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Vitória Gomes Rodrigues

Jamily Vitória da Silva Pontes


Fábio Ferraz

CONTRIBUIÇÕES QUE A ELETROPNEUMÁTICA TROUXE PARA O


CAMPO DA PNEUMÁTICA

Resumo

A competitividade existente no setor industrial impulsiona as organizações a procurar


soluções eficazes nos processos e atividades. Podemos dizer que a utilização e a eficácia
do sistema de ar comprimido na indústria são cada vez mais necessários por garantirem
mais precisão, tempo, e melhor demanda. A Pneumática deriva de uma longa história de
precisão e revolução. A indústria Pneumática continua a evoluir hoje passando a
produzir componentes que oferecem um pouco mais para melhorar a eficiência,
desempenho, funcionalidade de máquinas, equipamentos e instalações. Para ampliar as
possibilidades e campo na indústria e nas aplicações do cotidiano, a Eletropneumática
se encaixa como uma extensão para o setor industrial, possibilitando a combinação da
energia e de circuitos elétricos aos sistemas Pneumáticos, abrangendo novas
possibilidades de rendimento, avanço e economia. Os painéis Pneumáticos e
Eletropneumáticos são essenciais para organizar e simplificar atividades em estações de
trabalho automatizadas dentro das mais variadas plantas industriais. Nessa lógica, o
presente trabalho tem como objetivo discutir e analisar as contribuições que ao longo do
tempo a Eletropneumática conduziu a esfera dos sistemas Pneumáticos em geral.
Espera-se, com isso, sistematizar os componentes adquiridos pelas evoluções entre os
dois sistemas e destacar suas funcionalidades.

Palavras-chave: Pneumática, eletropneumática, avanço tecnológico, ar comprimido.

ABSTRACT

 The existing competitiveness in the industrial sector drives organizations to seek


effective solutions in processes and activities. We can say that the use and effectiveness
of the compressed air system in the industry are increasingly necessary to ensure more
precision, time, and better demand. Pneumatics derives from a long history of precision
and revolution. The Pneumatic industry continues to evolve today, starting to produce
components that offer a little more to improve the efficiency, performance, functionality
of machines, equipment and installations. To expand the possibilities and field in
industry and in everyday applications, Electropneumatics fits as an extension to the
industrial sector, enabling the combination of energy and electrical circuits to Pneumatic
systems, covering new possibilities for performance, advancement and economy. The
Pneumatic and Electropneumatic panels are essential to organize and simplify activities
in automated workstations within the most varied industrial plants. In this logic, the
present work aims to discuss and analyze the contributions that Electropneumatics has
led over time to the sphere of Pneumatic systems in general. It is expected, with this, to
systematize the components acquired by the evolutions between the two systems and to
highlight their functionalities.

Keywords: Pneumatics, electropneumatics, technological advance, compressed air.

1.Introdução

O cenário atual da indústria exige soluções cada vez mais rápidas, precisas e
confiáveis. Nesse prisma, o ar comprimido é uma forma de transferência de energia
amplamente utilizada com inúmeras aplicações, chegando a competir com a energia
elétrica em algumas áreas de aplicação (Fialho 2011). O presente trabalho desenvolve o
estudo das contribuições adquiridas na Pneumática através da eletropneumática. Na
automação há diversos tipos de comandos de máquinas, entre eles, os sistemas
pneumáticos. Nos dias atuais se têm vastas informações sobre essa área. Uma delas é
que esse tipo de automação se destaca por realizar inúmeras atividades no chão de
fábrica. Com isso, para melhoria de processos automatizados e visando enriquecer esta
área, surgiu a eletropneumática, que trouxe maior segurança e reduziu os riscos de
acidentes e praticidade para o sistema industrial, que tem como base a energia elétrica
se somando a energia Pneumática.
Mas não só de vantagens se tem a eletropneumática. Suas grandes desvantagens
são, por exemplo, velocidades muito baixas, são mais difíceis de serem obtidas com o ar
comprimido devido suas propriedades físicas, necessidade de uma boa preparação para
realizar o trabalho proposto (Fialho 2011).
2.Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo destacar a evolução que a eletropneumática


trouxe para os processos pneumáticos, destacando quais foram as inovações para a
melhoria do seu desempenho das plantas industriais.

2.2 Objetivos Específicos

 Evidenciar a importância da eletropneumática na Pneumática, destacando as


melhorias da sua utilização;
 Analisar quais os implementos provenientes da fusão desses dois sistemas
(botoeiras, sinalizadores, chaves fim de curso, sensores, relés);
 Elaborar circuitos utilizando os dois sistemas para nível de comparação.

3.Referencial Teórico

3.1 História da Pneumática
 
O século I destacou o primeiro registro do uso da Pneumática, quando o
matemático grego Heron de Alexandria descreveu o uso do vento para gerar energia e
transportar objetos. No entanto, a técnica só ganhou evidência no século XVI, com a
invenção da primeira bomba de vácuo a utilizar pressão do ar pelo físico alemão Otto
Von Guericke. O século XIX é emblemático na evolução da Pneumática, pois muitos
estudiosos passaram a aplicar o ar comprimido para diversas funcionalidades, o que
resultou em descobertas como: o primeiro trem de metrô pneumático, tubos
pneumáticos utilizados no transporte de cartas, a broca Pneumática etc.
Ver ilustrações a seguir:

(Foto ilustrativa)
A virada do século XX marca uma nova evolução da Pneumática, com o uso dos
seus componentes, pela primeira vez, em motores a jato sob a forma de compressores
centrífugos e de fluxo axial. Novos desenvolvimentos ocorreram ao longo desse período
com avanços em dispositivos de economia de trabalho na forma de máquinas que
ajudariam, e até reduziriam, a necessidade de mão de obra. 

No final da década de 60, os primeiros componentes pneumáticos controlados


digitalmente começaram a entrar no mercado, revolucionando novamente a forma como
este equipamento altamente eficaz desempenhou um papel importante na vida cotidiana
(Ciryno 2017).

3.2 Pneumática

Conforme Fialho (2011), a palavra Pneumática deriva do Grego pneuma, “ar,


vento, sopro”, logo a Pneumática é o sopro em movimento, ciência que estuda o uso do
gás ou ar pressurizado. Portanto, a tecnologia da Pneumática envolve o uso de ar ou gás
pressurizado para mover objetos e máquinas. 

Devido à necessidade de certas indústrias para transportar itens urgentes em uma


distância relativamente curta, a Pneumática tornou-se popular e a melhor opção para a
época. A Pneumática se destaca por ser mais simples e barata, além de apresentar
desempenhos superiores, possuem a capacidade de solucionar maiores pré-requisitos de
automação. Tais vantagens são amplamente refletidas pelas características de seu fluido
de trabalho, o ar. O circuito pneumático possui elementos que convertem, diretamente, a
energia do ar comprimido em energia mecânica, e podem ser caracterizados pela
compressão, secagem e linha de distribuição.
A seguir será descrito os principais elementos que compõem os circuitos
Pneumáticos.

3.2.1 Compressores
Os compressores são máquinas projetadas para aumentar a pressão de um
determinado volume de ar, sob condições atmosféricas, até uma determinada pressão
necessária para realizar o trabalho (Guedes 2012). O ar comprimido é armazenado em
tanques ligados aos compressores, onde só será acionado quando possuir pressão
suficiente no tanque que nutre um determinado sistema.
(Foto ilustrativa)

 
3.2.2 LUBRIFIL
Por conseguinte, Fialho (2011) destaca que além de reduzir a pressão, é possível
mantê-la sempre constante e com isso as forças e velocidades desenvolvidas pelos
automatismos podem ser garantidas durante os processos. O ar comprimido passa por
um processo de preparação antes de sua aplicação. Depois, o ar comprimido passa pelo
filtro de ar que tem o objetivo de remover impurezas, esse processo é realizado pelo
LUBRIFIL, ou também chamado de filtro, regulador e lubrificador. O regulador já vem
com um manômetro acoplado.

3.2.3 Tubulações
Fialho (2011) afirma que para a concretização de um circuito é necessária uma
linha de distribuição. Os tubos pneumáticos são condutores de ar comprimido, gases e
líquidos. São itens muito versáteis que funcionam em baixa e alta pressão, com
diferentes fluidos e em diferentes temperaturas. A principal tarefa dos tubos é completar
a estrutura funcional do dispositivo, sendo responsáveis pela linha de distribuição do ar
comprimido por todo o circuito pneumático. 

(Foto ilustrativa)

3.2.4 Atuadores
Brugnari e Maestrelli (2010) ressaltam que os atuadores atendem a comandos
que podem ser manuais ou automáticos, ou seja, qualquer elemento que realize um
comando recebido de outro dispositivo, com base em uma entrada ou critério a ser
seguido. O atuador Pneumático é um dispositivo que converte a energia armazenada no
ar comprimido (energia Pneumática) em movimento mecânico, onde o ar pressurizado é
contido e deixado expandir, à medida que o ar se expande, a diferença de pressão entre
o interior da câmara e a pressão atmosférica natural faz com que o gás acumule energia.
O ar é então liberado do interior da câmara de maneira controlada, de modo que seja
direcionado para um pistão, engrenagem ou algum outro dispositivo mecânico. O pistão
é então usado para realizar o trabalho real a ser feito. Os atuadores pneumáticos podem
ser de simples ou dupla ação. Os atuadores de simples ação são equipados com molas
encapsuladas montadas internamente que podem atuar em um movimento de abertura
ou fechamento. Neste caso, o ar comprimido é responsável por movimentar o
mecanismo em apenas um sentido, comprimindo as molas, que retornam ao seu estado
original distendido após o término da aplicação.

(Foto ilustrativa)

3.2.5 Acionamentos
Concluída a distribuição das linhas, o circuito demanda por elementos de grupos
de válvulas que podem ser, botões de acionamento, direcionadoras de fluxo, válvulas
fins-de-curso, entre outras. Esses elementos podem ser utilizados para controlar o
acionamento dos elementos de trabalho bem como os de sinalização. A sinalização de
um circuito se dá por meio de lâmpadas ou alarmes. Dentro da constituição de um
circuito pneumático ainda podem ser aplicados contadores de ciclos ou temporizadores
que controlam o sequenciamento de tarefas dentro da atividade pretendida (Fialho
2011).

3.3 Eletropneumática

Caracterizada como uma grande evolução e refinamento da pneumática, a


eletropneumática tem como base a energia elétrica e a própria energia pneumática. A
eletropneumática pode ser definida como uma tecnologia ligada à geração, controle e
distribuição de potência, que faz uso de fluidos comprimidos/pressurizados como
“combustível”. Ou seja, o sistema eletropneumático é uma “fusão” da eletricidade e da
pneumática, duas grandezas essenciais para a área industrial, permitindo o controle de
movimentos e forças através da interação dessas grandezas. O sistema eletropneumático
visa controlar as forças e movimentos da pneumática através de elementos de entrada,
processamento e saída de sinais, controladores lógicos ou outros componentes de
comandos elétricos Mattede (2006).

(Foto ilustrativa)

3.3.1 Circuito Eletropneumático

Conforme Mattede (2006), é possível sistematizar um circuito eletropneumático


que basicamente segue o fluxo abaixo e é composto por:
 Suprimento de Ar: O ar pressurizado ou comprimido é acumulado, na maioria
das vezes, por um compressor e passa por um secador, a fim de reduzir a sua
umidade;

 Elementos de Sinal: Fornecem informações contínuas sobre o andamento das


operações que estão sendo realizadas para os elementos de processamento de
sinais;

 Elementos de Processamento de Sinais (EPS): Recebem as informações dos


sensores elétricos e as combinam com a sequência de operação, produzindo o
acionamento elétrico para a próxima etapa;

 Elementos de Comando: Recebem o acionamento elétrico e o executam,


acionando os elementos de trabalho. Contatores, válvulas pneumáticas e relés
são exemplos de elementos de comando;

 Elementos de Trabalho: Acionados pelos elementos de comando, transformam


a energia pneumática e a energia elétrica em outros tipos de energia como a
energia mecânica por exemplo. Motores pneumáticos, motores elétricos e
cilindros são exemplos de elementos de trabalho.
Figura x Diagrama de um circuito eletropneumático automatizado.

4. Materiais e Metodos

O estudo baseou-ser na união de dados, a partir de uma pesquisa bibliográfica e na


coleta de informações no Laboratório de pneumática do Instituto Federal Da Paraíba
CAMPUS-Itabaiana. Como pesquisa principal, buscando fatores que destacavam as
vantagens que foram adquiridas, e reunir informações através da observação das peças e
desempenho dos dois circuitos.
Com isso, a pesquisa bibliográfica e laboratorial desempenha papel fundamental na
formação do trabalho, haja vista que a aplicação prática dessa temática no âmbito da
automação é vasta, mas suas informações são limitadas, gerando assim, um conjunto
menor de dados, informações e análises, no qual, somente pela pesquisa bibliográfica
não seria possível a conclusão do trabalho, necessitando na investigação de campo. Para
isso, foram utilizados diversos mecanismos digitais, teses, artigos científicos, livros, que
unidos formataram este trabalho, além de buscas de trabalhos, pesquisas em
documentos digitais e nos repositórios de universidades e instituições, como UFPB,
IFPB e UNIPAMPA, que possuem pesquisas amplamente desenvolvidas.
Desse modo, a pesquisa teve como medida inicial reunir diversos estudos que
abordassem os principais fatores da evolução eletropneumática, e como isso afetou a
pneumática. Por conseguinte, foi analisado o desempenho desses dois circuitos na
prática, por meio de observações e simulações, gerando uma análise mais ampla para o
desenvolvimento do trabalho, e assim, possibilitando maiores conhecimentos, notando
que esse tema é pouco trabalhado.

5.Resultados e Discussões
Neste estudo nota-se, também, que, as contribuições da eletropneumática na pneumática
se estalam desde aos seus componentes até mesmo ao seu funcionamento, gerando,
consequentemente, vantajosas versatibilidades. Nisso, Entre esses mecanismos
destacam-se:
5.1Diferença perante os dois circuitos

A diferença entre os dois tipos de paineis está no modo de acionamento, que pode ser
muscular (pneumático) ou elétrico (eletropneumático). Na primeira opção, o ar
comprimido é utilizado para transmitir potencia aos motores. A utilização da
pneumática na indústria traz vantagens e economia para a linha de produção.
(Luchenbecker). Os equipamentos pneumáticos são mais robustos e, portanto, podem
ser aplicados em ambientes mais hostis, sujeitos a poeira, umidade, atmosferas
corrosivas e explosivas. A pneumática normalmente é uma opção mais barata, mais
flexível e segura, são mais fáceis de desenhar e instalar, principalmente porque os
cilindros pneumáticos são simples para realizar um movimento linear.

Para sistemas eletropneumáticos, existe uma combinação de energia e circuitos elétricos


em sistemas pneumáticos, ou seja, é necessário o uso de componentes para entrada e
saída de sinais elétricos e componentes pneumáticos (Luchenbecker). A
eletropneumática além de interligar o ar comprimido com a eletricidade, também trouxe
alguns componentes que possibilitaram novas contribuições e avanços tecnológicos,
podendo ser notado no sistema abaixo:

5.2Versatibilidade nos Componentes


A utilização de sistemas eletropneumáticos em substituição aos sistemas pneumáticos
mostra-se vantajosa em diversas situações que envolvam velocidade de transmissão,
perdas, segurança e etc. Observando a Cadeia de Comando abaixo, podemos considerar
como interessante a utilização de elementos essencialmente pneumáticos nos dois
primeiros níveis (Elemento de Trabalho e Elemento Auxiliar), ficando todos os demais
níveis voltados à utilização de Sistemas Elétricos. Com isso estaríamos eliminando as
perdas por vazamentos, velocidade de transmissão de sinais, respostas dos elementos
sensores, nota-se também a adição de novos componentes elétricos que
consequentemente torna o circuito versátil.

3.6 COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS

Com as notáveis evoluções tecnológicas interfere consideravelmente no seu


desempenho dos circuitos trabalhados. A utilização de sistemas eletropneumáticos ao
invés de sistemas pneumáticos tem se mostrado vantajosa em diversas situações que
envolvem velocidade de transmissão, perdas e segurança.

Características: PNEUMÁTICO ELÉTRICO


Complexibilidade Simples Média/Alta
Transmissão Limitada e lenta Rápida/Possibilita longas distâncias
Força Baixo Alto
Precisão no Boa Alta
posicionamento
Velocidade de Aprox. 2 mm/ s Aprox. 300.000 km/s
transmissão
Proteção contra Excelente Baixa
sobrecarga
Custo de compra Baixo Alto
Custo de manutenção Baixo Baixo
Eficiência Baixa Alta
Nessa lógica, torna-se evidente que esses fatores corroboram para que, durante a
execução, os processos eletropneumáticos se destaquem em paralelo aos processos
pneumáticos. Destacando um alto desempenho e

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