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TRATAMENTO TÉRMICO
RECOZIMENTO:
NORMALIZAÇÃO
Tem a finalidade de deixar o material com grãos finos ehomogêneos, tirar as tensões
do forjamento, regenerar o aço super-aquecido, melhorar a tenacidade e preparar o
material para a têmpera. Este tratamento executa-se aquecendo a peça a uma
temperatura pouco superior àquela do recozimento, por um tempo suficiente para que
a peça seja completamente aquecida e em seguida deixa-se resfriar em temperatura
ambiente.
TÊMPERA:
REVENIMENTO:
BENEFICIAMENTO:
CEMENTAÇÃO:
Tem a finalidade de enriquecer e tornar temperável a superfície das peças de aço com
baixo teor de carbono (inferior a 0,3%), que são sujeitas ao desgaste, mantendo
inalterado o interior da peça que contínua a ser tenaz e resistente aos choques. Este
tratamento efetua-se aquecendo o aço à alta temperatura, por determinado tempo em
contato com substâncias capazes de cementar as superfícies das peças, isto é,
aumentar a porcentagem de carbono na superfície, podem ser sólidas, gasosas,
líquidas ou mistas. Após a cementação segue o tratamento da têmpera que endurece a
superfície onde houve a penetração de carbono e não atinge o núcleo devido ao seu
baixo teor de carbono. A profundidade da cementação é relativa ao tempo de contato
da peça com as substâncias empregadas na cementação, chamadas cementos.
NITRETAÇÃO:
CARBO-NITRETAÇÃO:
Efetua-se levando uma fina camada da peça à temperatura superior daquela crítica de
transformação, por meio de corrente elétrica induzida por uma bobina que trabalha
em alta frequência. Logo após, a peça é esfriada rapidamente. A têmpera por indução
permite efetuar um tratamento seletivo, isto é, tratar termicamente apenas as
superfícies cobertas pela bobina. É muito empregada na têmpera dos dentes de
engrenagens..
FORJA:
É o mais simples dos fornos, alimentado por carvão coque. A forja não é adequada
para os tratamentos térmicos porque as peças ficam em contato com os produtos da
combustão, e é muito difíciel a regulagem da temperatura.
FORNOS DE TELAS:
FORNOS A GÁS:
FORNOS ELÉTRICOS:
Nestes fornos a peça é aquecida em banho de sais fundidos que protegem a mesma do
oxigênio atmosférico. Estes sais servem também como meio de resfriamento. Às
vezes no lugar dos sais usam-se também banhos metálicos (ligas de chumbo). Os sais
empregados são constituídos por cloreto de bário ou cloreto de sódio. Para as ligas
leves usa-se nitrato de potássio ou de sódio. Estes gases empregados são geralmente
venenosos, é indispensável tomar as providências e precausões necessárias.
TERMÔMETRO A MERCÚRIO
PIRÔMETRO ÓTICO:
Recozimento:
Com o recozimento consegue-se tornar macios esses metais, facilitando sua usinagem
regerando sua estrutura e eliminando as tensões internas das peças, provenientes do
forjamento, da fundição, da têmpera, do cruamento, etc.
1 – Recozimento de regeneração;
2 – Recozimento globular;
3 – Recozimento subcrítico.
Recozimento de regeneração:
Na prática, o aço para molas de veículos deve ser aquecido a uma temperatura de
800ºC num período de quatro horas, e o resfriamento total no próprio forno: o aço
rápido, a uma temperatura de 900ºC, num período de 24 horas e resfriamento total no
próprio forno.
Recozimento globular:
Esta temperatura de resfriamento lento, com velocidade de 10ºC a 20ºC por hora,
reduz um pouco a dureza obtida no recozimento de regeneração.
Recozimento Subcrítico:
Antigamente as peças fundidas eram expostas às intempéries por vários meses e até
anos, atnes de serem usinadas. Esse processo, usado para evitar tensões internas, era
conhecido como envelhecimento natural.
Este processo era demorado e bastante ineficiente pois as peças apresentavam ainda
pequenas deformações devido ao fato da temperatura ambiente nunca alcançar 400ºC
a 700ºC. Atualmente usa-se o processo de envelhecimento artificial que nada é do
que o recozimento subcrítico já descrito, processo mais econômico, mais eficiente do
que o envelhecimento natural.
Normalização:
É aplicada no ferro fundido e no aço com teor de carbono até 0,9% para se obter
granulaçào mais fina e uniforme dos cristais e dureza mais elevada do que a obtida
pelos recozimentos, facilitando assim a usinagem dos metais.
O aquecimento deve ser lento. Quanto mais espesso ou de formas complicadas for a
peça, tanto maior será o tempo de aquecimento. O material deverá permanecer na
temperatura de têmpera quanto for necessário para alcançar a temperatura de
normalização.
Têmpera Comum:
Vemos na tabela acima que, para os aços mais comuns com 1,3% até 1,7% de
carbono, a temperatura de têmpera é a mesma. Para que o excesso de carbono no aço
Os aços com esses teores de carbono são utilizados para ferramentas de corte não
sujeitas a choques: brocas, algargadores, navalhas de tesouras mecânicas, etc.
Introduzir o material frio num forno, que esteja na temperatura de têmpera, provoca
facilmente tensões internas ou trincas. Para eliminar esses inconvenientes é
necessário fazer o preaquecimento. Este deve ser feito lentamente até 500ºC a 600ºC
de temperatura. A seguir as peças serão introduzidas no forno que já deve estar na
temperatura de têmpera, a afim de aquecer rapidamente a liga de aço.
Nos aços liga (aço rápido, aços para estampas e matrizes de corte, etc) o
preaquecimetno é indispensável.
Para empregar a velocidade crítica de têmpera num aço com 0,9% de carbono, é
necessário que o resfriamento seja superior a 100ºC por segundo. Obtém-se esta
velocidade usando banho de imersão, na água, para todos os aços não ligados e para
os aços níquel cromo.
Penetração de têmpera:
Uma peça com grandes dimensões não possui dureza homogênea porque, durante o
seu resfriamento, a velocidade de resfriamento vai diminuindo até alcançar o núcleo
da peça. Os cristais do centro da peça transferem seu calor para a camada externa por
condução. A velocidade crítica de têmpera é incompleta e a dureza será menor.
Quanto menor for a diferença de dureza entre o centro e a superfície da peça, melhor
será a penetração de têmpera do aço.
A penetração de têmpera nesse aço não é satisfatória; porém o núcleo da peça é mais
resistente à torção e ao choque. A periferia é muito dura, sendo apropriado para
punções de corte em metais.
Revenimento:
Esta têmpera consiste em aquecer o material com chama oxiacetilência ou gás natural
até alcançar a temperatura de têmpera comum e logo a sentir fazer o resfriamento
total em água ou óleo. Usa-se na têmpera de peças grandes, quando se quer endurecer
certas zonas, sem afetar as propriedades do núcleo do material, que pode ser ferro
fundido, aços liga média e aços cujo teor de carbono seja de 0,3% a 0,65%C.
O processo da utilização do maçarico deve ser evitado em aços com teor de carbono
acima de 0,65%, aço rápido e aços de alta liga, porque se a chama carburante do
maçarico falhar, transforma-se em chama oxidante e produz a queima do carbono na
periferia do aço. Sendo esse processo econômico e de fácil aplicação, muitas vezes
não se faz o preaquecimento e o aquecimento elevado, feito com rapidez, produzirá,
fatalmente, trincas e rupturas. Pode também acontecer que as camadas endurecidas se
desprendam em forma de escamas. Dada essa facilidade de têmpera, o próprio
revenimento, seguidamente, é feito incorretamente, resultando assim baixo
rendimento da ferramenta ou da peça tratada por esse processo.
TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS
Para dar aos aços com baixo teor de carbono uma camada superficial de grande
dureza e de resistência ao desgaste, atrito, golpes e choques, aplicam-se os
tratamentos termoquímicos.
Estes tratamento são feitos com substâncias sólidas, líquidas e gasosas. A camada a
endurecer se tornará mais ou menos espessa, conforme a substância usada, a
temperatura e o tempo de permanência; o núcleo. Porém, ficará com sua composição
química inicial.
Cementação:
A substância mais usada é carvão vegetal, quebrado com tamanho de até 20 mm,
misturado uniformentente com casco de animais ou, melhor ainda, com carbonetos de
bório, cálcio ou sódio em forma de pó. Estes elementos, misturados ao carvão, atuam
como desoxidantes e ativam a penetração do carbono. Como meio aglutinante, usa-se
o melaço ou pintura asfáltica. A mistura destes alimentos é encontrada no comércio.
Com temperatura de 875ºc, teremos para o mesmo aço, em quatro horas, uma camada
de 0,4 mm e, com 950ºc, a camada terá 1,2 mm de espessura.
O teor de carbono da camada cementada não deve ultrapassar os 0,9%. Pôr essa razão
a temperatura de têmpera será de 770ºC com resfriamento em água ou óleo.
Aplica-se para se obter, rapidamente, uma camada dura e uniforme em peças com
baixo teor de carbono. As substâncias utilizadas são banhos de sais de cianetos,
misturados com sais inertes.
Estes sais são colocados em fornos apropriados, com exaustão direta dos gases, que
se desprendem, em razão da elevada temperatura que varia entre 850ºC a 950ºC.
Nestas temperaturas, os sais de cianeto desprendem o carbono e este é absorvido pela
superfície do material. O tempo de permanência no forno depende da espessura da
camada cementada que se deseja obter.
O gráfico abaixo indica as diferentes espessuras da camada cementada num aço com
0,2% de carbono, aquecido em várias temperaturas e com tempo de permanência
variável. No aço aquecido a 930ºC vemos que a espessura da camada cementada é de
0,42 mm em 30 min. de permanência no banho e 0,75 mm em 90 minutos.
OBS.: Os banhos de sais, utilizados para a cementação com substâncias líquidas, são
altamente corrosivos. As peças tratadas nestes sais, deverão ser imediatamente
levadas em água quente, envolvendo-as, após, em óleo.
O tratador térmico, quando operar nos fornos com banhos de sais, deverá usar traje
impermeável, luvas e máscaras apropriados, a fim de evitar que os vapores dos sais
lhe causem intoxicação.
Cianetação:
Para dar à superfície das peças de aço uma camada dura e finíssima, emprega-se a
cianetação.
O meio para a cianetação são banhos que se preparam misturando cianeto de sódio e
potássio com sais inertes, como carbonatos ou cloretos de sódio, nos quais as peças
são enriquecidas com carbono e nitrogênio.
Estes banhos devem estar sob controle. A cada cinco horas de uso seu teor de
carbono deve ser verificado, para que se possa manter uma dosagem eficiente de
penetração no aço.
Para evitar as deformações causadas pela introdução das peças frias em banho quente,
estas devem ser preaquecidas a uma temperatura de 350ºC a 500ºC. O material
deverá permanecer no banho de sais de 15 a 90 minutos, a fim de que absorva
suficiente quantidade de carbono e nitrogênio.
OBS.: Para evitar a corrosão provocada pelo cianeto, as peças devem ser levadas em
água quente. Também neste tipo de tratamento termoquímico, o tratador térmico dos
metais deve estar totalmente protegido para evitar envenenamento pêlos sais.
A dureza da camada obtida com a cementação gasosa situa-se entre Hrc 58 e Hrc 62.
Nitretação:
A temperatura para a nitretação varia entre 500ºC e 550ºC. Com uma permanência no
forno de 10 h a 80 h, consegue-se uma camada nitretada com 0,2 mm a 0,65 mm de
espessura.
Ex.: Eixos principais das máquinas, engrenagens, excêntricas, punções para estampos
de corte. A nitretação das peças diminui também o uso de lubrificantes.
Permanecendo no forno 25 horas, a espessura da camada, nas peças, será de 0,4 mm;
em 65 horas, será de 0,6 mm. Recomenda-se a espessura de 0,2 mm para evitar
engrossamento do material; uma espessura maio exigiria retificação e causaria perda
de dureza na superfície nitretada. Esta perda de dureza é tanto mais pronunciada,
quanto maior for a espessura da superfície nitretada.
Carbonitretação: