Você está na página 1de 2

j)r.cÂ.

'5^^ ao A A AJI'^

verbal,, íGíOottnn ' õo signo + indicando a A s sibilantes são muito utilizadas


concatenação) forma uma sequência,
signo
como fonemas nas línguas do mundo,
como também O + pai + lê + o embora algumas as ignorem, como o O signo, no sentido mais geral, designa, assim como o símbolo, o
+ jornal. nuba oriental, língua do Sudão. N u - índice, ou o sinal, um elemento A — de natureza diversa — substi-
merosas línguas (entre as línguas ro- tuto de um elemento B.
série mances: o romeno, o espanhol, os dia-
Chama-se série uma classe de fone- letos itálicos meridiconais) não apre- 1. Signo, inicialmente, pode ser um equivalente de índice; o índi-
mas consonânticos caracterizados pelo sentam senão u m fonema sibilante, rea- ce* — ou signo — é um fenómeno mais freqiientemente natural,
mesmo traço pertinente. A s s i m , no lizado mais frequentemente como não- imediatamente perceptível, que nos faz conhecer qualquer coisa em
português, a série [ b , d, g, v , z, 3 ] -sonoro [s] e, em alguns contextos, relação a um fenómeno não imediatamente perceptível: por exemplo,
caracteriza-se pelo mesmo traço de so- como sonoro [ z ] .
noridade.
a cor sombria do céu é um signo — ou o indício — de uma tempes-
tade iminente; a elevação da temperatura do corpo pode ser o signo
sigla
shiíter (ing.) — ou o indício — de uma enfermidade em vias de eclodir.
Chama-se sigla a letra inicial ou o
V. EMBREANTE. . .. grupo de letras iniciais que constituem 2. E m segundo lugar, o signo pode ser um equivalente de sind.
a abreviatura de certas palavras que Neste sentido, o signo — ou sinal — faz parte da categoria dos indí-
designam os organismos, os partidos
sibilado cios; ele possui as características do signo-indício (como o signo-indí-
políticos, as associações, os clubes es-
Chamam-se sibiladas as línguas cujas portivos, as nações e t c , ex.: U R S S cio, o signo-sinal é um fato imediatamente perceptível que permite
unidades são codificadas por sibilações (União das Repúblicas Socialistas So-
de formas diversas: essas línguas têm conhecer qualquer coisa em relação a outro fato não imediatamente
viéticas), P U C (Pontifícia Universida-
uma intensidade maior do que a voz.
de Católica), O N U (Organização das
perceptível); mas duas condições são necessárias para que um signo
Nações U n i d a s ) , F A P E S P (Fundação possa ser considerado como sinal:
sibilante de A m p a r o à Pesquisa do Estado de a) é necessário que o signo tenha sido produzido para servir de
Sibilante é uma consoante fricati- São P a u l o ) . A s siglas podem entrar
em composição com cifras: 11 H P (11 índice. Portanto, ele não é fortuito, mas produzido com uma inten-
va* realizada como alveolar o u den-
tal, e apical o u pré-dorsal. E m fran- cavalos-vapor). As siglas possuem ção deliberada;
cês, as sibilantes [s] e [ z ] de sac e duas pronúncias possíveis: o u podem,
na sequência, constituir uma palavra
b) é necessário, por outro lado, que aquele a quem é destinada a
zac são pré-dorso-alveolares; em espa-
nhol, a sibiliante no início de suerte passível de integração no léxico por- indicação contida no sinal possa reconhecê-la. U m signo-sinal é, por-
é normalmente u m a apicodental: no tuguês, tendo neste caso uma pronún- tanto, voluntário, convencional e explícito. Combinado com outros
português, as sibilantes [s] e [ z ] são, cia silábica: F I F A ['fifa] (Federação sinais da mesma natureza, ele forma um sistema de signos ou código.
em geral, alveolares. Internacional do Football Associa-
t i o n ) ; ou podem não constituir síla- Num mesmo código, os signos podem ser de diferentes formas:
N o plano acústico, as sibilantes
são consoantes difusas, agudas, contí-
bas; neste caso, a sílaba é pronuncia- forma gráfica: letras, cifras, traços inscritos sobre uma agen-
da alfabeticamente, como C N P q [se-
nuas, estridentes. da para lembrar compromissos, sinais de trânsito, e t c ;
-'eni-'pe-'ke] (Conselho Nacional de
As sibilantes, como as chiantes, Pesquisas). Certas siglas têm duas — forma sonora: sons emitidos pelo aparelho vocal de um indi-
são realizadas com uma aspiração re- pronúncias como I N P S [i'-eni-'pe-'esi] víduo considerado como emissor de uma mensagem.
forçada pela forma de goteira que to- e ['Ips]. (V. A B R E V I A Ç Ã O . )
ma a língua no seu eixo médio (de — forma visual: sinais gestuais, como os do cego que carrega
onde o termo fricativas com a língua
sigmático ' sua bengala branca. '
côncava que freqiientemente lhes atri-
buímos), o que agrava a turbulência Chama-se sigmâtica uma forma lin- 3. Signo, enfim, pode ser um equivalente de símbolo*. O signo-
do ar. M a s o termo específico de sibi- giiística caracterizada por u m infixo -símbolo é mais freqiientemente uma forma visual (e mesmo gráfica)
lante corresponde, no que diz respeito •s. Chama-se, assim, futuro, aoristo,
à percepção, à impressão auditiva que perfeito sigmático, aos futuros, aoris-
figurativa. O signo-símbolo é o signo figurativo de uma coisa que não
produz u m registro de freqiiências tos, perfeito, caracterizados, no grego tem aquele sentido; por exemplo, o signo figurativo que representa
mais elevado que para as chiantes e e no latim, pela presença de u m -í uma balança é o signo-símbolo da ideia abstrata de justiça.
para todas as outras fricativas, da or- (em grego, futuro lusomai, aoristo
dem de 8 000 a 9 000 hertz (cicios/se- elusa; em l a t i m , perfeito dic-s-i -* di- 4. N o Curso de Lingiiística Geral de F . D E SAUSSURE, O termo signo
gundo). adquiriu outra acepção: a de signo linguístico. F . D E SAUSSURE faz

540 541
distinção entre símbolo c signo (tomado agora com o sentido de nidade linguística que o emprega, ele não é livre, é imposto. Com
signo linguistico): ele pensa, com efeito, que existem inconvenientes efeito, a língua aparece sempre como uma herança do século prece-
em admitir que se possa utilizar a palavra símbolo para designar o dente, como uma convenção admitida pelos membros de uma mesma
signo lingiiístico. O símbolo, ao contrário do signo, tem por caracte- comunidade lingiiística e transmitida aos membros da geração seguinte.
rística jamais ser arbitrário, isto é, existe um laço natural rudimentar Por outro lado, é comumente admitido, hoje, que a língua é um sis-
entre significante e significado. O símbolo de justiça, por exemplo, tema de comunicação que, como todos os sistemas de comunicação,
não poderia jamais ser substituído por um carro. Com F. D E SAUS- funciona por meio de um código baseado num sistema de signos
S U R E , o signo lingiiístico foi instaurado como unidade de língua. (entende-se por código ou sistema de signos, a natureza dos signos,
Passa a ser a unidade mínima da frase, susceptível de ser reconhecido seu nome, suas combinações, as regras que presidem estas combina-
como idêntico num contexto diferente, ou de ser substituído por uma ções). É evidente que, para que a comunicação possa estabelecer-se,
unidade diferente num contexto idêntico. graças a este sistema no seio de uma comunidade linguística, é neces-
sário que os signos do código sejam convencionais, isto é, comuns a
5. Os signos linguísticos, essencialmente psíquicos, não são abstra-
um grande número de emissores e de receptores, aceitos, compreen-
ções. O signo — ou unidade — lingiiístico é uma entidade dupla,
didos e mantidos por todos.
produto da aproximação de dois termos, ambos psíquicos e unidos pelo
laço da associação. Une, com efeito, não uma coisa a um nome, mas d) Mutabilidade do signo. Conforme F . DE SAUSSURE, O tempo, que
um conceito a uma imagem acústica. F . D E SAUSSURE precisa que a assegura a continuidade de língua, possui outro efeito, em aparência
imagem acústica não é o som material, mas a impressão psíquica deste contraditório: o de alterar mais ou menos os signos linguísticos. Os
som. E l a é a representação natural da palavra enquanto fato de lín- fatores de alteração são numerosos, mas sempre exteriores à língua.
gua virtual, fora de toda a realização da fala. F . D E SAUSSURE deno- As modificações podem ser fonéticas, morfológicas, sintáticas ou lexi-
mina o conceito de significado e a imagem acústica de significante. cais. Quando se trata do signo, elas se situam no nível fonético e
O signo lingiiístico é, portanto, o que F . D E SAUSSURE denomina uma semântico: com efeito, elas levam a um deslocamento da relação signi-
entidade psíquica de duas faces, a combinação indissolúvel, nó inte- ficado/significante. É assim que macula, que significava entre outras
rior do cérebro humano, do significado e do significante. São rea- coisas "mancha", deu, também, origem à mágoa, no português.
lidades que têm sua sede (seu "traço") no cérebro; elas são tangíveis, Outro problema a ser ventilado quando se fala do signo linguís-
e a escrita pode fixá-las em imagens convencionais. tico é o que diz respeito ao seu funcionamento. Essencialmente, desde
6. O signo lingiiístico, tal como o definiu F . D E SAUSSURE, apre- F. D E SAUSSURE, a lingiiística definiu a língua como um sistema de
senta certo número de características essenciais: signos, uma estrutura, de onde o nome de estruturalismo conferido,
no domínio das pesquisas lingiiísticas, ao estudo sistemático da lín-
a) Arbitrariedade do signo. O laço que une significante e signifi-
gua, baseado nas teorias de F . D E S A U S S U R E .
cado é arbitrário. A ideia de "mesa" não tem nenhuma relação com
a seqiiência de sons que lhe serve de base para o significante: / m / - 7. Conforme F . D E S A U S S U R E , no sistema que é a língua, não exis-
/ e / - / z / - / a / . Por outro lado, tal ideia pode ser representada por tem senão diferenças. U m sistema linguístico é uma série de "dife-
significantes diferentes, noutras línguas: table em francês, table em renças de sons", combinada com uma série de "diferenças de ideias".
inglês, etc. Nesta perspectiva, todo o mecanismo da língua repousa sobre relações
de dois tipos:
b) Carácter linear do significante. O significante, sendo de natu-
reza auditiva, se desenvolve na cadeia do tempo, de modo que os — relações sintagmáticas, ou relações entre si, dos elementos
signos se apresentam obrigatoriamente uns após os outros, formando, do enunciado efetivamente realizado, falado ou escrito. Estes ele-
assim, uma cadeia, a cadeia da fala, cuja estrutura linear, em virtude mentos, ou agrupamentos de elementos, da cadeia falada ou escrita,
disto, é analisável e quantificável. Este carácter é ainda mais evidente que encontram seu valor nas relações com os outros elementos do
quando examinamos a transcrição gráfica das formas vocais. sistema, são chamados de sintagmas*;
c) Imutabilidade do signo. Se, em relação à ideia que representa, — relações "associativas", ou relações dos elementos do enun-
o significante aparece como livremente escolhido, em relação à comu- ciado com outros elementos, ausentes do enunciado, suscitando cada

542 543

Você também pode gostar