Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
E TECNOLOGIA DO PARÁ
DIRETORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DA INDÚSTRIA
COORDENAÇÃO DE MECÂNICA
TERMOFLUÍDOS - VOLUME I:
MECÂNICA DOS FLUÍDOS
Belém - PA
2016
2
1.FUNDAMENTOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Mecânica dos Fluidos é a ciência que estuda o comportamento físico dos
fluidos, assim como as leis que regem esse comportamento. As bases lançadas
pela mecânica dos fluidos são fundamentais para muitos ramos de aplicação da
engenharia. Dessa forma, o escoamento de fluidos em canais e condutos, a
lubrificação, os esforços em barragens, os corpos flutuantes, as máquinas
hidráulicas, a ventilação, a aerodinâmica e muitos outros assuntos lançam mão
das leis da mecânica dos fluidos para obter resultados de aplicação prática.
1.2 - Hidrostática
É o ramo da Física que estuda a força exercida por e sobre líquidos em
repouso. Este nome faz referência ao primeiro fluido estudado, a água, assim por
razões históricas se mantém este nome. Ao estudar hidrostática é de suma
importância falar de densidade, pressão, Princípio de Pascal, Empuxo e o
Princípio Fundamental da Hidrostática.
( )
3
1.2.2 - Peso Específico (γ)
É o peso do fluido por unidade de volume.
( )
.
. ( )
( )
4
Unidades de pressão propriamente ditas, baseadas na definição (F / A). Entre
elas, as mais utilizadas são: Kgf/m 2; kgf/cm2; N/m2 = Pa (Pascal); daN/cm2 =
Bar (decanewton por centímetro quadrado); lb/pol 2 = PSI (Pounds per Square
Inches = libras por polegada ao quadrado).
A relação entre essas unidades é facilmente obtida por uma simples
transformação: l kgf/cm2 = 104 kgf/m2 = 9,8 x 104 Pa = 0,98 bar = l4,2 psi
Unidades de carga de pressão, utilizadas para indicar pressão. Essas unidades são
indicadas por unidade de comprimento seguida da denominação do fluido que
produziria a carga de pressão (ou coluna) correspondente à pressão dada. Por
exemplo: mmHg (milímetros de mercúrio); mca (metros de coluna de água);
cmca (centímetros de coluna de água). Assim, na prática a representação da
pressão em unidade de coluna do fluido e bastante prática, pois permite
visualizar de imediato a possibilidade que tem certa pressão de elevar um fluido
a certa altura. (veremos quando do estudo do Teorema de Stevin)
Unidades definidas, Entre elas, destacam-se a unidade atmosfera (atm), que, por
definição, é a pressão que poderia elevar de 760 mm uma coluna de mercúrio.
Logo 1 atm = 760 mmHg = 101.230 Pa = 101,23 kPa = 10.330 kgf/m2 = 1,033
kg/cm2 = 1,01 bar = l4,7 psi = 10,33 mca.
( )
5
outra extremidade aberta do tubo fica em contato com a atmosfera, razão porque
os piezômetros não servem para medir a pressão dos gases.
6
Figura 3 – Piezômetro – Nota-se a origem da medida de h, no centro do tubo
7
1.2.8 - Outras Propriedades
8
1.2.9 - Teorema ou Lei de Stevin
A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é igual
ao produto do peso específico do fluido, pela diferença de cotas dos dois pontos.
. . . ( )
a) Na diferença de pressão entre dois pontos não interessa a distância entre eles,
mas a diferenças de cotas;
b) a pressão dos pontos em um mesmo plano ou nível horizontal é a mesma;
c) o formato do recipiente não importa para o cálculo em algum ponto. (vasos
comunicantes).
9
A pressão lateral e da base depende apenas da altura e do peso específico
do líquido, qualquer que seja o formato do recipiente.
Figura
12 – Desenho esquemático de uma Prensa Hidráulica
( )
10
( )
( )
. . . ( )
R>0 Flutua;
R=0 Indiferente (o corpo fica inteiramente mergulhado e em equilíbrio em
qualquer parte da massa líquida);
R<0 Submerge.
1.3 - Hidrodinâmica
A hidrodinâmica tem por objetivo o estudo do movimento dos líquidos.
A solução dos problemas de hidrodinâmica, neste curso, é feita pelo método de
Euler, que estuda, no decorrer do tempo e em determinado ponto do fluido as
variações de velocidade.
11
1.3.1-Viscosidade
Propriedade de importância fundamental no estudo dos movimentos dos
líquidos, a viscosidade, tem grande importância nos problemas de engenharia,
sobretudo na área de mecânica (rolamentos, caixas de engrenagens, sistemas
hidráulicos, motores, etc.).
Sabemos que devido à fluidez ocorre fácil mudança de forma do fluido,
sob ação do esforço cortante. Em virtude da coesão molecular, surge a
viscosidade, que é a resistência do fluido ao esforço cortante ou cisalhamento, ou
seja, a resistência que o fluido opõe ao escoamento . Portanto, a viscosidade é
contrária à fluidez; os líquidos mais viscosos (glicerina, óleo não-refinado, tinta
de impressão, etc.) têm menor fluidez, e vice-versa. Tanto a viscosidade como a
fluidez são propriedades características de cada fluido, que se manifestam em
seu interior, independentemente do material sólido com que estão em contato. A
pressão não interfere na viscosidade, a não ser em condições excepcionais, por
exemplo, certos tipos de óleos somente se transformam em sólidos plásticos, se a
pressão for superior a 2000 kfg/cm2.
Temos que:
12
( )
( )
Onde (ν) é a viscosidade cinemática do fluído.
13
1.3.2-Vazão(Q)
É a quantidade de fluido que passa por uma seção na unidade de tempo.
A vazão pode ser medida em unidade de volume, de peso ou de massa No
presente curso, como trabalharemos somente com líquidos que consideramos
incompressíveis, adotaremos vazão em volume.
( )
14
Figura 16 – Esquema mostrando o regime turbulento
. . .
( )
15
Figura 17 – Esquema representando o escoamento de um fluido por duas seções 1 e 2.
. ( )
e,
. ( )
. . ( )
a)Regime permanente;
b)Sem máquina no trecho de escoamento em estudo. Entenda-se por máquina
qualquer dispositivo mecânico que forneça ou retire energia do fluido, na forma
de trabalho. As que fornecem energia ao fluido são denominadas, máquinas
16
motrizes e as que extraem energia do fluido são denominadas máquinas
movidas;
c)Sem perdas por atrito no escoamento do fluido ou fluido ideal;
d)Propriedades uniformes nas seções;
e)Fluido incompressível;
f)Sem trocas de calor.
( )
17
algumas vezes será interessante admitir essa hipótese, ou por razões didáticas
ou pelo fato de a viscosidade ser efeito secundário do fenômeno.
18
(II) Diminuindo a altura (energia potencial z) e mantendo-se a energia cinética, a
energia de pressão aumenta ou vice-versa.
. ( )
19
1.3.8- Equação de Bernoulli para Fluidos Reais:
A experiência mostra que, no escoamento dos Fluidos Reais, uma parte da
sua energia se dissipa em forma de calor e nos turbilhões que se formam na
corrente fluida. Essa parte de energia é consumida pelo Fluido Real ao vencer
diversas resistências, que não foram levadas em conta ao tratarmos do Fluido
Ideal. Uma das resistências é causada pela Viscosidade do Fluido Real, outra é
provocada pelo contato do fluido com a parede interna do conduto. Várias
resistências são causadas na tubulação por peças de adaptação ou conexões
(curvas, joelhos, tês, registros, etc.). Assim, a carga no Fluido Real, não é mais
aquele valor visto na Equação de Bernoulli para Fluidos Ideais, pois uma parte da
carga ficou perdida no fluido real, a chamada “Perda de Carga”.
Considerando a Equação de Bernoulli entre os pontos (1) e (2) da figura
abaixo, sendo o processo no sentido de (1) para (2), temos:
( )
Figura 22 – Esquema mostrando as três parcelas de energia em um tubo de corrente com perda de carga
20
APÊNDICE 1
21