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Administração Pública
PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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Comercial - Compartilha Igual 3.0 Brasil, podendo a OBRA ser remixada, adaptada e servir
para criação de obras derivadas, desde que com fins não comerciais, que seja atribuído
crédito ao autor e que as obras derivadas sejam licenciadas sob a mesma licença.
1a edição – 2009
2a edição – 2012
CDU: 65
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – CAPES
PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
DENISE DE CAMARGO
2020
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
DESENVOLVIMENTO DE Editoração
RECURSOS DIDÁTICOS Claudia Michelle Wu Low Aurichio
Universidade Federal
de Santa Catarina Revisão Textual
Lucas Vebber
METODOLOGIA PARA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Revisão Técnica
Universidade Federal de Mato Grosso Fabíola Caldeira de Medeiros Rocha
Ilustrações
EQUIPE TÉCNICA – UFSC Adaptadas de @katemangostar
<a href=”https://www.freepik.
Coordenação do Projeto com/katemangostar”> Vetores
Alexandre Marino Costa criados por katemangostar
- www.freepik.com</a>
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 7
RESUMINDO 52
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 54
Motivação 57
Percepção 75
Aprendizagem 84
RESUMINDO 100
Liderança 104
5
O Grupo na Organização 124
RESUMINDO 140
REFERÊNCIAS 146
MINICURRÍCULO 153
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APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Prezado estudante! Você está em dia as organizações enfrentam
iniciando a disciplina Psicologia um ambiente dinâmico e precisam
Organizacional, que integra o curso acompanhar esse novo cenário.
de Graduação em Administração
Pública na modalidade a distância, Não seria exagero afirmar que a
no âmbito do Sistema Universidade mobilização das pessoas é funda-
Aberta do Brasil (UAB), e tem como mental para promover mudança.
objetivo: “Nada acontece sem as pessoas”,
é o que se fala diariamente nas
»» apresentar o campo de ação da organizações. Até porque estas,
Psicologia Organizacional; embora tenham propriedades
físicas, como edifícios, escritórios
»» explicar as contribuições da e equipamentos, são agregados de
Psicologia ao estudo das pessoas pessoas que trabalham (ROBBINS,
no contexto das organizações; 1999). As ações organizacionais são
ações de indivíduos combinados, e
»» evidenciar os principais conceitos podem ser dinâmicas e promotoras
e teorias que compõem a de mudanças ou repetitivas e meras
disciplina; mantenedoras da situação atual.
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Por outro lado, quando Unidades, tratando de temas atuais:
pedimos aos trabalhadores que Unidade 1 – Introdução ao Estudo
também descrevam os problemas da Psicologia Organizacional.
que enfrentam no desenvolvimento Nesta Unidade você é convidado a
do seu trabalho, as respostas, conhecer o campo de ação da disci-
igualmente, incluem questões de plina, onde e como ela surgiu e para
interação pessoal e satisfação no onde caminha. A intenção é que você
trabalho. Eles falam da falta de forme uma visão global e, ao mesmo
autonomia para tomar decisões, tempo, identifique os momentos
da falta de reconhecimento do seu importantes na construção da
trabalho e muitas vezes se queixam Psicologia Organizacional.
do comportamento autoritário dos
gestores. Tanto os administradores Unidade 2 – O Indivíduo na
como os trabalhadores falam, cada Organização. Aqui você terá acesso
um do seu lugar, da importância das a alguns conceitos da Psicologia
relações entre pessoas para bom tais como: motivação, percepção
desempenho da organização. e aprendizagem; conceitos esses
que contribuem para melhorar a
Esta disciplina, Psicologia compreensão do comportamento
Organizacional, tratará de temas das pessoas no contexto das
que ajudarão você a compreender organizações.
melhor as relações entre as pessoas
no contexto das organizações. Em Unidade 3 – O Grupo na
um cenário de tantas mudanças Organização. Dentro deste tema
no mundo do trabalho, os adminis- iremos apresentar as principais
tradores passam cada vez mais a teorias sobre liderança; o conceito
admitir a importância das pessoas de socialização e estudos que
no sucesso de qualquer empre- ajudam na compreensão das rela-
endimento; e buscam responder ções entre as pessoas nos grupos;
questões do tipo: estudos sobre equipe de trabalho;
e uma introdução aos paradigmas
» Como conciliar os objetivos contemporâneos de resolução de
da organização com o desen- conflitos.
volvimento humano dos
trabalhadores? Agora que você já tem mais
claro o que iremos tratar nesta disci-
» Como alcançar meus objetivos e, plina, Psicologia Organizacional, e
ao mesmo tempo, ser útil à orga- sua importância na sua formação
nização em que trabalho? acadêmica e profissional, mãos à
obra e bons estudos!
Nesse sentido, organizamos
seu percurso na disciplina em três Professora Denise de Camargo
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DA
PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
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Caro estudante!
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As organizações precisam acelerar os
ajustes para a nova tecnologia, a nova
concorrência, as novas regulamentações
e reivindicações trabalhistas e tantas
outras mudanças dos cenários público e
privado. Os gerentes necessitam trabalhar
de modo rápido e inteligente e também
distanciar-se do ritmo acelerado, adotando
postura reflexiva para análises constantes
dos cenários dos mercados local e global.
ORIGEM DA PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
A Psicologia Organizacional é • planejar os métodos de trabalho
um campo de estudo e intervenção para aumentar a eficiência;
sobre o trabalho e as organizações
que visa analisar as múltiplas rela- • selecionar os melhores trabalha-
ções entre as pessoas, os grupos e dores e treiná-los para que se
as organizações* com a finalidade adaptem aos novos métodos; e
de contribuir para a promoção de
um ambiente saudável e produtivo. • desenvolver um clima de coope-
(ZANELLI; BORGES; BASTOS, 2004) ração entre os encarregados
(gerentes) e trabalhadores, e
A Psicologia Organizacional estimular a cooperação entre a
surge no final do século XIX influen- administração e trabalhadores,
ciada pela procura de racionalização criando assim um ambiente
do trabalho no processo de fabri- melhor de trabalho.
cação no setor industrial. O marco
é o trabalho de Frederick Winslow A Psicologia, para atender aos obje-
Taylor (1980), pioneiro da adminis- tivos da administração científica,
tração científica, que estabeleceu passou a ser utilizada como ferra-
critérios para o planejamento na menta para análise do trabalho com
situação do trabalho com o objetivo o objetivo de descobrir o melhor
de aumentar a produção. modo de fazer as coisas e, a partir
daí, planejar os métodos de trabalho,
Taylor julgou resolver de selecionar e treinar os trabalhadores.
forma definitiva os problemas de A análise do trabalho, também
produção. Sua suposição era que se
o trabalhador desempenhasse corre-
tamente suas funções a empresa
teria mais lucros. Para aumentar a ORGANIZAÇÃO − é a coordenação
planejada das atividades de uma
eficiência no trabalho e, consequen- série de pessoas para a consecu-
temente, os lucros, ele formulou os ção de algum propósito ou objetivo
comum, explícito, por meio da
seguintes princípios: divisão de trabalho e função e por
meio de uma hierarquia de auto-
ridade e responsabilidade. Fonte:
Schein (1982, p. 12).
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Juntamente com Walter Dill Scott foi considerado um dos principais fundadores da psicologia apli-
cada ao ambiente de trabalho. Münsterberg estava interessado na seleção de funcionários e no uso
de novos testes psicológicos. Ele propôs a psicologia na indústria, porque ela auxilia a seleção de
homens mais capacitados para o trabalho, com condições mais favoráveis ao aumento da produção.
Fonte: Portal Educação (2012).
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Na tentativa de recriar em
laboratório as situações cotidianas
do trabalho, essa psicologia seguia os
princípios da pesquisa experimental,
ou seja, decompor, controlar variá-
veis e predizer comportamentos.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
IMPACTOS NA
SUBJETIVIDADE DAS
PESSOAS QUE TRABALHAM
NO MODO DE GESTÃO
TAYLORISTA:
qualidade de vida e saúde mental
Nesse modo de gestão, o seguida, durante todo o dia. Depois,
trabalhador é considerado, no dizer cada um de nós sai do lugar de
de Guerreiro Ramos (1984), um trabalho com essa fadiga acumu-
“ser reativo” que deve ser ajustado lada, transportando-a para casa, e
à tarefa que for a ele designada na acaba por sentir seu efeito de forma
divisão do trabalho. continuada. É estranho: há quatro
anos, eu trabalhava como operário
Veja o diálogo entre um na manutenção de estradas. Nessa
médico e um operário, anotado em época, a gente fazia realmente um
1958 por Guillont: verdadeiro esforço que se fazia
sentir em todos os nossos músculos.
− Seu trabalho é cansativo? – Fiz esse trabalho durante vários
pergunta o médico. anos, mas nunca fui reduzido, como
atualmente, a tais condições. Agora,
− Não faço nenhum esforço, estou estou acabado. Senti os mesmos
na linha de montagem e executo distúrbios em 1953 e em 1954.
apenas 4 ou 5 operações simples. Não desejo tomar medicamentos
Devo somente prestar atenção e agir porque eles não servem para nada.
com rapidez, e é isso exatamente o Limito-me a pedir alguns dias de
que me cansa. Meu mal-estar vem descanso.
exatamente daí: atenção e ritmo.
No começo, a ansiedade, a irritação Fonte: Guillont (apud LIMA, 2006, p.
e a fadiga são sentidas unicamente 220).
nas últimas horas de trabalho. Em
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Os problemas de saúde
Tal modo de gestão significa a ética
física mais comuns desenvolvidos
da obediência, ou seja, a transpo-
sob o modo de gestão taylorista são:
sição para o campo da administração
dos princípios que fundamentam a
• fadiga crônica; hierarquia militar.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
DESENVOLVIMENTO
dos Testes Psicológicos
A psicologia no campo às demandas das escolas é que
da administração surgiu com a Alfred Binet inventa o teste de
pretensão de conhecer as pessoas quociente intelectual, QI. Cria, assim,
para permitir que fossem mais bem o dispositivo para identificar aqueles
administradas. Não surgiu de um que, segundo esse instrumento, a
conhecimento formado na academia reduzida capacidade mental tornaria
para o campo das aplicações, mas incapazes de aprender as lições da
ao contrário. O desenvolvimento da escola regular.
psicologia não partiu do interesse no
normal para o anormal, mas trilhou Atualmente, os psicólogos
o caminho inverso: um conheci- sociais dirigem críticas a esse período
mento da normalidade derivado de de proliferação de instrumentos de
um interesse na anormalidade. Por medida, como os testes e os inven-
exemplo, a idéia de inteligência, foco tários. Argumentam que a psicologia
da psicologia durante quase todo o se moveu, no final do século XIX, da
século XX, surgiu de esforços para tecnologia investigativa do experi-
identificar os indivíduos de reduzida mento para a tecnologia julgadora do
capacidade mental e encaminhá-los teste. Os críticos dos testes revelam
para instituições apropriadas, escolas as ideias que essa prática defende.
ou colônias especiais. O mesmo pode A ideia central é de “cada um em
ser dito dos estudos sobre persona- seu lugar”, talvez relembrando um
lidade e de quase todos os temas da outro: “de cada um de acordo com
disciplina. (ROSE, 2008) suas habilidades”, para “cada um de
acordo com suas necessidades”.
Inicialmente, a psicologia
emergiu para responder demandas
crescentes de que os indivíduos
deveriam ser administrados, ou
distribuídos em regimes particulares, ALFRED BINET (1857-1911) - Nasceu
tarefas ou tratamentos, de acordo em Nice, França. Foi um pedagogo e
psicólogo que ficou conhecido por sua
com suas habilidades – na escola, no contribuição no campo da psicometria,
trabalho, no exército, no sistema de sendo considerado o inventor do pri-
meiro teste de inteligência, a base dos
justiça. atuais testes de QI. Fonte: Muskingum
(2000).
No contexto de responder
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
INÍCIO DO MOVIMENTO DE
RELAÇÕES HUMANAS
Em 1924, na fábrica da Western Eletric Company
em Hawthorne (Chicago/EUA), mostrada na Figura
1, alguns especialistas elaboraram um programa de
pesquisa para estudar a iluminação na produtividade.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
1986)
A pesquisa em Hawthorne,
realizada por Elton Mayo, marcou
o início do movimento de Relações
Humanas. Sobre o que representou
A surpresa foi descobrir que os fatores
para a Administração a mudança de
mais importantes para a produtividade paradigma do foco da produção para
referem-se às relações interpessoais
desenvolvidas no trabalho.
o das relações pessoais nas organi-
zações, Hersey e Blanchard (1986, p.
60) escreveram:
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
As nossas suposições,
crenças ou pressupostos sobre a
natureza humana no trabalho são o comportamento das pessoas, seja
também comunicados pela nossa por medo ou por confusão lógica, de
linguagem corporal, posturas, pela modo que a reação delas acabe por
maneira de dizer e olhar, pela tona- tornar a profecia real.
lidade de voz e de acentuação de
frases. Assim, comunicamos nossas Também, quando esperamos
emoções: se confiamos ou não nas encontrar uma pessoa agradável,
pessoas; se admiramos ou não as nossa maneira de tratá-la pode
pessoas; se aprovamos ou não suas de fato fazer com que ela se torne
ações. Nossas informações sobre o mais agradável. A investigação mais
comportamento terão implicações conhecida sobre o efeito das expec-
no desempenho dessas pessoas. tativas é a de Rosenthal e Jacobson
(1968), que partiram da hipótese de
A nossa opinião sobre as que as pessoas, com frequência, se
pessoas conduz ao fenômeno comportam tal como se espera, e
da profecia autorrealizável, realizaram um estudo com objetivo
isto é, um prognóstico que, ao se de verificar a hipótese de que, em
tornar uma crença, provoca a sua uma sala de aula, aqueles alunos
própria concretização. Quando as os quais o professor espera maior
pessoas esperam ou acreditam que desempenho intelectual mostrarão
algo acontecerá, agem como se a realmente tal desenvolvimento.
profecia ou previsão já fosse real
e assim esta acaba por se realizar A hipótese foi comprovada e
efetivamente. Ou seja, ao ser assu- Rosenthal explicou que o resultado
mida como verdadeira - embora seja deveu-se ao tratamento diferencial
falsa - uma previsão pode influenciar do professor aos alunos que espera
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
NOVOS RUMOS:
a preocupação com a
exclusão de trabalhadores
O acontecimento que marcou a contratar os trabalhadores
os novos rumos da Psicologia apli- respeitando a nova lei contra a discri-
cada ao trabalho foi a aprovação, minação racial, sexual e religiosa e
em 1964, da lei dos Direitos Civis nos das pessoas com deficiências.
Estados Unidos, que tornou ilegal a
discriminação contra as minorias e A preocupação com segre-
teve impacto na maneira como as gação nos EUA só começou depois
organizações contratavam e lidavam da Segunda Guerra Mundial. No Sul
com seus funcionários. do país, a segregação nas escolas,
nos parques públicos, nos restau-
Foi a partir dessa aprovação rantes e ônibus permaneceu intacta
que as organizações passaram até a metade do século XX. Negros
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
A PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
NO BRASIL
No Brasil, a Psicologia aplicada às organizações surgiu num
momento de expansão da indústria e acompanhou o movimento de
uma parcela da burguesia industrial na implantação de processos
administrativos modernos e científicos. As ideias também foram
as da racionalização do trabalho e os princípios da administração
científica de Taylor. Veja como Lourenço Filho, em 1929, escreveu
sobre esse assunto:
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
A RENOVAÇÃO NO
CAMPO DA PSICOLOGIA
DAS ORGANIZAÇÕES
Em face de um conjunto Até então as contribuições da
de transformações — dentre elas Psicologia ficavam restritas a uma
o declínio relativo da economia Psicologia industrial, com sua visão
norte-americana, as alterações nos de homem fragmentado e adaptado
processos de produção, a revo- à tarefa, e a uma Psicologia funcio-
lução tecnológica e a mundialização nalista, na qual o homem era tratado
dos negócios —, as ciências da como um sistema cuja motivação,
Administração, a partir do início da comunicação e liderança deveriam
década de 80, vêm sendo ques- corresponder, em essência, aos
tionadas, principalmente no que fins do sistema organizacional, com
diz respeito à forma de se compre- práticas voltadas a tornar as pessoas
ender o homem nas organizações mais produtivas e mais satisfeitas.
(CHANLAT, 1992).
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
O CAMPO DE AÇÃO
DA PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
A Psicologia Organizacional tem três grandes áreas de preo-
cupações: o trabalho, a organização e a gestão de pessoas.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
PRÁTICAS DA PSICOLOGIA
a preocupação com a
exclusão de trabalhadores
Nas organizações burocráticas/tecnocráticas as ativi-
dades do serviço de psicologia são voltadas principalmente
para o manejo dos recursos humanos. Depois que os servidores
foram recrutados, selecionados e destinados à sua função,
a administração da organização tecnocrática considera que
deve concentrar-se na criação de condições que promovam o
rendimento no trabalho. Para atingir este objetivo as estratégias
utilizadas são os treinamentos e o atendimento de necessidades
dos servidores.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
O Poder Autoritário
O modo de gestão burocrá- gestão da excelência, que não
tico, por sua organização vertical e é, com frequência, mais que um
horizontal, em níveis hierárquicos, discurso, o modo de gestão partici-
tem um efeito multiplicador de pativo parte do princípio de que o
mandos e desmandos; e assim ser humano é uma pessoa respon-
é um ambiente propício para o sável à qual se deve conceder toda
crescimento de conflitos e para o autonomia necessária para a reali-
estabelecimento de um clima de zação da tarefa para, na verdade,
desconfiança entre as unidades/ integrá-la na gestão mais global da
setores e também entre as pessoas. empresa. É assim que se pode, sob
este rótulo, reencontrar as experi-
Qual modo de gestão favorece ências de reestruturação de tarefas
a motivação dos servidores como também as modificações
públicos? técnicas do processo de fabricação
ou ainda as formas de co-gestão
Você já ouviu falar em partici- sindical-patronal.
pação, não é? E o modo de gestão
participativo, sabe o que é? Quais A Gestão Participativa é o
as características dessa forma modelo de administração que tem
de administrar? seu foco na capacitação, desenvol-
vimento, otimização e valorização
São consideradas como do ser humano. É a gestão que
método de gestão participativo procura fazer com que um profis-
todas as experiências de gestão sional se sinta mais do que mera
que fazem com que o pessoal de parte de um processo. Ele deve se
uma organização participe em sentir responsável pela atividade e
diversos níveis. Essa participação por seus resultados.
pode ser tanto na organização
do trabalho quanto nas decisões Como você observou, o
e na distribuição dos resultados. trabalho em condições efetivas de
Exemplos disso são as coopera- participação é, sem dúvida, o mais
tivas e algumas empresas privadas salutar.
dentro do modelo de cooperação.
Quer se trate de reorganização
Como escreveu Chanlat do trabalho, de democratização
(apud DAVEL; VASCONCELLOS, do escritório, do reconhecimento
1996, p. 125): real do saber e da experiência
adquirida, da criação de espaço,
Contrariamente ao método de de palavra, de responsabilização,
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
PRÁTICA DA PSICOLOGIA
NO MODO DE GESTÃO
PARTICIPATIVO
No modo de produção participativo o trabalho em grupo adquire grande
importância. Os estudos em Psicologia Social demonstram que quando os indi-
víduos estão em grupo agem de forma diferente do que quando estão sozinhos.
O seu comportamento é afetado pelo comportamento dos demais no ambiente
de trabalho. No último tema do curso iremos aprofundar os estudos e aplicações
do grupo ou equipe de trabalho nas organizações.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
• na avaliação de desempenho;
• no planejamento do trabalho;
• no trabalho;
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
HABILIDADE − refe-
re-se à capacidade de organizacional. Exemplos de processos de
trabalhar com eficá-
cia como membro de treinamento são: palestras, seminários, cursos,
um grupo, ou seja, diz estágios, programas de atividades monitoradas,
respeito às aptidões
para trabalhar com as dinâmicas de grupo.
pessoas e para obter
resultados por meio
dessas pessoas. Fonte: • EFICÁCIA DE LIDERANÇA E TOMADA DE
Lacombe (2004). DECISÃO: a tomada de decisão caracte-
CONHECIMENTO - riza as ações do dia a dia que dão resultados
conteúdo de valor
agregado do pen- satisfatórios para a organização. Tomar deci-
samento humano, sões depende de análises eficientes da rotina
obtido pela percepção
e manipulação das
profissional. Os diferentes cenários e situa-
informações. Nas orga- ções de conflitos no mundo administrativo e
nizações, encontra-se
não só em documen-
dos negócios não conhecem receitas básicas
tos, em manuais ou na e padronizadas, mas, sim, nos remetem a
mente das pessoas que
nelas trabalham, mas
diagnosticar as melhores soluções e alterna-
também nas rotinas, nos tivas para a decisão. Assim, necessitamos de
processos, nas normas e
práticas organizacionais.
métodos para identificar, definir o problema
Fonte: Lacombe (2004). e gerar alternativas de soluções. Exemplos
de atividades são: os programas de identifi-
cação e desenvolvimento de lideranças e os
treinamentos com foco no conhecimento das
estratégias de tomada de decisão.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
RESUMINDO
Nesta Unidade você ficou sabendo que a Psicologia
Organizacional tem três grandes áreas de preocupações: trabalho,
organização e gestão de pessoas. Ela surge junto com a teoria
da “administração científica”, de Taylor, para auxiliar no planeja-
mento das situações do trabalho com o objetivo de aumentar a
produtividade. Os primeiros trabalhos desenvolvidos pelos psicó-
logos industriais foram as avaliações e seleções de trabalhadores
seguindo o princípio de Taylor, de colocar o homem certo na função
certa. Neste cenário, os psicólogos passaram a aplicar e criar testes
com a finalidade de melhorar a seleção de pessoas para ocupar os
cargos.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Preparamos para você algumas atividades com o objetivo de
recordar o conteúdo que estudou nesta Unidade. Em caso de
dúvida, não hesite em fazer contato com seu tutor.
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
UNIDADE 1
O INDIVÍDUO NA
ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Caro estudante,
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
MOTIVAÇÃO
• DIREÇÃO: escolha de compor-
tamentos específicos entre uma
Mas por que estudar motivação? O série de comportamentos possí-
que ela tem a ver com a formação veis. Por exemplo: um trabalhador
do administrador público? pode decidir ir trabalhar, em vez
de telefonar alegando que está
doente e ficar assistindo televisão.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
A CIÊNCIA E O
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
A Teoria da Hierarquia das de continuar estudando. Também,
necessidades, formulada por nem todas as necessidades são
Abraham Maslow (1987), pressupõe igualmente importantes. Os motivos
que “Se você planeja ser qualquer se diferem em prioridade e força
coisa menos do que aquilo que você relativa, sendo que as necessidades
é capaz, provavelmente você será mais prementes (tais como fome e
infeliz todos os dias de sua vida.”, sede) devem ser satisfeitas antes de
ou seja, todos nós temos muitas o indivíduo voltar sua atenção para
necessidades que competem entre necessidades superiores, tais como a
si para serem satisfeitas (apud autorrealização.
HUFFMAN; VERNOY; VERNOY, 2003).
Por exemplo, neste momento sua Segundo Maslow, dentro de
necessidade de sono pode estar cada ser humano existe uma hierar-
competindo com sua necessidade quia de cinco necessidades. São
elas (HUFFMAN; VERNOY; VERNOY,
2003):
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
AUTORREALIZAÇÃO
ESTIMA
SOCIAIS
PROTEÇÃO
FISIOLÓGICAS
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
A TEORIA X
E A TEORIA Y
Você já conhece a teoria de McGregor. Aqui vamos recordar alguns aspectos
dessa teoria que pode ser uma ferramenta conceitual para problematizar a moti-
vação do comportamento dos servidores no contexto da administração pública.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
TEORIA DOS
DOIS FATORES
Com base na afirmação de Frederick
Herzberg (1968), o comportamento humano no
trabalho é orientado por dois grupos de fatores:
• Salários e Benefícios;
• Tipo de Chefia; e
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Quadro 1
TEORIA DAS
NECESSIDADES
David McClelland (1988) com uma grande necessidade de
identificou fatores nas pessoas que realização. Continuou suas pesquisas
demonstram predisposição para lutar na tradição de Maslow, no entanto
por sucesso. Para ele, os níveis de considerou que as necessidades
desempenho elevado e de sucesso podem ser aprendidas. Com base
dos executivos estão correlacionados na pesquisa que ele realizou em
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
TEORIA DO FLUXO E
TRABALHO QUALIFICADO
Um dos estudos recentes – e que faz sucesso no mundo empresarial – é o de Mihaly
Csikszentmihalyi. Em sua teoria, ele rejeita a tese de que o homem é motivado
pelo acúmulo de riqueza material ou de objetos. Csikszentmihalyi criou a teoria do
“fluxo” (CZSIKSZENTMIHALYI, 1996).
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
TEORIA DAS
CARACTERÍSTICAS
DAS FUNÇÕES
A identificação de fatores de motivação no trabalho foi objeto de pesquisa de
Hackman e Oldham. Eles criaram o chamado modelo das características da função.
Entendemos aqui função como sendo uma atividade específica de cargo assumido
em uma instituição ou o próprio cargo; uma profissão; um ofício.
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
TEORIA
SÓCIO-HISTÓRICA
A Psicologia Sócio-Histórica Para entendermos historica-
está interessada em compreender os mente os motivos do comportamento
motivos das atividades das pessoas humano não nos serve o esquema
concretas. Dirige críticas às teorias homeostático que foi apresentado,
que não consideram a dimensão da na Figura 5, no início desta Unidade.
sociedade e da cultura. Precisamos de outro esquema, ou
seja:
Segundo Martín-Baró (2001),
uma forma concreta de compre- ATIVIDADE NECESSIDADE ATIVIDADE
70
UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Até o presente momento, nesta Unidade 2, apresen-
tamos diversos aspectos relacionados à importância
da motivação no comportamento humano além de
trabalharmos as principais teorias motivacionais.
Agora confira se você teve bom entendimento do que
tratamos realizando as atividades propostas a seguir.
72
UNIDADE 2 – CIÊNCIA, METODOLOGIA
UNIDADE 2 –
EOPESQUISA
INDIVÍDUO
EMNA
ADMINISTRAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
PERCEPÇÃO
Você pode estar se perguntando: considerar que as pessoas são dife-
qual é a relação desse tema com rentes porque percebem o mundo de
as atividades previstas para um forma singular.
Administrador Público?
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
COMO
PERCEBEMOS
No dia a dia, não estamos conscientes dos
processos que determinam nossa percepção.
Raramente paramos para analisar as nossas sensa-
ções e tampouco paramos para interpretá-las. Por
exemplo, você observa se sua sensação de conforto
no momento é correspondente à percepção da visão,
audição ou tato. Sabemos apenas que enxergamos,
ouvimos e respondemos a situações em contextos
significativos, certo?
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
PERCEPÇÃO
E SIGNIFICADO
PESSOAL
Agora que você já sabe que os apud DAVIDOFF, 1983).
objetivos, interesses, expecta-
tivas, emoções, valores, motivação Geralmente observamos os
pessoal e outros estados psico- fatos, as pessoas, os acidentes,
lógicos influenciam o que nós os casos amorosos e as brigas da
percebemos, vamos conhecer mesma forma. Nossa tendência é
algumas pesquisas que problema- darmos ênfase aos aspectos da
tizam essa questão. realidade que estão de acordo com
nossos valores e crenças.
Um estudo clássico que
comprova essa hipótese refere-se Quando observamos pessoas,
à análise dos alunos jovens que tentamos encontrar expli-
percebiam um jogo de futebol. cações do motivo de seus
Foram selecionados dois grupos comportamentos. Nossa
de estudantes de duas escolas da percepção e julgamento das
mesma cidade. Em seguida eles ações de um indivíduo, portanto,
foram colocados para assistir a serão significativamente influen-
um filme de uma partida entre as ciados pelas suposições que
equipes das suas escolas. Foram fazemos sobre o estado de espí-
então convidados a identificar as rito dele (ROBBINS, 1999, p. 62).
faltas e classificar cada uma como
“leve” ou “flagrante”. Os estudantes No nosso dia a dia, na relação
de uma escola viram os jogadores com as pessoas, fazemos suposições
da outra escola fazerem duas sobre o estado emocional, sobre
vezes mais faltas do que os joga- a moral, sobre os pensamentos e
dores de sua escola e classificaram estados internos delas. O julgamento
a maioria delas como “flagrantes”. e a suposição que fazemos sobre
Aparentemente, as motivações, uma pessoa vão influenciar a nossa
as emoções, os valores e os obje- comunicação com ela. Por exemplo,
tivos faziam com que os sujeitos quando acho uma pessoa simpática
dessem ênfase aos incidentes que sinalizo, por meio de gestos corpo-
tinham significado pessoal para rais e expressões faciais, que estou
eles (HANSTORF; CANTRIL, 1954 disponível para iniciar uma comuni-
cação com ela.
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
PERCEPÇÃO E CULTURA
Em diferentes sociedades, e até mesmo atenderam ao pedido
as pessoas sentem, pensam, para reorganizar em as cores em
percebem e interpretam a realidade cinco grupos. Os pequenos agricul-
e as experiências de sua própria tores acharam extremamente difícil
vida de maneira diversa. Pesquisas a tarefa, reclamaram que as cores
na área de Psicologia Social que não eram as mesmas e não podiam
comparam, em vários aspectos, o ser agrupadas. Formaram grande
desempenho de pessoas de culturas número de pequenos grupos, que
diferentes confirmam a hipótese de nem sequer eram organizados de
que a cultura organiza tanto a forma acordo com o matiz, e incluíram
quanto o conteúdo dos processos meadas de cores diferentes, mas de
psicológicos, como a percepção, por luminosidade semelhante. Quando
exemplo. se pediu aos agricultores que
formassem cinco grupos de cores,
Na década de 1930, Luria nenhum deles conseguiu fazer a
fez uma comparação, na percepção tarefa. O desconforto observado
de cores, entre agricultores russos neles, em fazer a categorização, foi
que viviam isolados e administra- desencadeado por sua percepção
dores que trabalhavam em fazendas de que as meadas de lã não pare-
coletivas. A percepção de cores foi ciam semelhantes umas às outras.
aferida mediante a apresentação de Ao contrário, os administradores
27 novelos de lã e a solicitação, feita percebiam-nas como semelhantes.
aos sujeitos, para que os colocassem Concluiu-se que, embora todos os
em categorias segundo as cores. Os sujeitos vissem as cores, viam-nas
administradores logo formaram de 7 a de maneira diferente nas duas socie-
8 grupos de tonalidades semelhantes dades (RATNER, 1995).
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Atualmente, há muitas
pesquisas que demonstram como O administrador precisa estar
as experiências de determinada ciente de que a forma de perceber,
cultura podem influenciar o modo assim também como a forma
de processar a informação visual, de pensar, de agir e sentir dos
percepção olfativa, constância trabalhadores são comparti-
de tamanho, percepção espacial, lhadas na organização; logo
memória e todos os outros processos configuram, em seu conjunto,
psicológicos. uma cultura da organização. E
toda mudança na organização
Você pode estar se pergun- deve considerar essa cultura.
tando: quais são as implicações
de tudo o que estudamos aqui
nesse tópico para o administrador
público?
De acordo com esta percepção
podemos afirmar que para a implan-
Partindo do princípio o qual os
tação de mudanças ou de pequenas
estudos sobre percepção levantam
transformações é fundamental a
questões importantes para os
mudança cultural*, vista como um
processos de mudança das organi-
desafio para as organizações já que
zações, é importante destacarmos
requer um primeiro passo na direção
a necessidade de o administrador
da criação de novos valores, atitudes
considerar em suas análises e deci-
e crenças. No entanto, uma mudança
sões o fato de como as pessoas
de cultura através da incorporação
(tanto os servidores quanto os
de novos valores, nova qualificação
usuários) percebem e significam a
e manutenção de comportamentos
realidade, porque este é um fator
passa, necessariamente, pela
determinante do comportamento
percepção das pessoas, que são os
humano.
agentes dessas mudanças. É um
círculo que evidencia a complexidade
dos processos de mudança.
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Confira se você teve bom entendimento do que
tratamos nesta Unidade realizando as atividades
propostas a seguir.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
APRENDIZAGEM
Podemos perceber claramente a velocidade com
que o conhecimento humano tem evoluído. De acordo
com Mariotti (1999, p. 23), “[...] o conhecimento aumenta
cada vez mais, em cada vez menos tempo, e um maior
número de pessoas precisa aprender cada vez mais, em
cada vez menos tempo”. Quando crescem
a interconexão
do mundo e a
A necessidade da aprendizagem continuada complexidade
tem motivado a ampliação dos espaços de aprendi- e o dinamismo
dos negócios,
zagem para fora da escola e a inclusão da organização o trabalho
como o local onde acontece grande parte do ensino e do depende cada
vez mais da
aprendizado voltados à qualificação para o trabalho. aprendizagem.
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
MODELO
COMPORTAMENTAL
Segundo a Teoria Comportamental, nem todo
comportamento animal é aprendido. Alguns compor-
tamentos são inatos ou congênitos: são os reflexos
ou instintos. Isso quer dizer que todos os animais são
“programados” para exibir certos comportamentos
inatos em determinado momento de sua maturação.
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
MODELO
COGNITIVO
O segundo modelo para a compreensão do
processo de aprendizagem é chamado de “modelo
cognitivo”.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
+ relações + relações
Sociais Sociais
HOMEM
Figura 9: A constituição do homem
HOMEM
Fonte: Elaborada pela autora deste livro
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
OBJETOS
mobiliza
MOTIVO AÇÕES
INTERMEDIÁRIAS e
Realiza-se
EXCITAÇÃO AÇÃO
Porque como
desenvolveu-se
POR MEIO ATIVIDADE
INSTRUMENTO COLETIVA
MEDIANTE
COOPERAÇÃO E
COMUNICAÇÃO em Figura 10: A função das atividades
Fonte: Adaptada de IHMC Cmap Tools
RELAÇÕES
SOCIAIS
CONCRETAS
(2006; 2008)
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
VISÃO
SISTÊMICA
VISÃO MODELOS
COMPARTILHADA MENTAIS
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
• dialogar em equipe;
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
RESUMINDO
Nesta Unidade você conheceu conceitos da Psicologia capazes
de ajudar o administrador a compreender o comportamento das
pessoas nas organizações; estudou sobre motivação, percepção
e aprendizagem; e teve acesso às principais teorias da motivação,
verificando a sua importância para o comportamento humano.
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UNIDADE 2 – O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Vimos que o ponto de partida para criar uma “organização da
aprendizagem” está no engajamento de todos os membros da
empresa. Para verificar se você entendeu toda esta contextuali-
zação, preparamos algumas questões. Vamos lá?
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
UNIDADE 1
O Grupo na
Organização
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LIDERANÇA
Vamos começar a estudar liderança lhe propondo
uma atividade do livro de Kouzes e Posner (1996), O
desafio da Liderança.
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
DO LÍDER
Só temos líderes se tivermos seguidores. Para desenhar o perfil de um líder
precisamos investigar quais são as expectativas que os seguidores têm dele.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Podemos observar, de acordo com essa pesquisa, que a maioria das pessoas
admira líderes que:
• sejam honestos;
• tenham competência;
• olhem para diante; e
• sejam inspiradores.
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Agora volte à sua lista, criada no início desta Unidade, e analise as caracte-
rísticas pessoais dos seus líderes. Feito isto compare com os resultados da
Tabela 1. Encontrou semelhança de suas respostas com as da pesquisa?
Se sim, você pode se considerar uma pessoa com valores parecidos com
os da população pesquisada de gerentes norte-americanos; valores semelhantes
em relação ao reconhecimento de liderança. Mas, se sua resposta é muito distante
dessa lista significa que o universo cultural e os valores que defende são diferentes
dos do grupo pesquisado. Não são mais ou menos corretos, são diferentes. Você
pode pensar a razão da diferença e chegar a conclusões interessantes sobre os
valores em relação ao reconhecimento de líderes no meio cultural onde vive.
Ainda, se sua resposta foi muito diferente, isso pode ser uma confirmação
do que defendem alguns estudiosos do fenômeno da liderança. É o caso dos
defensores da teoria situacional, para quem a liderança é compreendida como um
fenômeno que depende do líder, dos seguidores e da situação.
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
FORMAL INFORMAL
O trabalhador passa a
O chefe passa instruções fazer sua tarefa obser-
Na organização relacionadas ao trabalho a vando e sendo orientado
seu subordinado. por outro trabalhador
mais experiente.
Quadro 2: Exemplos de liderança formal e informal
Fonte: Adaptado de Cohen e Fink (2003)
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Você sabe de que é feito um bom líder? Quem pode ser líder?
TEORIAS DE LIDERANÇA
Vamos apresentar duas teorias que representam as tendências contemporâ-
neas mais usadas no campo da Administração: Teoria do Traço e Teoria dos Estilos
de Liderança.
TEORIA DO TRAÇO
A Teoria do Traço parte do princípio de que
os líderes possuem características de personalidade
que os auxiliam em seu papel. Por muito tempo essa
foi a abordagem mais comum no estudo da liderança.
Muitos pesquisadores das ciências sociais procuram
encontrar qualidades comuns a todos os líderes. Listas
para buscar o perfil de líder foram pesquisadas
exaustivamente em várias culturas. Qualidades como
agressividade, sabedoria, carisma e coragem foram
pesquisadas e teorias foram construídas.
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
TEORIA DOS
ESTILOS DE LIDERANÇA
A Teoria dos Estilos de Liderança defende que as
pessoas podem ser preparadas para exercer o papel de
líder. Essa teoria surgiu com o movimento humanista na
administração que se voltou para as relações interpessoais.
Ela se contrapõe à teoria clássica focada no desempenho
de tarefas para aumento de produção.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Agora é sua vez. Confira se você entendeu bem os assuntos abor-
dados nesta Unidade, realizando as atividades propostas a seguir.
Se precisar de auxílio, não hesite em fazer contato com seu tutor.
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
PROCESSO DE
SOCIALIZAÇÃO
Com certeza você já ouviu falar de contratos e até,
provavelmente, firmou algum contrato formal.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
• O que espero?
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
A socialização é
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Para que você avalie se compreendeu o que é contrato
psicológico e recorde sua importância para a adaptação do
empregado à organização, propomos a seguir algumas questões.
Busque resolvê-las e, em caso de dúvida, faça uma releitura
cuidadosa do material; e caso a dúvida persista, busque o auxílio
de seu tutor.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
O GRUPO NA
ORGANIZAÇÃO
No seu dia a dia você convive um grupo familiar. Mas imagine
com diversos grupos, não é verdade? agora um restaurante, de comida
Quando conversa com alguém faz rápida, onde temos duas pessoas
referência ao grupo de fulano, ao de sentadas em uma mesa onde
sicrano etc. ambas comendo falam somente
o necessário, por exemplo: passe
Mas, o que vem a ser um o sal, por favor a salada etc.
grupo, você saberia explicar? Trata-se também de um caso de
grupo?
Se você acha que o grupo é a
nossa família e o conjunto de nossos • Alunos de um curso de
amigos, está correto! Podemos ainda Administração assistem a um
considerar como grupos os alunos de filme sobre o qual devem fazer um
uma escola, os trabalhadores em um trabalho escolar. A umas quadras
setor da organização, os soldados de de distância, uma centena de
um batalhão, os membros de uma pessoas assistem ao mesmo filme
determinada comunidade etc. em um cinema. Podemos chamar
de grupo nos dois casos? Os
E o que esses grupos têm em espectadores do cinema formam
comum além do fato de envolverem um grupo?
várias pessoas? Parece ser difícil
encontrar algum elemento comum, • Um batalhão de soldados
não é? Por que será? desfilando e cantando numa
determinada rua. Não parece
Exatamente! Isso talvez se haver dúvida de que os soldados
deva ao fato de que esse termo constituem um grupo. Mas, se
parece ser muito abstrato, pois se horas mais tarde circula uma
refere a realidades diferentes. Para grande quantidade de pessoas
entendermos melhor vamos analisar pela mesma rua, esses pedestres
alguns exemplos de grupo: formam também um grupo?
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
AS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
DE UM GRUPO
Até aqui, procuramos definir • as pessoas se percebem como
melhor o que é um grupo. Vamos membros;
agora, para ficar mais claro ainda,
identificar as principais caracterís- • os membros do grupo têm
ticas de um grupo. necessidades e motivações
compatíveis;
São seis as principais carac-
terísticas dos grupos, segundo Shaw • os membros do grupo têm obje-
(apud MARTÍN-BARÓ, 1999, p. 194): tivos comuns;
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
chamados de equipes.
DIFERENÇAS ENTRE
GRUPOS E EQUIPES
Segundo Moscovici (2002, p. 5), o grupo é um
estágio anterior – talvez mesmo inferior - à equipe.
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
Compare:
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
• A confiança é grande;
VANTAGENS E
DIFICULDADES DE UM
TRABALHO EM EQUIPE
Você certamente já ouviu São ditados que falam sobre
várias vezes os ditados “a união faz as vantagens e desvantagens dos
a força” e “duas cabeças pensam trabalhos em equipe.
melhor do que uma”. Também ouviu
outros ditados: “antes só do que mal Os cientistas sociais Collins
acompanhado”, “muitos cozinheiros e Guetzkow (1971) assinalam três
estragam a sopa” ou, ainda, “a união condições em que a equipe de
do rebanho obriga o leão a ir dormir trabalho é mais produtiva do que
com fome”. o trabalho individual: quando há
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
CARACTERÍSTICAS
DE EQUIPES
BEM-SUCEDIDAS
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
CONFLITO NAS
ORGANIZAÇÕES
Tenho observado que a maior parte dos meus clientes
passa mais tempo a falar sobre como lidar com servidores, chefes
e colegas de trabalho problemáticos, do que a fazer qualquer outra
coisa (Robert Bramson - Consultor administrativo).
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
RESUMINDO
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 – O GRUPO NA ORGANIZAÇÃO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Certifique-se que você entendeu a discussão proposta nesta
Unidade, “conhecer o caminho percorrido pelo pesquisador para
desenvolver uma pesquisa científica”, respondendo às atividades
de aprendizagem propostas a seguir:
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
É importante considerar que este livro é uma intro-
dução ao estudo da Psicologia Organizacional; portanto,
não poderia abarcar todo o conhecimento da área. Os
objetivos eram que você conhecesse o campo de ação
da Psicologia Organizacional; identificasse as contribui-
ções da Psicologia ao estudo das pessoas no contexto
das organizações; e conhecesse os principais conceitos,
teorias e exemplos de aplicabilidade que compõem a
disciplina.
144
CONSIDERAÇÕES FINAIS
145
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
REFERÊNCIAS
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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REFERÊNCIAS
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MINICURRÍCULO
MINICURRÍCULO
DENISE DE CAMARGO
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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