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UFCD7875

Instalações mecânicas especiais

Tema : Instalações mecânicas especiais

Doc014/11 03-01-2022
• Identificar os conceitos Básicos e as tecnologias associadas para utilizar os combustíveis como fonte energia

• Identificar os componentes que constituem as cozinhas e lavandarias profissionais

• Analisar o funcionamento de uma instalação de ar comprimido

• Caracterizar as redes de distribuição de gases medicinais

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Doc014/11 03-01-2022
Os Sistemas de Ar Comprimido (SAC)

O objectivo de um SAC (Sistema de Ar Comprimido) é entregar ar comprimido aos seus diferentes


consumidores nas condições de caudal (mássico ou volúmico, em função do solicitado) e pressão requeridos,
com a qualidade de ar exigida dependendo da sua aplicação. Terá obviamente como pano de fundo a
preocupação energética, procurando sempre menores níveis de energia para o sistema.

- Um sistema de ar comprimido
integra então quatro elementos
fundamentais, produção, tratamento,
armazenamento e distribuição.

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Doc014/11 03-01-2022
Os Sistemas de Ar Comprimido (SAC)

Um SAC energeticamente otimizado é o que garante a produção de ar comprimido necessária, com o


mínimo consumo energético, tendo em conta o parque de máquinas existente.

Atualmente, o elevado nível de automatização dos processos industriais origina elevados consumos de ar
comprimido, requerendo uma alta fiabilidade e uma disponibilidade total dos equipamentos de forma a
garantir a continuidade do processo de produção.

Além da fiabilidade e da disponibilidade, também deve ser tomada em consideração a otimização na gestão
dos equipamentos, de forma a garantir uma redução significativa dos custos energéticos na produção do ar
comprimido. Os sistemas de gestão de centrais de compressores (Gestores) podem no limite controlar redes
de diferentes pressões, partilhando compressores entre elas (desde que os equipamentos trabalhem dentro dos
seus limites de operação), garantindo não só uma solução mais eficiente para as redes distintas, assim como
melhorar a condição de equipamentos de reserva.

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Doc014/11 03-01-2022
Os Sistemas de Ar Comprimido (SAC)

A banda de regulação nos compressores de velocidade variável, também é um fator importante a considerar,
nomeadamente quanto à sua utilização dentro da zona ótima de trabalho destes equipamentos (gama de rotações
por minuto (rpm) onde o consumo específico (rácio J/l) é menor).

A eficiência energética também está diretamente relacionada com a utilização adequada dos compressores de
carga-vazio. A redução dos tempos de funcionamento em vazio deve ser considerada, especialmente quando
originam consumos energéticos que penalizam a eficiência global do SAC.

Para além da seleção adequada do compressor, deverão ser tomados em consideração aspetos como a
localização da central de compressores, o nível da qualidade do ar, o controlo de fugas, a minimização da pressão de
serviço da rede, a manutenção adequada dos equipamentos, a sensibilização de todos os utilizadores de ar
comprimido para o uso correto desta utilidade e a implementação de práticas de monitorização de consumos,
entre outros, dado que são fatores que contribuem para o incremento da eficiência energética dos SAC e que se
devem manter ao longo do ciclo de vida destes sistemas.

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Produção do ar comprimido

O ar para ter utilização industrial deve possuir uma determinada quantidade de energia em forma de pressão e
movimento. Essa energia é fornecida ao ar no processo de compressão.

Os compressores são máquinas térmicas que transformam energia mecânica em energia de fluxo, cinética, e pela
acúmulação da massa deslocada: são responsáveis pela produção do ar comprimido. Desse modo, são máquinas
destinadas a comprimir continuamente o ar admitido nas condições atmosféricas e elevá-lo a uma pressão pré-
determinada para utilização. De acordo com o princípio de trabalho, existem duas classificações:

- Compressores de deslocamento positivo (volumétrico): funcionam com base na redução de volume. O ar é


admitido em uma câmara isolada do meio exterior e comprimido até certa pressão em que se abre uma válvula
de descarga, ou o ar é simplesmente empurrado para a tubagem ou reservatórios. São os compressores
alternativos de pistões, de palhetas, etc.

- Compressores de deslocamento dinâmico: têm por princípio de funcionamento a transformação de energia


cinética em energia de pressão. Este ar é acelerado, atingindo velocidades elevadas e consequentemente os
impulsores transmitem energia cinética ao ar. Posteriormente, seu escoamento é retardado por meio de
difusores, obrigando a uma elevação na pressão. O Difusor é uma espécie de conduta que provoca diminuição na
velocidade de escoamento de um fluido, causando aumento de pressão (equação de Bernoulli).
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Produção do ar comprimido (Compressores)

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Produção do ar comprimido (Compressores de Pistão)

· Compressores de Simples Efeito - É assim chamado porque realiza a compressão do ar


em apenas um lado do êmbolo, isto é, em uma única câmara.

· Compressor de Duplo Efeito - Dessa forma é denominado porque admite e recalca nos
dois lados do êmbolo, possuindo duas câmaras onde ocorrem simultaneamente a admissão
numa câmara e a compressão na outra.

· Compressor de Múltiplo Estágio - Estágio de compressão significa o número de vezes que um


compressor comprime a mesma massa de ar admitida. Portanto, em um compressor de duplo estágio a
mesma massa de ar admitida é comprimida duas vezes e que por isso ele tem uma melhor eficiência e
garante uma limitação na elevação da temperatura.

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Produção do ar comprimido (Compressores de Parafusos)

Este compressor é dotado de uma carcaça onde giram dois rotores helicoidais em sentidos opostos. Um dos
rotores possui lóbulos convexos, enquanto o outro possui uma depressão côncava e são denominados,
respetivamente, macho e fêmea. Nas extremidades existem aberturas para admissão e descarga do ar.

O ar à pressão atmosférica ocupa o espaço entre os rotores e, conforme eles giram,


ele fica confinado e vai sendo comprimido à medida que este volume diminui até
atingir a descarga. Nela existe uma válvula de retenção para evitar a inversão de
giro do compressor quando ele estiver parado.

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Tipos de compressores

A seleção de um compressor deverá tomar em conta os requisitos do SAC, em que a eficiência energética deverá
ser o fator de maior importância. Salienta-se que a eficiência energética do compressor dependerá não apenas
da sua conceção, mas também da instalação, utilização e manutenção.

A pressão de projeto do compressor deverá ser a mais aproximada possível da pressão de serviço.

O caudal a disponibilizar deve satisfazer o somatório de todos os consumidores constantes e tomar em


consideração as simultaneidades dos consumidores intermitentes.

O tipo de ar (isento de óleo ou lubrificado) será definido pelos requisitos do processo de fabrico e das
especificações do produto final.

Na seleção do compressor devem ser comparados os consumos específicos em kWh/m3 de cada tipo de
compressor para diferentes capacidades e funcionamento à mesma pressão.
No caso da necessidade de se renovar um compressor existente por uma nova unidade, deve optar-se por uma
solução com menor consumo específico de energia e adaptada às necessidades do sistema. A seleção do
compressor mais apropriado para uma determinada finalidade deve sempre basear-se numa análise económica,
atendendo aos custos fixos com a instalação e aos custos variáveis de operação (energia, segurança, manutenção,
água de arrefecimento, etc.).
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Sistemas de controlo do compressor

O controlador do compressor (PLC) tem como principais funções, proteger o equipamento com base em
avançados algoritmos, garantir a segurança das pessoas e regular a operação do equipamento dentro dos
parâmetros definidos.

O sistema de controlo de um compressor permite aumentar a sua eficiência e fiabilidade. Como o perfil de
consumo não é constante na generalidade das indústrias, há a necessidade de adaptar a regulação do
compressor ao perfil de consumo.

Tipos de controlo:

Arranque-Paragem: A forma mais simples de controlar um


compressor é atuando diretamente no acionamento deste.
Com o arranque do motor, inicia-se a produção de ar
comprimido, elevando a pressão. Quando esta atinge o valor
máximo estabelecido, o controlador dá ordem de paragem ao
motor. É um tipo de controlo pouco eficiente, utilizado em
compressores de baixa potência instalada, com regime de
trabalho reduzido.

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Sistemas de controlo do compressor

Carga-vazio: Os equipamentos que operam continuamente,


com uma solicitação de produção de ar comprimido constante,
estão normalmente equipados com sistemas de controlo do
tipo carga-vazio. Com a abertura da válvula instalada na
admissão de ar do compressor, inicia-se a produção de ar
comprimido, elevando a pressão (compressor em carga).
Quando esta atinge o valor máximo estabelecido, o controlador
dá ordem de fecho à válvula de admissão (compressor em
vazio). O motor de acionamento está em contínuo
funcionamento, parando apenas quando não existe consumo de
ar comprimido. Os tempos em vazio, quando prolongados,
penalizam a eficiência da operação deste tipo de controlo.

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Sistemas de controlo do compressor

Variação de Velocidade: Num SAC onde se impõe uma


estabilidade na pressão ou com um perfil de consumo variável,
a utilização de compressores de velocidade variável é a solução
energeticamente mais eficiente. A variação da rotação do
motor de acionamento ao elemento compressor adapta o
caudal produzido às variações instantâneas do perfil de
consumo. A eficiência energética será tanto maior, quanto
maior for o tempo de operação deste compressor na sua zona
ótima de funcionamento.
A utilização de compressores de variação de velocidade
poderá conduzir a poupanças de energia, até 35%.

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Sistemas de controlo do compressor

Modelação: Variando a área de admissão do compressor,


controla-se o caudal produzido, mantendo a pressão de
trabalho constante.
Embora a sua aplicação apresente vantagens no controlo de
compressores dinâmicos, a sua utilização não é
energeticamente eficiente em compressores volumétricos,
porque o seu princípio de funcionamento baseia-se no
incremento da taxa de compressão do elemento, ao criar uma
queda de pressão na sua admissão.

Por vezes, a melhor solução no controlo de um SAC, está na


seleção e conjugação dos vários tipos de controlo disponíveis,
que devidamente geridos garantem a maior eficiência no
consumo de energia

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Tipos de compressores

Centrífugo Parafuso Parafuso Dente Espiral Roots Pistão isento de óleo Pistão
Lubrificado Isento Lubrificado
de óleo

Pressão bar 0,3 a 200 4 a 20 0,3 a 13 4 a 10 4 a 10 0,3 a 1 > 15 4 a 40

Qualidade do ar Isento de óleo Lubrificado Isento de óleo Isento de óleo Isento de óleo Isento de óleo Isento de óleo Lubrificado

Tipo de Controlo Modelação (IGV) Variação de Variação de Variação de Arranque Variação de Variação de Arranque-
velocidade velocidade velocidade Paragem velocidade velocidade Paragem
Carga-Vazio Carga-Vazio Carga-Vazio Carga-Vazio Carga-Vazio
Gama de > 400 5 a 500 55 a 900 15 a 55 1 a 20 1 a 400 1 ,5 a 600 1 ,5 a 20
Potência (kW)

Adaptação ao Contínuo Variável e Variável e Variável e Intermitente Variável e Variável e Intermitente


tipo de Regime contínuo contínuo contínuo contínuo contínuo

Processo Gerais Gerais Gerais Gerais Baixa Pressão Alta Pressão Gerais

Aplicações
Industriais Separação de gases; Metalomecânica; Alimentar; ETAR; Alimentar; Farmacêutica; Alimentar; Clínicas ETAR; Gráficas; PET (garrafas de água); PET (detergentes);
Química; Vidreira; Mineira; Cimenteira; Eletrónica; Gráficas; Eletrónica; dentárias; Laboratórios; Transporte pneumático Compressão de Gases; Arranque pneumático
Petróleos Produção de Energia; Transporte pneumático; Gráficas Arranques pneumáticos;
Pneus Farmacêutica; Pasta Aeronáutica
e papel; Petróleos; etc.
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Armazenamento de Ar

Dimensionamento do reservatório de ar comprimido

Os reservatórios de ar comprimido são elementos essenciais num SAC, tendo


como principal função; o armazenamento de ar comprimido, compensar as
variações de pressão em toda a rede de distribuição, manter a pressão constante na
linha de distribuição, estabilizar o ar e controlar os arranques dos compressores,
etc. arrefecer o ar, auxiliar na eliminação dos condensados.
Um reservatório deverá respeitar sempre a pressão máxima de serviço admissível
do SAC. Deve ser projetado, fabricado e testado conforme as normas em vigor
e possuir no mínimo, um manómetro e uma válvula de segurança com a capacidade
para escoar o caudal produzido pelos compressores que alimentam esse
reservatório.
A sua instalação deverá respeitar a legislação em vigor, nomeadamente a
Instrução Técnica Complementar para Recipientes Sob Pressão de Ar
Comprimido, publicada em Diário da Republica, como anexo ao Despacho 1
859/2003 (2ª série).
Para o dimensionamento de um reservatório adequado ao SAC, poderemos seguir Fórmula 1- Cálculo do volume de um reservatório
a seguinte fórmula:
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Armazenamento de Ar - Localização

- Os reservatórios devem ser instalados de modo que


todos os drenos, conexões e aberturas de inspeção sejam
facilmente acessíveis.

- Em nenhuma condição, o reservatório deverá ser enterrado


ou instalado em local de difícil acesso;

- De preferência os reservatórios devem ser instalados fora da


casa dos compressores, na sombra, para facilitar a condensação
da humidade e do óleo contidos no ar comprimido;
- Os reservatórios devem possuir um dreno no ponto mais baixo
para fazer a retirada deste condensado acumulado em cada 8
horas de trabalho. A melhor opção é o dreno automático.

- Os reservatórios são dotados ainda de manômetro, válvulas


de segurança, e são submetidos a uma prova de pressão
hidrostática, antes da utilização.

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Armazenamento de Ar

Dimensionamento do reservatório de ar comprimido

Podemos determinar o volume do reservatório através de


abacos.

Exemplo: -Produção de ar comprimido: q L = 20 m3/min


- Regulação do número de ciclos/h do compressor: z = 20 1/h
- Pressão diferencial: Δp = 1 bar

Resultado: Volume do reservatório V = 15 m3

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Armazenamento de Ar

Reservatórios de ar adicionais localizados

Em picos de consumo, para manter a estabilidade na pressão da rede, a


forma adequada de atuar será instalar reservatório(s) perfeitamente
dimensionado(s) junto ao consumidor que provoca esses picos de
consumo. Desta forma, fica salvaguardado o armazenamento de ar
comprimido suficiente, para evitar instabilidades de pressão ao longo da
rede e garantir a operacionalidade de todos os consumidores.

Para o dimensionamento de um reservatório que garanta a


disponibilidade de ar comprimido num pico de consumo elevado e
esporádico poderemos seguir a seguinte fórmula:
Fórmula 2- Cálculo do volume de um reservatório
para atenuar o efeito dos picos de consumo

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Tratamento de ar

A finalidade do tratamento de ar comprimido é garantir que a qualidade deste está em conformidade com o
especificado pelo consumidor e evitar a deterioração prematura de todos os componentes da rede de ar
comprimido.
O ar comprimido contém impurezas e humidade. Dependendo da sua aplicação, pode alterar a qualidade
do produto final, resultando em custos elevados de perdas de produção. Nestes casos torna-se importante o
seu tratamento para que o ar comprimido tenha a qualidade adequada ao processo de fabrico.

Contaminantes comuns encontrados no ar comprimido:

Deve ter-se presente que o equipamento auxiliar para tratamento de ar (filtros, secadores, etc.) também
consome energia, pelo que igualmente nesta área se deve procurar oportunidades de poupança de energia.
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Tratamento de ar - Qualidade do ar

De acordo com a norma ISO 8573- 1 :20 1 0 são definidas 7 classes de pureza (entre 0 e 6). Quanto menor a
classe de pureza, melhor será a qualidade do ar. As classes traduzem o nível máximo de contaminação de
partículas sólidas e óleo por metro cúbico de ar e o máximo conteúdo admissível de água no ar comprimido
sob pressão (PDP).
Tabela - Classes de pureza ISO 8573- 1 :2010

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Tratamento de ar - Qualidade do ar

Quanto maior o grau de qualidade do ar necessário/ pretendido, maior será o custo


energético nesta vertente. Estes custos resultam essencialmente de perdas de carga
introduzidas por filtros e secadores, de consumos elétricos associados a secadores de
refrigeração, de consumos de ar comprimido ou de outra fonte energética na regeneração
de secadores dessecantes, etc.

Contudo, a eventual procura de economias de energia nesta área não poderá nunca
comprometer a qualidade do produto e a fiabilidade do processo, pelo que qualquer
tentativa de obter somente o nível mínimo aceitável de qualidade do ar (e com o melhor
tratamento possível nos pontos onde realmente se justifica) deve atender a estas
condicionantes.

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Tratamento de ar - Secagem

O ar que é aspirado num compressor contém vapor de água. À medida que é comprimido e arrefecido,
esse vapor de água condensa. Com a compressão, a concentração de vapor de água por m3 de ar aumenta.

Volume de ar reduzido de 8 m³ para 1m³ com a compressão

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Tratamento de ar - Qualidade do ar

Um compressor com uma pressão de trabalho de 7 bar e uma capacidade de 200 l/s, que aspira ar
a uma temperatura de 20ºC e com 80% de humidade relativa (HR), introduz cerca de 80 litros de água na
rede de ar comprimido, em regime de carga durante 24 horas/dia.

A temperatura de Ponto de Orvalho sob Pressão (PDP), é o parâmetro utilizado para quantificar o teor de
vapor de água contido no ar comprimido, ou seja a temperatura à qual o ar atinge a saturação (HR = 100%) à
pressão de operação e abaixo da qual ocorre a condensação desse vapor de água.

A água resultante da condensação do vapor de água


tem que ser removida, para evitar danos nos
componentes do SAC e no produto.

Linha de saturação à temperatura (HR= 100%)

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Tratamento de ar - Qualidade do ar

A humidade (água) penetra na rede então pelo próprio compressor ao aspirar o ar atmosférico. A
quantidade de humidade varia em função da umidade relativa do ar, que também varia de acordo com a
temperatura e condições atmosféricas.
Dessa forma a capacidade que o ar tem de reter a água está relacionada com a sua temperatura, assim, não
ocorre a precipitação da água no momento da compressão do ar, mas, quando o ar sofre um arrefecimento
como é o caso das próprias linhas de distribuição.
A essa temperatura em que começa a ocorrer a condensação dá-se o nome de temperatura de ponto de
orvalho. A presença desta água causada pela diminuição de temperatura pode criar alguns problemas:
- Oxidação das tubagens;
- Oxidação dos componentes pneumáticos;
- Redução da vida útil dos equipamentos pneumáticos,
causada pela destruição da película lubrificante;
- Maior frequência de manutenção;
Os motivos acima são mais que suficientes para que se entenda a importância de se retirar do ar grande parte
da água, bem como, dos demais contaminantes para que não haja redução na eficiência dos componentes
pneumáticos.

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Secadores de refrigeração

O princípio de secagem por refrigeração é baseado num ciclo frigorífico, onde o arrefecimento do ar comprimido
causa a condensação do vapor de água nele contido. Este método de secagem é limitado a valores de PDP superiores
a 0 ºC, dado que abaixo deste valor a água irá congelar no condensador, bloqueando a passagem do ar.
No sentido de otimizar o processo de secagem e maximizar a eficiência energética, o ar comprimido de saída do
secador é aquecido, em contraciclo com o ar de entrada, evitando que a condensação ocorra na tubagem de saída.
Por outro lado essa permuta permite pré-arrefecer o ar de entrada, minimizando a energia calorífica a retirar no
evaporador.
Os secadores de refrigeração podem tratar um caudal
constante ou variável, desde que trabalhem dentro
dos limites de operação do mesmo. Os fatores que
influenciam a sua operação são o caudal, a temperatura
e pressão do ar comprimido e a temperatura ambiente
(se arrefecido por ar).

Para regimes de carga com grandes variações, esta


tecnologia está disponível com acionamento por
velocidade variável, permitindo maior estabilidade no
valor de PDP e uma redução nos custos energéticos.
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Secadores de adsorção

Neste tipo de secadores, o processo de secagem é obtido pela passagem do ar comprimido através de um
material dessecante (sílica-gel, seiva molecular e alumina ativada). Estes materiais apresentam um elevado
poder de atração das moléculas de água, permitindo adsorvê-las em grande quantidade e garantindo pontos de
orvalho extremamente baixos, conseguindo-se assim obter valores de PDP entre -20 e -70 ºC.

Tipos de dessecantes dos secadores de adsorção

Após o preenchimento das superfícies irregulares do material dessecante com água (saturação), será
necessário regenerá-lo, reativando a sua capacidade de adsorção. Este processo de regeneração poderá
ser realizado de diversas formas.

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Secadores de adsorção

Destacam-se as seguintes tecnologias:


Secadores de adsorção com regeneração por ar de purga:
Os secadores de adsorção com regeneração por ar de purga são compostos por duas torres preenchidas com
material dessecante. Para garantir o fornecimento contínuo de ar comprimido seco, enquanto uma torre se encontra
no processo de secagem do ar comprimido (em operação), a outra torre encontra-se no processo de regeneração
do dessecante (em regeneração). Quando saturada a torre em operação (temporizada ou por condição), invertem-se
as suas funções.
No processo de regeneração do material
dessecante, este tipo de secador, utiliza parte
do ar seco, expandindo-o na torre em processo de
regeneração, libertando-o em seguida para a
atmosfera. Desta forma a humidade retida no
dessecante é arrastada para o exterior.

Como é utilizada uma percentagem de ar


comprimido tratado (entre 1 5 a 20 %), no ciclo
regenerativo, a opção por este tipo de tecnologia,
obriga ao sobredimensionamento dos
compressores. 28
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Secadores de adsorção

Secadores de adsorção com regeneração por ar quente: Os secadores de adsorção com regeneração por ar
quente são compostos por duas torres preenchidas com material dessecante. Para garantir o fornecimento
contínuo de ar comprimido seco, enquanto uma torre se encontra no processo de secagem do ar comprimido (em
operação), a outra torre encontra-se no processo de regeneração do dessecante (em regeneração). Quando
saturada a torre em operação (temporizada ou por condição), invertem-se as suas funções.

No processo de regeneração, inicialmente o


ventilador insufla ar atmosférico no interior da
torre em regeneração, fazendo-o passar
previamente num bloco de resistências elétricas.
O aumento da temperatura do ar insuflado irá
elevar a temperatura de saturação do mesmo,
permitindo que este remova com maior facilidade
a água adsorvida pelo dessecante, regenerando-o.
No final do processo de regeneração é utilizada
uma pequena percentagem de ar comprimido
tratado (entre 2 a 5 %), para arrefecimento do
dessecante.

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Secadores de adsorção

Secadores de adsorção com regeneração


por calor de compressão: Os secadores de
adsorção com regeneração por ar quente
de compressão aproveitam a energia
térmica desenvolvida no processo de
compressão, para efetuar a regeneração
do material dessecante saturado. Para que
a regeneração seja adequada e eficiente, a
utilização desta tecnologia só poderá ser
aplicada em compressores isentos de óleo
(parafuso ou centrífugos), onde as
temperaturas desenvolvidas podem atingir
até os 200ºC à saída dos elementos
compressores. Neste tipo de secagem, os
consumos energéticos adicionais no
processo de regeneração (energia elétrica
ou ar comprimido) são praticamente nulos.

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Otimização na seleção de um secador

Uma análise ao processo de secagem, inicialmente deverá passar pela definição do valor de ponto de
orvalho necessário no processo fabril, identificando se o nível máximo de PDP é admissível a todos os
consumidores.
Independentemente do processo fabril, será boa prática a salvaguarda de todos os componentes do SAC,
garantindo que o teor de humidade contido no ar comprimido é o adequado.

Em aplicações onde a exigência do valor de PDP não seja inferior a 2 ºC, um secador de refrigeração poderá
ser a solução energeticamente mais eficiente, com um baixo custo no investimento inicial e aplicável à
generalidade das tecnologias de compressão.

Sempre que a exigência do valor de PDP seja inferior a 2 ºC, será necessário recorrer à tecnologia de
adsorção. A seleção deste tipo de secadores estará condicionada aos seguintes parâmetros:
• Caudal de ar a tratar;
• Mínimo valor de PDP requerido;
• Tecnologia de compressão;
• Ambiente envolvente.

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Filtragem

Dependendo da aplicação, os contaminantes presentes no ar comprimido, podem interferir na qualidade do


produto final. Mediante os valores admissíveis, assim deverá ser selecionado o tipo de filtragem a utilizar no SAC.

Atualmente as tecnologias de filtragem disponíveis para a remoção dos


contaminantes do ar comprimido, apresentam uma elevada eficiência na
remoção de partículas. No entanto em instalações com compressores
lubrificados, para manter essa elevada eficiência, o ar comprimido deve
apresentar múltiplos estágios de tratamento, constituídos em primeiro
lugar por pré-filtros de proteção ao secador, finalizando com um ou mais
estágios de filtragem para remoção de partículas e vapores remanescentes.
Estes filtros poderão reduzir a quantidade de óleo até 0,01 mg/m³.
Filtro de partículas

Em aplicações específicas, com a instalação de


um filtro de carvão ativado, a quantidade de
óleo remanescente no ar comprimido pode
ser reduzida até 0,003 mg/m³.

Filtro de carvão ativado 32


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Filtragem

Para aplicações especiais (ar respirável, aplicações farmacêuticas, etc.) será necessário recorrer a processos de
filtragem específicos , do s quais se destacam:
• Filtros de CO/CO2
• Filtros Bacteriológicos
• Etc.

Filtro catalisador
O elemento filtrante vai colmatando ao longo da sua vida útil, podendo causar problemas na produção com a
contaminação do produto final, originar perdas de carga na rede de ar comprimido e o respetivo aumento do
consumo energético para vencer essa mesma perda de carga. A condição dos elementos filtrantes deve ser
verificada regularmente e deve fazer parte integrante de um plano de manutenção.
Consoante os requisitos do processo de produção, os sistemas de filtragem do ar comprimido devem ser
perfeitamente dimensionados de forma a introduzirem uma perda de carga na rede inferior a 0,1 bar.
Os dados de referência dos filtros anteriormente referidos aplicam-se a uma temperatura do ar comprimido que
normalmente é de 21 ºC. No entanto, o aumento da temperatura do ar afeta diretamente a capacidade do filtro, a
eficiência e a sua vida útil, pelo que deverá ser tomada em consideração no seu dimensionamento.

Uma filtragem eficiente garante a fiabilidade dos componentes da rede de ar comprimido.


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Recolha de condensados

Gestão de condensados

Quando o ar atmosférico é comprimido, o vapor de água presente em cada m3 de ar aumenta proporcionalmente


à pressão de serviço. O processo de compressão gera condensados, que se provenientes de um compressor
lubrificado arrastam contaminantes de hidrocarbonetos. Estes condensados se não forem tratados são
extremamente perigosos para o ambiente.

Devido aos potenciais danos que estes condensados podem causar, foram introduzidos regulamentos rigorosos
que proíbem a condução destes resíduos para os esgotos pluviais sem um tratamento prévio.

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Recolha de condensados

Recolha de condensados
Podem ser considerados quatro tipos de purgas:

Purgas manuais: Dependem da ação humana e são realizadas em intervalos irregulares com uma
duração e eficiência dependentes do operador que as executa. Representam elevados desperdícios
energéticos, principalmente quando continuamente abertas.

Purgas de condensados automáticas: O purgador tem associado um sistema de boia, que permite uma purga
automática e completa dos condensados que se acumulam num pequeno depósito. Uma vez atingido um
determinado nível, os condensados são descarregados através da abertura da boia acionada mecanicamente pelo
nível do condensado.

Purgas de condensados temporizadas: A purga de condensados é realizada através de uma eletroválvula que
realiza descargas regulares e temporizadas, independentemente do volume de condensados acumulado, o que
provoca desperdícios energéticos ou uma deficiente descarga de condensados.

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Recolha de condensados

Purgas de condensados eletrónicas: Controlada eletronicamente, este tipo de purga monitoriza o depósito de
condensados com sensores de nível de líquido e descarrega-os apenas quando é necessário, evitando deste
modo desperdícios de ar comprimido e desperdícios de energia. Uma vez atingido um determinado nível, os
condensados são descarregados, através da abertura de uma electroválvula comandada pela unidade de
controlo. A descarga termina assim que o sensor detetar o nível mínimo de condensado, evitando que ar
comprimido seja desperdiçado. No caso de anomalia, estes equipamentos possuem sistemas de alarme que
sinalizam falhas de operação da purga.

A ineficiência das purgas de condensados constitui um dos principais desperdícios de energia. As purgas
eletrónicas com sensores de nível e sem perdas de ar são as mais eficientes e eficazes na recolha de
condensados. Este tipo de tecnologia permite elevar o condensado para cotas acima do seu nível de recolha,
devendo ser privilegiada a sua utilização quando existem sistemas de tratamento de condensados.

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Doc014/11 03-01-2022
Tratamento de condensados

Consoante o tipo de tecnologia de compressão, assim o tratamento/encaminhamento dos condensados deve


ser efetuado de forma diferenciada:
• Os condensados de equipamentos isentos de óleo podem ser diretamente encaminhados para o
esgoto, não necessitando de tratamento adicional.
• Os condensados de equipamentos lubrificados, antes de serem encaminhados para o esgoto, devem
ser tratados, para que o teor de óleo arrastado nos mesmos seja minimizado e esteja em conformidade
com a legislação em vigor, minimizando desta forma os impactos no meio ambiente.
Os separadores óleo/água devem ser instalados como parte integrante de um Sistema de Ar Comprimido.
São concebidos para a remoção do óleo, com uma performance que garanta o cumprimento das
rigorosas normas ambientais.

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Doc014/11 03-01-2022
Rede de distribuição de ar comprimido

É de importância não apenas o correto dimensionamento, mas também a correcta montagem das tubagens.

- As tubagens de ar comprimido requerem manutenção constante, razão pela qual não devem ser montadas
dentro de paredes ou cavidades estreitas, o controle da estanqueidade das tubagens ficaria extremamente
prejudicado em função dessa dificuldade de acesso.
- As tubagens devem ser montadas com um declive de 1 a 2%, na direção do fluxo,
por causa da formação de água condensada, é fundamental em tubagens horizontais
também instalar os ramais de tomadas de ar na parte superior do tubo principal.

- Nos pontos mais baixos das linhas deverão existir reservatórios


de condensados de recolha manual ou automática.
- As linhas de serviço deverão unir-se ás linhas de distribuição em
forma de pescoço de cavalo e deverão ficar o mais próximo possível
do local de trabalho.
- Instalação drenos (purgadores), que podem ser manuais ou
automáticos, nos pontos mais baixos, com distancias de 20 a
30m um do outro
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Doc014/11 03-01-2022
Rede de distribuição de ar comprimido

Ter em atenção nas redes de distribuição em:


- Pequena perda de carga entre a saída do compressor e os pontos de utilização;
- Inexistência de fugas;
- Eficiente separação dos condensados.

- Na rede interior de ar comprimido distinguem-se 3 tipos de linhas.


- Linha Principal ( faz a ligação entre o
compressor e a linha de distribuição)
- Linha de distribuição (distribui o ar pela
instalação)
- Linha de serviço são as baixadas (faz a
ligação entre a linha de distribuição e os
pontos de tomada de pressão para os
locais de trabalho)

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Doc014/11 03-01-2022
Rede de distribuição de ar comprimido

O traçado das linhas poderá ser em Aberto, Fechado (anel) ou ramificado ou combinação de ambos, por:

CIRCUITO ABERTO: o ar flui em um único sentido – impossibilita uma alimentação uniforme em todos os
pontos, mas facilita a recolha dos condensados;
- Consiste na instalação de só uma única tubagem em linha fornecedora de pressão.
- O ar do compressor atua em toda extensão da tubagem, que possui em posições estratégicas, os
pontos de distribuição do ar

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Doc014/11 03-01-2022
Rede de distribuição de ar comprimido

CIRCUITO FECHADO: Geralmente as tubulações principais são montadas em circuito fechado. Partindo da
tubagem principal, são instaladas as ligações em derivação.

- Quando o consumo de ar é muito grande, consegue-se mediante este tipo de montagem, uma
alimentação uniforme, ou seja uma maior equalização de pressões

- O ar flui em ambas as direções.

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Doc014/11 03-01-2022
Rede de distribuição de ar comprimido

CIRCUITO COMBINADO: Geralmente as tubagens principais são montadas em circuito fechado. Partindo da
tubagem principal, são instaladas as ligações em derivação.
- A rede combinada também é uma instalação em circuito fechado, a qual por suas ligações longitudinais e
transversais, oferece a possibilidade de trabalhar com ar em qualquer lugar.
- Mediante válvulas de fechamento existe a possibilidade de fechar determinadas linhas de ar comprimido
quando as mesmas não forem usadas ou quando for necessário pô-las fora de serviço por razões de reparação
e manutenção. Também pode ser feito um controle de estanqueidade.

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Doc014/11 03-01-2022
Rede de distribuição de ar comprimido

Material usado nas redes

Rede Principal: Cobre, tubo de aço preto, inox, aço-liga, latão, tubo de aço galvanizado, alumínio,
material sintético.

Tubagens secundárias: tubagens ás base de borracha (mangueiras) somente usadas onde for requerida
uma certa flexibilidade e onde, devido a um esforço mecânico mais elevado, não possam ser usadas
tubagens de material sintético

Tubagens em Alumínio Tubagens em Material Tubagens em Inox Tubagens em Poliamida


Sintético (Boracha)

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

Fase de dimensionamento:
1ª Fase Queda de pressão admissível
- Ter em atenção à pressão necessária no utilizador (ex: 6 bar )
- Pressão á saída do reservatório
Queda de pressão na rede (Linha principal + Linha de distribuição + Linha de serviço)
- não deve ser superior a 0,1 bar desde a saída do
reservatório até à tomada de pressão mais distante.
Quedas de pressão admissíveis a considerar:
- Linhas principais:0,01-0,02bar
- Linhas de distribuição:0,06bar
- Linhas de serviço:0,03bar
Queda de pressão desde a toma de pressão até à ferramenta
- não deve ser superior a 0,9 bar inclui raccord de ligação,
tubo flexível de ligação e filtro.
Conclusão desde a unidade de compressão até à ferramenta
utilização não pode existir um Ptotal superior a 0,9 bar +
0,1bar = 1 bar

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

2ª Fase Selecionar Material a Utilizar


- É necessário saber qual o facto de rugosidade para calculo das perdas de carga nas linhas
- Redes Fixas: Tubos em aço galvanizados, se o grau necessário assim o exigir poderá se utilizar aço
inoxidável ou cobre.
- Redes Flexíveis: Mangueiras flexíveis em borracha ou plástico reforçadas em ambos os casos

3ª Fase Definição do tipo de Distribuição da rede de ar comprimido


- Circuito Aberto, Fechado ou combinado

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

4ª Fase 4.1 - Cálculo da quantidade de ar necessário (l/s)


- É calculado tendo por base o consumo máximo de ar pela ferramenta e o seu grau de utilização
Grau de utilização - função dos períodos em que uma ferramenta está a ser utilizada
ao longo do dia, isto varia com o tipo de local de trabalho e o tipo de indústria.
Ferramenta Consumo de Ar (l/s) Quantidade Grau de utilização Necessidade de ar
(l/s)
Apertador M8 9 1 0,1 0,9
Apertadora M10 19 1 0,05 0,95
Berbequim <12mm 5 2 0,2 2
Retificadora 8 1 0,1 0,8
Roscadora 6 1 0,05 0,3
Aparafusadora 6 2 0,2 2,4
Pistola de Limpeza 6 4 0,3 7,2
Total 14,55 (l/s)

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

4.2 – Correção dos Valores do consumo de Ar (l/s)

Esta correção tem a ver com:


- Eventual expansão da instalação (+20%)
- Estado das ferramentas (desgaste +10%)
- Eventuais Fugas (5% a 15%)
𝑄𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑜 = 𝑄 × 1,05 × 1,1 × 1,2

4.3 – Calculo do diâmetro da tubagem


∆𝑃 - Perda de carga
Para o dimensionamento de uma rede de ar comprimido
deve ser considerada uma perda de carga máxima admissível 𝑓 - Factor de Fricção
(∆P) de 0,1 bar recorrendo à seguinte fórmula: Alumínio =280
Aço Galvanizado=450
𝑄1,85 × 𝐿 Q - Caudal (l/s)
∆𝑃 = 𝑓 × 5
𝑑 ×𝑃 L - Comprimento total Tubagem
P - Pressão absoluta

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

4.3.1 – Determinar o comprimento equivalente

Relativamente aos acessórios, curvas, tês,


válvulas e outras singularidades, há todo
interesse em limitar o seu número e
escolher aqueles que introduzam menos
perturbação/obstrução ao escoamento.

Ex: Para diâmetro DN50, considerando uma


curva de raio longo comparativamente a um
joelho, temos que o comprimento
equivalente do joelho é 5 vezes superior ao
da uma curva de raio longo, no caso 3
contra 0,6m.

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

4.3.2 – Calculo do diâmetro da tubagem a partir de gráficos

Quedas de pressão admissíveis


a considerar:
- Linhas principais:0,01-0,02bar
- Linhas de distribuição:0,06bar
- Linhas de serviço:0,03bar

 P(linha Principal) +  P (linha distribuição)  0,07bar


 P(linha Princ.) +  P (linha dist.) +  P(linha serviço)  0,1bar

Perda de Pressão em mangueiras flexíveis


Gráfico para determinar diâmetro de tubagens 49
Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

Exemplos:

Exemplo de um anel aberto com perdas de carga

Exemplo de um anel fechado com perdas de carga


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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

Exercício
Seja o caso de uma oficina metalomecânica, que possui três secções: uma de desmontagem de peças e soldadura,
uma outra de montagem e finalmente uma terceira de pintura e outros acabamentos. Cada uma desta secções
está separada por parede de tijolo, conforme o desenho.
Que irão ser usados:

1ª Secção (desmontagem e soldadura) 2ª Secção (montagem) 3ª Secção (pintura)


- 4 chaves de aperto até M10 - 4 chaves de aperto até M10 - 1 Equipamento de Pintura
- 3 berbequim para brocas até 12 mm - 3 Retificadoras - 1 Pistola de Limpeza
- 1 Esmeriladora - 2 Pistolas de Limpeza
- 2 Pistolas de limpeza

Por uma questão de funcionalidade pretende-se que haja diversos pontos de tomada de ar de ar comprimido, assim
distribuídos: 1ª Secção – 10 Tomadas; 2ª Secção – 10 Tomadas de ar; 3ª Secção – 5 tomadas de ar
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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

1ª Fase Qual a Queda de pressão admissível


No geral a pressão de serviço das ferramentas é de 6 a 7 bar
Queda de pressão na rede (Linha principal + Linha de distribuição + Linha de serviço)
- não deve ser superior a 0,1 bar desde a saída do reservatório até à tomada de pressão mais distante.
Queda de pressão desde a toma de pressão até à ferramenta
- não deve ser superior a 0,9 bar inclui raccord de ligação, tubo flexível de ligação e filtro.
Conclusão desde a unidade de compressão até à ferramenta utilização não pode existir um Ptotal superior
a 0,9 bar + 0,1bar = 1 bar

Assim se a ferramenta trabalhar a 7 kg/cm2, à saída da unidade de compressão dever-se-á ter 8 kg/cm2.
A Válvula de regulação da pressão no compressor deverá ser regulada para um valor um pouco mais
acima desses 8 bar para compensar as quedas de pressão da própria unidade compressora.

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

2ª Fase Selecionar Material a Utilizar


- É necessário saber qual o facto de rugosidade para calculo das perdas de carga nas linhas
Esta rede fixa de ar comprimido é executada em aço galvanizado

3ª Fase Definição do tipo de Distribuição da rede de ar comprimido


Sugestão para a rede de ar comprimido: Dimensões:
AB = CD = EF = 30m
AM = BL = CJ = DI =EM = FG =30m
Espessura das paredes =0,3cm
Linhas: ABCD – Linha Principal
AMLB – Linha de Distribuição
CJID – Linha de Distribuição
EFGH – Linha de Distribuição

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

4ª Fase 4.1 - Cálculo da quantidade de ar necessário (l/s)

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

1ª Secção
Ferramenta Consumo Qtd. Grau de Necessidade
de Ar (l/s) utilização de ar (l/s)
Chave de aperto 8 4 0,3 9,6
Berbequim<12mm 5 3 0,2 3
Esmeriladora 10 1 0,2 2
Pistola de Limpeza 8 2 0,1 1,6
Total 16,2 (l/s)

2ª Secção 3ª Secção
Ferramenta Consumo Qtd. Grau de Necessidade Ferramenta Consumo Qtd. Grau de Necessidade
de Ar (l/s) utilização de ar (l/s) de Ar (l/s) utilização de ar (l/s)
Chave de aperto 8 4 0,3 9,6 Pistola de Pintura 5 1 0,6 3
Retificadora 8 3 0,2 4,8 Pistola de Limpeza 6 1 0,1 0,6
Pistola de Limpeza 6 2 0,15 1,8 Total 3,6 (l/s)
Total 16,2 (l/s)

TOTAL = 16,2 + 16,2 + 3,6 = 36 l/s


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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

4.2 – Correção dos Valores do consumo de Ar (l/s)


Esta correção tem a ver com:
- Eventual expansão da instalação (+20%)
- Estado das ferramentas (desgaste +10%) 𝑄𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 𝑄 × 1,05 × 1,1 × 1,2
- Eventuais Fugas (5% a 15%)
𝑄𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 36 × 1,05 × 1,1 × 1,2
𝑄𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 49,9 𝑙/𝑠

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

5º Passo Dimensionamento da Tubagem


Comprimentos: De compressor a A= 5m
De A a D = 60m
De E a F = 30m
Todos os outros = 30m
ABCD – Linha Principal
AMLB – Linha de Distribuição
CJID – Linha de Distribuição
EFGH – Linha de Distribuição
Linhas de serviço de 1 a 25
A) Dimensionamento da Linha Principal A-D Acessórios
Pressão de ar na linha = 7 bar 1 Válvula de passagem
3 curvas 90
Comprimento da linha = 30+30+5 =65m 4 “T” (passagem)
Caudal de ar = 49,9 l/s
Queda de pressão admissível (à partida na linha) – 0,015 bar
Linhas principais:0,01-0,02bar

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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

Comprimento da Linha =65 m


A) Dimensionamento da Linha Principal A-D
Caudal de ar = 49,9 l/s
Pressão de ar na linha = 7 bar

Comprimento da linha = 30+30+5 =65m


Queda de pressão admissível (à partida na linha) – 0,015 bar

Diâmetro da tubagem = 50 mm

Caudal de ar
49,9 l/s
D= 50 mm
0,015 bar

Pressão 7 bar
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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

A) Dimensionamento da Linha Principal A-D


Acessório Qtd. Comprimento Comprimento
Unitário Equivalente (m)
Válvula de Passagem 1 3 3
(diagrama)
Curvas a 90ºC 3 0,6 1,8
“T” (passagem 4 1 4
Total 8,8m

Deverá então que para efeitos de cálculo do diâmetro da


tubagem principal o comprimento considerado ser 65 +
9=74m
Neste momento voltar-se á a utilizar o diagrama das
quedas de pressão e verificar se com este novo
comprimento a consequente queda de pressão fica
aceitável. No caso de ser excessiva, ter-se-á que refazer
os cálculos partindo de um valor menor para a queda de
pressão admissível à partida na linha.
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Doc014/11 03-01-2022
Dimensionamento de uma rede de ar comprimido

Comprimento da Linha =90 m


A) Dimensionamento da Linha de distribuição e de serviço

O dimensionamento das linhas de distribuição e de serviço faz-se seguindo


o mesmo método, usado para a linha principal, considerando-se em geral
neste caso que a queda de pressão admissível não deve exceder os 0,0606
bar para as linhas de distribuição e 0,03 bar para as linhas de serviço

Linha AMLB
Pressão de ar na linha = 7 bar
Comprimento da linha = 30+30+30 = 60m
Caudal de ar na primeira secção corrigido = 15,8 x 1,05 x 1,1 x 1,2 = 21,2 l/s
Queda de pressão admissível – 0,05 bar
Acessórios 6 “T” de passagem D= 32 mm
2 “T” de saída lateral Caudal de ar
2 Curvas a 90º 21,2 l/s
2 válvulas de passagem (registos)
0,05 bar
Diâmetro proposto = 30 mm
Pressão 7 bar
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Doc014/11 03-01-2022
Unidades Condicionadoras

Após a distribuição, o ar deve passar por um último tratamento específico para o tipo consumo em questão,
que consiste da filtragem, regulagem de pressão e introdução de certa quantidade de óleo para a lubrificação
das partes mecânicas dos componentes pneumáticos com os quais entrará em contato.
Este tratamento é realizado logo antes da entrada do ar comprimido nas máquinas ou equipamentos
que o consomem, em uma Unidade Condicionadora ou “Lubrifil” ou “Grupo Lubrifil”, cujas simbologias
são apresentadas

Símbolo detalhado e imagem de unidade condicionadora (com os seguintes elementos -


filtro com separador, válvula redutora de pressão, manômetro e lubrificador) Símbolo simplificado de unidade de condicionamento

Alguns grupos Lubrifil possuem ainda uma válvula secionadora de ar, utilizada em casos de necessidade de
despressurização ou desconexão do equipamento servido.

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Doc014/11 03-01-2022
Unidades Condicionadoras - Filtragem

Os sistemas pneumáticos são sistemas abertos; o ar após ser utilizado, tem escape para a atmosfera, enquanto
que a alimentação aspira ar livre constantemente. Este ar, por sua vez, está sujeito a contaminantes e às
impurezas procedentes da rede de distribuição.

A maioria destas impurezas é retirada, nos processos de preparação, mas as partículas pequenas ficam suspensas e são
arrastadas pelo fluxo de ar comprimido, agindo como abrasivos nas partes móveis dos elementos pneumáticos.

A filtragem do ar consiste na aplicação de dispositivos capazes de reter as impurezas suspensas no fluxo de ar,
e em suprimir ainda mais a umidade presente.

O equipamento normalmente utilizado para este fim, é o filtro de ar que atua de duas formas distintas:

- Pela ação da Força Centrífuga;


- Pela passagem do ar através de um elemento filtrante,
de bronze sinterizado ou malha de nylon.

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Doc014/11 03-01-2022
Unidades Condicionadoras - Filtragem

Funcionamento do filtro de ar
O ar entra no filtro pela conexão (E) e é forçado a ir de encontro ao defletor superior (D), cuja função é fazer
com que o ar descreva um movimento circular descendente, aumentando assim sua velocidade e,
através da força centrífuga e do resfriamento que a expansão do mesma causa, a água é condensada. As
partículas sólidas mais densas são jogadas de encontro às paredes do corpo do filtro (C), indo se depositar,
juntamente com a água no fundo do copo, por onde serão expulsos para a atmosfera através do dreno (A)
manual ou automático.
O ar atinge então o defletor inferior (B) onde haverá uma certa
eliminação da umidade e por onde o ar é lançado para cima
para então passar através do elemento filtrante (F), que pode
secção de um filtro de ar
ser de malha de nylon ou bronze sinterizado e que reterá as comprimido
partículas micrométricas de impurezas. Só então, que o ar
chegará à conexão de saída (S). Os elementos de bronze
sinterizados retêm impurezas de 120 até 3µm. A malha de
nylon retém partículas de 30µm.

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Doc014/11 03-01-2022
Unidades Condicionadoras

Drenos dos Filtros


Drenos são dispositivos fixados na parte inferior dos copos, que
servem para eliminar o condensado e impurezas, retidos pela ação de
filtragem. Podem ser manuais ou automáticos. Os drenos automáticos
são preferidos em locais de difícil acesso e sempre que possível, pois
eliminam a necessidade de um operador para retirar o condensado.

Reguladores de Pressão

Um sistema de produção de ar comprimido atende à demanda de ar


para vários equipamentos pneumáticos que, normalmente,
trabalham a pressões diferentes.
Deste modo, o regulador de pressão terá como função: manter a
pressão de trabalho constante na sua saída, mesmo que ocorra
variação de pressão na sua entrada, funcionar como válvula de
segurança e compensar o volume de ar requerido pelos equipamentos.

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Doc014/11 03-01-2022
Unidades Condicionadoras

Lubrificação
Os sistemas pneumáticos e seus componentes são constituídos de partes que possuem movimentos relativos
que se sujeitam a desgastes mútuos e consequente inutilização.
Para diminuir os efeitos desgastantes e as forças de atrito, a fim de facilitar os movimentos, os
equipamentos devem ser lubrificados sempre por meio do ar comprimido.
A lubrificação consiste em misturar uma quantidade controlada de óleo lubrificante ao ar comprimido, para que
ele carregue as gotículas de óleo em suspensão até às partes mecânicas internas e móveis dos equipamentos. O
controle é feito para não causar obstáculos na passagem de ar, problemas nas guarnições, etc.

O meio mais prático de efetuar este tipo de lubrificação é através do Lubrificador.

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Manutenção - Fugas

As fugas podem representar, em média, cerca de 10 a 15 % do consumo de ar comprimido num SAC,


havendo contudo instalações com valores superiores a estes (até 30-40%). Essas fugas devem ser localizadas e
reparadas com a máxima brevidade. Pequenas fugas são inevitáveis mesmo em redes bem concebidas e com
uma adequada manutenção, mas é inaceitável que o seu valor represente mais de 5% do consumo dos
compressores.
Tubagens degradadas por corrosão, uniões de tubos (roscas, flanges, válvulas, etc),
pontos de ligação através de “ligações rápidas”, mangueiras plásticas para
alimentação de máquinas, cilindros pneumáticos e electroválvulas de comando
pneumático, são normalmente os pontos que deverão ser foco de análise no
controlo de fugas.

A Tabela seguinte permite estimar caudais de fugas


de ar comprimido. Por exemplo, uma fuga num
Exemplo de uma Fuga
orifício com um diâmetro de 1 mm e a uma pressão
de 8 bar(a) corresponde a um desperdício de 0,08 11
m 3 /min

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Doc014/11 03-01-2022
Manutenção - Fugas

A Tabela seguinte permite


estimar caudais de fugas
de ar comprimido. Por
exemplo, uma fuga num
orifício com um diâmetro
de 1mm e a uma pressão
de 8bar corresponde a um
desperdício de 0,0811
m3/min

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Doc014/11 03-01-2022
Manutenção - Fugas

Identificação:
Hoje em dia é fácil localizar as fugas mesmo em ambientes ruidosos,
recorrendo a equipamentos que detetam o ponto exato com recurso a
aparelhos de ultrassons e sem necessidade de interromper a
laboração. Os métodos tradicionais de deteção (por audição, com
recurso a espuma de sabão, etc.) tornam-se pouco eficientes,
nomeadamente em ambientes ruidosos e de difícil acesso.

É importante que em todas as empresas utilizadoras de ar comprimido seja Aparelho de Ultrassons

prática comum a implementação de um programa regular de verificação e


eliminação de fugas de ar comprimido.

Alguns SAC têm caudalímetros instalados para efeitos de monitorização. Com tais dispositivos é possível
medir o consumo de ar comprimido quando os equipamentos produtivos não estão em operação, dando
assim uma boa indicação sobre o nível de fugas.
Na falta dessa instrumentação permanente, pode recorrer-se à sua instalação provisória.

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Doc014/11 03-01-2022
Manutenção - Fugas

Medição:

A medição deverá ser efetuada por método direto, recorrendo a um


caudalímetro para medição de caudal real, num período de paragem na
produção.

Não sendo possível medir, podemos sempre recorrer a outras alternativas, como
a que se indica a seguir. Aparelho de Ultrassons

Estimativa:
Existem métodos indiretos que permitem estimar este caudal de fugas de
forma grosseira, realizando o registo do tempo de queda de pressão de 1
bar, num volume estimado da rede (incluindo reservatórios).
Outra alternativa será registar o tempo de carga, num determinado
período, de um compressor de carga/vazio, tendo como base a
capacidade de referência desse compressor.
Cálculo de estimativa de fugas

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Doc014/11 03-01-2022
Manutenção - Compressores

Manutenção dos compressores, engloba: controlo sistemático e periódico da lubrificação, desgastes,


regulações, temperaturas, etc.
É importante ter-se um registo de todos os elementos relativos ao grupo compressor.

Anomalias mais frequentes Causas


a) Consumo de ar superior ao previsto. O cálculo do consumo não foi
1. Temperatura excessivamente elevada correto e o compressor funcionam mais tempo que o previsto
do ar comprimido
b) Fugas excessivas. O débito necessário aumenta

d) Temperatura excessiva do ar aspirado. Seja por falta de


arrefecimento do local, seja por proximidade com fonte de calor.
e) Aspiração defeituosa. Filtro colmatado. Conduta de aspiração
obstruída (a depressão criada aumenta a taxa de compressão).
f) Arrefecimento insuficiente, verificação sistema de arrefecimento
(órgãos mecânicos/circulação de água).
g) Má vedação das válvulas. Em geral é provocada pela formação de
calamidade nas sedes motivadas por:

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Doc014/11 03-01-2022
Manutenção - Compressores

Anomalias mais frequentes Causas


1. Temperatura excessivamente g) Má vedação das válvulas. Em geral é provocada pela formação de calamidade
elevada do ar comprimido nas sedes motivadas por: - Arrefecimento excessivo durante a compressão
- Uso de óleo não apropriado
- Má filtragem na aspiração
h) Má regulação do sistema do sistema de regulação. Pode Provocar:
- Pressão máxima ultrapassada
- Pressão máxima não atingida
- Intervalo entre pressão máxima e mínima muito pequena
i) Mal funcionamento mecânico do dispositivo de descompressão
k) Pressão do óleo insuficiente. Caudal de óleo insuficiente
Pode ser provocado por: - quantidade de óleo insuficiente no cárter
- Mau funcionamento da bomba de óleo
- Fugas no circuito de óleo
- Desgaste exagerado nos órgãos de transmissão
l) Óleo com características inadequadas para a lubrificação do compressor
n) Perda de velocidade de rotação do compressor. Em geral devida a questões
de tensão da rede elétrica.
p) Termómetro defeituoso. Dando uma leitura errada 71
Doc014/11 03-01-2022
Manutenção - Compressores

Anomalias mais frequentes Causas


2. Arrefecimento anormal dos k) Pressão do óleo insuficiente. Caudal de óleo insuficiente
órgãos mecânicos Pode ser provocado por: - quantidade de óleo insuficiente no cárter
- Mau funcionamento da bomba de óleo
- Fugas no circuito de óleo
- Desgaste exagerado nos órgãos de transmissão
3. Arrefecimento anormal do a) Consumo de ar superior ao previsto. O cálculo do consumo não foi correto e o
motor elétrico. compressor funcionam mais tempo que o previsto
b) Fugas excessivas. O débito necessário aumenta
e) Aspiração defeituosa. Filtro colmatado. Conduta de aspiração obstruída (a
depressão criada aumenta a taxa de compressão).
f) Arrefecimento insuficiente, verificação sistema de arrefecimento (órgãos
mecânicos/circulação de água).
h) Má regulação do sistema do sistema de regulação. Pode Provocar:
k) Pressão do óleo insuficiente. Caudal de óleo insuficiente
n) Perda de velocidade de rotação do compressor. Em geral devida a questões de
tensão da rede elétrica.
u) Arrefecimento do motor elétrico por razões meramente elétricas
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4. Potencia Absorvida excessiva d) Temperatura excessiva do ar aspirado. Seja por falta de arrefecimento do local,
seja por proximidade com fonte de calor.
e) Aspiração defeituosa. Filtro colmatado. Conduta de aspiração obstruída (a
depressão criada aumenta a taxa de compressão).
f) Arrefecimento insuficiente, verificação sistema de arrefecimento (órgãos
mecânicos/circulação de água).
h) Má regulação do sistema do sistema de regulação. Pode Provocar:
- Pressão máxima ultrapassada
- Pressão máxima não atingida
- Intervalo entre pressão máxima e mínima muito pequena
k) Pressão do óleo insuficiente. Caudal de óleo insuficiente
n) Perda de velocidade de rotação do compressor. Em geral devida a questões de
tensão da rede elétrica.
p) Termómetro defeituoso. Dando uma leitura errada

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5. Dificuldade em atingir a a) Consumo de ar superior ao previsto. O cálculo do consumo não foi correto e o
pressão máxima (nominal) compressor funcionam mais tempo que o previsto
b) Fugas excessivas. O débito necessário aumenta

h) Má regulação do sistema do sistema de regulação. Pode Provocar:


- Pressão máxima ultrapassada
- Pressão máxima não atingida
- Intervalo entre pressão máxima e mínima muito pequena
i) Mal funcionamento mecânico do dispositivo de descompressão
n) Perda de velocidade de rotação do compressor. Em geral devida a questões de
tensão da rede elétrica.
p) Manómetro defeituoso. Dando uma leitura errada

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6. Pressão máxima de h) Má regulação do sistema do sistema de regulação. Pode Provocar:
regulação ultrapassada - Pressão máxima ultrapassada
- Pressão máxima não atingida
- Intervalo entre pressão máxima e mínima muito pequena

i) Mal funcionamento mecânico do dispositivo de descompressão

n) Perda de velocidade de rotação do compressor. Em geral devida a questões de


tensão da rede elétrica.

p) Manómetro defeituoso. Dando uma leitura errada


7. Insuficiência ou perda total k) Pressão do óleo insuficiente. Caudal de óleo insuficiente
de pressão do óleo

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8. Consumo excessivo de óleo c) Consumo de ar inferior ao previsto. Se o sistema de regulação for do tipo “tudo oi
nada, por patamares (Funcionando a plena carga – funcionando em vazio) pode
provocar a passagem de óleo para a zona de compressão. Os vapores de óleo
podem inclusive, provocar riscos de explosão.
d) Temperatura excessiva do ar aspirado. Seja por falta de arrefecimento do local,
seja por proximidade com fonte de calor.
e) Aspiração defeituosa. Filtro colmatado. Conduta de aspiração obstruída (a
depressão criada aumenta a taxa de compressão).
j) Excesso de óleo no cárter.
l) Óleo com características inadequadas para a lubrificação do compressor.
9. Presença de água na rede m)Condensação de vapores de água e/ou de óleo

10. Presença de ar no circuito q) Desgastes anormais. Defeitos mecânicos


de água de arrefecimento

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11. Presença de água no óleo m)Condensação de vapores de água e/ou de óleo.
de lubrificação.

12. Ruido excessivo. Vibrações h) Má regulação do sistema do sistema de regulação. Pode Provocar:
anormais - Pressão máxima ultrapassada
- Pressão máxima não atingida
- Intervalo entre pressão máxima e mínima muito pequena
i) Mal funcionamento mecânico do dispositivo de descompressão
q) Desgastes anormais. Defeitos mecânicos.
r) Defeitos de instalação e montagem.
13. Motor não arranca s) Falta de corrente elétrica
t) Disparo de qualquer dispositivo de segurança

14. Motor para após alguns h) Má regulação do sistema do sistema de regulação. Pode Provocar:
segundos de funcionamento s) Falta de corrente elétrica
t) Disparo de qualquer dispositivo de segurança
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15. Motor para bruscamente h) Má regulação do sistema do sistema de regulação. Pode Provocar:
em pleno funcionamento - Pressão máxima ultrapassada
- Pressão máxima não atingida
- Intervalo entre pressão máxima e mínima muito pequena
f) Arrefecimento insuficiente, verificação sistema de arrefecimento (órgãos
mecânicos/circulação de água).

s) Falta de corrente elétrica

t) Disparo de qualquer dispositivo de segurança

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Autoria: Manuel Norberto dos Santos Presa

Data da última versão: 30 de Novembro 2022

Termos-chave:

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