvio, extravia-se de seu curso normal.


.4

- Dissociação = incoerência do pensamento.


90
-0

- Desagregação = profunda e radical perda dos enlaces associativos.


os

(Dalgalarrondo, 2019)
nt
sa
s

➢ Alterações do conteúdo do pensamento:


do

Principais conteúdos que preenchem os sintomas psicopatológicos:


es
m

- Persecutório;
go

- Depreciativo, de ataque à autoestima;


ra
sa

- De poder, riqueza, grandeza ou missão;


- Religiosos, místicos, mágicos;
- Eróticos, sexuais, de ciúme;
- De culpa;
- Hipocondríacos.

(Dalgalarrondo, 2019)

Alterações do curso do Alterações formais do Alterações do conteúdo do


pensamento pensamento pensamento

| 215
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Psicopatologia

Aceleração = uma ideia se Afrouxamento = Persecutório; Depreciativo,


sucede a outra rapidamente, afrouxamento dos enlaces de ataque à autoestima; De
podendo ser difícil associativos. poder, riqueza, grandeza ou
acompanhar o ritmo do missão; Religiosos, místicos,
indivíduo. mágicos; Eróticos, sexuais,
de ciúme; De culpa;
Hipocondríacos.

06
Lentificação = pensamento Descarrilhamento = desvio,

4:
:3
progride lentamente, de extravia-se de seu curso

19
forma dificultosa. normal.

1
02
/2
11
Bloqueio = pessoa, ao relatar Dissociação = incoerência do

8/
algo, no meio de uma pensamento.

-2
conversa, brusca e

om
l.c
repentinamente interrompe

ai
seu pensamento tm
ho
Roubo do pensamento = Desagregação = profunda e
@

indivíduo tem a nítida radical perda dos enlaces


es
m

sensação de que seu associativos.


go

pensamento foi roubado de


ah
a.

sua mente
-s

Fuga de ideias = associações


2
-1

entre as palavras deixam de


84

seguir uma lógica ou


.3
11

finalidade do pensamento
.4
90
-0
os

Cuidado!
nt
sa
s
do

Muitas referências classificam os delírios como alterações do conteúdo do


es

pensamento. Mas...
m
go
ra

Em Dalgalarrondo (2019), o tema dos delírios não está no item “Conteúdo


sa

do pensamento”, mas no capítulo referente às alterações do juízo de realidade.


Por exemplo, quando um indivíduo acometido por uma psicose afirma que os
vizinhos preparam um complô para matá-lo, o conteúdo é de perseguição, mas o
que está patologicamente alterado é a atribuição de realidade absoluta a esse
pensamento.

Assim, embora o juízo de realidade/delírio seja considerado um aspecto do


pensamento, é tratado em capítulo próprio devida à importância do delírio em
psicopatologia. (Dalgalarrondo, 2019)

| 216
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

O JUÍZO DE REALIDADE e suas alterações

As alterações do juízo de realidade são alterações do pensamento. São destacadas


em capítulo próprio pela importância, sobretudo em relação aos delírios.
(Dalgalarrondo, 2019)

06
4:
:3
• Dimensões relacionadas ao juízo de realidade: falsidade ou veracidade e

19
graus de certeza, de evidência e de coerência. (Dalgalarrondo, 2019)

1
02
/2
11
• Erros Simples X Delírios:

8/
-2
om
- Erros Simples = social ou psicologicamente compreensíveis. Passíveis de serem

l.c
corrigidos pela experiência, pelas provas e pelos dados que a realidade oferece.
ai
tm
Tipos de erros mais comuns, não determinados (necessariamente) por transtorno
ho

mental: preconceitos, crenças culturalmente sancionadas, superstições e ideias


@

prevalentes.
es
m

- Preconceito: juízo a priori, sem reflexão. Em geral, produzidos social e


go

culturalmente, por interesses de determinados grupos sociais que, no mais das


ah
a.

vezes, formam tais concepções para se colocarem em situação de superioridade


-s

e/ou para justificar atitudes, posturas, normas, regras e políticas institucionais que
2
-1

privilegiam certos grupos em detrimento de outros.


84
.3

- Crenças culturalmente sancionadas e superstições: compartilhadas e


11

referendadas constantemente por um grupo cultural. Por exemplo: pessoa acredita


.4
90

em demônios. Um tipo frequente de crença culturalmente sancionada são as


-0

superstições. Diferentemente das ideias delirantes, aqui há evidências de que o


os

indivíduo compartilha a sua crença com um grupo social, mesmo que esta crença
nt
sa

seja bizarra ou absurda.


s
do

- Ideias prevalentes = ideias errôneas por superestimação afetiva; São ideias


es

que, por conta da importância afetiva, adquirem forte predominância sobre os


m
go

demais pensamentos. Algumas possuem sentido claramente patológico, outras não


ra

têm significado patológico. (Dalgalarrondo, 2019)


sa

• DELÍRIO = incompreensíveis; o indivíduo que apresenta o delírio tem


convicção extraordinária, uma certeza subjetiva praticamente absoluta. A sua
crença é total; a seu ver, não se pode colocar em dúvida a veracidade de seu delírio.
É impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva, por provas
explícitas da realidade, por argumentos lógicos, plausíveis e aparentemente
convincentes. Assim, diz-se que o delírio é irremovível, mesmo pela prova de
realidade mais cabal.
O delírio é, quase sempre, um juízo falso; o seu conteúdo é impossível.

| 217
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

• Características do Delírio:
- Convicção extraordinária; certeza subjetiva;
- Impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva; irremovível,
irrefutável.
- Quase sempre, um juízo falso; o seu conteúdo é impossível.
- Vivenciado como algo evidente.

06
- O delírio é uma produção associal, idiossincrática; geralmente, refere-se a

4:
:3
uma convicção de uma só pessoa; no mais das vezes das vezes, não é nem

19
produzido, nem compartilhado ou sancionado por um grupo religioso,

1
02
político ou de outra natureza.

/2
11
8/
• Dimensões do Delírio:

-2
- Grau de convicção: até que ponto o paciente está convencido da

om
realidade de suas ideias delirantes.

l.c
ai
- Extensão: extensão com que as ideias delirantes envolvem
tm
ho
diferentes áreas da vida do paciente.
@

- Bizarrice ou implausibilidade: o quanto o delírio se distancia da


es

realidade consensual, do quão implausível, impossível é o delírio.


m
go

- Desorganização: até que ponto as ideias delirantes são consistentes


ah

internamente, têm lógica própria e em que grau são sistematizadas.


a.
-s

- Pressão ou preocupação: o quanto o paciente está preocupado e


2
-1

envolvido com suas crenças delirantes.


84

- Resposta afetiva ou afeto negativo: o quanto as crenças delirantes


.3
11

abalam ou tocam afetivamente o paciente.


.4
90

- Comportamento desviante: o quanto o paciente age em função de


-0

seu delírio e em que medida ele pratica atos estranhos, perigosos ou


os

inconvenientes, a partir de suas ideias delirantes. (Dalgalarrondo, 2019)


nt
sa
s

• Delírio Primário e Delírio Secundário:


do
es
m

- Delírio Primário: ideias delirantes verdadeiras. Psicologicamente


go

incompreensível; impenetrável.
ra
sa

- Delírio Secundário = ideias deliroides. Origem em alterações


profundas em outras áreas da atividade mental (afetividade, nível de
consciência, etc.), que indiretamente produzem juízos falsos.
Exemplo: delírio de ruína ou culpa do indivíduo com depressão grave
é compreensível e derivável psicologicamente de estado de humor alterado
de forma profunda.
Delírio compartilhado: em geral, há um sujeito realmente psicótico,
que apresenta delírio primário e, ao interagir intimamente com outra pessoa
influenciável, acaba por gerar o delírio secundário em tal pessoa. Ao separar-

| 218
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Psicopatologia

se fisicamente os dois, em geral o sujeito influenciável deixa, de forma


gradativa, de delirar. (Dalgalarrondo, 2019)

• Estrutura dos Delírios:


- Delírios simples = monotemáticos; se desenvolvem em torno de
um só conteúdo. Exemplo: tema religioso.
- Delírios complexos = pluritemáticos; englobam vários temas.

06
Exemplo: conteúdos de perseguição, místico-religiosos, de ciúme.

4:
:3
- Delírios não-sistematizados: conteúdos e os detalhes variam de

19
momento para momento; costumam ser encontrados em indivíduos com

1
02
baixo nível intelectual, com deficiência intelectual ou em pacientes com

/2
11
quadros confusionais ou com demência.

8/
- Delírios sistematizados: bem-organizados, com histórias ricas,

-2
consistentes; mantêm, ao longo do tempo, os mesmos conteúdos, com

om
riquezas de detalhes. Ocorrem mais em indivíduos intelectualmente

l.c
ai
desenvolvidos e nos chamados transtornos delirantes. (Dalgalarrondo,
tm
ho
2019)
@
es

• Fases ou Momentos de Formação do Delírio:


m
go

- Trema = humor delirante; fase que precede imediatamente o surgimento


ah

das ideias delirantes; tensão geral, clima ameaçador, mal definido e difuso;
a.
-s

pessoa tem a sensação de que não há como escapar (mas não sabe bem do
2
-1

quê).
84

- Apofania = tensão acumulada (durante o trema) agora se desdobra em


.3
11

delírio.; vivência de verdadeira revelação.


.4
90

- Fase apocalíptica = desorganização do sujeito após a primeira revelação


-0

do delírio inicial. Fase acompanhada de vivências ameaçadoras de fim de


os

mundo, de perda da sensação de que há alguma continuidade de sentido no


nt
sa

mundo.
s

- Consolidação: ocorre certa estabilização. O delírio tende a cristalizar-se, há


do

certa elaboração intelectual em torno dele.


es
m

- Fase de resíduo: fase final do processo psicótico-delirante. (Dalgalarrondo,


go

2019)
ra
sa

Delírio Primário e Delírio Estrutura dos Delírios Fases ou Momentos de


Secundário Formação do Delírio
- Delírio Primário = ideias Delírios simples = se Trema = precede
delirantes verdadeiras. desenvolvem em torno de imediatamente o
um só conteúdo. surgimento das ideias
delirantes; tensão geral,
clima ameaçador, mal
definido e difuso.

| 219
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Delírio Secundário = Delírios complexos = Apofania = tensão


alterações em outras áreas englobam vários temas. acumulada agora se
da atividade mental desdobra em delírio
indiretamente produzem
juízos falsos.
Delírios não- Fase apocalíptica =
sistematizados: conteúdos desorganização do sujeito

06
e os detalhes variam de após a primeira revelação

4:
:3
momento para momento. do delírio inicial.

19
Delírios sistematizados: Consolidação: ocorre certa

1
02
bem-organizados, com estabilização. O delírio

/2
11
histórias ricas, consistentes; tende a cristalizar-se

8/
mantêm, ao longo do tempo,

-2
os mesmos conteúdos.

om
l.c
Fase de resíduo: fase final

ai
tm do processo psicótico-
ho
delirante.
@
es
m
go

• Tipos de Delírios segundo seus conteúdos ou temáticas delirantes:


ah
a.
-s

➢ Delírios de perseguição = indivíduo acredita que é vítima de um complô e


2
-1

está sendo perseguido por pessoas conhecidas ou desconhecidas, como


84

máfia, parentes, vizinhos, polícia. A temática da perseguição é a mais


.3
11

frequente.
.4
90

➢ Delírio de referência = indivíduo diz ser alvo frequente ou constante de


-0

referências depreciativas, caluniosas. Ao passar diante de um bar e observar


os

as pessoas conversando e rindo, entende que estão falando dele, rindo dele,
nt
sa

dizendo que ele é ladrão ou homossexual, tudo, enfim, se refere a ele.


s
do

➢ Delírio de relação = indivíduo constrói conexões significativas (delirantes)


es

entre fatos normalmente percebidos. Por exemplo, o indivíduo sabe que


m

tudo faz sentido, os fatos se relacionam (as chuvas do verão passado, o


go

inverno atual mais frio, etc.), indicando “que realmente a guerra dos seres
ra
sa

alienígenas irá começar”.


➢ Delírio de influência ou controle = O indivíduo vivencia intensamente o fato
de estar sendo controlado, comandado ou influenciado por força, pessoa ou
entidade externa. Há, por exemplo, uma máquina (antena, computador,
aparelho eletrônico) que envia raios que controlam seus pensamentos e
seus sentimentos.
➢ Delírio de grandeza ou missão = após o teor persecutório, a grandeza é o
segundo conteúdo mais frequente nos delírios. O indivíduo acredita ser
extremamente especial, dotado de capacidades e poderes.

| 220
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

➢ Delírio místico ou religioso = também é um conteúdo frequente nos


delírios. O indivíduo afirma ser (ou estar em comunhão permanente com,
receber mensagens ou ordens de) um novo messias, um Deus, Jesus, um
santo poderoso ou, até, um demônio.
➢ Delírio de ciúmes e de infidelidade = o indivíduo percebe-se traído pelo
cônjuge de forma vil e cruel; afirma que ela(e) tem centenas de amantes, que
o(a) trai com parentes, etc. Característico do alcoolismo crônico e do

06
transtorno delirante crônico.

4:
:3
➢ Delírio erótico = o indivíduo afirma que uma pessoa, geralmente de

19
destaque social (um artista ou cantor famoso, um milionário, etc.) ou de

1
02
grande importância para o paciente, está totalmente apaixonada por ele e

/2
11
irá abandonar tudo para que possam ficar juntos.

8/
➢ Delírio de falsa identificação = pessoa acredita que pessoas com quem

-2
interage foram substituídas por sósias (delírio de Capgras); sujeito crê que

om
diferentes pessoas de seu ambiente são, de fato, uma só pessoa que muda

l.c
ai
de aparência rapidamente (delírio de Frégoli). tm
ho
➢ Delírio de conteúdo depressivo = têm temática de colorido marcadamente
@

triste, como ruína ou miséria, culpa ou autoacusação, doenças e mesmo o


es

desaparecimento de partes do corpo (negação de órgãos). Intimamente


m
go

associados à depressão grave.


ah

➢ Delírio de ruína (niilista) = indivíduo vive em um mundo repleto de


a.
-s

desgraças, está condenado à miséria, ele e sua família irão passar fome, o
2
-1

futuro lhe reserva apenas sofrimentos e fracassos.


84

➢ Delírio de culpa e de autoacusação =indivíduo afirma, sem base real para


.3
11

isso, ser culpado por tudo de ruim que acontece no mundo e na vida das
.4

pessoas que o cercam, ter cometido um grave crime, ser uma pessoa indigna,
90
-0

pecaminosa, suja, irresponsável. Característico de formas graves de


os

depressão.
nt
sa

➢ Delírio de negação de órgãos = sujeito relata que está destruído ou morto,


s

que não tem mais um ou vários órgãos, como o coração, o fígado ou o


do

cérebro, suas veias “estão secas”.


es
m

➢ Delírio hipocondríaco = indivíduo crê com convicção extrema que tem uma
go

doença grave, incurável, que está contaminado pelo vírus da AIDS, que irá
ra
sa

morrer brevemente em decorrência do câncer. Sendo que, na realidade, não


tem essas doenças.
➢ Delírio cenestopático = indivíduo afirma que seu corpo está alterado, tem
sensações estranhas nos órgãos internos (mais penosas que dolorosas),
referindo-se com frequência a um ou mais órgãos específicos. Baseia-se na
interpretação delirante de sensações vividas no corpo, mas sem a temática
da doença. (Dalgalarrondo, 2019)

Os delírios mais frequentes são os que têm conteúdo de perseguição, que incluem
não apenas os delírios propriamente persecutórios, como também os de referência,

| 221
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

de relação e de influência (todos eles quase sempre com colorido persecutório).


(Dalgalarrondo, 2019)

Sistemas de crenças, símbolos sociais, culturais e religiosos, eventos sociais


e históricos, contexto socioeconômico, cultural e político são importantes na
determinação do conteúdo dos delírios. Os delírios também variam em conteúdo
de acordo com variáveis relacionadas à pessoa, como gênero, idade, nível

06
educacional.

4:
:3
Exemplo do efeito da vida contemporânea sobre a formação dos delírios é o

19
denominado delírio de Truman, em que o indivíduo acredita que sua vida é uma

1
02
grande encenação, parte de um Reality Show. (Dalgalarrondo, 2019)

/2
11
8/
A presença de delírios é fundamentalmente relacionada à psicose, sobre ao

-2
espectro da esquizofrenia. Contudo, os delírios não são específicos ou exclusivos

om
l.c
desse transtorno, podendo estar presentes, por exemplo, em transtornos de humor

ai
com sintomas psicóticos, em transtornos da personalidade e em transtornos
tm
ho
neurocognitivos. (Dalgalarrondo, 2019)
@
es

Relações entre delírio e alucinação = a relação é complexa, uma via de dois


m
go

sentidos, um podendo incrementar o outro.


ah

Delírios e alucinações não apenas podem se incrementar reciprocamente,


a.
-s

mas as alucinações podem dar uma espécie de prova de realidade ao delírio. Por
2

exemplo: “Se ouço essas vozes me ameaçando, é porque realmente tramam contra
-1
84

mim e vão me matar.” Bem como, o delírio pode conferir sentido à alucinação
.3
11

(“ouço as vozes porque elas são da máfia e querem acabar comigo”). Forma-se,
.4

assim, um círculo de confirmação e sentido. (Dalgalarrondo, 2019)


90
-0
os

• Funções mais afetadas nos transtornos psicóticos: Sensopercepção;


nt
sa

Pensamento; Juízo de realidade e Vivência do Eu e alterações do self.


s

(Dalgalarrondo, 2019)
do
es
m

• Os principais sintomas negativos nas síndromes esquizofrênicas são:


go

- Distanciamento e aplainamento afetivo ou afeto embotado;


ra
sa

- Retração social ou associalidade;


- Alogia ou empobrecimento da linguagem e do pensamento, constatada pela
diminuição da fluência verbal e pelo discurso empobrecido;
- Diminuição da vontade (avolição), que costuma se manifestar por diminuição da
iniciativa e por hipopragmatismo;
- Anedonia = diminuição da capacidade de experimentar e sentir prazer.
(Dalgalarrondo,2019)

| 222
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A LINGUAGEM e suas alterações

• Linguagem = sistema de signos arbitrários; criação social de cada um e de


todos os grupos humanos. A linguagem garante a socialização plena do indivíduo.
Além disso, é suporte do pensamento. (Dalgalarrondo, 2019)

• Domínio criativo da linguagem torna o estudo dos distúrbios da linguagem

06
em psicopatologia um dos mais complexos, pois, devido à grande flexibilidade da

4:
:3
produção da linguagem, torna-se muitas vezes difícil discriminar o normal do

19
patológico. (Dalgalarrondo, 2019)

1
02
/2
11
• Elementos essenciais de qualquer língua ou idioma:

8/
- Dimensão fonética: sons produzidos, transmitidos e recebidos.

-2
- Dimensão fônica: refere-se aos fonemas, as unidades fonológicas

om
mínimas.

l.c
ai
- Dimensão semântica: significação dos vocábulos. tm
ho
- Dimensão sintática: relação e articulação lógica das diversas palavras.
@

- Dimensão da prosódia: entonação da fala.


es

- Dimensão pragmática: emprego da linguagem em situações concretas.


m
go

(Dalgalarrondo, 2019)
ah
a.
-s

• Funções da Linguagem:
2
-1
84
.3

- Função referencial ou cognitiva: centrada na informação; serve para


11

designar objetos, pessoas, situações, ações; é a linguagem na sua tarefa básica de


.4
90

representar e transmitir dados da realidade.


-0

- Função emotiva ou expressiva: instrumento de expressão dos estados


os

emocionais, das vivências subjetivas.


nt
sa

- Função conativa ou apelativa: Busca persuadir, mudar algo, influenciar


s
do

ações do interlocutor.
es

- Função fática: Visa estabelecer o contato, prolongar, confirmar ou


m
go

interromper a comunicação. por exemplo, quando o falante diz ao interlocutor


ra

“continue, estou ouvindo”


sa

- Função metalinguística: preocupação é com a própria linguagem utilizada.


por exemplo, afirmações como: “não entendo o que você quer dizer com ‘tudo
acabou entre nós’”
- Função poética ou estética: atenção para a Seleção e combinação de
palavras, preocupado com a sonoridade, o ritmo, a surpresa das imagens ou
situações as palavras evocam. (Dalgalarrondo, 2019)

• Alterações da linguagem:

| 223
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Psicopatologia

- DISLEXIA: em sentido mais estrito, são disfunções na aprendizagem da


leitura.
- DISFONIA: = rouquidão; alteração da fala; perturbação da qualidade da voz.
- AFONIA: alteração da fala; perda, mais ou menos abrupta, da voz. Eclode
com frequência após evento de vida estressante. Há intenção de se comunicar, mas
a voz ‘não sai’.
- DISLALIA: resulta da deformação, da omissão ou da substituição dos

06
fonemas.

4:
:3
- GAGUEIRA: perturbação da fluência normal, com descontinuidade no fluxo

19
da fala e repetições de sons e sílabas. De modo geral, quanto mais ansioso e tenso

1
02
o sujeito, mais se acentua a gagueira.

/2
11
- LOGORREIA: produção aumentada e acelerada (taquifasia) da linguagem

8/
verbal, um fluxo incessante de palavras e frases. Há perturbação leve ou grave da

-2
lógica e da organização do discurso.

om
- LOQUACIDADE: aumento da fluência verbal sem qualquer prejuízo da lógico

l.c
ai
do discurso. tm
ho
- BRADIFASIA: paciente fala muito vagarosamente, as palavras seguem-se
@

umas às outras de forma lenta e difícil.


es

- MUTISMO: ausência de resposta verbal oral. Os fatores causais associados


m
go

ao mutismo são muito variáveis, podendo ser de natureza neurobiológica, psicótica


ah

ou psicogênica.
a.
-s

- PERSEVERANÇA VERBAL: repetição automática de palavras ou trechos de


2
-1

frases, de modo estereotipado, mecânico e sem sentido, o que indica lesão


84

neuronal.
.3
11

- ECOLALIA: repetição da última ou das últimas palavras que o entrevistador


.4

(ou alguém no ambiente) falou ou dirigiu ao paciente. É um fenômeno automático,


90
-0

involuntário. Ao ser questionado “Qual o seu nome?”, o paciente fala: “Nome, nome,
os

nome”.
nt
sa

- PALILALIA: é a repetição automática e estereotipada pelo paciente da


s

última ou das últimas palavras que ele próprio emitiu em seu discurso. Ao falar
do

sobre sua residência, o paciente diz: “Eu moro em uma casa em Jundiaí, casa em
es
m

Jundiaí, Jundiaí, Jundiaí”.


go

- LOGOCLONIA: a repetição automática e involuntária é a das últimas sílabas


ra
sa

que o paciente pronunciou. Ele diz: “Moro em Jundiaí, aí, aí, aí”.
- TIQUES VERBAIS = são produções de fonemas ou palavras de forma
recorrente, imprópria e irresistível.
- COPROLALIA: emissão involuntária e repetitiva de palavras obscenas,
vulgares ou relativas a excrementos.
- ALOGIA: discurso lacônico; empobrecimento da produção da linguagem,
com diminuição da fluência verbal e discurso empobrecido.
- GLOSSOLALIA: produção de uma fala pouco ou nada compreensível, um
verdadeiro conglomerado ininteligível de sons. Frequente nos cultos pentecostais,
nos quais o fiel, ao receber essa graça ou dom, “fala em línguas estrangeiras”.

| 224
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Psicopatologia

- NEOLOGISMOS: palavras inteiramente novas criadas pelo paciente, ou


palavras já existentes que recebem acepção totalmente nova. (Dalgalarrondo, 2019)

Alterações da linguagem secundárias a disfunção ou lesão neuronal


identificável: ocorrem geralmente associadas a acidentes vasculares cerebrais,
tumores cerebrais, trauma cranioencefálico...
- AFASIA: perda da linguagem, falada e ouvida, por incapacidade de

06
compreender e utilizar os símbolos verbais; não há perda global e grave da cognição

4:
:3
como um todo.

19
- AGRAFIA: perda da linguagem escrita, sem que haja qualquer déficit motor

1
02
ou perda cognitiva global.

/2
11
- ALEXIA: perda da capacidade previamente adquirida para a leitura.

8/
- DISARTRIA: dificuldade ou incapacidade motora de articular corretamente

-2
as palavras, devido à fraqueza muscular, paralisia ou coordenação falha dos

om
l.c
músculos responsáveis pela fala.

ai
- PARAFASIAS: determinadas palavras são deformadas. Perda da habilidade
tm
ho
de colocar sílabas ou palavras na sequência correta. Exemplo: paciente diz
@

“cameila”, no lugar de “cadeira”.


es
m
go

FUNÇÕES PSÍQUICAS COMPOSTAS


ah
a.
-s

• São Funções Psíquicas compostas: O eu, o self; a personalidade; a


2
-1

Inteligência e Cognição Social.


84
.3

As funções psíquicas compostas resultam de vários agrupamentos de


11

funções, de uma somatória de atividades e capacidades mentais e


.4
90

comportamentais.
-0
os
nt

• O Eu, o Self: para definir e estudar o Eu, alguns autores preferem o termo
sa

self (si mesmo), buscando, comumente, um construto mais abrangente do que a


s
do

noção de Eu.
es
m
go

- Dimensões fundamentais do self (James):


ra
sa

- Self material: principalmente pelo corpo. Podem também constituir o self


material as roupas e os adereços que a pessoa usa no cotidiano. Além disso, pessoas
mais íntimas, como família e amigos próximos podem também fazer parte desse
self.
- Self social: como somos reconhecidos por nossos pares e pela sociedade.
- Self anímico: = self psíquico; ser subjetivo, ser interior de uma
pessoa; conjunto de todas as faculdades e disposições psíquicas.

| 225
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Psicopatologia

A consciência é constituída por dois aspectos ou dimensões: a consciência


do mundo e a consciência do eu. Sendo que a consciência do eu pode ser
subdividida em quatro aspectos (Karl Jaspers):

- Consciência de unidade do Eu: a cada momento o Eu é sentido como algo


uno e indivisível.
- Consciência de identidade do Eu no tempo: consciência de ser o mesmo na

06
sucessão do tempo.

4:
:3
- Consciência da oposição do Eu em relação ao mundo: consciência da

19
evidente separação do Eu subjetivo e do mundo externo.

1
02
- Consciência de atividade do eu: toque especial de “meu”, de pessoal,

/2
11
daquilo que é feito e vivenciado por mim mesmo.

8/
-2
om
l.c
Inteligência = conjunto de habilidades, talentos, limitações e capacidades
ai

tm
cognitivas de um indivíduo. Conjunto das habilidades cognitivas do indivíduo, a
ho

resultante, o vetor final dos diferentes processos intelectivos. Essas habilidades


@
es

permitem a capacidade de identificar e resolver problemas novos, de reconhecer


m
go

adequadamente as situações vivenciais cambiantes e encontrar soluções, as mais


ah

satisfatórias possíveis para si e para o ambiente.


a.
-s
2
-1

- Cognição social: conjunto de habilidades necessárias e que são a base cognitiva e


84

neuropsicológica da interação social, da sociabilidade. Principais domínios da


.3
11

cognição social:
.4
90

- Percepção e processamento das emoções = Identificação e


-0

reconhecimento de expressões faciais, bem como reconhecer as emoções dos


os

outros a partir de dicas não faciais, como tom de voz, por exemplo.
nt
sa

- Percepção social = compreender, decodificar e interpretar elementos e


s

dicas sociais do contexto ambiental.


do

- Teoria da mente = capacidade de interpretar a mente alheia.


es
m

- Viés ou estilo de atribuição: modo como um indivíduo atribui ou infere


go

relações causais, como ele infere as causas dos acontecimentos.


ra
sa

• Personalidade: soma das características e traços psicológicos individuais,


das marcas pessoais, formas de sentir e reagir, relativamente estáveis no tempo e
formados ao longo do desenvolvimento mental e físico do indivíduo.

- Temperamento: tendências inatas iniciais; algo básico e constitutivo do


indivíduo. Determinado por fatores genéticos ou constitucionais precoces, que
formariam a base genético-neuronal da personalidade. Por exemplo, algumas
pessoas nasceriam com tendência para passividade, hiperatividade e baixa

| 226
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Psicopatologia

reatividade; já outro nasceriam com temperamento ativo, com forte tendência à


iniciativa e a reagir prontamente aos estímulos ambientais.
- Caráter: conjunto de reações exibidas pelo indivíduo; tipo de reação
predominante da pessoa ante diversas situações e estímulos do ambiente.
Temperamento moldado, modificado e inserido no meio familiar e sociocultural.
- Traços de personalidade: Tendências, características, modos específicos,
que são estáveis e determinantes para a personalidade do sujeito.

06
- Estados: aspectos temporários e breves, iniciados por fatores externos

4:
:3
circunstanciais, como demissão ou briga familiar, por exemplo. (Dalgalarrondo,

19
2019)

1
02
/2
11
8/
Outros conceitos Importantes:

-2
om
l.c
• Transfundos/ancoragem das vivências psicopatológicas = contexto mais
ai
tm
geral; influencia o sentido, a direção, a qualidade específica do sintoma
ho

emergente.
@
es
m

Podem ser:
go

- Estáveis (pouco mutáveis; como personalidade e inteligência): por


ah
a.

exemplo, paciente passivo e dependente tende a vivenciar os sintomas de


-s

forma passiva. Pacientes inteligentes produzem delírios ricos e complexos.


2
-1
84
.3

- Mutáveis e momentâneos (nível de consciência e atenção, humor e


11

estado afetivo de fundo): atuam decisivamente na determinação da


.4
90

qualidade e no sentido do conjunto das vivências psicopatológicas.


-0
os
nt
sa

• Sintomas emergentes/específicos = ocorrem e se desenvolvem se maneira


s
do

perceptível e delimitável; pontuais, precisos e mais circunscritos; exemplo:


es

alucinação (sensopercepção), pensamento obsessivo (pensamento).


m

Ocorrem sobre determinado transfundo. (Dalgalarrondo, 2019)


go
ra
sa

• Fatores Predisponentes = carga genética, experiências emocionais da


infância e adolescência, condições pregressas de vida; tornam o sujeito
mais, ou menos, vulnerável para os fatores precipitantes.
• Fatores Precipitantes = eventos de vida que ocorrem em proximidade ao
deflagramento de transtorno mental; exemplo: estresse, perdas, fatores
atuais ou recentes.
• Resiliência: capacidade de absorver e lidar com os fatores precipitantes.
(Dalgalarrondo, 2019)

| 227
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Psicopatologia

FATORES ENVOLVIDOS NA MANIFESTAÇÃO DAS DOENÇAS MENTAIS:


1. Fator patogenético (patogênese) = mais relacionado à manifestação dos
sintomas diretamente produzidos pelo transtorno mental de base; exemplo: humor
triste e desânimo na depressão.
2. Fator patoplástico (patoplastia) = manifestações ligadas à

06
personalidade pré-mórbida do doente, a sua história de vida, aos padrões de

4:
comportamento e sentimento relacionados à cultura do paciente. São fatores

:3
19
externos e prévios ao processo patológico de base.

1
02
3. Fator psicoplástico (psicoplastia) = eventos e reações do indivíduo e do

/2
meio psicossocial posteriores ao adoecer. Exemplo: perdas sociais e ocupacionais

11
8/
posteriores ao episódio.

-2
Exemplo: homem acometido de um episódio depressivo grave (fator

om
patogenético), ele sempre teve uma personalidade histriônica e é filho de italianos

l.c
ai
(fatores patoplásticos). Após alguns meses, acaba por perder o emprego (fator
tm
psicoplástico). (Dalgalarrondo, 2019)
ho
@
es
m

EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS TRANSTORNOS MENTAIS:


go
ah

Os cursos longitudinais dos transtornos mentais podem ser de dois tipos:


a.

processo e desenvolvimento.
-s
2

• Processo = transformação lenta da personalidade; processo


-1
84

irreversível que rompe a continuidade do sentido normal do


.3

desenvolvimento biográfico de uma pessoa. Exemplo: quadro


11
.4

esquizofrênico que transforma lenta e radicalmente a personalidade


90

do sujeito.
-0

• Desenvolvimento = evolução psicologicamente compreensível de


os
nt

uma personalidade. Aqui há uma trajetória ao longo da vida do


sa

sujeito. Exemplo: “desenvolvimento histriônico”, “desenvolvimento


s
do

hipocondríaco”, etc. (Dalgalarrondo, 2019)


es
m
go

Os fenômenos agudos ou subagudos, de caráter episódico, classificam-se


ra

em: crises ou ataques, episódios, reações vivenciais, fases e surtos.


sa

• Crise ou ataque = surgimento e término abruptos, durando segundos


ou minutos, raramente horas. Exemplos: crises epilépticas, crises ou
ataques de pânico.
• Reação vivencial anormal = fenômeno psicologicamente
compreensível, desencadeado por eventos vitais significativos. O
adjetivo “anormal” fala da intensidade muito marcante e duração
prolongada dos sintomas. Exemplo: após a morte de uma pessoa
próxima, da perda do emprego ou do divórcio, o indivíduo apresenta

| 228
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Psicopatologia

um conjunto de sintomas depressivos ou ansiosos. Pode durar


semanas, meses ou mesmo anos.
• Fase = períodos de depressão e de mania dos transtornos afetivos.
Passada a fase, o indivíduo retorna ao que era antes, sem alterações
duradouras na personalidade.
• Surto = ocorrência aguda, que se instala de forma mais ou menos
repentina; produz sequelas irreversíveis, danos à personalidade

06
e/ou à esfera cognitiva e/ou afetiva. (Dalgalarrondo, 2019)

4:
:3
19
Nesse contexto, vale distinguir também o conceito de episódio. O episódio é um

1
02
termo neutro e mais genérico, usado quando não se conhece ainda o tipo de

/2
11
fenômeno e o curso temporal.

8/
-2
Em relação ao curso dos episódios de transtornos mentais, destacam-se os

om
termos:

l.c
ai
tm
ho
• Remissão = retorno ao estado normal tão logo acaba o episódio agudo.
@

• Recuperação = retorno e a manutenção do estado normal, já tendo passado


es

um bom período de tempo.


m
go

• Recaída = retorno dos sintomas logo após haver ocorrido uma melhora
ah

parcial.
a.
-s

• Recorrência = surgimento de um novo episódio, tendo o indivíduo estado


2
-1

assintomático por um bom período; é um novo episódio da doença.


84

(Dalgalarrondo, 2019)
.3
11
.4
90
-0

Síndromes = conjuntos de sinais e sintomas que se agrupam de forma recorrente e


os

são observadas na prática clínica diária. São agrupamentos estáveis de sintomas,


nt
sa

que podem ser produzidos por várias causas.


s
do

O diagnóstico sindrómico é uma indicação preciosa para o diagnóstico.


es
m

Quando possível, é desejável, após caracterização dos sinais e sintomas e seu


go

ordenamento em síndromes clínicas, formular hipóteses diagnósticas.


ra
sa

“Em muitas situações clínicas, por dispor-se de pouca informação sobre o


paciente, pela dificuldade intrínseca do caso ou pela insuficiência de conhecimento
científico, faz-se necessário utilizar e se contentar apenas com o diagnóstico
sindrômico.” (Dalgalarrondo, 2019)

| 229
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA
- NEUROSES = “Os pacientes portadores de estruturas neuróticas caracterizam-se
pelo fato de apresentarem algum grau de sofrimento e de desadaptação em
alguma, ou mais de uma, área importante de sua vida: sexual, familiar, profissional
ou social, incluída, também, é evidente, o seu particular e permanentemente
predominante estado mental de bem ou mal-estar consigo próprio.

06
No entanto, apesar de que o sofrimento e prejuízo, em alguns casos, possa

4:
:3
alcançar níveis de gravidade, os indivíduos neuróticos sempre conservam uma

19
razoável integração do self, além de uma boa capacidade de juízo crítico e de

1
02
adaptação à realidade.

/2
11
Outra característica dos estados neuróticos é a de que os mecanismos

8/
-2
defensivos utilizados pelo ego não são tão primitivos como, por exemplo, aqueles

om
presentes nos estados psicóticos.

l.c
“De um viés psicanalítico, pode-se discriminar, de forma genérica, cinco

ai
tipos de estruturas neuróticas: a de angústia, histeria, obsessivo-compulsiva, fobia
tm
ho
e depressão”. (ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos, 1999)
@
es
m

A neurose pode ser entendida como uma afecção psicogênica em que os


go

sintomas são a expressão simbólica de um conflito psíquico que tem as suas raízes
ah
a.

na história infantil do indivíduo e constitui compromissos entre o desejo e a defesa.


-s

(Laplanche & Pontalis, 1983)


2
-1
84
.3

- PSICOSES = “Implicam um processo deteriorativo das funções do ego, a tal ponto


11

que haja, em graus variáveis, algum sério prejuízo do contato com a realidade. É o
.4
90

caso, por exemplo, das diferentes formas de esquizofrenias crônicas.”


-0

Objetivos básicos da análise com os pacientes psicóticos são promover: “a


os

constância objetal interna e a constância da percepção da realidade externa a


nt
sa

integração das dissociações; o desenvolvimento da capacidade de domínio sobre


s
do

os estímulos resultantes das frustrações, tendo em vista que estes pacientes


es

desorganizam-se diante de situações novas, não-estruturantes; a transição do


m

imaginário para o simbólico; e a formação do sentimento de identidade.”


go
ra

(ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos, 1999)


sa

O denominador comum das psicoses é uma perturbação primária da relação


libidinal com a realidade, em que a maioria dos sintomas manifestos
(particularmente construção delirante) são tentativas secundárias de restauração
do laço objetal. (Laplanche & Pontalis, 1983)

- PERVERSÕES: “o conceito de perversão implica a existência de um tipo particular


de vínculo interpessoal, que consiste em um jogo de identificações projetivas e

| 230
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

introjetivas de núcleos psicóticos, que são admitidos e processados pelos


participantes da relação, de tal forma que um fica preso ao outro.”
NÃO é comum que pacientes procurem um tratamento psicanalítico para
tratar de sua perversão. Uma possível razão para isso é a de que os perversos
funcionam de uma forma em que a personalidade mantém-se absolutamente
cindida, com os aspectos contraditórios convivendo na mesma pessoa. Outra razão
que explica por que o lado perverso pode custar a aparecer é que tais pacientes

06
convivem com ele de uma maneira egossintônica.

4:
:3
Nessas pessoas, existem fortes componenentes narcisistas e

19
sadomasoquistas.

1
02
Encontram-se uma baixa tolerância às frustrações e uma nítida preferência

/2
11
pelo mundo das ilusões.

8/
Os pacientes com perversão demonstram grande habilidade para envolver

-2
outras pessoas, o que fazem habitualmente com um jogo de seduções e que

om
frequentemente adquirem a forma de “paixões”. (ZIMERMAN, D. Fundamentos

l.c
ai
Psicanalíticos, 1999) tm
ho
@

Perversão pode ser entendida como desvio em relação ao ato sexual


es

“normal”. Existe perversão quando o orgasmo é obtido com outros objetos sexuais
m
go

(exemplo: pedofilia) ou por outras zonas corporais e quando o orgasmo é


ah

subordinado de forma imperiosa a certas condições extrínsecas (exemplo:


a.
-s

fetichismo). Assim, perversão seria o conjunto do comportamento psicossexual que


2
-1

acompanha tais atipias na obtenção do prazer sexual. (Laplanche & Pontalis, 1983)
84
.3
11

- Nas neuroses existe uma completa discriminação entre “eu e os outros”;


.4
90

- Nas psicoses, há uma completa indiscriminação entre “eu e os outros”;


-0

- Nas perversões, “o outro não está completamente internalizado (falta uma


os

constância objetal, e o objeto guarda uma condição de fetiche, isto é, já não é mais
nt
sa

imaginário, mas também ainda não é simbólico). Resulta daí uma necessidade de
s

constantes actings na busca de uma outra pessoa externa que se preste ao conluio
do
es

inconsciente de um faz-de-conta; porém, como a discriminação do perverso é


m

precária, ele não vai permitir que o outro seja autônomo e diferente dele, tampouco
go

existe uma consideração dele pela outra pessoa, por que o seu partenaire deve
ra
sa

funcionar como um “fetiche intermediário”.’’ (ZIMERMAN, D. Fundamentos


Psicanalíticos, 1999)

“Freud fez duas formulações acerca da conceituação de “perversões”, que


se tornaram clássicas: a primeira é a de que a neurose é o negativo da perversão, ou
seja, aquilo que uma pessoa neurótica reprime e pode gratificar somente
simbolicamente através de sintomas, o paciente com perversão a expressa
diretamente em sua conduta sexual. Essa conceituação não é mais aceita pela

| 231
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

psicanálise moderna pois, acreditam os autores, a perversão tem uma estrutura


própria.
Em uma segunda afirmativa, Freud diz que a perversão sexual resulta de uma
decomposição da totalidade da pulsão sexual em seus primitivos componentes
parciais, quer por fixações na detenção da evolução da sexualidade, quer por
regressão da pulsão a etapas prévias à organização genital da sexualidade.”
(ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos, 1999)

06
Cuidado aqui! Embora Zimerman (1999) diga que a conceituação da neurose

4:
:3
como negativo da perversão não seja mais aceita pela psicanálise moderna, em

19
questões de prova, a assertiva que afirma a neurose como o negativo da perversão

1
02
está CORRETA, de acordo com a visão de Freud sobre a perversão. Afinal, de fato,

/2
11
essa foi uma das formulações de Freud acerca das perversões, ainda que a

8/
psicanálise moderna possa discordar de tal premissa.

-2
om
l.c
ai
ATENÇÃO! Já foram questão de prova: tm
ho
@

- As possibilidades frente à castração:


es

• renegação/recusa = na perversão
m
go

• rejeição/foraclusão = na psicose
ah

• recalque = na neurose.
a.
-s
2
-1

- Psicose = estrutura da personalidade que prejudica a percepção e o


84

pensamento da pessoa, afetando sua capacidade de julgamento. Diferentemente


.3
11

do neurótico, o psicótico NÃO reconhece as regras ou mesmo que reconheça se


.4
90

sente indiferente a elas, nem respeita as normas definidas. Perversão = termo muito
-0

usado com o sentido específico de perversão sexual, ou desvio sexual. (DUNKER,


os

Christian. A perversão nossa de cada dia. In: Revista Cult, Ano 13, nº. 144, dossiê
nt
sa

Perversão, p. 42 / 6-)
s
do

- Para a Psicanálise, o sofrimento sintomático não é visto como uma


es
m

anomalia anatômica, e muito menos pode ser reduzido a um transtorno que deve
go

ser erradicado a fim de recompor o bem-estar do sujeito. A experiência analítica não


ra
sa

aborda o sintoma como um fenômeno isolado, mas sim em sua íntima relação com
a estrutura psíquica que organiza todas as relações do sujeito com o
mundo. (Oliveira, 2011)

- A depender das particularidades de cada indivíduo, o sujeito irá dispor de


mecanismos de defesas próprios para lidar com a castração. Assim, a estrutura
psicológica subjetiva será baseada na postura diante da castração e nos
mecanismos utilizados, defensivamente, com relação ao perigo.

| 232
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Psicopatologia

- Na neurose, há uma suposição que o saber está no Outro, e o sujeito coloca


o suposto saber no analista. Na psicose, há uma certeza que o saber está no
Outro. Na perversão, há uma certeza no sujeito de que ele próprio tem o saber.

- Dada a resolução edípica, a neurose se estrutura na questão de ter o falo


(na pergunta de quem o tem para a histeria; e na presunção do ter para o obsessivo),
enquanto na perversão o sujeito se localiza na questão de ser o falo.

06
4:
:3
- NEUROSE = Ocorre distúrbio do comportamento, das ideais e dos

19
sentimentos, mas de forma consciente, sem que estas desordens comprometam a

1
02
personalidade do sujeito, embora não consiga por si só se libertar do sofrimento.

/2
11
8/
Na estrutura neurótica, o sujeito reconhece e aceita a obrigatoriedade da

-2
castração submetendo-se a ela, mas desenvolvendo toda uma gama de respostas

om
sintomáticas diante da perda sofrida. Ou seja, o sujeito inserido na estrutura clínica

l.c
ai
da neurose aceita a castração se submetendo a ela, mas desenvolve uma nostalgia
tm
ho
sintomática diante da perda sofrida
@
es

Ansiedades e fobias são tidas como neuroses.


m
go

Seguindo a teoria pulsional da psicanálise, há, na neurose obsessiva, uma


ah

fixação na fase anal e regressão.


a.
-s
2
-1

- PSICOSE = ocorre um rompimento com a realidade do sujeito, em função


84

de sentimentos oriundos de um conflito psíquico, atingindo funções essenciais da


.3
11

personalidade. Há desestruturação da personalidade e perda de valores da


.4

realidade.
90
-0
os

O dado clínico para se aferir à psicose é a alteração dos juízos da realidade.


nt
sa

Esquizofrenia e paranoia são exemplos de Psicoses.


s
do

Na estrutura psicótica, a castração é foracluída.


es
m
go

Um pouco mais sobre a foraclusão:


ra
sa

A psicose se estrutura a partir da foraclusão do significante nome-do-pai.


Dito de outra maneira: a presença onipotente da mãe impede a operação da função
paterna, essa que poderia carregar consigo aqueles significantes capazes de
funcionar como pontos de basta, como articuladores, como pontos nodais dos
feixes de cadeias significantes necessárias à constituição e ao exercício de um
sujeito. (Kupfer, M. Cristina M.Notas sobre o diagnóstico diferencial da psicose e do
autismo na infância. Psicologia USP [online]. 2000, v. 11, n. 1)

| 233
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Psicopatologia

A inserção de um terceiro na díade criança-mãe marca a entrada no


simbólico. É a inscrição da metáfora paterna que permite que o sujeito entre na
linguagem e articule sua cadeia significante, passando a fazer parte, assim, da
cultura. A foraclusão desse significante corresponde à abolição da lei simbólica, o
que coloca à mostra todo o sistema do significante.

- PERVERSÃO = caracteriza-se pelo retomo a etapa anterior do

06
desenvolvimento libidinal, onde o desejo edipiano não deixou de existir. Podem

4:
:3
ocorrer comportamentos de: sadismo, exibicionismo, fetichismo e outros.

19
1
02
Na estrutura perversa, o sujeito reconhece a castração, no entanto, só a

/2
11
aceita sob a reserva de continuamente transgredi-la.

8/
-2
Perversão corresponde ao ato ou efeito de tornar-se perverso, de corromper.

om
l.c
ai
tm
ho
@
es
m
go
ah
a.
-s
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

| 234
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Psicopatologia

LISTA DE QUESTÕES PSICOPATOLOGIA

1. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Sobre a personalidade


antissocial assinale a alternativa correta

06
A) Pode ser diagnosticada na infância, quando há violação dos direitos das outras

4:
:3
pessoas e ausência de remorso

19
B)Há evidências de transtorno de conduta com idade anterior aos 15 anos

1
02
C)Para o diagnóstico é necessário que, ao menos, um dos seguintes

/2
comportamentos esteja presente: fracasso em ajustamento de normas sociais,

11
8/
tendência a falsidade, impulsividade, irritabilidade e agressividade

-2
D)Os comportamentos específicos característicos da personalidade antissocial

om
encaixam-se em uma de quatro categorias: agressão a pessoas e animais,

l.c
ai
destruição de propriedade, fraude, roubo ou grave violação às regras
tm
E)Disforia, tensão e incapacidade de tolerar monotonia e humor deprimido não são
ho
@

características associadas ao diagnóstico


es
m
go
ah

2. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) O padrão de desconfiança e de


a.
-s

suspeita, em que as motivações dos outros são interpretadas como


2
-1

malévolas, é melhor caracterizado como um transtorno de


84

personalidade
.3
11
.4

a)Paranoide
90
-0

b)Esquizoide
os

c)Antissocial
nt

d)Esquizotípica
sa
s

e)Evitativa
do
es
m
go

3. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Em se tratando das alterações


ra
sa

da consciência assinale a alternativa correta

A)o sono é considerado um estado de alteração normal da consciência, sendo


composto pelas fases REM (com movimentos oculares rápidos) e não REM (sem
movimentos oculares rápidos), as quais se repetem de forma cíclica durante o sono
B)A maioria das pessoas sonha várias vezes durante a noite e, caso acordem após
mais de 8 minutos de um sono não REM, não se lembrarão mais do conteúdo do
sonho

| 235
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Psicopatologia

C)a obnubilação ou turvação da consciência, o sopor e o coma são alterações


qualitativas da consciência, caracterizados em grau crescente na ordem
apresentada, pelo rebaixamento da quantidade de consciência
D)estados crepusculares, dissociação da consciência e transe são exemplos de
alterações patológicas associadas ao rebaixamento do nível de consciência
E)obnubilação da consciência, o estado onírico e os estados crepusculares são
exemplos do funcionamento normal da consciência, recorrentes e cíclicos

06
4:
:3
19
4. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Etilista crônico desde os 16

1
02
anos o senhor X, atualmente com 44 anos, está há dois dias sem fazer o

/2
11
uso de álcool e relata ter sentido neste período fortes dores abdominais,

8/
tremores constantes, dificuldade em manter-se em pé e teve convulsão.

-2
O relato se refere de maneira mais satisfatória

om
l.c
ai
a)Ao transtorno psicótico tm
ho
b)Ao delirium tremens
@

c)A síndrome de dependência


es

d)A síndrome de abstinência


m
go

e)A intoxicação aguda


ah
a.
-s
2
-1

5. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Considerando os transtornos


84

mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias


.3
11

psicoativas, é correto afirmar que


.4

a)o agrupamento dos transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas


90
-0

engloba diferentes transtornos com gravidade e sintomatologia variada, que


os

apresentam em comum o uso de uma ou mais substâncias psicoativas, prescritas


nt
sa

ou não por um médico


s

b)o diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias


do

relaciona-se aos casos em que a utilização de uma substância tóxica de maior


es
m

responsabilidade de caso clínico, em conjunto com o diagnóstico suplementar, pela


go

utilização de outras drogas provocantes de intoxicação


ra
sa

c)o diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias inclui o


abuso de substâncias que não produzem dependência
D)o transtorno psicótico corresponde a um conjunto de sintomas que ocorrem
durante, ou imediatamente após, o consumo da substância psicoativa, podendo ser
explicado pela presença de intoxicação aguda ou por um quadro de abstinência
e) uso nocivo de substâncias psicoativas é caracterizado como um conjunto de
fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após
repetido consumo, associado ao desejo pela substância e dificuldade de controle
para o consumo com prioridade a droga em detrimento de outras atividades

| 236
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Psicopatologia

6. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Em relação aos vários critérios


de normalidade e anormalidade em medicina e psicopatologia, assinale
a alternativa correta
A)a normalidade como ausência de doença configura como normal a pessoa com
aspecto físico mental e social sadios
B)na normalidade operacional, indivíduos com características da maioria da
população (mais frequentes) são considerados normais, estando a patologia

06
situada fora da curva estatística

4:
:3
C)o critério de normalidade como bem-estar, adotado pela organização Mundial

19
da Saúde, é um conceito criticado por ser amplo, vasto e impreciso, uma vez que

1
02
bem-estar é dificilmente definido de maneira objetiva

/2
11
D)em se tratando de normalidade como Liberdade, normal é aquele que não tem

8/
um transtorno mental definido. A normalidade corresponde aquilo que não é, ao

-2
que falta.

om
E)na normalidade como processo, a ênfase é no processo de percepção subjetiva

l.c
ai
de si e de seu estado de saúde tm
ho
@
es

7. (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal - Área 8) O


m
go

conceito de normalidade é de difícil definição e grande controvérsia. Do


ah

mesmo modo, é importante, por exemplo, para o estabelecimento de


a.
-s

políticas assistenciais. Um modo possível de definição é o


2
-1

estabelecimento de critérios. Qual, dentre os seguintes critérios, NÃO


84

pode ser classificado como um critério de definição de normalidade?


.3
11
.4

A) Normalidade como ausência de doença.


90
-0

B) Normalidade ideal.
os

C) Normalidade como excelência.


nt
sa

D) Normalidade estatística.
s

E) Normalidade como bem-estar.


do
es
m
go

8. (2018/INSTITUTO AOCP - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) INSTITUTO AOCP - 2018 -


ra
sa

TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia) Referente às


características de alguns transtornos mentais, assinale a alternativa
INCORRETA.
A. A característica principal da distimia é um humor depressivo que ocorre na
maior parte do dia, na maioria dos dias, por pelo menos dois anos ou por
pelo menos um ano para crianças e adolescentes.
B. As crises de pânico desencadeiam grandes descargas no sistema autônomo,
produzindo sintomas de taquicardia, tremores, sudorese, dispneia, náuseas,
fogachos e formigamentos em membros e/ ou lábios etc.

| 237
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

C. Na demência, apesar de uma perda e simplificação progressiva de todos os


processos psíquicos, cognitivos e afetivos, não há uma perturbação básica
da capacidade crítica e de julgamento.
D. Os quadros obsessivo-compulsivos caracterizam-se por ideias e fantasias
obsessivas, bem como por atos, comportamentos e rituais compulsivos.
E. O transtorno de ansiedade social é caracterizado principalmente pelo medo
intenso em situações sociais em que a pessoa pode ser avaliada por outras,

06
gerando uma esquiva que interfere significativamente na vida do indivíduo.

4:
:3
19
1
02
09. (2018/INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO

/2
11
AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia) Em

8/
relação às características do Transtorno de Personalidade Evitativa

-2
(DSM V), é correto afirmar que

om
A o padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros surge na infância

l.c
ai
ou no início da adolescência e continua na vida adulta. tm
ho
B a necessidade difusa e excessiva de ser cuidado leva a comportamento de
@

submissão e apego, e a temores de separação. Esse padrão surge no início da vida


es

adulta e está presente em vários contextos.


m
go

C a perturbação persistente da personalidade é considerada decorrente dos efeitos


ah

fisiopatológicos diretos de uma condição médica.


a.
-s

D o padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de


2
-1

expressão de emoções em contextos interpessoais surge no começo da vida adulta


84

e está presente em vários contextos.


.3
11

E o padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e


.4

hipersensibilidade à avaliação negativa surge no início da vida adulta e está


90
-0

presente em vários contextos.


os
nt
sa

10. (2018/INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO


s

AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia)A


do

afetividade é um dos aspectos que deve ser avaliado durante a


es
m

realização do exame do estado mental. Ainda que o paciente não


go

expresse verbalmente como se sente, o afeto é expresso por meio de


ra
sa

gestos, do olhar, da postura e do tom de voz. Referente às manifestações


da afetividade nos principais transtornos mentais, assinale a alternativa
correta.
A No TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), além dos sintomas depressivos
e ansiosos, pode ocorrer um estado de embotamento afetivo.
B O embotamento afetivo é um dos sintomas positivos da esquizofrenia. Pode
ocorrer, ainda, ansiedade ou grande agitação (hipertimia) e rigidez afetiva.
C A ocorrência de labilidade afetiva é comum na mania, no transtorno de
personalidade borderline, na depressão, na demência e nos quadros de delirium
com sintomas psicóticos.

| 238
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

D A apatia é uma alteração proeminente no retardo mental.


E Na depressão, o estado de humor tende a sofrer frequentes alterações.

11. (2018/INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO


AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia) O uso
de substâncias psicoativas produz mudanças em uma ou mais funções

06
do SNC (Sistema Nervoso Central), tendo efeitos cognitivos e

4:
:3
comportamentais. Dentre tais efeitos, assinale a alternativa correta.

19
A Somente as drogas que produzem rápida tolerância promovem dependência

1
02
física significativa.

/2
11
B As psicoses induzidas por drogas costumam prolongar-se por semanas ou até

8/
meses, levando-se a considerar um quadro de psicose funcional (esquizofrenia,

-2
psicose afetiva, etc).

om
C A dependência do álcool não é caracterizada por negação. Em geral, os indivíduos

l.c
ai
alcoolistas são conscientes dos prejuízos, tanto do ponto de vista físico quanto do
tm
ho
psicossocial, do uso regular do álcool.
@

D O delirium tremens constitui uma forma grave de síndrome de abstinência ao


es

álcool, em que ocorrem alterações da consciência, intensas manifestações


m
go

autonômicas, ilusões e alucinações visuais e táteis.


ah

E Uma manifestação rara em pacientes alcoolistas é o delírio de ciúmes.


a.
-s
2
-1
84

12. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 -


.3
11

EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG)


.4

Em seu relato, um paciente diz: “Lembra do desastre em Mariana? Aconteceu


90
-0

porque fui à praia nadar. Começou a chover e todos que estavam na praia
os

começaram a correr tentando recolher seus pertences que estavam sujos por
nt
sa

conta da combinação de areia e água. Imaginei muita água com lama,


s

desespero e morte envolvendo muita gente, como na praia que eu estava. Ao


do

chegar a minha casa, vi a notícia na TV. Aquela situação foi terrível e muitos
es
m

perderam não só seus pertences, mas também a vida! Isso já tem um ano [...]”
go

Nesse relato, identifica-se a ocorrência de


ra
sa

A um Afrouxamento Associativo.
B um Neologismo.
C um Pensamento Mágico.
D uma Associação Livre.
E um Ato Falho.

13. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 -


EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG)Um paciente relata que, de
repente, sentiu uma tremenda onda de medo por nenhuma razão aparente. Seu
coração estava batendo forte, o peito doía e foi ficando mais difícil de respirar.

| 239
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Psicopatologia

Ele pensou que iria morrer. Com base no caso apresentado, é correto afirmar
que esses são sintomas de
A transtorno de estresse pós-traumático
B síndrome do pânico.
C esquizofrenia.
D transtorno bipolar.
E agorafobia.

06
4:
:3
14. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 -

19
EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG) Na psicossomática,

1
02
o termo que significa a “ausência de palavras para definir emoções” é

/2
11
A alexitimia.

8/
B disforia.

-2
C neurastenia.

om
D dislalia.

l.c
ai
E parafrenia. tm
ho
@

15. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH Prova: EBSERH - Psicólogo - Hospitalar


es

(HDT-UFT) Tricotilomania (arrancar o próprio cabelo, a sobrancelha ou


m
go

os cílios) é um forte indício de doença


ah
a.
-s

A obsessivo-compulsiva.
2
-1

B histérica.
84

C fóbica.
.3
11

D psicótica.
.4

E depressiva.
90
-0
os
nt
sa

16. (IBADE – Prefeitura de Itapemirim – Psicólogo - 2019) A síndrome da


s

dependência de álcool, quando o quadro está completamente


do

desenvolvido, o paciente tipicamente tem múltiplos sintomas de


es
m

abstinência.
go
ra
sa

Os quatro principais sintomas são:


A) sede; náusea; sudorese; e perturbação do humor.
B) tremor; ereção pilórica; sudorese; e perturbação do humor.
C) tremor; náusea; sudorese; e dilatação pupilar.
D) tremor; náusea; sudorese; e perturbação do humor.
E) amnésia; náusea; sudorese; e perturbação do humor.

17. (IBADE – Prefeitura de Itapemirim – Psicólogo - 2019)O termo alucinose


alcoólica que ocorre durante ou depois de um período de forte consumo de
álcool, é usado para descrever alucinações:

| 240
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A) comportamentais ou sintomáticas.
B) auditivas ou comportamentais.
C) comportamentais ou visuais.
D) auditivas ou paranoicas.
E) auditivas ou visuais.

06
18. (IBADE – Prefeitura JI/Paraná RO – Psicólogo - 2019) Em relação à

4:
:3
diferenciação entre o uso, o abuso e a dependência de drogas é correto afirmar

19
que o(a):

1
02
A) abuso de drogas é um comportamento evitável, mas pode não estar circunscrito

/2
11
apenas ao indivíduo.

8/
B) abuso de drogas é um vínculo desequilibrado que o indivíduo estabelece com as

-2
diferentes substâncias psicoativas.

om
C) dependência de drogas se caracteriza pelo uso continuado de drogas ilícitas.

l.c
ai
D) abuso de drogas é um conjunto de sinais que caracterizam uma síndrome
tm
ho
psiquiátrica.
@

E) dependência de drogas ilícitas é um problema sério entre mulheres adultas e


es

idosas.
m
go
ah
a.
-s

19. (Residência USP 2019 – Psicologia) O medo e a angústia de ficar em


2
-1

espaços abertos, amplos, com muitas pessoas ou em espaços públicos, podem


84

ser caracterizados como


.3
11
.4

(A) crise de ansiedade generalizada.


90
-0

(B) labilidade de humor.


os

(C) claustrofobia.
nt
sa

(D) ansiedade mista.


s

(E) agorafobia.
do
es
m
go

20. (Residência USP 2019 – Psicologia) O autor Dalgalarrondo (2000) inicia


ra
sa

sua definição sobre “delírio” chamando a atenção do leitor para que se


realize uma diferenciação sobre outro conceito, debatido por ele como
originário da ignorância, do julgamento apressado e baseado em
premissas falsas. Esse outro conceito é
(A) o erro.
(B) a alucinação.
(C) o sonho.
(D) o equívoco.
(E) a distopia.

| 241
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

21. (Residência USP 2019 – Psicologia) As depressões são consideradas um


grande problema de saúde pública, dada sua prevalência e as
incapacidades geradas para o indivíduo. Entre as diferentes tipologias,
Dalgalarrondo (2000) descreve um tipo de “depressão crônica,
geralmente de intensidade leve, muito duradoura. Começa no início da
vida adulta e persiste por vários anos. Os sintomas depressivos mais

06
comuns são diminuição da autoestima, fatigabilidade aumentada,

4:
:3
dificuldade em tomar decisões ou se concentrar, mau humor crônico,

19
irritabilidade e sentimento de desesperança”(p.311). Esta definição é

1
02
relativa à (ao)

/2
11
(A) melancolia.

8/
(B) depressão atípica.

-2
(C) distimia.

om
(D) depressão psicótica.

l.c
ai
(E) estupor depressivo. tm
ho
@
es

22. (Residência UERJ 2019 – Psicologia) De acordo com Dalgalarrondo


m
go

(2008), as principais alterações que distinguem a forma da esquizofrenia


ah

catatônica são:
a.
-s

a) alucinações auditivas, autorreferência, despersonalização e dissociação


2
-1

b) autismo, delírios hipocondríacos, despersonalização e estranhamento


84

c) flexibilidade cerácea, hipertonia, mutismo e negativismo


.3
11

d) discordância, ecopraxia, hipobulia e inibição psicomotora


.4
90
-0
os
nt
sa

23. (Residência UFRN 2019 – Psicologia) No ambulatório multiprofissional


s

de saúde mental, os profissionais de saúde e residentes discutem o caso


do

de um paciente, 30 anos de idade, do sexo masculino, que está há alguns


es
m

meses em acompanhamento para controle de uma síndrome


go

hipocondríaca. A fim de estabelecer um plano terapêutico para o


ra
sa

paciente, os profissionais iniciaram a reunião de equipe chamando


atenção para características do comportamento do paciente que
apresenta essa patologia, quais sejam:
A) tem temores e preocupações intensas com a ideia de ter uma doença grave, que
surgem geralmente, de sensações corporais ou sinais físicos insignificantes, e
procura os serviços de saúde para ter garantias de que não tem doença grave.
B) usa consciente ou inconscientemente seu corpo ou sintomas corporais, como
dores difusas, sintomas gastrintestinais e síndromes pseudoneurológicas, para fins
psicológicos ou para obter ganhos pessoais.

| 242
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

C) tem uma preocupação enorme com a possibilidade de sofrer de doenças graves,


chegando a delírios que o impede de fazer uma crítica, em algum momento, quanto
ao caráter absurdo de suas preocupações.
D) usa a doença física, real ou suposta, para obter ganhos primários (psicológicos,
intrapsíquicos) ou secundários (sociais ou interpessoais ).

06
24. (Residência UFRN 2019 – Psicologia) Um homem de 48 anos de idade foi

4:
:3
feito refém em um assalto a banco e levado na mala de um carro.

19
Algumas semanas depois, começou a apresentar mudanças de

1
02
comportamento, sentindo-se mais inquieto e irritado. Além disso, não

/2
11
dorme bem e não consegue ficar em locais fechados. Iniciou

8/
acompanhamento psicológico após encaminhamento do psiquiatra, que

-2
o diagnosticou com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Sobre

om
esse transtorno, analise as afirmativas abaixo.

l.c
ai
I tm
ho
O TEPT apresenta um padrão clínico, com o predomínio de sintomas de revivência
@

do medo, estado de humor disfórico, sintomas reativos externalizantes, além de


es

sintomas dissociativos.
m
go

II
ah

Para diferenciar o TEPT da agorafobia, é importante examinar se o medo, a


a.
-s

ansiedade ou a esquiva estão relacionados somente com situações que evocam, na


2
-1

memória do indivíduo um ou mais eventos traumáticos.


84

III
.3
11

A ansiedade está invariavelmente presente no TEPT. O transtorno de ansiedade


.4

generalizada não é diagnosticado se a ansiedade e a preocupação são mais bem


90
-0

explicadas por sintomas de TEPT.


os

IV
nt
sa

As lembranças intrusivas no TEPT são semelhantes às ruminações depressivas, se


s

aplicam a recordações angustiantes involuntárias e intrusivas e incluem


do

componentes emocionais ou fisiológicos.


es
m
go

Em relação ao TEPT, estão corretas as afirmativas


ra
sa

A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e IV.

25. (Residência UFRN 2019 – Psicologia) No Manual Diagnóstico e Estatístico


de Transtornos Mentais (DSM-V) são estabelecidas relações entre o
processo de luto normal e o episódio depressivo maior (EDM). Sobre
essas relações, considere as afirmativas abaixo.

| 243
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

I
Há diferenciação entre esses dois processos, uma vez que no episódio depressivo
maior, estão presentes sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo, enquanto no
processo de luto, a autoestima é preservada.
II
Existem semelhanças entre os dois processos à ideação suicida e aos sentimentos
de vazio e perda, pois ambos estão presentes tanto no processo de luto quanto no

06
episódio depressivo maior.

4:
:3
III

19
Diferenças quanto ao humor do paciente são observadas, pois no luto normal pode

1
02
haver humor positivo do enlutado (mesmo diante da dor da perda), e, no EDM, o

/2
11
humor é marcado pela infelicidade e angústia generalizada.

8/
IV

-2
Há semelhanças entre os dois processos quanto à presença de desorientação e

om
alucinações, havendo diferença apenas quanto ao conteúdo das alucinações que,

l.c
ai
no caso do luto, referem-se a lembranças do falecido. tm
ho
Sobre as relações entre o processo de luto normal e o episódio depressivo maior,
@

estão corretas as afirmativas


es
m
go

A) II e III.
ah

B) II e IV.
a.
-s

C) I e III.
2
-1

D) I e IV.
84
.3
11
.4

26. (Residência UFRN 2019 – Psicologia) A literatura médica registra uma


90
-0

forma grave, rara e de difícil detecção de abuso infantil, em que o


os

responsável, normalmente a mãe, coloca seu filho em risco e numa


nt
sa

situação que requer constante investigação e tratamento. Essa condição


s

é reconhecida como um transtorno psiquiátrico denominado síndrome


do

de Munchausen por procuração. O DSM-V estabelece critérios


es
m

diagnósticos para a síndrome de Munchausen por procuração. Em


go

relação a essa síndrome considere as afirmativas abaixo.


ra
sa

I O comportamento ocorre devido a causas orgânicas, como uma lesão, tal como
delírio ou outra condição psicótica.
II Sinais e sintomas psicológicos e físicos, ou indução de lesão ou doença em outro,
são fabricadas em associação com as fraudes identificadas.
III O indivíduo apresenta o outro (vítima) como doente, incapaz ou lesionado.
IV Comportamento fraudulento é observado apenas quando há compensações
externas óbvias.

| 244
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Sobre os critérios diagnósticos para a síndrome de Munchausen por procuração,


estão corretas as afirmativas

A) I e IV. B) I e II. C) III e IV. D) II e III.

27. ( Marinha - 2019 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia) Com

06
relação às síndromes relacionadas ao comportamento alimentar, de

4:
:3
acordo com Dalgalarrondo (2008), coloque F (falso) ou V (verdadeiro) nas

19
afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a opção correta:

1
02
/2
11
( ) A anorexia nervosa caracteriza-se pela perda de peso autoinduzida e distorção da

8/
imagem corporal (apesar de muito emagrecida, a paciente percebe-se gorda).

-2
( ) O comer compulsivo (binge eating) é um quadro próximo à bulimia, mas dela se

om
distingue pela ausência de vômitos e purgações autoinduzidos.

l.c
ai
( ) Não é comum que a anorética apresente episódios de bulimia (“ataques" à
tm
ho
geladeira, à sorveteria, etc., seguidos de vômitos e/ou purgação).
@

( ) Obesos têm dificuldade em diferenciar a fome de sensações desagradáveis, bem


es

como ansiedade e disforias em geral, de modo que todo mal-estar é falsamente


m
go

percebido como fome.


ah

A (F) (V) (V) (V)


a.
-s

B (V) (F) (F) (F)


2
-1

C (V) (V) (F) (V)


84

D (V) (F) (V) (V)


.3
11

E (V) (V) (V) (F)


.4
90
-0
os

28. (Marinha - 2019 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia)


nt
sa

Assinale a opção que apresenta, segundo Dalgalarrondo (2008), uma


s

forma de psicose caracterizada pelo surgimento e desenvolvimento de


do

um delírio, geralmente sistematizado, com ausência de alucinações, e


es
m

que permanece como que "cristalizado" em um domínio da


go

personalidade do indivíduo, com relativa preservação do resto do


ra
sa

psiquismo, e que via de regra tem um curso crônico e estável.

A Paranoia.

B Transtorno bipolar.

C Distimia.

D Transtorno esquizofreniforme.

| 245
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

E Mania.

29. (Aeronáutica - 2019 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Sobre o


Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT), é correto afirmar que

A esse transtorno acomete principalmente adultos, possuindo baixa prevalência


na infância.

06
4:
B técnicas essencialmente cognitivas demonstraram ter eficácia quando

:3
19
aplicadas a pessoas com limitações intelectuais associadas ao retardo mental.

1
02
/2
C estudos indicam que a intervenção psicológica do tipo Eye Movement

11
8/
Desensitisation and Reprocessing (EMDR) não se mostrou efetivo para o

-2
tratamento do TEPT.

om
l.c
D nos pacientes com TEPT, há risco aumentado para outros transtornos do
ai
tm
espectro da ansiedade, como o transtorno do pânico, agorafobia, transtorno
ho

obsessivo-compulsivo e fobia social.


@
es
m

30. ( PM-MG - 2019 - PM-MG - 2º Tenente - Psicologia) Afetividade é, segundo


go
ah

Paulo Dalgalarrondo, um termo genérico, que compreende várias


a.

modalidades de vivências afetivas, como o humor, as emoções e os


-s
2

sentimentos. Com base nesse autor, enumere a segunda coluna de


-1
84

acordo com a primeira e a seguir, marque a alternativa, que contém a


.3

sequência de respostas, CORRETA, na ordem de cima para baixo.


11
.4
90

1. Pânico
-0
os
nt

2. Apatia
sa
s
do

3. Anedonia
es
m
go

4. Fobia
ra
sa

5. Medo

( ) É um medo determinado psicopatologicamente, desproporcional e incompatível


com a possibilidade de perigo real oferecida pelo desencadeante.

( ) A rigor, não é uma emoção patológica, mas sim um estado de progressiva


insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a impressão
iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar.

| 246
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Psicopatologia

( ) É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas


atividades e experiências da vida.

( ) São crises agudas e intensas de ansiedade, acompanhadas por medo intenso de


morrer ou de perder o controle e de acentuada descarga autonômica.

( ) É a diminuição da excitabilidade emocional.

06
4:
:3
A 5, 4, 2, 3, 1.

19
1
02
B 5, 2, 3, 1, 4.

/2
11
8/
C 4, 5, 3, 1, 2.

-2
om
D 3, 4, 5, 2, 1.

l.c
ai
tm
31. (Marinha - 2018 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia) De
ho

acordo com o DSM-5, sobre os critérios diagnósticos para o Transtorno


@
es

de Estresse Pós-traumático, assinale a opção correta:


m
go

A Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando


ah

após a ocorrência do evento traumático.


a.
-s

B Ausência de crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a


2

respeito de si mesmo, dos outros e do mundo.


-1
84

C Reações fisiológicas diminuídas a sinais internos ou externos que simbolizem ou


.3

se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.


11
.4

D Hipovigilância.
90

E Sentimentos de aproximação e participação em relação aos outros.


-0
os
nt
sa
s
do

32. (Marinha - 2018 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia) No que


es

tange à complexa questão da dependência química, a reinstalação do


m
go

padrão de uso da substância após um período de abstinência é definido


ra

por Gigliotti e Guimarães (2010) como:


sa

A craving.

B tolerância.

C fenótipo.

D overdose.

| 247
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Psicopatologia

E recaída.

33. (Aeronáutica - 2018 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Está correto


o que se afirma sobre a alteração da memória quanto à fixação e à
evocação em

06
A amnésia: abolição da memória.

4:
:3
19
B hipermnésia: enfraquecimento da memória.

1
02
/2
C hipomnésia: exagero patológico da evocação.

11
8/
-2
D dismnésia: designação específica das perturbações da fixação,

om
exclusivamente.

l.c
ai
tm
ho

34. (Aeronáutica - 2018 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Analise as


@
es

características descritas abaixo.


m

I. Perda de peso auto induzida.


go
ah

II. Distorção da imagem corporal.


a.

III. Geralmente peso corporal mantido em pelo menos 15% abaixo do


-s
2

esperado.
-1
84

IV. Busca implacável de magreza, medo intenso e mórbido de parecer ou


.3

ficar gorda(o).
11
.4

O nome do transtorno alimentar às quais se referem é


90
-0

A Bulimia nervosa.
os
nt
sa

B Anorexia nervosa.
s
do
es

C Transtorno de ruminação.
m
go
ra

D Transtorno da compulsão alimentar.


sa

35. Ano: 2019 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2019 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
De acordo com Dalgalarrondo (2018), é uma das funções psíquicas mais
afetadas nos transtornos psicóticos a
A
memória.
B

| 248
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Psicopatologia

orientação.
C
afetividade.
D
vivência do eu.

06
36. Ano: 2019 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2019 -

4:
:3
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

19
Sobre os Transtornos de Personalidade, é correto afirmar que o

1
02
A

/2
11
paranoide tem como característica a existência de atos suicidas repetitivos.

8/
B

-2
Borderline tem como sintoma a sensibilidade excessiva a rejeições e a

om
contratempos.

l.c
ai
C tm
ho
esquizoide tem como característica os quadros de preocupações excessivas com
@

fantasias e introspecção.
es

D
m
go

dependente tem como sintomas a infantilidade, tendência a reações infantis e


ah

pouca tolerância à frustração.


a.
-s
2
-1
84

37. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2017 -
.3
11

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


.4

Leia o fragmento do poema de Carlos Drummond de Andrade (1942).


90
-0

A mão suja
os

Carlos Drummond de Andrade


nt
sa

Minha mão está suja.


s

Preciso cortá-la.
do

Não adianta lavar.


es
m

A água está podre.


go

Nem ensaboar.
ra
sa

O sabão é ruim.
mão está suja,
suja há muitos anos.
[...]
(Disponível em: <https://pensador.uol.com.br>)

Nesse poema, é possível identificar sintomas presentes nas síndromes

A
fóbicas.

| 249
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Psicopatologia

B
psicóticas.
C
hipocondríacas.
D
obsessivo-compulsivas

06
4:
:3
38. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2017 -

19
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

1
02
/2
Associe as duas colunas relacionando o nome das alterações neuropsicológicas

11
8/
à sua descrição.

-2
om
Alterações Neuropsicológicas

l.c
ai
tm
(1) Afasia
ho
@
es

(2) Agnosia
m
go
ah

(3) Amnésia
a.
-s
2

(4) Apraxia
-1
84
.3

Descrições
11
.4
90

( ) Perda da capacidade de realizar gestos complexos.


-0
os

( ) Perda da capacidade de reconhecimento.


nt
sa
s
do

( ) Déficits de memória.
es
m

( ) Perda da linguagem.
go
ra
sa

A sequência correta dessa associação é

A
(1), (3), (2), (4).
B
(2), (4), (3), (1).
C
(3), (2), (1), (4).
D
(4), (2), (3), (1).

| 250
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Psicopatologia

39. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
Alexitimia é a dificuldade de
A
identificar sentimentos e diferenciá-los de sensações corporais.
B

06
sentir prazer ou divertimento na vida cotidiana e profissional.

4:
:3
C

19
aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita.

1
02
D

/2
11
manter a atenção durante períodos de tempo prolongados.

8/
-2
Comentário: A alexitimia é a dificuldade de identificar sentimentos e diferenciá-los

om
de sensações corporais, assim como a dificuldade de falar sobre as próprias

l.c
ai
emoções e a tendência a ter um estilo de pensamento orientado para o externo,
tm
ho
para o concreto. (Dalgalarrondo)
@
es

Gabarito: A
m
go
ah

40. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
a.
-s

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia / Considerando Dalgalarrondo


2
-1

(2008), informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo,


84

sobre as síndromes obsessivos-compulsivas. A seguir, marque a opção


.3
11

com a sequência correta.


.4
90
-0

( ) Caracteriza-se pela ocorrência de alterações da consciência, com pseudocrises


os

que se assemelham a crises epilépticas.


nt
sa
s

( ) Estão frequentemente presentes comportamentos rituais e repetitivos, tais como


do

lavar as mãos inúmeras vezes, por exemplo.


es
m
go

( ) Observa-se sintomas e perturbações corporais muito variados: paralisias


ra

histéricas, anestesias e analgesias histéricas, aos quais a pessoa reage de forma


sa

indiferente.

( ) Os quadros caracterizam-se por ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos,


rituais ou comportamentos compulsivos persistentes, que surgem de forma
recorrente na consciência.

A
F–V–F–V
B

| 251
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

V–F–V–F
C
F–F–V–V
D
V–V–F–F

06
41. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -

4:
:3
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

19
1
02
Dalgalarrondo (2008) elenca alguns sintomas negativos das síndromes

/2
deficitárias nas psicoses, dentre os quais temos:

11
8/
-2
I. Distanciamento afetivo.

om
l.c
ai
II. Retração social. tm
ho
@

III. Empobrecimento da linguagem e do pensamento (alogia).


es
m
go

IV. Diminuição da vontade (avolição) e apragmatismo.


ah
a.

Estão corretos os sintomas apresentados em


-s
2
-1
84

A
.3

II, e IV, apenas.


11
.4

B
90

I e III, apenas.
-0

C
os
nt

II, apenas.
sa

D
s
do

I, II, III e IV.


es
m
go
ra

42. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
sa

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


Partindo de Kurt Schneider, Dalgalarrondo (2008) destaca a esquizofrenia
como a principal forma de psicose, pela sua frequência e importância clínica.
Dessa forma, descreve alguns dos chamados “sintomas de primeira ordem”.
Assinale a alternativa correta sobre um desses sintomas.

| 252
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Percepção cognitiva: uma percepção absolutamente normal recebe uma


significação real, que ocorre simultaneamente ao ato perceptivo, como uma
experiência de “revelação”.
B
Alucinações auditivas características: como “as vozes que comentam a ação” do
paciente e as “vozes que comandam a ação” do doente.
C

06
Concentração do pensamento: neste caso, o doente sente que seus pensamentos

4:
:3
são vividos pelos outros, no momento em que os pensa.

19
D

1
02
Eco da imaginação ou materialização do pensamento: o paciente vê seus

/2
11
pensamentos ao pensá-los.

8/
-2
om
43. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -

l.c
ai
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia tm
ho
O excerto a seguir remete a um dos subtipos de síndromes depressivas
@

presentes em Dalgalarrondo (2008). Assinale a alternativa que identifica


es

corretamente a depressão crônica a qual ele se refere.


m
go

“É uma depressão crônica, geralmente de intensidade leve, muito duradoura.


ah

Começa no início da vida adulta e dura pelo menos vários anos. Os sintomas
a.
-s

depressivos mais comuns são diminuição da auto-estima, fadigabilidade


2
-1

aumentada, dificuldade em tomar decisões ou se concentrar, mau humor crônico,


84

irritabilidade e sentimentos de desesperança. Os sintomas devem estar presentes


.3
11

de forma ininterrupta por pelo menos dois anos”.


.4

A
90
-0

Distimia.
os

B
nt
sa

Depressão atípica.
s

C
do

Estupor depressivo.
es
m

D
go

Depressão tipo endógena.


ra
sa

44. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
Considerando Dalgalarrondo (2008), com relação ao quadro de Síndrome Mista
de Ansiedade e Depressão, assinale a alternativa correta.
A
As síndromes ansiosas são comuns nos quadros psicopatológicos associados ao
período pré-menstrual e, na ansiedade de base orgânica, é particularmente
frequente a presença da irritabilidade e da labilidade do humor.

| 253
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

B
A síndrome ansiosa vincula-se à instalação de uma doença orgânica, como por
exemplo hipertireoidismo e lúpus eritematoso sistêmico, mas não à condição
orgânica, tal como uso de certos medicamentos.
C
Quando sintomas depressivos e ansiosos estão presentes, tanto a síndrome ansiosa
como a depressiva são caracterizadas como grave o suficiente para, por si só,

06
constituir um diagnóstico.

4:
:3
D

19
O quadro de ansiedade de origem orgânica é constituído por uma síndrome ansiosa

1
02
generalizada, sem relação com doença ou condição orgânica.

/2
11
8/
-2
45. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -

om
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

l.c
ai
Baseando-se em Dalgalarrondo (2008), quanto à Síndrome do Pânico, pode-se
tm
ho
afirmar que ela se caracteriza por crises
@

A
es

desencadeadas sistematicamente por emoções fortes decorrentes de situações que


m
go

envolvam a morte.
ah

B
a.
-s

possivelmente associadas a um medo importante de ter um infarto, de morrer ou


2
-1

de enlouquecer.
84

C
.3
11

que começam de forma lenta, mas que são de longa duração.


.4

D
90
-0

leves de ansiedade sempre acompanhadas de agorafobia.


os
nt
sa
s

46. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
do

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


es
m

Dentre as síndromes ansiosas, conforme Dalgalarrondo (2008), quanto à


go

síndrome da ansiedade generalizada não se pode afirmar:


ra
sa

A
A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, nervosa ou irritada, quadros em que
são frequentes sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, angústia constante,
irritabilidade aumentada e dificuldade em concentrar-se.
B
São também comuns sintomas físicos como taquicardia, tontura, cefaleia, dores
musculares, epigastralgias, formigamentos, sudorese fria.
C
O seu diagnóstico independe da relação entre os sintomas ansiosos e algum tipo de
sofrimento clinicamente significativo.

| 254
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

D
Caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos
dias, por pelo menos seis meses.

E Pensamentos obsessivos.

47. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -

06
Primeiro Tenente - Psicologia

4:
:3
De acordo com Dalgalarrondo (2008), no exame do estado mental, as funções

19
psíquicas mais afetadas nos transtornos psicóticos são:

1
02
/2
A sensopercepção, pensamento, juízo de realidade e vivência do eu .

11
8/
-2
B atenção, pensamento, juízo de realidade e memória.

om
l.c
C orientação, vontade, juízo de realidade e personalidade.
ai
tm
ho

D sensopercepção, atenção, juízo de realidade e pensamento.


@
es
m

E pensamento, efetividade, vivência do eu e sensopercepção.


go
ah
a.
-s

48. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -
2
-1

Primeiro Tenente - Psicologia


84
.3

Conforme Dalgalarrondo (2008), quando há diminuição da atenção voluntária


11

e aumento da atenção espontânea, com hipervigilância e hipotenacidade


.4
90

estamos diante de um:


-0
os

A transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).


nt
sa
s
do

B transtorno depressivo.
es
m

C transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).


go
ra
sa

D transtorno de humor - quadro maníaco.

E transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

49. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -
Primeiro Tenente - Psicologia
Conforme Dalgalarrondo (2008), o processo diagnóstico sob a óptica da
psicopatologia apresenta algumas particularidades, dentre estas:

| 255
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo


entrevistador.

B é baseado preponderantemente em testes psicológicos ou /neuropsicológicos.

C é, em inúmeros casos, apenas possível com a observação do curso da doença.

06
D de modo geral, existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente

4:
específicos de determinado transtorno mental.

:3
19
1
02
E é baseado apenas nos aspectos biológicos e psicológicos.

/2
11
8/
-2
50. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -

om
Primeiro Tenente - Psicologia

l.c
Segundo Dalgalarrondo (2008), as alucinações auditivas são o tipo de
ai
tm
alucinaçao mais frequente nos transtornos mentais. Elas ocorrem em diversos
ho

quadros psicopatológicos, no entanto, quando se verificam alucinações


@
es

audioverbais em pacientes com nível de consciência normal, com forte


m
go

convicção, sem insight e crítica, havendo ausência de transtorno do humor


ah

(depressão ou mania), a hipótese diagnostica que se impõe é a de


a.
-s
2

A esquizofrenia.
-1
84
.3

B alcoolismo crônico.
11
.4
90

C transtorno dissociativo.
-0
os

D transtorno de personalidade.
nt
sa
s
do

E transtorno de humor.
es
m
go

51. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -
ra
sa

Primeiro Tenente - Psicologia


De acordo com Dalgalarrondo (2008), com relação às síndromes ansiosas,
analise as afirmativas abaixo.

I - A síndrome do pânico pode ou não ser acompanhada de agorafobia.

II - Na ansiedade de base orgânica, não é frequente a presença da labilidade do


humor.

| 256
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

III- O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas


ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos três meses.

IV - As crises de pânico são crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre


importante descarga do sistema nervoso autônomo.

Assinale a opção correta.

06
4:
:3
A Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.

19
1
02
B Apenas a afirmativa II é verdadeira.

/2
11
8/
C Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.

-2
om
D Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

l.c
ai
tm
E Apenas a afirmativa III é verdadeira.
ho
@
es
m
go
ah

52. (PMF - SMS – IMPARH – Prefeitura de Fortaleza - 2018) Um fenômeno


a.
-s

psicológico cuja característica é a sua capacidade de envolver todo o


2

indivíduo, comprometendo-o organicamente na sua experiência, leva à


-1
84

perda de controle do eu, sendo agudo e pouco duradouro, pode ser


.3

definido como:
11
.4
90

(A) afeto.
-0

(B) sentimento.
os
nt

(C) sensação.
sa

(D) emoção.
s
do
es
m
go

53. (PMF - SMS – IMPARH – Prefeitura de Fortaleza - 2018) O transtorno que


ra

se caracteriza por um quadro


sa

psicopatológico incluso entre os transtornos de ansiedade e


pode ser definido como um medo persistente de estar em
situações possivelmente consideradas embaraçosas pelo
sujeito, tais como ser o centro das atenções ou ter contato com
outras pessoas, bem como em outras situações que lhe causam
extrema ansiedade durante sua ocorrência ou até com sua
antecipação. Seu foco está sobretudo em tarefas, circunstância
e situações predefinidas, embora o indivíduo afetado consiga
perceber que seus medos e receios são excessivos e irracionais

| 257
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

na maioria das vezes. O quadro torna-se patológico quando o


indivíduo apresenta comprometimento de sua funcionalidade,
com prejuízos nos âmbitos profissional, pessoal e social.
Estamos diante de um:

(A) transtorno de estresse pós-traumático.


(B) transtorno de ansiedade social.

06
(C) síndrome de burnout.

4:
:3
(D) transtorno de ansiedade generalizada

19
1
02
54. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: IPREMM - SP

/2
11
Os novos critérios publicados na quinta edição do Diagnostic and Statistical

8/
Manual of Mental Disorders (DSM-5) apontam que a principal dificuldade dos

-2
indivíduos diagnosticados com um transtorno do espectro autista (TEA) é

om
l.c
ai
A a persistência de comportamentos incomuns e excêntricos. tm
ho
@

B um comprometimento das funções cognitivas e da linguagem.


es
m
go

C a dificuldade para lidarem com situações previsíveis.


ah
a.
-s

D uma impossibilidade para estabelecerem conexões humanas.


2
-1
84

E uma falha no desenvolvimento da comunicação social.


.3
11
.4

55. Ano: 2019 Banca: VUNESP Prova: UFABC - Psicólogo


90

Os transtornos de ansiedade, dentre os quais se destacam o transtorno do


-0

pânico, a ansiedade generalizada e as fobias estão entre os principais


os
nt

problemas de saúde mental dos brasileiros. Esses transtornos


sa
s
do

A tendem a desaparecer com o tempo, mesmo sem tratamento especializado.


es
m
go

B implicam em severas consequências para a saúde, e raramente têm


ra

recuperação.
sa

C dispensam o tratamento psicoterápico durante o período de utilização de


medicação.

D têm recuperação se forem diagnosticados logo após a primeira crise.

E têm bom prognóstico, quando adequadamente tratados.

56. Ano: 2019 Banca: VUNESP Prova: UFABC - Psicólogo

| 258
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A capacidade de se situar em relação a si mesmo e em relação ao ambiente é um


elemento básico da atividade mental. A desorientação temporoespacial é um
dos sintomas mais frequentes dos

A estados depressivos.

B distúrbios somáticos.

06
4:
C episódios maníacos.

:3
19
1
02
D quadros psico-orgânicos.

/2
11
E transtornos de pânico.

8/
-2
om
57. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guararapes -

l.c
SP Prova: 2018 - Prefeitura de Guararapes - SP - Psicólogo
ai
tm
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM 5 – agrupou
ho

todas as manifestações de abuso e de dependência de substâncias sobre o título


@
es

de transtornos por abuso de substâncias, e eliminou um dos critérios


m

anteriormente definidos para caracterização desse tipo de transtorno. O


go
ah

critério eliminado foi:


a.
-s

A problemas legais recorrentes relacionados ao consumo de substâncias.


2
-1
84
.3

B fissura pela droga ou pela substância.


11
.4
90

C uso de drogas em situações de exposição a riscos.


-0
os

D manutenção do uso de drogas apesar de prejuízos físicos.


nt
sa
s
do

E restrição do repertório de vida.


es
m

58. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP


go

Para o atendimento psicológico de pacientes com transtorno de personalidade


ra
sa

antissocial é recomendável que o psicólogo

A confronte repetidamente a negação e minimização do paciente em relação ao seu


comportamento antissocial.

B tenha expectativas positivas e elevadas em relação à melhora e recuperação desse


tipo de paciente.

C evite conexões entre os comportamentos antissociais e os estados internos desses


pacientes.

| 259
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

D interprete os conteúdos inconscientes que estão relacionados aos


comportamentos antissociais desses pacientes.

E adote uma postura mais flexível e moderada, para favorecer a empatia e a


mentalização nesses pacientes.

59. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP

06
Quando um quadro de depressão e um quadro de alcoolismo estão associados,

4:
:3
parece ocorrer um efeito sinergético e aditivo que resulta em

19
1
02
A episódios de torpor acentuado.

/2
11
8/
B alterações leves da memória.

-2
om
C incremento significativo da libido.

l.c
ai
D risco aumentado de conduta suicida.
tm
ho
@
es

E aceleração severa do pensamento.


m
go
ah

60. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos - SP


a.

Uma interconsulta foi solicitada a um psicólogo hospitalar, para esclarecer a


-s

situação de um paciente que, durante e após a realização de um cateterismo


2
-1

cardíaco, ficou agitado e começou a falar palavras desconexas. Após retornar à


84
.3

enfermaria, afirmava que os médicos estavam rindo dele e zombando das


11

dimensões de seu pênis. No dia seguinte, observou-se a remissão dos sintomas


.4
90

descritos e o paciente revelou desconhecimento em relação aos


-0

acontecimentos. Essa descrição reforça, como hipótese diagnóstica,


os
nt
sa

A uma esquizofrenia paranoide.


s
do
es

B uma fobia.
m
go

C um transtorno dissociativo.
ra
sa

D uma crise de impulsividade.

E um quadro confusional psicogênico.

61. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos - SP


Apesar da variação na forma e no grau com que se manifestam as depressões
melancólicas, alguns de seus sinais e sintomas estão presentes
constantemente. Um desses sinais ou sintomas é

| 260
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A um sentimento de culpa relacionado a causas bem definidas.

B uma exacerbada tolerância em relação às perdas e frustrações.

C um baixo nível de exigência em relação a si próprio.

D uma necessidade intensa de contato interpessoal.

06
4:
E uma extrema submissão ao julgamento dos outros.

:3
19
1
62. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos - SP

02
/2
Ao final dos anos 60, alguns psiquiatras identificaram em alguns pacientes uma

11
síndrome que não se enquadrava nas rubricas diagnósticas preexistentes.

8/
-2
Analisando vários pacientes com essa síndrome, quatro aspectos principais

om
foram identificados: a raiva como afeto principal ou o único afeto, deficit nas

l.c
relações interpessoais, ausência de identidade consistente do self e depressão
ai
tm
difusa. O quadro apresentado trata do transtorno
ho
@
es

A de estresse pós-traumático.
m
go
ah

B dissociativo.
a.
-s

C de personalidade borderline.
2
-1
84
.3

D de personalidade antissocial.
11
.4
90

E aditivo.
-0
os

63. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Serrana -


nt
sa

SP Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Serrana - SP - Psicólogo


s
do

A nova edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM-


es

5 – agrupou todas as manifestações de abuso e de dependência de substância


m

sob a designação “transtornos por uso de substâncias”. Essa mudança incluiu,


go

entre os critérios para diagnóstico desses transtornos,


ra
sa

A a ocorrência de problemas legais recorrentes relacionados à substância.

B a facilidade de ser influenciado pelo ambiente.

C o desconforto diante de situações de exposição.

D o desrespeito pela segurança alheia.

E o sintoma de fissura pela droga.

| 261
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

64. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos -
SP Prova: VUNESP - 2015 - Prefeitura de São José dos Campos - SP -
Analista em Saúde – Psicólogo
Durante uma avaliação diagnóstica, identificam-se numa pessoa as seguintes
características: pensamento quase psicótico, comportamento de
automutilação, preocupação com abandono, sensação de ser alguém especial e
comportamento regressivo durante o atendimento. Esses sinais indicam que a

06
pessoa sofre com um

4:
:3
19
A transtorno de personalidade borderline.

1
02
/2
B transtorno de estresse pós-traumático.

11
8/
-2
C transtorno de conduta.

om
l.c
D transtorno de ansiedade generalizada.
ai
tm
ho

E transtorno de personalidade esquizoide.


@
es
m

65. (Prefeitura de Fortaleza - CE – IMPARH 2018) Uma alegria contagiante


go
ah

pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos porque


a.

alguém “pisou na bola”. O amor intenso vira ódio profundo, porque a


-s
2

atitude foi interpretada como traição; o sentimento sai de controle e se


-1
84

traduz em gritos, palavrões e até socos, e, então, bate uma culpa enorme
.3

e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá vontade de se cortar, de


11
.4

beber e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são


90

insuportáveis.
-0
os
nt

Estamos diante de um paciente manifestando sintomas característicos de um:


sa
s
do

A transtorno de ansiedade social.


es
m
go

B transtorno de estresse pós-traumático.


ra
sa

C transtorno de personalidade borderline.

D transtorno bipolar de personalidade.

66. Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - A sociedade está em constante


transformação. Há uma necessidade constante de adaptação às
mudanças, e percebe-se que o estresse vem afetando a saúde das
pessoas, muitas vezes levando ao aparecimento de doenças, entre elas,

| 262
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

a depressão. Podemos afirmar que a depressão desencadeada desta


forma:

A afeta tanto os homens quanto as mulheres na mesma proporção.

B leva à falta de interesse ou prazer nas coisas que sentiam antes, a um aumento
exagerado do apetite, à diminuição da energia, ao cansaço e à dificuldade de

06
pensar, se concentrar e tomar decisões.

4:
:3
19
C leva a uma ausência exagerada de agitação ou incapacidade de ficar quieto.

1
02
/2
D leva somente ao interesse em coisas oriundas de um passado recente.

11
8/
-2
67. FUVEST – Residência USP 2020 - De acordo com a evolução temporal dos

om
sintomas, os fenômenos agudos ou subagudos de um transtorno mental

l.c
classificam‐se por diferentes nomenclaturas. Segundo Dalgarrondo
ai
tm
(2000), qual nomenclatura se caracteriza por “surgimento e término
ho

abruptos, durando segundos ou


@
es

minutos, raramente horas”?


m
go
ah

(A) Episódio.
a.
-s

(B) Fase.
2

(C) Surto.
-1
84

(D) Crise.
.3

(E) Desenvolvimento
11
.4
90

68. FUVEST – Residência USP - Dalgarrondo afirma que a literatura


-0

psiquiátrica utiliza determinados termos em relação ao curso dos


os
nt

episódios de transtornos mentais. O termo “remissão” refere‐se


sa
s
do

(A) ao retorno e manutenção do estado normal, já tendo passado um bom


es

período de tempo (geralmente se considera um ano) sem que o paciente apresente


m
go

recaída do quadro.
ra
sa

(B) ao retorno dos sintomas logo após haver ocorrido uma melhora parcial
do quadro clínico ou quando o estado assintomático é ainda recente (não tendo
passado um ano do episódio agudo).

(C) ao surgimento de um novo episódio, tendo o indivíduo estado


assintomático por um bom período (pelo menos por cerca de um ano).

(D) à ocorrência aguda, que se instala de forma repentina e faz eclodir uma
doença de base endógena, não compreensível psicologicamente.

| 263
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

(E) ao retorno ao estado normal tão logo acabe o episódio agudo, que pode
ocorrer também sem o auxílio de intervenção terapêutica.

69. Residência UFRN 2019-2020 – COMPERVE - No estudo da consciência, é

06
indispensável considerar a conexão causal existente entre todos os

4:
:3
processos psíquicos. A cada conteúdo, estado e processo psíquico,

19
corresponde certo grau ou nível de consciência, que pode se modificar.

1
02
Sobre as alterações da consciência, analise as afirmativas abaixo.

/2
11
8/
I.Entende-se por amência o estado mais acentuado de perda da consciência.

-2
om
II.Podem ocorrer devido a doenças infecciosas e intoxicações.

l.c
ai
tm
III.Êxtase diz respeito a um fenômeno de alteração da consciência do eu.
ho
@
es

IV.Após quadro de delírio oniróide, a pessoa recorda os sintomas com clareza


m
go
ah

Sobre isso, estão corretas as afirmativas


a.
-s

A) III e IV. B) I e II. C) I e IV. D) II e III.


2
-1
84
.3

70. Residência UFRN 2019-2020 – COMPERVE - Paciente do sexo masculino,


11
.4

internado no serviço de neurologia com as seguintes alterações: “Não


90

executa ordens simples, a exemplo de abrir e fechar a boca, nem lhe


-0
os

desperta a atenção falas trazendo dados de sua história, como o nome


nt

da cidade em que morou a vida toda. Consegue falar articulando as


sa

palavras, porém não há sentido lógico na linguagem, respondendo aos


s
do

questionamentos de modo incoerente.” Essas alterações são de um


es

quadro de
m
go
ra

A) Afasia motora.
sa

B) Afasia de Wernicke
C) Afasia de Broca.
D) Afasia global.

71. VUNESP - 2019 – UFABC - O exame físico dos pacientes com transtorno
mental, ao contrário do que alguns profissionais que atuam em saúde
mental supõem, pode ser um instrumento valioso para o planejamento
do tratamento desses pacientes. Apesar dessa constatação,

| 264
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

normalmente os distúrbios e as doenças físicas são subdiagnosticados


em pacientes psiquiátricos. Uma das explicações, para esse fato, refere-
se ao fato de que
A)os pacientes com transtorno mental geralmente têm dificuldades para comunicar
objetivamente suas queixas somáticas.
B)os psiquiatras não têm formação adequada para avaliar fisicamente ou medicar
os sintomas físicos de seus pacientes.

06
C) os pacientes psiquiátricos apresentam morbidade menos frequente do que a

4:
:3
morbidade observada na população geral.

19
D) os exames físicos de pacientes psiquiátricos têm características diferentes dos

1
02
exames realizados com a população geral.

/2
11
E) as dores e os sintomas físicos relatados pelos pacientes com transtorno mental

8/
não têm utilidade para orientar seus exames físicos.

-2
om
72. VUNESP - 2019 – UFABC - Psicofarmacologia - A utilização do lítio como

l.c
ai
estabilizador do humor foi uma descoberta especialmente importante
tm
ho
para o manejo da fase aguda e para evitar recidivas nos pacientes
@

diagnosticados com transtorno


es
m
go

A) afetivo bipolar.
ah
a.
-s

B) de estresse pós-traumático.
2
-1
84

C) alimentar.
.3
11
.4

D) de personalidade esquizoide.
90
-0
os

E) somatoforme.
nt
sa
s
do

73. CESPE - 2018 – HUB - A orientação psicológica para pessoas que


es
m

apresentam dificuldade para dormir ou que têm sono de má qualidade


go

inclui a prática da higiene do sono. Com relação às orientações


ra
sa

referentes a essa prática, julgue o item a seguir.


A ingestão de uma dose pequena de bebida alcoólica como indutor do
sono imediatamente antes de deitar é aconselhada.

74. CESPE - 2019 - TJ-AM - Rogério, servidor público, foi encaminhado pelo
setor de recursos humanos ao serviço médico da instituição onde
trabalha após seus colegas estranharem seu comportamento nas duas
últimas semanas. Ao ser indagado pelo profissional competente,
Rogério disse ter visto, em dada ocasião, seu chefe espioná-lo no

| 265
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

trabalho e, nos últimos dias, afirma tê-lo visto do outro lado da rua de
sua residência, sempre na hora que ele sai para trabalhar. Rogério
afirma, ainda, ter feito uso de alguns medicamentos dos quais
desconhece a composição e a nomenclatura.
Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.
Na situação em comento, a ocorrência de pensamentos
constantes de que seu chefe o está perseguindo não é critério suficiente

06
para diagnosticar Rogério como portador do transtorno de

4:
:3
esquizofrenia.

19
1
02
/2
11
75. CESPE - 2019 - TJ-AM - Rogério, servidor público, foi encaminhado pelo

8/
setor de recursos humanos ao serviço médico da instituição onde

-2
trabalha após seus colegas estranharem seu comportamento nas duas

om
últimas semanas. Ao ser indagado pelo profissional competente,

l.c
ai
Rogério disse ter visto, em dada ocasião, seu chefe espioná-lo no
tm
ho
trabalho e, nos últimos dias, afirma tê-lo visto do outro lado da rua de
@

sua residência, sempre na hora que ele sai para trabalhar. Rogério
es

afirma, ainda, ter feito uso de alguns medicamentos dos quais


m
go

desconhece a composição e a nomenclatura.


ah

Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.


a.
-s

Com a finalidade de verificar se Rogério apresenta diagnóstico de


2
-1

transtorno esquizofreniforme, é necessário acompanhá-lo pelo período


84

de um a seis meses, incluindo as fases prodrômica, ativa e residual.


.3
11
.4
90
-0

76. CESPE - 2019 - TJ-AM - Rogério, servidor público, foi encaminhado pelo
os

setor de recursos humanos ao serviço médico da instituição onde


nt
sa

trabalha após seus colegas estranharem seu comportamento nas duas


s

últimas semanas. Ao ser indagado pelo profissional competente,


do

Rogério disse ter visto, em dada ocasião, seu chefe espioná-lo no


es
m

trabalho e, nos últimos dias, afirma tê-lo visto do outro lado da rua de
go

sua residência, sempre na hora que ele sai para trabalhar. Rogério
ra
sa

afirma, ainda, ter feito uso de alguns medicamentos dos quais


desconhece a composição e a nomenclatura.
Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.

O quadro de delírio persecutório deverá ser descartado caso


Rogério estivesse usando a Substância Dietilamida do ácido Lisérgico,
que não causa quadro alucinógeno.

| 266
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

77. CESPE - 2019 - TJ-AM - Rogério, servidor público, foi encaminhado pelo
setor de recursos humanos ao serviço médico da instituição onde
trabalha após seus colegas estranharem seu comportamento nas duas
últimas semanas. Ao ser indagado pelo profissional competente,
Rogério disse ter visto, em dada ocasião, seu chefe espioná-lo no
trabalho e, nos últimos dias, afirma tê-lo visto do outro lado da rua de
sua residência, sempre na hora que ele sai para trabalhar. Rogério

06
afirma, ainda, ter feito uso de alguns medicamentos dos quais

4:
:3
desconhece a composição e a nomenclatura.

19
1
02
Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.

/2
11
8/
A hipótese de uso abusivo da substância fenciclidina, que não causa alucinação,

-2
deverá ser descartada do quadro clínico de delírio persecutório.

om
l.c
ai
tm
ho
@

78. CESPE - 2019 - TJ-AM - Um servidor público de 30 anos de idade entrou


es

com pedido de licença médica por apresentar certa sintomatologia. Ao


m
go

ser examinado pelo profissional competente, ficou por um tempo sem


ah

conseguir responder aos questionamentos (o que tem acontecido em


a.
-s

algumas situações) e, logo depois, afirmou ter medo e ansiedade


2
-1

marcantes ao sair de casa sozinho, decorrentes de pensamentos


84

delirantes, além de ter, constantemente, emoções negativas, inclusive


.3
11

raiva de si mesmo por não conseguir controlar esses sintomas.


.4

Considerando esse caso clínico, julgue o item subsecutivo.


90
-0

Sintomas de mutismo seletivo, como os demonstrados pelo servidor, são


os

desconsiderados no diagnóstico do transtorno de ansiedade.


nt
sa
s
do

79. CESPE - 2019 - TJ-AM - Um servidor público de 30 anos de idade entrou


es
m

com pedido de licença médica por apresentar certa sintomatologia. Ao


go

ser examinado pelo profissional competente, ficou por um tempo sem


ra
sa

conseguir responder aos questionamentos (o que tem acontecido em


algumas situações) e, logo depois, afirmou ter medo e ansiedade
marcantes ao sair de casa sozinho, decorrentes de pensamentos
delirantes, além de ter, constantemente, emoções negativas, inclusive
raiva de si mesmo por não conseguir controlar esses sintomas.
Considerando esse caso clínico, julgue o item subsecutivo.

Como o servidor alega sentir medo e ansiedade ao sair de casa sozinho,


descarta-se o diagnóstico de agorafobia.

| 267
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

80. CESPE - 2019 - TJ-AM - Um servidor público de 30 anos de idade entrou


com pedido de licença médica por apresentar certa sintomatologia. Ao
ser examinado pelo profissional competente, ficou por um tempo sem
conseguir responder aos questionamentos (o que tem acontecido em
algumas situações) e, logo depois, afirmou ter medo e ansiedade
marcantes ao sair de casa sozinho, decorrentes de pensamentos
delirantes, além de ter, constantemente, emoções negativas, inclusive

06
raiva de si mesmo por não conseguir controlar esses sintomas.

4:
:3
Considerando esse caso clínico, julgue o item subsecutivo.

19
1
02
No caso relatado, por se tratar de pessoa do sexo masculino, há maior

/2
11
prevalência do transtorno de ansiedade generalizada do que se fosse uma

8/
pessoa do sexo feminino.

-2
om
l.c
ai
81. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de
tm
ho
Transtornos Mentais (DSM-5), entre os critérios diagnósticos do
@

transtorno de pânico, encontra-se a presença de ataques de pânico


es

A) intensos e contínuos.
m
go

B) moderados e previsíveis.
ah

C) graduais e lentos.
a.
-s

D) recorrentes e inesperados.
2
-1

E) fortes e prolongados
84
.3
11
.4

82. FCC - 2019 - METRÔ-SP - O transtorno de estresse agudo é distinto do


90
-0

transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) porque seu padrão


os

sintomático, depois da exposição ao evento traumático, é restrito à


nt
sa

duração de
s

A) cinco dias a sete semanas.


do

B) dois dias a dois meses.


es
m

C) três dias a um mês.


go

D) um dia a dois meses.


ra
sa

E) quatro dias a seis semanas.

83. FCC - 2018 – ALESE (Assembleia Legislativa de Sergipe) - Fábio, psicólogo,


iniciou a psicoterapia de Carlos, um adulto jovem que em idade escolar
havia realizado um psicodiagnóstico, por causa de uma suspeita de que
era portador de uma Deficiência Intelectual (Transtorno do
Desenvolvimento Intelectual). O rapaz não tinha mais o relatório
psicológico e informava que naquela ocasião o profissional teria

| 268
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

identificado nele uma deficiência de gravidade moderada. Fábio


consultou a tabela com os níveis de gravidade para deficiência
intelectual presente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-5) e encontrou que a criança, em idade escolar, no
domínio conceitual, apresenta um nível de gravidade Moderada se,
durante todo o desenvolvimento,

06
A)suas habilidades conceituais individuais ficam bastante atrás das dos

4:
:3
companheiros; ocorre lento progresso na leitura, na escrita, na matemática

19
e na compreensão do tempo e do dinheiro ao longo dos anos escolares, com

1
02
limitações marcadas na comparação com os colegas.

/2
11
B)revela alcance limitado de habilidades conceituais, geralmente tendo

8/
pouca compreensão da linguagem escrita ou de conceitos que envolvam

-2
números, quantidade, tempo e dinheiro, necessitando de cuidadores como

om
fonte de apoio para a solução de problemas ao longo da vida.

l.c
ai
C)suas habilidades conceituais costumam envolver mais o mundo físico do
tm
ho
que os processos simbólicos; consegue usar objetos de maneira direcionada
@

a metas para o autocuidado, o trabalho e a recreação; pode adquirir algumas


es

habilidades visuoespaciais, como combinar e classificar, baseadas em


m
go

características físicas; e os prejuízos motores e espaciais podem impedir o


ah

uso funcional dos objetos.


a.
-s

D)apresenta limitação em termos de vocabulário e gramática na linguagem


2
-1

falada, podendo a fala ser composta de palavras ou expressões isoladas,


84

com possível suplementação por meios alternativos, tendo o foco da


.3
11

comunicação no aqui e agora dos eventos diários.


.4

E)entende discursos e comunicação gestual simples; as relações com


90
-0

familiares e pessoas conhecidas constituem fonte de prazer e ajuda;


os

expressa amplamente os próprios desejos e emoções pela comunicação não


nt
sa

verbal e não simbólica, entretanto, a ocorrência concomitante de prejuízos


s

sensoriais e físicos pode impedir muitas atividades sociais.


do
es
m
go

84. FCC - 2019 - TJ-MARANHÃO - De acordo com o DSM 5, o transtorno


ra
sa

disruptivo da desregulação do humor


A) tem seu início no período da adolescência.
B) se apresenta com prevalência em crianças do sexo feminino.
C) está associado a uma evidente perturbação na família e às relações com
os pares
D) tem como característica a irritabilidade, que se apresenta em episódios
isolados.
E) apresenta taxas de comorbidade baixas, predominando os sintomas
isolados

| 269
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

85. FCC - 2019 - TJ-MA - De acordo com os critérios do DSM 5, será


considerado transtorno do estresse pós-traumático no adulto,
adolescente ou criança acima de 6 anos de idade quando

A) a lembrança do evento não aconteça de modo involuntário ou intrusivo.


B)for exposto repetidamente a qualquer evento traumático midiático.
C) as alterações da cognição e do humor não forem observadas.

06
D) os sintomas se manifestarem até pelo menos seis meses após o trauma.

4:
:3
E) for submetido a uma ou mais situações traumáticas.

19
1
02
86. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019-2020) A criança com Transtorno de

/2
11
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresenta dificuldades para

8/
sustentar a atenção durante um tempo mais prolongado; a dificuldade

-2
também está presente ao selecionar a informação relevante em cada

om
problema, de forma a estruturar e realizar uma tarefa. O TDAH é uma

l.c
ai
síndrome neurocomportamental com sintomas que podem ser
tm
ho
classificados em quais categorias?
@
es

A) Desatenção, hiperatividade e impulsividade.


m
go

B) Delírios, alucinações e discurso desorganizado.


ah

C) Distraibilidade, agitação psicomotora e humor deprimido.


a.
-s

D) Aumento da autoestima, elação, logorreia, heteroagressividade e


2
-1

irritabilidade.
84
.3
11
.4

87. (PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE - 2020 -Instituto AOCP)


90
-0

Uma mãe de 41 anos procura atendimento para a filha de 15 anos.


os

Queixa-se de que a filha estaria começando a se vestir como um grupo do


nt
sa

colégio, com roupas de banda de rock e que pintou o cabelo de azul como
s

as amigas. Na perspectiva do relato da mãe, a mudança foi grande, pois


do

tem questionado a opinião materna para diversos assuntos, mas ainda a


es
m

obedece nas responsabilidades, apesar de reclamar em ter de participar


go

de atividades que até um ano atrás gostava, tal como aula de balé. Tem
ra
sa

solicitado aulas de guitarra e, muitas vezes, prefere ir nas atividades de


lazer com os amigos – quando possível – do que com os parentes dos pais.
Por essa primeira descrição do caso, na perspectiva da
psicanálise, a filha tem apresentado características de

(A) transtorno de hiperatividade.


(B) síndrome normal da adolescência.
(C) transtorno de conduta.

| 270
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

(D) transtorno invasivo do desenvolvimento.


(E) síndrome de Rett

88. (PC/ES - Instituto AOCP -2019) Para ser estabelecida uma parafilia, está
implícito o reconhecimento daquilo que é convencional
(estatisticamente normal) para, em seguida, detectar-se o que estaria
"ao lado" desse convencional. Sobre parafilias, assinale a alternativa

06
correta.

4:
:3
(A) De acordo com a nova classificação do DSM-V, as pessoas com interesses

19
sexuais

1
02
atípicos apresentam esse tipo de transtorno mental.

/2
11
(B) Considera-se parafilia todo comportamento que não seja o sexo

8/
convencional,

-2
heterossexual, coital, monogâmico e que não tenha finalidade procriativa.

om
(C) Constitui-se como um dos critérios para transtorno mental a prática de

l.c
ai
comportamento sexual atípico tm consensual.
ho
(D) A expressão da sexualidade tem contornos específicos de cada época e
@

cultura, por isso as parafilias representam um desafio constante para que


es

sejam conceituadas em transtorno mental, saúde e doença.


m
go

(E) Embora bastante avaliadas e exploradas, não há intervenções possíveis


ah

ou um bom prognóstico
a.
-s
2
-1

89. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) De


84

acordo com Paulo Dalgalarrondo (2019), é correto afirmar que as


.3
11

funções psíquicas no exame do estado mental do paciente mais afetadas


.4

nos transtornos psico-orgânicos são


90
-0
os

a) atenção / orientação / memória / inteligência / linguagem.


nt
sa

b) vivência do eu / pensamento / afetividade / vontade / atenção.


s

c) afetividade / vontade / psicomotricidade / personalidade / memória.


do

d) sensopercepção / pensamento / juízo de realidade / alterações do Self /


es
m

orientação
go
ra
sa

90. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia)


Algumas síndromes e reações depressivas surgem frequentemente após
perdas significativas: de uma pessoa muito querida, emprego, moradia,
status socioeconômico ou algo puramente simbólico. Apesar de muitas
vezes ser desencadeada por perdas, a depressão não é o mesmo que o
sentimento de luto (DALGALARRONDO, 2019). Considerando o exposto
acima, é correto afirmar que o luto intenso é caracterizado por

a) tristeza e desânimo pouco oscilantes ao longo dos dias.


b) ruminações autocríticas e pessimistas abrangentes, não apenas

| 271
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

relacionadas a uma perda.


c) humor deprimido constante que abrange mais que as perdas; humor que
não melhora com o passar do tempo.
d) tristeza muito relacionada à experiência da perda, que tende a diminuir
com o passar das semanas e dos meses (duração muito variável, de semanas
a vários meses, eventualmente a anos).

06
91. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Paulo

4:
:3
Dalgalarrondo (2019) afirma que há no processo diagnóstico uma

19
relação dialética permanente entre o particular, individual (aquele

1
02
paciente específico, aquela pessoa em especial), e o geral, universal

/2
11
(categoria

8/
diagnóstica à qual essa pessoa pertence). Os diagnósticos são ideias

-2
(construtos), fundamentais para o trabalho clínico e para o

om
conhecimento científico. Considerando o diagnóstico em

l.c
ai
psicopatologia, preencha corretamente as lacunas. tm
ho
@

A _____________________ de um procedimento diagnóstico (técnica de


es

entrevista padronizada, escala, teste, diferentes entrevistadores, etc.) diz


m
go

respeito a sua capacidade de produzir, em relação a um mesmo indivíduo ou


ah

para pacientes de um mesmo grupo diagnóstico, em circunstâncias diversas,


a.
-s

o mesmo diagnóstico.
2
-1

A _____________________ diz respeito à capacidade de um procedimento


84

diagnóstico conseguir captar, identificar ou medir aquilo que realmente se propõe


.3
11

a reconhecer.
.4

A _____________________ de um novo procedimento diagnóstico está relacionada


90
-0

a sua capacidade de detectar com acurácia os casos verdadeiros incluídos na


os

categoria diagnóstica que se visa identificar.


nt
sa

Já a _____________________ do procedimento refere-se à capacidade de


s

identificar verdadeiros “não casos” em relação à categoria diagnóstica que se


do

pesquisa.
es
m
go

A sequência que preenche corretamente as lacunas é


ra
sa

a) identificação / avaliação / terapêutica / prevenção


b) fidedignidade / precisão / cientificidade / propedêutica
c) confiabilidade / validade / sensibilidade / especificidade
d) dimensionalidade / observação / sintomatologia / intervenção

92. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A


técnica e a habilidade em realizar entrevistas são atributos
fundamentais e insubstituíveis do profissional de saúde em geral e da
saúde mental em particular. A respeito da entrevista com o paciente no
contexto da saúde mental, avalie o que se afirma.

| 272
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

I. O momento da entrevista inicial não é o ideal para se observar a comunicação


não verbal.
II. Na primeira entrevista, o profissional deve inicialmente colher os dados
sociodemográficos básicos.
III. Na entrevista inicial da avaliação psicopatológica, realiza-se a anamnese, ou
seja, o recolhimento de todos os dados necessários para um diagnóstico

06
pluridimensional do paciente.

4:
:3
IV. O profissional que realiza entrevista deve, sempre que possível, manter-se

19
com posturas rígidas e atitudes neutras, buscando realizar muitas anotações

1
02
que ajudarão na organização do plano terapêutico.

/2
11
V. A boa condução de uma entrevista varia muito em função do paciente, de sua

8/
personalidade, de seu estado mental; do contexto institucional; dos objetivos da

-2
entrevista e da personalidade do entrevistador.

om
l.c
ai
Está correto apenas o que se afirma em tm
ho
@

a) I, II e IV. b) I, III e V. c) II, III e V. d) III, IV e V.


es
m
go

93. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) O


ah

termo “somatização” refere-se ao processo pelo qual um indivíduo


a.
-s

padece em seu corpo sintomas físicos, que não têm origem exclusiva em
2
-1

uma doença física, mas se relacionam bem mais a dificuldades


84

psicológicas, psicossociais e interpessoais (DALGALARRONDO, 2019).


.3
11

A respeito do processo de somatização, informe se é verdadeiro (V) ou


.4

falso (F) o que se afirma a seguir.


90
-0

( ) É possível que a somatização sirva como meio de comunicação quando a


os

expressão verbal mais direta está bloqueada.


nt
sa

( ) Somatizações são muito frequentes em adultos, principalmente mulheres


s

e idosos, e não possuem incidência em crianças.


do

( ) Sintomas comuns nesses quadros são dores difusas, sintomas


es
m

gastrintestinais, fadiga, sono ruim e sintomas psicopatológicos


go

inespecíficos, como ansiedade, depressão e irritabilidade.


ra
sa

( ) A somatização pode acontecer na presença de doença física demonstrável


(intensificando demasiadamente a apresentação somática), assim como na
ausência de qualquer doença ou condição
física.

A sequência correta é
a) (V); (V); (F); (F).
b) (F); (V); (V); (F).
c) (F); (F); (F); (V).
d) (V); (F); (V); (V).

| 273
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

94. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Os


quadros de somatização podem ser situacionais e transitórios (durante
uma fase difícil da vida) ou estáveis e duradouros, passando a ser um
estilo ou um modo de conduzir a vida. A respeito dos quadros
psicossomáticos, avalie o que se afirma.
I. Nos transtornos hipocondríacos não são frequentes alterações comórbidas de

06
personalidade.

4:
:3
II. Há, atualmente, a tendência de se identificar os processos de somatização

19
com o que se convencionou chamar de “Sintomas Médicos Inexplicados” (SMI).

1
02
III. Os indivíduos hipocondríacos tendem a rejeitar a ideia de que seu sofrimento

/2
11
seja de origem psicológica ou psicossocial, voltando-se sempre à queixa

8/
corporal.

-2
IV. Tanto a fibromialgia como a síndrome de fadiga crônica (mas também a

om
distimia, os quadros mistos de ansiedade e de depressão e outros transtornos

l.c
ai
de somatização) se assemelham à categoria histórica chamada “neurastenia”.
tm
ho
@

Está correto apenas o que se afirma em


es
m
go

a) I e III. b) II e IV. c) I, III e IV. d) II, III e IV.


ah
a.
-s

95. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) O


2
-1

estado depressivo muito grave no qual o paciente permanece dias na


84

cama ou sentado, em estado de catalepsia, com negativismo que se


.3
11

exprime pela ausência de respostas às solicitações ambientais,


.4

geralmente em estado de mutismo, recusando alimentação, às vezes


90
-0

urinando no leito, podendo desidratar e vir a falecer por complicações


os

clínicas, é chamado corretamente de


nt
sa
s

A depressão atípica.
do

B depressão psicótica.
es
m

C depressão tipo melancólica ou endógena.


go

D estupor depressivo ou depressão com catatonia.


ra
sa

96. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia)


Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-11), os
transtornos devidos ao uso de álcool expressam um padrão de
consequências negativas decorrentes do uso da substância, inclusive
intoxicação alcoólica, uso perigoso, dependência, síndrome de
abstinência e transtornos mentais induzidos pelo álcool.

Preencha corretamente as lacunas.

| 274
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

O ____________________ é uma forma grave de síndrome de abstinência do álcool,


em que ocorrem, além dos sintomas clássicos do delirium, intensas manifestações
autonômicas, ilusões e alucinações visuais e táteis marcantes, principalmente com
insetos e pequenos animais (zoopsias). A ____________________ pode ocorrer
durante a síndrome de abstinência ou em períodos independentes dela, com o
indivíduo sóbrio ou alcoolizado. Caracteriza-se por alucinações audioverbais de
vozes que tipicamente falam do paciente na terceira pessoa ou o humilham e o

06
desprezam. A chamada ____________________ caracteriza-se por uma resposta

4:
:3
paradoxal, intensa, à ingestão de pequena quantidade de álcool.

19
1
02
A sequência que preenche corretamente as lacunas é

/2
11
8/
A delirium tremens / alucinose alcoólica / embriaguez patológica

-2
B transtorno aditivo / alucinação moderada / abstinência alcoólica

om
C transtorno induzido por substâncias / intoxicação alcoólica / dependência

l.c
ai
alcoólica tm
ho
D transtorno por uso ou devido ao álcool / alucinação perceptiva / síndrome de
@

abstinência da substância
es
m
go

97. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) No


ah

contexto clínico, psicólogos têm recebido com frequência pacientes com


a.
-s

suspeita de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). O


2
-1

TDAH é um transtorno neurodesenvolvimental caracterizado pela


84

presença de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade em


.3
11

grau inconsistente com o nível de desenvolvimento, impactando no


.4

funcionamento social, acadêmico e/ ou profissional. Informe se é


90
-0

verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir sobre o TDAH.


os
nt
sa

() O diagnóstico do TDAH é essencialmente clínico.


s
do

( ) Pesquisas recentes têm enfatizado cada vez mais a homogeneidade do perfil


es
m

dos pacientes com TDAH, tanto na apresentação dos sintomas, quanto no perfil
go

neuropatológico.
ra
sa

( ) Para diagnosticar o TDAH, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico


de Transtornos Mentais (DSM-5), os sintomas devem estar presentes em dois ou
mais ambientes.
( ) Com base no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-
5), o diagnóstico do TDAH é feito quando vários dos sintomas estiverem
presentes até os oito anos de idade.

A sequência correta é
a) (V); (F); (V); (F).

| 275
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

b) (V); (V); (F); (F).


c) (F); (F); (V); (V).
d) (F); (V); (F); (V).

98. Instituto AOCP – ITEP RN – 2018 - Quanto ao termo Parafilia, considerando as


alterações realizadas e apresentando síntese das definições, é possível
relacionar o ato de “Tocar ou esfregar-se em uma pessoa sem seu

06
consentimento” como definição de

4:
:3
19
(A) frotteurismo.

1
02
(B) pedofilia.

/2
11
(C) exibicionismo.

8/
(D) fetichismo.

-2
(E) sadismo sexual.

om
l.c
ai
99. CESPE – HUB – 2018 - Texto Associado: Juliano, de trinta anos de idade, analista
tm
ho
de sistemas, foi levado ao hospital pela mãe, que relatou que, havia dois dias, o
@

filho tinha deixado de comer, tomar banho e sair de casa. No atendimento,


es

Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer porque eles deram um jeito de
m
go

colocar veneno de rato na minha comida. Eles querem se livrar de mim porque
ah

tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã tenho uma reunião para


a.
-s

resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da minha mãe”. Após as


2
-1

observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano sempre foi um filho
84

tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a primeira vez que


.3
11

fica esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza substâncias
.4

ilícitas, medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de condição


90
-0

médica geral.
os

A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de


nt
sa

Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um


s

psiquiatra e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e


do

realizar acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu


es
m

orientações. Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque


go

apresentou melhora do quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu


ra
sa

indicação para realizar acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.


Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e
estatístico dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das
doenças, julgue o próximo item.

É correto afirmar que, para fins diagnósticos, foi essencial considerar a


duração do episódio da perturbação na avaliação psicológica e psiquiátrica
inicial.

CERTO

| 276
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

ERRADO

100. CESPE – HUB – 2018 - No que se refere às síndromes relacionadas


ao comportamento alimentar e às abordagens psicológicas adequadas a
esses casos, julgue o item que se segue.
O comportamento alimentar é um fenômeno complexo que envolve a

06
dimensão fisiológica, nutritiva, psicodinâmica, afetiva e relacional.

4:
:3
CERTO

19
ERRADO

1
02
/2
11
8/
101. CESPE – HUB – 2018 - No que se refere às síndromes relacionadas

-2
ao comportamento alimentar e às abordagens psicológicas adequadas a

om
esses casos, julgue o item que se segue.

l.c
ai
Do ponto de vista psicopatológico, a anorexia nervosa é caracterizada
tm
ho
pela perda de peso autoinduzida, com distorção da imagem corporal.
@

CERTO
es

ERRADO
m
go
ah
a.
-s

102. CESPE - 2019 - TJ-AM - Um servidor público de 30 anos de idade entrou


2
-1

com pedido de licença médica por apresentar certa sintomatologia. Ao ser


84

examinado pelo profissional competente, ficou por um tempo sem conseguir


.3
11

responder aos questionamentos (o que tem acontecido em algumas situações)


.4

e, logo depois, afirmou ter medo e ansiedade marcantes ao sair de casa sozinho,
90
-0

decorrentes de pensamentos delirantes, além de ter, constantemente,


os

emoções negativas, inclusive raiva de si mesmo por não conseguir controlar


nt
sa

esses sintomas.
s

Considerando esse caso clínico, julgue o item subsecutivo.


do

No caso em análise, o medo e a esquiva decorrentes de pensamentos


es
m

delirantes excluem o diagnóstico de transtorno de ansiedade.


go

CERTO
ra
sa

ERRADO

103. CESPE – 2020 – HUB - No que se refere aos transtornos


alimentares, julgue o item a seguir.

O transtorno alimentar denominado pica caracteriza-se pela ingestão de


substâncias não alimentares, frequentemente comparecendo antes dos 2 anos.
CERTO
ERRADO

| 277
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Psicopatologia

104. CESPE – 2020 – HUB - No que se refere aos transtornos


alimentares, julgue o item a seguir.
Os fatores psicossociais desempenham papel preponderante na
etiologia dos transtornos alimentares.
CERTO
ERRADO

06
4:
:3
19
1
105. CESPE – 2020 – HUB - No que se refere aos transtornos

02
/2
alimentares, julgue o item a seguir.

11
8/
-2
A pica pode ser diagnosticada junto com outros transtornos alimentares.

om
CERTO

l.c
ERRADO
ai
tm
ho
@
es

106. FGV – 2019 – DPE RJ - Os programas de acolhimento familiar são


m

preferenciais ao acolhimento institucional, sobretudo quando se trata


go
ah

de crianças em sua primeira infância.


a.
-s
2

O DSM-V descreve o Transtorno de Apego Reativo, no qual se identifica:


-1
84
.3

A surgimento de sintomas de perturbação de vínculo a partir do ingresso no


11
.4

ambiente escolar;
90

B etiologia multifatorial com predisposição genética potencializada pela carência


-0

de cuidados perinatais;
os
nt

C vivência de mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades de


sa

formar vínculos estáveis;


s
do

D localização no espectro de transtorno autista sem etiologia definida;


es

E discrição reduzida ou ausente em abordar e interagir com adultos desconhecidos.


m
go
ra

107. FGV – MPE AL – 2018 - O Dia Mundial da Conscientização do


sa

Autismo, transtorno que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro, é


celebrado no dia 02 de abril.

Sobre os critérios essenciais para o diagnóstico desse transtorno, presentes nas


suas diferentes formas de manifestação, analise os itens a seguir.

I. Altas habilidades e inteligência acima da média.

II. Padrões restritos e repetitivos de comportamento.

| 278
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Psicopatologia

III. Déficits na comunicação e na interação social.

IV. Surgimento dos sintomas na primeira infância

Está correto o que se afirma em

A II e III, apenas.

06
B III e IV, apenas.

4:
:3
C I, III e IV, apenas.

19
D II, III e IV, apenas.

1
02
E I, II, III e IV.

/2
11
8/
108. FGV – MPE BA – 2017 - A mãe de Leo, 8 anos, foi chamada na escola.

-2
O menino recusa-se a fazer as tarefas, anda pela sala de aula

om
atrapalhando os colegas, afronta os professores e insultou a diretora ao

l.c
ai
ser punido com a perda do recreio. Quando é surpreendido em alguma
tm
ho
falta, Leo reage com raiva e culpa as outras crianças. A mãe de Leo
@

relatou que em casa ele resiste a limites e enfrenta sua autoridade.


es
m
go

De acordo com o CID – 10 e com o DSM-V, pode-se reconhecer no quadro


ah

apresentado por Leo características do:


a.
-s
2
-1

A distúrbio desafiador e de oposição;


84

B transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade;


.3
11

C transtorno de Personalidade Antissocial;


.4

D distúrbio de Estresse Agudo;


90
-0

E transtorno de Personalidade Borderline.


os
nt
sa
s

109. Vunesp - Prefeitura de Itapevi - SP -2019- Estudos demonstram


do

que a administração criteriosa dos novos medicamentos antipsicóticos


es
m

é altamente eficaz para o manejo dos sintomas positivos da


go

esquizofrenia porque
ra
sa

A
elimina as perturbações que tipicamente afetam a qualidade das relações
interpessoais desses pacientes.
B
extingue totalmente os efeitos colaterais que normalmente decorrem do uso de
medicamentos nesses casos.
C
torna dispensável a indicação de outras técnicas para intervenção e
acompanhamento desses pacientes.
D

| 279
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Psicopatologia

suprime as dificuldades de adesão desses pacientes aos tratamentos propostos


pelo médico.
E
aumenta a acessibilidade desses pacientes a todas as outras formas de intervenções
terapêuticas.

110. Vunesp - Prefeitura de Cananéia- SP -2020- Os pacientes com

06
transtorno de personalidade borderline frequentemente se sentem

4:
:3
expostos e desvalorizados ao extremo pelos outros, o que faz com que

19
sintam vergonha acentuada. Essa tendência a se sentirem

1
02
envergonhados está relacionada

/2
11
A à raiva, à elevada impulsividade e à baixa autoestima características desse tipo de

8/
paciente.

-2
B ao controle exacerbado de impulsos, que mobiliza uma atitude de extrema

om
reserva nos relacionamentos.

l.c
ai
C a uma integração rígida da personalidade, que acentua a autocrítica e o
tm
ho
julgamento moral.
@

D a um senso crítico severo, que leva a uma dissociação fundamental entre afetos
es

positivos e negativos.
m
go

E ao caráter regressivo de seu comportamento, que é compensado por sentimentos


ah

de autonomia.
a.
-s
2
-1

111. Vunesp - Prefeitura de Cananéia- SP -2020- Atualmente, o


84

comportamento autolesivo tem sido identificado com elevada


.3
11

frequência entre os adolescentes. Com relação a essa manifestação, os


.4

estudos recentes demonstram que a autolesão


90
-0

A é um sintoma exclusivo do transtorno de personalidade borderline.


os

B indica uma intenção clara e inegável de tendência suicida.


nt
sa

C geralmente sinaliza um forte desejo de viver e não de morrer.


s

D indica um traço característico da adolescência na contemporaneidade.


do

E constitui um dos sinais clássicos do transtorno de estresse pós-traumático.


es
m
go

112. Vunesp - EBSERH -2020- Um psicólogo atende um paciente em


ra
sa

situação de internação hospitalar para dependência por abuso de


heroína. O paciente relata que está tomando metadona e está abstinente
de heroína há 3 meses. Essa condição caracteriza um quadro de remissão
em
A condição antagonista.
B nível incipiente.
C condição controlada.
D nível sustentado.
E ambiente protegido.

| 280
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Psicopatologia

QUESTÔES COMENTADAS PSICOPATOLOGIA

06
4:
1. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Sobre a personalidade

:3
antissocial assinale a alternativa correta

19
1
A) Pode ser diagnosticada na infância, quando há violação dos direitos das outras

02
pessoas e ausência de remorso

/2
11
B)Há evidências de transtorno de conduta com idade anterior aos 15 anos

8/
-2
C)Para o diagnóstico é necessário que, ao menos, um dos seguintes

om
comportamentos esteja presente: fracasso em ajustamento de normas sociais,

l.c
tendência a falsidade, impulsividade, irritabilidade e agressividade
ai
tm
D)Os comportamentos específicos característicos da personalidade antissocial
ho

encaixam-se em uma de quatro categorias: agressão a pessoas e animais,


@

destruição de propriedade, fraude, roubo ou grave violação às regras


es
m

E)Disforia, tensão e incapacidade de tolerar monotonia e humor deprimido não são


go

características associadas ao diagnóstico


ah
a.
-s

Comentário:
2
-1

Critérios Diagnósticos do transtorno de personalidade antissocial:


84
.3

“A. Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas
11

que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado por três (ou mais) dos
.4
90

seguintes:
-0

1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos


os

legais, conforme indicado pela repetição de atos que constituem motivos de


nt
sa

detenção.
s
do

2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de


es

nomes falsos ou de trapaça para ganho ou prazer pessoal.


m
go

3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.


ra

4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas


sa

corporais ou agressões físicas.


5. Descaso pela segurança de si ou de outros.
6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em
manter uma conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações financeiras.
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou
racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas.

B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade. (ou seja, não pode ser diagnosticada
na infância)

| 281
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Psicopatologia

C. Há evidências de transtorno da conduta com surgimento anterior aos 15 anos de


idade (...)”

Os comportamentos específicos característicos do transtorno da


conduta encaixam-se em uma de quatro categorias: agressão a pessoas e animais,
destruição de propriedade, fraude ou roubo ou grave violação a regras.

06
4:
:3
Indivíduos com transtorno da personalidade antissocial podem apresentar disforia,

19
incluindo queixas de tensão, incapacidade de tolerar a monotonia e humor

1
02
deprimido. (DSM V)

/2
11
8/
Gabarito: B

-2
om
2. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) O padrão de desconfiança e de

l.c
ai
suspeita, em que as motivações dos outros são interpretadas como
tm
ho
malévolas, é melhor caracterizado como um transtorno de
@

personalidade
es
m
go

a)Paranoide
ah

b)Esquizoide
a.
-s

c)Antissocial
2
-1

d)Esquizotípica
84

e)Evitativa
.3
11
.4

Comentário: De acordo com o DSM V, alguns dos critérios diagnósticos do


90
-0

transtorno de personalidade paranoide são:


os

“A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que suas
nt
sa

motivações são interpretadas como malévolas, que surge no início da vida adulta
s

e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos
do

seguintes:
es
m

1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou


go

enganado por outros.


ra
sa

2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da confiabilidade


de amigos e sócios.
3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que as informações
serão usadas maldosamente contra si.
4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou
eventos benignos.
5. Guarda rancores de forma persistente (i.e., não perdoa insultos, injúrias ou
desprezo).
6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros
e reage com raiva ou contra-ataca rapidamente.

| 282
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Psicopatologia

7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou


parceiro sexual. (...)”

Gabarito: A

3. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Em se tratando das alterações


da consciência assinale a alternativa correta

06
4:
:3
A)o sono é considerado um estado de alteração normal da consciência, sendo

19
composto pelas fases REM (com movimentos oculares rápidos) e não REM (sem

1
02
movimentos oculares rápidos), as quais se repetem de forma cíclica durante o sono

/2
11
B)A maioria das pessoas sonha várias vezes durante a noite e, caso acordem após

8/
mais de 8 minutos de um sono não REM, não se lembrarão mais do conteúdo do

-2
sonho

om
C)a obnubilação ou turvação da consciência, o sopor e o coma são alterações

l.c
ai
qualitativas da consciência, caracterizados em grau crescente na ordem
tm
ho
apresentada, pelo rebaixamento da quantidade de consciência
@

D)estados crepusculares, dissociação da consciência e transe são exemplos de


es

alterações patológicas associadas ao rebaixamento do nível de consciência


m
go

E)obnubilação da consciência, o estado onírico e os estados crepusculares são


ah

exemplos do funcionamento normal da consciência, recorrentes e cíclicos


a.
-s
2
-1

Comentário: Para Dalgalarrondo (2019), “o sono é um estado especial da


84

consciência, que ocorre de forma recorrente e cíclica nos organismos superiores


.3
11

(Aya-la-Guerrero, 1994). É também, ao mesmo tempo, um estado comportamental


.4

e uma fase fisiológica normal e necessária do organismo. Dividem-se as fases do


90
-0

sono em duas, o sono sincronizado, sem movimentos oculares rápidos (sono Não
os

REM), e o sono dessincronizado, com movimentos oculares rápidos – rapid eye


nt
sa

movements (sono REM) (Aloé; Azevedo; Hasan, 2005).”


s
do

A maioria das pessoas sonha várias vezes durante uma noite, apenas não se lembra
es
m

da maior parte dos seus sonhos, pois se acordarem (ou forem despertadas) após
go

mais de oito minutos de um sono REM (durante o qual sonharam), não lembrarão
ra
sa

mais do conteúdo do sonho.

Cuidado!
- Indivíduo despertado durante a fase REM -> provavelmente relatará que
estava sonhando.
- Indivíduo acordado (ou despertado) após mais de oito minutos de um sono
REM (durante o qual sonharam) -> não lembrarão mais do conteúdo do sonho.
(Dalgalarrondo, 2019)

| 283
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Obnubilação ou turvação da consciência, o sopor e o coma são alterações


QUANTITATIVAS da consciência. As alterações QUALITATIVAS da consciência são:
estados crepusculares, estado segundo, dissociação da consciência, transe e estado
hipnótico.

Alterações Normais da consciência são: ritmos circadianos, sono e sonho.

06
Gabarito: A

4:
:3
19
4. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Etilista crônico desde os 16

1
02
anos o senhor X, atualmente com 44 anos, está há dois dias sem fazer o

/2
11
uso de álcool e relata ter sentido neste período fortes dores abdominais,

8/
tremores constantes, dificuldade em manter-se em pé e teve convulsão.

-2
O relato se refere de maneira mais satisfatória

om
l.c
ai
a)Ao transtorno psicótico tm
ho
b)Ao delirium tremens
@

c)A síndrome de dependência


es

d)A síndrome de abstinência


m
go

e)A intoxicação aguda


ah
a.
-s

Comentário: De acordo com o DSM 5, a abstinência do álcool pode incluir sintomas


2
-1

como: “Hiperatividade autonômica (p. ex., sudorese ou frequência cardíaca maior


84

que 100 bpm); Tremor aumentado nas mãos; Insônia; Náusea ou vômitos;
.3
11

Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias; Agitação


.4

psicomotora; Ansiedade; Convulsões tônico-clônicas generalizadas.”


90
-0
os

Abstinência: com a diminuição da concentração da droga no organismo, a pessoa


nt
sa

passa a apresentar sintomas como tremores, ansiedade, sudoreses, entre outros.


s

Assim, há o desenvolvimento de uma alteração comportamental problemática


do

específica a determinada substância, com concomitantes fisiológicos e cognitivos,


es
m

devido a interrupção ou redução do uso intenso e prolongado da substância. Ou


go

seja, trata-se de uma síndrome que ocorre quando as concentrações de uma


ra
sa

substância no sangue ou nos tecidos diminuem em um indivíduo que manteve uso


intenso prolongado.

| 284
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Psicopatologia

Fissura •desejo ou necessidade intensos de usar a droga

Tolerância •dose maior da substância é necessária para obter o efeito desejado; ou


um efeito reduzido é obtido após o consumo da dose habitual.

06
4:
Abstinência •Alteração comportamental devido a interrupção ou redução do uso

:3
19
intenso e prolongado.

1
02
/2
11
Intoxicação •síndrome reversível que ocorreu devido a recente ingestão de

8/
substância.

-2
om
l.c
•forma grave de síndrome de abstinência ao álcool, em que ocorrem,

ai
Delirium tremens tm
além dos sintomas clássicos do delirium, intensas manifestações
ho
autonômicas (como tremores, febre, sudorese profusa, etc.), ilusões e
@

alucinações visuais e táteis marcantes.


es
m
go

Gabarito: D
ah
a.
-s

5. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Considerando os transtornos


2
-1

mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias


84

psicoativas, é correto afirmar que


.3
11

a)o agrupamento dos transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas


.4

engloba diferentes transtornos com gravidade e sintomatologia variada, que


90
-0

apresentam em comum o uso de uma ou mais substâncias psicoativas, prescritas


os

ou não por um médico


nt

b)o diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias


sa
s

relaciona-se aos casos em que a utilização de uma substância tóxica de maior


do

responsabilidade de caso clínico, em conjunto com o diagnóstico suplementar, pela


es
m

utilização de outras drogas provocantes de intoxicação


go

c)o diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias inclui o


ra
sa

abuso de substâncias que não produzem dependência


D)o transtorno psicótico corresponde a um conjunto de sintomas que ocorrem
durante, ou imediatamente após, o consumo da substância psicoativa, podendo ser
explicado pela presença de intoxicação aguda ou por um quadro de abstinência
e) uso nocivo de substâncias psicoativas é caracterizado como um conjunto de
fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após
repetido consumo, associado ao desejo pela substância e dificuldade de controle
para o consumo com prioridade a droga em detrimento de outras atividades

| 285
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Psicopatologia

Comentários: De acordo com a CID, o agrupamento dos Transtornos mentais e


comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa “compreende
numerosos transtornos que diferem entre si pela gravidade variável e por
sintomatologia diversa, mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos
ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas, prescritas ou não por um
médico.”

06
O diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias deve ser

4:
:3
reservado somente aos casos em que a escolha das drogas é feita de modo caótico

19
e indiscriminado, ou naqueles casos onde as contribuições de diferentes drogas

1
02
estão misturadas. (CID)

/2
11
8/
O diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias EXCLUI o

-2
abuso de substâncias que não produzem dependência.

om
l.c
ai
Transtorno psicótico = Conjunto de fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou
tm
ho
imediatamente após o consumo de uma substância psicoativa, mas que NÃO
@

podem ser explicados inteiramente com base numa intoxicação aguda e que NÃO
es

participam também do quadro de uma síndrome de abstinência. (CID)


m
go
ah

A Letra “E” se refere à síndrome de Dependência, não ao uso nocivo. Uso nocivo =
a.
-s

Modo de consumo de uma substância psicoativa que é prejudicial à saúde. As


2
-1

complicações podem ser físicas (por exemplo, hepatite consequente a injeções de


84

droga pela própria pessoa) ou psíquicas (por exemplo, episódios depressivos


.3
11

secundários a grande consumo de álcool). (CID)


.4
90
-0

Gabarito: A
os
nt
sa
s

6. (PC/ES 2019 – Instituto AOCP – Psicólogo) Em relação aos vários critérios


do

de normalidade e anormalidade em medicina e psicopatologia, assinale


es
m

a alternativa correta
go

A)a normalidade como ausência de doença configura como normal a pessoa com
ra
sa

aspecto físico mental e social sadios


B)na normalidade operacional, indivíduos com características da maioria da
população (mais frequentes) são considerados normais, estando a patologia
situada fora da curva estatística
C)o critério de normalidade como bem-estar, adotado pela organização Mundial
da Saúde, é um conceito criticado por ser amplo, vasto e impreciso, uma vez que
bem-estar é dificilmente definido de maneira objetiva
D)em se tratando de normalidade como Liberdade, normal é aquele que não tem
um transtorno mental definido. A normalidade corresponde aquilo que não é, ao
que falta.

| 286
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

E)na normalidade como processo, a ênfase é no processo de percepção subjetiva


de si e de seu estado de saúde

Comentários: Letra A = Normalidade como bem-estar; Letra B = Normalidade


estatística; Letra D = Normalidade como ausência de doença; Letra E =
Normalidade subjetiva.

06
Para Dalgalarrondo (2019), “os principais critérios de normalidade utilizados em

4:
:3
psicopatologia são:

19
1.Normalidade como ausência de doença. O primeiro critério que geralmente se

1
02
utiliza é o de saúde como “ausência de sintomas, de sinais ou de doenças”.

/2
11
Segundo expressiva formulação de René Le-riche (1936): “a saúde é a vida no

8/
silêncio dos órgãos”. Normal, do ponto de vista psicopatológico, seria, então,

-2
aquele indivíduo que simplesmente não é portador de um transtorno mental

om
definido. Tal critério é bastante falho e precário, pois, além de redundante, baseia-

l.c
ai
se em uma “definição negativa”, ou seja, define-se a normalidade não por aquilo
tm
ho
que ela supostamente é, mas, sim, por aquilo que ela não é, pelo que lhe falta
@

(Almeida Filho; Jucá, 2002).


es
m
go

2.Normalidade ideal. A normalidade aqui é tomada como uma certa “utopia”.


ah

Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, o que é supostamente “sadio”,


a.
-s

mais “evoluído”. Tal norma é, de fato, socialmente constituída e referendada. (...)


2
-1
84

3.Normalidade estatística. A normalidade estatística identifica norma e


.3
11

frequência. Trata-se de um conceito de normalidade que se aplica especialmente


.4

a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na


90
-0

população geral (como peso, altura, tensão arterial, horas de sono, quantidade de
os

sintomas ansiosos, etc.). O normal passa a ser aquilo que se observa com mais
nt
sa

frequência. (...)
s
do

4.Normalidade como bem-estar. A Organização Mundial de Saúde(WHO, 1946)


es
m

definiu, em 1946, a saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não
go

simplesmente como ausência de doença. É um conceito criticável por ser muito


ra
sa

vasto e impreciso, pois bem-estar é algo difícil de se definir objetivamente. Além


disso, esse completo bem-estar físico, mental e social é tão utópico que poucas
pessoas se encaixariam na categoria “saudáveis”.

5.Normalidade funcional. Tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não


necessariamente quantitativos. O fenômeno é considerado patológico a partir do
momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou
para o seu grupo social.

| 287
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

6.Normalidade como processo. Neste caso, mais que uma visão estática,
consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das
desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de
mudanças próprias a certos períodos etários. Esse conceito é particularmente útil
em psiquiatria infantil, de adolescentes e geriátrica.

7.Normalidade subjetiva. Aqui é dada maior ênfase à percepção subjetiva do

06
próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas.

4:
:3
O ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, “muito

19
saudáveis e felizes”, como no caso de sujeitos em fase maníaca, apresentam, de

1
02
fato, um transtorno mental grave.

/2
11
8/
8.Normalidade como liberdade. Alguns autores de orientação fenomenológica e

-2
existencial propõem conceituar a doença mental como perda da liberdade

om
existencial (p. ex., Henri Ey). Dessa forma, a saúde mental se vincularia às

l.c
ai
possibilidades de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e
tm
ho
sobre o próprio destino. (...)
@
es

9.Normalidade operacional. Trata-se de um critério assumidamente arbitrário,


m
go

com finalidades pragmáticas explícitas. Define-se, a priori, o que é normal e o que


ah

é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos,


a.
-s

aceitando as consequências de tal definição prévia.”


2
-1
84

Gabarito: C
.3
11
.4

7. (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal - Área 8) O


90
-0

conceito de normalidade é de difícil definição e grande controvérsia. Do


os

mesmo modo, é importante, por exemplo, para o estabelecimento de


nt
sa

políticas assistenciais. Um modo possível de definição é o


s

estabelecimento de critérios. Qual, dentre os seguintes critérios, NÃO


do

pode ser classificado como um critério de definição de normalidade?


es
m
go

A Normalidade como ausência de doença.


ra
sa

B Normalidade ideal.
C Normalidade como excelência.
D Normalidade estatística.
E Normalidade como bem-estar.

Comentários: Para Dalgalarrondo (2019), os principais critérios de normalidade


utilizados em psicopatologia são:

1.Normalidade como ausência de doença.

| 288
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

2.Normalidade ideal.

3.Normalidade estatística.

4.Normalidade como bem-estar.

5.Normalidade funcional.

06
4:
:3
6.Normalidade como processo.

19
1
02
7.Normalidade subjetiva.

/2
11
8/
8.Normalidade como liberdade.

-2
om
9.Normalidade operacional.

l.c
ai
tm
ho
Gabarito: C
@
es

8. (2018/INSTITUTO AOCP - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) INSTITUTO AOCP - 2018 -


m
go

TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia) Referente às


ah

características de alguns transtornos mentais, assinale a alternativa


a.
-s

INCORRETA.
2
-1

A característica principal da distimia é um humor depressivo que ocorre na


84

maior parte do dia, na maioria dos dias, por pelo menos dois anos ou por pelo
.3
11

menos um ano para crianças e adolescentes.


.4

B As crises de pânico desencadeiam grandes descargas no sistema autônomo,


90
-0

produzindo sintomas de taquicardia, tremores, sudorese, dispneia, náuseas,


os

fogachos e formigamentos em membros e/ ou lábios etc.


nt
sa

C Na demência, apesar de uma perda e simplificação progressiva de todos os


s

processos psíquicos, cognitivos e afetivos, não há uma perturbação básica da


do

capacidade crítica e de julgamento.


es
m

D Os quadros obsessivo-compulsivos caracterizam-se por ideias e fantasias


go

obsessivas, bem como por atos, comportamentos e rituais compulsivos.


ra
sa

E O transtorno de ansiedade social é caracterizado principalmente pelo medo


intenso em situações sociais em que a pessoa pode ser avaliada por outras, gerando
uma esquiva que interfere significativamente na vida do indivíduo.

Comentário: “Eugen Bleuler (1985) caracteriza as síndromes demenciais por um


empobrecimento e uma simplificação progressiva de todos os processos psíquicos,
cognitivos e afetivos. (...) Há, em consequência disso, uma perturbação básica da
capacidade de crítica e julgamento.” (p. 376, Dalgalarrondo, 2008)

| 289
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Para o DSM V, a demência é melhor denominada transtorno neurocognitivo maior,


“embora não esteja excluído o uso do termo demência em subtipos etiológicos nos
quais é um termo-padrão. Assim, o termo demência é mantido no DSM-5 para
continuidade, podendo ser usado em contextos em que médicos e pacientes
estejam acostumados a ele.

Na demência, há declínio do funcionamento cognitivo prévio, em domínios

06
cognitivos como memória, linguagem, funções executivas, julgamento, atenção,

4:
:3
velocidade de processamento, cognição social, velocidade psicomotora e

19
habilidades visuoespaciais ou visuoperceptivas (Dalgalarrondo, 2019)

1
02
/2
11
Gabarito: C

8/
-2
9. (2018/INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO

om
AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia) Em

l.c
ai
relação às características do Transtorno de Personalidade Evitativa
tm
ho
(DSM V), é correto afirmar que
@

A o padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros surge na infância
es

ou no início da adolescência e continua na vida adulta.


m
go

B a necessidade difusa e excessiva de ser cuidado leva a comportamento de


ah

submissão e apego, e a temores de separação. Esse padrão surge no início da vida


a.
-s

adulta e está presente em vários contextos.


2
-1

C a perturbação persistente da personalidade é considerada decorrente dos efeitos


84

fisiopatológicos diretos de uma condição médica.


.3
11

D o padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de


.4

expressão de emoções em contextos interpessoais surge no começo da vida adulta


90
-0

e está presente em vários contextos.


os

E o padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e


nt
sa

hipersensibilidade à avaliação negativa surge no início da vida adulta e está


s

presente em vários contextos.


do
es
m

Comentários: Critérios Diagnósticos do Transtorno de Personalidade Evitativa:


go

“Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e


ra
sa

hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta e está


presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos
seguintes:
1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal significativo por
medo de crítica, desaprovação ou rejeição.
2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de que será
recebido de forma positiva.
3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de passar
vergonha ou de ser ridicularizado.
4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.

| 290
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos de


inadequação.
6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos
outros.
7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em
quaisquer novas atividades, pois estas podem ser constrangedoras.”

06
A letra “A” se refere ao Transtorno da personalidade antissocial; a letra “B”, ao

4:
:3
Transtorno da personalidade dependente; já a letra “D”, ao Transtorno da

19
personalidade esquizoide.

1
02
/2
11
Gabarito: E

8/
-2
10. (2018/INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO

om
AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia)A

l.c
ai
afetividade é um dos aspectos que deve ser avaliado durante a
tm
ho
realização do exame do estado mental. Ainda que o paciente não
@

expresse verbalmente como se sente, o afeto é expresso por meio de


es

gestos, do olhar, da postura e do tom de voz. Referente às manifestações


m
go

da afetividade nos principais transtornos mentais, assinale a alternativa


ah

correta.
a.
-s

A No TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), além dos sintomas depressivos


2
-1

e ansiosos, pode ocorrer um estado de embotamento afetivo.


84

B O embotamento afetivo é um dos sintomas positivos da esquizofrenia. Pode


.3
11

ocorrer, ainda, ansiedade ou grande agitação (hipertimia) e rigidez afetiva.


.4

C A ocorrência de labilidade afetiva é comum na mania, no transtorno de


90
-0

personalidade borderline, na depressão, na demência e nos quadros de delirium


os

com sintomas psicóticos.


nt
sa

D A apatia é uma alteração proeminente no retardo mental.


s

E Na depressão, o estado de humor tende a sofrer frequentes alterações.


do
es
m

Comentário: Para a CID, o Estado de “stress” pós –traumático “constitui uma


go

resposta retardada ou protraída a uma situação ou evento estressante (de curta ou


ra
sa

longa duração), de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica, e que


provocaria sintomas evidentes de perturbação na maioria dos indivíduos. Fatores
predisponentes, tais como certos traços de personalidade (por exemplo
compulsiva, astênica) ou antecedentes do tipo neurótico, podem diminuir o limiar
para a ocorrência da síndrome ou agravar sua evolução; tais fatores, contudo, não
são necessários ou suficientes para explicar a ocorrência da síndrome.

Os sintomas típicos incluem a revivescência repetida do evento traumático sob a


forma de lembranças invasivas (“flashbacks”), de sonhos ou de pesadelos; ocorrem
num contexto durável de “anestesia psíquica” e de embotamento emocional, de

| 291
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

retraimento com relação aos outros, insensibilidade ao ambiente, anedonia, e de


evitação de atividades ou de situações que possam despertar a lembrança do
traumatismo. (...)”

Estado de estresse pós-traumático = inclui episódios de repetidas revivescências do


trauma, que se impõem à consciência clara ou em sonhos (pesadelos). O paciente
apresenta uma sensação persistente de entorpecimento ou embotamento

06
emocional, diminuição do envolvimento ou da reação ao mundo que o cerca,

4:
:3
rejeição a atividades e situações que lembram o episódio traumático. Usualmente,

19
observa-se um estado de excitação autonômica aumentada com hipervigilância,

1
02
reações exacerbadas aos estímulos e insônia. Podem, ainda, apresentar-se

/2
11
sintomas ansiosos e depressivos, bem como ideação suicida.” Ministério da Saúde

8/
do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao

-2
trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde / Ministério da Saúde

om
do Brasil, Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil; organizado por Elizabeth

l.c
ai
Costa Dias ; colaboradores Idelberto Muniz Almeida et al. – Brasília: Ministério da
tm
ho
Saúde do Brasil, 2001.
@
es

Embotamento afetivo e devastação afetiva = perda profunda de todo tipo de


m
go

vivência afetiva; o embotamento é observável, constatável por meio da mímica, da


ah

postura e da atitude. Ocorre, em geral, nas formas negativas e deficitárias de


a.
-s

esquizofrenia. (Dalgalarrondo, 2019)


2
-1
84

Labilidade e incontinência afetiva podem ocorrer em quadros de depressão ou


.3
11

mania, estados graves de ansiedade e esquizofrenia. Entretanto, apesar de serem


.4

frequentemente encontradas na mania, deve-se lembrar que tanto


90
-0

a labilidade como a incontinência afetiva são sintomas que podem estar associados
os

a quadros psico-orgânicos, como encefalites, tumores cerebrais, doenças


nt
sa

degenerativas do sistema nervoso central (SNC), síndromes frontais, etc.


s

(Dalgalarrondo, 2019)
do
es
m

Transtornos depressivos = Caracterizados por presença de humor triste, vazio ou


go

irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam


ra
sa

significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. (DSM V)

Gabarito: A

11. (2018/INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO


AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia) O uso
de substâncias psicoativas produz mudanças em uma ou mais funções
do SNC (Sistema Nervoso Central), tendo efeitos cognitivos e
comportamentais. Dentre tais efeitos, assinale a alternativa correta.

| 292
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A Somente as drogas que produzem rápida tolerância promovem dependência


física significativa.
B As psicoses induzidas por drogas costumam prolongar-se por semanas ou até
meses, levando-se a considerar um quadro de psicose funcional (esquizofrenia,
psicose afetiva, etc).
C A dependência do álcool não é caracterizada por negação. Em geral, os indivíduos
alcoolistas são conscientes dos prejuízos, tanto do ponto de vista físico quanto do

06
psicossocial, do uso regular do álcool.

4:
:3
D O delirium tremens constitui uma forma grave de síndrome de abstinência ao

19
álcool, em que ocorrem alterações da consciência, intensas manifestações

1
02
autonômicas, ilusões e alucinações visuais e táteis.

/2
11
E Uma manifestação rara em pacientes alcoolistas é o delírio de ciúmes.

8/
-2
Comentário: Para Dalgalarrondo (2019), o delirium tremens é uma “forma grave de

om
síndrome de abstinência ao álcool, em que ocorrem, além dos sintomas clássicos

l.c
ai
do delirium (rebaixamento do nível de consciência, confusão mental, desorientação
tm
ho
temporoespacial, etc.), intensas manifestações autonômicas (como tremores,
@

febre, sudorese profusa, etc.), ilusões e alucinações visuais e táteis marcantes.”


es
m
go

Gabarito: D
ah
a.
-s

12. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 -


2
-1

EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG)


84

Em seu relato, um paciente diz: “Lembra do desastre em Mariana? Aconteceu


.3
11

porque fui à praia nadar. Começou a chover e todos que estavam na praia
.4

começaram a correr tentando recolher seus pertences que estavam sujos por
90
-0

conta da combinação de areia e água. Imaginei muita água com lama,


os

desespero e morte envolvendo muita gente, como na praia que eu estava. Ao


nt
sa

chegar a minha casa, vi a notícia na TV. Aquela situação foi terrível e muitos
s

perderam não só seus pertences, mas também a vida! Isso já tem um ano [...]”
do

Nesse relato, identifica-se a ocorrência de


es
m

A um Afrouxamento Associativo.
go

B um Neologismo.
ra
sa

C um Pensamento Mágico.
D uma Associação Livre.
E um Ato Falho.

Comentário: Para Dalgalarrondo (2019), pensamento mágico é o “tipo de


pensamento que fere frontalmente os princípios da lógica formal, bem como os
indicativos e imperativos da realidade. O pensamento mágico segue os desígnios
dos desejos, das fantasias e dos temores, conscientes ou inconscientes, do sujeito,
adequando a realidade ao pensamento, e não o contrário.”

| 293
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Gabarito: C

13. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 -


EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG)Um paciente relata que, de
repente, sentiu uma tremenda onda de medo por nenhuma razão aparente. Seu
coração estava batendo forte, o peito doía e foi ficando mais difícil de respirar.
Ele pensou que iria morrer. Com base no caso apresentado, é correto afirmar

06
que esses são sintomas de

4:
:3
A transtorno de estresse pós-traumático

19
B síndrome do pânico.

1
02
C esquizofrenia.

/2
11
D transtorno bipolar.

8/
E agorafobia.

-2
om
Comentário: De acordo com o DSM V, durante um ataque de pânico, ocorrem

l.c
ai
quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: tm
ho
“1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
@

2. Sudorese.
es

3. Tremores ou abalos.
m
go

4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.


ah

5. Sensações de asfixia.
a.
-s

6. Dor ou desconforto torácico.


2
-1

7. Náusea ou desconforto abdominal.


84

8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.


.3
11

9. Calafrios ou ondas de calor.


.4

10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).


90
-0

11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de


os

estar distanciado de si mesmo).


nt
sa

12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.


s

13. Medo de morrer.”


do
es
m

Cuidado! Ataque de Pânico é diferente de Transtorno de Pânico!


go
ra
sa

Ataque de pânico = não é um tipo específico de transtorno, sendo uma situação que
pode estar presente nos diferentes tipos de transtornos de ansiedade, assim como
em outros transtornos mentais (como os transtornos por uso de substância e
transtornos depressivos).

Transtorno de Pânico = é caracterizado por ataques de pânico inesperados


recorrentes, mas é um tipo de transtorno mental, sendo um dos transtornos que
compõe a categoria dos Transtornos de Ansiedade.

| 294
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Gabarito: B

14. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 -


EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG) Na psicossomática,
o termo que significa a “ausência de palavras para definir emoções” é
A alexitimia.
B disforia.

06
C neurastenia.

4:
:3
D dislalia.

19
E parafrenia.

1
02
/2
11
Comentário: Denomina-se alexitimia “a dificuldade de identificar sentimentos e

8/
diferenciá-los de sensações corporais, assim como a dificuldade de falar sobre as

-2
próprias emoções e a tendência a ter um estilo de pensamento orientado para o

om
externo.”

l.c
ai
tm
ho
Disforia = distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva desagradável, mal-
@

humorada. Quando se fala em depressão disfórica ou mania disfórica, está sendo


es

designado um quadro de depressão ou de mania acompanhado de forte


m
go

componente de irritação, amargura, desgosto ou agressividade.


ah
a.
-s

A neurastenia caracteriza-se por fadiga fácil depois de esforço físico ou mental,


2
-1

dores musculares, dificuldade em relaxar, sensação de fraqueza e exaustão


84

corporal, irritabilidade, dificuldade em concentrar-se, tonturas, cefaléias e


.3
11

insegurança.” (Dalgalarrondo, 2019)


.4
90
-0

Gabarito: A
os
nt
sa

15. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH Prova: EBSERH - Psicólogo - Hospitalar


s

(HDT-UFT) Tricotilomania (arrancar o próprio cabelo, a sobrancelha ou


do

os cílios) é um forte indício de doença


es
m
go

A obsessivo-compulsiva.
ra
sa

B histérica.
C fóbica.
D psicótica.
E depressiva.

Comentário: No DSM V, a categoria dos transtornos obsessivo-compulsivos e


transtornos relacionados é composta por:

| 295
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Transtorno dismórfico corporal

Transtorno de acumulação

Tricotilomania

06
Transtorno de escoriação

4:
:3
19
TOC e transt. relacionado induzido por substância/medicamento

1
02
TOC e transt. relacionado devidos a outra condição médica

/2
11
8/
Outro TOC e transtorno relacionado especificado

-2
om
TOC e transtorno relacionado não especificado

l.c
ai
tm
Para o DSM V, a tricotilomania é caracterizada pelo comportamento recorrente de
ho

arrancar os próprios cabelos, resultando em perda de cabelo e tentativas repetidas


@
es

de reduzir ou parar o comportamento.


m
go
ah

Gabarito: A
a.
-s
2

16. (IBADE – Prefeitura de Itapemirim – Psicólogo - 2019) A síndrome da


-1
84

dependência de álcool, quando o quadro está completamente


.3

desenvolvido, o paciente tipicamente tem múltiplos sintomas de


11
.4

abstinência.
90
-0

Os quatro principais sintomas são:


os
nt

A) sede; náusea; sudorese; e perturbação do humor.


sa

B) tremor; ereção pilórica; sudorese; e perturbação do humor.


s
do

C) tremor; náusea; sudorese; e dilatação pupilar.


es

D) tremor; náusea; sudorese; e perturbação do humor.


m
go

E) amnésia; náusea; sudorese; e perturbação do humor.


ra
sa

Comentários: De acordo com o DSM V, a abstinência de álcool Pode incluir sintomas


como: Hiperatividade autonômica (p. ex.,sudorese ou frequência cardíaca maior
que 100 bpm); Tremor aumentado nas mãos; Insônia; Náusea ou vômitos;
Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias; Agitação
psicomotora; Ansiedade; Convulsões tônico-clônicas generalizadas.

Gabarito: D

| 296
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

17. (IBADE – Prefeitura de Itapemirim – Psicólogo - 2019)O termo alucinose


alcoólica que ocorre durante ou depois de um período de forte consumo de
álcool, é usado para descrever alucinações:
A) comportamentais ou sintomáticas.
B) auditivas ou comportamentais.
C) comportamentais ou visuais.
D) auditivas ou paranoicas.

06
E) auditivas ou visuais.

4:
:3
19
Comentário: Para Dalgalarrondo (2019), a alucinose alcoólica pode ocorrer durante

1
02
a síndrome de abstinência, mas é mais comum em períodos independentes dela,

/2
11
estando o indivíduo sóbrio (com o sensório claro) ou alcoolizado. Caracterizas-se

8/
por alucinações audioverbais de vozes que, tipicamente, falam do paciente na

-2
terceira pessoa (“O João é mesmo um semvergonha, um frouxo”, etc.) ou o

om
humilham e desprezam.

l.c
ai
tm
ho
Gabarito: E
@
es

18. (IBADE – Prefeitura JI/Paraná RO – Psicólogo - 2019) Em relação à


m
go

diferenciação entre o uso, o abuso e a dependência de drogas é correto afirmar


ah

que o(a):
a.
-s

A) abuso de drogas é um comportamento evitável, mas pode não estar circunscrito


2
-1

apenas ao indivíduo.
84

B) abuso de drogas é um vínculo desequilibrado que o indivíduo estabelece com as


.3
11

diferentes substâncias psicoativas.


.4

C) dependência de drogas se caracteriza pelo uso continuado de drogas ilícitas.


90
-0

D) abuso de drogas é um conjunto de sinais que caracterizam uma síndrome


os

psiquiátrica.
nt
sa

E) dependência de drogas ilícitas é um problema sério entre mulheres adultas e


s

idosas.
do
es
m

Comentário: É importante destacar que, no DSM V, “as categorias de abuso de


go

substância e dependência de substância foram eliminadas e substituídas por uma


ra
sa

nova categoria mais abrangente de transtornos por uso de substâncias – em que a


substância específica usada define o transtorno específico. “Dependência” é
facilmente confundida com o termo “adição”, mas a tolerância e a abstinência que
anteriormente definiam dependência são, na verdade, respostas bastante normais
a medicamentos prescritos que afetam o sistema nervoso central e não indicam
necessariamente a presença de uma adição.”

O Transtornos por uso de substâncias se refere à presença de um agrupamento de


sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicando o uso contínuo pelo
indivíduo, apesar de problemas significativos relacionados à substância.

| 297
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Gabarito: B

19. (Residência USP 2019 – Psicologia) O medo e a angústia de ficar em


espaços abertos, amplos, com muitas pessoas ou em espaços públicos, podem
ser caracterizados como

06
4:
:3
(A) crise de ansiedade generalizada.

19
(B) labilidade de humor.

1
02
(C) claustrofobia.

/2
11
(D) ansiedade mista.

8/
(E) agorafobia.

-2
om
Comentário: Para o DSM V, na agorafobia, as pessoas são apreensivas e ansiosas

l.c
ai
acerca de duas ou mais destas situações: tm
ho
- Usar transporte público;
@

- Estar em espaços abertos;


es

- Estar em lugares fechados;


m
go

- Ficar em uma fila ou estar no meio de uma multidão;


ah

- Estar fora de casa sozinho em outras situações.


a.
-s
2
-1

Gabarito: E
84
.3
11

20. (Residência USP 2019 – Psicologia) O autor Dalgalarrondo (2000) inicia


.4

sua definição sobre “delírio” chamando a atenção do leitor para que se


90
-0

realize uma diferenciação sobre outro conceito, debatido por ele como
os

originário da ignorância, do julgamento apressado e baseado em


nt
sa

premissas falsas. Esse outro conceito é


s

(A) o erro.
do

(B) a alucinação.
es
m

(C) o sonho.
go

(D) o equívoco.
ra
sa

(E) a distopia.

Comentário: Para Dalgalarrondo (2019), não existe limite nítido, fácil e decisivo
entre o erro e o delírio. O erro se origina da ignorância, do julgar apressado e com
base em premissas falsas.

Erro simples X delírio = os erros simples são social ou psicologicamente


compreensíveis, enquanto o delírio tem como característica principal a
incompreensibilidade.

| 298
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Gabarito: A

21. (Residência USP 2019 – Psicologia) As depressões são consideradas um


grande problema de saúde pública, dada sua prevalência e as
incapacidades geradas para o indivíduo. Entre as diferentes tipologias,
Dalgalarrondo (2000) descreve um tipo de “depressão crônica,
geralmente de intensidade leve, muito duradoura. Começa no início da

06
vida adulta e persiste por vários anos. Os sintomas depressivos mais

4:
:3
comuns são diminuição da autoestima, fatigabilidade aumentada,

19
dificuldade em tomar decisões ou se concentrar, mau humor crônico,

1
02
irritabilidade e sentimento de desesperança”(p.311). Esta definição é

/2
11
relativa à (ao)

8/
(A) melancolia.

-2
(B) depressão atípica.

om
(C) distimia.

l.c
ai
(D) depressão psicótica. tm
ho
(E) estupor depressivo.
@
es

Comentário: Para Dalgalarrondo (2019), distimia é uma forma crônica de depressão,


m
go

muito duradoura (pelo menos dois anos) e de intensidade leve. Um importante


ah

sintoma é o humor deprimido, triste, na maior parte do dia, na maioria dos dias.
a.
-s
2
-1

Gabarito: C
84
.3
11

22. (Residência UERJ 2019 – Psicologia) De acordo com Dalgalarrondo


.4

(2008), as principais alterações que distinguem a forma da esquizofrenia


90
-0

catatônica são:
os

a) alucinações auditivas, autorreferência, despersonalização e dissociação


nt
sa

b) autismo, delírios hipocondríacos, despersonalização e estranhamento


s

c) flexibilidade cerácea, hipertonia, mutismo e negativismo


do

d) discordância, ecopraxia, hipobulia e inibição psicomotora


es
m
go

Comentário: Para Dalgalarrondo (2019), a síndrome catatônica ou catatonia é a


ra
sa

manifestação psicomotora mais marcante na esquizofrenia. Pode haver sintomas


de estupor (diminuição ou mesmo ausência de atividade psicomotora, com
retenção da consciência, mutismo e negativismo). Também pertence à catatonia a
flexibilidade cerácea ou catalepsia (paciente fica na posição que o colocam, mesmo
em posições dos membros contra a gravidade), a ecolalia (repetir mecanicamente
palavras do interlocutor) e/ou a ecopraxia ( repetir mecanicamente atos dos
outros). Um grupo menor de pacientes apresenta momentos de muita agitação
psicomotora, às vezes com agressividade impulsiva.

Gabarito: C

| 299
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

23. (Residência UFRN 2019 – Psicologia) No ambulatório multiprofissional


de saúde mental, os profissionais de saúde e residentes discutem o caso
de um paciente, 30 anos de idade, do sexo masculino, que está há alguns
meses em acompanhamento para controle de uma síndrome
hipocondríaca. A fim de estabelecer um plano terapêutico para o

06
paciente, os profissionais iniciaram a reunião de equipe chamando

4:
:3
atenção para características do comportamento do paciente que

19
apresenta essa patologia, quais sejam:

1
02
A) tem temores e preocupações intensas com a ideia de ter uma doença grave, que

/2
11
surgem geralmente, de sensações corporais ou sinais físicos insignificantes, e

8/
procura os serviços de saúde para ter garantias de que não tem doença grave.

-2
B) usa consciente ou inconscientemente seu corpo ou sintomas corporais, como

om
dores difusas, sintomas gastrintestinais e síndromes pseudoneurológicas, para fins

l.c
ai
psicológicos ou para obter ganhos pessoais. tm
ho
C) tem uma preocupação enorme com a possibilidade de sofrer de doenças graves,
@

chegando a delírios que o impede de fazer uma crítica, em algum momento, quanto
es

ao caráter absurdo de suas preocupações.


m
go

D) usa a doença física, real ou suposta, para obter ganhos primários (psicológicos,
ah

intrapsíquicos) ou secundários (sociais ou interpessoais ).


a.
-s
2
-1

Comentário: Para o DSM V, “a maioria dos indivíduos hipocondríacos é hoje


84

classificada como portadora de transtorno de sintomas somáticos; entretanto, em


.3
11

uma minoria de casos, o diagnóstico de transtorno de ansiedade de doença se


.4

aplica, o qual envolve uma preocupação com ter ou contrair uma doença médica
90
-0

grave não diagnosticada.”


os
nt
sa

Gabarito: A
s
do

24. (Residência UFRN 2019 – Psicologia) Um homem de 48 anos de idade foi


es
m

feito refém em um assalto a banco e levado na mala de um carro.


go

Algumas semanas depois, começou a apresentar mudanças de


ra
sa

comportamento, sentindo-se mais inquieto e irritado. Além disso, não


dorme bem e não consegue ficar em locais fechados. Iniciou
acompanhamento psicológico após encaminhamento do psiquiatra, que
o diagnosticou com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Sobre
esse transtorno, analise as afirmativas abaixo.
I
O TEPT apresenta um padrão clínico, com o predomínio de sintomas de revivência
do medo, estado de humor disfórico, sintomas reativos externalizantes, além de
sintomas dissociativos.
II

| 300
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Para diferenciar o TEPT da agorafobia, é importante examinar se o medo, a


ansiedade ou a esquiva estão relacionados somente com situações que evocam, na
memória do indivíduo um ou mais eventos traumáticos.
III
A ansiedade está invariavelmente presente no TEPT. O transtorno de ansiedade
generalizada não é diagnosticado se a ansiedade e a preocupação são mais bem
explicadas por sintomas de TEPT.

06
IV

4:
:3
As lembranças intrusivas no TEPT são semelhantes às ruminações depressivas, se

19
aplicam a recordações angustiantes involuntárias e intrusivas e incluem

1
02
componentes emocionais ou fisiológicos.

/2
11
8/
Em relação ao TEPT, estão corretas as afirmativas

-2
A) I e II.

om
B) I e IV.

l.c
ai
C) II e III. tm
ho
D) III e IV.
@
es

Comentário: A apresentação clínica do TEPT varia (Errada assertiva I). Assim, em


m
go

alguns indivíduos, sintomas de revivência do medo, emocionais e comportamentais


ah

podem predominar. Em outros, estados de humor anedônicos ou disfóricos e


a.
-s

cognições negativas podem ser mais perturbadores. Em alguns outros, a excitação


2
-1

e sintomas reativos externalizantes são proeminentes, enquanto em outros,


84

sintomas dissociativos predominam. Por fim, algumas pessoas exibem


.3
11

combinações desses padrões de sintomas;” (DSM V)


.4
90
-0

“As lembranças intrusivas no TEPT são distintas das ruminações depressivas, no


os

sentido de que só se aplicam a recordações angustiantes involuntárias e intrusivas.


nt
sa

A ênfase é nas lembranças recorrentes do evento, as quais normalmente incluem


s

componentes comportamentais sensoriais, emocionais ou fisiológicos.” (DSM V)


do

(Errada alternativa IV)


es
m
go

Critérios diagnósticos do TEPT, no DSM V:


ra
sa

A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência


sexual.(...)

B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento


traumático, começando depois de sua ocorrência:
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento
traumático.
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do
sonho estão relacionados ao evento traumático.

| 301
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como
se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente.
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos
ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento
traumático.
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou se
assemelhem a algum aspecto do evento traumático.

06
4:
:3
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando

19
após a ocorrência do evento, (...)

1
02
/2
11
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático

8/
começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento, (...)

-2
om
E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento

l.c
ai
traumático, começando ou piorando após o evento, (...) tm
ho
@

F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.


es
m
go

Gabarito: C
ah
a.
-s

25. (Residência UFRN 2019 – Psicologia) No Manual Diagnóstico e Estatístico


2
-1

de Transtornos Mentais (DSM-V) são estabelecidas relações entre o


84

processo de luto normal e o episódio depressivo maior (EDM). Sobre


.3
11

essas relações, considere as afirmativas abaixo.


.4

I
90
-0

Há diferenciação entre esses dois processos, uma vez que no episódio depressivo
os

maior, estão presentes sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo, enquanto no


nt
sa

processo de luto, a autoestima é preservada.


s

II
do

Existem semelhanças entre os dois processos à ideação suicida e aos sentimentos


es
m

de vazio e perda, pois ambos estão presentes tanto no processo de luto quanto no
go

episódio depressivo maior.


ra
sa

III
Diferenças quanto ao humor do paciente são observadas, pois no luto normal pode
haver humor positivo do enlutado (mesmo diante da dor da perda), e, no EDM, o
humor é marcado pela infelicidade e angústia generalizada.
IV
Há semelhanças entre os dois processos quanto à presença de desorientação e
alucinações, havendo diferença apenas quanto ao conteúdo das alucinações que,
no caso do luto, referem-se a lembranças do falecido.
Sobre as relações entre o processo de luto normal e o episódio depressivo maior,
estão corretas as afirmativas

| 302
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A) II e III.
B) II e IV.
C) I e III.
D) I e IV.

Comentário: Tristeza/luto normais é diferente de um episódio depressivo maior. O

06
luto pode induzir grande sofrimento, mas não costuma provocar um episódio de

4:
:3
transtorno depressivo maior. O conteúdo do pensamento associado ao luto

19
geralmente apresenta preocupação com pensamentos e lembranças do falecido,

1
02
em vez das ruminações autocríticas ou pessimistas encontradas no Episódio

/2
11
Depressivo Maior. No luto, a autoestima costuma estar preservada, já no Episódio

8/
Depressivo Maior, os sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo são comuns.

-2
om
Gabarito: C

l.c
ai
tm
ho
26. (Residência UFRN 2019 – Psicologia) A literatura médica registra uma
@

forma grave, rara e de difícil detecção de abuso infantil, em que o


es

responsável, normalmente a mãe, coloca seu filho em risco e numa


m
go

situação que requer constante investigação e tratamento. Essa condição


ah

é reconhecida como um transtorno psiquiátrico denominado síndrome


a.
-s

de Munchausen por procuração. O DSM-V estabelece critérios


2
-1

diagnósticos para a síndrome de Munchausen por procuração. Em


84

relação a essa síndrome considere as afirmativas abaixo.


.3
11
.4

I O comportamento ocorre devido a causas orgânicas, como uma lesão, tal como
90
-0

delírio ou outra condição psicótica.


os

II Sinais e sintomas psicológicos e físicos, ou indução de lesão ou doença em outro,


nt
sa

são fabricadas em associação com as fraudes identificadas.


s

III O indivíduo apresenta o outro (vítima) como doente, incapaz ou lesionado.


do

IV Comportamento fraudulento é observado apenas quando há compensações


es
m

externas óbvias.
go
ra
sa

Sobre os critérios diagnósticos para a síndrome de Munchausen por procuração,


estão corretas as afirmativas

B) I e IV. B) I e II. C) III e IV. D) II e III.

Comentário: No DSM V, os critérios diagnósticos do Transtorno Factício Imposto a


Outro (Antes Transtorno Factício por Procuração) são:
A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução de lesão ou
doença em outro, associada a fraude identificada.

| 303
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

B. O indivíduo apresenta outro (vítima) a terceiros como doente, incapacitado ou


lesionado.
C. O comportamento fraudulento é evidente até mesmo na ausência de
recompensas externas óbvias.
D. O comportamento não é mais bem explicado por outro transtorno mental, como
transtorno delirante ou outro transtorno psicótico.

06
Gabarito: D

4:
:3
19
27. ( Marinha - 2019 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia) Com

1
02
relação às síndromes relacionadas ao comportamento alimentar, de

/2
11
acordo com Dalgalarrondo (2008), coloque F (falso) ou V (verdadeiro) nas

8/
afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a opção correta:

-2
om
( ) A anorexia nervosa caracteriza-se pela perda de peso autoinduzida e distorção da

l.c
ai
imagem corporal (apesar de muito emagrecida, a paciente percebe-se gorda).
tm
ho
( ) O comer compulsivo (binge eating) é um quadro próximo à bulimia, mas dela se
@

distingue pela ausência de vômitos e purgações autoinduzidos.


es

( ) Não é comum que a anorética apresente episódios de bulimia (“ataques" à


m
go

geladeira, à sorveteria, etc., seguidos de vômitos e/ou purgação).


ah

( ) Obesos têm dificuldade em diferenciar a fome de sensações desagradáveis, bem


a.
-s

como ansiedade e disforias em geral, de modo que todo mal-estar é falsamente


2
-1

percebido como fome.


84

A (F) (V) (V) (V)


.3
11

B (V) (F) (F) (F)


.4

C (V) (V) (F) (V)


90
-0

D (V) (F) (V) (V)


os

E (V) (V) (V) (F)


nt
sa
s

Comentário: Em Dalgalarrondo (2019), a anorexia nervosa se caracteriza pela


do

presença de peso muito baixo em relação à altura devido à restrição de ingesta


es
m

calórica em relação às necessidades, o que leva à perda de peso autoinduzida. Na


go

anorexia nervosa, há uma busca implacável de magreza e o medo intenso e mórbido


ra
sa

de parecer ou ficar gorda(o).

Não é incomum que a pessoa com anorexia apresente episódios de bulimia. (comer
compulsivo seguido de vômitos e/ou purgação).

Do ponto de vista psicopatológico, o que é característico da anorexia nervosa é a


distorção da imagem corporal; apesar de muito emagrecida, a paciente percebe-se
gorda, sente que algumas partes de seu corpo, como o abdome, as coxas e as
nádegas estão “muito gordas”.

| 304
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

No transtorno de compulsão alimentar não há comportamentos purgativos após a


compulsão alimentar.

Gabarito: C

28. (Marinha - 2019 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia)


Assinale a opção que apresenta, segundo Dalgalarrondo (2008), uma

06
forma de psicose caracterizada pelo surgimento e desenvolvimento de

4:
:3
um delírio, geralmente sistematizado, com ausência de alucinações, e

19
que permanece como que "cristalizado" em um domínio da

1
02
personalidade do indivíduo, com relativa preservação do resto do

/2
11
psiquismo, e que via de regra tem um curso crônico e estável.

8/
-2
A Paranoia.

om
l.c
ai
B Transtorno bipolar. tm
ho
@

C Distimia.
es
m
go

D Transtorno esquizofreniforme.
ah
a.
-s

E Mania.
2
-1
84

Comentário: O Transtorno Delirante (paranoia) é caracterizado pelo surgimento e


.3

pelo desenvolvimento de um delírio ou sistema delirante com considerável


11
.4

preservação da personalidade e do resto do psiquismo do indivíduo acometido. Não


90

deve haver pensamento e/ou comportamento francamente desorganizado ou


-0

sintomas negativos marcantes. (Dalgalarrondo, 2019)


os
nt
sa

Gabarito: A
s
do
es

29. (Aeronáutica - 2019 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Sobre o


m
go

Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT), é correto afirmar que


ra
sa

A esse transtorno acomete principalmente adultos, possuindo baixa prevalência


na infância.

B técnicas essencialmente cognitivas demonstraram ter eficácia quando


aplicadas a pessoas com limitações intelectuais associadas ao retardo mental.

C estudos indicam que a intervenção psicológica do tipo Eye Movement


Desensitisation and Reprocessing (EMDR) não se mostrou efetivo para o
tratamento do TEPT.

| 305
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

D nos pacientes com TEPT, há risco aumentado para outros transtornos do


espectro da ansiedade, como o transtorno do pânico, agorafobia, transtorno
obsessivo-compulsivo e fobia social.

Comentário: De acordo com o DSM V, a ansiedade está invariavelmente presente


no transtorno de estresse pós-traumático.

06
Gabarito: D

4:
:3
19
30. ( PM-MG - 2019 - PM-MG - 2º Tenente - Psicologia) Afetividade é, segundo

1
02
Paulo Dalgalarrondo, um termo genérico, que compreende várias

/2
modalidades de vivências afetivas, como o humor, as emoções e os

11
8/
sentimentos. Com base nesse autor, enumere a segunda coluna de

-2
acordo com a primeira e a seguir, marque a alternativa, que contém a

om
sequência de respostas, CORRETA, na ordem de cima para baixo.

l.c
ai
tm
1. Pânico
ho
@
es

2. Apatia
m
go
ah

3. Anedonia
a.
-s
2

4. Fobia
-1
84
.3
11

5. Medo
.4
90

( ) É um medo determinado psicopatologicamente, desproporcional e incompatível


-0
os

com a possibilidade de perigo real oferecida pelo desencadeante.


nt
sa

( ) A rigor, não é uma emoção patológica, mas sim um estado de progressiva


s
do

insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a impressão


es

iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar.


m
go
ra

( ) É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas


sa

atividades e experiências da vida.

( ) São crises agudas e intensas de ansiedade, acompanhadas por medo intenso de


morrer ou de perder o controle e de acentuada descarga autonômica.

( ) É a diminuição da excitabilidade emocional.

A 5, 4, 2, 3, 1.

| 306
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

B 5, 2, 3, 1, 4.

C 4, 5, 3, 1, 2.

D 3, 4, 5, 2, 1.

Comentário:

06
4:
- Pânico = Crises agudas e intensas de ansiedade, acompanhadas por medo intenso

:3
19
de morrer ou de perder o controle e de acentuada descarga autonômica;

1
02
/2
- Apatia = É a diminuição da excitabilidade emocional.

11
8/
-2
- Anedonia = É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com

om
determinadas atividades e experiências da vida.

l.c
ai
tm
- Fobia = É um medo determinado psicopatologicamente, desproporcional e
ho
@

incompatível com a possibilidade de perigo real oferecida pelo desencadeante.


es
m
go

- Medo = A rigor, não é uma emoção patológica, mas sim um estado de progressiva
ah

insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a impressão


a.
-s

iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar.


2
-1
84

Gabarito: C
.3
11
.4

31. (Marinha - 2018 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia) De


90

acordo com o DSM-5, sobre os critérios diagnósticos para o Transtorno


-0

de Estresse Pós-traumático, assinale a opção correta:


os
nt

A Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando


sa

após a ocorrência do evento traumático.


s
do

B Ausência de crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a


es

respeito de si mesmo, dos outros e do mundo.


m
go

C Reações fisiológicas diminuídas a sinais internos ou externos que simbolizem ou


ra

se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.


sa

D Hipovigilância.
E Sentimentos de aproximação e participação em relação aos outros.

Comentário: Critérios diagnósticos do TEPT, no DSM V:


A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência
sexual.(...)

B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento


traumático, começando depois de sua ocorrência:

| 307
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento


traumático.
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do
sonho estão relacionados ao evento traumático.
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como
se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente.
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos

06
ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento

4:
:3
traumático.

19
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou se

1
02
assemelhem a algum aspecto do evento traumático.

/2
11
8/
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando

-2
após a ocorrência do evento, (...)

om
l.c
ai
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático
tm
ho
começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento, (...)
@
es

E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento


m
go

traumático, começando ou piorando após o evento, (...)


ah
a.
-s

F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.


2
-1
84

Gabarito: A
.3
11
.4
90
-0

32. (Marinha - 2018 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia) No que


os

tange à complexa questão da dependência química, a reinstalação do


nt
sa

padrão de uso da substância após um período de abstinência é definido


s

por Gigliotti e Guimarães (2010) como:


do
es
m

A craving.
go
ra
sa

B tolerância.

C fenótipo.

D overdose.

E recaída.

| 308
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: Recaída é o retorno dos sintomas logo após haver ocorrido uma
melhora parcial do quadro clínico ou quando o estado assintomático é ainda
recente.

Gabarito: E

33. (Aeronáutica - 2018 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Está correto

06
o que se afirma sobre a alteração da memória quanto à fixação e à

4:
:3
evocação em

19
1
02
A amnésia: abolição da memória.

/2
11
8/
B hipermnésia: enfraquecimento da memória.

-2
om
C hipomnésia: exagero patológico da evocação.

l.c
ai
tm
D dismnésia: designação específica das perturbações da fixação,
ho
@

exclusivamente.
es
m
go

Comentário: Amnésia (ou hipomnésia) = perda da memória, seja a da capacidade de


ah

fixar ou a da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.


a.
-s

Hipermnésia = em alguns pacientes com mania ou hipomania, as


2

representações (elementos mnêmicos) afluem rapidamente, numa tempestade de


-1
84

informações ou imagens; ganha-se em número, perde-se, porém, em clareza e


.3

precisão.
11
.4

Outro tipo de hipermnésia é denominada “hipermnésia para memória


90

autobiográfica”. É uma condição rara, em que o sujeito tem sua memória


-0

autobiográfica quase perfeita. (Dalgalarrondo, 2019)


os
nt
sa

Gabarito: A
s
do
es

34. (Aeronáutica - 2018 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Analise as


m
go

características descritas abaixo.


ra

I. Perda de peso auto induzida.


sa

II. Distorção da imagem corporal.


III. Geralmente peso corporal mantido em pelo menos 15% abaixo do
esperado.
IV. Busca implacável de magreza, medo intenso e mórbido de parecer ou
ficar gorda(o).
O nome do transtorno alimentar às quais se referem é

A Bulimia nervosa.

| 309
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

B Anorexia nervosa.

C Transtorno de ruminação.

D Transtorno da compulsão alimentar.

Comentário: Critérios Diagnósticos da Anorexia nervosa, pelo DSM V:

06
“A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso

4:
corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do

:3
19
desenvolvimento e saúde física. (...)

1
02
/2
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que

11
8/
interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo.

-2
om
C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados,

l.c
ai
influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência
tm
persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual.” (DSM V)
ho
@
es

Atenção! Pode haver vômito induzido na anorexia, assim como episódio de


m
go

compulsão alimentar. Sua principal diferença para bulimia é a perda de peso.


ah
a.
-s

Transtorno de ruminação = Regurgitação repetida de alimento depois de ingerido,


2

durante um período mínimo de um mês. O alimento previamente deglutido que já


-1
84

pode estar parcialmente digerido é trazido de volta à boca sem náusea aparente,
.3
11

ânsia de vômito ou repugnância. O alimento pode ser remastigado e então ejetado


.4

da boca ou novamente deglutido.


90
-0

Transtorno da compulsão alimentar = O comportamento compensatório


os

inapropriado recorrente (p. ex., purgação, exercício excessivo), visto na bulimia


nt

nervosa, está ausente no transtorno de compulsão alimentar.


sa
s
do

Gabarito: B
es
m
go
ra

35. Ano: 2019 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2019 -
sa

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


De acordo com Dalgalarrondo (2018), é uma das funções psíquicas mais
afetadas nos transtornos psicóticos a
A
memória.
B
orientação.
C
afetividade.

| 310
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

D
vivência do eu.

Comentário: Funções mais afetadas nos transtornos psicóticos: Sensopercepção;


Pensamento; Juízo de realidade e Vivência do Eu e alterações do self.
(Dalgalarrondo, 2019)

06
Gabarito: D

4:
:3
19
36. Ano: 2019 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2019 -

1
02
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

/2
11
Sobre os Transtornos de Personalidade, é correto afirmar que o

8/
A

-2
paranoide tem como característica a existência de atos suicidas repetitivos.

om
B

l.c
ai
Borderline tem como sintoma a sensibilidade excessiva a rejeições e a
tm
ho
contratempos.
@

C
es

esquizoide tem como característica os quadros de preocupações excessivas com


m
go

fantasias e introspecção.
ah

D
a.
-s

dependente tem como sintomas a infantilidade, tendência a reações infantis e


2
-1

pouca tolerância à frustração.


84
.3
11

Comentário: A existência de atos suicidas repetitivos é característica do Transtorno


.4

de Personalidade Borderline.
90
-0

A sensibilidade excessiva a rejeições e a contratempos é característica do


os

Transtorno de Personalidade Paranoide. Embora, no Transtorno de Personalidade


nt
sa

Borderline, haja intensa sensibilidade às menores pistas de possível abandono.


s

A infantilidade, a tendência a reações infantis e a pouca tolerância à


do

frustração são características do Transtorno de Personalidade Histriônica.


es
m

(Dalgalarrondo, 2019)
go
ra
sa

Gabarito: C

37. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2017 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
Leia o fragmento do poema de Carlos Drummond de Andrade (1942).
A mão suja
Carlos Drummond de Andrade
Minha mão está suja.
Preciso cortá-la.
Não adianta lavar.

| 311
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A água está podre.


Nem ensaboar.
O sabão é ruim.
mão está suja,
suja há muitos anos.
[...]
(Disponível em: <https://pensador.uol.com.br>)

06
4:
:3
Nesse poema, é possível identificar sintomas presentes nas síndromes

19
1
02
A

/2
11
fóbicas.

8/
B

-2
psicóticas.

om
C

l.c
ai
hipocondríacas. tm
ho
D
@

obsessivo-compulsivas
es
m
go

Comentário:
ah

TOC (DSM V): Obsessões = pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e


a.
-s

persistentes que são vivenciados como intrusivos e indesejados; Compulsões =


2
-1

comportamentos repetitivos ou atos mentais que um indivíduo se sente compelido


84

a executar em resposta a uma obsessão, ou de acordo com regras que devem ser
.3
11

aplicadas rigidamente.
.4
90
-0

Gabarito: D
os
nt
sa

38. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2017 -
s

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


do
es
m

Associe as duas colunas relacionando o nome das alterações neuropsicológicas


go

à sua descrição.
ra
sa

Alterações Neuropsicológicas

(1) Afasia

(2) Agnosia

(3) Amnésia

(4) Apraxia

| 312
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Descrições

( ) Perda da capacidade de realizar gestos complexos.

( ) Perda da capacidade de reconhecimento.

06
4:
( ) Déficits de memória.

:3
19
1
( ) Perda da linguagem.

02
/2
11
A sequência correta dessa associação é

8/
-2
om
A

l.c
(1), (3), (2), (4).
ai
B tm
ho

(2), (4), (3), (1).


@
es

C
m

(3), (2), (1), (4).


go
ah

D
a.

(4), (2), (3), (1).


-s
2
-1
84

Comentário: As alterações classicamente estudadas pela neuropsicologia são as


.3

afasias (perda de linguagem), as agnosias (perda da capacidade de


11
.4

reconhecimento), as amnésias (déficits de memória) e as apraxias (perda da


90

capacidade de realizar gestos complexos). (Dalgalarrondo, 2019)


-0
os
nt

A afasia é a perda da linguagem, falada e escrita, por incapacidade de


sa

compreender e utilizar os símbolos verbais. A afasia é sempre a perda de habilidade


s
do

linguística que foi previamente adquirida no desenvolvimento cognitivo do


es

indivíduo. (Dalgalarrondo, 2019)


m
go
ra

Agnosias = fenômenos relativamente raros; são alterações no


sa

reconhecimento; “déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais de objetos e


fenômenos, que não podem ser explicados por um déficit sensorial elementar, por
distúrbios da linguagem e de atenção ou por perdas cognitivas globais.”
Agnosias são sempre de modalidades sensoriais específicas, em que o
sujeito perde a capacidade de reconhecimento (objetos, faces, sons,...) por dada via
sensorial (visão, audição ou tato), embora possa reconhecer os objetos por outra via
sensorial. As mais importantes agnosias são as visuais e as auditivas.

| 313
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Num caso de agnosia visual, por exemplo, a pessoa enxerga determinado


objeto, consegue descrevê-lo, mas não sabe o que realmente é. Por outro lado, se
puder tocar ou cheirar, consegue reconhecê-lo. (Dalgalarrondo, 2019)

Amnésia (ou hipomnésia) = perda da memória, seja a da capacidade de fixar


ou a da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.
(Dalgalarrondo, 2019)

06
4:
:3
Apraxias = perda da atividade gestual complexa devido à lesão neuronal;

19
impossibilidade ou dificuldade em realizar atos intencionais, gestos complexos,

1
02
voluntários, conscientes, sem que haja paralisia, paresias ou ataxias e sem que falte

/2
11
a compreensão da solicitação para fazê-lo, ou a decisão de fazê-lo. (Dalgalarrondo,

8/
2019)

-2
om
Gabarito: D

l.c
ai
tm
ho
39. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
@

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


es

Alexitimia é a dificuldade de
m
go

A
ah

identificar sentimentos e diferenciá-los de sensações corporais.


a.
-s

B
2
-1

sentir prazer ou divertimento na vida cotidiana e profissional.


84

C
.3
11

aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita.


.4

D
90
-0

manter a atenção durante períodos de tempo prolongados.


os
nt
sa

Comentário: A alexitimia é a dificuldade de identificar sentimentos e diferenciá-los


s

de sensações corporais, assim como a dificuldade de falar sobre as próprias


do

emoções e a tendência a ter um estilo de pensamento orientado para o externo,


es
m

para o concreto. (Dalgalarrondo)


go
ra
sa

Gabarito: A

40. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia / Considerando Dalgalarrondo
(2008), informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo,
sobre as síndromes obsessivos-compulsivas. A seguir, marque a opção
com a sequência correta.

( ) Caracteriza-se pela ocorrência de alterações da consciência, com pseudocrises


que se assemelham a crises epilépticas.

| 314
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

( ) Estão frequentemente presentes comportamentos rituais e repetitivos, tais como


lavar as mãos inúmeras vezes, por exemplo.

( ) Observa-se sintomas e perturbações corporais muito variados: paralisias


histéricas, anestesias e analgesias histéricas, aos quais a pessoa reage de forma
indiferente.

06
( ) Os quadros caracterizam-se por ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos,

4:
:3
rituais ou comportamentos compulsivos persistentes, que surgem de forma

19
recorrente na consciência.

1
02
/2
A

11
8/
F–V–F–V

-2
B

om
V–F–V–F

l.c
ai
C tm
F–F–V–V
ho
@

D
es

V–V–F–F
m
go
ah

Comentário: Histeria dissociativa = podem ocorrer alterações da consciência, com


a.
-s

pseudo-crises que se assemelham a crises epilépticas.


2

As paralisias histéricas, anestesias e analgesias histéricas são típicas da


-1
84

histeria de conversão.
.3
11

Os quadros obsessivos caracterizam-se por ideias, pensamentos, fantasias


.4

ou imagens persistentes que surgem de forma recorrente na consciência; são


90
-0

vivenciados com angústia e como invasivos. (Dalgalarrondo,2019)


os
nt

Gabarito: A
sa
s
do

41. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
es
m

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


go
ra

Dalgalarrondo (2008) elenca alguns sintomas negativos das síndromes


sa

deficitárias nas psicoses, dentre os quais temos:

I. Distanciamento afetivo.

II. Retração social.

III. Empobrecimento da linguagem e do pensamento (alogia).

IV. Diminuição da vontade (avolição) e apragmatismo.

| 315
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Estão corretos os sintomas apresentados em

A
II, e IV, apenas.
B
I e III, apenas.
C

06
II, apenas.

4:
:3
D

19
I, II, III e IV.

1
02
/2
Comentário: Os principais sintomas negativos nas síndromes esquizofrênicas são:

11
8/
- distanciamento e aplainamento afetivo ou afeto embotado;

-2
- retração social ou associalidade;

om
- alogia ou empobrecimento da linguagem e do pensamento, constatada pela

l.c
ai
diminuição da fluência verbal e pelo discurso empobrecido; tm
- diminuição da vontade (avolição), que costuma se manifestar por diminuição da
ho
@

iniciativa e por hipopragmatismo;


es

- anedonia = diminuição da capacidade de experimentar e sentir prazer.


m
go

(Dalgalarrondo,2019)
ah
a.
-s

Gabarito: D
2
-1
84

42. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
.3
11

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


.4

Partindo de Kurt Schneider, Dalgalarrondo (2008) destaca a esquizofrenia


90
-0

como a principal forma de psicose, pela sua frequência e importância clínica.


os

Dessa forma, descreve alguns dos chamados “sintomas de primeira ordem”.


nt

Assinale a alternativa correta sobre um desses sintomas.


sa
s
do

A
es
m

Percepção cognitiva: uma percepção absolutamente normal recebe uma


go

significação real, que ocorre simultaneamente ao ato perceptivo, como uma


ra
sa

experiência de “revelação”.
B
Alucinações auditivas características: como “as vozes que comentam a ação” do
paciente e as “vozes que comandam a ação” do doente.
C
Concentração do pensamento: neste caso, o doente sente que seus pensamentos
são vividos pelos outros, no momento em que os pensa.
D
Eco da imaginação ou materialização do pensamento: o paciente vê seus
pensamentos ao pensá-los.

| 316
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: “Sintomas de primeira ordem de Kurt Schneider:


1. Percepção delirante. Uma percepção absolutamente normal recebe uma
significação delirante, que ocorre de modo simultâneo ao ato perceptivo, em geral
de forma abrupta, como uma espécie de “revelação”.
2. Alucinações auditivas características. São as vozes que comentam e/ou
comandam a ação do paciente.

06
3. Eco do pensamento ou sonorização do pensamento (Gedankenlautwerden). O

4:
:3
paciente escuta seus pensamentos ao pensá-los.

19
4. Difusão do pensamento. Neste caso, o doente tem a sensação de que seus

1
02
pensamentos são ouvidos ou percebidos claramente pelos outros, no momento em

/2
11
que os pensa.

8/
5. Roubo do pensamento. Experiência na qual o indivíduo tem a sensação de que

-2
seu pensamento é inexplicavelmente extraído de sua mente, como se fosse

om
roubado.

l.c
ai
6. Vivências de influência na esfera corporal ou ideativa.” (Dalgalarrondo, 2008)
tm
ho
@

Gabarito: B
es
m
go

43. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
ah

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


a.
-s

O excerto a seguir remete a um dos subtipos de síndromes depressivas


2
-1

presentes em Dalgalarrondo (2008). Assinale a alternativa que identifica


84

corretamente a depressão crônica a qual ele se refere.


.3
11

“É uma depressão crônica, geralmente de intensidade leve, muito duradoura.


.4

Começa no início da vida adulta e dura pelo menos vários anos. Os sintomas
90
-0

depressivos mais comuns são diminuição da auto-estima, fadigabilidade


os

aumentada, dificuldade em tomar decisões ou se concentrar, mau humor crônico,


nt
sa

irritabilidade e sentimentos de desesperança. Os sintomas devem estar presentes


s

de forma ininterrupta por pelo menos dois anos”.


do

A
es
m

Distimia.
go

B
ra
sa

Depressão atípica.
C
Estupor depressivo.
D
Depressão tipo endógena.

Comentário: A distimia é uma forma crônica de depressão, muito duradoura (pelo


menos dois anos). Um dos sintomas de destaque é humor deprimido, triste, na
maior parte do dia, na maioria dos dias. Outros sintomas de destaque são:
diminuição da autoestima, fatigabilidade aumentada ou falta de energia, insônia ou

| 317
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

hipersonia, apetite diminuído ou aumentado, dificuldades em tomar decisões e em


se concentrar e sentimentos de desesperança. Também se destacam o mau humor
crônico e a irritabilidade.

Gabarito: A

06
44. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -

4:
:3
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

19
Considerando Dalgalarrondo (2008), com relação ao quadro de Síndrome Mista

1
02
de Ansiedade e Depressão, assinale a alternativa correta.

/2
11
A

8/
As síndromes ansiosas são comuns nos quadros psicopatológicos associados ao

-2
período pré-menstrual e, na ansiedade de base orgânica, é particularmente

om
frequente a presença da irritabilidade e da labilidade do humor.

l.c
ai
B tm
ho
A síndrome ansiosa vincula-se à instalação de uma doença orgânica, como por
@

exemplo hipertireoidismo e lúpus eritematoso sistêmico, mas não à condição


es

orgânica, tal como uso de certos medicamentos.


m
go

C
ah

Quando sintomas depressivos e ansiosos estão presentes, tanto a síndrome ansiosa


a.
-s

como a depressiva são caracterizadas como grave o suficiente para, por si só,
2
-1

constituir um diagnóstico.
84

D
.3
11

O quadro de ansiedade de origem orgânica é constituído por uma síndrome ansiosa


.4

generalizada, sem relação com doença ou condição orgânica.


90
-0
os

Comentário: “Quando sintomas depressivos e ansiosos estão presentes, mas


nt
sa

nenhuma das duas síndromes (depressiva ou ansiosa) é grave o suficiente para, por
s

si só, constituir um diagnóstico, denomina-se o quadro de síndrome mista de


do

depressão e ansiedade.
es
m

O quadro de ansiedade de origem orgânica é constituído por uma síndrome


go

ansiosa (em crises ou generalizada) que é claramente resultante de uma doença,


ra
sa

uso de fármacos ou outra condição orgânica.” (Dalgalarrondo, 2008)

Gabarito: A

45. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
Baseando-se em Dalgalarrondo (2008), quanto à Síndrome do Pânico, pode-se
afirmar que ela se caracteriza por crises
A

| 318
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

desencadeadas sistematicamente por emoções fortes decorrentes de situações que


envolvam a morte.
B
possivelmente associadas a um medo importante de ter um infarto, de morrer ou
de enlouquecer.
C
que começam de forma lenta, mas que são de longa duração.

06
D

4:
:3
leves de ansiedade sempre acompanhadas de agorafobia.

19
1
02
Comentário: No ataque de pânico, as crises de ansiedade, de intenso

/2
11
desconforto ou sensação de medo alcançam um pico em minutos (geralmente, não

8/
duram mais que meia ou uma hora).

-2
O Transtorno de Pânico é caracterizado quando há ataques de pânico

om
recorrentes, “com desenvolvimento de medo de ter novas crises, preocupações

l.c
ai
com possíveis implicações da crise (perder o controle, ter um ataque cardíaco ou
tm
ho
enlouquecer) e sofrimento subjetivo significativo”.
@

O Transtorno de Pânico PODE OU NÃO ser acompanhado de agorafobia.


es

(Dalgalarrondo, 2019)
m
go
ah

Gabarito: B
a.
-s
2
-1

46. Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2016 -
84

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


.3
11

Dentre as síndromes ansiosas, conforme Dalgalarrondo (2008), quanto à


.4

síndrome da ansiedade generalizada não se pode afirmar:


90
-0

A
os

A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, nervosa ou irritada, quadros em que


nt
sa

são frequentes sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, angústia constante,


s

irritabilidade aumentada e dificuldade em concentrar-se.


do

B
es
m

São também comuns sintomas físicos como taquicardia, tontura, cefaleia, dores
go

musculares, epigastralgias, formigamentos, sudorese fria.


ra
sa

C
O seu diagnóstico independe da relação entre os sintomas ansiosos e algum tipo de
sofrimento clinicamente significativo.
D
Caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos
dias, por pelo menos seis meses.

Comentário: Repare que a questão pede a alternativa errada!


“O quadro de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) caracteriza-se
pela presença de sintomas ansioso excessivos, na maior parte dos dias, por vários

| 319
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

meses. A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, permanentemente nervosa ou


irritada ”.
“Para se fazer o diagnóstico de uma síndrome ansiosa, também é necessário
verificar se os sintomas ansiosos causam sofrimento clinicamente significativo e
prejudicam a vida pessoal, social e ocupacional do indivíduo”. (Dalgalarrondo,
2019)

06
Gabarito: C

4:
:3
19
1
02
47. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -

/2
11
Primeiro Tenente - Psicologia

8/
De acordo com Dalgalarrondo (2008), no exame do estado mental, as funções

-2
psíquicas mais afetadas nos transtornos psicóticos são:

om
l.c
ai
A sensopercepção, pensamento, juízo de realidade e vivência do eu .
tm
ho
@

B atenção, pensamento, juízo de realidade e memória.


es
m
go

C orientação, vontade, juízo de realidade e personalidade.


ah
a.
-s

D sensopercepção, atenção, juízo de realidade e pensamento.


2
-1
84

E pensamento, efetividade, vivência do eu e sensopercepção.


.3
11
.4

Comentário: Funções mais afetadas nos transtornos psicóticos:


90

Sensopercepção; Pensamento; Juízo de realidade e Vivência do Eu e alterações do


-0

self. (Dalgalarrondo, 2019)


os
nt
sa

Gabarito: A
s
do
es

48. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -
m
go

Primeiro Tenente - Psicologia


ra

Conforme Dalgalarrondo, quando há diminuição da atenção voluntária e


sa

aumento da atenção espontânea, com hipervigilância e hipotenacidade


estamos diante de um:

A transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

B transtorno depressivo.

C transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).

| 320
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

D transtorno de humor - quadro maníaco.

E transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

Comentário: Pessoas com transtorno de humor têm dificuldades de


concentração e atenção sustentada. Nos quadros maníacos há:
- diminuição marcante da atenção voluntária (ativa e intencional) e aumento

06
da atenção espontânea (suscitada pelo interesse momentâneo);

4:
:3
- hipervigilância (vigilância = permite mudar de foco de um objeto para

19
outro) e hipotenacidade (tenacidade = capacidade de fixar atenção sobre

1
02
determinada área).

/2
“A atenção do indivíduo em fase maníaca salta rapidamente de um estímulo

11
8/
para o outro, sem se fixar em algo”. (Dalgalarrondo, 2019)

-2
om
Gabarito: D

l.c
ai
tm
49. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -
ho
@

Primeiro Tenente - Psicologia


es

Conforme Dalgalarrondo (2008), o processo diagnóstico sob a óptica da


m
go

psicopatologia apresenta algumas particularidades, dentre estas:


ah
a.
-s

A é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo


2

entrevistador.
-1
84
.3

B é baseado preponderantemente em testes psicológicos ou /neuropsicológicos.


11
.4
90

C é, em inúmeros casos, apenas possível com a observação do curso da doença.


-0
os
nt

D de modo geral, existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente


sa

específicos de determinado transtorno mental.


s
do
es

E é baseado apenas nos aspectos biológicos e psicológicos.


m
go
ra

Comentário: “O diagnóstico psicopatológico é, em inúmeros casos, apenas


sa

possível com a observação do curso do transtorno. Dessa forma, o padrão evolutivo


de determinado quadro clínico obriga o psicopatólogo a repensar e refazer
continuamente o seu diagnóstico. Uma das funções do diagnóstico em medicina é
prever e prognosticar a evolução e o desfecho da doença (o diagnóstico deve indicar
o prognóstico). Porém, às vezes, isso se inverte no contexto da psicopatologia. Não
é incomum que o prognóstico, a evolução do caso, obrigue o clínico a reformular o
seu diagnóstico inicial.” (Dalgalarrondo, 2019)

Gabarito: C

| 321
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

50. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -
Primeiro Tenente - Psicologia
Segundo Dalgalarrondo (2008), as alucinações auditivas são o tipo de
alucinaçao mais frequente nos transtornos mentais. Elas ocorrem em diversos
quadros psicopatológicos, no entanto, quando se verificam alucinações
audioverbais em pacientes com nível de consciência normal, com forte

06
convicção, sem insight e crítica, havendo ausência de transtorno do humor

4:
:3
(depressão ou mania), a hipótese diagnostica que se impõe é a de

19
1
02
A esquizofrenia.

/2
11
8/
B alcoolismo crônico.

-2
om
C transtorno dissociativo.

l.c
ai
tm
D transtorno de personalidade.
ho
@
es

E transtorno de humor.
m
go
ah

Comentário: “O insight em relação às alucinações audioverbais, na


a.

esquizofrenia, geralmente é pequeno ou ausente. Os pacientes tendem a acreditar


-s
2

que tais vozes não são o produto de um transtorno mental, mas uma realidade
-1
84

apavorante que se lhes impõe, que elas devem ser produzidas pelo demônio, por
.3

máfia ou por grupos que estão contra ele e querem destruí-lo.” (Dalgalarrondo,
11
.4

2019)
90
-0

Gabarito: A
os
nt
sa

51. Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CSM Prova: Marinha - 2015 - CSM -
s
do

Primeiro Tenente - Psicologia


es

De acordo com Dalgalarrondo (2008), com relação às síndromes ansiosas,


m
go

analise as afirmativas abaixo.


ra
sa

I - A síndrome do pânico pode ou não ser acompanhada de agorafobia.

II - Na ansiedade de base orgânica, não é frequente a presença da labilidade do


humor.

III- O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas


ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos três meses.

| 322
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

IV - As crises de pânico são crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre


importante descarga do sistema nervoso autônomo.

Assinale a opção correta.

A Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.

06
B Apenas a afirmativa II é verdadeira.

4:
:3
19
C Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.

1
02
/2
D Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

11
8/
-2
E Apenas a afirmativa III é verdadeira.

om
l.c
Comentário: O Transtorno de Pânico é caracterizado quando há ataques de
ai
tm
pânico recorrentes, “com desenvolvimento de medo de ter novas crises,
ho

preocupações com possíveis implicações da crise (perder o controle, ter um ataque


@
es

cardíaco ou enlouquecer) e sofrimento subjetivo significativo”.


m
go

O Transtorno de Pânico PODE OU NÃO ser acompanhado de agorafobia.


ah

“O quadro de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) caracteriza-se


a.
-s

pela presença de sintomas ansioso excessivos, na maior parte dos dias, por vários
2

meses. A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, permanentemente nervosa ou


-1
84

irritada ”.
.3

Na ansiedade de base orgânica, é frequente a presença da labilidade do


11
.4

humor. (Dalgalarrondo, 2019)


90
-0

Gabarito: A
os
nt
sa
s
do

52. (PMF - SMS – IMPARH – Prefeitura de Fortaleza - 2018) Um fenômeno


es

psicológico cuja característica é a sua capacidade de envolver todo o


m
go

indivíduo, comprometendo-o organicamente na sua experiência, leva à


ra

perda de controle do eu, sendo agudo e pouco duradouro, pode ser


sa

definido como:

(A) afeto.
(B) sentimento.
(C) sensação.
(D) emoção.

| 323
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: Afeto = Qualidade e o tônus emocional que acompanha uma ideia ou


representação mental. Os afetos acoplam-se a ideias, anexando a elas um colorido
afetivo.
Sentimento = estados e configurações afetivas estáveis; em relação às
emoções, são mais atenuados em sua intensidade e menos reativos a estímulos
passageiros.
Emoção = reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por

06
estímulos significativos. Assim, a emoção é um estado afetivo intenso, de curta

4:
:3
duração. Comumente acompanhada de reações somáticas, corporais. Pode

19
representar uma tempestade anímica, que desconcerta, comove e perturba.

1
02
(Dalgalarrondo, 2019)

/2
11
8/
- São 5 os tipos básicos de vivências afetivas: Humor ou estado de ânimo;

-2
Emoções; Sentimentos; Afetos; Paixões. (Dalgalarrondo, 2019)

om
l.c
ai
Sensação = fenômeno passivo; “fenômeno elementar gerado por estímulos
tm
ho
físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo,
@

que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os.”


es
m
go

Gabarito: D
ah
a.
-s

53. (PMF - SMS – IMPARH – Prefeitura de Fortaleza - 2018) O transtorno que


2
-1

se caracteriza por um quadro


84

psicopatológico incluso entre os transtornos de ansiedade e


.3
11

pode ser definido como um medo persistente de estar em


.4

situações possivelmente consideradas embaraçosas pelo


90
-0

sujeito, tais como ser o centro das atenções ou ter contato com
os

outras pessoas, bem como em outras situações que lhe causam


nt
sa

extrema ansiedade durante sua ocorrência ou até com sua


s

antecipação. Seu foco está sobretudo em tarefas, circunstância


do

e situações predefinidas, embora o indivíduo afetado consiga


es
m

perceber que seus medos e receios são excessivos e irracionais


go

na maioria das vezes. O quadro torna-se patológico quando o


ra
sa

indivíduo apresenta comprometimento de sua funcionalidade,


com prejuízos nos âmbitos profissional, pessoal e social.
Estamos diante de um:

(A) transtorno de estresse pós-traumático.


(B) transtorno de ansiedade social.
(C) síndrome de burnout.
(D) transtorno de ansiedade generalizada

| 324
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: Transtorno de estresse pós-traumático = Não é um tipo de transtorno


de ansiedade, embora haja importante componente de ansiedade associado;
compõe a categoria dos Transtornos Relacionados a Traumas e Estressores, no DSM
V.
Síndrome de Burnout = não é um tipo de transtorno de ansiedade; resultante
do estresse crônico no local de trabalho; caracterizada por sentimentos de exaustão
ou esgotamento de energia; aumento do distanciamento mental do próprio

06
trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio

4:
:3
trabalho; e redução da eficácia profissional.

19
Transtorno de ansiedade generalizada = Ansiedade e preocupação

1
02
excessivas (expectativa apreensiva) acerca de diversos eventos ou atividades (Ex.

/2
11
responsabilidades no trabalho, saúde e finanças, saúde dos membros da família, ou

8/
questões menores (p. ex., realizar as tarefas). Ou seja, as situações são diversas, não

-2
especificamente relacionadas às questões sociais.

om
Transtorno de ansiedade social = Medo ou ansiedade acentuados

l.c
ai
ou intensos de situações sociais nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos
tm
ho
outros. O indivíduo tem medo de ser avaliado negativamente.
@
es

Gabarito: B
m
go
ah

54. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: IPREMM - SP Prova: VUNESP - 2019 -
a.
-s

IPREMM - SP - Psicólogo Clínico e Organizacional


2
-1

Os novos critérios publicados na quinta edição do Diagnostic and Statistical


84

Manual of Mental Disorders (DSM-5) apontam que a principal dificuldade dos


.3
11

indivíduos diagnosticados com um transtorno do espectro autista (TEA) é


.4
90
-0

A a persistência de comportamentos incomuns e excêntricos.


os
nt

B um comprometimento das funções cognitivas e da linguagem.


sa
s
do

C a dificuldade para lidarem com situações previsíveis.


es
m
go

D uma impossibilidade para estabelecerem conexões humanas.


ra
sa

E uma falha no desenvolvimento da comunicação social.

Comentário: Caracterizado por “déficits persistentes na comunicação social e na


interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social,
em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e
em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. Além
dos déficits na comunicação social, o diagnóstico do transtorno do espectro autista
requer a presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses
ou atividades.” (DSM V)

| 325
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Gabarito: E

55. Ano: 2019 Banca: VUNESP Prova: VUNESP - 2019 - UFABC - Psicólogo
Os transtornos de ansiedade, dentre os quais se destacam o transtorno do
pânico, a ansiedade generalizada e as fobias estão entre os principais
problemas de saúde mental dos brasileiros. Esses transtornos

06
A tendem a desaparecer com o tempo, mesmo sem tratamento especializado.

4:
:3
19
B implicam em severas consequências para a saúde, e raramente têm

1
02
recuperação.

/2
11
8/
C dispensam o tratamento psicoterápico durante o período de utilização de

-2
medicação.

om
l.c
D têm recuperação se forem diagnosticados logo após a primeira crise.
ai
tm
ho

E têm bom prognóstico, quando adequadamente tratados.


@
es
m

Comentário: Errada A - Muitos dos transtornos de ansiedade se desenvolvem na


go
ah

infância e tendem a persistir se não forem tratados. (DSM V); Errada B - Não é raro
a.

que tenham recuperação; Errada C – NÃO dispensam o tratamento psicoterápico


-s

durante o período de utilização de medicação; Errada D – não basta somente


2
-1
84

realizar o diagnóstico precoce para haver recuperação.


.3
11

São Transtornos de Ansiedade, no DSM V:


.4
90
-0
os

Transtorno de ansiedade de separação


nt
sa
s
do

Mutismo seletivo
es
m
go

Fobia específica
ra
sa

Transtorno de ansiedade social (fobia social)

Transtorno de pânico

Agorafobia

Transtorno de ansiedade generalizada

| 326
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Psicopatologia

Gabarito: E

56. Ano: 2019 Banca: VUNESP Prova: VUNESP - 2019 - UFABC - Psicólogo
A capacidade de se situar em relação a si mesmo e em relação ao ambiente é um
elemento básico da atividade mental. A desorientação temporoespacial é um
dos sintomas mais frequentes dos

06
A estados depressivos.

4:
:3
19
B distúrbios somáticos.

1
02
/2
C episódios maníacos.

11
8/
-2
D quadros psico-orgânicos.

om
l.c
E transtornos de pânico.
ai
tm
ho

Comentário: Estados depressivos são caracterizados por humor triste, vazio ou


@
es

irritável (errada A); distúrbios somáticos = sintomas somáticos perturbadores


m

associados a pensamentos, sentimentos e comportamentos anormais em resposta


go
ah

a esses sintomas (errada B); episódios maníacos = humor anormal e


a.

persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente


-s

da atividade (errada C); quadros psico-orgânicos = no DSM V, são os denominados


2
-1
84

transtornos neurocognitivos (correta D); transtornos de pânico = caracterizado por


.3

ataques abruptos de medo intenso ou desconforto intenso (errada E).


11
.4
90

“A desorientação temporoespacial ocorre, de modo geral, em quadros psico-


-0

orgânicos” (Dalgalarrondo,2019). Por exemplo, no Alzheimer e no Delirium


os
nt

(perturbação da atenção e da consciência).


sa
s
do

- Orientação temporal: indica se a pessoa sabe em que momento


es

cronológico está vivendo, a hora do dia, se é manhã, tarde ou noite, o dia da semana,
m
go

o dia do mês...
ra
sa

-Orientação espacial: pergunta-se ao paciente o lugar onde ele se encontra,


o andar do prédio, o bairro, a cidade e o país.

Gabarito: D

57. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guararapes -


SP Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Guararapes - SP - Psicólogo
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM 5 – agrupou
todas as manifestações de abuso e de dependência de substâncias sobre o título
de transtornos por abuso de substâncias, e eliminou um dos critérios

| 327
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

anteriormente definidos para caracterização desse tipo de transtorno. O


critério eliminado foi:

A problemas legais recorrentes relacionados ao consumo de substâncias.

B fissura pela droga ou pela substância.

06
C uso de drogas em situações de exposição a riscos.

4:
:3
19
D manutenção do uso de drogas apesar de prejuízos físicos.

1
02
/2
E restrição do repertório de vida.

11
8/
-2
Comentário: O DSM-5 não separa os diagnósticos de abuso e dependência de

om
substância, como fazia o DSM-IV. “Em vez disso, são oferecidos critérios para

l.c
transtorno por uso de substância, acompanhados por critérios para intoxicação,
ai
tm
abstinência, transtornos induzidos por substâncias e transtornos relacionados a
ho

substâncias não especificados, quando relevante.”


@
es
m

“Dentro dos transtornos por uso de substância, o critério do DSM-IV de


go
ah

problemas legais recorrentes relacionados a substâncias foi removido do DSM-5, e


a.

um novo critério - fissura, ou um forte desejo ou necessidade de usar uma


-s

substância - foi acrescentado.” (DSM V)


2
-1
84
.3

Gabarito: A
11
.4
90

58. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi -


-0

SP Prova: VUNESP - 2019 - SP - Psicólogo


os

Para o atendimento psicológico de pacientes com transtorno de personalidade


nt
sa

antissocial é recomendável que o psicólogo


s
do
es

A confronte repetidamente a negação e minimização do paciente em relação ao seu


m

comportamento antissocial.
go
ra
sa

B tenha expectativas positivas e elevadas em relação à melhora e recuperação desse


tipo de paciente.

C evite conexões entre os comportamentos antissociais e os estados internos desses


pacientes.

D interprete os conteúdos inconscientes que estão relacionados aos


comportamentos antissociais desses pacientes.

| 328
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Psicopatologia

E adote uma postura mais flexível e moderada, para favorecer a empatia e a


mentalização nesses pacientes.

Comentário: Transtorno de personalidade antissocial = padrão difuso de


desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas. (DSM V)

Um dos princípios básicos de técnica para tratamento de pessoas com

06
Transtorno de Personalidade Antissocial é que o terapeuta deve confrontar

4:
:3
repetidamente a negação e a minimização do paciente em relação a seu

19
comportamento antissocial. “A negação generalizada chega a se infiltrar na escolha

1
02
de palavras feita pelo paciente antissocial. (...) Se o paciente diz: “Eliminei esse

/2
cara”, o terapeuta pode confrontar o paciente ao responder: “Então, você é um

11
8/
assassino”. Essa técnica de confrontação repetida possibilita que o terapeuta ajude

-2
esses pacientes a se tornarem conscientes de sua tendência a projetar todas as

om
responsabilidades e eles podem, portanto, começar a reconhecer e aceitar

l.c
ai
responsabilidade por seu comportamento antissocial.” (Gabbard, “Psiquiatria
tm
psicodinâmica na prática clínica”)
ho
@
es

O terapeuta deve evitar ter expectativas excessivas de melhora. (Gabbard,


m
go

“Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica”) (ERRADA B)


ah
a.
-s

O terapeuta deve ajudar o paciente a conectar ações com estados internos.


2

(Gabbard, “Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica”) (ERRADA C)


-1
84
.3

Confrontações de comportamentos aqui e agora são mais efetivas do que


11
.4

interpretações de materiais inconscientes do passado. (Gabbard, “Psiquiatria


90

psicodinâmica na prática clínica”) (ERRADA D)


-0
os
nt

A postura do terapeuta não deve ser mais flexível e moderada. A


sa

mentalização e a empatia no paciente devem ser promovidas. Esse grupo de


s
do

pacientes, muitas vezes, não param e pensam em qual será o impacto final sobre os
es

outros daquilo que dizem e fazem. (ERRADA E)


m
go
ra

Gabarito: A
sa

59. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi -


SP Prova: VUNESP - 2019 -
Quando um quadro de depressão e um quadro de alcoolismo estão associados,
parece ocorrer um efeito sinergético e aditivo que resulta em

A episódios de torpor acentuado.

B alterações leves da memória.

| 329
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

C incremento significativo da libido.

D risco aumentado de conduta suicida.

E aceleração severa do pensamento.

Comentário: “Quando a depressão e o alcoolismo estão associados, eles

06
parecem ter um efeito sinergético e aditivo que resulta em um nível

4:
desproporcionalmente alto de ideação suicida grave (Cornelius et al., 1995; Pages

:3
19
et al.,1997).” (em Gabbard, “Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica”)

1
02
/2
“Quando indivíduos alcoolistas se tornam sóbrios, olham para trás e veem os

11
8/
danos causados por suas vidas em função do álcool, eles normalmente se deparam

-2
com uma boa dose de depressão. Essa depressão tem raízes no reconhecimento

om
doloroso de que eles machucaram terceiros (...). Eles também devem lamentar as

l.c
coisas (p. ex., relações, propriedades) que eles perderam ou destruíram como
ai
tm
resultado de seu comportamento aditivo.” (em Gabbard, “Psiquiatria
ho
@

psicodinâmica na prática clínica”)


es
m
go

É importante o tratamento da comorbidade da depressão em pacientes


ah

alcoolistas, a fim de prevenir complicações como o risco de suicídio. “O suicídio e a


a.
-s

depressão em adolescentes e adultos representam maior risco com o uso indevido


2

do álcool. A depressão em pacientes alcoolistas precede as tentativas de suicídio na


-1
84

maioria dos casos.” (Artigo - KING, NARDI,CRUZ. Risco de suicídio em paciente


.3

alcoolista com depressão. 2006)


11
.4
90

LETRA A = Torpor = é uma das alterações quantitativas da consciência; Paciente


-0

está evidentemente sonolento, respondendo ao ser chamado apenas de forma


os
nt

enérgica e, depois, volta ao estado de sonolência evidente.


sa
s
do

LETRA B = Intoxicação por Álcool pode produzir comprometimento da atenção


es

ou da memória. (DSM V)
m
go
ra

LETRA C = NÃO há incremento da libido.


sa

LETRA E = Aceleração do pensamento = tipo de alteração do curso do


pensamento; uma ideia se sucede a outra rapidamente, podendo ser difícil
acompanhar o ritmo do indivíduo. Pode ocorrer em quadro de mania e na depressão
ansiosa, por exemplo.

Gabarito: D

| 330
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

60. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos -


SP Prova: VUNESP - 2019 - SP - Psicólogo – GP
Uma interconsulta foi solicitada a um psicólogo hospitalar, para esclarecer a
situação de um paciente que, durante e após a realização de um cateterismo
cardíaco, ficou agitado e começou a falar palavras desconexas. Após retornar à
enfermaria, afirmava que os médicos estavam rindo dele e zombando das
dimensões de seu pênis. No dia seguinte, observou-se a remissão dos sintomas

06
descritos e o paciente revelou desconhecimento em relação aos

4:
:3
acontecimentos. Essa descrição reforça, como hipótese diagnóstica,

19
1
02
A uma esquizofrenia paranoide.

/2
11
8/
B uma fobia.

-2
om
C um transtorno dissociativo.

l.c
ai
tm
D uma crise de impulsividade.
ho
@
es

E um quadro confusional psicogênico.


m
go
ah

Comentário: Esquizofrenia paranoide = Presença de ideias delirantes relativamente


a.

estáveis, frequentemente de perseguição, em geral acompanhadas de alucinações,


-s
2

particularmente auditivas e de perturbações das percepções. (CID)


-1
84

Fobia: estado de medo essencialmente vinculado aos estados patológicos;


.3

não visa diretamente à preservação do indivíduo; desproporcional. (BASTOS, 2011)


11
.4

Transtornos Dissociativos: perturbação e/ou descontinuidade da integração


90

normal de consciência, memória, identidade, emoção, percepção, representação


-0

corporal, controle motor e comportamento. (DSM V)


os
nt

Impulsividade = atitudes impensadas, incontroláveis (BASTOS, 2011)


sa
s
do

No Delirium, “a perturbação se desenvolve em um período breve de tempo


es

(normalmente de horas a poucos dias), representa uma mudança da atenção e da


m
go

consciência basais e tende a oscilar quanto à gravidade ao longo de um dia.” (DSM


ra

V)
sa

As perturbações perceptivas que acompanham o delirium incluem


interpretações errôneas, ilusões ou alucinações; são perturbações comumente
visuais, embora possam também ocorrer em outras modalidades. (DSM V)
Delirium é o termo mais adequado para designar a maior parte das
síndromes confusionais agudas (o termo “paciente confuso”, muito usado em
serviços de emergência e enfermarias médicas, refere-se ao delirium). O delirium é
uma das síndromes mais frequentes na prática clínica diária, principalmente em
pacientes com doenças somáticas (emergências e enfermarias médicas e
geriátricas) e idade avançada.

| 331
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

“O delirium diz respeito, portanto, aos vários quadros com rebaixamento


leve a moderado do nível de consciência, acompanhados de desorientação
temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em graus
variáveis, agitação ou lentificação psicomotora, discurso ilógico e confuso e ilusões
e/ou alucinações, quase sempre visuais. Trata-se de um quadro que oscila muito ao
longo do dia.” (Dalgalarrondo, 2019)
Procedimentos médicos/cirurgias é um dos fatores precipitantes do

06
delirium. (DSM V)

4:
:3
19
Gabarito: E

1
02
/2
61. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos - SP

11
8/
Apesar da variação na forma e no grau com que se manifestam as depressões

-2
melancólicas, alguns de seus sinais e sintomas estão presentes

om
constantemente. Um desses sinais ou sintomas é

l.c
ai
tm
A um sentimento de culpa relacionado a causas bem definidas.
ho
@
es

B uma exacerbada tolerância em relação às perdas e frustrações.


m
go
ah

C um baixo nível de exigência em relação a si próprio.


a.
-s
2

D uma necessidade intensa de contato interpessoal.


-1
84
.3

E uma extrema submissão ao julgamento dos outros.


11
.4
90

Comentário: Um dos especificadores para Transtornos Depressivos, no DSM V, é


-0

“Com características melancólicas”. Esse especificador “com características


os
nt

melancólicas” é aplicado se essas características estão presentes no estágio mais


sa

grave do episódio. Existe ausência quase total da capacidade para o prazer. Uma
s
do

diretriz para a avaliação da falta de reatividade do humor é que mesmo eventos


es

muito desejados não estão associados a acentuada melhora do humor. O humor


m
go

absolutamente não melhora, ou então melhora apenas de


ra

forma parcial. Alterações psicomotoras estão quase sempre presentes e são


sa

observáveis por outras pessoas. (DSM V)

Apesar da variação de forma e de graus nas depressões, alguns de seus


sintomas e sinais clínicos são de presença constante, como:

- baixa autoestima,

- sentimento culposo sem causa definida,

- exacerbada intolerância a perdas e frustrações,

| 332
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- alto nível de exigência consigo próprio,

- extrema submissão ao julgamento dos outros,

- sentimento de perda do amor e

- permanente estado de que há algum desejo inalcançável.” (ZIMERMAN,

06
David E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, Técnica, Clínica–Uma Abordagem

4:
Didática: Teoria, Técnica, Clínica–Uma Abordagem Didática. Artmed Editora, 2009.)

:3
19
1
02
Gabarito: E

/2
11
62. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos -

8/
-2
SP Prova: VUNESP - 2019 - SP - Psicólogo – GP

om
Ao final dos anos 60, alguns psiquiatras identificaram em alguns pacientes uma

l.c
síndrome que não se enquadrava nas rubricas diagnósticas preexistentes.
ai
tm
Analisando vários pacientes com essa síndrome, quatro aspectos principais
ho

foram identificados: a raiva como afeto principal ou o único afeto, deficit nas
@
es

relações interpessoais, ausência de identidade consistente do self e depressão


m
go

difusa. O quadro apresentado trata do transtorno


ah
a.

A de estresse pós-traumático.
-s
2
-1
84

B dissociativo.
.3
11

C de personalidade borderline.
.4
90
-0

D de personalidade antissocial.
os
nt
sa

E aditivo.
s
do
es

Comentário: Estresse pós-traumático = Há exposição a episódio concreto ou


m

ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual; sintomas intrusivos; Evitação de


go

estímulos associados ao evento traumático; Alterações negativas em cognições e no


ra
sa

humor; Alterações marcantes na excitação e na reatividade. (DSM V)


Transtornos Dissociativos: caracterizados por perturbação e/ou
descontinuidade da integração normal de consciência, memória, identidade,
emoção, percepção, representação corporal, controle motor e comportamento.
Compõem essa categoria, no DSM V: Transtorno de
Despersonalização/Desrealização; Amnésia Dissociativa; Transtorno Dissociativo
de Identidade.
Personalidade antissocial = Desconsideração e violação dos direitos das
outras pessoas. (DSM V)

| 333
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Transtornos relacionados a substâncias e Transtornos Aditivos (DSM V):


grupos de comportamentos repetitivos = por adições comportamentais; ativação
do sistema de recompensa.

Grinker e colaboradores (1968) elaboraram os quatro aspectos principais na


personalidade borderline: “1) a raiva como o principal ou o único afeto, 2) déficits
nas relações interpessoais, 3) ausência de identidade consistente do self e 4)

06
depressão difusa.” (GABBARD, G. O. - PSIQUIATRIA PSICODINÂMICA NA PRÁTICA

4:
:3
CLÍNICA)

19
1
02
Critérios Diagnósticos para Transtorno de Personalidade Borderline (DSM V):

/2
11
Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da

8/
autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no início da vida

-2
adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais)

om
dos seguintes:

l.c
ai
1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado.
tm
ho
2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos
@

caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização.


es

3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da


m
go

autoimagem ou da percepção de si mesmo.


ah

4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas


a.
-s

(p. ex., gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão


2
-1

alimentar).
84

5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de


.3
11

comportamento automutilante.
.4

6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor (p. ex.,


90
-0

disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de


os

poucas horas e apenas raramente de mais de alguns dias).


nt
sa

7. Sentimentos crônicos de vazio.


s

8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (p. ex., mostras


do

frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes).


es
m

9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas


go

dissociativos intensos”
ra
sa

Gabarito: C

63. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Serrana -


SP Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Serrana - SP - Psicólogo
A nova edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM-
5 – agrupou todas as manifestações de abuso e de dependência de substância
sob a designação “transtornos por uso de substâncias”. Essa mudança incluiu,
entre os critérios para diagnóstico desses transtornos,

| 334
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A a ocorrência de problemas legais recorrentes relacionados à substância.

B a facilidade de ser influenciado pelo ambiente.

C o desconforto diante de situações de exposição.

D o desrespeito pela segurança alheia.

06
4:
E o sintoma de fissura pela droga.

:3
19
1
Comentário: O DSM-5 não separa os diagnósticos de abuso e dependência de

02
/2
substância, como fazia o DSM-IV. “Em vez disso, são oferecidos critérios para

11
transtorno por uso de substância, acompanhados por critérios para intoxicação,

8/
-2
abstinência, transtornos induzidos por substâncias e transtornos relacionados a

om
substâncias não especificados, quando relevante.”

l.c
ai
tm
“Dentro dos transtornos por uso de substância, o critério do DSM-IV de
ho

problemas legais recorrentes relacionados a substâncias foi removido do DSM-5, e


@
es

um novo critério - fissura, ou um forte desejo ou necessidade de usar uma


m

substância - foi acrescentado.” (DSM V)


go
ah
a.

Gabarito: E
-s
2
-1

64. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos -
84
.3

SP Prova: VUNESP - 2015 - Prefeitura de São José dos Campos - SP -


11

Analista em Saúde – Psicólogo


.4
90

Durante uma avaliação diagnóstica, identificam-se numa pessoa as seguintes


-0

características: pensamento quase psicótico, comportamento de


os
nt

automutilação, preocupação com abandono, sensação de ser alguém especial e


sa

comportamento regressivo durante o atendimento. Esses sinais indicam que a


s
do

pessoa sofre com um


es
m
go

A transtorno de personalidade borderline.


ra
sa

B transtorno de estresse pós-traumático.

C transtorno de conduta.

D transtorno de ansiedade generalizada.

E transtorno de personalidade esquizoide.

Comentário: Critérios Diagnósticos para Transtorno de Personalidade Borderline


(DSM V):

| 335
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da


autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no início da vida
adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais)
dos seguintes:
1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado.
2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos
caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização.

06
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da

4:
:3
autoimagem ou da percepção de si mesmo.

19
4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas

1
02
(p. ex., gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão

/2
11
alimentar).

8/
5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de

-2
comportamento automutilante.

om
6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor (p. ex.,

l.c
ai
disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de
tm
ho
poucas horas e apenas raramente de mais de alguns dias).
@

7. Sentimentos crônicos de vazio.


es

8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (p. ex., mostras


m
go

frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes).


ah

9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas


a.
-s

dissociativos intensos”
2
-1
84

Gabarito: A
.3
11
.4

65. (Prefeitura de Fortaleza - CE – IMPARH 2018) Uma alegria contagiante


90
-0

pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos porque


os

alguém “pisou na bola”. O amor intenso vira ódio profundo, porque a


nt

atitude foi interpretada como traição; o sentimento sai de controle e se


sa
s

traduz em gritos, palavrões e até socos, e, então, bate uma culpa enorme
do

e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá vontade de se cortar, de


es
m

beber e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são


go

insuportáveis.
ra
sa

Estamos diante de um paciente manifestando sintomas característicos de um:

A transtorno de ansiedade social.

B transtorno de estresse pós-traumático.

C transtorno de personalidade borderline.

D transtorno bipolar de personalidade.

| 336
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: Transtorno de personalidade borderline = instabilidade das relações


interpessoais, da autoimagem e dos afetos, além de impulsividade acentuada.

- Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado.

- Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos


caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização.

06
4:
- Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de

:3
19
comportamento automutilante.

1
02
/2
- Sentimentos crônicos de vazio

11
8/
-2
- Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la. (DSM V)

om
l.c
Gabarito: C
ai
tm
ho

66. Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - A sociedade está em constante


@
es

transformação. Há uma necessidade constante de adaptação às


m

mudanças, e percebe-se que o estresse vem afetando a saúde das


go
ah

pessoas, muitas vezes levando ao aparecimento de doenças, entre elas,


a.

a depressão. Podemos afirmar que a depressão desencadeada desta


-s

forma:
2
-1
84
.3

A afeta tanto os homens quanto as mulheres na mesma proporção.


11
.4
90

B leva à falta de interesse ou prazer nas coisas que sentiam antes, a um aumento
-0

exagerado do apetite, à diminuição da energia, ao cansaço e à dificuldade de


os

pensar, se concentrar e tomar decisões.


nt
sa
s
do

C leva a uma ausência exagerada de agitação ou incapacidade de ficar quieto.


es
m

D leva somente ao interesse em coisas oriundas de um passado recente.


go
ra
sa

Comentário: Transtorno Depressivo Maior (DSM V): “Pessoas do sexo feminino


experimentam índices 1,5 a 3 vezes mais altos do que as do masculino” (Errada A)

Transtorno Depressivo Maior (DSM V): Acentuada diminuição do interesse ou prazer;


Perda ou ganho significativo de peso e apetite; Fadiga ou perda de energia quase
todos os dias; Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar ou indecisão.
(Correta B)

Não há incapacidade de ficar quieto e o desinteresse não se refere somente a


situações oriundas de passado recente. (Erradas C e D).

| 337
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Gabarito: B

67. FUVEST – Residência USP 2020 - De acordo com a evolução temporal dos
sintomas, os fenômenos agudos ou subagudos de um transtorno mental
classificam‐se por diferentes nomenclaturas. Segundo Dalgarrondo
(2000), qual nomenclatura se caracteriza por “surgimento e término
abruptos, durando segundos ou

06
minutos, raramente horas”?

4:
:3
19
(A) Episódio.

1
02
(B) Fase.

/2
(C) Surto.

11
8/
(D) Crise.

-2
(E) Desenvolvimento

om
l.c
ai
Comentário: EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS TRANSTORNOS MENTAIS: Os cursos
tm
longitudinais dos transtornos mentais podem ser de dois tipos: processo e
ho
@

desenvolvimento.
es
m
go

Os fenômenos agudos ou subagudos, de caráter episódico, classificam-se


ah

em: crises ou ataques, episódios, reações vivenciais, fases e surtos.


a.
-s
2

Episódio = termo neutro e mais genérico, usado quando não se conhece


-1
84

ainda o tipo de fenômeno e o curso temporal.


.3

Fase = períodos de depressão e de mania dos transtornos afetivos. Passada


11
.4

a fase, o indivíduo retorna ao que era antes, sem alterações duradouras na


90

personalidade.
-0
os

Surto = ocorrência aguda, que se instala de forma mais ou menos repentina;


nt

produz sequelas irreversíveis, danos à personalidade e/ou à esfera cognitiva e/ou


sa

afetiva
s
do

Crise = ataque; surgimento e término abruptos, durando segundos ou


es

minutos, raramente horas. Exemplos: crises epilépticas, crises ou ataques de


m
go

pânico.
ra

Desenvolvimento = evolução psicologicamente compreensível de uma


sa

personalidade. Aqui há uma trajetória ao longo da vida do sujeito. Exemplo:


“desenvolvimento histriônico”, “desenvolvimento hipocondríaco”, etc.
(Dalgalarrondo, 2019)

Gabarito: D

68. FUVEST – Residência USP - Dalgarrondo afirma que a literatura


psiquiátrica utiliza determinados termos em relação ao curso dos
episódios de transtornos mentais. O termo “remissão” refere‐se

| 338
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

(A) ao retorno e manutenção do estado normal, já tendo passado um bom


período de tempo (geralmente se considera um ano) sem que o paciente apresente
recaída do quadro.

(B) ao retorno dos sintomas logo após haver ocorrido uma melhora parcial
do quadro clínico ou quando o estado assintomático é ainda recente (não tendo

06
passado um ano do episódio agudo).

4:
:3
19
(C) ao surgimento de um novo episódio, tendo o indivíduo estado

1
02
assintomático por um bom período (pelo menos por cerca de um ano).

/2
11
8/
(D) à ocorrência aguda, que se instala de forma repentina e faz eclodir uma

-2
doença de base endógena, não compreensível psicologicamente.

om
l.c
ai
(E) ao retorno ao estado normal tão logo acabe o episódio agudo, que pode
tm
ho
ocorrer também sem o auxílio de intervenção terapêutica.
@
es
m
go

Comentário: A letra “A” se refere ao conceito de Recuperação; a letra “B”, ao de


ah

Recaída; a letra “C” ao de Recorrência. Já a letra “D”, refere-se ao surto (uma das
a.
-s

classificações dos fenômenos agudos ou subagudos)


2
-1
84

Gabarito: E
.3
11
.4

69. Residência UFRN 2019-2020 – COMPERVE - No estudo da consciência, é


90
-0

indispensável considerar a conexão causal existente entre todos os


os

processos psíquicos. A cada conteúdo, estado e processo psíquico,


nt

corresponde certo grau ou nível de consciência, que pode se modificar.


sa
s

Sobre as alterações da consciência, analise as afirmativas abaixo.


do
es
m

I.Entende-se por amência o estado mais acentuado de perda da consciência.


go
ra
sa

II.Podem ocorrer devido a doenças infecciosas e intoxicações.

III.Êxtase diz respeito a um fenômeno de alteração da consciência do eu.

IV.Após quadro de delírio oniróide, a pessoa recorda os sintomas com clareza

Sobre isso, estão corretas as afirmativas


A) III e IV. B) I e II. C) I e IV. D) II e III.

| 339
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: Amência = utilizado na psiquiatria clássica para designar quadros mais


ou menos intensos de confusão mental por rebaixamento do nível de consciência.

Estado de êxtase = há perda das fronteiras entre o eu e o mundo exterior; também


pode ser classificado como transtorno da consciência do eu; o sujeito sente como
se estivesse fundido ao mundo exterior.

06
Há geralmente amnésia consecutiva ao período em que o doente permaneceu nesse

4:
:3
estado onírico.

19
1
02
Observação: Tanto “estado onírico” como “amência” são termos que vêm sendo

/2
11
absorvidos pela categoria ampla do delirium. (Referência: Dalgalarrondo, P.

8/
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais / Porto Alegre: Artmed, 2019)

-2
om
Gabarito: D

l.c
ai
tm
ho
70. Residência UFRN 2019-2020 – COMPERVE - Paciente do sexo masculino,
@

internado no serviço de neurologia com as seguintes alterações: “Não


es

executa ordens simples, a exemplo de abrir e fechar a boca, nem lhe


m
go

desperta a atenção falas trazendo dados de sua história, como o nome


ah

da cidade em que morou a vida toda. Consegue falar articulando as


a.
-s

palavras, porém não há sentido lógico na linguagem, respondendo aos


2
-1

questionamentos de modo incoerente.” Essas alterações são de um


84

quadro de
.3
11
.4

A) Afasia motora.
90
-0

B) Afasia de Wernicke
os

C) Afasia de Broca.
nt
sa

D) Afasia global.
s
do

Comentário: Afasia = É a perda da linguagem, falada e ouvida, por incapacidade de


es
m

compreender e utilizar os símbolos verbais, decorrente de lesão neuronal.


go

Afasia de Wernicke = Sujeito continua podendo falar, mas sua fala é


ra
sa

defeituosa e, em alguns casos, incompreensível; pessoa não consegue compreender


a linguagem - falada e escrita. (Fluente e compreensão comprometida.)
Afasia de Broca = Compreensão da linguagem está relativamente
preservada; pessoa não consegue falar, ou fala com dificuldades. (Não fluente e
compreensão intacta)
Afasia global = Afasia muito grave; (Não fluente e compreensão
comprometida) (Referência: Dalgalarrondo, P. Psicopatologia e semiologia dos
transtornos mentais / Porto Alegre: Artmed, 2019)

Gabarito: B

| 340
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

71. VUNESP - 2019 – UFABC - O exame físico dos pacientes com transtorno
mental, ao contrário do que alguns profissionais que atuam em saúde
mental supõem, pode ser um instrumento valioso para o planejamento
do tratamento desses pacientes. Apesar dessa constatação,
normalmente os distúrbios e as doenças físicas são subdiagnosticados
em pacientes psiquiátricos. Uma das explicações, para esse fato, refere-

06
se ao fato de que

4:
:3
A)os pacientes com transtorno mental geralmente têm dificuldades para comunicar

19
objetivamente suas queixas somáticas.

1
02
B)os psiquiatras não têm formação adequada para avaliar fisicamente ou medicar

/2
11
os sintomas físicos de seus pacientes.

8/
C) os pacientes psiquiátricos apresentam morbidade menos frequente do que a

-2
morbidade observada na população geral.

om
D) os exames físicos de pacientes psiquiátricos têm características diferentes dos

l.c
ai
exames realizados com a população geral. tm
ho
E) as dores e os sintomas físicos relatados pelos pacientes com transtorno mental
@

não têm utilidade para orientar seus exames físicos.


es
m
go

Comentário: Os distúrbios e doenças físicas são subdiagnosticados nos pacientes


ah

com transtornos mentais. Algumas das causas dessas falhas são:


a.
-s

- O clínico geral (o médico não psiquiatra, de forma geral) tende a não


2
-1

examinar adequadamente o paciente com transtornos mentais graves, pois ele não
84

é “seu paciente”, é “paciente apenas do psiquiatra ou psicólogo”.


.3
11

- O psiquiatra não realiza o exame físico do paciente, pois não se considera


.4

“médico do corpo”, mas “médico exclusivamente do psiquismo”


90
-0

- Os pacientes com transtornos mentais graves podem ter dificuldades em


os

comunicar objetivamente suas queixas somáticas.


nt
sa

- Os pacientes psiquiátricos graves podem não ser adequadamente


s

“ouvidos” pelos médicos em geral, pois o estigma de “louco” invalida suas queixas
do

somáticas.
es
m
go

“Os pacientes com transtornos mentais graves apresentam doenças físicas mais
ra
sa

frequentemente que a população geral.”


(Dalgalarrondo, 2019)

Gabarito: A

72. VUNESP - 2019 – UFABC - Psicofarmacologia - A utilização do lítio como


estabilizador do humor foi uma descoberta especialmente importante
para o manejo da fase aguda e para evitar recidivas nos pacientes
diagnosticados com transtorno

| 341
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A) afetivo bipolar.

B) de estresse pós-traumático.

C) alimentar.

D) de personalidade esquizoide.

06
4:
:3
E) somatoforme.

19
1
02
Comentário: O carbonato de lítio é o medicamento mais bem validado no

/2
11
tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar, tanto no tratamento de episódios agudos

8/
de humor como na prevenção de novos episódios, além de ser o único que

-2
demonstra redução de suicidalidade e mortalidade para todas as causas em

om
pacientes com transtornos de humor, seu uso é recomendado como primeira

l.c
ai
escolha entre as opções de estabilizadores de humor. tm
ho
(PORTARIA Nº 315, de 30 de março de 2016. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes
@

Terapêuticas do Transtorno Afetivo Bipolar do tipo I.)


es
m

Disponível em: https://www.saude.gov.br/protocolos-e-diretrizes


go
ah

Gabarito: A
a.
-s
2
-1

73. CESPE - 2018 – HUB - A orientação psicológica para pessoas que


84

apresentam dificuldade para dormir ou que têm sono de má qualidade


.3
11

inclui a prática da higiene do sono. Com relação às orientações


.4

referentes a essa prática, julgue o item a seguir.


90
-0

A ingestão de uma dose pequena de bebida alcoólica como indutor do


os

sono imediatamente antes de deitar é aconselhada.


nt
sa
s

Comentário: Apesar de o álcool dar sonolência, ele inverte o ciclo do sono,


do

afetando a qualidade do descanso. O consumo de álcool pode até encurtar


es
m

o tempo necessário para o primeiro cochilo e também levar a um sono


go

profundo, mas, por outro lado, pode anular o ciclo do sono que gera maior
ra
sa

descanso.

Dividem-se as fases do sono em duas:


- Sono NREM : sono sincronizado (atividade elétrica cerebral síncrona), sem
movimentos oculares rápidos .
- Sono REM: sono dessincronizado, com movimentos oculares rápidos.
(Dalgalarrondo, 2019)

Gabarito: Errado

| 342
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

74. CESPE - 2019 - TJ-AM - Rogério, servidor público, foi encaminhado pelo
setor de recursos humanos ao serviço médico da instituição onde
trabalha após seus colegas estranharem seu comportamento nas duas
últimas semanas. Ao ser indagado pelo profissional competente,
Rogério disse ter visto, em dada ocasião, seu chefe espioná-lo no
trabalho e, nos últimos dias, afirma tê-lo visto do outro lado da rua de
sua residência, sempre na hora que ele sai para trabalhar. Rogério

06
afirma, ainda, ter feito uso de alguns medicamentos dos quais

4:
:3
desconhece a composição e a nomenclatura.

19
Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.

1
02
Na situação em comento, a ocorrência de pensamentos

/2
11
constantes de que seu chefe o está perseguindo não é critério suficiente

8/
para diagnosticar Rogério como portador do transtorno de

-2
esquizofrenia.

om
l.c
ai
Comentário: Um dos Critérios Diagnósticos da Esquizofrenia pelo DSM V: “A.
tm
ho
Dois (ou mais) dos itens a seguir devem estar presentes. Pelo menos um
@

deles deve ser (1), (2) ou (3):


es

1. Delírios.
m
go

2. Alucinações.
ah

3. Discurso desorganizado.
a.
-s

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


2
-1

5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou


84

avolia).”
.3
11
.4

Gabarito: Certo
90
-0
os

75. CESPE - 2019 - TJ-AM - Rogério, servidor público, foi encaminhado pelo
nt
sa

setor de recursos humanos ao serviço médico da instituição onde


s

trabalha após seus colegas estranharem seu comportamento nas duas


do

últimas semanas. Ao ser indagado pelo profissional competente,


es
m

Rogério disse ter visto, em dada ocasião, seu chefe espioná-lo no


go

trabalho e, nos últimos dias, afirma tê-lo visto do outro lado da rua de
ra
sa

sua residência, sempre na hora que ele sai para trabalhar. Rogério
afirma, ainda, ter feito uso de alguns medicamentos dos quais
desconhece a composição e a nomenclatura.
Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.
Com a finalidade de verificar se Rogério apresenta diagnóstico de
transtorno esquizofreniforme, é necessário acompanhá-lo pelo período
de um a seis meses, incluindo as fases prodrômica, ativa e residual.

| 343
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: Transtorno esquizofreniforme = os sintomas são


equivalentes aos da Esquizofrenia, sendo que a diferença está na duração e
no fato de que há ausência de exigência de declínio funcional.

O transtorno esquizofreniforme se distingue por sua diferença na


duração: a duração total da doença, incluindo as fases prodrômica, ativa e
residual, é de pelo menos um mês, mas inferior a seis meses. (DSM V)

06
4:
:3
Assim como na esquizofrenia, dois (ou mais) dos itens a seguir estão

19
presentes (pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3)): 1. Delírios; 2.

1
02
Alucinações; 3. Discurso desorganizado; 4. Comportamento grosseiramente

/2
11
desorganizado ou catatônico; 5. Sintomas negativos.

8/
-2
om
• Duração: > 1 mês

l.c
Transtorno Delirante

ai
tm
ho
@

Transtorno psicótico
es

• Duração: > 1 dia e < 1 mês


m

breve
go
ah
a.
-s

Transtorno
• Duração: > 1 mês e < 6 meses
2

Esquizofreniforme
-1
84
.3
11
.4

Esquizofrenia • Duração: > 6 meses


90
-0
os
nt
sa

Gabarito: Certo
s
do
es

76. CESPE - 2019 - TJ-AM - Rogério, servidor público, foi encaminhado pelo
m

setor de recursos humanos ao serviço médico da instituição onde


go

trabalha após seus colegas estranharem seu comportamento nas duas


ra
sa

últimas semanas. Ao ser indagado pelo profissional competente,


Rogério disse ter visto, em dada ocasião, seu chefe espioná-lo no
trabalho e, nos últimos dias, afirma tê-lo visto do outro lado da rua de
sua residência, sempre na hora que ele sai para trabalhar. Rogério
afirma, ainda, ter feito uso de alguns medicamentos dos quais
desconhece a composição e a nomenclatura.
Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.

| 344
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

O quadro de delírio persecutório deverá ser descartado caso


Rogério estivesse usando a Substância Dietilamida do ácido Lisérgico,
que não causa quadro alucinógeno.

Comentário: Dietilamida do ácido lisérgico = LSD (é um alucinógeno), podendo


causar quadro alucinógeno.
A classe dos alucinógenos compreende um grupo de substâncias variadas

06
que, apesar de apresentarem estruturas químicas diferentes, produzem alterações

4:
:3
semelhantes da percepção, do humor e da cognição em seus usuários.

19
Indivíduos que usam LSD tendem a ter alucinações visuais que podem ser

1
02
assustadoras. (DSM V)

/2
11
8/
Gabarito: Errado

-2
om
77. CESPE - 2019 - TJ-AM - Rogério, servidor público, foi encaminhado pelo

l.c
ai
setor de recursos humanos ao serviço médico da instituição onde
tm
ho
trabalha após seus colegas estranharem seu comportamento nas duas
@

últimas semanas. Ao ser indagado pelo profissional competente,


es

Rogério disse ter visto, em dada ocasião, seu chefe espioná-lo no


m
go

trabalho e, nos últimos dias, afirma tê-lo visto do outro lado da rua de
ah

sua residência, sempre na hora que ele sai para trabalhar. Rogério
a.
-s

afirma, ainda, ter feito uso de alguns medicamentos dos quais


2
-1

desconhece a composição e a nomenclatura.


84
.3
11

Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.


.4
90
-0

A hipótese de uso abusivo da substância fenciclidina, que não causa alucinação,


os

deverá ser descartada do quadro clínico de delírio persecutório.


nt
sa
s

Comentário: Fenciclidina é um alucinógeno, podendo causar alucinação.


do

As fenciclidinas (ou substâncias semelhantes) incluem a fenciclidina (p. ex.


es
m

"pó de anjo") e compostos menos potentes, mas de ação semelhante, como


go

quetamina. Essas substâncias foram desenvolvidas inicialmente como anestésicos


ra
sa

dissociativos nos anos de 1950. Elas produzem sensação de separação da mente e


do corpo (por isso são "dissociativas") em pequenas doses e, em doses elevadas,
podem resultar em estupor e coma. Normalmente são fumadas ou administradas
via oral, mas também podem ser cheiradas ou injetadas. Os efeitos alucinógenos
em indivíduos vulneráveis podem durar semanas e precipitar um episódio psicótico
persistente que lembra esquizofrenia. (DSM V)

Resposta: ERRADO

| 345
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

78. CESPE - 2019 - TJ-AM - Um servidor público de 30 anos de idade entrou


com pedido de licença médica por apresentar certa sintomatologia. Ao
ser examinado pelo profissional competente, ficou por um tempo sem
conseguir responder aos questionamentos (o que tem acontecido em
algumas situações) e, logo depois, afirmou ter medo e ansiedade
marcantes ao sair de casa sozinho, decorrentes de pensamentos
delirantes, além de ter, constantemente, emoções negativas, inclusive

06
raiva de si mesmo por não conseguir controlar esses sintomas.

4:
:3
Considerando esse caso clínico, julgue o item subsecutivo.

19
Sintomas de mutismo seletivo, como os demonstrados pelo servidor, são

1
02
desconsiderados no diagnóstico do transtorno de ansiedade.

/2
11
8/
Comentário: MUTISMO SELETIVO: é um tipo de Transtornos de Ansiedade; há

-2
presença de fracasso consistente para falar em situações sociais nas quais existe

om
expectativa para que se fale (p. ex., na escola), ainda que o indivíduo fale em outras

l.c
ai
situações. tm
ho
O fracasso para falar acarreta consequências significativas em contextos
@

acadêmicos ou profissionais ou interfere em outros aspectos na comunicação social


es

normal.
m
go

Um dos critérios diagnósticos desse transtorno aponta que a duração


ah

mínima da perturbação é de um mês (não limitada ao primeiro mês de escola). (DSM


a.
-s

V)
2
-1
84

Resposta: ERRADO
.3
11
.4

79. CESPE - 2019 - TJ-AM - Um servidor público de 30 anos de idade entrou


90
-0

com pedido de licença médica por apresentar certa sintomatologia. Ao


os

ser examinado pelo profissional competente, ficou por um tempo sem


nt
sa

conseguir responder aos questionamentos (o que tem acontecido em


s

algumas situações) e, logo depois, afirmou ter medo e ansiedade


do

marcantes ao sair de casa sozinho, decorrentes de pensamentos


es
m

delirantes, além de ter, constantemente, emoções negativas, inclusive


go

raiva de si mesmo por não conseguir controlar esses sintomas.


ra
sa

Considerando esse caso clínico, julgue o item subsecutivo.

Como o servidor alega sentir medo e ansiedade ao sair de casa sozinho,


descarta-se o diagnóstico de agorafobia.
Comentário: Não se descarta o diagnóstico de agorafobia.

AGORAFOBIA: é um tipo de Transtornos de Ansiedade; pessoas são apreensivas e


ansiosas acerca de duas ou mais destas situações:
- Usar transporte público;
- Estar em espaços abertos;

| 346
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Estar em lugares fechados;


- Ficar em uma fila ou estar no meio de uma multidão;
- Sair de casa sozinho.

O indivíduo teme essas situações devido aos pensamentos de que pode ser difícil
escapar, ou de que pode não haver auxílio disponível caso desenvolva sintomas do
tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores. (DSM V)

06
4:
:3
Resposta: ERRADO

19
1
02
80. CESPE - 2019 - TJ-AM - Um servidor público de 30 anos de idade entrou

/2
11
com pedido de licença médica por apresentar certa sintomatologia. Ao

8/
ser examinado pelo profissional competente, ficou por um tempo sem

-2
conseguir responder aos questionamentos (o que tem acontecido em

om
algumas situações) e, logo depois, afirmou ter medo e ansiedade

l.c
ai
marcantes ao sair de casa sozinho, decorrentes de pensamentos
tm
ho
delirantes, além de ter, constantemente, emoções negativas, inclusive
@

raiva de si mesmo por não conseguir controlar esses sintomas.


es

Considerando esse caso clínico, julgue o item subsecutivo.


m
go
ah

No caso relatado, por se tratar de pessoa do sexo masculino, há maior


a.
-s

prevalência do transtorno de ansiedade generalizada do que se fosse uma


2
-1

pessoa do sexo feminino.


84
.3
11

Comentário: A maioria dos Transtorno de Ansiedade ocorre com mais frequência em


.4

indivíduos do sexo feminino do que no masculino.


90
-0

Indivíduos do sexo feminino têm duas vezes mais probabilidade do que os


os

do masculino de experimentar transtorno de ansiedade generalizada. (DSM V)


nt
sa
s

Resposta: ERRADO
do
es
m

81. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de


go

Transtornos Mentais (DSM-5), entre os critérios diagnósticos do


ra
sa

transtorno de pânico, encontra-se a presença de ataques de pânico


A) intensos e contínuos.
B) moderados e previsíveis.
C) graduais e lentos.
D) recorrentes e inesperados.
E) fortes e prolongados

Comentário: frequência varia; é recorrente, não contínuo; (medo ou desconforto é


intenso; pode haver ataques esperados, mas o que caracteriza o transtorno são os

| 347
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

ataques inesperados; alcança um pico em minutos; as crises duram, em geral 15


minutos, raramente mais de uma hora.

TRANSTORNO DE PÂNICO = se refere a ataques de pânico INESPERADOS (ou seja,


para o qual não existe um indício ou desencadeante óbvio, parecendo vir do nada)
e RECORRENTES (ou seja, mais de um ataque de pânico).

06
ATAQUES DE PÂNICO = é um surto abrupto de medo ou desconforto intenso que

4:
:3
alcança um pico em minutos, acompanhados de sintomas físicos e/ou cognitivos.

19
1
02
Gabarito: D

/2
11
8/
82. FCC - 2019 - METRÔ-SP - O transtorno de estresse agudo é distinto do

-2
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) porque seu padrão

om
sintomático, depois da exposição ao evento traumático, é restrito à

l.c
ai
duração de tm
ho
A) cinco dias a sete semanas.
@

B) dois dias a dois meses.


es

C) três dias a um mês.


m
go

D) um dia a dois meses.


ah

E) quatro dias a seis semanas.


a.
-s
2
-1

Comentário: A diferença do transtorno de estresse agudo para o TEPT é a


84

duração. Nesse caso, a duração da perturbação é de 3 dias a 1 mês, após a


.3
11

exposição ao evento traumático. Ou seja, se > de 1 mês = TEPT.


.4
90
-0

TRANSTORNOS RELACIONADOS A TRAUMA E A ESTRESSORES – DSM V:


os
nt

Transtorno de apego reativo


sa
s
do

Transtorno de interação social desinibida


es
m
go

Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)


ra
sa

Transtorno de estresse agudo

Transtornos de adaptação.

Outro Transt. Relacionado a Trauma e a Estressores Especificado

Outro Transt. Relacionado a Trauma e a Estressores não Especificado

Gabarito: C

| 348
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

83. FCC - 2018 – ALESE (Assembleia Legislativa de Sergipe) - Fábio, psicólogo,


iniciou a psicoterapia de Carlos, um adulto jovem que em idade escolar
havia realizado um psicodiagnóstico, por causa de uma suspeita de que
era portador de uma Deficiência Intelectual (Transtorno do
Desenvolvimento Intelectual). O rapaz não tinha mais o relatório
psicológico e informava que naquela ocasião o profissional teria

06
identificado nele uma deficiência de gravidade moderada. Fábio

4:
:3
consultou a tabela com os níveis de gravidade para deficiência

19
intelectual presente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

1
02
Mentais (DSM-5) e encontrou que a criança, em idade escolar, no

/2
11
domínio conceitual, apresenta um nível de gravidade Moderada se,

8/
durante todo o desenvolvimento,

-2
om
A)suas habilidades conceituais individuais ficam bastante atrás das dos

l.c
ai
companheiros; ocorre lento progresso na leitura, na escrita, na matemática
tm
ho
e na compreensão do tempo e do dinheiro ao longo dos anos escolares, com
@

limitações marcadas na comparação com os colegas.


es

B)revela alcance limitado de habilidades conceituais, geralmente tendo


m
go

pouca compreensão da linguagem escrita ou de conceitos que envolvam


ah

números, quantidade, tempo e dinheiro, necessitando de cuidadores como


a.
-s

fonte de apoio para a solução de problemas ao longo da vida.


2
-1

C)suas habilidades conceituais costumam envolver mais o mundo físico do


84

que os processos simbólicos; consegue usar objetos de maneira direcionada


.3
11

a metas para o autocuidado, o trabalho e a recreação; pode adquirir algumas


.4

habilidades visuoespaciais, como combinar e classificar, baseadas em


90
-0

características físicas; e os prejuízos motores e espaciais podem impedir o


os

uso funcional dos objetos.


nt
sa

D)apresenta limitação em termos de vocabulário e gramática na linguagem


s

falada, podendo a fala ser composta de palavras ou expressões isoladas,


do

com possível suplementação por meios alternativos, tendo o foco da


es
m

comunicação no aqui e agora dos eventos diários.


go

E)entende discursos e comunicação gestual simples; as relações com


ra
sa

familiares e pessoas conhecidas constituem fonte de prazer e ajuda;


expressa amplamente os próprios desejos e emoções pela comunicação não
verbal e não simbólica, entretanto, a ocorrência concomitante de prejuízos
sensoriais e físicos pode impedir muitas atividades sociais.

Comentário: DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (Transtorno do Desenvolvimento


Intelectual) – está dentro dos Transtornos do Neurodesenvolvimento e
consiste em “déficits em capacidades mentais genéricas, como raciocínio,
solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo,
aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência.”

| 349
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

O diagnóstico se baseia tanto no déficit de funções intelectuais, como


em funções adaptativas, sendo consideradas questões como independência
do sujeito e responsabilidade social. (DSM V)
Os níveis de gravidade variam entre: leve; moderada; grave;
profunda. Em cada nível são avaliados os domínios conceitual, social e
prático.

06
Letra “a” = Gravidade Moderada; Letra “b” = Gravidade Grave; Letra “c” =

4:
:3
Gravidade profunda; Letra “d” = Gravidade Grave; Letra “e” = Gravidade

19
profunda.

1
02
/2
11
Gabarito: A

8/
-2
84. FCC - 2019 - TJ-MARANHÃO - De acordo com o DSM 5, o transtorno

om
disruptivo da desregulação do humor

l.c
ai
A) tem seu início no período da adolescência. tm
ho
B) se apresenta com prevalência em crianças do sexo feminino.
@

C) está associado a uma evidente perturbação na família e às relações com


es

os pares
m
go

D) tem como característica a irritabilidade, que se apresenta em episódios


ah

isolados.
a.
-s

E) apresenta taxas de comorbidade baixas, predominando os sintomas


2
-1

isolados
84
.3
11

Comentário: O início do transtorno disruptivo da regulação do humor deve


.4

ser antes dos 10 anos, e o diagnóstico não deve ser aplicado a crianças com
90
-0

menos de 6 anos. O uso do diagnóstico deve ser restringido a faixas etárias


os

similares àquelas em que a validade foi estabelecida (7 a 18 anos). (DSM V)


nt
sa

Predomina no sexo masculino. (DSM V)


s

A irritabilidade crônica grave está associada à marcada perturbação


do

na família da criança e nas relações com os pares, bem como no


es
m

desempenho escolar. (DSM V)


go

Irritabilidade persistente e episódios frequentes de descontrole


ra
sa

comportamental extremo. (DSM V)


As taxas de comorbidade no transtorno disruptivo da desregulação
do humor são extremamente altas. A maior sobreposição é com o transtorno
de oposição desafiante. (DSM V)

Gabarito: C

85. FCC - 2019 - TJ-MA - De acordo com os critérios do DSM 5, será


considerado transtorno do estresse pós-traumático no adulto,

| 350
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

adolescente ou criança acima de 6 anos de idade quando

A) a lembrança do evento não aconteça de modo involuntário ou intrusivo.


B)for exposto repetidamente a qualquer evento traumático midiático.
C) as alterações da cognição e do humor não forem observadas.
D) os sintomas se manifestarem até pelo menos seis meses após o trauma.
E) for submetido a uma ou mais situações traumáticas.

06
4:
:3
Comentário: Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do

19
evento traumático. (DSM V)

1
02
Uma das formas de exposição é ser exposto de forma repetida ou extrema a

/2
11
detalhes aversivos do evento traumático (ex. policiais repetidamente expostos a

8/
detalhes de abuso infantil). Mas, tal critério não se aplica à exposição por meio de

-2
mídia eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal exposição seja

om
relacionada ao trabalho. (DSM V)

l.c
ai
Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento
tm
ho
traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento. (DSM V)
@

Os sintomas, normalmente, manifestam-se dentro dos 3 primeiros meses


es

após o trauma, mas pode haver atraso de meses, e até anos, nessa manifestação
m
go

dos sintomas (expressão tardia).


ah
a.
-s

Gabarito: E
2
-1
84

86. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019-2020) A criança com Transtorno de


.3
11

Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresenta dificuldades para


.4

sustentar a atenção durante um tempo mais prolongado; a dificuldade


90
-0

também está presente ao selecionar a informação relevante em cada


os

problema, de forma a estruturar e realizar uma tarefa. O TDAH é uma


nt
sa

síndrome neurocomportamental com sintomas que podem ser


s

classificados em quais categorias?


do
es
m

A) Desatenção, hiperatividade e impulsividade.


go

B) Delírios, alucinações e discurso desorganizado.


ra
sa

C) Distraibilidade, agitação psicomotora e humor deprimido.


D) Aumento da autoestima, elação, logorreia, heteroagressividade e
irritabilidade.

Comentário: Subtipos de TDAH: Desatento; hiperativo/impulsivo; combinado


-Desatenção = divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de
manter o foco e desorganização; envolve incapacidade de permanecer em uma
tarefa, aparência de não ouvir (...).

| 351
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Hiperatividade-impulsividade = implicam atividade excessiva, inquietação,


incapacidade de permanecer sentado, intromissão em atividades de outros e
incapacidade de aguardar. (...) (DSM V)

ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICOTICOS - Os


transtornos que compõem essa categoria são caracterizados por anormalidades em
um ou mais nestes cinco domínios:

06
- Delírios

4:
:3
- Alucinações

19
- Pensamento (discurso) desorganizado

1
02
- Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo

/2
11
catatonia) e

8/
- Sintomas negativos (DSM V)

-2
om
Distraibilidade, agitação psicomotora, Autoestima inflada ou grandiosidade; Mais

l.c
ai
loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando = comuns em quadros de
tm
ho
Mania. (DSM V)
@

Base da síndrome maníaca: sintomas de euforia, alegria exarcebada, elação,


es

grandiosidade ou irritabilidade marcante, desproporcionais aos fatos da vida e


m
go

distintos do estado comum de alegria ou entusiasmo. (Dalgalarrondo, 2019)


ah
a.
-s

Gabarito: A
2
-1
84

87. (PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE - 2020 -Instituto AOCP)


.3
11

Uma mãe de 41 anos procura atendimento para a filha de 15 anos.


.4

Queixa-se de que a filha estaria começando a se vestir como um grupo do


90
-0

colégio, com roupas de banda de rock e que pintou o cabelo de azul como
os

as amigas. Na perspectiva do relato da mãe, a mudança foi grande, pois


nt
sa

tem questionado a opinião materna para diversos assuntos, mas ainda a


s

obedece nas responsabilidades, apesar de reclamar em ter de participar


do

de atividades que até um ano atrás gostava, tal como aula de balé. Tem
es
m

solicitado aulas de guitarra e, muitas vezes, prefere ir nas atividades de


go

lazer com os amigos – quando possível – do que com os parentes dos pais.
ra
sa

Por essa primeira descrição do caso, na perspectiva da


psicanálise, a filha tem apresentado características de

(A) transtorno de hiperatividade.


(B) síndrome normal da adolescência.
(C) transtorno de conduta.
(D) transtorno invasivo do desenvolvimento.
(E) síndrome de Rett

Comentário: - A. Aberastury & M. Knobel (Orgs.), Adolescência normal:

| 352
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Adolescência como um período normal = "síndrome normal da


adolescência". Essa aparente contradição da proposta (síndrome =
transtorno, porém normal) é proposital, já que considera como normais os
transtornos, os conflitos e comportamentos atípicos.
Entenderam os autores que o adolescente configura essa maneira
peculiar de se conduzir "normalmente", em virtude de um processo de
elaboração de "lutos": luto pelo corpo infantil, pela identidade infantil e

06
pelos pais protetores da infância. Foram descritas dez características que

4:
:3
são sintomas comuns nesse período da vida: 1) busca de uma nova

19
identidade (self); 2) tendências grupais; 3) intensa vida de fantasia; 4) crises

1
02
religiosas; 5) atemporalidade ou destemporalidade; 6) evolução sexual - do

/2
11
autoerotismo para a heterossexualidade genital; 7) atitudes sociais

8/
reivindicatórias; 8) conduta direcionada mais pela ação do que pelo

-2
pensamento; 9) separação progressiva dos pais; 10) variações do estado de

om
ânimo.

l.c
ai
(VIZZOTTO, Marília Martins. A psicologia e a psiquiatria perdem um de
tm
ho
seus maiores expoentes: uma homenagem ao Dr. Mauricio Knobel. Estud.
@

psicol. (Campinas), Campinas, v. 25, n. 1, p. 151-155, Mar. 2008)


es
m
go

Gabarito: B
ah
a.
-s

88. (PC/ES - Instituto AOCP -2019) Para ser estabelecida uma parafilia, está
2
-1

implícito o reconhecimento daquilo que é convencional


84

(estatisticamente normal) para, em seguida, detectar-se o que estaria


.3
11

"ao lado" desse convencional. Sobre parafilias, assinale a alternativa


.4

correta.
90
-0

(A) De acordo com a nova classificação do DSM-V, as pessoas com interesses


os

sexuais
nt
sa

atípicos apresentam esse tipo de transtorno mental.


s

(B) Considera-se parafilia todo comportamento que não seja o sexo


do

convencional,
es
m

heterossexual, coital, monogâmico e que não tenha finalidade procriativa.


go

(C) Constitui-se como um dos critérios para transtorno mental a prática de


ra
sa

comportamento sexual atípico consensual.


(D) A expressão da sexualidade tem contornos específicos de cada época e
cultura, por isso as parafilias representam um desafio constante para que
sejam conceituadas em transtorno mental, saúde e doença.
(E) Embora bastante avaliadas e exploradas, não há intervenções possíveis
ou um bom prognóstico

Comentário: Parafilias = qualquer interesse sexual intenso e persistente que difira


da estimulação genital ou das carícias preliminares com parceiros humanos que
constem e que tenham maturidade física. (Dalgalarrondo,2019)

| 353
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Transtorno parafílico = é uma parafilia que está causando sofrimento ou


prejuízo ao indivíduo, ou cuja satisfação implica dano ou risco de dano pessoal a
outros. Ou quando não há consentimento do outro na realização do
comportamento sexual. Uma parafilia é condição necessária, mas não suficiente,
para que se tenha um transtorno parafílico. Exemplos: Transtorno exibicionista
(expor os genitais); Transtorno do masoquismo sexual; Transtorno pedofílico (DSM
V; Dalgalarrondo,2019).

06
4:
:3
Gabarito: D

19
1
02
89. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) De

/2
11
acordo com Paulo Dalgalarrondo (2019), é correto afirmar que as

8/
funções psíquicas no exame do estado mental do paciente mais afetadas

-2
nos transtornos psico-orgânicos são

om
l.c
ai
a) atenção / orientação / memória / inteligência / linguagem.
tm
ho
b) vivência do eu / pensamento / afetividade / vontade / atenção.
@

c) afetividade / vontade / psicomotricidade / personalidade / memória.


es

d) sensopercepção / pensamento / juízo de realidade / alterações do Self /


m
go

orientação
ah
a.
-s

Comentário:
2
-1
84
.3
11
.4
90
-0
os
nt
sa
s
do
es
m
go
ra
sa

Gabarito: A

90. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia)


Algumas síndromes e reações depressivas surgem frequentemente após
perdas significativas: de uma pessoa muito querida, emprego, moradia,

| 354
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

status socioeconômico ou algo puramente simbólico. Apesar de muitas


vezes ser desencadeada por perdas, a depressão não é o mesmo que o
sentimento de luto (DALGALARRONDO, 2019). Considerando o exposto
acima, é correto afirmar que o luto intenso é caracterizado por

a) tristeza e desânimo pouco oscilantes ao longo dos dias.


b) ruminações autocríticas e pessimistas abrangentes, não apenas

06
relacionadas a uma perda.

4:
:3
c) humor deprimido constante que abrange mais que as perdas; humor que

19
não melhora com o passar do tempo.

1
02
d) tristeza muito relacionada à experiência da perda, que tende a diminuir

/2
11
com o passar das semanas e dos meses (duração muito variável, de semanas

8/
a vários meses, eventualmente a anos).

-2
om
Comentário: As letras A, B e C se referem à depressão, não ao luto intenso.

l.c
ai
tm
ho
Diferenças entre luto intenso e depressão
@
es

ASPECTOS DIFERENCIAIS LUTO INTENSO DEPRESSÃO


m
go
ah

Humor/tristeza TRISTEZA MUITO Humor deprimido constante


a.

experimentados e sua RELACIONADA À EXPERIÊNCIA que abrange mais que as


-s

evolução DA PERDA, QUE TENDE A perdas; humor que não


2
-1

DIMINUIR COM O PASSAR DAS melhora com o passar do


84

SEMANAS E MESES (DURAÇÃO tempo (duração variável, mas a


.3
11

MUITO VARIÁVEL, DE SEMANAS média dos episódios fica em


.4

A VÁRIOS MESES, torno de quatro meses).


90

EVENTUALMENTE ANOS).
-0
os
nt
sa

Padrão temporal Tristeza ocorre “em ondas” Tristeza e desânimo oscilam


s

(“dores do luto”), associada a menos ao longo dos dias (com


do

lembranças da pessoa perdida. exceção da depressão atípica).


es
m
go
ra
sa

Conteúdo do pensamento Tristeza e angústia mais Ruminações autocríticas e


centradas em pensamentos pessimistas abrangentes, não
relacionados à pessoa perdida. apenas relacionadas a uma
perda.

| 355
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Psicopatologia

Pensamento típico “Por que não disse à pessoa “Nada na vida vale a pena, eu
que perdi o quanto a amava, não sirvo para nada, sou um
por que não convivi mais com peso para as pessoas.”
ela?”

Fantasias relacionadas a “Gostaria de morrer para me “Quero morrer para não sofrer
pensamentos suicidas juntar à pessoa perdida, para mais”, ou “quero morrer pois

06
revê-la.” não mereço mais viver, não

4:
darei mais trabalho a meus

:3
19
familiares”

1
02
/2
11
(Dalgalarrondo, 2019)

8/
-2
om
Gabarito: D

l.c
ai
tm
91. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Paulo
ho

Dalgalarrondo (2019) afirma que há no processo diagnóstico uma


@
es

relação dialética permanente entre o particular, individual (aquele


m

paciente específico, aquela pessoa em especial), e o geral, universal


go
ah

(categoria diagnóstica à qual essa pessoa pertence). Os diagnósticos são


a.

ideias (construtos), fundamentais para o trabalho clínico e para o


-s

conhecimento científico. Considerando o diagnóstico em


2
-1

psicopatologia, preencha corretamente as lacunas.


84
.3
11

A _____________________ de um procedimento diagnóstico (técnica de entrevista


.4
90

padronizada, escala, teste, diferentes entrevistadores, etc.) diz respeito a sua


-0

capacidade de produzir, em relação a um mesmo indivíduo ou para pacientes de um


os
nt

mesmo grupo diagnóstico, em circunstâncias diversas, o mesmo diagnóstico.


sa

A _____________________ diz respeito à capacidade de um procedimento


s
do

diagnóstico conseguir captar, identificar ou medir aquilo que realmente se propõe


es

a reconhecer.
m
go

A _____________________ de um novo procedimento diagnóstico está relacionada


ra

a sua capacidade de detectar com acurácia os casos verdadeiros incluídos na


sa

categoria diagnóstica que se visa identificar.


Já a _____________________ do procedimento refere-se à capacidade de
identificar verdadeiros “não casos” em relação à categoria diagnóstica que se
pesquisa.

A sequência que preenche corretamente as lacunas é


a) identificação / avaliação / terapêutica / prevenção
b) fidedignidade / precisão / cientificidade / propedêutica

| 356
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

c) confiabilidade / validade / sensibilidade / especificidade


d) dimensionalidade / observação / sintomatologia / intervenção

Comentário: - Confiabilidade (reliability) de um procedimento diagnóstico (técnica


de entrevista padronizada, escala, teste, diferentes entrevistadores, etc.):
“capacidade de produzir, em relação a um mesmo indivíduo ou para pacientes de
um mesmo grupo diagnóstico, em circunstâncias diversas, o mesmo diagnóstico.”

06
“Ao mudar diferentes aspectos do processo de avaliação (avaliador ou momento de

4:
:3
avaliação), o resultado final permanece o mesmo.”

19
1
- Validade (validity): “capacidade de um procedimento diagnóstico conseguir

02
/2
captar, identificar ou medir aquilo que realmente se propõe a reconhecer.” “A

11
validade também se refere à capacidade de o diagnóstico prever a evolução do caso,

8/
-2
a resposta a tratamentos específicos e o desfecho final do transtorno

om
diagnosticado.”

l.c
- Sensibilidade de um procedimento diagnóstico: “capacidade de detectar com
ai
tm
acurácia os casos verdadeiros incluídos na categoria diagnóstica que se visa
ho

identificar.”
@
es

- Especificidade do procedimento: “capacidade de identificar verdadeiros “não


m
go

casos” em relação à categoria diagnóstica que se pesquisa.”


ah
a.
-s

Por exemplo, um procedimento com alta sensibilidade identifica quase


2
-1

todos os casos, mas pode falhar reconhecendo erroneamente um não caso (falso
84
.3

positivo). (Dalgalarrondo, 2019)


11

“O ideal de um procedimento diagnóstico é que ele seja confiável


.4
90

(reprodutível), válido (o mais próximo possível da “verdade” diagnóstica) e com alta


-0

sensibilidade e especificidade.” (Dalgalarrondo, 2019)


os
nt
sa

Gabarito: C
s
do
es

92. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A


m

técnica e a habilidade em realizar entrevistas são atributos


go
ra

fundamentais e insubstituíveis do profissional de saúde em geral e da


sa

saúde mental em particular. A respeito da entrevista com o paciente no


contexto da saúde mental, avalie o que se afirma.

I. O momento da entrevista inicial não é o ideal para se observar a comunicação


não verbal.
II. Na primeira entrevista, o profissional deve inicialmente colher os dados
sociodemográficos básicos.

| 357
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

III. Na entrevista inicial da avaliação psicopatológica, realiza-se a anamnese, ou


seja, o recolhimento de todos os dados necessários para um diagnóstico
pluridimensional do paciente.
IV. O profissional que realiza entrevista deve, sempre que possível, manter-se
com posturas rígidas e atitudes neutras, buscando realizar muitas anotações
que ajudarão na organização do plano terapêutico.
V. A boa condução de uma entrevista varia muito em função do paciente, de sua

06
personalidade, de seu estado mental; do contexto institucional; dos objetivos da

4:
:3
entrevista e da personalidade do entrevistador.

19
1
02
Está correto apenas o que se afirma em

/2
11
8/
a) I, II e IV. b) I, III e V. c) II, III e V. d) III, IV e V.

-2
om
Comentário: “Logo no início, o olhar e, com ele, toda a comunicação não

l.c
ai
verbal já têm sua importância: é o centro da comunicação, que inclui toda a
tm
ho
carga emocional do ver e ser visto, do gesto, da postura, das vestimentas, do
@

modo de sorrir ou expressar sofrimento.” (Dalgalarrondo, 2019)


es

Na primeira entrevista, o profissional deve inicialmente colher os dados


m
go

sociodemográficos básicos, como nome, idade, data de nascimento, estado


ah

civil, com quem reside, profissão, etc. (Dalgalarrondo, 2019)


a.
-s

“Na entrevista inicial, realiza-se a anamnese, ou seja, o recolhimento de


2
-1

todos os dados necessários para um diagnóstico pluridimensional do paciente,


84

o que inclui os dados sociodemográficos, a queixa ou o problema principal e a


.3
11

história dessa queixa, os antecedentes mórbidos somáticos e psíquicos


.4

pessoais, da pessoa. A anamnese contém, ainda, os hábitos e o uso de


90
-0

substâncias químicas, os antecedentes mórbidos familiares, a história de vida


os

do indivíduo, englobando as várias etapas do desenvolvimento somático,


nt
sa

neurológico, psicológico e psicossocial, e, por fim, a avaliação das interações


s

familiares e sociais do paciente.”


do

Na entrevista, deve o profissional, sempre que possível, EVITAR, entre outros


es
m

aspectos: Posturas rígidas, estereotipadas, fórmulas que o profissional acha que


go

funcionaram bem com alguns pacientes e, portanto, devem funcionar com


ra
sa

todos.; Atitude excessivamente neutra ou fria, que, muito frequentemente em


nossa cultura, transmite ao paciente sensação de distância e desprezo. ; Fazer
muitas anotações durante a entrevista, pois, em alguns casos, isso pode
transmitir ao paciente que as anotações são mais importantes que a própria
entrevista. (Dalgalarrondo, 2019)
Uma entrevista bem conduzida varia muito em função: 1.Do paciente, de
sua personalidade, de seu estado mental e emocional no momento, de suas
capacidades cognitivas, etc.; 2.Do contexto institucional da entrevista “(pronto-
socorro, enfermaria, ambulatório, centro de saúde,...).”; 3.Dos objetivos da
entrevista “(diagnóstico clínico; estabelecimento de vínculo terapêutico inicial;

| 358
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

entrevista para psicoterapia ...).”; 4. “Da personalidade do entrevistador. Alguns


profissionais são ótimos entrevistadores, falam muito pouco durante a
entrevista, sendo discretos e introvertidos; outros só conseguem trabalhar bem
e realizar boas entrevistas sendo espontaneamente falantes e extrovertidos.
(Dalgalarrondo, 2019)”

Gabarito: C

06
4:
:3
93. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) O

19
termo “somatização” refere-se ao processo pelo qual um indivíduo

1
02
padece em seu corpo sintomas físicos, que não têm origem exclusiva em

/2
11
uma doença física, mas se relacionam bem mais a dificuldades

8/
psicológicas, psicossociais e interpessoais (DALGALARRONDO, 2019).

-2
A respeito do processo de somatização, informe se é verdadeiro (V) ou

om
falso (F) o que se afirma a seguir.

l.c
ai
( ) É possível que a somatização sirva como meio de comunicação quando a
tm
ho
expressão verbal mais direta está bloqueada.
@

( ) Somatizações são muito frequentes em adultos, principalmente mulheres


es

e idosos, e não possuem incidência em crianças.


m
go

( ) Sintomas comuns nesses quadros são dores difusas, sintomas


ah

gastrintestinais, fadiga, sono ruim e sintomas psicopatológicos


a.
-s

inespecíficos, como ansiedade, depressão e irritabilidade.


2
-1

( ) A somatização pode acontecer na presença de doença física demonstrável


84

(intensificando demasiadamente a apresentação somática), assim como na


.3
11

ausência de qualquer doença ou condição


.4

física.
90
-0
os

A sequência correta é
nt
sa

a) (V); (V); (F); (F).


s

b) (F); (V); (V); (F).


do

c) (F); (F); (F); (V).


es
m

d) (V); (F); (V); (V).


go
ra
sa

Comentário: É provável que a somatização sirva como um meio de comunicação,


quando a expressão verbal mais direta está bloqueada. Bem como, pode
representar forma de expressão do sofrimento, quando não é possível ao sujeito
reconhecer e verbalizar seus sentimentos. (Dalgalarrondo, 2019)
Somatizações são muito frequentes em adultos, principalmente mulheres,
mas também ocorrem em crianças e idosos. (Dalgalarrondo, 2019)
Sintomas comuns em quadros de somatização são: dores difusas (como
cefaleia e dores abdominais), sintomas gastrointestinais (como náuseas e diarreia),
além de fadiga, sono ruim e sintomas psicopatológicos inespecíficos (como
ansiedade, depressão e irritabilidade). (Dalgalarrondo, 2019)

| 359
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

A somatização pode ocorrer na presença de uma doença física demonstrável


(em que há uma intensificação exagerada da apresentação sintomática), bem como
na ausência de qualquer doença ou condição física. (Dalgalarrondo, 2019)

Gabarito: D

94. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Os

06
quadros de somatização podem ser situacionais e transitórios (durante

4:
:3
uma fase difícil da vida) ou estáveis e duradouros, passando a ser um

19
estilo ou um modo de conduzir a vida. A respeito dos quadros

1
02
psicossomáticos, avalie o que se afirma.

/2
11
I. Nos transtornos hipocondríacos não são frequentes alterações comórbidas de

8/
personalidade.

-2
II. Há, atualmente, a tendência de se identificar os processos de somatização

om
com o que se convencionou chamar de “Sintomas Médicos Inexplicados” (SMI).

l.c
ai
III. Os indivíduos hipocondríacos tendem a rejeitar a ideia de que seu sofrimento
tm
ho
seja de origem psicológica ou psicossocial, voltando-se sempre à queixa
@

corporal.
es

IV. Tanto a fibromialgia como a síndrome de fadiga crônica (mas também a


m
go

distimia, os quadros mistos de ansiedade e de depressão e outros transtornos


ah

de somatização) se assemelham à categoria histórica chamada “neurastenia”.


a.
-s
2
-1

Está correto apenas o que se afirma em


84
.3
11

a) I e III. b) II e IV. c) I, III e IV. d) II, III e IV.


.4
90
-0

Comentário: “Nos transtornos hipocondríacos, são frequentes alterações


os

comórbidas de personalidade: 40 a 70% das pessoas com transtorno


nt
sa

hipocondríaco têm algum TP, geralmente os da personalidade paranoide (19%),


s

evitativa (18%) e obsessivo-compulsiva (14%).” (Dalgalarrondo, 2019)


do

“Há, atualmente, a tendência a se identificar os processos de somatização


es
m

com o que se convencionou chamar de “sintomas médicos inexplicados” (SMIs).


go

Tais sintomas são comuns na atenção primária e sobrecarregam tanto os


ra
sa

pacientes como os profissionais da saúde.” (Dalgalarrondo, 2019)


“Os indivíduos com quadros hipocondríacos e somatizações tendem a
rejeitar a ideia de que seu sofrimento seja de origem psicológica ou psicossocial,
voltando-se sempre à queixa corporal.” (Dalgalarrondo, 2019)
“Tanto a fibromialgia como a síndrome da fadiga crônica (mas também a
distimia, os quadros mistos de ansiedade e depressão e outros transtornos de
somatização) se assemelham à categoria histórica chamada “neurastenia”.”
“A neurastenia já foi uma categoria muito utilizada por clínicos e pelo
público leigo. Atualmente, está em relativo desuso e tende a ser substituída

| 360
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

pelos conceitos de síndrome da fadiga crônica, distimia, fibromialgia, entre


outros.” (Dalgalarrondo, 2019)

Gabarito: D

95. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) O


estado depressivo muito grave no qual o paciente permanece dias na

06
cama ou sentado, em estado de catalepsia, com negativismo que se

4:
:3
exprime pela ausência de respostas às solicitações ambientais,

19
geralmente em estado de mutismo, recusando alimentação, às vezes

1
02
urinando no leito, podendo desidratar e vir a falecer por complicações

/2
11
clínicas, é chamado corretamente de

8/
-2
A depressão atípica.

om
B depressão psicótica.

l.c
ai
C depressão tipo melancólica ou endógena. tm
ho
D estupor depressivo ou depressão com catatonia.
@
es

Comentário: Depressão atípica = Além de reatividade do humor aumentada


m
go

(melhora rapidamente com eventos positivos e piora rapidamente com eventos


ah

negativos), o indivíduo pode apresentar os seguintes sintomas: – Aumento do


a.
-s

apetite ou ganho de peso; – Aumento do sono; – Sensação do corpo, braços ou


2
-1

pernas muito pesados; - Sensibilidade exacerbada à rejeição interpessoal, às vexes


84

a indicativos mínimos e subjetivos de possível rejeição. (Dalgalarrondo, 2019)


.3
11
.4

Depressão psicótica = ocorrem associados aos sintomas depressivos, um ou mais


90
-0

sintomas psicóticos, como delírio e/ou alucinação. São frequentes delírios de ruína
os

ou culpa, delírio hipocondríaco ou de negação de órgãos, ou alucinações com


nt
sa

conteúdo depressivos e de “punição merecida” (“vou morrer e sofrer, pois


s

mereço”). (Dalgalarrondo, 2019)


do
es
m

Depressão tipo melancólica ou endógena = A pessoa deve apresentar perda de


go

prazer ou incapacidade de sentir prazer (anedonia) ou falta de falta de reatividade


ra
sa

a estímulos em geral prazerosos. Além disso, pode haver também:


- Humor depressivo característico com prostração profunda.
- Lentificação psicomotora, demora em responder às perguntas, ou agitação
psicomotora.
- Ideias ou sentimento de culpa excessivos e/ou inadequados.
– Perda do apetite e/ou de peso corporal
- Depressão pior pela manhã, que pode melhorar um pouco ao longo do dia.
(Dalgalarrondo, 2019)

Estupor depressivo ou depressão com catatonia = estado depressivo grave, em que

| 361
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

a pessoa permanece dias na cama ou sentado, em estado de catalepsia (imóvel; em


geral rígido), com negativismo que se exprime pela ausência de respostas às
solicitações ambientais, geralmente em estado de mutismo, recusando
alimentação. O paciente pode, nesse estado, desidratar e vir a falecer por
complicações clínicas. (Dalgalarrondo, 2019)

Gabarito: D

06
4:
:3
96. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia)

19
Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-11), os

1
02
transtornos devidos ao uso de álcool expressam um padrão de

/2
11
consequências negativas decorrentes do uso da substância, inclusive

8/
intoxicação alcoólica, uso perigoso, dependência, síndrome de

-2
abstinência e transtornos mentais induzidos pelo álcool.

om
l.c
ai
Preencha corretamente as lacunas. tm
ho
@

O ____________________ é uma forma grave de síndrome de abstinência do álcool,


es

em que ocorrem, além dos sintomas clássicos do delirium, intensas manifestações


m
go

autonômicas, ilusões e alucinações visuais e táteis marcantes, principalmente com


ah

insetos e pequenos animais (zoopsias). A ____________________ pode ocorrer


a.
-s

durante a síndrome de abstinência ou em períodos independentes dela, com o


2
-1

indivíduo sóbrio ou alcoolizado. Caracteriza-se por alucinações audioverbais de


84

vozes que tipicamente falam do paciente na terceira pessoa ou o humilham e o


.3
11

desprezam. A chamada ____________________ caracteriza-se por uma resposta


.4

paradoxal, intensa, à ingestão de pequena quantidade de álcool.


90
-0
os

A sequência que preenche corretamente as lacunas é


nt
sa
s

A delirium tremens / alucinose alcoólica / embriaguez patológica


do

B transtorno aditivo / alucinação moderada / abstinência alcoólica


es
m

C transtorno induzido por substâncias / intoxicação alcoólica / dependência


go

alcoólica
ra
sa

D transtorno por uso ou devido ao álcool / alucinação perceptiva / síndrome de


abstinência da substância

Comentário: Delirium tremens = forma grave de síndrome de abstinência ao álcool,


em que ocorrem, além dos sintomas clássicos do delirium (rebaixamento do nível
de consciência, alteração da atenção, confusão mental, desorientação
temporoespacial, flutuação dos sintomas ao longo do dia), intensas manifestações
autonômicas (como tremores, febre, sudorese profusa, etc.), ilusões e alucinações
visuais e táteis marcantes, principalmente com insetos e pequenos animais
(zoopsias). (Dalgalarrondo, 2019)

| 362
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Alucinose alcoólica = pode ocorrer durante a síndrome de abstinência, bem


como em períodos independentes dela, estando o indivíduo sóbrio ou alcoolizado.
Caracteriza- se por alucinações audioverbais de vozes que, tipicamente, falam do
paciente na terceira pessoa (“O João é mesmo um sem-vergonha, um frouxo”, etc.)
ou humilhando-o e desprezando-o. (Dalgalarrondo, 2019)
Embriaguez patológica = desperta controvérsias conceituais e não é aceita
por todos. Caracteriza-se por uma resposta paradoxal, intensa, à ingestão de

06
pequena quantidade de álcool. O paciente pode tornar-se muito excitado, violento,

4:
:3
às vezes paranoide e mesmo homicida (“fúria alcoólica”). Tal agitação surge de

19
forma inexplicável, dura várias horas, é seguida de exaustão e termina comumente

1
02
com sono profundo e amnésia posterior em relação ao evento. (Dalgalarrondo,

/2
11
2019)

8/
-2
Gabarito: A

om
l.c
ai
97. (Aeronáutica – 2020 – 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) No
tm
ho
contexto clínico, psicólogos têm recebido com frequência pacientes com
@

suspeita de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). O


es

TDAH é um transtorno neurodesenvolvimental caracterizado pela


m
go

presença de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade em


ah

grau inconsistente com o nível de desenvolvimento, impactando no


a.
-s

funcionamento social, acadêmico e/ ou profissional. Informe se é


2
-1

verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir sobre o TDAH.


84
.3
11

() O diagnóstico do TDAH é essencialmente clínico.


.4
90
-0

( ) Pesquisas recentes têm enfatizado cada vez mais a homogeneidade do perfil


os

dos pacientes com TDAH, tanto na apresentação dos sintomas, quanto no perfil
nt
sa

neuropatológico.
s
do

( ) Para diagnosticar o TDAH, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico


es
m

de Transtornos Mentais (DSM-5), os sintomas devem estar presentes em dois ou


go

mais ambientes.
ra
sa

( ) Com base no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-


5), o diagnóstico do TDAH é feito quando vários dos sintomas estiverem
presentes até os oito anos de idade.

A sequência correta é
a) (V); (F); (V); (F).
b) (V); (V); (F); (F).
c) (F); (F); (V); (V).
d) (F); (V); (F); (V).

| 363
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: “O diagnóstico de TDAH é essencialmente clínico (Canadian Attention


Deficit Hyperactivity Disorder Resource Alliance [CADDRA], 2011).”
“Pesquisas recentes têm enfatizado cada vez mais a heterogeneidade
do perfil dos pacientes com TDAH. Essa heterogeneidade está presente tanto na
apresentação dos sintomas quanto no perfil neuropsicológico. Alguns indivíduos
com o diagnóstico podem, inclusive, não apresentar nenhum déficit cognitivo nos
testes psicológicos disponíveis. Por isso, para a realização do diagnóstico, devemos

06
ter como foco principal a entrevista clínica e a avaliação dos sintomas.” (SIMON,

4:
:3
HC; RUSCHEL, BD; MARCELI, TC; SILVA, KJ Psicodiagnóstico, 2016.)

19
Manifestações do transtorno precisam estar presentes em mais de um

1
02
ambiente (por exemplo, em casa e na escola, no trabalho). (DSM V)

/2
11
O diagnóstico é feito quando:

8/
- estiverem presentes seis ou mais sintomas de desatenção e/ou

-2
hiperatividade-impulsividade por seis meses ou mais (para adultos, cinco sintomas

om
são necessários em vez de seis);

l.c
ai
- vários dos sintomas estiverem presentes antes dos 12 anos de idade; (DSM
tm
ho
V) (SIMON, HC; RUSCHEL, BD; MARCELI, TC; SILVA, KJ Psicodiagnóstico, 2016.)
@
es

Gabarito: A
m
go
ah

98. Instituto AOCP – ITEP RN – 2018 - Quanto ao termo Parafilia, considerando as


a.
-s

alterações realizadas e apresentando síntese das definições, é possível


2
-1

relacionar o ato de “Tocar ou esfregar-se em uma pessoa sem seu


84

consentimento” como definição de


.3
11
.4

(A) frotteurismo.
90
-0

(B) pedofilia.
os

(C) exibicionismo.
nt
sa

(D) fetichismo.
s

(E) sadismo sexual.


do
es
m

Comentário: pedofilia = foco sexual em crianças; exibicionismo = expor os genitais;


go

fetichismo = usar objetos inanimados ou ter um foco altamente específico em partes


ra
sa

não genitais do corpo; sadismo sexual = infligir humilhação, submissão ou


sofrimento. (DSM V)

Gabarito: A

99. CESPE – HUB – 2018 - Texto Associado: Juliano, de trinta anos de idade, analista
de sistemas, foi levado ao hospital pela mãe, que relatou que, havia dois dias, o
filho tinha deixado de comer, tomar banho e sair de casa. No atendimento,
Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer porque eles deram um jeito de
colocar veneno de rato na minha comida. Eles querem se livrar de mim porque

| 364
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã tenho uma reunião para


resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da minha mãe”. Após as
observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano sempre foi um filho
tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a primeira vez que
fica esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza substâncias
ilícitas, medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de condição
médica geral.

06
A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de

4:
:3
Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um

19
psiquiatra e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e

1
02
realizar acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu

/2
11
orientações. Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque

8/
apresentou melhora do quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu

-2
indicação para realizar acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.

om
Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e

l.c
ai
estatístico dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das
tm
ho
doenças, julgue o próximo item.
@
es

É correto afirmar que, para fins diagnósticos, foi essencial considerar a


m
go

duração do episódio da perturbação na avaliação psicológica e psiquiátrica


ah

inicial.
a.
-s
2
-1

Comentário: No transt. Esquizofreniforme, os sintomas são equivalentes aos da


84

Esquizofrenia, sendo que a diferença está na duração e no fato de que há ausência


.3
11

de exigência de declínio funcional.


.4
90
-0

Transtorno Delirante • Duração: > 1 mês


os
nt
sa

Transtorno psicótico breve • Duração: > 1 dia e < 1 mês


s
do
es

Transtorno
• Duração: > 1 mês e < 6 meses
m
go

Esquizofreniforme
ra
sa

Esquizofrenia • Duração: > 6 meses

Gabarito: Correto

100. CESPE – HUB – 2018 - No que se refere às síndromes relacionadas


ao comportamento alimentar e às abordagens psicológicas adequadas a
esses casos, julgue o item que se segue.
O comportamento alimentar é um fenômeno complexo que envolve a
dimensão fisiológica, nutritiva, psicodinâmica, afetiva e relacional.

| 365
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Comentário: “O comportamento alimentar, apesar de sua aparente banalidade na


vida cotidiana, é um fenômeno humano complexo e de importância central.
Segundo Bernard e Trouvé (1976), o comportamento alimentar inclui algumas
dimensões complementares:
– Dimensão fisiológico-nutritiva. Relaciona-se a aspectos metabólicos,
endócrinos e neuronais (...);

06
– Dimensão psicodinâmica e afetiva. Aqui, a fome e a alimentação vinculam-

4:
:3
se à satisfação e ao prazer oral. O prazer alimentar oral tem, segundo a psicanálise,

19
uma conotação nitidamente libidinal.

1
02
- Dimensão relacional. No desenvolvimento da criança, a boca é o mediador

/2
11
da primeira relação interpessoal; a relação mãe-bebê. (...)” (Dalgalarrondo, 2008)

8/
Atenção! Na edição de 2019 da referência, Dalgalarrondo fala nas seguintes

-2
dimensões: fisiológico-nutritiva; relacional e afetiva; social e cultural.

om
l.c
ai
Gabarito: Correto tm
ho
@

101. CESPE – HUB – 2018 - No que se refere às síndromes relacionadas


es

ao comportamento alimentar e às abordagens psicológicas adequadas a


m
go

esses casos, julgue o item que se segue.


ah

Do ponto de vista psicopatológico, a anorexia nervosa é caracterizada


a.
-s

pela perda de peso autoinduzida, com distorção da imagem corporal.


2
-1
84

Comentário: “A anorexia nervosa tem três características essenciais:


.3
11

-restrição persistente da ingesta calórica;


.4

-medo intenso de ganhar peso ou de engordar ou comportamento persistente que


90
-0

interfere no ganho de peso; e


os

-perturbação na percepção do próprio peso ou da própria forma.” (DSM V)


nt
sa
s

A anorexia nervosa se caracteriza pela presença de peso muito baixo em


do

relação à altura, devido à restrição de ingestão calórica em relação às necessidades,


es
m

o que leva a perda de peso autoinduzida. (Dalgalarrondo, 2019)


go
ra
sa

Gabarito: Correto

102. CESPE - 2019 - TJ-AM - Um servidor público de 30 anos de idade entrou


com pedido de licença médica por apresentar certa sintomatologia. Ao ser
examinado pelo profissional competente, ficou por um tempo sem conseguir
responder aos questionamentos (o que tem acontecido em algumas situações)
e, logo depois, afirmou ter medo e ansiedade marcantes ao sair de casa sozinho,
decorrentes de pensamentos delirantes, além de ter, constantemente,
emoções negativas, inclusive raiva de si mesmo por não conseguir controlar
esses sintomas.

| 366
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

Considerando esse caso clínico, julgue o item subsecutivo.


No caso em análise, o medo e a esquiva decorrentes de pensamentos
delirantes excluem o diagnóstico de transtorno de ansiedade.

Comentário: Transtornos de Ansiedade: transtornos que compartilham aspectos


de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados.
Quando o medo e a esquiva são devidos a pensamento delirante (como na

06
esquizofrenia ou outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outros

4:
:3
transtornos psicóticos), um diagnóstico de fobia específica NÃO é justificado. (DSM

19
V)

1
02
/2
11
Gabarito: Correto

8/
-2
103. CESPE – 2020 – HUB - No que se refere aos transtornos

om
alimentares, julgue o item a seguir.

l.c
ai
tm
ho
O transtorno alimentar denominado pica caracteriza-se pela ingestão de
@

substâncias não alimentares, frequentemente comparecendo antes dos 2 anos.


es
m
go

Comentário: PICA: Ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas, não


ah

alimentares, de forma persistente, durante um período mínimo de um mês.


a.
-s

As substâncias típicas ingeridas tendem a variar com a


2
-1

idade e a disponibilidade. Exemplo de substâncias: papel, sabão, tecido, cabelo,


84

fios, terra, giz, entre outras.


.3
11

Ingestão de substâncias não nutritivas é inapropriada ao estágio de


.4

desenvolvimento e não faz parte de uma prática culturalmente aceita.


90
-0

Sugere-se uma IDADE MÍNIMA DE 2 ANOS para o diagnóstico, de modo a


os

excluir a exploração de objetos com a boca que acabam por ser ingeridos, normal
nt
sa

no desenvolvimento das crianças pequenas. (DSM V)


s
do

Gabarito: Errado
es
m
go

CESPE – 2020 – HUB - No que se refere aos transtornos


ra

104.
sa

alimentares, julgue o item a seguir.


Os fatores psicossociais desempenham papel preponderante na
etiologia dos transtornos alimentares.

Comentário: Transtornos alimentares: caracterizados por perturbação


persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que
resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete
significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial. (DSM V)

| 367
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

O comportamento alimentar é um fenômeno humano complexo e de


importância central nas sociedades humanas e na experiência subjetiva das
pessoas. O comportamento alimentar inclui algumas dimensões básicas:
– Dimensão fisiológico-nutritiva.
– Dimensão relacional e afetiva.
- Dimensão social e cultural. (Dalgalarrondo, 2019)

06
Gabarito: Certo

4:
:3
19
105. CESPE – 2020 – HUB - No que se refere aos transtornos

1
02
alimentares, julgue o item a seguir.

/2
11
8/
A pica pode ser diagnosticada junto com outros transtornos alimentares.

-2
om
Comentário: Os critérios diagnósticos para transtorno de ruminação, transtorno

l.c
ai
alimentar restritivo/evitativo, anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de
tm
ho
compulsão alimentar resultam em um esquema de classificação que é mutuamente
@

excludente. Ou seja, durante um único episódio, apenas um desses diagnósticos


es

pode ser atribuído.


m
go

Exceção: Um diagnóstico de pica pode ser atribuído na presença de qualquer


ah

outro transtorno alimentar. (DSM V)


a.
-s
2
-1

Gabarito: Certo
84
.3
11

106. FGV – 2019 – DPE RJ - Os programas de acolhimento familiar são


.4

preferenciais ao acolhimento institucional, sobretudo quando se trata


90
-0

de crianças em sua primeira infância.


os
nt
sa

O DSM-V descreve o Transtorno de Apego Reativo, no qual se identifica:


s
do

A surgimento de sintomas de perturbação de vínculo a partir do ingresso no


es
m

ambiente escolar;
go

B etiologia multifatorial com predisposição genética potencializada pela carência


ra
sa

de cuidados perinatais;
C vivência de mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades de
formar vínculos estáveis;
D localização no espectro de transtorno autista sem etiologia definida;
E discrição reduzida ou ausente em abordar e interagir com adultos desconhecidos.

Comentário: “A. Um padrão consistente de comportamento inibido e


emocionalmente retraído em relação ao cuidador adulto, manifestado por dois
aspectos:

| 368
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Psicopatologia

1. A criança rara ou minimamente busca conforto quando aflita.

2. A criança rara ou minimamente responde a medidas de conforto quando aflita.

B. Perturbação social e emocional persistente caracterizada por pelo menos dois


dos seguintes aspectos:

06
1. Responsividade social e emocional mínima a outras pessoas.

4:
:3
19
2. Afeto positivo limitado.

1
02
/2
11
3. Episódios de irritabilidade, tristeza ou temor inexplicados, evidentes até mesmo

8/
durante interações não ameaçadoras com cuidadores adultos.

-2
om
C. A criança vivenciou um padrão de extremos de cuidado insuficiente evidenciado

l.c
ai
por pelo menos um dos seguintes aspectos: tm
ho
@

1. Negligência ou privação social na forma de ausência persistente do atendimento


es

às necessidades emocionais básicas de conforto, estimulação e afeição por parte de


m
go

cuidadores adultos.
ah
a.
-s

2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades de formar


2
-1

vínculos estáveis (p. ex., trocas frequentes de lares adotivos temporários).


84
.3
11

3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente oportunidades de


.4

formar vínculos seletivos (p. ex., instituições com alta proporção de crianças por
90
-0

cuidador).
os
nt

D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela perturbação


sa
s

comportamental do Critério A (p. ex., as perturbações do Critério A iniciam após a


do

ausência de cuidado adequado do Critério C).


es
m
go

E. NÃO são preenchidos os critérios para transtorno do espectro autista.


ra
sa

F. A perturbação é evidente ANTES dos 5 anos de idade.

G. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.”

A característica “discrição reduzida ou ausente em abordar e interagir com adultos


desconhecidos” está ligada ao Transtorno de Interação Social Desinibida.

Gabarito: C

| 369
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Psicopatologia

107. FGV – MPE AL – 2018 - O Dia Mundial da Conscientização do


Autismo, transtorno que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro, é
celebrado no dia 02 de abril.

Sobre os critérios essenciais para o diagnóstico desse transtorno, presentes nas


suas diferentes formas de manifestação, analise os itens a seguir.

06
I. Altas habilidades e inteligência acima da média.

4:
:3
19
II. Padrões restritos e repetitivos de comportamento.

1
02
/2
11
III. Déficits na comunicação e na interação social.

8/
-2
IV. Surgimento dos sintomas na primeira infância

om
l.c
ai
Está correto o que se afirma em tm
ho
@

A II e III, apenas.
es

B III e IV, apenas.


m
go

C I, III e IV, apenas.


ah

D II, III e IV, apenas.


a.
-s

E I, II, III e IV.


2
-1
84

Comentário: DSM V: Transtorno do Espectro Autista: As características essenciais do


.3
11

transtorno do espectro autista são prejuízo persistente na comunicação social


.4

recíproca e na interação social (Critério A) e padrões restritos e repetitivos de


90
-0

comportamento, interesses ou atividades (Critério B). Esses sintomas estão


os

presentes desde o início da infância e limitam ou prejudicam o funcionamento


nt
sa

diário (Critérios C e D).


s
do

Em suma, o TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) é caracterizado por:


es
m

Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos


go

contextos.
ra
sa

- Déficits na reciprocidade socioemocional;


- Déficits em comportamentos não verbais de comunicação usados para
interação social; como anormalidade no contato visual.
- Déficits em habilidades para desenvolver, manter e compreender
relacionamentos, como a ausência de interesse por pares.

Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.


- Exemplos: adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados; sofrimento
extremo em relação a pequenas mudanças.

| 370
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Psicopatologia

- Pode haver Hiper ou Hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse


incomum por aspectos sensoriais do ambiente (p. ex., indiferença aparente a
dor/temperatura, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação visual por
luzes ou movimento)

Gabarito: D

06
108. FGV – MPE BA – 2017 - A mãe de Leo, 8 anos, foi chamada na escola.

4:
:3
O menino recusa-se a fazer as tarefas, anda pela sala de aula

19
atrapalhando os colegas, afronta os professores e insultou a diretora ao

1
02
ser punido com a perda do recreio. Quando é surpreendido em alguma

/2
11
falta, Leo reage com raiva e culpa as outras crianças. A mãe de Leo

8/
relatou que em casa ele resiste a limites e enfrenta sua autoridade.

-2
om
Pode-se reconhecer no quadro apresentado por Leo características do:

l.c
ai
tm
ho
A distúrbio desafiador e de oposição;
@

B transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade;


es

C transtorno de Personalidade Antissocial;


m
go

D distúrbio de Estresse Agudo;


ah

E transtorno de Personalidade Borderline.


a.
-s
2
-1

Comentário: TRANSTORNO DE OPOSIÇÃO DESAFIANTE (TOD) - Padrão frequente e


84

persistente de:
.3
11

-humor raivoso/irritável;
.4

-comportamento questionador/desafiante ou de índole vingativa.


90
-0
os

A calma é frequentemente perdida, sujeitos são muito sensíveis ou facilmente


nt
sa

incomodados e se apresentam comumente raivosos ou ressentidos. Frequente


s

questionamento de figuras de autoridade (como pais, professores), além de recusa


do

a obedecer a regras ou pedido de tais figuras e atitude desafiadora dirigida a tais


es
m

pessoas.
go
ra
sa

Comportamentos devem estar presentes pelo menos uma vez por semana, por pelo
menos seis meses. Os critérios são distribuídos de maneira mais uniforme entre as
emoções (raiva e irritação) e os comportamentos (questionamento e desafio). (DSM
V)

Gabarito: A

109. Vunesp - Prefeitura de Itapevi - SP -2019- Estudos demonstram


que a administração criteriosa dos novos medicamentos antipsicóticos

| 371
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Psicopatologia

é altamente eficaz para o manejo dos sintomas positivos da


esquizofrenia porque
A
elimina as perturbações que tipicamente afetam a qualidade das relações
interpessoais desses pacientes.
B
extingue totalmente os efeitos colaterais que normalmente decorrem do uso de

06
medicamentos nesses casos.

4:
:3
C

19
torna dispensável a indicação de outras técnicas para intervenção e

1
02
acompanhamento desses pacientes.

/2
11
D

8/
suprime as dificuldades de adesão desses pacientes aos tratamentos propostos

-2
pelo médico.

om
E

l.c
ai
aumenta a acessibilidade desses pacientes a todas as outras formas de intervenções
tm
ho
terapêuticas.
@
es

Comentário: SINTOMAS POSITIVOS: São manifestações novas, não se tratando de


m
go

ausências ou de déficits, como os sintomas negativos. Delírios e alucinações são


ah

exemplos.
a.
-s

SINTOMAS NEGATIVOS: caracterizados pela perda de certas funções


2
-1

psíquicas em esferas como a vontade, o pensamento, a linguagem, entre outras.


84

Exemplos: empobrecimento da linguagem, distanciamento social. (Dalgalarrondo,


.3
11

2019)
.4

“Os sintomas negativos e as relações interpessoais transtornadas são,


90
-0

contudo, muito menos afetados pelos medicamentos” (Gabbard, “Psiquiatria


os

psicodinâmica na prática clínica”)


nt
sa

Antipsicóticos atípicos têm eficácia parecida com a dos antipsicóticos


s

convencionais. Porém, o perfil de efeitos colaterais é, com frequência, mais


do

benigno. (Gabbard, “Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica”)


es
m

A não adesão ao medicamento é um problema recorrente, e deve ser


go

considerada uma questão do tratamento. (Gabbard, “Psiquiatria psicodinâmica na


ra
sa

prática clínica”)
“Estudos controlados bem-delineados demonstram de maneira abundante
que os medicamentos antipsicóticos são altamente eficazes no manejo de sintomas
positivos de esquizofrenia. A acessibilidade do paciente esquizofrênico a todas as
outras formas de intervenção terapêutica são bastante melhorada pelo emprego
criterioso dos antipsicóticos.” (Gabbard, “Psiquiatria psicodinâmica na prática
clínica”)
Gabarito: E

| 372
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Psicopatologia

110. Vunesp - Prefeitura de Cananéia- SP -2020- Os pacientes com


transtorno de personalidade borderline frequentemente se sentem
expostos e desvalorizados ao extremo pelos outros, o que faz com que
sintam vergonha acentuada. Essa tendência a se sentirem
envergonhados está relacionada
A à raiva, à elevada impulsividade e à baixa autoestima características desse tipo de
paciente.

06
B ao controle exacerbado de impulsos, que mobiliza uma atitude de extrema

4:
:3
reserva nos relacionamentos.

19
C a uma integração rígida da personalidade, que acentua a autocrítica e o

1
02
julgamento moral.

/2
11
D a um senso crítico severo, que leva a uma dissociação fundamental entre afetos

8/
positivos e negativos.

-2
E ao caráter regressivo de seu comportamento, que é compensado por sentimentos

om
de autonomia.

l.c
ai
tm
ho
Comentário: TPB: instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos
@

afetos e impulsividade acentuada. “A raiva é geralmente provocada quando um


es

cuidador ou companheiro é visto como negligente, contido, despreocupado ou


m
go

como alguém que abandona. Tais expressões de raiva costumam ser seguidas de
ah

vergonha e culpa, contribuindo para o sentimento de ter sido mau.” (DSM V)


a.
-s

“As pesquisas mostraram que os pacientes borderline experienciam uma


2
-1

grande quantidade de vergonha, acompanhada por um sentimento de estarem


84

sendo expostos e desvalorizados de forma aguda (Rüsch et al., 2007). Essa


.3
11

propensão à vergonha está relacionada à raiva, à alta impulsividade e à baixa


.4

autoestima.” (Psiquiatria Psicodinâmica na prática clínica. Gabbard) (Correta A)


90
-0

Não há controle exacerbado de impulsos, o que há é impulsividade


os

acentuada. (Errada B)
nt
sa

Não há integração rígida da personalidade. Na verdade, é marcada por


s

perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem


do

ou da percepção de si mesmo. (DSM V) (Errada C)


es
m

Não há senso crítico severo, e sim “Dificuldades intensas no


go

desenvolvimento de um senso estável de identidade e de disfunção interpessoal


ra
sa

crônica.” (...) “dificuldades em integrar visões positivas e negativas do self e do


outro, levando a uma dissociação fundamental entre os afetos segregados que são
positivos, por um lado, e os que são negativos, por outro. Essa difusão da identidade
é acompanhada por uma dissociação de objetos em figuras totalmente más ou
totalmente boas.” (Psiquiatria Psicodinâmica na prática clínica. Gabbard) (Errada D)
Não caracterizado por sentimentos de autonomia. Caracterizado por
esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado. (DSM V) (Errada E)

Gabarito: A

| 373
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

111. Vunesp - Prefeitura de Cananéia- SP -2020- Atualmente, o


comportamento autolesivo tem sido identificado com elevada
frequência entre os adolescentes. Com relação a essa manifestação, os
estudos recentes demonstram que a autolesão
A é um sintoma exclusivo do transtorno de personalidade borderline.
B indica uma intenção clara e inegável de tendência suicida.
C geralmente sinaliza um forte desejo de viver e não de morrer.

06
D indica um traço característico da adolescência na contemporaneidade.

4:
:3
E constitui um dos sinais clássicos do transtorno de estresse pós-traumático.

19
Comentário: Um dos modelos explicativos dos comportamentos

1
02
autolesivos entende que é o “modelo anti suicídio”, segundo o qual os adolescentes

/2
11
que realizam comportamentos autolesivos não procuram morrer, mas sim o retorno

8/
a um estado de normalidade, sendo uma forma de apaziguar conflitos internos

-2
(Favazza, 1990). (JORGE, Joana Calejo; QUEIROS, Otília; SARAIVA, Joana.

om
Descodificação dos comportamentos autolesivos sem intenção suicida: Estudo

l.c
ai
qualitativo das funções e significados na adolescência. Aná. Psicológica, Lisboa,
tm
ho
2015 )
@

Não é um sintoma EXCLUSIVO do transtorno de personalidade borderline.


es

Não indica uma intenção CLARA E INEGÁVEL de tendência suicida. Não indica um
m
go

TRAÇO CARACTERÍSTICO da adolescência na contemporaneidade. Não constitui um


ah

dos sinais clássicos do transtorno de estresse pós-traumático.


a.
-s
2
-1

Gabarito: C
84
.3
11

112. Vunesp - EBSERH -2020- Um psicólogo atende um paciente em


.4

situação de internação hospitalar para dependência por abuso de


90
-0

heroína. O paciente relata que está tomando metadona e está abstinente


os

de heroína há 3 meses. Essa condição caracteriza um quadro de remissão


nt
sa

em
s

A condição antagonista.
do

B nível incipiente.
es
m

C condição controlada.
go

D nível sustentado.
ra
sa

E ambiente protegido.

Comentário: REMISSÃO = retorno ao estado normal tão logo acaba o episódio


agudo. (Dalgalarrondo, 2019)

Especificadores:
- Em remissão inicial: nenhum dos critérios para transtorno por foi
preenchido durante um período mínimo de três meses, porém inferior a 12 meses.
- Remissão sustentada: nenhum dos critérios foi satisfeito em qualquer
momento durante um período igual ou superior a 12 meses.

| 374
Professora Gabi Becalli
Psicopatologia

- Ambiente protegido= indivíduo se encontra em um ambiente no qual o


acesso a substância é restrito. Exemplos desses ambientes incluem prisões
rigorosamente vigiadas e livres de substâncias, comunidades terapêuticas ou
unidades hospitalares fechadas. (DSM V)

- Em terapia de manutenção: indivíduo usando medicamento agonista


prescrito, como metadona ou buprenorfina, e nenhum dos critérios para transtorno

06
por uso de opioides foi satisfeito para essa classe de medicamento (exceto

4:
:3
tolerância ou abstinência do agonista). (DSM V)

19
- Agonista = fármaco que, através de sua ligação a seu receptor, favorece a

1
02
conformação ativa deste receptor.

/2
11
- Antagonista = fármaco que impede a ativação do receptor pelo agonista.

8/
-2
Gabarito: E

om
l.c
ai
tm Bons estudos, pessoal!
ho
Professora Gabi Becalli
@
es
m
go

Referências:
ah
a.

Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais / Paulo


-s

Dalgalarrondo. –3. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019.


2
-1
84
.3

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico e


11

estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.


.4
90
-0

Gabbard; “Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica”. Porto Alegre: Artmed,


os

2016.
nt
sa
s
do

ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos: teoria, técnica e clínica. Porto Alegre,


es

Artmed, 1999.
m
go
ra
sa

| 375

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