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MEDIAÇÃO EDUCATIVA

EMESPAÇOS NÃO
FORMAIS 1
EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
APRESEN TAÇÃO
A educação ou aprendizagem não formal constitui atualmente um
aspecto essencial do processo de aprendizagem e possibilita um caminho de
aprendizagem com diversas dimensões tais como: a aprendizagem política dos
direitos dos cidadãos enquanto indivíduos; a capacitação dos cidadãos para o
trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ ou aperfeiçoamento
de potencialidades; a aprendizagem e treino de práticas que capacitam
os cidadãos a conhecerem sua própria cultura e identidade coletiva; a se
organizarem com metas comunitárias, voltadas para a resposta de questões
coletivas do cotidiano; a aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos
cidadãos fazerem uma análise do mundo do ponto de vista do abarcamento
do que se passa em suas comunidades; a educação desenvolvida no conjunto
de meios de comunicação e da mídia etc.

Autora
Organização Reitor da Pró-Reitora do EAD Edição Gráfica
UNIASSELVI e Revisão
Brigitte
Vania Konell Prof.ª Francieli Stano
Torres
Grossmann
Prof. Hermínio Kloch UNIASSELVI
Cairus
.01
EDUCAÇÃO NÃO
FORMAL
TÓPICO 1

A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

1 INTRODUÇÃO
A educação ou aprendizagem não formal constitui atualmente um
aspecto essencial do processo de aprendizagem e possibilita um caminho de
aprendizagem com diversas dimensões tais como: a aprendizagem política dos
direitos dos cidadãos enquanto indivíduos; a capacitação dos cidadãos para o
trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ ou aperfeiçoamento
de potencialidades; a aprendizagem e treino de práticas que capacitam
os cidadãos a conhecerem sua própria cultura e identidade coletiva; a se
organizarem com metas comunitárias, voltadas para a resposta de questões
coletivas do cotidiano; a aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos
cidadãos fazerem uma análise do mundo do ponto de vista do abarcamento
do que se passa em suas comunidades; a educação desenvolvida no conjunto
de meios de comunicação e da mídia etc.

2 CONCEITO DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL


A educação não formal é aquela que acontece fora do sistema formal
de ensino, sendo complementar a esse. É um processo estruturado, porém
frequentemente os resultados de aprendizado não são avaliados formalmente.
A educação não formal possui como propósito adquirir de maneira efetiva,
princípios fundamentais para a formação de indivíduos protagonistas de sua
própria vida, possibilitando para eles o aprendizado da cidadania, apreensão
comunitária, profissionalização, reforço escolar, dimensão sociocultural, entre
outros. O profissional da educação que age em espaços não formais precisa
estar a par da importância de oferecer o aprendizado de competências que

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levem os indivíduos a uma melhora na sua qualidade de vida e autoestima,
capacitando – os para seu desempenho nos mais variados espaços na
sociedade.

Não conhecemos na atualidade um conceito único ou consensual de


“educação não formal” (ou de “aprendizado não formal”). Esses termos são
também alvo de interpretações distintas de acordo com as distintas culturas,
tradições nacionais ou contextos político-educativos de cada país ou região.
Nas últimas décadas, “Educação Não Formal” tornou-se a concepção sumária
para aquilo que, no passado, se conhecia por “educação fora da escola”.
Assumimos hoje, realmente, que a educação não formal se distingue da
educação formal (ou ensino tradicional) em termos de estrutura, da maneira
como é organizada e da forma de identificação e qualificação que essa forma
de aprendizado confere. Entretanto, a pedagogia não formal é entendida como
complementar – e não contraditória ou alternativa – ao sistema de educação
formal e precisa, pois, ser desenvolvida em acordo permanente, quer com a
educação formal, quer com a educação informal.

No decorrer dos últimos anos, a necessidade de formação contínua no


decorrer da vida mostrou-nos que o progresso de competências múltiplas
pode ser conseguido por intermédio do aprendizado em contextos formais
ou não formais, sendo esse aprendizado mais efetivo em uns que em outros.
É comum querermos identificar ou compreender a educação não formal
através da educação formal. Na atualidade, é, entretanto, difícil encontrarmos
modelos puros de educação formal e de educação não formal. Os âmbitos, os
conteúdos, as metodologias e os princípios pedagógicos que as caracterizam
são, felizmente, cada vez mais partilhados de maneira sinérgica e complementar.
Para definir conceitos teremos que recorrer a exemplos extremos, ditos
“tradicionais” ou “mais frequentes” destas distintas vias educativas.

É fácil compreendermos o conceito de educação formal se a ele


associarmos aquilo que comumente conhecemos como as escolas e as
universidades, enquanto instituições de ensino “tradicionais”, centradas nas
figuras do professor e do aluno. Ao sistema educativo formal estão normalmente
associadas várias etapas de desenvolvimento devidamente graduadas e
avaliadas quantitativamente; estes anos acadêmicos organizam-se por
disciplinas e a cada uma delas estão associados programas curriculares gerais
aprovados e reconhecidos pelos órgãos competentes. Até um determinado
nível, a educação formal é obrigatória. Mas a educação informal, de modo
diferente, pode definir-se como tudo o que aprendemos mais ou menos
espontaneamente a partir do meio em que vivemos: das pessoas com quem
nos relacionamos informalmente, dos livros que lemos ou da televisão que
vemos, da multiplicidade de experiências que vivemos quotidianamente com
mais ou menos intencionalidade em relação ao seu potencial de aprendizagem.

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FIGURA 1 - EDUCAÇÃO INFORMAL

FONTE: <http://jeferson-fabiano.blogspot.com.br/2016/06/tempo-de-
criancas-e-adolescentes.html>. Acesso em: 4 ago. 2017.

A educação informal não é impreterivelmente organizada ou ao


menos orientada. De qualquer forma, a educação informal confunde-se
com o processo de socialização dos cidadãos. Enquanto a educação formal
possui lugar nas escolas, colégios e instituições de ensino superior, possui
currículos e regras de certificação definidos, a educação não formal é
acima de tudo um processo de aprendizagem social, centrado no aluno, por
intermédio de atividades que têm lugar fora do sistema de ensino formal e
sendo complementar a este. A educação não formal se baseia na motivação
intrínseca do aluno e é voluntária e não hierárquica por natureza. Enquanto
um sistema de aprendizagem, a educação não formal tem sido prática comum
sobretudo no campo do trabalho comunitário, social ou juvenil, serviço
voluntário, exercício de organizações não governamentais em nível local,
nacional e internacional, abrangendo uma larga diversidade de espaços de
aprendizagem: das associações às empresas e às instituições públicas, do
setor juvenil ao meio profissional, ao voluntariado e às atividades recreativas.

A educação não formal possui formatos bastante diferenciados em


questões de tempo, localização, número e tipo de integrantes, equipes de
formação, dimensões de aprendizagem e aplicação dos seus resultados. É
fundamental sublinhar, entretanto, que o fato de não ter um currículo único
não significa que não seja um processo de aprendizado organizado, alicerçado
no reconhecimento de metas educativas, com formatos de análise efetivas e
atividades preparadas e implementadas por educadores altamente qualificados.
É, a propósito, nesta acepção que a educação não formal se distingue mais
fortemente da educação informal. Na educação não formal, os resultados
do aprendizado individual não são julgados. Isto não significa, entretanto,
que não haja avaliação. Ela é, geralmente, inerente ao próprio processo de
desenvolvimento e integrada no programa de atividades. Assume diversos
formatos e tem a participação de todos: professores e alunos na acepção de
aferir desenvolvimento de estratégias pedagógicas ou aceitar necessidades
suplementares. Do ponto de vista externo ao procedimento didático

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propriamente mencionado, a eficiência dos mecanismos de aprendizado na
educação não formal pode ser apreciada e avaliada pela investigação social
e educacional com o mesmo nível de credibilidade que a educação formal.

FIGURA 2 - EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/FhzSBL>. Acesso em: 4 ago. 2017.

O conceito de educação não formal envolve, como uma parte necessária


do desenvolvimento de saberes e competências, um abrangente conjunto
de princípios sociais e éticos tais como os direitos humanos, a tolerância, a
fomento da paz, a cooperação e a justiça social, o diálogo intergeracional
(entre as gerações, isto é, entre pessoas de idades diferentes), o equilíbrio de
oportunidades, a cidadania democrática e o aprendizado intercultural, entre
outros. Para além disto, a educação não formal valoriza o progresso de técnicas
de aprendizado participativos, baseados na experiência, na autonomia e na
responsabilidade de cada aluno. É habitual dizer-se que, em educação não
formal, a forma é o conteúdo. As metas e as metodologias próprias das práticas
educativas num ambiente de educação não formal levam fortemente em
conta o desenvolvimento e a experiência única do acadêmico como indivíduo.
Por causa disso, a educação não formal busca assegurar o enquadramento
apropriado para atender às aspirações e necessidades específicas do aluno
bem como para aumentar as suas competências pessoais, potenciando a sua
criatividade. Ao desenvolver este acúmulo de potencialidades, competências
e experiência em cada pessoa, o aprendizado por via da educação não formal
vai inclusive de encontro àquelas que são na atualidade as necessidades
específicas, as demandas e as expectativas do mercado de trabalho e em
particular dos empregadores.

Tendo em vista esta nova realidade, de um mundo do trabalho num


contexto altamente globalizado e multicultural, os empregadores buscam cada
vez mais indivíduos que tenham tido experiências interdisciplinares dentro e
fora de suas comunidades, que sejam capazes de trabalhar em equipe, e que
tenham alto índice de adaptabilidade e mobilidade, características estas que
são desenvolvidas através da educação não formal.

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2.1 DIFERENÇAS ENTRE EDUCAÇÃO FORMAL, INFORMAL E
NÃO FORMAL
Geralmente, quando falamos em educação não formal, a comparação
com a educação formal é quase que imediata. O termo não formal é também
utilizado por alguns pesquisadores como sinônimo de informal. Iremos agora
diferenciar e marcar as diferenças entre esses dois conceitos. Inicialmente
podemos definir seus campos de desenvolvimento: a educação formal é aquela
desenvolvida nas escolas, com conteúdos antecipadamente demarcados; a
informal como aquela que os cidadãos aprendem ao longo do seu processo
de socialização – na família, bairro, agremiação, museus, centros culturais etc.,
carregada de princípios e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos
herdados e a educação não formal é aquela que se aprende “no mundo da
vida”, via os processos de compartilhamento de experiências, especialmente
em espaços não formais de educação.

Vamos experimentar definir melhor essas diferenças por meio de uma


série de questões, que são, aparentemente, surpreendentemente simples, mas
nem sequer por isso simplificadoras da realidade: “Quem é o professor em
cada campo de educação de que estamos tratando? Em cada campo, quem
educa é o agente do processo de construção do saber?” Na educação formal,
sabemos que são os professores. Na não formal, o grande docente é o “outro”,
aquele com quem interagimos ou nos integramos. Na educação informal, os
agentes educadores são os pais, a família em geral, os colegas, os vizinhos,
amigos de colégio, a igreja paroquial, os meios de comunicação de massa
etc. “Onde se educa? Qual é o espaço físico territorial no qual transcorrem
as ações e os processos educativos?” Na educação formal esses espaços são
os do território das escolas e universidades, são instituições regulamentadas
por lei, certificadoras, organizadas de acordo com diretrizes nacionais. Na
educação não formal, os espaços educativos localizam-se em territórios que
acompanham as trajetórias de vida dos grupos e cidadãos, fora das escolas
e universidades, em locais informais, locais onde há processos interativos
intencionais. Já a educação informal possui seus espaços educativos
demarcados por referências de naturalidade, localidade, idade, sexo, crença,
cultura, etnia etc. A casa no qual se mora, a rua, o bairro, o condomínio, a
agremiação que se frequenta, a igreja ou o local de culto ao qual se vincula
sua religiosidade, o museu, o local no qual se nasceu etc.

“Em que situação, em qual ambiente, e como se educa?” A educação


formal admite ambientes normatizados, com regras e padrões comportamentais
definidos antecipadamente. A não formal acontece em ambientes e situações
interativas construídas em grupo, frequentemente a atividade das pessoas é
optativa, porém ela também será capaz de acontecer por forças de determinadas
circunstâncias da vivência histórica de cada um. Há na educação não formal
uma intencionalidade na ação, no ato de compartilhar, de compreender e de

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se comunicar ou trocar saberes. A informal opera em ambientes espontâneos,
onde as relações sociais se desenvolvem de acordo com gostos, preferências,
ou pertencimentos herdados.

Qual é o objetivo de cada um dos campos de educação? Na educação


formal, entre outras metas destacam-se os relativos ao ensino e aprendizado
de conteúdos historicamente sistematizados, normatizados por leis, dentre os
quais destacam-se o de formar a pessoa como um indivíduo ativo, aperfeiçoar
competências e habilidades diversas, aprimorar a criatividade, percepção,
motricidade etc. A educação informal socializa os cidadãos, desenvolve
práticas, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se apresentar no
uso da linguagem, de acordo com princípios e crenças de comunidades que
se frequenta ou que pertence por herança, desde o nascimento. Trata-se do
processamento de socialização dos indivíduos.

A educação não formal possibilita às pessoas se tornarem cidadãos


do mundo, no mundo. Sua intenção é abrir janelas de entendimento sobre
o mundo que circunda estas pessoas e suas relações sociais. Suas metas
não são dadas a priori, elas se constroem no decurso interativo, gerando
um processo educacional. Uma forma de educar surge como resultado do
processo direcionado para os objetivos e as necessidades que dele participa.
A construção de relações sociais baseadas em princípios de igualdade e
justiça social, quando existentes num dado grupo social, fortalece o treino da
cidadania. A transmissão de informação e formação política e sociocultural
é um objetivo pertinente da educação não formal. Ela prepara os indivíduos,
educa o ser humano para a civilidade e solidariedade, em oposição à barbárie,
ao egocentrismo e ao individualismo.

“Quais são os principais atributos de cada uma das modalidades


educativas que estamos tratando?” A educação formal requer tempo, local
específico, funcionários especializados, administração de diversos tipos, até
mesmo a curricular, cadastro sequencial das atividades, disciplinamento,
regulamentos e leis, órgãos superiores etc. Ela possui uma qualidade metódica
e, frequentemente, divide-se os alunos por idade/ classe de conhecimento.
A educação informal não é impreterivelmente organizada, as competências
não são sistematizadas e são repassadas a partir das práticas e experiência
anteriores, frequentemente é o passado orientando o presente. Ela age
no campo das emoções e sentimentos. É um procedimento perdurável e
frequentemente não metódico. A educação não formal possui mais atributos:
ela não é organizada por séries/idade/conteúdos; age sobre aspectos
subjetivos do grupo; trabalha a cultura política de um grupo. Desenvolve laços
de pertencimento. Auxilia na construção da identidade coletiva do grupo, e
é uma das grandes características da educação não formal atualmente; ela
pode ajudar para o progresso do amor-próprio e do empoderamento do grupo,

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criando o que alguns analistas denominam, o capital social de um grupo.
Fundamenta-se no critério da cooperação e reconhecimento de interesses
comuns e é parte do processo de construção da cidadania coletiva.

“Quais são os resultados esperados em cada campo assinalado?” Na


educação formal espera-se, acima de tudo que haja um aprendizado efetivo
(que, lamentavelmente nem sempre acontece), além da certificação e
titulação que capacitam os alunos a seguir para graus mais avançados. Na
educação informal os resultados não são esperados, eles apenas acontecem
naturalmente através do aperfeiçoamento do senso comum nos cidadãos,
senso esse que orienta suas formas de julgar e atuar espontaneamente.

2.2 OBJETIVOS E RESULTADOS DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL


Experiência vivida no quotidiano, e assinalada por momentos de intenso
esforço de compreensão de dados e de fatos complexos, a educação durante
toda a vida é o produto de uma dialética com várias dimensões. Se, por um
lado, implica a repetição ou a imitação de gestos e de práticas, por outro é,
também um processo de apropriação singular e de criação pessoal. Junta o
conhecimento não formal ao conhecimento formal, o desenvolvimento de
aptidões inatas à aquisição de novas competências. Implica esforço, mas traz
também a alegria da descoberta. Experiência singular de cada pessoa ela é,
também, a mais complexa das relações sociais, posto que se inscreve, ao
mesmo tempo, no campo cultural, no laboral e no da cidadania” (UNESCO,
1996. p. 92).

A educação não formal poderá promover uma série de processos tais


como:

• consciência e organização de como atuar em grupos coletivos;


• a construção e reconstrução de ideias de mundo e sobre o mundo;
• contribuição para um sentimento de identidade com uma dada comunidade;
• prepara o indivíduo para a vida e suas dificuldades reais (e não apenas para
entrar no mercado de trabalho);
• em projetos com crianças, jovens adolescentes ou mesmo idoso a educação
não formal resgata o sentimento de autoestima, ou seja, dá condições às
pessoas desenvolverem sentimentos de autovalorização, de superação
de preconceitos que lhes são dirigidos, o desejo de lutarem para ser
reconhecidos como iguais (enquanto seres humanos), dentro de suas
diferenças (raciais, étnicas, religiosas, culturais etc.);
• as pessoas adquirem autoconhecimento e conhecimento de sua própria
prática e de seu lugar no mundo, aprendem a ler e interpretar o mundo
que os rodeia.

A seguir listamos algumas características que a educação não formal


pode atingir em termos de objetivos, em processos planejados de ações
coletivas em grupo:

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• a compreensão e aceitação das diferenças. Aprende-se a conviver com os
outros. Valoriza-se o respeito mútuo;
• adaptação do grupo a diferentes culturas, aceitação e valorização da
diversidade cultural, trabalha a alteridade, o “estranhamento”, o preconceito
contra o “outro”;
• construção da identidade coletiva;
• conhecimento das regras éticas voltadas às condutas aceitáveis socialmente.
O que falta na educação não formal:
• formação a educadores a partir da definição de seu papel e as atividades a
realizar;
• aprendizado e organização das metodologias utilizadas no trabalho
cotidiano;
• construção de novas metodologias que auxiliem o acompanhamento do
trabalho que vem sendo realizado;
• construção de métodos avaliativos, de projetos e de análise do trabalho
realizado.

Resumidamente podemos enumerar os objetivos da educação não


formal como: educação para cidadania, para justiça social, para direitos
(humanos, sociais, políticos, culturais etc.), para liberdade, para igualdade,
para democracia, contra discriminação, pelo exercício da cultura, e para a
manifestação das diferenças culturais.

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TÓPICO 2

A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

1 INTRODUÇÃO
A Educação Patrimonial, como uma proposta interdisciplinar de ensino,
é norteada para questões pertinentes ao patrimônio histórico ambiental
e cultural. Pode ser praticada em comunidades próximas a patrimônios
reconhecidos, como sítios arqueológicos, do mesmo jeito que em escolas com
intenção de sensibilização sobre a valia do reconhecimento, da valorização e
da conservação do patrimônio da região. Grande parte das comunidades não
tem conhecimento a respeito da riqueza do patrimônio histórico, artístico
e ambiental de seus territórios. Analisaremos a seguir a valia da educação
patrimonial e suas possibilidades como atividade para estimular a curiosidade
científica sobre os primórdios da cultura local e regional.

2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO
Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais que contam
a história de um povo e sua relação com o meio ambiente. É o legado que
herdamos do passado e que transmitimos a gerações futuras. O patrimônio
pode ser classificado em histórico, cultural e ambiental e também como
material e imaterial. 

2.1 PATRIMÔNIO HISTÓRICO


É o conjunto de coisas que contam a história de uma comunidade por
intermédio de sua arquitetura, trajes, acessórios, mobílias, objetos, armas,
ferramentas, meios de transportes, obras de arte, documentos. Até o final
da década de 1970, tinha propósito político/elitista. A partir de 1980 houve
um processo de democratização destes princípios, no momento em que
passaram a ser consideradas como importantes outras etnias e classes sociais.
O patrimônio histórico é fundamental para a conhecimento da identidade
histórica, para que os seus bens não se desarmonizem ou desapareçam da
memória coletiva e para preservar vivos os usos e costumes culturais de uma
determinada sociedade.

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FIGURA 3 - LARGO DO PELOURINHO EM SALVADOR, BAHIA

FONTE: Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/patrimonio-


historico/>. Acesso em: 4 ago. 2017.

Alguns exemplos bem conhecidos do patrimônio histórico nacional é


o Largo do Pelourinho em Salvador; O Cristo Redentor, do Rio de Janeiro e
a cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais.

2.2 PATRIMÔNIO CULTURAL


O patrimônio cultural é o conjunto de manifestações, realizações
e representações de um povo, como seus costumes, comidas típicas,
espiritualidade, lendas, cantos, danças, dialeto superstições, rituais, celebrações.
Ele está presente em todos os lugares e atividades: nas ruas, em nossas casas,
nas artes, nos museus, escolas, igrejas e praças. Nos nossos modos de realizar,
criar, cozinhar, trabalhar e de orar. Nos livros que escrevemos, na poesia que
declamamos, nas brincadeiras que fazemos, nas religiões que professamos.
Ele faz parte de nossa rotina, constrói as identidades e determina os princípios
de uma coletividade. O patrimônio cultural nos faz ser o que somos.

FIGURA 4 - EXEMPLO DE PATRIMÔNIO CULTURAL: A RENDA DE BILRO


CATARINENSE

FONTE: Disponível em: <http://www.hak.com.br/artesanato/a-renda-de-


bilro-e-suas-mulheres/>. Acesso em: 4 ago. 2017.

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Entre a grande multiplicidade de patrimônio cultural do Brasil, podemos
destacar a renda de bilro, o carnaval, o samba, o frevo, a culinária amazonense
etc.

2.3 PATRIMÔNIO AMBIENTAL OU NATURAL


Os patrimônios ambientais, também chamados de patrimônios naturais,
são territórios escolhidos por conta de suas qualidades naturais ou científicas
figurarem como prioritárias em processos de preservação para as gerações
futuras. Órgãos nacionais e internacionais, como a Organização das Nações
Unidas (ONU), escolhem esses locais e, ao destacarem a sua valia, buscam
criar critérios para que essas áreas não sofram ações destrutivas. Observar
uma área ou formação natural como patrimônio equivale dizer que ela é
fundamental e pertence a todos, por causa disso necessita ser tratada com
máximo zelo para que perdure no tempo. Um processo que na sua essência
é bastante similar ao da preservação do patrimônio histórico e cultural. Áreas
de grande biodiversidade acabam sendo beneficiadas ao serem consideradas
patrimônios naturais, especialmente se estão na lista de Patrimônios Naturais
da Unesco, órgão das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura.

A visibilidade internacional que se ganha ao entrar nesta lista faz com que
autoridades e ambientalistas de todo o mundo passem a exigir a preservação
das áreas consideradas patrimônio, uma força a mais na luta em defesa delas.

FIGURA 5 - O PANTANAL MATO-GROSSENSE

FONTE: Disponível em: <http://www.reportermt.com.br/geral/pantanal-mato-


grossense-pode-liderar-o-ecoturismo-na-europa/54448>. Acesso em: 15 ago. 2017.

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O Brasil, com a sua imensa diversidade ambiental, tem sete áreas
consideradas pela Unesco como Patrimônios Naturais da Humanidade. São
elas:

• Parque Nacional de Iguaçu.


• Mata Atlântica – Reservas do Sudeste.
• Costa do Descobrimento – Reservas da Mata Atlântica.
• Complexo de conservação da Amazônia Central.
• Área de conservação do Pantanal.
• Costa do Descobrimento – Reservas de Mata Atlântica (Bahia e Espirito
Santo).
• Ilhas Atlânticas Brasileiras: Fernando de Noronha e Atol das Rocas.

2.4 PATRIMÔNIO MATERIAL OU IMATERIAL

Um patrimônio pode ser material ou imaterial. Podemos dizer que


patrimônio material são os aspectos mais concretos ou materiais da vida
humana, e que fornecem informações sobre as pessoas. Cultura material é o
mesmo que uma construção, arte, objeto ou artefato. 

FIGURA 5 - PATRIMÔNIO MATERIAL: PINTURA RUPESTRE DA SERRA DA


CAPIVARA NO PIAUÍ

FONTE: Disponível em: <http://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/


serra-da-capivara-2/>. Acesso em: 4 ago. 2017.

Patrimônio imaterial é o conjunto de manifestações populares e religiosas


de um povo, transmitidos oralmente, festivamente ou ritualmente, recriados e
transformados ao longo do tempo. Não é um objeto, mas uma manifestação
cultural. Também são considerados como patrimônio imaterial os locais
dotados de expressivos valores para a história, assim como as paisagens.

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FIGURA 6 - CAPOEIRA: PATRIMÔNIO IMATERIAL BRASILEIRO

FONTE: Disponível em: <http://importanciadopatrimoniocultural.blogspot.com.


br/>. Acesso em: 4 ago. 2017.

3 CONCEITO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL


Ao possibilitar ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia,
a Educação Patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que
possibilita à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-
temporal em que está inserido. Este processo leva ao fortalecimento da
autoestima dos indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira,
compreendida como dinâmica e plural.

A Educação Patrimonial é um processo permanente e sistemático


de trabalho educacional centrado no patrimônio cultural como fonte
primeira de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. A partir
da experiência e do contato direto com as evidências e manifestações da
cultura, em todos os seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, o
trabalho da Educação Patrimonial busca levar as crianças e adultos a um
processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança
cultural, capacitando-os para um melhor usufruto destes bens, e propiciando
a geração e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo
de criação cultural. O conhecimento crítico e a apropriação consciente pelas
comunidades do seu Patrimônio são fatores indispensáveis no processo de
preservação sustentável desses bens, assim como no fortalecimento dos
sentimentos de identidade e cidadania.

O diálogo contínuo que está implícito neste processo educacional


estimula e favorece a comunicação e a ação entre as comunidades e os
agentes responsáveis pela conservação e pesquisa dos bens culturais,
ajudando a troca de competências e a formação de parcerias para a proteção
e reconhecimento desses bens. A metodologia característica da Educação
Patrimonial pode ser aplicada a qualquer evidência material ou manifestação
da cultura, seja um objeto ou conjunto de bens, um monumento ou um sítio
histórico ou arqueológico, uma paisagem natural, uma reserva ou uma área

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de proteção ambiental, um centro histórico urbano ou uma comunidade da
área agrícola, uma manifestação popular de natureza folclórico ou cerimonial,
um processo de fabricação industrial ou artesanal, tecnologias e saberes
populares, e qualquer outra expressão resultante da relação entre os pessoas
e seu meio ambiente.

A Educação Patrimonial compreende o abarcamento nos currículos


escolares de todos os graus de ensino de temáticas ou conteúdos programáticos
que versem sobre o entendimento e a conservação do patrimônio, até a prática
de cursos de aperfeiçoamento e extensão para os educadores e a comunidade
em geral. Nesse sentido, espera-se que sejam divulgadas informações a
respeito do acervo cultural, visando aguçar nos estudantes e na sociedade o
senso de preservação da memória histórica e o consequente interesse pelo
tema. A metodologia adotada pelos programas de Educação Patrimonial
tornou-se uma alternativa de alfabetização cultural. Implantada no Brasil
em 1980, por Maria de Lourdes Parreiras Horta, do Museu Imperial do Rio de
Janeiro, a Educação Patrimonial promove uma mudança na forma de tratar a
cultura e procura revisão e aperfeiçoamento nas formas de transposição do
conhecimento científico para o público leigo.

Além disso, considerando que o cidadão necessita compreender sua


importância no processo sociocultural-ambiental no qual está inserido
e vislumbrar mudanças positivas no relacionamento com o patrimônio
histórico-cultural e ambiental, a Educação Patrimonial desponta como
instrumento vital para a tarefa de educar para a preservação, conservação
e valorização cultural. Em termos teórico-metodológicos, a Educação
Patrimonial utiliza os lugares e os suportes da memória (museus, monumentos
históricos, arquivos, bibliotecas, sítios históricos, vestígios arqueológicos etc.)
no processo educativo, a fim de desenvolver a sensibilidade e a consciência
dos estudantes e dos cidadãos para a importância da conservação desses
bens culturais. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o ensino
fundamental, elaborados pelo Ministério da Educação (MEC), trazem uma
inovação ao permitir a necessária interdisciplinaridade na educação básica,
mediante a introdução dos chamados "temas transversais'' que deverão
perpassar as diferentes disciplinas escolares. Dois desses temas transversais
possibilitam à escola o estudo do Patrimônio Cultural e a consequente adoção
de projetos de educação patrimonial. Trata-se dos temas do meio ambiente
e da pluralidade cultural.

CURSO LIVRE - EDUCAÇÃO NÃO FORMAL


FIGURA 7 - EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

FONTE: Disponível em: <http://www.cultura.al.gov.br/politicas-e-acoes/


patrimonio-cultural/o-que-e-afinal-educacao-patrimonial>. Acesso em: 4 ago.
2017.

Assim, a Educação Patrimonial contribui para romper com práticas


segregacionistas, procura resgatar valores dos grupos sociais em torno
dos bens patrimoniais, valoriza e incentiva novas propostas e alternativas
de resguardo e ativação da memória, sejam elas naturais e/ou culturais. A
Educação Patrimonial pode e deve ser desenvolvida em comunidades próximas
a sítios arqueológicos ou outros sítios considerados patrimônios. Portanto,
é também um programa que tem por objetivo sensibilizar as comunidades
acerca da importância da criação, valorização e conservação do patrimônio
arqueológico/natural local. A observação e a manipulação de vestígios da
cultura material promovem o conhecimento, a apropriação e a valorização da
herança cultural. O processo de divulgação da produção científica por meio
da educação resulta em: geração e produção de conhecimentos, melhor
usufruto dos bens patrimoniais e um processo contínuo de criação cultural.
Neste caso, a Educação Patrimonial atua de forma integrada com o trabalho
arqueológico e fundamenta-se nos princípios éticos, estético-pedagógicos
e políticos.

A sensibilização deve ser um exercício de interação da população com


os patrimônios da sua região. Para que haja uma melhor compreensão inicial,
devem-se utilizar o patrimônio concreto, através de vestígios que possam
ser tocados e/ou percebidos. Paulo Freire destacou com veemência que
a leitura da palavra é precedida da leitura do mundo e a expressividade é
uma necessidade essencial do ser humano. Nesse contexto, a arqueologia
serve como subsídio na aplicação das diretrizes da Educação Patrimonial,
uma vez que tem por objeto de estudo os vestígios da cultura material de
sociedades passadas. Portanto, a metodologia da Educação Patrimonial é
materializada através do estudo de objetos comunitários como estratégia

CURSO LIVRE - EDUCAÇÃO NÃO FORMAL


de aprendizagem do contexto sociocultural/ambiental. Todo programa de
Educação Patrimonial deve ser elaborado tendo em vista as necessidades das
comunidades envolvidas.

3.1 EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E DINÂMICA CULTURAL


Todas as ações através das quais os povos expressam suas formas
específicas constituem a sua cultura e esta vai ao longo do tempo adquirindo
formas e expressões diferentes. A cultura é um processo eminentemente
dinâmico, transmitido de geração em geração, que se aprende com os
ancestrais e se cria e recria no cotidiano do presente, na solução dos pequenos
e grandes problemas que cada sociedade ou indivíduo enfrentam. Neste
processo dinâmico de sociabilização em que se aprende a fazer parte de
um grupo social, o indivíduo constrói a própria identidade. Reconhecer que
todos os povos produzem cultura e que cada um tem uma forma diferente de
se expressar é aceitar a diversidade cultural. Este conceito nos permite ter
uma visão mais ampla do processo histórico, reconhecendo que não existem
culturas mais importantes do que outras. O Brasil é um país pluricultural que
deve esta característica ao conjunto de etnias que o formaram e à extensão
do seu território. Estas diversidades culturais regionais, contribuem para a
formação da identidade do cidadão brasileiro, incorporando-se ao processo de
formação do indivíduo, e permitindo-lhe reconhecer o passado, compreender
o presente e agir sobre ele. O Patrimônio Cultural Brasileiro não se resume
aos objetos históricos e artísticos, aos monumentos representativos da
memória nacional ou aos centros históricos já consagrados e protegidos pelas
Instituições e Agentes Governamentais. Existem outras formas de expressão
cultural que constituem o patrimônio vivo da sociedade brasileira: artesanatos,
maneiras de pescar, caçar, plantar, cultivar e colher, de utilizar plantas como
alimentos e remédios, de construir moradias, a culinária, as danças e músicas,
os modos de vestir e falar, os rituais e festas religiosas e populares, as relações
sociais e familiares, revelam os múltiplos aspectos que pode assumir a cultura
viva e presente de uma comunidade.

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TÓPICO 3

OS ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

1 INTRODUÇÃO
Os espaços ou ambientes formais de educação são aqueles vinculados à
escola, instituição mais conhecida pelo seu papel social de prestar educação
básica em nossa sociedade. Por outro lado, locais que não são sedes destinadas
especificamente para o funcionamento da instituição escolar são denominadas
espaços ou ambientes não formais de educação. Assim, podemos considerar
como espaços não formais todos aqueles situados fora dos limites geográficos
da escola, tais como uma praça, uma avenida, uma quadra comercial e/ou
residencial, centros comerciais, uma indústria, centros de pesquisa, reservas
naturais, museus, centros de ciências, feiras, parques, entre outros ambientes
urbanos, rurais e naturais. Neste tópico iremos conhecer alguns destes espaços
não formais e sua relevância nos processos educativos.

2 DEFINIÇÃO DE ESPAÇO DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL


A educação formal é aquela que ocorre nos espaços formais de educação,
em situações onde há intenção de ensinar e desenvolver aprendizagens. Já
a não formal é aquela que ocorre em ambientes não formais, como a que
ocorre em situações informais como conversa entre amigos, entre outros. As
situações onde ocorrem ações de educação informal podem ser consideradas,
então, todas aquelas que não se relacionam aos objetivos da educação formal
e da educação não formal. Podemos então compreender que as situações
informais são aquelas do cotidiano das pessoas em seus ambientes familiares,
profissionais, de lazer e entretenimento, entre outros que são passíveis de
ocorrer em diferentes ambientes. Alguns autores consideram educação formal
como sinônimo de educação escolar. A educação escolar é aquela onde o
saber é sistematizado, o que justifica a sua definição como educação formal.
Existe alguma relação entre o conceito de educação formal e o de educação
não formal, uma relação indireta, onde ambos são independentes.

As atividades práticas escolares desenvolvidas em espaços não formais


recebem diferentes denominações que podem variar de acordo com a sua
natureza, mas que têm em comum a sua execução em um ambiente não
escolar. Incluem-se aí aulas de campo, aulas de educação ambiental, estudos
do meio, saídas de campo, visitas externas, excursões, visitas orientadas e
passeios.

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A educação não formal não é estática, é uma atividade aberta que ainda
está em construção, portanto, não tem uma identidade pronta e acabada. É
uma área bastante diversa, e esse aspecto é muito interessante, pois permite,
além de contribuições de várias áreas, a composição de diferentes contextos
culturais, tendo a diversidade como uma de suas características.

Os espaços não formais de educação variam enormemente em suas


características e funções sociais, podendo, inclusive, não serem destinados
primariamente à educação. Entretanto os espaços não formais utilizados em
atividades de educação formal possuem, dentre os seus objetivos, alguma
finalidade associada à educação não formal. Dentre os espaços não formais que
atuam com a educação não formal, mas que podem também ser empregados
para o desenvolvimento de atividades de educação formal, destacamos os
museus, os parques recreativos urbanos, os jardins botânicos e zoológicos,
as unidades de conservação, as feira e exposições, entre outros. Os espaços
associados à educação não formal são os mais utilizados como extensões
para práticas de educação formal. Entretanto, existem outros ambientes, cuja
função principal não está relacionada com a educação não formal, mas que,
da mesma forma, são passíveis de utilização como “cenário” para propostas
provenientes do ensino formal, ou seja, também podem funcionar como
extensões para atividades escolares, tais como fábricas, centros comerciais
(como shoppings e feiras alimentícias), praças de alimentação, pedreiras,
mineradoras, pesque-pague, clubes, entre outras grandes organizações
particulares e sociais, bem como representações públicas.

O uso de ambientes não formais possibilita a contextualização, aplicação


e associação de conceitos e conhecimentos já aprendidos com as informações
novas, do ambiente, reduzindo as exigências de abstração do aprendiz e
permitindo uma compreensão mais eficiente dos conhecimentos. Esse
processo de associação de informações novas com outras já incorporadas,
de forma interrelacionada, denomina-se aprendizagem significativa. Novas
ideias e informações podem ser aprendidas e retidas na medida em que
conceitos relevantes e inclusivos estejam adequadamente claros e disponíveis
na estrutura cognitiva do indivíduo. O desenvolvimento de aulas em espaços
não formais pode possibilitar a integração de informações oriundas da
intervenção e interpretação do ambiente para a associação com os conceitos
já interiorizada na estrutura cognitiva do aprendiz. As excursões escolares
têm uma importante dimensão cognitiva. Sobre este aspecto cognitivo, vale
ressaltar que as práticas desenvolvidas fora de sala de aula devem estar em
consonância com os objetivos curriculares, possibilitando assim a percepção
de um sentido maior ao que é estudado, pelos estudantes. As tarefas de
observação e as experiências práticas podem enriquecer a interação dos
estudantes com o conteúdo do curso regular e ajudá-los a ver a relevância
do curso para as questões da vida real e das experiências humanas. Mas se
os estudantes forem encorajados a tentar uma integração intelectual de suas
experiências de fora da classe com o conteúdo do curso, tais tarefas também

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podem ajudá-los a analisar, sintetizar e a avaliar os conceitos aos quais foram
apresentados. As atividades de observação e de experiência prática terão
mais valor educacional se forem planejadas para serem integradas com os
objetivos globais do curso e ativamente relacionadas ao que está ocorrendo
em classe. Quando estas atividades representam apenas uma pequena parte
de um curso, elas podem, como temperos na comida, enriquecer grandemente
o todo, se forem perfeitamente combinados. O interacionismo também é um
dos resultados que devem ser almejados com a realização de atividades em
espaços não formais, como os estudos do meio, que propõem uma ênfase
na atividade do aluno como propiciadora de desenvolvimento corresponde à
visão interacionista entre indivíduo e meio, na construção de conhecimento.
Outra questão importante diz respeito à possibilidade de integração entre
saberes de dentro e de fora da sala de aula. O mais importante não é indicar
se as atividades dentro ou fora da classe são mais importantes, mas sim a
forma como elas podem ser melhor integradas para satisfazer um conjunto
combinado de finalidades.

De qualquer forma, não é muito difícil entender porque na maioria das


vezes os alunos se identificam mais e mostram melhores resultados com a
educação não formal, visto que ela não se prende a burocracias, horários, e
ocorre em locais totalmente diferentes das instituições escolares. Podemos
dizer que o aprendiz tem uma certa “liberdade”, no ato de aprender.

2.1 OS MUSEUS DE ARTE E CIÊNCIAS, EXPOSIÇÕES E


GALERIAS DE ARTE E CULTURA
As visitas e trabalhos em museus, exposições e galerias têm sido uma
prática pedagógica recorrente de professores tanto do Ensino Fundamental,
quanto do Ensino Médio. O trabalho com museus requer uma capacidade
de recontextualização espaço/temporal, histórica e cultural por parte dos
professores, pois, geralmente, os conteúdos desses museus estão deslocados
no tempo e no espaço. Geralmente são expostas peças que foram extraídas
de outras épocas, outras regiões, as quais estavam imersas em outras culturas.
Nessa direção interpretativa, os museus sempre foram espaços privilegiados
para se traçar ideias e concepções acerca de costumes, modos de vidas,
hábitos, tradições, crenças, estilos artísticos, enfim os diferentes aspectos
que marcam a identidade cultural de um povo, de um grupo social ou de
uma etnia. Os museus, assim como seu conceito vieram num processo de
evolução ao longo dos tempos adaptando-se e readaptando-se às mudanças
culturais e sociais, às evoluções tecnológicas e científicas de cada período
da história mais recente da humanidade.

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Durante algum tempo, era muito comum perceber nas pessoas um certo
“preconceito” em relação à palavra museu, por nos remeter a objetos “antigos”
e “ultrapassados”. O termo museu vem do latim "museum" que por sua vez
se origina do grego "mouseion", denominação, na antiga Grécia, do templo
ou santuário das musas.

FIGURA 8 - AS NOVE MUSAS GREGAS

FONTE: Disponível em: <http://www.greekboston.com/culture/mythology/the-muses/>. Acesso em: 4


ago. 2017.

Segundo a mitologia grega havia nove musas que presidiam as chamadas


artes liberais: história, música, comédia, tragédia, dança, elegia, poesia lírica,
astronomia e a poesia épica e a eloquência. O termo estava mais ligado
ao clima ou à atmosfera do local do que às suas características físicas. Era
sobretudo um lugar de inspiração onde a mente podia se desligar da realidade
cotidiana.

Nos séculos XVII e XVIII, surgem os primeiros museus públicos, pois se


inicia uma preocupação de se “organizar o conhecimento existente”, acrescida
da reivindicação da sociedade em fazer parte deste conhecimento. Nesta
mesma época inicia-se a criação de museus voltados para a ciência.

FIGURA 9 - O MUSEU BRITÂNICO EM LONDRES É UM DOS MAIS ANTIGOS DA


EUROPA E FOI FUNDADO EM 1753

FONTE: Disponível em: <https://www.europeanbestdestinations.com/top/best-


museums-in-europe/>. Acesso em: 4 ago. 2017.

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No final do século XIX e início do século XX, a ênfase na educação que
marcava os museus americanos começou a se disseminar também pela
Europa, e um dos marcos dessa tendência é a criação do Museu de Ciências
de Munique em 1908. Introduzindo inúmeras inovações, procurava tornar
acessíveis ao público as conquistas mais modernas da ciência e da tecnologia.
Apresenta réplicas e equipamentos em tamanho natural, modelos animados
acionados pelo visitante através de botões ilustrando o funcionamento de
máquinas ou princípios físicos, entre outras coisas. Mesmo sendo criado
em 1908, até hoje o Museu de Ciências de Munique está entre os museus
de Ciência e Tecnologia mais importantes do mundo. Sua exposição conta
com mais de 100 mil objetos, dentre eles a primeira aeronave motorizada,
construída pelos irmãos Wright, o Submarino U1, o primeiro motor a diesel,
o primeiro automóvel, a mesa de laboratório, no qual o primeiro átomo foi
encontrado, entre outros.

A educação em espaços não formais de ensino, mais precisamente em


museus e centros de ciências, proporciona aos educadores estimular a produção
de novos conhecimentos a partir do conjunto das atividades humanas, dentro
de um contexto político, social, cultural e histórico. Contudo, para que isso
ocorra é preciso que haja pesquisa, bem como a divulgação delas, sobretudo
por se tratar de um campo da educação ainda em construção. Nesse sentido,
consideramos que a educação em espaços não formais de ensino, possui uma
tarefa fundamental: estimular a produção de novos conhecimentos a partir
do conjunto das atividades humanas. Quando trabalhamos os conteúdos no
ensino formal, faz-se necessário a “significação desses conteúdos”, apregoada
por Freire (1997, p. 37), quando nos chama à reflexão: “Por que não discutir
com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo
conteúdo se ensina? [...] Por que não estabelecer uma necessária digamos
“intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais a as experiências que
eles têm como indivíduos? ” Além disso, exige a compreensão dos hábitos,
costumes, enfim, da rede de vivências sociais, históricas e culturais dos
educandos. Assim, o trabalho com a educação em espaços “não formais”,
pode servir de importante aliado, além de potencializar a educação formal.
Nessa linha de compreensão professores e educandos devem ser estimulados
a pesquisar. Por intermédio da pesquisa eles vão construindo as condições
para terem a exata compreensão dos vários conteúdos e a melhor forma de
ministra-los e apreendê-los, seja fora ou dentro da sala de aula. O incentivo
a pesquisa passa pelo alinhamento da teoria com a prática educativa, com
o comprometimento, com os valores individuais e coletivos. Incentivar a
pesquisa é abrir horizontes para a formação de sujeitos produtores de sua
própria história.

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2.2 TRILHAS ECOLÓGICAS
As trilhas ecológicas se apresentam como uma possibilidade de tornar o
conhecimento pertinente, contextualizado e real. O contato com a natureza é o
elemento motivador para dar encanto e interesse pela atividade desenvolvida.
Sua preocupação básica centra-se na melhor maneira de conduzir a atividade,
de forma a alcançar finalidades educativas, por meio da experiência prática.

As trilhas visam não somente à transmissão de conhecimentos, bem


como propiciam atividades que revelam os significados e as características
do ambiente por meio do uso dos elementos originais, por experiência direta
e por meios ilustrativos, sendo assim instrumento básico de programas de
educação ao ar livre.

O contato do homem com a natureza, nas sociedades contemporâneas,


encontra uma barreira cultural ditada pelos meios de comunicação e pelo
consumismo, o que torna esse contato dificilmente harmonioso. Nesse
contexto, a prática da Educação Ambiental é essencial para harmonizar
a interação do ser humano com o ambiente natural. De fato, a Educação
Ambiental vem sendo largamente discutida como ferramenta fundamental para
o desenvolvimento do ecoturismo e também como conteúdo indispensável
na educação formal e não formal. Tanto para o ensino formal quanto para o
não formal, as trilhas ecológicas constituem excelentes espaços para a prática
de programas de Educação Ambiental, que devem ir além de simplesmente
ensinar o que os visitantes devem fazer nos ambientes visitados, mas também
propor mudanças no modo como as pessoas pensam e avaliam a sua relação
com o ambiente promovendo a sensibilização nesse processo educativo.
Nesse sentido, em trilhas ecológicas, diferentes formas de trabalho podem
alcançar variados níveis na estruturação de um novo paradigma ambiental.

FIGURA 10 - TRILHA ECOLÓGICA

Fonte: Disponível em: <http://www.quintadaestancia.com.br/lazer/attachment/trilha-


ecologica-s-2>. Acesso em: 4 ago. 2017.

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A Educação Ambiental instituída em Lei nº 9.795, 27 de abril de 1999 e
sancionada pelo então presidente da república Fernando Henrique Cardoso,
diz: “Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
e sua sustentabilidade. Art. 2º A educação ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de
forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo,
em caráter formal e não formal. Art. 3º Como parte do processo educativo
mais amplo, todos têm direito à educação ambiental [...]” (MMA, 27 de abril de
1999). Assim, a Educação Ambiental sempre deve estar presente em todo o
ciclo educacional, já que é de direito de todos terem um ensino de qualidade
em diferentes âmbitos. Mais do que isso, a Educação Ambiental tem como
objetivo revelar a importância do convívio equilibrado entre o homem e
meio ambiente, levando-o a entender de que ele faz parte de todo processo
ecológico e que revendo hábitos pode-se conviver em constante harmonia
com a natureza, por meio de atitudes sustentáveis. E é assim que a trilha
ecológica se torna ferramenta para que os educadores ambientais levem
os seus visitantes a pensar sobre seu papel na natureza. Da teoria à prática,
a Educação Ambiental possibilita ao participante de suas atividades a rever
conceitos e resgatar suas boas maneiras e comportamentos sobre a natureza.

Assim, a Educação Ambiental pode causar mudanças de comportamento


e desenvolvimento de valores éticos por meio da sensibilização para os
detalhes da natureza, despertando o interesse pelo convívio com a mesma
e a transmissão de conhecimentos ambientais de forma vivenciada, como o
desenvolvimento sustentável dos ecossistemas.

2.3 SAIDAS A CAMPO


Nos últimos anos, as saídas de campo foi uma das modalidades didáticas
que começou a ganhar destaque nas aulas de Ciências entre outras atividades
educativas. Esta atividade por ser realizada em ambientes naturais estimula a
curiosidade dos alunos e proporciona uma aprendizagem mais significativa
em virtude de o professor ter disponível diversos recursos naturais. As
atividades em ambientes naturais envolvem e motivam os alunos superando
a fragmentação dos conteúdos, além de promover uma mudança de valores
e uma postura em relação à natureza, estabelecem uma nova perspectiva na
relação homem natureza. Além disso, a saída de campo é uma metodologia
que auxilia na construção dos conhecimentos científicos relacionados ao
meio ambiente. A busca por novos métodos de ensino eficazes é discutida nos
Parâmetros Curriculares Nacionais, os quais estimulam a busca de atividades
diferentes que possam explorar o meio ambiente através de uma abordagem

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multidisciplinar (BRASIL, 1998). Assim, as saídas de campo se tornam uma
opção para os professores de Ciências ampliarem os conhecimentos dos alunos
e de não ficarem restritos apenas à sequência de conteúdos dos currículos
escolares, pois esta metodologia favorece a abrangência de diferentes temas.
As saídas de campo facilitam a interação dos alunos com o meio ambiente
em situações reais aguçando a busca pelo saber, além de estreitar as relações
entre aluno/professor. Em ambiente natural é possível agrupar e relacionar os
diferentes conteúdos, e esta dependência existente entre uma parte e outra
é que possibilita uma abordagem mais ampla. A metodologia em discussão
proporciona aos estudantes observações diretas de fatos reais, a exploração
de diversos sentidos e possibilita relacionar a teoria da sala de aula com a
prática do seu cotidiano. Leva-os a fazer uma leitura do mundo de forma
mais ampla partindo do local para o global. É esta a visão de mundo que o
aluno precisa ter, pois as mudanças que ocorrem e os fatos que acontecem
não se dão separadamente, pois existem inter-relações, em que até mesmo
um acontecimento pode influenciar em outro.

FIGURA 11 - SAÍDA A CAMPO

FONTE: Disponível em: <http://cervas-aldeia.blogspot.com.br/2014/10/fim-de-


semana-europeu-de-observacao-de.html>. Acesso em: 4 ago. 2017.

O trabalho de campo é uma metodologia de ensino/aprendizagem capaz


de levar o aluno ao encontro dos fenômenos in loco, corroborando com os
conceitos estudados em sala de aula, podendo ainda, ser utilizado por diversas
disciplinas e como parte de outras metodologias visa oferecer ao aluno,
experiências relacionadas aos sentidos e à aquisição de conhecimento, por
meio de outra forma, mais interessante e dinâmica, que não aquela arraigada
em práticas docentes ultrapassadas, baseadas somente no livro didático e
no quadro de giz. Este encontro com o real pode favorecer o entendimento
sobre vários aspectos da Ciência relacionados ao meio, independente da sua
origem física ou humana, natural ou social.

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2.4 VISITAS ÀS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS
As visitas feitas pelos alunos às instituições públicas e privadas, também
conhecidas como visitas técnicas para os alunos de ensino médio, são
atividades externas à instituição com fins pedagógicos e sob a orientação
de professores, com o objetivo de propiciar aprendizados complementares
à formação integral dos estudantes. A atividade deve estar relacionada
às unidades curriculares do projeto pedagógico do curso e a visita deve,
preferencialmente, constar no plano de ensino da unidade curricular.

FIGURA 12 - VISITA TÉCNICA

FONTE: Disponível em: <http://www.universo.edu.br/portal/campos/visita-


tecnica/>. Acesso em: 4 ago. 2017.

A visita técnica tem os objetivos de promover a integração entre a teoria


e a prática no que se refere aos conhecimentos adquiridos pelos alunos na
instituição de ensino; proporcionar ao estudante a vivência do mercado
de trabalho, produtos, processos e serviços in loco e a integração entre os
mesmos; propiciar ao estudante a oportunidade de aprimorar a sua formação
científica, cultural e tecnológica.

A visita vinculada às atividades de ensino sempre possuem um fim


pedagógico e abrange as seguintes modalidades: a participação como visitante
em feiras, congressos, seminários, exposições e eventos similares; visitas às
instituições públicas e privadas; visitas às empresas e/ou institutos de pesquisa,
de serviços e/ou produção; visitas às propriedades rurais ou locais públicos.

A realização da visita deverá ser precedida de submissão e aprovação de


um projeto contendo, no mínimo a identificação do proponente e público-
alvo da visita; a justificativa para realização da visita; objetivos pedagógicos
vinculados à(s) unidade(s) curricular(es); metodologia (atividades pedagógicas
e administrativas realizadas antes, durante e depois da visita); roteiro detalhado

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da visita; ciência e aprovação das instituições a serem visitadas, licenças
necessárias para a visita e quaisquer outras especificidades do município a
ser visitado; detalhamento das normas específicas e exigências da instituição
a ser visitada, incluindo a vestimenta adequada.

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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Salete Borthollazi. Educação não formal, informal e
formal do conhecimento científico nos diferentes espaços de ensino e
aprendizagem. Caderno PDE, Curitiba: 2014.

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Brasília: Ministério da Educação, 1998.

FERREIRA, Carmen Lucia. O lugar da educação em espaços não formais:


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HORTA, M. L. P.; GRUNBERG, E.; MONTEIRO, A. Q. guia básico da educação


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MINISTÉRIO DA CULTURA, IPHAN. Educação patrimonial: manual de


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OLIVEIRA, R. I. R; GASTAL, M. L. A. Educação formal fora da sala de aula:


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alfabetização cultural no Ensino Fundamental. Ateliê Geográfico, Goiânia-
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