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Figura 1 - Perfis de dureza em barras de aço SAE 1045 e 6140 temperadas em água.
Figura 2 - Perfis de dureza em barras de aço SAE 1045 e 6140 temperadas em óleo.
Lembrar que a adição dos elementos de liga retardam a difusão e, portanto, as reações que
dependem desta. Assim, a temperabilidade do material é maior (menor variação de dureza), ou seja,
mais tempo para o material se transformar em martensita. Lembrar também do efeito do meio de
resfriamento, o qual afeta a velocidade de resfriamento.
Conclusão: Quedas menos acentuadas de dureza, ao longo da seção da barra, para o aço 6140,
devido ao efeito dos elementos de lega. Este efeito é importante quando deseja-se manter uma dureza
alta-média para barras de grande diâmetro.
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Tratamentos Térmicos: (ver Metals Handbook, vol.4, Heat treating).
Fatores de influência:
Deve-se observar uma série de fatores. Um erro de avaliação produz uma microestrutura diferente
com propriedades não desejadas.
1. Temperatura:
Específica para o tratamento térmico que se deseja. Não deve ser excessivamente alta para não
promover o crescimento de grão (queda da tenacidade).
2. Tempo:
As reações levam um tempo para ocorrerem. Deve haver a completa homogeneização da estrutura
(austenitização). Não deve ser excessivamente longo para não ocorrer o crescimento de grão.
3. Velocidade de resfriamento:
Erro na escolha pode produzir microestruturas diferentes que levam a diferentes propriedades
mecânicas. É o mais importante!
Dois pontos → Microestruturas diferentes (martensita)
Trincas e empenamento
4. Proteção das peças:
Acima de 600oC: C(aço) + O2 → CO2 Descarbonetação
Camadas descarbonetadas → menor teor de C
Depende: T e t
Menor conteúdo de C → Menor dureza obtida por têmpera.
Proteção → atmosfera neutra (argônio).
Tipos mais comuns de tratamentos térmicos:
1. Esferoidização (coalescimento):
Realizado, principalmente, para aços hipereutetóides com o objetivo de aumentar a usinabilidade
ou para aços hipoeutetóides para aumentar a capacidade de conformação a frio. Aços com baixo
carbono são raramente esferoidizados para melhorar usinagem, porque estes ficam muito macios e
“pastosos”, produzindo cavacos muito longos. Estes aços só serão esferoidizados quando uma severa
deformação plástica a frio é necessária.
Deseja-se realizar um processo de usinagem ou conformação a frio de uma peça. O recozimento
poderá não baixar a dureza o suficiente.
Pelo menos duas maneiras de ser realizado:
1. Temperatura logo abaixo da T eutetóide por 8-20 horas com resfriamento ao ar.
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2. Austenitizar e colocar em uma temperatura logo abaixo da T eutetóide por 8-20 horas(ver
Figura 3).
Microestrutura final → Fundo de ferrita com a cementita e outros carbonetos de elementos de liga
na forma esferoidal dispersos na matriz → Esferoidita (ver Figura 4).
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Figura 5 - Ciclos de deformação a frio e recozimento (cápsula para cartuchos).
Forma de execução → austenitização seguida por resfriamento lento até a temperatura ambiente
(resfriamento ao forno). Este é chamado de recozimento pleno ou convencional (ver Figura 6).
Microestrutura final → perlita grosseira (baixa dureza).
Figura 8 - Curva de transformação para o processo de normalização de um aço, comparada com a do processo de
recozimento convencional.
Normalmente, para ser considerado normalização, deve haver a completa austenitização, isto é,
acima de AC3 para aços hipoeutetóides e acima de ACM para aços hipereutetóides.
Propriedades mecânicas → boa ductilidade e baixa dureza, com grande tenacidade.
Lembrar a respeito da perlita fina e grosseira.
Para aços de alta temperabilidade → resfriamento ao ar →pode produzir bainita ou mesmo
martensita. Portanto, deve-se aplicar um resfriamento mais lento ou mesmo isotérmico.
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4. Têmpera e revenido:
Grande aumento de dureza e resistência mecânica. Contudo, deve-se aplicar o revenimento para
ganhar-se um pouco de tenacidade de ductilidade. Rápido resfriamento a partir da temperatura de
austenitização (ver Figura 9).
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Figura 10 - Curva de transformação para o processo de martêmpera de um aço.
Deve-se é claro realizar-se o revenimento após a têmpera.
5.2 Austêmpera:
Austenitização e rápido resfriamento até uma temperatura acima de MS e manutenção até
completa transformação (ver Figura 11). A microestrutura final é a Bainita. Usa-se um banho de sais
fundidos como meio de resfriamento.
Problemas da austêmpera:
- Muito caro
- Nem todos os aços podem ser tratados.