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Sistemas Eletro-Hidropneumáticos
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente da Confederação Nacional da Indústria
Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
Sistemas Eletro-Hidropneumáticos
Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consenimento do editor. Material em conformidade com a nova ortograia da língua portuguesa.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
C172s
Camargo, Guilherme de Oliveira
Sistemas Eletro-Hidropneumáticos / Guilherme de Oliveira Camargo. –
Florianópolis : SENAI/SC, 2010.
119 p. : il. color ; 28 cm.
CDU 621.22+621.5
Com acesso livre a uma eiciente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro proissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualiicados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.
Anexos 103
10 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação
Competências
Conhecimentos
Habilidades
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 11
Aitudes
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 13
Unidade de
estudo 1
Seções de estudo
Seção 1 – Pressão
Seção 2 – Vazão
Grandezas Físicas da
Hidráulica e da Pneumática
Você verá a seguir as principais grandezas físicas, seus conceitos e uni- Pressão: é a força exercida
dades de medida para que possa compreender melhor o funcionamento por unidade de área.
dos sistemas hidráulicos e pneumáticos.
SEÇÃO 1
Pressão
Nesta seção, pressão será o tema estudado. Entre outros destaques você
aprenderá os tipos de pressão, as unidades de pressão e a classiicação
dos sistemas quanto à pressão.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 17
Classiicação dos siste-
Existem três ipos de pressão. São elas:
mas quanto à pressão
▪ pressão atmosférica – é o peso da coluna de ar da atmosfera
em 1 cm² de área; De acordo com a National Fluid
▪ pressão relaiva – é a pressão registrada no manômetro; Power Association (NFPA), classii-
camos os sistemas quanto à pres-
▪ pressão absoluta – é a soma da pressão manométrica com a
pressão atmosférica. são da seguinte forma:
Q = V/t
Q = Vazão
V = Volume deslocado
t = tempo
Decímetro cúbico
dm3/seg 1 dm3/seg = 1 l/seg =15,8502 GPM
por segundo
Pés cúbicos por
t3/h 1 t3/h = 0,472 l/min = 0,125 GPM
hora
Fonte: SENAI/SC (2004, p. 28).
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 19
Unidade de
estudo 3
Seções de estudo
Seção 1 – Introdução
Seção 2 – Princípio da Muliplicação de
Energia
Fundamentos da Hidráulica
Nas duas seções desta unidade
você estudará os fundamentos da
hidráulica. A primeira seção faz
uma introdução ao tema, enquan-
to a segunda trata do princípio da
multiplicação de energia.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 21
Unidade de
estudo 4
Seções de estudo
Seção 1 – Reservatório
Seção 2 – Bombas de
Deslocamento posiivo
Seção 3 – Válvulas Direcionais
hidráulicas
Seção 4 – Válvulas de Retenção
Seção 5 – Válvulas Reguladoras de Vazão
Seção 6 – Válvulas Reguladoras de Pressão
Seção 7 – Fluidos Hidráulicos
Seção 8 – Filtros Hidráulicos
Seção 9 – Atuadores para
Sistemas Hidráulicos
Composição de um Sistema Hidráulico
Nesta unidade você irá estudar a composição de um sistema hidráulico.
Ao longo de 9 seções você acompanhará uma abordagem completa so-
SEÇÃO 1
bre este tipo de sistema. Reservatório
Um sistema hidráulico, independente do trabalho que irá realizar, é com-
posto dos grupos seguintes. Acompanhe. Nesta seção você estudará as ca-
racterísticas do reservatório em
um sistema hidráulico.
Figura 7 - Reservatório
Fonte: Festo Didacic (2001, p. 76).
No reservatório encontraremos
a tampa de inspeção, o bocal de
enchimento, o respiro, o visor
de nível e no seu interior a pla-
ca deletora (chicana), que tem a
função de reduzir a turbulência e
evitar que o luido de retorno seja
sugado sem antes ter circulado
pelo reservatório para trocar calor
e decantar impurezas.
Figura 6 - Sistema Hidráulico
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 23
Simbologia
Reservatório
aberto
Reservatório
pressurizado
SEÇÃO 2
Bombas de
Deslocamento
Posiivo Figura 8 - Bomba de Engrenagem
Fonte: Festo Didacic (2001, p. 72).
A Seção 2 aborda bombas de des-
Caracterísicas
locamento positivo, bombas que,
teoricamente, fornecem vazão in- Rendimento de 80 a 85% Deslocamento ípico de 250 cm3/r
dependente da pressão. Pressão ípica de 250 bar Apenas deslocamento ixo
As bombas de deslocamento po-
Geralmente ruidosa Boa resistência à contaminação
sitivo podem ser de engrenagens,
de palhetas ou de pistões. Compacta e de pouco peso Pouca possibilidade de manutenção
Baixo custo Resistente aos efeitos da cavitação
Bombas de
engrenagens Simbologia
Compostas de uma carcaça com
orifícios de entrada e saída do De deslocamento
luido e um mecanismo de bom- ixo unidirecional
beamento (engrenagem movida
e motora). Com o desengrena-
mento das engrenagens motora Bombas de palhetas
e movida, o luido é conduzido
da entrada para a saída nos vãos Seu mecanismo de bombeamento é composto de um rotor, palhetas,
formados pelos dentes das en- anel e placas com aberturas de entradas e saídas, além do mecanismo de
grenagens e as paredes internas ajuste de pressão e vazão.
da carcaça da bomba; com o en-
grenamento das engrenagens, o
luido é forçado para a saída da
bomba.
Simbologia
Bomba de
deslocamento
ixo
unidirecional Figura 10 - Bomba de Pistões
Fonte: Racine (1987, p. 144).
Bomba de Caracterísicas
deslocamento
variável Rendimento em torno de 95% Simbologia
unidirecional
Deslocamento ípico 500 cm /r 3
com Bomba de
compensação Alta eiciência total deslocamento ixo
de pressão unidirecional
Vazão ixa ou variável
Pouca tolerância a impurezas Bomba de
deslocamento
Pressão ípica 700 bar
variável
Possibilidade de montagem unidirecional com
múlipla compensação de
pressão
Compacta
Bomba de
deslocamento
variável
bidirecional com
compensação de
pressão
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 25
SEÇÃO 3
Válvulas Direcionais
Hidráulicas
Agora que você já estudou as
bombas, conhecerá a composição
e a simbologias das válvulas.
As válvulas são compostas de um
corpo com ligações internas que
são conectadas e desconectadas
por uma parte móvel que é o car-
retel. Para identiicar a simbologia
de uma válvula devemos conside-
rar o número de posições, vias,
posição normal e o tipo de acio-
namento.
Alavanca Mola
Botão Detente
Pedal Solenóide
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 27
Válvula de retenção sim-
ples: bloqueiam a passa-
SEÇÃO 4
gem do luxo em um senido, Válvulas de Retenção
permiindo o luxo reverso livre.
Nesta seção você irá estudar as válvulas de retenção, válvulas de cons-
Válvula de retenção pilo- trução simples e pequenas se comparadas a outros componentes hidráu-
tada: permite o luxo em licos, mas com funções importantes.
uma direção, sendo que na di- Válvulas de retenção possuem construção simples e são pequenas quan-
reção contrária só exisirá luxo do comparadas a outros componentes hidráulicos, mas desenvolvem
quando o êmbolo de pilotagem várias funções importantes nos sistemas hidráulicos, sendo a segurança
receber pressão e abrir a válvula
a principal delas.
principal.
SEÇÃO 6
Válvulas Reguladoras de Pressão
A Seção 6 mostra as válvulas reguladoras de pressão, cujo nome já ex-
plica sua função.
As válvulas reguladoras de pressão controlam a pressão de um sistema
hidráulico. Elas são de posicionamento ininito, ou seja, podem assumir
diversas posições, desde totalmente aberta até totalmente fechada.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 29
A pressão de trabalho age con- Tipos de luidos e suas caracterísicas.
tra um elemento de vedação que
é mantido pressionado contra
a sede por meio de uma mola.
Quando a pressão de trabalho
for maior do que a força da mola,
o elemento de vedação se afasta
da sede, deslocando o excesso de
pressão ao tanque.
Nesta seção você estudou as vál-
vulas reguladoras de pressão. A
próxima seção lhe orientará quan-
to aos luidos hidráulicos.
SEÇÃO 7
Fluidos Hidráulicos
Agora você irá estudar funções,
tipos e características dos luidos
hidráulicos.
Lubriicar
Os aditivos são produtos químicos que adicionados ao óleo melhoram
Vedar suas características ou criam novas características. Como exemplos te-
Trocar calor mos: antiespumante, inibidores de corrosão, antidesgaste, etc. Apesar
de não existirem normas nem diretrizes legais que deinam a compati-
bilidade de um luido com o meio ambiente, já se veriica na prática a
Um bom luido hidráulico, com utilização dos luidos não poluentes, como os biodegradáveis.
uma boa iltragem, contribuirá
muito para o aumento da vida útil
dos componentes. O mais usado é
o óleo mineral a base de petróleo,
que recebe aditivos em sua com-
posição para adequá-lo ao uso em
sistemas hidráulicos.
SEÇÃO 8
Filtros Hidráulicos
Figura 17 - Filtros Hidráulicos
Durante esta seção você será
Fonte: Parker (2008, p. 34).
apresentado às características dos
iltros hidráulicos.
Os iltros hidráulicos possuem a
função de reter as partículas inso- Filtros hidráulicos
lúveis do luido. Os iltros, bem
como os elementos iltrantes, po-
dem ser de diversos tipos e mo-
delos, recomenda-se que o iltro Tipos de iltros:
seja dimensionado para permitir ▪ de sucção – 100 a 150 mícrons, são os iltros montados entre o
a passagem de no mínimo três reservatório e a bomba;
vezes a vazão do sistema. O iltro ▪ de pressão – 0,1 a 20 mícrons, são iltros montados antes de
no sistema hidráulico é muito im- alguns componentes que requeiram um grau de iltragem mais
portante, pois em estudos realiza- apurado, como servoválvulas, motores de pistões axiais, válvulas
dos icou provado que entre 70 e proporcionais, entre outros;
80% dos problemas acorridos em ▪ de retorno – 40 a 80 mícrons, são os iltros montados na linha de
sistemas hidráulicos estão relacio- retorno do luido para o reservatório.
nados à qualidade do óleo.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 31
SEÇÃO 9
Atuadores para Sistemas Hidráulicos
Você sabe o que são atuadores para sistemas hidráulicos? Conhece sua
função?
Os atuadores possuem como função a conversão de energia hidráulica
em energia mecânica linear ou rotativa, dependendo de seu tipo constru-
tivo. Veremos a seguir os atuadores mais comuns de serem encontrados
na indústria.
Simbologia
Atuador
linear de
dupla ação
Atuador
rotaivo
Oscilador
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 33
Unidade de
estudo 5
Seções de estudo
Seção 1 – Introdução
Seção 2 – Caracterísicas da Pneumáica
Fundamentos da Pneumática
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 35
Caracterísicas do ar Propriedades ísicas do ar
comprimido
▪ Compressibilidade: propriedade do ar que permite a redução do
▪ Quantidade: o ar, ao ser seu volume sob a ação de uma força externa, resultando no aumento
comprimido, é encontrado em de sua pressão.
quantidade ilimitada na atmos-
fera.
▪ Transporte: o ar comprimido
é facilmente transportável por tu-
bulações, mesmo para distâncias
consideravelmente grandes. Não
há necessidade de se preocupar
com o retorno do ar.
▪ Armazenamento: o ar Figura 21 - Compressibilidade do Ar
comprimido pode ser sempre
armazenado em um reservatório
e, posteriormente, utilizado ou ▪ Elasticidade: propriedade do ar que possibilita voltar ao seu volu-
transportado. me inicial uma vez extinta a força externa responsável pela redução de
volume.
▪ Temperatura: o trabalho
realizado com o ar comprimido é
insensível às oscilações de tempe-
ratura. Isso garante um funcio-
namento seguro em situações
extremas.
▪ Segurança: não existe o
perigo de explosão ou de incên-
dio. Portanto, não são necessá-
Figura 22 - Elasicidade do Ar
rias custosas proteções contra
explosões.
▪ Velocidade: o ar comprimido, ▪ Difusibilidade: propriedade do ar que permite se misturar homo-
devido à sua baixa viscosidade, geneamente com qualquer meio gasoso que não esteja saturado.
é um meio de transmissão de
energia muito veloz.
▪ Preparação: o ar comprimido
requer boa preparação. Impure-
zas e umidade devem ser evita-
das, pois provocam desgaste nos
elementos pneumáticos.
▪ Limpeza: o ar comprimido é
limpo, mas o ar de exaustão dos
componentes libera óleo pulveri-
zado na atmosfera.
▪ Custo: estabelecendo o valor Figura 23 - Difusibilidade do Ar
1 para a energia elétrica, a relação
com a pneumática e hidráulica é a
seguinte: Elétrica < Pneumática <
Hidráulica.
Aplicações da pneumáica
A pneumática pode ser usada em todos os seguimentos industriais e de
transporte para a realização de movimentos lineares, rotativos e outros.
▪ Movimentos lineares: ixar, levantar, alimentar, transportar, abrir,
fechar.
▪ Movimentos rotativos: lixar, furar, cortar, aparafusar, rosquear.
▪ Outros: pulverizar, pintar, soprar, transportar.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 37
Unidade de
estudo 6
Seções de estudo
Seção 1 – Compressores
Seção 2 – Redes de Distribuição
do Ar Comprimido
Seção 3 – Unidade de
Conservação de Ar
Seção 4 – Válvulas Direcionais
Pneumáicas
Seção 5 – Atuadores para
Sistemas Pneumáicos
Composição de um Sistema
Pneumático
Nesta unidade você estudará a composição de um sistema pneumático. Os rotores são sincronizados por
Assim como vimos na hidráulica, a pneumática também se divide em meio de engrenagens, entretanto,
quatro grupos. existem fabricantes que fazem
com que um rotor acione o ou-
tro por contato direto. O proces-
so mais comum é acionar o rotor
macho, obtendo-se uma velocida-
de elevada do rotor fêmea.
SEÇÃO 2
Compressor de êmbo- Figura 25 - Compressor de Êmbolo
lo (pistões) Fonte: Festo Didacic (2001, p. 15).
Redes de Distribuição
Este compressor é um dos mais
do Ar Comprimido
usados e conhecidos, pois ele é Compressor de Esta seção apresenta as redes de
apropriado não só para compres-
parafusos distribuição de ar comprimido,
são a baixas e médias pressões,
sequência natural após você ter
mas também para pressões altas. Este compressor é dotado de uma estudado os compressores.
O movimento alternativo é trans- carcaça na qual giram dois rotores
mitido para o pistão por meio de helicoidais em sentidos opostos. A rede de distribuição de ar com-
um sistema virabrequim e biela, Um dos rotores possui lóbulos primido compreende todas as
fazendo assim o pistão subir e convexos e o outro uma depres- tubulações que saem do reserva-
descer. Iniciando o movimento são côncava, são denominados, tório, passando pelo secador. Uni-
descendente, o ar é aspirado por respectivamente, rotor macho e das, as tubulações orientam o ar
fêmea. comprimido até os pontos indivi-
duais de utilização.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 39
A rede possui duas funções básicas:
SEÇÃO 3
▪ funcionar como um reservatório para atender as exigências locais; Unidade de
▪ comunicar a fonte com os equipamentos consumidores. Conservação de Ar
Você sabe o que é unidade de
conservação de ar? Ela se destina
a iltrar, regular a pressão. e, em
Numa rede distribuidora, para que haja eiciência, segurança e econo- alguns casos, adicionar óleo ao ar
mia, são importantes três pontos: antes de ser utilizado nos equipa-
▪ baixa queda de pressão entre a instalação do compressor e os mentos.
pontos de uilizações; Após passar por todo o processo
▪ apresentar o mínimo de vazamento; de produção, tratamento e distri-
▪ boa capacidade de separação do condensado em todo o sistema. buição, o ar comprimido deve so-
frer um último condicionamento,
antes de ser utilizado nos equipa-
mentos. Esse condicionamento
consiste em iltragem, regulagem
da pressão e, em alguns casos,
lubriicação (que atualmente está
deixando de ser utilizada, pois os
componentes já possuem lubrii-
cação própria). Uma das maneiras
de fazer isso acontecer é a insta-
lação da unidade de conservação
de ar.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 41
SEÇÃO 5 Atuador linear de simples ação com retorno por mola
Atuadores para Realiza trabalho em um sentido.
Sistemas
Pneumáicos
Estude agora, nesta seção, os atu-
adores para sistemas pneumáti-
cos, componentes com função si-
milar à dos atuadores hidráulicos:
transformar a energia pneumática
Figura 30 - Atuador Linear de Simples Ação
em energia mecânica linear ou ro-
Fonte: Festo Didacic (2001, p. 36).
tativa.
Como visto anteriormente em
hidráulica, os atuadores pneumá-
ticos também convertem energia
pneumática em energia mecânica Simbologia
linear ou rotativa dependendo de
seu tipo construtivo. A seguir ve- Atuador linear de simples ação com
remos os tipos mais comuns utili- retorno por mola
zados na indústria.
Simbologia
Simbologia
Figura 33 - Oscilador
Fonte: Festo Didacic (2001, p. 41).
Simbologia
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 43
Unidade de
estudo 7
Seções de estudo
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 45
Quando nós aproximamos um material carregado positivamente de um Corrente elétrica
carregado negativamente, ocorre um luxo de elétrons do polo negativo
para o positivo (sentido real). De forma análoga, podemos dizer que a
(representada por I)
tensão elétrica é equivalente à pressão de um sistema hidráulico, o líqui- É o luxo de elétrons pelo con-
do se movimentará pelo duto se existir diferença de pressão, a mesma lei dutor que ocorre sempre quando
vale para a eletricidade, os elétrons se movimentarão pelo condutor se houver uma diferença de poten-
existir diferença de tensão. cial (tensão), buscando o equi-
líbrio elétrico. A passagem dos
elétrons ocorre naturalmente pelo
io de cobre, passando de um áto-
mo para outro átomo até atingir o
outro extremo.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 47
Correntes acima de 50 mA (0,05 A)
são perigosas para o homem se o
percurso da mesma passar através
do coração.
Condutância e
resistência
Quando, nos exemplos anterio-
res, nós falamos sobre a corrente Figura 40 - Representação da Condutância
elétrica circulando pelos mate- Fonte: Saggin (2002, p. 9).
riais, para simpliicar não citamos
a facilidade ou oposição que ela
poderia encontrar ao atravessar
esses materiais. A facilidade que
a corrente elétrica encontra, ao
percorrer os materiais, é chamada
de condutância. Essa grandeza é
representada pela letra (G).
A condutância é o
inverso da resistência
A condutância e a resistência elé-
trica se manifestam com maior ou
menor intensidade nos diversos
tipos de materiais. Por exemplo:
no cobre, a condutância é maior Figura 42 - Comparação entre Resistência e Condutância
que a resistência; já no plástico, Fonte: Saggin (2002, p. 9).
a resistência é muito maior que a
condutância.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 49
Associação de resistores em Potência elétrica (representada por P)
paralelo: Vários resistores estão
associados em paralelo quando É uma grandeza elétrica frequentemente utilizada para os cálculos de um
são ligados pelos terminais de circuito. A potência é deinida como sendo a razão de um trabalho e é
modo que iquem submetidos à obtida do produto da tensão e da corrente em um circuito de corrente
mesma ddp. contínua.
P = E. I
Sendo:
P= potência elétrica em wat;
E= tensão elétrica em volt;
I = corrente elétrica em ampère.
Linhas de tempo
Se, além disso, colocarmos uma peça de aço (também chamada martelo
ou núcleo) no centro da bobina, o campo magnético gerado pela pas-
Corrente
sagem de uma corrente elétrica na bobina irá se comportar da seguinte
forma:
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 51
Pelo fato de o ferro ser excelente condutor e o ar péssimo condutor, o
núcleo de aço é atraído pelo campo magnético para uma determinada
posição quando a bobina é percorrida por uma corrente elétrica (i).
Figura 48 - Armadura
Fonte: Racine (1987, p. 14).
Oscilações de tensão
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 53
Unidade de
estudo 8
Seções de estudo
SEÇÃO 1
Deinição de
Comando
Nesta seção a deinição de co-
mando conforme DIN 19226
será abordada. Preste atenção às
ilustrações, pois elas lhe auxiliarão
no seu aprendizado.
Figura 50 - Comando de Interligação
“Comandar e controlar são fe- Fonte: Sotware Automaion Studio 5.6 (2009).
nômenos gerados no interior de
um sistema, no qual uma ou mais
grandezas inluenciam, como Comando Sequencial
grandeza de entrada, outras como
grandezas de saídas, de acordo O comando sequencial é um comando no qual se efetua um passo para
com as leis do próprio sistema” após executar o passo seguinte, dependendo das condições impostas
(DIN 19226, 1994 apud DRES- pela sequência.
CH JUNIOR, 2006, p. 10). As
ações se originam de elementos Representação do Fluxo de Sinais
de transferência e de cadeias de
comandos. Trabalhando com uma única técnica
Comando, na linguagem comum, Entrada de Sinais Processamento de sinais Saída de sinais
é um dispositivo ou meio que ser-
ve para acionar grandes cargas,
utilizando energias menores, ou
ainda, acionar de forma manual
com a interferência do homem Trabalhando com diferentes técnicas em um sistema
(botão, alavanca). Entrada Processamento Conversão Saída
Os tipos de comando podem ser de Sinais de sinais de sinais de Sinais
de interligação ou sequencial.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 55
Formas de Energias
para Acionamento
Saída de sinal da parte
Uilizadas na Automação
hidráulica de trabalho
S1=Conversor de sinal
SEÇÃO 2
Representação das Sequências de Movimentos
Nesta seção você verá as maneiras com as sequências de movimento
podem ser representadas.
Quando os procedimentos de comando são mais complicados ou temos
que reparar grandes instalações, é uma ótima ajuda para o técnico de
manutenção dispor dos esquemas de comando e sequências de movi-
mentos para o desenvolvimento do trabalho nos equipamentos.
DICA
Exemplo
Pacotes chegam sobre um transportador de rolos, são levados por
um cilindro pneumáico A e empurrados por um segundo cilindro
B sobre um segundo transportador. Nisso, devido ao enunciado do
problema, o cilindro B deverá retornar apenas quando A houver al-
cançado a posição inal recuada.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 57
Figura 52 - Transportador de Rolos
Fonte: Saggin (2002, p. 45).
Representação
Abreviada em Sequência
Algébrica
Na sequência algébrica, a letra
maiúscula representa o atuador,
enquanto que o sinal algébrico,
o movimento. Sinal positivo (+)
para o avanço e negativo (-) para
o retorno.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 59
Unidade de
estudo 9
Seções de estudo
Seção 1 – Botoeiras
Seção 2 – Relés e Contatores
Seção 3 – Relés Temporizadores
Seção 4 – Contador Digital de
Impulso
Seção 5 – Limitador de Curso
Seção 6 – Sensores
Seção 7 – Detectores de Pressão
Seção 8 – Transdutores Eletrônicos de
Pressão
Seção 9 – Transdutores Eletrônicos de
Posição
Elementos Eletro-hidropneumáticos
Nesta unidade serão abordados
os elementos eletro-hidropneu-
SEÇÃO 2
máticos. Você não só aprenderá Relés e Contatores
os símbolos, mas também conhe-
cerá o funcionamento, a aplicação O que são relés? E contatores? Qual é a utilidade desses elementos?
e a construção dos elementos que Essas perguntas serão respondidas nesta seção.
compõem o sistema. Bom estudo!
A energia elétrica de comando ou
de acionamento é processada por Relés: são uilizados para o processamento de sinais e para o controle
elementos como: sensores, relés, remoto de circuitos que transportam correntes elevadas. Na realida-
contactores, condutores, motores de, o relé nada mais é do que um interruptor acionado eletromagne-
e outros. Devido à simplicidade icamente para determinadas capacidades de ligação.
dos elementos, eles são represen-
tados em esquemas de comando
por meio de símbolos, dessa for-
ma, facilitam a interpretação para
a montagem e manutenção. Po-
rém não basta somente conhecer
os símbolos, temos que conhecer
o funcionamento, a aplicação e
a construção dos elementos que
compõem o sistema.
SEÇÃO 1
Botoeiras
Botoeiras são chaves acionadas
manualmente que possuem nor-
malmente um contato aberto e
outro fechado. De acordo com o
tipo de sinal a ser enviado ao co-
mando elétrico, as botoeiras são Figura 56 - Relé Metaltex
caracterizadas como pulsadoras Fonte: Metaltex (2009, p. 35).
ou com trava.w
Figura 55 - Botoeiras
Fonte: Weg (2002, p. 1).
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 61
Relé de tempo com retardo
na energização: alimentan-
do-se o aparelho, a tempo-
rização se inicia. Depois de
transcorrido o tempo selecio-
nado na escala, o relé de sa-
ída é energizado, comutando
seus contatos.
Figura 57 - Contator
Fonte: Weg (2002, p. 30).
Sensor Induivo
Em máquinas ou dispositivos, frequentemente é necessário detectar par-
tes móveis ou objetos metálicos, assim como tarefas de contagem, que
não possibilitam o uso convencional de chaves im de curso. Para esses
casos, podem ser empregados os sensores indutivos. Os sensores induti-
vos estão constituídos por um circuito oscilador, um circuito de disparo
e um circuito ampliicador.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 63
Quando qualquer tipo de material
é aproximado da face sensora, ou
seja, do campo elétrico, o dielé-
trico do meio se altera, alterando
também o dielétrico do capacitor
frontal do sensor. Como o oscila-
dor do sensor é controlado pelo
capacitor frontal, quando aproxi-
mamos um material, a capacitân-
cia também se altera, provocando
uma mudança no circuito oscila-
dor. Tal variação é convertida em
um sinal contínuo que comparado
com um valor padrão passa a atu-
Figura 62 - Sensor Induivo ar no estágio de saída.
Fonte: Festo Didacic (2001, p. 65).
Princípio de
O oscilador gera, através de uma bobina, um campo magnético alterna- Funcionamento de um
do de alta frequência que se manifesta em forma de calota esférica na
Sensor Ópico
face do sensor. Ao ser introduzido nesse campo alternado um corpo
metálico, são produzidas correntes parasitas neste, absorvendo energia O princípio de funcionamento
do oscilador. Em virtude disso, a tensão do oscilador cai, acionando o dos sensores ópticos se baseia na
circuito disparador, que emite um sinal. Posteriormente, esse sinal é am- existência de dois componentes, o
pliicado para ser compatibilizado com a carga a ser comandada. emissor e o receptor. O emissor,
na maioria das vezes um fotodio-
do, é a fonte de luz que cria a re-
Sensor Capaciivo gião ativa do sensor. O receptor é
Os sensores capacitivos reagem a todos os materiais, metálicos ou não. um componente fotoelétrico que
O princípio de funcionamento se baseia na geração de um campo elétri- monitora continuamente a inten-
co por meio de um oscilador controlado por um capacitor. O capacitor sidade de luz que o atinge.
é formado por duas placas metálicas carregadas com cargas elétricas Quando a luz gerada pelo emissor
opostas, montadas na face sensora, de forma a projetar o campo mag- de alguma forma atinge o receptor
nético para fora do sensor, formando, assim, um capacitor que possui com intensidade suiciente para
como dielétrico o ar. ativá-lo, o sensoriamento é então
executado e o sinal óptico é con-
vertido em elétrico, comandando
o estágio de saída do sensor.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 65
Estes sensores são apropriados para altas distâncias (até 10 m) e isso Os cabos de ibra óptica têm
dependerá exclusivamente de suas próprias características. Como para sido normalmente aplicados em
serem acionados a interrupção do facho luminoso é necessária, não são conjunto com sensores ópticos
indicados para detecção de objetos transparentes, sendo apropriados de maneira vantajosa nas seguin-
para detecção de objetos escuros ou de superfícies espelhadas. tes situações: sensoriamento em
locais de difícil acesso; detecção
em objetos em locais de tempera-
turas elevadas (até 200 ºC); e em
aplicações nas quais o elemento
sensor deverá ser ixado em pe-
ças móveis. Esses elementos são
fornecidos em diferentes versões,
de maneira a reproduzir as formas
de detecção dos sensores por re-
lexão difusa, por retrorrelexão e
por barreira de luz.
Após concluir os estudos dos sen-
sores, prossiga para Seção 7, que
abordará os detectores de pressão.
Figura 70 - Pressostato
Fonte: Rexroth Hidráulica (2005, p. 263).
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 67
SEÇÃO 8
Transdutores Eletrônicos de Pressão
Transdutores eletrônicos de pressão são dispositivos que geram um sinal
elétrico analógico, proporcional ao valor da pressão à que são submeti-
dos. Esse assunto é o tema desta seção.
São dispositivos que geram um sinal elétrico analógico, proporcional ao
valor da pressão à que são submetidos. Este dispositivo vem sendo lar-
gamente utilizado em aplicações como monitoração e/ou controle de
processos envolvendo pressão, forças de cilindros, nível de líquidos, etc.
O sinal de saída gerado pelo transmissor pode ser em corrente e/ou em
tensão.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 69
Unidade de
estudo 10
Seções de estudo
Seção 1 – Introdução
Seção 2 – Válvula Direcional
Hidráulica Pré-operada
Seção 3 – Válvula Direcional
Pneumáica de Acionamento Direto
Seção 4 – Válvula Direcional
Pneumáica de Acionamento Indireto
Eletroválvulas
SEÇÃO 1
Introdução
A Seção 1 faz uma introdução ao assunto estudado nesta unidade: as Dentre os solenóides convencio-
eletroválvulas. Nela serão apresentados os solenóides, componentes ele- nais existem dois tipos constru-
tromecânicos que transformam a energia elétrica em energia mecânica tivos básicos: solenóides a seco
linear. e solenóides em banho de óleo.
Como visto anteriormente, solenóides são componentes eletromecâni- Quanto ao sinal de alimentação,
cos que transformam energia elétrica em energia mecânica linear. Nos podem ser alimentados com cor-
sistemas hidráulicos e pneumáticos, os solenóides que têm sido tradi- rente contínua ou alternada. Os
cionalmente utilizados são do tipo digital. Como a denominação deixa solenóides a seco receberam essa
claro, esses solenóides possuem duas posições de equilíbrio, totalmente denominação porque todo o sole-
energizado ou totalmente desenergizado. O princípio de operação dos nóide é isolado do luido hidráu-
solenóides, independente do seu tipo construtivo, é bastante similar, lico e, portanto, o núcleo móvel
podendo ser resumido da seguinte forma: o solenóide é constituído se desloca através de um espaço
basicamente de um núcleo ixo, um núcleo móvel, mola de retorno e de ar quando o solenóide é ener-
bobina. Quando o solenóide está desenergizado, o núcleo móvel é man- gizado. Estes solenóides tiveram
tido através da ação de uma mola de retorno afastado do núcleo ixo. seu desenvolvimento e aplicação
anterior aos solenóides em banho
de óleo, encontrando aplicação
até os dias atuais, apesar de apre-
sentarem alguns inconvenientes.
O primeiro inconveniente é a ex-
cessiva geração de calor no sole-
nóide, especialmente para sole-
nóides alimentados com corrente
alternada e que operam em equi-
pamentos com uma frequência de
Figura 73 - Válvula Direcional Hidráulica com Acionamento Direto (Em Repouso) acionamentos muito grande, ha-
Fonte: Rexroth Hidráulica (2005, p. 168). vendo o risco de queima do sole-
nóide. O segundo inconveniente é
Quando uma corrente elétrica é aplicada à bobina, esta gera um campo a necessidade da vedação dinâmi-
magnético, o qual atrai o núcleo móvel que, por sua vez, desloca o ca, entre o pino de acionamento
carretel da válvula dando nova direção ao luxo do luido. e o corpo da válvula, o que pode
permitir eventuais vazamentos de
luido hidráulico para o interior do
solenóide e daí para o seu exterior.
SEÇÃO 2 171).
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 73
Unidade de
estudo 11
Seções de estudo
SEÇÃO 1
Tipos de Proteção de Meios de Serviços
Elétricos
Nesta seção você conhecerá os tipos de proteção existentes ao se traba-
lhar com eletricidade.
A norma DIN 40050:1993 é direcionada à proteção de pessoas contra
contato de partes energizadas ou partes internas que podem ser tocadas
pelas mãos. Além disso, trata sobre a proteção de meios de serviços
contra a penetração de corpos estranhos e de água. A formação da sigla
consiste em duas letras, IP (International Protection), e dois números para o
grau de proteção, sendo que o primeiro representa o grau de proteção à
penetração de corpos estranhos e o segundo número representa o grau
de proteção contra a iniltração de água, conforme a tabela a seguir.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 75
SEÇÃO 2
Letras de Ideniicação para Elementos
Elétricos
Nesta seção você irá estudar as letras de identiicação para os elementos Nesta seção você conheceu as le-
elétricos (DIN 40719:1978). Esse assunto é muito importante, pois para tras de identiicação dos elemen-
um perfeito entendimento de um comando, é necessária a correta inter- tos elétricos (DIN 40719:1978).
pretação de sua representação gráica. Continuando a estudar a respeito
Para um perfeito entendimento de um comando, é necessária a correta de identiicação, você verá na pró-
interpretação de sua representação gráica, que é o esquema. A repre- xima seção a identiicação dos cir-
sentação deve conter todas as informações e identiicações para os com- cuitos eletro-hidropneumáticos.
ponentes, assim como uma disposição que contemple uma leitura fácil.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 77
Unidade de
estudo 12
Seções de estudo
SEÇÃO 1
Circuito de Comando de um Cilindro de
Simples Ação
O êmbolo de um cilindro de simples ação deve avançar pelo acionamen-
to de um botão. Ao soltar o botão, o cilindro deve retornar.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 79
SEÇÃO 2
Circuito de Comando de um Cilindro de Dupla
Ação
SEÇÃO 3
Circuito de Comando Bilateral
Com um impulso no botão o cilindro irá avançar e permanecer no i-
nal do curso, com um impulso em outro botão receberá um sinal para
recuar.
SEÇÃO 5
Circuito de Comando
de um Cilindro de
Simples Ação com
Autorretenção
Elétrica
Ao acionar um botão, o êmbolo
de um cilindro de simples ação
deverá avançar e acender uma Figura 84 - Circuito de Comando com Autorretenção Elétrica
lâmpada até o acionamento de Fonte: Sotware Automaion Studio 5.6 (2009).
outro botão.
SEÇÃO 6
Circuito de comando
de um cilindro de du-
pla ação com
temporização
Circuito de comando de um cilin-
dro de dupla ação com tempori-
zação em S2 (retardo na energiza-
Figura 85 - Circuito de Comando com Temporização
ção). Ao ser acionado um botão
Fonte: Sotware Automaion Studio 5.6 (2009).
de impulso, o êmbolo do cilindro
deverá avançar e ao chegar ao i-
nal do curso deverá contar um
tempo e depois recuar.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 81
Unidade de
estudo 13
Seções de estudo
Existem basicamente três As caixas que chegam ao dispositivo por meio de uma esteira transpor-
métodos de elaboração dos
tadora de rolos deverão ser levantadas pelo cilindro A. O cilindro B,
circuitos eletro-hidropneu-
máicos:
ao chegar à posição superior, deverá empurrar a caixa para a segunda
esteira, em seguida o cilindro A deverá retornar, e somente quando este
▪ intuiivo; alcançar a posição traseira, o cilindro B deverá retornar.
▪ minimização de contatos Nesta seção você viu o método intuitivo. Na próxima seção você estu-
ou seqüência mínima;
dará a primeira solução.
▪ maximização de contatos
ou cadeia estacionária.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 83
SEÇÃO 2
Primeira Solução
Você sabe o que é primeira solução? É o que você estudará agora, na
Seção 2.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 85
Você terminou de estudar Seção 2, a primeira solução. A Seção 3 é con-
tinuação desta: a segunda solução.
SEÇÃO 4
Método Minimização
SEÇÃO 3 de Contatos (Sequên-
Segunda Solução cia Mínima)
Esta seção descreve o método mi-
Agora que você já foi apresentado à primeira solução, pode avançar e nimização de contatos.
estudar a segunda solução.
Este método tem como objetivo
Esta é a segunda solução para a sequência de funcionamento do exem- reduzir o número de relés auxi-
plo anterior, utilizando válvulas direcionais com retorno por mola. liares utilizados no comando elé-
Desenhar os cilindros A e B, com as válvulas direcionais de acionamen- trico. É aplicado, principalmente,
to unilateral e retorno por mola. Posicionar as chaves im de curso. em circuitos sequenciais eletro-
hidropneumáticos acionados por
válvulas direcionais de duplo so-
lenóide (bilateral) que, por não
possuírem mola de reposição,
apresentam a característica de
memorizar o último acionamento
efetuado.
Neste método é preciso fazer a di-
visão dos movimentos em grupos.
Figura 92 - Circuito Pneumáico A divisão para formar os grupos
Fonte: Sotware Automaion Studio 5.6 (2009).
deve obedecer ao seguinte crité-
rio: somente deverá acontecer um
movimento do cilindro para cada
grupo.
A+ A-B+ B-
1 2 1
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 87
▪ 3º passo: dividir ou classiicar a sequência de movimentos em
grupos. O desligamento de sinal se processa após o último movimento
SEÇÃO 5
do grupo e assim sucessivamente para os demais grupos. O número de Método Maximização
grupos representa o número de linhas auxiliares de corrente que serão de Contatos (Cadeia
energizadas e desenergizadas uma a uma (em forma de cascata), elimi-
nando os sinais indesejáveis, através de relés com circuito de autorre- Estacionária)
tenção. O número de relés (Nrelés) para comutação de linhas auxiliares
é sempre igual ao número de linhas auxiliares (Nlinhas) menos um (1). O método apresentado nesta se-
Nrelés = Nlinhas – 1 ção, maximização de contatos,
▪ 4º passo: desenhar o circuito pneumático, identiicar e representar pode ser aplicado com segurança
a posição das chaves im de curso ou sensores e o acionamento das em todo circuito sequencial ele-
válvulas (solenóides). tro-hidropneumático, como você
verá ao longo desta seção.
Este método não apresenta a ca-
racterística de reduzir o número
de relés auxiliares utilizados no
comando elétrico, em compensa-
ção, pode ser aplicado com segu-
rança em todo circuito sequencial
eletro-hidropneumático, não im-
portando o tipo de acionamento
das válvulas direcionais. A grande
vantagem que o comando cadeia
Figura 96 - Circuito Pneumáico estacionária leva sobre os demais
Fonte: Sotware Automaion Studio 5.6 (2009). métodos de construção de circui-
tos elétricos é a total segurança
▪ 5º passo: desenhar a parte elétrica, com o circuito de comando (re- na emissão dos sinais enviados
lés comutadores de linhas) e o circuito principal, em que aparecerão as pelos componentes de entrada,
linhas auxiliares que são energizadas pelos contatos dos relés comuta- tais como botoeiras, chaves im
dores de linhas. de curso e sensores de proximida-
de. Isso signiica que o movimen-
to seguinte de uma sequência só
ocorre depois da conirmação do
movimento anterior.
Vamos tomar como exemplo a se-
guinte sequência de movimentos
para dois cilindros:
A Seção 5 apresentou o método maximização de contatos. Agora você Figura 99 - Circuito Elétrico 1º Passo
está apto a estudar a montagem dos circuitos. Fonte: Sotware Automaion Studio 5.6
(2009).
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 89
2º passo: a linha padrão deve ser repetida para icar igual ao número
de memórias ou relés.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 91
8º passo: desenhar a linha padrão 9º passo: copiar o número de linhas de potência igual ao número de
de potência. solenóides.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 93
Unidade de
estudo 14
Seções de estudo
Esta unidade faz uma abordagem Os CLP possibilitam a implementação de funções especíicas, como
introdutória da automação com por exemplo, controles lógicos, controles sequenciais, funções de tem-
controladores lógicos programá- porização, de contagem e aritméticas. Visam controlar diversos tipos
veis. de máquinas e processos por meio de sinais de entrada e saídas digitais
Os controladores lógicos progra- ou analógicos. O controlador lógico programável e os periféricos cor-
máveis são equipamentos eletrô- respondentes são desenvolvidos de modo que possam ser integrados
nicos programáveis destinados a facilmente em sistemas industriais de comando e serem aplicados em
substituir sistemas controlados todas as funções a eles designadas.
por dispositivos eletromecânicos.
São também conhecidos por sua
sigla, CLP, ou por PLC, da sigla SEÇÃO 1
em inglês de programmable logic con-
trol.
Estrutura de um CLP
São ferramentas de trabalho mui- Você irá iniciar seus estudos sobre CLP com uma descrição de sua es-
to úteis e versáteis para aplicações trutura.
em sistemas de acionamentos e
controle, e por isso são muito uti- A estrutura de um CLP é dividida em três partes: entrada, processamen-
lizadas na indústria. Os CLP per- to e saída.
mitem desenvolver e alterar facil-
mente a sua programação. Sendo
assim, podemos associar diversos
E
sinais de entrada para controlar N S
diversos atuadores ligados às suas T A
R UNIDADE CENTRAL Í
saídas. A norma IEC 1131-1 criou A DE D
a deinição para um CLP, confor- D PROCESSAMENTO A
me descrito a seguir: A S
S
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 95
Os sinais de entrada e saída dos CLPs podem ser digitais ou analógicos.
Existem inúmeros tipos de módulos de entradas e saídas para atenderem
SEÇÃO 2
as demandas dos sistemas industriais a serem controlados. Os sinais dos Linguagens de
sensores são ligados às entradas do controlador e a cada ciclo de varre- Programação
dura esses sinais são lidos e memorizados internamente. Após associa-
dos entre si e ao programa do CLP, os resultados são transferidos para
Para operar um CLP, é preciso uti-
as saídas do controlador como representa a igura abaixo:
lizar uma linguagem de programa-
ção. Nesta seção são listadas algu-
mas linguagens de programação
usadas em CLP.
As linguagens de programação
permitem que os usuários se co-
muniquem com o CLP por meio
de um dispositivo de programa-
ção e deinam as operações que
o CLP deve executar. Ao longo
do tempo surgiram diversas lin-
guagens de programação. Essas
linguagens de programação cons-
tituem-se em um conjunto de sím-
bolos, comandos, blocos , iguras,
etc., com regras a serem seguidas.
No início, cada fabricante de CLP
desenvolveu uma forma diferen-
te de programar o seu CLP, mas
com o surgimento da IEC 61131
isso passou a ser padronizado. A
norma IEC 61131-3 trata sobre
modelo de programação e de sof-
tware para programação.
As linguagens mais usadas são:
▪ Ladder – Ladder Diagram (LD)
ou Diagrama de Contatos;
▪ Lista de Instruções – Instruction
List (IL);
▪ Diagrama de Blocos – Function
Block Diagram (FBD);
▪ Diagrama Funcional Seqüen-
Figura 112 - Ciclo de Varredura cial – Sequential Function Chart
Fonte: UERJ (2009, p. 4). (SFC).
Agora que você já estudou a estrutura de um CLP, será apresentado às Na próxima seção você estudará o
linguagens de programação utilizadas nesses comandos. diagrama Ladder.
Linguagem Ladder
As entradas em série formam a função “E”, já as entradas em paralelo
formam a função “OU”. O contato fechado é representado pelo símbo-
lo barrado ( ). As saídas são representadas pelo símbolo ( )
colocado do lado direito no inal da linha horizontal.
Quando programamos, cada símbolo se refere a um endereço real do
CLP em forma simpliicada. Esse tipo de programação foi desenvolvido
através do diagrama de circuito (comando). O diagrama de circuito pode
ser convertido para um diagrama Ladder que é a mais tradicional das
linguagens que apresenta facilidades de aprendizado e leitura para quem
está acostumado aos diagramas de relés.
O diagrama Ladder é como uma escada, ele é feito entre duas linhas ver-
ticais, a esquerda será conectada à tensão da fonte e a direita ao terra. As
linhas horizontais são feitas interligando as duas linhas verticais e nelas
são colocados os símbolos para a realização da lógica pretendida.
Nesta unidade você foi apresentado à automação com controlador lógi-
co programável e conheceu um pouco sobre linguagens de programação
utilizadas.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 97
Finalizando
Ao concluir o estudo deste material você estará apto a trabalhar com circuitos eletro-
hidropneumáticos.
Os conceitos estudados são fundamentais para que você possa desenvolver circuitos
complexos, pois garantem uma base teórica sólida.
SISTEMAS ELETRO-HIDROPNEUMÁTICOS 99
Referências
▪ COEL. Contador digital de impulso HCW1840. 2010. Disponível em: <http://www.
coel.com.br/produtos.asp>. Acesso em: 08 mar. 2010.
▪ FAMIC Automation Studio 2009. Version 5.6: Famic Technologies Inc, 2009. 1 CD-ROM.
▪ UGGIONI, Natalino. Hidráulica industrial. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2002. 131 p.
Contato fechador ou NA
Elemento reversor ou comutador
Retardo ao Ligar
Acionamento geral
Contato de Nível NA
Para rele ou Contador
Solenóides ou eletro-ímã
Válvulas acionadas
Eletromagneicamente
Fonte: Sotware Automaion Studio 5.6 (2009).
Linhas de Fluxo
Linha de pilotagem
Mangueira lexível
União de linhas
Direção do luxo
Fluxo pneumáico
Senido de rotação
Motor elétrico
Motor térmico
Acoplamentos
Acoplamento
Compressores
Filtro
Desumidiicador de ar
Lubriicador
Reservatório de ar
Válvulas Direcionais
3/2 vias
4/3 vias
Detente ou trava
Manual
Mecânico (rolete)
Pedal
Alavanca
Botão
Mola
Solenóide
Piloto
Duplo acionamento
Osciladores
De haste dupla
Oriício ixo
Oriício variável
Válvula de Retenção
Simples
Alivio ou segurança
Redutora de pressão
Manômetro
Vacuômetro
Termômetro
Filtro
Registro fechado
Registro aberto
Linhas de Fluxo
Mangueira lexível
União de linhas
Direção do luxo
Fluxo hidráulico
Senido de rotação
Motor elétrico
Motor elétrico
Acoplamento
Válvulas Direcionais
Detente ou trava
Manual
Mecânico (rolete)
Pedal
Alavanca
Botão
Mola
Solenóide convencional
Solenóide proporcional
Piloto
Duplo acionamento
Oriício ixo
Oriício variável
Válvulas de Retenção
Simples
Pilotada
Reguladora de pressão
(alívio)
Sequência
Redutora de pressão
Aberto à atmosfera
Pressurizado
Acumulador a gás
(símbolo genérico)
Bombas
Osciladores
Atuadores Lineares
Cilindro telescópio
Manômetro
Vacuômetro
Termômetro
Pressostato
Transdutor de pressão
Termostato
Fluxostato
Válvula de bloqueio