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Sistemas de Controle e Acionamentos

Eletromecânicos

Eletropneumática – Alexson Rodrigues


Automação Eletropneumática

O propósito deste módulo é de entender alguns dos


questionamentos relacionados a esses sistemas e responder a
dúvidas referentes a eles. É importante salientar que neste
material serão apresentadas questões e aplicações cotidianas de
tais sistemas, com a finalidade de promover um entendimento
claro e conciso no que diz respeito às suas aplicações. Também
serão abordados conceitos e definições dos fundamentos e
princípios físicos da pneumática, assim como a interação com a
eletricidade.
Automação Eletropneumática

Vantagens

Redução dos custos operacionais

A rapidez nos movimentos pneumáticos e a libertação do


operário (homem) de operações repetitivas possibilitam o
aumento do ritmo de trabalho, aumento de produtividade e,
portanto, um menor custo operacional.
Automação Eletropneumática

Vantagens

Robustez dos componentes pneumáticos

A robustez inerente aos controles pneumáticos torna-os


relativamente insensíveis a vibrações e golpes, permitindo que
ações mecânicas do próprio processo sirvam de sinal para as
diversas sequências de operação.
Automação Eletropneumática

Vantagens

Facilidade de implantação

Pequenas modificações nas máquinas convencionais, aliadas


à disponibilidade de ar comprimido, são os requisitos necessários
para implantação dos controles pneumáticos.
Automação Eletropneumática

Vantagens

Resistência a ambientes hostis

Poeira, atmosfera corrosiva, oscilações de temperatura,


umidade, submersão em líquidos, raramente prejudicam os
componentes pneumáticos, quando projetados para essa
finalidade.
Automação Eletropneumática

Vantagens

Simplicidade de manipulação

Os controles pneumáticos não necessitam de operários


especializados para sua manipulação.
Automação Eletropneumática

Vantagens

Segurança

Como os equipamentos pneumáticos envolvem sempre


pressões moderadas, tornam-se seguros contra possíveis
acidentes, quer no pessoal, quer no próprio equipamento, além
de evitarem problemas de explosão.
Automação Eletropneumática

Desvantagens

Velocidades baixas

São difíceis de se obter com o ar comprimido, devido as suas


propriedades físicas.
Automação Eletropneumática

Desvantagens

Força

Como a pressão é baixa, as forças envolvidas são pequenas se


comparadas aos outros sistemas.
Automação Eletropneumática

Desvantagens

Escape de ar

O escape do ar é ruidoso. Com o desenvolvimento de


silenciadores, este problema está atualmente solucionado.
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Princípio de Pascal

Constata-se que o ar é muito compressível sob ação de pequenas forças.


Quando contido em um recipiente fechado, o ar exerce uma pressão igual
sobre as paredes, em todos os sentidos. Por Blaise Pascal temos: "A pressão
exercida em um líquido confinado em forma estática atua em todos os
sentidos e direções, com a mesma intensidade, exercendo forças iguais em
áreas iguais".
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Princípio de Pascal
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Características do Ar

O ar possui algumas características que o tornam útil na


realização de trabalhos que gerariam grande esforço ao ser
humano, mas, para tanto, o ar precisa ser tratado. A seguir
veremos essas principais características do ar e como é feito o
processo de preparação do mesmo.
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Compressibilidade do Ar

Quando o ar entra em um recipiente, ele ocupa todo o seu


espaço interno, mas, se aplicarmos uma força, e ela for maior que
a pressão do ar dentro do recipiente, esse ar será comprimido.
Portanto, essa é uma das suas características: o ar tem a
capacidade de ser comprimido.
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Compressibilidade do Ar
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Elasticidade do Ar

Essa característica é inversa em relação à anterior. Sendo


assim, imagine agora que após aplicar uma força no êmbolo da
seringa e ter compactado ao máximo o volume de ar dentro dela,
você soltou o êmbolo. Quando isso acontecer, o ar empurrará o
êmbolo na direção contrária à força aplicada à sua posição inicial,
fazendo com que a seringa retorne ao seu volume inicial.
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Elasticidade do Ar
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Expansibilidade e do Ar

É a característica que o ar tem de ocupar todo o recipiente em


que ele está confinado.
Automação Eletropneumática

Princípios físicos do ar

Difusibilidade do Ar

Essa é a característica que o ar possui de misturar-se


homogeneamente com qualquer outro gás.
Automação Eletropneumática

Produção do Ar Comprimido

Compressores – Características, Tipos e Aplicações


Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Deslocamento dinâmico – sua forma de compressão se


dá através do aumento da velocidade com sua saída retardada.
Imagine a situação seguinte: você tem um ventilador na sua casa,
você liga-o na tomada e na frente coloca um funil com a ponta
tendo diâmetro de 1milímetro. Então, quando o ventilador soprar,
o ar virá com uma velocidade muito grande, porém, como a saída
será bem pequena, ocorrerá um atraso e isso fará o ar ganhar
pressão, pois terá muito ar entrando e pouco ar saindo.
Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Deslocamento dinâmico
Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Deslocamento positivo – Seu funcionamento é bastante


similar ao exemplo da seringa, onde o ar é comprimido e depois é
retirado com um valor de pressão maior. No caso desse tipo de
compressor, existem duas válvulas: uma de admissão e outra de
descarga. A de sucção (admissão) é por onde o ar será admitido
pelo compressor e condicionado na sua estrutura interna. O
movimento do pistão irá comprimir esse ar, reduzindo o seu
volume e consequentemente aumentando a sua pressão.
Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Deslocamento positivo
Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Deslocamento duplo estágio:

Compressores alternativos de duplo estágio são utilizados


quando se faz necessária uma pressão um pouco maior, já que o
ar irá passar duas vezes pelo processo de compressão: um que
comprime em baixa pressão e o outro comprime em alta pressão.
Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Deslocamento duplo estágio:


Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Compressor Parafuso:

Compressor tipo parafuso é utilizado quando precisamos de


grandes vazões, por exemplo, o circuito pneumático possui muitos
equipamentos para serem alimentados pelo ar vindo do
compressor. Esse tipo de compressor possui hélices que giram
impulsionando o ar dentro do seu corpo e a diferença de área faz
com que ocorra a compressão.
Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Compressor Parafuso:
Automação Eletropneumática

Compressores – características, tipos e aplicações

Compressor Parafuso:
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Resfriador

O resfriador posterior é simplesmente um trocador de calor,


colocado entre a saída do compressor e o reservatório, utilizado
para resfriar o ar comprimido.
Através desse resfriamento tem-se uma retirada de cerca de 75%
a 90% do vapor de água contido no ar, bem como, a retirada
de uma certa quantidade de óleo proveniente do compressor.
Automação Eletropneumática

Produção e Distribuição do Ar Comprimido

Resfriador Posterior
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Reservatório
Um sistema de ar comprimido é dotado de um ou
mais reservatórios, que desempenham as seguintes funções no
processo de produção:
• Armazenar o ar comprimido;
• Auxiliar na eliminação do condensado;
• Compensar as flutuações de pressão em todo o sistema de
distribuição;
• Manter a pressão constante na linha de distribuição.
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Reservatório
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Desumidificação

Esse processo diminui ainda mais a umidade do ar, deixando-


o ainda seco e pronto para o trabalho. Pode ser que após esse
processo ainda exista umidade, mas a uma taxa insignificante para
o sistema. Existem três formas de fazê-las:
a) Secagem por refrigeração;
b) Secagem por absorção;
c) Secagem por adsorção.
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Secagem por Refrigeração


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Secagem por Refrigeração

https://www.youtube.com/watch?v=XGBils7S_pI
Automação Eletropneumática

Produção e Distribuição do Ar Comprimido

Secagem por Absorção


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Secagem por Adsorção


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Secagem por Adsorção


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Filtro coalescente

Os filtros coalescentes são especialmente projetados para


remoção de micro partículas sólidas, de óleo e de água do ar
comprimido.
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Unidade de conservação (Lubrefil)

Após passar por todo o processo de produção, tratamento e


distribuição, o ar comprimido deve sofrer um último
condicionamento antes de ser colocado para trabalhar, a fim de
produzir melhores desempenhos. Para isto, existem
componentes de tratamento preliminar do ar comprimido após a
rede primária de ar. Esses componentes reunidos formam a
unidade de conservação ou lubrefil.
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Os componentes da unidade são os seguintes:

• filtro;
• válvula reguladora de pressão (regulador);
• lubrificador.
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Função de cada
componente da unidade
de conservação:
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Junção dos componente e suas simbologias:


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Rede de Redistribuição
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Rede de Redistribuição
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Válvulas de fechamento na linha de distribuição


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Curvatura
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Rede de Redistribuição

a) Inclinação: toda rede de distribuição pneumática deve ter


inclinação entre 0,5 a 2% do comprimento reto da tubulação. Essa
relação permite que, se ocorrer alguma formação de água após os
secadores, o líquido escorre até o ponto mais baixo da tubulação
para ser drenado.
Automação Eletropneumática

Produção e Distribuição do Ar Comprimido

Inclinação
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Rede de Redistribuição

b) Tomadas de ar: são conexões que vão para os equipamentos,


elas devem ser feitas na parte superior do tubo, diminuindo ainda
mais a probabilidade de a umidade ir para os equipamentos,
garantindo assim maior durabilidade.
Automação Eletropneumática

Rede de distribuição
Automação Eletropneumática
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Sistema de tubulação para distribuição de ar comprimido e vácuo


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Seleção do material da tubulação


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Seleção do material da tubulação


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Seleção do material da tubulação


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Tubulação secundária

A escolha do tubo que irá compor a instalação secundária e o seu


material constituinte assim como as conexões e acessórios que tenham
a mesma resistência do tubo são fatores importantes para definir uma
tubulação confiável e de grande longevidade.
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Tubulação secundária

Tubo rigidos
• Cobre, latão, aço mole e outros - mais aplicado em montagens rígidas com
temperaturas altas.
Tubos/mangueiras flexiveis
• Poliuretano - mais comum em sistemas pneumático. Temperatura até 50°C e pressão
de até 10 bar;
• Nylon/poliamida - resistente à alguns produtos químicos, graxas e uma grande
variedade de lubrificantes, temperaturas até 80°C e pressões de até 12 bar;
• Polietileno - boa resistência à exposição solar e aplicações com gases e líquidos, pode
ser aplicado em ambientes alimentares e farmacêuticos. Temperatura até 60°C e
pressão até 12 bar;
• Fluoropolímero - excelente resistência química, podendo conduzir fluidos altamente
agressivos ou alimentos. Temperatura recomendada até 140°C e pressão até 20 bar.
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Tubulação secundária
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Conexões para tubulações secundárias


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Conexões de baixa pressão


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Vazamento e perda de potência em furos


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Exemplo de custo de vazamento


Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

A importância dos componentes pneumáticos com sistema Non-lube

As válvulas e cilindros com sistema Non-lube não precisam de


lubrificação. Elas não poluem o ambiente e eliminam a necessidade
constante de reposição de óleo, o que diminui também os gastos.
Automação Eletropneumática

Produção, preparação e distribuição

Exemplo de custo do consumo de óleo

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